14.0.6. o fenômeno da incorporação vi 01 jan 2014

44
Voltamos a última parte de nosso assunto... O Fenômeno da Incorpora ção.

Upload: periclis-roberto

Post on 19-Dec-2014

91 views

Category:

Spiritual


0 download

DESCRIPTION

Projeto Mediunidade - O Fenômeno da Incorporação VI

TRANSCRIPT

Page 1: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Voltamos a última parte de nosso assunto...

O Fenômeno

da Incorporaç

ão.

Page 2: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

– Temos seis comunicantes prováveis, mas na presente reunião apenas compareceu ummédium em condições de atender. Desde já, portanto, somos obrigados a considerar que ogrupo de aprendizes e obreiros terrestres somente receberá o que se relacione com ointeresse coletivo. Não há possibilidade para qualquer serviço extraordinário.

Capítulo 1.O Psicógrafo.

E, designando reduzido grupo de seis entidades próximas, esclareceu:

– Esperam, ali, os amigos autorizados.

– À comunicação? – indaguei.

O instrutor fez um sinal afirmativo e acrescentou:

– Nem todos, porém, conseguem o intuito à mesma hora. Alguns sãoobrigados a esperar semanas, meses, anos...

– Não supunha tão difícil a tarefa – aduzi, espantado.

– Verá – falou Alexandre, gentil.

E dirigindo-se para um rapaz que se mantinha em profunda concentração, cercado deauxiliares de nosso plano, explicou, atencioso:

Em uma turma de Psicografia...

CONTINUA

Page 3: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Em uma turma de Psicografia...

Capítulo 1.O Psicógrafo.

– Julguei que o médium fosse a máquina, acima de tudo – ponderei.

– A máquina também gasta – observou o instrutor – e estamos diantede maquinismo demasiadamente delicado.

Fixando-me a expressão espantadiça, Alexandre continuou:

– Preliminarmente, devemos reconhecer que, nos serviços mediúnicos,preponderam os fatores morais. Neste momento, o médium, para serfiel ao mandato superior, necessita clareza e serenidade, como o espelhocristalino dum lago. De outro modo, as ondas de inquietude perturbariama projeção de nossa espiritualidade sobre a materialidade terrena, comoas águas revoltas não refletem as imagens sublimes do céu e da Naturezaambiente.

Indicando o médium, prosseguiu o orientador, com voz firme:

– Este irmão não é um simples aparelho. É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nossoe que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, comabnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiõesmais elevadas. Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outrosrecebam. Em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. (...)

CONTINUA

Page 4: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Em uma turma de Psicografia...

(...) “Sem essa compreensão consciente do espírito de serviço, nãopoderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele éresponsável pela manutenção dos recursos interiores, tais como atolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amorcristão; todavia, precisamos cooperar no sentido de manter-lhe osestímulos de natureza exterior, porque se o companheiro não tempão, nem paz relativa, se lhe falta assistência nas aquisições maissimples, não poderemos exigir-lhe a colaboração, redundante emsacrifício. Nossas responsabilidades, portanto, estão conjugadas nosmínimos detalhes da tarefa a cumprir.”

Raiando-me a idéia de que o médium deveria esperar, satisfeito, a compensação divina,Alexandre ponderou:

– Consideremos, contudo, meu amigo, que ainda nos encontramos em trabalho incompleto.A questão de salário virá depois...

CONTINUA

Page 5: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

E, ante minha profunda curiosidade científica, o orientador ofereceu-meo auxílio magnético de sua personalidade vigorosa e passei a observar, nocorpo do intermediário, grande laboratório de forças vibrantes. Meu poder de apreensãovisual superara os raios X, com características muito mais aperfeiçoadas. As glândulas dorapaz transformaram-se em núcleos luminosos, à guisa de perfeitas oficinas elétricas.Detive-me, porém, na contemplação do cérebro, em particular. Os condutores medularesformavam extenso pavio, sustentando a luz mental, como chama generosa de uma vela deenormes proporções. Os centros metabólicos infundiam-me surpresas. O cérebro mostravafulgurações nos desenhos caprichosos. Os lobos cerebrais lembravam correntes dinâmicas.As células corticais e as fibras nervosas, com suas tênues ramificações, constituíam elemen-tos delicadíssimos de condução das energias recônditas e imponderáveis. Nesse concerto,sob a luz mental indefinível, a epífise emitia raios azulados e intensos.

Em uma turma de Psicografia...

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Nesse ponto da conversação, convidou-me à aproximação do aparelhomediúnico e, colocando-lhe a destra sobre a fronte, exclamou:

– Observe. Estamos diante do psicógrafo comum. Antes do trabalho aque se submete, neste momento, nossos auxiliares já lhe prepararamas possibilidades para que não se lhe perturbe a saúde física. A trans-missão da mensagem não será simplesmente “tomar a mão”. Há pro-cessos intrincados, complexos.

CONTINUA

Page 6: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Em uma turma de Psicografia...

– Observação perfeita? – indagou o instrutor, interrompendo-meo assombro. – Transmitir mensagens de uma esfera para outra, noserviço de edificação humana – continuou –, demanda esforço, boavontade, cooperação e propósito consistente. É natural que o treina-mento e a colaboração espontânea do médium facilitem o trabalho;entretanto, de qualquer modo, o serviço não é automático... Requermuita compreensão, oportunidade e consciência.

Estava admirado.

– Acredita que o intermediário – perguntou – possa improvisar o estadoreceptivo? De nenhum modo. A sua preparação espiritual deve ser incessante.Qualquer incidente pode perturbar-lhe o aparelhamento sensível, como a pedrada queinterrompe o trabalho da válvula receptora. Além disso, a nossa cooperação magnética éfundamental para a execução da tarefa. Examine atentamente. Estamos notando as singula-ridades do corpo perispiritual. Pode reconhecer, agora, que todo centro glandular é umapotência elétrica. No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha opapel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica opoder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que resideo sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dormeembrionária.

Reconheci que, de fato, a glândula pineal do intermediário expedia luminosidadecada vez mais intensa.

CONTINUA

Page 7: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Deslocando, porém, a sua atenção do cérebro para a máquina corpóreaem geral, o orientador prosseguiu:

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Em uma turma de Psicografia...

– A operação da mensagem não é nada simples, embora os trabalhadoresencarnados não tenham consciência de seu mecanismo intrínseco, assimcomo as crianças, em se fartando no ambiente doméstico, não conhecemo custo da vida ao sacrifício dos pais. Muito antes da reunião que seefetua, o servidor já foi objeto de nossa atenção especial, para que ospensamentos grosseiros não lhe pesem no campo íntimo. Foi convenien-temente ambientado e, ao sentar-se aqui, foi assistido por vários opera-dores de nosso plano. (...)

“(...)Antes de tudo, as células nervosas receberam novo coeficiente magnético, para que nãohaja perdas lamentáveis do tigróide (corpúsculos de Nissel), necessário aos processos dainteligência. O sistema nervoso simpático, mormente o campo autônomo do coração, rece-

O vago foi defendido por nossaAs glândulas supra-renais receberam

beu auxílios enérgicos e o sistema nervoso central foi convenientemente atendido, para quenão se comprometa a saúde do trabalhador de boa vontade.influenciação contra qualquer choque das vísceras.acréscimo de energia, para que se verifique acelerada produção de adrenalina, de que preci-samos para atender ao dispêndio eventual das reservas nervosas.

Nesse instante, vi que o médium parecia quase desencarnado. Suas expressões grosseiras,de carne, haviam desaparecido ao meu olhar, tamanha a intensidade da luz queo cercava, oriunda de seus centros perispirituais.

CONTINUA

Page 8: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Em uma turma de Psicografia...

Após longo intervalo, Alexandre continuou:

– Sob nossa apreciação, não temos o arcabouço de cal, revestido decarboidratos e proteínas, mas outra expressão mais significativa dohomem imortal, filho do Deus Eterno. Repare, nesta anatomia nova,a glória de cada unidade minúscula do corpo. Cada célula é um motorelétrico que necessita de combustível para funcionar, viver e servir.

FIM

Page 9: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 1.O Psicógrafo.

Em uma turma de Psicografia...Depois de ler o texto abaixo, responda se a Psicografia foi:

mecânica, semi-mecânica ou intuitiva?Acenou para um dos seis comunicantes. O mensageiro aproximou-secontente.– Calixto – falou Alexandre, em tom grave –, temos seis amigos para ointercâmbio; todavia, as possibilidades são reduzidas. Escreverá apenasvocê. Tome seu lugar. Recorde sua missão consoladora e nada de particu-larismos pessoais. A oportunidade é limitadíssima e devemos consideraro interesse de todos.

Depois de cumprimentar-nos ligeiramente, Calixto postou-se ao lado domédium, que o recebeu com evidente sinal de alegria. Enlaçou-o com o braçoesquerdo e, alçando a mão até ao cérebro do rapaz, tocava-lhe o centro da memória com aponta dos dedos, como a recolher o material de lembranças do companheiro. Pouco a pouco,vi que a luz mental do comunicante se misturava às irradiações do trabalhador encarnado.A zona motora do médium adquiriu outra cor e outra luminosidade. Alexandre aproximou-seda dupla em serviço e colocou a destra sobre o lobo frontal do colaborador humano, como acontrolar as fibras inibidoras, evitando, quanto possível, as interferências do aparelho mediú-nico.Calixto mostrava enorme alegria no semblante feliz de servo que se regozija com as bênçãosdo trabalho e, dando sinais de profunda gratidão ao Senhor, começou a escrever, apossando-sedo braço do companheiro e iniciando o serviço com as belas palavras:

– A paz de Jesus seja convosco! FIM

Page 10: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Uma psicografia acontecendo em um lugar “incomum”...

Capítulo 15Forças Viciadas

Em mesa lautamente provida com fino conhaque, um rapaz, fumando com volúpia e sob o domínio de uma entidade digna de compaixão pelo aspecto repelente em que se mostrava, escrevia, escrevia, escre-via...

Em um bar...

O cérebro do moço embebia-se em substância escura e pastosa que escorria das mãos do triste companheiro que o enlaçava. Via-se-lhes a absoluta associação na autoria dos caracteres escritos. A dupla em trabalho não nos registrou a presença.

— Neste instante — anunciou Áulus, atencioso —, nosso irmão desconhecido é hábil mé-dium psicógrafo. Tem as células do pensamento integralmente controladas pelo infeliz cul-tivador de crueldade sob a nossa vista. Imanta-se-lhe à imaginação e lhe assimila as ideias, atendendo-lhe aos propósitos escusos, através dos princípios da indução magnética, de vez que o rapaz, desejando produzir páginas escabrosas, encontrou quem lhe fortaleça a mente e o ajude nesse mister.

— Todavia, será ele um médium na acepção real do termo? Será peça ativa em agrupa-mento espírita comum?

— Não. Não está sob qualquer disciplina espiritualizante. É um moço de inteligência vivaz, sem maior experiência da vida, manejado por entidades perturbadoras. FIM

Page 11: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Vamos mostrar agora uma narração do espírito Joseph Gleber, mentor deRobson Pinheiro, no livro psicografado“Além da Matéria”. Observem o que elefala.

“Espero, portanto, a compreensão de meus irmãos para o fato de quenão escrevo diretamente.”

“Preciso me utilizar de um sensitivo, um paranormal e médium, para me fazer compreendido.”

“Contudo, o instrumento não é de todo eficaz, já que tenho de me envolver consciencial-mente com o meio, as correntes de pensamentos que circundam o ambiente psíquico e mefazer sentir apenas pelas idéias.”

“Aconselho os meus irmãos a irem mais fundo nos raciocínios e penetrar intensamente noâmago dos meus pensamentos extraindo a idéia, o conteúdo e a informação que vibra muitoalém das palavras.”

FIM

Prefácio

Page 12: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Porque o interrogasse, quanto ao processo fenomênico da incorporação,o benigno instrutor (Alexandre) esclareceu de boa vontade:– Mediunicamente falando, as medidas são as mesmas adotadas nos ca-sos de psicografia comum, acrescentando-se, porém, que necessitaremosproteger, com especial carinho, o centro da linguagem na zona motora,fazendo refletir nosso auxílio magnético sobre todos os músculos da fala,localizados ao longo da boca, da garganta, laringe, tórax e abdômen.

– Nossos amigos do círculo pedem a sua presença, pelo menos por alguns minutos – pros-seguiu o mentor, gentil –, e deliberei conduzi-lo até lá, para que você fale, não somente aeles, mas também aos familiares...

Mais adiante... Alexandre em conversa com o desencarnado que iria secomunicar através da incorporação...

Agora, em uma turma de Psicofonia...

– Ouça, porém, meu amigo! – tornou Alexandre, sereno e enérgico – é indispensável quevocê medite sobre o acontecimento. Lembre-se de que você vai utilizar um aparelho neuro-muscular que lhe não pertence. Nossa amiga Otávia servirá de intermediária. No entanto,você não deve desconhecer as dificuldades de um médium para satisfazer a particularidadestécnicas de identificação dos comunicantes, diante das exigências de nossos irmãosencarnados. Compreende bem?

CONTINUA

Page 13: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...– Sim – replicou Dionísio, algo desapontado –, estou agora no mundo daverdade e não devo faltar a ela. Recordo-me de que muitas vezes recebias comunicações do plano invisível, através de Otávia, com muitas pre-venções, e, não raro, vacilei, acreditando-a vítima de inúmeras mistifi-cações.

Alexandre, muito calmo, observou:

– Pois bem, agora chegou a sua vez de experimentar. E se, antigamente,era tão fácil para você duvidar dos outros, desculpe a fraqueza dos nossosirmãos encarnados, caso agora duvidem de seu esforço. É possível que nãoalcancemos o objetivo; entretanto, nossos colaboradores insistem pela suavisita e não devemos impedir a experiência.

Antes que Dionísio se internasse em novas considerações, o interlocutor rematou:– Concentre-se, com atenção, sobre o assunto, peça a luz divina em suas orações e espere-me.Conduzi-lo-ei em nossa companhia, deixando-o na residência da médium com algumas horasde antecedência para que você encontre facilidades no serviço de harmonização.

Detivemo-nos em humilde aposento.– Nesta parte da casa – explicou-nos o guia acolhedor – nossa irmã Otávia costuma fazer me-ditações e preces. A atmosfera reinante, aqui, é, por isso, confortadora, leve e balsâmica. Este-jam à vontade. Em vista de ser hoje um dos dias consagrados ao serviço mediúnico,terminará ela os trabalhos da refeição da tarde, mais cedo, a fim de orar epreparar-se.

CONTINUA

Page 14: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Quem está acompanhando André Luiz na residência da médium, além deDionísio, é Euclides, veja o que ele fala...

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Para não colocar todo o texto do livro nestaapresentação resumiremos que a nossa irmãOtávia teve um desentendimento com o seu

esposo (embriagado) onde o mesmo “insultoua companheira humilde e chegando mesmo a

infligir-lhe tormentos físicos”.

– (...) Assustada, a bondosa senhora sofreu tremendo choque nervoso que lhe atingiu o fíga-do, encontrando-se, no momento, sob forte perturbação gastrintestinal. Por isso, a alimenta-ção dela foi muito deficiente durante o dia e não tem podido manter a harmonia precisa damente para atender, com exatidão, aos nossos propósitos. Já trouxe diversos recursos de as-sistência, inclusive a cooperação magnética de competentes enfermeiros espirituais, para le-vantar-lhe o padrão das energias necessárias, e só por isto é que a pobrezinha ainda nãotombou acamada, embora se encontre bastante enfraquecida, apesar de todos os socorros.

Algo desapontado, Euclides considerou, após curto silêncio:CONTINUA

Page 15: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Quem está acompanhando André Luiz na residência da médium, além deDionísio, é Euclides, veja o que ele fala...

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Lembrando aliás que isso (oscontra-tempos) são comuns

de acontecer com os médiuns, principalmente, nos dias de trabalho.

Mas vamos voltar ao nosso caso.Vejam só o resultado...

– (...) Assustada, a bondosa senhora sofreu tremendo choque nervoso que lhe atingiu o fíga-do, encontrando-se, no momento, sob forte perturbação gastrintestinal. Por isso, a alimenta-ção dela foi muito deficiente durante o dia e não tem podido manter a harmonia precisa damente para atender, com exatidão, aos nossos propósitos. Já trouxe diversos recursos de as-sistência, inclusive a cooperação magnética de competentes enfermeiros espirituais, para le-vantar-lhe o padrão das energias necessárias, e só por isto é que a pobrezinha ainda nãotombou acamada, embora se encontre bastante enfraquecida, apesar de todos os socorros.

Algo desapontado, Euclides considerou, após curto silêncio:CONTINUA

Page 16: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

– Como sabe, a harmonia não é realização que se improvise, e se nós, osdesencarnados devotados ao bem, estamos em luta freqüente pela nossailuminação íntima, os médiuns são criaturas humanas, suscetíveis às vicis-situdes e aos desequilíbrios da esfera carnal...

– Oh! – exclamei, fixando a pobre mulher – não teremos alguém que asubstitua? Ela está quase cambaleante...

– Todos os serviços exigem preparo, treinamento – observou o meu inter-locutor, sensatamente – e não poderemos trazer alguém que faça às vezesde Otávia, dum instante para outro.

A dona da casa terminara a tarefa de aprontar o jantar humilde e, antes que o esposo voltasseao lar, dirigiu-se ao quarto íntimo, em que, conforme a notificação de Euclides, costumavafazer as suas preces preparatórias.

Penetramos o aposento em sua companhia. Euclides acomodou Dionísio ao lado dela e, en-quanto a médium se concentrava em oração, o dedicado amigo aplicava-lhe passes magné-ticos, fortalecendo os nervos das vísceras e ministrando, ao que percebi, vigorosas cotas deforça, não somente às fibras nervosas, mas também às células gliais (*).

(*) São células não neuronais do sistema nervoso centralque proporcionam suporte e nutrição aos neurónios.

CONTINUA

Page 17: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Dona Otávia pedia a Jesus bastante energia para o cumprimento de suatarefa, comovendo-nos a sua rogativa silenciosa, simples e sincera. Me-ditou na promessa que os amigos espirituais haviam levado a efeito, navéspera, relativamente à comunicação de Dionísio, recém-desencarnado.Procurava dispor-se ao concurso mediúnico eficiente, tentando isolar amente das contrariedades de natureza material. Aos poucos, sob a in-fluenciação de Euclides, formou-se um laço fluídico que ligou a médiumao próximo comunicante. O companheiro que preparava o trabalho reco-mendou ao amigo desencarnado falasse a Dona Otávia, com todas as suasenergias mentais, organizando o ambiente favorável para o serviço da noite.

Dionísio começou a falar-lhe de suas necessidades espirituais, comentando a esperança defazer-se sentir, junto da família terrena e dos antigos colegas de aprendizado espiritualista,notando eu que a médium lhe registrava a presença e a linguagem, em forma de figuração elembrança, aparentemente imaginárias, na esfera do pensamento.

Observei, com interesse, a extensão da fronteira vibratória que nos separa dos Espíritosencarnados, porquanto, em nos achando ali, em frente a uma organização mediúnica ades-trada, precisávamos iniciar o trabalho de comunicação, como quem estivesse muitíssimodistante, vencendo, devagarzinho, os círculos espessos de resistência.

CONTINUA

Page 18: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Longo tempo durou o singular diálogo, reconhecendo que, ao fim da inte-ressante conversação prévia, entre a médium e o comunicante, palestraessa que foi plenamente orientada pelo tato fraterno de Euclides, emtodas as minúcias, Dona Otávia parecia mais ambientada com o assunto,aderindo com clareza ao que Dionísio pretendia fazer.

Chegando ao núcleo espírita...

Atingimos o vasto salão daquela oficina de espiritualidade quando falta-va precisamente um quarto para as vinte horas.

Como sempre, os trabalhadores de nosso plano eram numerosíssimos, nosmúltiplos trabalhos de assistência, preparação e vigilância. Enquanto alguns amigos ansiosose a família do comunicante, constituída de esposa e filhos, aguardavam a palavra de Dionísio,muito grande era o nosso esforço para melhorar a posição receptiva de Otávia.

Alexandre, como de outras vezes, esmerava-se em ministrar o exemplo da cooperação sadia.Determinou que alguns colaboradores dos nossos auxiliassem o sistema endocrínico, de ma-neira geral, e proporcionassem ao fígado melhores recursos para a normalização imediata desuas funções, estabelecendo-se determinado equilíbrio para o estômago e intestinos, em vir-tude das necessidades do momento, para que o aparelho mediúnico funcionasse com a pos-sível harmonia.

CONTINUA

Page 19: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Às vinte horas, reunida a pequena assembléia dos irmãos encarnados, foiiniciado o serviço, com a prece comovedora do companheiro que dirigiaa casa.

Valendo-se do concurso magnético que lhe fora oferecido, a médiumsentia-se francamente mais forte.

Mais uma vez, contemplava, admirado, o fenômeno luminoso da epífise eacompanhava o valioso trabalho de Alexandre na técnica de preparaçãomediúnica, reparando que ali o incansável instrutor se detinha mais cuida-dosamente na tarefa de auxílio a todas as células do córtex cerebral, aoselementos do centro da linguagem e às peças e músculos do centro da fala.

Terminada a oração e levado a efeito o equilíbrio vibratório do ambiente, com a cooperaçãode numerosos servidores de nosso plano, Otávia foi cuidadosamente afastada do veículo fí-sico, em sentido parcial, aproximando-se Dionísio, que também parcialmente começou autilizar-se das possibilidades dela.

Otávia mantinha-se a reduzida distância, mas com poderes para retomar o corpo a qualquermomento num impulso próprio, guardando relativa consciência do que estava ocorrendo,enquanto que Dionísio conseguia falar, de si mesmo, mobilizando, no entanto, potências quelhe não pertenciam e que deveria usar, cuidadosamente, sob o controle direto da proprietárialegítima e com a vigilância afetuosa de amigos e benfeitores, que lhe fiscalizavam aexpressão com o olhar, de modo a mantê-lo em boa posição de equilíbrio emotivo. CONTINUA

Page 20: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Ali também, Dionísio era um elemento que aderia às faculdades de Otávia,utilizando-as na produção de valores espirituais que lhe eram caracterís-ticos, mas naturalmente subordinado à médium, sem cujo crescimentomental, fortaleza e receptividade, não poderia o comunicante revelar oscaracteres de si mesmo, perante os assistentes. Por isso mesmo, logica-mente, não era possível isolar, por completo, a influenciação de Otávia, vigilante. A casa físicaera seu templo, que urgia defender contra qualquer expressão desequilibrante, e nenhum denós, os desencarnados presentes, tinha o direito de exigir-lhe maior afastamento, porquantolhe competia guardar as suas potências fisiológicas e preservá-las contra o mal, perto de nósoutros, ou à distância de nossa assistência afetiva.

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Reconheci que o processo de incorporação comum era mais ou menosidêntico ao da enxertia da árvore frutífera. A planta estranha revela suascaracterísticas e oferece seus frutos particulares, mas a árvore enxertadanão perde sua personalidade e prossegue operando em sua vitalidadeprópria.

A nossa atmosfera de harmonia, porém, não conseguia sossegar a perturbadora expectativados companheiros encarnados.

Entre nós, prevaleciam o controle, a disciplina, o autodomínio; entre eles, sopravamo desequilíbrio e a inquietação.

CONTINUA

Page 21: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Interrompida a concentração mental com o encerramento, iniciaram-se as apreciações, verifi-cando-se que quatro quintos dos assistentes não aceitavam a veracidade damanifestação.

Exigiam um Dionísio – homem pela boca de Otávia, mas nosso plano lhesimpunha um Dionísio – espírito, pelas expressões da médium. A família humana aguardava o pai emocionado e ainda submetido a paixões menos construtivas, mas auxiliávamos o irmão para que sua alma se mantivesse calma e enobrecida, em benefício dos próprios familiares terrestres.

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Falava o comunicante sob forte emotividade, mas Alexandre e Euclides,ocupando-se respectivamente dele e da intermediária, fiscalizavam-lheas atitudes e palavras, para que se manifestasse tão somente nos assun-tos necessários à edificação de todos, responsabilizando-o por todas asimagens mentais nocivas que a sua palavra criasse no cérebro e no coração dos ouvintes.

Depois de falar quase quarenta minutos, dirigindo-se à família e aos colegas de luta humana,Dionísio despediu-se, repetindo tocante oração de agradecimento que Alexandre lhe ditou,comovido.

Nosso concurso decorrera com absoluta harmonia.

O manifestante ofereceu os possíveis elementos de identificação pessoal, mas a pequenacongregação de encarnados não recebeu a dádiva como seria de desejar.

CONTINUA

Page 22: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Capítulo 16.Incorporação.

Somente a esposa de Dionísio e alguns raros amigos sentiram-lhe, efeti-vamente, a palavra viva e vibrante. Os próprios filhos internaram-se pelaregião da dúvida e da negativa.

No grupo em palestra, formado num dos recantos da sala, começou a in-sinuação maledicente. Apenas a viúva e mais três irmãos de ideal se man-tinham juntos da médium, incentivando-lhe o espírito de serviço, atravésde palavras e pensamentos de compreensão e alegria.

No agrupamento, onde os filhos externavam ingratas impressões, umamigo, tocado de cientificismo, afirmava, solene:– O problema da mediunidade é questão muito grave na Doutrina; o animismo é uma ervadaninha em toda a parte. Nosso intercâmbio com o plano invisível está repleto de lamentáveisenganos.

Um dos rapazes presentes arregalou os olhos e perguntou, de súbito:

– Considera, porém, o senhor que Dona Otávia seria capaz de enganar-nos?

– Não, conscientemente – tornou o cientificista com um sorriso superior –, entretanto, in-conscientemente, sim. A maioria dos médiuns é vítima dos próprios desvairamentos emotivos.As personalidades comunicantes, em sentido comum, representam criações mentais dos sen-sitivos. Tenho estudado pacientemente o assunto para não cair, como acontece a muitagente, em conclusões fantásticas. Há que fugir do ridículo, meus amigos. CONTINUA

Page 23: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

A reduzida assembléia escutava-lhe a palavra importante, como se ou-visse um oráculo infalível. Noutro recanto do salão, comentava-se omesmo assunto, discretamente.

– Não acredito na veracidade da manifestação – afirmava, em voz baixa,uma senhora relativamente moça, dirigindo-se ao marido e às amigas.– Afinal de contas, a comunicação primou pela banalidade... Nada denovo. Para mim, as palavras de Otávia procedem dela mesma. Não sentiqualquer sinal concludente, com respeito à possível presença do nossovelho amigo. Seria muito desinteressante à esfera dos desencarnados, seapenas proporcionasse aos que nos precedem as frivolidades que o supostoDionísio nos trouxe.

– Talvez tenha havido alguma perturbação – disse o esposo da mesma senhora. – Não nosachamos livres dos mistificadores do plano invisível...

O grupo abafava o riso franco.

Nunca experimentei tanta decepção como nesses instantes em que examinava o processode incorporação mediúnica.

E André Luiz comenta...

CONTINUA

Page 24: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 16.Incorporação.

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Ninguém ali ponderava as dificuldades com que Euclides, o bom coope-rador espiritual, fora defrontado para trazer à casa o conforto daquelanoite.

E André Luiz comenta mais ainda... (separamos cada comentário)

Ninguém ponderava sobre a luta que o acontecimento representava paraa própria médium, interessada em servir com amor na causa do bem.

Os companheiros encarnados sentiam-se absolutamente credores de tudo.

Os benfeitores espirituais, na apreciação dos presentes, não passariam demeros servidores dos seus caprichos, a voltarem do Além-Túmulo tão somente para atender--lhes ao gosto de novidades.

Com raríssimas exceções, ninguém pensou em consolo, em edificação, em aproveitamento daexperiência obtida.

Ao invés do agradecimento, da observação edificante, cultivava-se a desconfiança e amaledicência.

Alexandre percebeu que Euclides acompanhava a cena com justificado desapontamento (...);mas, praticando o seu culto de amor e gentileza, o instrutor recomendou-lhe o afastamento,confiando-lhe aos cuidados a entidade comunicante, que deveria regressar, semperda de tempo, ao lugar de origem. CONTINUA

Page 25: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Agora, em uma turma de Psicofonia...

Capítulo 16.Incorporação.

O instrutor acercou-se de mim, compreendeu-me o espanto e falou:– Não se admire, André. Nossos irmãos encarnados padecem complica-das limitações.

Mostrou a fisionomia confiante e sorridente, e acentuou:

– Além disto, como você observa, a maioria tem o cérebro hipertrofiado eo coração reduzido. Nossos amigos da Crosta, comumente, criticam emdemasia e sentem muito pouco; estimam a compreensão alheia; todavia,raramente se dispõem a compreender os outros... Mas o trabalho é umaconcessão do Senhor e devemos confiar na Providência do Pai, trabalhandosempre para o melhor.

Em seguida, fez algumas recomendações a alguns amigos que ficariam na tenda de realizaçãoespiritual e falou:– Vamo-nos.

Ao nos afastarmos, rente à porta um cavalheiro dizia ao diretor dos serviços:– Todos nós temos o direito de duvidar.

Não ouvi a resposta do interlocutor encarnado, mas Alexandre considerou, com a expressãofisionômica dum pai otimista e bondoso:– Quase todas as pessoas terrestres, que se valem de nossa cooperação, se sentem no direitode duvidar. É muito raro surgir um companheiro que se sinta com o dever de ajudar. FIM

Page 26: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Outra incorporação com a médium Otávia...

Capítulo 17.Doutrinação.

A esse tempo, secundado por diversos auxiliares, Alexandre prestava aoorganismo de Otávia o máximo de concurso fraterno, em cotas abun-dantes de recursos magnéticos. Compreendi que, se para os fenômenosde intercâmbio com os desencarnados esclarecidos era necessário oauxílio de nosso plano ao campo mediúnico, no caso presente essa coo-peração deveria ser muito maior, em vista da condição dolorosa e lasti-mável dos comunicantes. Com efeito, a médium Otávia recebia os maisvastos recursos magnéticos para a execução de sua tarefa.

Daí a minutos, providenciava-se a incorporação de Marinho, que tomou a intermediária sobforte excitação. Otávia, provisoriamente desligada dos veículos físicos, mantinha-se agora algoconfusa, em vista de encontrar-se envolvida em fluidos desequilibrados, não mostrando amesma lucidez que lhe observáramos anteriormente; todavia, a assistência que recebia dosamigos de nosso plano era muito maior.

Enquanto isto ocorria, vários ajudantes de serviço recolhiam as forças mentais emitidas pelosirmãos presentes, inclusive as que fluíam abundantemente do organismo mediúnico, o que,embora não fosse novidade, me surpreendeu pelas características diferentes com que o tra-balho era levado a efeito.

Não pude conter-me e interpelei um amigo em atividade nesse setor. CONTINUA

Page 27: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 17.Doutrinação.

– Esse material – explicou-me ele, bondosamente – representa vigorososrecursos plásticos para que os benfeitores de nossa esfera se façam visí-veis aos irmãos perturbados e aflitos ou para que materializem proviso-riamente certas imagens ou quadros, indispensáveis ao reavivamento daemotividade e da confiança nas almas infelizes. Com os raios e energias,de variada expressão, emitida pelo homem encarnado, podemos formarcertos serviços de importância para todos aqueles que se encontrempresos ao padrão vibratório do homem comum, não obstante permane-cerem distantes do corpo físico.

Outra incorporação com a médium Otávia...

Compreendi a elucidação, reconhecendo que, se é possível efetuar uma sessão de materiali-zação para os companheiros encarnados, noutro sentido a mesma tarefa poderia ser levada aefeito para os irmãos desencarnados, de condição inferior. Admirando a excelência e a ampli-tude das atividades dos nossos orientadores, fixei a minha atenção na palestra que se esta-beleceu entre Marinho, incorporado em Otávia, e o doutrinador humano, orientado intuiti-vamente por Alexandre.

A certa altura da doutrinação, percebi que Alexandre chamava a si um dos diversos coopera-dores que manipulavam os fluidos e forças recolhidas na sala e recomendou-lhe que ajudassea genitora de Marinho a tornar-se visível para ele.

CONTINUA

Page 28: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 17.Doutrinação.

Outra incorporação com a médium Otávia...

Notei que a senhora desencarnada, com os préstimos de outros amigos,atendeu imediatamente, ao passo que Alexandre, abandonando pormomentos o seu posto junto ao doutrinador, aplicou passes magnéticosna região visual do comunicante, compreendendo, então, que ali se en-contravam em jogo interessantes princípios de cooperação.

A genitora amorosa resignava-se ao envolvimento em vibrações maisgrosseiras, por alguns minutos, enquanto o filho elevaria a percepçãovisual até o mais alto nível ao seu alcance, para que pudessem efetuarum reencontro temporário de benéficas conseqüências para ele.

Voltou Alexandre a fixar-se ao lado do dirigente e, com surpresa, ouvi que o amigo encarnadodesafiava o exasperado comunicante, agindo francamente por intuição com a sua voz quentede sinceridade no ministério do amor fraternal:

– Observe em volta de si, meu irmão! exclamava o doutrinador, comoventemente – reconhe-ce quem se encontra ao seu lado?

Foi então que o espírito, incorporado, lançou um grito terrível:– Minha mãe! – disse ele, alarmado de dor e vergonha – minha mãe!...

Os encarnados presentes viam tão-somente o corpo de Otávia, dominado pelo espíritoque lhes era invisível, quase a rebentar-se de soluços atrozes, mas nósvíamos além.

CONTINUA

Page 29: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 17.Doutrinação.

Outra incorporação com a médium Otávia...

Depois da chegada da senhora,sua mãe, e também de sua ajuda,

o espírito pôde ser ajudado.

Após despedir-se da mãezinha abnegada, quevoltou à nossa companhia, o espírito conversouainda, por alguns minutos, com o dirigenteencarnado da reunião, surpreendendo-o coma mudança brusca.

Sendo encaminhado pelos espíritos auxiliares...

Outros grupos, procedentes de outras regiões, traziam seus tutelados para a doutrinação, deacordo com o programa de serviço estabelecido previamente.

Foram quatro as entidades que receberam os benefícios diretos dessa natureza, através deOtávia e outro médium.

FIM

Page 30: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 17.Doutrinação.

Em todos os casos, o magnetismo foi empregado em larga escala pelosnossos instrutores, salientando-se o de um pobre negociante que aindaignorava a própria morte. Demonstrando ele certa teimosia, em face daverdade, um dos orientadores espirituais, da condição hierárquica deAlexandre, impondo-lhe sua vontade vigorosa, fê-lo ver, a distância, osdespojos em decomposição. O infeliz, examinando o quadro, gritavalamentosamente, rendendo-se, por fim, à evidência dos fatos.

Algumas observações...

Em todos os serviços, o material plástico recolhido das emanações doscolaboradores encarnados satisfez eficientemente.

Um dos necessitados, que tomara o médium sob forte excitação, quis agredir os componentesda mesa em tarefa de auxilio fraternal. Antes, porém, que pusesse em prática o sinistro de-sígnio, vi que os técnicos de nosso plano trabalhavam ativos na composição de uma forma semvida própria, que trouxeram imediatamente, encostando-a no provável agressor. Era um es-queleto de terrível aspecto, que ele contemplou de alto a baixo, pondo-se a tremer, humi-lhado, esquecendo o triste propósito de ferir benfeitores.

Não era mobilizado apenas pelos amigos de mais nobre condição, que necessitavam fazer-sevisíveis aos comunicantes; era empregado também na fabricação momentânea de quadrostransitórios e de idéias-formas, que agiam beneficamente sobre o ânimo dos infelizes, em lutaconsigo mesmos.

Depois de trabalhos complexos da nossa esfera, terminou a sessão, com grandesbenefícios para todos. FIM

Page 31: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Através da mediunidade, os espíritos conseguem manter intercâmbio com os encarnados. Ocontato dá-se através das várias modalidades mediúnicas, seja ela a vidência, clarividência,clariaudiência, psicografia, psicofonia, etc.

A incorporação é a modalidade mediúnica mais utilizada, por várias razões, trazendo ascomunicações da "boca" dos próprios espíritos, ou seja, eles estão no momento damanifestação, presentes e próximos aos encarnados. A incorporação traz como beneficio, aconfiabilidade das comunicações, já que podemos "ver" o espírito manifestado, reconhe-cendo-o através de seus próprios movimentos, ações, voz, etc.

Assim, é possível manter estreito contato entre o espírito e o médium.

Na incorporação, o espírito comunicante, não "entra" no corpo físico do médium, mas apenastoma as "rédeas" da situação, controlando o corpo físico com ou sem a intervenção domédium. O espírito, assim, apenas se aproxima do corpo físico, mas não o toma ou "entra“nele.

A incorporação divide-se pela intervenção ou não do médium em :

Incorporação Inconsciente e Incorporação Semi-consciente

Na Inconsciente, o espirito do médium se afasta e deixa que o espirito comunicante "assuma“o seu corpo. Assim, o espirito do médium, não interfere na comunicação, mesmo estandoconsciente no plano astral.

As Manifestações dos espíritos sobre os médiuns.

Page 32: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Na semi-consciente, o espirito do médium se afasta um pouco do corpo, mas mantém ligaçãoconsciente com ele, enquanto que o espirito comunicante assume algumas funções motorasdo corpo físico. A semi-inconsciência pode variar de intensidade, ou seja, o médium pode terdesde um grande grau de consciência até um grau de quase total inconsciência. O médium,tem, enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de consciência, vendo a manifestaçãocomo se estivesse distante ou alheio. A noção de tempo, também, é diferente, pois mesmodepois de algumas horas de incorporação, o médium tem a noção de que se passou apenasalguns minutos.

Estas ligações mediúnicas, através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através docorpo astral do médium. Os espíritos comunicantes, usam, assim, os chacras do médiumcorrespondentes à sua linha de atuação.

É claro que os demais chacras são utilizados, mas há sempre o chacra principal de ponto decontato e manipulação.

Quando a entidade "incorpora“, ou nos momentos pré-incorporativos, um médium, podesentir a diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue distinguir umaentidade da outra, pois as vibrações energéticas de cada entidade são diferentes umas dasoutras.Um espírito pode se manifestar utilizando o chacra laríngeo (localizado na garganta ou laringe),por isso que o corpo do médium fala com uma voz mais afinada, do tipo criança, por exemplo.

Outros espíritos, por sua vez, também, usam os chacras correspondentes, mas como podemestar muito ligados ao terra-a-terra, usam bastante o chacra básico ou genésico (glândulasSexuais). Ligado as energias relacionado ao sexo.

Page 33: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Alguns espíritos usam muito o chacra genésico (glândulas sexuais) para se manifestarem. Epor dominarem e controlarem as energias relacionadas ao sexo, elas "carregam" este tipode vibração.

Por esta característica, um médium "sente" uma mudança significativa no seu padrão vibra-cional, pois o espírito está "atirando" suas vibrações afins. Por isso, pode-se causar um cer-to incomodo no médium, pois o seu centro genésico é estimulado no lado astral e suasglândulas sexuais são estimuladas no lado material e ele pode sentir a mesma sensação deexcitação. Na verdade é apenas uma energia se manifestando e o médium deve saber dife-renciar uma excitação normal de uma manifestação de um espírito. Se o médium, cair natentação e deixar-se levar, ele poderá se prejudicar, gastando a sua energia à toa.

Outro fato muitíssimo importante é a manifestação de um espírito maléfico passando-se porum espírito qualquer. Deve-se tomar muito cuidado, pois certamente ela estará apenas vam-pirizando as emanações sensuais do médium, podendo prejudicá-lo seriamente.

Também, devido à classificação dos espíritos, pode ser que seja um de nível bem próximo àstrevas. Como eles não tem muito conhecimento do bem e do mal, podem também, prejudicarum médium.

Vale lembrar que às vezes, um médium, pode ficar fascinado ou encantado com um espírito,por exemplo uma pomba-gira. Isso é perigoso para a pessoa, já que pode desequilibrar-se.

O que fazer então ?

Page 34: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

"Orai e vigiai" é o lema de todo médium. Devemos estar atentos não com os vícios alheios,mas com os nossos. Devemos direcionar as energias desequilibrantes e transformá-las emenergias salutares, em ações benéficas.

Podemos, por imperfeição, ter os nossos vícios, mas através de um verdadeiro espírito do bem,podemos nos curar com a ajuda de nossos esforços.

Quando vemos então um médium, que manifesta um espírito, e acharmos que está extrapo-lando, devemos mantermos vigilantes para que nós não caiamos nas vibrações que nos pre-judicarão. Na verdade o médium, como ser muito sensível, está apenas deixando que as vi-brações se manifestem por ele. Um bom exemplo disso, quando um espirito sofredor se a-proxima de um médium, este sente todas as dores, como se fossem as suas mesmo, mas naverdade é apenas um reflexo que o médium sente. A vibração é do espirito sofredor.

Page 35: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 11Valiosa experiência.

“(...) A memória é um disco vivoe milagroso. Fotografa as imagensde nossas ações e recolhe o somde quanto falamos e ouvimos...

Por intermédio dela, somoscondenados ou absolvidos,dentro de nós mesmos.”

FIM

Page 36: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Capítulo 17.Doutrinação.

O uso da incorporação e doutrinação em nosso plano físico.

– Porque a doutrinação em ambiente dos encarnados? – indaguei.– Semelhante medida é uma imposição no trabalho desse teor?

André Luiz faz a seguinte pergunta para o Instrutor Alexandre...

– Não – explicou o instrutor –, não é um recurso imprescindível. Temosvariados agrupamentos de servidores do nosso plano, dedicados exclu-sivamente a esse gênero de auxílio. As atividades de regeneração emnossa colônia estão repletas de institutos consagrados à caridade frater-nal, no setor de iluminação dos transviados.

“Os postos de socorro e as organizações de emergência, nos diversos departamentos denossas esferas de ação, contam com avançados núcleos de serviço da mesma ordem.”

“Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir maisintensamente, em benefício dos necessitados que se encontrem cativos das zonas de sen-sação, na crosta do Mundo.”

“Mesmo aí, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não cons-titui fator absoluto e imprescindível; mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concursode médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão tam-bém para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos nacarne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.” CONTINUA

Page 37: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

O uso da incorporação e doutrinação em nosso plano físico.

Capítulo 17.Doutrinação.

O mentor fixou um sorriso e prosseguiu:

– Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos;doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.

FIM

Page 38: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Os emissários expuseram ao que vinham, solicitando aos médiuns, cujosEspíritos para ali haviam sido conduzidos enquanto os corpos continuavam profundamente adormecidos, seu concurso piedoso para o esclarecimento de míseros suicidas incapacitados de se convencerem dos imperativos da vida espiritual apenas com o concurso astral.

O estado lamentável a que se reduziram aqueles infelizes não foi omitido na longa exposição feita pelos solicitantes.

A Comunhãocom o Alto

CONTINUA

Observem agora, no relatoa seguir, a grande impor-

tância do trabalho do mé-dium de incorporação, e

também, muitas vezes, asconseqüências e sensações

causadas, decorrentesdestes trabalhos.

Em um trabalhomediúnico sério,tudo é planejado

antecipadamente.Até mesmo com

os próprios médiuns.Vamos ver como...

Page 39: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

A Comunhãocom o Alto

Se se arriscavam à solicitação de tão vultoso concurso era porque entendiam que os mé-diuns educados à luz da áurea moral cristã são iniciados modernos, e, por isso, devem saber que os postos que ocupam, no seio da Escola a que pertencem, fatalmente terão de obede-cer a dois princípios essenciais e sagrados da Iniciação Cristã heroicamente exemplificados pelo Mestre Insigne que a legou: — Amor e Abnegação!

Todavia, a direção do Instituto Maria de Nazaré oferecia garantia: — suprimento das forças consumidas, quer orgânicas, mentais ou magnéticas, imediatamente após a cessação do compromisso, ao passo que a Legião dos Servos de Maria, a partir daquela data, jamais os deixaria sem a sua fraterna e agradecida observação.

Seria até mesmo possível que, durante o tempo que estivessem em con-tato com eles, impressões de indefiníveis amarguras, mal-estar inquie-tante, perda de apetite, insônia, diminuição até mesmo do peso naturaldo corpo físico viessem surpreendê-los e afligi-los.

Os médiuns deveriam contribuir com grandes parcelas de suas próprias energias para alívio dos desgraçados que lhes bateriam à porta. Esgotar-se-iam, provavelmente, no caridoso afã de lhes estancar as lágrimas.

CONTINUA

Page 40: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

A Comunhãocom o Alto

Não obstante, seriam livres de anuir ou não ao convite, o encargo deveria distinguir-se por voluntário, realizado sem constrangimentos de nenhuma espécie, estribando-se na confiança e no sincero desejo do Bem.

Assim se realizaram as primeiras confabulações em doze povoações visi-tadas, sendo os convites apresentados a vinte médiuns de ambos os se-xos. Dentre estes, porém, apenas quatro senhoras, humildes, bondosas, deixando desprender do envoltório astral estrigas (faixas) luminosas à altura do coração, ofereceram incondicional e abnegadamente seus préstimos aos emissários da Luz, prontas ao generoso desempenho.

Dos representantes masculinos apenas dois aquiesceram, sem rasgos de legítima abnega-ção, é certo, mas fiéis aos compromissos de que se investiram, assemelhando-se ao funcio-nário assíduo à repartição por ser esse o dever do subordinado. Os restantes, conquanto honestos, sinceros no ideal esposado por amor de Jesus, desencorajaram-se de um com-promisso formal.

Os quadros expostos, mostrando-lhes o precário estado dos pacientes que deveriam soco-rrer, seu martirológio de além-túmulo, infundiram-lhe tais pavores e impressões que acha-ram por bem retrair impulsos assistenciais, prontificando-se, porém, a permanente auxílioatravés das irradiações benévolas de preces sinceras. Foram, por conseguinte, desobrigados de quaisquer compromissos diretos, dando-se os visitantes por amplamente satisfeitos.

CONTINUA

Page 41: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

A beira de seus leitos inspeção minuciosa foi efetivada em seus fardos carnais. O vigor cerebral, as atividades cardíacas, a harmonia da circu-lação, o estado geral das vísceras e do sistema nervoso, e até as funções gástricas, renais e intestinais foram cuidadosamente investigadas. As de-ficiências porventura observadas seriam a tempo reparadas por ação fluídica e magnética, pois tinham à frente ainda vinte e quatro horas para os preparativos.

Era de notar, porém, que o Brasil fora assinalado como ambiente prefe-rível, onde se localizavam médiuns ricamente dotados, honestos, since-ros, absolutamente desinteressados!

A Comunhãocom o Alto

Seguiram-se os indispensáveis exames da organização astral e envoltório material dos que se comprometeram ao alto mandato.

Passaram em seguida à vistoria do envoltório físico-astral, ou seja, o perispírito. Conduzidos a um dos postos de emergência e socorro, mantidos pela Colônia a que deveriam emprestar caridoso concurso, nas proximidades desta como da própria Terra, espécie de DepartamentoAuxiliar onde freqüentemente se realizavam importantes trabalhos de investigações e labo-res outros, afetos aos serviços da mesma Colônia, foram os Espíritos dos seis médiuns con-tratados minuciosamente instruídos quanto aos serviços que deveriam prestar, examinadosos seus perispíritos, revivificados com aplicações fluídicas de excelência soberana para o de-sempenho,(...)

CONTINUA

Page 42: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

(...) analisados o volume e grau das vibrações emitidas e corrigidos os excessos ou deficiências apresentadas, a fim de que resistissem sem sofrer quaisquer distúrbios e dominassem, tanto quanto possível, beneficiando-as com o vigor sadio que desprendessem — as emanações mentais nocivas, doentias, desesperadoras, dos desgraçados suicidas absorvidos pela loucura da dor superlativa!

A Comunhãocom o Alto

Pode-se mesmo asseverar que o contato mediúnico com os futuros comu-nicantes estabeleceu-se nessa ocasião, quando correntes magnéticas har-moniosas foram dispostas de uns para outros, assim determinando a atra-ção simpática, a combinação dos fluidos, fator indispensável na operaçãodos fenômenos de tão melindroso quão sublime gênero.

Uma vez ultimados tais preparativos, reconduziram os colaboradores terrenos aos seus la-res, libertando-os do sono em que os haviam mergulhado, a fim de que retomassem os far-dos materiais quando bem lhes aprouvesse, e, incansáveis heróis do amor fraterno, torna-ram aos seus postos do Invisível, prosseguindo em nova série de atividades preparatórias para a jornada da noite seguinte, quando se iniciaria a sucessão de reuniões em quatro cida-des do interior do Brasil. E não é de admirar que assim o fizessem, sabido como é que todos os iniciados graduados são doutores em Medicina, com amplos conhecimentos também das organizações físico-astrais.

FIM

Page 43: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

Colocamos este relato completo, sobre os preparativos do médium, para vermos a complexidade que envolve

um trabalho mediúnico sério.

O Fenômeno

da Incorporaç

ão.

Page 44: 14.0.6. O Fenômeno da Incorporação VI   01 jan 2014

http://vivenciasespiritualismo.net/index.htmLuiz Antonio Brasil

Périclis [email protected]

Veremos a seguir...

Formas de

Pensamento.