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Óbito

Morreu o fi scalista Saldanha SanchesJosé Luís Saldanha Sanches tinha-se afastado da vida pública há vários meses. Estava há alguns dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Foi lá que morreu, hoje de madruga-da, aos 66 anos, vítima de cancro. Tornou-se conhecido enquanto fi scalista. Pág.19»

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Gratuito TTT: Governo vai anular concurso - PSD: Jardim diz que Passos leva PS “às costas” - PJ: Haxixe apreendido no Algarve Leia mais ÚLTIMAS

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Sexta-feira14 Maio de 2010

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Espanha

Juiz Baltasar Garzón suspenso da actividadeÉ uma decisão tomada por unanimidade no órgão que supervisiona os juízes espanhóis. Baltasar Garzón foi suspenso da actvidade, depois de indiciado por pretender investi-gar crimes cometidos no período franquista, amnistiados por uma lei de 1977. Pág.21»

Convocados para a missão

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r/com renascença comunicação multimédia, 2010

O Papa Bento XVI apelou ao reforço do espírito mis-sionário, durante a homilia da missa que esta manhã teve lugar na Avenida dos Aliados, no Porto.Bento XVI afi rmou que a Igreja está pronta para o diá-logo inter-religioso e pediu cuidado com o conformis-mo porque “seria morrer a prazo”, se prevalecesse uma tentação de a Igreja se limitar ao que tem.“Temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e segu-

ro: seria morrer a prazo, enquanto presença de Igreja no mundo, que aliás só pode ser missionária, no mo-vimento expansivo do Espírito”, começou por dizer. “Nestes últimos anos, alterou-se o quadro antropoló-gico, cultural, social e religioso da humanidade; hoje a Igreja é chamada a enfrentar desafi os novos e está pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa vontade a pacífi ca convivência dos povos”, acres-

centou o Papa, ao vincar a preparação da Igreja para o diálogo inter-religioso.Bento XVI referiu que “o campo da missão ad gen-tes apresenta-se hoje notavelmente alargado e não defi nível apenas segundo considerações geográfi cas”. “Realmente aguardam por nós, não apenas os povos não-cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos sócio-culturais e sobretudo os corações que são os verdadeiros destinatários da actividade missio-

nária do povo de Deus”, adiantou.O Santo Padre sustentou que a Igreja deve “servir a humanidade” e pediu efi cácia na missão. “Somos cha-mados a servir a humanidade do nosso tempo, con-fi ando unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça»”, disse, ao citar o livro de João. “Quanto tempo perdido, quanto tra-

Missa nos Aliados

Papa adverte que conformismo signifi ca morte a prazo” “Temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos”, disse hoje o Papa, perante as mais de 150 mil pessoas reunidas na Avenida dos Aliados e artérias adjacentes. Na homilia do Porto, Bento XVI deixou este apelo ao não-conformismo e também ao espí-rito da missão.

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balho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se defi ne a partir de Cristo, quanto à origem e à efi cácia da missão”, completou.

A missão segundo São MatiasA missão segundo São Matias

O Papa recuperou o exemplo de São Matias, o seguidor de Jesus que foi escolhido para substituir Judas, para reforçar o convite à missão, e cujo dia hoje se assinala. “O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de Deus e ofere-cer ao mundo Cristo ressuscitado”.“É necessário que vos torneis comigo testemunhas da ressurreição de Jesus. Na realidade, se não fordes vós

as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?”, perguntou o Papa, acrescentando que a acção de cada cristão é essencial para que “to-das as situações de defi nhamento e morte se trans-formem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida”. Bento XVI terminou a sua homilia com palavras de encorajamento, reafi rmando que é de Jesus que os cristãos recebem a missão. “Tudo se defi ne a partir de Cristo, quanto à origem e à efi cácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai, e somos nela investidos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da terra a partir de Deus, sempre e só de Deus!”.

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O Papa manifestou o desejo de que a sua visita sirva para “renovar o impulso espiritual e apostólico da Igreja portu-guesa”.A mensagem foi deixada por Bento XVI no discurso de des-pedida, esta tarde, no Aero-porto Sá Carneiro, no Porto.Ninguém fi cou esquecido na intervenção do Papa: organi-zadores, episcopado, auto-ridades civis e militares, os imigrantes e os meios de co-municação social.“Levo guardada na alma a cordialidade do vosso acolhi-mento afectuoso, a forma tão calorosa e espontânea como se cimentaram os laços de comunhão com os grupos hu-manos com quem pude con-tactar”, disse o Santo Padre, acrescntando: “Para todos os portugueses, fi éis católicos ou não, aos homens e mulheres que aqui vivem, mesmo sem aqui terem nascido, vai a mi-nha saudação na hora da des-pedida.”Bento XVI pediu uma “sólida coesão, caminho necessário para enfrentar com respon-sabilidade comum os desa-fi os com que vos debateis” e manifestou o desejo de que “esta gloriosa Nação” coninue “a manifestar a grandeza de alma, profundo sentido de Deus, abertura solidária, pautada por princípios e valores bebidos no humanismo cristão”.Momentos antes de embarcar no avião que o levaria de volta a Roma, Bento XVI falou da alegria que sentiu ao ser “testemunha da fé e devoção da comunidade eclesial portuguesa”, e de ter verifi cado “a energia entusiasta das crianças e dos jovens, a adesão fi el dos presbíteros, diáconos e religiosos, a dedicação pasto-ral dos bispos, a procura livre da verdade e da bele-za patente no mundo da cultura, a criatividade dos agentes de pastoral social, a vibração da fé dos fi éis nas dioceses”. “O meu desejo é que a minha visita se torne incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico”, pediu o Papa.

País revigorado e já com saudade do PapaPaís revigorado e já com saudade do Papa

O Presidente da República despediu-se do Papa subli-nhando que o país o vê partir “revigorado pela men-sagem de esperança e confi ança” que deixou nesta visita. Cavaco Silva aludiu ao “sentimento que nenhuma ou-tra língua ainda soube traduzir em tod a sua profun-didade e que reservamos aos que nos são mais queridos, a saudade”.O Presidente lembrou também as “impressionantes molduras humanas” que o acolheram em Lisboa, Fáti-ma e no Porto e “as manifestações de profunda devo-ção e júbilo” que marcaram esses momentos.

Despedida

Papa agradeceu acolhimento afectuoso

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O Papa Bento XVI saudou, no discurso que dirigiu aos agentes da Pastoral Social, quem luta em defesa do casamento e contra o aborto, mensagem recebida com os mais calorosos aplausos que se ouviram ao longo dos dias de visita.O Papa saudou as iniciativas que defendem o casamen-to entre “um homem com uma mulher”.“As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimónio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafi os que hoje se colocam ao bem comum. Tais iniciativas constituem, juntamente com muitas outras formas de compromisso, elementos essenciais para a construção da civilização do amor”, disse o Papa.Sobre o aborto, Bento XVI expressou apreço por quem desenvolve iniciativas em defesa da vida. “Exprimo profundo apreço a todas aquelas iniciativas sociais e pastorais que procuram lutar contra os mecanismos só-cio-económicos e culturais que levam ao aborto e que têm em vista a defesa da vida e a reconciliação e cura das pessoas feridas pelo drama do aborto”, afi rmou.

Alerta para “o lucro fácil”Alerta para “o lucro fácil”

Perante os cerca de oito mil representantes das insti-tuições que trabalham no campo da acção social reuni-dos na Igreja da Santíssima Trindade, Bento XVI enfati-zou a necessidade de integridade moral e doutrinal dos movimentos católicos, pedindo que não sacrifi quem os

seus valores, nem em nome da efi ciência.“A pressão exercida pela cultura dominante, que apre-senta com insistência um estilo de vida fundado sobre a lei do mais forte, sobre o lucro fácil e fascinante, acaba por infl uir sobre o nosso modo de pensar, os nos-sos projectos e as perspectivas do nosso serviço, com o risco de esvaziá-los da motivação da fé e da esperança cristã que os tinha suscitado”, sustentou o Papa, an-tes de pedir amparo para os marginalizados: “Os pe-didos numerosos e prementes de ajuda e amparo que nos dirigem os pobres e marginalizados da sociedade impelem-nos a buscar soluções que estejam na lógica da efi cácia, do efeito visível e da publicidade.” Para responder à pressão da “cultura dominante” e do “lucro fácil”, o Papa defende total clareza da parte das instituições e movimentos, incluindo na escolha dos seus colaboradores e funcionários: “Importa que seja clara a sua orientação, de modo a assumirem uma identidade bem patente: na inspiração dos seus objec-tivos, na escolha dos seus recursos humanos, nos mé-todos de actuação, na qualidade dos seus serviços, na gestão séria e efi caz dos meios”.

Crise cultural e espiritualCrise cultural e espiritual

Numa alocução em que revisitou por diversas vezes as suas encíclicas, Bento XVI recordou ainda a ideia de que a actual crise, não é apenas fi nanceira, mas tam-bém “cultural e espiritual”.A independência política é também crucial, considera Bento XVI, não obstante uma eventual “cooperação

com organismos do Estado para atingir fi ns comuns”. O discurso do Papa começou com a invocação da parábola do Bom Samaritano. Recordan-do que o verdadeiro bom sama-ritano é Jesus, que a estalagem é a Igreja e que o preço pago em adiantado é o sacrifício a que Cristo se sujeitou pela humanidade, o Papa apelou à compaixão para com “os po-bres, os doentes, os presos, os sós e desamparados, as pesso-as com defi ciência, as crianças e os idosos, os migrantes, os desempregados e os sujeitos a carências que lhes perturbam a dignidade de pessoas livres”.

Encontro com Pastoral Social em Fátima

Papa saudou quem luta em defesa do casamento e contra o aborto

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O Papa Bento XVI aproveitou o discurso aos bispos portu-gueses para alertar para o “menosprezo pela dimensão religiosa” evidenciado por algumas elites culturais, dan-do os exemplos dos “políticos, intelectuais e profi ssio-nais da comunicação”.“Há necessidade de verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo: políticos, intelectuais, profi ssionais da comunicação que professam e promo-vem uma proposta mono-cultural com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida”, referiu Bento XVI, apontando ainda que, “em tais âmbitos, não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secu-larismo, construtor de barreiras à inspiração cristã”.O Papa defendeu que, nos tempos actuais, os apelos aos valores ou à tradição cristã não chegam para tocar os corações: “Aquilo que fascina é sobretudo o encontro com pessoas crentes que, pela sua fé, atraem para a graça de Cristo dando testemunho d’Ele”.

“Primavera da Igreja” para responder à fadiga“Primavera da Igreja” para responder à fadiga

O Santo Padre mostrou-se optimista quanto aos “novos movimentos eclesiais”, que, para Bento XVI são uma resposta a quem fala de fadiga da Igreja. “A propósito,

confesso-vos a agradável surpresa que tive ao contac-tar com os movimentos e novas comunidades eclesiais. Observando-os, tive a alegria e a graça de ver como, num momento de fadiga da Igreja, num momento em que se falava de «inverno da Igreja», o Espírito Santo criava uma nova primavera”, disse o Papa.Aos bispos, o Papa pediu generosidade no acolhimento dos novos movimentos. Ainda assim, alertou os sacerdo-tes para não descurarem a responsabilidade que têm em garantir que estes movimentos operem inteiramente em comunhão com a Igreja e não nas suas margens. “As-sim, por um lado, devemos sentir a responsabilidade de aceitar estes impulsos que são dons para a Igreja e lhe dão nova vitalidade, mas, por outro, devemos também ajudar os movimentos a encontrarem a estrada justa, com correcções feitas com compreensão”, disse-Aos bispos, Bento XVI pediu também um novo vigor mis-sionário e, a terminar, convidou o episcopado a não se contentar com o trabalho já feito no âmbito da acção social. “Queria pedir-vos para revigorardes em vós e ao vosso redor os sentimentos de misericórdia e compaixão capazes de corresponder às situações de graves carên-cias sociais”. A este propósito, Bento XVI lembrou o tra-balho já desenvolvido, nomeadamente com as “dioceses mais necessitadas, sobretudo dos países lusófonos”.

Discurso aos Bispos

Papa denuncia menosprezo pela dimensão religiosa da parte de políticos, intelectuais e agentes da comunicação

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“Nuvem de palavras” da homilia do Porto

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“Nuvem de palavras” do discurso de despedida


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“Nuvem de palavras” do encontro com os Bispos

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“Nuvem de palavras” do encontro com

agentes da Pastoral Social


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D. José Policarpo

Papa está agradavelmente surpreendido

O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, sublinhou, em entrevista à Renascença, o vigor mostrado pelo país e pela Igreja portuguesa ao Papa.Aludindo ao apelo de Bento XVI para um novo vigor missionário dos cristãos, deixado no último discurso em Fátima, o Patriarca de Lisboa salientou a necessidade de apoiar os cristãos nos vários sectores da sociedade, desde a política aos órgãos de comunica-ção social, onde há “minorias es-truturantes” impõem a sua visão do mundo. D. José Policarpo tem estado em permanência junto de Bento XVI e garante que o Papa “fi cou agra-davelmente surpreendido com o vigor das comunidades, dos mo-vimentos”.

D. António Marto

Portugueses deram sinal de afecto e de fé

O Bispo de Lei-ria-Fátima, D. António Marto, disse, ontem, após as ce-lebrações da Peregrinação Aniversár ia, que os por-

tugueses deram um claro sinal de afecto pela Igreja e pelo Papa.As estimativas ofi ciais apontam para a presença de meio milhão de pessoas, ontem, na Cova da Iria, o que, segundo D. António Marto, fi -cou acima das expectativas.“O nosso povo sentiu um impulso interior para celebrar a sua fé aqui, onde bate o coração espiritual do país. Isso é signifi cativo do afecto do nosso povo à Igreja e ao Papa como símbolo da unidade da Igreja”, dis-se D. António D. António Marto, em declarações à Renascença.

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Fotos de jornalistas da Renascença

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Remendos

Segundo foi anunciado, os governos da Zona Euro aprovaram uma espécie de fundo fi nanceiro des-tinado a apoiar os Estados que se vejam em difi -culdade para fi nanciarem ou refi nan-ciarem a sua dívida.Encontro dois aspectos positivos nes-ta decisão: por um lado, o facto em si próprio de se criar o fundo, o que reduz a probabilidade da bancarrota de um qualquer Estado. Por outro, o facto desta decisão reconhecer impli-citamente que as instituições da Zona Euro estavam, à partida mal desenha-das. Em minha opinião, aliás, foram desenhadas por quem não sabia nada de macroeconomia - e os resultados estão à vista, sem prejuízo de serem perfeitamente previsíveis e terem sido previstos na altura própria. Pese embora a decisão tomada e o remendo agora apressadamente introduzido, a Zona Euro continua a ser um espaço gerador de profundos desequilíbrios, governada por insti-tuições mal concebidas. Um espaço, digo-o agora como sempre afi rmei, no qual a nossa economia não tem futuro. E tudo isto por uma razão es-

sencial: é que não existe nenhum mecanismo na Zona Euro que permita a um país ajustar em tem-po útil um défi ce estrutural da balança de paga-

mentos. Não é o fundo agora criado que vai resolver esse problema. Pelo contrário, ao afastar o espectro das bancarrotas vai contribuir para o for-talecimento do euro, o que por sua vez agravará ainda mais o desequilí-brio externo de países como o nosso. Assim, a economia portuguesa conti-nuará a defi nhar, sem que verdadei-ramente os governos tenham grande margem de manobra para evitar esse defi nhamento. O processo, porém, não continuará para sempre. Quando a nossa economia estiver de tal for-ma endividada em relação ao exte-rior que pouco crédito adicional nos será facultado, haverá uma queda

brutal dos rendimentos e do emprego. Já estive-mos mais longe.Só há um meio de afastar a possibilidade desse co-lapso: é alterar as regras da Zona Euro de forma a permitir que um país tome medidas excepcionais para equilibrar as suas contas com o exterior.

A economia portuguesa continuará a defi nhar, sem que verdadeiramente os governos tenham grande margem de manobra para evitar esse defi nhamento

João Ferreira do AmaralEconomista


Óbito

Morreu Saldanha Sanches

José Luís Saldanha Sanches morreu esta madrugada, ví-tima de cancro, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O fi scalista e comentador estava internado há aguns dias e tinha-se afastado da vida pública há já vários guns meses. Saldanha Sanches, jurisconsulto e professor universitá-rio de Direito Fiscal, nasceu em Lisboa, em 11 de Maço de 1944. Tornou-se conhecido pela sua militância no MRPP na dé-cada de 70, e esteve preso, por acção da PIDE, durante vários anos. Dava, actualmente, aulas na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e na Universidade Ca-tólica. A esta actvidade, juntava tarefas de comenta-dor de assuntos fi scais na comunicação social. Foi ainda autor de numerosos artigos e de alguns livros. No campo político, foi, em 2007, mandatário do socia-lista António Costa nas eleições para a Câmara Muni-cipal de Lisboa. Era casado com Maria José Morgado, magistrada do Ministério Público. T

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A economia portuguesa teve um bom crescimento no primeiro tri-mestre deste ano. O primeiro-ministro entusiasmou-se, como de costume, e proclamou Portugal “campeão europeu do crescimen-to”. Mas logo veio o anúncio ofi cial de novas e mais duras medidas para cortar o défi ce orçamental, já em 2010, para 7% do PIB (no PEC inicial prometia-se 8,3%). As pessoas fi cam baralhadas. Então estamos tão bem e pedem-nos mais sacrifícios?

A verdade é que não estamos nada bem. Mesmo aquela boa notí-cia é susceptível de dúvidas e pode não ter continuidade. Só que o Governo tem escondido a verdade. Nunca refere que gastamos mais de 10% acima do que produzimos, cobrindo a diferença com empréstimos externos. Ora os estrangeiros desconfi am de que te-remos capacidade para pagar as dívidas e por isso foram subindo os juros nos empréstimos a Portugal, para compensar a percepção de um maior risco.

As medidas tomadas pela UE e pelo BCE e depois o anúncio de um novo PEC em Portugal já fi zeram baixar esses juros – durante um dia. Tudo voltará atrás se hesitarmos na aplicação das novas restrições.

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Caso PT/TVI

Comissão volta a ouvir Bava

O PCP vai requerer uma segunda audição do presidente executivo da Portugal Telecom (PT) à comissão de inquérito parlamentar ao plano da PT para comprar a TVI, por con-siderar haver “várias contradições” entre declarações de Zeinal Bava e as hoje feitas por Manuel Polanco.O deputado João Oliveira disse à agência Lusa que é necessário vol-tar a ouvir Zeinal Bava para escla-recer “várias contradições”, sobre as datas em que o negócio terá co-meçado e terminado.Na audição de hoje, Manuel Po-lanco (administrador-delegado da Media Capital) disse que falou pela primeira com Bava sobre a possibili-dade de negócio no dia 26 de Maio. No entanto, o presidente executivo da PT tinha dado como data 19 de Junho, sublinhou João Oliveira.Zeinal Bava e Henrique Granadeiro garantiram na comissão de inquéri-to ter decidido no dia 25 de Junho que o negócio não iria concretizar-se. O PSD e o Bloco de Esquerda disse-ram já que não vão opor-se ao pe-dido do PCP

Ponto de vista

As pessoas estão baralhadas

Francisco Sarsfi eld CabralJornalista

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Crise

Constâncio defende inevitabilidade das medidas de austeridade

As medidas de austeridade ontem anunciadas pelo Go-verno eram “inevitáveis” e o aumento dos impostos in-directos era “fácil de prever”, afi rmou hoje o governa-dor do Banco de Portugal. A poucas semanas de deixar o cargo, Vítor Constâncio considera que o “importante é o compromisso que o Governo assumiu de reduzir o défi ce de 9,4% em 2009 para 4,6% em 2011”. “Estas medidas eram inevitáveis, visto que numa situ-ação em que é preciso reduzir o défi ce orçamental de uma forma rápida, precisamente os impostos indirec-tos são os mais rápidos a produzir receita”, afi rmou Constâncio numa conferência em Lisboa, promovida pelo Banco de Portugal, durante a qual lembrou que já tinha previsto em Fevereiro o aumento destes im-postos. Este “caminho é o único que é aconselhado, visto que não o fazer no actual contexto dos mercados fi nan-ceiros implicaria coisas piores”, argumentou o antigo

ministro das Finanças.À saída da conferência, Constâncio sublinhou que o novo plano do Governo de José Sócrates “foi bem rece-bido nos mercados fi nanceiros”.

O Primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu hoje que existem “boas razões para ter confi ança na economia portuguesa e no país”, apesar do actual momento das economias mundial e nacional. No fi nal de uma visita às obras de conversão da refi naria da Galp de Sines, Sócrates voltou a sublinhar que “Por-tugal teve um comportamento que lhe permitiu ser dos primeiros a sair da recessão, que permitiu apresentar-se como um dos países que melhor resistiu à crise e que mais cresceu economicamente em 2010”.

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Bomba explode à porta de tribunalUm engenho explosivo defl agrou, esta manhã, à porta de um tribunal em Tessalónica, no norte da Grécia, provocando, pelo menos, um ferido ligei-ro.De acordo com a edição online do jornal “Agelioforos”, a explosão deu-se trinta minutos depois de um telefonema anónimo que comunicou a ame-aça à imprensa. De imediato foi emitido um alerta através da televisão e quando a explosão ocorreu já o tribunal tinha sido evacuado. Já ontem uma bomba tinha explodido junto a uma prisão de alta segurança nos arredores de Atenas, não provocando feridos.A Grécia está a atravessar um período de grande instabilidade devido à crise económica que assola o país.

Espanha

Justiça suspende Baltasar Garzón

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O Conselho Geral do Poder Judiciário Espanhol (CGPJ) suspendeu o juiz Baltasar Garzón depois de ter sido indiciado por pretender investigar crimes amnistiados da época franquista. A suspensão foi decidida por unanimidade do plenário do CGPJ, o órgão que supervisiona os juízes espanhóis, reunido em sessão extraordinária para decidir sobre o afastamento do juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola. O CGPJ tomou esta decisão depois de o juiz do Supre-mo Tribunal, Luciano Varela, ter ordenado a abertura do julgamento oral contra Garzón, acusado de prevari-cação (ao ditar uma resolução injusta ciente disso) por tentar investigar os crimes do franquismo sem suposta-mente ter competência para tal.

Garzón tentou realizar brevemente, em 2008, antes de desistir, uma investigação sobre os 114 mil desapa-recidos durante a Guerra Civil e os primeiros anos da ditadura franquista, entre 1939 e 1975. Segundo a acusação, Baltasar Garzón ignorou a lei de Amnistia decretada em 1977 para estes crimes.

Rússia

Medvedev diz que visita de Lula ao Irão pode ser última oportunidade

O Presidente russo, Dmitri Med-vedev, afi rmou hoje que a visita ao Irão, no fi m-de-semana, do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é, “talvez, a última oportunidade”, antes da adopção de sanções contra Teerão devido ao controverso programa nucle-ar. “Espero verdadeiramente que a missão do presidente do Brasil seja coroada de sucesso”, declarou Medvedev.Lula está em Moscovo, onde hoje assinou, com o Presidente russo, vários acordos de cooperação, com destaque para as áreas militar e técnico-científi ca.

Islândia

Nuvem de cinzas volta a fechar aeroporto

O aeroporto internacional de Kefl a-vík, a principal aerogare da Islân-dia, foi, mais uma vez, encerrado ao tráfego aéreo devido a uma mu-dança na direcção dos ventos que provocou o deslocamento da nuvem de cinza vulcânica. As autoridades islandesas vão man-ter o aeroporto encerrado e desvia-ram para o aeroporto de Akureyri, no norte do país, todos os voos que chegaram dos EUA ao longo do dia. A nuvem de cinzas movimenta-se agora em direcção a oeste e sudo-este e alcançou nas últimas horas, pela primeira vez desde o início da erupção há um mês, localidades si-tuadas a oeste, como a de Selfoss. A erupção do vulcão continua está-vel e a nuvem de cinza e gás subiu até seis mil metros de altitude de-vido a ventos fortes e a uma cor-rente de ar instável procedente do sul da Islândia, informou o Instituto Meteorológico islandês.

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Tailândia

Confrontos fazem duas vítimas mortaisDuas pessoas morreram hoje em Banguecoque, na Tailândia, em resultado de confrontos entre a polícia e manifestantes que exigem a demissão do Governo, os “camisas vermelhas”. Há, também, dezenas de feridos, entre os quais dois jornalistas.A notícia é avançada pela BBC, segundo a qual as forças de segurança realizaram disparos de armas de fogo na altura em que iniciaram uma operação de cerco ao acampamento onde estão concentrados os “camisas vermelhas”.O clima é de alta tensão na capital da Tailândia. As embaixadas foram encerradas e os manifestantes incendiaram um autocarro da polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e balas de borracha.

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EUA

Três detidos em investigação do atentado falhado em Nova Iorque

Três pessoas foram detidas nos Estados Unidos por suspeita de ligação ao atentado falhado de Times Square, em Nova Iorque.As detenções aconteceram em três cidades da costa Leste: Nova Iorque, Boston e Filadélfi a. Os três homens terão entregue dinheiro a Faisal Shahzad, que é acusado de tentar fazer explodir uma bomba em Times Square, no dia 1 de Maio. Faisal Shahzad foi detido poucos dias depois no aeroporto J.F. Kennedy, quando se preparava para abandonar os Estados Unidos rumo ao Dubai.De acordo com o jornal “Washington Post”, as autoridades paquistanesas prenderam um homem com ligações aos rebeldes talibã que terá ajudado Shahzad a deslocar-se até à região tribal do Paquistão para receber treino no fabrico de bombas.

Susto em Nova IorqueSusto em Nova Iorque

A polícia de Nova Iorque evacuou vários quarteirões de Nova Iorque, na última noite, para investigar uma viatura suspeita.As autoridades conseguiram localizar o dono do veículo e não encontraram qualquer engenho explosivo. As ruas foram reabertas horas depois. Fonte da polícia confi rmou que não foi detectado qualquer engenho explosivo.

Magrebe

Al-Qaeda reivindica sequestro

O braço da rede terrorista Al-Qaeda no Norte de África reivindicou o se-questro do cidadão francês Michel Germaneau, no passado mês de Abril, no Níger.O grupo Al-Qaeda no Magrebe Is-lâmico divulgou, na Internet, uma mensagem áudio do refém, uma fo-tografi a e um documento de identi-fi cação. A notícia é avançada pelo SITE, um grupo com sede nos Esta-dos Unidos que monitoriza páginas de movimentos islâmicos.Os militantes exigem uma troca de prisioneiros e avisam que o Presi-dente francês Nicolas Sarkozy será responsável pelo que venha a acon-tecer ao refém, de 78 anos, um engenheiro na reforma sequestrado no deserto do Saara em Abril.

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Quirguistão

Confrontos em edifícios governamentaisApoiantes da liderança interina do Quirguistão recuperaram hoje o controlo de um edifício da adminis-tração governamental na cidade de Osh, no sul do país.As instalações tinham sido tomadas ontem por um grupo de elementos fi éis ao Presidente deposto Kurman-bek Bakiyev. Outros edifícios go-vernamentais foram ocupados nas cidades de Jalalabad e Batken.Na capital, Bishkek, o Governo in-terino acusou o Presidente deposto, que se encontra exilado na Bielor-rússia, de estar por trás destas ac-ções no sul do Quirguistão e deteve um aliado de Kurmanbek Bakiyev.

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A deputada do PS Inês de Medeiros revelou hoje que o Governo prepara legislação para evitar a destruição de livros que são retirados do mercado pelas editoras.

O debate no Parlamento sobre a destrui-ção de livros foi suscitado pela petição “Não destruam os livros!”, que tem como primeiro subscritor Renato Manuel Laia Epifânio, e que foi saudada por to-

das as bancadas.O Governo vai “lançar uma série de medidas para travar a destruição dos livros, sem, no entanto, comprometer

a viabilidade económica das editoras e

respeitando os direitos de autor”, a começar pelo “en-quadramento legal da isenção do IVA para efeitos de doação de livros”, adiantou a deputada, o Executivo pretende “alargar as entidades que podem receber li-vros e simplifi car os mecanismos de doação”, para que, em vez de serem destruídos, os livros possam ser en-tregues a “instituições de carácter cultural e educativo em território nacional e internacional, centros de rein-serção social e estabelecimentos prisionais”.“A nova lei do depósito legal” e “o já anunciado proto-colo entre o Ministério da Cultura e a Sociedade Portu-guesa de Autores” contribuirão também para acabar a destruição de livros.

CULT

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23 Música

Paulo Gonzo de volta aos discos e aos bluesPaulo Gonzo regressa aos blues, 35 anos depois de ter fundado a Go Graal Blues Band, editando no próximo dia 31 o álbum “By request”, no qual faz versões de Otis Redding, Marvin Gaye, Barry White e Sam Cooke.Gravado em Nova Iorque, o álbum foi produzido e contou com músicos que habitualmente tocam com Lenny Kravitz.

O último álbum de originais de Paulo Gonzo, homónimo, data de 2005. De-pois disso saíram um disco ao vivo no Coliseu (2007) e a coletânea “Perfi l” (2008).

Mercado

Governo vai lançar medidas para travar destruição de livros

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Internet

UE critica alterações no FacebookA União Europeia (UE) considerou “inaceitáveis” as alterações da rede so-cial Facebook aos seus serviços, que tornaram públicos, por defeito, os dados dos perfi s dos seus utilizadores. Os representantes das autoridades encarregadas da protecção de dados nos 27 Estados da UE enviaram, quarta-feira, uma carta de protesto aos administradores do Facebook, recordando que os utilizadores dever dar “livremente e sem ambiguidade o seu consentimento” para que os seus dados pessoais sejam publicados. “O Facebook realizou as alterações ape-nas alguns dias depois de ter tido uma audição com o grupo de trabalho do artigo 29 [órgão consultivo europeu independente sobre a protecção dos dados] em Novembro de 2009”, refere o comunicado.“É inaceitável que o Facebook tenha modifi cado a confi guração da sua plataforma de socialização em detrimento dos utilizadores”, afi rmaram os representantes europeus.O grupo de trabalho do artigo 29 reuniu-se esta semana, em Bruxelas, e “enviou e-mails a 20 portais de socialização, exigindo a necessidade de uma confi guração por defeito que limite os dados fornecidos aos utilizado-res e dos portais online que eles visitam”.

Tecnologia

Vêm aí os telediscos em três dimensões

O 3D caminha para se tornar uma tecnologia comum. Depois do cine-ma, vêm aí os telediscos em três di-mensões: o realizador de “Avatar”, James Cameron, assinou um acordo com Samsung para dirigir vídeos musicais e concertos para os televi-sores com tecnologia 3D, informou a EFE.Cameron e a equipa com a qual realizou a longa metragem em 3D “Avatar” (2009), vencedora de três óscares, deverão adaptar concertos e vídeos musicais de artistas sul-coreanos a este novo formato.O realizador norte-americano, que está na Coreia do Sul a participar num fórum de tecnologia digital, já tinha colaborado com a Samsung quando a empresa lançou nos EUA os televisores LED com tecnologia 3D, em Março.Segundo o presidente da divisão de televisão da Samsung, Yoon Boo-keun, a multinacional pretende au-mentar os conteúdos em 3D, cujos programas têm de ser vistos com óculos especiais, e quer melhorar a sua qualidade com a ajuda da equi-pa de “Avatar”.

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Taça de Portugal

FC Porto e Chaves disputam último troféu da épocaO FC Porto e o Desportivo de Chaves jogam no domingo, às 17h00, na fi -nal da Taça de Portugal, no Estádio do Jamor.Depois de ter conquistado o primei-ro troféu da época, a Supertaça, os azuis e brancos procuram, agora, em Oeiras, ganhar o último, depois de não terem passado do terceiro lugar na I Liga e terem sido derrota-dos na fi nal da Taça da Liga.Já o Desportivo de Chaves, com uma presença inédita na fi nal da Taça, tenta um resultado que “salve” a época, depois de ter visto confi rma-da a descida para a II Divisão.

FC Porto reageFC Porto reage

Um dia depois do Benfi ca ter apela-do a um clima de “normalidade” na fi nal da Taça de Portugal, o FC Por-to emitiu hoje um comunicado em que diz não compreender a posição assumida pelos encarnados, porque “o clube em questão não é parte interessada da fi nal da Taça“. Diz o FC Porto que o comunicado “pode ser interpretado como tentativa prévia de dissimular ou desculpar eventuais casos de violência”.

Ponto Final

Mantorras de volta para partir de novo

Ribeiro CristóvãoJornalista

Dado como desaparecido durante as festividades da comemoração benfi quista da conquista do título de campeão nacional, tanto no Estádio da Luz como na Câmara Municipal de Lisboa, o avançado angolano voltou a casa e ao seu trabalho.Dizem-nos as reportagens mais recentes que Mantorras se apre-sentou no centro de treinos do Benfi ca para retomar a actividade até ao termo do cumprimento do seu contrato, mas deixando en-tender, em palavras muito breves, que a sua carreira profi ssional irá continuar noutro lado, que não ao serviço do emblema da águia.Mantorras tem alguma razão para estar descontente, e com ele os benfi quistas que têm da palavra gratidão um elevado concei-to. O treinador Jorge Jesus, que o havia riscado das suas opções desde o começo do campeonato, não lhe quis dar a oportunidade de jogar um minuto sequer no desafi o da consagração, e quando o triunfo já estava garantido. Aliás, o seu nome nem sequer fi gurou entre os 22 que foram chamados para o encontro com o Rio Ave.O jogador angolano foi sempre alvo de uma protecção especial do presidente Vieira, mesmo nos tempos em que começava a dar sinal de acentuados problemas físicos que o impediam de dar um permanente concurso à equipa. Por diversas vezes saiu em sua de-fesa, mesmo quando os ventos já começavam a soprar em sentido contrário ao dos interesses do clube e do próprio jogador.Porém, alguns momentos houve em que perante enormes difi -culdades em resolver alguns jogos de desfecho mais complica-do, sobretudo no Estádio da Luz, Mantorras, a “alegria do povo” como sempre lhe chamaram, entrava e resolvia. Foram momentos únicos que os adeptos encarnados viveram e não esquecem, em especial agora que mais não podem fazer do que dirigir-lhe pala-vras de encorajamento.Numa época em que até Keirrisson teve a honra de ser incluído na lista dos campeões, Mantorras merecia muito mais. Por isso o seu descontentamento tem cabal justifi cação. E Jorge Jesus passou, pelos vistos, ao lado deste problema humano.Mas alguém lhe deveria ter lembrado que o futebol, não obstante os problemas que permanentemente o envolvem, também pode comportar o nobre sentimento da gratidão. E no Benfi ca de modo especial, já que se considera o clube do povo.

Ouça a crónica de Ribeiro Cristóvão às 22h30, em Bola Branca


Selecção

Só sete no início do estágio na Covilhã

A selecção portuguesa de futebol inicia hoje a preparação para o Mundial 2010, mas o selecionador nacional, Carlos Queiroz, apenas vai contar com sete jogadores no início do estágio na Serra da Estrela.Nani, do Manchester United, Da-niel Fernandes, do Iraklis, Fábio Coentrão, do Benfi ca, Eduardo, do Sporting de Braga, e Pedro Mendes, Miguel Veloso e Liedson, todos do Sporting, são os únicos que, ao lon-go da tarde, estão a chegar ao local do estágio da equipa portuguesa.Todos os outros jogadores ainda es-tão envolvidos em competição.


O piloto espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, foi o mais rápido nas duas sessões de treinos livres do Gran-de Prémio de Fórmula 1 do Mónaco.Alonso, que já tinha sido o mais veloz na sessão da ma-nhã, conseguiu, também na segunda sessão, uma van-tagem de 109 milésimas de segundo para o alemão Nico Rosberg, da Mercedes, e de 105 milésimas em relação ao também alemão Sebastian Vettel, da Red Bull.Na classifi cação do Campeonato do Mundo, o piloto es-panhol ocupa o segundo lugar, a três pontos do britâni-co Jenson Button, da McClaren-Mercedes, que é, tam-bém, o campeão em título, e que ontem, nos treinos, foi apenas o nono mais rápido.Na sessão em Monte Carlo, o sete vezes campeão mun-dial, Michael Schumacher, da Mercedes, obteve o quin-to tempo no segundo treino livre, atrás do brasileiro Felipe Massa, da Ferrari. O australiano Mark Webber, da Red Bull, que vem de uma vitória no Grande Prémio de Espanha, em Barcelo-na), fechou o top-10 dos mais rápidos, com 1m15s620 na segunda sessão.A temporada da Fórmula 1 terá, no domingo, no circui-to urbano de Monte Carlo, a sexta corrida do Mundial.Button lidera o campeonato, com 70 pontos, mais três do que Alonso, enquanto na terceira posição encontra-se Sebastian Vettel, com 60 pontos.

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Fórmula 1

Alonso domina treinos no Mónaco

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A Associação dos Amigos do Cemité-

rio dos Ingleses, em Elvas, comemorou

hoje o 199º aniver-sário da Batalha de

Albuera. A bata-lha, no âmbito da Guerra Peninsular, foi travada em 16 de Maio de 1811 e opôs as forças de

Portugal, Espanha e Inglaterra aos inva-sores franceses. No cemitério de Elvas

estão sepultados corpos de ofi ciais

ingleses mortos ou participantes na

batalha.

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A 14 de Maio de 1955...

Constituído o Pacto de VarsóviaSara Marques Moreira »

O fi nal da II Guerra Mundial, em 1945, marcou o início de uma nova ordem mundial, marcada pela “Guerra Fria”. A Europa estava dividida em dois blocos: o oci-dental, zona de infl uência dos Estados Unidos da Amé-rica, e o de Leste, que reunia os países socialistas.Os Tratados de Paris, assinados em 1954, puseram fi m à ocupação ocidental da Alemanha e, quatro dias depois, a República Federal aderia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a instituição de colaboração militar dos países ocidentais.A fundação do Pacto de Varsóvia, a 14 de Maio de 1955, funcionou como uma reacção ao rearmamento da Alemanha ocidental, encarada como uma ameaça.A aliança militar oriental foi um pacto de amizade, colaboração e assistência mútua. Entre os Estados que assinaram o Pacto de Varsóvia, estavam a União Soviética, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Poló-nia, Checoslováquia e Roménia. Estes países compro-metiam-se à mútua prestação de assistência militar, em caso de confl ito armado, à não interferência em assuntos internos e ao respeito pela soberania e inde-pendência nacional. Os Estados-membros aceitavam ainda a permanência das tropas soviéticas nos seus territórios.Com a formação deste Pacto, a União Soviética (URSS) conseguiu colocar-se no mesmo nível dos Estados Uni-dos e mostrar, segundo Milan Rados, especialista em Estudos Europeus e Política Externa, “que os países de Leste, comunistas e socialistas, estão preparados

para resistir”.Durante os anos em que o Pacto se mantinha activo, algumas acções menos coerentes foram acontecendo. O caso da Hungria é prova disso. As tropas soviéticas entraram no território para sufocar os levantamentos populares, o que ia contra o princípio da não interfe-rência. Outro exemplo da transformação do Pacto de Varsóvia numa força de intervenção interna foi a Prima-vera de Praga. A liberalização da Checoslováquia levou à invasão do território pelas tropas soviéticas. Brejnev afi rmara que a URSS não podia fi car indiferente a qual-quer situação que pusesse em perigo o socialismo.Na opinião de Milan Rados, “não havia muito para contar”.“O Pacto de Varsóvia não serviu para muito, para além daquelas duas intervenções internas, con-tra os próprios membros”.Estes dois momentos – os mais importantes da aliança – marcaram o início da sua degradação. Após o fracas-so dos regimes socialistas e da URSS deu-se a dissolu-ção do Pacto de Varsóvia em 1991, o que também pôs fi m à supremacia soviética.

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Foto: Nuno Veiga/LUSA


Zona de infl uência do Pacto de Varsóvia

Algarve

Apreendidas duas toneladas de haxixe

Mais de duas toneladas de haxi-xe foram apreendidas na zona de Lagos, no Algarve, numa acção da Polícia Judiciária (PJ) em que foi surpreendida uma operação de de-sembarque de droga proveniente de Marrocos.Os estupefacientes estavam divi-didos em 75 fardos, sendo que 50 deles já estavam acondicionados numa das sete viaturas que foram apreendidas durante a operação.A PJ, que teve a colaboração da GNR, Marinha e Força Aérea, dete-ve 14 homens, na sua maioria por-tugueses, mas também alguns espa-nhóis, um inglês e um brasileiro.Foram ainda aprendidas três em-barcações, entre as quais uma de pesca, que transportou a droga de Marrocos à costa algarvia.A PJ acredita que se tratava de uma operação de uma rede de tráfi co espanhola e que toda a droga tinha Espanha como destino.

PSD

Jardim diz que Passos leva o PS “às costas”O presidente do Governo Regional e líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, considerou hoje que Pedro Passos Coelho leva o PS “às costas” e que o pedido de desculpas aos portugueses lhe fi ca bem por aquilo que “está fazendo”.Alberto João comentava, assim, a posição do PSD nacional, relativa-mente às medidas de austeridade apresentadas pelo Governo.

TTT

Governo vai anular concurso

O Governo vai anular o concurso para a terceira travessia sobre o Tejo, disse à agência Lusa o secre-tário de Estado dos Transportes, que espera lançar um novo concur-so dentro de seis meses.O secretário de Estado Correia da Fonseca justifi cou a anulação do concurso com as decisões tomadas pelo Governo no âmbito do Progra-ma de Estabilidade e Crescimento (PEC), afi rmando que esta decisão vai permitir ao Estado obter fundos europeus adicionais para o projec-to.

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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro, Luís Manuel David Soromenho de Alvito e Luiz Gonzaga Torgal Mendes Ferreira. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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Mundial de Futebol: Portugal e Espanha entregaram documentos

Portugal e Espanha entregaram hoje na FIFA o livro da candidatura ao Mundial de 2018 ou 2022. A candidatura garante “sintonia” entre povos, governos e federações.

TAP cancelou 176 voos

A TAP cancelou, entre sexta-feira e quarta-feira, 176 voos devido aos constrangimentos provocados pela nu-vem de cinzas do vulcão islandês.

Ana Jorge rejeita “cortes cegos”

A ministra da Saúde, Ana Jorge, recusou hoje “cortes cegos” no orçamento do seu Ministério, prometendo apostar no combate ao desperdício.

Rui Rio impressionado

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, classifi cou como “comovente” o quadro vivido hoje na Avenida dos Aliados. O autarca disse à Renascença estar impressionado pela forma como tanta gente se une em torno de uma fi gura.

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