14 - l36-materia e talidade

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LIÇÃO nº 36 TEMA: Matéria e Talidade INTRODUÇÃO Realmente no Universo existe apenas uma substância básica que quando cristaliza recebe o nome de matéria e quando não cristaliza, quando permanece no seu estado fundamental, recebe o nome de Espírito Universal de Vida. As distintas concepções científicas sobre os átomos são, no fundo, exclusivamente efémeras. O fraccionamento atómico, de nenhuma maneira significa conhecimento absoluto sobre a estrutura do átomo, ou sobre o complexo mecanismo íntimo de moléculas, corpúsculos sub-atómicos e electrões. A concepção saturniana da estrutura atómica é muito empírica; toda a opinião científica ou supra-científica resulta demasiado relativa e inconsistente. Existe uma oposição entre a teoria da relatividade, que predicou Einstein e o Vazio Iluminador. O relativo é relativo. A maquinaria da relatividade funciona com a mente dos opostos, com o dualismo. Na luta das antíteses há dor. Se queremos a autêntica felicidade, devemos sair da mecânica da relatividade.

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  • LIO n 36

    TEMA: Matria e Talidade

    INTRODUO

    Realmente no Universo existe apenas uma substncia bsica

    que quando cristaliza recebe o nome de matria e quando

    no cristaliza, quando permanece no seu estado fundamental,

    recebe o nome de Esprito Universal de Vida.

    As distintas concepes cientficas sobre os tomos so,

    no fundo, exclusivamente efmeras. O fraccionamento

    atmico, de nenhuma maneira significa conhecimento

    absoluto sobre a estrutura do tomo, ou sobre o complexo

    mecanismo ntimo de molculas, corpsculos sub-atmicos e

    electres.

    A concepo saturniana da estrutura atmica muito

    emprica; toda a opinio cientfica ou supra-cientfica resulta

    demasiado relativa e inconsistente.

    Existe uma oposio entre a teoria da relatividade, que

    predicou Einstein e o Vazio Iluminador. O relativo relativo. A

    maquinaria da relatividade funciona com a mente dos

    opostos, com o dualismo.

    Na luta das antteses h dor. Se queremos a autntica

    felicidade, devemos sair da mecnica da relatividade.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    2

    No Vazio Iluminador no existe o dualismo conceptual. A

    mecnica da relatividade no funcionaria no Vazio Iluminador.

    A Lei das combinaes e associaes mecnicas no

    possvel no Vazio Iluminador.

    Indubitavelmente a experincia do Vazio Iluminador s

    possvel em estado de Samadh, ou de Prajna-paramita. Neste

    Vazio no existem formas de qualquer espcie, poderia dizer-se

    que ali se passa mais alm do Universo e dos Deuses.

    necessrio submergir-se definitivamente no Sunyata, o

    Vazio Iluminador definitivo. E este s possvel mediante o

    "grande salto" e na condio definitiva de se ter passado pela

    aniquilao budista, caso contrrio, no serve.

    No Sunyata, mais alm do vazio, h isso que se chama

    TALIDADE. O caminho da Gnose conduz Grande Realidade

    ou Talidade e esta est ms alm do universo da relatividade e

    mais alm do Vazio Iluminador.

    Nebulosa VI

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    3

    A MATRIA E A TALIDADE

    A matria algo que os materialistas no conhecem;

    inquestionavelmente resulta demasiado emprico chamar matria

    a tudo por igual; poder-se-ia afirmar que a matria um pedao de

    ferro; ento, o que diremos do cobre, da prata, do ouro, da platina,

    de um pedao de algodo ou de um pedao de gelo? Seria isso,

    matria tambm?

    Se um qumico num laboratrio chamasse fsforo a todos os

    elementos qumicos que existem no mesmo, no seria acaso tal

    afirmao absurda? No menos absurdo resulta denominar

    matria a qualquer substncia "PER SI", por si mesma; quem assim

    procede emprico, porm no cientfico no sentido

    transcendental da palavra. Indubitavelmente a chamada "matria"

    pela qual se tm interessado tantos e tantos indivduos polarizados

    negativamente, "TERRANS INCOGNITO" para a cincia oficial,

    mas tem os seus pontfices e os seus dogmas inquebrantveis e as

    suas bblias, por exemplo a dialctica marxista, seria o livro bblia

    dos sequazes do "Deus Matria", isso indubitvel.

    O que estamos afirmando que isso que denominam

    matria, COMO SUBSTNCIA, INCOGNOSCVEL PER SI.

    Claro que os fanticos da dialctica materialista tratariam de o

    refutar, baseados no dogma inquebrantvel do Marxismo, que

    rechaa as afirmaes categricas de Don Enmanuel Kant e tudo

    aquilo que se diz por si ou em si mesmo, etc...

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    4

    Ns somos dialcticos e portanto no admitimos dogmas,

    sejam estes de tipo materialista ou espiritualista, NO ESTAMOS

    CONTRA A DIALCTICA POSTO QUE SOMOS DIALCTICOS,

    usamos a dialctica na anlise, na exposio da doutrina.

    Se dizemos que Don Enmanuel Kant tinha o costume de falar

    sobre as coisas em si, procederamos de forma dogmtica;

    tenhamos em conta que a "coisa em si" algo que no conhecem

    precisamente os pontfices da dialctica materialista.

    Por este caminho das investigaes filosficas entramos em

    terrenos verdadeiramente surpreendentes. Os chamados sequazes

    materialistas dialcticos certamente no tm seno uma chave para

    interpretar a natureza.

    A Sabedoria Gnstica diferente, existem sete chaves e por

    isso, tanto no terreno dedutivo como indutivo, relacionados com a

    investigao, LEVAMOS UMA VANTAGEM SURPREENDENTE

    AO DOGMATISMO MATERIALISTA. Todavia h reaccionrios

    que pensam que mais alm da velocidade da luz no possvel a

    existncia de qualquer tomo; isso cheira a clerigalla de tipo

    materialista, porque temos velocidades to surpreendentes como a

    fora da gravidade; bem sabemos que as ondas gravitatrias so

    muito mais velozes todavia do que as da luz.

    Assim, quem assente ctedras dogmticas sobre a substncia

    em si ou a chamada matria, cerra o caminho dialctica e ns

    somos dialcticos revolucionrios e no podemos aceitar os

    dogmas.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    5

    A substncia em si

    tem inquestionavelmente

    que processar-se de forma

    multidimensional;

    rechaar a multi-

    dimensionalidade

    rechaar a teoria da

    relatividade de Einstein e

    a teoria da relatividade

    est demonstrada

    matematicamente.

    No devemos

    pensar unicamente no

    espao exterior ou no

    espao superior, convm que pensemos no espao interior, ou

    melhor dito, nos espaos interiores.

    Parte-se de um princpio afirmando que a natureza tende a

    rodar; aparentemente isto pareceria axiomtico observando os

    processos evolutivos da mesma: tenhamos em conta que evoluo

    e involuo so irms e constituem o eixo mecnico de toda a

    existncia universal; porque sucede que alm da evoluo e da

    involuo, h outra lei totalmente diferente. Referimo-nos lei do

    espao interior, aquela que se escapa da evoluo e da involuo,

    aquela que passa a uma transformao radical revolucionria e

    que se introduz em dimenses superiores por revoluo.

    Componentes do macrocosmos - R. Fludd. Utriusque Cosmi 1621

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    Bem vistas as coisas desde este ponto, um dia a natureza ter-

    se- esgotado, isso bvio que s aparentemente.

    Mas sucederia que em vez de seguir com os processos

    evolutivos e involutivos, a prpria natureza se teria inclinado para

    uma dimenso de tipo superior; poder desintegrar-se a matria

    fsica, porm como substncia em si ou por si, luz dos postulados

    de Kant e sua "Crtica da Razo Pura", obviamente ter que passar

    de dimenso em dimenso em forma multidimensional, passar de

    escala at ao estado que poderamos denominar de "homogneo

    divinal", se cabe este termo aqui.

    Mais alm das simples

    condies caticas de qualquer

    gnese e ao fim depositada esta

    Terra como se fosse uma

    semente em substncia, entre o

    espao profundo, aguardar o

    momento em que haver de

    despertar para uma nova vida.

    Pensemos numa rvore,

    morre depois de ter dado os

    seus frutos, converte-se num

    monto de lenhos, porm ao

    fim deixa os seus grmenes e

    no grmen continua a

    possibilidade de repetir a sua existncia; o mesmo sucede com o

    mundo terra ou com qualquer mundo do espao ou com qualquer

    sol do infinito; um dia deixar de existir porm continuar como

    Nebulosa XV

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    7

    simples grmen no espao profundo e confundido com o Esprito

    Universal de Vida, com o Grande Alaya do Universo; ento ali

    aguardar o momento de uma nova manifestao; obviamente

    quando o momento chegar, a fora elctrica, o furaco elctrico, o

    torvelinho elctrico, polarizar de novo essa substncia e nascer,

    como consequncia, um novo Caos e ser o Fogo, o Logos, que

    fecundar tal Caos; poderamos denomin-lo e assim o temos

    denominado outras vezes, de Limbo ou Misterium Magnum.

    Tal Caos em si mesmo pertence a essa matria que

    denominamos Iliaster, os orientais denominam-na Saravasti.

    Tal grmen tendo sido diferenciado pelo impulso elctrico,

    polarizado ou bipolarizado, vir a ser fecundado pelo Fogo e desse

    caos nascer uma nova vida, surgir a NIMA MUNDI de forma

    nova; descer de dimenso em dimenso atravs de sucessivas

    cristalizaes, at aparecer como um novo mundo; quando chegue

    a isso, o nosso planeta Terra no ser mais que uma crosta

    geolgica, um cadver, uma nova lua que girar ao redor de um

    mundo novo.

    No h dvida de que esse mundo substancialmente

    homogneo e puro se polariza conforme vai cristalizando e ao fim

    deste processo aparece fisicamente bipolarizado. Como parte

    positiva chamar-lhe-emos Esprito, como parte negativa poder-se-

    ia chamar matria, ainda que as pessoas no saibam que coisa

    essa.

    Os que se identificam com o plo positivo dessa substncia

    homognea j em plena bipolarizao, denominam-se

    espiritualistas; formam correntes religiosas, escolas, seitas de tipo

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    mstico; os que se identificam com o plo negativo denominam-se

    materialistas.

    Os primeiros adoram um "deus esprito" de tipo

    antropomrfico; os segundos adoram um "deus matria". A

    religio dos primeiros liga ou tenta ligar-se ao Divinal por meio

    das suas crenas; a religio dos segundos cr que possvel ligar-

    se ao "deus matria" atravs das suas seitas ou tambm das suas

    crenas.

    To religiosos so uns como os outros; so duas correntes ou

    foras que mutuamente se destroem. Necessitamos seguir a

    terceira fora; nem a positiva, nem incluso a negativa;

    necessitamos de uma terceira fora: A FORA NEUTRALIZANTE.

    A terceira fora interior, profunda, leva-nos em direco ao Ser.

    Necessitamos auto-explorar-nos para nos auto-conhecermos

    e descobrirmos em ns mesmos isso que a Verdade.

    Os espiritualistas crem num deus antropomrfico, os

    materialistas no seu querido deus matria, ambos so crentes, nem

    um nem o outro conhecem a Verdade. A Verdade s possvel

    conhec-la mediante a terceira fora que est dentro de ns

    mesmos aqui e agora; refiro-me fora neutra; esta levar-nos-,

    mediante a explorao ntima psicolgica, at experincia vvida

    disso que est mais alm do corpo, dos afectos e da mente, disso

    que a Verdade.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    Nem os espiritualistas nem os materialistas conhecem a

    Verdade.

    Gnose uma palavra que significa Conhecimento, Sabedoria;

    a Sabedoria, a Sofia, a que necessitamos e no a encontraremos

    no exterior, seno dentro de ns mesmos.

    Seria necessrio apartar-nos das correntes da extrema direita

    e da extrema esquerda e marchar pela revoluo do centro,

    profundamente para dentro, para experimentar o Real;

    necessitamos auto-conhecer-nos, s assim possvel chegar

    experincia verdadeira disso que est mais alm do tempo.

    Assim pois, esquecendo as lutas, os conflitos que h entre a

    extrema esquerda e a extrema direita, nos auto-exploraremos de

    forma directa para nos auto-conhecermos e descobrirmos,

    mediante a experincia do Real, isso que no conhecem os

    sequazes da direita e da esquerda, a VERDADE.

    Representao firmamento cristo - 1621

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    O Grande Kabir Jeshu Ben Pandir disse: "Conhecei a

    Verdade e ela vos far livres", s a experincia mstica da Verdade

    pode dar-nos a autntica Liberdade; portanto urge auto-explorar-

    nos acima de tudo.

    Como poderamos chegar experincia do Real, se no nos

    conhecemos a ns mesmos?

    Escrito est: "NOSCE TE IPSUM", assim escreveu Tales de

    Mileto no frontispcio do templo; necessitamos conhecer-nos

    profundamente a ns mesmos e em todos os nveis da mente. Tales

    de Mileto foi acima de tudo um grande Iniciado na Grcia antiga;

    foi algum que se destacou pela sua sapincia, denominaram-no "o

    filsofo do fogo" porque realmente ele aprofundou muitssimo

    naquilo que a sapincia do fogo; ele conseguiu chegar onde

    muitos todavia no chegaram.

    O fogo algo, no entanto, que hoje em dia desconhecido

    para a humanidade; utilizam-no como utilizam a electricidade,

    porm ningum sabe dizer o que o fogo, permanece todavia

    sendo completamente ignorado.

    H que aprender a mudar a nossa forma de pensar, aprender

    a pensar de forma nova, de forma distinta; porque a Gnose um

    conhecimento que apesar de ser to antigo, novo e escrito est no

    Evangelho Crstico: "Ningum deita vinho novo em odre velho,

    porque o vinho novo destruiria o odre velho"; tambm est dito no

    Evangelho Crstico: "Ningum poria ou cortaria um pedao de tela

    de um traje novo, para remendar um traje velho que j no serve".

    Seria absurdo em todo o sentido fazer uma coisa assim.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    Por isso necessitamos aprender a pensar de forma nova.

    necessria uma transformao mental. Porm, aprofundando um

    pouco mais, poderamos dizer que existem quatro estados de

    Conscincia:

    O primeiro o da pessoa que est adormecida em sua casa,

    nestas circunstncias o Ego anda fora do corpo fsico, porm

    completamente inconsciente, em estado de coma; bom entender

    que os defuntos depois que deixam o corpo fsico, vivem nos

    mundos internos com a Conscincia completamente adormecida,

    geralmente andam a sonhar, completamente inconscientes, de

    forma ntegra, unitotal; o mesmo sucede nessa pequena morte que

    o sono ordinrio; enquanto o corpo fsico dorme, o Ego

    deambula inconsciente, adormecido.

    O segundo estado o chamado estado de viglia; sucede que

    quando um indivduo volta ao estado de viglia continua a sonhar,

    to adormecido como estava, s que agora o seu corpo est activo

    para os sonhos e portanto mais perigoso.

    Uma coisa quando o corpo est passivo e ento no h

    tanto perigo e outra muito diferente quando o corpo est activo,

    ento o perigo maior; no chamado estado de viglia o corpo fsico

    activo para os sonhos e ento quando se comete toda a classe

    de erros. TODA A HUMANIDADE VIVE NESSES DOIS

    ESTADOS DE CONSCINCIA.

    necessrio passar ao terceiro estado de Conscincia e s se

    poderia passar ao terceiro estado de Conscincia, comeando por

    mudar a nossa forma de pensar; porque se ns na casa, na rua, no

    trabalho, continuamos como sempre, com as nossas emoes

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    negativas, com as nossas reaces ante os impactos do mundo

    exterior, com os mesmos cimes de sempre, com os mesmos dios

    habituais, etc..., no possvel passar a um terceiro estado de

    Conscincia, que a recordao de si mesmo, se previamente no

    mudarmos a nossa forma de pensar.

    Se desejamos uma mudana temos que comear por mudar o

    aspecto intelectual e o aspecto emocional; isso significa eliminar de

    si mesmo esse automatismo inconsciente, intelectual, que temos

    tido, todos esses cimes, todos esses hbitos antigos, toda essa ira,

    todo esse dio.

    Urge a mudaa radical no intelecto, se que queremos passar

    a um nvel superior de Ser, quer dizer, se queremos passar ao

    terceiro estado de Conscincia, que o da recordao de si mesmo.

    Quando algum se identifica com um insulto, continua

    nesses instantes a pensar como antes, se antes o insultavam, ele

    insultava; se lhe batiam, batia; ento continuamos na mesma.

    Se um homem est ciumento da sua mulher, depois de

    receber estes ensinamentos, significa que no mudou,

    simplesmente carrega a gnose na sua memria como um adorno

    mais; como quando se veste um traje novo, porm a forma de

    pensar segue sendo igual.

    Como se poderia ento passar ao terceiro estado de

    Conscincia?

    Porque se luxurioso? Porque se carregam alguns agregados

    psquicos da luxria; mais ainda, aquele que se identifica com

    alguma cena luxuriosa, obviamente esquece-se de si mesmo e

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    nesse momento mostra-se luxurioso, d oportunidade aos eus da

    luxria para que eles faam o que quiserem; algum que se

    esquece de si mesmo, algum que se esquece ante um copo de

    vinho, e termina embriagado; algum que se esquece de si mesmo

    ante um insultador, e termina insultando tambm, no est ainda

    preparado para passar ao terceiro estado de Conscincia, que o

    da recordao de si mesmo.

    Pois contraditrio que uma pessoa tenha passado ao

    terceiro estado de Conscincia e se esquea de si mesmo; assim, ou

    passou ou no, nisto no pode haver imprecises de qualquer tipo.

    H que trabalhar o centro intelectual e o centro emocional.

    No h dvida de que as emoes negativas nos tornam

    mentirosos, nos tornam violentos; as emoes negativas fazem

    com que nos esqueamos de ns mesmos.

    Por exemplo, um indivduo ciumento, levado pela emoo

    negativa dos cimes torna-se violento, pode matar outro, pode

    matar a sua mulher, talvez injustamente e em consequncia ir para

    a priso, etc...

    As emoes negativas podem tornar-nos caluniadores, falsos,

    violentos e perversos.

    Porm muito difcil poder controlar as emoes negativas;

    num momento estamos tranquilos, mas podemos no momento

    seguinte no o estarmos.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    14

    Suponhamos que estamos tranquilamente, quando de

    repente algum nos diz que um parente ou um irmo foi ferido

    fortemente por fulano de tal e que lhe deu um tiro, ou que lhe

    deram um tiro; se no tivermos controle sobre ns mesmos,

    sairemos como loucos, abandonamos de imediato o lugar onde nos

    encontramos, protestando internamente.

    Se encontrarmos algum na rua contamos-lhe rapidamente o

    que sucedeu e pode dar-se o caso de que ao chegarmos ao lugar

    onde se disse que aconteceu a tragdia, nada tenha passado! Ento

    o que sucedeu: perdemos o controle, calunimos algum,

    assumimos atitudes violentas e o que pior, fortificmos os eus

    que temos na parte negativa do centro emocional, em lugar de

    desintegr-los.

    Vejamos quanto dano podem causar-nos as emoes

    negativas; por uma emoo negativa podemos tornar-nos

    perversos, assassinos, caluniadores do prximo, levantamos falsos

    juzos sobre o nosso melhor amigo, etc...

    Apesar disso, temos uma marcada tendncia a deixar-nos

    levar sempre pelas emoes negativas, no temos aprendido a ser

    austeros, impvidos, serenos, mesurados.

    H que introduzir a Gnose na nossa maneira de pensar para

    podermos mudar, e introduzi-la no centro emocional.

    Requer um pouco de trabalho, porm a mquina orgnica,

    por exemplo no centro intelectual, tem algo do centro emocional e

    algo do centro do movimento. Como poderamos conseguir que o

    centro emocional inferior permanecesse sob total controle?

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    15

    Se dizemos: "vou ter fora de vontade, no me vou deixar

    levar pelas emoes violentas, negativas", pode ser que primeira

    ocorrncia falhemos terrivelmente.

    Ento necessitamos introduzir a Gnose na mente, sentir a

    emoo superior que produz a Gnose e um pouco de vontade que

    tenhamos adquirido; pois a gnose e a emoo superior permitir-

    nos-o controlar completamente as emoes negativas.

    Em todo o caso necessrio controlar a emoo inferior com

    a emoo superior. A emoo superior est no centro emocional,

    portanto controlemos a emoo inferior com a superior.

    Metamos a Gnose dentro do nosso crebro, para que a nossa

    forma de pensar mude e vivamos de acordo com os princpios e as

    regras do Gnosticismo Universal.

    Modifiquemos o processo de pensar e haver uma espcie de

    emoo intelectual na nossa cabea; isso, mais um pouco de

    vontade permitir-nos- controlar as emoes inferiores.

    A destruio total das emoes inferiores advm com a

    aniquilao daqueles elementos psquicos indesejveis que se

    relacionam precisamente com a parte emocional inferior; porm

    enquanto esses elementos no esto totalmente eliminados,

    podemos controlar o centro emocional inferior com a parte

    emotiva do intelecto. Um intelecto iluminado pela mstica

    gnstica. Esse o caminho a seguir; s por esse caminho se

    poderia processar verdadeiramente a transformao que to

    necessrio. necessrio ir mudando pouco a pouco e isto de ir

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    16

    mudando pouco a pouco possvel se formos introduzindo as

    regras gnsticas.

    Podemos introduzir a Sabedoria do Gnosticismo Universal

    no nosso pensamento, na nossa mente, necessrio modificar a

    nossa mente, necessitamos de uma nova mente para pensar,

    porque com a mente velha, com essa mente decrpita, destroada,

    com essa mente acostumada a todo esse trem de vida que

    normalmente levamos, no seria possvel provocar uma

    transformao em ns mesmos.

    Assim, o centro emocional deve ser trabalhado com as regras

    gnsticas, com os ensinamentos que temos dado; se de verdade

    queremos uma mudana na nossa forma de ser, de sentir,

    necessitamos pensar de forma nova. Que buscamos atravs de

    tudo isto? Unificar a Conscincia Csmica; desgraadamente a

    Conscincia Csmica est enfrascada dentro do Ego.

    Purificar a Conscincia s possvel aniquilando o Ego.

    Quem no se decidir a passar pela aniquilao budista, jamais

    poder conseguir a purificao da Conscincia.

    bvio que com a aniquilao budista o despertar da

    Conscincia se converte num facto. Uma Conscincia desperta

    uma Conscincia purificada mediante a aniquilao do Ego, isso

    bvio.

    Em todo o caso o processo didctico da liberao da

    Conscincia tem um nome no budismo oriental, denomina-se

    Alaya Visgnana; este Alaya Visgnana guarda relao com o corpo

    de lei que o Dharma Kaya, que nos d isso que poderamos

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    17

    denominar Omniscincia. Se por algo se lhe chama Dharma Kaya,

    porque o resultado de tremendos trabalhos realizados em ns

    mesmos, aqui e agora.

    O corpo do Dharma

    Kaya pode submergir-se

    dentro do Vazio Iluminador e

    mais ainda, pode chegar

    Talidade, que est mais alm

    do Vazio Iluminador; quem

    possua o corpo de Dharma

    Kaya chegou felicidade real,

    verdade ltima.

    No seria possvel

    chegarmos a possuir tal corpo

    se no tivssemos trabalhado

    a Conscincia escondida em ns, essa Conscincia que se encontra

    enfrascada dentro do Ego; torna-se necessrio desenfrasc-la,

    desembot-la, desengarraf-la, liber-la mediante o trabalho sobre

    si mesmo; e no possvel trabalhar ou provocar uma

    transformao em si mesmo se antes no comearmos por mudar a

    nossa forma de pensar.

    Um indivduo que recebe os ensinamentos e continua

    engarrafado nos antigos processos intelectuais e emocionais, no

    pode de modo algum originar qualquer mudana; as mudanas

    so necessrias para se chegar transformao suprema.

    Nebulosa V

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

    18

    Tenhamos em conta que os agregados psquicos do Ego se

    processam em sete nveis do Ser.

    Inquestionavelmente o corpo de Dharma Kaya para os que

    tiverem chegado parte mais elevada do Ser, aqueles que tiverem

    desintegrado todos os agregados psquicos ou todos os elementos

    inumanos que existem nos sete nveis de Ser; s um indivduo

    assim pode ter o corpo de Dharma Kaya.

    Mas h que fazer uma plena diferenciao entre o que na

    realidade de verdade o ALAYA VISGNANA e o que SUNYATA.

    O ALAYA VISGNANA mantm-nos dentro dos processos

    meramente psicolgicos, dentro do trabalho psicolgico que temos

    que fazer em ns mesmos e dentro de ns mesmos, aqui e agora.

    Enquanto algum estiver dentro dos processos psicolgicos

    de ALAYA VISGNANA, poder, na ausncia do Ego,

    experimentar isso que no do tempo, isso que est mais alm do

    corpo, dos afectos e da mente; isso que no Oriente denominam

    Vazio Iluminador; porm tal experincia no significa, que

    tenhamos realizado em ns mesmos o Vazio Iluminador.

    SUNYATA DIFERENTE, quando algum possuindo o

    corpo de Dharma Kaya, que est a um passo mais alm da

    Conscincia absolutamente desperta, se submerge no s no Vazio

    Iluminador, seno que consegue entrar na TALIDADE,

    indubitavelmente sabe o que em si SUNYATA.

  • Curso de Gnose por correspondncia I.G.A.

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    Alaya Visgnana um conceito meramente psicolgico,

    SUNYATA um conceito ontolgico.

    Uma coisa esta maquinaria espantosa e terrvel da

    relatividade e outra coisa absolutamente diferente o Vazio

    Iluminador.

    Enquanto a mente lgica continuar com as suas

    confrontaes dentro desta maquinaria terrvel da relatividade,

    no seremos felizes.

    Pensemos que uma coisa o conceito psicolgico como

    ALAYA VISGNANA e outra coisa o conceito ontolgico de

    SUNYATA.

    A Conscincia engarrafada entre as confrontaes lgicas da

    teoria da relatividade no poderia encontrar dita verdadeira,

    porque no na lgica que poderemos encontrar dita, mas sim em

    Sunyata; quando se distingue bem o conceito psicolgico do

    conceito ontolgico,

    poder-se-ia pensar talvez

    no que a epistemologia,

    ou no pensar

    epistemolgico.

    Chegar pois a

    desligar-se, a livrar-se do

    pensamento lgico, para

    repousar no Vazio

    Iluminador, o mximo

    anelo que temos.

    Ensinaram-nos o que a Meditao, na vida podemos

    Anillos de Saturno

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    experimentar isso que no do tempo, na ausncia do Ego;

    inclusive sabemos um mantra para trabalhar com ele, um dia

    qualquer poderamos chegar a essa dita.

    Porque se a Conscincia est situada numa taberna, a

    estamos ns e se depositamos a Conscincia no Vazio Iluminador,

    a estaremos ns.

    Porm antes de chegarmos experiencia do Vazio

    Iluminador, no temos que aspirar a ele, seno simplesmente

    trabalhar para consegui-lo.

    Estamos dentro do mundo das confrontaes lgicas; porm

    uma coisa o Vazio Iluminador como conceito e outra coisa o

    Vazio Iluminador como experincia; podemos por exemplo,

    esvaziar a mente de toda a classe de pensamentos para fazer o

    vazio na mente, o zero radical, absoluto; se quisermos podemos

    faz-lo; porm enquanto existir a mente na meditao com a ideia

    de que queremos o Vazio Iluminador, o Vazio, ento, segue sendo

    para ns um conceito e nada mais que um conceito, estamos a

    processar-nos estritamente dentro do Alaya Visgnana.

    O dia em que alcancemos o Vazio Iluminador na nossa

    prpria mente, que no precisamente o nada, como pensam

    alguns; ento teremos conseguido e de forma directa, a experincia

    disso que est mais alm do corpo, dos afectos e da mente.

    Porm, enquanto o vazio continuar dentro de ns como um

    simples conceito ou como um anelo, ou como uma ideia, ou como

    algo a que aspiramos, no o experimentaremos; porm quando

    cheguemos ao vazio, no qual j nem sequer, nem remotamente nos

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    recordamos de que estamos a meditar, se que de verdade

    realizmos o vazio e nos esquecemos da ideia do vazio, ento

    teremos experimentado o SUNYATA.

    Assim como em vida precisamos de economizar energias

    para criar o segundo corpo psicolgico que o astral, assim se

    denomina, se gastarmos as nossas energias a criao de um

    segundo corpo torna-se algo mais que impossvel; assim tambm

    necessitamos atravs de uma didctica do GRANDE ALAYA

    UNIVERSAL ou do ALAYA VISGNANA, ir aniquilando os

    agregados psquicos; conforme os formos aniquilando, as energias

    ir-se-o acumulando em ns e essas energias permitir-nos-o

    certamente depois, a criao do corpo de DHARMA KAYA.

    Aqueles que entendem o corpo de DHARMA KAYA como

    Ego substncia, marcham pelo caminho mais equivocado que

    jamais conheceram. No possvel criar o corpo de Dharma Kaya

    quando se tem o ego vivo; h que ir aniquilando o ego, para que a

    criao do Dharma Kaya se torne possvel, mediante a economia

    de energia, porque cada agregado psquico implica um gasto de

    energia.

    Quem conseguir criar o corpo de Dharma Kaya, ter

    conhecido a verdade e t-la- experimentado, no fora de si

    mesmo, nem na direita, nem na esquerda, seno no centro e

    profundamente e experimentar a dita de viver, conseguir a

    autntica felicidade que no do tempo; porque o corpo de

    Dharma Kaya CORPO SER e no EGO SER como pretendem

    muitos ignorantes ilustrados.

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    Apelemos pois fora neutralizante, terceira fora que est

    dentro de ns, porque esta permitir-nos- chegar ao absoluto,

    Liberao Final, Verdade ltima e criao do corpo Dharma

    Kaya em cada um de ns.

    Por isso a necessidade de mudar a forma de pensar e de

    sentir, tem um s objectivo, provocar uma transformao interior

    de fundo, mediante o trabalho esotrico gnstico crstico e

    medida que essa transformao se v verificando, ir-nos-emos

    aproximando cada vez mais dita dos Dharma Kaya.