materia exame 11052016

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ESPECIAL  IMÓVEIS A mais  mpl pesquisa  imobiliária  d o  país  — que analisou os  preços  em  1 5 9  cidades — mq stra que estamos no pi or momento do setor desde  ^009 Mas  h á  sinais está  perto db fim  PATRÍCIAVALLE flyeafase  ruim 7 www exame com

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7/26/2019 Materia Exame 11052016

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E S P E C I A L  I MÓVE I S

A mais

  mpl

pesquisa  i m o b i l i á r i a  do   p a ís  — que analisou

os  p r e ç o s  em  1 5 9  cidades — mqstra que estamos

no pior momento do setor desde  ^ 0 0 9 Mas

 há

 sinais

e s t á  perto db fim   P A T R Í C I A V A L L E

f lyeafase  ruim

7 www exame com

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  u ç a a reportagem

 n

v e r s ã o

 digital de EX ME

S

  C O R R E T O R E S

  DE I M Ó V E IS F O R M

O B R I G D O S   S E  C O S T U M R com um

novo tipo de cliente no

 último

 ano: o

que pesquisa

 muito,

 faz dezenas de per

guntas, negocia

  preço,

 dá uma baita

impressão de que vai comprar — mas

desiste na

 última

 hora.

 Em

 meio

 àque-

la

 que deve ser

 a

 pior

 recessão

 no

 Bra

si l desde a

 década

 de 30, é essa a ro

tina

 nas  im obil iár ias e nos raros es-

tandes de vendas de apartamentos

novos

 espalhados

 pelo país.

 Executi

vos do setor dizem que o mercado

está praticamente parado há mais de

um

  ano

  —

 poucas incorporadoras

constroem, poucos clientes compram

e só quem realmente precisa

 de

 dinhei

ro decide vender com desconto  —, o

que

 explica a queda

 nos preços em m ui-

tas cidades. De acordo com

 a

 mais com

pleta pesquisa

 imobiliária do

 país,

 feita

pela Fundação

 Instituto

 de

 Pesquisas

Económicas

 (Fipe) e publicada com

exclusividade por EXAME, o preço dos

imóveis

 subiu, em

 média,

 apenas 1,8

em 2015, enquanto a inflação ficou em

quase

 11 .

 Foi

 o

 primeiro ano

 de

 queda

real

 dos preços desde 2009, quando a

pesquisa

  começou

 a ser feita.

 A

 Fipe

analisou 159 cidades e em

 apenas seis

houve

 valorização em termos reais. Em

sete

 delas a queda f oi

 nominal

 — caso

de

 Niterói, no Rio de Janeiro, e

 de Gua

rulhos,

 em

  ão

 Paulo.

 É improvável

 que

o

 mercado

 im obiliário

 saia

 da paralisia

antes de a economia melhorar. Mas

alguns

  números

 indicam que o setor

pode

 estar

 perto do fundo do poço — e

que os

  preços

 podem voltar a subir,

ainda que

 timidamente,

 em 2017.

 Para

quem tem dinheiro e coragem, talvez

seja a hora de comprar.

11  de m io de  2 1 6

 | 7

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E S P E C I A L IMÓV IS

o

 principal motivo da

 situação ruim

no mercado imobiliário

 é a

 fuga dos

compradores. O

 cenário económico é

o fator principal (o medo de perder o

emprego, a falta de perspectiva de au

mento

 na

 renda),

 mas

 não

 o único.

Com os

 juros elevados,

 é

 vantajoso

deixar o dinheiro no banco, rendendo

15%

 ao ano

 em

 investimentos de renda

fixa. Mas

 quem quer comprar

 está com

mais dificuldade para conseguir finan

ciamento.

 Os bancos estão

 emprestan

do menos, o que fez

 diminuir

  o saldo

do crédito imobiliário em 54% no últi

mo

  ano.

 Além

  disso,

 os

 juros

 estão

maiores: a taxa

 média passou

 de 7,6%,

em 2013, para 10,7% ao ano agora, se-

gundo o Banco Central. Essa alta dos

juros  está

  provocando

 estragos.  e

acordo com o banco JP Morgan, o pa

gamento das

 prestações

 de um

 finan

ciamento

 imobiliário

 corresponde, em

média, a 25%

 da renda dos brasileiros

hoje;

 em

 2010, o

 percentual

 estava

 em

torno

 de

 15%. Quem não tem

 como ar

car

 com o

 aumento do custo do

 crédi

to deve procurar um imóvel mais ba

rato

 

ou negociar

 um bom

  desconto.

Um cálculo

 feito pelo professor

 M i-

chael Viriato,

 da

 escola

 de

 negócios

Insper, mostra que, para compensar

 a

alta

 dos juros, os consumidores

 preci

sam comprar

 imóveis

 que custem cer

ca de

 15%

 menos do que custavam em

2012. A

 conta considera um financia

mento de dez anos com 30% de entra

da.

 Para

 quem pretende financiar

 a

compra

 por 20 anos, o

 desconto

 preci

sa sennaior, de 20%. Mas, para chegar

a esse

 patamar, seria preciso que

 o

 pre

ço médio

 no

 país caísse

 mais

 25%.

 Ou

seja,

 para quem depende de crédito, os

imóveis não ficaram ão baratos

 assim.

Além

 de haver menos demanda do

que no

 passado,

 a oferta de

 imóveis é

grande, e isso

 está

 contendo a alta dos

preços

 na maioria das cidades.

 As in

corporadoras ainda

 estão

 entregando

os empreendimentos  lançados nos

anos

 de

 euforia,

 e

 parte dos clientes

está devolvendo os imóveis porque des

cobriu

 que não poderá pagá-los. Há

milhares

 de imóveis

 encalhados. As

empresas estão empenhadas em

 redu

zir os estoques, e os clientes buscam

OS

 PREÇOS SO EM

  BEM

 MENOS

Veja

 as principais

 c o n c l u s õ e s da pesquisa i m o b i l i á ri

feita pela

 Fpe

 em

 159

 cidades do

O mercado

 i m o b i l i á r io

 está desacelerando desde 2012

variação de preços

 dos

 imóveis

 usados) ^

26

12

o

2012

o

2015

Em 2015, houve

 queda nos p r e ç o s

em sete cidades

  variação

 dos

 valores

dos

 imóveis

 usados em

 2015)

N i t e r ó i ( R J )   °  -3,0

2^  Guarulhos

 (SP)

  í  »-2 , 3

3=  S â o G o n ç a l o (RJ)  • •

  o-2,2

4=  O s a s c o ( S P )  ° - 1 , 8

5 »  Ro

 de Janeiro

  I

° - l , 4

6 «  M a c a é ( R J ) | - ° - 1 , 2

7° -

 Curitiba (PR)  °-0 ,2

Os  p r e ç o s subiram mais do que a i n f l a ç ã o

em apenas seis m u n i c íp i o s

  variação

 dos

valores

 dos

 imóveis usados em 2015)

1?  Olinda

 (PE)

Cachoeirinha (RS)

3^

  Sã o

 Leopoldo (RS)

»

 Teresópolis(RJ)

5 «

  Cabedelo

 (PB)

6 »

  Itapema (SC)

I n f l a ç ã o

www exame com

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7/26/2019 Materia Exame 11052016

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oportunidades nesse  desequilíbrio ,

diz

 Rodrigo Martins,

 presidente da in-

corporadora Rossi. Diante

 desse

 cená

rio, os analistas esperam que os preços

caiam em

 torno

 de 5%, em termos no-

minais,

 neste

 ano. Depois disso, é pos-

sível que os preços parem de cair, pelo

menos

 de

 forma

 generalizada.

 Uma

razão para isso é específica do mercado

imobiliário: a oferta de casas e aparta-

mentos

 tende

 

diminuir,

 porque  s

incorporadoras estão construindo mui

to menos do que no

 passado

 e ajustan-

do

 a

 oferta

 à

 demanda.  O

 total de lan-

çamentos em 2015 ficou 50% abaixo do

patamar

 de

 2011, e

 a

 expectativa

 é de

uma nova r edução de cerca

 de 40

neste ano. O número de imóveis

 vendi-

dos já é maior do que

 o

 de lançamentos,

e

 isso

 está

 reduzindo, ainda que lenta-

mente,

 o

 estoque

 de unidades

 n ão

 ven-

didas 

o

 total caiu de quase 116 000 no

início de 2014 para 111300

 agora.

 Além

p a í s  ao

 longo

 do

 ano passado. Em

  m é d i a ,

 os

 p r e ç o s e s t ã o

 subindo bem menos do que

 a i n f l a ç ã o

Os bairros mais

 caros

 do  pa í s  ficam

no Rio de Janeiro e  em S ã o

 Paulo

pr ço

 mé io o metro

 quadrado

dos imóveis

 usados,

 e m reais

1 » Leblon RJ)

o 22478

2=  Ipanema  RJ)

3 »  Lagoa  RJ)

°

  20517

o 17943

4 ^   Gá v e a   RJ)

o 17917

5=

 Jardim

 B o t â n i c o

  RJ)

6s Urca RJ)

o 16832

o 16606

7

Vla Nova C o n c e i ç ã o   SP)

•o 15494

Houve  l a n ç a m e n t o s  de i m ó v e i s  em 73

 cidades.

Veja as  mais caras e as  mais baratas

pr ço mé io o

 metro

 quadrado, em reais

CIDADES MAIS CARAS

ia

  Distrito

 Federal

Sã o  Paulo

Porto

 Alegre

  RS)

4^^   Santos SP)

5^   ão Caetano do Sul  SP)

6 C a m b o r i ú ( S C )

N i t e r ó i

  RJ)

CIDADES MAIS BARATAS

1 ?

  São Luís

 MA)

Colombo  PR)

Campo

 Largo  PR)

São José  dos Pnhais PR)

5^

  Serra ES)

6

A r a u c á r i a   PR)

S ã o J o s é   SC)

C O M O

 

P E S Q U I S

D E  P R E Ç O

D E  IMÓVEIS

FOI FE IT

Esta  é a

 quinta

 e d i ç ã o

da maior pesquisa de  p r e ç o s

de i m ó v e is do p a í s , feita

pela Fipe em parceria com

EXAME. A

 Fipe pesquisou

os p r e ç o s de i m ó v e is usados

em 15 9 cidades que

representam

  6 1

do PIB. As i n f o r m a ç õ e s

foram coletadas em

classificados e l e t r ô n i c o s

como o Zap.

 Foram

analisados mais de

 4 000

bairros.

 A

 Fipe

  t a m b é m

levantou os valores dos

i m ó v e i s

 novos

 em

73

 cidades

 -

  neste caso

a base de dados é a da

corretora Brasil Brokers.

Veja  a  metodologia

completa em Exame.com.

O Os

 dados de

 2009 e 2010

 consideram apenas cinco cidades pesquisadas peio Ibope  i n t e i i g ê n c ía .

 A

 partir de

2 0 1 1 ,

 as

  i n f o r m a ç õ e s s â o

 da pesquisa mais ampla da Fipe

 Fonte:

 Fipe

n  de

 maio de

 2 0 1 6  7

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7/26/2019 Materia Exame 11052016

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E S P E C I A L

  I M Ó V E I S

disso, a maioria dos economistas es

pera que a recessão termine neste ano

e que o PIB cr esç a em 2017, o que aju

dará a estabilizar os preç os.  A deman

da deve superar  a oferta, mas, para que

isso ocorra de

 forma

 sustentada, a

economia

 tem

 de se recuperar

 de

 ver

dade ,

 diz

 EduardoítZylberstajn,

 pes

quisador da

 Fipe

 responsável pelo le

vantamento publicado

 com

 exclusivi

dade

 por EXA M E.

O I M P A C T O D O IM P E A C H M E N T

Um possível impeachment da

 presiden

te Dilma Rousseíf pode beneficiar esse

mercado, como está acontecendo com

a

 bolsa

 e o câmbio? Pode, mas os efeitos

devem ser percebidos de

 forma

 bem

mais lenta no setor  imobiliário do que

no mercado inanceiro. A

 bolsa

 e o câm

bio

 reagem

 quase

 instantaneamente

 à

muda nça de

 humor

 na economia.

 Como

a troca de governo é vista como uma

chance de melhorar o pais, as ações es

tão valorizando, e a cotação do dólar

está

 caindo desde

 que

 aumentou

 a pro

babilidade do impeachment. Só decide

comprar um imóvel quem tem algum

grau

 de

 confiança

 no futuro, mas isso

não é suficiente para fazer o mercado

imobiliário deslanchar. A retomada de

pende, principalmente, de

 dois

 fatores

concretos: renda e crédito

 

que

 foram

os responsáveis pela euforia da última

década Entre 2004

 e

 2014,

 o

 rendimen

to médio dos brasileiros aumentou 43%,

e a taxa de desemprego caiu em 2014

para 4,8%,

 o

 patamar mais baixo da his

tória. Em 2004, mudanças regulatórias

deram mais segu rança jurídica aos ban

cos, que passaram a inanciar móveis

como nunca. Em

 dez anos, o volume de

crédito cresceu  50 vezes. Com isso, os

preços dispararam. De 2009  quando

EXA ME

 publicou sua

 primeira pesqui

sa imobiliária  a 2014,

 subiram

 quase

160%

 

mas, dependendo  do bairro, os

valores triplicaram. A expectativa de

ganhar dinheiro comprando e venden

do atraiu uma série de investidores no

vatos.

 O

 oba-oba era tamanho que os

clientes

 corriam

 para reservar o

 direito

de comprar casas e apartamentos que

seriam

 lançados.

 Algumas incorpora

doras chegaram a limitar o núme ro de

X E P D E

M NSÃO

DONOS DE IMÓVEIS

QUE CUSTAM ALGUNS

MILHÕES DE REAIS 

E PRECISAM DE

DINHEIRO  ESTÃO

DANDO DESCONTOS

DE 30 , EM MÉDIA,

PARA CONSEGUIR

ALUGÁ-LOS

ara quem  está disposto a

gastar, este pode ser

 o mo

mento

 de

 morar naquele

imóvel dos sonhos. Há mais pro

pr ie tár ios

 querendo vender co

berturas e mansões nas principais

cidades brasileiras, mas, como a

procura  está baixíssima,

 muitos

decidiram alugar para se  livrar

dos custos —   altíssimos, natural

mente

  —

 com

 condomínio

 e

 im

postos. Segundo um levantamen

to  do VivaReal, maior site de

a n ú n c i o

  de

  imóve i s

 do

 p a í s ,

 a

oferta

 de casas e  apartamentos

cujo valor de locação vai de 5 000

a 150000 reais aumentou 140%

em dois

 anos.

 Com a recessão, a

demanda  não cresceu nem perto

disso, o que  está levando os pro

prietários a aceitar negociar e re

ceber menos. De acordo com es-

peciahstas de mercado ouvidos

p or EXA ME, os descontos têm

variado de 20% a 30%, em m édia,

mas quem pechinchar pode con

seguir mais do que isso.  Em al

guns casos, o valor do aluguel

chega a ser menor que o do con

domín io , porque o dono quer

ficar

  livre das despesas do imó

vel , diz Felício

 Borzani,

 respon

sável

 pelo segmento de alta

 ren

da na corretora Lopes. Segundo

ele, para deixar de pagar  6 000

reais de condomínio e 1700 de

IPTU de um apartamento de 550

metros quadrados no bairro do

Panamby, na zona sul de São

Paulo, o propr ie tár io reduziu o

unidades que podiam ser adquiridas

pelo mesmo cliente.

Dificilmente

 essas cenas se repetirão

muito

 menos no curto prazo. Os ban

cos só voltarã o a

 emprestar

 se o

 risco de

calotes

 diminuir.

 Ainda que a

 inadim-

plência do crédito imobiliário tenha se

mantido

  estável,

 em torno de 2%, os

atrasos

 nos pagamentos

 subiram

 quase

20% desde janeiro de 2015, para 8,6%.

Para

 a agênc ia de classificação de

 riscos

Moody's, a tendên cia é que esses índi

ces piorem, uma vez que uma parcela

considerável dos inanciamentos oi

concedida numa época de crescimen

to económico a consumidores que os

bancos mal conheciam  e que podem

enfrentar dificuldades inanceiras na

atual recessão. Além disso, o mercado

está mais maduro  após a  década de

ouro .

 Os preços estão mais altos

 

o

que limita o potencial de novas valori-

7

I www exame com

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7/26/2019 Materia Exame 11052016

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P R A I A

  D E

B O T A F O G O

N O

R I O

  D E

  J A N E I R O :

ofert

de imóveis

de

 luxo p r

loc ção

m is

 qu e dobrou

valor do

 aluguel

  de 24 000  reais

para 17000 reais e, assim, conse-

guiu um inquilino neste  ano. Ou

tro,

  mais desesperado,

 aceitou

receber apenas  1000  reais  por

m ês

 (originalmente, pedia 10

  000

reais)

 para parar de pagar

 mais

 de

4 000  mensais  de condomínio 

IPTU. O

 mesmo

 movimento  tem

acontecido

 em outras cidades, es

pecialmente no Distrito Federal e

no Rio de

 Janeiro.  Esses

 imóveis

têm ficado vazios por, no mínimo,

seis

 meses ,  diz  Sueli Pacheco,

sócia da corretora Pacheco, de São

Paulo. Boa n otícia para quem quer

morar bem pagando menos.

zações  e os investidores  estão bem

mais

 receosos.

 Quem

 comprou

 no

 auge

da euforia e não conseguiu vender  ra

pidamente ficou com um mico na m ão

e perdeu  a chance de  aproveitar  os

juros altos

 para

 conseguir rendimentos

elevados, com baixo risco, na renda  fixa.

Comprar para alugar também se mos-

trou um mau negó cio. A rentabilidade

anual média obtida com a locação está

em 4,6% do valor do imóvel, enquanto

R E C U P E R A Ç Ã O ? COM  SORTE  EM 2017

A s i t u a ç ã o  atual  d o mercado  i m o b i l i á r i o indica   q u e o s p r e ç o s podem  cair  neste  ano

As  vendas  de i m ó v e i s vê m caindo

e um dos

 motivos

 é a r e t r a ç ã o d o c r é d i t o

  Vencias

 em

  milhares

 d e

 unidades ^^

C r é d i t o e m b i l t i õ e s d e   reais

7 80 60 52

Com   isso a  oferta d e i m ó v e i s continua

elevada

 

corresponde a

 duas

 vezes

o

 volume

 anual d e

 vendas

  número

e

 unidades

 em

 2015, em

 miltiares

Estoque

d e Imó v e i s

o o o o o

2 11

  2012 2013 2014 2015

Vendas

anuais

C E N Á R I O

 PARA

  2 1 6

Os especialistas  esperam  q u e o s p r e ç o s

caiam  cerca

 de 5 , em

  termos  nominais,

neste

 a no  -  e m r a z ã o d a

 grande

 oferta

d e i m ó v e i s e d a r e t r a ç ã o d a  demanda.

Se   isso

 ocorrer,

 s e r á a

 primeira

d e s v a l o r i z a ç ã o

  nominal

 desde

 2009.

C E N Á R I O

 PARA

  2 1 7

Como

  as

  incorporadoras

 e s t ã o

 construindo

menos,

  a

 oferta

 e s t á

 diminuindo

 e

 pode

haver

 alguma

 alta  n o s p r e ç o s . M a s  isso

t a m b é m

  depende

 da s

  perspectivas para

a

 economia  —especialmente

 e m r e l a ç ã o

a o n í v e l d e   emprego  e ao c r é d i t o

O C o n s í d e r a m - s e

  dados

  d o s m u n i c í p i o s : S â o

  Pauio,

 R i o de

  Janeiro.  Belo

 Horizonte. Porto Aiegre,

 Recife,

  M a c e i ó e G o i â n i a

ontes

Abecip, Abrainc,

 CBIC e

 Lopes

títulos do governo pagam 6% acima da

inflação. Proprie tários que não estão

conseguindo vender

 seus imóveis deci-

dem alugá-los, e isso está aumentando

a

 oferta

 e

 derrubando

 os preços de lo

cação. Para os inquilinos, tem sido mais

fácil

 negociar ,

 diz

 Silvio

 Almeida, pre-

sidente da corretora BR Brokers.

Se a economia se recuperar, outros

fatores poderão

 levar a

 uma alta

 mode-

rada  do preço dos imóveis nos próxi

mos

  anos.

 U m

 deles

 é

  demográfico.

Estimativas

 indicam

  que, a

 cada

  ano,

1,5 milhão de famílias serão

 formadas

no país até 2030  o que significa uma

demanda

 constante

 por imóveis.

 Outro

fator é o déficit

 habitacional,

  que é de

5,8 milhões de  moradias, segundo o

IBGE. Cerca de 70% desse déficit está

concentrado em famílias de

 baixa ren-

da, mas também faltam imóveis para

consumidores mais ricos.  Parte dessa

demanda está reprimida por

 causa

 da

recessã o, mas deve

 voltar

 num cenário

de melhora da

 economia,

  da confiança

e do créd ito , diz Luiz Fernando Mou

ra, diretor da

 Abrainc,

  associação que

reún e as principais incorporadoras do

país.

 Para

 quem está na

 fase

 de pesqui-

sa de preços para comprar ou vender,

o levantamento da

 Fipe pode

 servir  de

referência. Nas próximas 74 páginas,

estão

 publicados

 os preços médios em

mais de 4 000 bairros. Só uma coisa não

muda nunca:  imóveis nos bairros

 cen-

trais têm desvalorizado menos do que

os localizados em regiões mais afasta-

das. Leblon e

 Ipanema,

 no Rio de Ja

neiro, por

 exemplo,

 são os bairros mais

caros  do país há anos. Ali , apesar  da

crise, o preço médio do metro quadra-

do

 continua

 acima dos 20 000 reais. •

11   d e  maio d e 2 0 1 6  75