13historia a beto

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Inclusão para a Vida História A Pré-Vestibular da UFSC 1 UNIDADE 1 GRÉCIA Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grécia antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a democracia. Considerada como a mais expressiva civilização da antiguidade e fonte da cultura ocidental, devido ao seu rico legado artístico, sua Filosofia e Política. As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu no governo de Péricles (século V a.C.). A democracia ateniense era direta, enquanto a atual é representativa. Divisão histórica: a. Período Pré-Homérico formação e povoamento b. Período Homérico sistema gentílico c. Período Arcaico cidades-Estado (Atenas e Esparta) d. Período Clássico guerras, hegemonias e decadência • Guerras Médicas ou Grego-Pérsicas gregos X persas ofensiva grega Liga militar de Delos (liderança ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga em instrumento de poder) • Guerra do Peloponeso oposição grega liderada por Esparta à hegemonia ateniense Liga do Peloponeso X Atenas vitória de Esparta e início de sua hegemonia • nova guerra interna, devido à oposição à hegemonia espartana Tebas X Esparta • resultados das guerras internas e externas : enfraquecimento das cidades-Estado; invasão macedônica Religião politeísta, antropomórfica; mitologia; Jogos Olímpicos . Arte: exaltação do equilíbrio, harmonia e proporção Teatro Exercícios de Sala 1. Sobre a religião grega, é correto afirmar que: 01. Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fieis deveriam crer em verdades absolutas. 02. Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora. 04. Heróis como Perseu, Jasão, Édipo e Hércules eram divinizados. 08. As orações dirigidas aos deuses imploravam principalmente a salvação da alma dos homens. 16. As aventuras dos deuses e heróis são narradas em um conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia Grega". 2. Sobre a civilização grega, afirma-se: 01. A Grécia se organizava politicamente em cidades- Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas. 02. Em 560 a.C., em Atenas, Psístrato tomou o poder apoiado pelos pequenos proprietários, dando início ao período das tiranias. 04. Em 509 a.C., em Atenas, Clístenes organizou um governo baseado nos princípios da igualdade política dos cidadãos e da participação de todos nas decisões do governo. 08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido às suas rivalidades políticas, econômicas e sociais, numa guerra que ficou conhecida como Guerra Médica, cabendo a vitória a Atenas, que passou a dominar toda a Grécia. Exercícios Complementares 3. A navegação e o comércio marítimo foram desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários fatores que os levaram a isso, podemos citar como causa inicial: a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas necessidades. b) o desejo de difundir a cultura grega. c) o fato de serem constantemente molestados por povos bárbaros. d) o seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que despertava em seu povo a busca do desconhecido. e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos mercados consumidores. 4. "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão." (M. Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins) A partir do texto anterior, é correto afirmar que: 01. o advento da pólis e, portanto, da vida política, estabelece uma possibilidade de ruptura com o universo heróico-mítico de explicações das coisas mundanas; 02. o nascimento da pólis (séc. VIII e VII a.C.) coloca na ordem do dia as discussões sobre os destinos dos homens por eles mesmos e não mais por desígnios de caráter mítico; 04. a experiência política exigiu que as explicações míticas fossem afastadas e que a causa/razão das coisas mundanas tivesse preexistência; 08. a experiência política instaura, entre os gregos, o uso da argumentação/razão como instrumento de solução de conflitos; 16. o nascimento da pólis possibilita a recuperação do saber mítico pela argumentação e reinstaura o sagrado em detrimento da razão.

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  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 1

    UNIDADE 1

    GRCIA

    Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grcia

    antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a

    democracia. Considerada como a mais expressiva

    civilizao da antiguidade e fonte da cultura ocidental,

    devido ao seu rico legado artstico, sua Filosofia e

    Poltica. As reformas de Clstenes institucionalizaram

    a democracia em Atenas, aps diferentes formas de

    governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo

    seu apogeu no governo de Pricles (sculo V a.C.). A

    democracia ateniense era direta, enquanto a atual

    representativa.

    Diviso histrica:

    a. Perodo Pr-Homrico formao e povoamento b. Perodo Homrico sistema gentlico c. Perodo Arcaico cidades-Estado (Atenas e Esparta) d. Perodo Clssico guerras, hegemonias e decadncia

    Guerras Mdicas ou Grego-Prsicas gregos X persas ofensiva grega Liga militar de Delos (liderana ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga

    em instrumento de poder)

    Guerra do Peloponeso oposio grega liderada por Esparta hegemonia ateniense

    Liga do Peloponeso X Atenas vitria de Esparta e incio de sua hegemonia

    nova guerra interna, devido oposio hegemonia espartana

    Tebas X Esparta resultados das guerras internas e externas : enfraquecimento das cidades-Estado; invaso

    macednica Religio politesta, antropomrfica;

    mitologia; Jogos Olmpicos .

    Arte: exaltao do equilbrio, harmonia e proporo

    Teatro

    Exerccios de Sala

    1. Sobre a religio grega, correto afirmar que:

    01. Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fieis

    deveriam crer em verdades absolutas.

    02. Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora.

    04. Heris como Perseu, Jaso, dipo e Hrcules eram

    divinizados.

    08. As oraes dirigidas aos deuses imploravam

    principalmente a salvao da alma dos homens.

    16. As aventuras dos deuses e heris so narradas em um

    conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia

    Grega".

    2. Sobre a civilizao grega, afirma-se:

    01. A Grcia se organizava politicamente em cidades-

    Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas.

    02. Em 560 a.C., em Atenas, Psstrato tomou o poder

    apoiado pelos pequenos proprietrios, dando incio

    ao perodo das tiranias.

    04. Em 509 a.C., em Atenas, Clstenes organizou um

    governo baseado nos princpios da igualdade poltica

    dos cidados e da participao de todos nas decises

    do governo.

    08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido s suas

    rivalidades polticas, econmicas e sociais, numa

    guerra que ficou conhecida como Guerra Mdica,

    cabendo a vitria a Atenas, que passou a dominar

    toda a Grcia.

    Exerccios Complementares

    3. A navegao e o comrcio martimo foram desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vrios fatores que

    os levaram a isso, podemos citar como causa inicial:

    a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas

    terras para suprir suas necessidades.

    b) o desejo de difundir a cultura grega.

    c) o fato de serem constantemente molestados por povos

    brbaros.

    d) o seu amplo conhecimento geogrfico e martimo que

    despertava em seu povo a busca do desconhecido.

    e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos

    mercados consumidores.

    4. "A plis se faz pela autonomia da palavra, no mais a palavra mgica dos mitos, palavra dada pelos deuses e,

    portanto, comum a todos, mas a palavra humana do

    conflito, da discusso, da argumentao. O saber deixa

    de ser sagrado e passa a ser objeto de discusso." (M. Lcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins)

    A partir do texto anterior, correto afirmar que:

    01. o advento da plis e, portanto, da vida poltica,

    estabelece uma possibilidade de ruptura com o

    universo herico-mtico de explicaes das coisas

    mundanas;

    02. o nascimento da plis (sc. VIII e VII a.C.) coloca na

    ordem do dia as discusses sobre os destinos dos

    homens por eles mesmos e no mais por desgnios de

    carter mtico;

    04. a experincia poltica exigiu que as explicaes

    mticas fossem afastadas e que a causa/razo das

    coisas mundanas tivesse preexistncia;

    08. a experincia poltica instaura, entre os gregos, o uso

    da argumentao/razo como instrumento de soluo

    de conflitos;

    16. o nascimento da plis possibilita a recuperao do

    saber mtico pela argumentao e reinstaura o

    sagrado em detrimento da razo.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 2

    5. "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglria; entre ns no h

    vergonha na pobreza, mas a maior vergonha no fazer

    o possvel para evit-la... olhamos o homem alheio s

    atividades pblicas no como algum que cuida apenas

    de seus prprios interesses, mas como um intil...

    decidimos as questes pblicas por ns mesmos, ou pelo

    menos nos esforamos por compreend-las claramente,

    na crena de que no o debate que o empecilho

    ao, e sim o fato de no se estar esclarecido pelo debate

    antes de chegar a hora da ao".

    Esta passagem de um discurso de Pricles, reproduzido

    por Tucdides, expressa:

    a) os valores tico-polticos que caracterizam a

    democracia ateniense no perodo clssico.

    b) os valores tico-militares que caracterizaram a vida

    poltica espartana em toda a sua histria.

    c) a admirao pela frugalidade e pela pobreza que

    caracterizou Atenas durante a fase democrtica.

    d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao

    luxo e riqueza ao longo de toda a sua histria.

    e) os valores tico-polticos de todas as cidades gregas,

    independentemente de sua forma de governo.

    UNIDADE 2

    ROMA ANTIGA

    A FUNDAO A verso lendria da fundao de Roma foi-nos legada

    por Virglio, na clebre Eneida. Segundo o autor, Roma

    teria sido obra dos irmos Rmulo e Remo, que a

    criaram em 753 a.C. Mas h a verso histrica, segundo

    a qual Roma teria sido fundada pelos latinos e sabinos

    por volta de 1000 a.C., nas proximidades do rio Tibre.

    A MONARQUIA Seguindo os passos da tradio, Roma teve sete reis:

    Rmulo, Numa Pomplio, Tlio Hostlio, Anco Mrcio,

    Tarqunio Prisco, Srvio Tlio e Tarqunio, o Soberbo.

    Na sociedade, havia uma diviso social composta da

    seguinte maneira: Patrcios; Plebeus; Clientes e

    Escravos. Em 509 a.C., uma revolta patrcia, apoiada pelos

    plebeus, deps o rei etrusco de Roma (Tarqunio, o

    Soberbo).

    PATRCIOS X PLEBEUS: A populao pobre da

    cidade (os plebeus) no possua quaisquer direitos

    polticos, econmicos ou sociais. Durante as guerras de

    conquistas, somente os patrcios eram privilegiados.

    Os patrcios, interessados em conquistar o Lcio,

    precisavam dos plebeus, propondo, assim, a criao de

    um pretrio que protegesse a plebe: o Tribunato da

    Plebe. Lei das Doze Tbuas em 450 a.C., que constituiu um dos fundamentos do direito romano.

    A REPBLICA: O Senado era o rgo com maior

    poder, composto por 300 senadores vitalcios

    A CRISE DA REPBLICA: Foi o perodo iniciado

    com as lutas dos irmos Graco contra o Estado romano

    (Tibrio, que props uma lei de Reforma Agrria, e

    Caio, responsvel por criar a lei frumentria, para

    vender trigo a preo mais baixo ao povo), estendendo-

    se at o conflito entre os cnsules Mrio e Sila.

    Primeiro Triunvirato Dividiu o poder poltico de Roma entre Pompeu, Crasso e Jlio Csar. Pompeu

    ficou responsvel pelos governos de Roma e do

    Ocidente; Crasso, pelo Oriente; Jlio Csar, pelas Glias.

    Assassinato de Jlio Csar (em 44 a.C.).

    Segundo Triunvirato Foi formado por Otvio, Marco Antnio e Lpido que, em seguida, dividiram o

    mundo romano para melhor govern-lo: Otvio ficou

    com Roma e o Ocidente; Marco Antnio recebeu o

    Oriente (Egito / Clepatra); Lpido ficou com a frica,

    porm foi deposto em 36 a.C.

    Otvio assumiu sozinho o poder, tornando-se

    senhor absoluto de Roma. Recebeu do Senado vrios

    ttulos, entre eles o de Imperador, o de Csar

    (primeiro general) e o de Augusto (sagrado). Iniciava-

    se, assim, o Imprio Romano.

    O IMPRIO ROMANO: poltica do po e circo. A paz, a prosperidade e as realizaes artsticas. O

    sculo I, em que transcorreu seu governo, ficou

    conhecido como a pax romana. Dinastias: 1. Dinastia Jlio-Claudiana (do ano 14 ao 68).

    2. Dinastia dos Flvios (do ano 69 ao 96).

    3. Dinastia do Antoninos (do ano 96 so 192).

    4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).

    CRISE E DECADNCIA DO IMPRIO

    O imprio Romano, no sculo III, foi afetado pela

    crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos

    ltimos Antoninos. Desses fatores, resultou a diminuio da

    arrecadao de tributos, levando o Estado a dificuldades

    de manter a mquina administrativa, principalmente o

    exrcito, o que culminou com as invases brbaras.

    Em 313, Constantino assumiu o poder e

    restabeleceu a unidade imperial. Estabeleceu, em 330, a

    capital do Imprio Romano na antiga colnia grega de

    Bizncio, rebatizada com o nome de Constantinopla.

    Alm disso, instituiu o Edito de Milo, no qual

    reconheceu a religio crist, transformando-a na mais

    importante de Roma. Ainda no sculo IV, os brbaros

    iniciaram as invases em busca de terras frteis.

    Teodsio foi o ltimo imperador uno, instituindo o Edito

    de Tessalnica, em 330, pelo qual a religio crist

    tornava- se oficial do Imprio.

    Por ocasio da morte de Teodsio (395), o Imprio foi

    divido em Ocidente, governado por Honrio, e Oriente,

    governado por Arcdio ambos filhos do Imperador. O Imprio Romano decaiu em 476.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 3

    Exerccios de Sala

    1. O Imprio Romano expandiu-se pelo Mar Mediterrneo durante o perodo republicano; isso gerou,

    no decorrer do sculo II d. C., vrias repercusses, entre

    as quais NO podemos destacar.

    01. surgimento da classe mdia de pequenos

    proprietrios rurais e desaparecimento dos

    latifundirios.

    02. aumento da populao rural na Itlia e consequente

    declnio da populao urbana.

    04. crescimento do nmero de escravos e grande fluxo

    de riquezas.

    08. criao de grande nmero de pequenas propriedades

    e fortalecimento do sistema assalariado.

    16. difuso do Cristianismo e proscrio das

    manifestaes culturais de outras regies.

    2. A expanso de Roma durante a Repblica, com o consequente domnio da bacia do Mediterrneo,

    provocou sensveis transformaes sociais e econmicas,

    dentre as quais no podemos incluir:

    01. marcado processo de industrializao, xodo urbano,

    endividamento do Estado.

    02. fortalecimento da classe plebeia, expanso da

    pequena propriedade, propagao do cristianismo.

    04. crescimento da economia agro-pastoril,

    intensificao das exportaes, aumento do trabalho

    livre.

    08. enriquecimento do Estado romano, aparecimento de

    uma poderosa classe de comerciantes, aumento do

    nmero de escravos.

    16. diminuio da produo nos latifndios, acentuado

    processo inflacionrio, escassez de mo-de-obra

    escrava.

    Exerccios Complementares

    3. O Edito de Milo (313), no processo de desenvolvimento histrico de Roma, reveste-se de

    grande significado, tendo em vista que:

    a) combateu a heresia ariana, acabando com a fora

    poltica dos bispados de Alexandria e Antioquia.

    b) tornou o cristianismo a religio oficial de todo

    Imprio Romano, terminando com a concepo de

    rei-deus.

    c) acabou inteiramente com os cultos pagos que ento

    dominavam a vida religiosa.

    d) deu prosseguimento poltica de Deocleciano de

    intenso combate expanso do cristianismo.

    e) proclamou a liberdade do culto cristo passando

    Constantino a ser o protetor da Igreja.

    4. A religio romana era essencialmente politesta, e o culto ao imperador era de grande significado pelo fator

    da unidade que representava. Durante um perodo

    determinado, teve incio o questionamento dessa ideia.

    Esse grupo, que no reconhecia a divindade do

    Imperador, era de:

    a) brbaros invasores

    b) primeiros cristos

    c) bons espritos familiares

    d) escravos e estrangeiros

    e) judeus vindos da Palestina

    5. Vrias razes explicam as perseguies sofridas pelos cristos no Imprio Romano, entre elas:

    a) a oposio religio do Estado Romano e a negao

    da origem divina do Imperador, pelos cristos.

    b) a publicao do Edito de Milo que impediu a

    legalizao do Cristianismo e alimentou a represso.

    c) a formao de heresias como a do Arianismo, de

    autoria do bispo rio, que negava a natureza divina

    de Cristo.

    d) a organizao dos Conclios Ecumnicos, que

    visavam promover a definio da doutrina crist.

    e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador

    Teodsio, que mandou martirizar milhares de

    cristos.

    UNIDADE 3

    A IGREJA NA IDADE MDIA

    costume dividir o perodo medieval em duas grandes

    fases: a Alta Idade Mdia, que se estende do sculo V

    ao sculo XI e a Baixa Idade Mdia, do sculo XII ao

    sculo XV.

    A Estrutura Feudal: A histria da Idade Mdia

    Ocidental basicamente a histria dos Reinos Brbaros

    que se formaram a partir do sculo V, com a

    desintegrao do Imprio Romano do Ocidente.

    ORIGENS DO FEUDALISMO: Podemos afirmar que

    o Feudalismo surgiu atravs de um processo de

    integrao de uma srie de instituies romanas com

    uma srie de instituies brbaras germnicas, sendo que

    esse processo estrutural foi catalisado pela ao

    conjuntural de diversos fatores, tais como o

    expansionismo muulmano pelo Mediterrneo e as

    invases dos normandos, hngaros e eslavos.

    SOCIEDADE FEUDAL: A sociedade feudal deve ser

    classificada como sendo uma Sociedade Estamental, ou

    seja, uma sociedade na qual os seus membros esto

    hierarquizados em funo do seu status (posio na sociedade), sendo que o status de cada um era fixado pelo fato de dever ou receber determinadas obrigaes.

    Uma sociedade estamental tem como uma de suas

    caractersticas fundamentais a de apresentar reduzidos

    veculos de mobilidade social.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 4

    MUNDO RABE: UNIFICAO POLTICA

    Maom (570 - 632) nasceu em Meca, membro de uma

    famlia pobre da tribo coraixita, e foi responsvel pelo

    surgimento de uma nova religio, o islamismo, que

    garantiu a unidade poltica Arbia.

    Sua doutrina condenava o politesmo idlatra,

    fonte de disputas entre os rabes, e defendia o

    monotesmo fundado na submisso a Al e na leitura

    rigorosa do Coro, livro sagrado dos muulmanos.

    Maom foi perseguido e expulso de Meca em

    622 (incio do calendrio islmico), dirigindo-se para a

    cidade de Yatreb, episdio conhecido como Hgira.

    Em pouco tempo, Maom conquistou uma

    legio de adeptos que, em 630, se dirigiu e conquistou

    Meca. Em 632, o profeta Maom morreu e foi sucedido

    pelos Califas (seguidores do profeta)..

    A Expanso Islmica: Segundo os preceitos islmicos,

    todo seguidor de Maom deve ser um soldado

    encarregado de levar a f a todos os infiis(djihad = Guerra Santa). Tal motivao levou os rabes,

    comandados pelos califas, expanso por vastas reas

    do Mediterrneo.

    Durante quase mil anos, os rabes-muulmanos

    controlaram a navegao e o comrcio no Mediterrneo,

    bloqueando o acesso dos europeus ao comrcio com o

    Oriente.

    A Cultura Islmica: Cincias: campo em que os

    muulmanos mais se desenvolveram; na matemtica,

    aprimoraram a lgebra e a Geometria; dedicaram-se

    tambm Astronomia e Qumica (alquimia);

    Medicina: grande foi a importncia de Avicena

    que, entre vrias descobertas, diagnosticou a varola

    e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da

    tuberculose;

    Literatura: contamos com vasta produo, com destaque para a coletnea As mil e uma noites e o poema

    Rubaiyat, de Omar Khayam.

    Exerccios de Sala

    1. O Feudalismo europeu apresentava caractersticas particulares de acordo com a localidade. Apesar das

    diferenas regionais, podemos afirmar que sua origem

    est relacionada com:

    01. o renascimento das cidades.

    02. o ressurgimento do comrcio.

    04. a ruralizao da sociedade.

    08. o fortalecimento do poder imperial.

    16. a descentralizao poltica.

    2. Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa Ocidental durante o perodo medieval, correto

    afirmar que:

    01. Deus ocupava o centro de todas as coisas,

    condicionando pensamento e ao dos homens.

    02. A histria dos homens consistia numa marcha do

    povo de Deus em direo a Ele, cabendo Igreja o

    papel de guia.

    04. A relao entre o senhor e seus vassalos era de

    dependncia pessoal, ou seja, de homem a homem.

    08. Nas atividades econmicas, a influncia da Igreja

    imps princpios que condenavam a especulao e a

    usura, bem como gerou a ideia de justo preo.

    16. O dinamismo da economia feudal se fundamentava

    na concepo de que o comrcio era o nico gerador

    de riquezas.

    Exerccios Complementares

    3. So caractersticas do perodo conhecido como Alta Idade Mdia Europeia:

    01. Surgimento dos Feudos.

    02. Centralizao poltica.

    04. Incio da ocupao da Pennsula Ibrica pelos

    muulmanos.

    08. Formao do sistema capitalista.

    4. (UFSC) So caractersticas do perodo conhecido como Alta Idade Mdia Europeia:

    01. Surgimento dos Feudos.

    02. Centralizao poltica.

    04. Incio da ocupao da Pennsula Ibrica pelos

    muulmanos.

    08. Formao do sistema capitalista.

    5. (UFBA) Em relao organizao social da Idade Mdia, pode-se afirmar:

    01. A utilizao em grande escala da mo-de-obra

    escrava, no Imprio Romano, modificou as condies

    de trabalho dos camponeses, motivando a ampliao

    das obrigaes do Estado, em decorrncia do

    crescimento demogrfico das reas urbanas.

    02. A pregao religiosa de Maom atraiu

    significativamente os rabes pobres, que a utilizaram

    como motivao para uma guerra civil contra os

    mercadores judeus da Arbia.

    04. A estrutura agrcola da sociedade feudal

    fundamentou-se na grande concentrao de terras e

    no trabalho servil.

    08. A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da

    livre iniciativa dos banqueiros, artesos e

    comerciantes e era regulada por uma rgida diviso

    social, nas relaes de trabalho, definida pelo Estado.

    16. A Igreja, no perodo medieval, tentou mostrar a

    harmonia da sociedade, formulando o princpio das

    "trs ordens", segundo o qual todos eram iguais,

    porque recebiam uma misso de Deus e a cumpriam

    de forma fraterna.

    UNIDADE 4

    Chamamos de Baixa Idade Mdia o perodo que se

    estende do sculo XII ao sculo XV. Durante a Baixa

    Idade Mdia, as formaes sociais da Europa Ocidental

    e Central conheceram profundas transformaes em suas

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 5

    estruturas econmicas e sociais. O sentido bsico dessas

    transformaes foi o da simultaneidade entre

    caractersticas de crise do Feudalismo e o incio do

    alinhamento de novas condies econmico-sociais que,

    sculos depois, resultaram na caracterizao plena do

    Modo de Produo Capitalista.

    Em suma, num linguajar tcnico, o Modo de

    Produo Feudal vai perdendo sua dominncia nas

    formaes sociais europias em favor do modo de

    produo pr-capitalista.

    AS CRUZADAS

    O nome de Cruzadas dado a um conjunto de oito

    expedies militares de cristos do Ocidente que se

    dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo

    Sepulcro das mos dos muulmanos.

    De um modo geral, a expanso europeia

    contribuiu para dinamizar as relaes comerciais entre o

    Oriente e o Ocidente. Aps sculos do bloqueio

    muulmano, os cruzados reabriram parcialmente o

    Mediterrneo para o comrcio europeu.

    fcil entender que o Renascimento do

    Comrcio propiciou, simultaneamente, um

    Renascimento Urbano, que por sua feita estimulou ainda

    mais o desenvolvimento do comrcio.

    Inicialmente, comeamos a verificar a

    proliferao dos comerciantes itinerantes que aos poucos

    foram se fixando ao redor de um castelo (burgo) ou

    palcio episcopal, ou ainda no cruzamento das estradas e

    dos rios, dando desta forma origem a ncleos comerciais

    que evoluiriam para a condio de cidades.

    Os principais aspectos desse processo

    transformatrio foram: o progressivo enfraquecimento

    das relaes servis de produo; a crescente utilizao de

    relaes capitalistas de produo; o desenvolvimento das

    atividades comerciais e artesanais; o crescimento das

    populaes urbanas; o aparecimento de uma nova classe

    social, a burguesia, que tendia a assumir o papel de

    classe economicamente dominante, mas que permanecia

    afastada do poder poltico.

    Monarquias Nacionais: elas foram resultantes

    da aliana entre o Rei e a Burguesia.

    PENNSULA IBRICA

    Foi a partir do reino de Leo que se formou Portugal. Da

    unificao daqueles quatro reinos principais que

    nasceria a Espanha. Dois fatos devem ser destacados no

    nascimento da Espanha: o casamento, em 1469, de

    Fernando, rei de Arago, com Isabel, irm do rei de

    Leo e Castela; e a expulso dos mouros de Granada

    em 1492.

    RENASCIMENTO ARTSTICO

    CULTURAL E CIENTFICO

    CARACTERSTICAS GERAIS

    O Renascimento exprime, sobretudo, os novos valores e

    ideais da burguesia, classe ascendente na transio para

    o capitalismo.

    Uma das principais caractersticas do

    Renascimento o Humanismo, interpretado comumente

    como sinnimo de antropocentrismo ou valorizao do

    ser humano. O verdadeiro sentido do humanismo

    renascentista, porm, era o estudo de Humanidades, isto

    , da lngua e literatura antigas. Humanistas foram

    Erasmo de Rotterdam (Prncipe dos Humanistas, autor do Elogio da Loucura), Thomas More (autor de Utopia)

    FORAM FATORES DO RENASCIMENTO:

    o Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade

    Mdia, que alterou os valores da poca feudal e

    favoreceu um maior intercmbio intelectual.

    o mecenato , isto , a proteo aos escritores e artistas,

    que muito estimulou o movimento renascentista. Os

    primeiros mecenas pertenciam burguesia, mas houve

    tambm papas, reis e prncipes que praticaram o

    mecenato. A burguesia fazia-o como forma de

    investimento financeiro ou para adquirir status; os

    governantes, porm, tornavam-se mecenas com o

    objetivo de aumentar seu prestgio e, conseqentemente,

    legitimar o novo poder que estavam implantando: o

    absolutismo.

    a inveno da imprensa, que permitiu uma

    maior divulgao das novas ideias.

    PRINCIPAIS RENASCENTISTAS

    na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Ticiano, na Itlia; El Greco, na Espanha.

    na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itlia.

    na Literatura: Cames, em Portugal; Cervantes, na Espanha; Rabelais e Montaigne, na Frana;

    Shakespeare, na Inglaterra.

    na Astronomia: Coprnico, na Polnia; Kepler, na Alemanha; Galileu, na Itlia.

    Exerccios de Sala

    1. (UFSC) Os relatos sobre o perodo histrico conhecido como Idade Mdia revelam a ocorrncia de

    conflitos blicos, pestes e fome. Sabe-se, porm, que no

    mesmo perodo houve desenvolvimento econmico e

    cultural. Assinale a(s) proposio(es) correta(s) nas

    suas referncias cultura medieval.

    01. O carter religioso predominou nas artes medievais,

    pois um dos seus objetivos era a glorificao de

    Deus.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 6

    02. Na literatura, alm de Dante Alighieri, destacaram-se

    os trovadores, responsveis pela divulgao da poesia

    popular e das canes de gesta.

    04. O crescimento urbano e o comrcio foram

    responsveis pela decadncia intelectual verificada

    na Idade Mdia, por dificultarem a criao de novas

    universidades.

    08. Entre os pensadores medievais, destacou-se Santo

    Toms de Aquino que, com a "Suma Teolgica",

    tentou resolver a controvrsia entre f e razo.

    16. Na arquitetura medieval predominaram dois estilos:

    o romnico e o gtico.

    32. Durante a Idade Mdia, as lnguas nacionais foram

    denominadas "vulgares". O latim foi a lngua falada

    pelos eruditos.

    2. (UFSC) Numa sexta-feira, 8 de agosto de 1998, dois atentados aterrorizaram o mundo. Bombas explodiram

    nas embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar

    es-Salaan, deixando 248 mortos. Os atentados foram

    reivindicados pelo grupo "Exrcito de Libertao dos

    Santurios Islmicos".

    Sobre o Islo e os grupos islmicos fundamentalistas que

    aterrorizam o ocidente, assinale a(s) proposio(es)

    verdadeira(s).

    01. O Islo surgiu a partir das pregaes de Maom.

    02. No "Alcoro", que segundo a tradio foi transmitido

    a Maom, esto as leis e ensinamentos da religio

    islmica.

    04. Os fundamentalistas islmicos pretendem um Estado

    dirigido pelas leis do Alcoro.

    08. Um nmero expressivo de fundamentalistas

    islmicos prega a guerra santa contra a sociedade

    ocidental, principalmente contra os Estados Unidos.

    Exerccios Complementares

    3. (UEPG) Sobre a sociedade feudal, assinale o que for correto.

    01 Os direitos de suserania e soberania eram igualmente

    partilhados por toda a classe senhorial.

    02. As monarquias feudais caracterizaram-se pela

    ruptura dos laos feudo-vasslicos e a emergncia de

    um poder pessoal e supremo do soberano.

    04. Em algumas regies da Europa Medieval ocorreu

    uma sntese equilibrada e espontnea entre elementos

    romanos e germnicos.

    08. Foi marcada pela predominncia da vida urbana

    sobre a rural.

    16. Havia uma estreita relao entre laos de

    dependncia pessoal e uma hierarquia de direitos

    sobre a terra.

    4. Apesar de no terem alcanado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram

    amplas repercusses, porque:

    a) favoreceram a formao de vrios reinos cristos no

    Oriente, o que permitiu maior estabilidade poltica

    regio.

    b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificao

    dos vrios reinos em torno de um objetivo comum.

    c) facilitaram a superao das rivalidades nacionais

    graas influncia que a Igreja ento exercia.

    d) uniram os esforos do mundo cristo europeu para

    eliminar o domnio rabe na Pennsula Ibrica.

    e) estimularam as relaes comerciais do Oriente com o

    Ocidente, graas abertura do Mediterrneo a navios

    europeus.

    5. (UNIOESTE) Com relao ao Perodo Medieval, pode-se afirmar que:

    01. o comeo da Idade Mdia se caracteriza por uma

    rpida urbanizao da Europa Ocidental.

    02. o romanismo, o germanismo e o cristianismo

    contriburam para a formao da Civilizao

    Ocidental e da Europa Medieval.

    04. o Feudalismo foi um sistema social, poltico e

    econmico voltado para a produo e para o

    consumo locais.

    08. os servos eram homens livres que vendiam sua fora

    de trabalho e habitavam, normalmente, os subrbios

    das cidades e os mestres de ofcio cultivavam a terra.

    16. a cultura do perodo clssico foi preservada nos

    mosteiros medievais, donde emanavam princpios da

    mentalidade crist.

    32. as Cruzadas ocorreram no incio do Feudalismo e

    propiciaram a invaso dos povos brbaros de terras

    dos germanos.

    UNIDADE 5

    IDADE MODERNA

    REFORMA RELIGIOSA

    FATORES

    A doutrina da Igreja, atravs da teoria do preo

    justo, da condenao da usura, do menosprezo s

    atividades comerciais e manufatureiras, impedia o

    desenvolvimento do capital.

    Havia ainda uma profunda contradio entre as

    necessidades econmicas dos diversos grupos sociais e o

    fiscalismo, a simonia (venda de cargos eclesisticos) e a

    venda de indulgncias (perdo para os pecados), que a

    Igreja realizava como um Estado opressor.

    REFORMA LUTERANA

    Martinho Lutero (1483 - 1546) era monge

    agostiniano, professor de Teologia na Universidade de

    Wittemberg, quando o Papa Leo X renovou a

    indulgncia para a obteno de fundos necessrios

    construo da Baslica de So Pedro. O

    descontentamento geral com o Papado aumentou na

    Alemanha quando o frade Tetzel l chegou para pregar a

    indulgncia.

    Em 1517, Lutero publicou suas 95 Teses, condenando as indulgncias, e logo foi amplamente

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 7

    apoiado, tendo sido Tetzel expulso da cidade de

    Wittemberg. Recusando retratar-se, Lutero foi

    excomungado pelo Papa e declarado fora da lei por

    Carlos V e pelo dito de Worms, sendo, no entanto

    protegido pelo duque Frederico da Saxnia. Em 1522,

    retornou a Wittemberg, onde permaneceu at a morte.

    REFORMA CALVINISTA

    O movimento reformista ocorrido na Sua, de maior

    profundidade e maior influncia, foi aquele liderado por

    Calvino. Joo Calvino (1509 - 1564) era francs e fez

    estudos humansticos. Aps sua converso ao

    luteranismo, foi obrigado a fugir de seu pas para a Sua

    em conseqncia das perseguies religiosas a que foi

    submetido.

    REFORMA ANGLICANA

    A insatisfao com a Igreja era muito grande na

    Inglaterra desde o fim do sculo XIV, quando Wyclif

    (tradutor da Bblia para o Ingls) apresentou uma das

    doutrinas precursoras do protestantismo.

    O fator que desencadeou a Reforma na Inglaterra foi a

    negativa do Papado em atender ao pedido de divrcio do

    rei Henrique VIII (1509 - 1547), que era casado com

    Catarina de Arago, tia de Carlos V.

    CONTRA-REFORMA CATLICA

    As reformas protestantes provocaram na Igreja Catlica

    um movimento de reforma interna que inicialmente

    decorreu de iniciativas isoladas como a mudana das

    Regras das ordens religiosas, bem como a formao de

    novas ordens como a dos Capuchinhos, das Ursulinas,

    dos Barnabistas e dos Jesutas.

    Os Jesutas (a Companhia de Jesus) foram

    organizados por Incio de Loyola, autor de uma obra

    intitulada Exerccios Espirituais, antigo oficial do exrcito espanhol, sendo que sua organizao foi

    aprovada pela Papa Paulo III em 1540.

    A Inquisio, criada no perodo feudal para o

    combate s heresias, foi muito utilizada na Espanha,

    desde o sculo XV, contra os mouriscos e os judeus.

    Para o combate aos protestantes, ela foi restabelecida,

    em 1542, como rgo oficial da Igreja, dirigida de Roma

    pelo Santo Ofcio, que era um rgo presidido pelo

    Grande Inquisidor.

    Em 1543, a Igreja criou outro rgo, a

    Congregao do Index, que recebeu a funo de

    examinar todas as obras que viessem a ser publicadas,

    editando uma relao peridica dos livros considerados

    perigosos doutrina e moral dos fiis.

    O Conclio de Trento (1545 - 1563) foi

    convocado pelo Papa Paulo III para garantir a unidade da

    f catlica e da Igreja.

    Exerccios de Sala

    1. Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que NO objetivava:

    01. demarcar os direitos de explorao dos pases

    ibricos, tendo como elemento propulsor o

    desenvolvimento da expanso comercial martima.

    02. estimular a consolidao do reino portugus, por

    meio da explorao das especiarias africanas e da

    formao do exrcito nacional.

    04. impor a reserva de mercado metropolitano, por meio

    da criao de um sistema de monoplios que atingia

    todas as riquezas coloniais.

    08. reconhecer a transferncia do eixo do comrcio

    mundial do Mediterrneo para o Atlntico, depois

    das expedies de Vasco da Gama s ndias.

    16. reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a

    explorao colonial, aps a destruio da Invencvel

    Armada de Felipe II, da Espanha.

    2. Assinale as datas corretas e marque a soma no gabarito:

    01. 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa

    Esperana

    02. 1492 - Colombo chegou ao continente americano

    04. 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre

    Portugal e Espanha

    08. 1500 Pedro A. Cabral chegou na Amrica 16. 1532 - So Vicente foi fundada por Martin Afonso

    de Sousa

    Exerccios Complementares

    3. A respeito da cultura grega, leia as snteses filosficas abaixo.

    I - A cincia, a moral e os credos religiosos eram

    criaes humanas vlidas para determinados grupos

    sociais em um determinado perodo.

    II - Sua principal contribuio filosfica foi a Teoria das

    Ideias, segundo a qual as ideias so a essncia dos

    conceitos e das coisas e, portanto, transcendentes ao

    homem, que delas tem apenas um plido reflexo.

    III - Defendia a existncia de um conhecimento estvel e

    vlido para todos. Sua grande preocupao era o

    autoconhecimento que poderia ser obtido atravs da

    ironia e da maiutica.

    As snteses que voc acabou de ler podem ser

    associadas, respectivamente, a:

    a) Plato, Aristteles e Scrates

    b) Plato, Sofistas e Aristteles

    c) Scrates, Sofistas e Plato

    d) Sofistas, Plato e Scrates

    e) Plato, Sofistas e Scrates

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 8

    4. Assinale o que for correto a respeito da mulher na sociedade democrtica ateniense, na Antiguidade.

    a) Alm de cuidar da administrao interna das

    residncias, cabia mulher fazer pessoalmente as

    compras no mercado.

    b) Naquela organizao social, a mulher estava excluda

    da cidadania que era reservada aos homens.

    c) A mulher podia ser repudiada pelo marido desde que

    este apresentasse motivo justo e devolvesse o dote ao

    pai da esposa.

    d) As mulheres passavam boa parte do tempo fora de

    casa, nos locais pblicos com amigas e mesmo

    estabelecendo relaes ntimas com outros homens.

    e) No espao do lar a mulher exercia o poder, cabendo a

    ela decidir pela rejeio ou no dos filhos recm-

    nascidos.

    5. A Civilizao Grega atingiu extraordinrio desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a

    crena na capacidade criadora do homem tm

    permanente significado. Acerca do imenso e

    diversificado legado cultural grego, correto afirmar

    que:

    a) a importncia dos jogos olmpicos limitava-se aos

    esportes.

    b) a democracia espartana era representativa.

    c) a escultura helnica, embora desligada da religio,

    valorizava o corpo humano.

    d) os atenienses valorizavam o cio e desprezavam os

    negcios.

    e) poemas, com narraes sobre aventuras picas, so

    importantes para a compreenso do perodo homrico.

    UNIDADE 6

    EXPANSO MARTIMO-COMERCIAL

    EUROPIA

    A necessidade de metais preciosos para a cunhagem de

    moedas, indispensveis ao desenvolvimento comercial,

    bem como de novas reas fornecedoras de mercadorias

    que abastecessem o mercado europeu, determinaram a

    expanso martima a partir do sculo XV.

    Sua viabilizao foi favorecida por diversos fatores,

    entre os quais se destacam: o avano tecnolgico,

    responsvel pela melhoria das condies de navegao

    (elaborao de mapas, aprimoramento de instrumentos

    de orientao, construo de embarcaes mais rpidas e

    seguras).

    Nesse processo de expanso, Portugal desempenhou

    papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade Mdia,

    criado as condies necessrias sua efetivao:

    privilegiada posio geogrfica;

    desenvolvimento das tcnicas de navegao, sobretudo aps a fundao da Escola de Sagres;

    presena de uma burguesia forte e com disponibilidade de capitais para a empresa martima;

    paz interna e externa;

    centralizao poltica em mos do rei.

    A conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415,

    considerada o marco inicial da expanso ultramarina

    europeia. O Tratado de Tordesilhas assegurou a

    presena portuguesa no recm-descoberto continente

    americano.

    Com o objetivo de consolidar o domnio

    lusitano sobre a rota das especiarias orientais, o rei D.

    Manuel organizou uma poderosa esquadra que se dirigiu

    s ndias, percorrendo a rota inaugurada por Vasco da

    Gama. A esquadra contava com duas caravelas, dez naus

    e 1500 homens e era comandada pelo navegador Pedro

    lvares Cabral. A embarcao em que se achava o

    comandante, porm, afastou-se da costa africana em

    direo a oeste e, a 22 de abril de 1500, avistou terra.

    Aps rpido desembarque, suficiente para oficializar a

    posse sobre o novo territrio, Cabral seguiu viagem em

    direo ao Oriente. Uma nau, no entanto, retornou a

    Portugal para dar a notcia da descoberta ao rei.

    Os navegadores das outras naes europeias,

    que no Portugal e Espanha, tiveram que se contentar em

    explorar o Atlntico Norte, sendo responsveis pela

    explorao e ocupao da Amrica do Norte. A pirataria

    foi tambm uma atividade desempenhada pelos ingleses

    e franceses.

    ABSOLUTISMO

    As caractersticas do Estado absolutista foram:

    a grande centralizao representada pelo grande poder do soberano, que no era controlado por outras

    instituies polticas ou por leis limitativas de sua

    autoridade.

    a poltica econmica mercantilista, que intervinha na estrutura econmica sob diversas formas,

    ampliou o estabelecimento de relaes capitalistas de

    produo e foi um dos aspectos da acumulao primitiva

    de capital.

    Os principais pensadores do poder absoluto foram:

    Nicolau Maquiavel (1469-1527) - em suas obras O Prncipe e Discursos sobre a primeira dcada de

    Tito Lvio, fundamentava a necessidade de um Estado

    Nacional forte e independente da Igreja e encarnado na

    pessoa do chefe do governo (o prncipe) para a aplicao da razo do Estado, fortalecimento da nao e

    o benefcio coletivo, considerando vlidos todos os

    meios utilizados para o alcance desses objetivos.

    Jean Bodin (1530-1595) - em Da Repblica, argumentava que a soberania do Estado personificada no

    rei tinha origem divina, no havendo impedimento

    autoridade real.

    Bossuet (1627-1704) - Poltica Tirada da Sagrada Escritura reforou a doutrina do direito divino,

    que legitima qualquer governo, justo e injusto;

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 9

    Thomas Hobbes (1588-1679) - no Leviat (1651), abandonou a ideologia religiosa para justificar o

    absolutismo.

    Exerccios de Sala

    1. Sobre as caractersticas do Absolutismo na Idade Moderna correto afirmar:

    01. foi um tipo de regime republicano e democrtico.

    02. procurou legitimar-se no "Direito Divino dos Reis".

    04. foi a expresso do poder poltico descentralizado.

    08. implementou o Estado burocrtico e nacional.

    16. baseou-se no poder autocrtico do soberano.

    2. Jacques Bossuet utilizou argumentos extrados da

    Bblia para justificar o poder absoluto e de direito divino

    da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma f". So

    caractersticas do absolutismo na Frana:

    01. A concentrao dos mecanismos de governo nas

    mos do rei.

    02. A identificao entre Nao e Coroa.

    04. A influncia do racionalismo iluminista como

    justificativa do poder absoluto e do "direito divino".

    08. A criao de exrcito nacional permanente.

    16. A ampla liberdade de expresso e de f.

    Exerccios Complementares

    3. No conjunto de importantes viagens e expedies martimas dos sculo XVI, as quais chamamos de

    "Grandes Navegaes", nota-se clara preponderncia dos

    pases Ibricos. A esse respeito, correto afirmar:

    01. As navegaes do perodo se faziam com recurso

    exclusivo bssola, uma vez que ainda no se havia

    iniciado o estudo da navegao astronmica, isto ,

    orientada atravs da observao dos astros.

    02. As embarcaes adotadas pelos portugueses e

    espanhis - as galeras - eram semelhantes quelas

    utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos.

    04. Por sua localizao geogrfica, Portugal tornava-se

    particularmente indicado para promover exploraes

    martimas: seu litoral se encontra a meio caminho

    entre o Mediterrneo e o Mar do Norte, e bastante

    prximo da costa africana e das ilhas atlnticas.

    08. Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o

    apoio financeiro de vrios comerciantes s

    expedies, interessados em reatar relaes diretas

    com o Oriente desde a queda de Constantinopla

    (1453).

    16. A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com

    os portugueses pela descoberta de novas terras, em

    funo de sua luta contra os muulmanos pela

    reconquista de territrios ibricos.

    32. A precoce centralizao monrquica, a consolidao

    do poder central e a aliana com uma nova classe

    mercantil possibilitam a Portugal desde o incio do

    sculo XV estimular a expanso comercial e as

    expedies martimas.

    4. O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no sculo XV. Embora no

    houvesse interesse especfico de expanso para o

    Ocidente:

    a) a posse de terras no Atlntico ocidental consolidava a

    hegemonia portuguesa neste Oceano.

    b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comrcio

    portugus no Oriente.

    c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma

    inspirao de Colombo para chegar s ndias.

    d) a procura de terras no Ocidente foi uma reao de

    Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da

    Amrica.

    e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas

    intempries que desviaram a esquadra da rota da

    ndia.

    5. Principalmente a partir do sculo XVI vrios autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real.

    So os legistas que, atravs de doutrinas leigas ou

    religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles

    Maquiavel: afirma que a obrigao suprema do

    governante manter o poder e a segurana do pas que

    governa. Para isso deve usar de todos os meios

    disponveis pois que "os fins justificam os meios."

    Professou suas ideias na famosa obra:

    a) "Leviat"

    b) "Do Direito da Paz e da Guerra"

    c) "Repblica"

    d) "O Prncipe"

    e) "Poltica Segundo as Sagradas Escrituras"

    UNIDADE 7

    REVOLUO INDUSTRIAL

    FATORES

    A Revoluo Industrial um processo histrico de

    radical transformao econmica e social, atravs do

    qual o modo de produo capitalista assumiu a

    dominncia de certas formaes sociais.

    Para o desencadeamento da Revoluo Industrial, certas

    pr-condies tiveram de ser preenchidas:

    a substituio do processo artesanal de produo pelo processo mecnico exige a realizao de

    um significativo investimento e uma considervel

    imobilizao inicial de capital. Logo, necessria a

    preexistncia desse capital acumulado.

    a Revoluo Industrial demanda um crescente consumo de mo de obra urbana. Neste sentido, a

    existncia de abundante disponibilidade de mo de obra

    condio fundamental para a ocorrncia do prprio

    processo.

    Uma Balana Comercial altamente favorvel e a

    abundncia dos metais preciosos eram os indcios da

    prosperidade. Essa hegemonia martimo-comercial da

    Inglaterra conferia-lhe uma condio singular em termos

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 10

    de acumulao de capital. Por exemplo, a essa

    hegemonia a Inglaterra deve o fato de haver podido

    assinar com Portugal, em 1703, o Tratado de Methuen,

    em funo do qual uma grande parte do ouro explorado

    no Brasil, no sculo XVIII, foi acabar nos cofres

    ingleses.

    ASPECTOS TECNOLGICOS

    O aparecimento das mquinas no significa apenas um

    progresso tcnico, atravs do qual se verificou um

    aumento da produtividade. A introduo das mquinas

    na produo industrial significou uma substituio do

    tipo de equipamento que era utilizado at ento, ou seja,

    as ferramentas, e uma liberao da mo de obra.

    ASPECTOS ECONMICOS E SOCIAIS

    a Burguesia Capitalista, que a classe dos proprietrios dos meios de produo.

    o Proletariado, que a classe que rene os trabalhadores diretos, cuja nica propriedade a sua

    fora de trabalho, vendida Burguesia Capitalista em

    troca de um salrio.

    Exerccios de Sala

    1. Entre os efeitos da Revoluo Industrial ocorrida em meados do sculo XVIII, pode-se incluir:

    01. a afirmao do Estado liberal-burgus, triunfante

    sobre o Antigo Regime.

    02. a diviso tcnica do trabalho, permitindo celeridade

    no processo produtivo.

    04. a configurao da dicotomia bsica das sociedades

    capitalistas: burguesia e proletariado.

    08. o acirramento da luta de classes, com ecloso de

    movimentos contestatrios ordem burgus-

    capitalista.

    16. a consolidao da concepo metalista, estimulando

    a procura e a posse de metais preciosos como fator de

    riqueza.

    32. o incentivo ao protecionismo estatal, visando a

    alcanar um supervit comercial necessrio

    proteo da indstria nascente.

    64. a acumulao de capitais na esfera da produo de

    mercadorias e conseqente hegemonia poltica e

    social da burguesia.

    2. A era da industrializao na Europa foi acompanhada por transformaes no processo de trabalho, entre as

    quais podemos citar:

    01. Passagem do sistema domstico ao sistema fabril de

    produo.

    02. Concentrao de trabalhadores em unidades fabris,

    desenvolvendo a diviso social do trabalho e a

    especializao em determinados ramos de produo.

    04. Manuteno da estrutura corporativa de trabalho,

    organizando os trabalhadores em corporaes de

    ofcios.

    08. Promoo de um novo modelo de trabalho, pronto a

    aceitar a disciplina do trabalho fabril e constituindo

    mo de obra assalariada.

    16. Utilizao frequente de mo de obra feminina e

    infantil, submetida ao mesmo regime de trabalho,

    durante longas jornadas.

    Exerccios Complementares

    3. Sobre a inovao tecnolgica no sistema fabril na Inglaterra do sculo XVIII, correto afirmar que ela

    a) foi adotada no somente para promover maior eficcia

    da produo, como tambm para realizar a

    dominao capitalista, na medida que as mquinas

    submeteram os trabalhadores a formas autoritrias de

    disciplina e a uma determinada hierarquia.

    b) ocorreu graas ao investimento em pesquisa

    tecnolgica de ponta, feito pelos industriais que

    participaram da Revoluo Industrial.

    c) nasceu do apoio dado pelo Estado pesquisa nas

    universidades.

    d) deu-se dentro das fbricas, cujos proprietrios

    estimulavam os operrios a desenvolver novas

    tecnologias.

    e) foi nica e exclusivamente o produto da genialidade

    de algumas geraes de inventores, tendo sido

    adotada pelos industriais que estavam interessados

    em aumentar a produo e, por conseguinte, os

    lucros.

    4. A Revoluo Industrial Inglesa s foi possvel pelo processo histrico de acumulao primitiva criador tanto

    do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberao da

    mo de obra e formao do proletariado ocorreu com:

    a) os cercamentos dos campos e a expulso dos

    camponeses das terras comuns.

    b) o intenso cultivo de algodo nos campos ingleses.

    c) o processo de reforma agrria na Inglaterra.

    d) o intenso processo de imigrao de trabalhadores de

    outras naes europeias para as indstrias inglesas.

    e) a produo agrcola organizada em tcnicas feudais.

    5. Dentre as consequncias sociais forjadas pela Revoluo Industrial, pode-se mencionar

    a) o desenvolvimento de uma camada social de

    trabalhadores, que destitudos dos meios de

    produo, passaram a sobreviver apenas da venda de

    sua fora de trabalho.

    b) a melhoria das condies de habitao e sobrevivncia

    para o operariado, proporcionada pelo surto de

    desenvolvimento econmico.

    c) a ascenso social dos artesos que reuniram seus

    capitais e suas ferramentas em oficinas ou domiclios

    rurais dispersos, aumentando os ncleos domsticos

    de produo.

    d) a criao do Banco da Inglaterra, com o objetivo de

    financiar a monarquia e ser tambm, uma instituio

    geradora de empregos.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 11

    e) o desenvolvimento de indstrias petroqumicas

    favorecendo a organizao do mercado de trabalho,

    de maneira a assegurar emprego a todos os

    assalariados.

    UNIDADE 8

    REVOLUO FRANCESA 1789-1799

    ETAPAS DA REVOLUO

    A Revoluo Francesa transformou a poltica do mundo

    moderno.

    ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE

    (1789/1791)

    Por determinao do Rei, ao longo do processo eleitoral

    para os Estados Gerais, foram elaborados os chamados

    Cadernos de Queixas, nos quais os representantes dos trs estados sociais registravam suas pretenses e

    reivindicaes.

    Diante desses fatos, o Terceiro Estado, sob a liderana

    da burguesia, tomou a iniciativa: em 13 de julho foi

    organizada uma milcia popular que recebeu o nome de

    Guarda Nacional e foi organizado um Comit

    Permanente de direo da insurreio (este comit daria

    origem Comuna de Paris); em 14 de julho de 1789,

    aps intensas manifestaes de rua com forte apoio

    popular, o Terceiro Estado, atravs de seus deputados e

    na liderana de um movimento popular, marchou sobre a

    priso da Bastilha que era um verdadeiro smbolo do

    Absolutismo e de suas arbitrariedades, sendo que aps

    vrias horas de stio, a fortaleza capitulou.

    Foi aprovada uma Declarao dos Direitos do Homem e

    do Cidado, que proclamava a liberdade e igualdade de

    todos diante da lei.

    MONARQUIA CONSTITUCIONAL (1791/1792)

    Os Jacobinos, que representavam a esquerda poltica e

    eram partidrios de uma democracia burguesa;

    Diante dessa estrutura poltica da Assembleia

    Legislativa, o rei Lus XVI apoiava os Jacobinos de

    Brissot na esperana de que a poltica extremista deles

    levasse a Frana guerra e catstofre e, com isso,

    ficasse viabilizada a contrarrevoluo.

    Os sans-culottes, articulados em torno da Comuna Insurreicional, pressionaram a Assembleia, que se viu

    obrigada a votar a suspenso do Rei e a convocar

    eleies, por sufrgio universal, para uma nova

    Constituinte, que receberia a designao de Conveno

    Nacional. Enquanto a Conveno no foi instalada, o

    poder executivo foi exercido por um Conselho Executivo

    Provisrio, onde se destacou a figura de Danton.

    A REPBLICA JACOBINA (1792/1795)

    O primeiro ato importante da Conveno Nacional foi

    tomado em 21 de setembro de 1792: a abolio da

    Monarquia.

    Os deputados da Conveno agregavam-se nos

    seguintes partidos:

    - os Girondinos (160 deputados), que eram partidrios da

    legalidade e da liberdade econmica, pretendiam limitar

    a influncia do povo de Paris, cuja ao julgavam

    excessivamente radical.

    - os Montanheses (140 deputados) que se apoiavam,

    basicamente, nos sans-culottes (a maior parte desses deputados havia sido eleita pelos votos de Paris),

    defendiam uma forte radicalizao do processo

    revolucionrio e seus principais lderes eram Carnot,

    Saint-Just, Marat, Danton e Robespierre.

    - Centro (tambm conhecido como Plancie ou Pntano e

    que agregava o restante dos deputados) inicialmente

    apoiava os Girondinos, mas aos poucos, tendeu para os

    Montanheses.

    Por presso dos Montanheses, foi desencadeado

    um processo contra o Rei que, apesar da oposio dos

    Girondinos, acabou por condenar o soberano morte.

    Lus XVI foi executado em 21 de janeiro de 1793.

    O pice das medidas de exceo foi atingido em

    junho de 1794 com o chamado Grande Terror. Em

    menos de trs meses, cerca de duas mil pessoas foram

    executadas, dentre elas o poeta Andr Chenier e o

    qumico Lavoisier.

    Quando, em 8 do Termidor (06 de julho de

    1794), Robespierre anunciou que faria uma nova

    depurao da Conveno e nos Comits, Tallien e

    Fouch, dois lderes moderados, conseguiram reunir em

    torno de si a maioria dos deputados da Plancie e, em 9

    do Termidor (27 de julho), conseguiram fazer com que a

    Conveno aprovasse a priso de Robespierre, sendo

    executado no dia seguinte.

    GOVERNO DO DIRETRIO (1795/1799)

    Napoleo, a frente de trinta e oito mil soldados, seguiu

    para o Egito em maio de 1798, tomou Alexandria e o

    Cairo, mas, em agosto, o Almirante Nelson, da

    Inglaterra, destruiu a frota francesa na Batalha de

    Aboukir. Em agosto de 1799, Napoleo deixou o

    comando das tropas de ocupao para Kleber e

    embarcou secretamente para a Frana.

    Os golpistas precisavam de um militar de

    prestgio para que o golpe contasse com o apoio do

    exrcito, encontraram-no na pessoa de Napoleo

    Bonaparte.

    Em 18 Brumrio (09 de novembro de 1799), foi

    desfechado o golpe de Estado que conhecido pelo

    nome de Golpe do 18 Brumrio: Bonaparte foi nomeado

    comandante das tropas de Paris e os trs diretores, que se

    mantinham fiis ao regime, neutralizados. No dia

    seguinte, a resistncia do Conselho dos Quinhentos foi

    quebrada graas ao conjugada de seu presidente

    (Luciano Bonaparte, irmo de Napoleo) e das tropas de

    Paris.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 12

    O Diretrio foi suprimido e substitudo por trs

    cnsules provisrios: Bonaparte, Sieys e Roger Ducos.

    Exerccios de Sala

    1. A Revoluo Francesa representou um marco da histria ocidental pelo carter de ruptura em relao ao

    Antigo Regime.

    Dentre as caractersticas da crise do Antigo Regime, na

    Frana, no podemos incluir:

    01. a crescente mobilizao do Terceiro Estado, liderado

    pela burguesia contra os privilgios do clero e da

    nobreza.

    02. o desequilbrio econmico da Frana, decorrente da

    Revoluo Industrial.

    04. a retomada da expanso comercial francesa, liderada

    por Colbert.

    08. o apoio da monarquia s sucessivas rebelies

    camponesas contrrias nobreza.

    16. o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, aps a

    participao vitoriosa na guerra de independncia dos

    E.U.A.

    2. A "Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado", da Revoluo Francesa, traz o seguinte

    princpio: "Os homens nascem e se conservam livres e

    iguais em direitos. As distines sociais s podem ter por

    fundamento o proveito comum".

    Tal princpio NO decorrente:

    01. da incorporao das reivindicaes da classe mdia

    por maior participao na vida poltica.

    02. do reconhecimento da necessidade de assegurar os

    direitos dos vencidos, sem distino de classes.

    04. da incorporao dos camponeses comunidade dos

    cidados com direitos sociais e polticos

    reconhecidos na lei.

    08. da crena popular na perspectiva liberal burguesa de

    que a Revoluo fora feita por todos e em benefcio

    de todos.

    16. da determinao burguesa de levar avante um

    processo revolucionrio de distribuio da

    propriedade privada.

    Exerccios Complementares

    3. A Constituio da Frana de 1791, a partir dos princpios preconizados por Montesquieu, consagrou,

    como fundamento do novo regime,

    a) a subordinao do Judicirio ao Legislativo, que

    passou a exercer um poder fiscalizador sobre os

    tribunais.

    b) a identificao da figura do monarca, com a do

    Estado, que a partir desse momento se tornou

    inviolvel.

    c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o

    rei investido de poder moderador.

    d) o poder de veto monrquico, que se restringiu a

    assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania

    popular.

    e) a separao dos poderes at ento concentrados,

    teoricamente, na pessoa do soberano.

    4. Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revoluo Francesa, que

    a) teve resultados efmeros, pois foi iniciada, dirigida e

    apropriada por uma s classe social, a burguesia,

    nica beneficiria da nova ordem.

    b) fracassou, pois, apesar do terror e da violncia, no

    conseguiu impedir o retorno das foras scio-

    polticas do Antigo Regime.

    c) nela coexistiram trs revolues sociais distintas: uma

    revoluo burguesa, uma camponesa e uma popular

    urbana, a dos chamados sans-culottes. d) foi um fracasso, apesar do sucesso poltico, pois, ao

    garantir as pequenas propriedades aos camponeses,

    atrasou, em mais de um sculo, o progresso

    econmico da Frana.

    e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto

    do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de

    vista poltico, impediu que a burguesia a conclusse.

    5. Na Revoluo Francesa, foi uma das principais reivindicaes do Terceiro Estado:

    a) a manuteno da diviso da sociedade em classes

    rigidamente definidas.

    b) a concesso de poderes polticos para a nobreza,

    preservando a riqueza dessa classe social.

    c) a abolio dos privilgios da nobreza e instaurao da

    igualdade civil.

    d) a unio de poderes entre Igreja e Estado, com

    fortalecimento do clero.

    e) o impedimento do acesso dos burgueses s funes

    polticas do Estado.

    UNIDADE 9

    IDADE CONTEMPORNEA

    IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

    Imperialismo: o novo colonialismo (partilha frica e

    sia)

    Os motivos do neocolonialismo

    Nessa poca, vrios pases europeus passavam pela

    Revoluo Industrial. Precisavam encontrar fontes de

    matria-prima (carvo, ferro, petrleo) e de produtos

    alimentcios que faltavam em suas terras. Tambm

    precisavam de mercados consumidores para seus

    excedentes industriais, alm de novas regies para

    investir os capitais disponveis construindo ferrovias ou

    explorando minas, por exemplo.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 13

    A Europa ocupa tudo

    Em 1914, 60% das terras e 65 % da populao do mundo

    dependiam da Europa. Suas potncias tinham anexado

    90% da frica, 99% da Oceania e 56% da sia.

    PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914-1918

    A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar

    (1914-1918), iniciado por um confronto regional entre o

    Imprio Austro-Hngaro e a Srvia, em 28 de julho de

    1914.

    A causa imediata do incio das hostilidades

    entre a ustria-Hungria e a Srvia foi o assassinato do

    arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro

    do trono austro-hngaro, cometido, em Sarajevo no dia

    28 de junho de 1914, por um nacionalista srvio.

    Entretanto, os verdadeiros fatores determinantes do

    conflito foram: o esprito nacionalista que crescia por

    toda a Europa durante o sculo XIX e princpios do XX

    e a rivalidade econmica e poltica entre as diferentes

    naes, o processo de militarizao e a corrida

    armamentista que caracterizaram a sociedade

    internacional dos ltimos anos do sculo XIX, raiz da

    criao de dois sistemas de alianas que se diziam

    defensivas: a Trplice Aliana e a Trplice Entente. A

    primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha,

    ustria-Hungria e Itlia contra a ameaa de ataque da

    Frana. A Trplice Entente era a aliana entre a Gr-

    Bretanha, Frana e Rssia para contrabalanar a Trplice

    Aliana.

    1914-1915: A GUERRA DE MOVIMENTO

    As operaes militares na Europa se desenvolveram em

    trs frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou

    russa e a meridional ou srvia.

    1915-1917 GUERRA DE TRINCHEIRAS

    1917: ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS E O

    ARMISTCIO COM A RSSIA

    A poltica de neutralidade americana mudou quando a

    Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de

    fevereiro recorreria guerra submarina.

    Vrias naes latino-americanas, entre elas o Peru, o

    Brasil e a Bolvia apoiariam esta ao. O afundamento

    de alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de

    1917, a participar da guerra, enviando uma diviso naval

    em apoio aos aliados. Aviadores brasileiros participaram

    do patrulhamento do Atlntico, navios do Lide

    Brasileiro transportaram tropas americanas para a

    Europa e, para a Frana, foi enviada uma misso mdica.

    Representantes da Rssia, ustria e Alemanha

    assinaram o armistcio em 15 de dezembro, cessando

    assim a luta na frente oriental.

    1918: ANO FINAL

    Repblica de Weimar, cujo governo enviou uma

    comisso para negociar com os aliados. Em 11 de

    novembro foi assinado o armistcio entre a Alemanha e

    os aliados, baseado em condies impostas pelos

    vencedores.

    O Tratado de Versalhes (1919), que ps fim

    guerra, estipulava que todos os navios aprisionados

    passassem a ser de propriedade dos aliados. Em

    represlia a tais condies, em 21 de junho de 1919, os

    alemes afundaram seus prprios navios em Scapa Flow.

    As potncias vencedoras permitiram que deixassem de

    ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de

    paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon,

    Neuilly-sur-le-Seine e Svres, o que provocaria o

    ressurgimento do militarismo e de um agressivo

    nacionalismo na Alemanha, alm de agitaes sociais

    que se sucederiam em grande parte da Europa.

    Exerccios de Sala

    1. Tema recorrente da poltica contempornea, o nacionalismo tem-se constitudo em foco permanente de

    conflito. Sobre ele, correto afirmar que:

    01. A Primeira Guerra foi precedida pelo confronto de

    diferentes projetos expansionista. o caso da Rssia,

    que pretendia avanar sobre territrios do Imprio

    Austro-Hngaro e do Imprio Turco, dizendo-se

    protetora dos povos eslavos. Ou da Srvia, que, ao

    pretender unificar os eslavos do Sudeste da Europa,

    formando a Grande Srvia, tambm se chocava com

    os interesses desses Imprios.

    02. A Segunda Guerra, igualmente, foi precedida de

    discursos nacionalistas, embora com novas feies.

    o caso do fascismo italiano, embalado nos sonhos de

    reconstruo das glrias do Imprio Romano, ou do

    nazismo alemo, defensor da unificao dos povos

    germnicos e da reconstruo do seu Imprio, ento

    denominado III Reich.

    04. A vitria do nacionalismo indiano (1947) e o

    fracasso franco-britnico na guerra contra o Egito

    (1956) desencadearam uma onda de nacionalismo

    nas antigas colnias europias na frica e na sia.

    Aliando-se a outros pases de passado colonial, como

    os latino-americanos, formaram uma terceira fora

    internacional - Terceiro Mundo, situado entre o

    Capitalismo e o Socialismo.

    08. Nos anos 80-90, novamente os movimentos

    nacionalistas abalam a poltica internacional. O j

    frgil "imprio" sovitico v sua unidade desfazer-se

    diante do separatismo das Repblicas Blticas -

    Letnia, Estnia e Litunia. A partir de ento, outras

    repblicas assumem o mesmo propsito, pondo fim

    URSS. Entre os "eslavos do sul", as disputas de

    croatas e srvios lanam a Iugoslvia numa violenta

    guerra civil.

    2. O clima de tenso oriundo da expanso imperialista na sia e determinador do 1 Conflito Mundial no pode

    ser avaliado pelas:

    01. rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina,

    entre ingleses e russos na sia Central e entre russos

    e japoneses na Mandchria e Coreia.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 14

    02. polticas de alianas entre russos e japoneses para

    bloquear as pretenses inglesas e francesas no

    sudeste asitico.

    04. tenses entre o Imprio Ingls e o Imprio Chins em

    torno da Coria e da Mandchria com o apoio da

    Frana Inglaterra.

    08. rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste

    asitico, entre belgas e alemes em Port-Arthur e

    entre russos e poloneses na sia Europeia.

    16. tenses entre o Imprio Austro-Hngaro e a Grcia

    na regio do sudeste asitico com o apoio da

    Inglaterra aos gregos.

    3. Os Estados Unidos emergiram como grande potncia

    econmica mundial aps a Primeira Guerra Mundial

    porque:

    a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a

    Inglaterra.

    b) liderou a criao da ONU (Organizao das Naes

    Unidas).

    c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e

    suprimentos Entente, enquanto as potncias

    europeias tiveram suas economias arrasadas aps o

    conflito.

    d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para

    enfraquecer a Alemanha, a grande potncia industrial

    do incio do sculo.

    e) se manteve afastado do conflito direto com as

    potncias europeias, concentrando seus esforos no

    desenvolvimento interno.

    4. A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra incorreto afirmar que:

    a) foi influenciado pela inteno germnica de atrair o

    Mxico, prometendo-lhe ajuda na reconquista de

    territrios perdidos para os E.U.A.

    b) os E.U.A. financiaram diretamente a indstria blica

    franco-inglesa e enviaram um grande contingente de

    soldados ao fronte.

    c) uma possvel derrota da Frana e Inglaterra colocaria

    em risco os investimentos norte-americanos na

    Europa.

    d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A.

    rompeu a neutralidade, declarando guerra s foras

    do Eixo.

    e) a adeso dos E.U.A. desequilibrou as foras em luta,

    dando um novo alento Entente.

    5. Ao trmino da Primeira Grande Guerra, as potncias vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e

    foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de

    Versailles, que teve como consequncias:

    a) degradao dos ideais liberais e democrticos,

    agitaes polticas de esquerda - como o movimento

    espartaquista, crise econmica e desemprego.

    b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais,

    militarizao do Estado Alemo, recuperao

    econmica e incorporao de Gdansk.

    c) anexao das colnias de Togo e Camares, a

    afirmao dos ideais liberais e democrticos e a

    valorizao do marco alemo.

    d) prosperidade econmica, rearmamento alemo,

    desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos

    partidos liberais.

    e) surgimento da Repblica Democrtica Alem e da

    Repblica Federal Alem, fortalecimento do

    nazismo, militarismo e diminuio do desemprego.

    UNIDADE 10

    REVOLUO RUSSA

    A industrializao da Rssia ocorreu com atraso de mais

    de um sculo em relao Inglaterra, mas foi favorecida

    pelo fim da servido, que liberou mo de obra, e pelos

    investimentos estrangeiros.

    A Primeira Guerra Mundial enfraqueceu ainda

    mais o governo Nicolau II. Em dois anos de luta, seu

    exrcito sofreu 7 milhes de baixas, entre mortos, feridos

    e desertores. A populao civil padeceu com a fome e o

    desemprego.

    Em fevereiro de 1917, o czar abdicou e foi

    instalada uma repblica liderada por Kerensky. Em

    novembro, os bolcheviques comandados por Lnin e

    Trotsky tomam o poder. Logo aps, assinam a paz com a

    Alemanha, efetuam uma radical reforma agrria e

    nacionalizam bancos, indstrias e meios de transportes.

    Depois de duas guerras, a economia russa

    estava arrasada. Para recuper-la, Lnin adotou a NEP,

    afrouxando alguns controles sobre os investimentos

    estrangeiros, o excedente agrcola e as pequenas

    empresas (menos de vinte funcionrios).

    Em 1924, Lnin morreu e foi substitudo por

    Stlin, que passou a perseguir todos os seus adversrios

    (principalmente os adeptos de Trotsky), condenando

    centenas de milhares morte e milhes ao exlio na

    Sibria. Suprimiu A NEP e adotou os planos

    quinquenais. A URSS tornou-se, assim, uma grande

    potncia.

    Entre-Guerras (Totalitarismos de extrema direita)

    Crise de 1929

    Ao final da Primeira Guerra, a indstria dos EUA era

    responsvel por quase 50% da produo mundial.

    O pas criou um novo estilo de vida: o american way of

    life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande

    aumento na aquisio de automveis, eletrodomsticos e

    toda sorte de produtos industrializados.

    Entretanto, os EUA sofreram grande abalo em

    1929, quando mergulharam numa terrvel crise, de

    repercusso mundial.

    Por sua vez, Inglaterra, Frana e Alemanha

    foram atualizando rapidamente seus mtodos industriais.

    Isso colaborou para aumentar o desequilbrio entre o

    excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder

    aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma

    conjuntura econmica de superproduo capitalista.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 15

    O crack da Bolsa de Valores de Nova York A crise de superproduo teve como um de seus grandes

    marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da

    Bolsa de Valores de Nova York, que representava o

    grande termmetro econmico do mundo capitalista.

    O crack da Bolsa de Valores de Nova York

    abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos no podendo

    vender tambm deixaram de comprar e isso afetou

    tambm o Brasil, que dependia das exportaes de caf

    para os Estados Unidos.

    New Deal: a reao crise Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin

    Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New

    Deal, um conjunto de medidas destinadas superao da

    crise. O New Deal foi inspirado nas idias do ingls

    John Keynes. Dentre as principais medidas adotadas

    pela poltica econmica do New Deal, destacam-se:

    Controle governamental dos preos de diversos produtos

    industriais e agrcolas. Concesso de emprstimos aos

    proprietrios agrcolas. Realizao de um grande

    programa de obras pblicas. Criao de um seguro-

    desemprego. Recuperao industrial.

    O AVANO DOS REGIMES TOTALITRIOS

    Os partidos de orientao marxista, representavam uma

    terrvel ameaa aos interesses dos grandes banqueiros e

    industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a

    ascenso de regimes totalitrios, que prometiam

    estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos

    marcantes desse processo foram o desenvolvimento do

    fascismo na Itlia e do nazismo na Alemanha.

    A crise exigiu respostas econmicas novas e

    corajosas, adotadas pelo presidente Franklin Delano

    Roosevelt, eleito em 1932, e que geraram o New Deal.

    Esse plano teve como base as idias de John Maynard

    Keynes (1884-1946). O Keynesianismo defende um

    Estado mais interventor, que deveria evitar os riscos de

    superproduo, alm de aumentar o poder de consumo,

    mas preservando a economia de mercado. O liberalismo

    clssico de Adam Smith foi superado pelo

    neocapitalismo.

    Exerccios de Sala

    1. O perodo de 1919 a 1939, pelos componentes que o constituram, marcados por esperanas e frustraes,

    tido como um dos mais crticos da poca contempornea.

    Dos esforos para superar a devastao da Primeira

    Guerra Mundial, se encaminha para a recuperao e logo

    em seguida para o novo conflito mundial.

    A respeito desse perodo correto afirmar que:

    01. A frustrao e o inconformismo do alemes,

    submetidos s clusulas do Tratado de Versalhes,

    levaram - nos a chamar esse acordo de "Diktat".

    02. A Liga das Naes (ou Sociedade das Naes),

    criada aps a Primeira Guerra Mundial, recebeu

    apoio de todas as potncias e teve atuao decisiva

    para evitar todas as crises internacionais da dcada de

    1930.

    04. A URSS participou ativamente da poltica

    internacional europia na dcada na dcada de 1920.

    08. Nesse perodo houve a vitria das ditaduras do tipo

    nazi - fascista na Itlia e na Alemanha, alm de

    regimes autoritrios em diversos pases, como

    Portugal e Espanha.

    16. A crise de 1929 e a grande depresso econmica que

    ela gerou, desencadearam tambm crises polticas,

    reacenderam nacionalismos econmicos e polticos,

    facilitaram a ascenso de ditaduras e contriburam

    para o advento da Segunda Guerra Mundial.

    2. O perodo de entre guerras (1919-1939) foi caracterizado pelo aparecimento de regimes autoritrios

    na Europa. A esse respeito, correto afirmar que:

    01. Esses regimes podem ser entendidos como uma

    alternativa tanto ordem liberal tradicional quanto ao

    regime comunista.

    02. No perodo em questo, acentuaram-se as

    dificuldades dos regimes democrticos e acentuou-se

    o fracionamento poltico, o que dificultava o

    estabelecimento de maiorias parlamentares que

    pudessem garantir a continuidade administrativa.

    04. A incapacidade dos regimes de democracia liberal de

    contornarem a crise econmica dos anos 1920/30,

    tambm contribuiu para abrir espaos para a

    expanso dos regimes autoritrios.

    08. Parte importante no projeto do nazismo de unificao

    das vontades coletivas foi a nfase na liberdade de

    expresso e na igualdade entre as raas.

    16. A expanso dos regimes autoritrios se fez com base

    num acentuado internacionalismo e cosmopolitismo,

    rejeitando-se qualquer nfase em temas nacionalistas.

    32. A tomada do poder pelos nazistas e fascistas teve

    uma significativa participao popular, inclusive com

    grandes manifestaes de massa.

    Exerccios Complementares

    3. "... derrota na guerra, deseres, motins militares contra os superiores, greves nas fbricas, falta de gneros

    alimentcios e combustveis nas principais cidades,

    queda na produo, aviltamento dos salrios,

    incapacidade governamental e crescente misria das

    massas."

    O quadro descrito no texto conduziu

    a) derrota dos franceses no Vietn em 1954.

    b) descolonizao Afro-Asitica em 1945.

    c) rebelio Boxer na China em 1900.

    d) Segunda Guerra Mundial em 1939.

    e) Revoluo Russa em 1917.

    4. "A guerra atual , por parte de ambos os grupos potncias beligerantes, uma guerra (...) conduzida pelos

    capitalistas pela partilha das vantagens que provm

    domnio sobre o mundo, pelos mercadores do capital

    financeiro (bancrio), pela submisso dos povos fracos

    etc." ("Resoluo sobre a Guerra", publicada no jornal PRAVDA em abril

    de 1917.)

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 16

    O texto oferece uma interpretao caracterstica dos

    bolcheviques sobre a

    a) Guerra Russo-Japonesa.

    b) Guerra da Coreia.

    c) Guerra da Crimeia.

    d) Primeira Guerra Mundial.

    e) Primeira Guerra Balcnica.

    5. Sobre fatos antecedentes Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa incorreta.

    a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, ao, petrleo e

    borracha e bloquearam capitais japoneses na Amrica

    do Norte por causa da invaso da Manchria pelo

    Japo.

    b) Passando por cima das disposies dos tratados do

    ps-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas

    austracos, ordenou a ocupao da ustria.

    e) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por

    Franco, iniciou uma revolta contra o governo de

    esquerda, legalmente constitudo, na Espanha.

    d) A euforia econmica decorrente da valorizao da

    Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a

    recuperao econmica e a consolidao das

    democracias na Europa.

    e) Em 1939, Stlin conseguiu-se aproximar da Alemanha

    atravs do Pacto Germano-Sovitico, negociado por

    Ribbentrop e Molotov.

    UNIDADE 11

    SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1939-45

    A humilhao sofrida pela Alemanha com o Tratado de

    Versalhes cria as condies ideais para a germinao do

    nacional-socialismo - nazismo - alemo e a ascenso de

    Hitler ao poder, em 1933. O nacional-socialismo toma o

    poder pela violncia, elimina as dissenses internas com

    mtodos violentos e combate a diviso do mundo

    produzida pela 1a Guerra.

    Reao mundial ao nazismo - As potncias ocidentais

    tm uma posio dbia em relao ao nazismo.

    Pressentem o perigo representado por Hitler, mas

    permitem o crescimento da Alemanha nazista como

    forma de bloquear a Unio Sovitica. A invaso da

    Polnia, em 1o de setembro de 1939, por tropas e avies

    alemes, no surpreende a Europa. Todos esto espera

    da guerra.

    Origens do Eixo - Itlia e Alemanha tm regimes

    polticos semelhantes, mas o que mais as aproxima o

    limitado espao territorial de que dispem e a acirrada

    competio pelos mercados internacionais. Stalin

    percebe que as anexaes alems caminham em direo

    Unio Sovitica e firma com Hitler o Pacto Germano-

    Sovitico, em 1939, pelo qual anexa a Litunia, Letnia,

    Estnia e parte da Polnia e Finlndia.

    COMEA A GUERRA NA EUROPA

    Em abril de 1939 Hitler exige a anexao de Dantzig, o

    "corredor polons", e a concesso de uma rede

    rodoviria e ferroviria que cruze a provncia polonesa

    da Pomernia. A Polnia, sem condies de resistir,

    invadida por tropas nazistas no dia 1o de setembro. O

    Reino Unido, comprometido com a defesa da Polnia em

    caso de agresso, declara guerra Alemanha. Horas

    depois, seguida pela Frana. At junho de 1940,

    quando a Itlia declara guerra Frana e ao Reino

    Unido, o conflito est restrito aos trs pases. A

    Alemanha invade e ocupa a Noruega, a Blgica, a

    Holanda e a Frana.

    Domnio alemo - O domnio alemo na Europa fica

    patente com a expulso dos ingleses de Dunquerque e os

    armistcios assinados pela Frana com a Itlia e

    Alemanha, em junho de 1940, que dividem o territrio

    francs em duas partes.

    Na Batalha da Inglaterra, no vero de 1940, a aviao

    inglesa, RAF (Royal Air Force), consegue rechaar os

    ataques da Luftwaffe (aviao alem).

    Defesa de Moscou - Em fins de 1941 a defesa de

    Moscou marca uma das mais decisivas vitrias aliadas.

    Ataque a Pearl Harbor - O ataque japons base norte-

    americana de Pearl Harbor, no Hava, em 7 de dezembro

    de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao

    Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. As duas

    faces beligerantes esto definidas: os pases do Pacto

    Anticomintern (o Eixo) - Alemanha, Itlia e Japo -

    contra os Aliados - Inglaterra, Estados Unidos, Unio

    Sovitica e China. A China j se encontra em guerra

    contra o Japo desde 1931.

    Kamikazes - como so chamados os avies japoneses

    carregados de explosivos e dirigidos por um piloto

    suicida que com ele se atira sobre o alvo inimigo.

    SEGUNDA FASE DA GUERRA

    quando o conflito se torna uma guerra de desgaste. O

    Eixo tenta subjugar a Inglaterra, cortando suas linhas de

    abastecimento no Atlntico e no Mediterrneo.

    Contra-ofensiva na frica e Itlia - Em julho de 1943

    os Aliados desembarcam na Siclia e, em setembro,

    avanam at Npoles. Mussolini destitudo em julho e

    a Itlia muda de lado.

    Dia D - Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D"

    pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower,

    feito o ataque estratgico que daria o golpe mortal nas

    foras nazistas que ainda resistem na Europa. Cinquenta

    e cinco mil soldados norte-americanos, britnicos e

    canadenses desembarcam nas praias da Normandia,

    noroeste da Frana, na maior operao aeronaval da

    Histria, envolvendo mais de 5 mil navios e mil avies.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 17

    Guerra no Pacfico - No Pacfico, a situao tambm se

    inverte com a vitria das tropas norte-americanas na

    batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942.

    Ataque a Hiroshima e Nagasaki - Em 6 de agosto os

    Estados Unidos lanam a primeira bomba atmica sobre

    Hiroshima, deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil

    feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviticas

    expulsam os japoneses da Mandchria e da Coria e

    ocupam as ilhas Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto

    lanada a segunda bomba atmica, dessa vez sobre

    Nagasaki, com saldo de vtimas semelhante ao de

    Hiroshima.

    Final da guerra - Hitler suicida-se em 30 de abril, com

    a chegada das tropas soviticas a Berlim, e o almirante

    Doenitz forma novo governo e pede o fim das

    hostilidades. A capital alem ocupada em 2 de maio. A

    Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio,

    em Reims. A capitulao do Japo acontece em 2 de

    setembro, em Tquio. A 2a Guerra Mundial deixa um

    saldo de 50 milhes de mortos e custa cerca de US$ 1,40

    trilho.

    JULGAMENTO DE NUREMBERG

    Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os

    lderes nazistas num indito tribunal internacional de

    crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta

    dos campos de concentrao e extermnio. A sede

    escolhida a cidade alem de Nuremberg, que nos anos

    30 havia sido palco dos maiores comcios nazistas.

    Exerccios de Sala

    1. A Segunda Guerra Mundial alterou a correlao de foras no mundo. Entre as modificaes ocorridas,

    destacam-se:

    01. O declnio da influncia europeia cuja hegemonia j

    havia sido comprometida desde a Primeira Guerra

    Mundial.

    02. A ascenso dos Estados Unidos e da Unio

    Sovitica, liderando blocos de interesses divergentes

    e originando a chamada "bipolarizao" do mundo.

    04. Aps a Segunda Guerra Mundial e at recentemente,

    nenhuma potncia europeia ou os Estados Unidos

    participaram de qualquer conflito blico.

    08. Aps a Guerra - e por causa dela -, houve

    intensificao das manifestaes anticolonialistas,

    acelerando-se o processo de descolonizao das

    colnias europias na frica e na sia.

    16. O final da Segunda Guerra Mundial decretou o

    desaparecimento dos Estados autoritrios,

    reorganizando-se o mundo em bases inteiramente

    democrticas.

    32. Como tentativa de resolver os problemas

    internacionais, criou-se em 1945 a Organizao das

    Naes Unidas (ONU).

    2. Sobre a Histria Contempornea, correto afirmar que:

    01. a Primeira Guerra Mundial (1914-18) resultou,

    dentre outros motivos, da concorrncia comercial, da

    disputa por colnias e da luta pela hegemonia dos

    mares.

    02. a grande vencedora da Primeira Guerra Mundial foi a

    Alemanha, o que motivou a reao da Itlia e do

    Japo no final dos anos 30, dando inicio Segunda

    Guerra Mundial.

    04. o Tratado de Versalhes foi imposto pela Alemanha

    aos pases europeus, com o apoio dos Estados

    Unidos.

    08. a ideologia nazista enaltecia o nacionalismo e o

    militarismo, visando conquistar as massas e o

    exrcito, e pregava o anti-comunismo, visando

    conquistar a alta burguesia.

    16. apesar das guerras do sculo XX, a Europa manteve

    sempre sua hegemonia econmica e poltica sobre o

    mundo.

    Exerccios Complementares

    3. Pensem nas crianas Mudas telepticas

    Pensem nas meninas

    Cegas inexatas

    Pensem nas mulheres

    Rotas alteradas

    Pensem nas feridas

    Como rosas clidas

    Mas oh! no se esqueam

    Da rosa de Hiroshima

    A rosa hereditria

    A rosa radioativa

    Estpida e invlida

    A rosa com cirrose

    A anti-rosa atmica

    Sem cor, sem perfume

    Sem rosa, sem nada

    "Rosa de Hiroshima" (Gerson Conrad e Vincius de Moraes)

    Podemos considerar que o texto acima debate:

    a) a herana terrvel das bombas atmicas atiradas em

    Hiroshima e Nagasaky, no final da 2 Guerra

    Mundial, levantando a necessidade de sua lembrana

    para defendermos a paz.

    b) a poesia no trata dos problemas relativos bomba

    atmica, a guerra e a paz.

    c) as armas atmicas nunca seriam usadas como forma

    de poder entre as potncias mundiais.

    d) a paz s ser garantida com a utilizao de armas

    atmicas.

    e) as armas atmicas deixaram poucas heranas culturais

    e polticas durante o perodo da Guerra Fria.

  • Incluso para a Vida Histria A

    Pr-Vestibular da UFSC 18

    4. Na II Guerra Mundial, as bombas atmicas de Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de

    guerras, porque:

    a) o conflito j tinha terminado em agosto de 1945 e a

    resistncia japonesa era mnima em Pearl Harbor.

    b) as bombas faziam parte de um esquema de testes

    militares.

    c) os E.U.A. queriam impor o seu domnio Alemanha.

    d) os E.U.A. pretendiam deter o avano dos soviticos na

    sia.

    e) as bombas tinham um nico alvo: os japoneses no

    Pacfico.

    5. Foi o encontro do primeiro ministro ingls Winston Churchill e dos presidentes Roosevelt, dos Estados

    Unidos e Stlin, da Unio Sovitica onde confirmou-se o

    desmembramento da Alemanha e da Coreia:

    a) Conferncia do Cairo.

    b) Conferncia de Teer.

    c) Conferncia de Ialta.

    d) Conferncia de Potsdam.

    e) Conferncia de Bandung.

    UNIDADE 12

    IDADE CONTEMPORNEA: GUERRA

    FRIA

    Bipolarizao entre EUA (capitalismo) e URSS

    (socialismo), estado de constante hostilidade entre as

    duas superpotncias e seus aliados e corrida

    armamentista e tecnolgica, mas sem conflito armado

    direto, caracterizaram a Guerra Fria, que vigorou entre o

    fim da Segunda Guerra Mundial e a crise do socialismo

    real no final dos anos 1980.

    Tradicionalmente as fases da Guerra Fria so a

    Guerra Fria Clssica (1945 1953), o perodo do Degelo ou da Coexistncia Pacfica (1953 1968) e a poltica da Dtente ou da Distenso (1968 1989).

    Marcos iniciais da Guerra Fria

    Bloco Capitalista Em 1946, Churchill discursa nos EUA e pede para que

    estes se tornem os protetores do mundo livre, pois a Gr-Bretanha, no poderia mais manter