MECANISMOS DE DEFESA Encontram-se no EGO, que se defronta

não só com o Id e o SuperEgo, mas também com o mundo exterior com suas lembranças;

Quando ocorrem situações que o EGO não consegue ser lógico, objetivo e racional, são ativados mecanismos de defesa para protege-lo de uma dor psíquica iminente;

São maneiras inconscientes utilizadas frente à diversas situações para repelir ou reduzir a ansiedade ou restabelecer o equilíbrio da personalidade.

MECANISMOS DE DEFESA

Estão presentes em todas as pessoas e só se tornam anormais quando aparecem excessivamente;

O mecanismo de defesa que vai atuar em certo momento depende da situação específica e da pessoa;

Os mais eficazes em conflitos anteriores tendem a serem usados para resolverem novos conflitos;

MECANISMOS DE DEFESA

O uso prolongado e excessivo pode ter consequencias graves no ajustamento efetivo à vida. A fuga impede a pessoa de enfrentar seus problemas, etc..

Podem ser frustrados: a racionalização pode ser desmentida; a identificação negada – o que aumenta as dimensões do conflito;

A falha de tais mecanismos pode gerar agressividade comportamental com perturbações psíquicas graves (psicose)

REPRESSÃO OU RECALCAMENTOFreud a considerava como a rainha

de todas as defesas. Consiste em expulsar da consciência desejos, sentimentos, idéias ou fantasias desprazerosas, que, em permanecendo fora da consciência, não causam ansiedade.

Utilizada pelos neuróticos, sendo bem característico da neurose histérica.

REGRESSÃOCaracteriza-se pela retirada ou

retorno a uma fase anterior do desenvolvimento, sendo adequada para evitar o desprazer e a frustração.

Quando ocorre um trauma, a criança pode ter seu desenvolvimento aprisionado naquela fase. Mais tarde, quando adulto e sob um forte estresse, pode retornar a tal fase, manifestando a organização mental relativa a essa etapa.

PROJEÇÃOConsiste em atribuir aos outros os

sentimentos ou características não admitidas em si mesmo. Dessa forma, impulsos ou pensamentos proibidos são atribuídos a outra pessoa e negados em relação a si próprio, com o objetivo de se afastar a ansiedade. Ex.: Dorothéia Tanajura; Alunos colando...maior nota foi daquele q colou mais...

INTROJEÇÃOUm objeto externo é

simbolicamente internalizado , tomado e assimilado como parte do indivíduo, ou seja, seria uma defesa contra a insatisfação causada pela ausência exterior do objeto.

Para Melanie Klein, a introjeção é essencial para o psiquismo, pois é através dela que se constroem os objetos internos, o que permite a formação do ego e do superego.

IDENTIFICAÇÃOÉ o mecanismo mais importante

para o crescimento do EGO. É através dele que a criança usa características do objeto para desenvolver a própria personalidade, moldando-se, geralmente, a partir do progenitor do mesmo sexo, para vir a ser como ele.

ISOLAMENTOTrata-se de uma separação intropsíquica

entre o afeto e seu conteúdo, evitando ou diminuindo a ansiedade.

No isolamento o paciente não esquece os traumas patogênicos, mas perde o rastro das conexões e o significado emocional. Os fatos importantes de sua vida (e que podem ter forte teor patogênico) perdem o significado afetivo e são isolados de sua carga emotiva.

Muitas pessoas não conseguem obter satisfação sexual plena porque só são capazes de gozar a sexualidade por pessoas pelas quais não sentem amor ou até com pessoas que desprezam.

ANULAÇÃO

É a realização de um ato determinado com o objetivo de apagar, desfazer ou anular simbolicamente o ato anterior. Envolve um pensamento mágico e está presente no Transtorno Obsessivo Compulsivo. Ex.: “Simpatia”; “São Longuinho”.

NEGAÇÃOÉ o mecanismo por meio do qual a

realidade externa é considerada como não existente por ser desagradável ou penosa ao ego. O indivíduo reintegra uma situação geradora de ansiedade, redefinindo-se como inocente. Caso Ricardo da moto na roça

FORMAÇÃO REATIVA

Este processo leva o ego a realizar o oposto de um desejo. Uma pulsão proibida é transformada no seu oposto. Ex.: Síndrome de Estocolmo; Síndrome de Lima – Amar x Odiar - A mãe histérica que odeia o seu filho é capaz de desenvolver uma afeição aparentemente extrema por ele, a fim de assegurar a repressão de seu ódio;

RACIONALIZAÇÃOConsiste em explicações baseadas

na razão para um comportamento que foi, na realidade, determinado por motivos não reconhecidos, com o objetivo de melhor aceitação da realidade e assim diminuir a ansiedade. Ex.: Filho médico q perde o pai...

SOMATIZAÇÃO

Mecanismo pelo qual se dá a transferência de sentimentos dolorosos para o corpo, com prejuízo orgânico. Somatizações intensas são frequentes em indivíduos hipocondríacos, na síndrome da dor sem causa orgânica, na anorexia, no vitiligo e na psoríase.

DISSOCIAÇÃO

Por parte deste mecanismo, uma parcela da personalidade geradora de ansiedade é eliminada através da divisão da consciência. A pessoa só tem virtudes até se transformar num vilão completo

SUBLIMAÇÃOAtravés deste mecanismo, a

energia psíquica retida no material reprimido é canalizada a objetivos socialmente úteis e aceitáveis. Ex.: pessoa agressiva canaliza sua energia para a cirurgia plástica – saco de pancada, etc.

Na sublimação o alvo é abandonado em proveito de um novo alvo, valorizado pelo superego e ideal de Si-mesmo. A sublimação não necessita de nenhum recalcamento.

INTELECTUALIZAÇÃOMecanismo que articula uma

teorização do afeto, o qual passa a ser explicado para evitar a ansiedade, focalizando os aspectos objetivos, e não emocionais de uma situação ameaçadora.

DESLOCAMENTO - TRANSFERÊNCIA

Processo através do qual os sentimentos ligados a uma fonte são redirecionados a outra. Assim, o fato de uma idéia ou objeto é transposto ou deslocado para outro. É comum nas fobias, em que a ansiedade ligada a uma fonte inconsciente é deslocada para uma consciente. Ex.: Paulão; a filha que transfere os sentimentos de seus pais para seu marido.

CONVERSÃO

É o deslocamento de uma conflitiva psíquica para o corpo, sem prejuízo orgânico. Está presente na histeria, como no caso de paralisias corporais ou desmaios.

SUBSTITUIÇÃO

Quando o inconsciente está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. O inconsciente oferece à consciência um substituto admissível por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o Id ou o SuperEgo. Os substitutos são imagens (representações dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico que, ao ocultar o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos . Ex. Chupeta