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CONVOCATÓRIA

XV Congresso Regional da Madeira do Partido Social Democrata

Nos termos dos Estatutos Regionais da Madeira do Partido Social Democrata:

1. Convoco o XV Congresso Regional para os dias 10 e 11 de Janeiro de 2015, com a seguinte

Ordem de Trabalhos:

a) No dia 10 de Janeiro, no CEMA, às 15.00 horas:

- posse da Comissão Política Regional e do Secretariado Regional eleitos;

- intervenção do presidente da Mesa;

- intervenção do presidente da Comissão Política Regional empossado;

- intervenção de eventuais convidados para tal;

- apresentação das moções de estratégia global e das moções sectoriais;

- apresentação das propostas de alteração dos Estatutos;

- intervenções até ao último congressista para o efeito inscrito.

b) No dia 11 de Janeiro, no CEMA, das 10.00 às 13.00 horas, eleição da Mesa, do Conselho

Regional e do Conselho de Jurisdição Regional;

c) No dia 11 de Janeiro, no CEMA, às 15.00 horas:

- posse dos eleitos nos termos da alínea anterior;

-votaçãodasMoções,entradaseafixadasnasedeaté12deDezembro;

- intervenção do presidente da Comissão Política Regional;

- intervenção de eventuais convidados para o efeito;

- encerramento do Congresso pelo presidente da Mesa.

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2. As listas para a Mesa, o Conselho Regional e para o Conselho de Jurisdição Regional devem ser

apresentadas à Mesa, até às 19.00 horas do dia 10 de Janeiro, subscritas pelo menos por Vinte

Congressistas,sendomandadasafixar.

3. As demais normas que regulam o publicitado nesta Convocatória, são as que constam dos

Estatutos Regionais e, ainda, dos Regulamentos para o efeito aprovados pelo Conselho Regional

eafixadosnasSedeRegionaledasFreguesiasbemcomoosrespetivoscadernoseleitorais.

Funchal,08deNovembrode2014

O Presidente da Mesa do Congresso Regional da Madeira do Partido Social Democrata, no

exercíciodecompetênciadelegada

(Francisco Jardim Ramos)

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óRGÃOS ELEITOSPELAS BASES

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Tranquada GomesAdvogado, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD-M, Pres. Com. Reg. e Mandatos da ALRAM

PresidenteMiguel AlbuquerqueAdvogado,Ex-Presidente da C.M. do Funchal (1994-2013)

Secretário GeralRui AbreuLic. em Direito, Director do Dep. Adm. da C.M. do Funchal, Ex-chefe de Gabinete de Miguel Albuquerque

Pedro CaladoGestor de empresas, Ex-Vice-Presidente da C.M.do Funchal

Rubina LealSocióloga,Ex-Vereadora da C.M.do Funchal

Jorge CarvalhoProfessor, Membro do Conselho Executivo da Esc. Sec. Jaime Moniz

Nivalda GonçalvesLic. em Gestão Financeira, Deputada na ALRAM, Ex-presidente da JSD-M

Leonel SilvaLic. em Sociologia, Chefe de Gabinete C.M. de Câmara de Lobos

Carina BentoMuseóloga, Directora do Museu Monte Palace

João Faria NunesMédico, Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde

Daniel BorgesAccounts Manager na Dixcart Management Madeira Ltd

Guido GonçalvesEmpresário de Restauração

Virgílio PereiraLic. em Direito, Advogado, Ex- Presidente JSD Ponta do Sol

Vânia JesusLic. em História Moderna, Deputada na ALRAM, Ex-presidente da JSD-M

Gualberto FernandesArquitectoDeputado na ALRAM,Presidente da A.M. Pta do Sol

Clara TiagoLic. em Direito, Advogada

Paulo FreitasLic. em Direito, Advogado, Ex- Presidente da JSD Santana

Francisco NunesLicenciado em Gestão e Organização de Turismo,Gestor �nanceiro, Ex-Presi-dente JSD Porto Moniz

Sara MadrugaAdvogadaPresidente da Comissão Política de Santo António

Rui SantosEmpresário, Presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Presidente da Delegação Regional ANAFRE

João PimentaMédico, Ex-presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, Ex-Deputado da AR

Élvio EncarnaçãoEconomista, Deputado na ALRAM, Ex-Vereador da C. M. de Machico

Antero SantanaFuncionário da C.M. Calheta

Bernardo CaldeiraEmpresário, Func. Sociedade Desenv. Porto Santo

João Paulo MarquesAdvogado, Membro Cons. Fiscal da Assoc. Jovens Advog. Madeira

Adérito AguiarEngenheiro Civil, Mestrado em Higiene e Segurança no Trabalho, Quadro Superior da UMa

Amílcar GonçalvesEngenheiro Civil no LREC, Ex-Vereador da C.M. do Funchal

Bruno MacedoMestrado em Ciências da Comunicação, Deputado na ALRAM

Marco GonçalvesPós graduação em Gestão Cultural, Secretário do Presidente da C.M. de Câm. de Lobos, Presidente da JSD de Câm. de Lobos

Ricardo FreitasEmpresário e Gestor

Nuno Martins “Tanas”Empresário de Restauração,Secretário-geral adjunto da JSD-M

Carlos RodriguesGestor, Deputado na A.M. do Funchal, Presidente do Conselho Económico e Social da RAM, Ex-Deputado na AR

COMISSAO POLÍTICA REGIONAL

SECRETARIADO

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MOÇÃORenovaçãosubscritor: Miguel Filipe Machado AlbuquerqueMilitante N.º 4626presidente do ppd/psd madeira

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Um Compromisso

No passado dia 17 de Julho apresentei formalmente a minha candidatura a Presidente do PSD/M.

Tomeiessadecisãoporumimperativodeconsciênciaeporminhaexclusivaresponsabilidade.Enãoéaprimeiravezqueofaço.Em2Novembrode2012,“quebreiofalsounanismoquedesdehá anos estava a estagnar a prática do nosso partido no seu pensamento, na sua postura, nas suas acções políticas”

Estas palavras foram ditas por mim logo após ser conhecido o resultado nas eleições diretas de 2012, nasquaisobtiumaexpressivavotaçãoeabriumnovociclonoPSDMadeiracomoúnicocandidatoquedesafiouasituaçãovigente.Issoninguémpodenegá-lo.

Portanto, não sou estreante. Ganhei legitimidade. E eis-me de novo candidato às eleições internas de 19 de Dezembro, o mesmo cidadão livre, militante de um partido democrático, liberto dequaisquer condicionalismos, com a garantia de uma dinâmica de renovação mas sem qualquer sinal de sectarismo. Esse tempo acabou.

Assumo aqui o meu único compromisso, dando a minha palavra de honra, que a tenho, de prestar um serviço à nossa Madeira com a obrigação inabalável de recentrar esta região autónoma no caminho do futuro. E o futuro prepara-se hoje. Não há tempo a perder.

Candidato-me porque sei o que quero e o que não quero para os Madeirenses e Portosantenses. Não tenhoideiasvagas.Umcompromissofaz-secomprojectosecapacidadeparaexecutá-los.É urgente melhorarmos as condições de vida do nosso Povo e travar a dinâmica de retrocesso social, os angustiantes problemas das famílias e dos agentes económicos, a acelerada degradação dos valores comunitários e de solidariedade.

Candidato-meporqueseiqueaminhacandidatura fortaleceoPSD/Msendocapazde liderarareestruturação política que a Região precisa e que os Madeirenses e Portosantenses querem.

Candidato-meapensarno futurodasNovasGerações–asmaisqualificadasde sempre–enanecessidadedemobilizá-lasparavencermosasactuaisadversidadesperanteacriaçãodeumnovoquadro de desenvolvimento orientado para a cultura, a educação, a formação, a criatividade, a modernizaçãotecnológicaeainserçãonasredesglobais,travesmestrasparagarantiroempregoea nossa sustentabilidade.

Candidato-me porque recuso um PSD/M enfraquecido e prostrado, em perda crescente de credibilidade juntodapopulação.Estaéumaverdade, talcomoéumfactoquesomoscapazesdereunirvontades,mobilizarenergiaseconstruircompromissosparaumanovaagendapolítica

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habilitada a suscitar um novo horizonte de esperança concreta para uma população quelegitimamenteexigesoluções.

Candidato-me porque sei que um PSD/M renovado, aberto à sociedade, com um novo conjunto de objectivos políticos realistas, terá condições para submeter a sufrágio popular um novo programa degovernoeemergirnaspróximaseleiçõeslegislativasregionaiscomoumpartidoeleitoralmentemaioritário,aptoavencerosdesafiosdonovociclopolítico.

Candidato-me porque sei que um bom projecto político não se concretiza apenas na vontadepolíticaedeterminaçãodeumaliderança,masqueserealizanacapacidadedemobilizarpessoase equipas, partilhar compromissos e objectivos comuns com os militantes e cidadãos, tendo por objectivoconcretizarosgrandesdesígnioscolectivos.

Omeucontratoéassinadoexclusivamenteconvosco.Seiquepossocontarcomtodosvós.Comovosso voto em nome da Madeira.

Ganhar a Região

O Povo Madeirense sabe o que quer. É lucido e soberano nas escolhas políticas, recusa ver repetições esgotadas, e precisa de um novo desígnio colectivo para o futuro da nossa Região.

AonovolídernãobastaganharoPartido.ÉessencialteraconfiançadoPovodanossaRegião.

O modelo de desenvolvimento perfilhado esgotou. Teimar na mesma receita e nos mesmosprotagonistaséarrastardeliberadamenteoPSD/Mparaumbecosemsaídanaspróximaseleiçõesregionais.

E das duas, uma.

Ou o PSD/M muda de atitude e de políticas, abre-se à sociedade, renova os seus quadros, assume um pacto com os Madeirenses e Portosantenses envolvendo-os nas mudanças sociais, económicas epolíticasqueseafiguraminevitáveis;

OuoPSD/M teimaemmanter-semumificado, “governamentalizado”,prisioneirodos interessesinstalados,impelidopelosacontecimentose,garanto-vos,queperdedevezocréditopolíticojuntodos Madeirenses e Portosantenses. Não perceber isto é trair uma população e hipotecar o futuro. Acredito no PSD/M mas NÃOnestePSD/Mdefimdeciclo.

Chegouahoraque impõea todososmilitantesdoPSD/Ma responsabilidadede fazeremumaescolhaaptaarelançaroPSD/MrumoaumavitórianaspróximaseleiçõesregionaisecapazdemobilizaroPovodanossaRegiãoparaumanovaetapa.

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O Mundo mudou. A Europa transformou-se. Acabou o tempo do crédito ilimitado e torrencial; da insustentabilidadefinanceiradas instituiçõespúblicaseprivadas;darealizaçãode investimentosinsusceptíveis de gerar efeitos multiplicadores na economia real e emprego.

ÉurgenteafirmarumanovavisãoestratégicaparaanossaRegiãoAutónomaedesenharumanovaagendacentradanavalorizaçãodosnossosrecursoseposiçãogeopolíticanabaciadoAtlântico,namodernizaçãodasnossasinstituiçõesedotecidoeconómico,nacoesãosocial,nacaptaçãodoinvestimentoestrangeiroepromoçãoexternadasnossasatractividadesintrínsecas.

A nossa Região precisa de um PSD/M forte e consistente. Que saiba para e por onde ir. Por isso, osMadeirenses e Portosantenses exigemumPSD/M revigorado, habilitado a superar os difíceisdesafiosqueanossaRegiãoenfrenta.ÉurgenteumPSD/McapazdegovernarenãodeumPSD/Mdistante dos interesses da população, apático e desmotivado.

Um Partido de Valores

Numperíodode incertezas,comooquevivemos,é inevitável reafirmaranossaconvicçãonosprincípios que orientam a nossa acção política.

Defendemosumasocial-democraciaqueencaraoEstadoeassuasorganizaçõescomoummeioparaarealizaçãodosinteressesdoscidadãosenãoocontrário.

Umasocial-democraciaqueolhaparacadacidadãocomoumfimemsimesmo.Queassumequea pessoa humana é, no seu valor e dignidade, a medida última de todas as coisas.

Nãobastadizermosquetemosumaconcepçãopersonalista.Opersonalismo,maisdoqueteoriaoufilosofiapolíticas,éumaorientaçãodevidanosentidodacomunidade.Eéprecisopraticá-la.

Damesmaformaquevalorizamosumasocial-democraciaderaizintrinsecamenteregionalestasófazsentidosepromoveroprogressoebem-estardapopulaçãodaMadeiraePortoSanto,bemcomoumasocializaçãoassentenaigualdadedosdireitos,devereseoportunidadesdetodosedecadaumdos cidadãos.

Mas não só.A social-democracia que perfilhamos assenta na defesa deAutonomia Política doArquipélago,desdesemprematrizdoNossoPartido.

UmaAutonomiaPolíticadinâmica,moderna,quereafirmacomrenovadovigorumaclarificaçãofundamental no relacionamento entre a Madeira e a República Portuguesa.

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DelimitandoascompetênciasquedevemserreservaexclusivadoEstado-nanossaperspectiva,osDireitos, Liberdades e Garantias; Negócios Estrangeiros; Justiça, Defesa e Segurança – e as restantes competênciasquedevemserdaresponsabilidadedaRegiãoAutónoma.

UmaAutonomia ampla, nomeadamente de natureza fiscal, apta a assegurar a sustentabilidadefinanceira daMadeira e Porto Santo, sem prejuízo das contra partidas e obrigações do EstadoPortuguêsrelativamenteaoarquipélago,sustentadoporumdiálogofirmeefundamentado.

Uma Autonomia que assegure por parte do Estado o princípio da subsidiariedade e da continuidade territorial na circulação de pessoas e bens.

UmaAutonomiarevitalizada,adequadaaonovoenquadramentoeconómicoesocialquevivemos,capazdeencontrarasnovassoluçõespolíticasqueosMadeirensesePortosantensesambicionampara a sua Terra.

Um Partido Próximo dos Cidadãos

É essencial que o Partido recentre a sua prática política e o seu discurso junto da sociedade e dos cidadãos.

Numa altura em que se exige aos cidadãos elevados esforços financeiros, os políticos tambémdevemdaroexemplo.

Éimprescindívelumanovaformadefazerpolítica,ondeserespeiteavontadedoPovoeaoposiçãoeleita pelo mesmo.

Éimperiosopromoveromérito,eliminarabusos,expurgarprivilégios,eapoiarasclassesegruposde cidadãos mais desfavorecidos.

Éimportantíssimotercapacidadeparaacolhererefletirnoqueaspessoascomunsdizemesentem.É essencial manter uma postura reformista, de permanente combate ao situacionismo, leia-se política dominante, e às rotinas.

Éessencialavaliaroscenáriospolíticos,liderarcausas,mobilizarpessoasecomunidades,cativarasnovas gerações para as grandes causas da Madeira e da Autonomia.

É necessário chamar à colaboração com o PSD/M muitos que se afastaram da política ou dos partidosmasque,noâmbitodasrespectivasactividades,sãodosmaiscapazesemaisprestigiados.

ÉimportantequeoPartidoseabrasemcomplexosaomundodaCiência,dasArtesedaCultura.

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ÉnecessárioumPartidolutadoremproldadignificaçãoedefesadostrabalhadoresfaceaosabusosditadosporummercadocadavezmaiscompetitivoedesregulado.

ÉcrucialoPartidotraçarpolíticaseficazesparaocombateaoflagelododesemprego,nomeadamenteo desemprego dos jovens e de longa duração.

Eporquenãohácriaçãoderiquezaeempregosemempresassaudáveiseempresárioscompetentes.

É determinante o Partido ouvir com atenção o mundo empresarial, e levar em conta os bloqueios e asdificuldadesqueosempresáriosenfrentamnodia-a-dia,concertandoplataformassólidasparaadinamizaçãodanossaeconomia.

Deverá ser repensada a forma de se promover campanhas e comícios bem como os seus custos, optandoseveramentepelaracionalizaçãodasverbasutilizadas.

Éimportante,afimdeseestimularopluralismointerno,introduzirométododeHondtnaeleiçãodo Conselho Regional.

Devemos realizar no futuro Conselhos Regionais Descentralizados nos diversos concelhos efreguesias da Região.

Devemos assegurar representantes das comunidades madeirenses nos Órgãos do PSD/M.

É imprescindível, a fim de haver umamaior coordenação e comunicação política a nível dosconcelhos e, sobretudonosconcelhosondeoPSD/Méoposiçãoanívelautárquico,reintroduzirnosestatutosregionaisafiguradasComissõesPolíticasConcelhias,mantendoasComissõesPolíticasdeFreguesia.

ÉcrucialoPSD/MmodernizaremelhorarassuasestratégiasdeMarketingeComunicaçãocomosmilitantes e População, cessando a publicação do Madeira Livre no actual formato.

É fundamental o PSD/M criar um Gabinete de Estudos aberto à participação dos militantes, simpatizantesepersonalidadesconvidadasdapolítica,domeioacadémico,culturaleempresarial,devendo esta estrutura trabalhar em rede, em áreas comuns, com outras instituições, fundações e associações nacionais e internacionais.

Deverá ser estimulada uma maior participação cívica de todos.

Têmdesercriadasnovasiniciativasefórunsdeparticipaçãocívica,paraquetodospossamparticipareexpressarlivrementeassuasopiniões.

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Nos Conselhos Regionais e Congressos deverá ser estimulada a livre participação e o saudável confronto e debate de ideias diferentes.

Dignificar as Instituições Regionais

Éurgentevoltaradignificartodasasinstituições,emespecialacasamãedaDemocraciaeAutonomia– a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

O Presidente do Governo e os Secretários Regionais eleitos devem deslocar-se frequentemente à Assembleia,afimdeprestarosesclarecimentosnecessários.

O dia da Região deve ser celebrado na Assembleia Legislativa da Região com a intervenção de todas as forças políticas representadas no Parlamento.

Deve ser instituído na Assembleia Legislativa da Madeira um debate anual sobre o estado da Região com a presença do Governo Regional.

ÉnecessárioreduzironúmerodedeputadosnaAssembleiaLegislativaRegional.O Estatuto da Oposição deve ser respeitado.

O membro do Governo Regional com a tutela dos assuntos parlamentares terá de participar nos trabalhos do Plenário e/ ou das comissões quando estejam em causa iniciativas governamentais ou matériaque,pelasuaimportância,justifiquemumapartilhadeopiniõeseresponsabilidadescoma Assembleia.

Propõe-se, ainda, um maior equilíbrio nos tempos de intervenção atribuídos às forças parlamentares.Asreuniõesdascomissõesespecializadasbemcomoasdeinquéritodevem,emregra,serabertasàcomunicaçãosocial.OparlamentodaMadeiranãopodeserexcepçãoàAssembleiadaRepública.AfunçãodefiscalizaçãodaaçãogovernativaporpartedaAssembleiaLegislativa,deveráacentuar-se,garantindoganhosdeeficáciaecontribuiçãoparaumatransparênciadapolíticaregional.

Éimportantereduzirsubstancialmente–pelomenosem40%-osmontantesdefinanciamentodospartidos políticos regionais.

É determinante, em nome da renovação, instituir a limitação de mandatos do cargo de Presidente doGoverno,emtrêsmandatosconsecutivos.

Acabar com a excepção que existe a nível do País, não permitindo, na Madeira, que os políticos possam acumular a reforma com o vencimento público.

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1 - Uma Nova Credibilidade

A credibilidade é um activo valiosíssimo em todos os domínios da sociedade. Em política, este capital invisível é essencial.

Sobretudoquandotemosdeultrapassarsituaçõesdifíceisecomplexas.

Énecessárioreconquistaracredibilidadeeaconfiançaatravésdenovosactoresedenovaspolíticas,pontodepartidaparainversãodatendênciaactual.

Os actuais actores políticos estão ligados a um processo de desgaste muito forte, que os incapacita deempreenderemanecessáriarenegociaçãocomoEstadoecomosnossoscredores.Factoquelhesretira margem de manobra para iniciarem novas políticas de relançamento económico e captação deinvestimentos,capazesdeinverteremaestagnaçãoqueaRegiãoestáaatravessar.

Quer a nível nacional quer internacional - há que lançar a base de novos relacionamentos, de novos compromissosedeumanova rededeparceriasprojectandoumnovocapitaldemobilizaçãoeconfiança,afavordosinteressesdaMadeira.

ParaganharmoscredibilidadeeconfiançaprecisamosdenovosprotagonistaspolíticoseissosóserápossívelseoPSD/Mserenovar,comosmaiscapazes.

2 - Uma Nova Notoriedade Positiva

A Madeira vive uma das maiores crises de notoriedade.

Contrariar, de forma séria, as mensagens predominantes dos últimos anos é urgente e necessário.E não há que ter medo das palavras.

É preciso trabalhar com urgência a imagem da Madeira hoje associada à crise, à dívida, aoesbanjamento de recursos, à ocorrência de catástrofes naturais – incêndios e aluviões, e a umconjuntodeepisódiospolíticosrecambolescoselamentáveis.Mascontrariarnãosignificaarrogânciae ocultação da verdade, significa trabalhar no sentido certo, com transparência e abnegação.Acreditarnoqueestamosafazer.

Ospaísesquelideramorankinginternacionaldanotoriedadepositiva(Canadá,SuéciaeAustrália)não vivem a crise, são desejados pelo mundo e auto-alimentam as suas imagens positivas no panorama global.

AMadeiraéumaRegiãobelíssima,beminfraestruturada,comumPovoacolhedor,umanaturezaesplendorosa, um clima ameno e uma tradição cosmopolita ancestral.

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Háquepromoverpositivamenteassuasvantagenscompetitivaseespecificidadesúnicas,tirandopartidodoseuposicionamentoestratégiconaBaciadoAtlântico–nasáreasdoTurismoqualificadoe das grandes oportunidades de Negócios, no domínio dos Investimentos Internacionais e dosResidentesdeAltoRendimento,nosnovosclusteresdoMaredaNatureza.

AMadeira temdeassumirumanovadinâmicadesimpatiaexternaeatractividadeinternacionalpotenciandocominteligênciaeprofissionalismoassuasnotóriasvantagenscompetitivas.

Avisibilidadeepromoçãodasnossasvantagenscompetitivas,belezanaturalesingularidadesúnicas,passa também pelo conjunto de relações afectivas e capacidade de atração que a nossa Região conseguirexercer sobrepersonalidades relevantesnaáreanacionale internacional,nodomíniodos media, da cultura, dos negócios, das universidades, das artes, da política, da diplomacia, da diáspora, do turismo.

Paraesseefeito,entreoutrasiniciativascongéneres,aMadeiradeverealizarumgrandeeventoanualdenominado “Fórum InternacionalMadeira”, acolhendoessaspersonalidadesdasdiversasáreas para a discussão de temas relevantes do panorama internacional, com incidência noAtlântico,potenciando investimentos e recuperando uma imagem positiva da nossa Região no quadro nacional,europeueinternacional,enquantoRegiãodeexcelêncianoespaçoAtlântico.

3 - Uma Nova Sustentabilidade

3.1 - PAEF

AsituaçãoeconómicaefinanceiradaRegiãoégrave.Excessodeendividamentodosectorpúblicoeprivado,estrangulamentodas linhasdefinanciamentodasempresas,aumentoexponencialdodesemprego, diminuição do poder de compra dos cidadãos e das famílias.

Vivemoshojeumdosmaioresdesafiosdanossahistória.Háquemudardeparadigmaeincrementarnovas apostas de desenvolvimento económico nos sectores onde podemos ser mais competitivos; estabilizarasnossasfinançaspúblicas,aumentarasreceitasediminuirasdespesas.

OGovernoRegionalfoiobrigadoaassinarcomoGovernoCentraloPAEF–ProgramadeAjustamentoEconómicoeFinanceiroparaaRegião.

Fê-lonumasituaçãodefragilidadenegocialextrema,faceaumadívidapúblicaregionaldirectaeindirecta que na altura ascendia a cerca de 6 mil milhões de euros.

OcontextoemqueoPlanodeAjustamentoestáactualmentenegociadoéumbecosemsaídaparaa Região.

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Nãoépossívelprolongaraelevadíssimacargafiscalsobreasempresaseasfamíliasmadeirenses,nemépossível,poroutrolado,levandoemcontaasreceitascorrenteseastransferênciasaoabrigodaLeidasFinançasRegionais(cercade1000milhõesdeeurosano)–ARegiãosuportarosencargosdo passado, assegurar o funcionamento dos serviços públicos essenciais da sua responsabilidade – entreelesaSaúdeeaEducaçãoqueabsorvemcercade70%dadespesagarantirofuncionamentoda administração regional e os investimentos essenciais à manutenção das infraestruturas e, ainda, maisimportante,libertarasverbasnecessáriasparaarevitalizaçãodasuaeconomiaecombateaodesemprego.

Nosmoldesemqueestánegociada,aamortizaçãodoserviçodadívidapúblicavaiexigirnofuturocerca de 200 milhões/ano – e, em certos anos, um valor muito maior.

Poroutraspalavras:asreceitascorrentesdaRegiãoeastransferênciasaoabrigodaLeidasFinançasRegionaisnão são suficientesparamanter em funcionamentoos serviços ehonraro serviçodadívida Regional.

São necessárias medidas imediatas por forma a que o ciclo da dívida não estrangule a nossa margem orçamentalefinanceira,nemimpeçaanecessáriarevitalizaçãoeconómicadaRAM.

Maisconcretamentesãonecessáriosnovosprogramasderevitalizaçãoedinamizaçãodesectoresespecíficosdanossaeconomia,pois sódessamaneira teremospossibilidadesdeamédioprazogerarefeitosmultiplicadorespositivosnoemprego,nareceitafiscal,noconsumoenorendimentodas pessoas singulares e das empresas.

3.2 Competitividade e Reforço da Autonomia Fiscal Agência Regional de Investimento

Abasefiscaleaeficiênciaadministrativasãoodenominadorcomumdeumaeconomiaforteerobusta,capazdegerarcrescimentoeconómicoeemprego.

AoredefinirmosostermosdoPAEF,temosdeassegurarqueasnovascondiçõesestãoadaptadasaocrescimento da nossa economia.

Nenhum Plano pode ser considerado positivo se leva a população ao empobrecimento, ao desempregoeàdiminuiçãoexponencialdorendimentodisponíveldasfamílias.AMadeiratemderecuperaradiferenciaçãofiscal.

NãoháPlanoquepossaserconsideradoviávelseresultanoestrangulamentoecolapsofinanceirodas empresas, se lhes retira a capacidade de investimento, se lhes eclipsa as variáveis efectivas de competitividade.

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AAutonomiadaRegiãotemdeserpositivamentemarcadaporumsistemafiscalpróprioeadequadoàs circunstâncias e objectivos da população da Madeira e do Porto Santo, que evite a todo o custo ainstabilidadeeconstantealteraçãodastaxasaplicadas,originandoumduploefeitonegativonacaptaçãodeinvestimentoestrangeiroeincentivoàfixaçãodenovasempresas.

Temos de atrair novas actividades económicas para aRegião. Só o conseguiremos fazer se nostornarmos atractivos nos custos de transporte, nos custos de instalação e funcionamento de novas actividades, libertas do ónus dos custos de insularidade, nunca esquecendo as empresas locais.

A Madeira precisa de voltar a estar presente nas rotas internacionais de capital e de pessoas, sendo que, apenas com uma nova competitividade fiscal e administrativa, bem como reassumindo-secomodestinoturísticodeexcelência,poderáverinvertidaasuasituaçãoeconómica.

Sócomafluxosde investimentoexterno,permitindoumamaior rotaçãodosnegócios sedeadosna Região é que todo o investimento em acessibilidades, equipamentos públicos e investimento privado,poderáterretorno,sendodaídestiladaareceitafiscalquepermitaaauto-sustentabilidadeda Região em matéria orçamental.

Háquenegociarcomopodercentral,maiorautonomiafiscaleadministrativa,porformaapermitirqueaRegiãopossaadministrarosseusinstrumentosdepolíticaeconómicadeformamaiseficiente,bemcomogarantiracaptaçãodeinvestimentoexterno,quersejaviaTurismoquersejaempresençamaisduradoura,comoassegundasresidênciasenaadopçãodo“rullingfiscal”edoestatutodealtorendimentoparaosestrangeirosealargarosbenefíciosjáexistentesequejáexistiramparaanossacomunidadeemigrante,porformaarestaurarasrotasfinanceirasqueforamdeslocadasparaoutrasparagens.

ARegiãotemdeassumir-secomoumdestinodeconcorrênciafiscaletambémdecompetitividadefiscal.

Deverãoseralargadososbenefíciosfiscaisparaasempresasnasuageneralidade,considerandoe avaliando a criação de postos de trabalho, empregabilidade de jovens entre outros factores, de formaacriarummercadoatractivoegeradordereceitafiscal.

Para enfrentar os novos desafios da economia globalizada e reforçar e diversificar as bases daeconomiaregionaldefendemos–aproveitandoosquadroserecursosexistentesnaAdministraçãoPública Regional – a criação de uma Agência Regional de Investimento (ARI- MAD).

AAgência serávocacionadaparapromovera imagemdaMadeiracom iniciativascriadorasdevalorparaanossaRegião,captarinvestimentoestruturantenoexteriordonossoterritóriofazendoo seu posterior encaminhamento, acompanhamento e sugerindo as melhores condições para a sua

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fixaçãonaRAM;prestarserviçosdesuporteeaconselhamentosobreamelhorformadeabordaromercadonacionaleinternacional, identificandooportunidadesdenegócioseacompanhandoosprocessosdeinternacionalizaçãodasempresasregionais.

3.3 Gestão Orçamental e Rigor na Afectação dos Recursos

O PSD/M tem de abrir um novo ciclo de rigor na afectação dos recursos públicos.

A política de gestão orçamental não pode – nem deve – dispensar a necessidade de melhorar a preparaçãodosorçamentoseplanosregionais,garantindoumaracionalizaçãocriteriosadegastos,umasupressãodefinitivadasdespesassupérfluasenãoprioritáriaseumaavaliaçãodoimpactodadespesa pública e do seu efeito multiplicador na nossa economia.

Esta perspectiva reformista e rigorosa da gestão e planeamento das Finanças Públicas deve sertransversal a toda a Administração Regional e Local, e certamente libertará meios e recursos para podermoscontinuaraprogredirnofuturocommaiorestabilidadeeconfiança.

O PSD/M terá de, igualmente, assegurar a necessidade de maximizar os recursos e os meiosdisponíveis na assumpção dos compromissos existentes junto das empresas e demais entidadesrelacionadas com a Administração Regional e Local.

Nãoépossívelcontinuar,nestedomínio,avivernumclimadeincertezaedeindefinição.

Acresce, no médio prazo, a necessidade de reflectir com os parceiros sociais e de reverselectivamente o sistema de incentivos e apoios públicos, levando em linha de conta as mudanças sociais e económicas que entretanto ocorreram e os objectivos estruturais que foram – ou não foram –concretizados.

Nosentidoaindadaconsolidaçãorigorosadasfinançaspúblicasepor formaaqueo futurodaRegiãonãofiqueemqualquercircunstânciacomprometido,éfulcralrevereclarificar,semprenadefesa do interesse público, os sectores em que se devem manter as parcerias público-privadas, com umaverdadeirapartilhaderiscos,-reestruturando,modernizando-,erentabilizando,quandosejustifique,osactivospúblicos.

Considerar,ainda,queadespesapúblicadeveráprivilegiaradinamizaçãodaspolíticasactivasdoaumento da base produtiva regional e fomentar o desenvolvimento e promoção dos sectores de maior valor acrescentado na área do turismo, serviços e novas tecnologias.

Nesse sentido é importante o estabelecimento de parcerias estratégicas entre o Sector Público, o Sector Privado e a Universidade da Madeira, no domínio da investigação e da inovação.

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Será necessário também incrementar o papel e a importância da informação estatística na RAM, concedendoamaiorindependência,qualidadeevaliatécnicaàEstatísticadaMadeira,deformaa privilegiar a qualidade e isenção da produção e análise dos dados estatísticos. Todos os serviços públicos, empresas e cidadãos, devem interagir e ter acesso a toda a informação divulgada e colaborarcomarecolhade informaçãoestatística,demaneiraa torna-lacadavezmaisfiáveleutilizada.

Anossadimensãoea formacomoestamosepodemosviraestarorganizadospossibilitaaindao aperfeiçoamento de medidas que conduzam a uma maior eficiência dos serviços públicosregionais, por via da coordenação/articulação e motivação dos nossos funcionários, visando uma economia de recursos e uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. Para além dos ganhos internos, esta ideia de dotar os nossos serviços da administração pública de uma cultura constante de“Excelência”,constituiráuma“bandeira”deafirmaçãoexternadanossaRegiãoAutónoma.

4 - Uma Nova Estratégia

Nomundo contemporâneo, extremamente competitivo, asNações, os Estados e as Regiões, sópodem ter sucesso se souberem para onde querem ir.

Para que isso aconteça é preciso ter uma estratégia.

Eessaestratégiatemdeestarassentenadefinição–eclarificação–depolíticascomobjectivosdemédioelongoprazo.

Existenonossouniversopolíticoumaausênciadeumpensamentoestratégicoe,porconsequência,a falta de uma visão sobre o nosso futuro comum.

Temos dificuldades em nos apercebermos das grandesmudanças que nos chegam por vida damundializaçãodaseconomias.

HesitamosquantoànecessidadedeumanovavisãoestratégicaparaaMadeirafaceàstransformaçõesditadaspelaglobalização.

Continuamos sem uma ideia clara do caminho que devemos percorrer para alcançarmos os níveis elevados de desenvolvimento económico, social e cultural a que todos aspiramos.

Nosúltimosanos,naMadeira,acrisefinanceirade2008constituiuajustificaçãooficialparaalgunsdoserrospolíticoscometidos,paraoestadode“não-solução”emquevivemose,sobretudo,paranãosepensaramédioealongoprazonosdesafiosqueanossaRegiãoenfrenta.

O diagnóstico está feito. E não há volta a dar.

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Mas para minha surpresa, continua a haver quem continue a defender os caminhos que nos conduziramatéàcomplicadasituaçãoemquenosencontramos.

E quem continue a acreditar que os outros – o Estado, os Contribuintes, a UE – resolverão os nossosproblemaseassegurarãosempreosmeiosfinanceirosàmedidadasnossasnecessidadeseexpectativas.

Tal já não é possível. Nem viável.

Os Madeirenses e Portosantenses precisam urgentemente de se unir em torno de uma estratégia para ultrapassaremaactualcriseeperceberemqueépossívelfazermaise,principalmente,fazermuitomelhor pela Madeira, com uma visão adequada aos tempos que vivemos.

Com uma estratégia clara e coerente a Madeira tem solução!

4.1. A Madeira e a Bacia do Atlântico

Éprioritáriogarantirasustentabilidadeeconómica,financeiraesocialdaRegião.

Paraquetalaconteça,aMadeiratemdeobterganhosdeescalanoexterior.

Historicamente,ganhamossempregrandesvantagensquandonosviramosparaoexterior:ciclodoaçúcar,ciclodovinho,indústriaturística,adesãoàUE,CentroInternacionaldeNegócios,diáspora… - e regredimos quando nos isolámos na nossa pequena dimensão.

No futuro temos de conquistar os mercados e territórios para além das nossas fonteiras físicas. É esta aúnicamaneiradecontornarmosonossoisolamentoeausênciadeescala.

Estamos atentos às alterações geopolíticas que estão a ocorrer a nível mundial é uma prioridade inquestionável.

NospróximosanosoAtlânticoseráazonademaiorintercâmbiocomercialeenergéticodoplaneta,enestaconjuntura,atépeloseuposicionamentogeográficoanossaRegiãopoderádesempenharumpapel central – enãoultraperiférico, comoatéhápouco tempo–nacaptaçãodefluxodepessoas,empresasecapitaisinternacionaisqueforçosamenteirãoentrecruzar-senestanovaáreaestratégica do mundo.

MorrisWestafirmouque“Ageografiaéadeterminanteprimáriadonossodestino”.AposiçãogeográficadaMadeiravaiserumrecursodeterminantenoséculoXXI.

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ComaampliaçãodocanaldoPanamá,oAcordoComercialEUA-UE,quecriaráamaiorzonadecomérciolivredoplaneta,oprojectoferroviáriochinêsdeligarasduasmargensdaColômbia(doPacíficoaoAtlântico)ereemergênciadoAtlânticocomoprovínciaenergética,aMadeira,RegiãoAutónomadevidamenteinfraestruturada,eposicionadanumazonanevrálgicadasrotascomerciaise da energia que ligam a Europa aos EUA, à África e à América do Sul, tem obrigatoriamente de ocupar um papel central e estruturante no novo Sistema Atlântico que se está a desenhar, estabelecendo novas parcerias estratégicas e assumindo o seu papel como plataforma para novas funções no comércio interatlântico e internacional.

4.2. Acordo Comercial UE – EUA

O Tratado Transatlântico que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos que acarreta a eliminação de um grande número de direitos aduaneiros e de um conjunto alargado de regraseregulamentaçõessupérfluas,temavercommetadedoPIBe40%docomérciomundial.

OchamadoTTIP(AcordodeParceriaTransatlânticadeComércioeInvestimentoentreaUEeosEUA) visa estimular o crescimento do emprego nos dois continentes, criando amaior zona decomércio livre do mundo. Este acordo dever proporcionar 120 mil milhões de euros por ano à economia europeia, 90 mil milhões aos Estados Unidos e até 100 mil milhões ao resto do mundo.SegundoorelatórioindependentedaBertismanFoundationaconclusãodoacordoirátrazermilhõesde euros de poupança para as empresas e criar cerce de dois milhões de empregos.

Estima-seaindaqueacadaanoumafamíliamédiaeuropeia(agregadoaté5pessoas)possaganharmaiscercade545euros,devidoaumestímulode0,5doPIBnaeconomia,ouseja,120milhõesde euros por ano, assim que o acordo esteja implementado.

Esteacordo(TTIP)estratégicoparaaMadeiraéumagrandeoportunidadesenossoubermosposicionaranívelinter-Atlânticocomoplataformainternacionalde“trade”edeserviços,poisestaremosnocentrodosgrandesfluxosdeintercâmbiocomercialentreasduasmaioreseconomiasmundiais.

4.3. A Bacia do Atlântico como Província Energética

EmtermosenergéticosoquadrogeoestratégicoqueseestáadesenharparaospróximosanoséfavorávelaumMundomuitomaisAtlântico,emclaroprejuízodarelevânciaestratégicadoMédioOrienteenquantozonafulcraldeabastecimentoenergéticodoocidente,desdeofimdaSegundaGrande Guerra Mundial.

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A revolução do “Shale gas” (gás de xisto) nos Estados Unidos transformou este país nomaiorprodutormundial,dinamizouaeconomiaamericanaqueestádenovoemaceleradoprocessodeindustrializaçãocomasubstituiçãodascentraisdecarvão.OspreçosdogásnosEUAsão2a2,5vezesmenoresquenaEuropae4a5vezesmenoresdoquenaÁsiaoqueconfereumaenormevantagem competitiva à economia americana. Acresce o aumento exponencial da capacidadedeextraçãopetrolíferaquerdosEstadosUnidosquerdasnovaspotênciasemergentes-México,Colômbia, Brasil -, para se perceber que as circunstâncias estão amudarmuito rapidamente eque a Europa tem de inverter a sua debilidade geopolítica em termos energéticos, encontrando alternativasfiáveisaogásrussoediversificandoosseuspontosdeabastecimento,designadamentenaBaciaAtlântica,potenciando,porexemplo,aPenínsulaIbéricacomoplataformaderecepçãodegásnaturalliquefeito(LNG),tendoemvistaumdesejadoeesperadomercadoúnicodeenergiaa nível europeu.

Por outro lado, o Oceano Atlântico está a ressurgir com uma espantosa sucessão de descobertas na áreadopetróleoegásquevãomudaroséculoXXI:noGolfodoMéxico,nooffshoredasGuianasfrancesa e holandesa, no deep offshore do Brasil e no outro lado do Atlântico, no Golfo da Guiné, no offshore do Gana, no delta do Niger, no deep offshore de Angola.

Oimpactodestareemergênciacomonovocentroenergéticoémuitoimportante:91porcentodasreservasdepetróleo localizadasnooffshorenomundoestãonoOceanoAtlântico.Aproduçãodeep offshoreé,atualmente,cercade8milhõesdebarris/diaoquerepresentacercadedezporcentodaproduçãomundial.Masatendênciaéparacrescer.Até2000existiamapenascercade40camposdepetróleoemproduçãonomundonooffshorecomlâminasdeáguademaisde500metros,hojeexistemmais160campos,quatrovezesmaisemapenasdozeanos.

OOceanoAtlânticoseránofuturoumaplataformacrucialparaofluxodematérias-primasedaenergia.

Pelo seu posicionamento geográfico, qualidade das suas infraestruturas, potencial do CentroInternacional de Negócios e atractividade fiscal, a Madeira deve afirmar-se como um centroprivilegiado e cosmopolita de “trade” internacional, captando para o seu território as grandesempresase“Players”dosnegóciosinternacionaisdaenergiaeambiente.Deve,simultaneamente,potenciareestreitarassuasrelaçõescomCaboVerde(ZEE:734.265Km2), São Tomé e Príncipe (ZEE: 125.891 Km2), Açores e Canárias -, concertando estratégias comuns para a salvaguarda dos interesses das ilhas numa nova conjuntura onde a Rota do Atlântico passa a ter de novo uma importância crucial para a prosperidade do mundo ocidental.

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4.4. Parcerias Estratégicas Confederação das Câmaras de Comércio das Ilhas Atlânticas

É no Novo Sistema Atlântico que a Madeira tem uma centralidade inquestionável, um papel e uma função estratégica muito importante a desempenhar.

Considerando os fortes sinais do retorno dos recursos do crescimento para o Oceano Atlântico, écrucialaMadeiraocuparumafunçãodinâmicaeproactivanesta“novaconfiguração”,tirandopartido da sua evidente posição geo-estratégica e da possibilidade de estabelecer uma rede de relações e parcerias com os arquipélagos Atlânticos.

Esse reforço das relações e parcerias, em sentido mais estratégico e instrumental, acrescentaria maior escala ao papel internacional e global dos arquipélagos atlânticos no futuro, uma maior atenção à importância dos seus espaços terrestres, aéreos e marítimos combinados, e evidenciaria a vocação da nossa Região Autónoma da Madeira como pólo e plataforma para várias funções no comércio interatlântico e internacional.

O reforço das relações da Madeira com os Açores, no quadro das regiões autónomas portuguesas, e comasCanárias,noquadrodaCimeiraIbéricaedaUniãoEuropeia,bemcomocomCaboVerde,reconfigurando o estatuto de Parceria Especial com aUnião Europeia e densificando a RegiãoMacaronésia; comSãoToméePríncipee comaGuinéEquatorial (na suacomponente insular)reforçandoaspertençasàCPLP–noâmbitodeacçõeseparceriasconfiáveiseseguras,permitiriaà Madeira ocupar uma posição estruturante no novo sistema em que as relações Norte/Sul e Sul/Sul seintensificam.

SeolharmosparaoqueseráoAtlânticonapróximadécada,veremosquepelocrescimentodaseconomiasasduasmargens,queraNorte,queraSul,epelofluxocrescenteenergético/petrolífero/e de capitais neste espaço estratégico, não podemos ignorar o papel do Golfo da Guiné, Guiné Equatorial, SãoToméePríncipe,Angola eBrasil na reconfiguraçãoeconómicae comercialdosarquipélagos Atlânticos no futuro.

AMadeiratemdeapostaremnovossectores,aptosacaptarcapitais–nomeadamente,financeirosebancárioseconsolidaraatractividadedoCINM,transformando-senumaplataformadeprestaçãode serviços internacionais, contando para isso com os acordos e parcerias estratégicas especiais que necessita de estabelecer com os outros arquipélagos atlânticos.

Aproveitando esta dinâmica para atrair novos investidores e operadores e as relações especiais e acordos a estabelecer com os outros arquipélagos, a Madeira deverá albergar no futuro a Confederação das Câmaras de Comércio das Ilhas Atlânticas (considerando estas no seu corebusiness: a da Madeira, dos Açores, das Canárias, de São Tomé e Príncipe, da Guiné Equatorial, em sua dimensão insular) bem como outras a elas associadas.

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Esta Confederação, ao permitir instalar novas cadeias de valor e agregação de vantagens competitivas, teriaumpapelactivonadinamizaçãoemediçãodenegócios,fazendoemergir,apartirdaMadeira,uma nova escala interatlântica.

5 A Importância do CINM

Apesar de, nos últimos anos, incompreensivelmente, ter reduzido por diversas vezes as suascondições competitivas relativamente às praças concorrentes, O CINM gerou no ano passado uma verba de 123 milhões de euros de receitas fiscais para os cofres da Região.

Representou 12% do investimento estrangeiro em Portugal em 2013. Tinha 1640 empresas registadas (das quais 50 na ZFI). Contava ainda com 263 empresas registadas no MAR (Registo Internacional de Navios). Proporcionava emprego directo a 2.929 pessoas (das quais 616 na ZFI).

SeoCINMtivessefuncionadodesdeasuacriação–hámaisde20anos–numalógicadeatractividadeeestabilidadefiscal, é lógicopensarqueestaríamoshojecomuma receitafiscal superior amil milhões de euros e mais de 20.000 empresas registadas.

Todavia, nunca é tarde de mais para emendar os erros cometidos.

IndependentementedanecessidadedeserepensaroactualmodelodegestãodoCINM,oreforçodaAutonomiaFiscaldaRegiãoseráuminstrumentodecisivoparaaumentaropotencialdecrescimentodoCINMnacaptaçãodeinvestimentoestrangeiro,nainternacionalizaçãodasempresasnacionaiseeuropeias,noaumentoexponencialdasreceitasfiscaisefectivasenocrescimentodoempregoqualificadoebemremuneradonaRegião.

E, na verdade, num território exíguo, destituído de recursos, afastado de grandes centros, sempossibilidadesdecriarescala,ecomcustosdecontextoincontornáveisnasuabaseprodutiva,oCINMpoderáassumirumdesempenhonotávelnasupressãodasdesvantagensendógenasdanossaultraperiferia.

OCINMéosectorcommaiorcapacidadeparaatrairinvestimentoqualificadonanossaRegião,reforçando assim a sua importância na nossa sociedade, que deverá olhar para o CINM comoum agente determinante no nosso desenvolvimento económico e social e não apenas como um instrumentofiscal. É fundamentalqueopapeldoCINM tenhacomoprincipaldefensoropovomadeirense e não apenas os seus accionistas.

ÉurgenteporissoconcentraradiscussãodoCINM–eanecessidadedereforçodosseuscomponentesdeatractividade–numplanodeprioritáriointeressenacional,fazendoqueestesejaconhecidoeentendido como um instrumento decisivo para a internacionalização das empresas e entidades

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financeiras portuguesas e europeias e, sobretudo, enquanto plataforma estratégica da crescenteexpansãoepenetraçãodestasidentidadesnosmercadosemergentesdaÁfricaedaAméricaLatina,bemcomojuntodanossacomunidadelusanoexterior.

Afimdemelhorenfrentarosdesafioscolocadospelaglobalizaçãoecompetitividaderesultante,PortugalnecessitadedinamizaredeaprofundarasrelaçõeseconómicasecomerciaisnoAtlânticoSul, não só no espaço Lusófono – Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé – mas também na bacia do Mediterrâneo, em geral, e no Magrebe, em particular, – nos últimos anos várias foram as empresas nacionais que adquiriram posições nas economias magrebinas – no Golfo daGuiné e ainda nos países daAmérica do Sul –Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Chile,Argentina, Panamá – comquem temos vindo a assumir, de forma exponencial, novas parceriaseconómicas e novas oportunidades de negócio.

OCINM,dadooseuposicionamentoestratégiconoAtlânticoSul,ofereceaoPaístodasascondiçõesde constituir uma plataforma única de internacionalização e penetração da economia nacionalnestes mercados emergentes, e é por isso necessário dotá-lo de todas as vantagens competitivas que garantam a Portugal um papel relevante na ligação entre os Países lusófonos de África, os Países do Mercosul, os Países do Magrebe e a União Europeia.

Para o efeito, é imperioso desenvolver um trabalho de consciencialização, de informação e,sobretudo,deassociaçãodoCINMdaMadeiraedassuaspotencialidadesAOSINTERESSESMAISESTRUTURANTESDADIPLOMACIAECONÓMICAEDAPOLÍTICAEXTERNAPORTUGUESA.

Actuandonessesentidojuntodosprincipaisagenteseconómicos,financeiros,sociais,mediáticoseinstitucionaisdoPaísnaobtençãodeumconsenso,quedissipedúvidasedesconfiançasinfundadas,equeaponteoCINMdaMadeiracomoinstrumentoprivilegiado,paraaconcretizaçãodosinteressesvitaisdePortugaledaMadeiranocampodainternacionalizaçãodasuaeconomiaenoreforçodasrelações multilaterais com outros Países fora da Europa.

Esteactivo–queéoCINM–devesereficazmentepromovido,utilizandotambémparaoefeitoosorganismosnacionais,comooAICEP;eoutrosinstrumentosdadiplomaciaeconómicaenofuturoéessencialasseguraraclareza,acompetitividadeeaestabilidadefiscalfaceàspraçasconcorrentes,pois só assim o CINM terá credibilidade externa e poderá garantir evidentes benefícios para oempregoqualificadoeparaaeconomianacionaleregional.

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6 Turismo: Uma Nova Estatégia

Não há sucesso no Turismo sem uma estratégica correcta e objectivos bem claros.

Éevidentequenãobastahaver“planosestratégicos”–sebemqueaconclusãodoPlanoEstratégicoPara o Turismo na nossa Região seja desde há muito uma prioridade e uma necessidade -, para que as propostas se transformem em acção concreta.

A questão central do Turismo na Madeira continua a ser, antes de mais, de natureza política: é necessário reconhecer de uma vez por todas a importância política doTurismo para a nossaeconomiainsular,aníveldacriaçãoderiqueza,emprego,desenvolvimentoeefeitosmultiplicadoresna generalidade dos sectores económicos regionais.

NãoésuficienteafirmarqueoTurismo“éimportante”ou“essencial”sem uma direcção política forte e esclarecida e um quadro adequado de recursos e competências inequívocas, que represente maior disponibilidade de verbas para a promoção e para a concertação de atractividades, que possa servir para melhor conhecer as dinâmicas internacionais, mercados concorrentes e as alterações comportamentais dos turistas; que possa contribuir para alavancar os organismos aptos a disponibilizar em permanência a informação (graus de satisfação, gostos, gastos, tendências); que possa credibilizar e reforçar a relação permanente com empresários e as associações representativas do sector.

Por outras palavras: sem vontade e determinação política é impossível aplicar uma estratégia e políticas coerentes para revitalizar o Turismo na nossa Região Autónoma.

Temosdemudarderumo.Eabandonarapolíticaderemendosede“autocontentamento”quepodelevaràdecadênciairreversíveldaMadeiracomodestinoturístico.

O Turismo, sendo um sector prioritário e estruturante da futura acção governativa, tem de ser visto como transversal a todos os outros sectores.

Éprecisodefinirumaestratégiacorrecta,rasgarnovoshorizontes,mobilizarenergiascapazesderecuperardeficiênciaseatrasoseresponderaosdesafiosquejáaíestão.

Éprioritárioestabelecerobjectivosdemédioelongoprazo,osquaisdevememergirdaconclusãodo Plano Estratégico para o turismo.

O Plano deve ser objecto de um compromisso alargado, envolvendo todos os agentes interventores naindústria,eteremvistaarequalificação,consolidaçãoemelhoriasubstancialdanossaofertaturística.

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Épossível identificarhojeváriossinaisdeestagnaçãono fenómenoturísticodaRegião,quesãorecorrentes nos destinos em fase de maturidade.

No caso concreto daMadeira – e não vale a pena iludir a questão – isso traduz-se na grandedependênciafaceaumnúmerorestritodemercados,àfaltadeprocurafaceàcapacidadeinstalada,àdescidaderendimentomédioporquartodisponível(REVPAR);aodecréscimodeproveitosanuais,dahotelariaedormidas,emtaxasdecrescimentoeindicadoresdedesempenhoerráticos,emperdageneralizadadecompetitividade.

O Plano deve corresponder a um compromisso alargado e com a participação de todos os agentes queintervêmnosector.

É obrigatório o envolvimento do sector público e privado.

O consenso deverá resultar num documento orientador, com enfoque nas questões intrínsecas ao próprio sector e de todas as outras que participam no produto Madeira.

Háqueconsiderarmatériasquevãodesdeoordenamentoeplaneamentodoterritório,ambientee políticas de dinamização económica, até aos compromissos mais específicos emmatéria decomunicação.

Devesersubscritoportodoseatodosresponsabilizar,identificandoasáreasdecadaum(privados,por sub-sector de actividade, e público, por sub-actividade inerente, promoção e animação).Indicarosgrandesobjectivosaassumir.

Objectivo estratégico: Melhorar o desempenho do Turismo, de modo a incrementar a performance dos diversos sectores, públicos e privados, como transportes, alojamento, restauração, comércio e animação turística, contribuindo-se, assim, para o desenvolvimento da RAM, logo, para a melhoria das condições de vida dos locais em paralelo com o aumento de satisfação dos turistas que nos visitam.

ObjectivosInstrumentais:

- Qualificar o produto - Estimular a procura

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Qualificar o produto

Um turista satisfeito gasta mais, repete e promove referências positivas sobre destino junto de novos turistas

1. Definir, com exactidão, o produto âncora e produtos complementares, com base no queos nossos clientes percepcionam e valorizam em nós e não naquilo que achamos melhor. Tendo por linha mestra o sublinhar das nossas especificidades, das idiossincrasias, dos nossosatributos, acompanhando, contudo, os sinais dos tempos, diminuindo a volatilidade e ganhando consistência,paraquehajaconsensoeapropriação,imediatoevoluntário,portodososstakeholders.Umprodutoquepermita,emsegurança,usufruirdanatureza,masque,simultaneamente,estejaassente no bem estar e na satisfação dos turistas, promovendo o contacto com a história, a cultura e a gastronomia da Madeira.

2.Melhoraraqualidadedasnossasunidadeshoteleirasparafazerfaceanovos,melhoresemaissofisticadosprodutosexistentesemdestinosconcorrentes,atravésde:

a) Incentivosàrequalificaçãoinfra-estruturaldasunidadesexistentes;b) Incentivosàrequalificaçãodopessoal;c) Incentivosàsustentabilidadeambientaldasunidadeshoteleiras;d) Prémios à inovação de case studies que adoptem de práticas de gestão avançadas.e) Incentivosàsnovastecnologias.(notapessoal:todososhoteisdeveriamdisponibilizarinternet

gratuitanosquartos,porexemplo)

3. Fomentarcalendárioapelativodeeventos,paraqueoturista tenhamomentosdesatisfaçãoedescontraçãodurantetodooanoe,especialmente,naépocabaixa.Deve promover-se as tradições revelando a autenticidade e genuinidade das mesmas e a força cultural que encerram.Exemplos:Introduçãodo“MêsdaFesta”,prolongamentoda“Festa daFlor”porváriassemanas.Nestecontexto,nãofazsentidoimportarprodutosquenadatêmaverconnosco.

4. Acrescentarvaloreapresentarofertasdiferenciadas,adaptando-seàsnovastendênciasdosturistasealinhando-secomassuasnovasnecessidades.Oturistadeixoudesepreocuparexclusivamentecom a componente “dormida”.Quer experiências. Inesquecíveis ememoráveis. Permitir-lhes oacesso a algo único para o qual está disposto a pagar um prémio.

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Exemplos:

a) EnjoytheFunchalLifestyle.Livelikealocal.Temos de ajudar os turistas a verem as nossas cores, a sentirem os nossos cheiros.

b) Envolvimento do turista no nosso dia a dia. Doingwithus.Cookingatkitchen.Eating at Cantina. Gardening with us.

c) Criação de eventos próprios pelas unidades hoteleiras.d) ReinventarF&B.Maissofisticação,maisinter-accçãocomcliente,nãonecessariamente,menos

autenticidade e tradição.e) PREMIO–VIDEOAMADOR-BeyourselfinMadeiraIsland

Estimular a procura

Sobretudo no Inverno e shoulders de Verão. Diminuição de sazonalidade

1. Apostafortenasplataformasdigitaiseredessociais.Maisbarato,maiscélereemaiseficaz.

2. Sendoosmeiosexíguos,apromoçãodeveserdirigida,essencialmente,aosmercados/segmentoschaves,commelhorROI,desfocandodemercados/segmentosnãorelevantesepoucopromissores.Atrairnosmercadosconsolidados(quecontinuampromissores)turistasqueaindanãovêm.

3.Modelo de distribuição diversificado, diminuindo-se, gradualmente, dominância da touroperação.

4. Incentivosacompanhiasaéreasparanovasrotas.PaidperTraveller.Partilhaderiscoentrepúblicoe privado.

5.Fazercross-sellingcomcruzeiros.Aproveitarpara,deumaformapoucoonerosa,promoveraMadeirajuntodos500.000turistasquecáchegampormar,sobretudo,noInverno.

Factores críticos de sucesso para qualificação do produto e estímulo à procura

- AdopçãocríticadoEstudoEstratégicoparaoTurismo,realizadopelaACIF;

- Transposiçãoparadiploma regional (POTeoutros)das linhasmestrasdefinidasnesseestudoestratégico;

- Incrementodocomprometimentodoorçamentoregionalparaapromoçãodosectornãopodecontinuaraseromesmo.Hojerondaunsridículospoucomaisde0,5eurosporroom night. É necessárioumaumentosignificativo.

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- Concentraçãodapromoçãonumaúnicaentidade.Financiamentopúblico-privado.Comequipadeprofissionais.Queteriadegerirorçamento.Eventualmentepaidbyperformance.

- Definiçãopública/provadadeobjectivosclaroseprecisos,anualmente,emtermosdeindicadoresestratégicos, tácticos e operacionais.

- Tornarmaiscélereapublicitaçãodainformaçãoestatística–Inadmissívelqueapenasseconheçamdadosdoturismoemesmoassim,semseremexaustivos,maisdedoismesesdepoisdosfactos.

- Completude da informação estatística – Agregar dados do alojamento local para gerar massa crítica.Falar-se-ia,hoje,em33.000camasemvezde29.000eemquase6.000.000milhõesdedormidasemvezde5.200.000.

- Imporutilizaçãodeferramentasdemonitorização(ROI).Seinvestimosnestemercado,qualéoretorno? Se investimos neste mercado hoje, quando é que temos primeiros sinais de retorno? Para poder tomar decisões, ajustar acções táticas. Não navegar à vista.

- Desburocratização,redução/eliminaçãodecustosdecontexto.Queapenascriamentropias.Oempresário deverá estar preocupado em adicionar valor, não com questões laterais.

- Adaptação da lei dos empreendimentos turísticos às especificidades regionais (exiguidadeterritorial,orografia,clima,etc.).Construirumhotelepô-loafuncionarnaCovilhãnãoéigualafazê-lonaMadeira.

- Envolvimento da Universidade. Quer na preparação de dados mensais/anuais sobre o turismo. Quer na preparação e realização de inquéritos, para analisar de tendências, percepções,demandas,satisfaçãodoturista,etc.Potencianascimentodeumageraçãocommaiorapetênciapara questões relacionadas com turismo.

- Universidade.Factoressencialdedesenvolvimento.Nãoigualatantasoutras.Criaçãodecursos,mestradosedoutoramentosdeturismo.Irbuscarosmelhoresàsmelhoresuniversidades.Criarcluster universitário de relevo mundial. Parcerias com Cornell, Glion, Lausanne, Marbella, entre outras.Universidadeinsitu.Noshotéis,comoformadeesbatersazonalidade.

- Incentivar,juntodebancosefundosdeinvestimentoimobiliário,aconclusãodeactivoscomconstrução suspensa e inacabada, para gestão por hoteleiros regionais, para criarem dimensão, sinergias, massa critica e poderem competir, com maior a vontade, num mercado que é, concorrencial, à escala global.

- Cativarpotenciaisinvestidoresexternos.

- Investimentosnaqualidadeurbana,ambientaleturística.Exemplos:melhoriadasinfra-estruturasparapráticadeactividadesdenatureza.

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7 - Transportes: Uma Prioridade

Os transportes aéreos, marítimos e terrestres devem de ser encarados pelo PSD/Madeira como prioritários de modo a garantir a verdadeira mobilidade de pessoas e bens e a competitividade da economia madeirense.

É urgente a implementação de uma novapolíticadetransportesquesejacapazdereduzirocustodostransportesdeformageneralizada,quersejanotransporteaéreoquersejanotransportemarítimo.

Transportes Aéreos

É necessário revertodooprocessodeliberalizaçãodalinhaaéreaentreoContinenteeaMadeiraassegurando tarifas aéreas mais económicas para todos os residentes, em especial para estudantes e doentes.

Esta revisão deve incluir uma revisão do subsídio social de mobilidade, equiparando as duas Regiões Autónomas(MadeiraeAçores)nomododecomparticipaçãoporpartedoEstadocomogarantedoPrincipiodeContinuidadeTerritorial,assegurandoumpreçomáximoporviagemmaisacessívelapagar pelos madeirenses.

Em simultâneo, o Estado deve garantir o cumprimento das obrigações de serviço público em especial,noprocessodeprivatizaçãodaTAP.

É imperativo implementar uma política de redução de taxas aeroportuárias, nomeadamente noaeroportodaMadeiraedoPortoSanto,poistaxasmaisbaixasresultamnumamaioratratividadedodestinoMadeira,favorecendomaiorconcorrêncianaslinhasaéreas.

Emsimultâneo,deveserdesenvolvidonovasmedidasparaatrairummixdeoperadores(charters,lo-cost e voos regulares) de modo a obter um equilíbrio entre todos, numa política win-win, criando umnovomodelodepagamentoaosoperadoresquetrazemturistasàMadeira.

Transporte de Mercadorias Para a Madeira

Nadajustificaospreçospraticados–osmaisaltosdoPaís.Éessencialbaixá-lossubstancialmentedevidoaoefeitodevastadorqueosmesmostêmnanossapequenaeconomia.

É evidente que este “dossier” deve ser reaberto, discutido com toda a transparência, eindependentemente dos interesses em jogo – Operador, APRAM, Rendas TUP (Taxas de UsoPortuário),Armadores,etc.-,devemsertomadasrapidamenteasdecisõesnecessáriasparabeneficiar

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os principais interessados; a população da nossa Terra e a economia da nossa Região, que não pode continuar a ser condicionada na sua capacidade de exportar e importar os bens que necessitadevido aos altos preços do transporte marítimo de mercadorias.

Transporte Marítimo de Passageiros e Carga Agregada

A Região deve atrair operadores para introduzir de novo uma linha de ligaçãomarítima entreaRegiãoeoContinente, tipo ferry,compossibilidadede ligaçãoaoutrosportos (Canárias,porexemplo)combinandopassageirosecargaagregada,poiséumaalternativaestratégicadeligaçãodaMadeiraaoexteriorevitandoadependênciaexclusivaaotransporteaéreo.Acresce a necessidade de considerar a atribuição de um subsídio de mobilidade ao transporte marítimo de passageiros como um incentivo adicional à procura deste meio de transporte face ao transporte aéreo.

O Transporte Marítimo e Aéreo Para o Porto Santo

O Porto Santo sofre do persistente problema do elevado custo dos transportes marítimos e aéreos, com efeitos nefastos na sua pequena economia dada a exígua dimensão do seu mercado, eindependentemente das suas atractividades naturais e turísticas. É essencial garantir acessibilidades frequentesebaratas,aresidentes,madeirenseseturistas,comefeitosmultiplicadoresnadinamizaçãoda sua economia e emprego. A solução passa – dada a impossibilidade do mercado resolver a situação – pela atribuição de uma subsídio directo ao passageiro – seja por via marítima ou aérea -, subsídio esse, que a Região recupera de forma directa e indirecta, quer através dos impostos – por exemplo,IVAnosgastosdovisitantenocomércioourestauraçãolocal-,quernocrescimentodocomércio,empregoeturismonaIlha.

8 - Saúde

O Serviço Regional de Saúde é um património conquistado com o esforço de todos e com a competênciatécnicadosprofissionaisdosector.

AsrestriçõesfinanceirasnãopodemtolheraurgênciadeserenovaropensamentoestratégicoparaoSistemaRegionaldeSaúdedeformaplaneadaacurto,médioealongoprazo,visandosempreosmelhores resultados.

Rejeitamos as políticas de saúde imediatistas e demagógicas.

Defendemos um modelo misto, onde se cria um sinergismo útil para o doente, entre os sectores públicoeprivado,éomaiseficaz,financeiramenteomaissustentáveleondetodososindicadoresconhecidosfavorecemestaopção.Exactamenteporissomesmo,éomaisadoptado.

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O Sistema Regional de Saúde deverá continuar a ser constituído por um sector público, um sector de iniciativa privada empresarial e um sector social não lucrativo.

Naorganizaçãodeste sistema, compete ao governodaRegião garantir o serviçopúblico comopilar central do Sistemade Saúde, disponibilizandoosmeiosnecessários paraobome regularfuncionamentodoServiçoeasuagestãoeficaz.

Como parte integrante e desejada do Sistema Regional de Saúde, o sector privado deverá estar disponível para ter uma outra dimensão, assumindo-se como estrutura complementar ou mesmo supletiva, através de uma relação transparente com o sector público.

Esserelacionamentotransparentepressupõeumregimedecontratualização,nomeadamentenovosacordos ou novas convenções de interesse público, aberta a todos os agentes que aceitem as condições propostas e devidamente auditado para não suscitar dúvidas.

O sector social não lucrativo deve ser considerado um parceiro obrigatório do Sistema Regional de Saúde.

EstesectorsocialdevecontarcomoapoiodasociedadecivileoincentivodaRegião.Funcionade forma articulada com o Serviço Regional de Saúde e com o sector privado, permitindo que o SistemaRegionalsejamaisabrangente,eficazehumano.

O Serviço Regional de Saúde intervém na sua dimensão operacional como prestador público decuidadosde saúde,atravésde trêsestruturascomcaracterísticas,meiose saberesdiferentes,quegarantem,deformaarticulada,oscuidadosdesaúde:cuidadosprimários(centrosdesaúde),cuidadosdiferenciados(hospitais)ecuidadoscontinuados(apoiopós-hospitalar).

Agestãoarticuladadestastrêsestruturas,pública,privadaesocialnãolucrativa,seráasseguradapor um único gabinete de decisão superior e dispondo de um orçamento comum.

Aestegabinetecaberáaindaagestãodoprocessodecontratualizaçãocomosectorprivadoecomo sector social.

Comestemodelo,oPSD/Massumeclaramenteocompromissodeatingirtrêsobjectivos:

Melhorar a equidade: Todos os cidadãos devem ter acesso, em tempo útil, a um conjunto de cuidados desaúdeondeaqualidadeeasegurançadevemsermáximas,apenasemfunçãodasuasituaçãoclínica e independentemente da sua situação social e económica.

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Aperfeiçoar a eficiência técnica: Assegurar a máxima rentabilidade dos recursos existentes,referenciarevalorizaros resultadosemdetrimentodosprocessos,obterasatisfaçãodosutentesa customínimo, incluindo a possibilidade de recurso a resultados de exames complementaresde diagnóstico já efetuados pelos doentes, seja do sector público ou do privado, para permitir poupançaseevitarrepetiçõescomprejuízosparatodasaspartes.

Promoveraeficiênciaeconómica:Utilizarosmecanismosnecessáriosparalimitaradespesadosectorpúblicoenosectorprivado,controlarouregularaprocuraexcessiva,atravésdacontratualização.Ocompromissoentreumaracionalizaçãológicademeiosreduzidoseumasensibilidadesocial,será sempre uma preocupação incontornável nas nossas opções.

Vivemostemposdurosecomplexos.

Énossaconvicçãoqueomodeloquedefendemoséoquesatisfazoslegítimosanseiosdaspopulaçõesedosprofissionaisdesaúde,melhoraaeficáciadoscuidadosdesaúdeprestados,recusaaofertamonopolista,promoveaalternativadoserviçoprivadoempresarialevalorizaasinstituiçõessociaisnão lucrativas.

Ummodelo assente na racionalização dos recursos existentes e no controlo das despesas. Norigoretransparênciadeumaboagestãodosrecursosfinanceiros,técnicosehumanos,noqualogoverno possa assumir gradualmente, para além da sua função prestadora, uma função reguladora efiscalizadoradaintervençãoprivada.

Asaúdeéumamatériasensívelecomplexa.

O Sistema Regional de Saúde foi uma conquista de todos os madeirenses. Não tem donos nem “chefes”iluminados.

É obrigação de todos cuidar desse património e evitar a sua degradação progressiva.

Umclimadetensãoeumrelacionamentocrispadoprovocamaquebradeconfiançadosdoentesnas instituições que prestam cuidados de saúde.

É absolutamente necessário restaurar, como prioridade, um clima de concertação entre quem governaeosprofissionaisdesaúde.

Esseclimaéessencialparaolhardefrenteofuturo.Nãoexistemverdadesabsolutas.Éporissodebom senso promover um debate sério e construtivo sobre o planeamento hospitalar que se pretende paraofuturodestaRegião,designadamenteanecessidadenofuturodeumHospital.

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ÉconsensualqueoactualhospitaldoFunchalédisfuncionaltecnicamenteelimitativodoconfortodos doentes.

O afastamento do hospital dos Marmeleiros, para além da separação física de especialidades médicas, impõe uma duplicação de recursos.

Os pareceres de peritos e técnicos credenciados são favoráveis a uma nova infraestrutura hospitalar.Verifica-sequehánestamatériaumabaseconsensualalargada,peloqueoPSD/Mdeveinscrevercomo um desígnio regional a construção futura da nova estrutura hospitalar.

Um projecto que deve ser partilhado por todas as forças políticas e acolher o apoio das instituições públicas ou privadas.

OSistemaRegionaldeSaúdeteráquesedesenvolveratravésdecincoreferênciasbasilares:melhorara equidade, aperfeiçoar a eficiência técnica, promover a eficiência económica, centralizar comracionalizaçãodemeiosegarantirasustentabilidadefinanceira.

Temosconvicçõesclarasereunimosascompetênciastécnicasquesustentamestenossopensamentoestratégico para a saúde.

Sóprecisamosdeumaoportunidadeparaorealizar.

9 - Política Social

NassociedadeseuropeiasoEstadoSocialéhojeafectadopeladescidadas taxasdenatalidade,peloaumentodaesperançadevida,peloenvelhecimentodapopulação,pelaemergênciadenovosproblemas–desempregoestrutural, endividamentoexcessivodas famílias,precariedade laboral,pobreza“envergonhada”;epelaalteraçãodarelaçãoentreoscontribuinteseosbeneficiáriosdossistemas de cobertura dos riscos sociais.

É por isso necessário garantir o melhor aproveitamento dos recursos públicos disponíveis, garantir amaioreficácianaspolíticassociaispúblicas,ediversificaratravésdeiniciativasconcertadasentrediferentes parceiros a promoção de uma sociedade mais justa e mais equitativa.

AJustiçaDistributivatemdeseligarinevitavelmenteàideiadediferenciaçãopositivaumavezquequem é mais carenciado deve ser mais apoiado, devendo o princípio da partilha justa prevalecer sobre a lógica perdulária da distribuição indiferenciada dos recursos disponíveis.

OPSD/M é, na suamatriz e na sua prática, um partido vocacionado para a justiça social e asolidariedade,entendendoqueasdesigualdades,apobrezaeaexclusãodevemsercombatidas

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atravésdepolíticassociaisdeproximidadeeficienteseinovadoras,quernoâmbitodaprevençãoquernodomíniodaprotecçãoefectivanassituaçõesderiscoedecarênciasocial.

É certo que não basta derramar dinheiro público sobre os problemas para que estes desapareçam.

Na prevenção e resolução dos problemas sociais, sobretudo no que respeita aos grupos mais vulneráveis – crianças, jovens, idosos, mulheres vítimas de violência, sem-abrigo, pobrezaenvergonhada, toxicodependentes – há que aprofundar estratégias de co-responsabilização eintervenção junto das famílias, das comunidades locais, das associações e das autarquias locais, monitorizandoeavaliandopermanentementeasuaeficáciaetipificando/melhorando,seforcasopara isso, novas respostas para os problemas que subsistem.

Neste particular, é importante reforçar o trabalho de parceria que estamos a desenvolver com as IPSSedesenvolvernovosacordosdecooperaçãocomasAutarquiasLocais.

Na promoção/gestão da rede regional de serviços e equipamentos sociais públicos e privados; na política de investimentos em infraestruturas sociais adequadas ao acolhimento de pessoas e serviços, háquecompatibilizaramelhorqualidadedosserviçoseinstalaçõescomumagestãoeficienteemuitorigorosanodispêndiodosdinheirospúblicos.

LARES E CENTROS DE DIA

A vasta rede existente na Região Autónoma, da tutela do Instituto de Segurança Social da Madeira, tem de ser mantida e reforçada sem descurar a qualidade dos serviços prestados.

10 - Educação

A história demonstra que o desenvolvimento económico e social está ligado à formação das pessoas. Semhomens emulheres escolarizados, capazesde lideraremasmudanças económicas, sociaise tecnológicas, e de promoverem o pensamento criativo, as sociedades estagnam ou entram em regressão.

Os países mais ricos e desenvolvidos são os que investiram nos cidadãos e apostaram no conhecimento. A educação – uma boa educação – é assim um factor preponderante para o crescimento económico, para combater a exclusão social e a pobreza e quebrar a transmissãointergeracional das desigualdades.

É ainda uma via importante para o reforço da cidadania e para a consolidação de uma sociedade mais equitativa e mais apta a competir na nova economia global.

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No caso particular da Madeira o investimento na educação é ainda mais importante por sermos umaRegiãoinsular,ultraperiférica,comnecessidadedecontinuarasuprirdéficesdeformaçãodopassado que ainda atingem as camadas mais envelhecidas da nossa população e com a inevitável obrigaçãodegarantiràsnovasgeraçõesumaeducaçãodeexcelênciaquelhespermitaencararcomsucessoosgrandesdesafiosdofuturoeentrarnosrankingsdasmelhoresescolasdopaís.

Asoportunidadescriam-seerecriam-selocalmente,nummundoondeaglobalizaçãoéumdadoadquirido.

A conectividade transnacional é hoje condição fundamental para a educação, e é prioritária para aevoluçãodasnossascrianças,jovenseadultosbemcomoparaacriaçãoderiquezaebem-estar.Nãocompreenderaglobalizaçãoéperderàpartidaparaasoutrascomunidades,regiõesepaíses,as oportunidades de acesso ao conhecimento partilhado em rede.

Adaptamo-nosmelhorcomumaeducaçãodeexcelênciaeseremosmaiscompetitivossealiarmosonosso conhecimento de qualidade à conectividade. Logo a formação das nossas crianças, jovens e adultos deverá contemplar as tecnologias, a cultura e os idiomas que nos permitam ser competitivos num mundo global.

Infelizmente, nos últimos anos, o sistema educativo viveumuito mais virado para a resoluçãodos problemas do presente, através de uma gestão por impulsos, do que para a idealização econcretizaçãodeumaestratégiaviradaparaofuturo.

Esse futuro apresenta desafios radicalmente diferentes dos que enfrentamos quando os sistemaseducativosforamfundadoseéporissoque,noséculoXXI,serequerumaabordagemqualitativamentedistinta do ensino.

Asexigênciasquese fazemaos jovenseosdesafiosqueelesenfrentamnesteséculosãomuitodiferentes dos do passado.

Hoje os requisitos de uma economia produtiva e de uma sociedade inclusiva obrigamo nossosistemaeducativoadesenvolverascapacidadesespecíficasdecadaumdosseusalunos.

Faceaosnovoscontextos,emquevivemos,eàrapidezcomqueosmesmossealteram,acentralidadedaEscola (aalmadosistemaeducativo)–deveseroconhecimento–quedeveserocentrodoprocessodeensino, isto implicacriar-sediferentesambientesmotivadoresparaaaprendizagem.TemosdeolharparaoprocessodeEnsino/Aprendizagemcomoumprocessointegradodelongoprazo,assentenumapolíticaeducativaquedevetercomopilaroacessoaopré-escolar.

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Para melhorar o rendimento escolar, é necessário aperfeiçoar o período de tempo em que os alunos estão em actividade congnitiva efectiva. Esta observação resulta da constatação do tempo útil em educação em diferentes países.

Naregiãoocalendárioescolardisponibiliza,aosalunos,cercade170diasúteisdeaulasporanolectivo.Nospaísesmaisdesenvolvidosocalendárioescolarédeaproximadamente190diasúteis.Poroutro lado,asexigênciasdos jovensestãoamudar.Existeumdesencontroentreaquiloquesabemos despertar o interesse dos jovens e o modo como os ensinamos. Se não estimularmos a imaginaçãodosnossosalunosenãolhedermosprazernaaprendizagem,então,paraalémdenãoconseguirmosmelhorarosseusníveisdedesempenho,tambémviolaremosasnossasfinalidadeseducativas.

Todos os alunos devem ter acesso àsmelhores condições de ensino/aprendizagem, horários deestudo,professoreseapoiopedagógico.Nestesentido,odesafioaomodocomoensinamosassumetoda a relevância.

Nopresenteanolectivoaregiãoteveumareduçãode1.500alunos.Estasituação(presenteefutura)deve implicar uma reestruturação da rede escolar.

Poroutrolado,Portugaléo4ºpaísdaOCDEcommaiortaxadereprovaçõeseondemenosde40%dapopulaçãopossuio12ºano.

Estessãofactores,maisdoquesuficientes,paraaregiãoadoptarumaestruturadiferentedeensino:reconsiderar as reprovações/progressões; o número de alunos por turma nos diferentes níveis de ensino; são alguns dos aspectos a equacionar.

Umoutroaspectomuitorelevantenoprogressodorendimentoescolaréaimportânciado“ManualEscolar”, este deve ser observado como bem público, que deve ser preservado e partilhado. Neste sentido, deverá ser alargado o apoio às famílias na aquisição dos respectivos manuais.

Esta visão implica todos os alunos estarem envolvidos em tarefas curriculares preparadas por professorescompetentesecomumníveladequadodeexigência.

É importante elaborar planos e projectos de combate ao insucesso e abandono escolares de forma fundamentada, visando objectivos viáveis e realistas.

Infelizmente,aregiãopossuiumaelevadíssimataxadeabandonoescolardosjovensentreos18eos24anos:cercade27%,oquecontrastacomos5%e6%demuitosdospaísesqueintegraramrecentemente a União Europeia.

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Nesteparticular,énecessárioumprogramaderequalificaçãodoscidadãos,proporcionando-lhesnovaseadequadascompetências.Sóassimépossívelfortalecerotecidosocialereciclaraformade pensar.

O investimento em educação é um pilar essencial do desenvolvimento económico: mais e melhor formação implica: melhores empregos, melhores salários, maior possibilidade de mobilidade. Os paísescommenorformaçãoprofissionaltêmmaisdesempregojovem.

Énecessáriovoltaraafirmaroprincípiocívicoassentenaresponsabilidadeindividualenacrençano esforço e rigor como base do sucesso. Tal só é possível através da criação de mecanismos de equidade pedagógica.

Os laços entre os cidadãos são cada vez mais constrangidos pelos efeitos fragmentários daflexibilidadeeconómica.

Aspessoas,dadoocontextosocioeconómicoemqueestãoinseridas,encontramcadavezmenostempo para a família e para a vida comunitária.

Estanovarealidadedeveserconsideradanocontextoeducativo,atravésdoacompanhamentodetodo o percurso educativo de um grupo de alunos. Papel a ser desempenhado por um professor orientador/mediador-(Gestor/Tutor)doprocessoeducativodoalunodentrodociclodeestudos.Oprofessorconselheiro,nocontextoactual,apresenta-secomoessencialparamanterosjovensnosistema formativo durante mais tempo e com sucesso.

Por outro lado, os professores têm de ocupar novamente um lugar entre os intelectuais maisrespeitados da sociedade.

É necessário centrar o professor no íntimo do saber e do acompanhamento do percurso educativo doaluno.Osprofessoresdevemfazertudooqueestiveraoseualcanceparaassegurarqueosseusalunos se desenvolvam e prosperem com base na economia do conhecimento.

Temosqueterpresentehojequeaspróximasdécadasvãoexigirqueoscidadãossejamcapazesdepensar e trabalhar fora dos limites de cada área do conhecimento, ou seja, em interdisciplinaridade, em novas zonas completamente diferentes da sua área de especialização. Só quem possuiconhecimento pode ser competitivo.

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Educação Especial

AEducação Especial consagra o direito à diversidade numcontexto educativo de respeito peladiferença e na construção de soluções claras, onde a equidade norteada pela verdade e o acesso livre ao conhecimento consagra o direito universal à Educação.

Norespeitopelasdiferençasassoluçõesdeinclusãodevemconstruir-seemcontextosapropriadosa cada condição biopsicossocial dos alunos, assim o espaço escola deverá acolher os alunos no seu seio em função das condições didácticas e pedagógicas disponíveis, de forma a não acentuar a segregação dos alunos, confundindo a inclusão com a sua presença no espaço escola.

A participação efectiva de múltiplas instituições no processo de inclusão, em particular das áreas da SaúdeedaSegurançaSocial,éumfatorfundamentalnoprocessodequalificaçãodaintervençãocomascriançasejovensnocontextoeducativo.

As famílias com membros com necessidades especiais deverão ter uma atenção institucional extraordinárianosentidodeprovidenciaraestesagregadossoluçõesdeinclusãoeaindadeapoioquelhespermitaasseguraroacompanhamentoesenecessáriooacolhimentoespecializado.

Asredesdetransportesdeverãoserprioridadeparaacederaosmeioserecursosmaisespecializadospor parte destas pessoas, sendo que assim acessibilidade torna-se prioridade no processo de inclusão.Aracionalidadenautilizaçãodemeioserecursosdeveseracompanhadaporumaexigênciaclaradeeficiênciaeposteriormentedifundidaa todososcidadãos,criandoassimconhecimentoparatodos.

11 - Ciência, Inovação e Desenvolvimento

O que move uma comunidade para o progresso é o elevado desejo de construir uma solução melhor para as gerações futuras e assegurar segurança e conforto às gerações vigentes, assim, a ciência, a inovação e o desenvolvimento tecnológico, são vectores fundamentais nesses objetivos legítimos de qualquer comunidade.

Cenáriosempresariaiscompetitivos,comoosactuais,exigemumafortecomponentedeinovaçãoe investigação.Torna-se imperativoconceberobjectivosambiciososcomvistaàmobilizaçãodenovassoluçõesdevalorempresarialapartirdoconhecimentocientífico.Produzindoserviçosdeapoio às empresas de desenvolvimento e inserção em projetos, redes ou plataformas tecnológicas deâmbitonacionaleinternacionaledesenvolvendoaçõesespecíficasdepromoçãodainovaçãoatravés da captação de jovens talentos.

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A criatividade e a inovação deverão constituir-se como prioridades para se obter a transformação da sociedade madeirense e porto-santense para que as condições de vida destas sejam melhoradas continuamente.

AUniversidadedaMadeira,bemcomooutrosserviçoscomcapacidadedeproduçãocientíficanaRegião,comoéocasodealgumasautarquias(MuseuMunicipaldoFunchal,EstaçãoBiologia,etc),assumemumpapelmuito importantenestaáreadaciência, inovaçãoedesenvolvimento.Logo,em parceria com as instituições e as empresas deverá ser a promotora de soluções para o estímulo aodesenvolvimentoregional,atravésdainovaçãoedaciência.Maximizandoopotencialregionaldecriaçãodemassacrítica,tendopresenteanecessidadedeatrairatoresexternoseintegrarredesinternacionalizadas.

Oinvestimentoemciênciadeveráresponderclaramenteànecessidadedeumacomunidadeemobter mais conhecimento para as suas áreas chave. Na Região Autónoma da Madeira, no quadro daInvestigação,DesenvolvimentoTecnológicoeInovação,essasáreasvitaisdasuaeconomiasãooTurismo,aEducação,aSaúde,oAmbiente,aGestãodeInfra-estruturas,aEnergia,o MAR, entre outras indirectas que promovem o seu desenvolvimento.

AsempresasqueinvestirememInvestigaçãoeDesenvolvimentoequesejamcontribuinterealparaotecidoeconómicodeverãotertaxascontributivasmaisatrativas.

CriarumaAgênciadeInovação,comvistaacriarsoluçõestransversaisatodasasáreasdeinteressepara o desenvolvimento da RAM, que observe, recolha e trate a informação necessária para fornecer mais conhecimento aos investidores que queiram produzir as citadas soluções e as integrar noquotidianodaspessoaseaindaexportarcriandomaisvaliasparaotecidoeconómico.

Acombinaçãodeinvestimentosestratégicosdebaseinternacional,comexperiênciasdesucessoempreendedordebaselocal,podeconstituirumamarcadereferênciamuitoimportante.Pois,aInovaçãoassociadaaPólosdeCompetitividadevaipassaradesempenharumpapelcentralnasgrandes redes internacionais de conhecimento e inovação.

12 - Cultura

O investimento na cultura, quer na área da educação quer na área da produção e promoção/comunicação/distribuição,temumefeitoimportantíssimonaqualificaçãodaspessoas.

Torna os seres humanos mais competentes, e mais habilitados a lidarem com os outros e com a sociedade.

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O seu impacto é profundamente democrático, pois a cultura ameniza diferenças, possibilitacolaborações,crialaçosdeentendimentoentrepessoasdediferentesextractosedediferentespaíses.NanossaRegião,ondeseimpõeumavocaçãodeaberturaaoexterior,aculturapelasuatendênciauniversalista, é um vector estratégico de desenvolvimento.

Numa sociedade como a nossa, ainda muito assimétrica, é também evidente que o investimento na cultura é essencial para garantir uma comunidade mais equilibrada e mais preparada para lidar criticamente com os fenómenos contemporâneos da manipulação de massas e da desinformação mediática.

A cultura oferece a possibilidade de diferenciação, ou seja, de trabalharmos num cenário local, singulareidentitárioenquantopensamosnumcontextoglobal.

Esta é igualmente uma forma de reforçarmos a nossa auto-estima, e de transmitirmos uma imagem de sólida credibilidade no mundo.

Nas sociedades modernas as indústrias criativas e culturais são alavancas das novas dinâmicas empresariais e sociais e elementos vitais na criação de pólos de atractividade e no estabelecimento deparceriascomoexterior.

Promoveracriatividadenaeducaçãoartísticaformaleinformaleaaprendizagemaolongodavida,é uma tarefa prioritária a que o PSD/M deve dar toda a atenção.

Urge,poroutrolado,ampliaregeneralizaraofertaculturaletodososcidadãos,aproveitandoerentabilizando as infraestruturas construídas, descentralizando e incentivando os agentes locais,divulgando e programando antecipadamente os eventos, actuando de uma forma pedagógica junto daspessoas – sobretudoosmais jovens – criandonovospúblicos culturais, utilizandoasnovastecnologias na atracção e estabelecimento de parcerias activas com as populações.

O PSD/M deve ainda continuar a apoiar o trabalho que vem sendo desenvolvido na recuperação e divulgação do Património Cultural regional, na introdução de novos mecanismos de divulgação da importantíssima inventariação e conservação da nossa memória histórica a cargo do nosso Arquivo Regional; na promoção estudo e enriquecimento das colecções dos nossos Museus criando novas condiçõesparaamelhoriadasuaatractividade;naconcretizaçãodeumapolíticadinâmicaeeficazde incentivo à leitura e de acesso ao livro; e em articulação com as autarquias e em parceria com o sectordoturismo,nadinamizaçãodevidamenteprogramadaepublicitadadeumconjuntoanualdegrandeseventosculturaissusceptíveisdeatrair,comcarácterderegularidade,públicosespecíficosà nossa Região.

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13 - Desporto

O desporto ganhou uma crescente importância social. O número de praticantes cresceu de forma extraordinária passando de uma prática de minorias, para, actualmente, ser praticado desde ainfânciaatéàsfaixasetáriasmaisaltas,independentementedacondiçãoeconómicaesocialdoscidadãos.

Adimensãoqueofenómenodesportivoatingiunocontextosocial,económico,educativo,culturale da saúde dos nossos cidadãos, torna urgente a necessidade do PSD/M planear novas linhas de acção.

Para se rentabilizar de forma eficiente todas as potencialidades que actualmente o desporto naRAMpossui,énecessárioexistirumcompromissoestratégicoentreosdirigentesdesportivoseaAdministraçãoPúblicaRegional,noquedizrespeitoàspolíticasdesportivasadesenvolver.

Nesta cooperação, compete à Administração Pública Regional, em articulação estreita com os outrosagentes,identificarcarênciasepotenciaroportunidades,nosentidodemelhorpoderafectarrecursos e corrigir assimetrias.

Por seu lado, compete ao Associativismo Desportivo, ter o conhecimento profundo da situação em que se encontra, por forma, a saber onde está e para onde deseja ou pode ir.

A evolução que o desporto sofreu nos últimos tempos levou à necessidade de um novo enquadramento. Não chega encontrar respostas conjunturais. É necessário encontrar respostas estruturantes para um novo desenho estratégico, promotor do crescimento sustentável e integrado com outras áreas da nossa sociedade.

Odesportoéuminstrumentodedesenvolvimentoquetemdeserutilizadoeequidade.

Nesta perspectiva os objectivos da política desportiva regional devem estar inseridos numa Visão e Missão de desenvolvimento global da Região, de continuidade, mas também de sustentabilidade, de forma a não desvirtuar os seus propósitos.

A política a adoptar para o desporto tem de reconhecer que este serve a economia regional como sectorprodutordebenseserviços,comoelementogeradordeempregoeéindutordeinfluênciasao nível da educação, do conhecimento, da saúde e do turismo.

Os tempos em que tudo deveria ter uma representação nacional, já não cabem na lógica dos tempos queestamosaviveredosdesafioscomquesomosconfrontados.

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Nestesentido,deveráserassumido,deformaclara,quaisossistemasdeincentivosadisponibilizara cada um dos agentes, por forma a que a Região cumpra o que constitucionalmente é uma sua obrigação,deixandoespaço,contudo,aoenvolvimentodasociedadenaprossecuçãodeobjectivosmais ambiciosos do que o simples acesso à prática do desporto. Centrando, assim, a acção na criação de Valor, neste particular, valor de elevada qualidade desportiva, com retorno nas diferentes dimensões da actividade humana.

14 - Ambiente

As políticas ambientais devem ser transversais no conjunto das políticas regionais.

Aprioridade: educar para a sustentabilidade, conservar aNatureza e a biodiversidade, orientarestrategicamente para uma boa regulação das actividades económicas e empresariais, recuperar evalorizarapaisagem,dissuadireprevenirosdanosambientaiseaplicarsemcontemplaçõesoprincípiodo“Poluidor/Utilizador/Pagador”.

Ambiente e economia, numa Região como a nossa, estão intimamente ligadas. O PSD/M tem de assumir plenamente que a salvaguarda deste recurso é essencial não só para o bem-estar geral da população residente e visitante, bem como para um conjunto de actividades económicas ligadas aoturismo,àcultura,àagricultura,àflorestaeafactoresdeatractividadeeprojecçãoexteriordonosso Arquipélago.

Desde há algum tempo que os Madeirenses e Portosantenses – sobretudo as novas gerações – são portadoresdeumaforteconsciênciaambiental.

Háquecontinuaradesenvolveracções, sensibilizandoaspessoasparaapreservaçãodonossovaliosíssimo património comum e alertando para as boas práticas de prevenção dos riscos presentes e futuros.

Énecessáriopromoveragestãoambientaldabiodiversidadeeconservaçãodanatureza,ligando-as a prática de actividades com valor económico, designadamente a promoção reforçada do eco-turismo, dos passeios nas levadas, na observação de aves, turismo botânico e outras actividades recreativas ao ar livre.

Acresce a necessidade de reforçar as estruturas verdes urbanas – parques e jardins - enquanto factores de atractividade da nossa ilha, fomentando eventos regionais, nacionais e internacionais que os promovam e divulguem.

Neste particular a área do Parque Natural da Madeira é um património natural e cultural único no Mundo,quemereceamaiordivulgaçãointernacional,sobretudojuntodosclusterscientíficos.

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Outradasnossasriquezaséomar.Valorizaronossopatrimóniomarítimomaterialeimaterial,atravésdeumaabordagemcientífica,estudodosseusrecursosedasuabiodiversidadeesimultaneamenteatravés do desenvolvimento da náutica de recreio e do turismo marítimo sustentável, são objectivos comgrandepotencial,quedevemosconcretizarnospróximosanos.

Por outro lado, face às suas características próprias, o modelo de desenvolvimento agrícola e rural para a Região deve ser encarado com muita seriedade e um duplo objectivo: preservar e gerir a paisagem, os habitats e os recursos naturais; assegurar modos de produção e produtos adequados ao mercado regional compatíveis com o ambiente e com a produção biológica.

Há ainda que actuar na preservação da reserva ecológica regional enquanto instrumento parasalvaguardaepreservaçãodezonasecologicamentesensíveisdonossoterritório;estabelecerplanosderevitalizaçãodecenáriosdegradadosminimizandoouacabandocomcenáriosdedegradaçãopaisagística; estabelecer, quando for caso disso, projectos de requalificação da estrutura verderegional e da recuperação das linhas de água; acabar com vazadouros clandestinos, extracçãode pedra e inertes sem adequados planos de gestão e posterior recuperação; recuperar antigas lixeiras e vazadouros; estabelecer um programa com as Juntas de Freguesia e com as CâmarasMunicipais para a recuperação das antigas estradas regionais com objectivo eminentemente turístico; estabelecercondiçõesdesinalizaçãoesegurançaefiscalizaçãoemtodasaslevadasepercursospedestresdaRegião; fomentaraplantaçãodefloresearbustosem todasasestradas regionaisemunicipais; não permitir estruturas urbanas degradadas ou casas por pintar em todos os concelhos da Região; não permitir a ocupação da via pública de forma anárquica por parte de particulares; nãopermitir,efiscalizarcomgranderigoreaplicarpesadasmultas,osdespejosnaslinhasdeáguaounaorlamarítima;ampliar,mantereconservarasnossas superfíciesflorestaiscombatendoasplantasinfestantes;proibiropastoreiodesordenado;organizardeformamuitorigorosaoreforçodaprevençãocontrafogosflorestais.

Melhorar as políticas e as práticas individuais e colectivas de gestão dos resíduos sólidos em toda a Região.

A água é um dos recursos mais importantes e um dos bens mais preciosos e escassos do mundo. É vital no plano político conservar e gerir bem este recurso decisivo para a qualidade de vida e para o bem-estar das populações. É preciso continuar a combater os focos de poluição deste recurso e os desperdícios. É condição de uma boa gestão reforçar as medidas de combate às perdas e de melhoria na captação, transporte e tratamento.

Em termos estratégicos, devemos continuar a desenvolver o Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira, que visa garantir e melhorar a segurança do aprovisionamento, a competitividade económica e a protecção do ambiente. Na verdade, a participação das energias renováveis na produção de energia eléctrica na Região, foi em 2006, cerca de 20%. Há queprosseguirnousoracionaldaenergia,valorizarosrecursosenergéticosregionaiseaproveitarosincentivosparaautilizaçãodasenergiaslimpasnonossoterritórioinsular.

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15 - Agricultura

A agricultura é um recurso estratégico da nossa Região.

Do ponto de vista económico, ambiental, paisagístico.

Deve ser gerida de uma forma responsável e dinâmica.

Osprodutosregionais,reconhecidospelasuaexcelentequalidadeesaborinconfundível,devemservalorizados,divulgadosepromovidosjuntodosconsumidores.

É necessário adaptar a legislação comunitária e nacional à salvaguarda das práticas artesanais e tradicionais da nossa agricultura e pecuária, preservando assim métodos e procedimentos singulares quefazemparteintegrantedanossacultura.

O PSD/ Madeira propõe para este sector:

- Criação de um planoparao sectoragrícolaededesenvolvimento ruralamédioprazo,comobjectivos e metas temporais;

- Desenvolvimentodopotencialdasvariedadesregionaisassegurandoaprotecçãoevalorizaçãodos recursos genéticos do sector agrícola;

- Desenvolvimentode2 linhasdeprodução,umaparaexportaçãocomdefiniçãodeprodutosestratégicoseoutraparaminimizaradependênciaalimentardoexterior;

- Levarostécnicosaoagricultorenãotrazerosagricultoresaostécnicos;

- Reorganizarosectorlaboratorialagrícola,tornandoaRegiãoomenosdependentepossíveldoexterior,emmatériadeinvestigaçãoeproduçãoagrícola;

- Promoveroaperfeiçoamentotécnicodosprofissionais(quadrospúblicos),daáreadainvestigaçãoagrícola;

- Apoiar o sector cooperativo com o envolvimento directo dos agricultores, na verdadeira organizaçãodeprodutoresagrícolas,emestreitaarticulaçãocomoscentrosdeabastecimentos(mercados),aproximandocadavezmaisaproduçãodacomercialização,reduzindo ao máximo a intermediação;

- Criação de uma Bolsa de Terrenos Agrícolas gerida pelo Governo Regional, que procede ao arrendamento dos solos agrícolas, cedendo-os aos agricultores interessados;

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- Protecção à produção regional,garantindoaomáximooescoamentodoprodutoregional.Paratal,osserviçosdequarentenaoficiaisterãodeserdevidamenteoperacionalizadosdemodoaagirpreventivamentecontraaintroduçãodepragasedoenças,quetêmvindoacausargravesproblemas à produção agrícola regional, com implicações económicas e ambientais de vulto – exemplo: introduçõesrecentesdepragasedoençasquetêmvindoaafectarcitrinos,culturasagrícolas, palmeiras, etc..

- Reduzir a intervenção dos intermediários, operacionalizando os Mercados Abastecedoresexistentes,quedeverãooperardirectamente com os agricultores na recepção dos seus produtos;

- Garantir,deformaexpeditaesimples,opagamentoimediatodasentregasdosagricultores;

- ReactivaçãodePostosAgráriosdistribuídospelaIlhacomoformadegarantirefacilitarocontactopermanente com o agricultor, bem como desempenhar um papel activo na demonstração e no aconselhamento técnico ao mesmo;

- Concluirrapidamenteasobrasderecuperaçãodasestruturasdeabastecimentoeracionalizaçãoda água de rega – que já deviam estar concluídas há anos -, praticar preços moderados na gestão edistribuiçãodamesma,ecolocarnoterreno,juntodosagricultores–enãonaprofundezadosgabinetes -, técnicos/funcionários aptos a gerir e resolver no terreno, os problemas que surgem, em diálogo e colaboração com os agricultores e associações de regantes.

- RelançarerevitalizarapecuárianaRegiãocomoformadereduzirasimportaçõesdecarneeoutrosderivadosquefazempartedaalimentaçãohumana(leite,queijo,manteiga,requeijão)-criandoumamarcaregional–eaproveitandoosmeiosexistentes,designadamenterecuperandoaEstaçãoZootécnicadoPortoMonizeoCentrodeOviniculturadeSantana.

- Jovens agricultores – Estabelecer formas de incentivar as camadas jovens a dedicar-se à agricultura.

- RecolocaraverdadeiramissãodosserviçosdeExtensãoRuraljuntodosagricultores,articulada,em cada concelho com os Postos Agrários e Centros de Abastecimento.

- ReorganizartodoosistemacinegéticonanossaRegião.

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Gestão de Fundos Comunitários

- Torna-se fundamental encurtar substancialmente o tempo que medeia entre a entrega dos projectos agrícolas às estruturas de financiamento (programa PRODERAM), e a sua análise,aprovaçãoefinanciamento.

- Criação de uma linha de créditoafimdeapoiarosagricultoresqueapresentemdificuldadesfinanceiras.Nesteâmbito,éfundamentalqueesteprocessosejaomenosburocráticopossível.

Seguro de Colheitas – Revisão deste mecanismo de modo a que vá ao encontro aos interesses dos agricultoreslesados,cobrindoefectivamenteosprejuízoscausadosnasculturas,comoporexemplo,cerejeiras, castanheiros, estruturas de protecção às culturas, etc.

Silvopastorícia – Reorganizar esta ancestral actividade agro-pecuária, em moldes actuais eprodutivos, tendo como objectivo tornar a Regiãomenos dependente do exterior em produtoslácteoseanimais,reduzindosubstancialmenteosriscosdeincêndiosflorestaisefavorecendoemsimultâneoavalorizaçãoeoordenamentoflorestal.

Ilha do Porto Santo

- PromoveraretomadaagriculturanosexcelentessolosagrícolasdaIlha.

- Fornecimentogarantido,pelasentidadesoficiais,deáguapararegadiocomoaproveitamentodaságuas resultantes das estações de tratamento de águas Residuais, melhoramento das captações das águas pluviais, reabilitação de noras e poços actualmente votadas ao abandono.

- OsserviçosoficiaisagrícolassedeadosnailhadoPortoSantodeverãogarantir,articulandocomosectorcooperativo,oescoamentodeeventuaisexcedentesdeproduçãoagrícolanumaópticade protecção ao produtor.

- OsserviçosoficiaisagrícolassedeadosnoPortoSantodeverão,empermanência,acompanhartecnicamenteosagricultores,aconselhando-osnoquedevemproduzir.

- ReactivaçãodatransformaçãodapedradecaldoPortoSantoparafinsdecalagensagrícolasdossolos, evitando-se assim a importação deste produto.

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16 - Pescas

- Promover,apoiaregarantiraestabilidadedaactividadedapescaprofissionaltradicionaldeformaa suprir as necessidades de consumo de pescado na Região, tornando-a menos dependente do exterior.

- Relançar,comosserviçosoficiais,conjuntamentecomaInstituiçãoUniversitária,umaefectivainvestigação científica pesqueira oceânica na nossa Zona Económica Exclusiva, de modo aacompanhar empermanênciaoestadoe a evoluçãodos “stocks”dasdiversas espécies cominteresse comercial local, como ainda avaliar e observar com regularidade os parâmetros ambientais do meio marinho.

- Encararseriamente,emestreitaarticulaçãocomaAssociaçãodeArmadoresdaRegião,adefiniçãodeperíodosdedefesoparaasespéciesqueapresentemtendênciadedeclínioprogressivodosseus“stocks”.

- Promover e apoiar a instalação de estruturas de aquacultura para criação de espécies com potencial de consumo regional, aliviando assim a pressão sobre o ecossistema natural, contribuindo em simultâneo para o fornecimento das necessidades locais.

- Manter, junto das Instâncias Europeias, uma posição de defesa dos interesses da actividadepiscatóriaprofissionaldaRegião,nomeadamenteosapoiosàfrotapesqueira,oestabelecimentodasquotasdecapturaeaindamedidasdeprotecçãoàsobreexploraçãodanossaZEE,enquantoregião ultraperiférica.

17 - Comunidades Madeirenses

AglobalizaçãodoúltimoquarteldoséculoXXdeterminouosistemainternacionaldoséculoXXIeirácontinuaraestruturarasrelaçõesentreosPovos,osEstadoseasRegiões,nummundocadavezmais aberto e integrado.

Defendemos uma nova abordagem política sobre as relações da nossa Região e a comunidade madeirense espalhada pelo mundo, sendo importante reforçar as redes de colaboração com as novas gerações estabelecendo espaços de intercâmbio afectivo, cultural, político, económico e financeiroàescalaglobal.

Sãomuitososmadeirenseseseusdescendentesavivernoestrangeiro.Sendorespeitadosevalorizadospela sua idoneidade e capacidade de trabalho em todos os Países, muitos deles atingiram posições dedestaquenassociedadesqueosacolheramesãohojeempresários,gestores,profissionaisliberaise agentes culturais de grande sucesso.

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A necessária abertura da Região ao exterior, sendo um factor crítico para vencer os desafiosfuturos,implicaaproveitaremaximizaroactivodeconhecimentoeinfluênciaqueascomunidadesmadeirensesexercemnosdiferentescentrosdedecisãoemmúltiplospaíses,regiõesecontinentes.Trabalhando em rede e com uma presença mais activa junto das nossas comunidades, a Região tem todasascondiçõesparasepromoverdeumaformamaiseficaz,captarmaisinvestimento(directoe indirecto) externo, estabelecerparcerias empresariais estratégicas, e tirarpartidodaafirmaçãointernacional das suas mais valias culturais, históricas e linguísticas junto dos países de acolhimento.O Conselho das Comunidades Madeirenses deverá ser reformulado, num sentido mais democrático efuncional,reforçandoassuascompetênciaseresponsabilidades,eassumindonofuturoumpapelprevalentenadefiniçãodapolíticaregionalemmatériadascomunidadesmadeirenses.

Para o efeito o futuro governo da Região deverá constituir um grupo de trabalho envolvendo diversos elementos (multigeracional) de um conjunto de Países commaior representatividade a nível decomunidadesafimdenumprazodeseismesesapresentarumprojectodeorganizaçãoquedefacto represente as Comunidades e onde, acima de tudo, as Comunidades se sintam representadas.

18 - MAR

A economia do mar é um novo vector estratégico de desenvolvimento que a Região Autónoma da Madeira deve assumir como motor de desenvolvimento face ao seu posicionamento geoestratégico eà riquezanaturaldeste recurso,quepodeviracriaroportunidadesdemercado,defixaçãoecaptaçãodeinvestimentoedepreservaçãoevalorizaçãodopatrimónioregional.

O PSD deve apostar numa Estratégia Regional para o Mar, com acções e medidas transversais capazesdeassegurarumaverdadeirapolíticaeculturaparaopotencialdoMarereivindicarmaior participação no âmbito da definição das Estratégias Nacionais para o Mar.

OPSD/Madeiradevereivindicarascompetênciasregionaisaoníveldodomíniopúblicomarítimo,comumordenamentodomarquepassepelasautoridadesregionaisequepromovaaexploraçãosustentáveldesterecursonatural,bemcomoeliminarasobreposiçãodascompetênciasdaáreadeactuaçãodasautoridadesevitandoosatritoseasincongruênciasquedificultamoquadrodeacçãoe a sua operacionalidade.

Deve potenciar o Mar como imagem da RAM promovendo as actividades lúdicas marítimas, criando eventos e condições para oportunidades em actividades como o surf, a vela, a canoagem, o bodyboard, windsurf, stand up paddle, mergulho, etc., reforçando a imagem turística com a actividade lúdico-desportiva.

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Rentabilizar as infra-estruturas marítimas, com vista à maior dinâmica económica deste sector, que permita a acessibilidade a preços competitivos por parte dos residentes e dos nossos visitantes, rentabilizandooinvestimentopúblicoeassegurandoarespectivamanutençãodestesequipamentos.

Promover as novas Reservas Marinhas,protegendoanossariquezanaturalmantendoasuaqualidadee atractividade, com a conciliação de circuitos subaquáticos que permitam o desfrutar das reservas marinhas da Região e da sua biodiversidade.

Apostar na investigação e conhecimento científico do mar, com uma orientação dos estudos para o desenvolvimento da economia do mar, transformando conhecimento em inovação, fomentando umaparceriacomaUMaeoutrosorganismoscientíficosregionais,nacionaiseinternacionais,naformaçãoenavalorizaçãodoMar,comoparteintegrantedaestratégiaregional,qualificandoosnossosrecursoshumanoseassumindoumpapeldereferênciaglobal.

19 - PODER LOCAL

Nestes quarenta anos de democracia, a par das conquistas do projeto autonómico da Madeira, as autarquias e os seus governos locais foram agentes determinantes na transformação da Região, ajudando a construir uma sociedade mais justa e equilibrada, processo no qual o PPD/PSD e os seus autarcas desempenharam um papel central e decisivo.

Hoje,frutodosnovosdesafiosquesecolocamaosmunicípios,queraoníveldoreforçodaparticipaçãodemocrática das populações, quer ao nível do aumento da competitividade interterritorial, tendo em vista uma maior atratividade dos territórios, torna-se urgente os autarcas sociais-democratas estabelecerem estratégias de atuação conjunta, alinhando prioridades e uma atuação política local em torno de metas comuns, que permitam fortalecer a imagem do PPD/PSD Madeira e dos nossos autarcasjuntodoeleitorado,reconquistandoasuaconfiança.

Tendo em vista uma maior interligação entre as diferentes estruturas de poder a nível regional, é importantereforçarascompetênciasatravésda formulaçãodeacordosdeparceriaentreoGovernoRegional e as Autarquias, delegando nas estruturas de poder local maior capacidade para a resolução dos problemas de proximidade, com mais eficiência e rapidez; instituir os planos estratégicos dedesenvolvimento municipais, alinhados com os objetivos do PDES de âmbito regional, que estabeleçam aslinhasorganizadorasdavocaçãocoletivadecadaconcelhoemaximizemasrespetivasvantagenscompetitivas,capazesdetraduzirumaestratégialocalparaasustentabilidadedosterritórios;epromovernarevisãodosPlanosDiretoresMunicipais,umavalorizaçãodosrecursosendógenosdecadaConcelho,bemcomodoselementosdeidentidadecompotencialdediferenciação,comvistaàafirmaçãodaslocalidades no quadro da competitividade interterritorial.

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Poroutrolado,oreforçodaautonomiadoPoderLocalpressupõeumaalteraçãoàLeidasFinançasLocais tendoemvistaareposiçãodaautonomiapolíticaefinanceiradoPoderLocal,garantindoosmeiosfinanceirosadequadosàprossecuçãodassuascompetênciaseatribuiçõeseasalvaguardadasnecessidades das populações.

No plano da relação entre eleitos e eleitores, defendemos a necessidade de incentivar a participação dos munícipes e dos agentes económicos, sociais e culturais na formulação das estratégias de desenvolvimento e estreitar a cooperação com os dirigentes locais, nomeadamente através de conselhosmunicipaisdepolíticaspúblicas;bemcomoelevarosníveisdeconfiançadoscidadãosperante as estruturas de governo local, promovendo a participação dos munícipes nos processos de decisãoemaiortransparêncianaatividadeadministrativa.Nestecontexto,importagarantirqueaadministraçãopúblicalocalincrementeprocessosdemodernizaçãoesimplificaçãoadministrativados serviços, uniformizando, sempre que possível, os procedimentos e a burocracia transversalàs diferentes estruturas administrativas autárquicas e do Governo Regional, nomeadamente com recurso a ferramentas eletrónicas, novas tecnologias de informação e balcões eletrónicos, para facilitar a relação dos cidadãos com a administração e com os decisores públicos.

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MOÇÃOPor uma Social-Democracia Irreverente e Audaz

1.º subscritor: Lívio Rómulo Soares CoelhoMilitante N.º 10998 Comissão Política da Juventude Social Democrata da Madeira

“Aventura lúcida da prossecução do bem comum”*

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EDUCAÇÃO

Ao longo de toda a história da estrutura, a Educação sempre foi uma prioridade para a JSD Madeira. Defendemosorigor,aexigênciaeaexcelênciadonossosistemadeEducação,valoresqueassumemmaiorimportânciaquandoinseridosnumcontextoeuropeu,numespaçosemfronteiraseperanteummercado,cadavezmais,competitivoeexigente. AEscolaéoespaçoprivilegiadodaformaçãotécnicaehumana.Éprioritáriodotá-ladecadavezmais recursos técnicos e humanos e promover a aprendizagemnumambiente, exclusivamente,vocacionado para os resultados académico e humano. Num ambiente de exigência, mérito eexcelência.

A nossa Autonomia permite-nos o desenvolvimento e a criação de projetos educativos únicos no País. Devemos potenciar esta capacidade, pois é, indiscutivelmente, uma ferramenta crucial para potenciar o futuro e o progresso da nossa Região.

A relação família – escola deve ser amplamente difundida e promovida, para que nenhum agente educativo se esquive das suas responsabilidades e desempenhe, da melhor forma, o seu papel na vida escolar e académica dos jovens da Região. O apoio de todos deve ser transversal às várias fases do percurso dos jovens, pois um aluno de sucesso, desde as bases até ao ensino superior, só o é se estiver devidamente apoiado pela família e pelo espaço escolar.

Primeiramente,ambicionamosumEstatutodoAlunodosEnsinosBásicoeSecundárioquevalorizeomérito, o empenho, as boas práticas sociais e solidárias e a disciplina. Que repudie o facilitismo e o incumprimento.

Quepenalize,comverdadeiraeficiência,airresponsabilidade,odesinteresse,afaltadeassiduidadee o insucesso.

Prescindimos,noscasosprevistospeloatualEstatuto,dasmedidasdesuspensãoeexpulsãoescolares,independentemente da idade dos alunos. Propomos a sua substituição por trabalho comunitário, dentroouforadaescola,e,emcasosextremosedejustificadanecessidade,umaeventualmudançade estabelecimento escolar. Não podemos entregar os alunos ao abandono escolar, quando uma dasprincipais lutasdasociedadeéadareduçãodesta taxapara10%,ao invésdosatuais19%(conformeEstratégiaEuropa2020).

NoqueconcerneàsfériasescolaresdeVerão,deumamaneirageral,devemserreduzidas.Talseriabenéficoparapais,professoreseparaosprópriosalunosque,nesteinterregno,nãosededicamàsmatérias lecionadas anteriormente, prejudicando a reintegração no início do ano escolar seguinte. Educaria os alunos para a necessidade de empenho e trabalho, não lhes concedendo uma ideia ilusóriadefacilitismo.Afinal,quandointegraremomercadodetrabalho,asfériasserãoamplamentereduzidas.Aeducaçãovemdosprimórdiosdoserearealidadedeve,dejustamaneira,apresentadaaos mais novos.

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Deformamaisespecíficanosdiversosescalõese,começandopelo1ºciclo,nãopodemoscompactuarcom a junção de turmas pertencentes a distintos anos escolares, sob pena de se estar a comprometer o profícuo desenvolvimento intelectual dos alunos, o seu empenho e a sua criatividade. Ao se integrar diferentes anos na mesma sala de aula, está-se a prejudicar a performance tantos dos mais novos como dos mais velhos.

Sequeremosjovensbemformados,alunoscombomaproveitamentoeprofessoreseficientes,temosde defender as melhores condições para cada qual atuar no seu palco. Caso contrário, cedo se começa a comprometer o futuro de todos.

No2ºciclo,defendemosainclusãoda“LínguaGestualPortuguesa”comoumaopçãorespeitanteàslínguas lecionadas. Com esta ação, seria alargado o leque de opções, mas, acima de tudo, promover-se-iaorespeitopeladiferença,aempatia,aconsciênciaeaumentar-se-iaacapacidadedeinteraçãoe comunicação entre os alunos. As escolas inclusivas não diferenciam os alunos, mas concedem as melhores ferramentas para que todos possam interagir e contribuir para o bem comum.

No3ºciclo,entendemosqueseriavantajosaainclusãonocurrículodeumadisciplinade“EducaçãoparaaCidadania”,àsemelhançadoqueaconteceno1ºciclo,mascomasdevidasadaptaçõesàfaixaetáriaemquestão.

Aescolanãosepodedemitirdaresponsabilidadequetemdepromoverareflexãoeopensamentosobre as preocupações transversais à sociedade. Assim, esta disciplina poderia abordar assuntos como:osdireitoshumanos;educaçãoeconómicaefinanceira;educaçãoparaoempreendedorismo;educação para a igualdade de género; educação intercultural; voluntariado; associativismo estudantil e juvenil; participação cívica ativa através do voto; e/ou organização das grandes instituiçõesnacionaiseeuropeias(comoosparlamentos,porexemplo).

Relativamente ao Ensino Secundário, entendemos que deve ser efetivado um maior acompanhamento vocacionalaosalunos,deformaaauxiliá-losnassuasescolhasfuturas.

O aumento das equipas de psicólogos da educação nos estabelecimentos de ensino seria primordial nãosóparaestafaixaetáriaerespetivoescalãodeensino,masparatodososciclos.Nãoéadmissívelqueumpsicólogotenhaohorárioreduzidonasescolaseaindatenhadeacumularagrupamentos,como aconteceu este ano letivo, sob orientação da tutela. São prejudicados os alunos e os referidos profissionais.Emcasosextremos,comososváriosregistadosnoPaís,clarificamqueumpsicólogopoderá ficar commais de cincomil alunos a seu cargo, quando as orientações internacionaisrecomendamumráciodeumpsicólogoparaomáximodesetecentosalunos.

No que ao Ensino Profissional diz respeito, consideramos que, no caso específico da RegiãoAutónoma da Madeira, deve ser feita uma crucial aposta nestes cursos, nomeadamente ao nível dos serviços e do turismo. Não se pode ignorar a realidade e as necessidades do mercado laboral. NoqueconcerneaoEnsinoSuperior,entendemosqueexisteumaofertaformativadesadequadaàrealidadedomercadodetrabalho.Umagraveconsequênciadestarealidadeéaavassaladorataxade desemprego jovem.

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O“Geração2020–OfuturodePortugalaosOlhosdosuniversitários”,umestudorealizadoporuma consultora emparceria comaUniversidadeCatólica (divulgado emSetembrode2014), apartirdeuminquéritoaplicadoamaisdemilalunos,entreos18eos30anos,atestaquequasemetade dos inquiridos acredita que em 2020 viverá fora do País. Uma forte percentagem entende queasuniversidadessãoasinstituiçõescommaiorpotencialparafazerdePortugalumpaísmelhor,seguindo-seasFamíliaseaEuropa.

Confirma-se,maisumavez,queasinstituiçõesdeensinoprofissionaleuniversitáriotêmumpapelpreponderanteparamudaropanoramaatual,aumentandooempregoereduzindoapobreza.

Não é por acaso que a Estratégia Europa 2020 defende que a educação é uma das ferramentas mais importantes para alcançar o desenvolvimento e prosperidade europeias.

Alémdisso,consideramosserdeespecialenfoque,apossívelintroduçãodeumexamedeadmissãoàsinstituiçõesdeensinosuperior,cujacompetênciaegestãodeverádeserdasprópriasinstituições.Defendemos, igualmente, a reorganização dos cursos nas Universidades Técnicas e InstitutosPolitécnicos, procurando, também aqui, maior ajustamento ao mercado de trabalho e garantindo o melhor desenvolvimento social e humano.

Outravertenteeducativaqueconsideramosinteressante,enaqualsedeveapostarcadavezmais,éaaprendizagemaolongodavida.Osincentivosàinvestigação,àinovaçãoeàsmaisdistintasferramentasdestetipodeaprendizagemgarantemqueaspopulaçõesseespelhamcomorecursoseficazesequalificados,sempreadequadosàcompetitividadedomercadolaboral.

NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

A Constituição da República Portuguesa, numa visão já vanguardista, desde cedo, defendeu que “os cidadãos física oumentalmente deficientes gozamplenamente dos direitos e estão sujeitosaosdeveresconsignadosnaConstituição (...)”.Mais tarde,em1986,aLeideBasesdoSistemaEducativoentendiaqueaeducaçãoespecialsedeviaorganizar“preferencialmentesegundomodelosdiversificadosdeintegraçãoemestabelecimentosregularesdeensino(...)”.Poroutrolado,aLeideBasesdaPrevenção,Reabilitaçãoe IntegraçãodaPessoacomDeficiência (de1989) imponhaaadoçãode“medidasdeintegraçãoprogressivadosalunosdeensinoespecialnosistemanormaldeensino”. Portugal demonstrava, desta maneira, o seu papel em defesa da inclusão e, na década de 90, subscrevia a distinta Declaração de Salamanca.

Este documento, de 1994, fruto de uma assembleia que congregou, então, 88 governos e 25associações internacionais em torno de um compromisso de educação para todos.

Dezanosdepois,analisandoosesforçoslegislativosdescritoseaDeclaraçãodeSalamanca,bemcomo, as orientações e apelos desta assembleia para os governos então presentes, e considerando, pelomenos, a realidade em Portugal, lamentamos quemuitas vezes se tenha “despriorizado”,através de medidas orçamentais, a educação inclusiva. Lamentamos que não haja, a nosso ver, o

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esforçosuficientenaidentificação,nasestratégiasdeintervençãoprecoce,notrabalhocontínuo,assim como, nos aspetos vocacionais da educação inclusiva.

Nãodeixamos,contudo,dereconhecereenalteceropioneirismodaRegiãoeoexemploquetemdado ao resto do País nesta área. Mas, ainda assim, não descuramos os aspetos que, ainda, podem e devem ser lapidados.

Apelamos e apelaremos, sempre, à verdadeira inclusão, em detrimento da tão vista integração. À formação e ao apoio constantes a toda a comunidade educativa, em especial aos professores, que, àsaídadosseuspercursosacadémicos,nãotêm,naturalmente,osconhecimentosnecessáriosparareceber,deformaeficaz,nassuasturmas,alunoscomnecessidadeseducativasespeciais.

Defendemosotrabalhodeequipasmultidisciplinaresnasescolas,semmenosprezarousuperiorizaro trabalho de psicólogos, professores, pais e toda a comunidade não docente, numa atuação que se quer altruísta, em benefício do aluno e da incursão da escola na sua vida.

Defendemosaadequaçãodosrecursosnestaáreaaonúmerodealunosexistentes.Nãopodemosdeixarqueasquestõesorçamentaiseadministrativassesobreponhamàdignidadeeaosdireitoshumanos.

Batalhamos pela intervenção psico - educativa, sempre que possível, em detrimento de um encaminhamentopsiquiátricoedaprescriçãodemedicamentos,quecamuflamproblemasemvezde os resolver.

Apelamosàconsciencializaçãodospais,detodos(dosquetêmfilhoscomnecessidadeseducativasespeciaisedosquetêmfilhosditosnormais),pelaaceitaçãoerespeitoquedevemincutirnosseuseducandos,pelacriação,passoapasso,deumasociedadeinclusivaesensibilizada,pelainstruçãoda sua responsabilidade que não devem relegar para a escola.

Considerando que as Necessidades Educativas Especiais podem ser permanentes ou temporárias, de carácter intelectual, de processamento, sensorial, emocional e/ou motor, lutamos pelo enaltecimento severodascompetênciasdosalunosepelaintervençãoadequadanocernedassuasdificuldades.Se entendemos a escola e a educação como pilares da sociedade, não podemos ser indiferentes à diferença.

Temos de permitir e lutar para que, efetivamente, as escolas se ajustem a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Temos de promover, tambémeprincipalmenteaqui,ainteraçãofamília/escola,cadavezmaisurgenteecadavezmaisnegligenciada.

Temos de continuar a pensar e a formular a escola numa perspetiva inclusiva e altruísta.

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ASSOCIATIVISMO E VOLUNTARIADO

Oassociativismo,querestudantil,querjuvenil,tem-seconstituídocomoummeio,porexcelência,de exercício de cidadania.As associações, essas, são espaços onde se replica o sentimento depertença, onde se transmitem valores e ideais, onde se fomenta a responsabilidade, o respeito e oempenho,e,finalmente,ondesedesenvolvemcompetênciasde liderança,comunicaçãoedeoutrasíndoles,comojamaisépossívelsemestaexperiência.

Emtemposidos,osestudantesorganizavam-sequernoensinosecundário,quernosuperior,fazendoproliferarasassociaçõesdeestudantesemtodososestabelecimentosdeensino.Hoje,naRegião,nemtodasasescolastêmassociaçõesdestetipoeagrandepartedosalunosnãoseinteressaemparticipar.Emalgunscasos,asverdadeirasassociaçõessãoconfundidascomcomissõesdefinalistasquetêmcomoúnicoobjetivoaorganizaçãodeumaviagem.

Assim sendo, para que se recupere o sentimento de participação e intervenção característico da irreverênciadajuventude,propomosumamaiordivulgação,juntodasescolas,daimportânciadaparticipação em instituições deste caráter. Ambicionamos um maior apoio aos jovens na constituição dassuasassociaçõesenaorganizaçãodassuasatividades.Paraisso,asDireçõesExecutivasdasEscolas, a Direção Regional de Juventude e Desporto e a própria Secretaria Regional de Educação devem assumir um papel ativo e de apoio real e efetivo.

Esperamos,finalmente,naesperançadequenãoadormeçanoesquecimentodequemdedireito,que,nasequênciadoquepornósjáfoiproposto,asassociaçõesdeestudantespossamterassentonos conselhos pedagógicos das escolas, órgãos de especial decisão sobre os desígnios escolares e ondeavozdosestudantesdeveriasertidaemconta.

Além do associativismo estudantil, defendemos, também, o juvenil que, desde há alguns anos, tem proliferado na Região. A ele se reconhece, pelo menos teoricamente, a importância que desempenha junto da comunidade, propiciando a todos, e aos jovens em particular, a oportunidade de participar emprojetosdecarizculturalesocialdeelevadautilidadeequalidade.

Contudo, sentimos necessidade de premiar o mérito e o trabalho das mais diversas associações que trabalham em toda a Região. Propomos a criação de um prémio anual de congratulação e consequenteincentivonaprossecuçãodotrabalhoatéentãorealizadopelasassociaçõesintegrantesdo Registo Regional do Associativismo Jovem, que seja atribuído após avaliação da Direção Regional de Juventude e Desporto e das autarquias madeirenses, consoante o município no qual se integre cada associação.

Não pretendemos, com esta ação, premiar pelo simples facto de premiar, mas alertar para a importânciadoempenhoedosbonsprojetosedasuainfluêncianavidaenodesenvolvimentosaudável dos jovens.

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Norespeitanteaovoluntariado,nãopodemosdeixardereiterarqueesteéumdosmaisnobresatosdesenvolvidos em prol das pessoas, das famílias e das comunidades. Aqueles que a ele se dedicam, adquiremumconjuntodecompetências,atravésdasmetodologiasdeeducaçãonãoformal,quedevem ser categoricamente reconhecidas e aproveitadas.

Entendemos que estas competências devem ser valorizadas pelos empregadores, o que já vemacontecendo, ainda que de forma pouco satisfatória, e pelas instituições de ensino superior aquando da admissão destes jovens a este grau de ensino. Não podemos colocar ao mesmo nível um jovem que não tenha participado em nenhum projeto, num total sedentarismo social, e um jovem voluntário que de forma realmente livre e desprovida de segundas intenções, tenha participado em projetos de diversocariz.

RELAÇÕES E COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS

As relações saudáveis, nas mais diversas vertentes, são um motor do desejado desenvolvimento dos jovens.

Em2013,quasequatrodezenasdemulheres forammortas emPortugal.Outras centenas foramameaçadas,dezenasforamprotegidascomosseusfilhosemcasasdeabrigoportodoopaís.Muitasjovens viram os seus namoros assaltados pela agressão. Muitas outras conseguiram sair das suas relações, venceramomedodedenunciaro agressor, começandoumavida semviolência.Masexistemoutrostantoscasosdeviolênciaquesemultiplicam.

Sãomilharesascriançaseos jovensportuguesesque,diariamente, sãoexpostosa situaçõesdeviolênciadoméstica,tornando-seelasprópriasvítimasdeatosdeextremacrueldade.Estecontactocontínuo com este tipo de crime, provoca-lhes sequelas - físicas, emocionais e psicológicas - para toda a vida.

Vários estudos afirmam que estas vítimas tendem a evidenciar problemas comportamentais eemocionais, mais reações de stress, formas pouco próprias de manifestar raiva ou opiniões contrárias, menosautonomia,menorcapacidadedeaprendizagememenoscompetênciasdecomunicaçãoesocialização.Elasmesmaspodem,nofuturo,envolver-seemsituaçõesdeintimidaçãoatravésdousodaviolênciaeemrelaçõesdeintimidadeconsideradaspoucosaudáveis.

Nãopodemosnosdaraoluxodeirdelegandoparaoutrasinstituições,umtrabalhoque,aospoucos,nós,umageraçãoquetemdereinventarofuturo,tambémpodemosirfazendo.

Temos de passar do pergaminho para a prática, disseminando uma mensagem que reforce a necessidadede“diminuiralegitimaçãoeatolerânciasocialfaceàviolênciadomésticaeàviolênciadegénero”,quepromova“valoresdeigualdade,decidadaniaeumaculturadenão–violência”,bemcomo,“aeliminaçãodeestereótipos”eaalteraçãodas“representaçõessociaisdegéneroquelegitimamaexistênciaderelaçõesdesiguais,conduzindo,assim,àalteraçãodeperceções,práticasecomportamentosdiscriminatórios”,semnuncaesqueceraurgênciadoenvolvimentodos“váriossectores da sociedade na prevenção”.

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É precisamente isto que vêm defendendo os sucessivos planos nacionais e regionais contra aviolênciadoméstica.Énistoquenosdevemosbasearparapodermosatuarnarealidadeprática.Nasescolas,nasassociações,nosserviçosdesaúde.Afazerrepercutiramensagemeaimportânciadeumarelaçãosaudável,deconfiança,deafeto,desegurançaerespeito.

Aviolênciadomésticaéumproblemadasociedadeenãopodeserrelegadaparasegundoplano.Umfenómenodestadimensão,quenãoescolheidades,género,estatutosocial,orientaçãosexual,raçaoucredo,precisadaluta,dadenúnciaedaconsciencializaçãodetodosnós.

Noqueconcerneàprevençãodagravideznaadolescência,àpropagaçãodedoençassexualmentetransmissíveis e à toxicodependência, urge que se repercuta mais informação nas escolas, nasassociações estudantis e juvenis, nos centros de saúde e em todos os espaços comuns à comunidade. Embora vivamos na era das tecnologias da informação e da comunicação, estes casos continuam arepercutir-sepeloquearevisãodascampanhasdesensibilizaçãoeocultivodemaisinformaçãosão urgentes. Para que a prevenção se sobreponha, sempre, às alternativas consequentes!

Aenvolvênciadafamílianestassituaçõesé,igualmente,decisiva.Nãosomentenaresoluçãodosproblemas, mas, de forma essencial, na prevenção e no diálogo que deve ser estabelecido com os filhos.Aimagemeopapeldafamíliatêmdeserreforçadosecadaumadeveterconsciênciadaatuação que pode ter junto dos seus educandos.

Talpodeserefetivadoatravésdapromoçãodecompetênciasparentais,estratégia,esta,quedeveriaserdinamizadaemescolas,centroscomunitáriosedemaisassociações.

DESPORTO

Odesportoéconsideradoumadasmaissignificativasexperiênciaslúdicas,deaprendizagem,deformação e de enriquecimento pessoais. Desenvolve o autoconceito, acarretando um conjunto de benefícios, ao nível físico, psíquico e social, tão cruciais no desenvolvimento e crescimento dos nossos jovens.

Cadavezmais,deveserfeitaumaapostaconcisanodesportodeformação,quetantosjovensformana região e no país, fomentando e possibilitando o desporto para todos.

Na Região, e considerando as vicissitudes económico-financeiras, urge que, cada vez mais,as instituições ligadas a esta área atuem numa interação e colaboração constantes. Devem, simultaneamente,promoverumareorganizaçãofinanceira,tentandofazer,pelomenos,omesmo,mas com menores recursos.

No entanto, ainda que com esforços maiores, não podemos continuar sem alterar o atual paradigma dodesportomadeirense.Devemserdefinidasasmodalidadesdesportivasconsideradasestratégicas,ligando-asaoecoturismoeaolazerdesportivos.Odesportodevedesenvolver-se,apartirdeagora,em consonância total com a economia, o turismo e o emprego.

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Nãodevemosdescuraraapostanavertentenáuticadodesporto,nãoporserumatendênciadosdiasde hoje, mas, principalmente por sermos uma ilha com inúmeros recursos marítimos a aproveitar.

Paralelamente, deve ser promovida uma política de fortalecimento da competição regional e de valorização do atletamadeirense.Muitos são os que têm provado que a Região tem inúmerostalentos que precisam das melhores condições para investirem no seu trabalho e, assim, merecerem e atingirem os patamares mais elevados.

Não podemos esquecer que a aposta nestes atletas depende, também muitas vezes, das suasdeslocações a diversos campeonatos fora da ilha. A Constituição da República Portuguesa e a própria Lei de Bases do Desporto determina que é o Estado que deve assegurar o princípio da continuidade territorial e logo assumir todas estas deslocações. Embora tal não esteja a acontecer, não desistiremos da efetiva resolução do problema adjacente às deslocações dos atletas e equipas regionais a Portugal Continental e ao arquipélago dos Açores. Defendemos, por isso, a criação de umfundonacionalparafinanciarasviagensdosagentesdesportivosentreocontinenteeasregiõesautónomas.

Temos mais que provas dadas que a aposta no desporto regional tem sido uma mais-valia e tem germinadofrutosebenefíciosdesseinvestimentoeosexemplosdessasapostasexistemnasmaisdiversas modalidades, como os casos de Cristiano Ronaldo, melhor futebolista do Mundo, João Rodrigues,MedalhaOlímpicaNobreGuedesdeVela,MarcosFreitas,CampeãoEuropeudeTénisdeMesa, Leandra Freitas, campeã europeia de Judo, entre tantos outros que levamo nomedaMadeira além fronteiras.

Odesporto temde serencaradonumaprimeira fasecomobaseparaa formaçãodeHomenseMulheres da nossa sociedade do amanhã e, numa segunda fase, como uma evolução para outros palmarés para aqueles que tenham condições e se predisponham a voar mais alto.

OProfissionalismodasmodalidadeseosapoiosdevemserdistintos,tendoanoçãoquecadaumtemlugarpróprioedeterminadonanossasociedade,ondeexisteespaçoparaambos.Terásempredeexistirumaredistribuiçãodeverbaseumadiferenciaçãoclaranaquelesqueapostamnapratada casa para chegar mais longe.

Atendendo, portanto, à importância que o desporto assume no desenvolvimento dos jovens e após uma análise e acompanhamento da realidade desportiva atual da Região Autónoma da Madeira, entendemos,maisespecificamente,que:

- Deve ficar consignado nos Contratos Programa do Governo, no início do mesmo, e afimderespeitarmos o princípio da continuidade territorial, que aquando da concessão das viagens aéreas e marítimas às transportadoras, os clubes da Madeira e, principalmente do Porto Santo, saibam quantasviagensvãodisporparaaépocaemquestão,havendoumafiscalizaçãoparaprovaraveracidade das mesmas;

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- Os contratos programas devem ser feitos antecipadamente, para todas as modalidades e os seus respetivos clubes saberem, de forma atempada, com o que podem contar para a época em questão;

-Devemserrealizadasauditoriasregularesaosclubes,garantindo,destemodo,autilizaçãocorretados apoios públicos concedidos;

-Aníveldosfinanciamentos,devehaverapossibilidadededeixaramodalidadedeumpagamentoanual,adotandoopagamentofaseado:umnoiníciodaépocaemJulhoatéDezembro,eoutrodeJaneiro a Junho;

-Há necessidade de criar um “rácio” qualitativo e quantitativo para os apoios às equipas e àsmodalidades sobre as suas participações, tanto nas competições regionais como nas competições nacionais;

-HáqueestabelecerumnúmeromínimodeatletasMadeirensesemcadaumadasequipasquepossuemSAD’squeparticipamanívelnacional.PremiarquemutilizasseumnúmerosuperioraoestabelecidoporcadaumadasModalidades.Penalizarquemutilizasseumnúmeroinferior;

-Urgeaexistênciadeumaplanificaçãoanualmaisadequadaaníveldejogosdasmodalidadesde pavilhão, para não existiremmodalidades sempre a jogar nosmesmos pavilhões, havendoassim também a oportunidade das diferentes modalidades poderem ter jogos por toda a Madeira (rotatividade);

- Deve ser promovida uma estratégia de eventos desportivos, aproveitando as infraestruturas desportivas de que a Madeira dispõe e usufruindo, igualmente, das condições que possuímos paraosdesportosdeNaturezaedoMar,demodoaquehajaummaiorimpactopositivoaníveldesportivo e a nível turístico;

-HáquerentabilizarasinfraestruturasjáexistentesnaMadeira,promovendonasmesmasaatividadefísica e desportiva;

- É necessário facilitar o acesso às instalações desportivas em infraestruturas que se encontram com poucaadesão.Avaliarapossibilidadedereduçãodastaxasdeformaapromoveraatividadefísica;

- O desporto escolar deve passar a ter uma maior importância na nossa região, principalmente nos primeirosanosdedesportodascrianças(atéaos13anos),criandoassimumcomportamentomaisativo da parte dos mais jovens para com o Desporto. Os clubes surgiriam a partir dos 13 anos na vidadojovematletadeformaatentarotimizá-loscomoatletas,fazendo-oschegarapatamaresdeexcelência;

-Deveserexigidoumplanoanualdeatividadesfísicasregularemtodasasinstituiçõespúblicas;

DeformamaisespecíficanoFutebol,propomos:

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-Quotizaçãodoatletamadeirense,nasSADSdonossoFutebolProfissional,sendoimplementadoum número mínimo de jogadores madeirenses no plantel. Quem não respeitasse o número mínimo sofriapenalizaçõesaníveldeapoiosporcadajogadormadeirenseamenosdopedido.NocasodoFutebolProfissional,paraalémdoatletaterdesermadeirense,tambémtinhadeterpertencidoàscamadasjovensdoclubeemquestão,deformaaqueosmesmosvalorizassemproficuamenteo trabalho de formação;

-Acabarcomosapoiosaofutebolséniordasequipasquefiguramnoscampeonatosregionais,asequipas tem de passar a ser auto sustentáveis;

-Futeboljovemmaisapoiado,sendocriadoum“rácio”quepremiasseasequipascommelhoresdesempenhos;

-AssociaçãodeFuteboldaMadeiraporsetratardoórgãoqueregulamentaodesportocommaisatletas a participar na nossa Região, deve passar a ser mais auscultada pelas entidades que tutelam o Desporto;

ECONOMIA, EMPREGO E EMPREENDEDORISMO JOVEM

Nosúltimosanos,temosassistidoaumaenormefluxodeemigraçãoemPortugal.Segundoestatísticasemitidasem2013,entre100e120milportuguesesviram-seobrigadosafazerasmalaserumaratéoutros países em busca de trabalho de uma maior qualidade de vida. São assim, forçados a construir os seus sonhos, fora do país natal, longe dos familiares e amigos. Muitos desses Portugueses, a maioria, são jovens licenciados desempregados, que não arranjam emprego há mais de um ano, ou quenemconseguemumestágiocomoprimeiraexperiênciaprofissional.

Nosúltimosmesestemsidoanunciadoqueataxadedesempregotemdiminuído,masénecessárioter em conta que apesar das colocações terem aumentado, esta redução deve-se também, ao fato de muitas pessoas inscritas em institutos de empregos, terem anulado a sua inscrição e emigrado.

Pelo fato dos emigrantes dos dias de hoje serem jovens e teremmais qualificações do que osemigrantes de décadas atrás, adaptam-se melhor ao país de destino, não pensando regressar. Devido a essa melhor adaptação no país acolhedor, já não enviam dinheiro para Portugal, como se verificavanosanos60,oqueparaPortugalnãoébenéfico.

Osjovenscadavezmais,precisamdemotivosparanãosaíremdopaís,necessitamdeencontrarcáaqualidadedevidae,especialmente,osempregosqueencontramnospaísesparaondesetêmmudado.

Urge providenciarmedidas fiáveis para umamaior criação de empregos, passando da teoria àprática. Criar mais incentivos às empresas que contratem ou a empresas que estejam em condições de criar mais postos de trabalho.

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PoderiasercriadaumataxadeIRCespecial,paraempresasquetenhamcriadoemantidopostosde trabalho. Para além disto, uma sociedade que criasse e mantivesse um número de postos de trabalho,poderiabeneficiardeumdescontoaquandodopagamentodoIVA.

Também é necessário favorecer as empresas que estejam disponíveis a fornecer estágios a jovens, fomentando uma medida que colocaria muitos jovens em contato com o mundo do trabalho e, a adquiriraexperiênciaexigida,muitasvezes,nascandidaturasàspoucasvagasexistentes.

Poderia ser criada uma bolsa de estágios, nos setores público e privado, para estudantes madeirenses recém-licenciados, em que os custos para a empresa que fornecesse o estágio fossem irrisórios, sendo estes assumidos pelo Estado.

Muitos dos empregados, por conta de outrem, deparam-se com enormes descontos no seu recibo de vencimento,querdesegurançasocialquerdeIRS,estastaxasdeveriamserreduzidas.

Tendo em conta que muitos dos empregados jovens trabalham a recibo verde, é muito importante reduzirastaxasindexadasaosmesmos.ApesardenãodescontaremIVAnemIRSatéumvolumede negócios de10.000,00€, e serem isentos de descontos para a segurança social no primeiro ano, provavelmentepagarãoIRS,quandoefetuaremaentregadomesmo.ParaumjovemquetemcomoasuaúnicafontederendimentoosRecibosVerdes,éextremamentecomplicadoentregar25%doseutrabalhoaoEstadocadavezqueemiteumrecibo,ouentãonoiníciodoanoseguinte,quandofazoseuIRS,terquepagarummontanteelevado.

É necessário não esquecer que uma pessoa que tem como fonte de rendimento os Recibos Verdes, não recebenem subsídio deNatal nem férias, o que significaqueomontante que recebenãodiferencia,equalquerdespesaextrajáfazdiferençanumorçamentodequalquerjovemqueestáainiciar a sua vida de trabalho ou, quem sabe, familiar.

Paraalémdebeneficiarosjovenscomopessoassingulares,énecessário,criarmaisbenefíciose/ou incentivos para jovens empreendedores. São estes que podem ajudar a resolver o problema do desempregoepotencializaraeconomiadopaísedaregião,emespecial.

Será sempre uma aposta de desenvolvimento a todos os níveis não será nunca uma solução universal paraoproblemadataxadedesemprego.

Oempreendedorismocriativoeconscienteafirma-se,cadavezmais,comoummeioderevitalizaçãodaeconomiaregional.Porestarazão,estesagentesdedesenvolvimentoprecisamdeapoiocontínuoedemaiseficazesmecanismosdepromoçãodosseusprojetos.

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Precisam,igualmente,deumadesburocratizaçãodosprocessosasiinerentesedeumevitamentodeexcessosdeplanificação,deavaliaçãosumáriaedecontroloquesóprejudicamasuaevolução.Oqueoseutrabalhonecessitaédaregulaçãoefiscalizaçãocertas.Sóassim,cadaempreendedorefomentadordocrescimentoeconómicodaRegiãoedoPaíspoderáafirmar-se,deformapositivaeeficaz,nomercado,perfazendoprojetosdeinteirosucesso.

Não prescindimos de uma visão sustentável para as empresas. Estas devem equacionar o seu plano dedesenvolvimentoalongoprazo,deumaformasustentávelanívelsocialeeconómico.Ariquezae o sucesso de cada projeto dependem da fomentação de uma evolução equilibrada.

Defendemos, por isso, uma eficiência económica transversal e perentória que fomente oempreendedorismo, a sustentabilidade das empresas e, consequentemente, o emprego.

Não são muitas as instituições a que os jovens podem recorrer caso queiram criar a sua própria empresa.NaRegiãoAutónomadaMadeira, amaisusual aqueosempresáriosocorrem,o IDE(InstitutodeDesenvolvimentoEmpresarial),estácomassuascandidaturassuspensas,oquenãodeveria acontecer na conjuntura atual do país.

Desde Abril deste ano que não entram candidaturas aos sistemas de incentivos e Linhas de Crédito PROINVEST,oque temdificultadoacriaçãodenovas sociedades, logo, consequentemente,depostos de trabalho.

Existemoutrasinstituiçõesaqueospotenciaisempreendedorespodemrecorrer,comoéoexemplodoIEFP(InstitutodoEmpregoedaFormaçãoProfissional),mas,noentanto,estasparecemnãosermuito divulgadas.

Urge também que haja mais informação! O número das campanhas de divulgação aos jovens deve, também, igualmente aumentar. Podem ser criadas ações de informação aos desempregados, de modo a que estes também criem o seu próprio emprego.

Nosúltimosanososjovenstêm-sedeparadocommuitasdificuldadesnaobtençãodemicrocrédito.Estesprocessosdeveriamserdesburocratizadosquandooobjetivofosseacriaçãodeumasociedadecom uma ideia realmente empreendedora.

Apóssercriadaumasociedade,oempresáriodepara-secomumaenormecargafiscal,oquetornadifícil a continuidade da sua atividade. Para além disto, regista-se a grave da crise que o mercado atravessa,emtodososníveisparaamenizarassuasdificuldades,umasociedadenova,deveriaserabrangida por uma redução dos impostos, pelo menos no primeiro ano da empresa.

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Relativamente ao Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) em concreto, umaimponente conquista da Região e um primordial propulsor do desenvolvimento económico, deve ser entendido como um elemento alternativo aoTurismo (que, por seu lado, tem-se afirmadocomoaprincipalindústriadaRegião)etemgeradoreceitasfiscaiseparafiscais,necessáriasparaoorçamento da nossa região. Deve ter as condições para potenciar outros pólos de desenvolvimento, possibilitando o aparecimento e criação de novas actividades e serviços, nomeadamente a de um HubIntercontinentaldeServiçosdeTransportesMarítimosedeAssemblagemIndustrial.

A Zona Franca da Madeira deve ter um modelo de gestão e um enquadramento legislativoadequadosaosenquadramentosatuaisdaszonaseconómicasderegimesespeciais.Nãoexigimosuma diferenciação negativa, mas que nos seja concedido no mínimo, o enquadramento e regime queoutrospaísesdaUniãoEuropeiatêm. De uma forma geral, não nos podemos alhear da possibilidade e até da necessidade da adoção de umsistemafiscalpróprio,queatendaàscaracterísticasfiscais,económicasesociaisdaR.A.M.Relativamente ao mar, este transparece-se como um motor da economia regional. Deve ser um recurso estratégico em áreas como o turismo, comércio e serviços, lazer, desporto, ambiente erecursos naturais e investigação.

Éumafontevitaldealimentos,recursosenergéticos,geológicoseatédeatividadesdelazermasé,igualmente, uma das maiores vias de transporte e comunicação, que não podemos nem devemos descurar.

Acreditamossernecessário fazerdoclusterdoMarumaeconomiarentávele incutirnos jovensas potencialidades desta área, incentivando-os a empreender, também aqui, para potenciar o desenvolvimento da Região.

No cerne desta questão, não podemos alienar o papel fundamental das instituições de ensino. São as responsáveisnamelhoriadasqualificaçõesdestesector,oferecendorecursoshumanosqualificadosetecnicamentemaiscompetitivos,fazendocomquepossamosapostarmaisemelhornaconquistade novos mercados.

É imperativo apostar, paralelamente, no turismo marítimo, nas pescas, nas indústrias relacionadas, na ZonaEconómicaExclusiva,naexploraçãoenoaproveitamentoeconómicodosrecursosmarítimos,nasenergiasrenováveisenodesenvolvimentosustentáveldaorlacosteira.Nãopodemosdeixarde prestar atenção àquilo que nos rodeia, focando este recurso como um dos principais pilares da economia futura.

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ARRENDAMENTO JOVEM

Um dos principais sinais de emancipação jovem prende-se com a saída de casa dos pais. Não pela deslocação para outra cidade devido aos estudos, mas, neste caso concreto, pela procura da sua autonomiaeindependência.

Écertoqueesteéumpassodeterminantenavidadecadaum.Talvez,depoisdoemprego,sejaumdos mais importantes fatores para a estabilidade e para a constituição de família.

Arrendarumacasaé,muitasvezes,aprimeiraopçãodequemquerteroseupróprioespaço.Oprograma de apoio ao arrendamento jovem Porta 65, uma subvenção mensal atribuída a muitos jovens portugueses que contemplam os requisitos pedidos, é, na Região, ainda pouco aproveitado.

Acandidaturaaesteapoioérealizadaatravésdeumaplataformaonlineprópriamas,naMadeira,nãoexistequalquerespaçofísicoaqueosjovenspossamacorrer.

Propomos,nesteâmbito,acriaçãodeum“GabinetedaHabitaçãoJovem”naMadeira,quefiquesobaalçadadaIHM–investimentosHabitacionaisdaMadeira.AIHMtem-seassumido“comoagente para a transformação social”, potenciando a criação de condições para que os indivíduos e as famílias alcancem o equilíbrio económico, afetivo, psicológico e cultural, através da habitação edafamília,ondese“sustentamoselementosprimáriosdapersonalidadeeondecomeçaavidasocialeeconómicadecadaindivíduo”(http://www.ihm.pt/).

EsteGabineteincidiriasobrejovensdos18aos30anos,sendoquenoagregadoumdoselementospoderia ter até 35 anos, e ficaria responsável pela receção das candidaturas e pelo tratamentode qualquer assunto relacionado com o Porta 65 e pela conceção de informações inerentes a arrendamentos,foradoâmbitodoprogramaanteriormentereferido(rendas,condomínios,legislação,etc.).

SEGURANÇA SOCIAL E SAÚDE

Asociedadedosnossosdiasatravessaumacrisesemprecedentesemtornodaqualjásefizeramosmais diversos diagnósticos. Mas mais do que isso, precisamos de respostas rápidas ao mais distinto tipodesituaçõesqueassolamasfamíliasportuguesas:desemprego,falências,sobreendividamento,exclusão,pobrezaemarginalidade.

Nós, jovens social democratas, humanistas e reformistas, entendemos que as soluções práticas, reais ecredíveisparaoflagelosocialqueavassalaaatualidadeseprendecomareformulação,trabalhoe empenho em áreas como a habitação, a saúde, a segurança social, a inclusão social, a igualdade de oportunidades, o trabalho ativo, as tarifas sociais de transportes e o voluntariado.

Noquedizrespeitoàsaúde,deumaperspetivaespecífica,éurgenteareformulaçãodofuncionamentodos centros de saúde, promovendo uma maior vigilância no acesso e controlo de visitas de modo a

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evitar a contaminação e o aumento das infeções em estruturas de saúde. As infraestruturas de saúde devem ser, também, reestruturadas, atendendo à atual pirâmide etária, sem esquecer as possíveis inversões cíclicas que o futuro pode abarcar.

A sociedade deve ser alvo, no seu todo, de uma igualdade de oportunidades. Nenhuma pessoa podeserexcluída,menosprezadaoualheadadasmaisdiversassituaçõesdevidoaoseuestatutosocioeconómico ou a outra qualquer idiossincrasia. Nesta vertente, cabem às instituições competentes uma luta contínua pela igualdade social.

A chave desta luta não deve estar num tratamento diferenciador, mas sim numa proximidadeadequada e inclusiva de todos e para todos.

A Segurança Social necessita de um reforço de apoios, na situação de crise que vivemos o estado tem de salvaguardar todas as situações e deve garantir sempre os interesses dos contribuintes e ser implacável com as fraudes por parte daqueles que se aproveitam dos benefícios gerados para os que mais precisam.

OEstadoSocialnãoexisteparadarlucro,existepararesponderasnecessidadesdaspopulaçõeseacautelarasuasubsistência.Osimpostosgeradosportodoseparatodostêmesseobjetivoenãodevem ser usados de forma leviana e em projetos megalómanos.

TRANSPORTES

Nosnossosdias,amobilidadeéimprescindívelnavidadequalquercidadão,sejaqualforafaixaetária ou classe social.

Terrestre, Aéreo ou Marítimo, a mobilidade é uma das componentes do desenvolvimento que garante as necessidades de deslocação de pessoas e bens, sendo por isso um sistema que deve oferecer um conjuntodemeioseserviçosafimdefacilitarodia-a-diadaspessoas.

A Região continua refém das ligações aéreas definidas pelo estado português bem como pelascompanhias áreas. É impensável ser mais económico viajar pela Europa fora do que dentro do próprio país. Os madeirenses são constantemente prejudicados especialmente nas épocas de maior afluência, Natal eVerão, devido ao facto das companhias se aproveitarem da necessidade deregresso,principalmentedosestudantes(quesãocercade5000todososanosnoensinosuperiornasuniversidadesdocontinenteportuguês).Éimperativoareintroduçãodatarifadosestudante.

A rota marítima entre as ilhas e Portugal continental deve ser implementada como necessidade de eliminar as fronteiras que nos isolam da Europa a que pertencemos. A ligação Portugal continental, Madeira e Açores tem de ser uma realidade, que permita uma livre circulação de pessoas e bens fazendo concorrência à ligação aérea.Afinal, é obrigação do estado português garantir acontinuidade territorial.

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ReivindicamosmuitocomoEstadoPortuguêspelasligaçõesmarítimaseaéreas,mastemosdesernós,anívelregional,adaroexemplo,complementarnoscontratosdeconcessãodasligações,osestudantes, os doentes e o Desporto.

Entendemos, ainda, que:

- Deve-se privilegiar as pessoas e as suas necessidades de deslocação, de forma a garantir um acesso eficiente;

- Reavaliar a rota das carreiras no sentido de poder abranger o maior número de pessoas;

-Criaçãodemulti-rotas,ousejaomesmotransporteafazeroserviçodeduasrotasemhoráriosdepouca lotação;

- Protocolo entre as empresas de transportes coletivos com o objetivo de criar um passe único para estudantes;

-Melhorarafiscalizaçãoeregulamentaçãodaslotações,visandoàsegurançaequalidade;

-Modernizaçãodefrotasepromoçãodousodetransporteshíbridos;

-Promoverautilizaçãodotransportepúblico,enquantomododetransportequesejarápido,menospoluente e acessível a todos os cidadãos;

-Promoverautilizaçãodemeiosde transportenãopoluentes, comoabicicletae incentivaroscidadãos a deslocarem-se a pé;

- A mobilidade sustentável é uma aposta estratégica que considero fundamental para a melhoria da qualidade de vida das populações, pelo que a procura de soluções mais inovadoras que respondam às necessidades de deslocação das pessoas e bens deve ser uma prioridade dos municípios e governo.

CULTURA

ACulturaéoespelhodaidentidadedeumpovo,aafirmaçãodaquiloquecaracterizaaevoluçãodasociedaderegional.Nãopode,jamais,sermenosprezadadevidoaosmuitosproblemaseconómicosquecaracterizamosdiasdehoje.Oinvestimentotemdecontinuar,mesmoqueemmoldesinferiores!A cultura deve ser elevada a prioridade, sendo promovida, desde cedo, nas escolas. Os nossos jovense,emgeral,asnossasgentesdevemsereducadoseredirecionadosparaavalorizaçãodanossa cultura. Só assim se poderá enriquecer este panorama, elevando o bom nome da região dentro e fora de portas.

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Éfundamental,portanto,apostarnaafirmaçãodasnossasraízesculturaisidentificativas:valorizandoe divulgando o nosso folclore, a nossa gastronomia, das nossas festividades, o artesanato, os costumes, as nossas crenças e o nosso património.

Emboraascondiçõeseconómico-financeirasnãosejamasmaisaprazíveisparaestaárea,osagentesculturais devem trabalhar em interação, partilha e colaboração permanentes, em consonância com asentidadescompetentes,fazendo,comosrecursosdisponíveis,umtrabalhodequalidade. Numcontextodecriseeconómicaefinanceira,comoopresente,aculturadesempenhaumpapelfundamental,navalorizaçãodo indivíduoeda sua identidade,napreservaçãodos seusvalorese na promoção de uma postura crítica. A criatividade, o espírito empreendedor, e a capacidade de desenvolvimento pessoal e coletivo são características que se afirmam quando a cultura é,realmente,valorizada.

A aposta na cultura é a aposta na identidade regional!

Osnossos jovensestudantes têmos seushoráriosescolares sobrecarregados,aEscolaa “tempointeiro”afasta-osdosgruposculturaisedaaprendizagemdeoutrasmatériasqueosenriqueceriamcívica e culturalmente.

Assim sendo, é vantajoso a criação do Estatuto Jovem agente Cultural/Estudante à semelhança do Trabalhador/Estudante, abrangendo vários graus de ensino.

Os jovensmembros de grupos culturais, desdeBandas Filarmónicas, grupos de folclore, teatro,dança, entre outros, teriam maior disponibilidade para participar nas atuações das suas coletividades, não vendo prejudicado os seus estudos.

Abrir-se-iam, assim, novas oportunidades para os jovens participarem na vida cultural madeirense.

TURISMO

O turismo é o principal sector de atividade e motor da economia regional, temos um dos portos estratégicos da Europa, sendo inevitavelmente crucial que se recupere o valor e a dinâmica desta porta de entrada na região. O mar não é somente uma porta de entrada, deve ser, também, um potenciador de atividades turísticas.

A evolução dos índices do turismo na Região não pode descurar, então, o potencial natural da ilha, nem, tão pouco, a probabilidade de abrir as suas fronteiras turísticas a outras gerações. As suas capacidadesdevemser,sempre,exploradas, tendocomobaseacontínuaevoluçãosustentadaeresponsável em relação ao ambiente.

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É importante,paralelamente,que se apostena requalificaçãoediversificaçãodemicroprodutosturísticos da Madeira, investindo na captação de potenciais novos nichos de mercado. Não podemos abandonar a ideia de criar um turismo temático, que longe dos meios urbanos, crie nichos de desenvolvimentolocalemáreascomoGastronomiaeVinhos,CulturaeEtnografia,SaúdeeBem-Estar,NaturezaePaisagem,Golfe,Sol,Mar,Náutica,RecreioedeobservaçãodaNatureza.

Para isto, poderá ser importante recolocar a Madeira num patamar mais acessível, enquanto destino de qualidade. Não obstante, a promoção deverá reger-se por uma aposta mais forte nas ferramentas de média de ponta.

AJSDMadeiradefendeacriaçãodeumavozúnicanoturismo,atravésdacriaçãodeumorganismoouaproveitamentodaAPM(AssociaçãodePromoçãodaMadeira),porformaaterumavozcoerentee integradora com peso e económico e institucional, uma entidade que assuma a representação do sector junto das entidades competentes. A estratégia de promoção estaria concentrada numa única entidade, com um orçamento muito maior, de acordo com a importância fulcral do sector na nossa economia;

Ao nível do Turismo Doméstico, defendemos uma estratégia de combate ao abrandamento ao turismo internacional em consequência da conjuntura económica que atravessamos.Apesar doefeitotemporário,oturismodomésticotemqueseraprofundadoporformaadinamizaraseconomiasmais rurais.

Na sequência do turismo doméstico, o combate à sazonalidade tem de ser feito demaneira aalavancar a competitividade. Sabemos que na Região Autónoma da Madeira ter 12 meses de época alta, no entanto, através de ofertas complementares poderá em alguns concelhos diminuir a sazonalidadealongadoosperíodosdeépocamédia/alta.

É crucial a beneficiação e recuperação dos percursos pedestres Beneficiação e recuperação depercursospedestres,vulgarmentedesignadospor“veredas”e“levadas”,de formaamelhorarascondições de segurança e de dotação de sinalética; georreferenciação e implementação de um modelo de gestão dos percursos pedestres; elaboração de material de promoção e divulgação dos percursos pedestres e dematerial informativo, versando sobre os valores florestais, naturais oumesmo culturais, associados a cada percurso.

•ASSOCIAÇÕES•MUNICÍPIOS•HOTÉIS•RESTAURANÇÃO•AGÊNCIASDEVIAGEM•TRANSPORTE•OPERADORESTURÍSTICOS

APM SRT

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Quanto à imagem do destino, necessita de modernização, atualização e produção de novossuportes informativos e promocionais, impressos e multimédia; Vinhos, Bordados, Artesanato eprodutos regionais integradosnumnovodesignemarketing; implementarumanova imagem,moderna, transversal a todos os suportes e materiais promocionais e que servirá de base às ações promocionais e campanhas vindouras, incluindo ainda a reformulação e a renovação de todos os materiais promocionais na sua forma, imagem e conteúdos.

Disciplinar a gestão das redes sociais e de conteúdos online é essencial para o aumento da competitividade.

Relativamente ao turismo jovem, consideramos interessante o reaproveitamento dos edifícios devolutosnocentrodoFunchalparaacriaçãodepequenosespaçoshoteleiros(hostel),compreçosmais acessíveis de forma a fomentar um turismo mais jovem para a nossa região.

Emrelaçãoaoturismodecruzeiro,seriaútilacriaçãodeumpequenosflyercomum“shortcircuit”ondeintegrasseosprincipaispontosdevisitanaCidadedoFunchalaserentreguesaosvisitantesquechegassematravésdosNaviosdeCruzeirodemaneiraaqueestesconseguissemaproveitardamelhor forma o seu tempo na ilha.

No que concerne às atividades náuticas, é imperativa a regulamentação para as atividades turísticas praticadasnosmaresdaRegiãoporformaaprotegeroHabitatNaturaldasespéciesmarítimaseconsequentemente oferecer um melhor serviço aos turistas.

Alémdisso,édeextremaimportânciaaapostanaqualidadedosrecursoshumanos.Otrabalhoda EscolaHoteleira a este nível temopapel de extrema importânciamas numa regiãoondeoTurismorepresa40%daEconomiaregionalurgeacriaçãodeumcursosuperiornaUniversidadeda Madeira que ofereça aos alunos esta vertente letiva.

AMBIENTE E ENERGIA

Nenhum tipo de desenvolvimento é efetivamente sustentável e equilibrado, senão se respeitar o ambiente. Este deve ser encarado como uma oportunidade e nunca como uma adversidade.

As questões ambientais carecem de uma abordagem contemporânea, voltada para o futuro e com sentido progressista.

Somos conhecidos pela nossa biodiversidade, pelo nosso mar, pela nossa fauna e flora. Estascaracterísticas constituem mais-valias nos mais diversos sectores turísticos, comerciais, ambientais, agrícolas,indústriasdomar,nasaúde,naciênciaenaenergia.Devemos,porestasrazões,adotarumapolíticaambientalverdadeiramenteeficaz,estruturadaesustentável, focandoaatuaçãoemenergias renováveis e limpas.

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Somos a Pérola do Atlântico, uma das regiões mais limpas do mundo, mas que, ainda assim, não pode descurar o ambiente circundante. Devemos lutar para temos um dos mares mais limpos do mundo,prevenindodesastresambientaisfuturosevalorizandoumdosrecursosmaisimportantesdo arquipélago.

Paralelamente, a Região tem feito, ao longo dos anos, uma aposta tecnológica nas energias renováveis desde as centrais hídricas as mais recentes eólicas e fotovoltaicas.

Adependênciadoscombustíveisfósseistemsidoatenuada,alémdaapostaemenergiasalternativaseatualizaçãodastecnologiasdacentraltérmicaterempermitidoumapoupançaderecursoseumamaior proteção e sustentabilidade ambiental. Tal tem originado um constante redireccionamento dessas verbas para testar opções de futuro. Este caminho deve, evidentemente, continuar.

AUTONOMIA

Passaram40anosdesdeaconquistadaAutonomiamasosentimentoautonómiconãoseperdeueestá patente na Juventude.

O processo autonómico tem sido um processo evolutivo e o seu aprofundamento tem sido uma das causas da Juventude Social Democrata da Madeira.

OEstadoPortuguês decidiu-se por umadescentralizaçãopolítico-legislativa, coma criaçãodasRegiõesAutónomas.AConstituiçãodaRepúblicaPortuguesamencionaque“osarquipélagosdaMadeira e dos Açores constituem Regiões Autónomas dotadas de estatutos político-administrativos e de órgãos de governo próprio”.

Esta consagração do regime autonómico na Constituição de 1976 emergiu da necessidade de responder aos problemas suscitados pela vida nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, problemas muito acentuadospela insularidade epelo carácter periféricodestes territórios.Opróprio textofundamentalportuguêsreferequea“AutonomiadasRegiõesvisaaparticipaçãodemocráticadoscidadãos, o desenvolvimento económico-social e a promoção e defesa dos interesses regionais, bem como o reforço da unidade nacional e dos laços de solidariedade entre todos os portugueses”. Podemosreiteraraindaqueo“regimepolítico-administrativoprópriodosarquipélagosdaMadeiraedosAçoresfundamentam-senassuascaracterísticasgeográficas,económicas,sociaiseculturaisenas históricas aspirações autonomistas das populações insulares”.

A construção da Autonomia nasce da necessidade sentida pelo Povo Madeirense para trilhar o seu caminho de emancipação, votado ao isolamento, abandono e esquecimento, durante cinco séculos de poder colonial.

O regime autonómico conquistado em 1974 e consagrado na Constituição de 1976, permitiu,conjuntamente com o apoio recebido da União Europeia, iniciar uma recuperação acelerada da RegiãoAutónomadaMadeira,quedeixouentãodeseraregiãomaisatrasadadePortugal,passandoa integrar o patamar das Regiões Desenvolvidas da Europa.

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Masavidatem-nosdemonstradoqueaautonomiaquetemosnãoésuficiente.Éredutora.Quantosentraves, quantas limitações, restrições ou obstáculos temos enfrentado na nossa história mais recente?OEstadoPortuguêstemderespeitareaplicaroprincípiodaunidadediferenciadaatodoopaís.OGovernodaRepúblicatemdeterconsciênciaquePortugalContinental,osAçoreseaMadeirasãotrêsterritóriosdistintos,cadaumcomassuasdiferentescaracterísticasecomosseusmodelos de desenvolvimento.

Defendemos que a Região Autónoma da Madeira deve ter um sistema político próprio, diferenciado eadequadoàsuarealidade,àssuasespecificidadesregionais.

OaprofundamentodaAutonomiaregionalnãosignificaumqualquerexercícioautoritáriodopoder.Oaprofundamentodopoderregionalé,desdelogo,umasugestãoóbviaparaamelhorrealizaçãodaspolíticasregionais.Oaumentodopoderregionalemáreasdeatividadequeatéaquilhetêmsidovedadasouemqueháaprevalênciadeumduvidosointeressenacionalquetembloqueadoa introdução de alterações legislativas do ponto de vista do cumprimento de um legítimo interesse regional.

Estamos perante um Estado que não reconhece as Regiões Autónomas como parte integrante do País, onde esquecem o princípio da solidariedade. O princípio da subsidiariedade defendido e fundamentado no seio da União Europeia é completamente esquecido pelos órgãos do poder central.Recentementeassistimosaum retrocessoemmatériadasAutonomiasRegionais. ForamaplicadasmedidasmuitogravosasatravésdaalteraçãodaLeidasFinançasRegionais,alteraçãoqueignorou todos os interessados, em especial o Governo Regional da Madeira, Assembleia Legislativa da Madeira e os Madeirenses. Tratou-se de uma imposição que ignorou totalmente o Estatuto Político Administrativo da Madeira.

Não podemos colocar acima do interesse nacional e regional os interesses partidários nem interesses pessoais. Não podemos aceitar que as relações entre os órgãos democraticamente eleitos nas RegiõesAutónomaseoEstadosejamorientadosporquestõesdenaturezapartidáriaenãopeloprincípio da solidariedade nacional e do interesse nacional. Por outro lado, não é aceitável que se verifiqueumacompressãodoconceitodeautonomiaregional.Ocaminhoéjustamenteooposto:é o do aprofundamento do conceito de autonomia regional.

AMadeira,hoje,comonopassado,apenasexigequeaRepúblicasejajustanaredistribuiçãodariqueza,naaplicaçãodasleisenacriaçãodeoportunidadesparaqueospovosautónomospossamativamente construir o seu próprio futuro.

Defendemosoaprofundamentodonossoregimeautonómico,concretizávelporumaclarificaçãoda Autonomia Política, numa futura revisão da Constituição da República Portuguesa, onde determinaríamosqueascompetênciasdoEstadonaRegiãoAutónomadaMadeiraexerciam-senasseguintesáreas:1)Direitos,LiberdadeseGarantiasdosCidadãos;2)Políticaexterna;3)Defesaesegurança;e4)SegurançaSocial.

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OPSDcomopartidodasautonomiasregionaisemPortugaldeveráassumirestaposiçãonapróximaRevisão Constitucional, assim como apresentar uma proposta no sentido de consagrar o valor jurídico do Estatuto Político-Administrativo conferindo-lhe um valor para constitucional; consagrar o princípio do não retrocesso das autonomias regionais de forma a garantir que o processo autonómico seja um processo evolutivo; prever o alargamento dos poderes tributários das Regiões Autónomas e reforçarasáreasdecompetêncialegislativasdosórgãosprópriosdasRegiõesAutónomas.

A Autonomia cresceu por força da vontade do Povo insular por lhe ver reconhecido algo que, eventualmente, com o que entretanto fomos adquirindo ao longo do tempo, seja difícil de compreender: o direito a viver com melhores condições de vida, com mais dignidade, mais meios desubsistência.

Assim, reiteramos:

Maiorautonomiafiscal,semlimitaçõesàaplicaçãodeimpostosnaR.A.M-Oqueaquiseexigeéumamaiorautonomiafiscalenãoumtotalindependência.

Nos dias que correm, a política fiscalmostra-se comooúnico trunfo que resta para fazer faceàsconstantesmutaçõesdomercadofinanceiroecomercial.Acargafiscal impostaporPortugalContinental pode mostrar-se, salvo melhor opinião, desajustada da realidade vivenciada pela R.A.M. Ascarênciasvivenciadas,ospontospositivosefortesqueaR.A.M.dispõeexigemumtratamentoautonomizado. Pese embora tenhamos já tetos mínimos e máximos sobre os impostos e taxasa aplicar, o certo é que depois de ultrapassado o PAEF possamos agir por conta própria, comresponsabilidade própria na nossa própria economia.

Ninguém conhece melhor a política da R.A.M. que os próprios madeirenses. A negociação com o Governo Central torna-se imperativa e urgente, pelo menos para traçarmos metas de alteração e adaptaçãodestanovapoliticaautonomizada,casoentendamnecessárioeconveniente.

-Debate da uniformização fiscal naU.E. - Este é um assunto largamente debatido, de enormeimportâncianoseiodafamíliaeuropeiaquemarcaráumnovopassonestaHistóriaeque,casooespaço comercial seja aberto com a América do Norte virará tema central.

Contudo,mantém-seumassuntodelicado e de elevada complexidade, atendendo à premênciade alguns povos e das suas reservas de soberania nacional. Pelo que o seu tratamento requererá enormes cuidados.

Para já e num futuro próximo defendemos que o tratamento desta matéria deverá passar pelacooperação reforçada, evitando cenários de concorrência fiscal prejudicial entre os estados-membros(frutodasmaisdiversaspoliticasfiscaisqueseexperienciam),quepoderãosernocivospara o mercado interno e para as próprias economias nacionais e de emprego.

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SOCIAL DEMOCRACIA

A Social democracia é a única alternativa credível para a continuidade do desenvolvimento da nossaRegião.É indiscutívelqueosquadros,ascompetênciaseas ideiasmaiseficazesestãonoPPD/PSD Madeira. O Povo Madeirense reconhece-o e espera que atuemos e reajamos de acordo com essa premissa.

NãopodemosignorarodesejodeumPovosoberano,quetãobemfocalizaasuaatençãoparaotrabalho do Partido.

Deve,porisso,imperaraunião,aconfiançaeadeterminação.Nãopodemosassumirqueestamosaqui para agradar as pessoas pelo simples facto de agradar. Estamos sim dispostos a gerir o rumo e o futuro da região da maneira mais democrática, motivados e conscientes de que podemos dar um contributo válido e marcante à nossa terra.

AvaidadeeafutilidadepessoaissãomásindicadorasdaLucidezedaCapacidade.Aspalavraseraciocíniossimplessãosuficientementeclarosebementendidos.

Todososdesafios,todasasvitóriassósefundemefundamentamnoidealcomum.Porestarazão,oobjetivodeveser,sempre,odedivulgarosvaloresdemocráticos,alargandohorizontes,demaneiraanãoficarmosfocadosapenasnonossopróprioumbigo.Osdesígniosdopartidodevemevoluirolhos nos olhos, numa prática contínua de crítica construtiva, assente no respeito pela opinião e dignidade de todos.

Naturalmente, outros quadros virão mas a instituição permanecerá. Não podemos permitir que fiquerefémdaspessoas,temosdeligá-laaideiaseaçõesqueperdurarãonotempoequedevemserválidoquerinterna,querexternamente.Restaperceberoquequeremostransmitir.

“É pena que todos aqueles que se dizem democratas, na prática, não respeitem o jogo democrático e as posições partidárias diferentes das próprias.”

FranciscoSáCarneiro,1974

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delegados

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CALHETA 26

Arco da Calheta 7

Calheta 6

Esteito da Calheta 4

FajãdaOvelha 2

Jardim do Mar 1

Paul do Mar 2

Ponta do Pargo 2

Prazeres 2

MACHICO 35

Água de Pena 3

Caniçal 8

Machico 15

PortodaCruz 6

SantoAntónioSerraMCH 3

PONTA DO SOL 19

Canhas 8

Madalena do Mar 2

Ponta do Sol 9

PORTO MONIZ 7

AchadasdaCruz 1

PortoMoniz 3

Ribeira da janela 1

Seixal 2

PORTO SANTO 11

Porto Santo 11

RIBEIRA BRAVA 29

Campanário 11

Ribeira Brava 14

Serra de Água 2

Tabua 2

SANTA CRUZ 62

Camacha 14

Caniço 29

Gaula 6

SantaCruz 11

Santo da Serra S.C. 2

SANTANA 17

Arco de São Jorge 1

Faial 4

Santana 6

São Jorge 3

SãoRoqueFaial 2

Ilha 1

SÃO VICENTE 12

Boaventura 3

Ponta Delgada 3

São Vicente 6

TOTAIS 450

FUNCHAL 168

ImaculadoCoraçãoMaria 10

Monte 9

SantaLuzia 9

Santa Maria Maior 20

Santo António 41

São Gonçalo 11

São Martinho 37

São Pedro 11

São Roque 16

Sé 4

CÂMARA DE LOBOS 64

Câmara de Lobos 29

CurraldasFreiras 5

Estreito Câmara de Lobos 20

Quinta Grande 4

Jardim da Serra 6

XVCONGRESSOREGIONALDELEGADOS

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