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10 DICAS PARA VENCER A CRISE NO RELACIONAMENTO(E para ser feliz hoje e sempre!)

por Malu Moreira

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sumárioSeja mais cúmplice...................................................................................................... 3Cobranças são desnecessárias ..............................................................................5Faça surpresas ................................................................................................................8Mantendo o autocontrole .......................................................................................10Namore fora da rotina ...............................................................................................13Mantenha a comunicação aberta ....................................................................... 15Críticas geralmente são desnecessárias .........................................................18Não discuta na frente dos filhos ........................................................................ 20Peça sempre desculpas ........................................................................................... 22Ame-se primeiramente ............................................................................................ 24

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introduçãoQuem foi que disse que os relacionamentos são fáceis de lidar o tempo todo? Todas as pessoas passam pelo menos uma vez na vida por crises na relação com a pessoa amada – sendo muito comum mais de uma crise em momentos distintos do relacionamento. Mais que uma situação desconfor-tável, é um contexto que exige a atitude certa, equânime e digna.

Não há uma fórmula secreta para se ter o relacionamento dos seus sonhos. Mas é importante considerar que, mais do que os fatos e acontecimentos desagradáveis oriundos de uma crise, o que importa mesmo é a sua capa-cidade de agir assertivamente, é a forma como você encara e escolhe as suas atitudes.

Neste material, você encontrará dicas e técnicas que irão levar o seu re-lacionamento e vida a dois para outro nível, com foco na comunicação inteligente, na cumplicidade única que apenas a vida a dois proporciona, no direcionamento de uma rotina agradável e feliz, no amor próprio e no auto-controle e em outras nuances do relacionamento, para que haja surpresas fantásticas na vida do casal, otimizando, com certeza, o resgate do amor e do livre compromisso. Use esta relação como um checklist para a sua vida afetiva. Acompanhe sempre as dicas e novidades no meu blog!

Explore o que a relação a dois tem de melhor!

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A cumplicidade é uma das dádivas mais importantes do relacionamento a dois. Isso porque, uma vez instaurada entre duas pessoas, estas jamais estarão sozinhas, seja em um relacionamento ou até mesmo em suas vidas pessoais. Tudo fica mais fácil quando se tem alguém com quem contar e alguém para dividir tanto os projetos e sonhos como os desafios e intem-péries da vida.

Desta forma, cumplicidade é algo maior que a própria fidelidade em um relacionamento, e um passo a mais que o companheirismo. Talvez seja certo dizer que um casal fiel é necessariamente cúmplice e que, como diria Goethe, “a fidelidade é o esforço de uma alma nobre para igualar-se a outra maior que ela”.

Para fazer um upgrade do seu relacionamento e aprofundar a relação que você tem com o seu parceiro(a), invista na cumplicidade. Mas, afinal, de que forma é possível ser mais cúmplice da pessoa amada? Cumplicidade é sinônimo de participação: participe mais daquilo que interessa o seu par-ceiro ou de suas questões de vida, pois de uma forma, isso impactará na sua vida também.

Um casal em que cada um vive focado em sua vida tem mais chances de não ir para frente. E muitas vezes as pessoas acabam se esquecendo disso. Não tome decisões sem consultar o seu parceiro, mesmo que esta decisão tenha a ver mais com você do que com ele. Dê também a sua opinião sem-pre que for solicitada e demonstre interesse.

E caso o seu parceiro aja de modo individualista, mostre que a pressão do dia a dia é muito menor quando compartilhada e para ser feliz como um casal basta um pouco mais de intimidade e de“fazer a dois”, como fosse trabalhar em uma equipe. Muitas pessoas são mais independentes e des-preocupadas com a opinião do parceiro, pois a vida (e a cultura em que está inserida) ensinou esta forma de agir como sendo a mais adequada. Cumplicidade é estar junto emocionalmente e não há amor que resista sem cumplicidade.

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Mais atitude e menos cobrança: este deve ser um dos mantras do casal feliz e bem resolvido. As cobranças em geral começam em um segundo momento do relacionamento, quando os níveis de intimidade se tornam mais arraigados. Mas elas não precisam acontecer – ainda mais quando há motivos fúteis e desnecessários envolvidos.

O que são as cobranças, afinal? Quando passamos a conviver com outra pessoa intimamente, apesar das grandes descobertas e novas experiências, passamos a vê-la como um espelho de nós mesmos: quando as atitudes destas não se encaixam com as nossas expectativas ou com o modo de vida que temos, passamos a cobrar por mudanças e novas atitudes. Vemos inicialmente uma com potencial para ser o que esperamos que seja, e a idealizamos. A questão é: temos este direito? A pessoa precisa atender ao seu padrão idealizado?

Onde você esteve? Por que não atendeu o telefone? E a mensagem no WhatsApp, por que não respondeu?Por que você não ajuda em casa? Por que você não quer usar a camisa que escolhi? Por que não avisou que iria sair com os seus amigos?Por que não muda de emprego?No que está pensando? Você me ama? Por que você não me ama?

Você se identificou com algum destes questionamentos? Ninguém merece passar por uma rotina de interrogatórios sem fim.

Outro aspecto das cobranças desnecessárias é a insegurança. E não há nada menos atraente que aquela pessoa medrosa, sem autoafirmação, que não se garante e passa a cobrar o parceiro(a) sobre as expectativas e an-gústias que possui dentro do seu próprio coração.

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As cobranças corroem a relação e afastam o casal. Não há relacionamento perfeito. Então, a dica principal neste caso é parar de idealizar. O toque de aceitação e respeito pelo que a pessoa é de fato e o entendimento de que todos têm limitações é essencial.

É importante ainda não misturar os canais: uma rotina exaustiva de trabalho, por exemplo, gera frustração – problema este que não deve ser confundido com as questões da vida a dois. Problemas do trabalho se resolvem no trabalho, fora de casa. Problemas de relacionamento só dizem respeito ao casal e devem ser resolvidos em seu território.

As cobranças na maioria dos casos são ilusões. Não faça uma tempes-tade desnecessária em seu relacionamento, pois isso, com o tempo trará uma crise de identidade ao casal, o que pode levar também à separação. Antes de criticar, avalie o que está sentindo e veja se realmente tem a ver com o parceiro. Veja se não há outros sentimentos alheios influenciando à situação. Caso haja realmente a necessidade de conversar sobre algo que está lhe desagradando, faça isso num momento de calma – as cobranças são intempestivas e muitas vezes fazem com que falamos coisas que não queremos, no calor do momento.

Discutir um assunto, no aspecto positivo do termo, é natural e faz bem: muitas pessoas usam as cobranças para não terem que se comunicar de modo bilateral, o que é inadequado. Não fuja das conversas com o seu par e não use as cobranças para intermediar o que deve ser dito ou ouvido.

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Quem não gosta de ser surpreendido positivamente pelo seu par? E quem não gosta de fazer uma surpresa de vez em quando? Todo relacionamento exige criatividade – ainda mais para criar momentos e experiências que ficarão na memória de ambos e até mesmo da família e amigos, se este for o caso.

Se o relacionamento do casal se tornou uma rotina enfadonha de afazeres e responsabilidade e se os momentos de intimidade são mínimos e calcu-lados, a solução é certa: faça uma surpresa e saia do convencional.

Um café da manhã diferente, uma viagem a dois (e nem precisa ser para um destino muito distante ou caro), um presente inesperado (seja numa data especial ou em um dia qualquer), bilhetinhos apaixonados estrategicamente espalhados, uma mensagem provocante no celular, uma coletânea de mú-sicas que ele ou ela goste, uma lingerie insinuante, um jantarzinho diferente e sem os filhos: cada casal tem as suas peculiaridade e preferências. A dica é listar pelo menos cinco coisas que fariam o seu parceiro vibrar de alegria e colocar em ação, cada qual no seu momento. É importante manter a constância das surpresas, mas sem criar expectativas ou suspeitas.

Outra dica importante é aceitar surpresas do seu parceiro. Muitas pessoas acabam emitindo uma resposta contrária por não estarem acostumadas a receberem uma surpresa especial, e isso pode ser frustrante e até entriste-cedor para aquele que elaborou um clima especial. Entenda-se como mere-cedor de amor e ternura e saiba valorizar as pequenas e grandes surpresas que o seu parceiro tem a lhe oferecer – sem culpa, sem fugas, sem estresse ou drama. Retribua sempre que possível. Lembre-se de que as surpresas independem das datas comemorativas e não se restrinja. Mas saiba que as datas importantes devem ser lembradas determinantemente!

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Como o próprio nome já diz, autocontrole é a capacidade de uma pessoa controlar as suas emoções e sentimentos e ter condições de demonstrá-los com equanimidade. Desta forma, não faz sentido culpar os outros (inclusive o seu parceiro) pelas ações que você tem quando perde a cabeça. É claro que o relacionamento tem os seus desafios e que o companheiro pode ter um comportamento difícil às vezes. Ninguém é perfeito, mas autocontrole é uma atitude a ser cultivada e depende de cada um.

É o autocontrole que amadurece os relacionamentos. É possível se educar para refletir e expressar os seus sentimentos e pensamentos sem que para isso seja necessário se alterar de qualquer forma.

Ter o autocontrole significa que você está no comando da sua vida e deseja transparência nos caminhos que escolheu. É uma postura inclusive de se mostrar como quer ser tratado: uma pessoa imatura (que foge ao contro-le de si mesma) é em geral tratada como criança ou como vítima, em um ciclo vicioso. Uma pessoa controlada e consciente de seus sentimentos passa ao parceiro sobriedade e dinamismo. Quem, afinal, você é e o que quer transmitir para quem está em um relacionamento com você? Reflita bastante quanto aos pequenos gestos, saiba fazer renúncias, incentive a compreensão, permita-se viver mais as alegrias e compreenda as tristezas e desafios como algo passageiro.

Outra dica é entender o tipo emocional que você vive no momento: se sou ciumento, possessivo, desconfiado, agressivo, impositivo. Saiba lidar com as suas dificuldades e seja honesto consigo mesmo sobre as suas limita-ções emocionais: este é o primeiro passo para o autocontrole.Controle emocional (ou autocontrole) faz parte das boas práticas de saúde. Ninguém sem autocontrole vive uma vida plena e saudável. Angústia, an-siedade, medo, frustrações e outras situações desfavoráveis, quando não trabalhadas conscientemente e com inteligência emocional, gera também sintomas físicos bem comuns – como palpitações, perda ou ganho de peso, queda do sistema imunológico, etc. Funciona como um efeito cascata e impacta o seu corpo e sua mente.Uma dica importante para manter o autocontrole e cultivá-lo de forma con-tínua é dar um tempo para si mesmo uma vez ao dia, para compreender o que se passa em sua mente e realizar uma verdadeira “faxina mental” nos seus pensamentos e emoções. A meditação é uma prática muito positiva para isso: bastam de 5 a 20 minutos diários (ou quando sentir necessidade)

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de silêncio e contato consigo mesmo para mudar a sua vida. Há muitas técnicas e você não precisa de mais nada do que estar consigo mesmo.

Esportes regulares ou atividades físicas ajudam muito a aliviar o estresse e permitem que você tenha momentos em que pode focar em algo diferente ou até refletir sobre as suas emoções e sentimentos enquanto se exercita.

A comunicação também é muito importante em se tratando de autocontro-le. Pessoas que precisam expressar certos sentimentos e ideias para com o seu parceiro ou outras pessoas não devem deixar a oportunidade passar. É preciso dizer o que precisa ser dito, sem afogar as palavras dentro do seu próprio interior.

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Namorar é algo que todos os tipos de casais devem fazer – até os com a idade mais avançada. Todo dia é uma oportunidade de você fazer algo diferente com o seu parceiro – mas não faça disso uma obrigação. No-vamente, como dissemos em capítulos anteriores, a criatividade deve ser cultivada para que o casal se permita experimentar novas experiências com o companheiro.

Se a rotina coloca a convivência em ordem e otimiza certas situações mais pragmáticas, ela também pode ser a grande vilã dos relacionamentos. Quando a rotina se torna uma constante, o namoro acaba ficando de lado. E quando isso acontece, a probabilidade do desgaste da relação é muito grande. Em uma escala de 0 a 10, qual a situação em que está o seu na-moro em relação à rotina? Saiba que 5 é uma média que está bem longe do ideal. Identificando o seu grau de satisfação e o contexto do namoro, fica mais fácil mudar a situação.

Uma dica importante é sair a dois pelo menos uma vez por semana ou a cada quinze dias – mas não caiam na rotina. Variar os lugares também é importante. Com o tempo, muitos casais deixam de curtir outros ambientes, principalmente os mais românticos. Fazer uma viagem uma vez por ano sem os filhos também pode ser um programa legal para o casal.

Inverter os papéis é uma experiência interessante e que promove muitas descobertas. Se em geral é ela quem faz o jantar, por exemplo, a iniciativa dele preparar algo bem romântico pode ser legal. Busquem nas pequenas e inadiáveis satisfações motivos para beijos, abraços, carícias, sexo e tudo o que pode ser motivador para a relação.

E por falar em beijo, que é o termômetro do relacionamento, como ele tem ocorrido no relacionamento ultimamente? Vale a pena a reflexão! O beijo, por mais que seja algo cotidiano, é algo infinitamente aprofundador das relações. Casais que estão há muito tempo em uma rotina sem graça dei-xam de beijar ou beijam de modo automático e superficial. Uma forma de sair da rotina e para motivar o namoro é investir em beijos – prolongados e significativos.

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Nenhum relacionamento sobrevive à falta de comunicação. Não espere que o seu parceiro adivinhe o que se passa com você: fale! O momento cer-to para conversar com o seu parceiro é quando você sentir em seu íntimo a necessidade de deixar clara alguma coisa. Mas veja se ele ou ela está disposto a ouvir.

A comunicação é uma relação dialógica entre pessoas que ora são emis-sores e ora receptores por meio de uma mensagem. Isso implica que você deve cultivar o diálogo e a escuta atenta. Não basta saber falar sobre as coisas que quer transmitir. É preciso estar disposto a ouvir e compreender o que o outro fala.

Mais importante ainda é a alteridade – a qualidade de se colocar no lugar do outro para entendê-lo – algo muito ignorado nos dias de hoje. Tendo a perspectiva do outro e compreendendo o que o parceiro sente (e como ele sente as coisas), fica mais fácil medir as palavras e agir de modo assertivo.

Veja agora algumas dicas práticas para melhorar a comunicação na vida a dois:

• Quando o seu parceiro precisar contar algo que você sabe que é ruim, procure ouvi-lo, apontando soluções e alternativas positivas. Incenti-ve a esperança e o olhar ampliado diante dos obstáculos. Tudo passa e é importante manter o ânimo.

• Não leve para dentro da sua casa intrigas. Se o seu parceiro falar que outras pessoas disseram algo ruim dele, de você ou do seu relaciona-mento, peça que se acalme e simplesmente ignore. Este tipo de coisa não traz nada de positivo ao relacionamento.

• Se não estiver bem e o seu parceiro perguntar o que houve, seja ho-nesto e realista. Se é uma situação que cabe apenas a você resolver, não há a necessidade de entrar em detalhes – a não ser que precise de apoio. Deixe para compartilhar problemas quando realmente não conseguir resolvê-los sozinho.

• Seja seletivo ao que assiste na televisão ou na internet. Evite o en-

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tretenimento sensacionalista. É uma opção destrutiva e atrapalha os ânimos de qualquer um. Motive sempre conversas interessantes e di-nâmicas, que agreguem valor à relação ou ao conhecimento do outro.

• Não faça perguntas impertinentes o tempo todo: com quem saiu, o que fez com fulano, por que não respondeu à ligação, etc. Lembre-se sobre o que falamos anteriormente sobre maturidade, autocontrole e crítica.

• Não reclame, critique ou obrigue o seu companheiro a falar o que está sentindo ou pensando a todo o momento. A pessoa deve ter a liberdade de dizer as coisas que pensa no tempo dela.

• Não fale coisas negativas sobre o seu parceiro ou sobre qualquer pessoa. É uma ótima oportunidade de ficar calado.

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É muito fácil cobrar do parceiro de modo desmedido e impensado. Assim como já comentamos em relação às cobranças desmedidas, as críticas acabam se tornando um grande obstáculo quanto à saúde do relaciona-mento, algo destrutivo e nem sempre feitas conscientemente.

A crítica também funciona através de um espelho: a pessoa tenta a todo o momento adequar o outro às suas expectativas. E quando isso não acon-tece, há uma reação de contrária, de cobrança, acusações e negatividade.

A crítica pode ser sim positiva se bem direcionada, a fim de fazer com que a pessoa repense certos posicionamentos. Mas quando mal feita, pode colocar aos poucos o relacionamento em risco. A crítica é mais comum em relacionamentos mais desgastados, quando há desafios que não são transpostos nas discussões do casal.

Quanto mais críticas há em relação ao parceiro, mais ele se afastará ou revidará, transformando o relacionamento em um ciclo de ataque e revide.

A crítica pode ainda se tornar um hábito facilmente, bem como é possível reverter a situação de crítica, com uma atitude mais assertiva. Como fugir de uma atitude de crítica? Simples: é importante comunicar sem rodeios uma insatisfação, mas é pertinente ressaltar pontos positivos da pessoa criticada ou apresentar soluções para a situação em pauta. Não basta apenas jogar na cara o descontentamento, já que o próprio crítico também faz parte da situação.

Outro ponto de destaque são os papéis assumidos em uma discussão com crítica por parte de cada um: o criticado precisa se impor com inteligência para não ter que recorrer à posição de vítima, papel este também bastante complicado. Em um relacionamento, não há vítimas (a não ser quando há agressões físicas e emocionais). O criticado que não reage se torna um agressor passivo, já que não está preocupado em buscar entendimento e soluções para a situação.

É importante buscar conexões seguras no relacionamento e empatia para superar as dificuldades. A crítica não traz soluções – apenas torna ainda mais complexa e deficiente a comunicação entre o casal.

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Os pais são sempre um exemplo: o modelo de relacionamento que você e seu parceiro têm hoje impactará bastante no ideal de relacionamento dos seus filhos. Além disso, a saúde do lar influencia a personalidade da criança desde a mais tenra idade. Logo, os pais possuem uma grande res-ponsabilidade em criar uma atmosfera saudável e adequada às crianças e adolescentes, sem envolvê-los em situações que só remetem os adultos.

É importante medir os gestos e palavras na hora de discutir com o seu parceiro. Há hora e local certo para isso e há coisas que as crianças e adolescentes ainda não tem maturidade para compreender e podem distorcer.

É importante ainda não mentir ou omitir certos fatos e situações para as crianças – ainda mais quando o relacionamento chegou ao fim. E jamais deve-se usar as crianças como justificativa ou escudo, quando há a incapacidade de se comunicar ou se impor em uma discussão – os maiores prejudicados são sempre os filhos e a situação ficará ainda mais degradante.

Além disso, as discussões do casal – e dizemos aqui “discussões” no senti-do positivo do termo – apesar de serem exclusivas dos parceiros, devem ser levadas de modo maduro, buscando soluções com parceira e mostrando aos filhos que sempre há solução, que é possível haver respeito mesmo em situações complicadas, que ninguém é perfeito e adultos discutem e que, principalmente, os pequenos não têm nada a ver com isso. A criança precisa se sentir segura e isso é responsabilidade do casal.

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Não há nada mais nobre do que reconhecer os erros e pedir desculpas. Em uma discussão, há sempre a responsabilidade de ambos. Não importa “quem começou”, mas quem tem a humildade de se desculpar pelos atos falhos.

Assim com a gratidão, as desculpas são um coringa para qualquer relação. Não se pode conceber um ambiente de amor e segurança sem o reconheci-mento de que nenhum relacionamento é perfeito e que todos são passíveis de erro. O perdão deve ser aceito e replicado, pois em uma época em que os relacionamentos são pautados cada vez mais pela superficialidade, é preciso ter coragem para pedir para ser perdoado.

Há coisas e situações que nem sempre é possível perdoar facilmente. Outras talvez não tenham perdão. Mas nem por isso que você não deva fazê-lo.

É preciso inclusive ter a consciência de que errou e não apenas pedir desculpas para apaziguar uma situação complicada. Peça desculpas de braços abertos e com a alma livre, nunca apenas por fazer.

O perdão, como dizia Gandhi, é coisa para os corajosos: o fraco jamais perdoa; o perdão é uma das características do forte. É um reconhecimento de que algo pode ser conscientizado, transformado e melhorado, bastando que o outro o aceite. E ainda parafraseando as celebridades, como afirmou certa vez o líder Martin Luther King Jr., o perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício.

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Amar-se é o princípio de qualquer relacionamento. Se você não se ama, aceita e acolhe verdadeiramente, como quer que outra pessoa o faça? O amor vem de dentro para fora e começa em cada um.

É importante dizer que todos os sentimentos e emoções ruins podem ser desencadeados por fatores externos, como as motivações culturais e sociais. Por exemplo, você sente medo, mas sempre em relação a algo que é externo a você – aprendeu a sentir medo com o mundo que o cerca. O mesmo ocorre com a ansiedade, a raiva, o rancor, etc.

Alguns entusiastas da Nova Era, diversas religiões e filosofias de vida afir-mam que a sua verdadeira natureza, aquela que vem de dentro e é instintiva e única, a sua verdade interna, é o amor e seus desdobramentos. O amor próprio, primeiramente. O amor que transborda e chega a outra pessoa. O amor próprio é uma dedicação a si mesmo, em forma de aceitação e complacência.

Mas por que, na relação com o outro, é importante o amor próprio? A ma-neira como você se trata mostra às outras pessoas como devem tratá-lo. Se você se deprecia de alguma forma, mesmo que através de uma suporta inocente piada, dá ao outro a chance de lhe tratar de modo semelhante. Se você se trata com dignidade, amor e autorrespeito, emite a mensagem para que as pessoas o trate desta forma.

Esteja atento ao que você está informando ao parceiro, principalmente do início do relacionamento, e às demais pessoas. Saiba que 90% do que comunicamos ao mundo é inconsciente (conforme Paul McKenna, em sua obra Mude a sua vida em 7 dias). Toda pessoa que tem contato com você reage conforme a sua linguagem corporal, ao seu tom de voz, aos sinais emocionais e exprime, etc.

Faça o teste: use palavras positivas com o seu parceiro, faça surpresas agradáveis, evidencie o melhor de si por meio da linguagem corporal, saia da sua rotina e mantenha o equilíbrio emocional por alguns dias. Veja os resultados: como o seu parceiro reagiu? Qual foi a resposta que deu às suas atitudes? Como ficou a atmosfera do seu lar? Que impacto teve em outras pessoas dos eu convívio – pais, filhos, vizinhos, colegas de trabalho, etc.

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Lembre-se que costumamos aceitar aquilo que achamos ser digno e nunca permitimos que ninguém nos subjugue ou abuse de nós mais do que nós mesmos o fazemos. Se você está em um relacionamento abusivo e continua nele, está permitindo que a outra pessoa a agrida. Se está em um relacio-namento maravilhoso e cheio de dignidade, é o que você julga importante e adequado para si mesmo.

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O relacionamento entre casais é tão complexo que não caberiam todas as suas nuances em um pequeno e-book, como este que acabou de ler. Contudo, acredito que que estas 10 dicas podem mudar significamente o seu relacionamento e a sua vida como um todo, bastando que você aplique e adapte algumas destas lições em seu cotidiano.

O amor é simples – quem o complica somos nós. E por que fazemos isso? A resposta é simples: aprendemos a nos relacionar com o mundo através do ego, centralizando as nossas vontades e desejos em nós mesmos. A pessoa que escolhemos é um “tipo ideal” e, sem a maturidade necessária, acreditamos que ela deva se adequar às nossas expectativas... e as expec-tativas também mudam com o tempo.

Vale uns últimos conselhos? Não idealize! Saiba dar e receber tudo aquilo que um relacionamento digno permitir. Coloque-se no lugar do parceiro nas situações mais difíceis e nas mais felizes. Na fúria do cotidiano, pare, respire, aceite e acolha qualquer situação em seu coração, mas tenha foco no entendimento da situação. Não envolva quem não tem nada a ver com o seu relacionamento – preserve, acima de tudo os filhos, o seu companheiro ou companheira e a si mesmo. O perdão pode ser difícil, mas é mais difícil conviver sem ele. Apaixone-se perdidamente por você e depois se abra para o amor do outro.

Visite o meu blog e confira todo o seu conteúdo especialmente elaborado, que irá potencializar o relacionamento a dois e mudar a sua vida!

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Malu Moreira trabalha com relacionamentos há mais de 15 anos. Durante todo esse tempo, trabalhou com diversas culturas e costumes, aumentando ainda mais o seu conhecimento e experiência no dia a dia com relacio-namentos. Casada e mãe de quatro filhos, ela vive em “estado de graça”, como costuma sempre dizer.

Sua estrada traz na bagagem além do Brasil, países como Bolívia, Portugal, Angola, Inglaterra e Suíça, onde reside atualmente.

E como ela sempre diz: “Eu acredito que duas pessoas possam viver em perfeita harmonia, respeitando os seus limites, contanto que estejam to-madas pelo amor”.

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