Instituição: Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul –Campus Grande Florianópolis

Título do Trabalho: Análise de integração da utilização do Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa (SISNEP) no sistema de informações do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CEP-Unisul) através da modelagem de processos de negócios

Nome do bolsista: Carolina Gwozdz Poersch Data de ingresso como bolsista: Agosto de 2007

Nome do orientador: Maria Inés CastiñeiraTítulo do projeto de pesquisa do orientador: Automação do Sistema de Informação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) de uma universidade multicampi

Curso: Ciência da Computação Período que está cursando: 6ª faseBolsista de renovação: SIM

Análise de integração da utilização do Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa (SISNEP) no sistema de informações do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CEP-Unisul) através da

modelagem de processos de negócios

Carolina Gwozdz Poersch1, Maria Inés Castiñeira2

Universidade do Sul de Santa Catarina – UnisulCampus Grande Florianópolis.

Ciência da Computação tolzinha@gmail.com, maria.castineira@unisul.br

RESUMO: A resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) normatiza as pesquisas científicas realizadas com seres humanos e estatui os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) como seus interlocutores nas instituições que realizam esse tipo de pesquisas. Para facilitar a interação entre o órgão regulador e os CEPs disseminados em todo o território nacional, o Ministério da Saúde disponibilizou um software via internet: o Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa –SISNEP–, de livre adoção pelos CEPs. Este projeto consistiu na análise da possível integração entre o SISNEP e o sistema de informações do CEP da Universidade do Sul de Santa Catarina –Unisul, através da modelagem dos processos de negócios utilizando a Linguagem Unificada de Modelagem (Unifed Modeling Language, UML). Os dois módulos do SISNEP foram estudados minuciosamente para descobrir, como são realizadas as atividades, quais os atores envolvidos e as funcionalidades implementadas. As principais atividades e processos realizados pelo pesquisador e pelo Comitê foram modelados, usando essa linguagem e tentando mostrar, para cada um dos atores envolvidos, a interação entre o CEP e o SISNEP. A modelagem permitiu visualizar as mudanças que ocorreriam nessa interação e quais as novas funções dos atores, também facilitou a exposição das vantagens e desvantagens advindas com a utilização desse novo sistema. Após o estudo foi realizada uma apresentação com os resultados obtidos, para os membros do CEP poder decidir sobre a utilização ou não do SISNEP. Um relato com essa análise e as decisões do Comitê foi anexado ao projeto. Pode-se destacar que a UML facilitou a comunicação entre os diversos stakeholders, alguns dos quais possuem muito conhecimento nos processos do Comitê, mas não nessa linguagem de representação nem no novo sistema que estava sendo proposto. A utilização de cores nos diagramas UML também resultou em um elemento facilitador na comunicação com os usuários. Os diagramas considerados mais significativos para entender e representar as complexidades das atividades foram: os diagramas de processos e diagramas de atividades. Percebeu-se também a importância da modelagem do processo do negócio como etapa prévia ao desenvolvimento do software.  Concluindo, a metodologia adotada, descrição dos processos utilizando a UML, foi efetiva para verificar a possibilidade de alinhamento entre os dois sistemas (SISNEP e CEP-Unisul).  

Palavras Chave: Modelagem de processos de negócios, UML, Comitê de Ética em Pesquisa, SISNEP.

1 Trabalho desenvolvido com auxílio do CNPq, bolsa PIBIC2 Trabalho desenvolvido com auxílio da Coordenação de Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul

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1 INTRODUÇÃO

A Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde –CNS– ligado ao Ministério da Saúde, define diretrizes e normas que regulamentam as pesquisas envolvendo seres humanos. Essas diretrizes têm como objetivo proteger os cidadãos participantes da pesquisa em sua integridade física, psíquica e moral. Com a finalidade de verificar o cumprimento dessas diretrizes foi criada a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP, uma comissão do Conselho Nacional de Saúde. A CONEP tem função consultiva, deliberativa, normativa e educativa, atuando conjuntamente com uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa - CEPs- organizados nas instituições onde se realizam as pesquisas (CONEP, 2008).  

O pesquisador que realiza investigações envolvendo seres humanos deve previamente submeter o projeto ao CEP da sua instituição para este Comitê avaliar o projeto do ponto de vista ético com a finalidade de resguardar os direitos e integridade dos sujeitos da pesquisas, do próprio pesquisador e das instituições onde as pesquisas serão realizadas. O CEP por sua vez deve enviar relatórios à CONEP sobre todos os projetos que são avaliados, sendo que em algumas áreas como genética humana, novos medicamentos e populações indígenas, entre outras, cabe a CONEP uma verificação mais minuciosa das condições de aprovação e andamento dos projetos. Para agilizar a integração entre o pesquisador, o CEP e a CONEP o Conselho Nacional de Saúde tem disponibilizado um sistema via internet: o Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa (SISNEP). A utilização desse sistema pressupõe um período de aprendizado e adaptação por parte dos pesquisadores que submetem seus projetos e principalmente para os integrantes dos CEPs. Atualmente o SISNEP está sendo utilizado por alguns poucos CEPs mas o cenário desejado é que todos os Comitês de Ética o utilizem no futuro.

A Universidade do Sul de Santa Catarina –Unisul– tem cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde, como medicina, odontologia, enfermagem, psicologia, entre outros, além de diversos grupos de Pesquisa onde são realizadas pesquisas com seres humanos. Dessa forma a Unisul possui seu próprio Comitê de Ética em Pesquisa: o CEP-Unisul. Esse Comitê deve avaliar os projetos enviados pelos pesquisadores da instituição quanto ao cumprimento das normas da resolução 196/96 e enviar relatórios sobre suas atividades à CONEP (CEP-UNISUL, 2008a).

Segundo a hierarquia dos Sistemas de Informação (SI) proposta por Porter (apud GRAEML, 2003, p.136) o SI do CEP-UNISUL encontra-se no nível manual, ou seja, toda a coleta e maior parte do processamento de informações entre o pesquisador, o CEP-UNISUL e a CONEP é realizado de forma manual, através de documentos impressos, usando ocasionalmente e-mails como forma de comunicação. Esse sistema está sendo reformulado, com vistas a sua automatização enquanto continua operando (MINKS ZANUZZO, 2006), (RIEG VIANA, MINKS ZANUZZO, CASTIÑEIRA, 2007).

No ano de 2007 o CEP-Unisul emitiu 529 pareceres sobre 431 projetos de pesquisa com seres humanos realizados no âmbito da universidade (CEP-UNISUL, 2008b). Essa demanda de trabalho somada a condição de ser uma universidade multi-campi e a necessidade de verificar prazos e condições explícitos pela Resolução 196/96 determina fluxos de informações e de processos de alta complexidade.

A possível implantação e utilização do SISNEP na instituição suscita uma certa inquietude quanto as dificuldades que possam surgir no período de adaptação (CASTIÑEIRA et. al., 2007). Quais alterações ou modificações nos fluxos de processos e informações deveriam ser realizados pelos pesquisadores e membros do CEP-Unisul

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com a implantação desse sistema? Como a utilização do SISNEP afetaria o atual funcionamento do sistema CEP-Unisul?

Buscando responder essas questões o objetivo geral do estudo realizado foi realizar uma análise sobre o impacto da integração do sistema SISNEP na Unisul através da modelagem de processos utilizando UML (Unified Modeling Language). Como objetivos específicos podem ser destacados os seguintes:

Estudar o funcionamento do SISNEP; Realizar a modelagem de processos do SISNEP utilizando UML (ERIKSSON e

PENKER, 2000); Analisar a modelagem (visão de processos e de casos de uso) do sistema CEP-

Unisul; Verificar o impacto da utilização do SISNEP no sistema CEP-Unisul; Gerar recomendações sobre as mudanças necessárias no CEP-Unisul para a

adequada utilização do SISNEP pelos pesquisadores e integrantes do Comitê.

Este trabalho buscou promover uma adequada transição, visto que as possíveis mudanças irão afetar uma boa parcela dos acadêmicos e pesquisadores dessa Universidade. Essa ação busca agilizar a troca de informações, diminuir a tramitação de documentos em via impressa e auxiliar o gerenciamento e controle das informações por parte do pesquisador, do CEP, da CONEP e dos cidadãos participantes das pesquisas. Outros fatores que justificam a realização do projeto são:

Integrar o sistema de avaliação ética das pesquisas no Brasil (CEPs e CONEP) e propiciar a formação de um banco de dados nacional;

Agilizar a tramitação e facilitar aos pesquisadores o acompanhamento da situação de seus projetos;

Oferecer dados para a melhoria do sistema de apreciação ética das pesquisas e para o desenvolvimento de políticas públicas na área;

Permitir o acompanhamento dos projetos já aprovados (em condições de serem iniciados) pela população em geral e, especialmente, pelos participantes nas pesquisas.

Este trabalho está estruturado da seguinte forma: a seção 2 apresenta a metodologia. Na seção 3 encontra-se o referencial teórico sobre UML para processos de negócios. A seção 4 descreve os dois módulos do SISNEP. A seção 5 apresenta as principais atividades realizadas pelos membros do CEP no SISNEP. A modelagem do CEP-SISNEP encontra-se na seção 6. Na seção seguinte, baseada na modelagem realizada, é apresentada uma análise sobre o impacto, vantagens e desvantagens da possível interação CEP-Unisul/SISNEP. Na seção 8 encontram-se os resultados, seguidos das referências bibliográficas.

2 METODOLOGIA DO PROJETO

Este trabalho pode ser classificado como uma pesquisa aplicada (CERVO, 2002). O objeto investigado foi a possibilidade de integração dos Sistemas de Informações SISNEP e CEP-Unisul. Para tal foi utilizada a técnica de modelagem de processos de negócios com UML.

Segundo a metodologia de software do RUP -Rational Unified Process-(PRESSMAN, 2006) uma das primeiras disciplinas no desenvolvimento de um software é a modelagem de negócios. Essa disciplina consiste em entender, definir e

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representar os objetivos, a estrutura, a dinâmica e forma em que trabalha a organização para a qual o software será desenvolvido. A modelagem do software e dos conhecimentos técnicos precisa comunicar-se com a finalidade ou objetivo da organização (o negócio), usando ferramentas e técnicas para a modelagem de negócios (ERIKSSON e PENKER, 2000). Seguindo estas diretrizes pode-se delinear o método utilizado:

Revisão bibliográfica, levantamento de ferramentas e a construção do referencial teórico sobre processos de negócios e a sua modelagem com a linguagem de representação UML.

Estudo dos sistemas em questão (CEP-Unisul e SISNEP: módulo pesquisador e módulo CEP)

Utilizando UML em uma ferramenta apropriada (software Enterprise Arquitect) representação dos atores, diagramas de processos, diagramas de atividades e diagramas de casos de uso para o SISNEP e para o CEP-Unisul.

Verificação do alinhamento das atividades ou a discrepância dos processos entre os dois sistemas (SISNEP e CEP-Unisul) com a geração de um relatório.

Apresentação, validação e debate desses resultados com os atores envolvidos em cada instância (Coordenador, Secretário, membros do CEP e pesquisadores usuários). Elaboração de uma lista de recomendações sobre a possível integração do CEP Unisul e SISNEP.

A seguir serão apresentados o referencial teórico e os resultados obtidos nas etapas acima descritas.

3 UML PARA DESCREVER PROCESSOS DE NEGÓCIOS

Segundo Booch, Rumbaugh e Jacobson (2000), a Linguagem Unificada de Modelagem (Unifed Modeling Language, UML) é uma linguagem gráfica para visualização, especificação, construção e documentação de artefatos de sistemas complexos de software. Proporciona uma forma-padrão para a preparação de planos de arquitetura de projetos de sistemas, incluindo aspectos conceituais tais como processos de negócios e funções do sistema, além de itens concretos como as classes escritas em determinada linguagem de programação, esquemas de bancos de dados e componentes de software reutilizáveis.

A UML possui nove diagramas pré-definidos e também permite extensões desses diagramas através dos estereótipos, valores marcados e restrições.

Estereótipos: É uma técnica usada para definir novos tipos de blocos de construção em UML baseado em um bloco existente.

Valores marcados: Especificam valores e palavras aos elementos. Restrições: Permite modificar regras, ou adicioná-las, aos elementos.

Um dos possíveis usos da UML é na Modelagem de Processos de Negócios, que tem como objetivo descrever as funções de um negócio ou organização, e envolver recursos que são usados, transformados ou produzidos. É uma abstração que mostra a cooperação entre recursos e a transformação dos recursos nos negócios. Enfatiza como o trabalho é executado, descrevendo os produtos ou serviços que resultam do processo (ERIKSSON e PENKER, 2000).

Para ilustrar uma modelagem de processos, pode-se usar um diagrama de atividade (BOOCH, RUMBAUGH e JACOBSON, 2000). Para melhor representar os

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processos Eriksson e Penker idealizaram uma série de extensões na UML, principalmente nos diagramas de atividades, que serão descritas na figura a seguir.

Figura 1- Descrição dos elementos do Diagrama de Processos

4 SISNEP

Inicialmente foi estudado o Sistema Nacional de Informação de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos (SISNEP). Este apresenta dois módulos:

Um para o pesquisador, acessível através do link http://portal.saude.gov.br/sisnep/pesquisador/menu_principal.cfm onde ele pode cadastrar seus dados pessoais, e seus projetos com a emissão da folha de rosto e visualização do processo de avaliação pelo CEP.

Um outro módulo para os integrantes do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), acessível através do link http://portal.saude.gov.br/sisnep/cep onde as informações e folha de rosto dos protocolos de pesquisa enviados ao CEP ficam disponíveis para avaliação.

4.1 Descrição do Módulo CEP no SISNEP

Acessando o link http://portal.saude.gov.br/sisnep/cep aparece uma interface onde os membros do CEP devem digitar seu CPF e senha para acessar o sistema.

Os seguintes atores terão acesso a esse módulo:1 – Secretário do CEP2 – Coordenador do CEP 3 – Membro do CEP

A primeira interface que aparece é a mostrada na figura 2.

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Figura 2 – Interface menu membro do CEP

Para esse módulo do CEP foram verificadas quais as funcionalidades oferecidas e quais os atores usuários de cada funcionalidade. Além disso, foram descritas as tarefas necessárias para o usuário realizar cada um dos seus possíveis objetivos no sistema, através da descrição de cada um dos itens do menu.

Os itens de menu que mereceram maior atenção foram aqueles relacionados com os Projetos de Pesquisa (primeira opção na Figura 2). A Figura a seguir apresenta a interface relacionada com os projetos de pesquisa, nela cabe destacar os sub-menus:

Folha de Rosto: projetos cadastrados pelo pesquisador mas que ainda não foram submetidos ao CEP,

Protocolos em andamento, e Protocolos tramitados.

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Figura 3 – Interface sub-menu membro CEP – Projetos de Pesquisa

Para cada um destes sub menus ficam disponíveis diferentes ações na barra horizontal de botões, de cor cinza. Por exemplo, na figura anterior está selecionada a opção “Folhas de Rosto” e os correspondentes botões selecionáveis são:

Efetuar check list: opção que permite verificar a completude da documentação e aceitar o protocolo no CEP;

Alterar projeto: permite mudar variáveis ou status do projeto presentes na Folha de Rosto;

FR: apresenta a Folha de Rosto do projeto selecionado, e; Extrato: permite visualizar título e situação do projeto. As atividades mais freqüentes a serem realizadas pelos usuários do CEP no

SISNEP são as seguintes (todas elas relacionadas aos projetos de pesquisa): aceitação do projeto de pesquisa no CEP (cheklist), registrar parecer; mudar situação do projeto de pesquisa (em andamento, cancelado, suspenso,

etc).

As outras opções que aparecem no menu vertical (esquerda) da Figura 2, estão relacionadas com atividades realizadas com menor freqüência (dados cadastrais do CEP, cadastro de novos membros do CEP, emissão de relatórios, manual de ajuda, etc.). Essas opções também foram analisadas minuciosamente, mas não serão aqui descritas.

Deve ser destacado que as interfaces e forma de condução da carga de trabalho do sistema não são intuitivas, demandando um certo esforço para entender a lógica de funcionamento do sistema.

As pesquisadoras também não conseguiram realizar satisfatoriamente algumas tarefas simples, como adicionar um novo membro ao CEP-Unisul, devido a inconsistências ou falhas do SISNEP. Outras não conformidades encontradas no sistema serão apresentadas na análise do sistema.

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4.2 Descrição do módulo Pesquisador do SISNEP

Acessando o link http://portal.saude.gov.br/sisnep/pesquisador/menu_principal. cfm aparece uma interface onde o pesquisador deve digitar o número do seu CPF e senha para acessar o sistema (módulo do Pesquisador).

É nesse módulo do sistema que o pesquisador deve cadastrar seu projeto de pesquisa para gerar a Folha de Rosto (a qual ficará visível para o CEP correspondente). As funcionalidades desse módulo também foram analisadas. Elas não serão descritas neste trabalho pois não são fundamentais para as atividades dos membros do CEP.

Na opção Ajuda desse módulo também foram encontradas algumas inconsistências, tais como:

Auxilia a entrar no sistema quando o usuário já realizou essa tarefa. Fornece informações para o pesquisador que deveriam ser restritas a

membros do CEP.

5 PRINCIPAIS ATIVIDADES e PROCESSOS REALIZADOS PELO CEP NO SISNEP

A seguir são discutidas as principais atividades/processos realizadas pelos diferentes integrantes do CEP utilizando o SISNEP:

A - Secretário efetua check-list do protocolo de pesquisa;B - Secretário, Coordenador e Membro podem visualizar a Folha de Rosto;C - Membro registra parecer;D - Coordenador tem poder de voltar andamento do projeto;E - Coordenador gerencia os relatórios dos projetos;F - Coordenador tem poder de gerenciar usuários (cadastro, adição e exclusão).

A - Secretário efetua check-list do protocolo de pesquisaPara poder executar esta atividade inicialmente o pesquisador acessa o SISNEP

através do módulo do pesquisador e cadastra as informações do seu projeto emitindo a correspondente Folha de Rosto que dever ser anexada ao projeto. No prazo de trinta dias a partir do momento que a Folha de Rosto foi emitida o pesquisador deve apresentar o seu protocolo de pesquisa (o projeto com todos os documentos e formulários necessários) no Comitê de Ética. Para poder avaliar o projeto o protocolo deve conter todos os formulários correspondentes. Caso esteja tudo correto o secretário aceita o projeto no CEP, gerando o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE), código numérico que identifica o projeto e comprova que foi submetido a um CEP. Com esse número gerado, o pesquisador poderá acompanhar o processo de avaliação do seu projeto através do SISNEP.

B - Secretário, Coordenador e Membro podem visualizar a Folha de RostoQuando o pesquisador cadastra seu projeto no SISNEP é gerada uma Folha de

Rosto (FR). O Secretário, Coordenador e Membro do CEP terão acesso a essa folha através do SISNEP, antes mesmo que o projeto seja enviado ao Comitê.

C - Membro registra parecerApós o pesquisador enviar seu projeto para o comitê, o membro do CEP avalia

seu projeto e registra o resultado do seu parecer: “Aprovado”, “Não Aprovado” ou

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“Pendente”. Em seguida o parecer é enviado ao pesquisador (o resultado fica visível ao pesquisador através do Sistema, mas não o parecer).

D - Coordenador tem poder de voltar andamento do projetoQuando uma pesquisa é interrompida por algum motivo, o pesquisador deve

anunciar isso ao coordenador do CEP que por sua vez interrompe a pesquisa por um tempo indeterminado. Assim que o pesquisador resolve retomar o projeto, o coordenador volta o andamento deste, tornando o projeto ativo novamente no CEP.

E - Coordenador gerencia os relatórios dos projetosA gerência de relatórios dos projetos é um dos processos que somente o

coordenador do CEP tem o poder de realizar. Essa gerência tem finalidade obter os resultados estatísticos das informações dos projetos. Existem três relatórios: Total de Projetos por Grupo, Total de Projetos classificados no 1º parecer e Total de Projetos por Área Temática Especial.

F - Coordenador tem poder de gerenciar usuários (cadastro, adição e exclusão)Outro processo de responsabilidade do coordenador é a gerência de usuários.

Nesta atividade, realizada através do SISNEP, o coordenador pode cadastrar, adicionar ou excluir usuários como membros do CEP.

6 MODELAGEM do CEP-SISNEP

Os diagramas de processos mostrados a seguir apresentam as interações entre os sistemas CEP e SISNEP.

O primeiro diagrama apresentado descreve principalmente os relacionamentos, atividades e processos do ponto de vista do pesquisador que está submetendo um projeto ao Sistema CEP-SISNEP

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Figura 4 – Modelagem das atividades do ponto de vista do pesquisador que utiliza o SISNEP.

No diagrama de processos mostrado a seguir foi modelada a interação entre o CEP-Unisul e o SISNEP, dando maior foco as atividades realizadas pelos membros do Comitê.

Na Figura 5 deve-se destacar o uso de cores na UML. Inicialmente proposta por Coad (1999 apud PIMENTEL 2007) para distinguir estruturas sintáticas de objetos e estruturas de código nos diagramas UML, neste trabalho as cores nos diagramas UML estão sendo utilizadas com um significado semântico: Uma cor para os eventos e processos do ator Pesquisador (externo ao CEP) e uma outra cor para atores, processos e eventos relacionados ao CEP.

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Figura 5 – Diagrama de processos CEP-SISNEP.

Alguns processos serão detalhados através do seu diagrama de atividades, os quais são descritos a seguir.

6.1 CEP Avalia Projeto

Esse diagrama descreve detalhadamente o que ocorre no processo CEP avalia projeto contido no Diagrama de Processos CEP-SISNEP. Há três atores envolvidos: coordenador, secretário e Membro CEP. As atividades mostradas na figura 6, ocorrem no CEP.

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Figura 6 – Diagrama de atividades CEP avalia projeto.

6.2 Divulgar Resultado do ParecerNessa atividade é descrito detalhadamente o que ocorre no processo Divulgar

resultado do parecer contido no Diagrama de Processos CEP-SISNEP. Há quatro atores envolvidos: membro cep, secretário, coordenador e pesquisador.

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Figura 7 – Diagrama de atividade Divulgar resultado do parecer.

6.3 Casos de UsoAs principais atividades ou interações entre os diferentes usuários e o SISNEP

foram descritas através dos diagramas de casos de uso (Diagrama geral de casos de uso e a descrição de cada caso de uso).

7 ANÁLISE SOBRE A POSSÍVEL INTERAÇÃO CEP-SISNEP

Para poder decidir sobre a utilização do SISNEP na Unisul foram considerados os seguintes fatores associados ao cenário de uso (características da Unisul, do CEP-Unisul e do SISNEP). Essa análise foi posteriormente apresentada aos membros do CEP-Unisul.

7.1 Características invariantes do CEP-Unisul1- A Unisul é uma universidade multi-campi com duas unidades que são os

principais usuários do CEP: Unidade de Tubarão no Campus Sul e Unidade Pedra Branca no Campus Norte. Projetos de pesquisa oriundos de outras unidades (Virtual, Araranguá, Norte da Ilha, etc.) são encaminhados para esses dois centros.

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2- O CEP-Unisul é um único comitê com representantes dos dois campi e que avalia os projetos de pesquisa em seres humanos de alunos e professores de toda a Universidade.

7.2 Características atuais do CEP-Unisul3- Atualmente o CEP-Unisul conta com um espaço físico e um auxiliar

administrativo (estagiário) no Campus Pedra Branca (PB).

4- Todos os meses existe uma data limite para entrega dos projetos para estes serem avaliados na reunião desse mês.

5- Todos os projetos são encaminhados para a sede do CEP-Unisul (Pedra Branca) onde são cadastrados pelo estagiário em uma planilha (no cadastro recebem seu número de protocolo do CEP). Posteriormente eles são encaminhados ao membro do CEP que realizará a sua avaliação ou, na falta de algum formulário ou documento necessário, o projeto é devolvido ao pesquisador (sem ser cadastrado).

6- Entrega dos projetos:

a. na Pedra Branca os projetos são entregues na sala do CEP (horário de 12 horas por semana - estagiário) ou deixados no escaninho do CEP no apoio ao docente (das 8 as 22h. segunda a sexta feira).

b. Em Tubarão os projetos são entregues ao correspondente coordenador de curso, de TCC, ao SAIAC, ou ao Prof. Miguel Popoaski. Cada um destes ou o próprio pesquisador encaminham os projetos pelo malote interno à sede do CEP na Pedra Branca.

c. Em alguns poucos casos o pesquisador encaminha o seu projeto pelo correio para a sede do CEP-Unisul (projetos de especialização ou mestrado quando o pesquisador responsável não é professor regular da Unisul)

7- Existe a necessidade de um comprovante ou protocolo de entrega dos projetos para o pesquisador e o próprio CEP.

8- Alguns projetos entregues em Tubarão (SAIAC) demoram muito para chegar à sede do CEP (até 6 dias), embora alguns pesquisadores prefiram esse local de entrega pois obtém um número de protocolo (protocolo do SAIAC) .

9- Na falta de algum documento, quando o projeto é devolvido ao pesquisador, ele somente poderá ser submetido ao CEP na reunião do próximo mês.

10- Divulgação dos resultados da avaliação:

a. Após recebidos todos os pareceres consubstanciados via e-mail todos eles são impressos e assinados pela coordenação do CEP. Uma carta com o resultado do parecer é emitida (via mala direta Word-Excel), impressa, assinada pela coordenação, anexada ao parecer e enviada ao pesquisador pelo malote interno (não gera gastos de correio).

b. Uma listagem com os projetos aprovados é divulgada no portal da Unisul (somente os projetos aprovados). A listagem contêm: número do protocolo, título do projeto e nome dos pesquisadores).

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7.3 Cenário futuro desejado11- Percebe-se a necessidade de um sistema informatizado (preferencialmente via

web, além do SISNEP) para poder realizar o cadastro e controle dos projetos que atualmente é realizado em planilhas de cálculo (Excel - OpenOffice).

7.4 Características do SISNEP12- O próprio pesquisador realiza o cadastro do seu projeto via internet (no SISNEP)

quando emite a Folha de Rosto (FR) da Conep. Esse cadastro do projeto é incompleto para as finalidades do CEP-Unisul, pois para cada projeto é necessário relacionar quem foi o avaliador (membro do CEP), o tipo de projeto (TCC, iniciação científica, pós-graduação, etc), o curso, campus, onde enviar a correspondência, etc.

Figura 8 – Planilha Excel relação reunião do CEP-Unisul.

13- O SISNEP obriga à emissão de um comprovante de entrega do projeto (CAAE).

a. No momento da entrega do projeto no CEP o secretário realiza o checklist pelo SISNEP emitindo o comprovante com o número do CAAE em três vias.

b. Folhas de Rosto: O secretário do CEP deve selecionar a opção Folhas de rosto, selecionar um dos projetos e depois selecionar check-list (veja destaque em vermelho nas telas do sistema na figura a seguir).

Figura 9 – Tela Folhas de Rosto do SISNEP módulo CEP.

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c. Efetuar Check-List: Após selecionar a opção Efetuar Check-List, deve-se selecionar todas as opções Sim para que o check-list seja concluído. (veja nas telas do sistema na figura a seguir).

Figura 10 – Tela check-list do SISNEP módulo CEP.

Tela do CAAE: O coordenador ou secretário do Sisnep, após a realização do check-list, devem selecionar um dos projetos e depois selecionar CAAE .

d. O CAAE é um número de protocolo válido em todo o território brasileiro. Vantagem

e. O passo anterior leva a necessidade de um funcionário em Tubarão e outro na Pedra Branca, ambos com acesso a internet, para receber os projetos

Situação atual não comporta essa necessidade

14- O SISNEP somente permite colocar o resultado da avaliação nas categorias: Aprovado, Aprovado com Recomendação, Não Aprovado, Pendente.

15- SISNEP não permite anexar o parecer consubstanciado (somente um código desse parecer).

Desvantagem

16- O módulo CEP do SISNEP apresenta algumas inconsistências:

a. De lógica: por exemplo no estado dos projetos é necessário voltar o andamento do projeto, que está em Protocolos Tramitados, para registrar uma interrupção ou um novo parecer.

b. Não permite incluir ou visualizar novos membros do CEP.

c. Na opção ajuda, são fornecidas ao pesquisador interfaces que deveriam se restritas aos membros do CEP (avaliação de projetos).

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d. A opção Ajuda no módulo do pesquisador auxilia a entrada no sistema quando o usuário já realizou a tarefa.

e. No campo Número nas opções Registrar Parecer e Registrar Interrupção não há uma explicação ou ajuda sobre o número que deve ser digitado. É possível digitar qualquer número.

f. O campo Data em Registrar Parecer ou Interrupção não tem explicação. Se for a data do dia em que for realizada a operação o sistema poderia preenchê-la automaticamente.

g. É possível que um membro CEP retire um outro membro CEP do sistema.

h. Não é possível adicionar um usuário na opção Adicionar Usuário. Desvantagens

17- Na opção Dados Cadastrais é possível para qualquer membro do CEP alterar os dados do CEP.

Desvantagem

18- O SISNEP divulga pela internet a listagem dos projetos aprovadosVantagem

19- Permite ao pesquisador visualizar o resultado de apreciação do seu projetoVantagem

20- Permite ao pesquisador verificar o andamento da avaliação (se está em processo de avaliação no CEP, se sendo avaliado pela CONEP, se está em trânsito para a CONEP, etc) através do Extrato.

Vantagem

21- Secretário, Coordenador e Membro CEP podem visualizar relatórios digitando uma data inicial e uma data final para a pesquisa de determinados grupos de projetos como: Total de Projetos por grupo, Total de Projetos classificados no 1o Parecer ou Total de Projetos por Área Temática Especial.

22- O Coordenador tem a possibilidade de cadastrar, adicionar e retirar usuários do CEP. Observação: não foi possível utilizar essa funcionalidade corretamente, acontecendo as não conformidades comentadas no item 16b.

23- O SISNEP permite fazer uma busca dos projetos existentes no CEP através de uma palavra chave, pelo CAAE ou pelo nome do pesquisador.

24- Permite ao pesquisador e membros do CEP visualizar uma lista contendo dados como, Telefone/Fax, Endereço e E-mail de todos os Comitês de Ética em Pesquisa existentes no país. Observação: essa listagem também está disponível na internet no portal da CONEP

7.5 Apresentação dos resultados aos membros do CEP-UnisulOs membros do CEP-Unisul foram convidados pela professora orientadora

para uma reunião, agendada em função da disponibilidade dos integrantes do CEP que manifestaram interesse em participar. A reunião foi efetuada no dia 6 de junho de 2008 na Pedra Branca com a presença dos seguintes participantes: os professores Ana Regina de Aguiar Dutra, Nadia Kienen, Maria Inés Castiñeira, Luiz Kanis e a estagiária do CEP, a estudante de computação Débora da Silva.

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Primeiro foi mostrado o funcionamento do SISNEP, acessando–o através da internet. A seguir foram apresentados os pontos discutidos na análise prévia, respondendo dúvidas que surgiram durante a apresentação. Depois disso os professores debateram e discutiram sobre as vantagens e desvantagens da utilização do SISNEP.

O resumo do debate abrange as seguintes asserções: Necessidade do CEP-Unisul de um sistema informatizado para dar suporte

às atividades de cadastro e gerenciamento dos projetos e relatores, de preferência via web e de forma tal que o pesquisador realize o cadastro do seu projeto e receba um comprovante quando o projeto é recebido pelo CEP-Unisul.

O Sisnep não comporta a necessidade de relacionar o projeto com o relator, nem com outras informações (como Campi, Curso de atuação do pesquisador, etc.) as quais são relevantes para a gestão operacional do CEP-Unisul.

A partir das afirmações anteriores conclui-se sobre a necessidade do sistema descrito no primeiro item, independente da utilização ou não do SISNEP.

O Sisnep apresenta algumas inconsistências na sua versão atual. Uma próxima versão foi anunciada mas ainda não tem uma data definida para a sua disponibilização, nem uma previsão de quais mudanças serão implementadas no sistema.

A utilização de um sistema próprio e do SISNEP simultaneamente levaria a algumas duplicidades de tarefas (por exemplo: o pesquisador no cadastro do seu projeto ou o relator no registro do resultado do parecer) ou exigiria uma interface entre o sistema próprio e o SISNEP.

Não é desejada nenhuma duplicidade de tarefas nem para o pesquisador nem para os membros do CEP-Unisul, haja vistas que muitos pesquisadores já consideram o registro do projeto no CEP-Unisul muito “burocrático”. Por outra parte, devido a quantidade de projetos analisados os membros do comitê também devem ser poupados de realizar tarefas desnecessárias.

A interface do sistema próprio com o SISNEP também não é aconselhada devido às futuras mudanças do SISNEP.

Como conseqüência decidiu-se pela não utilização da atual versão do SISNEP na Unisul e pelo início das negociações internas para desenvolvimento ou aquisição de um sistema informatizado para dar suporte necessário às atividades operacionais do CEP-Unisul.

8 CONCLUSÕES Este trabalho objetivou realizar uma análise sobre o impacto da integração do

SISNEP na Unisul através da modelagem de processos utilizando UML.  Para isso, os dois sistemas foram estudados e modelados representando o seu funcionamento de forma isolada e ambos trabalhando em conjunto.

O exercício de registrar, utilizando UML, todas as atividades e processos realizados pelos diferentes atores do sistema CEP-Unisul, considerando o uso do SISNEP,  permitiu:

Elencar todas as tarefas e atividades envolvidas no controle, gerência e operacionalização do CEP considerado;

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Identificar quais eram as tarefas com baixa freqüência mas de alta prioridade (relatórios semestrais e anuais para a CONEP e para a própria instituição);

Evidenciar os gargalos e atividades críticas do sistema CEP-Unisul (ausência de um comprovante de submissão do projeto no CEP, período de emissão de cartas da reunião anterior coincide com o período limite de entrega e cadastro dos projetos para a próxima reunião);

Conhecer as funcionalidades e limitações do SISNEP; Destacar as vantagens e desvantagens relacionadas ao uso do SISNEP,

permitindo assim aos futuros usuários escolher pela adoção, ou não, desse sistema.

A linguagem UML resultou ser de fácil aprendizado para a acadêmica autora do projeto.  

Essa linguagem também facilitou a comunicação com os usuários, membros do CEP com formação em áreas diferentes, como psicologia, farmácia e filosofia, entre outras. A característica visual e em forma de diagramas da modelagem permitiu aos membros do CEP entender e discutir as representações dos processos apresentados. Assim a UML apresentou-se como uma ferramenta apropriada para realizar a comunicação  entre o objetivo da organização (o negócio) e os conhecimentos técnicos (software), confirmando as afirmações de Eriksson e Penker (2000).

Outra característica a ser destacada relacionada com a UML foi a aceitação inicial e bons resultados apresentados pelo uso de cores para os eventos e processos dos diferentes atores. Essa utilização semântica das cores nos diagramas apresenta um potencial e um significado diferente daquele proposto na literatura (PIMENTEL 2007), este último mais relacionado às estruturas sintáticas de objetos e às estruturas de código.

Segundo as pesquisadoras os diagramas considerados mais significativos para entender e representar as complexidades e atividades do Comitê  foram: os diagramas de processos e diagramas de atividades. Os diagramas de caso de uso mostraram-se eficientes para descrever de forma abrangente todo o processo e quais são os usuários envolvidos.

Do ponto de vista da Engenharia de Software percebeu-se a importância da modelagem do processo do negócio (MPN) como etapa prévia ao desenvolvimento do software.  Essa disciplina consiste em entender, definir e representar os objetivos, a estrutura, a dinâmica e forma em que trabalha a organização para a qual o software será desenvolvido. Embora não tivesse sido um objetivo específico, este trabalho permitiu entender, definir e delimitar melhor as funcionalidades do software que deve ser desenvolvido para o CEP-Unisul.

Concluindo percebe-se que a metodologia adotada, descrição dos processos utilizando a UML, foi efetiva para verificar a possibilidade de alinhamento entre os dois sistemas (SISNEP e CEP-Unisul).  

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOOCH, Grady; JACOBSON, Ivar; RUMBAUGH, James. UML: Guia do usuário. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

CASTIÑEIRA, M. I. ; SCHUHMACHER, V. R. N. ; AMANTE, L. N. ; RIEG VIANA, F. ; POERSCH, C. G. Modelagem de processos para verificar a adequação de um Comitê de Ética em Pesquisa ao SISNEP. In: I Congresso Politécnico de Informática em Saúde da ULBRA - Carazinho, 2007, Carazinho (RS). Anais do I Congresso Politécnico de Informática em Saúde da ULBRA, 2007.

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CEP-UNISUL. Comitê de Ética em Pesquisa da UNISUL. Disponível em: http:// www.unisul.br/content/site/pesquisa/cepunisul. Acesso em: março de 2008a.

CEP-UNISUL. Relatório sobre as Atividades do CEP-Unisul em 2007. Documento interno. Abril de 2008b

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CONEP. Comitê Nacional de Ética em Pesquisa. Portal do Conselho Nacional de Saúde. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/comissao/eticapesq.htm Acesso em: março de 2008.

ERIKSSON, Hans-Erik; PENKER, Magnus. Business Modeling with UML: Business Patterns at work. Canada: John Wiley & Sons Inc., 2000.

GRAEML A.R. Sistemas de informação: O Alinhamento da Estratégia de TI com a Estratégia Corporativa. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MINKS ZANUZZO, Priscila. Modelagem de dados para automatização do Sistema de Informação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISUL. Projeto de pesquisa apresentado para obtenção da Bolsa de Iniciação Científica da Fapesc (PMUC). Março de 2006..

PIMENTEL MEDEIROS, M. Brincando com a UML em Cores. In Visão Ágil, Ano 2, Edição 03, 2007, p.40-43. Disponível eletronicamente em: http://www.visaoagil.com. Acesso em março de 2008.

PRESSMAN, R. S. Engenharia de Software. 6. ed. São Paulo: Makron Books, 2006.

RIEG VIANA, F.; MINKS ZANUZZO, P; CASTIÑEIRA, M.I. Modelagem de dados para automatização do Sistema de Informação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISUL. Pôster apresentado no II JUNIC – Segunda Jornada Unisul de Iniciação Científica, Palhoça, SC. Setembro de 2007.

SISNEP. Sistema Nacional de Informações sobre Ética em Pesquisa. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/sisnep/pesquisador/>. Acesso em: Julho de 2008.

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Análise de integração da utilização do Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa (SISNEP) no sistema de informações do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CEP-Unisul) através da

modelagem de processos de negócios

Carolina Gwozdz Poersch3, Maria Inés Castiñeira4

Universidade do Sul de Santa Catarina – UnisulCampus Grande Florianópolis.

Ciência da Computação tolzinha@gmail.com, maria.castineira@unisul.br

RESUMO: A resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) normatiza as pesquisas científicas realizadas com seres humanos e estatui os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) como seus interlocutores nas instituições que realizam esse tipo de pesquisas. Para facilitar a interação entre o órgão regulador e os CEPs disseminados em todo o território nacional, o Ministério da Saúde disponibilizou um software via internet: o Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa –SISNEP–, de livre adoção pelos CEPs. Este projeto consistiu na análise da possível integração entre o SISNEP e o sistema de informações do CEP da Universidade do Sul de Santa Catarina –Unisul, através da modelagem dos processos de negócios utilizando a Linguagem Unificada de Modelagem (Unifed Modeling Language, UML). Os dois módulos do SISNEP foram estudados minuciosamente para descobrir, como são realizadas as atividades, quais os atores envolvidos e as funcionalidades implementadas. As principais atividades e processos realizados pelo pesquisador e pelo Comitê foram modelados, usando essa linguagem e tentando mostrar, para cada um dos atores envolvidos, a interação entre o CEP e o SISNEP. A modelagem permitiu visualizar as mudanças que ocorreriam nessa interação e quais as novas funções dos atores, também facilitou a exposição das vantagens e desvantagens advindas com a utilização desse novo sistema. Após o estudo foi realizada uma apresentação com os resultados obtidos, para os membros do CEP poder decidir sobre a utilização ou não do SISNEP. Um relato com essa análise e as decisões do Comitê foi anexado ao projeto. Pode-se destacar que a UML facilitou a comunicação entre os diversos stakeholders, alguns dos quais possuem muito conhecimento nos processos do Comitê, mas não nessa linguagem de representação nem no novo sistema que estava sendo proposto. A utilização de cores nos diagramas UML também resultou em um elemento facilitador na comunicação com os usuários. Os diagramas considerados mais significativos para entender e representar as complexidades das atividades foram: os diagramas de processos e diagramas de atividades. Percebeu-se também a importância da modelagem do processo do negócio como etapa prévia ao desenvolvimento do software.  Concluindo, a metodologia adotada, descrição dos processos utilizando a UML, foi efetiva para verificar a possibilidade de alinhamento entre os dois sistemas (SISNEP e CEP-Unisul).  

Palavras Chave: Modelagem de processos de negócios, UML, Comitê de Ética em Pesquisa, SISNEP.

3 Trabalho desenvolvido com auxílio do CNPq, bolsa PIBIC4 Trabalho desenvolvido com auxílio da Coordenação de Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul

Palhoça, SC. 15 de Agosto de 2008.

Prezados Srs.,

Através da presente gostaria de comentar sobre a atuação da Bolsista do CNPq

(PIBIC) Carolina Gwozdz Poersch no projeto intitulado “Análise de integração da

utilização do Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa (SISNEP) no

sistema de informações do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CEP-Unisul)

através da modelagem de processos de negócios”.

Carolina apresentou muito bom desempenho durante o período de

desenvolvimento do projeto. Atualmente possui capacidade de realizar as atividades

necessárias para atingir os objetivos de um projeto de pesquisa, seguindo as etapas

descritas na metodologia, de forma independente. Adquiriu capacidade de realizar

pesquisa, seleção e redação de material bibliográfico pertinente à temática de interesse,

utilizando as regras de citações e apresentação da ABNT.

Durante o segundo semestre de 2007 estudou a linguagem UML e realizou uma

disciplina optativa: “Modelagem de negócios” para aperfeiçoar os conhecimentos

necessários para realizar a modelagem proposta no projeto. Demonstrou também

entender com facilidade a dinâmica dos sistemas que estava representando. Os

resultados obtidos são muito satisfatórios e estamos preparando-os para apresentação

em algum evento ou revista científica.

Cordialmente,

Profa. Maria Inés Castiñeira, Dra.

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