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1. ÓRGÃOS ASSOCIATIVOS E INSTITUCIONAIS PARA 2007-2009 6

2. CARTA DO PRESIDENTE 10

3. INDICADORES GLOBAIS 13

4. ENQUADRAMENTO DAS ACTIVIDADES 15

4.1. Economia Internacional 15

4.2. Economia Portuguesa 16

4.3. Sistema Monetário e Financeiro 17

5. A ESTRUTURA DO GRUPO MONTEPIO 21

6. CRIAÇÃO DE VALOR PARA OS ASSOCIADOS E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS 23

7. MONTEPIO GERAL – ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA 25

7.1. Associados e Beneficiários 277.1.1. Movimento Associativo 277.1.2. Subscrições de Modalidades e Quotizações e Capitais 287.1.3. Benefícios Vencidos e Reembolsos 297.1.4. Melhorias Atribuídas aos Benefícios em Formação e em Curso das Modalidades Actuariais 297.1.5. Rendibilidade das Modalidades de Capitalização 297.1.6. Rendas Vitalícias 29

7.2. Rendibilidade Líquida dos Activos 307.2.1. Carteira de Imóveis 307.2.2. Empréstimos a Associados 317.2.3. Carteira de Títulos 317.2.4. Carteira de Participações Financeiras 327.2.4.1. Participação Financeira Institucional na Caixa Económica Montepio Geral 327.2.4.2. Participações Financeiras Diversas 327.2 5. Disponibilidades 33

7.3. Actividades Diversas 34

7.4. Fundos Permanentes, Fundos Próprios e Reservas 35

7.5. Resultados 36

7.6. Proposta de Aplicação dos Resultados e de Recurso aos Excedentes Técnicos e ao Fundo de Reserva Geral 377.6.1. Recurso aos Excedentes Técnicos dos Fundos Permanentes e ao Fundo de Reserva Geral 377.6.1.1. Fundos Permanentes das Respectivas Modalidades 377.6.1.2. Fundo de Reserva Geral 377.6.2. Saldo dos Fundos Disponíveis e Rendimento do Fundo de Reserva Geral adicionados

do Recurso aos Excedentes Técnicos e ao Fundo de Reserva Geral 387.6.2.1. Para o Fundo de Reserva Geral 387.6.2.2. Para os Fundos Permanentes das Respectivas Modalidades 397.6.2.3. Para os Fundos Próprios das Respectivas Modalidades 39

7.7. Proposta de atribuição de Melhorias de Benefícios 40

Índice

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7.8. Proposta de reposição no Fundo de Reserva Geral e Excedentes Técnicos 40

7.9. Proposta de reposição dos Valores Utilizados para Completar os Fundos Disponíveis 41

7.10. Proposta de atribuição da Rendibilidade dos Capitais de Reforma, da PoupançaReforma e das Modalidades Colectivas 41

7.11. Proposta de Aplicação da Verba a Transferir da Caixa Económica 41

7.12. Proposta de Aumento da Participação Financeira Institucional na Caixa Económica 41

7.13. Proposta de Dotação para a Fundação Montepio Geral 41

7.14. Balanço e Demonstração de Resultados 42

7.15. Demonstração de Fluxos de Caixa 46

7.16. Notas às Demonstrações Financeiras 47

7.17. Relatório dos Auditores 65

7.18. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal (ver 8.21.)8. CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – INDIVIDUAL 67

8.1. Evolução dos Principais Agregados do Balanço 69

8.2. Actividade Comercial 708.2.1. Crédito 708.2.1.1. Crédito à Habitação 728.2.1.2. Crédito Individual 728.2.1.3. Crédito Individual – Revolving 738.2.1.4. Crédito à Construção 738.2.1.5. Crédito Por Tipo de Garantias 748.2.1.6. Crédito e Juros Vencidos 748.2.2. Recursos Alheios 778.2.2.1. Depósitos de Clientes 788.2.2.2. Recursos de Desintermediação 788.2.3. Actividade Internacional 798.2.4. Seguros 79

8.3 Actividades Financeira e de Investimento 808.3.1. Activos Financeiros Disponíveis para Venda e Detidos até à Maturidade 818.3.2. Funding Externo 82

8.4. Carteira de Participações Financeiras 83

8.5. Actividade em Imóveis Adquiridos em Reembolso de Crédito Próprio 83

8.6. Canais de Distribuição e Marketing 848.6.1. Canais de Distribuição 848.6.2. Oferta de Produtos e Serviços 858.6.3. Campanhas Promocionais 868.6.4. A Marca Montepio – Nova identidade corporativa 87

8.7. Gestão dos Riscos 87

8.8. Recursos Humanos 89

8.9. Recursos Tecnológicos 90

8.10. Análise Financeira 918.10.1. Situação Líquida 918.10.2. Conta de Exploração 918.10.2.1. Taxas de Juro Médias Activas e Passivas 938.10.2.2. Taxa de Intermediação Financeira 948.10.2.3. Margem Financeira 948.10.2.4. Resultado do Serviço Prestado a Clientes 95

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8.10.2.5. Resultado das Operações Financeiras 958.10.2.6. Rendimento de Participações Financeiras 968.10.2.7. Resultado da Venda de Imóveis para Negociação 968.10.2.8. Gastos Operacionais 968.10.2.9. Provisões e Imparidade 988.10.3. Rendibilidade (ROE e ROA) 998.10.4. Indicadores de Eficiência e Funcionamento 100

8.11. Fundo de Pensões 100

8.12. Transição para as IFRS (International Financial Reporting Standards) 101

8.13. Rating 102

8.14. Capitalização e Rácios Prudenciais 102

8.15. Proposta de Aplicação de Resultados 103

8.16. Balanço e Demonstração de Resultados 1048.16.1. Balanço 1048.16.2. Demonstração de Resultados por Natureza 1058.16.3. Demonstração de Resultados por Funções 106

8.17. Demonstração de Fluxos de Caixa e Mapa de Alterações na Situação Líquida 107

8.18. Anexo às Demonstrações Financeiras 109

8.19. Relatório anual sobre a Fiscalização Efectuada (ver 9.8.)8.20. Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Individuais 163

8.21. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 165

8.22. Relatório sobre o Governo da Instituição 167

9. CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – CONSOLIDADO 179

9.1. Introdução 181

9.2. Síntese da Actividade do Grupo 182

9.3. Resultados, Eficiência e Rendibilidade 183

9.4. Capitalização e Rácios Prudenciais 184

9.5. Balanço e Demonstração de Resultados por Funções 185

9.6. Demonstração de Fluxos de Caixa 187

9.7. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 188

9.8. Relatório anual sobre a Fiscalização Efectuada 243

9.9. Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas 246

9.10. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal sobre as Contas Consolidadas 248

10. RESPONSABILIDADE SOCIAL 249

11. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO MONTEPIO GERAL 253

12. DIRECÇÃO 259

13. RECONHECIMENTO 265

ANEXOS 267

I – RELATÓRIO ACTUARIAL DAS MODALIDADES ASSOCIATIVASII – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DAS MODALIDADES ASSOCIATIVASIII – CARTEIRA DE IMÓVEIS DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTAIV – CONTAS DAS FUNDAÇÕES

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1. Órgãos Associativos e Institucionais para 2007-2009

MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresidente Associado n.º 33 151-5 VITOR JOSÉ MELÍCIAS LOPES

Jurista

1.º Secretário Associado n.º 31 560-9 ANTÓNIO PEDRO DE SÁ ALVES SAMEIRO

Advogado

2.º Secretário Associado n.º 45 139-8 ANTÓNIO DIAS SEQUEIRA

Economista

Suplentes Associado n.º 48 385-8 MARIA LEONOR LOUREIRO GONÇALVES DE OLIVEIRA GUIMARÃES

Jurista

Associado n.º 127 945-6 MARIA VITÓRIA DA GRAÇA PINTO GUERRA MOURÃO

Socióloga

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente Associado n.º 29 416-0 JOSÉ DA SILVA LOPES

Economista

Vogais Associado n.º 38 670-6 ANTÓNIO TOMÁS CORREIA

Jurista

Associado n.º 28 745-2 JOSÉ DE ALMEIDA SERRA

Economista

Associado n.º 59 784-1 RUI MANUEL SILVA GOMES DO AMARAL

Economista

Associado n.º 31 399-9 EDUARDO JOSÉ DA SILVA FARINHA

Economista

CONSELHO FISCALPresidente Associado n.º 26 952-2 MANUEL JACINTO NUNES

Professor Universitário

Efectivos Associado n.º 281 904-8 GABRIEL JOSÉ DOS SANTOS FERNANDES

Economista

Associado n.º 31 269-9 JOSÉ MOREIRA VENÂNCIO

Licenciado em Contabilidade Bancária e Direito

Suplentes Associado n.º 62 268-0 JOÃO MIGUEL LOURENÇO GOMES

Economista

Associado n.º 95 534-4 ISILDA DE AIRES NUNES BRANQUINHO

Economista

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CONSELHO GERAL Efectivos Associado n.º 71 464-0 MARIA MANUELA DA SILVA

Economista

Associado n.º 29 676-0 MANUEL DA COSTA BRAZ

Oficial do Exército na situação de reforma

Associado n.º 104 943-7 EUGÉNIO ÓSCAR GARCIA ROSA

Economista

Associado n.º 29 973-8 MANUEL LOPES DA SILVA

Economista

Associado n.º 32 309-9 VIRGÍLIO MANUEL BOAVISTA LIMA

Economista

Associado n.º 35 170-2 CARLOS MANUEL MELO GOMES AREAL

Bancário

Associado n.º 47 207-6 MARIA LUCIA RAMOS BICA

Economista

Associado n.º 31 000-2 ANTÓNIO FERNANDO MENEZES RODRIGUES

Economista

Associado n.º 49 598-5 JOSÉ JOAQUIM FRAGOSO

Engenheiro

Associado n.º 30 813-7 LUIS MANUEL PESSOA MONTEIRO BRANDÃO

Jurista

Associado n.º 44 630-3 ALBERTO JOSÉ DOS SANTOS RAMALHEIRA

Economista

Associado n.º 37 711-3 NORBERTO DA CUNHA JUNQUEIRA FERNANDES FÉLIX PILAR

Economista

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Conselho de Administração

Eduardo José da Silva Farinha, António Tomás Correia, José da Silva Lopes (Presidente), José de Almeida Serra, Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

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2. Carta do Presidente

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Num contexto de ligeira recuperação da actividade eco-nómica do País, em que a taxa de crescimento real do PIBterá atingido 1,3%, e não obstante a forte concorrência nosector bancário, o Grupo Montepio conseguiu melhorar osseus indicadores de desempenho.

Para esta evolução, foi determinante a consolidação dasacções de alinhamento estratégico das diversas entidadesdo Grupo e a concretização dos objectivos de expansão daactividade e de aumento dos resultados.

Ao nível da actividade bancária, onde o Grupo Montepiodetém maior notoriedade, a Caixa Económica MontepioGeral (CEMG) registou, em 2006, um aumento dos resul-tados do exercício de 32,8%, atingindo 60,2 milhões deeuros, o que permitiu a melhoria da taxa de rendibilidadedos capitais próprios (ROE), que passou de 6,67%, em2005, para 7,75%.

Esta evolução favorável teve como principais alicerces aredução do crédito vencido, a recuperação das respectivasprovisões e o crescimento selectivo dos negócios, tendo emconta as condicionantes de mercado, de natureza econó-mica e competitiva, aliados à gestão criteriosa do pricing,em função do risco dos clientes e da maturidade das opera-ções.

O activo líquido da CEMG ultrapassou, assim, os 15 milmilhões de euros, tendo aumentado cerca de 9% face aoano anterior. O saldo da carteira de crédito a clientesatingiu 13,1 mil milhões de euros, em 2006, representan-do um aumento de 11,3%, impulsionado pela evoluçãofavorável do crédito à habitação, que cresceu 11,7%. Paraesse aumento muito contribuíram as acções de marketing,que promoveram a melhoria da qualidade da prestação doserviço, a maior versatilidade da procura de soluções paracada cliente, a maior rapidez na decisão das operações deconcessão de crédito e a maior publicitação dos produtosdo Montepio junto da população.

Na vertente de captação de recursos, destaca-se um acrés-cimo de 6,6% (mais 493 milhões de euros) nos depósitosde clientes, em paralelo com a emissão de novos segurosde capitalização, a criação de um novo fundo de investi-mento mobiliário e a continuação da emissão de produtosestruturados.

Dando ênfase à decisão estratégica de diversificar as fontesde funding e apostar fortemente em recursos de maiormaturidade, captaram-se recursos nos mercados externos,designadamente, através de empréstimos obrigacionistas ede certificados de dívida, que aumentaram de 10,5%,atingindo cerca de 5,2 mil milhões de euros.

Os recursos próprios, em que predomina o capital institu-cional, detido integralmente pelo Montepio Geral – Asso-ciação Mutualista, também evoluíram favoravelmente, comum acréscimo de 131 milhões de euros, ou seja, mais 19%.

Esta dinâmica da actividade levou a aumentos de 14% namargem financeira e de 5,2% no produto bancário, queatingiu 368 milhões de euros.

Um dos principais contributos para a melhoria dos resulta-dos proveio das acções empreendidas no domínio daredução do crédito vencido e de cobrança duvidosa, que

permitiu a recuperação e anulação de provisões no mon-tante de 209 milhões de euros.

Demos continuidade à reformulação da política comercial eà consequente reorganização da rede de balcões. Foi cria-da uma direcção comercial vocacionada para o segmentoempresas. Promoveu-se a diversificação da oferta de pro-dutos financeiros, com o lançamento de produtos estrutu-rados e de seguros de capitalização, orientados para a cap-tação de poupanças. Em paralelo, foram implantados novossistemas de análise e gestão do risco, tendo para esseefeito sido criada uma direcção de Análise de Riscos, à qualfoi cometida a tarefa de preparar a Caixa Económica parao cumprimento dos novos requisitos prudenciais, exigidosno quadro de Basileia II.

Outra importante área de intervenção foi a da gestão dosRecursos Humanos. Prosseguiu-se com a política de inves-tir, de forma expressiva, na melhoria das competências,mediante a concretização de um ambicioso programa deformação e da admissão de quadros altamente qualificadospara novas funções. Foi reformada a política de incentivosaos colaboradores da Instituição, com o apoio de consul-tores externos, no sentido de melhorar o alinhamento dosistema de retribuição e de avaliação de desempenho como cumprimento dos objectivos estratégicos.

No último trimestre do ano, procedeu-se à alteração damarca e ao lançamento da nova identidade institucional doMontepio, com um novo logotipo e um novo visual.A marca abandonou a designação «Geral», simplificando--se para «Montepio». Em conformidade com as alteraçõesintroduzidas na marca, no logotipo e no visual, procedeu--se à transformação geral da sinalética exterior de toda arede de balcões e de todos os suportes de comunicação,enquadrando todas estas acções numa campanha publici-tária de forte notoriedade.

Relativamente ao Montepio Geral – Associação Mutualista(MGAM), que é o coração do Grupo – salienta-se, em2006, o significativo crescimento do número de associa-dos, que atingiu cerca de 377 mil, ou seja, cerca de 43 milassociados a mais do que no final do ano anterior.

Este aumento possibilitou um acréscimo dos fundos per-manentes aplicados, de 174 milhões de euros, e conduziuà expansão do total do activo da Associação Mutualista emmais 10,2%, que assim ultrapassou já os 2 mil milhões deeuros.

Merece destaque a conclusão, em 2006, dos trabalhos dealteração dos regimes de algumas importantes modali-dades, nomeadamente, as rendas vitalícias, as pensões dereforma e os capitais de reforma, no sentido da sua ade-quação aos novos pressupostos actuariais e às actuaiscondições dos mercados financeiros. Contribuiu-se dessaforma para melhorar a sustentabilidade da AssociaçãoMutualista e para tornar mais sólidas as garantias de rendi-mentos mínimos oferecidos aos associados.

O desempenho da Associação demonstra, uma vez mais,a adequação do desenvolvimento das respostas e da acçãomutualista, no âmbito da segurança social complementar,da protecção social e do reforço do papel da Associação Mu-tualista como instituição solidária e socialmente responsável.

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Avançou-se, substancialmente, na concretização do projec-to de prestação de serviços de apoio à terceira idade. Nessecontexto desenvolveu-se a actividade da empresa especiali-zada – Residências Montepio, Serviços de Saúde –, criadapara esse efeito, que está já a prestar serviços de apoiodomiciliário a pessoas da terceira idade e a dinamizar aconstrução de sete residências assistidas, espalhadas porvárias regiões do País.

O ano 2006 foi também marcado pelo trágico falecimentodo director da Associação Mutualista, Dr. João da CostaPereira, e pela doença terminal do Senhor Presidente daMesa da Assembleia Geral e ex-Presidente do Conselho deAdministração, Senhor Dr. António da Costa Leal, que viriaa falecer em Fevereiro de 2007. Não posso deixar de regis-tar aqui o sentido pesar, meu e dos meus colegas doConselho de Administração, por essa grande figura doMontepio – uma das maiores de toda a sua história – noster deixado. Foi graças à visão, à capacidade e ao empe-nhamento do Dr. Costa Leal que o Montepio e a sua CaixaEconómica deixaram de ser instituições com dimensão extre-mamente modesta e passaram a ter a projecção nacionalque hoje lhes é reconhecida.

Ultrapassámos com coragem e determinação estes mo-mentos difíceis. Aliás, a capacidade de revigoramento doMontepio está evidenciada na sua longevidade: em 2006,completámos 166 anos.

É, de facto, notável e motivo de orgulho para todos nós acapacidade de adaptação, de regeneração e de reinvençãoque o Montepio sempre tem demonstrado. Os resultadosobtidos em 2006 testemunham esse potencial e cons-tituem o ponto de partida para a construção do futuro, emque nos iremos aplicar e esforçar, no sentido de prosseguiro engrandecimento da obra já realizada.

É, pois, com confiança no futuro do Grupo Montepio quemanifesto, em meu nome e no dos restantes membros doConselho de Administração, o nosso reconhecimento àsentidades com que a Instituição se relacionou neste últimoano, designadamente, o Banco de Portugal, o Ministériodas Finanças e da Administração Pública, o Ministério doTrabalho e da Solidariedade Social e a Comissão do Mer-cado de Valores Mobiliários.

Merecem especial reconhecimento os associados e clientesdo Montepio, que nos honraram com a sua confiança,bem como os seus colaboradores, pelo trabalho desenvol-vido e pela dedicação e profissionalismo demonstrados.

Lisboa, Março de 2007

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(milhares de euros)

INDICADORES 2006 2005 2004

1. ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA1.1. DIMENSÃOActivo Líquido 2 092 248 1 898 873 1 562 532

Variação 10,18% 21,53% 29,51%Capital Próprio (Fundos Próprios, Reservas e Resultados) 329 155 302 092 334 822Associados (Unidades) 376 950 333 638 291 789Pensionistas (Unidades) 6 292 6 065 5 791Trabalhadores da CEMG afectos à AM (Unidades) 62 63 60

1.2. RENDIBILIDADECash Flow do Exercício 40 768 43 025 35 985Resultado do Exercício 34 925 38 198 31 840Resultado do Exercício / Activo Líquido Médio 1,75% 2,21% 2,30%

1.3. COBERTURA DAS RESPONSABILIDADESFundos e Reservas / Provisões Matemáticas e Melhorias de Benefícios 1,17 1,17 1,25

2. CAIXA ECONÓMICA2.1. DIMENSÃOActivo Líquido 15 222 888 13 950 993 12 418 904

Variação 9,12% 12,34% 2,51%Recursos Próprios (Capital, Reservas e Resultados) 822 175 690 771 652 629Trabalhadores – Quadro de Pessoal em Portugal (Unidades) 2 918 2 853 2 863Balcões e Outras Formas de Representação (Unidades) 302 303 305

Balcões (Unidades) 295 295 297Escritórios de Representação (Unidades) 6 6 6Sucursais Financeiras (Unidades) 1 2 2

Contas de Depósitos à Ordem activas (Unidades) 1 200 443 1 174 187 1 141 383Máquinas Automáticas Chave 24 (Unidades) 261 259 257Máquinas Automáticas Multibanco (Unidades) 643 588 505Terminais de Pagamentos Automáticos (Unidades) 6 486 5 863 4 837

2.2. RENDIBILIDADECash Flow do Exercício 149 691 149 182 117 636Resultado do Exercício 60 154 45 312 33 043Resultado do Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,41% 0,34% 0,27%Resultado do Exercício / Capitais Próprios Médios (ROE) 7,75% 6,67% 5,33%Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,51% 2,65% 2,50%

2.3. RISCO DE CRÉDITORácio de Crédito Vencido a mais de 90 dias 1,98% 2,55% 3,07%Rácio de Crédito com incumprimento 2,52% 3,35% 3,71%Rácio de Crédito com incumprimento líquido de provisões 0,91% 0,88% 1,29%

2.4. PRUDENCIAISRácio de Solvabilidade e de Mercado 10,75% 10,74% 11,44%Rácio Adequação Fundos Próprios de Base (Tier 1) 7,28% 6,68% 7,54%Rácio do Imobilizado Líquido (Imobilizado / Fundos Próprios) 13,18% 13,68% 16,01%Provisões Crédito Total / Crédito e Juros Vencidos 102,60% 113,74% 95,98%Provisões Crédito Total / Crédito e Juros Vencidos +3 meses 116,99% 125,12% 102,02%Valor Fundo Pensões / Responsabilidades Passadas 73,93% 70,01% 92,73%

2.5. NOTAÇÕES DE RATING (Curto Prazo : Longo Prazo)Fitch Ratings F2 : A- F2 : A- F2 : A-Moody’s P-1 : A3 P-1 : A3 P-1 : A3

2.6. EFICIÊNCIAActivo Líquido Médio / N.º Médio de Trabalhadores 5 543 4 583 4 321Gastos de Funcionamento / Activo Líquido Médio 1,49% 1,52% 1,54%Gastos de Funcionamento + Amortizações / Produto Bancário (cost to income) 62,82% 60,23% 65,85%Quadro de Pessoal em Portugal / Balcões (Unidades) 9,89 9,67 9,64Gastos com Pessoal / Produto Bancário 38,26% 36,69% 40,91%

3. Indicadores Globais

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Em 2006, a actividade económica mundial continuou aapresentar um comportamento robusto, com um cresci-mento estimado de 5,1%, beneficiando da forte dinâmica

do comércio internacional, da melhoria do mercado de tra-balho e de um desempenho favorável dos mercados finan-ceiros, em particular do mercado accionista.

Ao contrário de anos anteriores, a expansão da economiamundial tornou-se mais equilibrada em termos geográfi-cos, reflectindo, em particular, o bom desempenho econó-mico da generalidade dos países da Zona Euro e a ligeiradesaceleração da actividade nos EUA, ao longo de 2006.

Depois de um forte crescimento, no 1.º trimestre de 2006,a economia americana terá desacelerado até ao final doano, por via da quebra verificada na construção residenciale do fraco desempenho do mercado automóvel. Aindaassim, estima-se que o PIB norte-americano tenha atingidoum nível de crescimento de 3,4%, em termos anuais,ligeiramente superior aos 3,2% verificados em 2005.

O Japão deverá registar um acréscimo do PIB de 2,8%,beneficiando da expansão do investimento privado e doconsumo das famílias, num contexto de melhoria do mer-cado de trabalho.

Nos restantes países asiáticos, salienta-se a boa performan-ce da economia indiana, com um crescimento estimado de

8%, e, mais uma vez, o notável desempenho económicoda China, cuja variação real do PIB se deverá situar, nova-mente, acima dos 10%, em resultado da forte dinâmica dosector exportador e do investimento.

Durante 2006, tornou-se evidente a recuperação económi-ca da Zona Euro, estimando-se que o PIB atinja um cresci-mento de 2,7%, praticamente o dobro do verificado noano anterior (1,4%). Este nível de actividade resultou dodinamismo da Procura Interna, em particular do Investi-mento, que deverá crescer, em termos médios anuais,4,3%. Paralelamente, o aumento da procura a nível mun-dial, em especial dos países asiáticos em desenvolvimentoe dos novos Estados-Membros da UE, contribuiu para obom comportamento das exportações europeias, para adiminuição da taxa de desemprego e para o fortalecimen-to da confiança dos agentes económicos.

O enquadramento económico internacional foi igualmentecaracterizado pelo aumento pronunciado do preço dopetróleo e de algumas matérias primas não energéticas,

4. Enquadramento das Actividades

4.1. ECONOMIA INTERNACIONAL

TAXAS DE CRESCIMENTO REAIS DO PIB

Fonte: FMI, OCDE, CE, BP, U.S. Department of Commerce

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principalmente na primeira metade do ano, que conduziua um aumento das pressões inflacionistas a nível global e auma política monetária mais restritiva por parte dos bancoscentrais das principais economias.

O preço do barril do brent registou um aumento de cercade 30%, desde o início de 2006 até ao final de Julho, emresultado do agravamento das tensões geopolíticas no

Médio-Oriente e da limitada capacidade produtiva dispo-nível, em termos globais. Já na segunda metade de 2006,o nível do preço dos produtos petrolíferos sofreu uma fortecorrecção, para valores do início do ano, em consequênciada revisão em baixa das expectativas quanto ao aumentoda procura mundial e da melhoria da situação política noMédio-Oriente.

4.2. ECONOMIA PORTUGUESA

De acordo com as últimas estimativas do Banco de Portu-gal, a economia portuguesa deverá observar, em 2006,uma recuperação da taxa de crescimento real do PIB, paracerca de 1,2%.

Contudo, o nível de crescimento da economia portuguesa,embora superior, em 0,8 pontos percentuais, ao verificadoem 2005, deverá ser, pelo quinto ano consecutivo, inferiorao da média da Zona Euro e o mais baixo de entre todosos países da UE-25.

A recuperação da actividade económica em Portugal, em2006, teve por base a boa evolução da procura externa líqui-da dirigida à economia portuguesa, traduzida no crescimen-to de 9,3% das exportações, que beneficiaram do compor-tamento robusto da economia mundial e europeia, e queultrapassaram o crescimento das importações de 4,3%.

A boa progressão das exportações e o crescimento mode-rado das importações, num quadro de abrandamento daProcura Interna, permitiu uma melhoria da Balança de Bense Serviços e um impacto favorável na evolução do déficeexterno, medido pelo saldo conjunto das Balanças Cor-rente e de Capital, que passou de -8,1% para -7,6% doPIB, entre 2005 e 2006.

As componentes da Procura Interna registaram um desem-penho menos favorável, salientando-se a quebra do Inves-timento, em cerca de 3,1%, generalizada aos vários sec-tores institucionais (Estado, Famílias e Empresas), elevandopara cerca de 18% a redução acumulada desta compo-nente da despesa desde 2002.

Da evolução sectorial, destaca-se a continuada redução daactividade das empresas de Construção Civil e Obras Públi-cas, estimando-se que o Valor Bruto de Produção dessesector atinja um decréscimo real de 5,7%, em 2006. Esta

diminuição de actividade verificou-se em todos os segmen-tos, salientando-se a quebra, de 6%, na construção de Edi-fícios Residenciais e, igualmente, na realização de ObrasPúblicas.

A redução da actividade nas Obras Públicas ficou a dever-se,mais uma vez, à contenção verificada no investimentopúblico, decorrente da necessidade de cumprimento dosobjectivos previstos no Programa de Estabilidade e Cresci-mento, como demonstram as diminuições de 33% e 50%do valor dos concursos públicos abertos e adjudicados,respectivamente.

No segmento Residencial a diminuição da actividadetraduziu-se no decréscimo, de 28%, do número de habita-ções concluídas (até ao final do 3º trimestre de 2006) e, de12%, do número de licenças emitidas para construção denovos fogos habitacionais.

No entanto, a procura de habitação manteve uma evoluçãopositiva, ao longo de 2006, atendendo ao aumento dovalor dos novos contratos de crédito à habitação, de 4,5%,até Setembro, de acordo com os dados da Direcção Geraldo Tesouro, e ao crescimento, de cerca de 16%, do valortotal de crédito à habitação concedido pelo sector bancá-rio, no conjunto do ano. Esta dinâmica positiva da procura

PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS – PORTUGALTaxas de crescimento real (%), excepto quando indicado.

2003 2004 2005 2006 e

PIB -1,1 1,1 0,4 1,2

Consumo Privado 0,0 2,3 1,7 1,2

Consumo Público 0,7 1,8 1,9 -0,2

Formação Bruta de Capital Fixo -10,0 0,0 -2,6 -3,1

Procura Interna -2,2 1,9 0,6 0,1

Exportações 3,7 5,0 1,0 9,3

Importações -0,5 6,9 1,6 4,3

Inflação (IHPC) 3,3 2,5 2,1 3,0

Saldo Orçamental (% PIB) * -4,8 -4,7 -6,0 -4,6

Taxa Desemprego (Final 4.º Trimestre) 6,5 7,1 8,0 8,2

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (% PIB) -4,0 -5,7 -8,1 -7,6

* Não inclui medidas temporáriase – estimativa, excepto IHPC e Tx. DesempregoFonte: INE, BP

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habitacional terá sido principalmente dirigida a habitaçõesusadas e a habitações localizadas em zonas nobres e nosgrandes centros urbanos, a qual tem sido potenciada pelaforte concorrência e dinâmica de inovação de produtos decrédito à habitação por parte das entidades bancárias.

No sector do Comércio verificou-se um ritmo de actividadesemelhante ao do ano anterior, com o Índice de Volume deNegócios no Comércio a Retalho a crescer 2,2% (2,1%, em2005), enquanto que o sector do Turismo evidenciou umdesempenho muito favorável, demonstrado pelo aumento,de 5,6%, do número de dormidas na hotelaria e no cres-cimento, de 7,3%, das Receitas Totais de Viagens e Turismo.

A taxa de poupança dos Particulares ter-se-á mantido em níveispróximos dos verificados em 2005, de cerca de 9%, dado oaumento projectado do Consumo Privado ter sido semelhanteà variação estimada para o Rendimento Disponível.

Apesar da recuperação da actividade económica, a taxa dedesemprego, no 4.º trimestre de 2006, situou-se em 8,2%,ligeiramente acima dos 8% verificados em idêntico períodode 2005, enquanto que o Emprego Total cresceu, apenas,0,2%. Relativamente à evolução dos salários, deverá obser-var-se uma desaceleração das remunerações médias por traba-lhador, com um aumento estimado de 3% (3,5%, em 2005),por via do menor crescimento salarial no sector público.

Durante 2006, inverteu-se a tendência de descida do nívelde preços, que se prolongava desde 2001, tendo o Índice

Harmonizado de Preços no Consumidor manifestado umcrescimento de 3%, face aos 2,1% de 2005. Esta evoluçãoesteve associada à subida do preço do petróleo, na 1.ªmetade do ano, conjugada com a aceleração dos preços dealguns produtos alimentares não transformados e com asmedidas de carácter fiscal entretanto tomadas, como oaumento da taxa normal do IVA, em Julho de 2005, e asubida do imposto sobre o tabaco e bebidas alcoólicas, jáem 2006.

O défice das contas públicas deverá situar-se, no final de2006, em 4,6% do PIB, traduzindo um decréscimo de 1,4p.p., face ao verificado em 2005, e coincidindo com oobjectivo traçado na última actualização do Programa deEstabilidade e Crescimento 2006-2010. Esta evolução favo-rável do défice orçamental resultou, em grande parte, doaumento da receita fiscal, influenciado pela melhoria daeficácia da administração fiscal, e, em menor grau, pelacontenção da despesa pública, que atingiu um crescimen-to de 2,4%, em 2006 (3,5%, em 2005).

Para 2007, as previsões apontam para a continuação docrescimento gradual da economia portuguesa, com umataxa de crescimento real prevista para o PIB de 1,8%. Aocontrário do verificado em 2006, a Procura Interna deveráser o principal impulsionador do crescimento, por via darecuperação do Consumo Privado e do Investimento, muitoembora as Exportações líquidas devam continuar a con-tribuir positivamente para o crescimento do Produto.

4.3. SISTEMA MONETÁRIO E FINANCEIRO

Em 2006, o sistema monetário e financeiro europeu e por-tuguês foi caracterizado por um comportamento favoráveldos mercados accionistas, pelo aumento das taxas de jurode curto prazo e, também, pelo crescimento da actividadecreditícia por parte das instituições bancárias.

No decorrer do ano, o elevado preço dos produtos petro-líferos e de algumas matérias-primas não energéticas con-tribuiu para um aumento das pressões inflacionistas a nívelglobal, conduzindo a uma subida das taxas de juro direc-toras por parte dos principais bancos centrais.

Durante o 1.º semestre de 2006, a Reserva Federal dos EUAaumentou a sua principal taxa de juro directora (fed funds)

em 100 pontos base, para 5,25%, tendo-a mantido nestevalor até ao final do ano, dados os sinais de algum abran-damento da economia americana.

Na Zona Euro, a subida da inflação, associada aos sinais defortalecimento da economia europeia e à situação de eleva-da liquidez, levaram o BCE a aumentar, igualmente, as suastaxas de juro directoras, com a refi rate a passar de 2,25%,em Dezembro de 2005, para 3,5%, no final de 2006.

As taxas do mercado monetário da Zona Euro acompanha-ram este aumento, tendo a Euribor a 6 meses subido, de2,64%, em Dezembro de 2005, para 3,85%, em Dezem-bro de 2006.

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE JURO DIRECTORAS vs. EURIBOR 6M EVOLUÇÃO DA TAXA DE RENDIBILIDADE DAS OBRIGAÇÕES DEDÍVIDA PÚBLICA A 10 ANOS

Fontes: Bloomberg, Eurostat; Nota: valores em final de período

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No mercado obrigacionista, as taxas de rendibilidade dostítulos de dívida pública acompanharam a evolução dastaxas de juro de curto prazo, no 1.º semestre do ano. Asyields das obrigações de dívida pública a 10 anos dos EUAaumentaram 74 p.b., para 5,25% e as da Zona Euro pro-grediram 76 p.b., para 4,07%, entre Dezembro de 2005 eJunho de 2006. Todavia, face às perspectivas de algumabrandamento da economia e de estabilização dos preçosnos EUA, verificou-se uma inversão na trajectória de subidadas taxas de juro de longo prazo, no 2.º semestre do ano.

Em Portugal, as taxas de rendibilidade das obrigações dedívida pública a 10 anos seguiram a tendência manifesta-da nos restantes países da Zona Euro, tendo-se verificadoo aumento do diferencial face às Yields de dívida públicaalemãs, de +10 p.b., em Dezembro de 2005, para +17 p.b.,em idêntico mês de 2006.

Num quadro de aceleração do crescimento da actividadeeconómica mundial, os mercados accionistas registaram,no decurso de 2006, uma evolução favorável, beneficiandodo aumento dos lucros das empresas cotadas e da forteliquidez existente no mercado, num contexto de movimen-tos de fusões e aquisições e de políticas atractivas de remu-neração dos accionistas. Nos EUA, o índice Standard &Poor’s 500 valorizou 13,6%, enquanto que, na Zona Euro,o índice Euro Stoxx 50 progrediu 15,1%. No Japão, o de-sempenho do mercado accionista, apesar de positivo, foimais fraco do que na Europa e nos EUA, tendo o índiceNikkei 225 valorizado, apenas, 6,9%.

Acompanhando a tendência mundial e europeia, o merca-do bolsista português registou, igualmente, uma evoluçãopositiva em 2006, com o Índice PSI-20 a valorizar cerca de30%, embora esta valorização tenha sido bastante amplia-da pelos anúncios das Ofertas Públicas de Aquisição lança-das sobre a Portugal Telecom e sobre o Banco Portuguêsde Investimento.

Em 2006, a moeda europeia valorizou-se face às principaisdivisas internacionais. O euro registou uma apreciação de10,4%, face ao iene japonês, e de 11,3%, face ao dólaramericano, fixando-se as respectivas taxas de câmbio em155 EUR/JPY e 1,320 EUR/USD, no final do ano.

Esta apreciação do euro face às principais moedas resultoudo aumento das taxas de juro de curto prazo e de um maioroptimismo dos agentes económicos quanto ao crescimentoda actividade na Zona Euro. Particularmente face ao dólaramericano, a valorização da moeda europeia beneficiou doelevado défice externo dos Estados Unidos, associado aoanúncio feito pelo Banco Central da China, de diversificaçãodas suas reservas externas, em detrimento de USD.

A subida das taxas de juro directoras reflectiu-se noaumento generalizado das taxas de juro bancárias. Do ladodas Operações Passivas, as taxas de juro médias dos novosDepósitos de Particulares aumentaram, de 1,99%, emDezembro de 2005, para 3,25%, em Dezembro de 2006,enquanto que nas Empresas evoluíram de 2,40% para3,84 %, em idêntico período.

Nas Novas Operações Activas verificou-se, igualmente,uma subida das taxas de juro médias, embora de menoramplitude do que nas Operações Passivas. As taxas médias

dos novos contratos de Crédito à Habitação aumentaram,de 3,53% para 4,41%, enquanto que as taxas dos emprés-timos concedidos a Empresas subiram, de 4,76% para5,67%.

Em 2006, o mercado financeiro continuou a ser caracteri-zado pelo ambiente de forte concorrência, com os princi-pais operadores a empreenderem estratégias agressivas decaptação de quotas e fidelização de clientes, materializadasna colocação no mercado de produtos e serviços inovado-res e, em apelativas campanhas publicitárias e agressivasestratégias de pricing.

Neste contexto, verificou-se uma evolução favorável doCrédito Total, que apresentou um crescimento homólogo,de 10,6%, em Dezembro 2006 (7,4%, em 2005), comdestaque para o segmento dos Particulares nas finalidadesde Habitação e Consumo. O Crédito a Empresas evidenciouuma evolução mais moderada, de 6,1%, reflectindo a que-bra do investimento empresarial.

Os Depósitos de Particulares registaram, novamente, umcrescimento reduzido durante o ano de 2006, tendo o seusaldo evoluído, apenas, 4,2%. Este fraco desempenhotem-se vindo a verificar num contexto de colocação nomercado de produtos de poupança alternativos, comoseguros de capitalização, fundos de investimento e produ-tos estruturados, o que tem contribuído para o acréscimosignificativo dos Depósitos de Instituições do Sector Finan-ceiro, que se situou, no final de 2006, em 37%, já repre-sentando cerca de 15% do Total dos Depósitos do sectorbancário em Portugal.

Em 2006, o sector financeiro foi também marcado poralguns desenvolvimentos do quadro regulamentar. Desta-ca-se o impacto da adopção das Normas de ContabilidadeAjustadas (que correspondem a um padrão de referênciapróximo das International Financial Reporting Standards – IFRS)nas contas individuais das instituições financeiras que be-neficiaram do regime transitório referido no n.º 5 do Avison.º 1/2005, do Banco de Portugal, nomeadamente, aonível da IAS 39 (contabilização de instrumentos derivados,valorização de títulos ao justo valor, cálculo de imparidadee periodificação das comissões) e da IAS 19 (apuramentodas responsabilidades com pensões, benefícios e prémios aempregados).

Salienta-se, igualmente, a publicação do Decreto-Lei n.º 59//2006, de 20 de Março, que estabelece alterações aoregime aplicável às Obrigações Hipotecárias, e da Directiva2006/48 CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14de Junho, relativa ao acesso à actividade das instituições decrédito e ao seu exercício, que contempla as disposiçõesreferentes aos requisitos mínimos de fundos próprios dasInstituições de Crédito, nos termos de Basileia II.

Foi também publicada legislação específica de protecçãodos consumidores, como o Decreto Lei n.º 240/2006, de22 de Dezembro, ao nível das regras a aplicar nos arredon-damentos da taxa de juro dos contratos de crédito à habi-tação, bem como o anúncio da proposta legislativa que fixaas comissões máximas a aplicar nas situações de amortiza-ção parcial ou total ou de transferência do crédito à habi-tação para outra instituição.

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Por último, merece ainda referência a aprovação da NovaLei de Bases da Segurança Social, publicada já em 2007 (Lein.º 4/2007, de 16 de Janeiro), onde se destaca a fixação delimites para as pensões mais altas, a penalização para asreformas antecipadas, a transição mais rápida para a nova

fórmula de cálculo das pensões, que considera toda a car-reira contributiva, e a introdução de um factor de sus-tentabilidade, associando o valor da pensão à esperançamédia de vida.

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5. A Estrutura doGrupo Montepio

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O Grupo Montepio é um grupo financeiro de matrizmutualista, tem a Associação Mutualista como titular eentidade central e a Caixa Económica Montepio Geralcomo suporte fundamental e estratégico do seu desen-volvimento. O Grupo opera em diversos domínios dosquais se destacam a banca, os seguros, os fundos de pen-sões, a gestão de activos, o imobiliário e a saúde.

As empresas do Grupo Montepio desenvolvem as suasactividades próprias de forma autónoma e os resultadosgerados contribuem para assegurar a atribuição de benefí-cios aos Associados, fortalecendo, deste modo, a identi-dade associativa e mutualista do Montepio.

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O Grupo Montepio tem características distintas dos seusconcorrentes, pelo facto das empresas serem detidas poruma Associação Mutualista, a que os cidadãos (e clientes)se podem associar, subscrevendo modalidades, exercendodireitos de participação e beneficiando dos resultados gera-dos pelas próprias empresas.

No actual contexto de desequilíbrio do sistema público deprotecção social e de progressivo envelhecimento popula-cional, a finalidade mutualista do Grupo, de concessão debenefícios de segurança social, de saúde e de promoção daqualidade de vida dos associados, é uma vantagem compe-titiva para alavancar o crescimento e, consequentemente,o desenvolvimento sustentado do Grupo.

Este quadro de oportunidades deverá permitir prosseguir oalargamento da base associativa e o aprofundamento darelação com os Associados, dinamizando a captação denovos Associados e a subscrição das modalidades mutualis-tas, através do aumento da comunicação e da promoção enotoriedade da Instituição Mutualista.

Face à crescente pressão concorrencial de outros opera-dores da área da previdência, como sejam, as Seguradorase os Fundos de Pensões, impõe-se o desafio de sabercomunicar a diferença da oferta mutualista e da relaçãoassociativa, bem como de assegurar a total satisfação doAssociado, continuando a responder às expectativas dequalidade, inovação e bom desempenho das modalidadessubscritas, através de uma política integrada de investi-mentos e de gestão de riscos, que possibilite a optimizaçãoda gestão de activos e a solidez financeira da Associação.

Criar valor para o Associado é o principal desígnio estra-tégico das diversas empresas do grupo, o qual implica me-lhorar a rentabilidade e o retorno dos capitais investidosem cada uma delas. Essa finalidade está claramente expres-sa no Plano Estratégico a 3 anos que foi actualizado no 3.ºtrimestre de 2006, de acordo com o processo habitual derevisão anual da estratégia.

Operando em mercados muito competitivos, torna-se fun-damental a dinamização e crescimento das actividades emtodas as empresas do Grupo, por forma a melhorar e con-solidar as respectivas posições de mercado. Para o cresci-mento sustentado e rentável que se pretende é necessárioo alinhamento e a articulação estratégica entre as váriasentidades do Grupo, tanto no domínio da oferta e dosmercados, com a venda cruzada, como em termos de polí-ticas de optimização de recursos e de gestão dos riscos.

A optimização dos recursos humanos, materiais e tecnoló-gicos no seio do Grupo possibilitará a obtenção de siner-gias, a redução da progressão dos custos, o aumento daeficácia operativa e da eficiência global em todas as entida-des. O alinhamento da oferta e dos mercados, já iniciado,deverá ser aprofundado, no sentido de aproveitar o poten-cial das diversas carteiras de clientes (assegurando a suatransformação em associados) e dos canais de distribuição,nomeadamente, dos mediadores.

A intensificação da concorrência e os elevados padrões dedesempenho, de eficiência e rendibilidade do sector bancá-rio, impõem, particularmente à CEMG, a obtenção de umcrescimento sustentado e rentável dos negócios, tendo porbase a estratégia definida de reforço da gestão global dosriscos, de ajustamento do pricing ao perfil de risco dosclientes, de redução dos níveis de incumprimento e demelhoria da qualidade do serviço, no sentido da retenção efidelização de clientes.

No quadro da optimização da gestão dos recursos, o cresci-mento sustentado e rentável dos negócios deverá focalizar--se no aproveitamento do potencial da carteira de clientese da rede de balcões, assim como no desenvolvimento ediversificação da oferta e do Produto Bancário. No futuro,essa diversificação será essencial para garantir, num con-texto de desaceleração do mercado hipotecário, onde seconcentra a actividade creditícia do Montepio, uma dinâ-mica de crescimento adequada aos níveis de rendibilizaçãoque se pretendem.

Com o desempenho de 2006 foi possível observar subidassignificativas no número de aforradores e no montante decapitais por eles aplicados em modalidades mutualistas.Foram além disso registados aumentos das quotas de mer-cado da Caixa Económica e das empresas do Grupo Mon-tepio nas diversas áreas de negócio, designadamente naactividade creditícia, nos fundos de investimento mobiliá-rios e na actividade seguradora. A quota de mercado docrédito a clientes passou de 5,84% para 5,88%, de De-zembro de 2005 para Dezembro de 2006, enquanto quenos Fundos de Investimento, o crescimento de 17,3% dosActivos sob Gestão, acima dos 6,7% do mercado, permitiuo reforço da quota de mercado, de 1,73%, em 2005, para1,91%, em 2006. Também ao nível dos seguros, a dinâmi-ca da actividade das entidades do Grupo Montepio con-trastou com a redução, de 3,5%, dos prémios brutos emi-tidos, verificada no mercado, o que permitiu um reforçodas quotas dos ramos vida e não vida, de 1,16% e de

6. Criação de Valor para os Associados

e Orientações Estratégicas

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3,12%, em 2005, para 1,72% e 3,56%, em 2006, respec-tivamente.

Estes ganhos de quotas traduziram os expressivos acrésci-mos da actividade do Montepio, em 2006, por comparaçãocom os dos respectivos sectores, atestando a dinâmica deaproveitamento do potencial de mercado, num quadro demanutenção do número de balcões.

A globalização e a sofisticação dos mercados financeirostêm determinado um acréscimo dos níveis de exigência,em termos de requisitos prudenciais e de controlo internoe, também, no que se refere à adopção das recomen-dações de governação. Neste quadro, o Grupo Montepiopretende rever, ajustar e desenvolver os sistemas e regrasde governação das diversas entidades do Grupo, por formaa equipará-las às melhores e mais adequadas práticas demercado.

O conceito de criação de valor para o Grupo Montepio nãose esgota no acréscimo de rendibilidade e retorno finan-ceiro para os Associados, assumindo uma expressão maisampla de criação de valor para as diversas partes com asquais as Instituições do Grupo se relacionam (stakeholders),ou seja, abrange a intervenção e o contributo para o desen-volvimento sustentável da sociedade.

Enquadram-se nesta perspectiva, as acções de Responsabi-lidade Social que o Montepio, dada a sua natureza, desdesempre promoveu e desenvolveu e que, no actual contex-to, deverão ser organizadas, no seio do Grupo, com eficá-cia, dimensão e visibilidade adequadas à importância doMontepio no sector da Economia Social em Portugal.

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7. Montepio GeralAssociação Mutualista

MutualismoA prática do Mutualismo desde a fundação é a principal diferença face àsrestantes instituições presentes no mercado. Único no panorama bancárioportuguês e ligado à economia social, representa, na sua actividade, valorescomo o associativismo, a solidariedade e o humanismo.

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7.1.1. MOVIMENTO ASSOCIATIVO

A Associação Mutualista finalizou o ano de 2006 com umtotal de 376 950 Associados, a que corresponde uma taxa

de crescimento anual de 13%. Continuou assim a assistir-seao alargamento da base associativa, bem como ao reforçodo vínculo dos Associados às modalidades mutualistas.

7.1. ASSOCIADOS E BENEFICIÁRIOS

A rede comercial da Caixa Económica continuou a ter umpapel determinante na promoção, dinamização e distribui-ção das modalidades da Associação Mutualista.

No final de 2006, cerca de 38% (34,5%, em 2005) dosClientes particulares da CEMG eram Associados. Não obs-

tante a melhoria ocorrida, tal situação é reveladora de umainda longo caminho a percorrer para a consolidação destepotencial de mercado.

No final do ano 2006, o universo associativo era represen-tado pela mesma percentagem de homens e de mulheres,tendo a idade média dos Associados subido para 34 anos(33 anos, em 2005). Em termos etários, cerca de 37% dosAssociados tinha menos de 30 anos, 44% encontrava-se nafaixa etária dos 30 aos 50 anos e 19% acima dos 50 anos.

O número de Associados mais jovens, que fazem parte doclube «Tio Pelicas» apresentou, durante o ano de 2006,um crescimento inferior ao dos anos anteriores. Em 31 deDezembro de 2006, o número total de sócios representava8,3% (10,7%, em 2005) do total de Associados.

Para além de outras actividades, a Associação Mutualistacontinua a produzir e a enviar, trimestralmente, a revistado clube, com o objectivo de divulgar, de uma forma di-dáctica, lúdica e participativa, os valores mutualistas juntosdos Associados mais jovens.

A importância do mutualismo como resposta às necessi-dades de previdência complementar das pessoas e das famí-lias, o aumento da notoriedade do Montepio e as acçõespromocionais efectuadas às modalidades proporcionaramuma evolução assinalável da actividade associativa. Paraalém do reforço da componente associativa, pretende-se,sobretudo, estreitar, com mútuo benefício, as relaçõesentre o Associado e o Montepio.

NÚMERO DE ASSOCIADOS EFECTIVOS EXISTENTES

MOVIMENTO DE ASSOCIADOS EFECTIVOS(unidades)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

N.º %

ENTRADASAdmissões 61 212 57 596 3 616 6,3

Readmissões 1 028 1 038 -10 -1,0

SAÍDASFalecimentos e habilitações 462 427 35 8,2

Cessões de direitos, desistências e eliminações 18 466 16 358 2 108 12,9

ASSOCIADOS EXISTENTES 376 950 333 638 43 312 13,0

CLUBE «TIO PELICAS»

ANO 2006 2005 2004 2003

SÓCIOS 31 142 35 584 32 100 27 041

Genericamente, pode resumir-se o movimento associativo, ocorrido em 2006, da seguinte forma:

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7.1.2. SUBSCRIÇÕES DE MODALIDADES EQUOTIZAÇÕES E CAPITAIS

No final do ano de 2006, ascendia a 598 012 o número desubscrições contabilizadas, que representavam um acrésci-mo anual de 18,1% (em 2005, o crescimento verificadofora de 21%).

O número de inscrições por Associado evoluiu de 1,518 em2005, para 1,586 em 2006.

À semelhança do acontecido nos últimos três anos, em ter-mos de procura dos produtos mutualistas, os subscritorescontinuaram a privilegiar as modalidades de Capitais deReforma, Garantia de Pagamento de Encargos e Capitaisde Previdência Diferidos com Opção, que num universoglobal de 125 620 novas subscrições, ascenderam a, res-

pectivamente, 66 181, 28 838 e 24 933, ou seja, no con-junto, 95,5% do total.

A dinâmica registada em termos do movimento associativonão teve, por várias razões, um acompanhamento similarno comportamento das Receitas Associativas.

As modificações ocorridas nos mercados financeiros e apreocupação de garantir a solidez da Associação Mutualistaobrigaram à introdução de alterações nas condições dealgumas modalidades, o que conduziu a que o total de re-ceitas associativas apresentasse uma quebra, comparativa-mente com o ano anterior, principalmente, ao nível dasModalidades de Capitalização (Capitais de Reforma, emparticular), tendo as restantes modalidades registado dis-tintos comportamentos durante o ano.

As razões dessa evolução ligam-se principalmente às alterações introduzidas, na Modalidade de Capitais de Reforma, queenvolvem, nomeadamente:

• a suspensão das entregas adicionais para os Planos B subscritos de 1 de Março de 1990 a 31 de Agosto de 1992(taxa mínima garantida de 5,5%) e os subscritos de 1 de Setembro de 1992 a 31 de Outubro de 2003 (taxa mínimagarantida indexada, igual a 80% da média anual das taxas das operações principais de refinanciamento do BancoCentral Europeu);

• a redução de 250 000 euros para 100 000 euros, do limite máximo das entregas, aplicável ao conjunto dasinscrições;

• o fim da possibilidade de fazer mudanças do Plano A para o Plano B.

EVOLUÇÃO DAS RECEITAS ASSOCIATIVAS (Quotizações e Capitais por Modalidade)(milhares de euros)

MODALIDADES2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1.BENEFÍCIOS DE SOLIDARIEDADE ASSOCIATIVA 4 130 1, 62 3 660 1,01 470 12,8

2. MODALIDADES INDIVIDUAIS 249 766 98,03 356 125 98,49 - 106 359 - 29,9

2.1. Capitais de Reforma 180 209 70,73 299 801 82,91 - 119 592 - 39,9

2.2. Poupança de Reforma 9 782 3,84 2 601 0,72 7 181 276,1

2.3. Outras Modalidades 59 775 23,46 53 723 14,86 6 052 11,3

Pensões de Reforma 6 362 2,50 5 324 1,47 1 038 19,5

P.R. – Restituição de Quotas 498 0,20 441 0,12 57 12,9

P.R. – Adicional de Invalidez 14 0,01 13 0,00 1 7,7

Pensões p/ Deficientes 27 0,01 25 0,01 2 8,0

Pensões Sobrevivência e Dotes 11 0,00 12 0,00 -1 -8,3

Rendas de Sobrevivência 54 0,02 55 0,02 -1 -1,8

Capitais de Previdência 659 0,26 664 0,18 -5 -0,8

Capitais Previdência Diferidos c/ Opção 30 416 11,94 28 177 7,79 2 239 7,9

Capitais de Previdência a Prazo 313 0,12 181 0,05 132 72,9

Capitais p/ Jovens 4 063 1,59 4 062 1,12 1 0,0

Capitais de Garantia 78 0,03 55 0,02 23 41,8

Capitais Diferidos c/ Cobertura Adicional 12 0,00 12 0,00 0 0,0

Capitais p/ Estudos 574 0,23 682 0,19 -108 -15,8

Capital Temporário de Invalidez 13 0,00 14 0,01 -1 -7,1

Subsídio por Morte 19 0,01 19 0,01 0 0,0

Garantia de Pagamento de Encargos 16 657 6,54 13 981 3,87 2 676 19,1

Modalidades Diversas 5 0,00 6 0,00 -1 -16,7

3. MODALIDADES COLECTIVAS 741 0,29 811 0,22 -70 -8,6

4. CAPITAIS TRANSFERIDOS P/PENSÕES 147 0,06 1 002 0,28 -855 -85,3

4. TOTAL (1) + (2) + (3) + (4) 254 784 100,00 361 598 100,00 - 106 814 - 29,5

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Nas Outras Modalidades, podemos destacar as boas pres-tações de algumas das mais representativas, como sejam:Pensões de Reforma (+1 038 milhares de euros), Capitaisde Previdência Diferidos com Opção (+ 2 239 milhares deeuros) e Garantia de Pagamento de Encargos (+2 676 mi-lhares de euros).

7.1.3. BENEFÍCIOS VENCIDOS E REEMBOLSOS

O montante de Benefícios Vencidos e Reembolsos realizados,durante o período em análise, totalizou 132 642 milhares deeuros. Comparativamente com o ano de 2005, observou-se umaumento de 35 758 milhares de euros, ou seja, mais 36,9%.

A explicação para este comportamento decorre, funda-mentalmente, dos reembolsos associados à modalidade deCapitais de Reforma e ao vencimento de modalidades atermo certo, que arrastaram consigo montantes de capitalde alguma importância.

7.1.4. MELHORIAS ATRIBUÍDAS AOS BENEFÍCIOS EMFORMAÇÃO E EM CURSO DAS MODALIDADESACTUARIAIS

A Associação Mutualista atribuiu, em 2006, de acordo como Artigo 18.º dos Estatutos, conjugado com o Artigo 53.ºdo Código Mutualista, uma taxa de melhoria de benefíciosde 1,5%, em função do volume das Reservas Matemáticasconstituídas na generalidade das Modalidades Actuariais,cuja proposta foi aprovada em Assembleia Geral. Excluí-ram-se de atribuição de melhorias, as modalidades comFundo Disponível negativo, com insuficiência de ReservasMatemáticas e com taxa técnica de 6%.

Foram assim distribuídos aos Associados cerca de 2 884milhares de euros.

7.1.5. RENDIBILIDADE DAS MODALIDADES DECAPITALIZAÇÃO

Aos subscritores das Modalidades de Capitalização foi dis-tribuída uma rendibilidade anual global de 3,5%, compos-ta por uma componente de rendimento anual garantido(3%) e uma parcela como participação nos resultadosanuais (0,5%). Às subscrições de Capitais de Reforma efec-tuadas de 1 de Março de 1990 a 31 de Agosto de 1992 foiassegurado o rendimento anual garantido de 5,5%.

7.1.6. RENDAS VITALÍCIAS

No quadro de adaptação às novas condições de mercado,a constituição de Rendas Vitalícias esteve suspensa, até àaprovação pelas entidades oficiais competentes das novasbases técnicas.

A partir do mês de Outubro foi retomada a subscrição desteproduto. No final do ano, estavam contabilizadas 844 rendase 472 rendistas, tendo, durante o ano, sido constituídas 13novas rendas (em 2005, foram constituídas 19 novas rendas).

Os encargos anuais com rendas vitalícias ascenderam a2 806 milhares de euros, ligeiramente abaixo do valorsuportado no ano anterior (2 822 milhares de euros).

BENEFÍCIOS VENCIDOS E REEMBOLSOS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Quantidade Valor Quantidade Valor Valor %

PENSÕES E RENDAS 5 816 5 921 5 580 5 381 540 10,0Valores Subscritos 5 816 2 274 5 580 1 917 357 18,6

Subvenções e Melhorias 3 647 3 464 183 5,3

CAPITAIS E SUBSÍDIOS 14 600 31 870 8 526 21 348 10 522 49,3Valores Subscritos 14 600 27 168 8 526 17 290 9 878 57,1

Subvenções e Melhorias 4 702 4 058 644 15,9

REEMBOLSOS 37 058 82 061 28 338 59 832 22 229 37,2

OUTROS CUSTOS 2 152 12 790 1 781 10 323 2 467 23,9

TOTAL 59 626 132 642 44 225 96 884 35 758 36,9

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A taxa média anual de rendibilidade (incluindo resultados extraordinários) proporcionada pela gestão financeira dos activosfoi de 4,2%.

Constata-se a subida generalizada da rendibilidade em quasetodas as classes dos activos financeiros, como excepção doretorno da participação financeira institucional detida naCaixa Económica, a qual tem a ver com o acréscimo tem-porário de afectações destinadas ao Fundo de Pensões. Deacordo com as alterações introduzidas pelo Aviso n.º 4/2005,do Banco de Portugal, houve necessidade de cumprir o planode amortização relativo ao Fundo de Pensões, situação queresulta da transição para as NCA – Normas de ContabilidadeAjustadas. Para além de outros ajustamentos, estas Normasdefinem que seja contemplado o efeito do acréscimo de

No final do ano, o volume do Activo Líquido da Associação Mutualista totalizava 2 092 248 milhares de euros.

7.2. RENDIBILIDADE LÍQUIDA DOS ACTIVOS

EVOLUÇÃO DO ACTIVO LÍQUIDO DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA(milhares de euros)

RUBRICAS2006 2005 Variação 2006/2005

Valor % Valor % Valor %

Imóveis 123 627 5,9 120 045 6,3 3 582 3,0

Títulos de Crédito 571 924 27,3 635 446 33,5 - 63 522 -10,0

Participação Financeira Institucional 585 000 28,0 485 000 25,5 100 000 20,6

Participações Financeiras Diversas 42 567 2,0 41 779 2,2 788 1,9

Disponibilidades 743 454 35,5 593 423 31,3 150 031 25,3

Outros 25 676 1,3 23 180 1,2 2 496 10,8

TOTAL 2 092 248 100,0 1 898 873 100,0 193 375 10,2

RENDIBILIDADE LÍQUIDA DOS ACTIVOS FINANCEIROS DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA(milhares de euros)

RUBRICASSaldo Médio Rendimento Taxa de Rendibilidade

Valor % Valor % 2006 2005

Imóveis 120 399 5,9 12 346 14,4 10,25 11,00

Títulos de Crédito 597 961 29,1 34 956 40,7 5,85 4,92

Participação Financeira Institucional 561 923 27,4 11 497 13,4 2,05 5,17

Participações Financeiras Diversas 42 142 2,1 3 171 3,7 7,52 5,12

Disponibilidades 703 536 34,3 23 850 27,8 3,39 2,71

Outros 26 453 1,2 83 0,0 0,32 0,31

TOTAL 2 052 414 100,0 85 903 100,0 4,19 4,69

responsabilidades provocado pela alteração de pressupostosactuariais, entre os quais se incluem os cuidados médicos noperíodo de reforma que anteriormente eram reconhecidos nomomento do seu pagamento.

7.2.1. CARTEIRA DE IMÓVEIS

A Carteira de Imóveis para arrendamento aumentou, apre-sentando, no final do exercício, um valor bruto de inven-tário de 165 702 milhares de euros, o equivalente a umavariação homóloga de 3,8% (6 085 milhares de euros).

ESTRUTURA DA CARTEIRA DE IMÓVEIS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Imóveis para Rendimento 144 955 87,5 138 977 87,1 5 978 4,3

Edifícios p/ Instalações Próprias 18 261 11,0 18 173 11,4 88 0,5

Terrenos para Construções 2 486 1,5 2 467 1,5 19 0,8

TOTAL a) 165 702 100,0 159 617 100,0 6 085 3,8

a) Este valores diferem dos valores apresentados no mapa «Evolução do Activo Líquido da Associação Mutualista», porque aqueles estão deduzidos de amortizações, nos valores de 42 075 milhares de eurose 39 572 milhares de euros, em 2006 e 2005, respectivamente.

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Durante este período, a carteira de imóveis proporcionouum rendimento de 12 346 milhares de euros.

A quebra, relativamente ao ano anterior, explica-se, sobre-tudo, pela diminuição da mais valias auferidas com a vendade imóveis.

7.2.2. EMPRÉSTIMOS A ASSOCIADOS

Foram celebrados, durante o ano de 2006, 639 novos con-tratos de Empréstimos sobre Reservas Matemáticas, ou seja,menos 119 contratos, comparativamente com o ano anteri-or. O montante de crédito concedido foi, também, inferior aoverificado no ano anterior (1 221 milhares de euros, em 2006e contra cerca de 1 523 milhares de euros, em 2005), factoque contribuiu para a diminuição do saldo acumulado deempréstimos para 813 milhares de euros (969 milhares de

euros, em 2005). Este tipo de empréstimo tem a particulari-dade de ser realizado (no máximo) a 18 meses e, conse-quentemente, apresentar um elevado grau de rotatividade.

7.2.3. CARTEIRA DE TÍTULOS

O valor bruto acumulado da Carteira de Títulos da Associa-ção Mutualista totalizava, no final do ano 2006, 576 454milhares de euros, o que se traduziu numa variação anualnegativa de 9,7% (- 62 265 milhares de euros). Durante oexercício, ocorreu uma crescente diversificação da carteiraem aplicações financeiras alternativas, designadamente obri-gações (sobretudo, de empresas estrangeiras) e fundos deinvestimento imobiliários, tendo ocorrido resgates de unida-des de participação em fundos mobiliários (estrangeiros enacionais) e a alienação de parte da posição detida em obri-gações do tesouro de taxa fixa (nacionais e estrangeiras).

Apesar de ainda se verificar uma considerável exposição dacarteira de títulos à dívida pública nacional (44,8%), é visí-vel, no decurso do ano de 2006, uma significativa tendênciapara a diversificação, na perspectiva de uma maior ade-quação do binómio rendimento-risco. Actualmente a car-

teira de títulos apresenta uma exposição de cerca de 90%a emitentes com ratings na área do investment grade, emparticular com ratings iguais ao superiores a single A, factoque revela o reduzido risco de crédito da mesma.

EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE TÍTULOS ANTES DE PROVISÕES(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Títulos da Dívida Pública Portuguesa 258 244 44,8 465 419 72,9 -207 175 -44,5

Obrigações com Garantia do Estado 32 0,0 118 0,0 -86 -72,9

Obrigações Entidades Nacionais 55 493 9,6 39 079 6,1 16 414 42,0

Acções de Empresas Nacionais 0 0,0 505 0,1 -505 -100,0

Acções de Empresas Estrangeiras 12 0,0 12 0,0 0 0,0

Obrigações de Empresas Estrangeiras 216 650 37,6 56 682 8,9 159 968 282,2

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Mobiliário 9 583 1,7 22 060 3,4 -12 477 -56,6

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Imobiliário 36 440 6,3 34 844 5,5 1 596 4,6

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Estrangeiro 0 0,0 20 000 3,1 -20 000 -100,0

TOTAL (a) 576 454 100,0 638 719 100,0 -62 265 -9,7

a) Estes valores diferem dos valores apresentados no mapa "Evolução do Activo Líquido da Associação Mutualista", porque aqueles estão deduzidos de provisões (respectivamente 4 531 milhares de eurose 3 274 milhares de euros, em 2006 e 2005)

Deste modo, no final do período, a carteira de títulos apresentava a seguinte estrutura:

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O rendimento líquido gerado pela carteira de títulos decrédito proporcionou, durante o ano 2006, um montanteacumulado de 34 956 milhares de euros (24,7% superior a2005). Este comportamento deve-se, essencialmente, aos

rendimentos financeiros provenientes das várias aplicaçõese às mais valias em vendas de títulos (fundos de investi-mento mobiliários e, sobretudo, obrigações de dívidapública).

EVOLUÇÃO DO RENDIMENTO DA CARTEIRA DE TÍTULOS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Títulos da Dívida Pública Portuguesa 23 340 66,8 20 537 73,3 2 803 13,6

Títulos da Dívida Pública Estrangeira -70 -0,2 0 0,0 -70

Obrigações com Garantia do Estado 4 0,0 5 0,0 -1 -26,2

Obrigações Entidades Nacionais 1 493 4,3 1 036 3,7 457 44,1

Acções de Empresas Nacionais 239 0,7 16 0,1 223

Acções de Empresas Estrangeiras 9 0,0 9 0,0 0 4,1

Obrigações de Empresas Estrangeiras 1 960 5,6 1 490 5,3 470 31,6

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Mobiliário 1 266 3,6 2 519 9,0 -1 253 -49,8

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Imobiliário 2 573 7,4 2 209 7,9 364 16,5

Unidades de Particip. – Fundo Inv. Estrangeiro 4 142 11,8 208 0,7 3 934

TOTAL 34 956 100,0 28 029 100,0 6 927 24,7

7.2.4. CARTEIRA DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

7.2.4.1. Participação Financeira Institucional na CaixaEconómica Montepio Geral

De acordo com a proposta apresentada em Assembleia Geralde Associados, realizada em 30 de Março de 2006, a Associa-ção Mutualista reforçou a Participação Financeira Institucionalna Caixa Económica em 100 milhões de euros, passando de485 000 milhares de euros para 585 000 milhares de euros.

A verba, relativa ao Resultado Líquido do Exercício, trans-ferida da Caixa Económica para a Associação Mutualistasituou-se em 11 597 milhares de euros, que comparamcom 24 783 milhares de euros do exercício de 2005.

A queda ocorrida tem carácter transitório. Decorre essencial-mente de adaptações ao nível das contas da Caixa Económica,motivadas pela transição para as NCA – Normas de Conta-bilidade Ajustadas. O Impacto de tais adaptações fez-se sentirespecialmente, mas não apenas, no montante das responsa-bilidades assumidas pelo Fundo de Pensões para com os tra-balhadores no activo e reformados. De acordo com as regrasestabelecidas pelo Banco de Portugal para todas as instituiçõesbancárias, esse impacto não afectou os resultados da CaixaEconómica, mas obrigou a que as verbas em que ele se tra-duziu fossem deduzidas antes do apuramento do rendimentoa pagar ao Montepio Geral – Associação Mutualista comoremuneração da participação financeira institucional.

7.2.4.2. Participações Financeiras Diversas

EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS E SEUS RENDIMENTOS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Investimento % Rendimento % Investimento % Rendimento % Investimento % Rendimento %

ESTRATÉGICAS 35 008 79,8 2 485 78,4 33 036 76,7 1 391 64,8 1 971 4,6 1 094 50,9MG GESTÃO DE ACTIVOS FINANCEIROS 1 331 3,0 297 9,4 1 331 3,1 271 12,6 0 0,0 26 1,2FUTURO 1 963 4,5 792 25,0 1 963 4,6 241 11,2 0 0,0 551 25,7LUSITANIA – VIDA 6 925 15,8 282 8,9 4 954 11,5 247 11,5 1 971 4,6 35 1,6LUSITANIA – Companhia de Seguros 23 769 54,2 1 113 35,1 23 769 55,2 632 29,4 0 0,0 481 22,4RESIDÊNCIAS MONTEPIO, Serv. Saúde, SA 1 020 2,3 0,0 1 020 2,4 0 0,0 0 0,0 0 0,0NÃO ESTRATÉGICAS 8 868 20,2 686 21,6 10 051 23,3 757 35,2 -1 183 -2,7 - 71 -3,3LEACOCK 242 0,6 50 1,6 242 0,6 770 35,9 0 0,0 - 720 -33,5SILVIP 308 0,7 386 12,2 308 0,7 187 8,7 0 0,0 199 9,3BAO – BANCO DA ÁFRICA OCIDENTAL 153 0,3 31 1,0 153 0,4 35 1,6 0 0,0 - 4 -0,2CAIXA ECONÓNICA CABO VERDE 2 582 5,9 183 5,8 2 582 6,0 183 8,5 0 0,0 0 0,0BDC – Banco de Desenv. e Comércio 2 943 6,7 0 0,0 2 943 6,8 0 0,0 0 0,0 0 0,0PREVISÃO 50 0,1 2 0,1 50 0,1 1 0,0 0 0,0 1 0,0OUTRAS 2 590 5,9 33 1,0 3 772 8,8 - 420 -19,6 -1 182 -2,7 453 21,1

TOTAL a) 43 876 100,0 3 171 100,0 43 088 100,0 2 148 100,0 788 1,8 1 023 47,6

a) Estes valores diferem dos valores apresentados no mapa «Evolução do Activo Líquido da Associação Mutualista», porque aqueles estão deduzidos de provisões, no valor de 1 310 milhares de euros, em2006 e 2005.

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A taxa de rendibilidade gerada pela carteira (7,52%) foisuperior à obtida no ano passado (5,12%), proporcionan-do um rendimento líquido acumulado de 3 171 milharesde euros (2 148 milhares de euros em 2005).

7.2.5. DISPONIBILIDADES

O montante aplicado em Disponibilidades ascendia, emfinal do exercício, um pouco mais de 700 milhões de euros,sendo de realçar o reforço das posições em depósitos aprazo (nomeadamente sob a forma de depósitos estrutura-dos) e papel comercial, ou seja, aplicações de tesouraria decurto prazo com remunerações superiores aos depósitos àordem, o que traduz o recurso a aplicações financeirasmais rentáveis.

Em termos de rendibilidade, esta componente apresentouuma taxa média de 3,39% (2,71%, em 2005), que é resul-tado, por um lado, da subida generalizada das taxas dejuro dos mercados financeiros e, por outro, da revisão dealgumas taxas abonadas aos depósitos que a AssociaçãoMutualista tem constituído na CEMG, bem como aosproveitos decorrentes da transacção de títulos negociáveis.

O volume elevado das disponibilidades é explicado peloaumento das incertezas do mercado de capitais, que têmafectado não só as acções, mas também os títulos da dívi-da pública e as obrigações. Perante essas incertezas e dorisco de perda que elas podem gerar, tem-se consideradopreferível manter valores mais seguros, embora com menorrendibilidade, até que se desenhem perspectivas de merca-do com menores riscos.

A carteira de Participações Financeiras Diversas da Associação Mutualista sofreu, no decurso do ano 2006, duas alteraçõessignificativas na sua estrutura:

• participação no aumento de capital da sociedade Lusitania Vida, com o consequente exercício de direitos de subs-crição (1 971 mil euros);

• alienação da posição detida na sociedade Ímpar – Companhia Caboverdiana de Seguros, da qual resultou umamenos valia de 4 mil euros.

O valor de investimento desta componente do activo ascendia, no final do ano, a 43 876 milhares de euros, representan-do uma taxa de crescimento anual de 1,8%.

A manutenção de níveis elevados de liquidez resultou da combinação dos seguintes factores:

• A existência de uma expectativa clara de subida das taxas de juros tornou recomendável a manutenção de maioresníveis de liquidez (a Taxa de referência do BCE subiu 125 p.b. em 2006, passando de 2,25%, em Janeiro de 2006,para 3,50%, em Dezembro de 2006);

• A reduzida inclinação da curva de rendimentos implicou que a tomada de posições no segmento mais longo destacurva não se traduzisse na obtenção de um prémio de risco considerado adequado (diferencial entre taxa swap a 10anos e taxa swap a 2 anos chegou a ser negativo);

• Os spreads de crédito situaram-se em níveis historicamente baixos, tornando a remuneração obtida em activos comrisco de crédito pouco atractiva, quando comparada com a aplicação em depósitos.

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7.3. ACTIVIDADES DIVERSAS

ACTOS COMEMORATIVOS

O 166.º aniversário do Montepio Geral – Associação Mutua-lista foi assinalado por um concerto pela OrquestraMetropolitana de Lisboa, que teve lugar na Aula Magna daUniversidade de Lisboa e contou com a presença deAssociados, Clientes e Colaboradores.

Destaca-se, ainda, o 162.º aniversário da Caixa EconómicaMontepio Geral, cuja celebração, partilhada por Associa-dos, Clientes e Colaboradores, ocorreu no Auditório daFaculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa,com um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Para além destas comemorações, celebraram-se o 75.ºaniversário do Balcão Porto - Aliados e o 40.º aniversário doBalcão Castelo Branco - Cadetes de Toledo, com a realiza-ção de concertos da Orquestra Metropolitana de Lisboa epela presença de Associados, Clientes, Colaboradores epersonalidades das referidas cidades.

Para assinalar 11 anos da presença do Montepio na RegiãoAutónoma dos Açores, foram também promovidos encon-tros e concertos nas ilhas da Terceira e de S. Miguel, comAssociados, Clientes e Entidades Oficiais que se associaramà celebração. Para além da entrega aos convidados demedalhas alusivas à presença da Instituição na Região,destaca-se a homenagem a um Associado, pelos seus 67anos de vida associativa.

ATRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS

O Contact Centre do Montepio foi distinguido com oprémio «Melhor Serviço Prestado em 2006», na categoria«Grande CRC – Customer Relationship Center», atribuídopela Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC).

A Caixa Económica Montepio foi, pela segunda vez, galar-doada com a atribuição do primeiro prémio «Igualdade é

Qualidade», pela Comissão para a Igualdade no Trabalho eno Emprego (CITE), em reconhecimento das políticas igua-litárias prosseguidas pela Instituição.

MONTEPIO: BANCO OFICIAL DO EUROPEU SUB-21

Foi assinado um contrato com a UEFA, firmando o patro-cínio ao Campeonato da Europa Sub-21 como «BancoOficial» do Torneio (ver desenvolvimento no ponto 8.6.3.).

NOVA IMAGEM DO MONTEPIO

O Montepio Geral mudou a sua imagem e identidade cor-porativa durante 2006 (ver desenvolvimento no ponto8.6.3.).

ELEIÇÃO DOS ÓRGÃOS ASSOCIATIVOS

Para gerir o Montepio, na sua dupla vertente de AssociaçãoMutualista e de Caixa Económica, a Assembleia GeralEleitoral de 14 de Dezembro de 2006 elegeu os membrosdos Órgãos Associativos, identificados no início do pre-sente Relatório, para o triénio 2007/2009, que tomaramposse em 9 de Janeiro de 2007.

BENEFÍCIOS COMPLEMENTARES A ASSOCIADOS

Com vista a alargar a rede de benefícios complementaresao dispor dos Associados do Montepio Geral, foram cele-brados, em 2006, Acordos com 75 Instituições de todo opaís, dos quais 47 na área da Saúde, Bem-Estar e ProtecçãoSocial, 25 na área do Turismo, Consumo e Lazer e 3 naárea da Formação e Cultura.

Os 75 Acordos celebrados em 2006 resultaram no acessoa mais 150 lojas de prestação de serviços vários, em condi-ções vantajosas para os utilizadores (pontos de desconto).

A Associação Mutualista tinha em vigor, no final do ano de 2006, Acordos com 454 Entidades, os quais resultavam noacesso a 1 245 Pontos de Desconto em todo o pais, que se encontravam distribuídos pelas várias áreas da seguinte forma:

• Saúde, Bem-Estar e Protecção Social – 723 (58,07%)

• Turismo, Consumo e Lazer – 424 (34,06%)

• Formação e Cultura – 98 (7,87%).

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Salienta-se o reforço das provisões matemáticas estatutá-rias nas modalidades (+ 173 587 milhares de euros), quevisa salvaguardar as responsabilidades futuras assumidaspara com os Associados.

Dando seguimento ao processo já iniciado no ano anterior,voltou a efectuar-se um teste de adequação às responsabi-lidades das modalidades actuariais, baseado em pressupos-tos actuariais adequados à realidade de hoje, quer em ter-mos de esperança de vida da população, quer da taxa dejuro ajustada para desconto das responsabilidades. Os cál-culos efectuados demonstraram a necessidade de reforçar

72 milhares de euros em determinadas modalidades e li-bertar 3 848 milhares de euros de provisões em outras,pelo que, globalmente, se constatou um superavit de3 776 milhares de euros.

O conjunto das Provisões Matemáticas representava, nofinal do ano, cerca de 86% do total de Fundos e Reservas.Todas as restantes componentes apresentaram um com-portamento normal em sintonia com as respectivasdotações atribuídas na sequência das decisões tomadas emAssembleia Geral de Associados.

7.4. FUNDOS PERMANENTES, FUNDOS PRÓPRIOS E RESERVAS

Esta rubrica voltou a crescer em 2006, apresentando umavariação anual positiva de 10,7%, ou seja, cerca de 197 621

milhares de euros, encerrando o ano com 2 052 737 mi-lhares de euros.

EVOLUÇÃO DOS FUNDOS E RESERVAS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

FUNDOS PERMANENTES 1 818 917 1 644 534 174 383 10,6PROVISÕES MATEMÁTICAS 1 758 507 1 591 222 167 285 10,5

Reservas Matemáticas Estatutárias 1 587 874 1 414 287 173 587 12,3

Para Rendas Vitalícias 20 393 21 293 -900 -4,2

Provisões Matemáticas Actuariais 55 536 59 312 -3 776 -6,4

Subvenções e Melhorias de Benefícios 94 704 96 330 -1 626 -1,7

EXCEDENTES TÉCNICOS 60 410 53 312 7 098 13,3

FUNDOS PRÓPRIOS 59 449 51 763 7 686 14,8FUNDO SOLIDARIEDADE ASSOCIATIVA 23 584 20 096 3 488 17,4

FUNDO P/ BOLSAS DE ESTUDO 853 822 31 3,8

FUNDO GARANTIA DE PAGAMENTO DE ENCARGOS 34 586 30 411 4 175 13,7

FUNDO SERV.CLÍNICOS-MONTEPIO EGITANIENSE 426 434 -8 -1,8

TOTAL FUNDOS PERMANENTES E PRÓPRIOS 1 878 366 1 696 297 182 069 10,7RESERVAS 174 371 158 819 15 552 9,8

TOTAL FUNDOS E RESERVAS 2 052 737 1 855 116 197 621 10,7

No final do ano, o grau de cobertura das responsabilidadesda Associação Mutualista era de 1,167, idêntico ao valor de2005 (1,166). Este indicador pretende medir a solidez

financeira e a capacidade da Associação Mutualista emresponder aos seus compromissos futuros.

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O Resultado do Exercício de 2006 foi de 34 925 milhares de euros.

Foi determinante, para este desempenho, a contribuição dos seguintes factores:

• Melhoria apreciável dos Proveitos e Ganhos Financeiros em quase todas as suas componentes;

• Desempenho positivo dos Proveitos e Ganhos Extraordinários, decorrentes dos bons rendimentos gerados com aalienação de obrigações, fundos de investimento e imóveis.

• Diminuição dos resultados provenientes da actividade associativa, pela exigência de maiores encargos com o rendi-mento mínimo garantido das modalidades de capitalização, bem como pelos pagamentos adicionais noutras modali-dades, nomeadamente, com a modalidade de Garantia de Pagamento de Encargos;

• Acréscimo dos Custos Administrativos da Associação Mutualista;

• Diminuição dos Resultados Transferidos da Caixa Económica por razões explicadas em outros pontos do relatório;

7.5. RESULTADOS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

1. PROVEITOS E GANHOSProveitos Inerentes a Associados 349 422 429 137 -79 715 -18,6

Proveitos Suplementares 5 4 1 25,0

Comparticipações e Subsídios à Exploração 11 497 24 583 -13 086 -53,2

Proveitos e Ganhos Financeiros 71 477 57 694 13 783 23,9

Proveitos e Ganhos Extraordinários 12 956 6 143 6 813 110,9

TOTAL 445 357 517 561 -72 204 -14,0

2. CUSTOS E PERDASCustos Inerentes a Associados 385 963 462 435 -76 472 -16,5

Fornecimentos e Serviços Externos 3 537 2 169 1 368 63,1

Custos com o Pessoal 7 475 7 594 -119 -1,6

Outros Custos Operacionais 758 689 69 10,0

Custos e Perdas Financeiras 5 298 1 385 3 913 282,5

Custos e Perdas Extraordinárias 1 557 264 1 293 489,8

TOTAL 404 588 474 536 -69 948 -14,7

3. MEIOS LIBERTOS 40 769 43 025 -2 256 -5,2

4. AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO 2 766 2 668 98 3,7

5. AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES DE APLICAÇÕES E INV.FINANCEIROS 3 078 2 159 919 42,5

6. RESULTADO DO EXERCÍCIO (3-4-5) 34 925 38 198 -3 273 -8,6

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37Considerando os Resultados do Exercício, constituídospelos Saldos dos Fundos Disponíveis das ModalidadesMutualistas e pelo rendimento do Fundo de Reserva Geral,conforme anexo II deste relatório, no valor de 34 924 708,76euros;

Considerando a possibilidade de recurso aos ExcedentesTécnicos dos Fundos Permanentes das respectivas Modali-dades para cobertura do saldo anual negativo dos FundosDisponíveis de algumas Modalidades Mutualistas, no valorde 319 286,88 euros;

Considerando a possibilidade de recurso ao Fundo de ReservaGeral para complementar a cobertura do saldo anual negati-vo do Fundo Disponível de algumas modalidades, em virtudedo esgotamento dos Excedentes Técnicos dos seus FundosPermanentes, no valor de 135 590,48 euros;

Considerando que, assim, fica disponível para aplicação osomatório dos Resultados do Exercício da Associação Mu-tualista do ano de 2006, com o Recurso aos ExcedentesTécnicos dos Fundos Permanentes e ao Fundo de ReservaGeral, que se cifra em de 35 379 586,12 euros.

7.6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS E DE RECURSO AOS EXCEDENTESTÉCNICOS E AO FUNDO DE RESERVA GERAL

Propõe-se:

7.6.1. RECURSO AOS EXCEDENTES TÉCNICOS DOS FUNDOS PERMANENTES E AO FUNDO DE RESERVA GERAL

Que seja feito o recurso, nos termos do Artigo 59.º dos Estatutos, aos seguintes Fundos:

7.6.1.1. Fundos Permanentes das Respectivas Modalidades(Euros)

– Excedentes Técnicos

(O necessário para a cobertura do saldo anual negativo

do Fundo Disponível da modalidade)

Pensões de Reforma – 6% 205 793,83

(O existente nos respectivos Excedentes Técnicos

para a cobertura parcial do saldo anual negativo

do respectivo Fundo Disponível da modalidade)

Pensões de Invalidez e Reforma 909,07

Rendas Vitalícias a Favor de Pessoas Certas 23 460,15

Rendas de Sobrevivência 84 703,65

Pensões de Capitais de Reforma – 6% 4 420,18 113 493,05 319 286,88

7.6.1.2. Fundo de Reserva Geral:(Euros)

(O restante para complementar a cobertura total do saldo

anual negativo do respectivo Fundo Disponível)

Pensões de Reforma (Estatutos de 1922) 882,09

Pensões de Invalidez e Reforma 595,95

Rendas Vitalícias a Favor de Pessoas Certas 36 106,56

Rendas de Sobrevivência 12 908,98

Pensões de Capitais de Reforma – 6% 8 811,53

Rendas Vitalícias – 6% 76 285,37 135 590,48

TOTAL (1) 454 877,36

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38

7.6.2. SALDO DOS FUNDOS DISPONÍVEIS E RENDIMENTO DO FUNDO DE RESERVA GERAL ADICIONADOS DORECURSO AOS EXCEDENTES TÉCNICOS E AO FUNDO DE RESERVA GERAL

Que lhe seja dada a seguinte aplicação:

7.6.2.1. Para o Fundo de Reserva Geral:(Euros)

– Rendimento do Fundo, nos termos da alínea a)

do n.º 2 do Artigo 56.º dos Estatutos: 5 060 213,77

Dotação conforme alínea a) do n.º 1 do Artigo 60.º dos Estatutos

(5% dos saldos anuais dos Fundos Disponíveis das respectivas

modalidades mutualistas):

Modalidades Individuais

Benefício de Solidariedade Associativa 263 242,82

Serviços Clínicos Montepio Egitaniense 955,55

Pensões de Sobrevivência e Dotes 66 972,50

Capitais de Previdência 45 037,79

Capitais de Previdência Diferidos com Opção 62 863,61

Capitais de Previdência a Prazo 1 535,06

Capitais de Previdência a Favor de Pessoas Certas 27,96

Capitais para Jovens 45 118,65

Capitais de Previdência Temporários por Invalidez ou Morte 45,64

Capital Temporário de Invalidez 1 713,71

Capitais de Reforma 438 032,11

Poupança Reforma 11 653,31

Capitais de Garantia 3 925,20

Capitais para Estudos 4 247,38

Subsídio por Morte 2 415,71

Subsídio por Morte – Lutuosa Nacional 98,05

Pensões de Reforma – 4% 35 920,28

Pensões para Deficientes 801,28

Garantia de Pagamento de Encargos (Estatutos de 1983) 58,46

Inscrição/Liberação de Propriedade Resolúvel 86,63

Pensões de Reforma – Restituição de Quotas – 6% 50 859,62

Pensões de Reforma – Restituição de Quotas – 4% 5 139,16

Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 6% 1 727,58

Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 4% 1 545,73

Pensões de Capitais de Reforma – 4% 6 603,17

Pensões de Capitais de Reforma – 3% 68,09

Pensões de Modalidades Colectivas 11,25

Capitais Diferidos com Cobertura Adicional 116,13

Quotas para Invalidez - Modalidades Colectivas 49,67

Modalidades Colectivas 2 700,39

Rendas Vitalícias – 4% 4 489,10

Rendas Vitalícias – 6% 325,35 1 058 386,94

– Dotação conforme alínea a) do n.º 1, conjugada com

o n.º 2 do Artigo 60.º dos Estatutos

(53% do saldo anual do Fundo Disponível

da respectiva modalidade mutualista):

Garantia de Pagamento de Encargos (Estatutos de 1988) 4 850 366,03 10 968 966,74

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7.6.2.2. Para os Fundos Permanentes das Respectivas Modalidades:(Euros)

– (Dotação nos termos da alínea c) do n.º 1 do Artigo 60.º dos Estatutos)

– Excedentes Técnicos:

Pensões de Sobrevivência e Dotes 1 272 477,56

Capitais de Previdência 855 717,96

Capitais de Previdência Diferidos com Opção 1 194 408,55

Capitais de Previdência a Prazo 29 166,13

Capitais de Previdência a Favor de Pessoas Certas 531,29

Capitais para Jovens 857 254,28

Capitais de Previdência Temporários por Invalidez ou Morte 867,16

Capital Temporário de Invalidez 32 560,56

Capitais para Estudos 80 700,27

Subsídio por Morte 45 898,48

Subsídio por Morte – Lutuosa Nacional 1 863,03

Pensões de Reforma – 4% 682 485,35

Pensões para Deficientes 15 224,39

Garantia de Pagamento de Encargos (Estatutos de 1983) 1 110,69

Inscrição/Liberação de Propriedade Resolúvel 1 645,98

Pensões de Reforma – Restituição de Quotas – 4% 97 643,98

Pensões de Reforma – Restituição de Quotas – 6% 966 332,69

Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 4% 29 368,79

Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 6% 32 823,99

Capitais Diferidos com Cobertura Adicional 2 206,40

Pensões de Capitais de Reforma – 4% 125 460,22

Pensões de Capitais de Reforma – 3% 1 293,78

Pensões de Modalidades Colectivas 213,72

Rendas Vitalícias – 4% 85 292,83

Rendas Vitalícias – 3% 6 181,55 6 418 729,63

7.6.2.3. Para os Fundos Próprios das Respectivas Modalidades:(Euros)

(Dotação nos termos da alínea c) do n.º 1 do Artigo 60.º dos Estatutos)

– Modalidades de Capitalização

Modalidades Individuais

Capitais de Reforma 8 322 610,13

Poupança Reforma 221 412,87

Capitais de Garantia 74 578,72

Quota para Invalidez – Modalidades Colectivas 943,75

Modalidades Colectivas 51 307,37 8 670 852,84

– Fundo de Solidariedade Associativa 5 001 613,54

– Fundo de Serviços Clínicos Montepio Egitaniense 18 155,38

– Fundo de Garantia de Pagamento de Encargos 4 301 267,99 17 991 889,75

TOTAL (2) 35 379 586,12

TOTAL (3) = TOTAL (2) - TOTAL (1) 34 924 708,76

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(Euros)

(Dotação nos termos do Artigo 18.º dos Estatutos e 53.º do Código Mutualista)Considerando a impossibilidade de atribuir Melhorias:

– às Modalidades com Fundo Disponível negativo:Pensões de Reforma (Estatutos de 1922)Pensões de Reforma – 6%Pensões de Invalidez e ReformaRendas Vitalícias a Favor de Pessoas CertasRendas de SobrevivênciaPensões de Capitais de Reforma – 6%

– às Modalidades que beneficiaram da libertação de provisões matemáticas actuariais, constituídas no ano de 2005, cujos montantes utilizados importa repôr, conforme proposto no ponto 3.8:Pensões de Reforma – 4%Pensões de Capitais de Reforma – 4%

Propõe-se que sejam atríbuidas Melhorias de Benefícios (1% das Reservas Matemáticas referentesaos benefícios em formação e em curso), às seguintes modalidades:

Pensões de Sobrevivência e Dotes 234 057,00 Capitais de Previdência 340 768,00 Capitais de Previdência Diferidos com Opção 1 007 890,00 Capitais de Previdência a Prazo 19 230,00 Capitais de Previdência a Favor de Pessoas Certas 159,00 Capitais para Jovens 358 557,00 Capitais de Previdência Temporário por Invalidez ou Morte 17,00 Capital Temporário de Invalidez 668,00 Capitais para Estudos 43 151,00 Subsídio por Morte 16 567,00 Subsídio por Morte – Lutuosa Nacional 166,00 Pensões para Deficientes 3 646,00 Pensões de Reforma – Adicional Invalidez – 4% 68,00 Pensões de Reforma – Adicional Invalidez – 6% 903,00 Capitais Diferidos com Cobertura Adicional 671,00 Pensões de Capitais de Reforma – 3% 229,00

TOTAL 2 026 747,00

Dando seguimento ao processo já iniciado no ano anterior,voltou a efectuar-se um teste de adequação às responsabi-lidades das modalidades actuariais, baseado em pressupos-

7.7. PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MELHORIAS DE BENEFÍCIOS

7.8. PROPOSTA DE REPOSIÇÃO NO FUNDO DE RESERVA GERAL E EXCEDENTES TÉCNICOS

tos mais adequado à realidade; os cálculos agora efectua-dos demonstraram que algumas modalidades podem liber-tar reservas matemáticas constituídas no ano anterior.

Propõe-se que seja feita a reposição dos seguintes valores:Euros)

– Para o Fundo de Reserva GeralPensões de Capitais de Reforma – 4% 125 460,22 Rendas Vitalícias – 4% 85 292,83

210 753,05 – Para Excedentes Técnicos

Pensões de Sobrevivência e Dotes 996 279,86 Capitais para Jovens 419 000,00 Capital Temporário de Invalidez 5 000,00 Capitais para Estudos 31 000,00 Pensões de Reforma – 4% 682 485,35 Pensões de Reforma – Restituição de Quotas – 6% 847 000,00 Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 4% 29 000,00 Pensões de Reforma – Adicional de Invalidez – 6% 10 000,00

3 019 765,21

TOTAL 3 230 518,26

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41

7.9. PROPOSTA DE REPOSIÇÃO DOS VALORES UTILIZADOS PARA COMPLETAR OSFUNDOS DISPONÍVEIS

Dando cumprimento ao n.º 3 do Artigo 56.º dos Estatutosdo Montepio Geral – Associação Mutualista, deveriam osCapitais de Previdência Temporários por Invalidez ou Morteressarcir o Fundo de Reserva Geral no montante de 13 348,76euros, valor utilizado, no ano de 2005, para completar o

seu Fundo Disponível (n.º 3 do Artigo 64.º dos Estatutos),pelo que se propõe que o Fundo de Reserva Geral sejaressarcido de 850,16 euros, valor do remanescente dosaldo do Fundo Disponível do ano de 2006 da Modalidade,após a dotação para o Fundo de Reserva Geral.

7.10. PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DA RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS DE REFORMA, DAPOUPANÇA REFORMA E DAS MODALIDADES COLECTIVAS

Considerando o rendimento anual gerado pelos Capitaisde Reforma, Poupança Reforma e Modalidades Colectivas,que, após a cobertura das taxas garantidas, se traduz nosvalores das dotações para os respectivos Fundos Próprios,constantes do anterior número 3.6.2.3., propõe-se que aestas modalidades de capitalização seja atribuída a rendibi-lidade anual global de 3,7%, sendo, assim, assegurado o

rendimento anual garantido de 3%, nos termos dos res-pectivos Regulamentos e ao qual acresce 0,7% como par-ticipação nos resultados anuais das modalidades. Às subs-crições de Capitais de Reforma efectuadas de 1 de Marçode 1990 a 31 de Agosto de 1992 continua a ser assegura-do o rendimento anual garantido de 5,5%.

7.11. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA VERBA A TRANSFERIR DA CAIXA ECONÓMICA

Considerando o valor da verba a transferir da Caixa Económica, propõe-se que, de acordo com o Artigo 62.º dos Estatutos,lhe seja dada a seguinte aplicação:

Euros)

Para o Fundo de Solidariedade Associativa 125 000,00

Para os Fundos Disponíveis, Fundo de Administração e Reserva Geral 20 252 000,00

TOTAL 20 377 000,00

7.12. PROPOSTA DE AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA INSTITUCIONAL NACAIXA ECONÓMICA

Considerando que continua a ser indispensável procederao reforço do Capital Institucional da Caixa Económica eque a Associação Mutualista disporá de fundos quepoderão ser afectos a este tipo de aplicação, o Conselho de

Administração, após deliberação do Conselho Geral, pro-põe a elevação do Capital Institucional da Caixa Económicapor um montante até 50 milhões de euros, pelo valor e nomomento que considerar oportuno realizá-lo.

7.13. PROPOSTA DE DOTAÇÃO PARA A FUNDAÇÃO MONTEPIO GERALA fim de permitir à Fundação Montepio Geral, fundadapelo Montepio Geral – Associação Mutualista, dar satisfa-ção aos seus fins estatutários, o Conselho de Administração

propõe à Assembleia Geral a atribuição de uma dotação, atransferir do Fundo de Solidariedade Associativa, no valorde 600 000,00 euros.

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42

7.14. BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

2006 2005ACTIVO NOTAS ACTIVO AMORTIZAÇÕES ACTIVO ACTIVO

BRUTO E PROVISÕES LÍQUIDO LÍQUIDO

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 26 575 5 527 21 048 17 970Terrenos e Recursos Naturais 7 3 060 3 060 3 040

Edifícios e Outras Construções 7 17 687 5 527 12 160 12 427

Outras Imobilizações Corpóreas 7 80 80 77

Imobilizações em Curso 7 5 748 5 748 2 426

INVESTIMENTOS FINANCEIROS 1 351 989 42 388 1 309 601 1 268 635Participação Financeira Institucional 9 585 000 585 000 485 000

Participações Financeiras Diversas 9 43 876 1 310 42 566 41 779

Partes de Capital – Acções Diversas 8 12 12 517

Obrigações e Títulos de Participação 8 272 175 2 425 269 750 95 257

Empréstimos de Financiamento 1 704 1 704 1 832

Investimento em Imóveis 7 144 955 36 548 108 407 104 578

Outras Aplicações Financeiras 8 304 267 2 105 302 162 539 672

DÍVIDAS DE TERCEIROS 1 241 328 913 1 484Associados 452 452 448

Estado e Outros Entes Públicos 17 391 391 186

Devedores Diversos 398 328 70 850

TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 479 479Outros Títulos 479 479

DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA 742 975 742 975 593 423Depósitos Bancários 35 742 975 742 975 593 423

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 17 232 17 232 17 361Acréscimos de Proveitos 32 17 232 17 232 17 361

TOTAL DE AMORTIZAÇÕES 42 075

TOTAL DE PROVISÕES 6 168

TOTAL DO ACTIVO 2 140 491 48 243 2 092 248 1 898 873

Lisboa, 1de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEArmindo Marques Matias

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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43

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO NOTAS 2006 2005

CAPITAL PRÓPRIO

Fundo Social

Fundos Próprios 23 59 449 51 763

Excedentes Técnicos 20 e 23 60 410 53 312

Reservas de Reavaliação 10 e 23 32 910 32 910

Reservas Legais 23 139 946 124 577

Outras Reservas 23 1 515 1 332

Resultado Líquido do Exercício 34 925 38 198

TOTAL DE CAPITAIS PRÓPRIOS 329 155 302 092

PASSIVO

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS 1 758 507 1 591 222

Provisões Matemáticas para Encargos com Modalidades Associativas 20 e 23 1 663 803 1 494 891

Subvenções e Melhorias de Benefícios 20 e 23 94 704 96 331

DÍVIDAS A TERCEIROS 3 320 4 578

Beneficiários 1 547 1 363

Dívidas a Instituições de Crédito 33 1 419 2 760

Estado e Outros Entes Públicos 17 49 37

Fornecedores 20 87

Outros Credores 285 331

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 1 266 981

Acréscimos de Custos 32 1 266 981

TOTAL DO PASSIVO 1 763 093 1 596 781

TOTAL DE CAPITAIS PRÓPRIOS E PASSIVO 2 092 248 1 898 873

CONTAS EXTRAPATRIMONIAISAdministração de Fundações 18 1 745 1 426

Responsabilidades Assumidas por Terceiros 18 24 174 5 112

Responsabilidades Assumidas perante Terceiros 18 7 610 670

Outras Contas Extrapatromoniais 18 393

TOTAL 33 922 7 208

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOJosé da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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44

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

DÉBITO NOTAS 2006 2005

CUSTOS E PERDAS

CUSTOS INERENTES A ASSOCIADOS 385 963 462 435

Aumento das Provisões Matemáticas 250 515 362 729

Outros Custos das Modalidades Associativas

Prestações 2 274 1 917

Capitais Vencidos 36 109 229 77 123

Subvenções e Melhorias de Benefícios 8 350 7 522

Rendas Vitalícias 2 805 2 822

Outros Custos Inerentes a Associados 12 790 10 322

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 3 537 2 169

CUSTOS COM O PESSOAL 26 7 475 7 594

AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO 7 354 352

PROVISÕES 177 90

OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 758 689

AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES DE APLICAÇÕES E INVESTIMENTOS FINANCEIROS 27 5 313 4 385

JUROS E CUSTOS SIMILARES 27 5 298 1 385

(A) 408 875 479 099

CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIAS 1 557 264

Donativos 29 29 88

Perdas em Imobilizações 29 1 527 33

Outras Perdas Extraordinárias 29 1 143

TOTAL DOS CUSTOS (C) 410 432 479 363

RESULTADO DO EXERCÍCIO 34 925 38 198

TOTAL DO DÉBITO 445 357 517 561

Lisboa, 1 de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEArmindo Marques Matias

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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45

CRÉDITO NOTAS 2006 2005

PROVEITOS E GANHOS

PROVEITOS INERENTES A ASSOCIADOS 349 422 429 137

Redução das Provisões Matemáticas 92 269 64 414

Outros Proveitos das Modalidades Associativas

Jóias 550 515

Quotizações 63 905 57 382

Capitais Recebidos 190 879 304 216

Rendas Vitalícias 441 1 382

Outros Proveitos Inerentes a Associados 1 378 1 228

PROVEITOS SUPLEMENTARES 5 4

COMPARTICIPAÇÕES E SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO 11 497 24 583

Dotação da Caixa Económica 23 11 497 24 583

PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS 71 477 57 694

Juros Obtidos 27 48 323 38 502

Rendimento de Imóveis 27 e 28 14 749 14 136

Rendimento de Participações de Capital 27 3 185 2 593

Diferenças de Câmbio Favoráveis 2 100 208

Outros Proveitos e Ganhos Financeiros 27 2 662 2 247

Proveitos de Operações de Cobertura 458 8

(B) 432 401 511 418

PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS 12 956 6 143

Ganhos em Imobilizações 29 11 148 2 915

Redução de Amortizações e Provisões 29 1 643 3 211

Correcções Relativas a Exercícios Anteriores 29 159

Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários 29 6 17

TOTAL DO CRÉDITO (D) 445 357 517 561

RESUMO:

RESULTADOS CORRENTES (B)-(A) 23 526 32 319

RESULTADO LÍQUIDO (D)-(C) 34 925 38 198

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOJosé da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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46

(milhares de euros)

2006 2005

FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Pagamento / (Recebimento) de fornecedores 110 (43)

Devedores e credores (572) (1 483)

Custos inerentes a associados (133 263) (97 393)

Proveitos inerentes a associados 257 154 364 465

Associados e beneficiários 178 297

Outros proveitos operacionais 32 31

Outros custos operacionais (10 688) (9 479)

Fundos próprios (532) (446)

Excedentes técnicos (646) (689)

Custos e proveitos extraordinários (23) (80)

Impostos (197) (43)

111 553 255 137

FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Participações financeiras diversas 2 377 839

Alienação/(aquisição) de investimentos financeiros – imóveis 12 265 13 007

Alienação/(aquisição) de investimentos financeiros – títulos de crédito 101 790 (177 442)

Alienação/(aquisição) de investimentos financeiros – títulos negociáveis 75 –

Depósitos a prazo (521 859) (21 852)

Papel comercial (479) 20 590

Juros de depósitos à ordem 7 626 8 979

Imobilizações corpóreas (6 597) 315

(404 802) (155 564)

FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Participação institucional (100 000) (40 000)

Resultados transferidos da CEMG 11 597 24 783

Empréstimos de financiamento 208 (16)

Empréstimos bancários (4 004) (1 353)

(92 199) (16 586)

Variação Líquida em Caixa e Equivalentes (385 448) 82 987

Caixa e Equivalentes no início do período 438 423 355 436

Caixa e Equivalentes no fim do período 52 975 438 423

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

7.15. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

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47Introdução

O Montepio Geral – Associação Mutualista («Associação»)é uma instituição particular de solidariedade social, consti-tuída em 4 de Outubro de 1840.

A Associação tem como finalidade essencial promover edesenvolver acções de protecção social, solidariedade e

7.16. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

integridade a favor dos Associados e suas famílias e dosbeneficiários por aqueles designados.

3. Principais políticas contabilísticas

3.1. Bases de apresentação

O Montepio Geral – Associação Mutualista é uma institui-ção particular de solidariedade social, constituída em Portu-gal em 1840. Iniciou a sua actividade em 4 de Outubro de1840 e as contas agora apresentadas reflectem os resulta-dos das suas operações para os exercícios findos em 31 deDezembro de 2006 e 2005, tendo sido preparadas em con-cordância com o princípio fundamental do custo histórico.

As presentes notas às Demonstrações Financeiras respei-tam a ordem estabelecida pelo Plano de Contas das Asso-ciações Mutualistas, pelo que os números não identificadosnão têm aplicação por inexistência ou irrelevância de situa-ções a reportar.

A Associação não prepara Demonstrações Financeiras con-solidadas. Nesta base, as Demonstrações Financeiras ane-xas da Associação não reflectem as variações patrimoniaisque resultariam da aplicação de critérios de consolidaçãodas participações financeiras diversas e da participação fi-nanceira institucional.

As Demonstrações Financeiras da Associação foram prepa-radas no pressuposto da continuidade das operações, combase nos livros e registos contabilísticos mantidos de acor-do com os princípios consagrados no Plano de Contas dasAssociações Mutualistas, o qual se rege pelos princípios doPlano Oficial de Contabilidade, sendo regulamentado peloDecreto-Lei n.º 422/93 de 28 de Dezembro.

3.2. Imobilizado corpóreo

O imobilizado corpóreo encontra-se registado ao respecti-vo custo de aquisição, reavaliado ao abrigo das disposiçõeslegais aplicáveis. O efeito das reavaliações realizadas pelaAssociação foi registado na rubrica de «Reservas de reava-liação» (notas 10, 11, e 23). As restantes imobilizações cor-póreas são registadas ao custo de aquisição.

As amortizações são calculadas de acordo com o métododas quotas constantes, sobre o valor de custo ou reavalia-do, tendo-se aplicado as taxas máximas indicadas no De-creto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, de acordocom os seguintes períodos que não diferem substancial-mente da vida útil esperada:

N.º de anos

Edifícios e outras construções 50

Investimento em imóveis 50

Os imóveis registados na rubrica de «Investimento emimóveis» (Nota 7), não estão afectos à actividade opera-cional da Associação, destinando-se a rendimento.

3.3. Participações financeiras

As participações financeiras encontram-se registadas aocusto de aquisição e correspondem a participações no capi-tal de empresas em que o interesse da sua manutençãoesteja ligado à actividade da Associação e da sua CaixaEconómica e que simultaneamente tenham um carácterduradouro.

Sempre que se estimem perdas permanentes no seu valorde realização, são constituídas as respectivas provisões.

A participação financeira institucional diz respeito ao capitalinstitucional da Caixa Económica Montepio Geral («Caixa»),encontrando-se valorizada ao custo de aquisição.

3.4. Carteira de títulos e outras aplicações financeiras

As Obrigações do Tesouro são registadas ao custo deaquisição. A diferença positiva entre o custo de aquisição eo seu valor nominal é reconhecida contabilisticamentecomo custo ao longo do período compreendido entre adata de aquisição e a data de vencimento das Obrigaçõesdo Tesouro através da constituição de provisões.

Os demais títulos em carteira são valorizados ao custo deaquisição ou ao valor de mercado (valor estimado de reali-zação no que respeita a títulos não cotados), dos dois omenor.

Com excepção das Obrigações do Tesouro, as menos-valiaspotenciais apuradas na valorização dos títulos e outras apli-cações financeiras ao valor de mercado ou ao valor estima-do de realização, quando não cotados, são integralmenteprovisionadas.

3.5. Provisões para cobranças duvidosas

A provisão para cobranças duvidosas é baseada na evoluçãodas dívidas de cobrança duvidosa, sendo apresentada comodedução ao saldo de clientes de cobrança duvidosa.

A avaliação desta provisão é efectuada trimestralmentepela Associação, tomando em consideração o período deincumprimento.

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48

3.6. Reconhecimento de custos e proveitos

Os proveitos e os custos são registados no período a quedizem respeito, independentemente do momento do seurecebimento ou pagamento, de acordo com o princípio daespecialização do exercício. As diferenças entre montantesrecebidos e pagos e as correspondentes receitas e despe-sas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos ediferimentos.

3.7. Provisões matemáticas

As provisões matemáticas destinam-se a cobrir as respon-sabilidades com origem nas diferentes modalidades mutu-alistas subscritas pelos Associados. Estas provisões são cal-culadas, mensalmente, sobre bases actuariais aprovadaspelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Em31 de Dezembro de 2005, a Associação, aproveitando astransformações em curso no domínio das regras contabilís-ticas e tendo como objectivo a sua convergência com asNormas Internacionais de Relato Financeiro, alterou a polí-tica contabilística no que respeita às provisões matemáticaspassando a efectuar, adicionalmente, à data de cada re-porte das demonstrações financeiras um teste à adequaçãodas responsabilidades, utilizando pressupostos actuariaismais adequados face à realidade actual em termos deesperança de vida e de taxa de juro a utilizar no descontodas responsabilidades.

Considerando que o teste à adequação das responsabili-dades constitui uma alteração às políticas contabilísticasem vigor, o respectivo impacto determinado com referên-cia a 31 de Dezembro de 2005, foi registado por contra-

partida do fundo permanente – excedentes técnicos darespectiva modalidade até à concorrência do seu valor e dofundo de reserva geral, de acordo com o estabelecido noartigo 59.º dos estatutos da Associação.

O teste de adequação das responsabilidades será efectua-do para cada modalidade separadamente. Qualquer defi-ciência detectada deverá ser reconhecida pela Associaçãono momento em que ocorra, por contrapartida de resulta-dos.

3.8. Despesas relativas à Caixa Económica MontepioGeral

A Associação suporta, para além dos custos com os traba-lhadores afectos à Direcção e ao Núcleo de Desenvolvi-mento da Associação, na dependência da Direcção Infor-mática, custos com os Órgãos de Gestão e Fiscalização ecom trabalhadores da Direcção Imobiliária e de Instalações.O montante suportado corresponde à compensação devidapela Associação relativamente ao apoio prestado pelaCaixa nas diversas áreas para as quais a Associação não dis-põe de estrutura própria e à colocação de produtos mutua-listas pela rede comercial (ver nota 26).

3.9 Lucros distribuídos pela Caixa Económica Monte-pio Geral

Os lucros recebidos da Caixa foram repartidos entre asrubricas de fundos próprios e comparticipações e subsídiosà exploração da demonstração dos resultados do exercícioem que ocorreu a referida distribuição (ver nota 35).

6. Número de Associados

Em 31 de Dezembro de 2006, a Associação possuía 376 950 (2005: 333 638) Associados efectivos, que efectuaram 598012 inscrições (2005: 506 321). Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de Associados subscritores das diferentesmodalidades associativas pode ser detalhado como segue:

2006 2005

Modalidades individuais:

Capitais de reforma 210 880 182 767

Garantia de pagamento de encargos 136 040 122 509

Capitais de previdência diferidos com opção 81 918 67 932

Poupança reforma 13 964 10 812

Capitais para jovens 8 304 7 937

Capitais de previdência 7 331 7 524

Pensões de reforma 6 215 5 885

Pensões de sobrevivência e dotes 1 897 1 976

Outros 3 131 3 123

469 680 410 465

Modalidades de coberturas adicionais:

Pensões de reforma – restituição de quotas 6 106 5 756

Capital temporário de invalidez 268 306

Pensões de reforma – adicional de invalidez 311 305

Quotas para capitais de garantia 30 31

6 715 6 398

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49

7. Imobilizações

Esta rubrica é analisada como segue:

custos incorridos com a construção de complexos habita-cionais de residências assistidas.

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica Imobilizações emcurso inclui o montante de Euros 5 583 000 referente a

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 3 060 3 040

Edifícios e outras construções 17 687 17 600

Outras imobilizações corpóreas 80 77

Imobilizações em curso 5 748 2 426

26 575 23 143

Investimentos financeiros:

Investimento em imóveis 144 955 138 977

171 530 162 120

Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (2 766) (2 668)

Relativas a exercícios anteriores (39 309) (36 904)

(42 075) (39 572)

129 455 122 548

Os movimentos da rubrica Imobilizações, durante o exercício de 2006, são analisados como segue:

Saldo em Aquisições/ Abates/ Saldo em1 Janeiro Dotações Transf. Regularizações 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 3 040 20 – – 3 060

Edifícios e outras construções 17 600 72 15 – 17 687

Outras imobilizações Corpóreas 77 3 – – 80

Imobilizações em curso 2 426 6 524 (3 181) (21) 5 748

23 143 6 619 (3 166) (21) 26 575

Investimentos financeiros:

Investimentos em imóveis 138 977 3 283 3 166 (471) 144 955

162 120 9 902 – (492) 171 530

Amortizações acumuladas:

Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções 5 173 354 – – 5 527

Investimentos financeiros:

Investimentos em imóveis 34 399 2 412 – (263) 36 548

39 572 2 766 – (263) 42 075

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50

No Anexo I é apresentado o inventário de títulos com refe-rência a 31 de Dezembro de 2006.

A Associação regista os seus investimentos, exceptuandoas Obrigações do Tesouro, ao custo de aquisição ou valorde mercado, dos dois o menor. Decorrente da política con-

tabilística indicada na nota 3.4, em 31 de Dezembro de2006, a carteira de títulos, se avaliada a valores de merca-do, apresentaria mais-valias potenciais no montante deEuros 15 185 000 (2005: Euros 37 502 000).

8. Carteira de títulos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Acções diversas:

Acções de entidades nacionais – 505

Acções de entidades estrangeiras 12 12

12 517

Obrigações e títulos de participação:

Obrigações de entidades nacionais:

Obrigações com garantia do Estado 32 118

Outras obrigações de entidades nacionais 55 493 39 079

Obrigações de entidades estrangeiras 216 650 56 682

272 175 95 879

Provisões para títulos (2 425) (622)

269 750 95 257

Outras aplicações financeiras:

Títulos da dívida pública Portuguesa 258 244 465 419

Fundos de investimento:

Mobiliários nacionais 7 828 22 060

Mobiliários estrangeiros 1 755 20 000

Imobiliários 36 440 34 844

304 267 542 323

Provisões para títulos (2 105) (2 651)

302 162 539 672

571 924 635 446

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512006

Euros ‘000

Obrigações e OutrasAcções títulos de aplicações

diversas participação financeiras Total

Custo de aquisição 12 272 175 304 267 576 454

Provisões constituídas – (2 425) (2 105) (4 530)

Valor de balanço 12 269 750 302 162 571 924

Mais-valias potenciais – 1 011 14 174 15 185

Valor de mercado 12 270 761 316 336 587 109

2005Euros ‘000

Obrigações e OutrasAcções títulos de aplicações

diversas participação financeiras Total

Custo de aquisição 517 95 879 542 323 638 719

Provisões constituídas – (622) (2 651) (3 273)

Valor de balanço 517 95 257 539 672 635 446

Mais-valias potenciais 224 893 36 385 37 502

Valor de mercado 741 96 150 576 057 672 948

O movimento ocorrido na rubrica “Provisões para títulos”, durante o exercício de 2006, é apresentado como segue:

Euros ‘000

Saldo em Reposições/ Saldo em1 Janeiro Reforços Utilizações 31 Dezembro

Acções, obrigações e outras aplicações financeiras 3 273 2 900 (1 643) 4 530

9. Participações financeiras

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Participação financeira institucional 585 000 485 000

Participações financeiras diversas 43 876 43 088

628 876 528 088

Provisões para participações financeiras diversas (1 310) (1 309)

627 566 526 779

A diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado (cotação em Bolsa de Valores ou valor estimado de realizaçãopara os títulos não cotados), em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, pode ser analisada como segue:

Durante o exercício de 2006, a Caixa Económica MontepioGeral precedeu a um aumento de capital no montante deEuros 100 000 000, tendo sido integralmente subscritopelo Montepio Geral – Associação Mutualista.

Ainda no exercício de 2006, a Lusitânia Vida, Companhiade Seguros, S.A. procedeu a um aumento de capital no

montante de Euros 5 000 000, tendo o Montepio Geral – As-sociação Mutualista subscrito o montante de Euros1 971 000.

No decurso do exercício de 2006, o Montepio Geral – As-sociação Mutualista procedeu à alienação da participaçãona Impar – Comp. Cabo Verdiana de Seguros, S.A.R.L.

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A rubrica Participações financeiras pode ser analisada como segue:

2006

Percentagem Custo Capitais ProvisõesCapital Número de aquisição próprios (*) constituídasSocial acções Participação Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Caixa Económica Montepio Geral 585 000 – 100,000% 585 000 822 175 –

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. 19 250 2 529 816 65,710% 23 769 22 864 –

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. 14 000 220 042 39,293% 6 925 8 900 –

MCS – Moçambique, Comp. de Seguros, S.A.R.L. (MZM) 24 000 000 43 200 18,000% 379 173 95

Silvip, S.A. 750 3 960 26,400% 308 634 –

Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. 2 567 52 822 61,737% 1 963 3 771 –

MG Gestão de Activos Financeiros – S.G.F.I.M., S.A. 1 200 239 655 99,856% 1 331 2 300 –

MG Investimentos Imobiliários, S.A. 50 10 000 100,000% 50 34 –

Previsão – Soc. Gest. F.P., S.A. 3 500 10 000 1,429% 50 71 –

Clínica de Santa Maria de Belém, S.A. 2 240 66 240 14,786% 493 423 178

Hospital do Coração, S.A. 25 50 10,000% 2 N/D –

Sagies, S.A. 500 27 000 27,000% 97 116 –

Leacock (Seguros), Lda. 300 a) 81,000% 242 1 978 –

E.I.A. – Soc. de Ensino, Investigação e Adm., S.A. 1 825 70 000 3,836% 349 91 279

Soficatra, S.A. 7 859 1 500 0,473% 37 30 –

Bolsimo, Lda. 50 a) 91,000% 45 59 –

Banco de África Ocidental, S.A. (CFA) 1 343 200 10 074 7,500% 153 283 –

Credint, S.A. 50 4 350 87,00% 986 (12) 758

BDC – Banco de Desenv. e Com. Moçambique, S.A.R.L. (MZM) 190 331 900 663 224 34,846% 2 943 2 275 –

Caixa Económica de Cabo Verde, S.A.R.L. (CVE) 348 000 61 272 17,607% 2 582 2 906 –

Nova Câmbios, S.A. 500 3 000 30,000% 152 273 –

Residências Montepio, Serviços de Saúde, S.A. 3 000 1 529 700 50,990% 1 020 1 337 –

628 876 1 310

a) Representada por quotas

* Os capitais próprios atribuíveis são relativos às últimas demonstrações financeiras disponíveis.

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A participação financeira institucional corresponde ao capital institucional (100%) na Caixa Económica Montepio Geral.Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o balanço da Caixa pode ser resumido como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 242 772 207 707

Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 75 321 94 396

Outros créditos sobre instituições de crédito 670 440 910 571

Créditos a clientes 12 941 563 11 533 418

Activos financeiros detidos para negociação 6 349 –

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 20 380 –

Activos financeiros disponíveis para venda 890 238 680 474

Derivados de cobertura 14 220 –

Investimentos detidos até à maturidade 36 044 34 903

Investimentos em associadas 28 236 26 269

Outros activos tangíveis 79 028 80 402

Activos intangíveis 11 258 5 551

Outros activos 207 039 377 302

15 222 888 13 950 993

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 1 119 856 937 553

Recursos de clientes 8 048 370 7 550 069

Responsabilidades representadas por títulos 4 670 843 4 080 422

Passivos financeiros 41 743 –

Derivados de cobertura 7 199 –

Provisões 92 772 84 675

Outros passivos subordinados 301 229 310 649

Outros passivos 118 701 296 854

Total do Passivo 14 400 713 13 260 222

Situação Líquida

Capital 585 000 485 000

Reservas de justo valor 7 586 –

Outras reservas e resultados transitados 169 435 160 459

Lucro do exercício 60 154 45 312

Total da Situação Líquida 822 175 690 771

15 222 888 13 950 993

10. Critérios de reavaliação do imobilizado

O Montepio Geral – Associação Mutualista procedeu, emanos anteriores, à reavaliação do imobilizado corpóreo edos investimentos financeiros em imóveis e respectivasamortizações acumuladas, ao abrigo dos vários Decretos--Lei, da qual resultou uma reserva de reavaliação no mon-tante de Euros 32.910.000 (nota 23).

De acordo com a Directriz Contabilística n.º 16, n.º 2.4 areferida reavaliação só se considera realizada, pelo uso oualienação dos bens a que respeita.

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11. Discriminação da reavaliação

Esta rubrica é analisada como segue:

ValoresCusto contabilísticos

histórico Reavaliações reavaliadosEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 2 600 460 3 060

Edifícios e outras construções 12 431 5 256 17 687

15 031 5 716 20 747

Investimentos financeiros:

Investimentos em imóveis 108 960 35 995 144 955

123 991 41 711 165 702

17. Estado e outros entes públicos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activo:

IRS retenções na fonte – 4

IVA a recuperar 200 110

IVA – reembolsos pedidos 191 72

391 186

Passivo:

IRS retenções na fonte 36 30

IVA apuramento 13 7

49 37

18. Contas extrapatrimoniais

Os saldos desta conta são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Responsabilidades assumidas perante terceiros 7 610 670

Valores recebidos em depósito e administração 1 745 1 426

Responsabilidades assumidas por terceiros 24 174 5 112

Outras contas extrapatrimoniais 393 –

As rubricas «Responsabilidades assumidas perante ter-ceiros» e «Responsabilidades assumidas por terceiros» sãorelativas a contratos de Credit Default Swaps e Swaps con-tratados com a Caixa Económica Montepio Geral.

A rubrica «Valores recebidos em depósito e adminis-tração», inclui o património de várias fundações e dealguns prémios atribuídos em diversos âmbitos, que sãogeridos pela Associação.

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20. Fundos permanentes

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica dos fundos permanentes das modalidades associativas pode ser analisa-da como segue:

2006Euros ‘000

SubvençõesProvisões e melhorias Excedentes

matemáticas de benefícios técnicos Total

Capitais de reforma 1 329 718 – 10 182 1 339 900

Poupança reforma 39 407 – – 39 407

Capitais de previdência 9 407 24 684 10 884 44 975

Capitais de previdência diferidos com opção 97 110 12 141 23 920 133 171

Pensões de reforma 99 567 25 574 1 008 126 149

Capitais para jovens 29 958 6 875 9 232 46 065

Pensões de sobrevivência e dotes 6 914 22 777 752 30 443

Outros 24 099 2 653 4 432 31 184

1 636 180 94 704 60 410 1 791 294

Rendas Vitalícias 27 623 – – 27 623

1 663 803 94 704 60 410 1 818 917

2005Euros ‘000

SubvençõesProvisões e melhorias Excedentes

matemáticas de benefícios técnicos Total

Capitais de reforma 1 186 741 – 8 644 1 195 385

Poupança reforma 28 914 – – 28 914

Capitais de previdência 8 857 24 311 10 000 43 168

Capitais de previdência diferidos com opção 89 397 13 636 22 419 125 452

Pensões de reforma 92 643 25 252 – 117 895

Capitais para jovens 27 863 7 220 8 698 43 781

Pensões de sobrevivência e dotes 7 926 23 315 321 31 562

Outros 23 607 2 597 3 230 29 434

1 465 948 96 331 53 312 1 615 591

Rendas Vitalícias:

Estatutos de 1966 28 943 – – 28 943

1 494 891 96 331 53 312 1 644 534

A repartição do património líquido da Associação pelas diferentes modalidades associativas tem subjacente uma repartiçãoentre:

(i) modalidades de capitalização (capitais de reforma, poupança reforma e modalidades colectivas); e

(ii) restantes modalidades.

Em 31 de Dezembro de 2006, o grau de cobertura do patri-mónio líquido sobre as provisões matemáticas correspondea 101,4% (2005: 101,4%) no caso dos capitais de reforma,modalidades colectivas e poupança reforma, é de 172,2%(2005: 167,2%) no caso das restantes modalidades.

As provisões matemáticas incluem o montante de Euros55 536 000 (2005: 59 312 000), relativo ao incremento das

responsabilidades das diversas modalidades decorrentes daintrodução do teste de adequação das responsabilidades,conforme referido na nota 3.7. A taxa de desconto conside-rada no teste de adequação das responsabilidades à data de31 de Dezembro de 2006 foi de 4% (2005: 3,5%).

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23. Fundos próprios e fundos permanentes, reservas e provisões para riscos e encargos

As rubricas incluídas nos fundos próprios e fundos permanentes, reservas e provisões para riscos e encargos têm aseguinte composição:

Distribuição de resultadosVariaçãolíquida

Saldos em da da das provisões Transf. e Saldos em1 Janeiro da Associação Caixa matemáticas dotações Outros 31 DezembroEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Fundos próprios e fundos permanentes:

Fundos próprios 51 763 8 118 100 – (500) (32) 59 449

Excedentes técnicos 53 312 4 691 – – 896 1 511 60 410

Rendas vitalícias

Excedentes técnicos – 128 – – (128) – –

105 075 12 937 100 – 268 1 479 119 859

Reservas:

Reservas de reavaliação 32 910 – – – – – 32 910

Reservas gerais 124 577 16 151 – – (768) (14) 139 946

Outras reservas 1 332 – – – 183 – 1 515

158 819 16 151 – – (585) (14) 174 371

Provisões para riscos e encargos:

Provisões matemáticas 1 494 891 6 267 – 162 757 – (112) 1 663 803

Subvenções e melhorias de benefícios 96 331 2 884 – (4 511) – – 94 704

1 591 222 9 151 – 158 246 – (112) 1 758 507

1 855 116 38 239 100 158 246 (317) 1 353 2 052 737

Em 31 de Dezembro de 2006, o montante referido como«Outros» em termos do movimento dos Excedentes técnicosinclui a dotação anual para o prémio decenal a pagar aossubscritores da modalidade «Capitais de reforma», o qual foiregistado por contrapartida da rubrica «Outros custos ine-rentes a Associados» da demonstração dos resultados.

Em 31 de Dezembro de 2006, o montante referido como«Transferências e dotações» em termos do movimento dasOutras reservas, refere-se à dotação das reservas paraobras em prédios.

Durante os exercícios de 2006 e 2005, a Associação recebeu resultados da Caixa (nota 35), tendo efectuado o seu regis-to nas seguintes rubricas:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Comparticipações e subsídios à exploração 11 497 24 583

Fundos próprios 100 200

11 597 24 783

Em conformidade com os Estatutos da Associação, os Fundos Permanentes destinam-se a garantir aos Associados e/ouseus beneficiários o pagamento das pensões, capitais ou encargos das diversas modalidades e incluem as responsabili-dades assumidas para com os beneficiários, referentes a subvenções e melhorias atribuídas e excedentes técnicos,nomeadamente:

a) Excedentes técnicos – Parte dos fundos permanentes, não afectos a responsabilidades assumidas para com bene-ficiários das modalidades associativas. Podem ser utilizados para cobertura do défice anual de qualquer fundodisponível, até à concorrência do seu valor.

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b) Subvenções e melhorias de benefícios

i) Excedentes para subvenções – Destinam-se a satisfazer os encargos por melhoria de benefícios dos pensionis-tas e Associados existentes à data do balanço. Os benefícios são calculados de acordo com percentagens aprovadaspela Assembleia Geral.

ii) Excedentes para melhorias de benefícios – Estes excedentes destinam-se, de acordo com os Estatutos daAssociação, a melhorar os benefícios em formação e em curso. O cálculo destes benefícios efectua-se com basesactuariais. A distribuição efectua-se no momento em que os benefícios se vencem.

Reservas gerais – Estas reservas são dotadas com pelomenos 5% dos saldos dos fundos apurados no final decada ano, após a constituição das respectivas provisõesmatemáticas nos termos dos Estatutos da Associação.Destinam-se a fazer face aos encargos resultantes de qual-quer eventualidade, a completar os Fundos Disponíveisquando as receitas destes sejam insuficientes para custearos respectivos encargos e a cobrir eventuais prejuízos daAssociação.

Reservas de reavaliação – Provém da reavaliação do imo-bilizado ao abrigo da legislação em vigor (nota 3.2).

Provisões matemáticas – Encontram-se reflectidas nopassivo na rubrica de provisões para riscos e encargos edestinam-se a fazer face a responsabilidades assumidascom modalidades associativas relativamente a períodosfuturos. Estas provisões foram calculadas de acordo combases técnicas actuariais aprovadas pelo Ministério doTrabalho e da Solidariedade Social. Adicionalmente, em 31de Dezembro de 2006 e 2005 foram sujeitas a um teste deadequação das responsabilidades, conforme descrito nanota 3.7.

26. Custos com o pessoal

A Associação suporta, para além dos custos com os traba-lhadores afectos à Direcção e ao Núcleo de Desenvolvi-mento da Associação, na dependência da Direcção Infor-mática, custos com os Órgãos de Gestão e Fiscalização ecom trabalhadores da Direcção Imobiliária e de Instalações.O montante suportado corresponde à compensação devida

pela Associação relativamente ao apoio prestado pelaCaixa nas diversas áreas para as quais a Associação não dis-põe de estrutura própria e à colocação de produtos mutua-listas pela rede comercial. Em 31 de Dezembro de 2006, omontante de custos com pessoal suportado pela Associa-ção ascende a Euros 7 475 000 (2005: Euros 7 594 000).

27. Demonstração de resultados financeiros

As rubricas incluídas na Demonstração de resultados financeiros têm a seguinte composição:

2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Proveitos e ganhos:

Juros obtidos 48 323 38 502

Rendimento de imóveis 14 749 14 136

Rendimentos de participações de capital 3 185 2 593

Outros proveitos e ganhos financeiros 5 220 2 463

71 477 57 694

Custos e perdas:

Juros suportados 3 134 114

Conservação e reparação de edifícios 1 363 1 271

Diferenças de câmbio desfavoráveis 801 –

Juros e custos similares 5 298 1 385

Amortizações de investimentos em imóveis 2 412 2 316

Provisões para aplicações financeiras 2 901 2 069

Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros 5 313 4 385

10 611 5 770

Resultado financeiro 60 866 51 924

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica Outros proveitos eganhos financeiros inclui o montante de Euros 2 100 000

referente a diferenças de câmbio favoráveis (2005: Euros208 000).

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28. Rendimento de imóveis

O valor desta rubrica é composto por:

Euros’ 000

Despesas deValor de conservação e Rendimentobalanço reparação dos imóveis

Imóveis 165 702 1 363 14 749

29. Demonstração de resultados extraordinários

As rubricas incluídas na Demonstração de resultados extraordinários têm a seguinte composição:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Proveitos e ganhos:Ganhos em imobilizações 11 148 2 915Redução de provisões e amortizações 1 643 3 211Correcções relativas a exercícios anteriores 159 –Outros proveitos e ganhos extraordinários 6 17

12 956 6 143Custos e perdas:

Donativos 29 88Perdas em imobilizações 1 527 33Outros custos e perdas extraordinários 1 143

1 557 264

Resultado extraordinário 11 399 5 879

32. Acréscimos e diferimentos

A rubrica Acréscimos de proveitos é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000Acréscimo de proveitos:

Juros a receberTítulos 9 493 13 508Outros 4 487 1 746

Outros proveitos a receberFundos imobiliários 2 873 2 098Outros 379 9

17 232 17 361

Acréscimos de custos 1 266 981

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica Acréscimos de cus-tos inclui o montante de Euros 1 083 000 (2005: Euros

838 000), relativo a responsabilidades com férias e subsídiode férias.

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33. Dívidas a instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o saldo desta rubri-ca é constituído por um empréstimo obtido junto da Caixa(nota 35), destinado a financiar a reconstrução do EdifícioGrandella, nos montantes de Euros 1 419 000 e Euros2 760 000, respectivamente. Este financiamento vencejuros semestrais e no âmbito da alínea b) do n.º 2 do Artigo

2.º do Decreto-Lei n.º 355/88 que institucionaliza o FEARC(Fundo Extraordinário de Ajuda à Reconstrução do Chiado),adicionalmente beneficia de uma bonificação suportadapela Direcção Geral do Tesouro sobre 50% da taxa de jurorespectiva. Em 31 de Dezembro de 2006 a taxa de juro emvigor ascendia a 6% (2005: 5%).

Em 31 de Dezembro de 2006, a amortização deste empréstimo obedece ao seguinte plano financeiro:

Euros ‘000

2007 1 419

34. Imposto sobre o rendimento

A Associação é uma instituição particular de solidariedadesocial – associação de socorros mútuos, a qual beneficia deisenção de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colec-tivas (IRC), ao abrigo da alínea b) do número 1 do artigo

10º do respectivo Código. Tal isenção foi confirmada pelaLei n.º 10-B/96, de 23 de Março, que aprovou o Orça-mento do Estado para 1996.

35. Transacções com a Caixa Económica Montepio Geral

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos e as principais transacções efectuadas com a Caixa durante os exercíciosfindos nessas datas, foram os seguintes:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Depósitos à ordem 52 975 438 423

Depósitos a prazo 690 000 155 000

Empréstimos obtidos (nota 33) 1 419 2 760

Rendas recebidas por arrendamento de imóveis 10 030 9 538

Distribuição de resultados relativos ao exercício anterior (nota 23) 11 597 24 783

Aumento de capital institucional da Caixa (nota 9) 100 000 40 000

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica «Depósitos a prazo» inclui o montante de Euros 640 000 000 relativo a aplicaçõesdas modalidades de capitalização.

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36. Capitais vencidos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Capitais de reforma 80 731 59 251

Capitais de previdência diferidos com opção 24 585 14 941

Capitais para jovens 2 251 1 907

Outros 1 662 1 024

109 229 77 123

A rubrica Capitais vencidos corresponde aos reembolsos decapitais relativos a modalidades cujo benefício se processapor amortização parcial ou total dos valores entregues

pelos Associados. Estes reembolsos são deduzidos àsresponsabilidades da Associação para efeitos do apura-mento periódico das provisões matemáticas.

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INVENTÁRIO DE TÍTULOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

Anexo I

TÍTULOS – INVESTIMENTO 576.454 587.109

Dívida pública portuguesa 258.244 266.127

Certificado De Renda Perpétua N.º 118 377,57 198,16% 1 –Consolidado 1941 648,44 65,85% – –Consolidado 1942 278 668,42 94,00% 262 162Consolidado 1943 2 209,67 47,18% 1 1Consolidado-Centenários 1940 409 842,28 99,84% 409 360O. T´s Abril 2005/2021 20 000 000,00 99,85% 19 969 19 394O. T´s Junho 2001/2011 87 000 000,00 101,65% 88 435 90 988O. T´s Junho 2002/2012 105 000 000,00 101,88% 106 974 110 047O. T´s Setembro 98/2013 41 700 000,97 101,18% 42 193 45 175

Obrigações 272 175 270 761

Emitidas por residentes 55 525 55 969

Lisnave/92 32 322,03 100,00% 32 32Aforro Montepio 2006 (5 Anos) – 4.ª Série 9 000,00 97,53% 9 9Aforro Montepio 2006 3 Anos – 12.ª Série 47 600,00 98,26% 47 48Aforro Montepio 2006 3 Anos – 13.ª Série 32 000,00 98,23% 31 32Aforro Montepio Associados 2006 3 Anos – 1.ª Série 2 000,00 98,61% 2 2Celulose Do Caima, SGPS 5 000 000,00 100,00% 5 000 5 000CEMG/2001 – Prazo Indeterminado 343 450,00 100,00% 343 340CGD /98 (Valor Real) – Cx. Subordinadas 249 398,95 99,82% 249 289EDP/98 1 328 797,59 99,74% 1 325 1 329Essi/96 748 200,00 99,60% 745 748MG Aforro 2006 (5 Anos) – 1.ª Série 122 200,00 98,88% 121 122MG Aforro 2006 (5 Anos) – 2.ª Série 84 000,00 99,20% 83 84MG Aforro 2006 (5 Anos) – 3.ª Série 13 000,00 98,49% 13 13MG Aforro Em Caixa 2005 – 1.ª Série 1 245 000,00 96,57% 1 202 1 245MG Aforro Em Caixa 2005 – 2.ª Série 2 555 100,00 96,12% 2 456 2 555MG Aforro Em Caixa 2005 – 3.ª Série 511 650,00 95,89% 491 512MG Aforro Em Caixa 2005 – 4.ª Série 2 015 850,00 95,73% 1 930 2 016MG Aforro Em Caixa 2006 – 10.ª Série 256 000,00 98,95% 253 256MG Aforro Em Caixa 2006 – 11.ª Série 51 250,00 98,61% 51 51MG Aforro Em Caixa 2006 – 1.ª Série 1 242 000,00 97,91% 1 216 1 242MG Aforro Em Caixa 2006 – 2.ª Série 601 250,00 97,50% 586 601MG Aforro Em Caixa 2006 – 3.ª Série 401 900,00 97,68% 393 402MG Aforro Em Caixa 2006 – 4.ª Série 617 150,00 97,77% 603 617MG Aforro Em Caixa 2006 – 5.ª Série 310 700,00 97,68% 304 311MG Aforro Em Caixa 2006 – 6.ª Série 736 600,00 97,64% 719 737MG Aforro Em Caixa 2006 – 7.ª Série 523 250,00 98,30% 514 523MG Aforro Em Caixa 2006 – 8.ª Série 185 150,00 98,19% 182 185MG Aforro Em Caixa 2006 – 9.ª Série 349 250,00 98,47% 344 349MG Aforro Especial 2005/2008 674 550,00 97,88% 660 675MG Aforro Especial Fev06-2009 552 100,00 98,21% 542 552MG Aforro Especial Jul06-2009 118 500,00 98,95% 117 119MG Busines Invest 2005/2008 1 307 000,00 97,82% 1 279 1 307MG Busines Invest 2006/2008 632 000,00 98,37% 622 632MG Cabaz Top 239 600,00 95,53% 229 240MG Commodities 61 000,00 92,49% 56 61MG Especial Poupança 890 400,00 96,21% 857 890MG Valor Garantido 332 800,00 96,42% 321 333Montepio Cabaz Bric 2006/08 5 000,00 97,04% 5 5Montepio Energia Renováveis 2006/08 1 500,00 98,79% 1 2

Valor Valor Valor de Balanço Valor de mercado

Nominal Nominal Valor Total TotalEuros Euros Unitário Euros ‘000 Euros ‘000

Para ser lido com as notas em anexo às demonstrações financeiras Continua na página seguinte

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Mundicenter 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000Portucel 2005/2012 4 500 000,00 100,00% 4 500 4 522Portucel 2005/2010 5 000 000,00 100,00% 5 000 5 014Somec/94 149 700,00 99,46% 149 –Valor Imobiliário 4 000,00 101,94% 4 4Brisa Auto Estradas Portugal 1 000 000,00 99,64% 996 992Caixa Geral De Depósitos 1 000 000,00 98,94% 989 972Parpublica 5 000 000,00 100,00% 5 000 4 999CGD Hedge Funds 2012 1 000 000,00 97,00% 970 1 000CGD Tripla Garantia 3 000 000,00 99,75% 2 993 3 000BPI 2017 10 000 000,00 99,91% 9 991 10 000

Emitidas por não residentes 216 650 214 792

Abs Banco Popular 100 000,00 100,00% 100 100Allies Irish Banks Plc 1 000 000,00 99,90% 999 999Alpha Credit Group Plc 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000Anglo Irish Bank Corp 1 000 000,00 100,14% 1 001 1 001Autostrade Spa 2 500 000,00 100,60% 2 515 2 514Ayt Deuda Subordinada 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 500Banca Delle Marche 500 000,00 99,97% 500 500Banca Delle Marche 1 000 000,00 99,96% 1 000 1 000Banca Italease 2 000 000,00 99,77% 1 995 1 997Banca Italease 1 000 000,00 99,93% 999 999Banca Lombarda 1 500 000,00 99,86% 1 498 1 499Banca Popolare Italiana 2 000 000,00 100,07% 2 001 2 003Banche Popolari Unite 2011 2 000 000,00 99,87% 1 997 1 997Banche Popolari Unite 2015 2 000 000,00 99,92% 1 998 2 001Banco Bpi Sa, Cayman 2 000 000,00 99,90% 1 998 1 998Banif Finance Ltd 500 000,00 99,90% 500 500Banif Finance Ltd 2 000 000,00 99,93% 1 999 1 999Banif Finance Ltd 2016 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000Bank Of America Corp 2 000 000,00 99,77% 1 995 1 998Bankinter Sa 1 000 000,00 99,89% 999 999BBVA Senior Finance 3 000 000,00 99,96% 2 999 2 999BBVA Sub Capital Unipers 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 502BES Finance Ltd 1 000 000,00 98,30% 983 970Bilbao Bizkaia Kutxa 2 000 000,00 99,79% 1 996 1 995BMW Australia Finance 1 500 000,00 99,93% 1 499 1 499Caixa Económica Montepio Geral 1 000 000,00 100,03% 1 000 1 000Caja De Ahorros Galicia 3 500 000,00 99,91% 3 497 3 496Caja Sevilla Monpis 5 000 000,00 100,00% 5 000 5 000Cassa Risparmio Firenze 1 000 000,00 99,69% 997 997Castle Finance I. Ltd 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 480Citicorp /1997 299 278,80 100,00% 299 299Citigroup 2013 500 000,00 99,98% 500 500Citigroup Inc 1 000 000,00 99,86% 999 1 000Commerzbank Ag 3 000 000,00 99,40% 2 982 2 959Commonwealth 1 500 000,00 99,82% 1 497 1 497Council Europe Fund /97 498 800,00 100,00% 499 499Daimlerchrysler Coordin 500 000,00 99,92% 500 500Danske Ank As 1 000 000,00 99,94% 999 999Deutsche Posrbank 2 000 000,00 99,70% 1 994 1 995Deutsche Telecom Int Fin 1 000 000,00 99,99% 1 000 1 000Dnb Nor Bank Asa 3 000 000,00 99,95% 2 999 2 999Dnb Norbank Asa 2 000 000,00 100,20% 2 004 2 005EBS Building Society 3 000 000,00 99,77% 2 993 2 993Endesa Capital Sa 1 500 000,00 100,02% 1 500 1 500Erste Bank 2 000 000,00 99,96% 1 999 2 001Espírito Santo Investment (Callable Flipper Ko 5 Years) 5 000 000,00 99,95% 4 997 5 000Espirito Santo Invst Plc 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 500

Valor Valor Valor de Balanço Valor de mercado

Nominal Nominal Valor Total TotalEuros Euros Unitário Euros ‘000 Euros ‘000

Continuação da página anterior

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F Van Lanschot Bankiers 1 500 000,00 100,35% 1 505 1 505Finance For Danish Ind 1 000 000,00 99,86% 999 1 000Finantia 2 500 000,00 100,00% 2 500 2 500France Telecom 1 000 000,00 100,19% 1 002 1 001Ge Capital Euro Funding 1 500 000,00 99,80% 1 497 1 497Goldman Sachs Group Inc 1 000 000,00 99,92% 999 1 001Hsbc Finance Corp 1 000 000,00 100,26% 1 003 1 002Hypo Real Estate Bank Ag 2 500 000,00 99,98% 2 499 2 499Hypoverreinsbank Lux 1 000 000,00 103,21% 1 032 1 032Iberdrola Finanzas 1 000 000,00 99,97% 1 000 999Ing Verzekeringen Nv 2 000 000,00 99,86% 1 997 1 998Ing Verzekeringen Nv 1 000 000,00 99,94% 999 999Irish Nationwide Bldg So 1 500 000,00 99,97% 1 500 1 499Landsbanki Islands 500 000,00 98,71% 494 498Lb Baden-Wuerttemberg 1 000 000,00 98,10% 981 1 000Lehman Brothers Holdings 500 000,00 99,62% 498 500Lehman Brothers Holdings 1 000 000,00 99,83% 998 999Lusitano Plc (Lsme 1 A) 1 525 000,00 100,00% 1 525 1 525Mediobanca 2 000 000,00 99,88% 1 998 1 997Merrill Lynch & Co 1 000 000,00 99,90% 999 1 001Metro Ag 500 000,00 99,96% 500 500Morgan Stanley 1 000 000,00 100,06% 1 001 1 001Nibc Bank Nv 1 000 000,00 99,99% 1 000 1 000Nomura Europe Finance Nv 1 000 000,00 99,89% 999 999Preps Limited Partnership 1 200 000,00 100,00% 1 200 1 200Proms Xxs6-1 C 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 500Pyme Banco Popular (Popy 2006-1 B) 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 500Rci Banque Sa 1 500 000,00 99,86% 1 498 1 500Riviera (Citibank Intl Plc) 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000Rothshilds Cont Fin Plc 1 000 000,00 99,90% 999 999Santander Issuances 500 000,00 99,45% 497 498Sedna Finance 2 500 000,00 100,00% 2 500 2 500Sella Holding Banca Spa 1 000 000,00 99,94% 999 999Sella Holding Bnca 1 500 000,00 99,96% 1 499 1 500Skandinaviska Enskilda 1 000 000,00 99,93% 999 999Societé Genarali Acceptance 3 000 000,00 100,00% 3 000 3 000Sparebanken Rogaland 1 000 000,00 100,40% 1 004 1 000St George Bank Ltd 1 000 000,00 100,06% 1 001 1 000Standard Charteres Bank 1 000 000,00 99,72% 997 998Sydbank A/S 1 000 000,00 99,94% 999 1 000Telecom Italia Spa 500 000,00 99,94% 500 496Telefonica Emisiones Sau 500 000,00 100,02% 500 500Unicredito Italiano 1 000 000,00 99,89% 999 1 000Vodafone Group Plc 2 000 000,00 99,97% 1 999 2 008Volvo Treasury Ab 1 000 000,00 100,03% 1 000 1 000Washington Mutual Bk 2 000 000,00 99,92% 1 998 1 998Abb Intl Finance Ltd 1 000 000,00 101,24% 1 012 1 001Altadis Finance Bv 1 000 000,00 100,28% 1 003 1 000Bayer Corp 1 000 000,00 99,54% 995 992BEI 2017 15 000 000,00 99,60% 14 940 14 124BEI/96-16 379 240,00 100,43% 381 495Belgacom Sa Droit Pub 400 000,00 99,66% 399 396Bnp Paribas 500 000,00 99,96% 500 546Brisa Finance Bv 1 500 000,00 101,60% 1 524 1 518Buoni Poliennali Del Tes 1 000 000,00 98,01% 980 968Buoni Poliennali Del Tes 2 000 000,00 98,66% 1 973 1 964Carnival Plc 1 000 000,00 99,53% 995 983Ccce Cen Csse Eparg Prev 1 500 000,00 100,00% 1 500 1 478Compagnie De St Gobain 2 000 000,00 100,01% 2 000 1 985

Valor Valor Valor de Balanço Valor de mercado

Nominal Nominal Valor Total TotalEuros Euros Unitário Euros ‘000 Euros ‘000

Anexo I

Para ser lido com as notas em anexo às demonstrações financeiras Continua na página seguinte

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Deutsche Telekom Int Fin 1 000 000,00 99,89% 999 987EDP Finance 2 000 000,00 100,75% 2 015 1 992Endesa Sa 1 500 000,00 100,40% 1 506 1 501J P Morgan (Cupão Zero) 150 000,00 182,94% 274 274Nationwide 500 000,00 99,75% 499 532Porche Intl Finance 4 000 000,00 100,00% 4 000 3 758Portugal Telecom 2012 1 000 000,00 94,32% 943 924Portugal Telecom Int Fin 1 500 000,00 100,27% 1 504 1 498Repsol Intl Finance 1 000 000,00 103,48% 1 035 1 023Sun Life Canadá Funding 750 000,00 99,92% 749 786Telecom Italia Spa 500 000,00 98,95% 495 490Telefonica Emisiones Sau 1 000 000,00 97,96% 980 973Thyssenkrupp Ag 2 000 000,00 102,75% 2 055 2 037Veolia Environnement 1 000 000,00 99,04% 990 969Veolia Environnement 2013 3 000 000,00 102,75% 3 083 3 055Atlanteo 2019 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000Atlanteo 2020 5 000 000,00 99,75% 4 988 5 000Atlanteo Capital Limited 250 000,00 99,00% 248 250Atlanteo Capital Limited (Cupão Zero) 650 000,00 97,54% 634 650Barclays Bank 3 000 000,00 100,00% 3 000 3 000BEI 2016 5 000 000,00 98,50% 4 925 4 058BNP Paribas 777 5 000 000,00 99,00% 4 950 5 000Golden 2 Series 2 500 000,00 100,00% 2 500 2 500KBC Ifima 750 000,00 99,90% 749 750Nib - Triplo 5 1 300 000,00 100,00% 1 300 1 300Nib Capital 1 500 000,00 99,83% 1 498 1 500Pyramid 2005 4 000 000,00 100,00% 4 000 4 000UBS Float (Gbp-Eur 10Nc3M Ra) 1 000 000,00 99,00% 990 1 000Zela Finance Corporation 1 000 000,00 100,00% 1 000 1 000

Acções 12 12

Emitidas por não residentes 12 12

Five Arrows Fund 0,01 181,75 0,64 12 12

Fundos de Investimento 46 023 50 209

Emitidos por residentes 44 268 48 687

MG Acções 100,34 2 509 3 301MG Acções Europa 50,00 1 500 1 379MG Multi Gestão Dinâmica 46,27 1 851 1 746MG Multi Gestão Equilibrada 48,50 727 751MG Euro Telcos 48,91 245 303MG Euro Utilities 49,76 249 386Fundo Alves Ribeiro (A R Medias Empresas Portugal) 49,88 748 1 416Fundo Vip 8,62 28 669 30 478Fundo Vision Escritórios 5,46 5 459 6 457Fundo Logistica Distribuiçâo 5,28 2 112 2 271Fundo Ibéria 5,00 199 199

Emitidos por não residentes 1 755 1 522

Global High Yield Bond Fund 11,70 11,70 1 755 1 522

TOTAL 576 454 587 109

Valor Valor Valor de Balanço Valor de mercado

Nominal Nominal Valor Total TotalEuros Euros Unitário Euros ‘000 Euros ‘000

Continuação da página anterior Anexo I

Para ser lido com as notas em anexo às demonstrações financeira

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8. Caixa EconómicaMontepio Geral – Individual

Associados e ClientesAos fins mutualistas junta-se o objectivo de satisfazer as necessidadesbancárias e financeiras dos seus Associados e Clientes, com uma gamacompleta de produtos e serviços.

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O activo líquido da Caixa Económica Montepio Geralatingiu o valor de 15 223 milhões de euros, em 31.12.06,

verificando-se um aumento de 1 272 milhões de euros(+9,1%).

8.1. EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS AGREGADOS DO BALANÇO

As áreas de actividade que mais contribuíram para este crescimento foram:

• O crédito a clientes, que representava 85,0% do total do activo líquido, no final de 2006, (82,7% no final de 2005).O crescimento verificado em 2006, de 12,2%, significa o reforço da vertente creditícia da actividade;

• Os activos financeiros disponíveis para venda, e outros ao justo valor, cuja carteira é predominantemente constituí-da por aplicações em títulos de baixo risco e elevada liquidez, que cresceram 31,3%;

• Os activos de liquidez que, não obstante registarem redução de saldo para 989 milhões de euros, o que decorre doajustamento regular dos níveis de liquidez imediata às exigências normativas e de actividade, continuam a ser a com-ponente de maior peso, fora da área do crédito, na estrutura do activo.

Embora a estrutura do activo não tenha registado uma al-teração significativa em 2006, sublinha-se a variação posi-tiva registada nos activos financeiros detidos para venda,nomeadamente títulos elegíveis para operações de refinan-

ciamento junto do Banco de Portugal e do BCE (BancoCentral Europeu), em detrimento das Aplicações em Insti-tuições de Crédito, que normalmente têm uma rendibili-dade inferior.

ESTRUTURA DO ACTIVO

ESTRUTURA DO ACTIVO(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Activos de liquidez 988 533 6,5 1 212 674 8,7 -224 141 -18,5Caixa e disponibilidades em Bancos 318 093 2,1 302 103 2,2 15 990 5,3

Aplicações em instituições de crédito 670 440 4,4 910 571 6,5 -240 131 -26,4

Crédito a clientes (líquido de provisões) 12 941 563 85,0 11 533 418 82,7 1 408 145 12,2

Activos financeiros detidos para negociação 20 454 0,1 20 454 –

Activos financeiros disponíveis para venda e outros ao justo valor 893 334 5,9 680 475 4,9 212 859 31,3

Investimentos detidos até maturidade 36 044 0,2 34 903 0,3 1 141 3,3

Derivados de cobertura 9 031 0,1 27 269 0,2 -18 238 -66,9

OUTRAS APLICAÇÕES 333 929 2,2 462 254 3,3 -128 325 -27,8Activos não correntes detidos para venda 90 638 0,6 99 566 0,7 -8 928 -9,0

Outras 243 291 1,6 362 688 2,6 -119 397 -32,9

TOTAL DE ACTIVOS LÍQUIDOS 15 222 888 100,0 13 950 993 100,0 1 271 895 9,1

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mantendo, também, o peso na estrutura do passivo erecursos próprios, com 33,9%.

Os recursos próprios e provisões cresceram para 915 mi-lhões de euros, mantendo o posicionamento relativo(6,0%) no total de passivo e dos recursos próprios.

70

A estrutura do passivo e capitais próprios manteve-se prati-camente inalterada no ano de 2006, com o total de recur-sos alheios a observar um crescimento de 1 132 milhões de

euros (+8,6%), traduzindo o resultado da acção das RedesComerciais e da Direcção Financeira e Internacional na cap-tação de recursos financeiros.

O total de recursos de clientes e de instituições de crédito,representado por depósitos e obrigações colocadas emclientes, registou um crescimento de 9,5%, relativamentea Dezembro de 2005, não se alterando, de forma significa-tiva, o seu peso no total dos recursos, que passou de58,6%, no final de 2005, para 58,8%, no final de 2006.

O total de recursos representado por títulos de dívida,excluindo os títulos colocados em clientes, cresceu 10,5%,

EVOLUÇÃO DO PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Depósitos de Clientes e de Instituições de Crédito 8 352 147 54,9 7 929 060 56,8 423 087 5,3

Títulos Colocados em Clientes (Obrigações de Caixa) 587 950 3,9 235 000 1,7 352 950 150,2

Outros Recursos de Instituições de Crédito 3 857 0,0 5 322 0,1 -1 465 -27,5

Total dos Recursos de Clientes e Instituições de Crédito 8 943 954 58,8 8 169 382 58,6 774 572 9,5

Empréstimos Subordinados e não Subordinados, Sindicado e Certificados de Dívida 5 154 148 33,9 4 663 391 33,4 490 757 10,5

Outros Passivos 209 839 1,3 342 775 2,4 -132 936 -38,8

Total de Recursos Alheios 14 307 941 94,0 13 175 548 94,4 1 132 393 8,6

Recursos Próprios e Provisões 914 947 6,0 775 445 5,6 139 502 18,0

TOTAL DO PASSIVO E DOS RECURSOS PRÓPRIOS E PROVISÕES 15 222 888 100,0 13 950 993 100,0 1 271 895 9,1

8.2. ACTIVIDADE COMERCIAL

A actividade comercial da Caixa Económica MontepioGeral em 2006, não obstante ter sido desenvolvida numcontexto de reduzida propensão ao investimento, propi-ciou um visível crescimento do negócio, com tradução na

captação de recursos (designadamente depósitos e produ-tos estruturados), no crédito a particulares e na vendacruzada de produtos das participadas.

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS AGREGADOS DO NEGÓCIO COM CLIENTES(milhares de euros)

VARIÁVEIS DE NEGÓCIO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Aplicações

Crédito Concedido 13 124 548 11 796 078 1 328 470 11,3

do qual:

Crédito hipotecário 11 400 078 86,9 10 361 052 87,8 1 039 026 10,0

Crédito e Juros Vencidos 296 432 2,3 331 489 2,8 -35 057 -10,6

Recursos

Total de recursos de clientes e instituições de crédito 13 595 055 100,0 11 962 212 100,0 1 632 843 13,7

dos quais:

Com registo no Balanço 8 943 954 65,8 8 169 382 68,3 774 572 9,5

Com registo fora do Balanço 4 651 101 34,2 3 792 830 31,7 858 271 22,6

8.2.1. CRÉDITO

O crédito concedido a clientes total cresceu 11,3%, em2006, com o segmento de Particulares a registar um au-

mento de 14,0% e o das Empresas a atingir um crescimen-to de 6,5%, em relação aos valores contabilizados em 31de Dezembro de 2005.

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aumento de 2,9%, mas pertenceu aos créditos ao Investi-mento e à Tesouraria o maior dinamismo, no segmentodas Empresas, com crescimentos de 9,6% e 13,0%, res-pectivamente.

Os créditos à habitação e à construção observaram umcrescimento conjunto de 9,7%, em 2006, e reduziram oseu peso no crédito total, passando a representar 76,7%,no final de 2006, contra 77,9%, no final do ano anterior.

O crédito a Comerciantes e Profissionais Liberais aumentou28 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa decrescimento de 16,1%. Inversamente, nos segmentos dasInstituições sem Fins Lucrativos e no Sector Público Admi-nistrativo, observou-se uma redução do volume de negó-cio, relativamente ao período homólogo.

A dinâmica do crédito a Particulares foi superior à da gene-ralidade dos restantes segmentos, aumentando o seu pesona estrutura da carteira, ao passar de 64,1%, em 2005,para 65,6%, em 2006. O maior contributo veio do créditopara outras finalidades, que cresceu 47,9%, destacando-seo Crédito MG Lar Mais e o Crédito Individual.

Ainda no crédito a Particulares, a carteira de crédito à Habi-tação registou um aumento de 826 milhões de euros(+11,7%), mantendo-se inalterado o seu peso na estrutu-ra da carteira de crédito, em torno dos 60,0%.

O crédito a Empresas registou um crescimento de 257 mi-lhões de euros, mas diminuiu o seu peso na estrutura dacarteira de crédito, fixando-se nos 32,1%, (-1,4 p.p.).O crédito à Construção manteve-se como a maior compo-nente do agregado, com 16,5%, tendo observado um

Na distribuição do crédito por segmentos de mercado, veri-fica-se que os Particulares e a Construção e Obras Públicascontinuam a absorver a maioria do crédito da CEMG, re-

presentando, no seu conjunto, 85,6% da carteira de crédi-to total, no final de 2006.

CRÉDITO POR SEGMENTOS E POR FINALIDADES(milhares de euros)

SEGMENTOS / FINALIDADES2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – Particulares 8 609 722 65,6 7 554 437 64,1 1 055 285 14,0

Habitação 7 902 762 60,2 7 076 337 60,0 826 425 11,7

Habitação com a Titularização 8 706 739 8 049 933 656 806 8,2

Outras Finalidades 706 960 5,4 478 100 4,1 228 860 47,9

2 – Empresas 4 217 685 32,2 3 960 754 33,5 256 931 6,5

Construção 2 169 942 16,5 2 109 587 17,9 60 355 2,9

Investimento 1 063 562 8,1 970 214 8,2 93 348 9,6

Tesouraria 924 598 7,1 818 388 6,9 106 210 13,0

Outras Finalidades 59 583 0,5 62 565 0,5 -2 982 -4,8

3 – Instituições Sem Fins Lucrativos 40 730 0,3 51 402 0,4 -10 672 -20,8

4 – Comerciantes e Profissões Liberais 198 446 1,5 170 925 1,5 27 521 16,1

5 – Sector Público Administrativo 57 965 0,4 58 560 0,5 -595 -1,0

TOTAL 13 124 548 100,0 11 796 078 100,0 1 328 470 11,3

DISTRIBUIÇÃO SECTORIAL DO CRÉDITO EM 2006

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8.2.1.1. Crédito à Habitação

A carteira do Crédito à Habitação cresceu 11,7%, em2006, registou um rácio entre o valor do crédito e o dagarantia (LTV – Loan To Value) de 57,5% (56,4% em 2005)e terminou o ano de 2006 com um rácio de incumprimen-to de 1,6% (1,8% em 2005).

O crédito novo contratado registou um crescimento, face a2005, de 83 milhões de euros, +5,4% e um rácio LTV de71,5%, o que influenciou, quer o LTV da carteira, de 56,4%para 57,5%, quer o montante médio por contrato, queaumentou para 64 milhares de euros, em 2006, correspon-dente a um aumento de 3 milhares de euros por contrato.

O programa de actualização periódica das cauções paraobservância da alínea b), do n.º 4-C, do ponto 3.2.2 daParte I do Anexo, ao Aviso n.º 1/93, do Banco de Portugal,que determina que as cauções devem ser reavaliadas pelomenos de 3 em 3 anos, actualizou o valor do rácio LTV. Nãoobstante, para os contratos novos, este rácio é mais elevadodo que o rácio médio da carteira de crédito da CEMG.

8.2.1.2. Crédito Individual

A CEMG desenvolveu um acentuado esforço comercial, narubrica de crédito individual, no sentido de diversificar a

de crédito (+11,6%), em 2006, em comparação com os va-lores atingidos no ano anterior.

O crédito total contratado aumentou, em volume, 680 mi-lhões de euros (+17,2%) e, em número, 11 519 contratos

carteira de produtos colocados nos clientes. Em conse-quência, o crédito individual aumentou 63 milhões deeuros (+39,0%), pertencendo ao contributo da compo-nente Geral, Férias e Auto a quase totalidade daqueleaumento (99,7%), reforçando a sua posição de maior com-ponente do Crédito Individual (81,5% do total).

O rácio de crédito e juros vencidos desta carteira diminuiu0,4 p.p., em 2006, face ao valor registado no final de2005, fixando-se em 0,7%.

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO CONTRATADO NO ANO(milhares de euros)

FINALIDADES2006 2005 Variações

Quantidade Valor % Quantidade Valor % Quantidade % Valor %

1 – Particulares 55 889 2 225 394 48,0 64 512 1 868 026 47,3 -8 623 -13,4 357 368 19,1Habitação 19 481 1 612 044 34,8 19 529 1 529 160 38,7 -48 -0,2 82 884 5,4Outras 36 408 613 350 13,2 44 983 338 866 8,6 -8 575 -19,1 274 484 81,0

2 – Empresas 51 258 2 289 806 49,5 31 390 2 004 568 50,7 19 868 63,3 285 238 14,2

Construção 1 167 1 031 792 22,3 1 185 1 103 595 27,9 -18 -1,5 -71 803 -6,5

Investimento 2 204 360 949 7,8 1 715 228 494 5,8 489 28,5 132 455 58,0

Tesouraria 29 011 750 007 16,2 28 243 635 123 16,1 768 2,7 114 884 18,1

Outras Finalidades 18 876 147 058 3,2 247 37 356 0,9 18 629 7 542,1 109 702 293,7

3 – Instit. Sem Fins Lucrativos 133 10 211 0,2 126 7 584 0,2 7 5,6 2 627 34,6

4 – Comerciantes e Prof. Liberais 3 610 107 357 2,3 3 338 71 015 1,8 272 8,1 36 342 51,2

5 – Sector Público Admin. 7 219 0,0 12 1 676 0,0 -5 -41,7 -1 457 -86,9

TOTAL 110 897 4 632 987 100,0 99 378 3 952 869 100,0 11 519 11,6 680 118 17,2

(milhares de euros)

CRÉDITO À HABITAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Crédito em carteira

Total da carteira 7 902 762 7 076 337 826 425 11,7

Rácio LTV * 57,5% 56,4% 1,1 p.p.

Montante médio por contrato 64 61 3 5,3

Rácio de CJV (Crédito e Juros Vencidos) 1,6% 1,8% -0,8 p.p.

Crédito novo contratado

Total de crédito contratado no ano 1 612 044 1 529 160 82 884 5,4

Rácio LTV * 71,5% 68,1% 3,4 p.p.

Montante médio por contrato 83 78 5 6,0

* Rácio LTV = Valor da carteira de crédito à habitação / Valor actual das avaliações das cauções associadas

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8.2.1.3. Crédito Individual – Revolving

O Crédito Individual Revolving engloba o crédito concedi-do por via dos cartões de crédito e dos descobertos autori-zados em contas de depósitos à ordem.

O número de cartões de crédito activos com a marca Mon-tepio cresceu 31,3%, durante 2006, e o crédito concedidopor esta via aumentou +19,9%, atingindo 29 milhões deeuros. Este crescimento está relacionado com o aumentoda carteira do Cartão Mega, direccionado a pequenas com-pras na Internet, e ao lançamento do Cartão «Mais Vida»,no final de 2006, direccionado a clientes particulares e aassociados do Montepio maiores de 18 anos.

Os descobertos em contas de depósitos à ordem atingiramo valor de aproximadamente 15 milhões de euros, signifi-cando um crescimento, face ao saldo no final de 2005, de+20,4%.

O rácio de incumprimento subiu para 5,1% (2,0% em2005), em consequência da alteração dos critérios de con-tabilização do crédito em incumprimento, nomeadamenteno caso dos descobertos em contas de depósitos à ordem.Não obstante ser uma carteira com um grau de risco signi-ficativo, o nível de taxa de juro também é expressivo, o quedota a actividade de forte atractividade e a torna objectode grande concorrência.

O desempenho da CEMG, em ambas as vertentes do Cré-dito Individual (Individual e Individual – Revolving), situou--se dentro das expectativas, fruto das acções de diversifi-cação que se têm realizado.

8.2.1.4. Crédito à Construção

O saldo do crédito à construção (crédito utilizado) atingiuum aumento moderado, de 60 milhões de euros (+2,9%),

em 2006, e representou 71,3% do total contratado doano, sendo que a parte ainda não utilizada (28,7%) foiinferior à registada em 2005.

A redução da taxa de crescimento verificada é explicadapela situação recessiva em que o sector da construção setem mantido.

(milhares de euros)

CRÉDITO INDIVIDUAL2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Crédito em carteiraTotal da carteira 225 954 100,0 162 559 100,0 63 395 39,0

do qual:Geral, Férias e Auto 184 131 81,5 120 934 74,4 63 197 52,3Obras 35 302 15,6 35 308 21,7 -6 0,0Aquisição de títulos 6 521 2,9 6 317 3,9 204 3,2

Rácio de CJV 0,7% 1,1% -0,4 p.p.

(milhares de euros)

CRÉDITO INDIVIDUAL – REVOLVING 2006 2005Variação

Valor %

Cartões de créditoNúmero de cartões 138 225 105 278 32 947 Unid. 31,3FacturaçãoCrédito concedido 29 125 24 286 4 839 19,9Comissões 1 180 845 335 39,6

DescobertosTotal de crédito 14 662 12 178 2 484 20,4

Rácio de CJV 5,1% 2,0% 3,1 p.p.

(milhares de euros)

CRÉDITO À CONSTRUÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Crédito em carteiraCrédito utilizado 2 169 942 2 109 587 60 355 2,9Montante médio por contrato 650 654 -4 -0,6Rácio de CJV 3,0% 3,4% -0,4 p.p.Crédito não utilizado 872 497 928 026 -55 529 -6,0Crédito contratado total 3 042 439 3 037 613 4 826 0,2

Crédito novo contratadoTotal de crédito contratado no ano 1 031 792 1 103 595 -71 803 -6,5Montante médio por contrato 884 931 -47 -5,1%

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8.2.1.6. Crédito e Juros Vencidos

O saldo do crédito e juros vencidos caiu 35 milhões deeuros (-10,6%), em 2006, para 296 milhões de euros. Paraesta melhoria, contribuiu o segmento das Empresas, com28 milhões de euros (-20,0%) e o dos Comerciantes e Pro-

fissões Liberais, com 5 milhões de euros (-45,0%). A con-jugação do aumento do volume da carteira de crédito coma redução do saldo classificado como vencido implicouuma queda do rácio de incumprimento, para 2,3%, nofinal de 2006 (2,8% em 2005).

74

A rotatividade do crédito, medida pela relação entre o crédi-to novo contratado e a carteira de crédito total, diminuiuligeiramente (cerca de 2 pontos percentuais). Este abranda-mento não se traduziu, de forma negativa, na qualidade dacarteira, com o rácio de crédito e juros vencidos desta finali-dade a reduzir-se, de 3,4%, em 2005, para 3,0%, em 2006.

8.2.1.5. Crédito por Tipo de Garantias

Os Créditos com Garantia Real diminuíram o seu peso nacarteira, passando de 90,4%, no final de 2005, para89,7%, no final de 2006.

CARTEIRA DE CRÉDITO POR TIPO DE GARANTIAS(milhares de euros)

TIPO DE GARANTIAS2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Garantia Real – Hipotecária 11 400 078 86,9 10 361 052 87,8 1 039 026 10,0

Garantia Real – Outras 373 199 2,8 302 083 2,6 71 116 23,5

Sector Público Administrativo 57 965 0,4 58 560 0,5 -595 -1,0

Outras Garantias 757 219 5,8 718 929 6,1 38 290 5,3

Sem Garantia 536 087 4,1 355 454 3,0 180 633 50,8

TOTAL 13 124 548 100,0 11 796 078 100,0 1 328 470 11,3

O crédito sem garantia, dada a sua rendibilidade pondera-da pelo risco inerente, registou uma taxa de crescimentoexpressiva em 2006. Não obstante, o seu peso no total da

carteira mantém-se reduzido, não influenciando, de formasignificativa, a qualidade da carteira.

CARTEIRA DE CRÉDITO POR TIPO DE GARANTIAS

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O rácio de incumprimento do segmento das Empresasdesceu, para 2,7%, no final de 2006, (3,6% em 2005).Para esta evolução contribuíram todas finalidades de crédi-to que integram o segmento «Empresas».

No segmento de «Particulares», o saldo do crédito e jurosvencidos manteve-se praticamente inalterado, o que, conju-gado com o crescimento do crédito, provocou uma quedado rácio de crédito e juros vencidos para 2,0% (2,3% em2005). As componentes deste segmento, por finalidade,registaram variações de sentido inverso, com a habitação aacompanhar a tendência decrescente (-6,6%) e as finalida-des não habitacionais a registarem uma variação de +17,2%.

No segmento de «Comerciantes e Profissionais Liberais»,observou-se uma descida do saldo de crédito e juros venci-dos, no valor de 5 milhões de euros, e o rácio de incumpri-mento reduziu-se para 3,3% (6,9% no final de 2005).

Da conjugação do conjunto das variações descritas, o ráciode crédito e juros vencidos da carteira de crédito totaldesceu, de 2,8%, em 2005, para 2,3%, no final de 2006.O crédito e juros vencidos com atraso superior a 3 mesespassou de 2,6%, em 2005, para 2,0%, em 2006, e o ráciode crédito e juros vencidos ajustado (deduzido da quota--parte que está provisionada a 100,0%) manteve-se inalte-rado, em 1,8%.

O indicador de incumprimento, definido pelo Banco dePortugal, nos termos da Instrução n.º 16/2004, que estabe-lece a relação do crédito em incumprimento (crédito venci-do há mais de 90 dias adicionado do crédito de cobrançaduvidosa reclassificado como vencido) com o crédito total,situou-se em 2,5%, no final de 2006, quando, no final de2005, atingia os 3,4%.

A predominância de garantias, nomeadamente hipotecá-rias, na actividade da CEMG atenua o risco associado àsoperações de financiamento, porque, nas situações de in-

cumprimento, permite recuperar, em regra, o crédito con-cedido, por via da venda da caução.

CARTEIRA DE CRÉDITO E JUROS VENCIDOS POR SEGMENTOS E POR FINALIDADES(milhares de euros)

SEGMENTOS / FINALIDADES2006 2005 Variação

Valor Rácio CJV Valor Rácio CJV Valor %

1 – Particulares 176 200 2,0 176 932 2,3 -732 -0,4

Habitação 121 973 1,5 130 653 1,8 -8 680 -6,6

Outras Finalidades 54 227 7,7 46 279 9,7 7 948 17,2

2 – Empresas 113 232 2,7 141 622 3,6 -28 390 -20,0

Construção 63 804 2,9 72 292 3,4 -8 488 -11,7

Investimento 27 906 2,6 39 878 4,1 -11 972 -30,0

Tesouraria 21 487 2,3 28 946 3,5 -7 459 -25,8

Outras Finalidades 35 0,1 506 0,8 -471 -93,0

3 – Instituições Sem Fins Lucrativos 366 0,9 998 1,9 -632 -63,3

4 – Comerciantes e Profissões Liberais 6 516 3,3 11 837 6,9 -5 321 -45,0

5 – Sector Público Administrativo 118 0,2 100 0,2 18 18,0

TOTAL 296 432 2,3 331 489 2,8 -35 057 -10,6

EVOLUÇÃO DOS RÁCIOS DE CRÉDITO E JUROS VENCIDOS

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A Habitação e a Construção, principais finalidades doscréditos classificados em Crédito e Juros Vencidos, que re-presentavam, no final de 2006, 62,7% da carteira de crédi-

to vencido, são operações caucionadas por garantias reais,periodicamente reavaliadas.

A estrutura da carteira de crédito vencido, por escalões de atraso, alterou-se favoravelmente, com a redução do peso rela-tivo dos créditos de maior atraso.

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DE CRÉDITO E JUROS VENCIDOS(milhares de euros)

INDICADORES 2006 2005Variação

Valor %

Crédito a Clientes 13 124 548 11 796 078 1 328 470 11,3

Crédito Vencido 296 432 331 489 -35 057 -10,6

Crédito Vencido há menos de 3 meses 36 461 30 147 6 314 20,9

Crédito Vencido há mais de 3 meses 259 971 301 342 -41 371 -13,7

Crédito Vencido há mais de 12 meses 227 547 271 010 -43 463 -16,0

Crédito Cobrança Duvidosa reclassificado como Vencido 71 159 93 235 -22 076 -23,7

Crédito Vencido + operações de Write Off 597 754 495 887 101 867 20,5

Crédito Vencido até 3 meses de atraso face ao Crédito Vencido total (%) 12,3 9,1 3,2p.p.

CréditoVencido há mais de 3 meses face ao Crédito Vencido total (%) 87,7 90,9 -3,2p.p.

CréditoVencido há mais de 12 meses face ao Crédito Vencido total (%) 76,8 81,8 -5,0p.p.

Provisões Totais para Crédito 304 133 377 037 -72 904 -19,3

Riscos Gerais de Crédito 87 793 79 522 8 271 10,4

Crédito Vencido e Cobrança Duvidosa 216 340 297 515 -81 175 -27,3

Rácios de Crédito Vencido em % do Crédito Total

Rácio de Crédito e Juros Vencidos 2,3 2,8 -0,5p.p.

Rácio Crédito e Juros Vencidos há mais de 3 meses 2,0 2,6 -0,6p.p.

Rácio Crédito e Juros Vencidos há mais de 12 meses 1,7 2,3 -0,6p.p.

Rácio do Crédito com incumprimento 2,5 3,4 -0,9p.p.

Rácio do Crédito com incumprimento líquido de provisões 0,9 0,9 0,0p.p.

Cobertura do Crédito Vencido por Provisões (%)

Crédito Vencido 102,6 113,7 -11,1p.p.

Crédito Vencido há mais de 3 meses 117,0 125,1 -8,1p.p.

Crédito Vencido há mais de 12 meses 133,7 139,1 -5,4p.p.

DISTRIBUIÇÃO DO CRÉDITO E JUROS VENCIDOS POR GARANTIAS

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8.2.2. RECURSOS ALHEIOS

O saldo agregado dos Depósitos de Clientes e dos títuloscolocados em Clientes cresceu 10,9% (+846 milhões deeuros), em 2006, tendo os Depósitos de Clientes, onde se

destacam os depósitos a prazo, registado um aumento 493milhões de euros (+6,6%) e os títulos colocados emClientes um aumento 353 milhões de euros (+150,2%).

O grau de cobertura por Provisões do Crédito e JurosVencidos com mais de 3 meses de atraso desceu, ao pas-sar de 125,1%, no final de 2005, para 117,0%, no final de2006. Esta evolução das provisões não prejudica a quali-

dade da estrutura financeira da Caixa Económica, sobretu-do se se atender a que os riscos de uma elevada proporçãodo crédito vencido são limitados pela existência de garan-tias hipotecárias.

colocação de um conjunto de produtos junto dos clientesparticulares.

COBERTURA POR PROVISÕES DO CRÉDITO E JUROS VENCIDOS COM MAIS DE 3 MESES DE ATRASO

Estes últimos já representam 6,6% da carteira de recursosalheios de intermediação, resultando principalmente da

EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DE INTERMEDIAÇÃO E DESINTERMEDIAÇÃO(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – INTERMEDIAÇÃO 8 943 954 65,8 8 169 382 68,3 774 572 9,5

Depósitos de Clientes e Instituições de Crédito 8 352 147 61,4 7 929 060 66,3 423 087 5,3

Títulos Colocados em Clientes 587 950 4,3 235 000 2,0 352 950 150,2

Outros Recursos 3 857 0,0 5 322 0,0 -1 465 -27,5

2 – DESINTERMEDIAÇÃO 4 651 101 34,2 3 792 830 31,7 858 271 22,6

TOTAL 13 595 055 100,0 11 962 212 100,0 1 632 843 13,7

RECURSOS ALHEIOS DE INTERMEDIAÇÃO(milhares de euros)

RECURSOS2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

De Clientes 8 600 084 96,2 7 754 253 94,9 845 831 10,9

Depósitos à Ordem de Clientes 1 883 462 21,0 2 241 727 27,4 -358 265 -16,0

Depósitos à Prazo de Clientes 4 635 443 51,8 3 534 636 43,3 1 100 807 31,1

Depósitos de Poupança de Clientes 1 493 229 16,7 1 742 890 21,3 -249 661 -14,3

Total de Títulos Colocados em Clientes 587 950 6,6 235 000 2,9 352 950 150,2

De Instituições de Crédito 343 870 3,8 415 129 5,1 -71 259 -17,2

Depósitos 340 013 3,8 409 807 5,0 -69 794 -17,0

Outros Recursos 3 857 0,0 5 322 0,1 -1 465 -27,5

TOTAL RECURSOS 8 943 954 100,0 8 169 382 100,0 774 572 9,5

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A diminuição dos depósitos de particulares está associadaaos efeitos da aplicação da Directiva da Poupança, comimpacto directo nos depósitos de emigrantes, e à coloca-ção de títulos junto dos Clientes, em alguns casos por subs-tituição de depósitos, bem como a uma maior dinamizaçãoda actividade de colocação de produtos de desintermedia-ção.

Apesar da evolução negativa registada na carteira de depó-sitos de particulares, procurou-se uma maior consolidaçãodestes recursos, através de sucessivas emissões de depósi-tos com maturidades de 3 a 5 anos, sob a forma de produ-tos estruturados.

8.2.2.2. Recursos de Desintermediação

Os recursos de desintermediação ascendiam a 4 651 mi-lhões de euros, no final de 2006, (+22,6% em relação a2005). O maior contributo foi dado pelos títulos deposita-dos, cujo crescimento homólogo foi de 640 milhões deeuros (+22,3%), continuando a representar a maior com-ponente dos recursos fora do Balanço (75,5% do total).

Os Fundos de Investimento, Mobiliários e Imobiliários,mantiveram a tendência crescente que já vinham demons-trando, tendo acentuado as variações positivas (+21,6% e+11,3%, respectivamente).

Os recursos de instituições de crédito evoluíram no sentidodescendente, influenciando negativamente a evoluçãoglobal da carteira dos recursos alheios de intermediação.

Os Recursos de Desintermediação continuaram a aumentara um ritmo superior ao dos Recursos de Intermediação,reflectindo o esforço de colocação de um conjunto de pro-dutos de poupança, no decurso do ano, nomeadamenteSeguros de Capitalização, Fundos de Investimento e PlanosPoupança-Reforma.

8.2.2.1. Depósitos de Clientes

Na evolução da carteira de depósitos por tipo de clientesdestacam-se, por um lado, a descida dos depósitos departiculares (-1,3%), que passaram a representar 64,0%do total de depósitos (68,3% em 2005), e, por outrolado, o aumento da representatividade do sector públicoadministrativo (+98,3%), dos comerciantes e profissõesliberais (+21,7%) e das instituições sem fins lucrativos(+25,8%).

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS POR TIPO DE CLIENTES(milhares de euros)

SEGMENTO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Particulares 5 342 349 64,0 5 413 008 68,3 -70 659 -1,3

Residentes 5 239 340 62,7 5 208 373 65,7 30 967 0,6

Emigrantes 88 288 1,1 190 205 2,4 -101 917 -53,6

Outros Não Residentes 14 721 0,2 14 430 0,2 291 2,0

Empresas Não Monetárias 1 086 016 13,0 1 017 131 12,8 68 885 6,8

Instituições Sem Fins Lucrativos 952 751 11,4 757 540 9,6 195 211 25,8

Comerciantes e Profissões Liberais 41 877 0,5 34 423 0,4 7 454 21,7

Sector Público Administrativo 589 141 7,0 297 151 3,7 291 990 98,3

Instituições de Crédito 340 013 4,1 409 807 5,2 -69 794 -17,0

TOTAL 8 352 147 100,0 7 929 060 100,0 423 087 5,3

RECURSOS DE DESINTERMEDIAÇÃO(milhares de euros)

RECURSOS DE DESINTERMEDIAÇÃO2006 2005 VariaçãoValor Valor Valor %

Títulos Depositados 3 511 807 2 871 644 640 163 22,3

Fundos de Investimento Mobiliário 445 523 366 530 78 993 21,6

Fundos de Tesouraria 292 699 263 431 29 268 11,1

Fundos de Obrigações 15 841 21 198 -5 357 -25,3

Fundos de Acções 74 635 55 313 19 322 34,9

Fundos de Fundos 62 348 26 588 35 760 134,5

Fundos de Investimento Imobiliário 296 055 265 898 30 157 11,3

Fundos de Pensões Abertos 199 433 177 836 21 597 12,1

Seguros de Capitalização 198 283 110 922 87 361 78,8

TOTAL DE RECURSOS DE DESINTERMEDIAÇÃO 4 651 101 3 792 830 858 271 22,6

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Os Fundos de Investimento Mobiliários, geridos pela MG--GAF, participada do grupo Montepio, apresentavam umsaldo de 446 milhões de euros, no final de 2006, no qualos Fundos de Tesouraria continuam a ser os mais represen-tativos, apesar dos Fundos de Fundos terem registado omaior crescimento, quer absoluto, quer relativo. É de assi-nalar, igualmente, a dinâmica introduzida pelo lançamentode um novo fundo de mercados emergentes, cuja colo-cação registou um assinalável sucesso.

Os seguros de capitalização registaram um crescimento de+78,8%, em 2006. Destacaram-se as colocações de «MGRendimento Seguro 2006», «MG Seguro Rendimento Cres-cente» e «MG Investimento 2006».

Quanto aos Fundos de Poupança-Reforma Abertos (PPR),geridos pela participada Futuro, verificou-se um crescimen-to, de 12,1%, da carteira, fruto não só da evolução dosmercados, mas também da dinâmica de colocação destesprodutos, induzida pela re-introdução dos benefícios fiscaisà subscrição de PPR e, também, pela actividade comercial

desenvolvida. De referir que a Futuro converteu, já em2007, a sua oferta de PPR/E em PPR, devido à alteração,ocorrida em 2006, do benefício fiscal dos Planos de Pou-pança Reforma/Educação (PPR/E), cujo benefício passou aser somente aplicável aos PPR.

O Fundo de Valores e Investimentos Prediais – VIP cresceu11,3%, em 2006, mantendo a dinâmica do ano anterior, econtinua a resistir ao ciclo negativo que o sector imobiliáriotem vindo a atravessar nos últimos anos. Dos fundos imo-biliários abertos, o Fundo VIP foi o mais rendível do merca-do, com uma rendibilidade anualizada de 5,0%.

8.2.3. ACTIVIDADE INTERNACIONAL

O conjunto de transacções processadas nesta área deactividade registou um crescimento, em 2006, de 43,4%,passando de 1 049 milhões de euros, no final de 2005,para 1 505 milhões de euros, no final de 2006.

EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE ESTRANGEIRO(milhares de euros)

OPERAÇÕES2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – OPERAÇÕES GERAIS 1 463 293 97,3 1 005 001 95,8 458 292 45,6

Cheques Emitidos 13 986 1,0 19 757 1,9 -5 771 -29,2

Ordens de Pagamento Emitidas 202 031 13,4 191 296 18,2 10 735 5,6

Cheques Comprados 64 736 4,3 62 547 6,0 2 189 3,5

Ordens de Pagamento recebidas 1 163 282 77,3 715 683 68,2 447 599 62,5

Ordens Money Gram 19 258 1,3 15 718 1,5 3 540 22,5

2 – OPERAÇÕES DOCUMENTÁRIAS 41 260 2,7 44 337 4,2 -3 077 -6,9

Remessa Documentos de Exportação 1 890 0,1 2 596 0,2 -706 -27,2

Remessa Documentos de Importação 8 267 0,6 14 530 1,4 -6 263 -43,1

Créditos Documentários à Exportação 12 594 0,9 7 989 0,7 4 605 57,6

Créditos Documentários à Importação 5 731 0,3 5 773 0,6 -42 -0,7

Financiamentos em Moeda Estrangeira 4 585 0,3 5 139 0,5 -554 -10,8

Descontos sobre o Estrangeiro 3 611 0,2 5 487 0,5 -1 876 -34,2

Garantias 4 582 0,3 2 823 0,3 1 759 62,3

TOTAL (1+2) 1 504 553 100,0 1 049 338 100,0 455 215 43,4

8.2.4. SEGUROS

A actividade da CEMG na área de seguros abrange osramos vida e não vida, e resulta das parcerias com as com-

panhias de Seguros do Grupo Montepio, a Lusitania Com-panhia de Seguros e a Lusitania Vida.

CARTEIRA DE SEGUROS(quantidades)

SEGUROS2006 2005 Variação

Apólices % Apólices % Apólices %

Vida 284 390 64,4 224 403 63,6 59 987 26,7

Não Vida 157 006 35,6 128 271 36,4 28 735 22,4

TOTAL 441 396 100,0 352 674 100,0 88 722 25,2

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O ano de 2006 registou um aumento significativo das ven-das e das comissões auferidas pela comercialização deseguros, com o número total de apólices em carteira acrescer 25,2%, fixando-se nas 441 396 apólices. A este

crescimento da carteira de seguros correspondeu umaumento das comissões, com as comissões do ramo nãovida a aumentarem 19,9% e as do ramo vida 13,0%.

8.3. ACTIVIDADES FINANCEIRA E DE INVESTIMENTO

As aplicações nesta área, onde sobressaem as aplicaçõesem Instituições de Crédito e os Investimentos em Títulos,registaram uma diminuição agregada de 22 milhões deeuros (-1,1%), passando a representar 12,5% do activototal (13,8% no ano de 2005).

A diminuição registada nas Aplicações em Instituições deCrédito (-224 milhões de euros), foi compensada peloaumento na carteira de Obrigações (+206 milhões deeuros), mantendo-se os mesmos níveis de liquidez, masmelhorando a rendibilidade.

EVOLUÇÃO DAS COMISSÕES DE SEGUROS

EVOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES FINANCEIRA E DE INVESTIMENTO(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – Actividade Financeira

Caixa e Disponibilidades 318 093 16,7 302 103 17,3 15 990 5,3

Aplicações em Instituições de Crédito 670 428 35,2 910 890 65,3 -240 462 -26,4

TOTAL 1 988 521 51,9 1 212 993 82,6 -224 472 -18,5

% do Activo 6,5 8,7 -2,2 p.p.

2 – Actividade de Investimento

Obrigações 903 083 47,3 696 895 16,2 206 188 29,6

Acções e Outros Títulos 14 600 0,8 17 983 1,2 -3 383 -18,8

TOTAL 2 917 683 48,1 714 878 17,4 202 805 28,4

% do Activo 6,0 5,1 0,9 p.p.

TOTAL (1+2) 1 906 204 100,0 1 927 871 100,0 -21 667 -1,1

% do Activo 12,5 13,8 -1,3 p.p.

Imparidade 8 414 9 309 -895 -9,6

TOTAL LÍQUIDO 1 897 790 1 918 562 -895 0,0

No domínio das aplicações em títulos, manteve-se a políti-ca de investimento em Obrigações, fundamentalmente emFloating Rate Notes, procurando minimizar os riscos detaxa de juro e de crédito e, ao mesmo tempo, limitando

potenciais efeitos negativos nos rácios prudenciais. No finaldo ano de 2006, o conjunto das carteiras de investimentoe a vencimento, pelas quais se distribuem as obrigações,atingiu um valor de cerca de 903 milhões de euros.

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A variação registada na componente Acções e OutrosTítulos decorre da alteração do critério de relevação con-

tabilístico, que passou do custo de aquisição para o justovalor de mercado.

EVOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES FINANCEIRA E DE INVESTIMENTO

8.3.1. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARAVENDA E DETIDOS ATE À MATURIDADE

A carteira de activos financeiros disponíveis para vendaatingiu 894 milhões de euros (+30,1%), no final de 2006,com as obrigações a representarem 96,7% da carteira.

Os activos detidos até à maturidade ascendiam a 35 mi-lhões de euros e eram representados, exclusivamente, porObrigações do Tesouro.

CARTEIRAS DE TÍTULOS CLASSIFICADOS COMO ACTIVOS DISPONÍVEIS PARA VENDA E DETIDOS ATÉ À MATURIDADE(milhares de euros)

Carteira Rendimento

RUBRICAS DAS CARTEIRAS 2006 2005 2006 2005Variação

Carteira Rendimento

Valor Valor Valor Valor % %

Títulos Disponíveis para Venda 894 164 687 237 35 152 17 280 30,1 103,4

Obrigações do Tesouro 63 67 3 2 -5,1 105,9

Obrigações Classe D – Pelican 8 850 8 850 9 952 6 606 0,0 50,7

Obrigações de Outros Emissores e Papel Comercial 855 880 653 808 25 197 10 672 30,9 136,1

Unidades de Participação em Fundos de Investimento 9 480 12 375 -23,4

Acções e similares 5 099 5 607 0 -9,1

Participações Financeiras 14 792 6 530 126,5

Títulos Detidos até à Maturidade 35 270 34 171 1 446 703 3,2 105,6

Obrigações do Tesouro 35 270 34 171 1 446 703 3,2 105,6

Total 929 434 721 408 36 598 17 983 28,8 103,5

Imparidade 7 838 8 374 -6,4

TOTAL LÍQUIDO 921 596 713 034 29,2

A componente mais representativa dos títulos disponíveispara venda, designada por Obrigações de Outros Emis-sores, é constituída por aplicações em títulos, na sua gene-ralidade elegíveis para operações de refinanciamento juntodo Banco Central Europeu, significando que, além deterem elevada liquidez, têm níveis de risco reduzidos,traduzidos em elevadas notações de rating.

As obrigações, certificados de dívida e empréstimos sindi-cados representam 37,9%, em 31 de Dezembro de 2006,da totalidade dos recursos de intermediação e desinterme-diação, e cresceram 10,5%, no decurso do ano de 2006.As obrigações não subordinadas, com um aumento de 251milhões de euros (+6,5%), em 2006, já representavam28,4% dos recursos alheios totais, no final do ano.

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8.3.2. FUNDING EXTERNO

No quadro da gestão financeira da CEMG situa-se, emprimeiro plano, o desenvolvimento das acções de captação

82

Os Recursos de Instituições de Crédito sofreram uma diminuição de 69 milhões de euros (-16,6%), em 2006.

de fundos para assegurar o financiamento da actividade eo cumprimento permanente do limite mínimo do rácio deliquidez, fixado pelo Banco de Portugal.

EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E REPRESENTADOS POR TÍTULOS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – Obrigações, Certificados de Dívida e Empréstimos Sindicados

Obrigações Subordinadas 300 000 5,5 309 976 6,1 -9 976 -3,2

Obrigações não Subordinadas 4 086 148 74,3 3 835 415 75,5 250 733 6,5

Empréstimos Sindicados 225 000 4,1 225 000

Certificados de Dívida 543 000 9,9 518 000 10,2 25 000 4,8

TOTAL 1 5 154 148 93,7 4 663 391 91,8 490 757 10,5

% do Passivo 35,8 35,2 0,6 p.p.

2 – Recursos de Instituições de Crédito 346 021 6,3 415 129 8,2 -69 108 -16,6

% do Passivo 2,4 3,1 -0,7 p.p.

TOTAL (1+2) 5 500 169 100,0 5 078 520 100,0 421 649 8,3

% do Passivo 38,2 38,3 -0,1 p.p.

EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E DE OBRIGAÇÕES E CERTIFICADOS DE DÍVIDA

FLUXOS DA CARTEIRA DE OBRIGAÇÕES(milhões de euros)

TÍTULOS2006 2005

Ocorrência Valor Ocorrência Valor

1 – ENTRADAS

Passivos Subordinados Emissão 50

Empréstimos Sindicados Emissão 225

Certificados de Dívida Emissão 50 Emissão 25

Débitos Representados por Títulos Emissão 1 000 Emissão 1 555

TOTAL 1 1 325 1 580

2 – SAÍDAS

Débitos Representados por Títulos Vencimento 750 Vencimento 635

Certificados de Dívida Vencimento 25

Passivos Subordinados de Prazo Determinado Amortização 10 Amortização 20

Passivos Subordinadas de Prazo Indeterminado Reembolso 50

TOTAL 2 835 655

TOTAL (1-2) 490 925

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Para atingir esses objectivos foram utilizados três tipos de financiamento no mercado externo:

• emissões de Floating Rate Notes (FRN), dívida sénior e subordinada;

• Certificados de Dívida (Schuldschein);

• Empréstimo Sindicado, contratado em Dezembro de 2006, por um prazo de 5 anos.

O total da dívida emitida foi de 1 325 milhões de euros,enquanto o valor global das amortizações atingiu 835 mi-lhões de euros, pelo que o saldo respectivo verificou umacréscimo de 490 milhões de euros.

As operações foram, na sua quase totalidade, efectuadaspelo prazo de 5 anos. As condições vigentes no mercado ea diversificação dos instrumentos utilizados, permitiramreduzir o all-in cost das novas emissões comparativamentecom o das emissões liquidadas, o que se traduz na diminui-ção do custo médio dos financiamentos.

A diversificação de líderes das emissões, que se registouem 2005, facilitou o acesso a um leque mais alargado de

investidores, elemento relevante para o sucesso das colo-cações.

Em 2006, na renovação do Euro Medium Term Note Pro-gramme, cujo limite é de 5 000 milhões de euros, foi inte-grada a CEMG – Sede, pelo que as novas emissões passama ser enquadradas nos termos do disposto no Decreto-Lein.º 193/2005, de 7 de Novembro.

Ainda no campo da captação de recursos, manteve-se umaligação constante com institucionais de grande dimensão,por forma a proporcionar, a todo o momento, os níveisadequados de depósitos a prazo negociados pela Sala deMercados.

8.4. CARTEIRA DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

A carteira de participações financeiras da CEMG sofreu umaumento de cerca de 2 milhões euros, com o reforço daparticipação financeira na Lusitania Vida, realizado aquan-do do respectivo aumento de capital, e cerca de 8 milhões

de euros com o ajuste pelo justo valor das participações naEuronext, no Banco da África Ocidental e no Banco deDesenvolvimento e Comércio de Moçambique.

8.5. ACTIVIDADE EM IMÓVEIS ADQUIRIDOS EM REEMBOLSO DE CRÉDITO PRÓPRIO

O valor de inventário da carteira de imóveis para negocia-ção situou-se nos 96 milhões de euros, no final de 2006,

representando um decréscimo de -7,3%, face ao valor veri-ficado no final de 2005.

EVOLUÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS(milhares de euros)

EMPRESAS2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRASCaixa Económica de Cabo Verde 1 444 1 444

Banco MG Cabo Verde 7 001 7 001

Futuro S G Fundos Pensões 419 419

Lusitania Vida C.ª Seguros 7 170 5 202 1 968 37,8

Lusitania C.ª Seguros 10 816 10 816

UNICRE 311 311

SIBS 1 074 1 074

Euronext 8 491 1 841 6 650 361,3

Banco da África Ocidental 819 174 645 370,7

Banco Desenv. Com. Moçambique 1 929 912 1 017 111,5

Moçambique Cª Seguros 190 190

HTA Hotéis Turismo e Animação dos Açores 2 000 2 000

NORFIN – Soc. Gest. Fundos Inv. Imob. 50 50

Outras 115 115

Sub-Total 41 829 31 549 10 280 32,6

PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES DE CAPITAL

HTA Hotéis Turismo e Animação dos Açores 1 200 1 200

TOTAL 43 029 32 749 10 280 31,4

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No âmbito das actividade ligadas à comercialização dosimóveis em carteira, sublinha-se o facto de as empresas deMediação Imobiliária terem assegurado a venda de 82,8%

das vendas de imóveis para negociação que tiveram lugarem 2006, isto é, um aumento de +19,3% em relação a2005.

No final de 2006, a carteira de imóveis para negociação eraconstituída por 1 381 imóveis, 52,5% dos quais se encon-travam indisponíveis para venda, por carecerem de alguma

diligência ou regularização de carácter legal e/ou permane-cerem ocupados.

8.6. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E MARKETING

8.6.1. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Rede de Distribuição Física

Não se registaram alterações significativas nas redes de dis-tribuição no ano de 2006, tendo o ano encerrado com umarede doméstica de 295 balcões, igual ao final do ano ante-rior. Em termos da organização da actividade comercial, oMontepio consolidou a sua nova estrutura, com seis Direc-ções Comerciais de retalho para os segmentos de particula-res, microempresas, empresários em nome individual eempresas de construção, e uma Direcção Comercial de Em-presas vocacionada para o segmento das PME (Pequenas eMédias Empresas). Traduzindo o processo de reorganiza-ção encetado em 2005, foi implementado o conceito deGestores de Cliente Premium, vocacionados para a pres-tação de serviços a clientes particulares dos segmentos de«alto rendimento» («affluent») e dos Gestores de Clientes

Empresas, dedicados ao acompanhamento dos segmentosde PME.

A nível internacional, e sem incluir as participações finan-ceiras em instituições bancárias em Cabo Verde, Guiné eMoçambique, o Montepio dispõe de 6 escritórios de repre-sentação junto das comunidades de portugueses residentesno estrangeiro e possui um banco de direito local em CaboVerde – Banco Montepio Geral Cabo Verde, IFI, SA. – como objectivo de melhor servir os seus Clientes no estran-geiro, nomeadamente ao nível da gestão de recursos.

Serviços Multi-canal Montepio24

Em 2006, a actividade multi-canal consolidou-se, sendoactualmente responsável pela migração de 67% do totalde transacções simples (face a 65% em 2005). Este cresci-mento é explicado pelo aumento em 55% do total de

(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

1 – Saldo Inicial 104 016 104 071 -55 -0,1

2 – Entradas 24 073 29 024 -4 951 -17,1

3 – Saídas 31 628 29 079 2 549 8,8

4 - SALDO FINAL (1+2-3) 96 461 104 016 -7 555 -7,3

Imparidade 11 106 10 453 653 6,2

SALDO FINAL LÍQUIDO 85 355 93 563 -8 208 -8,8

EVOLUÇÃO DO SALDO DE IMÓVEIS PARA NEGOCIAÇÃO

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transacções realizadas nos serviços de Internet Banking.O número total de aderentes aos serviços Montepio24ascendeu em Dezembro de 2006 aos 370 mil Clientes. Aonível dos serviços Montepio24 destinados a empresas, onúmero de empresas aderentes atingiu as 9 734, a quecorresponde um aumento de 36% face a 2005.

O Montepio possui, neste momento, um dos mais comple-tos serviços de banca on-line no mercado português, comos seus serviços de banca na Internet para particulares eempresas e serviços de mobile banking suportados nasdiversas tecnologias de internet móvel existentes no merca-do. Possui igualmente um portal imobiliário (com oferta dehabitação, shopping e serviços de assistência on-line, o

qual inclui uma área especializada para profissionais damediação imobiliária) e um portal automóvel (com ofertade automóveis on-line).

Self Service e TPA

No domínio do Self Service e Terminais de PagamentoAutomático, o número de Caixas Automáticos SIBS apoia-dos pelo Montepio registou um aumento de 9,4%, a quecorrespondeu um aumento da quota de mercado de5,47% em 2005 para 5,62% em 2006. No que diz respeitoaos Terminais de Pagamento Automático, a quota de mer-cado atingiu os 4,53% (face aos 4,34% do período homó-logo).

A rede Chave24, exclusiva para Clientes, não registou alte-ração significativa do número de máquinas instaladas, con-tinuando a sua política de diversificação do tipo de máqui-nas, com a disponibilização de dispensadores e depósitointeligente de cheques e actualizadores de cadernetas.

8.6.2. OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS

O Montepio intensificou, em 2006, a sua política de diver-sificação da carteira de oferta, tendo desenvolvido e relan-çado novos produtos e serviços:

Segmentos de Particulares

Produtos Estruturados

Continuação da emissão de produtos estruturados, por viade Obrigações de Caixa, tendo como objectivo a criação desoluções de poupança de médio e longo prazo. Estas emis-sões têm permitido à Caixa Económica do Montepio oalongamento das maturidades dos seus recursos captadosjunto dos Clientes, com predomínio das emissões a três ea cinco anos.

Produtos para Menores

Continuação da política de desenvolvimento de produtosespecíficos para os segmentos de menores, com o lança-

mento da conta «Montepio Fun», tendo como mascote oPanda do Canal Panda, o canal de televisão por cabo dedi-cado às crianças.

Fundos de Investimento

Criação do Fundo Multi Gestão Mercados Emergentes, coma colaboração da MG Gestão de Activos Financeiros, procu-rando apresentar aos Clientes soluções que aproveitam odinamismo dos mercados emergentes a nível internacional.

Seguros de Capitalização

Continuação da emissão de novos seguros de capitalização,com a colaboração da Lusitania Vida, procurando apresen-tar soluções de poupança de longo prazo, quer através deestruturas de remuneração fixas crescentes, quer por via deremunerações mistas (fixas e variáveis).

Produtos Mistos

Lançamento de produtos inovadores de poupança, quecombinam produtos tradicionais de aforro (como os Depósi-tos a Prazo) com produtos alternativos que propiciam maiorpotencial de rendibilidade no médio/longo prazo, como osFundos de Investimento Mobiliário (Montepio Superinves-timento), Fundos de Pensões (Montepio Mais Futuro) ouSeguros de Capitalização (Montepio Prazo Seguro).

QUOTAS DE MERCADO (ATM E TPA)

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Segmentos de Empresas

Leasing Auto e de Equipamentos

Relançamento dos produtos de Leasing de Equipamentos ede Leasing Automóvel.

Leasing Imobiliário

Lançamento de oferta específica de operações de LeasingImobiliário, correspondendo às necessidades das Pequenase Médias Empresas ao nível das infra-estruturas físicas deinstalações, lojas e armazéns.

Factoring

Disponibilização de serviços de Factoring para a gestão datesouraria das Pequenas e Médias Empresas.

Produtos Estruturados

Emissão de produtos estruturados específicos para asPequenas e Médias Empresas, correspondendo às suasnecessidades de aplicação do excedente de tesouraria e dassuas poupanças a curto/médio prazo.

Operações Internacionais

Desenvolvimento de oferta específica para o apoio à activi-dade das empresas com operações internacionais.

Crédito Especializado

Lançamento, em conjunto com entidades públicas, de linhasde crédito destinadas ao Comércio e Turismo.

Meios de Pagamento

No domínio dos meios de pagamento, o Montepio temvindo a desenvolver actividade específica, nomeadamentenos cartões, tendo criado uma estrutura própria de gestãodestes produtos (Departamento de Cartões e Meios dePagamento), tendo por objectivo melhorar os níveis deserviço (por via do desenvolvimento de novas ferramentasde gestão) e a carteira de oferta de produtos para osClientes. As principais acções desenvolvidas em 2006foram:

Cartões de Débito

Inovação na oferta de cartões de débito com o lançamen-to inédito em Portugal de «Design Cards», cartões comatributos de design recorrendo a diferentes texturas, for-matos e temas, cujo desenvolvimento tecnológico contoucom a colaboração da Imprensa Nacional Casa da Moeda.Também em 2006, o Montepio passou a disponibilizar car-tões compatíveis com as regras EMV (Europay, Mastercarde Visa), dispondo de níveis de segurança adicionais utilizan-do microchip para reforço da autenticação junto das redesde pagamentos.

A carteira de cartões de débito ultrapassou os 510 mil em2006, que corresponde a um crescimento, face ao períodohomólogo, de 2,9%. A quota de mercado de cartões dedébito mantém-se nos 4,75%.

Cartões de Crédito

Lançamento do cartão «Mais Vida», um cartão de créditoinovador, o qual corresponde directamente à natureza doMontepio enquanto instituição da economia social, umavez que parte da margem das comissões adquiridas poreste cartão revertem a favor de instituições de solidarie-dade social.

A carteira de cartões de crédito cresceu 31,33%, em 2006,face ao período homólogo, tendo a quota de mercadocrescido de 2,17%, em 2005, para 2,54%, em 2006.

8.6.3. CAMPANHAS PROMOCIONAIS

Comunicação de Marketing

No ano de 2006, o Montepio manteve uma política dedesenvolvimento de comunicação de marketing da suaoferta e da marca, tendo como objectivo reforçar o conhe-cimento dos factores distintivos dos seus produtos eserviços, bem como dos factores de diferenciação da suaidentidade.

Campanha de Crédito à Habitação

No primeiro trimestre de 2006, foi realizada a última fasedas campanhas de crédito à habitação anteriormente ini-ciadas, promovendo a qualidade da prestação do serviço,transmitindo a promessa da versatilidade na procura desoluções para cada cliente, e de rapidez na decisão decrédito.

Campanhas de Produtos de Poupança

Neste domínio, o Montepio lançou campanhas específicasde incentivo à poupança de médio prazo, nomeadamentepromovendo as séries de emissões de obrigações de caixa«MG Aforro» e «Aforro Montepio», com maturidades de3 e 5 anos.

Como incentivo à poupança desde a infância, foi lançada aoferta «Montepio Fun», destinada ao segmento escolar,tendo sido estabelecida uma parceria com o Canal Infantilde Televisão «Panda».

O ano de 2006 fica marcado pelo regresso dos benefíciosfiscais para incentivo às poupanças de longo prazo,nomeadamente as constituídas no âmbito dos Planos dePoupança Reforma. Neste enquadramento, o Montepiodesenvolveu uma campanha específica de promoção desoluções de PPR, através do produto misto «Montepio MaisFuturo» combinando um Depósito a Prazo com uma car-teira de PPR à escolha do Cliente. Esta campanha teve iní-cio em 31 de Outubro, assinalando a efeméride do DiaMundial da Poupança, e marcou igualmente o início deuma nova linha de comunicação, após a introdução danova identidade visual.

Patrocínio UEFA Euro Sub 21

O Montepio foi patrocinador oficial do campeonato daEuropa de futebol Euro Sub 21 da UEFA, realizado emPortugal. Pelas características deste evento, muito voca-cionado para a promoção desportiva junto das camadas

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mais jovens e em formação, bem como pela sua projecçãonacional e mobilização nas cidades anfitriãs (centradas noNorte-Litoral de Portugal), a associação da marca Montepioteve como objectivos reforçar a aposta no rejuvenescimen-to da marca e na associação à valorização desportiva. A visi-bilidade da marca, quer por via dos contactos locais com aspessoas nos espaços onde decorreu o evento, quer atravésda ampla cobertura mediática, resultou, de forma muitopositiva, em termos da recordação total declarada, e daconcretização das contrapartidas inerentes ao patrocínio.

Campanha de Identidade

A campanha de publicidade desenvolvida para promover anova identidade visual decorreu em Outubro, com o objec-tivo de reforçar o posicionamento da marca Montepiocomo instituição da economia social, com uma missão evisão únicas no panorama financeiro português, pelas suascaracterísticas próprias, que partem da sua génese mutua-lista. Para tal, foi desenvolvido o conceito «E você? É donodo seu banco?», transmitindo o factor distintivo da marca,de forma simples e directa, comunicando a possibilidadede qualquer pessoa ser associada do Montepio.

8.6.4. A MARCA MONTEPIO – NOVA IDENTIDADECORPORATIVA

O ano de 2006 fica assinalado pelas profundas alteraçõesao nível da marca. Passados 23 anos sobre a última alte-ração de identidade, o Montepio relançou a sua marca comuma nova identidade visual, reforçando o seu posiciona-mento enquanto instituição da economia social, centrandotoda a sua comunicação publicitária nos factores de dife-

renciação alicerçados no mutualismo como código genéti-co institucional.

A marca reforçou-se, adoptando a designação «Montepio»,atendendo à percepção dos consumidores e à generalizaçãoda designação mais simples como forma de identificação dainstituição no mercado. A identidade cromática desenvolvidainspirou-se nas cores dos tons do ambiente português: ostons quentes da seara madura, do amarelo torrado do sol aoentardecer, fontes de prosperidade e de energia, e o azulmarinho, símbolo da serenidade e da transparência, queabrem horizontes de construção do futuro e de permanentebusca de conhecimento e competência. O símbolo, que evocaa representação do pelicano com a sua cria, recupera o sen-tido da participação mutualista inter-geracional, do acom-panhamento no crescimento e da transmissão de valores.

A combinação de todos estes elementos na identificaçãode uma instituição reflecte a sua abertura à modernidade,sem deixar de lado os seus valores tradicionais, e procuraajustar-se à evolução das preferências e comportamentosdos associados e clientes.

O lançamento da nova identidade do Montepio foi marca-do por uma transformação geral da sinalética exterior detoda a rede de balcões, e de uma generalizada alteração dologotipo em todos os meios de comunicação da marca comos seus Cliente e mercado.

Para o lançamento da nova imagem do Montepio, foramdesenvolvidas acções específicas de comunicação que en-volveram acções internas e externas e uma campanha depublicidade que teve como objectivo a divulgação da novaidentidade visual e do posicionamento da marca.

Destas acções resultaram os mais elevados índices de sempre de recordação da marca (Fonte: Marktest – Publivaga):

8.7. GESTÃO DOS RISCOS

A análise e gestão dos riscos é efectuada de um modo integrado e numa óptica de Grupo, através da Direcção de Análisee Gestão de Riscos, que inclui 3 departamentos:

• Departamento de Risco de Crédito

• Departamento de Riscos de Mercado

• Departamento de Risco Operacional

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Em 2006, prosseguiram os diversos trabalhos no sentidodo alinhamento com as melhores práticas internacionais ecom o enquadramento do Acordo de Basileia II. Estes tra-balhos têm envolvido a revisão de modelos internos derisco de crédito, a elaboração de modelos de stress testing,a instalação de soluções informáticas integradas e o desen-volvimento do pricing ajustado de risco nos principais pro-dutos de crédito.

Durante 2006, foi desenvolvido o projecto de gestão inte-grada de risco, contemplando as novas regras de cálculode requisitos de fundos próprios e procedendo à integra-ção da análise de gestão de activos e passivos e da impari-dade do crédito, no contexto das novas Normas Interna-cionais de Contabilidade (IAS).

Neste âmbito, foram aprovados os modelos de análise deimparidade, que assentam na utilização dos modelos derisco de crédito (ratings e scorings), assim como na aferiçãodas expectativas de recuperação dos créditos material-mente significativos em situação de imparidade. Para oefeito, foi igualmente concebida uma aplicação informáti-ca de suporte à análise efectuada, permitindo a articulaçãodas diferentes áreas envolvidas.

Risco de Crédito – Retalho

Os modelos de risco de crédito desempenham um papelessencial no processo de decisão de crédito. De facto, aconcessão de crédito a particulares obriga à submissão daspropostas de crédito aos modelos de scoring reactivo exis-tentes para as principais carteiras (crédito à habitação,crédito individual e cartões de crédito).

As decisões de crédito dependem das classificações derisco e do cumprimento de diversas regras sobre a capaci-dade financeira e o comportamento dos proponentes. Demodo a apoiar as estratégias comerciais, são também uti-lizados modelos de scoring comportamentais.

Foram já introduzidos nos sistemas de informação novosmodelos de scoring reactivo para algumas carteiras de cré-dito a particulares, contemplando a necessária segmenta-ção entre clientes e não clientes (ou clientes recentes). Esteprojecto será concluído durante o ano em curso para a gene-ralidade das principais carteiras de crédito em apreço. En-contram-se igualmente em fase de operacionalização infor-mática novos modelos de rating interno para empresas ede scoring para pequenos negócios.

Durante o ano de 2006, concluiu-se a generalização domaior alinhamento do pricing face ao risco de crédito aosprincipais produtos de crédito a particulares, considerandoas classificações dos modelos internos e as estimativas deseveridade de perda. Foi igualmente iniciado este trabalhopara produtos especializados de crédito a empresas (e.g.leasing e factoring), prevendo-se contemplar os restantesprodutos neste âmbito durante o ano em curso, após a con-clusão da operacionalização dos novos modelos de ratinginterno.

Ao nível da informação reportada sobre risco de crédito,assegura-se a produção de um relatório trimestral, incluin-do medidas de probabilidade de incumprimento por classede risco e carteira de crédito, indicadores de rendibilidade

ajustada de risco (RAROC) e a análise da composição dascarteiras de crédito por classe de risco.

Riscos Globais e em Activos Financeiros

A gestão eficaz do balanço envolve também o Comité deActivos e Passivos (ALCO), fórum onde se procede à análisedos riscos de taxa de juro, liquidez e cambial, designada-mente no tocante à observância dos limites definidos paraos gaps estáticos e dinâmicos calculados.

Tipicamente, são observados gaps estáticos positivos detaxa de juro e de liquidez, de dimensão moderada, excep-tuando-se naturalmente os meses em que ocorrem paga-mentos relacionados com o serviço da dívida das obriga-ções emitidas. Ao nível do risco cambial, procede-se, emregra, à aplicação dos recursos captados nas diversas moe-das, através de activos no mercado monetário respectivo epor prazos não superiores aos dos recursos, pelo que osgaps cambiais existentes decorrem essencialmente deeventuais desajustamentos entre os prazos das aplicaçõese dos recursos.

No que respeita a informação e análise de risco, é assegu-rado o reporte regular sobre os riscos de crédito e de mer-cado das carteiras de activos financeiros próprias e dasdiversas entidades do Grupo. Ao nível das carteiras pró-prias, encontram-se definidos diversos limites de risco, uti-lizando para o efeito a metodologia de Value-at-Risk (VaR).

As carteiras próprias encontram-se concentradas em títulosde dívida de taxa variável, exibindo por isso níveis de VaRmuito reduzidos (inferiores a 0,1% do valor investido, paraum horizonte de 10 dias e grau de confiança de 99%).A exposição a risco de crédito é igualmente muito limitada,uma vez que as obrigações em carteira situam-se generica-mente em níveis de investment grade.

ESTRUTURA DAS CARTEIRAS PRÓPRIAS POR RATINGSUnid: 10^3 €

Valor %

AAA 53 546 6,3

AA+ 1 000 0,1

AA 21 504 2,5

AA- 159 075 18,6

A+ 157 709 18,5

A 206 041 24,1

A- 174 815 20,5

BBB+ 63 523 7,4

BBB 12 497 1,5

BBB- e inferior – –

Sem rating 3 564 0,4

TOTAL 853 272 100

Risco Operacional

Relativamente ao risco operacional, foi concluído o desen-volvimento do modelo de gestão de risco, abrangendotodas as unidades da estrutura orgânica. Este modelo per-mite o registo de eventos relevantes, no sentido do alinha-

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mento com as melhores práticas e com o enquadramentode Basileia II, facilitando a análise e modelização de riscooperacional, assim como a identificação das medidas ade-quadas de mitigação de risco.

O modelo de gestão funciona de forma descentralizada,tendo, para cada unidade da estrutura orgânica, sidonomeados Autoavaliadores/Interlocutores e Validadores deRisco Operacional.

O trabalho desenvolvido durante 2006 incluiu os seguintes items:

• Gestão e Organização: campanha de comunicação interna junto de todas as áreas da Instituição e definição dePolíticas e Procedimentos de Gestão de Risco Operacional;

• Análise Qualitativa: em colaboração com as próprias áreas, mapeamento das principais actividades, riscos desteâmbito em que incorrem e respectivos controlos preventivos, visando a sua Autoavaliação. Incluiu também a definiçãode KRI’ s (Key Risk Indicators), ou seja, indicadores de alerta de potenciais factores que estejam na base da ocorrênciade eventos de risco operacional;

• Análise Quantitativa: simulação do cálculo do capital regulamentar através dos métodos do Indicador Básico eStandard. Constituição de base de dados interna e inicio da captação sistemática de eventos de risco operacional.

8.8. RECURSOS HUMANOS

Em 2006, à semelhança do sucedido no ano anterior, con-tinuou a desenvolver-se uma política de contenção na ad-missão de novos trabalhadores. Contudo, registou-se umligeiro aumento do número de trabalhadores efectivos daCEMG, devido à introdução de novas áreas de negócio,nomeadamente na vertente comercial Empresas, ao refor-ço de áreas de serviços centrais com técnicos especializa-

dos e à abertura de 1 novo Balcão da rede comercial departiculares.

Em consequência, o número de trabalhadores efectivos daCEMG passou de 2 853, em 31 de Dezembro de 2005,para 2 918, em 31 de Dezembro de 2006.

Destaca-se o aumento do Quadro de Pessoal da CEMGcom formação académica de nível superior, consequênciadas políticas de recrutamento e selecção prosseguidas.Continuou a privilegiar-se o recrutamento de elementosoriundos de Universidades e Institutos de referência, osquais, após a realização de estágios, acabaram por ingres-sar no quadro da Instituição. Com esta política, procura-seajustar a composição do efectivo, em quantidade e quali-dade, às novas exigências funcionais.

Prosseguiu o plano de criação de oportunidades de evo-lução para os colaboradores, nomeadamente ao nível dasfunções técnicas/específicas e de gestão. Através de pro-

cessos e metodologias de identificação de potencial, refe-renciaram-se 120 colaboradores que viriam a evoluir parafunções mais qualificadas.

No âmbito do programa anual de estágios, foi reforçada acolaboração com Universidades de reconhecido mérito,quer por via de contactos / abordagens directas, de publi-cação de anúncios e do estabelecimento de protocolos,quer na participação do Montepio em eventos específicos,nomeadamente o Fórum Empresas. Como resultado, foramacolhidos 80 alunos, que desenvolveram com sucesso pro-jectos técnicos e comerciais, em diversas unidades orgâni-cas.

EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL

COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO2006 2005 Variação

N.º % N.º % N.º %

Efectivo Permanente 2 838 99,2 2 829 98,7 9 0,3

Contratados a Termo 80 24 56 233,3

Efectivo Total 2 918 2 853 65 2,3

Formação Académica

Superior 1 131 38,8 1 049 36,8 82 7,8

Outra 1 787 61,2 1 804 63,2 -17 -0,9

Escalão etário

menos de 40 anos 1 812 62,1 1 816 63,7 -4 -0,2

igual ou superior a 40 anos 1 106 37,9 1 037 36,3 69 6,7

Colocação

Redes comerciais 2 186 74,9 2 148 75,3 38 1,8

Serviços centrais 732 25,1 705 24,7 27 3,8

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Ao nível da comunicação interna, a divulgação de informa-ção sobre gestão e desenvolvimento de recursos humanosmaterializou-se, nomeadamente, na elaboração de artigospara o «Em Directo» e na reformulação da informaçãodisponível na Intranet, da qual se salientam as melhoriasintroduzidas no Calendário do Plano de Formação, com adisponibilização dos itinerários pedagógicos das iniciativasmais relevantes.

Prosseguiu-se, igualmente, com os estudos necessários àimplementação do novo Modelo de Gestão Integrada deRecursos Humanos, em alinhamento com as melhores prá-

ticas do sector, com início do processo de redefinição dapolítica retributiva, assente essencialmente na compensa-ção do desempenho e dos resultados obtidos.

Foi continuada, em 2006, a política tendente ao aumentode qualificações, competências e desenvolvimento dos tra-balhadores, tendo a formação profissional constituído uminstrumento fundamental no enriquecimento de compe-tências profissionais. Foram realizadas 212 acções formati-vas, as quais envolveram 9 783 participações, totalizando194 740 horas de formação.

De entre as acções desenvolvidas, salientam-se as seguintes:

• Ciclo de Formação em «Liderança e Gestão de Equipas»;

• Programa de Certificação – Curso Complementar de Banca do Instituto de Formação Bancária;

• Curso de Formação específico para a Função Gestor de Cliente Premium;

• Formação em Produtos e Serviços, através de plataforma de e-learning.

8.9. RECURSOS TECNOLÓGICOS

Recursos tecnológicos e informáticos

No ano 2006 e dando continuidade à consolidação dos Sistemas de Informação, destacaram-se as seguintes implemen-tações:

• Desenvolvimento de Portal de Advogados Externos;

• Nova solução de Gestão de Bens, Avaliações e Cauções;

• Aplicação informática de suporte à comercialização de seguros na rede da CEMG;

• Desenvolvimento de uma aplicação de Gestão de Cartões de Crédito;

• Desenvolvimento de uma aplicação de suporte à comercialização dos Fundos da FUTURO na rede da CEMG;

• Implementação das infra-estruturas de Datawarehouse e desenvolvimento do Sistema de Apoio à Decisão eBudget&Planning;

• Renovação tecnológica da infra-estrutura de sistemas da rede de balcões, tendo sido substituído todo o parque deservidores e postos de trabalho;

• Aplicação informática para gestão de negócio na área do leasing imobiliário;

• Aplicação informática para gestão de negócio na área do factoring;

• Migração dos depósitos à ordem e depósitos a prazo em moeda estrangeira para o sistema central;

• Desenvolvimentos informáticos de suporte à função de Gestor de Cliente Premium;

• Nova plataforma de Scoring.

Na vertente da preparação, cujo pleno impacto, de cariz estruturante, se observará no ano de 2007, importa destacar oinício dos seguintes projectos:

• Implementação de novas aplicações de suporte à actividade da Direcção Financeira e Internacional;

• Desenvolvimentos informáticos no âmbito de Basileia II;

• Implementação de sistema de monitorização de transações Anti Money Laundering (AML);

• Implementação do sistema de CRM (Customer Relationship Management) operacional;

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8.10.1. SITUAÇÃO LÍQUIDA

Em 31 de Dezembro de 2006, a Situação Líquida (capital + re-servas + resultados) da CEMG ascendia a 822 175 milharesde euros registando, relativamente à posição em 31 de De-zembro de 2005, um acréscimo de 131 404 milhares deeuros (+19,0%). Esta variação reflecte os efeitos positivosdo aumento de Capital Institucional, em 100 000 milharesde euros, da inclusão dos Resultados do Exercício, no valorde 60 154 milhares de euros, e do aumento das Reservas

de Reavaliação, em 7 586 milhares de euros. Estes efeitosabsorveram os efeitos negativos da distribuição dos Resul-tados do Exercício de 2005, no montante de 11 597 milha-res de euros, e da dedução de 24 739 milhares de eurosdevido a ajustamentos provocados pela introdução das IAS(especialmente alterações na metodologia de cálculo dasresponsabilidades com o fundo de pensões, cujo impactoserá repartido anualmente até 2012, e as alterações doscritérios de valorimetria de alguns activos).

• Melhoria do sistema de Workflow com integração de novos processos;

• Desenvolvimento do canal mobile banking.

No domínio da reengenharia e qualidade, dando continuidade à estratégia de redução de custos administrativos, deracionalização de processos e circuitos e tendo em vista o aumento da eficácia e da produtividade, foram desenvolvidasas seguintes acções:

• Implementação do sistema de Workflow de Descobertos Autorizados;

• Elaboração e actualização de Normas de Procedimento com preponderância nos processos ligados ao desenvolvi-mento do negócio;

• Incremento de sistema de arquivo por recurso à digitalização de documentos;

• Centralização de actividades de balcão em estruturas de back-office, reduzindo o trabalho administrativo dos bal-cões (em desenvolvimento);

• Implementação de um sistema, global e partilhado, de Gestão de Reclamações e Sugestões de Clientes, com o objec-tivo de melhorar os padrões de Qualidade de Serviço a Clientes (em desenvolvimento).

8.10. ANÁLISE FINANCEIRA

8.10.2. CONTA DE EXPLORAÇÃO

O Resultado do Exercício de 2006, no valor de 60 154 mi-lhares de euros, foi superior, em 14 842 milhares de euros(+32,8%), ao registado em 2005, estando este crescimen-

to associado à evolução observada na Margem Financeira,no resultado da venda de imóveis adquiridos por recupera-ção de crédito próprio e, ainda, no impacto nas provisõesdas políticas de gestão do risco.

EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO LÍQUIDA(milhares de euros)

Situação Líquida a 31 de Dezembro de 2005 690 771

Distribuição de Resultados do Exercício de 2005 -11 597

Ajustamentos por via da introdução das IAS -24 739

Aumento de Capital Institucional 100 000

Aumento de Reservas de Reavaliação 7 586

Resultado do Exercício de 2006 60 154

Situação Líquida a 31 de Dezembro de 2006 822 175

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A Margem Financeira, no valor de 306 021 milhares deeuros, observou um crescimento homólogo de 36 014 mi-lhares de euros (+13,3%), reforçando o seu peso relativono Produto Bancário, de 77,8% para 83,2%, em detrimen-to dos Outros Proveitos Líquidos, que concorrem para oProduto Bancário, que registaram um decréscimo de19 347 milhares de euros (-19,8%). Em resultado da con-jugação destas variações, o Produto Bancário, no montantede 367 949 milhares de euros, em 2006, cresceu 20 751milhares de euros (+6,0%),

Os Gastos de Funcionamento, no montante de 218 258milhares de euros, cresceram 10,2%, absorvendo 59,3%do Produto Bancário, o que representa um agravamentode 2,3 p.p. face a 2005. Convém salientar, no entanto, queo crescimento dos Gastos de Funcionamento foi negativa-mente afectado por alterações de critério contabilístico e

pelos investimentos realizados em 2006, nomeadamentecom a mudança da identidade e da imagem corporativa.

As Amortizações, que atingiram o valor de 12 884 milharesde euros, registaram um aumento de 16,2%.

As Provisões Líquidas ascenderam a 76 653 milhares deeuros e apresentaram um decréscimo homólogo de 16 133milhares de euros (-17,4%), invertendo a tendência ascen-dente que vinham apresentando nos últimos exercícios.

Os resultados parcelares assinalados conduziram a umacréscimo homólogo do Cash-Flow, na ordem dos 509 mi-lhares de euros (+0,3%), a par da alteração da sua estrutu-ra, com a perda do peso relativo das Provisões Líquidas (-11,0 p.p.) e aumento do peso relativo do Resultado doExercício (+9,8 p.p.).

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES(milhares de euros)

AGREGADOS2006 2005 Variação

SIGLASValor % Valor % Valor %

+ Juros e Rendimentos Similares (1) JRS 674 608 599 411 75 197 12,5

– Juros e Encargos Similares (1) JES 368 587 329 404 39 183 11,9

= Margem Financeira MF 306 021 83,2 270 007 77,8 36 014 13,3

+ Resultado Serviço Prestado a Clientes RSPC 67 532 18,4 69 715 20,1 -2 183 -3,1

Comissões Recebidas e Outros Rendimentos e Receitas 85 076 86 863 -1 787 -2,1

Comissões Pagas e Outros Encargos e Gastos 17 544 17 148 396 2,3

+ Resultado de Operações nos Mercados ROM -10 757 -2,9 2 112 0,6 -12 869 -609,3

Capitais (2) -12 635 -111 -12 524 11 282,9

Cambial 1 878 2 223 -345 -15,5

+ Rendimento de Participações Financeiras RPF 1 797 0,5 3 014 0,8 -1 217 -40,4

+ Resultado de Venda de Imóveis para Negociação RVIN 3 356 0,9 2 350 0,7 1 006 42,8

Lucros 4 836 4 138 698 16,9

Prejuízos 1 480 1 788 -308 -17,2

= Produto Bancário de Exploração PBE 367 949 100,0 347 198 100,0 20 751 6,0

– Gastos de Funcionamento GF 218 258 59,3 198 016 57,0 20 242 10,2

Gastos com Pessoal 140 790 128 368 12 422 9,7

Gastos Gerais Administrativos com Fornecimentos e Serviços 77 468 69 648 7 820 11,2

= Resultado Operacional RO 149 691 40,7 149 182 43,0 509 0,3

– Amortizações A 12 884 11 085 1 799 16,2

– Provisões Líquidas PL 76 653 92 785 -16 132 -17,4

= Resultado do Exercício RE 60 154 45 312 14 842 32,8

(1) Engloba juros de títulos de rendimento fixo e de operações dos mercados;(2) Inclui rendimento de acções e de outros títulos de rendimento variável, excepto de participações financeiras.

ESTRUTURA DO CASH-FLOW(milhares de euros)

CASH-FLOW 2006 2005 Variação

Cash-Flow Total 149 691 149 182 509 0,3%

Amortizações 8,6% 7,4% 1,2 p.p.

Provisões Líquidas 51,2% 62,2% -11,0 p.p.

Resultado do Exercício 40,2% 30,4% 9,8 p.p.

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Não obstante as provisões continuarem a ser ainda a maiorcomponente do Cash-Flow, com 51,2% do total, o aumento

do contributo do resultado do exercício para a formação doCash Flow induziu a melhoria qualitativa da sua composição.

8.10.2.1. Taxas de Juro Médias Activas e Passivas

Em 2006, a taxa de juro média das Aplicações foi de 4,65%,igual ao valor de 2005. Por seu turno, a taxa de juro médiados Recursos foi de 2,64%, mas com um decréscimo homó-logo de -0,07 p.p.

A evolução destas duas taxas foi influenciada pela alteraçãoao critério de relevação contabilística dos proveitos e custosde Swaps, em função da adesão às NCA’s (Normas de Con-tabilidade Ajustadas), o que esbateu o efeito potencial re-sultante da aplicação mais rigorosa do pricing, tendo todos

os agregados de aplicações e recursos registado aumentoshomólogos das respectivas taxas.

A taxa de juro média do Crédito a Clientes, que é a com-ponente mais relevante das aplicações, ascendeu a 4,65%,registando uma variação homóloga de +0,40 p.p. A taxade juro média da Carteira de Títulos fixou-se em 4,28%,com um aumento homólogo de +0,92 p.p., a taxa de juromédia das Aplicações Interbancárias situou-se nos 2,53%,com uma variação homóloga de +0,34 p.p., e a taxa dejuro média das Disponibilidades registou 2,69%, com oaumento homólogo mais expressivo, +1,48 p.p.

TAXAS DE JURO MÉDIAS POR AGREGADOS DE PRODUTOS DO ACTIVO E PASSIVO(milhares de euros)

2006 2005 Variação

PRODUTOSSaldo Taxa Proveitos/ Saldo Taxa Proveitos/ Saldo Taxa Proveitos/Médio Média /Custos Médio Média /Custos Médio Média /Custos

Valor % Valor Valor % Valor Valor p.p. Valor

Aplicações

Crédito a Clientes 12 588 786 4,65 585 647 11 171 358 4,25 474 817 1 417 428 0,40 110 830

Disponibilidades 151 546 2,69 4 081 249 282 1,21 3 022 -97 736 1,48 1 059

Carteira de Títulos 857 751 4,28 36 674 474 869 3,36 15 945 382 882 0,92 20 729

Aplicações Interbancárias 856 684 2,53 21 711 940 995 2,19 20 606 -84 311 0,34 1 105

Outras Aplicações 4 804 2,93 141 4 804 2,17 104 0 0,76 37

Swaps 23 743 82 289 -58 546

Taxa Média 14 459 571 4,65 671 997 12 841 308 4,65 596 783 1 618 263 0,00 75 214

Recursos

Depósitos de Clientes 8 133 682 2,06 167 695 7 602 712 1,77 134 532 530 970 0,29 33 163

Recursos Titulados 5 569 377 3,13 174 530 4 365 294 2,94 128 378 1 204 083 0,19 46 152

Recursos Interbancários 171 721 2,78 4 768 81 870 2,31 1 889 89 851 0,47 2 879

Outros Recursos 752 1,95 15 599 1,79 11 153 0,16 4

Swaps 18 968 61 966 -42 998

Taxa Média 13 875 532 2,64 365 976 12 050 475 2,71 326 776 1 825 057 -0,07 39 200

ESTRUTURA DO CASH-FLOW

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No referente aos Recursos, a taxa de juro média dos De-pósitos de Clientes, que foi o agregado de maior peso,situou-se nos 2,06%, com uma variação homóloga de0,29 p.p. Os Recursos Titulados, que também têm um pesosignificativo, apresentaram uma taxa na ordem dos 3,13%,a taxa de recursos mais elevada, com um aumento homó-logo de 0,19 p.p., e a taxa média dos Recursos Interban-cários atingiu os 2,78%, com um aumento homólogo de0,47 p.p., sendo de realçar que esta taxa é superior à taxamédia das Aplicações Interbancárias em 0,25 p.p.

8.10.2.2. Taxa de Intermediação Financeira

A Taxa de Intermediação Financeira (TIF) observada em2006 foi de 2,12%, registando um crescimento homólo-go de 0,04 p.p., dando seguimento a uma trajectória demelhoria da TIF, que ocorre desde 2004.

A TIF excede a diferença entre a taxa média das Aplicaçõese a taxa média dos Recursos em 0,11 p.p., devido ao efeitopositivo na actividade induzido pelos Recursos Próprios.

8.10.2.3. Margem Financeira

O aumento da Margem Financeira, em 36 014 milhares deeuros (+13,3%) deveu-se, principalmente, aos efeitos dosacréscimos de actividade e, também, da TIF, que acomo-daram o impacto negativo do efeito da cobertura derisco.

Em comparação com 2005, na decomposição da variaçãoda Margem Financeira, regista-se a melhoria substancial doefeito da TIF e o agravamento significativo do efeito dacobertura de risco, aquela em resultado da política de ges-tão do pricing e este do decurso das condições de contra-tação dos swaps associada às emissões de empréstimosobrigacionistas e aos produtos estruturados.

EVOLUÇÃO DA TIF E TAXAS MÉDIAS DE APLICAÇÕES E RECURSOS

DECOMPOSIÇÃO DA VARIAÇÃO DA MARGEM FINANCEIRA

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8.10.2.4. Resultado do Serviço Prestado a Clientes

O Resultado do Serviço Prestado a Clientes atingiu o valorde 67 532 milhares de euros, em 2006, registando umdecréscimo, em termos homólogos, de 2 183 milhares deeuros (-3,1%), de que resultou a descida ,de 20,1% para18,4%, da relação com o Produto Bancário.

Esta evolução foi influenciada por alguns aspectos marginaisà actividade geradora de comissões, visto que as comissõesassociadas à intermediação cresceram 13,2% e as associadasà desintermediação cresceram 13,0%, sendo estas que têmo peso mais elevado (49,9%) no conjunto destes proveitos.

Registou-se um decréscimo de cerca de 11 500 milhares deeuros nos agregados operações de crédito, prestação de

serviços e outras é, essencialmente, explicado pelo ganhoextraordinário, resultante do encerramento do MG-Cayman,no montante de 3 420 milhares de euros, contabilizado em2005, e pela alteração da contabilização de reembolsos dedespesas (-3 071 milhares de euros) e prestação de serviçosde avaliação (-4 642 milhares de euros), impostas pelaintrodução das IAS, ao diferir estes proveitos pelo prazoresidual dos contratos.

As Comissões associadas a Operações de Venda Cruzada– Seguros, FIM e FII e SIBS – destacaram-se, com um cresci-mento apreciável, traduzindo o esforço comercial de diver-sificação da estrutura de proveitos, nomeadamente na áreade seguros, produtos de poupança e meios de pagamento.

EVOLUÇÃO DO RESULTADO DO SERVIÇO PRESTADO A CLIENTES(milhares de euros)

RUBRICAS2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Comissões – associadas à intermediação 28 322 25 023 3 299 13,2Operações de Crédito 11 363 9 306 2 057 22,1

Garantias 4 356 4 229 127 3,0

Manutenção de Depósitos 2 448 2 381 67 2,8

Cartões – Anuidades 4 727 3 971 756 19,0

Venda de Cheques 2 416 2 147 269 12,5

Operações Estrangeiro 1 876 1 816 60 3,3

Outras Comissões 1 136 1 173 -37 -3,2

Comissões – desintermediação 33 608 29 751 3 857 13,0Venda cruzada-Seguros 11 042 9 587 1 455 15,2

Venda cruzada – FIM e FII 3 861 3 244 617 19,0

Venda cruzada – PPR/PPA Futuro 1 896 1 791 105 5,9

SIBS – Comissões líquidas 14 775 13 657 1 118 8,2

Cartão de crédito MG Visa 1 180 845 335 39,6

Comissões de títulos 854 627 227 36,1

Prestação de serviços 2 454 6 716 -4 262 -63,5

Outras 3 148 8 225 -5 077 -61,7

Resultado do Serviço Prestado a Clientes 67 532 69 715 -2 183 -3,1

8.10.2.5. Resultado em Operações Financeiras

Os Resultados em Operações Financeiras realizadas no mer-cado de capitais sofreram o impacto da introdução das IAS,

no que diz respeito à relevação contabilística do justo valornas operações financeiras realizadas, com destaque para osganhos e perdas decorrentes das reavaliações dos swaps.

RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS E EM ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA(milhares de euros)

RUBRICAS2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Resultados em operações financeiras -12 384 -452 -11 932 2 639,6Operações avaliadas ao justo valor através de resultados -10 273 -10 273

Operações sobre activos financeiros detidos para negociação -4 262 -79 -4 183 5 294,9

Operações sobre activos financeiros detidos até à maturidade -308 -373 65 -17,5

Operações com Derivados de Cobertura 2 459 2 459

Resultados em activos disponíveis para venda -251 341 -592 -173,6Acções -1 2 -3 -141,0

Obrigações -466 338 -804 -237,8

Outras 216 1 215 41 037,0

Total -12 635 -111 -12 524 11 247,1

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8.10.2.6. Rendimento de Participações Financeiras

O Rendimento de Participações Financeiras atingiu o mon-tante de 1 797 milhares de euros, em 2006, que represen-ta uma variação homóloga negativa, de 1 217 milhares deeuros (-40,4%). Esta evolução reflectiu a ausência dos divi-dendos do MG Cayman, por encerramento desta participa-

da. Destacaram-se positivamente a Euronext, a Futuro, aUnicre e a Lusitania Seguros, com elevados crescimentosdos dividendos pagos.

O Banco MG Cabo Verde, por se encontrar ainda em fasede consolidação financeira, não realizou distribuição dedividendos em 2006.

8.10.2.7. Resultado da Venda de Imóveis para Negociação

As mais valias contabilísticas líquidas realizadas na vendade imóveis adquiridos em reembolso de crédito próprio

atingiram o montante de 3 356 milhares de euros, em2006, o que representa um crescimento homólogo de1 006 milhares de euros (+42,8%).

8.10.2.8. Gastos Operacionais

Os Gastos Operacionais, que agregam os Gastos com Pes-soal (60,9% do total), os Gastos com Fornecimentos eServiços (33,5% do total) e as Amortizações (5,6% do total),atingiram o montante de 231 142 milhares de euros, regis-

tando um crescimento homólogo de 22 041 milhares deeuros (+10,5%). Esta evolução levou a que o peso dos Gas-tos Operacionais no Produto Bancário tenha aumentado de60,2%, em 2005, para 62,8, em 2006, (+2,6 p.p.).

(milhares de euros)

EMPRESAS2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

SIBS 61 113 -52 -46,0

MG Cayman 0 2 046 -2 046 -100,0

Caixa Económica de Cabo Verde 102 102 0 0,0

Futuro 126 34 92 270,6

Euronext 370 51 319 625,5

Unicre 290 92 198 215,2

Banco da África Ocidental 31 35 -4 -11,4

Norfin 89 40 49 122,5

MG Gestão de Activos Financeiros 0 0 0 0,0

Lusitania Vida 283 248 35 14,1

Lusitania Seguros 445 253 192 75,9

TOTAL 1 797 3 014 -1 217 -40,4

RESULTADO DA VENDA DE IMÓVEIS PARA NEGOCIAÇÃO(milhares de euros)

RESULTADOS2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Lucros da Venda de Imóveis 4 836 4 138 698 16,9

Prejuízos na Venda de Imóveis 1 480 1 788 -308 -17,2

TOTAL 3 356 2 350 1 006 42,8

GASTOS OPERACIONAIS(milhares de euros)

RUBRICA2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

A Gastos com Pessoal 140 790 128 368 12 422 9,7

B Gastos com Fornecimentos e Serviços 77 468 69 648 7 820 11,2

C Gastos de Funcionamento (=A+B) 218 258 198 016 20 242 10,2

D Amortizações 12 884 11 085 1 799 16,2

E Gastos Operacionais (=C+D) 231 142 209 101 22 041 10,5RÁCIOSGastos com o Pessoal/Produto Bancário 38,3% 37,0% 1,3 p.p.

Gastos com Fornecimentos e Serviços/Produto Bancário 21,1% 20,1% 1,0 p.p.

Cost-to-Income (Gastos Operacionais/Produto Bancário) 62,8% 60,2% 2,6 p.p.

Rácio de Eficiência (Gastos de Funcionamento/Produto Bancário) 59,3% 57,0% 2,3 p.p.

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Os Gastos com Pessoal situaram-se nos 140 790 milharesde euros, apresentando um crescimento homólogo de12 422 milhares de euros (+9,7%). Em consequência, opeso destes gastos no Produto Bancário aumentou, de37,0% para 38,3% (+1,3 p.p.).

Esta evolução é explicada pelo aumento das Remuneraçõesde Empregados, em que pesou o acréscimo do Efectivo

Total em 65 trabalhadores, por crescimentos significativosde Encargos Sociais Obrigatórios, nomeadamente as con-tribuições para o Fundo de Pensões que aumentaram1 776 milhares de euros (+8,9%), e um aumento substan-cial dos Outros Custos com o Pessoal, devido a alteração docritério de contabilização dos Prémios de Antiguidade.

Os Gastos com Fornecimentos e Serviços atingiram o mon-tante de 77 468 milhares de euros, em 2006, observandoum acréscimo homólogo de 7 820 milhares de euros(+11,2%). O seu peso no Produto Bancário fixou-se em21,1% (+1 p.p.).

As rubricas com maior peso relativo nos Gastos comFornecimentos e Serviços foram Instalações, Informática ePublicidade e Similares. Entre as rubricas com maior rele-

vância em termos de peso relativo, as que registaram umcrescimento homólogo mais elevado foram Publicidade eSimilares (+25,5%), decorrentes da campanha de publici-dade de alteração da imagem corporativa do Montepio, ePessoal – Serviços (+25,0%), cujo aumento está relacionadocom os encargos pelos serviços de mão de obra eventual. OsGastos com o Negócio observaram uma evolução inversa,com decréscimo de 148 milhares de euros (-1,6%).

A variação verificada na componente de Informática e nosgastos com Consultadoria Externa estão relacionados com osprojectos de modernização tecnológica, designadamente noâmbito da aquisição e do desenho de novos programas desoftware e reestruturação de serviços, prevendo-se a conti-nuação deste esforço de modernização com impacto nestarubrica, face a novas exigências de negócio e prudenciais.

As Amortizações do Exercício atingiriam o valor de 12 884milhares de euros, com um acréscimo homólogo de 1 799milhares de euros (+16,2%). Tal acréscimo foi originado,principalmente, pelas Amortizações de Software, que au-mentaram 1 433 milhares de euros (+49,7%).

GASTOS COM PESSOAL(milhares de euros)

RUBRICA2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Gastos com Pessoal

Remuneração dos Órgãos de Gestão 1 263 1 061 202 19,1

Remuneração dos Empregados 97 910 93 101 4 809 5,2

Encargos Sociais Obrigatórios 34 868 32 407 2 461 7,6

Outros Custos com Pessoal 6 749 1 799 4 950 275,1

TOTAL 140 790 128 368 12 422 9,7

GASTOS COM FORNECIMENTOS E SERVIÇOS(milhares de euros)

RUBRICA2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Gastos com Fornecimentos e Serviços

Fornecimentos 5 297 4 857 440 9,1

Informática 18 175 17 002 1 173 6,9

Negócio 9 096 9 244 -148 -1,6

Instalações 18 748 17 280 1 468 8,5

Publicidade e Similares 13 420 10 689 2 731 25,5

Pessoal – Serviços 7 322 5 859 1 463 25,0

Consultadoria Externa 4 163 3 797 366 9,6

Outros Serviços de Terceiros 1 247 920 327 35,6

TOTAL 77 468 69 648 7 820 11,2

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O rácio Cost-to-Income, que mede o peso relativo dosGastos Operacionais no Produto Bancário, inverteu o seusentido descendente, verificado em 2005, e evoluiu de

60,2%, em 2005, para 62,8%, em 2006, o que traduz umagravamento de 2,3 p.p.

As alterações anteriormente mencionadas, referentes a:

• Variação negativa em diversas rubricas componentes do Resultado de Serviço Prestado a Clientes, no valor de cerca11 500 milhares de euros;

• Alteração na contabilização dos Gastos com pessoal – prémio de Antiguidade, no valor de 4 305 milhares de euros,

influenciaram o crescimento do rácio Cost-in-Income emcerca de 3 pontos percentuais. Considerando tratar-se dealterações isoladas dos fluxos correntes de actividade, por-tanto não repetíveis, e o facto da variação final do rácio tersido de 2,6 pontos percentuais, pode inferir-se que a evo-lução do rácio se verificou dentro do que era expectável enão foi agravado por alterações estruturais das condiçõesde funcionamento.

8.10.2.9. Provisões e Imparidade

O saldo das Provisões ascendeu a 330 852 milhares deeuros, no final de 2006, traduzindo um decréscimo de

74 029 milhares de euros (-18,3%), face ao valor regista-do um ano antes.

As Provisões totais para Crédito, que pesavam 91,9% nototal, em 31 de Dezembro de 2006, registaram, no seuconjunto, uma evolução homóloga de -72 903 milhares deeuros (-19,3%), por efeito dos decréscimos das Provisõesespecíficas para Crédito Vencido e para Crédito de Cobran-ça Duvidosa, e depois de terem absorvido o acréscimo de8 272 milhares de euros (+10,4%) nas Provisões para Ris-cos Gerais de Crédito.

Das restantes Provisões, as Provisões para Imóveis deNegociação (3,4% do total) têm o peso mais significativo,

AMORTIZAÇÕES(milhares de euros)

RUBRICA2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

Amortizações:

Activos Intangíveis 4 319 2 886 1 433 49,7

Software 4 319 2 886 1 433 49,7

Activos Tangíveis 8 565 8 199 366 4,5

Imóveis 3 753 4 021 -268 -6,7

Equipamento 4 812 4 178 634 15,2

TOTAL 12 884 11 085 1 799 16,2

EVOLUÇÃO DO RÁCIO COST TO INCOME

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Em consequência do decréscimo homólogo verificado nas Provisões Totais:

• A taxa de cobertura do Activo Bruto pelas Provisões Totais evoluiu de 2,8%, no final de 2005, para 2,1%, no finalde 2006, variando em -0,7 p.p.;

• As taxas de cobertura do Crédito Vencido Total e Vencido com mais de 3 meses, por Provisões, deterioraram-se,observando-se que a taxa de cobertura do Crédito Vencido Total evoluiu de 113,7% para 102,6%, o que traduz umavariação homóloga de -11,1 p.p., e a taxa de cobertura do Crédito Vencido com mais de 3 meses diminuiu, de 125,1%para 117,0%, registando uma variação homóloga de -8,1 p.p.;

• A taxa de cobertura dos Títulos também diminuiu (-0,3 p.p.);

• Apenas a taxa de cobertura dos Imóveis de Negociação aumentou, em 1,5 p.p.

8.10.3. RENDIBILIDADE (ROE E ROA)

Os principais indicadores de rendibilidade reflectem a evo-lução positiva da performance da CEMG no exercício de2006. A rendibilidade do activo líquido médio (ROA) situou-

O risco potencial que possa ter decorrido da diminuição dograu de cobertura dos activos pelas provisões, surge anula-do pela redução do rácio de crédito e juros vencidos, quese verificou em relação a todos os componentes do activoabrangidos.

EVOLUÇÃO DAS PROVISÕES E IMPARIDADE POR TIPOS DE RISCOS(milhares de euros)

TIPOS PROVISÕES2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

1 – Crédito 304 134 91,9 377 037 93,1 -72 903 -19,3

1.1 – Vencido 160 587 48,5 228 371 56,4 -67 784 -29,7

1.2 – Cobrança Duvidosa 51 592 15,6 65 259 16,1 -13 667 -20,9

1.3 – Regularização 4 161 1,3 3 885 1,0 276 7,1

1.4 – Riscos Gerais Crédito 87 794 26,5 79 522 19,6 8 272 10,4

2 – Risco País 576 0,2 935 0,2 -359 -38,4

3 – Títulos 7 838 2,4 8 374 2,1 -536 -6,4

4 – Imóveis de Negociação 11 106 3,4 10 453 2,6 653 6,3

5 – Riscos Diversos 4 008 1,2 3 683 0,9 325 8,8

6 – Outras Aplicações 2 220 0,7 2 929 0,7 -709 -24,2

7 – Outros Riscos e Encargos 970 0,3 1 470 0,4 -500 -34,0

TOTAL 330 852 100,0 404 881 100,0 -74 029 -18,3

RÁCIOS DE COBERTURA2006 2005 Variação

% % p.p.

Provisões Totais Crédito / Crédito Vencido Total 102,6 113,7 -11,1

Provisões Totais Crédito / Crédito Vencido > 3 Meses 117,0 125,1 -8,1

Provisão para Títulos / Carteira de Títulos 0,8 1,1 -0,3

Provisão Imóveis de Negociação / Imóveis de Negociação 11,5 10,0 1,5

Provisões Totais / Activo Bruto 2,1 2,8 -0,7

e observaram um crescimento homólogo de 6,3%, asProvisões para Títulos (2,4% do total) registaram uma

evolução homóloga, de -6,4%, e as Provisões para RiscosDiversos (1,2% do total) aumentaram 8,8%.

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100

-se em 0,41%, um valor superior em 0,07 p.p. ao obtidoem 2005 e, por sua vez, a rendibilidade dos recursos pró-

prios (ROE) alcançou a taxa de 7,75%, registando um au-mento de +1,08 p.p.

DECOMPOSIÇÃO DO ROA E DO ROE

RUBRICAS2006 2005 Variação

% % p.p.

(+) Rácio de Juros e Proveitos Equiparados 4,60 4,52 0,08

(–) Rácio de Juros e Custos Equiparados 2,51 2,48 0,03

(+) Rácio de Prestação de Serviços a Clientes 0,46 0,56 -0,10

(+) Rácio de Operações de mercado -0,07 0,02 -0,09

(+) Rácio de reposição e anulação Provisões 1,42 0,86 0,56

(–) Rácio de Constituição de Provisões 1,95 1,56 0,39

(–) Rácio de Gastos com Fornecimentos e Serviços 0,53 0,55 -0,02

(–) Rácio de Gastos com Pessoal 0,96 0,97 -0,01

(–) Rácio de Amortizações 0,09 0,08 0,01

(+) Rácio de Outros Prov. Líquidos 0,04 0,02 0,02

(=) ROA 0,41 0,34 0,07

(x) Multiplicador (Activo Líquido Médio/Recursos Próprios Médios) 18,89 19,40 -0,51

(=) ROE 7,75 6,67 1,08

Considerando que o multiplicador registou um pequenodecréscimo, a subida do ROE está directamente relaciona-da com a subida do ROA, que, por sua vez, teve na repo-sição de provisões o mais significativo contributo.

8.10.4. INDICADORES DE EFICIÊNCIA EFUNCIONAMENTO

Os Indicadores de Eficiência e Funcionamento apresenta-ram um comportamento diverso, sendo que o Cost-to--Income registou um agravamento homólogo de 2,30 p.p.,

como já foi referido, os Gastos com Pessoal tambémaumentaram o seu peso relativo no Produto Bancário em1,57 p.p., enquanto que os Gastos de Funcionamento me-lhoraram, em -0,03 p.p., a relação com Activo LíquidoMédio, registando o valor de 1,49%. Por seu turno, o Acti-vo Líquido Médio por Trabalhador fixou-se em 5 543 mi-lhares de euros, melhorando em 960 milhares de euros(+20,9%), tendo o Número Médio de Trabalhadores porBalcão aumentado ligeiramente, cifrando-se em cerca de10 trabalhadores.

INDICADORES DE EFICIÊNCIA E FUNCIONAMENTO

INDICADORES 2006 2005 Variação

Gastos Operacionais / Produto Bancário (cost to income) (%) * 62,82 60,52 2,30 p.p.

Gastos com Pessoal / Produto Bancário (%) * 38,26 36,69 1,57 p.p.

Gastos de Funcionamento / Activo Líquido Médio (%) 1,49 1,52 -0,03 p.p.

Activo Líquido Médio / N.º Médio Trabalhadores (m.€) 5 543 4 583 960

N.º Trabalhadores / Balcão (Quantidade) 9,89 9,67 0,22

* De acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal

8.11. FUNDO DE PENSÕES

O Fundo de Pensões do Montepio, destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência dostrabalhadores da CEMG e do MG-AM, registou a seguinte evolução:

• As responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência situavam-se nos 506 395 milhares de euros, no finalde 2006, traduzindo um acréscimo de 38 259 milhares de euros (+8,2%), face ao final de 2005, em que totalizavam468 136 milhares de euros;

• O valor dos activos do fundo subiu de 327 721 para 374 401 milhares de euros (+14,2%). Este crescimento deve--se ao facto de terem sido, ao longo do ano, realizadas contribuições, no montante de 36 195 milhares de euros, e

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pagas pensões, no valor de 9 097 milhares de euros, a que acresceu o rendimento líquido dos activos do fundo, de19 560 milhares de euros;

• O financiamento do fundo de pensões respeita os limites fixados pelo Banco de Portugal, decorrentes da transiçãopara as IAS, situando-se a cobertura das responsabilidades pelos activos do fundo nos 73,9%, no final de 2006, valorque compara com 70,0%, no final de 2005;

• A rendibilidade do fundo de pensões, no exercício de 2006, situou-se nos 6%.

Nesta conformidade, a Caixa Económica Montepio Geraladoptou, na elaboração das suas Demonstrações Financei-ras Consolidadas, as Normas Internacionais de Contabili-dade, a contar de 1 de Janeiro de 2005.

Relativamente às Contas Individuais, o Banco de Portugal,através do Aviso 1/2005, veio permitir que, transitoria-mente, durante o exercício iniciado em 1 de Janeiro de2005, as instituições de crédito continuassem a elaborar asdemonstrações financeiras em base individual, de harmo-nia com as normas constantes da Instrução n.º 4/96 – Planode Contas para o Sistema Bancário.

A Caixa Económica Montepio Geral optou por manter, noperíodo transitório, a apresentação das suas contas indivi-duais de harmonia com a Instrução n.º 4/96-PCSB, tendopassado a adoptar as Normas de Contabilidade Ajustadas,a que se referem os números 2.º e 3.º do Aviso 1/2005, doBanco de Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2006.

O Regulamento n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu edo Conselho, de 19 de Julho de 2002, relativo à aplicaçãodas normas internacionais de contabilidade, determinou,no seu artigo 4.º, que, em relação a cada exercício finan-ceiro com início em ou após 1 de Janeiro de 2005, associedades cujos valores mobiliários estivessem admitidos ànegociação num mercado regulamentado de qualquerEstado Membro elaborassem as suas contas consolidadasem conformidade com as Normas Internacionais de Conta-bilidade (NIC) – International Accounting Standards/ Inter-national Financial Reporting Standards (IAS/IFRS).

O mesmo Regulamento estabeleceu que os Estados Mem-bros podiam permitir ou exigir que as contas individuaisdas sociedades e as contas consolidadas de sociedadescujos valores mobiliários não estivessem admitidos à nego-ciação num mercado regulamentado fossem elaboradasem conformidade com as normas internacionais de con-tabilidade.

8.12. TRANSIÇÃO PARA AS IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS)

EVOLUÇÃO E IMPACTO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS NO FUNDO DE PENSÕES(milhares de euros)

VARIÁVEIS 2006 2005Variação

Valor %

1 Responsabilidades passadas 506 395 468 136 38 259 8,2

2 Valor do Fundo 374 401 327 721 46 680 14,2

3 Grau de Cobertura (2:1) 73,9% 70,0% 3,9 p.p.

4 Financiamento do Fundo

4.1. Responsabilidades dispensadas de financiamento 18 329 16 535

4.2. Responsabilidades de financiamento diferido – impacto das IAS 72 724 95 112

4.3. Responsabilidades de financiamento diferido – Tábua de Mortalidade 41 405 43 585

4.4. Financiamento exigível actual (1-4.1-4.2-4.3) 373 937 312 904 61 033 19,5

4.5. Grau de Cobertura Financiamento exigível (2:4.4) 100,1% 104,7% -4,6 p.p.

5 Reconhecimento das Responsabilidades

5.1 Reconhecimento diferido 130 449 158 525 -28 076 -17,7

Das quais:

5.1.1. Englobadas no corredor 41 405 43 585

5.1.2. Excluídos do corredor 21 621 19 828

5.2. Reconhecimento em Resultados Transitados 67 423 95 112

6 Reconhecimento do impacto em Fundos Próprios 89 044 138 697 -49 653 -35,8

6.1. Sem diferimento - excesso ao corredor (5.1.2) 21 621 19 828

6.2 Com diferimento e faseado

6.2.1. Impacto reconhecido e deduzido 13 217 40 649

6.2.2. Impacto diferido a reconhecer 54 206 78 220

7 Dedução aos Fundos Próprios (6.1+6.2.1) 34 838 60 477 -25 639 -42,4

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Para permitir uma correcta comparabilidade dos valoresrelativos a 31.12.2006 e 31.12.2005, as rubricas do anoanterior foram reclassificadas de harmonia com o novo

modelo de Demonstrações Financeiras introduzidas pelasNormas de Contabilidade Ajustadas.

8.13. RATING

A CEMG vem sendo avaliada, para efeitos de notação de rating, por duas das mais prestigiadas agências de rating inter-nacionais: a Fitch Ratings e a Moody’s. As últimas notações de rating atribuídas são as seguintes:

No que respeita à avaliação e notação mais recente, realiza-da pela Fitch Ratings durante 2006, há a destacar a melho-ria do Outlook, de negativo para estável, enquanto que a

classificação atribuída não sofreu alteração (F2 no curtoprazo e A- no longo prazo).

A melhoria do Outlook pela Fitch é fundamentada nos seguintes factos:

• aumento da rendibilidade da CEMG nos últimos dois anos;

• focagem no cross-selling de produtos e serviços do Grupo;

• controlo dos custos;

• desempenho global em relação ao contexto.

A notação atribuída (e mantida) é justificada da seguinte forma:

• baixo risco da actividade de crédito à habitação;

• capital de base relativamente confortável;

• forte especialização num nicho de mercado;

• razoável qualidade dos activos, com uma boa cobertura, por provisões, do crédito em incumprimento.

NOTAÇÕES DE RATING

AGÊNCIAS DE RATING Curto Prazo Longo Prazo

Fitch Ratings F2 A-

Moody's P-1 A3

8.14. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS

Os Fundos Próprios Elegíveis e os Rácios Prudenciais cumprem, confortavelmente, os limites definidos pela Autoridade deSupervisão.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS DE SOLVABILIDADE, LIQUIDEZ E IMOBILIZADO(milhares de euros)

INDICADORES2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

1. Fundos Próprios Elegíveis 1 131 455 1 010 927 120 528 11,9

(+) Capital Institucional 585 000 485 000 100 000 20,6

(+) Reservas e Resultados 245 923 219 963 25 960 11,8

(–) Deduções Regulamentares 64 984 75 962 -10 978 -14,5

(=) Fundos Próprios de Base 765 939 629 001 136 938 21,8

(+) Fundos Próprios Complementares 400 425 397 902 2 523 0,6

(–) Outras deduções 34 909 15 976 18 933 118,5

2. Fundos Próprios Mínimos Requeridos 841 738 753 365 88 373 11,7

3. Rácios

Solvabilidade (limite BdP: 8%) 10,75% 10,74% 0,01 p.p.

Tier 1 (limite BdP: 4%) 7,28% 6,68% 0,60 p.p.

Liquidez (limite BdP: 90%) 97,33% 98,78% -1,45 p.p.

Imobilizado (limite BdP: 100%) 13,18% 13,68% -0,50 p.p.

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Os Fundos Próprios Elegíveis evoluíram de 1 010 927 mi-lhares de euros, no final de 2005, para 1 131 455 milharesde euros, no final de 2006, o que representa um acréscimode 120 528 milhares de euros (+11,9%).

Esta evolução deveu-se ao reforço substancial (+21,8%)dos Fundos Próprios de Base, que ganharam peso relativo(de 62,2%, no final de 2005, para 67,7%, no final de2006) em detrimento dos Fundos Próprios Complemen-tares.

Os Fundos Próprios de Base foram reforçados com umaumento de 100 000 milhares de euros de Capital Institu-cional, 25 960 milhares de euros de acréscimo de Reservase Resultados e redução, em 10 978 milhares de euros, rela-tivos a deduções regulamentares, compreendendo activosintangíveis (anteriores imobilizações incorpóreas), reconhe-cimento da 2.ª tranche do acréscimo das responsabilidadespara com o Fundo de Pensões e o impacto resultante dasalterações de políticas contabilísticas decorrentes da adesãoda CEMG às NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

Os Fundos Próprios Complementares mantiveram o seuvalor praticamente estável, tendo a emissão de uma novatranche de obrigações subordinadas por prazo determina-do, no valor de 50 000 milhares de euros, compensado aliquidação de igual montante relativa a obrigações subordi-nadas de prazo indeterminado.

O Rácio de Solvabilidade apurado situou-se nos 10,75%,no final de 2006, não se alterando relativamente ao anoanterior, mantendo uma confortável margem, de 2,75 p.p.,sobre o valor mínimo exigido.

A componente do Rácio de Solvabilidade relativa aos Fun-dos Próprios de Base («Tier 1»), que deve respeitar o míni-mo de 4%, registou um valor de 7,28%, o que representauma melhoria de 0,60 p.p., face a 2005, em resultado doreforço significativo dos Fundos Próprios de Base.

O Rácio de Liquidez, embora registe uma trajectória decrescenterelativamente ao ano anterior, atingiu um valor de 97,33%, nofinal de 2006, superior ao mínimo exigido de 90%.

O Rácio do Imobilizado situava-se nos 13,18%, no final de 2006, muito abaixo do seu limite máximo, que é de 100%.

8.15. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Dando cumprimento ao disposto na alínea b) do número 1 do Artigo 23.º dos Estatutos da Caixa Económica Montepio Geral,o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação dos Resultados de 60 154 milhares de euros gera-dos em 2006 (corrigidos do montante de -24 739 milhares de euros imputados a Resultados Transitados):

A imputação aos Resultados Transitados corresponde àsegunda prestação do plano de amortização a que se refe-re o n.º 13-A do Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, rela-tivo aos Fundos de Pensões, com as alterações introduzidaspelo Aviso 4/2005, do Banco de Portugal.

Aquele plano de amortização resulta do impacto, apuradocom referência a 31.12.2004, decorrente da transição para

as IAS, o qual contempla a anulação dos valores contabi-lizados no Corredor e em Custos Diferidos, para além doefeito do acréscimo de responsabilidades provocado pelaalteração de pressupostos actuariais, entre os quais se in-cluem os cuidados médicos pós-emprego, que anterior-mente só eram reconhecidos no momento do seu paga-mento.

(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO Valor

PARA RESERVA LEGAL 12 031

PARA RESERVA ESPECIAL 3 007

A TRANSFERIR PARA O MONTEPIO GERAL – ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA 20 377

RESULTADOS DISTRIBUÍDOS 35 415

Transferência para Resultados Transitados (Aviso 12/2001 BdP) 24 739

RESULTADOS TOTAIS 60 154

SOLVABILIDADE (óptica do Banco de Portugal) LIQUIDEZ (óptica do Banco de Portugal)

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8.16. BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

8.16.1. BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

2006 2005

ACTIVO IMPARIDADES ACTIVO ACTIVOBRUTO AMORTIZAÇÕES LÍQUIDO LÍQUIDO

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 242 772 242 772 207 707

Disponibilidades em outras instituições de crédito 75 321 75 321 94 396

Activos financeiros detidos para negociação 20 454 20 454

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 3 096 3 096

Activos financeiros disponíveis para venda 890 238 890 238 680 474

Aplicações em instituições de crédito 671 016 576 670 440 910 571

Crédito a clientes 13 157 903 216 340 12 941 563 11 533 418

Investimentos detidos até à maturidade 36 044 36 044 34 903

Derivados de cobertura 9 031 9 031 27 269

Activos não correntes detidos para venda 103 964 13 326 90 638 99 566

Outros activos tangíveis 167 173 88 145 79 028 80 402

Activos intangíveis 29 701 18 443 11 258 5 551

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 28 236 28 236 26 269

Outros activos 124 769 124 769 250 467

TOTAL DE ACTIVO 15 559 718 336 830 15 222 888 13 950 993

PASSIVOPassivos financeiros detidos para negociação 38 564 38 564

Recursos de outras instituições de crédito 1 119 856 1 119 856 937 553

Recursos de clientes e outros empréstimos 8 048 370 8 048 370 7 550 069

Responsabilidades representadas por títulos 4 670 843 4 670 843 4 080 422

Derivados de cobertura 7 340 7 340 9 369

Provisões 92 772 92 772 84 675

Outros passivos subordinados 301 229 301 229 310 649

Outros passivos 121 739 121 739 287 485

TOTAL DE PASSIVO 14 400 713 14 400 713 13 260 222

CAPITALCapital 585 000 585 000 485 000

Reservas de reavaliação 15 990 15 990 8 404

Outras reservas e resultados transitados 161 031 161 031 152 055

Resultado do exercício 60 154 60 154 45 312

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO 822 175 822 175 690 771

TOTAL DE PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 15 222 888 15 222 888 13 950 993

Lisboa, 1 de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias José da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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8.16.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005(milhares de euros)

2006 2005

Juros e rendimentos similares 674 608 599 411

Juros e encargos similares 368 587 329 404

MARGEM FINANCEIRA 306 021 270 007

Rendimentos de instrumentos de capital 1 798 3 013

Rendimentos de serviços e comissões 70 348 63 344

Encargos com serviços e comissões 9 598 9 414

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados -12,076 -79

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda -252 341

Resultados de reavaliação cambial 1 878 2 223

Resultados de alienação de outros activos 3 299 5 363

Outros resultados de exploração 6 531 12 400

PRODUTO BANCÁRIO 367 949 347 198

Custos com pessoal 140 790 128 368

Gastos gerais administrativos 77 468 69 648

Amortizações do exercicio 12 884 11 085

Provisões líquidas de reposições e anulações 8 097 6 447

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 67 440 80 406

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 88 -15

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 1 028 5 947

RESULTADO 60 154 45 312

Lisboa, 1 de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias José da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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106

8.16.3. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

RUBRICAS 2006 2005

1 – JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES 674 608 599 411

– De Disponibilidades 4 157 3 022

– De Aplicações 639 152 508 305

– De Outros Juros e Proveitos 31 299 88 084

2 – JUROS E ENCARGOS SIMILARES 368 587 329 404

– De Recursos Alheios 337 037 254 177

– De Capitais Próprios e Equiparados 12 582 10 632

– De Outros Juros e Custos 18 968 64 594

3 – MARGEM FINANCEIRA (1–2) 306 021 270 007

4 – COMISSÕES E OUTROS RENDIMENTOS E RECEITAS 89 912 91 001

– Outras Comissões Recebidas 70 348 63 345

– Outros Rendimentos e Receitas 19 564 27 657

5 – COMISSÕES E OUTROS ENCARGOS E GASTOS 19 024 18 936

– Outras Comissões Pagas 9 598 9 414

– Outros Encargos e Gastos 9 426 9 522

6 – RESULTADO DO SERVIÇO PRESTADO A CLIENTES (4–5) * 70 888 72 066

7 – GANHOS EM OPERAÇOES FINANCEIRAS 136 673 7 241

8 – PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS 147 431 5 129

9 – RENDIMENTO DE APLICAÇÕES DE TÍTULOS 1

10 – RESULTADO GERADO POR OPERAÇÕES DE MERCADO (7–8+9) –10 757 2 112

11 – RENDIMENTO DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 1 797 3 014

12 – PRODUTO BANCÁRIO DE EXPLORAÇÃO (3+6+10+11) 367 949 347 198

13 – CUSTOS DE FUNCIONAMENTO 218 258 198 016

– Gastos com Pessoal 140 790 128 368

– Gasto Gerais Administrativos com Fornecimentos 5 297 4 857

– Gasto Gerais Administrativos com Serviços 72 171 64 791

14 – DOTAÇÃO P/AMORTIZAÇÕES 12 884 11 085

15 – RESULTADO BRUTO OPERACIONAL (12 – 13 – 14) 136 807 138 097

16 – DOTAÇÃO PARA PROVISÕES 76 653 92 785

– Dotações 285 547 205 690

– Reposições 208 894 112 905

17 – RESULTADO LÍQUIDO (15 – 16) 60 154 45 312

* Inclui Resultado Líquido de Venda de Imóveis para Negociação

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107(milhares de euros)

2006 2005

Fluxos de caixa de actividades operacionaisJuros recebidos 651 315 601 016Comissões recebidas 54 590 63 265Pagamento de juros (364 733) (332 624)Pagamento de comissões (10 107) (9 441)Despesas com pessoal e fornecedores (247 147) (183 588)Recuperação de crédito e juros 1 254 985Outros pagamentos e recebimentos (29 370) 16 554

55 802 156 167(Aumentos) / diminuições de activos operacionais

Créditos sobre instituições de crédito e clientes (1 236 981) (1 032 902)Outros activos 29 191 11 557

(1 207 790) (1 021 345)(Aumentos) / diminuições de passivos operacionais

Recursos para com clientes 460 705 58 360Recursos para com instituições de crédito 221 318 100 819

682 023 159 179

(469 965) (705 999)Fluxos de caixa de actividades de investimento

Dividendos recebidos 1 798 3 013(Compra) / Venda de activos financeiros de negociação (3 746) –(Compra) / Venda de activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 824 –(Compra) / Venda de activos financeiros disponíveis para venda (201 690) (398 278)(Compra) / Venda de derivados de cobertura (88) –(Compra) / Venda de activos financeiros detidos até à maturidade (1 141) (34 171)(Compra) / Venda de investimentos em associadas (1 967) 8 968Depósitos detidos com fins de controlo monetário (17 269) 33 751Alienação de imobilizações 3 233 194Aquisição de imobilizações (20 208) (8 261)

(240 254) (394 784)Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Distribuição de resultados (11 597) (24 782)Aumento de capital 100 000 40 000Emissão de obrigacões de caixa e títulos subordinados 1 388 770 1 793 145Reembolso de obrigacões de caixa e títulos subordinados (809 976) (654 952)Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo 41 743 –

708 940 1 153 411

Variação líquida em caixa e equivalentes (1 279) 52 628

Caixa e equivalentes no início do exercício 149 912 97 284

Caixa (nota 15) 55 516 50 711

Disponibilidades em outras instituições de crédito (nota 16) 94 396 46 573

Caixa e equivalentes no fim do exercício 148 633 149 912

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais

8.17. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA E MAPA DE ALTERAÇÕES NA SITUAÇÃOLÍQUIDA PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

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108

MAPA DE ALTERAÇÕES NA SITUAÇÃO LÍQUIDA PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

Total da Reservasituação Capital geral

Outras Reservas de Resultados

líquida especialreservas justo valor acumulados

Saldos em 1 de Janeiro de 2005 652 628 445 000 166 181 8 404 – 33 043

Constituição de reservas

Reserva geral – – 6 609 – – (6 609)

Reserva especial – – 1 652 – – (1 652)

Aumento de capital 40 000 40 000 – – – –

Distribuição de resultados (24 782) – – – – (24 782)

Impacto da aplicação da IAS 19 (22 387) – – – – (22 387)

Resultado do exercício 45 312 – – – – 45 312

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 690 771 485 000 174 442 8 404 – 22 925

Impacto da aplicação da IAS 32 e 39 (5 886) – – – – (5 886)

684 885 485 000 174 442 8 404 – 17 039

Constituição de reservas

Reserva geral – – 9 062 – – (9 062)

Reserva especial – – 2 266 – – (2 266)

Aumento de capital 100 000 100 000 – – – –

Distribuição de resultados (11 597) – – – – (11 597)

Reservas de justo valor 7 586 – – – 7 586 –

Impacto da aplicação da IAS 19 (18 853) – – – – (18 853)

Resultado do exercício 60 154 – – – – 60 154

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 822 175 585 000 185 770 8 404 7 586 35 415

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais

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1091. Políticas contabilísticas

1.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

A Caixa Económica Montepio Geral (adiante designada por«Caixa») é uma instituição de crédito, anexa ao MontepioGeral – Associação Mutualista, tendo sido constituída em24 de Março de 1844. Está autorizada a operar no âmbitodo disposto no Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezem-bro, bem como do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio,que regulamenta a actividade das caixas económicas, esta-belecendo algumas restrições à sua actividade. Porém, aCaixa pode realizar operações bancárias mesmo para alémdas enunciadas nos seus Estatutos, desde que generica-mente autorizadas pelo Banco de Portugal, o que na práti-ca se traduz na possibilidade de realizar a universalidadedas operações bancárias.

As demonstrações financeiras agora apresentadas foramaprovadas pelo Conselho de Administração da Caixa em1 de Março de 2007. As demonstrações financeiras sãoapresentadas em euros, arredondadas ao milhar mais pró-ximo.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606//2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 deJulho de 2002, na sua transposição para a legislação Por-tuguesa através do Decreto Lei n.º 35/2005, de 17 de Feve-reiro, as demonstrações financeiras da Caixa passaram aser preparadas de acordo com as Normas de ContabilidadeAjustadas emitidas pelo Banco de Portugal que têm comobase a aplicação das Normas Internacionais de RelatoFinanceiro («IFRS») em vigor e adoptadas pela União Euro-peia, com excepção das matérias definidas nos n.º 2.º e 3.ºdo Aviso n.º 1/2005 e n.º 2 do Aviso n.º 4/2005 do Bancode Portugal («NCA’s»). As NCA’s incluem as normas emiti-das pelo International Accounting Standards Board(«IASB») bem como as interpretações emitidas pelo Inter-national Financial Reporting Interpretations Committee(«IFRIC») e pelos respectivos órgãos antecessores comexcepção dos aspectos já referidos definidos nos Avisosn.º 1/2005 e n.º 4/2005 do Banco de Portugal: i) valorime-tria e provisionamento do crédito concedido, relativamenteao qual se manterá o actual regime, ii) benefícios aosempregados, através do estabelecimento de um períodopara diferimento do impacto contabilístico decorrente datransição para os critérios da IAS 19 e iii) restrição de apli-cação de algumas opções previstas nas IFRS.

As demonstrações financeiras da Caixa para o exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2006 foram preparadas em

8.18. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASNOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

conformidade com as NCA’s emitidas pelo Banco de Por-tugal e em vigor nessa data.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordocom o princípio do custo histórico, modificado pela apli-cação do justo valor para os instrumentos financeiros deri-vados, activos e passivos financeiros detidos para negocia-ção e activos financeiros disponíveis para venda exceptoaqueles para os quais o justo valor não está disponível. Osactivos e passivos que se encontram cobertos no âmbito dacontabilidade de cobertura são apresentados ao justo valorrelativamente ao risco coberto. Os outros activos e passivosfinanceiros e activos e passivos não financeiros são regista-dos ao custo amortizado ou custo histórico. Activos nãocorrentes detidos para venda são registados ao menor doseu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respec-tivos custos de venda.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foramaplicadas para o período de um ano findo em 31 de De-zembro de 2006. Para efeitos de comparabilidade deve serconsiderado o facto de as demonstrações financeiras apre-sentadas com referência a 31 de Dezembro de 2005 teremsido preparadas de acordo com os princípios contabilísticosgeralmente aceites em Portugal para o sector bancário.

A preparação das demonstrações financeiras anuais deacordo com as NCA’s requer que o Conselho de Admi-nistração formule julgamentos, estimativas e pressupostosque afectam a aplicação das políticas contabilísticas e ovalor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimati-vas e pressupostos associados são baseados na experiênciahistórica e noutros factores considerados razoáveis deacordo com as circunstâncias e formam a base para os jul-gamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valo-rização não é evidente através de outras fontes. Os resulta-dos reais podem diferir das estimativas. As questões querequerem um maior índice de julgamento ou complexi-dade, ou para as quais os pressupostos e estimativas sãoconsiderados significativos, são apresentados na nota 1.20.

Transição para as NCA’s

Estas são as primeiras demonstrações financeiras da Caixade acordo com as NCA’s, tendo os ajustamentos de tran-sição, com referência a 1 de Janeiro de 2006, sido determi-nados de acordo com os princípios aplicáveis da IFRS 1.A reconciliação entre as respectivas situações líquidas defi-nidas pela IFRS 1 é apresentada na nota 38.

Na preparação das demonstrações financeiras na data de transição, com referência a 1 de Janeiro de 2006, a Caixa decidiuoptar por uma das excepções permitidas pela IFRS 1, apresentada conforme segue:

i) Valorização dos activos fixos tangíveis

A Caixa decidiu considerar como custo dos activos fixos tangíveis o valor de balanço determinado em conformidadecom as políticas contabilísticas anteriormente aplicadas pela Caixa.

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110

1.2. CRÉDITOS A CLIENTES

A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos origina-dos pela Caixa, para os quais não existe uma intenção devenda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado nadata em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nasseguintes situações: (i) os direitos contratuais da Caixa ex-

piram; ou (ii) a Caixa transferiu substancialmente todos osriscos e benefícios associados.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justovalor, acrescido dos custos de transacção e é subsequente-mente valorizado ao custo amortizado, com base no méto-do da taxa efectiva, sendo apresentado em balanço dedu-zido de perdas de imparidade.

Imparidade

Conforme referido na política contabilística descrita na nota 1.1, a Caixa aplica nas suas contas as NCA’s pelo que, deacordo com o definido nos n.º 2 e 3 do Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédi-to concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores,como segue:

i) Provisão específica para crédito concedido

A provisão específica para crédito concedido é baseada na avaliação dos créditos vencidos incluindo os créditos vin-cendos associados, destinando-se a cobrir créditos de risco específico, sendo apresentada como dedução ao créditoconcedido. A avaliação desta provisão é efectuada periodicamente pela Caixa, tomando em consideração a existênciade garantias reais, o período de incumprimento e a actual situação financeira do cliente.

A provisão específica assim calculada assegura o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugalatravés dos Avisos n.º 3/95, de 30 de Junho de 1995, n.º 7/00 de 27 de Outubro e n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003.

ii) Provisão para riscos gerais de crédito

Esta provisão destina-se a cobrir riscos potenciais existentes em qualquer carteira de crédito concedido, incluindo oscréditos por assinatura, mas que não foram identificados como de risco específico, encontrando-se registada no pas-sivo.

A provisão para riscos gerais de crédito é constituída com base no disposto nos Avisos n.º 3/95, de 30 de Junho de1995, n.º 2/99, de 15 de Janeiro de 1999 e n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003, do Banco de Portugal.

iii) Provisão para risco país

A provisão para risco país é constituída de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95 de 30 de Junho do Banco dePortugal, sendo calculada segundo as directrizes da Instrução n.º 94/96, de 17 de Junho, do Boletim de Normas eInstruções do Banco de Portugal, incluindo as alterações, de Outubro de 1998, ao disposto no número 2.4 da referi-da Instrução.

iv) Anulação contabilística de créditos (write-offs)

A anulação contabilística de créditos é feita pela utilização de provisões para crédito quando estas, de acordo com oscritérios definidos nesta política, correspondem a 100% do valor dos créditos e correspondem a créditos nãoarrematados.

1.3. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

i) Classificação

Os instrumentos financeiros de negociação são os instru-mentos detidos pela Caixa com o objectivo principal degerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designa-dos como instrumentos de cobertura. As flutuações nojusto valor dos referidos instrumentos são reconhecidas emresultados do exercício. Os derivados de negociação comum justo valor positivo são incluídos na rubrica Activosfinanceiros detidos para negociação, sendo os derivados denegociação com justo valor negativo incluídos na rubricapassivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ou passivos financeiros pelo justovalor através de resultados são activos financeiros ou passi-vos financeiros que são considerados de negociação quan-

do o objectivo principal é de gerar lucro a curto prazo eincluindo derivados não designados como instrumentos decobertura ou no momento do reconhecimento inicial sãodesignados pela entidade pelo justo valor através de resul-tados. As flutuações no justo valor dos referidos instrumen-tos são reconhecidas em resultados do exercício.

Os instrumentos financeiros detidos até à maturidade sãoactivos financeiros não derivados com pagamentos fixadosou determináveis e maturidades definidas, que a Caixa temintenção e capacidade de deter até à maturidade.

Os activos financeiros disponíveis para venda são activosfinanceiros que não se enquadram na definição de deriva-dos e que não são classificados como investimentos detidosaté à maturidade ou instrumentos financeiros de negocia-ção. Os activos financeiros disponíveis para venda inclueminstrumentos de capital e dívida.

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Os outros passivos financeiros são todos os passivos finan-ceiros que não se encontram registados na categoria depassivos financeiros de negociação. Esta categoria incluitomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e deoutras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros.

ii) Data de reconhecimento

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na datada realização das operações.

iii) Activos e passivos financeiros de negociação

Os activos e passivos financeiros adquiridos ou emitidoscom o objectivo de venda ou recompra no curto prazo,nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções,ou que façam parte de uma carteira de instrumentos finan-ceiros identificados que são geridos em conjunto e para osquais existe evidência de um modelo real recente de toma-da de lucros no curto prazo ou que se enquadrem nadefinição de derivado (excepto no caso de um derivado queseja um instrumento de cobertura e eficaz) são classificadoscomo de negociação. Os activos e passivos financeiros denegociação são reconhecidos inicialmente ao seu justovalor, com os custos ou proveitos associados às transacçõesreconhecidos em resultados, e posteriormente valorizadosao justo valor. Os custos e proveitos subsequentes resul-tantes das alterações do justo valor, periodificação de jurose recebimento de dividendos são reconhecidos na rubrica«Resultados em operações de negociação e de cobertura»da demonstração de resultados.

iv) Activos ou passivos financeiros pelo justo valor atravésdos resultados

Os activos ou passivos financeiros pelo justo valor atravésdos resultados são reconhecidos inicialmente ao seu justovalor, com os custos ou proveitos associados às transacçõesreconhecidos em resultados, e posteriormente valorizadosao justo valor. Os custos e proveitos subsequentes resul-tantes das alterações do justo valor, periodificação de jurose recebimento de dividendos são reconhecidos na rubrica«Resultados em operações financeiras» da demonstraçãode resultados.

v) Activos financeiros disponíveis para venda

Activos financeiros disponíveis para venda detidos com oobjectivo de serem mantidos pela Caixa, nomeadamenteobrigações, títulos do tesouro ou acções, são classificadoscomo disponíveis para venda, excepto se forem classifica-dos como de negociação ou detidos até à maturidade. Osactivos financeiros disponíveis para venda são reconhecidosinicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitosassociados às transacções. Para as obrigações, o custo éamortizado por contrapartida de resultados com base na

taxa de juro efectiva. Os activos financeiros disponíveispara venda são posteriormente mensurados ao seu justovalor. As alterações no justo valor são registadas por con-trapartida de reservas de justo valor até ao momento emque são vendidos ou se encontram sujeitos a perdas deimparidade. Na alienação dos activos financeiros disponí-veis para venda, os ganhos ou perdas acumuladas reconhe-cidas como reservas de justo valor são reconhecidos narubrica «Resultados de activos financeiros disponíveis paravenda» da demonstração de resultados. Os juros são reco-nhecidos com base na taxa de juro efectiva, considerandoa vida útil esperada do activo. Nas situações em que existeprémio ou desconto associado aos activos, o prémio oudesconto é incluído no cálculo da taxa de juro efectiva. Osdividendos são reconhecidos em resultados quando foratribuído o direito ao recebimento.

Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação daexistência de uma evidência objectiva de imparidade no-meadamente de um impacto adverso nos fluxos de caixafuturos estimados de um activo financeiro ou grupo deactivos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num activo financeiro dispo-nível para venda, a perda acumulada (mensurada como adiferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluin-do perdas de imparidade anteriormente reconhecidas porcontrapartida de resultados) é transferida de reservas e re-conhecida na demonstração de resultados. Caso, num pe-ríodo subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívi-da classificados como disponíveis para venda aumentar eesse aumento puder ser objectivamente associado a umevento ocorrido após o reconhecimento da perda por im-paridade na demonstração de resultados, a perda por im-paridade é revertida por contrapartida de resultados. Asperdas de imparidade reconhecidas em instrumentos decapital classificados como disponíveis para venda não sãorevertidas por contrapartida de resultados.

vi) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizadosao custo amortizado, com base no método da taxa efecti-va e são deduzidos de perdas de imparidade.

1.4. CONTABILIDADE DE COBERTURA

i) Contabilidade de cobertura

A Caixa utiliza instrumentos financeiros derivados paracobertura do risco de taxa de juro resultantes de activi-dades de financiamento e de investimento. Os derivadosque não se qualificam para contabilidade de cobertura sãoregistados como de negociação.

Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo com omodelo de contabilidade de cobertura adoptado pela Caixa. Uma relação de cobertura existe quando:

– à data de início da relação, existe documentação formal da cobertura;

– se espera que a cobertura seja altamente eficaz;

– a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

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Quando um instrumento financeiro derivado é utilizado paracobrir variações cambiais de elementos monetários activosou passivos, não é aplicado qualquer modelo de contabili-dade de cobertura e qualquer ganho ou perda associada aoderivado é reconhecida em resultados do exercício, assimcomo as variações cambiais dos elementos monetários.

ii) Cobertura de justo valor

As variações do justo valor dos derivados que sejam desig-nados e que se qualifiquem como de cobertura de justovalor são registadas por contrapartida de resultados, emconjunto com as variações de justo valor do activo, passivoou grupo de activos e passivos a cobrir no que diz respeitoao risco coberto. Se a relação de cobertura deixa de cumpriros requisitos da contabilidade de cobertura, os ganhos ouperdas acumulados reconhecidos na valorização do riscocoberto são amortizados pelo período remanescente.

iii) Efectividade

Para que uma relação de cobertura seja classificada comotal, de acordo com a IAS 39, deve ser demonstrada a suaefectividade. Assim, a Caixa executa testes prospectivos nadata de incepção e testes retrospectivos de modo a de-monstrar em cada data de balanço a efectividade, mos-trando que as alterações no justo valor do instrumento decobertura são cobertas por alterações no item coberto noque diz respeito ao risco coberto.

Qualquer inefectividade apurada é reconhecida em resulta-dos no momento em que ocorre.

iv) Derivados embutidos

Os derivados embutidos em instrumentos financeiros sãotratados separadamente sempre que os riscos e benefícioseconómicos do derivado não estão relacionados com os doinstrumento principal, desde que este não esteja contabi-lizado ao justo valor com impacto em resultados do exercí-cio. Os derivados embutidos são registados ao justo valorcom as suas variações registadas em resultados do exercí-cio e apresentados na carteira de negociação.

1.5. RECLASSIFICAÇÃO ENTRE CATEGORIAS DEINSTRUMENTOS FINANCEIROS

Transferências de e para activos e passivos financeiros denegociação são proibidas.

1.6. DESRECONHECIMENTO

A Caixa desreconhece os activos financeiros quando expi-ram todos os direitos a fluxos de caixa futuros ou os activosforam transferidos. Quando ocorre uma transferência de

activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quandosubstancialmente todos os riscos e benefícios dos activosforam transferidos ou a Caixa não mantém controlo dosactivos. A Caixa procede ao desreconhecimento de passivosfinanceiros quando os mesmos são cancelados ou extintos.

1.7. LOCAÇÕES

A Caixa classifica as operações de locação como locaçõesfinanceiras ou locações operacionais, em função da suasubstância e não da sua forma legal cumprindo os critériosdefinidos na IAS 17 – Locações. São classificadas comolocações financeiras as operações em que os riscos e bene-fícios inerentes à propriedade de um activo são transferidaspara o locatário. Todas as restantes operações de locaçãosão classificadas como locações operacionais.

Locação operacional

Os pagamentos efectuados pela Caixa à luz dos contratosde locação operacional são registados em custos nos perío-dos a que dizem respeito.

Locação financeira

– Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na datado seu início, no activo e no passivo, pelo justo valor dapropriedade locada, que é equivalente ao valor actual dasrendas de locação vincendas. As rendas são constituídaspelo encargo financeiro e pela amortização financeira docapital. Os encargos financeiros são imputados aos perío-dos durante o prazo da locação, a fim de produzir umataxa de juro periódica constante sobre o saldo remanes-cente do passivo em cada período.

– Como locador

Os activos detidos sob locação financeira são registados nobalanço como capital em locação pelo valor equivalente aoinvestimento líquido de locação financeira.

As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pelaamortização financeira do capital. O reconhecimento do resul-tado financeiro reflecte uma taxa de retorno periódica cons-tante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

1.8. RECONHECIMENTO DE JUROS

Os resultados referentes a juros de instrumentos finan-ceiros activos e passivos mensurados ao custo amortizadosão reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similaresou juros e custos similares, utilizando o método da taxaefectiva.

A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta ospagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a

– a cobertura é avaliada numa base contínua e efectivamente determinada como sendo altamente efectiva ao longodo período de relato financeiro; e

– em relação à cobertura de uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável e tem de apresentar umaexposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última análise afectar os resultados.

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vida esperada do instrumento financeiro (ou quando apro-priado, por um período mais curto) para o valor líquidoactual de balanço do activo ou passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efectiva a Caixa procedeà estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todosos termos contratuais do instrumento financeiro (por exem-plo opções de pagamento antecipado), não considerandoeventuais perdas de imparidade. O cálculo inclui as comissõespagas ou recebidas consideradas como parte integrante dataxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémiosou descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos finan-ceiros semelhantes para os quais foram reconhecidas per-

das por imparidade, os juros registados em resultados sãodeterminados com base na taxa de juro utilizada para des-conto de fluxos de caixa futuros na mensuração da perdapor imparidade.

Para os instrumentos financeiros derivados, com excepçãodaqueles que forem classificados como de instrumentos decobertura do risco de taxa de juro, a componente de jurodas alterações no seu justo valor não é autonomizada,sendo classificada como resultados de operações de nego-ciação e cobertura. Para derivados de cobertura do risco detaxa de juro, a componente de juros das variações no seujusto valor é reconhecida em Juros e proveitos equiparadosou em Juros e custos equiparados.

1.9. RECONHECIMENTO DE PROVEITOS RESULTANTES DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

– quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efectuado noperíodo a que respeitam;

– quando resultam de uma prestação de serviços o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço estáconcluído.

1.10. RESULTADOS DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS(RESULTADOS EM OPERAÇÕES DE NEGOCIAÇÃOE DE COBERTURA E RESULTADOS DE ACTIVOSFINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA)

O Resultado de operações financeiras regista os ganhos eperdas dos activos e passivos financeiros classificados comode negociação (incluindo derivados e derivados embutidos)e os respectivos juros e dividendos associados a estascarteiras. Inclui igualmente os resultados das operações dacarteira de activos financeiros disponíveis para venda.

1.11. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Os outros activos tangíveis encontram-se registados aocusto de aquisição, deduzido das respectivas amortizações

acumuladas e perdas de imparidade. Os custos subse-quentes são reconhecidos como um activo separado ape-nas se for provável que deles resultarão benefícios econó-micos futuros para a Caixa. As despesas com manutençãoe reparação são reconhecidas como custo à medida quesão incorridas de acordo com o princípio da especializaçãodos exercícios.

A Caixa procede a testes de imparidade sempre que even-tos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilísticoexcede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista,reconhecida em resultados.

Os encargos com o desenvolvimento de projectos são capitalizados e amortizados em 3 anos sempre que forem satisfeitosos seguintes requisitos:

– o produto / processo esteja claramente definido e os custos que lhe são atribuíveis possam ser identificados sepa-radamente;

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útilesperada:

Número de anos

Imóveis 50

Obras em imóveis arrendados 10

Equipamento 4 a 10

1.12. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Software

Os custos incorridos com a aquisição de software são capi-talizados, assim como as despesas adicionais suportadaspela Caixa necessárias à sua implementação. Estes custossão amortizados de forma linear ao longo da vida útilesperada destes activos (3 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticossão reconhecidos como custos quando incorridos.

Encargos com projectos de investigação e desenvolvi-mento

A Caixa não incorreu em quaisquer despesas de investi-gação e desenvolvimento.

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Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passa-dos em conjunto com o retorno esperado dos activos do

plano deduzidos do unwiding dos passivos do plano sãoregistados por contrapartida de custos operacionais.

114

– tenha sido demonstrada a exequibilidade técnica do produto ou processo;

– o Conselho de Administração tenha indicado a intenção de desenvolver, comercializar ou utilizar o produto ouprocesso;

– exista uma clara indicação de um mercado futuro para o produto ou processo, ou que possa ser demonstrada a suautilidade;

– existam recursos adequados para completar o projecto e comercializar o produto ou processo.

1.13. APLICAÇÕES POR RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

As aplicações por recuperação de crédito incluem imóveis etítulos resultantes da resolução de contratos de crédito aclientes. Estes activos são registados na rubrica Outros acti-vos sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo valor derecuperação de crédito.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo estedeterminado com base no preço expectável de venda obti-do através de avaliações regulares efectuadas pela Caixa.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada aomenor entre o seu valor contabilístico e o correspondentejusto valor actual, não sendo sujeitos a amortização. Casoexistam perdas não realizadas, estas são registadas comoperdas de imparidade por contrapartida de resultados doexercício.

1.14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa eseus equivalentes englobam os valores registados no ba-lanço com maturidade inferior a três meses a contar dadata de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilida-des em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos denatureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

1.15. TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transacções em moeda estrangeira são convertidas àtaxa de câmbio da data da transacção. Os activos e passivosmonetários denominados em moeda estrangeira, que es-tão contabilizados ao custo histórico, são convertidos àtaxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiaisresultantes da conversão são reconhecidas em resultados.Os activos e passivos não monetários denominados em

moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são con-vertidos à taxa de câmbio da data da transacção. Activos epassivos não monetários registados ao justo valor são con-vertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foideterminado.

1.16. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Plano de benefícios definidos

A Caixa assumiu a responsabilidade de pagar aos seuscolaboradores, pensões de reforma por velhice e pensõesde reforma por invalidez nos termos do estabelecido noAcordo Colectivo de Trabalho Vertical do Sector Bancário(«ACTV»).

Os benefícios previstos nos planos de pensões são osabrangidos pelo «Plano ACTV – Acordo Colectivo de Tra-balho Vertical do Sector Bancário» e pelo «Plano ACTQ –Acordo Colectivo dos Quadros do Sector Bancário».

A Caixa financia as suas responsabilidades através dofundo de pensões gerido pela Futuro – Sociedade Gestorade Fundos de Pensões, S.A.

A responsabilidade líquida da Caixa com planos de reforma(planos de benefício definido) é estimada anualmente, àdata de fecho de contas. O cálculo actuarial é efectuadocom base no método de crédito da unidade projectada eutilizando pressupostos actuariais e financeiros, de acordocom os parâmetros exigidos pela IAS 19 – Benefícios dosempregados.

Em 2005, no seguimento da autorização formal do Bancode Portugal, a Caixa aplicou retrospectivamente os Avisosn.º 4/2005 e n.º 12/2005 do Banco de Portugal, através doreconhecimento de todos os ganhos e perdas actuariaisacumuladas registados no activo, de acordo com os ante-riores princípios contabilísticos, por contrapartida de resul-tados transitados.

De acordo com o disposto no n.º 2 do Aviso n.º 4/2005 do Banco de Portugal, foi definido um período de diferimento doimpacto contabilístico decorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2005, para os critérios da IAS 19 analisa-do como segue:

RubricasPeríodo dediferimento

Responsabilidades com benefícios de saúde 7 anos

Abatimento de perdas actuariais diferidas, corredor e decrementos de invalidez 5 anos

Aumento de responsabilidades 5 anos

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A responsabilidade líquida da Caixa relativa ao plano depensões de benefício definido é calculada através da esti-mativa do valor de benefícios futuros que cada empregadodeve receber em troca pelo seu serviço no período correntee em períodos passados. O benefício é descontado de for-ma a determinar o seu valor actual e o justo valor de quais-quer activos do plano deve ser deduzido. A taxa de descon-to aplicada corresponde à taxa de obrigações de rating AAAcom maturidade semelhante à data do termo das obri-gações do plano. A responsabilidade líquida é determinadaapós a dedução do justo valor dos activos do Fundo dePensões.

Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente, osencargos de saúde dos colaboradores na situação de refor-ma são igualmente considerados no cálculo das responsa-bilidades.

De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdasactuarias não reconhecidas, que excedam 10% do maiorentre o valor actual das obrigações definidas e o justo valordos activos do plano, são registadas por contrapartida deresultados pelo período de 25 anos correspondente à vidaútil remanescente estimada dos trabalhadores no activo.

Os pagamentos ao fundo são efectuados pela Caixa deacordo com um plano de contribuições determinado deforma a assegurar a solvência do fundo. O financiamentomínimo das responsabilidades é de 100% para as pensõesem pagamento e 95% para os serviços passados do pes-soal no activo.

1.17. FISCALIDADE

A Caixa encontra-se isenta de Imposto sobre o rendimentodas Pessoas Colectivas (IRC), nos termos da alínea a) donúmero 1 do artigo 10.º do Código do IRC, tendo tal isen-ção sido reconhecida por Despacho de 3 de Dezembro de1993, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e con-firmada pela Lei n.º 10-B/96, de 23 de Março, que aprovouo Orçamento do Estado para 1996.

1.18. RELATO POR SEGMENTOS

Um segmento de negócio é um componente identificávelda Caixa, que se destina a fornecer um produto ou serviçoindividual ou um grupo de produtos ou serviços relaciona-dos, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejamdiferenciáveis dos restantes segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um componente identificável daCaixa, que se destina a fornecer um produto ou serviço indi-vidual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados,dentro de um ambiente económico específico e que estejasujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis deoutros, que operem em ambientes económicos diferentes.

Dada a natureza da actividade e dos seus clientes, a Caixaconcentra-se num único segmento de negócio.

1.19. PROVISÕES

São reconhecidas provisões quando (i) a Caixa tem uma obri-gação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o

seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa serfeita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

1.20. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS NA APLICAÇÃODAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos con-tabilísticos que requerem que o Conselho de Administra-ção utilize o julgamento e faça as estimativas necessáriasde forma a decidir qual o tratamento contabilístico maisadequado. As principais estimativas contabilísticas e julga-mentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticospela Caixa são analisadas como segue, no sentido de me-lhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta osresultados reportados da Caixa e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas con-tabilísticas permitem um tratamento contabilístico alterna-tivo em relação ao adoptado pelo Conselho de Adminis-tração, os resultados reportados pela Caixa poderiam serdiferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido.O Conselho de Administração considera que os critériosadoptados são apropriados e que as demonstrações finan-ceiras apresentam de forma adequada a posição financeirada Caixa e das suas operações em todos os aspectos mate-rialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida sãoapresentados apenas para assistir o leitor no entendimen-to das demonstrações financeiras e não têm intenção desugerir que outras alternativas ou estimativas são maisapropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis paravenda

A Caixa determina que existe imparidade nos seus activosfinanceiros disponíveis para venda quando existe uma des-valorização continuada ou de valor significativo no seu justovalor. A determinação de uma desvalorização continuadaou de valor significativo requer julgamento. No julgamen-to efectuado, a Caixa avalia entre outros factores, a volatili-dade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de pre-ços de mercado ou de modelos de avaliação os quais re-querem a utilização de determinados pressupostos ou jul-gamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pres-supostos e estimativas, poderá resultar num nível diferentede perdas por imparidade reconhecidas, com o consequen-te impacto nos resultados da Caixa.

Perdas por imparidade em créditos a clientes

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira decrédito de forma a avaliar a existência de perdas por impa-ridade, conforme referido na nota 1.2.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma adeterminar se uma perda por imparidade deve ser reconhe-cida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Esteprocesso inclui factores como a frequência de incumpri-mento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas

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e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer domomento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressu-postos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentesdas perdas por imparidade reconhecidas, com o conse-quente impacto nos resultados da Caixa.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em preços de cotação em merca-do, quando disponíveis, e na sua ausência é determinadocom base na utilização de preços de transacções recentes,semelhantes e realizadas em condições de mercado oucom base em metodologias de avaliação, baseadas em téc-nicas de fluxos de caixa futuros descontados considerandoas condições de mercado, o efeito do tempo, a curva derentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologiaspodem requerer a utilização de pressupostos ou julgamen-tos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodolo-gias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na apli-cação de determinado modelo, poderia originar resultadosfinanceiros diferentes daqueles reportados.

Investimentos detidos até à maturidade

A Caixa classifica os seus activos financeiros não derivadoscom pagamentos fixados ou determináveis e maturidades

definidas como investimentos detidos até à maturidade, deacordo com os requisitos do IAS 39 – InstrumentosFinanceiros: Reconhecimentos e Mensuração. Esta classifi-cação requer um nível de julgamento significativo.

No julgamento efectuado, a Caixa avalia a sua intenção ecapacidade de deter estes investimentos até à maturidade.Caso a Caixa não detenha estes investimentos até à maturi-dade, excepto em circunstâncias específicas – por exemplo,alienar uma parte não significativa perto da maturidade – érequerida a reclassificação de toda a carteira para activosfinanceiros disponíveis para venda, com a sua consequentemensuração ao justo valor e não ao custo amortizado.A utilização de diferentes pressupostos e estimativas po-derá resultar na determinação do justo valor desta carteiracom o correspondente impacto na reserva de justo valor enos capitais próprios da Caixa.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento depensões requer a utilização de pressupostos e estimativas,incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilida-de estimada dos investimentos e outros factores que po-dem ter impacto nos custos e nas responsabilidades doplano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impactosignificativo nos valores determinados.

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

NOTAS 2006 2005

Juros e rendimentos similares 3 674 608 599 411

Juros e encargos similares 3 368 587 329 404

MARGEM FINANCEIRA 306 021 270 007

Rendimentos de instrumentos de capital 4 1 798 3 013

Resultados de serviços e comissões 5 60 750 53 930

Resultados em operações financeiras 6 (10 506) 1 771

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 (252) 341

Outros resultados de exploração 8 8 884 17 151

TOTAL DE PROVEITOS OPERACIONAIS 60 674 76 206

Custos com o pessoal 9 140 790 128 368

Outros gastos administrativos 10 77 468 69 648

Amortizações do exercício 11 12 884 11 085

TOTAL DE CUSTOS OPERACIONAIS 231 142 209 101

Imparidade do crédito 12 74 817 84 971

Imparidade de outros activos 13 1 116 5 932

Outras provisões 14 (534) 897

RESULTADO OPERACIONAL 60 154 45 312

RESULTADO DO EXERCÍCIO 60 154 45 312

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais

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BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

NOTAS 2006 2005

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 15 242 772 207 707

Disponibilidades em outras instituições de crédito 16 75 321 94 396

Aplicações em instituições de crédito 17 670 440 910 571

Créditos a clientes 18 12 941 563 11 533 418

Activos financeiros detidos para negociação 19 6 349 –

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 19 20 380 –

Activos financeiros disponíveis para venda 19 890 238 680 474

Derivados de cobertura 20 14 220 –

Investimentos detidos até à maturidade 21 36 044 34 903

Investimentos em associadas 22 28 236 26 269

Outros activos tangíveis 23 79 028 80 402

Activos intangíveis 24 11 258 5 551

Outros activos 25 207 039 377 302

TOTAL DO ACTIVO 15 222 888 13 950 993

PASSIVORecursos de outras instituições de crédito 26 1 119 856 937 553

Recursos de clientes 27 8 048 370 7 550 069

Responsabilidades representadas por títulos 28 4 670 843 4 080 422

Passivos financeiros detidos para negociação e outrospassivos financeiros ao justo valor através de resultados 29 41 743 –

Derivados de cobertura 20 7 199 –

Provisões 30 92 772 84 675

Outros passivos subordinados 31 301 229 310 649

Outros passivos 32 118 701 296 854

TOTAL DO PASSIVO 14 400 713 13 260 222

SITUAÇÃO LÍQUIDACapital 33 585 000 485 000

Reservas de justo valor 35 7 586 –

Outras reservas e resultados transitados 34 e 35 169 435 160 459

Resultado do exercício 60 154 45 312

TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 822 175 690 771

TOTAL 15 222 888 13 950 993

Contas extrapatrimoniais (Nota 36)

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais

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3. Margem financeira

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Juros e rendimentos similares:

Juros de crédito 569 915 467 566

Juros de outras aplicações 21 635 20 606

Juros de depósitos 4 156 3 022

Juros de títulos disponíveis para venda 35 152 14 666

Juros de investimentos detidos até à maturidade 1 446 1 278

Juros de derivados de cobertura 23 737 82 257

Juros de investimentos financeiros detidos para negociação 84 33

Outros juros e rendimentos similares 18 483 9 983

674 608 599 411

Juros e encargos similares:

Juros de depósitos 160 644 130 178

Juros de títulos emitidos 155 348 112 965

Juros de empréstimos 16 625 12 994

Juros de outros recursos 14 364 8 436

Juros de derivados de cobertura 18 950 61 965

Juros de investimentos financeiros detidos para negociação 18 2

Outros juros e encargos similares 2 638 2 864

368 587 329 404

Margem financeira 306 021 270 007

2. Margem financeira e resultados em operações financeiras e activos financeirosdisponíveis para venda

As NCA’s em vigor exigem a divulgação desagregada damargem financeira e dos resultados em operações finan-ceiras e activos financeiros disponíveis para venda, con-forme apresentado nas notas 3, 6 e 7. Uma actividade denegócio específica pode gerar impactos quer na rubrica deresultados em operações financeiras e activos financeiros

disponíveis para venda quer na rubrica de juros e rendi-mentos similares, pelo que o requisito de divulgação, talcomo apresentado, não evidencia a contribuição das dife-rentes actividades de negócio para a margem financeira epara os resultados em operações financeiras e activosfinanceiros disponíveis para venda.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Margem financeira 306 021 270 007

Resultados em operações financeiras e activos financeiros disponíveis para venda (10 758) 2 112

295 263 272 119

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4. Rendimentos de instrumentos de capital

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Rendimentos de títulos disponíveis para venda 981 2 235

Rendimentos de empresas associadas 817 778

1 798 3 013

A rubrica Rendimentos de títulos disponíveis para venda corresponde a dividendos recebidos.

5. Resultados de serviços e comissões

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Serviços e comissões recebidas:

Por serviços bancários prestados 45 393 41 058

Por operações realizadas por conta de terceiros 9 896 8 947

Por garantias prestadas 4 726 4 488

Outros proveitos de serviços e comissões 10 333 8 851

70 348 63 344

Serviços e comissões pagas:

Por serviços bancários prestados por terceiros 8 811 7 234

Por operações realizadas com títulos 282 241

Outros custos com serviços e comissões 505 1 939

9 598 9 414

Resultados líquidos de serviços e comissões 60 750 53 930

6. Resultados em operações financeiras

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Ganhos em operações financeiras:

Derivados de cobertura 22 797 –

Operações com instrumentos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 74 899 –

Operações cambiais 7 231 6 895

Operações com instrumentos financeiros detidos para negociação 31 306 –

Operações com instrumentos financeiros detidos até à maturidade 31 3

136 264 6 898

Perdas em operações financeiras:

Derivados de cobertura 20 338 –

Operações com instrumentos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 85 172 –

Operações cambiais 5 353 4 672

Operações com instrumentos financeiros detidos para negociação 35 568 79

Operações com instrumentos financeiros detidos até à maturidade 339 376

146 770 5 127

Resultados líquidos de operações financeiras (10 506) 1 771

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7. Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Ganhos em operações com activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos – 305

De outros emissores 410 38

410 343

Perdas em operações com activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 1 2

De outros emissores 661 –

662 2

Resultados líquidos de activos financeiros disponíveis para venda (252) 341

8. Outros resultados de exploração

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Outros proveitos de exploração:

Prestação de serviços 3 203 7 307

Reembolso de despesas 2 291 5 268

Proveitos na gestão de contas de depósitos à ordem 5 778 3 760

Ganhos na venda de imóveis provenientes da recuperação de créditos 4 836 4 138

Outros 2 202 6 199

18 310 26 672

Outros custos de exploração:

Impostos 148 207

Donativos e quotizações 153 264

Prejuízos na venda de imóveis provenientes da recuperação de créditos 1 480 1 788

Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 1 602 1 600

Outros 6 043 5 662

9 426 9 521

Outros resultados líquidos de exploração 8 884 17 151

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9. Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Remunerações 99 173 94 684

Encargos sociais obrigatórios 34 868 32 407

Outros custos 6 749 1 277

140 790 128 368

Conforme referido na nota 40, a rubrica Remuneraçõesinclui em 31 de Dezembro de 2006 o montante de Euros24 853 000 (2005: Euros 20 170 000) relativo ao custocom pensões de reforma do exercício.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os mem-bros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa,

no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, registadosna rubrica de Custos com o pessoal, foi de Euros 1 263 000(2005: Euros 1 061 000).

O efectivo médio de trabalhadores ao serviço da Caixa durante os exercícios de 2006 e 2005, distribuído por grandes cate-gorias profissionais, foi o seguinte:

2006 2005

Direcção e coordenação 125 115

Chefia e gerência 679 656

Técnicos 338 276

Específicos 190 236

Administrativos 1 527 1 545

Auxiliares 90 94

2 949 2 922

10. Outros gastos administrativos

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas e alugueres 20 334 19 579

Serviços especializados

Informática 3 036 3 033

Trabalho independente 4 964 6 614

Outros serviços especializados 10 727 6 948

Publicidade e publicações 13 344 10 591

Comunicações e expedição 7 441 6 975

Água, energia e combustíveis 3 453 3 409

Conservação e reparação 3 304 2 814

Transportes 2 525 2 283

Seguros 1 996 1 920

Deslocações, estadias e despesas de representação 1 665 1 340

Material de consumo corrente 1 423 1 083

Formação 1 002 1 359

Outros gastos administrativos 2 254 1 700

77 468 69 648

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11. Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Activos intangíveis:

Software 4 319 2 886

Outros activos tangíveis:

Imóveis 3.753 4 021

Equipamento:

Mobiliário e material 603 698

Máquinas e ferramentas 159 190

Equipamento informático 2 128 1 254

Instalações interiores 1 721 1 766

Equipamento de transporte 63 98

Equipamento de segurança 138 172

8 565 8 199

12 884 11 085

12. Imparidade do crédito

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito concedido a clientes:

Dotação do exercício 282 822 193 578

Reversão do exercício (206 751) (107 622)

Recuperações de crédito e juros (1 254) (985)

74 817 84 971

13. Imparidade de outros activos

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito:

Dotação do exercício 1 802 8 624

Reversão do exercício (774) (2 677)

1 028 5 947

Imparidade para títulos:

Dotação do exercício 88 1 358

Reversão do exercício – (1 373)

88 (15)

1 116 5 932

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124

14. Outras provisões

O valor desta rubrica é composto por:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Provisões para risco-país:

Dotação do exercício 501 937

Reversão do exercício (860) (220)

(359) 717

Provisões para outros riscos e encargos:

Dotação do exercício 335 1 193

Reversão do exercício (510) (1 013)

(175) 180

(534) 897

15. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Caixa 73 312 55 516

Banco de Portugal 169 460 152 191

242 772 207 707

A rubrica Banco de Portugal visa satisfazer as exigênciaslegais de reservas mínimas de caixa, calculadas com baseno montante dos depósitos e outras responsabilidadesefectivas.

O regime de constituição de reservas de caixa, de acordocom as directrizes do Sistema Europeu de Bancos Centrais

da Zona Euro, obriga à manutenção de um saldo emdepósito no Banco de Portugal, equivalente a 2% sobre omontante médio dos depósitos e outras responsabilidades,ao longo de cada período de constituição de reservas.

16. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Em instituições de crédito no país 12 16

Em instituições de crédito no estrangeiro 5 031 7 450

Valores a cobrar 70 278 86 930

75 321 94 396

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de créditoe que se encontram em cobrança.

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125

17. Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Mercado monetário interbancário 15 006 –

Aplicações sobre instituições de crédito no país 17 352 30 506

Aplicações sobre instituições de crédito no estrangeiro 638 658 881 000

671 016 911 506

Imparidade para aplicações em instituições de crédito (576) (935)

670 440 910 571

A análise da rubrica Aplicações em instituições de crédito pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 3 meses 660 575 886 269

3 meses até 6 meses 9 732 17 179

6 meses até 1 ano – 7 345

Mais de 5 anos 590 589

Duração indeterminada 119 124

671 016 911 506

Os movimentos da imparidade para aplicações em instituições de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para aplicações em instituições de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 935 218

Dotação do exercício 501 937

Reversão do exercício (860) (220)

Saldo em 31 de Dezembro 576 935

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126

18. Créditos a clientes

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 11 732 179 10 204 167

Crédito com outras garantias 652 312 927 030

Crédito sem garantias 378 066 294 456

Crédito ao sector público 58 226 58 610

Crédito sobre o estrangeiro 333 506

Capital em locação 40 355 14 674

12 861 471 11 499 443

Crédito e juros vencidos – menos de 90 dias 35 872 27 504

Crédito e juros vencidos – mais de 90 dias 260 560 303 986

296 432 331 490

13 157 903 11 830 933

Imparidade para riscos de crédito (216 340) (297 515)

12 941 563 11 533 418

A análise de Créditos a clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito interno:

Crédito a curto prazo

Crédito descontado titulado por efeito 150 692 120 158

Crédito em conta corrente 617 306 647 822

Descobertos em depósitos à ordem 24 271 22 467

Empréstimos 1 670 928 816

793 939 1 719 263

Crédito a médio e longo prazo

Empréstimos hipotecários

Financiamento à habitação 7 805 882 6 979 750

Fomento à construção 2 096 327 2 032 345

Capital em locação 40 355 14 673

Outros créditos 2 124 635 752 906

12 067 199 9 779 674

Crédito ao exterior:

Crédito a curto prazo 333 506

12 861 471 11 499 443

Crédito e juros vencidos:

Menos de 90 dias 35 872 27 504

Mais de 90 dias 260 560 303 986

296 432 331 490

13 157 903 11 830 933

Imparidade para riscos de crédito (216 340) (297 515)

12 941 563 11 533 418

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127

A rubrica Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias, incluios designados «créditos arrematados» no montante deEuros 6 806 000 (2005: Euros 6 813 000). Os «créditosarrematados» correspondem a dívidas vencidas há mais detrês anos em que se extinguiu o vínculo contratual com oanterior mutuário em virtude de arrematação ou adjudi-

cação da caução, declaração de falência ou dação, mas queainda se encontram pendentes de diligências judiciais.

A rubrica Créditos a clientes corresponde na sua totalidadea contratos de crédito a taxa variável.

A análise da rubrica Créditos a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o período findo em 31 deDezembro de 2006, é a seguinte:

Créditos a clientes

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 439 964 2 357 373 8 934 842 235 804 11 967 983

Crédito com outras garantias 387 338 146 275 118 699 45 025 697 337

Crédito sem garantias 162 731 117 030 98 305 14 979 393 045

Crédito ao sector público – 1 047 57 179 118 58 344

Crédito sobre o estrangeiro 333 – – – 333

Capital em locação – 20 614 19 741 506 40 861

990 366 2 642 339 9 228 766 296 432 13 157 903

Em 31 de Dezembro de 2006, existem duas operações detitularização celebradas entre a Caixa e outras instituiçõesfinanceiras que são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Em 19 de Dezembro de 2002, a Caixa Económica Monte-pio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle («SPV»)– Pelican Mortgages No. 1 PLC – sediado em Dublin, umcontrato de titularização de créditos hipotecários. O prazototal da operação é de 35 anos, sem revolving period ecom um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding)fixado em Euros 650 000 000. A venda foi efectuada aopar, tendo os custos do processo de venda inicial represen-tado 0,016% do par.

Em 29 de Setembro de 2003, a Caixa Económica MontepioGeral celebrou com um Special Purpose Vehicle («SPV»)– Pelican Mortgages No. 2 PLC – sediado em Dublin, umcontrato de titularização de créditos hipotecários. O prazototal da operação é de 33 anos, sem revolving period ecom um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding)fixado em Euros 700 000 000. A venda foi efectuada aopar, tendo os custos do processo de venda inicial represen-tado 0,0286% do par.

O servicer das operações é a Caixa Económica MontepioGeral, assumindo a cobrança dos créditos cedidos no âm-

bito da operação e canalizando os valores recebidos, porvia da efectivação do devido depósito, para o Pelican Mort-gages No. 1 PLC e para o Pelican Mortgages No. 2 PLC.

Até 31 de Dezembro de 2004, de acordo com os princípioscontabilísticos definidos pelo Banco de Portugal, os activos,créditos e títulos cedidos pela Caixa no âmbito das referi-das operações de titularização foram desreconhecidos. Ostítulos adquiridos no âmbito destas operações foram con-tabilizados como títulos de investimento e provisionadosde acordo com as regras definidas pelo Aviso n.º 27/2000do Banco de Portugal.

Em conformidade com a IFRS 1, o critério de desreconheci-mento seguido nas demonstrações financeiras individuaisda Caixa, não sofreu alterações para todas as operaçõesrealizadas até 1 de Janeiro de 2004. Todas as operaçõesefectuadas a partir desta data terão que ser analisadas noâmbito das regras de desreconhecimento de acordo com aIAS 39, segundo o qual, se forem transferidos uma partesubstancial dos riscos e benefícios associados aos activosou se for transferido o controlo sobre os referidos activos,estes activos deverão ser reconhecidos.

À data de 31 de Dezembro de 2006, as operações de titularização efectuadas pela Caixa são apresentadas como segue:

Emissão Data de início Moeda Activo cedido Montante

Pelican Mortgages No.1 Dezembro de 2002 Euros Crédito imobiliário 650 000 000

Pelican Mortgages No.2 Setembro de 2003 Euros Crédito imobiliário 700 000 000

1 350 000 000

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128

O impacto das cedências de crédito no âmbito das operações de securitização, no activo da Caixa, na rubrica Crédito aclientes, pode ser analisado como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Pelican Mortgages No.1 301 741 404 285

Pelican Mortgages No. 2 501 400 568 783

803 141 973 068

Os títulos emitidos pelos veículos de titularização podem ser analisados, à data de 31 de Dezembro de 2006, como segue:

Valor RatingObrigações nominal Data das obrigações

Emissão emitidas Euros Moeda de reembolso (Moody’s)

Pelican Mortgages No. 1 Classe A 611 000 000 Euros 2037 Aaa

Classe B 16 250 000 Euros 2037 A2

Classe C 22 750 000 Euros 2037 Baa2

Classe D 3 250 000 Euros 2037 –

Pelican Mortgages No. 2 Classe A 659 750 000 Euros 2036 Aaa

Classe B 17 500 000 Euros 2036 A1

Classe C 22 750 000 Euros 2036 Baa2

Classe D 5 600 000 Euros 2036 –

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2006, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas vincendas 10 159 21 229 15 918 47 306

Juros vincendos (2 533) (4 106) (3 981) (10 620)

Valores residuais 121 1 392 2 156 3 669

7 747 18 515 14 093 40 355

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2005, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas vincendas 9 077 5 706 345 15 128

Juros vincendos (593) (565) (32) (1 190)

Valores residuais 622 23 91 736

9 106 5 164 404 14 674

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129

A análise do Crédito e juros vencidos por tipo de crédito, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 235 804 262 231

Crédito com outras garantias 45 025 60 359

Crédito sem garantias 14 979 8 482

Crédito ao sector público 118 100

Capital em locação 506 318

296 432 331 490

A análise do Crédito e juros vencidos, de acordo com o tipo de cliente, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Empresas:

Construção/Produção 63 804 72 292

Investimento 27 906 39 878

Tesouraria 21 487 28 946

Outras finalidades 35 506

Particulares:

Habitação 121 973 128 558

Crédito ao consumo 14 282 10 682

Outras finalidades 46 827 50 528

Sector Público Administrativo 118 100

296 432 331 490

Os movimentos da imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para riscos de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 297 515 262 591

Dotação do exercício 247 262 181 608

Reversão do exercício (179 463) (101 919)

Utilização de imparidade (148 974) (44 765)

Saldo em 31 de Dezembro 216 340 297 515

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130

O quadro seguinte apresenta, a desagregação da imparidade para riscos de crédito existente em 31 de Dezembro de 2006:

Classe de incumprimento

Até 3 meses 3-6 meses 6-12 meses 1-3 anos Mais 3 anos TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito vencido com garantia 32 059 5 595 18 579 109 286 115 934 281 453

Imparidade existente 250 591 4 766 65 696 83 831 155 134

Crédito vencido sem garantia 3 473 1 462 2 523 3 543 3 978 14 979

Imparidade existente 162 366 1 576 3 543 3 967 9 614

Total de crédito vencido 35 532 7 057 21 102 112 829 119 912 296 432

Total da imparidade para crédito vencido 412 957 6 342 69 239 87 798 164 748

Total da imparidade para crédito vincendo

associado ao vencido e outros 10 89 1 961 27 524 22 008 51 592

Total da imparidade para riscos de crédito 419 1 029 8 202 94 774 111 916 216 340

Em conformidade com a política da Caixa, os juros sobrecrédito vencido há mais de 30 dias, que não estejam cober-

tos por garantias reais, são reconhecidos como proveitosapenas quando recebidos.

A imparidade para riscos de crédito, por tipo de crédito, é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 179 586 250 219

Crédito com outras garantias 21 776 39 125

Crédito sem garantias 14 978 8 171

216 340 297 515

As utilizações da imparidade para riscos de crédito correspondem a write-offs efectuados durante o ano de 2006.

A anulação de crédito por utilização da respectiva imparidade, analisada por tipo de crédito, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 133 601 28 804

Crédito com outras garantias 9 711 3 323

Crédito sem garantias 5 662 12 638

148 974 44 765

A análise da recuperação de créditos e de juros, efectuadano decorrer do período entre 1 de Janeiro e 31 de Dezem-bro de 2006 e durante o exercício de 2005, ascendeu ao

montante de Euros 1 254 000 (2005: Euros 985 000) rela-cionada com a recuperação de crédito com garantias reais,conforme mencionado na nota 12.

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131

19. Activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justovalor através de resultados e disponíveis para venda

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros detidos para negociação:

Acções 20 –

Derivados 6 329 –

6 349 –Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados:

Opções 431 –

Obrigações 3 096 –

Derivados 16 853 –

20 380 –Activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo:

de emissores públicos 65 68

de outros emissores 867 642 663 320

Imparidade para títulos de rendimento fixo (6 589) (6 856)

861 118 656 532

Títulos vencidos 998 998

Imparidade para títulos vencidos (998) (998)

– –

Acções e outros títulos de rendimento variável 29 371 24 462

Imparidade para acções (251) (520)

29 120 23 942

890 238 680 474

A rubrica Activos financeiros detidos para negociaçãoinclui, a valorização dos derivados embutidos destacadosde acordo com a política contabilística 1.3 no montante deEuros 3 179 000. Esta nota deve ser analisada em conjun-to com a nota 29.

Conforme descrito na política contabilística apresentada nanota 1.3 a carteira de títulos disponíveis para venda é apre-sentada ao seu valor de mercado sendo as variações de justovalor registadas por contrapartida de capitais próprios, con-forme nota 35.

Em 31 de Dezembro de 2005, de acordo com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sec-tor bancário, a carteira de títulos disponíveis para venda éapresentada líquida da provisão constituída nesta data, nomontante de Euros 6.856.000, relativa a menos valiaspotenciais resultantes da diferença entre o valor contabilís-tico e o valor de mercado dos respectivos títulos, de acor-do com o disposto no parágrafo 10.º, 20.º do Avison.º 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal.

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132

A análise dos activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justo valor através de resultados edisponíveis para venda por tipo de instrumento financeiro, é a seguinte:

2006 2005

Títulos Títulos

Ao justo valoratravés de Disponíveis Disponíveisresultados Negociação para venda Total Negociação para venda TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro e moeda:

Mercado de balcão – – –

Swaps 16 853 6 221 – 23 074 – – –

Opções 431 – – 431 – – –

17 284 6 221 – 23 505 – – –

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 108 – 108 – – –

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores

Públicos nacionais – – 65 65 – 68 68

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – – 25 641 25 641 – 34 913 34 913

Estrangeiros 3 096 – 838 448 841 544 – 592 525 592 525

Papel comercial – – 4 551 4 551 – 36 880 36 880

3 096 – 868 705 871 801 – 664 386 664 386

Cotados 3 096 – 741 507 744 603 – 538 373 538 373

Não cotados – – 127 198 127 198 – 126 013 126 013

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais – 20 6 845 6 865 – 7 510 7 510

Estrangeiras – – 13 046 13 046 – 4 577 4 577

Unidades de participação – – 9 480 9 480 – 12 375 12 375

– 20 29 371 29 391 – 24 462 24 462

Cotados – 20 20 877 20 897 – 5 853 5 853

Não cotados – – 8 494 8 494 – 18 609 18 609

Imparidade para títulos vencidos – – (998) (998) – (998) (998)

Imparidade para títulos – – (6 840) (6 840) – (7 376) (7 376)

– – (7 838) (7 838) – (8 374) (8 374)

20 380 6 349 890 238 916 967 – 680 474 680 474

A carteira de negociação é valorizada ao valor de mercado.

Conforme descrito na política contabilística apresentada nanota 1.3 a carteira de activos financeiros disponíveis paravenda é apresentada líquida da reserva de justo valor e deimparidade nos montantes de Euros 7 586 000 e de Euros7 838 000 (2005: Euros 8 374 000), respectivamente.

A rubrica Obrigações de outros emissores nacionais inclui omontante de Euros 5 599 000 (2005: Euros 14 117 000)referente a títulos subordinados.

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133

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justovalor através de resultados e disponíveis para venda por maturidade em 31 de Dezembro de 2006, é a seguinte:

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Indeterminado TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro e moeda:

Mercado de balcão

Swaps 959 1 788 20 327 – 23 074

Opções – – 431 – 431

959 1 788 20 758 – 23 505

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 4 104 – 108

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais – – 61 4 65

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – 5 631 20 010 – 25 641

Estrangeiros 5 021 32 149 786 208 18 166 841 544

Papel comercial 1 621 1 932 – 998 4 551

6 642 39 712 806 279 19 168 871 801

Cotados 5 021 32 261 689 151 18 170 744 603

Não cotados 1 621 7 451 117 128 998 127 198

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 20 – 4 662 2 183 6 865

Estrangeiras 8 491 – – 4 555 13 046

Unidades de participação – – – 9 480 9 480

8 511 – 4 662 16 218 29 391

Cotados 8 511 – – 12 386 20 897

Não cotados – – 4 662 3 832 8 494

Imparidade para títulos – – (6 589) (1 249) (7 838)

16 112 41 504 825 214 34 137 916 967

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134

A análise da carteira de títulos incluída na categoria activos financeiros disponíveis para venda por maturidade em 31 deDezembro de 2005, é a seguinte:

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Indeterminado TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais – – 64 4 68

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – 8 517 26 396 – 34 913

Estrangeiros – 1 003 586 484 5 038 592 525

Papel comercial 35 882 – – 998 36 880

35 882 9 520 612 944 6 040 664 386

Cotados – 9 520 526 820 2 033 538 373

Não cotados 35 882 – 86 124 4 007 126 013

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 7 510 7 510

Estrangeiras 4 577 4 577

Unidades de participação 12 375 12 375

24 462 24 462

Cotados 5 853 5 853

Não cotados 18 609 18 609

Imparidade para títulos – (21) (6 828) (1 525) (8 374)

35 882 9 499 606 116 28 977 680 474

A análise da carteira de derivados de negociação e ao justo valor através de resultados por maturidades em 31 deDezembro de 2006, é a seguinte:

2006

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Total Positivo NegativoEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro:

Mercado de balcão

Swaps 100 000 557 986 2 166 422 2 824 408 22 644 40 830

Opções de taxa de juro – – 53 400 53 400 431 431

100 000 557 986 2 219 822 2 877 808 23 075 41 261

Derivados de moeda:

Mercado de balcão

Swaps 11 025 – – 11 025 430 424

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 15 000 10 000 25 000 108 58

111 025 572 986 2 229 822 2 913 833 23 613 41 743

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135

A Caixa contrata instrumentos financeiros derivados paracobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O trata-mento contabilístico depende da natureza do risco cober-to, nomeadamente se a Caixa está exposta às variaçõesde justo valor, ou a variações de cash-flows ou se encon-tra perante coberturas de transacções futuras. Até 31 deDezembro de 2005 e de acordo com os critérios contabi-lísticos localmente aplicáveis, a Caixa apresentava na suacarteira de passivos emitidos um conjunto de emissões ataxa fixa para as quais existiam àquela data instrumentosfinanceiros derivados («IRS») com o objectivo de efectua-rem a cobertura do risco de taxa de juro associado a essasemissões.

A partir de 1 de Janeiro de 2006, a Caixa, para as referidasrelações de cobertura que se enquadram nos requisitosobrigatórios da IAS 39, adoptou a contabilidade de cober-tura formal, nomeadamente o modelo de cobertura dejusto valor e apresenta na sua carteira de derivados, swapsde taxa de juro, que estão a cobrir variações de justo valordo risco taxa de juro de Recursos de outras instituições decrédito e Recursos de clientes.

A Caixa registou em resultados do exercício um montantede Euros 9 418 000 relativo a variações de justo valor derisco de taxa de juro associado aos activos e passivos acimadescritos.

20. Derivados de cobertura

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activo:

Interest rate swap 14 220 –

Passivo:

Interest rate swap 7 199 –

O ajustamento efectuado às rubricas do activo e do passivo que incluem items cobertos é analisado como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Recursos de outras instituições de crédito 8.004 –

Recursos de clientes 1 414 –

9 418 –

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 de Dezembro de 2006, é a seguinte:

2006

Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Total Positivo NegativoEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de cobertura de justo

valor com risco de taxa de juro 100 000 578 986 2 155 963 2 834 949 14 220 7 199

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136

21. Investimentos detidos até à maturidade

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais 36 044 34 903

Os títulos detidos até à maturidade podem ser analisados, à data de 31 de Dezembro de 2006, como segue:

Data de Data deDenominação emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

OT – Junho 98/2008 Fevereiro, 1998 Junho, 2008 Taxa fixa de 5,375% 6 837

OT – Setembro 98/2013 Maio, 1998 Setembro, 2013 Taxa fixa de 5,450% 97

OT – Julho 99/2009 Janeiro, 1999 Julho, 2009 Taxa fixa de 3,950% 6 372

OT – Junho 02/2012 Fevereiro, 2002 Junho, 2012 Taxa fixa de 5,000% 106

OT – Maio 00/2010 Janeiro, 2000 Maio, 2010 Taxa fixa de 5,850% 6 807

OT – Julho 04/2008 Julho, 2004 Julho, 2008 Taxa fixa de 3,250% 13 500

OT – Junho 01/2011 Março, 2001 Junho, 2011 Taxa fixa de 5,150% 1 103

OT – Outubro 05/2015 Julho, 2005 Outubro, 2015 Taxa fixa de 3,350% 101

OT – Abril 05/2011 Novembro, 2005 Abril, 2011 Taxa fixa de 3,200% 1 121

36 044

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados de acordo com o descrito na política contabilística apresenta-da na nota 1.3.

22. Investimentos em associadas

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Participações financeiras em associadas e outras:

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 7 001 7 001

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. 10 816 10 816

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. 7 169 5 202

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 3 200 3 200

Norfin – Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 50 50

28 236 26 269

Não cotados 28 236 26 269

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137

O Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Uni-pessoal, S.A. (IFI) foi constituído em Agosto de 2005 e temcomo objectivo a internacionalização da Caixa, permitindoa captação e respectiva domiciliação de fundos, assimcomo proporcionar aos clientes alternativas de aplicaçõesfora do contexto doméstico. Tem um capital social deEscudos de Cabo Verde 772 000 000, integralmente subs-crito e realizado pela Caixa.

Durante o exercício de 2005, a Caixa subscreveu integral-mente o capital do Banco Montepio Geral – Cabo Verde,Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) no montante de Euros7 001 000.

A Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 6de Junho de 1986 e tem como objecto social o exercício daactividade de seguros e resseguros para todos os ramostécnicos, com excepção do ramo vida, e tem um capitalsocial de Euros 19.250.000. Para além da Caixa, são igual-mente accionistas da Lusitania, o Montepio Geral – Asso-

ciação Mutualista (65,71%) e a Lusitania Vida, Companhiade Seguros, S.A. (3,32%).

A Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. foi fundadaem 15 de Maio de 1987 e tem como objecto social o exer-cício da actividade de seguros e resseguros para as diversasmodalidades do ramo vida e um capital social de Euros14 000 000. Para além da Caixa, são igualmente accionis-tas da Lusitania Vida, S.A., o Montepio Geral – AssociaçãoMutualista (39,22%) e a Lusitania, Companhia de Seguros,S.A. (11,17%).

Durante o segundo semestre de 2006, na sequência do au-mento de capital da Lusitania Vida, Companhia de Segu-ros, S.A., a Caixa subscreveu 78 684 acções pelo montantede Euros 1 967 000, correspondente à participação de39,34% no capital social da referida companhia.

Para além das suas dependências e de uma rede de media-dores, as Sociedades indicadas, contam com os balcões daCaixa para a angariação de negócio.

Os principais indicadores das associadas são analisados como segue:

ResultadoActivos Passivos Proveitos líquido

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

31 de Dezembro de 2006

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 264 480 257 246 8 055 340

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (*) 285 837 252 046 113 147 2 714

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (*) 366 832 345 154 155 050 3 233

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 59 415 45 993 9 045 105

Norfin – Soc. Gestora de Fundos

Invest. Imob., S.A. 4 118 831 3 810 1 323

31 de Dezembro de 2005

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 237 752 230 859 576 (108)

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (*) 238 989 205 234 113 039 2 813

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (*) 256 609 241 090 112 900 2 335

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 66 523 53 207 7 966 (1 150)

Norfin – Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 3 677 588 2 973 1 251

Observações: (*) Demonstrações financeiras convertidas preparadas de acordo com as IFRS.

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138

23. Outros activos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imóveis:

De serviço próprio 63 413 66 304

Obras em imóveis arrendados 32 452 31 841

Imobilizado em curso 82 82

Equipamento:

Mobiliário e material 8 253 9 271

Máquinas e ferramentas 2 531 2 737

Equipamento informático 32 554 26 967

Instalações interiores 23 008 20 385

Equipamento de transporte 1 153 1 464

Equipamento de segurança 2 720 2 621

Património artístico 422 419

Outras imobilizações corpóreas 31 30

Imobilizações em curso 554 1 249

167 173 163 370

Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (8 565) (8 199)

Relativas a exercícios anteriores (79 580) (74 769)

(88 145) (82 968)

79 028 80 402

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139

Os movimentos da rubrica Outros activos tangíveis, durante o ano de 2006, são analisados como segue:

Saldo em Aquisições/ Regularizações/ Saldo em1 Janeiro Dotações Abates Transferências 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imóveis:

De serviço próprio 66 304 363 (3 254) – 63 413

Obras em imóveis arrendados 31 841 327 – 284 32 452

Imobilizado em curso 82 – – – 82

98 227 690 (3 254) 284 95 947

Equipamento:

Mobiliário e material 9 271 437 (1 455) – 8 253

Máquinas e ferramentas 2 737 67 (273) – 2 531

Equipamento informático 26 967 6 515 (928) – 32 554

Instalações interiores 20 385 1 804 (143) 962 23 008

Equipamento de transporte 1 464 14 (325) – 1 153

Equipamento de segurança 2 621 100 (1) – 2 720

63 445 8 937 (3 125) 962 70 219

Património artístico 419 3 – – 422

Outras imobilizações corpóreas 30 1 – – 31

Imobilizações em curso 1 249 551 – (1 246) 554

163 370 10 182 (6 379) – 167 173

Amortizações acumuladas:

Imóveis:

De serviço próprio 12 466 1 000 (639) – 12 827

Obras em imóveis arrendados 20 043 2 753 – – 22 796

Equipamento:

Mobiliário e material 7 395 603 (1 215) – 6 783

Máquinas e ferramentas 2 368 159 (273) – 2 254

Equipamento informático 24 075 2 128 (927) – 25 276

Instalações interiores 13 038 1 721 (8) – 14 751

Equipamento de transporte 1 360 63 (325) – 1 098

Equipamento de segurança 2 223 138 (1) – 2 360

82 968 8 565 (3 388) – 88 145

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140

24. Activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Trespasses 33 33

Software 29 596 19 618

Adiantamentos por conta de imobilizações 72 24

29 701 19 675Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (4 319) (2 886)

Relativas a exercícios anteriores (14 124) (11 238)

(18 443) (14 124)

11 258 5 551

Os movimentos da rubrica Activos intangíveis, durante o exercício de 2006, são analisados como segue:

Saldo em Aquisições/ Saldo em1 Janeiro Dotações 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Trespasses 33 – 33

Software 19 618 9 978 29 596

Adiantamentos por conta de imobilizações 24 48 72

19 675 10 026 29 701

Amortizações acumuladas:

Software 14 124 4 319 18 443

25. Outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Aplicações por recuperação de crédito 103 964 112 948

Bonificações a receber do Estado Português 23 879 21 222

Outros devedores 7 549 5 223

Outros proveitos a receber 2 964 2 623

Despesas com custo diferido 69 581 209 322

Contas diversas 12 428 39 346

220 365 390 684

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito (13 326) (13 382)

207 039 377 302

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A rubrica Aplicações por recuperação de crédito inclui omontante de Euros 96 461 000 (2005: Euros 104 016 000)relativo aos imóveis recebidos pela Caixa por arremataçãoou dação em cumprimento de créditos e cuja mensuraçãoé efectuada de acordo com a política contabilística descri-ta na nota 1.13.

A rubrica Bonificações a receber do Estado Português, nomontante de Euros 23 879 000 (2005: Euros 21 222 000)corresponde às bonificações referentes a contratos de cré-dito à habitação, de acordo com os dispositivos legais apli-cáveis ao crédito bonificado. Estes montantes não vencemjuros e são reclamados mensalmente.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, a rubrica Bonificações a receber do Estado Português pode serdetalhada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas 4 607 4 526

Bonificações processadas e ainda não reclamadas 10 511 10 479

Bonificações vencidas e ainda não reclamadas 8 761 6 217

23 879 21 222

A rubrica Bonificações reclamadas ao Estado e ainda nãoliquidadas inclui, em 31 de Dezembro de 2006 e 31 deDezembro de 2005, um montante de Euros 3 473 000 nãoreconhecido pela Direcção Geral do Tesouro, estando estetotalmente provisionado na rubrica Provisões, conformenota 30.

A rubrica Despesas com custo diferido inclui, em 31 deDezembro de 2006, o montante de Euros 67 423 000 refe-

rente ao valor ainda não diferido do impacto contabilísticodecorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de2005, para os critérios da IAS 19 relativamente ao apura-mento do valor actuarial das responsabilidades do fundode pensões. Neste caso é aplicado um diferimento de cincoanos ou sete anos conforme se trate de benefícios desaúde ou outros benefícios, conforme a política contabilís-tica descrita na nota 1.16.

Os movimentos de imparidade para aplicações por recuperação de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 13 382 8 966

Dotação do exercício 1 802 8 624

Reversão do exercício (774) (2 677)

Utilização de imparidade (1 084) (1 531)

Saldo em 31 de Dezembro 13 326 13 382

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142

26. Recursos de outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Recursos de instituições de crédito no país – 59 808 59 808 – 148 380 148 380

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 17 515 1 042 533 1 060 048 10 751 778 422 789 173

17 515 1 102 341 1 119 856 10 751 926 802 937 553

A análise da rubrica Recursos de outras instituições de crédito pelo período remanescente das operações, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 3 meses 421 965 269 791

3 meses até 6 meses 80 806 141 454

6 meses a 1 ano 78 708 4 147

1 ano até 5 anos 477 641 463 828

Mais de 5 anos 58 584 58 333

1 117 704 937 553

Correcções de valor por operações de cobertura 2 152 –

1 119 856 937 553

27. Recursos de clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Depósitos à ordem 1 883 462 – 1 883 462 2 241 726 – 2 241 726

Depósitos a prazo (*) – 4 663 430 4 663 430 – 3 552 927 3 552 927

Depósitos de poupança (*) – 1 502 838 1 502 838 – 1 752 918 1 752 918

Outros débitos 3 141 – 3 141 2 498 – 2 498

Correcções de valor por operações de cobertura (4 501) – (4 501) – – –

1 882 102 6 166 268 8 048 370 2 244 224 5 305 845 7 550 069

Observações: (*) Depósitos estruturados para os quais foi efectuado o destaque do derivado embutido, conforme referido na nota 20 e na política contabilística 1.4.

Nos termos da Portaria n.º 180/94, de 15 de Dezembro, foiconstituído o Fundo de Garantia de Depósitos, cuja finali-dade é a garantia de reembolso de depósitos constituídos

nas Instituições de Crédito. Os critérios a que obedecem oscálculos das contribuições anuais para o referido Fundoestão fixados no Aviso n.º 11/94 do Banco de Portugal.

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143

A análise da rubrica Recursos de clientes pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Depósitos à ordem 1 883 462 2 241 726

Depósitos a prazo e de poupança:

Até 3 meses 3 669 657 3 157 604

3 meses até 6 meses 940 173 808 984

6 meses até 1 ano 715 470 615 635

1 ano até 5 anos 785 720 676 083

Mais de 5 anos 55 248 47 539

6 166 268 5 305 845

Correcções de valor por operações de cobertura (4 501) –

6 161 767 5 305 845

Outros débitos:

Até 3 meses 3 141 2 498

8 048 370 7 550 069

28. Responsabilidades representadas por títulos

A análise das Responsabilidades representadas por títulos, refere-se a Obrigações de caixa emitidas e cuja análise peloperíodo remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 6 meses 401 658 558 209

6 meses até 1 ano 129 098 200 806

1 ano até 5 anos 3 355 816 2 518 178

Mais de 5 anos 799 185 803 229

4 685 757 4 080 422

Correcções de valor por operações de cobertura (14 914) –

4 670 843 4 080 422

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144

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica Responsabilidades representadas por títulos é composta pelas seguintes emissões:

Data de Data de 2006Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

Empréstimos obrigacionistas:Obr. CEMG / 02 – 1.ª Emissão Jan. 2002 Jan. 2012 Euribor 6 meses + 1% 50 000Obr. CEMG / 03 Mar. 2003 Mar. 2008 Taxa fixa de 3,8% 100 000Obr. CEMG / 03 Ago. 2003 Ago. 2009 Taxa fixa de 3,548% 100 000Obr. CEMG / 03 Nov. 2003 Nov. 2008 Pribor 6 meses + 0,18% 18 192Obr. CEMG / 03 Nov. 2003 Nov. 2008 Euribor 3 meses + 0,30% 200 000Obr. CEMG / 03 Jan. 2004 Nov. 2008 Euribor 3 meses + 0,30% 100 000Obr. CEMG / 04 Fev. 2004 Ago. 2007 Taxa fixa de 3,25% 120 000Obr. CEMG / 04 Mar. 2004 Mar. 2007 Euribor 3 meses + 0,20% 400 000Obr. CEMG / 04 Mar. 2004 Mar. 2009 Hibor 3 meses + 0,26% 9 765Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,25% 15 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,31% 50 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,31% 50 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2009 Taxa fixa de 4,6% 18 192Obr. CEMG / 04 Nov. 2004 Nov. 2009 Euribor 3 meses + 0,25% 300 000Obr. CEMG / 04 Fev. 2005 Nov. 2009 Euribor 3 meses + 0,25% 300 000Obr. CEMG / 05 Fev. 2005 Fev. 2015 Taxa fixa de 3,628% 125 000Obr. CEMG / 05 Mar. 2005 Mar. 2015 Euribor 3 meses + 0,25% 5 000Obr. CEMG / 05 Mai. 2005 Mai. 2012 Euribor 3 meses + 0,25% 500 000Obr. caixa MG Aforro – 1.ª Emissão Ago. 2005 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 2% 19 000Obr. CEMG / 05 Set. 2005 Set. 2010 Euribor 3 meses + 0,20% 500 000Obr. CEMG / 05 Out. 2005 Set. 2010 Euribor 3 meses + 0,20% 125 000Obr. caixa MG Aforro – 2.ª Emissão Out. 2005 Out. 2009 Taxa fixa anual de 2% 62 000Obr. caixa MG Cabaz TOP – 1.ª Emissão Out. 2005 Out. 2007 Taxa fixa anual de 2% 8 500Obr. caixa MG Aforro – 3.ª Emissão Nov. 2005 Nov. 2009 Taxa fixa anual de 2% 14 000Obr. caixa MG Especial Poupança Nov. 2005 Nov. 2010 Taxa fixa anual de 2% 23 000Obr. caixa MG Aforro – 4.ª Emissão Dez. 2005 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 2% 52 000Obr. caixa MG Business Invest Dez. 2005 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 2,5% 26 500Obr. caixa MG Aforro Especial Dez. 2005 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 2,5% 30 000Obr. CEMG / 06 Jan. 2006 Jan. 2011 Euribor 3 meses + 0,20% 500 000Obr. caixa MG Valor Garantido 2006 Jan. 2006 Jan. 2011 Taxa fixa anual de 2,65% 10 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 1.ª Emissão Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,5% 40 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 2ª. Emissão Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,325% 17 000Obr. caixa MG Aforro Especial Fev.06 Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,525% 9 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 3.ª Emissão Mar. 2006 Mar. 2009 Taxa fixa anual de 2,5% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 4.ª Emissão Mar. 2006 Mar. 2009 Taxa fixa anual de 2,625% 23 000Obr. caixa MG Business Invest 2006 Mar. 2006 Mar. 2008 Taxa fixa anual de 2,50% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 5.ª Emissão Abr. 2006 Abr. 2009 Taxa fixa anual de 2,50% 20 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 6.ª Emissão Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 2,625% 20 000Obr. caixa MG Valor Imobiliário Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 1% 2 000Obr. caixa MG Commodities Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 3,75% 4 700Obr. caixa MG Aforro/06 – 7.ª Emissão Jun. 2006 Jun. 2009 Taxa fixa anual de 2,875% 25 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 8.ª Emissão Jul. 2006 Jul. 2009 Taxa fixa anual de 2,75% 18 000Obr. caixa MG Aforro Especial Jul.06 Jul. 2006 Jul. 2009 Taxa fixa anual de 3% 13 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 9.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 2,875 % 23 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 1.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2011 Taxa fixa anual de 3% 7 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 10.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 3% 15 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 2.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2011 Taxa fixa anual de 3% 4 000Obr. CEMG / 06 Set. 2006 Set. 2011 Euribor 3 meses + 0,25% 500 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 11.ª Emissão Set. 2006 Set. 2009 Taxa fixa anual de 3% 15 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 3.ª Emissão Set. 2006 Set. 2011 Taxa fixa anual de 3% 3 500Obr. caixa MG Aforro/06 – 12.ª Emissão Nov. 2006 Nov. 2009 Taxa fixa anual de 3% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 4.ª Emissão Nov. 2006 Nov. 2011 Taxa fixa anual de 3% 3 750Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 5.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2011 Taxa fixa anual de 3,125% 1 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 13.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 3,125% 6 000Obr. caixa MG Ass./06 5 anos – 1.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2011 Taxa fixa anual de 3,25% 1 000Obr. caixa MG Ass./06 3 anos – 1.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 3,25% 7 000Obr. caixa MG Energ. Renováveis Dez 2006/08 Dez. 2006 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 1,75% 5 000Obr. caixa Cabaz Bric Dez. 2006 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 7% 9 000

4 674 099Correcções de valor por operações de cobertura (14 914)Periodificações, custos e proveitos diferidos 11 658

4 670 843

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145

Em 31 de Dezembro de 2006, os empréstimos obrigacio-nistas venciam juros postecipados e antecipados, sendo assuas taxas efectivas compreendidas entre 1% e 7%.

As obrigações CEMG/02 1.ª Emissão apresentam um cap de 6%.

As obrigações de caixa MG Cabaz Top 1.ª Emissão apresen-tam um floor de 2%.

Os reembolsos dos empréstimos obrigacionistas ocorridos no decurso do ano de 2006 são analisados como segue:

MontanteData de Data de de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

Empréstimos obrigacionistas:

Obr. CEMG / 01 – 1.ª Emissão Mar.2001 Jun.2006 Euribor 3 meses + 0,35% 250 000

Obr. CEMG / 01 – 1.ª Emissão Jun.2001 Jun.2006 Taxa fixa de 5,25% 300 000

Obr. CEMG / 04 – 1.ª Emissão Jul.2004 Jul.2006 Euribor 3 meses + 0,125% 200 000

750 000

As responsabilidades representadas por títulos com vencimento no decurso do ano de 2007 ascendem a Euros 528 500 000.

29. Passivos financeiros detidos para negociação e outros passivos financeiros aojusto valor através de resultados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Passivos financeiros detidos para negociação:

Derivados de moeda 424 –

Derivados de taxa de juro 6 971 –

Credit default swaps 58 –

Opções 431 –

7 884 –

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados:

Derivados de taxa de juro 33 859 –

41 743 –

A rubrica Passivos financeiros detidos para negociaçãoinclui, a valorização dos derivados embutidos destacadosde acordo com a política contabilística 1.3 no montante de

Euros 3 179 000. Esta nota deve ser analisada em conjun-to com a nota 19.

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146

30. Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Provisões para riscos gerais de crédito 87 794 79 522

Provisões para outros riscos e encargos 4 978 5 153

92 772 84 675

Os movimentos da provisão para riscos gerais de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 79 522 73 255

Dotação do exercício 35 560 11 970

Reversão do exercício (27 288) (5 703)

Saldo em 31 de Dezembro 87 794 79 522

A provisão para riscos gerais de crédito foi constituída deacordo com o disposto nos avisos n.º 3/95,de de 30 deJunho de 1995, n.º 2/99, de 15 de Janeiro de 1999, e

n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003 do Banco de Portugal,conforme referido na nota 1.2.

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 5 153 5 614

Dotação do exercício 335 1 193

Reversão do exercício (510) (1 013)

Utilização de provisões – 90)

Transferências – (551)

Saldo em 31 de Dezembro 4 978 5 153

Estas provisões foram efectuadas tendo como base a probabilidade de ocorrência de certas contingências relacionadascom a actividade da Caixa.

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147

31. Outros passivos subordinados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Obrigações de caixa – 9 982Obrigações de prazo determinado 200 347 149 770

Obrigações perpétuas 100 882 150 897

301 229 310 649

Em 31 de Dezembro de 2006, as emissões de passivos subordinados são analisadas como segue:

Data de Data de Número de 2006Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro obrigações Euros ’000

Obrigações de prazo determinado:

CEMG/03 1.ª emissão Fev. 2003 Fev. 2013 Euribor 3 meses + 1,3% 10 000 100 028

CEMG/03 2.ª emissão Mai. 2003 Fev. 2013 Euribor 3 meses + 1,3% 5 000 50 014

CEMG/06 Abr. 2006 Abr. 2016 Euribor 3 meses + 0,45% 50 000 50 305

200 347Obrigações perpétuas:

CEMG/01 Jul. 2001 Indeterminado Euribor 3 meses + 1,1% 2 000 000 100 882

301 229

No final do sétimo ano de vida das obrigações perpétuasCEMG/01, e, posteriormente, em cada data de vencimentode juros, a Caixa poderá reembolsar o empréstimo na suaglobalidade, ao par, após autorização do Banco de Portugal.Caso o empréstimo não seja reembolsado nesta data o«spread» sobre a taxa de juro passará para 210 pontos base.Esta emissão foi submetida à cotação na Euronext.

As obrigações de caixa subordinadas CEMG/03 têm umaopção de reembolso antecipado a vencer em 2008.

Em 31 de Dezembro de 2006, os empréstimos subordina-dos venciam juros trimestrais e semestrais postecipados,sendo as suas taxas de juro efectivas compreendidas entre3,949% e 4,925%.

Os reembolsos de passivos subordinados ocorridos no decurso do ano de 2006 são analisados como segue:

Montante deData de Data de Número de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro obrigações Euros ’000

CEMG/99 Mai. 1999 Indeterminado Euribor 3 meses + 1,1% 1 000 000 50 000

CEMG/96 Dez. 1996 Dez. 2006 Euribor 6 meses + 0,20% 4 987 978 972 9 976

59 976

A rubrica Outros passivos subordinados tem a seguinte composição de acordo com o prazo residual das operações:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 1 ano – 9 982

Mais de 5 anos 301 229 300 667

301 229 310 649

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148

32. Outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Credores:

Fornecedores 9.344 5.046

Outros credores 12.126 30.945

Sector público administrativo 8.065 7.550

Férias e subsídio de férias a pagar 26.121 19.949

Outros custos a pagar – 340

Receitas antecipadas 579 548

Operações sobre títulos a liquidar 1.502 6.508

Contas diversas 60.964 225.968

118.701 296.854

Em 31 de Dezembro de 2006, as rubricas relativas às responsabilidades com pensões de reforma, incluídas na rubricaContas diversas, são analisadas como segue:

2006Euros ‘000

Responsabilidade por benefícios projectados 506 395

Valor do fundo (374 401)

131 994Perdas actuariais

Corredor 92 045

Acima do corredor 21 621

113 666

18 328

A rubrica Contas diversas, em 31 de Dezembro de 2005, incluio montante de Euros 140 415 000 e Euros 39 860 000 rela-tivos às responsabilidades com pensões de reforma dispen-

sadas de financiamento e contribuições adicionais a entre-gar ao Fundo em 2006 com data-valor de 2005, respecti-vamente.

33. Capital

Em 6 de Junho de 2006, na sequência da deliberação daAssembleia Geral da Caixa, procedeu-se ao aumento do capi-tal institucional da Caixa Económica Montepio Geral, nomontante de Euros 100 000 000, por entrada de numerário.

Após esta operação, o capital institucional da Caixa, que seencontra integralmente realizado, passou a ser de Euros585 000 000, pertencendo na sua totalidade ao MontepioGeral – Associação Mutualista.

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149

35. Reservas de justo valor, outras reservas e resultados transitados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Reservas de justo valor 7 586 –

Reservas e resultados transitados:

Reserva geral 131 198 122 136

Reserva especial 54 572 52 306

Outras reservas 8 404 8 404

Resultados transitados (24 739) (22 387)

169 435 160 459

A variação da rubrica Reserva geral e especial é analisada na nota 34.

As reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos instrumentos financeiros deti-dos para venda em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.3. A movimentação dos principais títu-los incluídos nesta rubrica durante o ano de 2006 é analisada conforme segue:

Saldo em Saldo em1 Janeiro Reavaliações Aquisições Alienações 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – (18) – 22 4

Estrangeiros – 107 (54) 131 184

– 89 (54) 153 188

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Estrangeiras – 8 311 – 2 8 313

Unidades de participação – (865) 12 (62) (915)

– 7 446 12 (60) 7 398

– 7 535 (42) 93 7 586

34. Reserva geral e especial

As reservas geral e especial são constituídas ao abrigo doDecreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio. A reserva geral des-tina-se a fazer face a qualquer eventualidade e a cobrir pre-juízos ou depreciações extraordinárias.

Nos termos da legislação portuguesa a Caixa deverá refor-çar anualmente a reserva geral com pelo menos 20% doslucros líquidos anuais. O limite para formação da reservageral é de 25% da totalidade dos depósitos. Esta reserva,normalmente não está disponível para distribuição e pode

ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumen-tar o capital.

A reserva especial destina-se a suportar prejuízos resul-tantes das operações correntes. Nos termos da legislaçãoportuguesa a Caixa deverá reforçar anualmente a reservaespecial com pelo menos 5% dos lucros líquidos anuais.Esta reserva, normalmente não está disponível para distri-buição e pode ser utilizada para absorver prejuízos e paraaumentar o capital.

A rubrica Resultados transitados inclui, em 31 de Dezem-bro de 2006, o montante de Euros 18 853 000 relativo àamortização dos ajustamentos de transição resultantes da

adopção da IAS 19, conforme definido na política conta-bilística 1.16.

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150

36. Contas extrapatrimoniais

Os saldos destas contas são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Garantias e avales prestados 300 343 281 027

Garantias e avales recebidos 30 171 246 31 376 921

Compromissos perante terceiros 1 452 059 1 328 288

Compromissos assumidos por terceiros 50 665 24 456

Activos cedidos em operações de titularização 803 141 973 068

Valores recebidos em depósito 5 595 430 4 556 235

Os montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Garantias e avales prestados:

Garantias e avales 294 087 278 580

Créditos documentários abertos 6 256 2 447

300 343 281 027

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Compromissos perante terceiros:

Compromissos irrevogáveis

Contratos a prazo de depósitos 4 662 5 327

Linhas de crédito irrevogáveis 204 611 191 904

Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos 19 142 18 859

Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 2 200 1 896

Compromissos revogáveis

Linhas de crédito revogáveis 1 221 444 1 110 302

1 452 059 1 328 288

O saldo da rubrica Responsabilidades a prazo de contri-buições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos, em31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, refe-re-se ao compromisso irrevogável que a Caixa assumiu, porforça da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitaçãodeste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais.

O saldo da rubrica Responsabilidade potencial para com oSistema de Indemnização aos Investidores, em 31 de De-zembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, é relativo à

obrigação irrevogável que a Caixa assumiu, por força da leiaplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de acciona-mento deste, os montantes necessários para pagamentoda sua quota-parte nas indemnizações que forem devidasaos investidores.

Os instrumentos financeiros registados em contas de or-dem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprova-ção e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se pre-vendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

37. Distribuição de resultados

Em 30 de Março de 2006, de acordo com deliberação emAssembleia Geral, a Caixa distribuiu resultados ao Monte-

pio Geral – Associação Mutualista no montante de Euros11 597 000 (2005: Euros 24 782 000).

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151

38. Ajustamentos de transição de acordo com as NCA’s

Para os exercícios até e incluindo o exercício findo em 31 deDezembro de 2005, a Caixa preparou as suas demonstraçõesfinanceiras individuais em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal, de acordocom o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabeleci-do pelo Banco de Portugal («Normas Locais»). No âmbito dodisposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do ParlamentoEuropeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, na sua trans-posição para a legislação Portuguesa através do Decreto Lein.º 35/2005, de 17 de Fevereiro, as demonstrações finan-ceiras da Caixa passaram a ser preparadas de acordo com asNormas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco dePortugal que têm como base a aplicação das IFRS em vigor eadoptadas pela União Europeia, com excepção das matériasdefinidas nos n.º 2.º e 3.º do Aviso n.º 1/2005 e n.º 2 do Avison.º 4/2005 do Banco de Portugal («NCA’s»).

As NCA’s incluem as normas emitidas pelo InternationalAccounting Standards Board («IASB») bem como as inter-

pretações emitidas pelo International Financial ReportingInterpretations Committee («IFRIC») e pelos respectivos ór-gãos antecessores com excepção dos aspectos já referidosdefinidos nos Avisos n.º 1/2005 e n.º 4/2005 do Banco dePortugal: i) valorimetria e provisionamento do crédito con-cedido, relativamente ao qual se manterá o actual regime,ii) benefícios aos empregados, através do estabelecimentode um período para diferimento do impacto contabilísticodecorrente da transição para os critérios da IAS 19 e iii) res-trição de aplicação de algumas opções previstas nas IAS//IFRS.

As políticas contabilísticas descritas nas notas 1.1 a 1.20,foram utilizadas na preparação destas demonstrações fi-nanceiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006,na preparação da informação financeira comparativa parao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, assim comona preparação do balanço de abertura de acordo com asNCA’s em 1 de Janeiro de 2006 (data de transição).

As diferenças entre as Normas locais e as NCA’s, com impacto nas Demonstrações Financeiras em 1 de Janeiro de 2006e a reconciliação das situações líquidas e resultados nas referidas datas, são apresentadas como segue:

1 de Janeiro2006

Situação líquidaEuros ‘000

Normas locais Nota 690 771

Ajustamentos NCA’s

Valorização dos investimentos em activos financeiros (a) 576

Taxa efectiva (b) (15 789)

Contabilidade de cobertura de justo valor e derivados embutidos (c) 1 602

Activos ou passivos financeiros pelo justo valor através dos resultados (d) 7 725

Total dos ajustamentos de transição (5 886)

NCA’s 684 885

A análise dos principais ajustamentos de transição efectuados é apresentada como segue:

a) Valorização dos investimentos em activos financeiros

De acordo com as Normas locais, os títulos de rendimento fixo e variável são registados ao valor nominal e custo,respectivamente sendo as menos valias potenciais resultantes da diferença entre o valor contabilístico e o valor de mer-cado provisionadas por contrapartida de resultados do exercício.

De acordo com as NCA’s, e conforme referido na política contabilística apresentada na nota 1.3, os títulos de inves-timento classificados como disponíveis para venda passaram a ser valorizados ao justo valor, sendo a diferença para ocusto de aquisição registada por contrapartida de reservas de justo valor. Estes activos financeiros são periodicamentesujeitos a testes de imparidade.

b) Taxa efectiva

Os «fees» e comissões recebidos eram, de acordo com as Normas locais, reconhecidos no momento em que o serviçoera cobrado aos clientes, excepto nas situações em que o mesmo se destinava a fazer face a serviços continuados, emque eram cobrados ao longo do período da prestação do serviço.

De acordo com as NCA’s, a principal alteração resultou do reconhecimento dos rendimentos e custos incrementaisassociados à originação dos empréstimos que passaram a ser amortizados pelo período de vida útil dos empréstimoscomo uma componente da taxa de juro efectiva.

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152

c) Contabilização de operações de cobertura e derivados embutidos

De acordo com as Normas locais, os valores «nocionais» dos derivados de cobertura eram registados em contas extra-patrimoniais até à data da maturidade dos contratos. Os derivados de cobertura não eram reavaliados sendo os jurosa pagar e a receber periodificados pelo período dos contratos.

A adopção da IAS 39 teve um impacto significativo ao nível dos procedimentos e sistemas da Caixa, resultante dosseguintes aspectos principais: i) classificação das operações no âmbito de regras complexas aplicáveis a cada tipo deoperações ii) complexidade no cumprimento dos critérios; iii) maior exigência valorimétrica; e iv) requisitos subjacentesà nova contabilidade de cobertura e derivados embutidos.

Tendo em consideração o exposto, a Caixa procedeu à identificação das operações de cobertura existentes para efeitosdas Normas locais e simultaneamente procedeu à identificação dos modelos de cobertura a adoptar no âmbito da IAS39. Assim, face à actual política de cobertura de riscos definida pela Caixa e ao objectivo de minimização da volatili-dade dos resultados do exercício, foram adoptados os modelos de cobertura de «fair value hedge» para activos e pas-sivos financeiros que geram rendimentos fixos e para os quais a caixa pretende diminuir a sua exposição em relaçãoàs variações de «fair value Quando o instrumento financeiro cobre a exposição a alterações no fair value de activose passivos, o item coberto é registado ao «fair value» no que diz respeito ao risco coberto. Os ganhos e perdas resul-tantes da mensuração do instrumento de cobertura e item coberto são reconhecidas por contrapartida de resultadosde exercício.

Os derivados embutidos são contabilizados separadamente como derivados caso as características económicas e riscosdos derivados embutidos não estejam directamente relacionadas com as do contrato principal. As variações do justovalor desta componente são reconhecidas em resultados do exercício. Os derivados embutidos são classificados comode negociação e registados ao seu «fair value» com as variações registadas por contrapartida de resultados do exer-cício.

d) Contabilização de operações de activos ou passivos financeiros pelo justo valor através dos resultados

De acordo com o estabelecido pela IAS 39 revista em Junho de 2005, a Caixa passou a designar pelo justo valor atravésdos resultados os activos financeiros ou passivos financeiros anteriormente reconhecidos como itens cobertos emrelações de contabilidade de cobertura do justo valor e passivos financeiros com derivados embutidos separados.

A classificação destes itens foi alterada de acordo com o parágrafo 105B da versão revista pela IAS 39 de Junho de2005 e designados ao justo valor através de resultados.

O ajustamento apurado na transição com referência a 1 de Janeiro de 2006, engloba o ajustamento de justo valor dospassivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, assim como ajustamento de justo valor dos deriva-dos associados a esta operação, contratados pela Caixa no mercado.

Os activos ou passivos financeiros pelo justo valor através dos resultados são reconhecidos inicialmente ao seu justovalor, com os custos ou proveitos associados às transacções reconhecidos em resultados, e posteriormente valoriza-dos ao justo valor. Os custos e proveitos subsequentes resultantes das alterações do justo valor, periodificação de jurose recebimento de dividendos são reconhecidos na rubrica «Resultados em operações financeiras» da demonstraçãodos resultados.

O justo valor tem como base os preços de cotação de mer-cado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Casoestes não existam, como acontece em muitos dos produtoscolocados junto de clientes, o justo valor é estimado atra-vés de modelos internos baseados em técnicas de descon-to de fluxos de caixa.

A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentoscomercializados é feita com base nas respectivas caracterís-ticas financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporamquer a curva de taxas de juro de mercado quer as actuaiscondições da política de pricing da Caixa.

Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelosparâmetros utilizados no modelo de avaliação, que neces-sariamente incorporam algum grau de subjectividade, ereflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes ins-trumentos financeiros. Ignora, no entanto, factores de na-tureza prospectiva, como por exemplo a evolução futura denegócio.

Nestas condições, os valores apresentados não podem serentendidos como uma estimativa do valor económico daCaixa.

39. Justo valor

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De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e pas-sivos financeiros:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em outras Instituições de Crédito e Recursosde outras Instituições de Crédito

Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é umarazoável estimativa do seu justo valor.

Aplicações em Instituições de Crédito, Recursos em Mercado Monetário Interbancário

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos, considerando que os pagamentos de prestações ocorremnas datas contratualmente definidas.

A taxa de desconto utilizada reflecte as actuais condições praticadas pela Caixa em idênticos instrumentos para cadaum dos diferentes prazos de maturidade residual.

Activos financeiros detidos para negociação, Passivos financeiros detidos para negociação e Activos finan-ceiros disponíveis para venda

Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotaçãode mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através demodelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.

No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponívelum valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor.

Derivados de cobertura

Os derivados de cobertura encontram-se contabilizados pelo seu justo valor.

Créditos a clientes com maturidade definida

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações, ocorremnas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da Caixa para cadauma das classes homogéneas deste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante. Os cálculos efectua-dos incorporam o spread de risco de crédito.

Créditos a clientes sem maturidade definida e Débitos à vista para com clientes

Atendendo ao curto prazo deste tipo de instrumentos, as condições da carteira actual deste tipo de instrumentos sãosemelhantes às actualmente praticadas, pelo que o seu valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Recursos de clientes

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações ocorremnas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da Caixa para estetipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante.

Responsabilidades representadas por títulos e Outros passivos subordinados

Para estes instrumentos financeiros, foi calculado o justo valor para as componentes que ainda não se encontramreflectidas em balanço. Os instrumentos que são a taxa fixa e para os quais a Caixa adopta contabilisticamente umapolítica de hedge-accounting, o justo valor relativamente ao risco de taxa de juro já se encontra registado.

Para o cálculo do justo valor foram levadas em consideração as outras componentes de risco, para além do risco taxade juro já registado. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontremdisponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas dedesconto de fluxos de caixa.

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154

A decomposição dos principais ajustamentos aos valores de balanço dos activos e passivos financeiros da Caixa contabi-lizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisada como segue:

2006

Disponíveis Custo Valor JustoNegociação para venda amortizado Outros contabilístico valorEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais – – – 242 772 242 772 242 772

Disponibilidades em outras instituições de crédito – – – 75 321 75 321 75 321

Aplicações em instituições de crédito – – 670 440 – 670 440 670 458

Crédito a clientes – – 12 941 563 – 12 941 563 13 694 466

Activos financeiros detidos para negociação 6 349 – – – 6 349 6 349

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 20 380 – – – 20 380 20 380

Activos financeiros disponíveis para venda – 890 238 – – 890 238 890 238

Derivados de cobertura 14 220 – – – 14 220 14 220

Investimentos detidos até à maturidade – – 36 044 – 36 044 36 044

Investimentos em associadas – – – 28 236 28 236 28 236

40 949 890 238 13 648 047 346 329 14 925 563 15 678 484

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito – – 1 119 856 – 1 119 856 1 119 856

Recursos de clientes – – 8 048 370 – 8 048 370 8 053 479

Responsabilidades representadas por títulos – – 4 670 843 – 4 670 843 4 670 843

Passivos financeiros detidos para negociação 41 743 – – – 41 743 41 743

Derivados de cobertura 7 199 – – – 7 199 7 199

Outros passivos subordinados – – 301 229 – 301 229 301 229

48 942 – 14 140 298 – 14 189 240 14 194 349

2005

Disponíveis Custo Valor JustoNegociação para venda amortizado Outros contabilístico valorEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais – – – 207 707 207 707 207 707

Disponibilidades em outras instituições de crédito – – – 94 396 94 396 94 396

Aplicações em instituições de crédito – – 910 571 – 910 571 910 740

Crédito a clientes – – 11 533 418 – 11 533 418 11 778 882

Activos financeiros disponíveis para venda – 680 474 – – 680 474 680 474

Investimentos detidos até à maturidade – – 34 903 – 34 903 34 903

Investimentos em associadas – – – 26 269 26 269 26 269

– 680 474 12 478 892 328 372 13 487 738 13 733 371

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito – – 937 553 – 937 553 937 553

Recursos de clientes – – 7 550 069 – 7 550 069 7 569 668

Responsabilidades representadas por títulos – – 4 080 422 – 4 080 422 4 080 422

Outros passivos subordinados – – 310 649 – 310 649 310 649

– – 12 878 693 – 12 878 693 12 898 292

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155

40. Pensões de reforma

A Caixa assumiu a responsabilidade de pagar aos seuscolaboradores, pensões de reforma por velhice e por inva-lidez, nos termos do estabelecido no Acordo Colectivo deTrabalho Vertical do Sector Bancário (ACTV). Para a cober-

tura das suas responsabilidades são efectuadas contribui-ções para o «Fundo de Pensões» o qual é gerido pelaFuturo – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de participantes abrangidos por este plano de pensões de reforma era oseguinte:

2006 2005

Número de participantes

Reformados e pensionistas 499 451

Pessoal no activo 2 932 2 938

3 431 3 389

De acordo com a política contabilística descrita na nota 1.16, as responsabilidades da Caixa por pensões de reforma erespectivas coberturas, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, calculada com base no método de crédito das unidades pro-jectadas, é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Responsabilidades por benefícios projectados

Reformados e pensionistas 139 497 115 393

Pessoal no activo 366 898 352 743

506 395 468 136

Valor do fundo (374 401) (327 721)

Responsabilidades não financiadas 131 994 140 415

Responsabilidades dispensadas de financiamento (131 994) (140 415)

– –

Responsabilidades por serviços futuros 405 742 355 026

Em 31 de Dezembro de 2006 não existem imóveis utilizados pela Caixa ou títulos emitidos por esta, registados nasDemonstrações Financeiras do Fundo.

A evolução dos valores relativos a responsabilidade não financiadas por benefícios projectados durante os exercícios de2006 e 2005, é analisada conforme segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 31 de Dezembro 140 415 20 355

Ajustamento relativo aos Avisos n.º 6/05 e n.º12/05 (ver nota 1.16) – 72 599

Valores em 1 de Janeiro 140 415 92 954

Custo dos serviços correntes 18 797 14 206

Custo dos juros 20 689 18 639

Rendimento esperado dos activos (15 508) (12 675)

(Ganhos) e perdas actuariais

Não decorrentes de alterações de pressupostos 3 683 (6 829)

Resultantes de alterações de pressupostos

Alteração de pressupostos – 15 437

Alteração na taxa de desconto – 38 107

Alteração das tábuas de mortalidade – 43 585

Contribuições para o fundo (36 195) (62 198)

Outros 113 (811)

Valores em 31 de Dezembro 131 994 140 415

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A evolução do valor dos activos do Fundo durante o exercício de 2006 é analisada conforme segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 1 de Janeiro 327 721 259 798

Rendimento esperado dos activos 15 508 12 675

Ganhos actuariais 4 187 1 124

Contribuições para o fundo 36 195 61 074

Pagamentos (9 097) (8 074)

Contribuições de colaboradores – 1 124

Outros (113) –

Valores em 31 de Dezembro 374 401 327 721

As contribuições para o Fundo incluem a contribuição adi-cional no montante de Euros 8 000 000, efectuada pelaCaixa em Janeiro de 2007 com data-valor de 2006. As con-

tribuições efectuadas ao Fundo pela Caixa durante o exer-cício de 2006 foram efectuadas na sua totalidade em di-nheiro.

Os títulos emitidos por empresas da Caixa existentes na carteira do Fundo são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento variável 5 800 3 485

Em conformidade com o disposto na IAS 19, em 31 de Dezembro de 2006, as perdas actuariais diferidas, incluindo o valordo corredor, são analisadas como segue:

Perdas Actuariais

Acima doCorredor Corredor

Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 1 de Janeiro de 2006 87 692 25 514

Ganhos e perdas actuariais:

Não decorrentes de alterações de pressupostos – 3 683

Variação do corredor 4 353 (4 353)

Amortização das perdas actuariais acima do corredor – (875)

Outras variações – (2.348)

Valores em 31 de Dezembro de 2006 92 045 21 621

Considerando os ganhos e perdas actuariais registados nocálculo das responsabilidades e no valor do fundo, comreferência a 31 de Dezembro de 2006, o valor do corredorcalculado de acordo com o parágrafo 92 da IAS 19 ascen-dia a Euros 92 045 000 (2005: Euros 87 692 000).

Com referência a 31 de Dezembro de 2006, os ganhos e per-das actuariais acima do valor do corredor no montante de

Euros 21 621 000 (2005: Euros 25 514 000) serão reconheci-dos em resultados do exercício durante um período de 25anos, tendo como base o saldo no final do ano anterior, con-forme referido na política contabilística descrita na nota 1.16.

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157

Em 2006, a Caixa reconheceu, como encargos com pensões de reforma o montante de Euros 24 853 000 (2005: Euros20 170 000). A análise do custo do exercício é apresentada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo dos serviços correntes 18 797 14 206

Custo dos juros 20 689 18 639

Rendimento esperado dos activos (15 508) (12 675)

Amortização de ganhos e perdas actuariais 875 –

Custo do exercício 24 853 20 170

Após a análise dos indicadores de mercado, em particular as perspectivas de taxa de inflação e a taxa de juro de longoprazo para a Zona Euro, bem como das características demográficas dos seus colaboradores, a Caixa manteve os pressu-postos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com pensões de reforma com referência a 31 de Dezembrode 2005. A análise comparativa dos pressupostos actuariais é apresentada como segue:

2006 2005

Taxa de crescimento salarial 3,00% 3,00%

Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00%

Taxa de rendimento do fundo 4,75% 4,75%

Taxa de desconto 4,75% 4,75%

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tábua de invalidez SOA Trans Male SOA Trans Male

Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valoractuarial das responsabilidades estão de acordo com osrequisitos definidos pela IAS 19.

Não são considerados decrementos de invalidez no cálculodas responsabilidades.

Os ganhos actuariais líquidos do exercício de 2006 de Euros 3 683 000 são relativos à diferença entre os pressupostos uti-lizados no cálculo das responsabilidades e os valores efectivamente verificados e são analisados conforme segue:

(Ganhos)/Perdas

actuariais2006

Euros ‘000

Taxa de crescimento dos salários 4 944

Taxa de crescimento das pensões 2 926

Rendimento dos fundos (4 187)

3 683

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41. Transacções com partes relacionadas

À data de 31 de Dezembro de 2006, os créditos detidos pela Caixa sobre empresas participadas, representadas ou nãopor títulos, incluídos na rubrica Créditos a clientes são analisados como segue:

Créditosa clientesEuros ‘000

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 14 600

Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. 886

Futuro – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 30

Credint – Consultoria Financeira e Creditícia, S.A. 183

15 699

À data de 31 de Dezembro de 2006, os débitos detidos pela Caixa sobre empresas participadas, representadas ou não portítulos, incluídos nas rubricas Recursos de outras instituições de crédito, Recursos de clientes, Responsabilidades represen-tadas por títulos e Outros passivos subordinados são analisados como segue:

Recursos Recursos Outros passivosde outras IC’s de clientes subordinados Total

Empresa Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Lusitania Companhia de Seguros, S.A . – 28 865 1 000 29 865

Lusitania Vida Companhia de Seguros, S.A – 26 010 1 250 27 260

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. – 345 – 345

Caixa Económica de Cabo Verde 9 682 – – 9 682

SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. – 243 – 243

MG Gestão de Activos Financeiros - – S.G.F.I.M., S.A. – 31 645 – 31 645

Futuro – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. – 3.250 – 3.250

Banco da África Ocidental, S.A. 1 442 – – 1 442

Norfin – Sociedade Gestora de FIM, S.A. – 9 451 – 9 451

Credint – Consultoria Financeira e Creditícia, S.A. – – – –

Bolsimo – Gest. Imob., Lda. – 55 – 55

11 124 99 864 2 250 113 238

42. Débitos detidos pela Caixa sobre empresas coligadas

À data de 31 de Dezembro de 2006, os Débitos detidos pela Caixa sobre empresas coligadas, representadas ou não portítulos, incluídos na rubrica Recursos de outras instituições de crédito são analisados como segue:

Recursosde outras

IC’sEuros ‘000

Banco MG – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A (IFI) 264 033

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43. Transacções com empresas do Grupo

Os saldos e transacções mais significativas com empresas do Grupo estão discriminados nas notas correspondentes.

44. Gestão de riscos

O Grupo Montepio («Caixa») está sujeito a riscos de diver-sa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua actividade.

A política de gestão de risco do Grupo visa a manutenção,em permanência, de uma adequada relação entre os seuscapitais próprios e a actividade desenvolvida, assim como acorrespondente avaliação do perfil de risco/retorno porlinha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acom-panhamento e controlo dos principais tipos de riscos finan-ceiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a quese encontra sujeita a actividade do Grupo.

A análise e gestão dos riscos é efectuada de um modo integrado e numa óptica de Grupo, através da Direcção de Análisee Gestão de Riscos («DAGR»), que inclui três departamentos:

– Departamento de Risco de Crédito;

– Departamento de Riscos de Mercado;

– Departamento de Risco Operacional.

Em 2006, prosseguiram os diversos trabalhos no sentidodo alinhamento com as melhores práticas internacionais ecom o enquadramento do Acordo de Basileia II. Estes tra-balhos têm envolvido a revisão de modelos internos derisco de crédito, a elaboração de modelos de stress testing,a instalação de soluções informáticas integradas e o desen-volvimento do pricing ajustado de risco nos principais pro-dutos de crédito.

Durante o exercício de 2006, foi desenvolvido o projectode gestão integrada de risco, contemplando as novas re-gras de cálculo de requisitos de fundos próprios e proce-dendo à integração da análise de gestão de activos e pas-sivos e da imparidade do crédito, no contexto das IFRS.

Neste âmbito, foram aprovados os modelos de análise deimparidade, que assentam na utilização dos modelos derisco de crédito (ratings e scorings), assim como na aferiçãodas expectativas de recuperação dos créditos material-mente significativos em situação de imparidade. Para oefeito, foi igualmente concebida uma aplicação informáti-ca de suporte à análise efectuada, permitindo a articulaçãodas diferentes áreas envolvidas.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao graude incerteza dos retornos esperados, por incapacidadequer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se exis-tir), quer do emissor de um título ou da contraparte de umcontrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercado – O conceito de risco de mercado reflecte a perdapotencial que pode ser registada por uma determinadacarteira em resultado de alterações de taxas (de juro e decâmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos finan-

ceiros que a compõem, considerando quer as correlaçõesexistentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade doGrupo cumprir com as suas obrigações no momento dorespectivo vencimento, sem incorrer em perdas significati-vas decorrentes de uma degradação das condições definanciamento (risco de financiamento) e/ou de venda dosseus activos por valores inferiores aos valores de mercado(risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perdapotencial resultante de falhas ou inadequações nos proces-sos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as per-das potenciais resultantes de eventos externos.

Organização Interna

O Conselho de Administração, no exercício das suas fun-ções, é responsável pela estratégia e pelas políticas a adop-tar relativamente à gestão dos riscos, sendo, nesta função,assessorado pela Direcção de Análise e Gestão de Riscos(«DAGR»), que analisa e assegura a gestão dos riscos,numa óptica de grupo, incluindo a coordenação do Comitéde Activos e Passivos («ALCO»).

A Direcção de Auditoria Interna, como órgão de apoio aoConselho de Administração, tem como principais compe-tências apreciar os relatórios sobre o sistema de controlointerno a remeter anualmente ao Banco de Portugal, de ve-rificar o cumprimento e observância da legislação em vigor,por parte das diferentes unidades orgânicas, e identificar asáreas de maior risco, apresentando ao Conselho de Admi-nistração as suas conclusões.

Consoante a natureza e relevância do risco, são elaboradosplanos, programas ou acções, apoiados por sistemas de in-

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formação, e definidos procedimentos, que proporcionamum elevado grau de fiabilidade relativamente às medidasde gestão de risco oportunamente definidas.

A Sala de Mercados colabora com a DAGR, de forma aefectuar-se a medição e o controlo do risco das operaçõese das carteiras, bem como o adequado acompanhamentodas posições dos riscos globais da Caixa.

No que diz respeito ao risco de compliance, é da compe-tência da Direcção de Auditoria Interna, através do seu Ga-binete de Compliance assegurar o seu controlo, identificare avaliar as diversas situações que concorrem para o referi-do risco, designadamente em termos de transacções/activi-dades, negócios, produtos e órgãos de estrutura.

Neste âmbito, também a Direcção de Auditoria Internaavalia o sistema de controlo interno, identificando as áreasde maior relevância/risco, visando a eficácia da governação.

Avaliação de riscos

Risco de Crédito – Retalho

Os modelos de risco de crédito desempenham um papelessencial no processo de decisão de crédito. De facto, aconcessão de crédito a particulares obriga à submissão daspropostas de crédito aos modelos de scoring reactivo exis-tentes para as principais carteiras (crédito à habitação,crédito individual e cartões de crédito).

As decisões de crédito dependem das classificações derisco e do cumprimento de diversas regras sobre a capaci-dade financeira e o comportamento dos proponentes. Demodo a apoiar as estratégias comerciais, são também uti-lizados modelos de scoring comportamentais.

Foram já introduzidos nos sistemas de informação novosmodelos de scoring reactivo para algumas carteiras de cré-dito a particulares, contemplando a necessária segmenta-ção entre clientes e não clientes (ou clientes recentes). Esteprojecto será concluído durante o ano em curso para a ge-neralidade das principais carteiras de crédito em apreço.Encontram-se igualmente em fase de operacionalização in-formática novos modelos de rating interno para empresase de scoring para pequenos negócios.

Durante o ano de 2006, concluiu-se a generalização domaior alinhamento do pricing face ao risco de crédito aosprincipais produtos de crédito a particulares, considerandoas classificações dos modelos internos e as estimativas deseveridade de perda. Foi igualmente iniciado este trabalhopara produtos especializados de crédito a empresas (e.g.leasing e factoring), prevendo-se contemplar os restantesprodutos neste âmbito durante o ano em curso, após a con-clusão da operacionalização dos novos modelos de ratinginterno.

Ao nível da informação reportada sobre risco de crédito,assegura-se a produção de um relatório trimestral, incluin-

do medidas de probabilidade de incumprimento por classede risco e carteira de crédito, indicadores de rendibilidadeajustada de risco («RAROC») para as principais carteiras decrédito a particulares e a análise da composição das cartei-ras de crédito por classe de risco.

Riscos Globais e em Activos Financeiros

A gestão eficaz do balanço envolve também o Comité deActivos e Passivos («ALCO»), comité onde se procede àanálise dos riscos de taxa de juro, liquidez e cambial, desig-nadamente no tocante à observância dos limites definidospara os gaps estáticos e dinâmicos calculados.

Tipicamente, são observados gaps estáticos positivos detaxa de juro e de liquidez, de dimensão moderada, excep-tuando-se naturalmente os meses em que ocorrem paga-mentos relacionados com o serviço da dívida das obriga-ções emitidas. Ao nível do risco cambial, procede-se, emregra, à aplicação dos recursos captados nas diversas moe-das, através de activos no mercado monetário respectivo epor prazos não superiores aos dos recursos, pelo que osgaps cambiais existentes decorrem essencialmente deeventuais desajustamentos entre os prazos das aplicaçõese dos recursos.

No que respeita a informação e análise de risco, é assegura-do o reporte regular sobre os riscos de crédito e de merca-do das carteiras de activos financeiros próprias e das diver-sas entidades do Grupo. Ao nível das carteiras próprias,encontram-se definidos diversos limites de risco, utilizandopara o efeito a metodologia de Value-at-Risk («VaR»).

As carteiras próprias encontram-se concentradas em títulosde dívida de taxa variável, exibindo por isso níveis de VaRmuito reduzidos (o cálculo do VaR é efectuado com basena aproximação analítica definida na metodologia desen-volvida pela RiskMetrics, sendo calculado considerando umhorizonte temporal de 10 dias úteis e um intervalo de con-fiança estatístico unilateral de 99%). A exposição ao riscode crédito é igualmente muito limitada, uma vez que asobrigações em carteira se situam genericamente em níveisde investment grade.

Risco Operacional

Relativamente ao risco operacional, foi concluído o desen-volvimento do modelo de gestão de risco, abrangendotodas as unidades da estrutura orgânica. Este modelo per-mite o registo de eventos relevantes, no sentido do alin-hamento com as melhores práticas e com o enquadramen-to de Basileia II, facilitando a análise e modelização de riscooperacional, assim como a identificação das medidas ade-quadas de mitigação de risco.

O modelo de gestão funciona de forma descentralizada,tendo, para cada unidade da estrutura orgânica, sidonomeados Autoavaliadores/Interlocutores e Validadores deRisco Operacional.

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45. Normas contabilísticas recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que a Caixaainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRIC 8 – Âmbito da aplicação da IFRS 2

O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Janeiro de 2006 a IFRIC 8 – Âmbito da apli-cação da IFRS 2 e a sua aprovação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que a IFRS 2 – Pagamentos baseados em acções se aplica às situações em que a entidadeefectua pagamentos com base em acções por um valor aparentemente nulo ou residual.

A IFRIC 8 explica que, se o benefício concedido aparenta ser menor que o justo valor do instrumento de capital atribuí-do ou das responsabilidades assumidas, esta situação indica, normalmente que outro benefício foi ou irá ser recebidopelo que se aplica o IFRS 2.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Maio de 2006.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 8.

IFRIC 9 – Re-avaliação dos derivados embutidos

O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Março de 2006 a IFRIC 9 Re-avaliação dosderivados embutidos e a sua aprovação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que o momento de re-avaliação da separação dos derivados embutidos deverá ser apenasquando existirem alterações aos próprios contratos.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Junho de 2006.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 9.

IFRIC 10 – Reporte Financeiro Interino e Imparidade

O International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 20 de Julho de 2006 a IFRIC 10 Reporte financeirointercalar e imparidade e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamentea Goodwill, investimentos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamentea Goodwill, investimentos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 2007 e a sua aplicação será prospectiva para Goodwill, investimen-tos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo, a partir da data primeira data de adopçãoda IAS 36 – Imparidade dos activos e da IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração pelaprimeira vez.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 10.

IFRIC 11 – IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e Grupo

O International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 2 de Novembro de 2006 a IFRIC 11 IFRS 2 –Transacções com Treasury shares e Grupo e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundotrimestre de 2007. Este IFRIC aborda dois assuntos distintos:

1. a) Contratos onde uma entidade atribui aos seus empregados direitos a instrumentos de capital, e terá que optarem pagar em acções próprias ou terá que adquirir instrumentos de capital de outra entidade para satisfazer a suasobrigações perante os seus colaboradores;

b) Contratos onde aos colaboradores de uma entidade são atribuídos direitos a instrumentos de capital dessa enti-dade.

2. Contratos de pagamento com acções próprias que envolvem duas ou mais entidades do mesmo Grupo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRIC 11.

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IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda complementar ao IAS 1 – Apresentação dasdemonstrações financeiras

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 a IFRS 7 InstrumentosFinanceiros: Divulgações e adenda complementar ao IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras.

A IFRS introduz novos requisitos para melhorar a informação divulgada nas demonstrações financeiras sobre os instru-mentos financeiros. Substitui a IAS 30 – Divulgações nas demonstrações financeiras de bancos e de instituições finan-ceiras similares e alguns dos requisitos da IAS 32 – Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação. A adenda àIAS 1 introduz novos requisitos para divulgações sobre o capital da entidade.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRS 7.

IFRS 8 – Segmentos operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 Segmentos opera-cionais e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

A IFRS 8 – Segmentos operacionais define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma enti-dade e também sobre serviços e produtos, áreas geográficas onde a entidade opera e os seus maiores clientes. Estanorma específica como uma entidade deverá reportar a sua informação nas demonstrações financeiras anuais, e comoconsequência alterará a IAS 34 – Reporte financeiro interino, no que respeita à informação a ser seleccionada parareporte financeiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada porsegmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são cons-truídos.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a começar em ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRS 8.

8.19. RELATÓRIO ANUAL SOBRE A FISCALIZAÇÃO EFECTUADA(ver ponto 9.8)

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165Exmos. Senhores Associados:

No cumprimento das competências definidas na alínea d) do n.º 1 do artigo 36.º dos Estatutos do Montepio Geral - Asso-ciação Mutualista, adiante designado por Montepio Geral, e na alínea f) do artigo 25.º dos Estatutos da Caixa Econó-mica Montepio Geral, adiante designada por Caixa Económica, e na condição de Conselho Fiscal de ambas as Ins-tituições, vimos submeter à vossa apreciação, o Relatório da sua actividade, e o seu Parecer sobre os Relatórios degestão e as Demonstrações financeiras do exercício de 2006 do Montepio Geral e da Caixa Económica, elaboradospelo Conselho de Administração.

As demonstrações financeiras do Montepio Geral foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geral-mente aceites em Portugal para as Associações Mutualistas.

As demonstrações financeiras, em base individual, da Caixa Económica foram preparadas de acordo com as Normasde Contabilidade Ajustadas.

RELATÓRIO

8.21. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

1. O Conselho Fiscal foi eleito em Dezembro de 2006e tomou posse no início de Janeiro de 2007, tendo deimediato iniciado a sua actividade.

2. Nestas circunstâncias, dado que teria de elaborar oseu Parecer sobre os Relatórios de gestão e as Demons-trações financeiras de 2006, exercício que, natural-mente, não acompanhou ao longo do ano, nos doisprimeiros meses de 2007 o Conselho Fiscal centrou asua actividade na obtenção de informações e elemen-tos de carácter geral do Conselho de Administração edas Direcções mais directamente ligadas aos aspectoscontabilísticos e de controlo interno, bem como dosAuditores Independentes, sobre a actividade das Insti-tuições que acompanharam ao longo de 2006, parti-cipando, por nossa solicitação ou por convite, em reu-niões com o Conselho de Administração, com osresponsáveis pelas referidas Direcções e com os repre-sentantes dos referidos Auditores, que nos prestaramtoda a colaboração solicitada, o que nesta oportu-nidade agradecemos.

3. Relativamente ao Relatório de gestão, o ConselhoFiscal verificou que, nos aspectos essenciais, o seu con-teúdo é concordante com as demonstrações finan-ceiras apresentadas, assim como satisfaz os requisitoslegais e estatutários, nele se encontrando esplanadasas actividades da AM e CEMG, bem como adequadainformação sobre os Balanços e Demonstrações Finan-ceiras das duas Instituições do exercício de 2006.

4. Na apreciação das Demonstrações Financeiras, cujasNotas contêm detalhada informação, quer sobre aapresentação dessas Demonstrações, quer sobre asprincipais políticas contabilísticas e critérios valorimétri-cos, o Conselho Fiscal baseou-se, fundamentalmente,nos Relatórios e na Certificação Legal das Contas pro-duzidos pelos Auditores Independentes que, por con-

tratação, acompanharam e auditaram ao longo doexercício de 2006 os registos contabilísticos e os docu-mentos de prestação de contas que o Conselho deAdministração apresentou nos termos legais e esta-tutários.

5. Nesta base, é nossa convicção que as demonstraçõesfinanceiras, apresentam de forma verdadeira e apro-priada, em todos os aspectos materialmente relevan-tes, a posição financeira do Montepio Geral e da CaixaEconómica, em 31 de Dezembro de 2006, o resultadodas suas operações e os fluxos de caixa referentes aoexercício finda naquela data, bem como cumprem comas disposições legais e estatutárias aplicáveis.

6. Apreciámos ainda, o relatório sobre a fiscalizaçãoefectuada, elaborado pelos Auditores Independentes,e tomámos conhecimento da sua Certificação legal dascontas e Relatório de auditoria, sem reservas, a cujosteores damos a nossa concordância.

7. Os membros do Conselho Fiscal agradecem as refe-rências do Conselho de Administração, congratulando--se, reconhecidamente, com a colaboração que aqueleÓrgão associativo lhes dispensou.

Os membros do Conselho Fiscal manifestam-se solidá-rios com os votos do Conselho de Administração, pro-postos à Assembleia Geral, de agradecimento e dereconhecimento a todas as Entidades mencionadas noRelatório, bem como de profundo pesar pelos Asso-ciados e Trabalhadores falecidos.

Neste particular, não poderíamos deixar aqui de invo-car a memória do Dr. Costa Leal, figura ímpar, quemarcou de forma indelével, quer pelo seu tratohumano, quer pela sua actuação em prol do desen-volvimento e modernização, as duas Instituições.

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Em conformidade com o exposto, somos de

PARECER

que a Assembleia Geral aprove:

a) Os Relatórios de gestão e as Demonstrações financeiras do Montepio Geral e da Caixa Económica, inerentes a 31de Dezembro de 2006;

b) As propostas de aplicação de resultados contidas nos mencionados Relatórios de gestão;

c) Um voto de louvor ao Conselho de Administração pela forma eficiente como exerceu a gestão, extensivo aosTrabalhadores pelo seu empenhamento na actividade desenvolvida.

Lisboa, 13 de Março de 2007

O CONSELHO FISCAL

Manuel Jacinto Nunes – Presidente

Gabriel José dos Santos Fernandes – Vogal

José Moreira Venâncio – Vogal

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Baseado no aumento da transparência e na qualidade dedivulgação de informação, o presente relatório foi organi-zado em conformidade com o modelo previsto no Regula-mento n.º 7/2001 (alterado pelos Regulamentos da CMVMn.º 11/2003 e n.º 10/2005), contendo informação relevan-te quanto ao grau de adopção das recomendações e anatureza jurídica da Instituição.

Porque temos procurado aperfeiçoar o modelo de gover-nação, ponderando, sempre, as necessidades do mercado

em geral e dos associados em particular, embora nãosejamos uma sociedade, foi criado, em 2006, um Grupo deTrabalho com a finalidade de analisar a conformidade dasrecomendações da CMVM e as melhores práticas de mer-cado, com a estrutura institucional e práticas correntes daInstituição, e propor os necessários ajustamentos na adop-ção de medidas de organização e funcionamento internoacerca desta matéria.

8.22. RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA INSTITUIÇÃO

RECOMENDAÇÕES DA CMVM

GRAU DE ADOPÇÃO

Adoptada parcialmente.

Não possui o designado Gabinete de Apoio aoInvestidor, o que se explica por não sermos umaentidade que recorra ao mercado para consti-tuição do seu capital, mas existe um serviço res-ponsável pela divulgação da informação institu-cional e financeira.

A informação é também divulgada via websitede acesso generalizado.

II – EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO

RECOMENDAÇÃO 2

Não deve ser restringido o exercício activo do direito de voto, quer directamente, nomeada-mente por correspondência, quer por representação. Considera-se para este efeito, comorestrição do exercício activo do direito de voto: a) a imposição de uma antecedência dodepósito ou bloqueio das acções para a participação em AG superior a 5 dias úteis; b) qual-quer restrição estatutária do voto por correspondência; c) a imposição de um prazo de ante-cedência superior a 5 dias úteis para a recepção da declaração de voto emitida por corres-pondência.

Admitimos o exercício do direito de voto portodos os associados em termos iguais.

O voto por correspondência é usado na eleiçãodos titulares dos órgãos sociais.

I – DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

RECOMENDAÇÃO 1

A sociedade deve assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respei-tando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à infor-mação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade criar um gabinete de apoio aoinvestidor.

III – REGRAS SOCIETÁRIAS

RECOMENDAÇÃO 3

A sociedade deve criar um sistema interno de controlo, para a detecção eficaz de riscos liga-dos à actividade da empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício da trans-parência do seu governo societário.

RECOMENDAÇÃO 4

As medidas que sejam adoptadas para impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devemrespeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Consideram-se nomeadamentecontrárias a estes interesses as cláusulas defensivas que tenham por efeito provocar automati-camente uma erosão no património da sociedade em caso de transição de controlo ou demudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre trans-missibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titularesdo órgão de administração.

Adoptada.

Não aplicável.

CAPÍTULO 0

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO

Relativamente às Recomendações emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, indicamos o grau deadopção e de aplicabilidade das mesmas.

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IV – ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

RECOMENDAÇÃO 5

O órgão de administração deve ser composto por uma pluralidade de membros que exerçamuma orientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos seus responsáveis.

RECOMENDAÇÃO 5-A

O órgão de administração deve incluir um número suficiente de administradores não execu-tivos cujo papel é o de acompanhar e avaliar continuamente a gestão da sociedade por partedos membros executivos. Titulares de outros órgãos sociais podem desempenhar um papelcomplementar ou, no limite, sucedâneo, se as respectivas competências de fiscalização foremequivalentes e exercidas de facto.

RECOMENDAÇÃO 6

De entre os membros não executivos do órgão de administração deve incluir-se um númerosuficiente de membros independentes. Quando apenas exista um administrador não executi-vo este deve ser igualmente independente. Titulares independentes de outros órgãos sociaispodem desempenhar um papel complementar ou, no limite, sucedâneo, se as respectivascompetências de fiscalização forem equivalentes e exercidas de facto.

RECOMENDAÇÃO 7

O órgão de administração deve criar comissões de controlo internas com atribuição de com-petências na avaliação da estrutura e governo societários.

RECOMENDAÇÃO 8

A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma apermitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve serobjecto de divulgação anual em termos individuais.

RECOMENDAÇÃO 8-A

Deve ser submetida à apreciação pela assembleia geral anual de accionistas uma declaraçãosobre política de remunerações dos órgãos sociais.

RECOMENDAÇÃO 9

Os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relati-vamente aos membros do órgão de administração.

RECOMENDAÇÃO 10

Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos e atribuiçãode acções e/ou opções de aquisição de acções ou com base nas variações de preço, a mem-bros do órgão de administração e/ou trabalhadores. A proposta deve conter todos os elemen-tos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada doregulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condiçõesgerais a que o mesmo deverá obedecer.

RECOMENDAÇÃO 10-A

A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamenteocorridas no seio da sociedade. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas norelatório do governo das sociedades.

RECOMENDAÇÕES DA CMVM (continuação)

GRAU DE ADOPÇÃO

Adoptada.

É aplicado o disposto nos Estatutos.

Todos os membros do órgão de administraçãosão executivos.

Adoptada parcialmente.

A Instituição não possui comissões de controlointernas, mas a Direcção de Auditoria Interna,como órgão de staff do órgão de administração,desempenha essas funções.

Não adoptada.

A remuneração dos membros do órgão deadministração é divulgada em termos globais.

Não adoptada.

Nos termos estatutários, a Comissão de Ven-cimentos, eleita em AG, é composta por asso-ciados com poderes para fixação das retribui-ções dos titulares dos órgãos associativos.

Adoptada.

Não aplicável.

Juridicamente, as Instituições, quer a Associa-ção Mutualista, quer a Caixa Económica, nãosão sociedades. Não têm acções.

Adoptada parcialmente.

Não havendo exactamente a designada políticade comunicação de irregularidades, o processoé da responsabilidade da Direcção de AuditoriaInterna.

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169

CAPÍTULO I – DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

1. ESTRUTURA, REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EFUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO

Na Assembleia Geral de 14 de Dezembro de 2006, forameleitos os Órgãos Associativos e Institucionais para o triénio2007-2009, simultaneamente para o Montepio Geral - As-sociação Mutualista (MGAM) e para a Caixa EconómicaMontepio Geral (CEMG), compostos pelos mesmos titu-lares, que tomaram posse no dia 9 de Janeiro de 2007.

RECOMENDAÇÕES DA CMVM (continuação)

IV – ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO (continuação)

RECOMENDAÇÃO 11

Os investidores institucionais devem tomar em consideração quanto a uma utilização dili-gente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titularesou cuja gestão se lhes encontre confiada, nomeadamente quanto aos direitos de informaçãoe de voto.

GRAU DE ADOPÇÃO

Adoptada.

Principais Competências da Assembleia Geral

• eleger ou destituir os titulares dos Órgãos Sociais;

• deliberar sobre o relatório de gestão do Conselho de Administração (CA), contas do exercício e parecer do ConselhoFiscal e, ainda, apreciar o relatório do Conselho Geral;

• deliberar sobre o programa de acção e orçamento apresentados pelo CA, e sobre o parecer do Conselho Fiscal;

• deliberar sobre a aplicação dos resultados;

• autorizar a constituição de fundos próprios não previstos, expressamente, nos Estatutos e o aumento de quaisquerfundos, quando tal não se inscreva na competência do Conselho de Administração;

• deliberar sobre a alteração dos Estatutos;

• eleger trienalmente e mandatar uma comissão com poderes para fixação das retribuições dos titulares dos Órgãos.

Composição da Mesa da Assembleia Geral A Mesa da Assembleia é composta por um Presidente edois Secretários, sendo o Presidente substituído, nas suasfaltas ou impedimentos, pelo 1.º Secretário e nas faltas ouimpedimentos deste, pelo 2.º Secretário.

Regras de funcionamento da AssembleiaO funcionamento das Assembleias Gerais é regido por umRegulamento próprio, em complemento dos Estatutos doMGAM e da CEMG.

O Presidente da Mesa procede à convocação da Assem-bleia Geral, extraordinária ou ordinária, com a antecedên-cia mínima de quinze dias.

A Assembleia Geral sob forma ordinária não poderá reunir,em primeira data da convocação, sem estarem presentes,

pelo menos, metade dos associados. Em segunda convo-cação, a Assembleia pode deliberar, decorrida uma hora,seja qual for o número de associados.

Todavia, as deliberações sobre a reforma ou alteração dosEstatutos, fusão, cisão, transformação e incorporação de ouna Caixa Económica, exige a presença de, pelo menos, doisterços de todos os seus associados, em primeira convoca-ção, e com qualquer número de associados, em segundaconvocação, dentro de vinte dias mas não antes de quinze.

Todos os documentos referentes à ordem de trabalhos doaviso convocatório são colocados à disposição dos associa-dos, na sede, quinze dias antecedentes à sessão que devamser apreciados, e enviados à CMVM e à EURONEXT, quan-do dizem respeito a documentos de prestação de contas,dando cumprimento ao estipulado por lei ou regulamento.

De igual modo, a convocatória é publicada nos seguintes canais:

• nos media;

• no website do Montepio (www.montepio.pt);• no domínio da extranet da CMVM;

• no portal interno Intranet.

A composição dos mesmos é a que consta no relatório degestão, na secção «Órgãos Associativos».

1.1. Assembleia Geral

A Assembleia Geral (AG) é o órgão institucional que reúnetodos os associados efectivos do Montepio Geral, maiores,admitidos há mais de 2 anos, tendo cada membro direitoa um voto.

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ASSEMBLEIAS GERAIS DE ASSOCIADOS REALIZADAS EM 2006

15 de Março(1.ª convocação)

04 de Abril(2.ª convocação)

10 de Abril(continuação dos trabalhos)

28 de Junho(1.ª convocação)

17 de Julho(2.ª convocação)

11 de Julho(1ª convocação)

26 de Julho(2ª convocação)

04 de Setembro(continuação dos trabalhos)

11 de Setembro(continuação dos trabalhos)

ASSEMBLEIAS EXTRAORDINÁRIAS (3)

Reforma de várias secções dos capítulos do Regulamento de Benefícios do Montepio Geral – Asso-ciação Mutualista

Ratificação da deliberação do Conselho Geral que aprovou uma alteração ao Regulamentodas Rendas Vitalícias

Reforma de capítulos do Regulamento de Benefícios do Montepio Geral – Associação Mutua-lista

Suspensão de novas subscrições

Criação de novas modalidades e reestruturação do Regulamento de Benefícios

ASSEMBLEIAS ORDINÁRIAS (2)

Relatório e Contas e Parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício de 2005 do MontepioGeral - Associação Mutualista e da Caixa Económica Montepio Geral

Apreciação do Relatório do Conselho Geral

Ratificação da deliberação do Conselho de Administração, no sentido de ser mantida a quali-dade de associado aos que tendo terminado o pagamento de quotizações devidas passarema beneficiários/pensionistas

Apreciação da proposta do Conselho de Administração sobre um novo quadro das modali-dades que fazem parte do Regulamento de Benefícios

Eleição de uma Comissão para elaborar um projecto baseado na proposta apresentada peloConselho de Administração

Programa de Acção, Orçamento e Parecer do Conselho Fiscal para 2007, do Montepio Geral – Asso-ciação Mutualista e da Caixa Económica Montepio Geral

Eleição da Comissão de Vencimentos para o triénio 2007/2009

30 de Março(1ª convocação)30 de Março

(2ª convocação)

28 de Dezembro(1ª convocação)

28 de Dezembro(2ª convocação)

ASSEMBLEIA ELEITORAL

Eleição dos Órgãos Associativos para o triénio 2007/2009 do Montepio Geral – AssociaçãoMutualista e da Caixa Económica Montepio Geral

14 de Dezembro

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1.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é o órgão associativo e institucional ao qual cabe exercer a administração do MGAM e daCEMG.

Principais Competências do Conselho de Administração

• deliberar sobre o aumento de capital institucional e sobre a emissão de títulos representativos de unidades do fundode participação;

• deliberar sobre a aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

• deliberar sobre a abertura e encerramento de sucursais e de qualquer outra forma de representação;

• elaborar anualmente o relatório e contas e a proposta de distribuição de resultados, bem como o programa de acçãoe orçamento para o ano seguinte;

• elaborar as linhas de orientação estratégicas dos planos plurianuais.

Composição do Conselho de Administração

O Conselho de Administração do MGAM e da CEMG écomposto por um Presidente e quatro Vogais.

Regras de funcionamento do Conselho de Adminis-tração

O Conselho de Administração funciona colegialmente,podendo deliberar desde que esteja presente a maioria dosseus titulares e reúne, pelo menos, duas vezes por semana.

As decisões são tomadas por maioria de votos dos titularespresentes, tendo o Presidente direito a voto de qualidade.

O Conselho de Administração pode constituir mandatários,para representar as Instituições em quaisquer actos e con-tratos, definindo a extensão dos respectivos mandatos.

1.3. CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal é o órgão que exerce o controlo e a fis-calização do MGAM e da CEMG.

Principais Competências do Conselho Fiscal

• Vigiar pela observância da Lei, dos Estatutos e dos Regulamentos;

• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte;

• Elaborar, anualmente, um relatório sobre a sua acção e dar parecer sobre o relatório, as contas, as propostas, o orça-mento e o programa de acção apresentados pelo Conselho de Administração.

Composição do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por um Presidente e doisVogais, sendo um deles Revisor Oficial de Contas e o outroindigitado pelos trabalhadores nos termos do artigo 40.º dosEstatutos do MGAM e do artigo 28.º dos Estatutos da CEMG.

Regras de funcionamento do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal só pode deliberar desde que esteja pre-sente a maioria dos seus titulares, tendo o Presidente direi-to a voto de qualidade.

O Conselho Fiscal reuniu por dezoito vezes em 2006.

1.4. CONSELHO GERAL

Principais Competências do Conselho Geral

O Conselho Geral tem por atribuições a orientação estra-tégica do MGAM e da CEMG e, sob proposta do Con-selho de Administração, a aprovação das linhas gerais deorientação dos planos plurianuais de acção e suas actua-lizações.

E ainda:

• Deliberar sobre a política de implantação geográfica;

• Deliberar sobre o relatório das participadas apresentado pelo Conselho de Administração;

• Dar parecer sobre as matérias que qualquer dos Órgãos submeta à sua apreciação;

• Elaborar, anualmente, um relatório da sua actividade.

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Composição do Conselho Geral

O Conselho Geral é composto pelos titulares da Mesa da Assem-bleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscale por vogais eleitos entre os membros da Assembleia Geral.

Regras de funcionamento do Conselho Geral

O Conselho Geral é convocado pelo Presidente, em regra,com a antecedência mínima de oito dias, e as deliberaçõessão tomadas pela maioria dos seus titulares.

O Conselho Geral reuniu por cinco vezes em 2006.

1.5. ORGANOGRAMA DO MONTEPIO GERAL

A estrutura organizacional não é apenas funcional, mas é,de um modo determinante, uma estrutura orientada parao mercado, em que vários órgãos estruturais e um de asses-soria reportam, directamente, ao Conselho de Adminis-tração.

No contexto de reorganização orgânica agora apresentada, destacam-se em 2006:

a) a criação do Gabinete de Apoio ao Conselho (GAC), que reporta directamente ao Conselho de Administração (CA).Apoia o CA no acompanhamento das redes comerciais particulares e empresas e outras unidades orgânicas daInstituição com enfoque na materialização e implementação de medidas, de acordo com as orientações do CA;

b) a alteração da designação da Direcção de Auditoria e Inspecção para Direcção de Auditoria Interna (DAI), tendo nasua dependência as seguintes unidades orgânicas:

• Gabinete de Auditoria Operacional, que integra os Núcleos de Auditoria Funcional e de Auditoria a Participadas;

• Gabinete de Compliance;

• Gabinete de Inspecção e Fraudes Bancárias;

• Gabinete de Auditoria aos Sistemas de Informação, que integra os Núcleos de Auditoria à Distância e de AuditoriaInformática.

c) A criação, na Direcção Financeira e Internacional (DFI), do Departamento de Mercados e Cobertura de Riscos queintegra o Gabinete de Mercados e o Gabinete de Cobertura de Riscos;

d) A criação do Gabinete de Responsabilidade Social (GRS), cuja política e programa encontram-se desenvolvidos emcapítulo próprio do Relatório de Gestão.

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2. SISTEMA DE GESTÃO E CONTROLO DE RISCOS

O Conselho de Administração, no exercício das suas funções,é responsável pela estratégia e pelas políticas a adoptar rela-tivamente à gestão dos riscos, sendo, nesta função, assesso-rado pela Direcção de Análise e Gestão de Riscos.

O sistema de gestão e controlo de riscos é tratado de formadetalhada em capítulo próprio do Relatório de Gestão.

Em complemento à informação constante no Relatório deGestão importa considerar as competências da Direcção deAuditoria Interna, como órgão de apoio ao Conselho deAdministração. Destacam-se as funções de apreciar os rela-tórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anual-mente ao Banco de Portugal, de verificar o cumprimento eobservância da legislação em vigor, por parte das diferen-tes unidades orgânicas, e identificar as áreas de maior ris-co, apresentando ao Conselho de Administração as suasconclusões.

3. APLICAÇÃO DE RESULTADOS

A CEMG foi constituída com a finalidade de colocar à dispo-sição do Montepio Geral - Associação Mutualista (MGAM) osresultados dos seus exercícios, após as deduções estatuta-riamente previstas, para que este os aplique na satisfaçãodos seus fins, conforme o estipulado no artigo 4.º dos seusEstatutos.

Ainda nos termos do artigo 7.º dos Estatutos da CEMG, ocapital institucional é permanente, não é exigível e não dáorigem ao pagamento de juros ou dividendos.

O capital institucional constitui-se quer através da entregade valores efectuada pelo MGAM para esse fim e que

ficam integrados no património da CEMG, quer pela incor-poração de reservas da própria CEMG.

Em 31 de Dezembro de 2006, o capital institucional daCEMG era de 585 milhões de euros, cujo valor estava inte-gralmente realizado.

4. COMISSÃO DE VENCIMENTOS

A Comissão de Vencimentos é composta por três Asso-ciados, um Presidente e dois Vogais, eleitos trienalmentepela Assembleia Geral de Associados, para fixar a remune-ração dos órgãos associativos. Nenhum dos membros daComissão de Vencimentos é membro do órgão de adminis-tração, seu cônjuge, parente ou afim em linha recta até aoterceiro grau, inclusive.

A última eleição decorreu na Assembleia Geral de 28 deDezembro de 2006, tendo sido eleitos, para o triénio2007/2009, os seguintes Associados:

Presidente

Luís Eduardo Silva Barbosa

Vogais

António Francisco Espinho Romão

Arlindo Gomes de Carvalho

5. AUDITOR EXTERNO

A KPMG & Associados – SROC, SA é o Auditor Externoresponsável pelos serviços de Auditoria e Revisão Legal deContas que, no exercício de 2006, auferiu uma remunera-ção de 364 866 euros.

CAPÍTULO II – EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO

1. REGRAS ESTATUTÁRIAS

Nos termos estatutários, o exercício do direito de voto é efectivado, quer presencialmente, quer por correspondência – nocaso de eleição dos órgãos sociais.

Neste âmbito, a assistência e participação nas Assembleias Gerais tem subjacente um conjunto de regras, de acordo comas disposições estatutárias, nomeadamente:

• a divulgação das convocatórias das Assembleias Gerais, com a antecedência mínima de quinze dias sobre a realiza-ção da Assembleia Geral;

• a colocação à disposição dos membros da Assembleia, na sede, e com a antecedência mínima de quinze dias sobrea realização da Assembleia Geral, de todos os documentos inerentes à ordem de trabalhos.

A votação normalmente usada é pública.

2. EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO POR CORRESPON-DÊNCIA

No caso de eleições dos órgãos sociais, o voto secreto podeser exercido presencialmente, ou por correspondência, deacordo com o estipulado nos Estatutos do MGAM e daCEMG.

Através do aviso convocatório é indicado de forma claranão apenas a data, hora e local da realização da assembleiageral, mas ainda a informação sobre os locais onde os asso-ciados podem obter esclarecimentos e são recepcionadosos votos.

De igual modo, são enviadas, aos associados, as peças do-cumentais que lhes permite exercer o direito de voto porcorrespondência.

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3. EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO POR MEIOS ELEC-TRÓNICOS

Na sequência do que foi anteriormente referido sobre acomposição do Conselho Fiscal, os trabalhadores da Insti-tuição podem promover a eleição de um associado-traba-lhador para integrar a composição deste órgão, de acordocom as disposições estatutárias.

Por ocasião da eleição dos Órgãos Institucionais para otriénio 2007/2009, a eleição do associado-trabalhador, queintegra o Conselho Fiscal, ocorreu, pela primeira vez, atra-vés de voto electrónico por recurso a uma aplicação que foidisponibilizada no portal interno Intranet, em conformi-dade com as regras legais e estatutárias aplicáveis.

Não existe, ainda, um sistema que proporcione o exercíciodo direito de voto por meios electrónicos para a eleição dosrestantes órgãos associativos.

4. LIMITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO

De acordo com o disposto nos Estatutos do MGAM, podehaver várias categorias de associados. No entanto, só os asso-ciados efectivos, isto é, os indivíduos que reunam determina-dos pressupostos, como serem admitidos há mais de 2 anos,maiores, e cumprirem as disposições legais, estatutárias eregulamentares aplicáveis, podem participar na AssembleiaGeral e exercer o direito de voto. O mesmo se aplica ao exer-cício do direito de voto por correspondência.

CAPÍTULO III – REGRAS INSTITUCIONAIS

1. REGULAMENTOS E NORMAS INTERNAS

Para além das disposições legais, estatutárias e regulamen-tares, todas as actividades desenvolvidas pelo MontepioGeral (Associação Mutualista e Caixa Económica) regem-se,também, pelo cumprimento das orientações dos órgãosassociativos, das normas internas, das regras de conduta enormas deontológicas.

No designado «Normativo Interno», para além dos Estatutosdo MGAM e da CEMG, do Regulamento de Benefícios doMGAM e do Regulamento Interno relativo à Actividade deIntermediação Financeira da CEMG, está consubstanciadotodo um conjunto de documentos classificados em função dosobjectivos e correspondentes conteúdos, de cumprimentoobrigatório para todos os trabalhadores e colaboradores.

A fim de assegurar o cumprimento das normas prudenciaisem vigor foi implementada uma «Norma Interna» que dis-crimina, não só o tipo de informação obrigatória a reportaràs entidades de supervisão (Banco de Portugal e Comissãodo Mercado de Valores Mobiliários) e a outras entidadesexternas, como os órgãos responsáveis pelo reporte dainformação.

Em 2006, foi aprovado o Regulamento de Auditoria com oobjectivo de regular a actividade da Direcção de AuditoriaInterna, as suas relações com as diferentes unidades orgâ-nicas do MGAM e da CEMG, com as empresas do GrupoMontepio Geral e com as entidades externas.

2. PROCEDIMENTOS INTERNOS PARA O CONTROLODOS RISCOS

Consoante a natureza e relevância do risco, são elaboradosplanos, programas ou acções, apoiados por sistemas de in-formação, e definidos procedimentos, que proporcionamum elevado grau de fiabilidade relativamente às medidasde gestão de risco oportunamente definidas.

Cabe à Direcção de Análise e Gestão de Riscos (DAGR) ana-lisar e assegurar a gestão dos riscos, numa óptica de grupo,incluindo a coordenação do Comité de Activos e Passivos(ALCO).

A Sala de Mercados colabora com a DAGR, por forma aefectuar-se a medição e o controlo do risco das operaçõese das carteiras, bem como o adequado acompanhamentodas posições dos riscos globais da CEMG.

No que diz respeito ao risco de compliance, cabe à Direc-ção de Auditoria Interna/Gabinete de Compliance assegu-rar o seu controlo, identificar e avaliar as diversas situaçõesque concorrem para o referido risco, designadamente emtermos de transacções/actividades, negócios, produtos eórgãos de estrutura.

Neste âmbito, também a Direcção de Auditoria Interna ava-lia o sistema de controlo interno, identificando as áreas demaior relevância/risco, visando a eficácia da governação,com a colaboração e articulação com a Auditoria Externa.

CAPÍTULO IV – ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

1. CARACTERIZAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINIS-TRAÇÃO

O Conselho de Administração, cujos titulares são comunsao MGAM e à CEMG, é constituído por administradores

independentes, um Presidente e quatro Vogais. O manda-to dos administradores é de três anos, não existindo qual-quer restrição quanto à sua reeleição.

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1.1 Distribuição de Pelouros

De acordo com a estrutura orgânica do Montepio Geral, os pelouros do órgão de administração estão distribuídos doseguinte modo:

José da Silva Lopes

Direcção de Planeamento e Estudos, Direcção de Análise e Gestão de Riscos, Gabinete de Relações PúblicasInstitucionais, Gabinete de Responsabilidade Social e participadas das áreas financeira e de seguros e fundos de pen-sões.

António Tomás Correia

Secretariado Geral, Direcções Comerciais, Direcção de Marketing e Novos Canais, Gabinete de Apoio ao Conselho,Gabinete de Procuradoria do Cliente e participadas das áreas financeira e de seguros e fundos de pensões.

José de Almeida Serra

Direcção de Associação Mutualista, Direcção Financeira e Internacional e participadas das áreas financeira e fundosde pensões.

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Direcção de Recursos Humanos, Direcção de Operações e Logística e Direcção de Informática e Organização.

Eduardo José da Silva Farinha

Direcção de Auditoria Interna, Direcção Imobiliária e Instalações, Direcção Jurídica e Recuperação de Crédito,Departamento de Contabilidade e participada da área de seguros.

1.2. Funções dos membros do Órgão de Administração exercidas nas empresas participadas do Grupo Montepio

As funções desempenhadas por cada um dos membros do órgão de administração em empresas participadas, são asseguintes:

Presidente: José da Silva Lopes

Presidente do Conselho de Administração da Lusitania, Companhia de Seguros, SA

Presidente do Conselho de Administração da Lusitania Vida, Companhia de Seguros, SA

Presidente do Conselho de Administração da MG Gestão de Activos Financeiros – SGFIM, SA

Presidente do Conselho de Administração da Futuro – Soc. Gestora de Fundos e Pensões, SA

Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Caixa Económica de Cabo Verde, SA (CECV)

Vogal: António Tomás Correia

Vogal do Conselho de Administração da MG Gestão de Activos Financeiros – SGFIM, SA

Vogal do Conselho de Administração da Futuro – Soc. Gestora de Fundos e Pensões, SA

Vogal do Conselho de Administração da Lusitania, Companhia de Seguros, SA

Vogal do Conselho de Administração da Lusitania Vida, Companhia de Seguros, SA

Vogal: José de Almeida Serra

Presidente do Conselho de Administração da MG Investimentos Imobiliários, SA

Presidente do Conselho de Gerência da Bolsimo – Gestão imobiliária, Lda.

Presidente do Conselho de Administração do Banco Montepio Geral - Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, SA (IFI)

Vogal do Conselho de Administração da MG Gestão de Activos Financeiros – SGFIM, SA

Vogal do Conselho de Administração da Futuro – Soc. Gestora de Fundos e Pensões, SA

Vogal: Eduardo José da Silva Farinha

Presidente do Conselho de Gerência da Leacock, Corretora de Seguros, Lda.

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1.3. Qualificações profissionais dos membros do Órgão de Administração

Órgão de Administração Qualificação Profissional Actividades profissionais nos últimos cinco anos

José da Silva Lopes

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

Licenciado em Finanças peloISCEF

Doutor «Honoris Causa» peloISEG da UTL

Licenciado em Direito pelaUniversidade Clássica de Lisboa

Licenciado em Finanças peloISCEF e pós-graduação peloMassachusetts Institute ofTechnology

Licenciado em Finanças peloInstituto Superior de Economia

Licenciado em Finanças peloISCEF

Entre 1996 e 2003 Presidente do ConselhoEconómico e Social

Desde 2004 Presidente do Conselho deAdministração do Montepio Geral

Entre 1995 e 2003 Administrador da CGD

Desde 2004 Administrador do MontepioGeral

Entre 1999 e 2003 Administrador daSOGRUPO (Grupo CGD)

Desde 2004 Administrador do MontepioGeral

Entre 2000 e 2006 Administrador do Banif– Banco Internacional do Funchal, SA, e deum conjunto de empresas deste grupofinanceiro.

Desde Janeiro de 2007 Administrador doMontepio Geral

Entre 1996 e 2006 Presidente do Conselhode Administração da Credivalor

Desde Janeiro de 2007 Administrador doMontepio Geral

2. REMUNERAÇÃO DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

A remuneração do órgão de administração é aprovadaanualmente pela Comissão de Vencimentos. No exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2006, o montante total deremunerações auferidas pelo conjunto dos membros doórgão de administração foi de 2 092 963 euros.

3. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

A Direcção de Auditoria Interna apoia o Conselho deAdministração no cumprimento do exercício do poder dis-

ciplinar, em consequência de práticas que envolvam traba-lhadores do MGAM e da CEMG que violem as normas emvigor.

De igual modo, todas e quaisquer práticas de irregulari-dade detectadas deverão ser transmitidas à Direcção deAuditoria Interna que integra na sua estrutura o Gabinetede Compliance, cabendo-lhe recepcionar, investigar e tra-tar as eventuais situações irregulares.

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Como resulta do que anteriormente se disse, não existeuma perfeita coincidência entre o que ocorre no âmbito doque funcionalmente podemos designar por grupo Mon-tepio Geral e um grupo de sociedades, constituído de acor-do com o disposto no Código das Sociedades Comerciais.

O MGAM tem base associativa e nele podem filiar-se pes-soas individuais, cujas posições relativas se traduzem numaequiparação de direitos associativos.

Este MGAM instituiu uma entidade de natureza fundacio-nal, a CEMG, e detém, aliás como esta última, participaçõesno capital de diversas sociedades.

Contam-se no âmbito destas participações a MG Gestão deActivos Financeiros – Sociedade Gestora de Fundos de In-vestimento Mobiliário, SA e a Futuro - Sociedade Gestorade Fundos de Pensões, SA, que são entidades do GrupoMontepio Geral, actuam no mercado como investidoresinstitucionais e, quer o MGAM quer a CEMG, são deten-tores de uma participação dominante no capital social dasreferidas entidades.

Caracteriza-se por uma situação de domínio ou de grupo,mas, juridicamente, como o MGAM e a CEMG não são so-

ciedades, não coincidem com o conceito jurídico do Có-digo das Sociedades Comerciais (CSC).

Neste contexto, não interferem, directa ou indirectamente,sobre o exercício dos direitos de voto inerentes, quer àsacções integrantes do fundo de investimento, quer àsacções integrantes do fundo de pensões.

À MG Gestão de Activos Financeiros – SGFIM, SA, entidadegestora dos fundos de investimento mobiliário, competeadministrar e gerir os fundos.

À Futuro – SGFP, SA, entidade gestora do fundos de pen-sões, compete administrar e gerir os fundos.

Mas, quanto ao exercício dos direito de voto inerentes àsacções detidas pelos fundos, quer numa quer noutra em-presa, a orientação é de não participar nas AssembleiasGerais das respectivas entidades emitentes, aplicável querestas entidades sejam sediadas em Portugal ou no estran-geiro, uma vez que as posições accionistas são entendidascomo meras participações financeiras, não interferindo,assim, na gestão e orientação das mesmas.

CAPÍTULO V – INVESTIDORES INSTITUCIONAIS

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9. Caixa EconómicaMontepio Geral – Consolidado

A EvoluçãoO Montepio valoriza-nos ao longo da vida. Ajuda a crescer de formapositiva, progressiva e pessoal.

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No Relatório de Gestão correspondente à actividade indi-vidual da CEMG apresenta-se uma descrição detalhada dosaspectos relevantes relativos à evolução dos diversos negó-cios desenvolvidos pelas entidades do Grupo MG, pelo

que, sobre estas matérias, se remete para a leitura do refe-rido relatório. No presente relatório referem-se os aspectosprincipais relacionados com a consolidação de contas.

9.1. INTRODUÇÃO

Perímetro de Consolidação

O perímetro de consolidação, definido de acordo com as regras estabelecidas para este efeito, compreende as seguintesentidades:

1. Consolidadas pelo método da consolidação integral:

• CEMG;

• MG Cabo Verde;

• Veículos de titularização de crédito («Pelican Mortgages No. 1» e «Pelican Mortgages No. 2»); estas entidades,através das quais foram realizadas as operações de securitização, são incluídas na consolidação em virtude de ser pos-sível inferir que a CEMG exerce, de acordo com os critérios definidos pelas NIC, controlo sobre as suas actividades.

2. Consolidadas pelo método da equivalência patrimonial - são consolidadas por este método as empresas associadas,nas quais a CEMG detém um investimento duradouro mas não existe uma relação de domínio. Estão nesta situaçãoas seguintes participadas:

• Lusitania, Companhia de Seguros, SA (*);

• Lusitania Vida, Companhia de Seguros, SA (*);

• HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, SA;

• Norfin – Soc. Gestora de Fundos de Investimentos Imobiliários, SA.

Diferencial entre Resultados Individuais e Consolidados

* É considerada nesta consolidação apenas a posição accionista directa da CEMG na Lusitania (26,2%) e na Lusitania Vida (39,3%). As posições accionistas da MG-AM nestas participadas estratégicas (65,7%e 39,2%%, respectivamente) não são consideradas neste perímetro de consolidação.

Síntese de Indicadores

A análise dos principais indicadores relativos às contas consolidadas da CEMG, em 31 de Dezembro de 2005 e de 2006,permite-nos concluir o seguinte:

• os Resultados Líquidos registaram um crescimento de 10,2%, face ao exercício de 2005;

• as rendibilidades do activo (ROA) e dos capitais próprios médios (ROE) atingiram 0,42% e 9,30%, respectivamente;

• o rácio de solvabilidade apresentou um valor de 10,79% e um Tier 1 de 7,24%.

IMPACTO NOS RESULTADOS E NA SITUAÇÃO LÍQUIDA DA CONSOLIDAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS(milhares de euros)

RUBRICAS Resultados Líquidos Situação Líquida

CEMG – Contas Individuais 31 Dez. 06 60 154 822 175

Impacto da Consolidação das Participações Financeiras 2 476 -396

Consolidação Integral 340

MG Cabo Verde 340

Equivalência Patrimonial 2 136 -396

Lusitania 712 -2 118

Lusitania Vida 1,272 2 026

NORFIN 131 234

HTA Hoteis Turismo A Açores 21 -538

Outros Reajustamentos de Consolidação 990 -59 169

CEMG – Contas Consolidadas 31.Dez.06 63 620 762 610

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182

9.2. SÍNTESE DA ACTIVIDADE DE GRUPO

O Grupo Montepio Geral, no perímetro de consolidaçãoconsiderado, finalizou o ano 2006 com um activo líquidoconsolidado de 15 899 milhões de euros, o que represen-

ta um crescimento de 8,4% face ao valor apresentado nofinal de 2005.

(milhares de euros)

INDICADORES CONSOLIDADOS 2006 2005Variação homóloga

Absoluta Relativa

1. DIMENSÃO

Activo Líquido 15 898 640 14 671 864 1 226 776 8,4%

Variação 8,36% 19,66% -11,30 p.p.

Recursos Próprios (Capital, Reservas e Resultados) 762 610 600 122 162 488 27,1%

2. RENDIBILIDADE E EFICIÊNCIA

Cash Flow do Exercício 153 157 151 392 1 765 1,2%

Resultado do Exercício 63 620 57 743 5 877 10,2%

Resultado do Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,42% 0,43% -0,01 p.p.

Resultado do Exercício / Capitais Próprios Médios (ROE) 9,30% 10,19% -0,89 p.p.

Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,42% 2,58% -0,16 p.p.

Cost to Income 62,60% 60,12% 2,48 p.p.

3. RISCO DE CRÉDITO

Rácio de Crédito e Juros Vencidos 2,13% 2,59% -0,46 p.p.

Rácio de Crédito e Juros Vencidos a mais de 90 dias 1,87% 2,39% -0,52 p.p.

4. PRUDENCIAIS

Rácio de Solvabilidade e de Mercado 10,79% 10,68% 0,11 p.p.

Rácio Adequação Fundos Próprios de Base (Tier 1) 7,24% 6,53% 0,71 p.p.

EVOLUÇÃO DO ACTIVO LÍQUIDO(milhares de euros)

TIPO DE ACTIVOS2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Crédito a Clientes 13 660 648 85,9 12 415 395 84,6 1 245 253 10,0

Disponibilidades 349 336 2,2 337 395 2,3 11 941 3,5

Activos Financeiros e Outros Investimentos 1 647 324 10,4 1 672 388 11,4 -25 064 -1,5

Outros Activos 241 332 1,5 246 686 1,7 -5 354 -2,2

TOTAL DO ACTIVO 15 898 640 100,0 14 671 864 100,0 1 226 776 8,4

A estrutura do activo não sofreu alterações substanciais,observando-se um ligeiro aumento do peso do crédito,para 85,9% do total do activo (+1,3 p.p.), e ligeirasreduções do peso das disponibilidades e aplicações finan-ceiras, que passaram a representar um total de 12,6% daestrutura do activo (-1,1 p.p.).

Quanto à estrutura do passivo consolidado, os recursosalheios totais, no valor de 15 136 milhões de euros, regis-taram um crescimento de 7,6%, reduzindo ligeiramente oseu peso no total do Passivo e dos Recursos Próprios, para95,2% (-0,7 p.p., face ao final de 2005).

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Os Recursos de Clientes continuaram a representar a maiorfatia (52,2%) do Passivo e dos Recursos Próprios, tendo regis-tado um crescimento homólogo de 526 milhões de euros. Noentanto, e apesar deste acréscimo de 6,8%, perderam 0,8 p.p.de peso na estrutura, em benefício dos Recursos de Insti-tuições de Crédito, cuja posição, no final de 2006, era de

5,4% (+0,6 p.p., face ao período homólogo), tendo regista-do um crescimento do seu saldo de 21,1%, face a 2005.

Os recursos representados por títulos, representativos dosempréstimos, ascenderam a 5 835 milhões de euros, +8,2%face a Dezembro de 2005, mas sem alterações significati-vas de posicionamento na estrutura do passivo.

EVOLUÇÃO DO PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS(milhares de euros)

TIPO DE PASSIVOS2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Recursos de Clientes 8 305 197 52,2 7 779 526 53,0 525 671 6,8Recursos de Instituições de Crédito 855 944 5,4 706 601 4,8 149 343 21,1Passivos Financeiros 5 834 843 36,7 5 394 283 36,8 440 560 8,2Outros Passivos 140 046 1,0 191 332 1,3 -51 286 -26,8

TOTAL DE RECURSOS ALHEIOS TOTAIS 15 136 030 95,2 14 071 742 95,9 1 064 288 7,6

TOTAL DE RECURSOS PRÓPRIOS 762 610 4,8 600 122 4,1 162 488 27,1

TOTAL DO PASSIVO E DOS RECURSOS PRÓPRIOS 15 898 640 100,0 14 671 864 100,0 1 226 776 8,4

9.3. RESULTADOS, EFICIÊNCIA E RENDIBILIDADE

O Resultado Consolidado de 2006 foi de 63.620 milharesde euros, valor superior, em 5.877 milhares de euros(+10,2%), ao registado no ano anterior (57.743 milharesde euros). Para esta evolução favorável contribuíram dife-

rentes factores como: o aumento das operações activas denegócio, nomeadamente do saldo do crédito concedido aclientes, proporcionando o aumento da margem financeirae a evolução positiva das provisões e imparidades.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES(milhares de euros)

2006 2005 Variação

Valor % Valor % Valor %

Juros e proveitos equiparados 674 447 602 808 71 639 11,9Juros e custos equiparados 368 352 328 449 39 903 12,1

MARGEM FINANCEIRA 306 095 82,9 274 359 78,9 31 736 11,6

Rendimentos de instrumentos de capital 981 0,3 2 193 0,6 (1 212) -55,3Rendimentos de serviços e comissões 70 422 19,1 62 413 18,0 8 009 12,8Encargos com serviços e comissões 9 598 2,6 9 300 2,7 298 3,2Resultados de activ. e pass. avaliados ao justo valor através de result. (9 374) -2,5 4 225 1,2 (13 599) -321,9Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (236) -0,1 390 0,1 (626) -160,5Resultados de reavaliação cambial 1 859 0,5 2 223 0,6 (364) -16,4Resultados de alienação de outros activos 3 299 0,9 5 572 1,6 (2 273) -40,8Outros resultados de exploração 5 881 1,5 5 829 1,7 52 0,9

Total de proveitos operacionais 63 234 17,1 73 545 21,1 (10 311) -14,0

PRODUTO BANCÁRIO 369 329 100,0 347 904 100,0 21 425 6,2

Gastos com o pessoal 140 790 38,1 128 368 36,9 12 422 9,7Outros gastos administrativos 77 518 21,0 69 696 20,0 7 822 11,2Amortizações do exercício 12 884 3,5 11 086 3,2 1 798 16,2

Total de custos operativos 231 192 62,6 209 150 60,1 22 042 10,5

Provisões líquidas de anulações (175) 0,0 180 0,1 (355) -197,2Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações 75 712 20,5 76 664 22,0 (952) -1,2Imparidade de outros acti. Financ. líquida de reversões e recuperações 88 0,0 (229) -0,1 317 -138,4Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 1 028 0,3 5 947 1,7 (4 919) -82,7

RESULTADO OPERACIONAL 61 484 16,6 56 192 16,2 5 292 9,4

Resultados por equivalência patrimonial 2 136 0,6 1 551 0,4 585 37,7

RESULTADO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO 63 620 17,2 57 743 16,6 5 877 10,2

Cash-Flow 153 157 151 391 1 766 1,2

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184

O Cash Flow do exercício, no montante de 153 157 milha-res de euros, representou um aumento de 1 765 milharesde euros (+1,2%), em relação ao ano anterior.

Verificou-se uma evolução ligeiramente desfavorável da efi-ciência operacional das actividade dos Grupo. O rácio Cost

to Income (Custos Operativos / Produto Bancário, em %)apresentou uma variação de +2,5 p.p., tendo passado de60,1%, em 2005, para 62,6%, em 2006. Este agravamen-to do rácio Cost to Income está relacionado com o aumen-to dos custos operativos em 10,5%, apesar do aumento doproduto bancário em 6,2%.

EFICIÊNCIA RELATIVA

DESIGNAÇÃO 2006 2005 Variação

Custos com o Pessoal / Produto Bancário 38,1% 36,9% 1,2 p.p.

Gastos Gerais Administrativos / Produto Bancário 21,0% 20,0% 1,0 p.p.

Amortizações / Produto Bancário 3,5% 3,2% 0.3p.p.

COST TO INCOME 62,6% 60,1% 2,5 p.p.

A Rendibilidade do Activo médio (ROA) manteve-se em0,4%, e a Rendibilidade dos Capitais Próprios médios (ROE)

situou-se em 9,3%, -0,9 p.p. face à obtida no exercícioanterior (10,2%).

RENDIBILIDADE

DESIGNAÇÃO 2006 2005 Variação

Resultados / Activo Líquido Médio (ROA) 0,4% 0,4% 0,0 p.p.

Resultados / Capitais Próprios Médios (ROE) 9,3% 10,2% -0,9 p.p.

Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,4% 2,6% -0.2 p.p.

9.4. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS

Os Fundos Próprios de Base consolidados, constituídos peloCapital Institucional, Reservas e Resultados do Exercício,ascendiam a 845 810 milhares de euros, no final de 2006.Na mesma data, os Fundos Próprios Elegíveis (Fundos Pró-prios de Base + Fundos Próprios Complementares) ascen-diam a 1 138 023 milhares de euros. Em consequência, o

valor dos Fundos Próprios Elegíveis ultrapassava o dos Fun-dos Próprios Mínimos em 294 461 milhares de euros.

O Rácio de Solvabilidade consolidado, na óptica do Bancode Portugal, fixou-se em 10,79%, acima do mínimo estipu-lado pelo Banco de Portugal.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS DE LIQUIDEZ E DE SOLVABILIDADE CONSOLIDADOS(milhares de euros)

INDICADORES2006 2005 Variação

Valor Valor Valor %

1. Fundos Próprios Elegíveis 1 138 023 1 015 724 122 299 12,0%

(+) Fundos próprios de base 763 435 643 682 119 753 18,6%

(+) Fundos próprios complementares 401 918 394 739 7 179 1,8%

(–) Deduções 27 330 22 697 4 633 20,4%

2. Fundos Próprios Mínimos 843 562 760 494 83 068 10,9%

3. Rácios

Solvabilidade (limite BdP: 8%) 10,79% 10,68% 0,11 p.p.

Tier 1 (limite BdP: 4%) 7,24% 6,53% 0,71 p.p.

Imobilizado (limite BdP: 100%) 13,03%

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185

9.5. BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

2006 2005

ACTIVO IMPARIDADE E ACTIVO ANOBRUTO AMORTIZAÇÕES LÍQUIDO ANTERIOR

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 242 772 242 772 207 707

Disponibilidades em outras instituições de crédito 106 564 106 564 129 688

Activos financeiros detidos para negociação 20 319 20 319 17 610

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 3 096 3 096

Activos financeiros disponíveis para venda 887 977 887 977 678 666

Aplicações em instituições de crédito 671 016 576 670 440 910 571

Crédito a clientes 13 957 649 297 001 13 660 648 12 415 395

Investimentos detidos até à maturidade 36 044 36 044 34 776

Derivados de cobertura 9 031 9 031 12 830

Activos não correntes detidos para venda 103 964 13 326 90 638 102 495

Outros activos tangíveis 167 180 88 145 79 035 80 409

Activos intangíveis 29 701 18 443 11 258 5 551

Investimentos em associadas e filiais excluidas da consolidação 20 417 20 417 17 935

Outros activos 60 401 60 401 58 231

TOTAL DO ACTIVO 16 316 131 417 491 15 898 640 14 671 864

PASSIVOPassivos financeiros detidos para negociação 38 384 38 384 15 266

Recursos de outras instituições de crédito 855 944 855 944 706 601

Recursos de clientes e outros empréstimos 8 305 197 8 305 197 7 779 526

Responsabilidades representadas por títulos 5 487 890 5 487 890 5 066 741

Derivados de cobertura 7 340 7 340 1 627

Provisões 4 978 4 978 5 153

Outros passivos subordinados 301 229 301 229 310 649

Outros passivos 135 068 135 068 186 179

TOTAL DO PASSIVO 15 136 030 15 136 030 14 071 742

CAPITALCapital 585 000 585 000 485 000

Reservas de reavaliação 15 593 15 593 7 652

Outras reservas e resultados transitados 98 397 98 397 49 727

Resultado do exercício 63 620 63 620 57 743

TOTAL DO CAPITAL 762 610 762 610 600 122

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL 15 898 640 15 898 640 14 671 864

Lisboa, 8 de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias José da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

2006 2005

Juros e rendimentos similares 674 447 602 808

Juros e encargos similares 368 352 328 449

MARGEM FINANCEIRA 306 095 274 359

Rendimentos de instrumentos de capital 981 2 193

Rendimentos de serviços e comissões 70 422 62 413

Encargos com serviços e comissões 9 598 9 300

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados -9 374 4 225

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda -236 390

Resultados de reavaliação cambial 1 859 2 223

Resultados de alienação de outros activos 3 299 5 572

Outros resultados de exploração 5 881 5 829

PRODUTO DA ACTIVIDADE 369 329 347 904

Custos com pessoal 140 790 128 368

Gastos gerais administrativos 77 518 69 696

Depreciações e amortizações 12 884 11 086

Provisões líquidas de anulações -175 180

Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações 75 712 76 664

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 88 -229

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 1 028 5 947

Resultados de associados e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 2 136 1 551

RESULTADO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO 63 620 57 743

Lisboa, 8 de Março de 2007

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias José da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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187(milhares de euros)

2006 2005

Fluxos de caixa de actividades operacionaisJuros recebidos 665.354 2.373.559Comissões recebidas 70.453 62.334Pagamento de juros (353.630) (226.965)Pagamento de comissões (10.107) (9.571)Despesas com pessoal e fornecedores (219.989) (110.153)Recuperação de crédito e juros 1.254 985Outros pagamentos e recebimentos (46.814) 11.335

106.521 2.101.524

(Aumentos) / diminuições de activos operacionaisCréditos sobre instituições de crédito e clientes (1.069.188) (2.025.407)Outros activos 1.554 (65.180)

(1.067.634) (2.090.587)

(Aumentos) / diminuições de passivos operacionaisRecursos para com clientes 515.310 124.198Recursos para com instituições de crédito 148.008 12.963

663.318 137.161

(297.795) 148.098

Fluxos de caixa de actividades de investimentoDividendos recebidos 981 2.193(Compra) / Venda de activos financeiros de negociação 2.889 (20.334)(Compra) / Venda de activos financeiros avaliados ao justo valor

através de resultados (6.901) –(Compra) / Venda de activos financeiros disponíveis para venda (201.577) (2.159.570)(Compra) / Venda de derivados de cobertura 9.513 –(Compra) / Venda de activos financeiros detidos até à maturidade (1.268) (35.508)(Compra) / Venda de investimentos em associadas (1.149) 229Depósitos detidos com fins de controlo monetário (17.269) 33.751Alienação de imobilizações 3.234 194Aquisição de imobilizações (20.208) (8.269)

(231.755) (2.187.314)

Fluxos de caixa de actividades de financiamentoDistribuição de resultados (11.597) (24.782)Aumento de capital 100.000 40.000Emissão de obrigacões de caixa e títulos subordinados 1.389.939 2.766.870Reembolso de obrigacões de caixa e títulos subordinados (980.417) (654.952)Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo 26.297 –

524.222 2.127.136

Variação líquida em caixa e equivalentes (5.328) 87.920

Caixa e equivalentes no início do exercício 185.204 97.284

Caixa (nota 16) 55.516 50.711

Disponibilidades em outras instituições de crédito (nota 17) 129.688 46.573

Caixa e equivalentes no fim do exercício 179.876 185.204

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

9.6. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS ANOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

NOTAS 2006 2005

Juros e rendimentos similares 3 674 447 602 808

Juros e encargos similares 3 368 352 328 449

Margem financeira 306 095 274 359

Rendimentos de instrumentos de capital 4 981 2 193

Resultados de serviços e comissões 5 60 824 53 113

Resultados em operações financeiras 6 (7 823) 6 002

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 (236) 390

Outros resultados de exploração 8 8 234 11 847

Total de proveitos operacionais 61 980 73 545

Custos com o pessoal 9 140 790 128 368

Outros gastos administrativos 10 77 518 69 696

Amortizações do exercício 11 12 884 11 086

Total de custos operacionais 231 192 209 150

Imparidade do crédito 12 74 905 75 947

Imparidade de outros activos 13 1 028 5 718

Outras provisões 14 (534) 897

Resultado operacional 61 484 56 192

Resultados por equivalência patrimonial 15 2 136 1 551

Resultado do exercício 63 620 57 743

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

9.7. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(milhares de euros)

NOTAS 2006 2005

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 16 242 772 207 707Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 106 564 129 688Aplicações em instituições de crédito 18 670 440 910 571Créditos a clientes 19 13 660 648 12 415 395Activos financeiros detidos para negociação 20 6 214 17 610Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 20 20 380 –Activos financeiros disponíveis para venda 20 887 977 678 666Derivados de cobertura 21 14 220 29 153Investimentos detidos até à maturidade 22 36 044 34 776Investimentos em associadas 23 20 417 17 935Outros activos tangíveis 24 79 035 80 409Activos intangíveis 25 11 258 5 551Outros activos 26 142 671 144 403

TOTAL DO ACTIVO 15 898 640 14 671 864

PASSIVO

Recursos de outras instituições de crédito 27 855 944 706 601Recursos de clientes 28 8 305 197 7 779 526Responsabilidades representadas por títulos 29 5 487 890 5 066 741Passivos financeiros detidos para negociação e outros

passivos financeiros ao justo valor através de resultados 30 41 563 15 266Derivados de cobertura 21 7 199 3 847Provisões 31 4 978 5 153Outros passivos subordinados 32 301 229 310 649Outros passivos 33 132 030 183 959

TOTAL DO PASSIVO 15 136 030 14 071 742

SITUAÇÃO LÍQUIDA

Capital 34 585 000 485 000Reservas de justo valor 36 7 586 (148)Outras reservas e resultados transitados 35 e 36 106 404 57 527Resultado do exercício 63 620 57 743

TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 762 610 600 122

15 898 640 14 671 864

Contas extrapatrimoniais (Nota 37)

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

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MAPA DE ALTERAÇÕES NA SITUAÇÃO LÍQUIDA CONSOLIDADA PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE2006 E 2005

(milhares de euros)

Total da Reservasituação Capital geral e

Outras Reservas de Resultados

líquida especialreservas justo valor acumulados

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 527 387 445 000 166 181 4 415 – (88 209)

Constituição de reservas

Reserva geral – – 6 609 – – (6 609)

Reserva especial – – 1 652 – – (1 652)

Aumento de capital 40 000 40 000 – – – –

Distribuição de resultados (24 782) – – – – (24 782)

Reservas de justo valor (148) – – – (148) –

Equivalência patrimonial (78) – – (78) – –

Resultado do exercício 57 743 – – – – 57 743

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 600 122 485 000 174 442 4 337 (148) (63 509)

Constituição de reservas

Reserva geral – – 9 062 – – (9 062)

Reserva especial – – 2 266 – – (2 266)

Aumento de capital 100 000 100 000 – – – –

Distribuição de resultados (11 597) – – – – (11 597)

Reservas de justo valor 7 734 – – – 7 734 –

Equivalência patrimonial 2 731 – – 3 670 – (939)

Resultado do exercício 63 620 – – – – 63 620

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 762 610 585 000 185 770 8 007 7 586 (23 753)

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

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1911. Políticas contabilísticas

1.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

A Caixa Económica Montepio Geral (adiante designada por«Caixa») é uma instituição de crédito, anexa ao MontepioGeral-Associação Mutualista, tendo sido constituída em 24de Março de 1844. Está autorizada a operar no âmbito dodisposto no Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro,bem como do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio, queregulamenta a actividade das caixas económicas, estabele-cendo algumas restrições à sua actividade. Porém, a Caixapode realizar operações bancárias mesmo para além dasenunciadas nos seus Estatutos, desde que genericamenteautorizadas pelo Banco de Portugal, o que na prática setraduz na possibilidade de realizar a universalidade dasoperações bancárias.

As demonstrações financeiras consolidadas agora apresen-tadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração daCaixa em 8 de Março de 2007. As demonstrações finan-ceiras consolidadas são apresentadas em euros, arredon-dadas ao milhar mais próximo.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de2002, na sua transposição para a legislação Portuguesaatravés do Decreto Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e doAviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, as demonstraçõesfinanceiras consolidadas da Caixa são preparadas de acor-do com as Normas Internacionais de Relato Financeiro(«IFRS») conforme endossadas pela União Europeia (UE) apartir do exercício de 2005. As IFRS incluem os standards emi-tidos pelo International Accounting Standards Board («IASB»)bem como as interpretações emitidas pelo InternationalFinancial Reporting Interpretations Committee («IFRIC») epelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras consolidadas da Caixa, parao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, forampreparadas em conformidade com as IFRS aprovadas pelaUE e em vigor nessa data. As demonstrações financeirasforam preparadas de acordo com o princípio do custohistórico, modificado pela aplicação do justo valor para osinstrumentos financeiros derivados, activos e passivosfinanceiros detidos para negociação e activos financeirosdisponíveis para venda excepto aqueles para os quais ojusto valor não está disponível. Os activos e passivos que seencontram cobertos no âmbito da contabilidade de cober-tura são apresentados ao justo valor relativamente ao riscocoberto. Os outros activos e passivos financeiros e activose passivos não financeiros são registados ao custo amorti-zado ou custo histórico.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foramaplicadas de forma consistente a todas as entidades doGrupo, em todos os exercícios apresentados nas demons-trações financeiras consolidadas.

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

A preparação das demonstrações financeiras anuais deacordo com as IFRS requer que o Conselho de Adminis-tração formule julgamentos, estimativas e pressupostos queafectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dosactivos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pres-supostos associados são baseados na experiência históricae noutros factores considerados razoáveis de acordo comas circunstâncias e formam a base para os julgamentossobre os valores dos activos e passivos cuja valorização nãoé evidente através de outras fontes. Os resultados reaispodem diferir das estimativas. As questões que requeremum maior índice de julgamento ou complexidade, ou paraas quais os pressupostos e estimativas são consideradossignificativos, são apresentados na nota 1.21.

1.2. BASES DE CONSOLIDAÇÃO

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias emque a Caixa exerce o controlo são consolidadas pelo méto-do de consolidação integral desde a data em que a Caixaassume o controlo sobre as suas actividades até ao mo-mento em que esse controlo cessa. Presume-se a existên-cia de controlo quando a Caixa detém mais de metade dosdireitos de voto. Existe também controlo quando a Caixadetém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a políti-ca financeira e operacional de determinada empresa deforma a obter benefícios das suas actividades, mesmo quea percentagem que detém sobre os seus capitais própriosseja inferior a 50%.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária atribuí-veis aos interesses minoritários excedem o interesse minori-tário no capital próprio dessa subsidiária, o excesso é atri-buível à Caixa sendo os prejuízos registados em resultadosna medida em que forem incorridos. Os lucros obtidos sub-sequentemente são reconhecidos como proveitos da Caixaaté que as perdas atribuídas a interesses minoritários ante-riormente absorvidas pela Caixa sejam recuperadas.

Investimentos financeiros em associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas sãoconsolidadas pelo método de equivalência patrimonial,desde a data em que a Caixa adquire a influência significa-tiva até ao momento em que a mesma termina. As empre-sas associadas são entidades nas quais a Caixa tem influên-cia significativa mas não exerce controlo sobre a suapolítica financeira e operacional. Presume-se que a Caixaexerce influência significativa quando detém o poder deexercer mais de 20% dos direitos de voto da associada.Caso a Caixa detenha, directa ou indirectamente, menosde 20% dos direitos de voto presume-se que a Caixa nãopossui influência significativa, excepto quando essa influên-cia pode ser claramente demonstrada.

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Transacções eliminadas em consolidação

Os saldos e transacções entre empresas da Caixa, bemcomo alguns ganhos e perdas não realizados resultantesdessas transacções são anulados na preparação das de-monstrações financeiras consolidadas.

Os ganhos e perdas não realizados de transacções comassociadas e entidades controladas conjuntamente sãoeliminados na extensão da participação da Caixa nessasentidades.

1.3. CRÉDITOS A CLIENTES

A rubrica Créditos a clientes inclui os empréstimos origina-dos pela Caixa, para os quais não existe uma intenção devenda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado nadata em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nasseguintes situações: (i) os direitos contratuais da Caixaexpiram; ou (ii) a Caixa transferiu substancialmente todosos riscos e benefícios associados.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justovalor, acrescido dos custos de transacção e é subsequente-

mente valorizado ao custo amortizado, com base no méto-do da taxa efectiva, sendo apresentado em balanço dedu-zido de perdas de imparidade.

Imparidade

A política da Caixa consiste na avaliação regular da existên-cia de evidência objectiva de imparidade na sua carteira decrédito. As perdas por imparidade identificadas são regis-tadas por contrapartida de resultados, sendo subsequente-mente revertidas por resultados caso se verifique uma redu-ção do montante da perda estimada, num período posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteirade créditos sobre clientes, definida como um conjunto decréditos de características de risco semelhantes, poderá serclassificada como com imparidade quando existe evidênciaobjectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos,e quando estes tenham impacto no valor estimado dosfluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditossobre clientes, e cuja mensuração possa ser estimada comrazoabilidade.

De acordo com a IAS 39 existem dois métodos para o cál-culo das perdas por imparidade: (i) análise individual; e (ii)análise colectiva.

192

A existência de influência significativa por parte da Caixa é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintesformas:

– representação no Conselho de Administração ou órgão de direcção equivalente;

– participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outrasdistribuições;

– transacções materiais entre a Caixa e a participada;

– intercâmbio de pessoal de gestão;

– fornecimento de informação técnica essencial.

As demonstrações financeiras consolidadas incluem a parteatribuível à Caixa do total das reservas e dos lucros e prejuí-zos reconhecidos da associada contabilizada de acordo como método da equivalência patrimonial. Quando a parcela dosprejuízos atribuíveis excede o valor contabilístico da associa-da, o valor contabilístico deve ser reduzido a zero e o recon-hecimento de perdas futuras é descontinuado excepto naparcela em que a Caixa incorra numa obrigação legal ouconstrutiva de assumir essas perdas em nome da associada.

Entidades de finalidade especial («SPE’s»)

A Caixa consolida pelo método integral determinadosSPE’s, quando a substância da relação com tais entidadesindicia que a Caixa exerce controlo sobre as suas activi-dades, independentemente da percentagem que detémsobre os seus capitais próprios.

A avaliação da existência de controlo é efectuada com base nos critérios definidos pela SIC 12 – Consolidação de enti-dades de finalidade especial, analisados como segue:

– As actividades do SPE estão, em substância, a ser conduzidas a favor da Caixa, de acordo com as suas necessidadesespecíficas de negócio, de forma a que a Caixa obtenha benefícios do funcionamento do SPE;

– A Caixa detém os poderes de tomada de decisão, conducente à obtenção da maioria dos benefícios das actividadesdo SPE;

– A Caixa tem direitos para obter a maioria dos benefícios do SPE estando consequentemente exposto aos riscos ine-rentes às actividades do SPE;

– A Caixa retém a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relativos ao SPE ou aos seus activos, com vista àobtenção de benefícios da sua actividade.

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i) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise daexposição de crédito caso a caso. Para cada crédito considerado individualmente significativo, a Caixa avalia, em cada datade balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade. Na determinação das perdas por imparidade em termosindividuais são considerados os seguintes factores:

– a exposição de cada cliente junto da Caixa e a existência de crédito vencido;

– a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios suficientes para fazerface aos serviços da dívida no futuro;

– a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais associados a cada crédito;

– a deterioração significativa no rating do cliente;

– o património do cliente em situações de liquidação ou falência;

– a existência de credores privilegiados;

– o montante e os prazos de recuperação estimados.

As perdas por imparidade são calculadas através da com-paração do valor actual dos fluxos de caixa futuros espera-dos descontados à taxa efectiva original de cada contratoe o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdasregistadas por contrapartida de resultados. O valor con-tabilístico dos créditos com imparidade é apresentado nobalanço líquido das perdas de imparidade. Para os créditoscom uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utiliza-da corresponde à taxa de juro efectiva anual, aplicável noperíodo em que foi determinada a imparidade.

O cálculo do valor actual dos fluxos de caixa futuros espe-rados de um crédito com garantias reais, corresponde aosfluxos de caixa que possam resultar da recuperação evenda do colateral, deduzido dos custos inerentes à suarecuperação e venda.

Os créditos em que não seja identificada uma evidênciaobjectiva de imparidade, são agrupados em carteiras comcaracterísticas de risco de crédito semelhantes, as quais sãoavaliadas colectivamente.

ii) Análise colectiva

As perdas por imparidade baseadas na análise colectiva podem ser calculadas através de duas perspectivas:

- para grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos; ou

- em relação a perdas incorridas mas não identificadas («IBNR») em créditos sujeitos à análise individual de imparidade(ver parágrafo (i) anterior).

As perdas por imparidade em termos colectivos são determinadas considerando os seguintes aspectos:

- experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante;

- conhecimento da envolvente económica e da sua influência sobre o nível das perdas históricas;

- período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação.

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar osfluxos de caixa futuros são revistos regularmente pela Caixade forma a monitorizar as diferenças entre as estimativasde perdas e as perdas reais.

Os créditos analisados individualmente para os quais nãofoi identificada evidência objectiva de imparidade, sãoagrupados tendo por base características de risco seme-lhantes com o objectivo de determinar as perdas por impa-ridade em termos colectivos. Esta análise permite à Caixa oreconhecimento de perdas cuja identificação, em termosindividuais só ocorrerá em períodos futuros.

A anulação contabilística de créditos é feita pela utilizaçãode provisões por imparidade quando estas correspondem a100% do valor dos créditos. As recuperações posterioresdestes créditos são contabilizadas como proveitos no exer-cício em que ocorram.

1.4. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

i) Classificação

Os instrumentos financeiros de negociação são os instru-mentos detidos pela Caixa com o objectivo principal degerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designa-dos como instrumentos de cobertura. As flutuações nojusto valor dos referidos instrumentos são reconhecidas emresultados do exercício. Os derivados de negociação comum justo valor positivo são incluídos na rubrica Activosfinanceiros detidos para negociação, sendo os derivados denegociação com justo valor negativo incluídos na rubricapassivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ou passivos financeiros pelo justovalor através de resultados são activos financeiros ou pas-sivos financeiros que são considerados de negociação

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quando o objectivo principal é de gerar lucro a curto prazoe incluindo derivados não designados como instrumentosde cobertura ou no momento do reconhecimento inicialsão designados pela entidade pelo justo valor através deresultados. As flutuações no justo valor dos referidosinstrumentos são reconhecidas em resultados do exercício.

Os instrumentos financeiros detidos até à maturidade sãoactivos financeiros não derivados com pagamentos fixadosou determináveis e maturidades definidas, que a Caixa temintenção e capacidade de deter até à maturidade.

Os activos financeiros disponíveis para venda são activosfinanceiros que não se enquadram na definição de deriva-dos e que não são classificados como investimentos detidosaté à maturidade ou instrumentos financeiros de negocia-ção. Os activos financeiros disponíveis para venda inclueminstrumentos de capital e dívida.

Os outros passivos financeiros são todos os passivos finan-ceiros que não se encontram registados na categoria depassivos financeiros de negociação. Esta categoria incluitomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e deoutras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros.

ii) Data de reconhecimento

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na datada realização das operações.

iii) Activos e passivos financeiros de negociação

Os activos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos como objectivo de venda ou recompra no curto prazo, nomeada-mente obrigações, títulos do tesouro ou acções, ou quefaçam parte de uma carteira de instrumentos financeirosidentificados que são geridos em conjunto e para os quaisexiste evidência de um modelo real recente de tomada delucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição dederivado (excepto no caso de um derivado que seja uminstrumento de cobertura e eficaz) são classificados como denegociação. Os activos e passivos financeiros de negociaçãosão reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os cus-tos ou proveitos associados às transacções reconhecidos emresultados, e posteriormente valorizados ao justo valor. Oscustos e proveitos subsequentes resultantes das alterações dojusto valor, periodificação de juros e recebimento de dividen-dos são reconhecidos na rubrica «Resultados em operações denegociação e de cobertura» da demonstração dos resultados.

iv) Activos ou passivos financeiros pelo justo valor atravésdos resultados

Os activos ou passivos financeiros pelo justo valor através dosresultados são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor,com os custos ou proveitos associados às transacções recon-hecidos em resultados, e posteriormente valorizados ao justovalor. Os custos e proveitos subsequentes resultantes dasalterações do justo valor, periodificação de juros e recebimen-to de dividendos são reconhecidos na rubrica «Resultados emoperações financeiras» da demonstração dos resultados.

v) Activos financeiros disponíveis para venda

Activos financeiros disponíveis para venda detidos com oobjectivo de serem mantidos pela Caixa, nomeadamente

obrigações, títulos do tesouro ou acções, são classificadoscomo disponíveis para venda, excepto se forem classifica-dos como de negociação ou detidos até à maturidade. Osactivos financeiros disponíveis para venda são reconhecidosinicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitosassociados às transacções. Para as obrigações, o custo éamortizado por contrapartida de resultados com base nataxa de juro efectiva. Os activos financeiros disponíveis paravenda são posteriormente mensurados ao seu justo valor.As alterações no justo valor são registadas por contraparti-da de reservas de justo valor até ao momento em que sãovendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade.Na alienação dos activos financeiros disponíveis para venda,os ganhos ou perdas acumuladas reconhecidas como re-servas de justo valor são reconhecidos na rubrica «Resulta-dos de activos financeiros disponíveis para venda» da de-monstração de resultados. Os juros são reconhecidos combase na taxa de juro efectiva, considerando a vida útilesperada do activo. Nas situações em que existe prémio oudesconto associado aos activos, o prémio ou desconto éincluído no cálculo da taxa de juro efectiva. Os dividendossão reconhecidos em resultados quando for atribuído odireito ao recebimento.

Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação daexistência de uma evidência objectiva de imparidade no-meadamente de um impacto adverso nos fluxos de caixafuturos estimados de um activo financeiro ou grupo deactivos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num activo financeiro dispo-nível para venda, a perda acumulada (mensurada como adiferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluin-do perdas de imparidade anteriormente reconhecidas porcontrapartida de resultados) é transferida de reservas ereconhecida na demonstração de resultados. Caso, num pe-ríodo subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívi-da classificados como disponíveis para venda aumentar eesse aumento puder ser objectivamente associado a umevento ocorrido após o reconhecimento da perda por im-paridade na demonstração de resultados, a perda por im-paridade é revertida por contrapartida de resultados. Asperdas de imparidade reconhecidas em instrumentos decapital classificados como disponíveis para venda não sãorevertidas por contrapartida de resultados.

vi) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizadosao custo amortizado, com base no método da taxa efecti-va e são deduzidos de perdas de imparidade.

1.5. CONTABILIDADE DE COBERTURA

i) Contabilidade de cobertura

A Caixa utiliza instrumentos financeiros derivados paracobertura do risco de taxa de juro resultantes de activi-dades de financiamento e de investimento. Os derivadosque não se qualificam para contabilidade de cobertura sãoregistados como de negociação.

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Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo com omodelo de contabilidade de cobertura adoptado pela Caixa. Uma relação de cobertura existe quando:

– à data de início da relação, existe documentação formal da cobertura;

– se espera que a cobertura seja altamente eficaz;

– a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

– a cobertura é avaliada numa base contínua e efectivamente determinada como sendo altamente efectiva ao longodo período de relato financeiro; e

– em relação à cobertura de uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável e tem de apresentar umaexposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última análise afectar os resultados.

Quando um instrumento financeiro derivado é utilizadopara cobrir variações cambiais de elementos monetáriosactivos ou passivos, não é aplicado qualquer modelo decontabilidade de cobertura e qualquer ganho ou perdaassociada ao derivado é reconhecida em resultados doexercício, assim como as variações cambiais dos elementosmonetários.

ii) Cobertura de justo valor

As variações do justo valor dos derivados que sejam desig-nados e que se qualifiquem como de cobertura de justovalor são registadas por contrapartida de resultados, emconjunto com as variações de justo valor do activo, passivoou grupo de activos e passivos a cobrir no que diz respeitoao risco coberto. Se a relação de cobertura deixa de cumpriros requisitos da contabilidade de cobertura, os ganhos ouperdas acumulados reconhecidos na valorização do riscocoberto são amortizados pelo período remanescente.

iii) Efectividade

Para que uma relação de cobertura seja classificada comotal, de acordo com a IAS 39, deve ser demonstrada a suaefectividade. Assim, a Caixa executa testes prospectivos nadata de incepção e testes retrospectivos de modo a de-monstrar em cada data de balanço a efectividade, mos-trando que as alterações no justo valor do instrumento decobertura são cobertas por alterações no item coberto noque diz respeito ao risco coberto.

Qualquer inefectividade apurada é reconhecida em resulta-dos no momento em que ocorre.

iv) Derivados embutidos

Os derivados embutidos em instrumentos financeiros sãotratados separadamente sempre que os riscos e benefícioseconómicos do derivado não estão relacionados com os doinstrumento principal, desde que este não esteja contabi-lizado ao justo valor com impacto em resultados do exercí-cio. Os derivados embutidos são registados ao justo valorcom as suas variações registadas em resultados do exercí-cio e apresentados na carteira de negociação.

1.6. RECLASSIFICAÇÃO ENTRE CATEGORIAS DEINSTRUMENTOS FINANCEIROS

Transferências de e para activos e passivos financeiros denegociação são proibidas.

1.7. DESRECONHECIMENTO

A Caixa desreconhece os activos financeiros quando expi-ram todos os direitos a fluxos de caixa futuros ou os activosforam transferidos. Quando ocorre uma transferência deactivos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quandosubstancialmente todos os riscos e benefícios dos activosforam transferidos ou a Caixa não mantém controlo dosactivos.

A Caixa procede ao desreconhecimento de passivos finan-ceiros quando os mesmos são cancelados ou extintos.

1.8. LOCAÇÕES

A Caixa classifica as operações de locação como locaçõesfinanceiras ou locações operacionais, em função da suasubstância e não da sua forma legal cumprindo os critériosdefinidos na IAS 17 – Locações. São classificadas comolocações financeiras as operações em que os riscos e bene-fícios inerentes à propriedade de um activo são transferidaspara o locatário. Todas as restantes operações de locaçãosão classificadas como locações operacionais.

Locação operacional

Os pagamentos efectuados pela Caixa à luz dos contratosde locação operacional são registados em custos nos perío-dos a que dizem respeito.

Locação financeira

– Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na datado seu início, no activo e no passivo, pelo justo valor dapropriedade locada, que é equivalente ao valor actual dasrendas de locação vincendas. As rendas são constituídaspelo encargo financeiro e pela amortização financeira docapital. Os encargos financeiros são imputados aos perío-dos durante o prazo da locação, a fim de produzir umataxa de juro periódica constante sobre o saldo remanes-cente do passivo em cada período.

– Como locador

Os activos detidos sob locação financeira são registados nobalanço como capital em locação pelo valor equivalente aoinvestimento líquido de locação financeira.

As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pelaamortização financeira do capital. O reconhecimento do

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1.11. RESULTADOS DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS(RESULTADOS EM OPERAÇÕES DE NEGOCIAÇÃO EDE COBERTURA E RESULTADOS DE ACTIVOS FINAN-CEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA)

O Resultado de operações financeiras regista os ganhos eperdas dos activos e passivos financeiros classificados comode negociação (incluindo derivados e derivados embutidos)e os respectivos juros e dividendos associados a estas car-teiras. Inclui igualmente os resultados das operações dacarteira de activos financeiros disponíveis para venda.

1.12. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Os outros activos tangíveis encontram-se registados aocusto de aquisição, deduzido das respectivas amortizações

acumuladas e perdas de imparidade. Os custos subse-quentes são reconhecidos como um activo separado apenasse for provável que deles resultarão benefícios económicosfuturos para a Caixa. As despesas com manutenção e repa-ração são reconhecidas como custo à medida que são in-corridas de acordo com o princípio da especialização dosexercícios.

A Caixa procede a testes de imparidade sempre que even-tos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilísticoexcede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista,reconhecida em resultados.

196

resultado financeiro reflecte uma taxa de retorno periódicaconstante sobre o investimento líquido remanescente dolocador.

1.9. RECONHECIMENTO DE JUROS

Os resultados referentes a juros de instrumentos financei-ros activos e passivos mensurados ao custo amortizado sãoreconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares oujuros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva.A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta ospagamentos ou recebimentos futuros estimados durante avida esperada do instrumento financeiro (ou quando apro-priado, por um período mais curto) para o valor líquido actualde balanço do activo ou passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efectiva a Caixa procedeà estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todosos termos contratuais do instrumento financeiro (por exem-plo opções de pagamento antecipado), não considerando

eventuais perdas de imparidade. O cálculo inclui as comissõespagas ou recebidas consideradas como parte integrante dataxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémiosou descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos finan-ceiros semelhantes para os quais foram reconhecidas per-das por imparidade, os juros registados em resultados sãodeterminados com base na taxa de juro utilizada paradesconto de fluxos de caixa futuros na mensuração daperda por imparidade. Para os instrumentos financeirosderivados, com excepção daqueles que forem classificadoscomo de instrumentos de cobertura do risco de taxa dejuro, a componente de juro das alterações no seu justovalor não é autonomizada, sendo classificada como resul-tados de operações de negociação e cobertura.

Para derivados de cobertura do risco de taxa de juro, acomponente de juros das variações no seu justo valor éreconhecida em Juros e proveitos equiparados ou em Jurose custos equiparados.

1.10. RECONHECIMENTO DE PROVEITOS RESULTANTES DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

– quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efectuado noperíodo a que respeitam;

– quando resultam de uma prestação de serviços o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço estáconcluído.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útilesperada:

Número de anos

Imóveis 50

Obras em imóveis arrendados 10

Equipamento 4 a 10

1.13. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Software

Os custos incorridos com a aquisição de software são capi-talizados, assim como as despesas adicionais suportadaspela Caixa necessárias à sua implementação. Estes custossão amortizados de forma linear ao longo da vida útilesperada destes activos (3 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticossão reconhecidos como custos quando incorridos.

Encargos com projectos de investigação e desenvolvi-mento

A Caixa não incorreu em quaisquer despesas de investi-gação e desenvolvimento.

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Os encargos com o desenvolvimento de projectos são capitalizados e amortizados em 3 anos sempre que forem satisfeitosos seguintes requisitos:

– o produto / processo esteja claramente definido e os custos que lhe são atribuíveis possam ser identificados sepa-radamente;

– tenha sido demonstrada a exequibilidade técnica do produto ou processo;

– o Conselho de Administração tenha indicado a intenção de desenvolver, comercializar ou utilizar o produto ouprocesso;

– exista uma clara indicação de um mercado futuro para o produto ou processo, ou que possa ser demonstrada a suautilidade;

– existam recursos adequados para completar o projecto e comercializar o produto ou processo.

1.14. APLICAÇÕES POR RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

As aplicações por recuperação de crédito incluem imóveis etítulos resultantes da resolução de contratos de crédito aclientes. Estes activos são registados na rubrica Outrosactivos sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo valorde recuperação de crédito.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo estedeterminado com base no preço expectável de venda obti-do através de avaliações regulares efectuadas pela Caixa.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada aomenor entre o seu valor contabilístico e o correspondente jus-to valor actual, não sendo sujeitos a amortização. Caso exis-tam perdas não realizadas, estas são registadas como perdasde imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

1.15. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa eseus equivalentes englobam os valores registados no ba-lanço com maturidade inferior a três meses a contar dadata de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibili-dades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos denatureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

1.16. TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxade câmbio da data da transacção. Os activos e passivos mo-netários denominados em moeda estrangeira, que estão con-tabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câm-bio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes daconversão são reconhecidas em resultados. Os activos e pas-sivos não monetários denominados em moeda estrangeira,registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câm-bio da data da transacção. Activos e passivos não monetáriosregistados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio dadata em que o justo valor foi determinado.

1.17. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Plano de benefícios definidos

A Caixa assumiu a responsabilidade de pagar aos seuscolaboradores, pensões de reforma por velhice e pensões

de reforma por invalidez nos termos do estabelecido noAcordo Colectivo de Trabalho Vertical do Sector Bancário(«ACTV») .

Os benefícios previstos nos planos de pensões são osabrangidos pelo «Plano ACTV-Acordo Colectivo de Tra-balho Vertical do Sector Bancário» e pelo «Plano ACTQ--Acordo Colectivo dos Quadros do Sector Bancário».

A Caixa financia as suas responsabilidades através dofundo de pensões gerido pela Futuro – Sociedade Gestorade Fundos de Pensões, S.A.

A responsabilidade líquida da Caixa com planos de reforma(planos de benefício definido) é estimada anualmente, àdata de fecho de contas.

A Caixa optou na data da transição para as IFRS, 1 deJaneiro de 2004, pelo reconhecimento por contrapartidade capitais próprios de todos os ganhos e perdas actuariaisacumuladas registados no activo de acordo com os anterio-res princípios contabilísticos («reset method») .

O cálculo actuarial é efectuado com base no método decrédito da unidade projectada e utilizando pressupostosactuariais e financeiros de acordo com os parâmetros exigi-dos pela IAS 19.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passa-dos em conjunto com o retorno esperado dos activos doplano deduzidos do unwiding dos passivos do plano sãoregistados por contrapartida de custos operacionais.

A responsabilidade líquida da Caixa relativa ao plano depensões de benefício definido é calculada através da esti-mativa do valor de benefícios futuros que cada empregadodeve receber em troca pelo seu serviço no período correntee em períodos passados. O benefício é descontado deforma a determinar o seu valor actual e o justo valor dequaisquer activos do plano deve ser deduzido. A taxa dedesconto aplicada corresponde à taxa de obrigações derating AAA com maturidade semelhante à data do termodas obrigações do plano. A responsabilidade líquida édeterminada após a dedução do justo valor dos activos doFundo de Pensões.

Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente, osencargos de saúde dos colaboradores na situação de refor-ma são igualmente considerados no cálculo das responsa-bilidades.

De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdasactuarias não reconhecidas, que excedam 10% do maior

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entre o valor actual das obrigações definidas e o justo valordos activos do plano, são registadas por contrapartida deresultados pelo período de 25 anos correspondente à vidaútil remanescente estimada dos trabalhadores no activo.

Os pagamentos ao fundo são efectuados pela Caixa deacordo com um plano de contribuições determinado deforma a assegurar a solvência do fundo. O financiamentomínimo das responsabilidades é de 100% para as pensõesem pagamento e 95% para os serviços passados do pes-soal no activo.

1.18. FISCALIDADE

A Caixa encontra-se isenta de Imposto sobre o rendimentodas Pessoas Colectivas (IRC), nos termos da alínea a) donúmero 1 do artigo 10.º do Código do IRC, tendo talisenção sido reconhecida por Despacho de 3 de Dezembrode 1993, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais econfirmada pela Lei n.º 10-B/96, de 23 de Março, queaprovou o Orçamento do Estado para 1996.

1.19. RELATO POR SEGMENTOS

Um segmento de negócio é um componente identificávelda Caixa, que se destina a fornecer um produto ou serviçoindividual ou um grupo de produtos ou serviços relaciona-dos, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejamdiferenciáveis dos restantes segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um componente identificávelda Caixa, que se destina a fornecer um produto ou serviçoindividual ou um grupo de produtos ou serviços relaciona-dos, dentro de um ambiente económico específico e queesteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveisde outros, que operem em ambientes económicos dife-rentes.

Dada a natureza da actividade e dos seus clientes, a Caixaconcentra-se num único segmento de negócio.

1.20. PROVISÕES

São reconhecidas provisões quando (i) a Caixa tem umaobrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provávelque o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quandopossa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obri-gação.

1.21. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS NA APLICAÇÃODAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos con-tabilísticos que requerem que o Conselho de Administra-ção utilize o julgamento e faça as estimativas necessáriasde forma a decidir qual o tratamento contabilístico maisadequado. As principais estimativas contabilísticas e julga-mentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticospela Caixa são analisadas como segue, no sentido de me-lhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta osresultados reportados da Caixa e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas con-tabilísticas permitem um tratamento contabilístico alterna-tivo em relação ao adoptado pelo Conselho de Adminis-tração, os resultados reportados pela Caixa poderiam serdiferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido.O Conselho de Administração considera que os critériosadoptados são apropriados e que as demonstrações finan-ceiras apresentam de forma adequada a posição financeirada Caixa e das suas operações em todos os aspectos mate-rialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida sãoapresentados apenas para assistir o leitor no entendimen-to das demonstrações financeiras e não têm intenção desugerir que outras alternativas ou estimativas são maisapropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis paravenda

A Caixa determina que existe imparidade nos seus activosfinanceiros disponíveis para venda quando existe umadesvalorização continuada ou de valor significativo no seujusto valor. A determinação de uma desvalorização conti-nuada ou de valor significativo requer julgamento. No jul-gamento efectuado, a Caixa avalia entre outros factores, avolatilidade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de pre-ços de mercado ou de modelos de avaliação os quaisrequerem a utilização de determinados pressupostos oujulgamento no estabelecimento de estimativas de justovalor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pres-supostos e estimativas, poderá resultar num nível diferentede perdas por imparidade reconhecidas, com o consequen-te impacto nos resultados da Caixa.

Perdas por imparidade em créditos a clientes

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira decrédito de forma a avaliar a existência de perdas por impa-ridade, conforme referido na nota 1.3.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma adeterminar se uma perda por imparidade deve ser reco-nhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Esteprocesso inclui factores como a frequência de incumpri-mento, notações de risco, taxas de recuperação das perdase as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer domomento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressu-postos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentesdas perdas por imparidade reconhecidas, com o conse-quente impacto nos resultados da Caixa.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em preços de cotação em merca-do, quando disponíveis, e na sua ausência é determinadocom base na utilização de preços de transacções recentes,semelhantes e realizadas em condições de mercado ou

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com base em metodologias de avaliação, baseadas em téc-nicas de fluxos de caixa futuros descontados considerandoas condições de mercado, o efeito do tempo, a curva derentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologiaspodem requerer a utilização de pressupostos ou julgamen-tos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodolo-gias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na apli-cação de determinado modelo, poderia originar resultadosfinanceiros diferentes daqueles reportados.

Investimentos detidos até à maturidade

A Caixa classifica os seus activos financeiros não derivadoscom pagamentos fixados ou determináveis e maturidadesdefinidas como investimentos detidos até à maturidade, deacordo com os requisitos do IAS 39. Esta classificaçãorequer um nível de julgamento significativo.

No julgamento efectuado, a Caixa avalia a sua intenção ecapacidade de deter estes investimentos até à maturidade.Caso a Caixa não detenha estes investimentos até à maturi-dade, excepto em circunstâncias específicas – por exemplo,alienar uma parte não significativa perto da maturidade – érequerida a reclassificação de toda a carteira para activosfinanceiros disponíveis para venda, com a sua consequentemensuração ao justo valor e não ao custo amortizado.A utilização de diferentes pressupostos e estimativas po-derá resultar na determinação do justo valor desta carteiracom o correspondente impacto na reserva de justo valor enos capitais próprios da Caixa.

Securitizações e Entidades de Finalidade Especial (SPE)

A Caixa utiliza Entidades de Finalidade Especial (SPE) como objectivo principal de efectuar operações de securitizaçãode activos e por motivos de liquidez.

A Caixa não consolida os SPE em que não detém o contro-lo. Uma vez que pode ser difícil determinar se é exercido ocontrolo sobre um SPE, é efectuado um julgamento paradeterminar se a Caixa está exposta aos riscos e benefíciosinerentes às actividades do SPE e se tem os poderes detomada de decisão nesse SPE (nota 1.2).

A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pelaCaixa requer a utilização de pressupostos e estimativaspara apurar os ganhos e perdas residuais e determinarquem retém a maioria desses ganhos e perdas. Outrospressupostos e estimativas poderiam levar a que o perí-metro de consolidação da Caixa fosse diferente, comimpacto directo nos seus resultados.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento depensões requer a utilização de pressupostos e estimativas,incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabili-dade estimada dos investimentos e outros factores quepodem ter impacto nos custos e nas responsabilidades doplano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impactosignificativo nos valores determinados.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Margem financeira 306 095 274 359

Resultados em operações financeiras e activos financeiros disponíveis para venda (8 059) 6 392

298 036 280 751

2. Margem financeira e resultados em operações financeiras e activos financeirosdisponíveis para venda

As IFRS em vigor exigem a divulgação desagregada damargem financeira e dos resultados em operações finan-ceiras e activos financeiros disponíveis para venda, con-forme apresentado nas notas 3, 6 e 7. Uma actividade denegócio específica pode gerar impactos quer na rubrica deresultados em operações financeiras e activos financeiros

disponíveis para venda quer na rubrica de juros e rendi-mentos similares, pelo que o requisito de divulgação, talcomo apresentado, não evidencia a contribuição das dife-rentes actividades de negócio para a margem financeira epara os resultados em operações financeiras e activosfinanceiros disponíveis para venda.

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3. Margem financeira

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Juros e rendimentos similares:

Juros de crédito 580 516 475 048

Juros de outras aplicações 21 653 20 606

Juros de depósitos 4 158 3 022

Juros de títulos disponíveis para venda 35 152 14 666

Juros de investimentos detidos até à maturidade 1 446 1 278

Juros de títulos detidos para negociação 84 33

Juros de derivados de cobertura 23 737 82 257

Outros juros e rendimentos similares 7 701 5 898

674 447 602 808

Juros e encargos similares:

Juros de depósitos 167 475 130 235

Juros de títulos emitidos 155 348 112 966

Juros de empréstimos 16 625 12 994

Juros de outros recursos 9 909 10 051

Juros de derivados de cobertura 18 950 61 967

Juros de títulos detidos para negociação 18 3

Outros juros e encargos similares 27 233

368 352 328 449

Margem financeira 306 095 274 359

4. Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica no montante de Euros 981 000 (2005: Euros 2 193 000) refere-se a rendimentos de participações financeiras.

5. Resultados de serviços e comissões

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Rendimentos de serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados 45 384 40 113

Por garantias prestadas 4 800 4 488

Por operações realizadas com terceiros 1 063 793

Por operações realizadas por conta de terceiros 8 833 8 166

Outros proveitos de serviços e comissões 10 342 8 853

70 422 62 413

Encargos com serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados por terceiros 8 811 7 234

Por operações realizadas com títulos 282 241

Outros custos com serviços e comissões 505 1 825

9 598 9 300

Resultados líquidos de serviços e comissões 60 824 53 113

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6. Resultados em operações financeiras

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Ganhos em operações financeiras:

Derivados de cobertura 23 124 26 137

Operações com instrumentos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 74 899 24 478

Operações cambiais 7 305 6 896

Operações com instrumentos financeiros detidos para negociação 33 550 21 381

Operações com instrumentos financeiros detidos até à maturidade 31 59

138 909 78 951

Perdas em operações financeiras:

Derivados de cobertura 20 338 26 402

Operações com instrumentos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 85 322 17 127

Operações cambiais 5 446 4 672

Operações com instrumentos financeiros detidos para negociação 35 287 24 243

Operações com instrumentos financeiros detidos até à maturidade 339 505

146 732 72 949

Resultados líquidos de operações financeiras (7 823) 6 002

7. Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Ganhos em operações com activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos – 305

De emissores públicos 209 110

Outros títulos 217 2

426 417

Perdas em operações com activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 1 2

De outros emissores 661 25

662 27

Resultados líquidos de activos financeiros disponíveis para venda (236) 390

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8. Outros resultados de exploração

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Outros proveitos de exploração:

Prestação de serviços 3 203 2 574

Reembolso de despesas 2 291 2 931

Proveitos na gestão de contas de depósitos à ordem 5 763 3 760

Ganhos na liquidação de participações financeiras – 3 420

Ganhos na venda de imóveis provenientes da recuperação de créditos 4 836 4 138

Outros 2 217 3 060

18 310 19 883

Outros custos de exploração:

Impostos 173 232

Donativos e quotizações 153 264

Prejuízos na venda de imóveis provenientes da recuperação de créditos 1 480 1 788

Prejuízos na venda de imobilizado – 78

Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 1 602 1 600

Outros 6 668 4 074

10 076 8 036

Outros resultados líquidos de exploração 8 234 11 847

A rubrica Ganhos na venda de participações financeiras, em 31 de Dezembro de 2005, refere-se à mais-valia gerada noâmbito da liquidação do Montepio Geral – Cayman.

9. Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Remunerações 99 173 94 684

Encargos sociais obrigatórios 34 868 32 407

Outros custos 6 749 1 277

140 790 128 368

Conforme referido na nota 40, a rubrica Remuneraçõesinclui em 31 de Dezembro de 2006 o montante de Euros24 853 000 (2005: Euros 20 170 000) relativo ao custocom pensões de reforma do exercício.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os mem-bros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa,

no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, registadosna rubrica de Custos com o pessoal, foi de Euros 1 263 000(2005: Euros 1 061 000).

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203

O efectivo médio de trabalhadores ao serviço da Caixa durante os exercícios de 2006 e 2005, distribuído por grandes cate-gorias profissionais, foi o seguinte:

2006 2005

Direcção e coordenação 125 115

Chefia e gerência 679 656

Técnicos 338 276

Específicos 190 236

Administrativos 1 527 1 545

Auxiliares 90 94

2 949 2 922

10. Outros gastos administrativos

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas e alugueres 20 342 19 583

Serviços especializados

Informática 3 036 3 033

Trabalho independente 5 000 4 012

Outros serviços especializados 10 728 9 589

Publicidade e publicações 13 344 10 591

Comunicações e expedição 7 443 6 978

Água, energia e combustíveis 3 454 3 409

Conservação e reparação 3 304 2 814

Transportes 2 525 2 283

Seguros 1 996 1 920

Deslocações, estadias e despesas de representação 1 665 1 340

Material de consumo corrente 1 424 1 083

Formação 1 002 1 359

Outros gastos administrativos 2 255 1 702

77 518 69 696

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204

11. Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Activos intangíveis:

Software 4 319 2 886

Outros activos tangíveis:

Imóveis 3.753 4 021

Equipamento:

Mobiliário e material 603 699

Máquinas e ferramentas 159 190

Equipamento informático 2 128 1 254

Instalações interiores 1 721 1 766

Equipamento de transporte 63 98

Equipamento de segurança 138 172

8 565 8 200

12 884 11 086

12. Imparidade do crédito

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito concedido a clientes:

Dotação do exercício 282 910 193 578

Reversão do exercício (206 751) (116 646)

Recuperações de crédito e juros (1 254) (985)

74 905 75 947

13. Imparidade de outros activos

O valor desta rubrica é composto por:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito:

Dotação do exercício 1 802 8 624

Reversão do exercício (774) (2 677)

1 028 5 947

Imparidade para títulos:

Dotação do exercício – –

Reversão do exercício – (229)

– (229)

1 028 5 718

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205

14. Outras provisões

O valor desta rubrica é composto por:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Provisões para risco-país:

Dotação do exercício 501 937

Reversão do exercício (860) (220)

(359) 717

Provisões para outros riscos e encargos:

Dotação do exercício 335 1 193

Reversão do exercício (510) (1 013)

(175) 180

(534) 897

15. Resultados por equivalência patrimonial

Os contributos na rubrica de rendimento de imobilizações financeiras pelo método de apropriação por equivalência patri-monial são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. 712 738

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. 1 272 919

Norfin – Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 131 124

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 21 (230)

2 136 1 551

16. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Caixa 73 312 55 516

Banco de Portugal 169 460 152 191

242 772 207 707

A rubrica Banco de Portugal visa satisfazer as exigênciaslegais de reservas mínimas de caixa, calculadas com base nomontante dos depósitos e outras responsabilidades efectivas.

O regime de constituição de reservas de caixa, de acordocom as directrizes do Sistema Europeu de Bancos Centrais

da Zona Euro, obriga à manutenção de um saldo em depó-sito no Banco de Portugal, equivalente a 2% sobre o mon-tante médio dos depósitos e outras responsabilidades, aolongo de cada período de constituição de reservas.

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206

17. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Em instituições de crédito no país 31 255 35 309

Em instituições de crédito no estrangeiro 5 031 7 450

Valores a cobrar 70 278 86 929

106 564 129 688

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de créditoe que se encontram em cobrança.

18. Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Mercado monetário interbancário 15 006 –

Aplicações sobre instituições de crédito no país 17 352 30 506

Aplicações sobre instituições de crédito no estrangeiro 638 658 881 000

671 016 911 506

Imparidade para aplicações em instituições de crédito (576) (935)

670 440 910 571

A análise da rubrica Aplicações em instituições de crédito pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 3 meses 660 575 886 539

3 meses até 6 meses 9 732 16 962

6 meses até 1 ano – 7 291

Mais de 5 anos 590 590

Duração indeterminada 119 124

671 016 911 506

Os movimentos da imparidade para aplicações em instituições de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para aplicações em instituições de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 935 218

Dotação do exercício 501 937

Reversão do exercício (860) (220)

Saldo em 31 de Dezembro 576 935

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207

19. Créditos a clientes

Esta rubrica é analisada como segue:2006 2005

Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 12 527 599 11 170 990

Crédito com outras garantias 654 333 935 620

Crédito sem garantias 380 371 273 126

Crédito ao sector público 58 226 58 805

Crédito sobre o estrangeiro 333 506

Capital em locação 40 355 14 674

13 661 217 12 453 721

Crédito e juros vencidos – menos de 90 dias 35 872 27 504

Crédito e juros vencidos – mais de 90 dias 260 560 303 986

296 432 331 490

13 957 649 12 785 211

Imparidade para riscos de crédito (297 001) (369 816)

13 660 648 12 415 395

A análise da rubrica Créditos a clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito interno:

Crédito a curto prazo

Crédito descontado titulado por efeito 150 692 120 743

Crédito em conta corrente 617 306 607 821

Descobertos em depósitos à ordem 24 271 22 881

Empréstimos 1 670 61 104

793 939 812 549

Crédito a médio e longo prazo

Empréstimos hipotecários

Financiamento à habitação 8 605 625 7 949 713

Fomento à construção 2 096 327 2 035 537

Capital em locação 40 355 14 674

Outros créditos 2 124 638 1 640 742

12 866 945 11 640 666

Crédito ao exterior:

Crédito a curto prazo 333 506

13 661 217 12 453 721

Crédito e juros vencidos:

Menos de 90 dias 35 872 27 504

Mais de 90 dias 260 560 303 986

296 432 331 490

13 957 649 12 785 211

Imparidade para riscos de crédito (297 001) (369 816)

13 660 648 12 415 395

A rubrica Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias, incluios designados «créditos arrematados» no montante de

Euros 6 806 000 (2005: Euros 6 813 000). Os «créditosarrematados» correspondem a dívidas vencidas há mais de

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208A análise da rubrica Créditos a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o exercício findo em 31 deDezembro de 2006, é a seguinte:

Créditos a clientes

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 440 222 2 318 788 9 768 589 235 804 12 763 403

Crédito com outras garantias 367 272 168 362 118 699 45 025 699 358

Crédito sem garantias 160 417 119 345 100 609 14 979 395 350

Crédito ao sector público – 1 047 57 179 118 58 344

Crédito sobre o estrangeiro 333 – – – 333

Capital em locação – 20 614 19 741 506 40 861

968 244 2 628 156 10 064 817 296 432 13 957 649

A rubrica Crédito a clientes inclui os montantes de créditos securitizados, relativos a securitizações tradicionais detidas porSPV’s e que foram objecto da consolidação no âmbito da SIC 12, de acordo com a política contabilística descrita na nota1.2. Em 31 de Dezembro de 2006, os referidos créditos incluídos nas demonstrações financeiras da Caixa ascendiam aEuros 799 745 000 (2005: Euros 987 488 000), cuja análise é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Pelican Mortgages No.1 300 941 413 817

Pelican Mortgages No. 2 498 804 573 671

799 745 987 488

três anos em que se extinguiu o vínculo contratual com oanterior mutuário em virtude de arrematação ou adjudi-cação da caução, declaração de falência ou dação, mas queainda se encontram pendentes de diligências judiciais.

A rubrica Créditos a clientes corresponde na sua totalidadea contratos de crédito a taxa variável.

As operações de securitização celebradas pela Caixa respei-tam a créditos hipotecários. Para este efeito, as securitiza-ções tradicionais e sintéticas celebradas são concretizadasatravés de entidades de finalidades especial (SPE’s). Con-forme referido na política contabilística descrita na nota1.2, quando a substância da relação com tais entidades in-dicia que a Caixa exerce controlo sobre as suas actividades,estas SPE’s são incluídas na consolidação da Caixa pelométodo integral.

Em 31 de Dezembro de 2006, existem duas operações detitularização celebradas entre a Caixa e outras instituiçõesfinanceiras que são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Em 19 de Dezembro de 2002, a Caixa Económica Monte-pio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle («SPV»)– Pelican Mortgages No. 1 PLC – sediado em Dublin, umcontrato de titularização de créditos hipotecários. O prazototal da operação é de 35 anos, sem revolving period ecom um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding)

fixado em Euros 650 000 000. A venda foi efectuada aopar, tendo os custos do processo de venda inicial represen-tado 0,016% do par.

Em 29 de Setembro de 2003, a Caixa Económica MontepioGeral celebrou com um Special Purpose Vehicle («SPV»)– Pelican Mortgages No. 2 PLC – sediado em Dublin, umcontrato de titularização de créditos hipotecários. O prazototal da operação é de 33 anos, sem revolving period ecom um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding)fixado em Euros 700 000 000. A venda foi efectuada aopar, tendo os custos do processo de venda inicial represen-tado 0,0286% do par.

O servicer das operações é a Caixa Económica MontepioGeral, assumindo a cobrança dos créditos cedidos noâmbito da operação e canalizando os valores recebidos,por via da efectivação do devido depósito, para o PelicanMortgages No. 1 PLC e para o Pelican Mortgages No. 2PLC.

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209

À data de 31 de Dezembro de 2006, as operações de titularização efectuadas pela Caixa são apresentadas como segue:

Emissão Data de início Moeda Activo cedido Montante

Pelican Mortgages No.1 Dezembro de 2002 Euros Crédito imobiliário 650 000 000

Pelican Mortgages No.2 Setembro de 2003 Euros Crédito imobiliário 700 000 000

1 350 000 000

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2006, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas vincendas 10 159 21 229 15 918 47 306

Juros vincendos (2 533) (4 106) (3 981) (10 620)

Valores residuais 121 1 392 2 156 3 669

7 747 18 515 14 093 40 355

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2005, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até De 1 a A mais de1 ano 5 anos 5 anos Total

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Rendas vincendas 9 077 5 706 345 15 128

Juros vincendos (593) (565) (32) (1 190)

Valores residuais 622 23 91 736

9 106 5 164 404 14 674

A análise da rubrica Crédito e juros vencidos por tipo de crédito, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 235 804 262 231

Crédito com outras garantias 45 025 60 359

Crédito sem garantias 14 979 8 482

Crédito ao sector público 118 100

Capital em locação 506 318

296 432 331 490

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210

A análise da rubrica Crédito e juros vencidos, de acordo com o tipo de cliente, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Empresas:

Construção/Produção 63 804 72 292

Investimento 27 906 39 878

Tesouraria 21 487 28 946

Outras finalidades 35 506

Particulares:

Habitação 121 973 128 558

Crédito ao consumo 14 282 10 682

Outras finalidades 46 827 50 528

Sector Público Administrativo 118 100

296 432 331 490

Os movimentos da imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Imparidade para riscos de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 369 816 335 846

Dotação do exercício 282 910 193 578

Reversão do exercício (206 751) (116 646)

Utilização de imparidade (148 974) (44 765)

Transferências – 1 803

Saldo em 31 de Dezembro 297 001 369 816

Em conformidade com a política da Caixa, os juros sobrecrédito vencido há mais de 30 dias, que não estejam cober-

tos por garantias reais, são reconhecidos como proveitosapenas quando recebidos.

O quadro seguinte apresenta, a desagregação da imparidade para riscos de crédito existente em 31 de Dezembro de 2006:

Classes de incumprimento

Até 3 meses 3-6 meses 6-12 meses 1-3 anos Mais 3 anos TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito vencido com garantia 32 059 5 595 18 579 109 286 115 934 281 453

Imparidade existente 250 591 4 766 65 696 76 699 148 002

Crédito vencido sem garantia 3 473 1 462 2 523 3 543 3 978 14 979

Imparidade existente 162 366 1 576 3 543 3 967 9 614

Total de crédito vencido 35 532 7 057 21 102 112 829 119 912 296 432

Total da imparidade para crédito vencido 412 957 6 342 69 239 80 666 157 616

Total da imparidade para crédito vincendo

associado ao vencido e outros 87 803 89 1 961 27 524 22 008 139 385

Total da imparidade para riscos de crédito 88 215 1 046 8 303 96 763 102 674 297 001

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211

A imparidade para riscos de crédito, por tipo de crédito, é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 254 391 334 795

Crédito com outras garantias 27 631 26 850

Crédito sem garantias 14 979 8 171

297 001 369 816

As utilizações da imparidade para riscos de crédito correspondem a write-offs efectuados durante o ano de 2006.

A anulação de crédito por utilização da respectiva imparidade, analisada por tipo de crédito, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Crédito com garantias reais 133 601 28 804

Crédito com outras garantias 9 711 3 323

Crédito sem garantias 5 662 12 638

148 974 44 765

A análise da recuperação de créditos e de juros, efectuadano decorrer de 2006 e 2005, ascendeu ao montante de

Euros 1 254 000 (2005: Euros 985 000) relacionada com arecuperação de crédito com garantias reais.

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212

A rubrica Activos financeiros detidos para negociaçãoinclui, a valorização dos derivados embutidos destacadosde acordo com a política contabilística 1.4 no montante deEuros 3 179 000. Esta nota deve ser analisada em conjun-to com a nota 30.

Conforme descrito na política contabilística apresentada nanota 1.4 a carteira de títulos disponíveis para venda é apre-

sentada ao seu valor de mercado sendo as variações dejusto valor registadas por contrapartida de capitais pró-prios, conforme nota 36.

20. Activos financeiros detidos para negociação, outros activos financeiros ao justovalor através de resultados e disponíveis para venda

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros detidos para negociação:

Acções 20 –

Derivados 6 194 17 610

6 214 17 610Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados:

Opções 431 –

Obrigações 3 096 –

Derivados 16 853 –

20 380 –Activos financeiros disponíveis para venda:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo:

de emissores públicos 65 68

de outros emissores 858 792 654 476

Imparidade para títulos de rendimento fixo – –

858 857 654 544

Títulos vencidos 998 998

Imparidade para títulos vencidos (998) (998)

– –

Acções e outros títulos de rendimento variável 29 371 24 373

Imparidade para acções (251) (251)

29 120 24 122

887 977 678 666

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213

A análise dos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda por tipo de instrumento financeiro, éa seguinte:

2006 2005

Títulos Títulos

Ao justo valoratravés de Disponíveis Disponíveisresultados Negociação para venda Total Negociação para venda TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro e moeda:

Mercado de balcão

Swaps 16 853 6 086 – 22 939 – – –

Opções 431 – – 431 – – –

17 284 6 086 – 23 370 – – –

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 108 – 108 17 610 – 17 610

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissorespúblicos nacionais – – 65 65 – 68 68

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – – 25 641 25 641 – 34 889 34 889

Estrangeiros 3 096 – 829 598 832 694 – 583 705 583 705

Papel comercial – – 4 551 4 551 – 36 880 36 880

3 096 – 859 855 862 951 – 655 542 655 542

Cotados 3 096 – 741 507 744 603 – 526 901 526 901

Não cotados – – 118 348 118 348 – 128 641 128 641

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais – 20 6 845 6 865 – 12 087 12 087

Estrangeiras – – 13 046 13 046 – 12 286 12 286

Unidades de participação – – 9 480 9 480 – – –

– 20 29 371 29 391 – 24 373 24 373

Cotados – 20 20 877 20 897 – 5 764 5 764

Não cotados – – 8 494 8 494 – 18 609 18 609

Imparidade para títulos vencidos – – (998) (998) – (998) (998)

Imparidade para títulos – – (251) (251) – (251) (251)

– – (1 249) (1 249) – (1 249) (1 249)

20 380 6 214 887 977 914 571 17 610 678 666 696 276

A carteira de negociação é valorizada ao valor de mercado.

Conforme descrito na política contabilística apresentada nanota 1.4 a carteira de activos financeiros disponíveis paravenda é apresentada líquida da reserva de justo valor e deimparidade nos montantes de Euros 7 586 000 (2005: Euros

148 000) e de Euros 1 249 000 (2005: Euros 1 249 000),respectivamente.

A rubrica Obrigações de outros emissores nacionais inclui omontante de Euros 5 599 000 (2005: Euros 14 090 000)referente a títulos subordinados.

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214

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda pormaturidade em 31 de Dezembro de 2006, é a seguinte:

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Indeterminado TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro e moeda:

Mercado de balcão

Swaps 959 1 788 20 192 – 22 939

Opções – – 431 – 431

959 1 788 20 623 – 23 370

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 4 104 – 108

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais – – 61 4 65

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – 5 631 20 010 – 25 641

Estrangeiros 5 021 32 149 777 358 18 166 832 694

Papel comercial 1 621 1 932 – 998 4 551

6 642 39 712 797 429 19 168 862 951

Cotados 5 021 32 261 689 151 18 170 744 603

Não cotados 1 621 7 451 108 278 998 118 348

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 20 – 4 662 2 183 6 865

Estrangeiras 8 491 – – 4 555 13 046

Unidades de participação – – – 9 480 9 480

8 511 – 4 662 16 218 29 391

Cotados 8 511 – – 12 386 20 897

Não cotados – – 4 662 3 832 8 494

Imparidade para títulos – – – (1 249) (1 249)

16 112 41 504 822 818 34 137 914 571

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215

A análise da carteira de títulos incluída na categoria activos financeiros disponíveis para venda por maturidade em 31 deDezembro de 2005, é a seguinte:

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Indeterminado TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro e moeda:

Mercado de balcão

Swaps 9 1 17 600 – 17 610

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais – – 63 5 68

Obrigações de outros emissores:

Nacionais – 8 496 26 393 – 34 889

Estrangeiros – 1 004 577 669 5 032 583 705

Papel comercial 35 882 – 998 – 36 880

35 882 9 500 605 123 5 037 655 542

Cotados – – 524 873 2 028 526 901

Não cotados 35 882 9 500 80 250 3 009 128 641

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 12 087 12 087

Unidades de participação 12 286 12 286

24 373 24 373

Cotados 5 764 5 764

Não cotados 18 609 18 609

Imparidade para títulos – – (998) (251) (1 249)

35 891 9 501 621 725 29 159 696 276

A análise da carteira de derivados de negociação por maturidades em 31 Dezembro 2006, é a seguinte:

2006

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Total Positivo NegativoEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de taxa de juro:

Mercado de balcão

Swaps 100 000 557 986 2 135 804 2 793 790 22 509 40 650

Opções de taxa de juro – – 53 400 53 400 431 431

100 000 557 986 2 189 204 2 847 190 22 940 41 081

Derivados de moeda:

Mercado de balcão

Swaps 11 025 – – 11 025 430 424

Derivados de crédito:

Mercado de balcão

Credit default swaps – 15 000 10 000 25 000 108 58

111 025 572 986 2 199 204 2 883 215 23 478 41 563

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A Caixa contrata instrumentos financeiros derivados paracobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O tratamen-to contabilístico depende da natureza do risco coberto,nomeadamente se a Caixa está exposta às variações dejusto valor, ou a variações de cash-flows ou se encontraperante coberturas de transacções futuras. Até 31 deDezembro de 2004 e de acordo com os critérios contabilís-ticos localmente aplicáveis, a Caixa apresentava na sua car-teira de passivos emitidos um conjunto de emissões a taxafixa para as quais existiam àquela data instrumentos finan-ceiros derivados («IRS») com o objectivo de efectuarem acobertura do risco de taxa de juro associado a essas emis-sões.

A partir de 1 de Janeiro de 2005, a Caixa, para as referidasrelações de cobertura que se enquadram nos requisitosobrigatórios da IAS 39, adoptou a contabilidade de cober-tura formal, nomeadamente o modelo de cobertura dejusto valor e apresenta na sua carteira de derivados, swapsde taxa de juro, que estão a cobrir variações de justo valordo risco taxa de juro de Recursos de outras instituições decrédito e Recursos de clientes.

A Caixa registou em resultados do exercício um montantede Euros 9 418 000 relativo a variações de justo valor derisco de taxa de juro associado aos activos e passivos acimadescritos.

216

21. Derivados de cobertura

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Activo:

Interest rate swap 14 220 29 153

Passivo:

Interest rate swap 7 199 3 847

O ajustamento efectuado às rubricas do activo e do passivo que incluem items cobertos é analisado como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Recursos de outras instituições de crédito 8.004 11 187

Depósitos de clientes 1 414 357

9 418 11 544

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 de Dezembro de 2006, é a seguinte:

2006

Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a Entre três Superior atrês meses meses e um ano um ano Total Positivo NegativoEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Derivados de cobertura de justo

valor com risco de taxa de juro 100 000 578 986 2 155 963 2 834 949 14 220 7 199

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217

22. Investimentos detidos até à maturidade

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais 36 044 34 776

Os títulos detidos até à maturidade podem ser analisados, à data de 31 de Dezembro de 2006, como segue:

Data de Data deDenominação emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

OT – Junho 98/2008 Fevereiro, 1998 Junho, 2008 Taxa fixa de 5,375% 6 837

OT – Setembro 98/2013 Maio, 1998 Setembro, 2013 Taxa fixa de 5,450% 97

OT – Julho 99/2009 Janeiro, 1999 Julho, 2009 Taxa fixa de 3,950% 6 372

OT – Junho 02/2012 Fevereiro, 2002 Junho, 2012 Taxa fixa de 5,000% 106

OT – Maio 00/2010 Janeiro, 2000 Maio, 2010 Taxa fixa de 5,850% 6 807

OT – Julho 04/2008 Julho, 2004 Julho, 2008 Taxa fixa de 3,250% 13 500

OT – Junho 01/2011 Março, 2001 Junho, 2011 Taxa fixa de 5,150% 1 103

OT – Outubro 05/2015 Julho, 2005 Outubro, 2015 Taxa fixa de 3,350% 101

OT – Abril 05/2011 Novembro, 2005 Abril, 2011 Taxa fixa de 3,200% 1 121

36 044

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados de acordo com o descrito na política contabilística apresenta-da na nota 1.4.

23. Investimentos em associadas

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Participações financeiras em associadas e outras:

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. 8 879 8 860

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. 8 529 6 106

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 2 684 2 663

Norfin – Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 325 306

20 417 17 935

Não cotados 20 417 17 935

Equivalência patrimonial 20 417 17 935

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218

Os principais indicadores das associadas são analisados como segue:

ResultadoActivos Passivos Proveitos líquido

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

31 de Dezembro de 2006

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (*) 285 837 252 046 113 147 2 714

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (*) 366 832 345 154 155 050 3 233

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 59 415 45 993 9 045 105

Norfin – Soc. Gestora de Fundos

Invest. Imob., S.A. 4 118 831 3 810 1 323

31 de Dezembro de 2005

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (*) 238 989 205 234 113 039 2 813

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (*) 256 609 241 090 112 900 2 335

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 66 523 53 207 7 966 (1 150)

Norfin – Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 3 677 588 2 973 1 251

Observações: (*) Demonstrações financeiras convertidas preparadas de acordo com as IFRS.

O Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipes-soal, S.A. (IFI) foi constituído em Agosto de 2005 e temcomo objectivo a internacionalização da Caixa, permitindoa captação e respectiva domiciliação de fundos, assim comoproporcionar aos clientes alternativas de aplicações fora docontexto doméstico. Tem um capital social de Escudos deCabo Verde 772 000 000, integralmente subscrito e reali-zado pela Caixa.

Durante o exercício de 2005, a Caixa subscreveu integral-mente o capital do Banco Montepio Geral – Cabo Verde,Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) no montante de Euros7 001 000.

A Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 6de Junho de 1986 e tem como objecto social o exercício daactividade de seguros e resseguros para todos os ramostécnicos, com excepção do ramo vida, e tem um capitalsocial de Euros 19 250 000. Para além da Caixa, são igual-mente accionistas da Lusitania, o Montepio Geral-Associa-ção Mutualista (65,71%) e a Lusitania Vida, Companhia deSeguros, S.A. (3,32%).

A Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. foi fundadaem 15 de Maio de 1987 e tem como objecto social o exer-cício da actividade de seguros e resseguros para as diversasmodalidades do ramo vida e um capital social de Euros14 000 000. Para além da Caixa, são igualmente accionis-tas da Lusitania Vida, S.A., o Montepio Geral-AssociaçãoMutualista (39,22%) e a Lusitania, Companhia de Seguros,S.A. (11,17%).

Durante o segundo semestre de 2006, na sequência doaumento de capital da Lusitania Vida, Companhia de Se-guros, S.A., a Caixa subscreveu 78 684 acções pelo mon-tante de Euros 1 967 000, correspondente à participaçãode 39,34% no capital social da referida companhia.

Para além das suas dependências e de uma rede de media-dores, as Sociedades indicadas, contam com os balcões daCaixa para a angariação de negócio.

Em 31 de Dezembro de 2006, o perímetro de consolidação da Caixa é apresentado conforme segue:

Actividade % Controlo Método deEmpresa Sede Capital Moeda económica da Caixa consolidação

Seguros e

Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (*) Lisboa 19 250 000 Euros resseguros 26%Equivalência

ramos não vidapatrimonial

Seguros e

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (*) Lisboa 14 000 000 Euros resseguros 39%Equivalência

ramos vidapatrimonial

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Cidade daSociedade Unipessoal, S.A. (IFI) Praia

772 000 000 ECV Banca 100% Integral

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219

24. Outros activos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imóveis:

De serviço próprio 63 413 66 304

Obras em imóveis arrendados 32 452 31 841

Imobilizado em curso 82 82

Equipamento:

Mobiliário e material 8 258 9 277

Máquinas e ferramentas 2 531 2 737

Equipamento informático 32 556 26 969

Instalações interiores 23 008 20 385

Equipamento de transporte 1 153 1 464

Equipamento de segurança 2 720 2 621

Património artístico 422 419

Outras imobilizações corpóreas 31 30

Imobilizações em curso 554 1 249

167 180 163 378

Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (8 565) (8 200)

Relativas a exercícios anteriores (79 580) (74 769)

(88 145) (82 969)

79 035 80 409

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220

Os movimentos da rubrica Outros activos tangíveis, durante o ano de 2006, são analisados como segue:

Saldo em Aquisições/ Regularizações/ Saldo em1 Janeiro Dotações Abates Transferências 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Imóveis:

De serviço próprio 66 304 363 (3 254) – 63 413

Obras em imóveis arrendados 31 841 327 – 284 32 452

Imobilizado em curso 82 – – – 82

98 227 690 (3 254) 284 95 947

Equipamento:

Mobiliário e material 9 277 437 (1 456) – 8 258

Máquinas e ferramentas 2 737 67 (273) – 2 531

Equipamento informático 26 969 6 515 (928) – 32 556

Instalações interiores 20 385 1 804 (143) 962 23 008

Equipamento de transporte 1 464 14 (325) – 1 153

Equipamento de segurança 2 621 100 (1) – 2 720

63 453 8 937 (3 126) 962 70 226

Património artístico 419 3 – – 422

Outras imobilizações corpóreas 30 1 – – 31

Imobilizações em curso 1 249 551 – (1 246) 554

163 378 10 182 (6 380) – 167 180

Amortizações acumuladas:

Imóveis:

De serviço próprio 12 466 1 000 (639) – 12 827

Obras em imóveis arrendados 20 043 2 753 – – 22 796

Equipamento:

Mobiliário e material 7 395 603 (1 215) – 6 783

Máquinas e ferramentas 2 368 159 (273) – 2 254

Equipamento informático 24 075 2 128 (927) – 25 276

Instalações interiores 13 038 1 721 (8) – 14 751

Equipamento de transporte 1 360 63 (325) – 1 098

Equipamento de segurança 2 223 138 (1) – 2 360

82 968 8 565 (3 388) – 88 145

25. Activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Trespasses 33 33

Software 29 596 19 618

Adiantamentos por conta de imobilizações 72 24

29 701 19 675Amortizações acumuladas:

Relativas ao exercício corrente (4 319) (2 886)

Relativas a exercícios anteriores (14 124) (11 238)

(18 443) (14 124)

11 258 5 551

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221

A rubrica Bonificações reclamadas ao Estado e ainda nãoliquidadas inclui, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, ummontante de Euros 3 473 000 não reconhecido pela Direc-

ção Geral do Tesouro, estando este totalmente provisiona-do na rubrica Provisões, conforme nota 31.

Os movimentos da rubrica Imobilizações incorpóreas, durante o exercício de 2006, são analisados como segue:

Saldo em Aquisições/ Saldo em1 Janeiro Dotações 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Custo:

Trespasses 33 – 33

Software 19 618 9 978 29 596

Adiantamentos por conta de imobilizações 24 48 72

19 675 10 026 29 701

Amortizações acumuladas:

Software 14 124 4 319 18 443

26. Outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Aplicações por recuperação de crédito 103 964 112 948

Bonificações a receber do Estado Português 23 879 21 222

Outros devedores 7 549 5 223

Outros proveitos a receber 2 964 2 623

Despesas com custo diferido 2 158 1 005

Contas diversas 15 4838 14 764

155 997 157 785

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito (13 326) (13 382)

142 671 144 403

A rubrica Aplicações por recuperação de crédito inclui omontante de Euros 96 461 000 (2005: Euros 104 016 000)relativo aos imóveis recebidos pela Caixa por arremataçãoou dação em cumprimento de créditos e cuja mensuraçãoé efectuada de acordo com a política contabilística descri-ta na nota 1.13.

A rubrica Bonificações a receber do Estado Português, nomontante de Euros 23 879 000 (2005: Euros 21 222 000)corresponde às bonificações referentes a contratos de cré-dito à habitação, de acordo com os dispositivos legais apli-cáveis ao crédito bonificado. Estes montantes não vencemjuros e são reclamados mensalmente.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica Bonificações a receber do Estado Português pode ser detalhada comosegue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas 4 607 4 526

Bonificações processadas e ainda não reclamadas 10 511 10 479

Bonificações vencidas e ainda não reclamadas 8 761 6 217

23 879 21 222

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Os movimentos de imparidade para aplicações por recuperação de crédito são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 13 382 8 966

Dotação do exercício 1 802 8 624

Reversão do exercício (774) (2 677)

Utilização de imparidade (1 084) (1 531)

Saldo em 31 de Dezembro 13 326 13 382

27. Recursos de outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Recursos de instituições de crédito no país – 59 808 59 808 – 148 380 148 380

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 16 569 779 567 796 136 10 751 547 470 558 221

16 569 839 375 855 944 10 751 695 850 706 601

A análise da rubrica Recursos de outras instituições de crédito pelo período remanescente das operações, é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 3 meses 158 052 31 417

3 meses até 6 meses 80 806 141 454

6 meses a 1 ano 78 708 4 146

1 ano até 5 anos 477 642 463 843

Mais de 5 anos 58 584 60 283

853 792 701 143

Correcções de valor por operações de cobertura 2 152 5 458

855 944 706 601

28. Recursos de clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados TotalEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Depósitos à ordem 1 883 462 – 1 883 462 2 241 727 – 2 241 727

Depósitos a prazo (*) – 4 920 433 4 920 433 – 3 780 142 3 780 142

Depósitos de poupança (*) – 1 502 838 1 502 838 – 1 756 528 1 756 528

Outros débitos 3 141 – 3 141 2 498 – 2 498

Correcções de valor por operações de cobertura (4 677) – (4 667) – (1 369) (1 369)

1 881 926 6 423 271 8 305 197 2 244 225 5 535 301 7 779 526

Observações: (*) Depósitos estruturados para os quais foi efectuado o destaque do derivado embutido, conforme referido na nota 21 e na política contabilística 1.5.

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Nos termos da Portaria n.º 180/94, de 15 de Dezembro, foiconstituído o Fundo de Garantia de Depósitos, cuja finali-dade é a garantia de reembolso de depósitos constituídos

nas Instituições de Crédito. Os critérios a que obedecem oscálculos das contribuições anuais para o referido Fundoestão fixados no Aviso n.º 11/94 do Banco de Portugal.

A análise da rubrica Recursos de clientes pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Depósitos à ordem 1 883 462 2 241 727

Depósitos a prazo e de poupança:

Até 3 meses 3 779 154 3 257 519

3 meses até 6 meses 1 004 750 866 065

6 meses até 1 ano 793 802 684 234

1 ano até 5 anos 790 272 681 191

Mais de 5 anos 55 293 47 661

6 423 271 5 536 670

Correcções de valor por operações de cobertura (4 677) (1 369)

6 418 594 5 535 301

Outros débitos:

Até 3 meses 3 141 2 498

6 421 735 5 537 799

8 305 197 7 779 526

29. Responsabilidades representadas por títulos

A análise das Responsabilidades representadas por títulos, refere-se a Obrigações de caixa emitidas e cuja análise peloperíodo remanescente das operações é a seguinte:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 6 meses 401 658 558 209

6 meses até 1 ano 129 098 199 925

1 ano até 5 anos 3 355 816 2 521 709

Mais de 5 anos 1 616 232 1 788 067

5 502 804 5 067 910

Correcções de valor por operações de cobertura (14 914) (1 169)

5 487 890 5 066 741

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Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica Responsabilidades representadas por títulos é composta pelas seguintes emissões:

Data de Data de 2006Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

Empréstimos obrigacionistas:Obr. CEMG / 02 – 1.ª Emissão Jan. 2002 Jan. 2012 Euribor 6 meses + 1% 50 000Pelican Mortgage No. 1 Dez. 2002 Dez. 2037 W.A.I. – 1,33% 306 952Pelican Mortgage No. 2 Set. 2003 Set. 2036 W.A.I. – 1,53% 510 095Obr. CEMG / 03 Mar. 2003 Mar. 2008 Taxa fixa de 3,8% 100 000Obr. CEMG / 03 Ago. 2003 Ago. 2009 Taxa fixa de 3,548% 100 000Obr. CEMG / 03 Nov. 2003 Nov. 2008 Pribor 6 meses + 0,18% 18 192Obr. CEMG / 03 Nov. 2003 Nov. 2008 Euribor 3 meses + 0,30% 200 000Obr. CEMG / 03 Jan. 2004 Nov. 2008 Euribor 3 meses + 0,30% 100 000Obr. CEMG / 04 Fev. 2004 Ago. 2007 Taxa fixa de 3,25% 120 000Obr. CEMG / 04 Mar. 2004 Mar. 2007 Euribor 3 meses + 0,20% 400 000Obr. CEMG / 04 Mar. 2004 Mar. 2009 Hibor 3 meses + 0,26% 9 765Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,25% 15 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,31% 50 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2014 Euribor 3 meses + 0,31% 50 000Obr. CEMG / 04 Set. 2004 Set. 2009 Taxa fixa de 4,6% 18 192Obr. CEMG / 04 Nov. 2004 Nov. 2009 Euribor 3 meses + 0,25% 300 000Obr. CEMG / 04 Fev. 2005 Nov. 2009 Euribor 3 meses + 0,25% 300 000Obr. CEMG / 05 Fev. 2005 Fev. 2015 Taxa fixa de 3,628% 125 000Obr. CEMG / 05 Mar. 2005 Mar. 2015 Euribor 3 meses + 0,25% 5 000Obr. CEMG / 05 Mai. 2005 Mai. 2012 Euribor 3 meses + 0,25% 500 000Obr. caixa MG Aforro – 1.ª Emissão Ago. 2005 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 2% 19 000Obr. CEMG / 05 Set. 2005 Set. 2010 Euribor 3 meses + 0,20% 500 000Obr. CEMG / 05 Out. 2005 Set. 2010 Euribor 3 meses + 0,20% 125 000Obr. caixa MG Aforro – 2.ª Emissão Out. 2005 Out. 2009 Taxa fixa anual de 2% 62 000Obr. caixa MG Cabaz TOP – 1.ª Emissão Out. 2005 Out. 2007 Taxa fixa anual de 2% 8 500Obr. caixa MG Aforro – 3.ª Emissão Nov. 2005 Nov. 2009 Taxa fixa anual de 2% 14 000Obr. caixa MG Especial Poupança Nov. 2005 Nov. 2010 Taxa fixa anual de 2% 23 000Obr. caixa MG Aforro – 4.ª Emissão Dez. 2005 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 2% 52 000Obr. caixa MG Business Invest Dez. 2005 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 2,5% 26 500Obr. caixa MG Aforro Especial Dez. 2005 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 2,5% 30 000Obr. CEMG / 06 Jan. 2006 Jan. 2011 Euribor 3 meses + 0,20% 500 000Obr. caixa MG Valor Garantido 2006 Jan. 2006 Jan. 2011 Taxa fixa anual de 2,65% 10 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 1.ª Emissão Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,5% 40 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 2ª. Emissão Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,325% 17 000Obr. caixa MG Aforro Especial Fev.06 Fev. 2006 Fev. 2009 Taxa fixa anual de 2,525% 9 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 3.ª Emissão Mar. 2006 Mar. 2009 Taxa fixa anual de 2,5% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 4.ª Emissão Mar. 2006 Mar. 2009 Taxa fixa anual de 2,625% 23 000Obr. caixa MG Business Invest 2006 Mar. 2006 Mar. 2008 Taxa fixa anual de 2,50% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 5.ª Emissão Abr. 2006 Abr. 2009 Taxa fixa anual de 2,50% 20 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 6.ª Emissão Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 2,625% 20 000Obr. caixa MG Valor Imobiliário Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 1% 2 000Obr. caixa MG Commodities Mai. 2006 Mai. 2009 Taxa fixa anual de 3,75% 4 700Obr. caixa MG Aforro/06 – 7.ª Emissão Jun. 2006 Jun. 2009 Taxa fixa anual de 2,875% 25 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 8.ª Emissão Jul. 2006 Jul. 2009 Taxa fixa anual de 2,75% 18 000Obr. caixa MG Aforro Especial Jul.06 Jul. 2006 Jul. 2009 Taxa fixa anual de 3% 13 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 9.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 2,875 % 23 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 1.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2011 Taxa fixa anual de 3% 7 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 10.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2009 Taxa fixa anual de 3% 15 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 2.ª Emissão Ago. 2006 Ago. 2011 Taxa fixa anual de 3% 4 000Obr. CEMG / 06 Set. 2006 Set. 2011 Euribor 3 meses + 0,25% 500 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 11.ª Emissão Set. 2006 Set. 2009 Taxa fixa anual de 3% 15 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 3.ª Emissão Set. 2006 Set. 2011 Taxa fixa anual de 3% 3 500Obr. caixa MG Aforro/06 – 12.ª Emissão Nov. 2006 Nov. 2009 Taxa fixa anual de 3% 17 000Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 4.ª Emissão Nov. 2006 Nov. 2011 Taxa fixa anual de 3% 3 750Obr. caixa MG Aforro/06 5 anos – 5.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2011 Taxa fixa anual de 3,125% 1 000Obr. caixa MG Aforro/06 – 13.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 3,125% 6 000Obr. caixa MG Ass./06 5 anos – 1.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2011 Taxa fixa anual de 3,25% 1 000Obr. caixa MG Ass./06 3 anos – 1.ª Emissão Dez. 2006 Dez. 2009 Taxa fixa anual de 3,25% 7 000Obr. caixa MG Energ. Renováveis Dez 2006/08 Dez. 2006 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 1,75% 5 000Obr. caixa Cabaz Bric Dez. 2006 Dez. 2008 Taxa fixa anual de 7% 9 000

5 491 146Correcções de valor por operações de cobertura (14 914)Periodificações, custos e proveitos diferidos 11 658

5 487 890

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Em 31 de Dezembro de 2006, os empréstimos obrigacio-nistas venciam juros postecipados e antecipados, sendo assuas taxas efectivas compreendidas entre 1% e 7%.

As obrigações CEMG/02 1.ª Emissão apresentam um cap de 6%.

As obrigações de caixa MG Cabaz Top 1.ª Emissão apresen-tam um floor de 2%.

Os reembolsos dos empréstimos obrigacionistas ocorridos no decurso do ano de 2006 são analisados como segue:

MontanteData de Data de de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro Euros ‘000

Empréstimos obrigacionistas:

Obr. CEMG / 01 – 1.ª Emissão Mar.2001 Jun.2006 Euribor 3 meses + 0,35% 250 000

Obr. CEMG / 01 – 1.ª Emissão Jun.2001 Jun.2006 Taxa fixa de 5,25% 300 000

Obr. CEMG / 04 – 1.ª Emissão Jul.2004 Jul.2006 Euribor 3 meses + 0,125% 200 000

750 000

As responsabilidades representadas por títulos com vencimento no decurso do ano de 2007 ascendem a Euros 528 500 000.

30. Passivos financeiros detidos para negociação e outros passivos financeiros aojusto valor através de resultados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Passivos financeiros detidos para negociação:

Derivados de moeda 424 23

Derivados de taxa de juro 6 791 14 943

Credit default swaps 58 –

Opções 431 300

7 704 15 266

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados:

Derivados de taxa de juro 33 859 –

41 563 15 266

A rubrica Passivos financeiros detidos para negociaçãoinclui, a valorização dos derivados embutidos destacadosde acordo com a política contabilística 1.4 no montante de

Euros 3 179 000. Esta nota deve ser analisada em conjun-to com a nota 20.

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226

31. Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Provisões para outros riscos e encargos 969 1 470

Provisões para riscos diversos 4 009 3 683

4 978 5 153

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 1 470 1 349

Dotação do exercício – 1 193

Reversão do exercício (501) (982)

Utilização de provisões – (90)

Saldo em 31 de Dezembro 969 1 470

Os movimentos da provisão para riscos diversos são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Saldo em 1 de Janeiro 3 683 4 265

Dotação do exercício 335 –

Reversão do exercício (9) (31)

Utilização de provisões – (551)

Saldo em 31 de Dezembro 4 009 3 683

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32. Outros passivos subordinados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Obrigações de caixa – 9 982Obrigações de prazo determinado 200 347 149 770

Obrigações perpétuas 100 882 150 897

301 229 310 649

Em 31 de Dezembro de 2006, as emissões de passivos subordinados são analisadas como segue:

Data de Data de Número de 2006Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro obrigações Euros ’000

Obrigações de prazo determinado:

CEMG/03 1.ª emissão Fev. 2003 Fev. 2013 Euribor 3 meses + 1,3% 10 000 100 028

CEMG/03 2.ª emissão Mai. 2003 Fev. 2013 Euribor 3 meses + 1,3% 5 000 50 014

CEMG/06 Abr. 2006 Abr. 2016 Euribor 3 meses + 0,45% 50 000 50 305

200 347Obrigações perpétuas:

CEMG/01 Jul. 2001 Indeterminado Euribor 3 meses + 1,1% 2 000 000 100 882

301 229

No final do sétimo ano de vida das obrigações perpétuasCEMG/01, e, posteriormente, em cada data de vencimentode juros, a Caixa poderá reembolsar o empréstimo na suaglobalidade, ao par, após autorização do Banco de Portugal.Caso o empréstimo não seja reembolsado nesta data o«spread» sobre a taxa de juro passará para 210 pontos base.Esta emissão foi submetida à cotação na Euronext.

As obrigações de caixa subordinadas CEMG/03 têm umaopção de reembolso antecipado a vencer em 2008.

Em 31 de Dezembro de 2006, os empréstimos subordina-dos venciam juros trimestrais e semestrais postecipados,sendo as suas taxas de juro efectivas compreendidas entre3,949% e 4,925%.

Os reembolsos de passivos subordinados ocorridos no decurso do ano de 2006 são analisados como segue:

Montante deData de Data de Número de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso Taxa de juro obrigações Euros ’000

CEMG/99 Mai. 1999 Indeterminado Euribor 3 meses + 1,1% 1 000 000 50 000

CEMG/96 Dez. 1996 Dez. 2006 Euribor 6 meses + 0,20% 4 987 978 972 9 976

59 976

A rubrica Outros passivos subordinados tem a seguinte composição de acordo com o prazo residual das operações:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Até 1 ano – 9 982

Mais de 5 anos 301 229 300 667

301 229 310 649

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33. Outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Fornecedores 9.344 5.046

Outros credores 18 065 34 431

Sector público administrativo 8.065 7.550

Férias e subsídio de férias a pagar 26.121 19 950

Outros custos a pagar – 340

Receitas antecipadas 579 548

Operações sobre títulos a liquidar 1.502 6.508

Contas diversas 68 354 109 586

132 030 183 959

Em 31 de Dezembro de 2006, as rubricas relativas às responsabilidades com pensões de reforma, incluídas na rubricaContas diversas, são analisadas como segue:

2006Euros ‘000

Responsabilidade por benefícios projectados 506 395

Valor do fundo (374 401)

131 994Perdas actuariais

Corredor 92 045

Acima do corredor 21 621

113 666

18 328

34. Capital

Em 6 de Junho de 2006, na sequência da deliberação daAssembleia Geral da Caixa, procedeu-se ao aumento do capi-tal institucional da Caixa Económica Montepio Geral, nomontante de Euros 100 000 000, por entrada de numerário.

Após esta operação, o capital institucional da Caixa, passoua ser de Euros 585 000 000, pertencendo na sua totalidadeao Montepio Geral – Associação Mutualista.

35. Reserva geral e especial

As reservas geral e especial são constituídas ao abrigo doDecreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio. A reserva geral des-tina-se a fazer face a qualquer eventualidade e a cobrir pre-juízos ou depreciações extraordinárias.

Nos termos da legislação portuguesa a Caixa deverá refor-çar anualmente a reserva geral com pelo menos 20% doslucros líquidos anuais. O limite para formação da reservageral é de 25% da totalidade dos depósitos. Esta reserva,normalmente não está disponível para distribuição e pode

ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumen-tar o capital.

A reserva especial destina-se a suportar prejuízos resul-tantes das operações correntes. Nos termos da legislaçãoportuguesa a Caixa deverá reforçar anualmente a reservaespecial com pelo menos 5% dos lucros líquidos anuais.Esta reserva, normalmente não está disponível para distri-buição e pode ser utilizada para absorver prejuízos e paraaumentar o capital.

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36. Reservas de justo valor, outras reservas e resultados transitados

Esta rubrica é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Reservas de justo valor 7 586 (148)

Reservas e resultados transitados:

Reserva geral 131 198 122 136

Reserva especial 54 572 52 306

Outras reservas 8 007 4 337

Resultados transitados (87 373) (121 252)

106 404 57 527

113 990 57 379

As reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos instrumentos financeiros deti-dos para venda em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.5. A movimentação dos principais títu-los incluídos nesta rubrica durante o ano de 2006 é analisada conforme segue:

Saldo em Saldo em1 Janeiro Reavaliação Aquisições Alienações 31 Dezembro

Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais 1 (1) – – –

Obrigações de outros emissores:

Nacionais (26) 8 – 22 4

Estrangeiros (34) 141 (54) 131 184

(59) 148 (54) 153 188

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Estrangeiras – 8 311 – 2 8 313

Unidades de participação (89) (776) 12 (62) (915)

(89) 7 535 12 (60) 7 398

(148) 7 683 (42) 93 7 586

37. Contas extrapatrimoniais

Os saldos destas contas são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Garantias e avales prestados 300 343 281 027

Garantias e avales recebidos 30 171 246 31 376 921

Compromissos perante terceiros 1 452 059 1 328 288

Compromissos assumidos por terceiros 50 665 24 456

Activos cedidos em operações de titularização 803 141 973 068

Valores recebidos em depósito 5 595 430 4 556 235

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39. Justo valor

O justo valor tem como base os preços de cotação de mer-cado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Casoestes não existam, como acontece em muitos dos produtoscolocados junto de clientes, o justo valor é estimado atra-vés de modelos internos baseados em técnicas de descon-to de fluxos de caixa.

A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentoscomercializados é feita com base nas respectivas caracterís-ticas financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporamquer a curva de taxas de juro de mercado quer as actuaiscondições da política de pricing da Caixa.

Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelosparâmetros utilizados no modelo de avaliação, que neces-sariamente incorporam algum grau de subjectividade, ereflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes ins-trumentos financeiros. Ignora, no entanto, factores de na-tureza prospectiva, como por exemplo a evolução futura denegócio.

Nestas condições, os valores apresentados não podem serentendidos como uma estimativa do valor económico daCaixa.

230

Os montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Garantias e avales prestados:

Garantias e avales 294 087 278 580

Créditos documentários abertos 6 256 2 447

300 343 281 027

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Compromissos perante terceiros:

Compromissos irrevogáveis

Contratos a prazo de depósitos 4 662 5 327

Linhas de crédito irrevogáveis 204 611 191 904

Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos 19 142 18 859

Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 2 200 1 896

Compromissos revogáveis

Linhas de crédito revogáveis 1 221 444 1 110 302

1 452 059 1 328 288

Os instrumentos financeiros registados em contas de or-dem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprova-

ção e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se pre-vendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

38. Distribuição de resultados

Em 30 de Março de 2006, de acordo com deliberação emAssembleia Geral, a Caixa distribuiu resultados ao Monte-

pio Geral - Associação Mutualista no montante de Euros11 597 000 (2005: Euros 24 782 000).

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231

De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e pas-sivos financeiros:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em outras Instituições de Crédito e Recursosde outras Instituições de Crédito

Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é umarazoável estimativa do seu justo valor.

Aplicações em Instituições de Crédito, Recursos em Mercado Monetário Interbancário

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos, considerando que os pagamentos de prestações ocorremnas datas contratualmente definidas.

A taxa de desconto utilizada reflecte as actuais condições praticadas pela Caixa em idênticos instrumentos para cadaum dos diferentes prazos de maturidade residual.

Activos financeiros detidos para negociação, Passivos financeiros detidos para negociação e Activos finan-ceiros disponíveis para venda

Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotaçãode mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através demodelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.

No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponívelum valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor.

Derivados de cobertura

Os derivados de cobertura encontram-se contabilizados pelo seu justo valor.

Créditos a clientes com maturidade definida

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações, ocorremnas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da Caixa para cadauma das classes homogéneas deste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante. Os cálculos efectua-dos incorporam o spread de risco de crédito.

Créditos a clientes sem maturidade definida e Débitos à vista para com clientes

Atendendo ao curto prazo deste tipo de instrumentos, as condições da carteira actual deste tipo de instrumentos sãosemelhantes às actualmente praticadas, pelo que o seu valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Recursos de clientes

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital ejuros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações ocorremnas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da Caixa para estetipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante.

Responsabilidades representadas por títulos e Outros passivos subordinados

Para estes instrumentos financeiros, foi calculado o justo valor para as componentes que ainda não se encontramreflectidas em balanço. Os instrumentos que são a taxa fixa e para os quais a Caixa adopta contabilisticamente umapolítica de hedge-accounting, o justo valor relativamente ao risco de taxa de juro já se encontra registado.

Para o cálculo do justo valor foram levadas em consideração as outras componentes de risco, para além do risco taxade juro já registado. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontremdisponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas dedesconto de fluxos de caixa.

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232

A decomposição dos principais ajustamentos aos valores de balanço dos activos e passivos financeiros da Caixa contabi-lizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisada como segue:

2006

Disponíveis Custo Valor JustoNegociação para venda amortizado Outros contabilístico valorEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais – – – 242 772 242 772 242 772

Disponibilidades em outras instituições de crédito – – – 106 564 106 564 106 564

Aplicações em instituições de crédito – – 670 440 – 670 440 670 458

Crédito a clientes – – 13 660 648 – 13 660 648 14 613 576

Activos financeiros detidos para negociação 6 214 – – – 6 214 6 214

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 20 380 – – – 20 380 20 380

Activos financeiros disponíveis para venda – 887 977 – – 887 977 887 977

Derivados de cobertura 14 220 – – – 14 220 14 220

Investimentos detidos até à maturidade – – 36 044 – 36 044 36 044

Investimentos em associadas – – – 20 417 20 417 20 417

40 814 887 977 14 367 132 369 753 15 665 676 16 618 622

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito – – 855 944 – 855 944 855 944

Recursos de clientes – – 8 305 197 – 8 305 197 8 310 732

Responsabilidades representadas por títulos – – 5 487 890 – 5 487 890 5 487 890

Passivos financeiros detidos para negociaçãoe outros passivos financeiros ao justo valoratrvés de resultados 41 563 – – – 41 563 41 563

Derivados de cobertura 7 199 – – – 7 199 7 199

Outros passivos subordinados – – 301 229 – 301 229 301 229

48 762 – 14 950 260 – 14 999 022 15 004 557

2005

Disponíveis Custo Valor JustoNegociação para venda amortizado Outros contabilístico valorEuros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais – – – 207 707 207 707 207 707

Disponibilidades em outras instituições de crédito – – – 129 688 129 688 129 688

Aplicações em instituições de crédito – – 910 571 – 910 571 910 740

Crédito a clientes – – 12 415 395 – 12 415 395 12 679 630

Activos financeiros detidos para negociação 17 610 – – – 17 610 17 610

Activos financeiros disponíveis para venda – 678 666 – – 678 666 678 666

Derivados de cobertura 29 153 – – – 29 153 29 153

Investimentos detidos até à maturidade – – 34 776 – 34 776 34 776

Investimentos em associadas – – – 17 935 17 935 17 935

46 763 678 666 13 360 742 355 330 14 441 501 14 705 905

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito – – 706 601 – 706 601 706 601

Recursos de clientes – – 7 779 526 – 7 779 526 7 795 326

Responsabilidades representadas por títulos – – 5 066 741 – 5 066 741 5 066 741

Passivos financeiros detidos para negociação 15 266 – – – 15 266 15 266

Derivados de cobertura 3 847 – – – 3 847 3 847

Outros passivos subordinados – – 310 649 – 310 649 310 649

19 113 – 13 863 517 – 13 882 630 13 898 430

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233

40. Pensões de reforma

A Caixa assumiu a responsabilidade de pagar aos seuscolaboradores, pensões de reforma por velhice e por inva-lidez, nos termos do estabelecido no Acordo Colectivo deTrabalho Vertical do Sector Bancário (ACTV). Para a cober-

tura das suas responsabilidades são efectuadas contribui-ções para o «Fundo de Pensões» o qual é gerido pelaFuturo – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de participantes abrangidos por este plano de pensões de reforma era oseguinte:

2006 2005

Número de participantes

Reformados e pensionistas 499 451

Pessoal no activo 2 932 2 938

3 431 3 389

De acordo com a política contabilística descrita na nota 1.17, as responsabilidades da Caixa por pensões de reforma erespectivas coberturas, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, calculada com base no método de crédito das unidades pro-jectadas, é analisada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Responsabilidades por benefícios projectados

Reformados e pensionistas 139 497 115 393

Pessoal no activo 366 898 352 743

506 395 468 136

Valor do fundo (374 401) (327 721)

Responsabilidades não financiadas 131 994 140 415

Responsabilidades dispensadas de financiamento (131 994) 140 415)

– –

Responsabilidades por serviços futuros 405 742 355 026

Em 31 de Dezembro de 2006, não existem imóveis utilizados pela Caixa ou títulos emitidos por esta, registados nasDemonstrações Financeiras do Fundo.

A evolução dos valores relativos a responsabilidade não financiadas por benefícios projectados durante os exercícios de2006 e 2005, é analisada conforme segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 1 de Janeiro 140 415 92 954

Custo dos serviços correntes 18 797 14 206

Custo dos juros 20 689 18 639

Rendimento esperado dos activos (15 508) (12 675)

(Ganhos) e perdas actuariais

Não decorrentes de alterações de pressupostos 3 683 (6 829)

Resultantes de alterações de pressupostos

Alteração na taxa de crescimento salarial – 15 437

Alteração na taxa de desconto – 38 107

Alteração das tábuas de mortalidade – 43 585

Contribuições para o fundo (36 195) (62 198)

Encargos suportados pelo fundo 113 (811)

Valores em 31 de Dezembro 131 994 140 415

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234

A evolução do valor dos activos do Fundo durante o exercício de 2006 é analisada conforme segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 1 de Janeiro 327 721 259 798

Rendimento esperado dos activos 15 508 12 675

Ganhos actuariais 4 187 1 124

Contribuições para o fundo 36 195 61 074

Pagamentos (9 097) (8 074)

Outros (113) –

Valores em 31 de Dezembro 374 401 327 721

As contribuições para o Fundo incluem a contribuição adi-cional no montante de Euros 8 000 000, efectuada pelaCaixa em Janeiro de 2007 com data-valor de 2006. As con-

tribuições efectuadas ao Fundo pela Caixa durante o exer-cício de 2006 foram efectuadas na sua totalidade em di-nheiro.

Os títulos emitidos por empresas da Caixa existentes na carteira do Fundo são analisados como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Títulos de rendimento variável 5 800 3 485

Em conformidade com o disposto na IAS 19, em 31 de Dezembro de 2006, as perdas actuariais diferidas, incluindo o valordo corredor, são analisadas como segue:

Perdas Actuariais

Acima doCorredor Corredor

Euros ‘000 Euros ‘000

Valores em 1 de Janeiro de 2006 87 692 25 514

Ganhos e perdas actuariais:

Não decorrentes de alterações de pressupostos – 3 683

Variação do corredor 4 353 (4 353)

Amortização das perdas actuariais acima do corredor – (875)

Outras variações – (2.348)

Valores em 31 de Dezembro de 2006 92 045 21 621

Considerando os ganhos e perdas actuariais registados nocálculo das responsabilidades e no valor do fundo, comreferência a 31 de Dezembro de 2006, o valor do corredorcalculado de acordo com o parágrafo 92 da IAS 19 ascen-dia a Euros 92 045 000 (2005: Euros 87 692 000).

Com referência a 31 de Dezembro de 2006, os ganhos e per-das actuariais acima do valor do corredor no montante de

Euros 21 621 000 (2005: Euros 25 514 000) serão reconheci-dos em resultados do exercício durante um período de 25anos, tendo como base o saldo no final do ano anterior, con-forme referido na política contabilística descrita na nota 1.17.

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235

Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valoractuarial das responsabilidades estão de acordo com osrequisitos definidos pela IAS 19.

Não são considerados decrementos de invalidez no cálculodas responsabilidades.

Em 2006, a Caixa reconheceu, como encargos com pensões de reforma o montante de Euros 24 853 000 (2005: Euros20 170 000). A análise do custo do exercício é apresentada como segue:

2006 2005Euros ‘000 Euros ‘000

Custo dos serviços correntes 18 797 14 206

Custo dos juros 20 689 18 639

Rendimento esperado dos activos (15 508) (12 675)

Amortização de ganhos e perdas actuariais 875 –

Custo do exercício 24 853 20 170

Após a análise dos indicadores de mercado, em particular as perspectivas de taxa de inflação e a taxa de juro de longoprazo para a Zona Euro, bem como das características demográficas dos seus colaboradores, a Caixa manteve os pressu-postos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com pensões de reforma com referência a 31 de Dezembrode 2005. A análise comparativa dos pressupostos actuariais é apresentada como segue:

2006 2005

Taxa de crescimento salarial 3,00% 3,00%

Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00%

Taxa de rendimento do fundo 4,75% 4,75%

Taxa de desconto 4,75% 4,75%

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tábua de invalidez SOA Trans Male SOA Trans Male

Os ganhos actuariais líquidos do exercício de 2006 de Euros 3 683 000 são relativos à diferença entre os pressupostos uti-lizados no cálculo das responsabilidades e os valores efectivamente verificados e são analisados conforme segue:

(Ganhos)/Perdas

actuariais2006

Euros ‘000

Taxa de crescimento dos salários 4 944

Taxa de crescimento das pensões 2 926

Rendimento dos fundos (4 187)

3 683

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236

41. Transacções com partes relacionadas

À data de 31 de Dezembro de 2006, os créditos detidos pela Caixa sobre empresas participadas, representadas ou nãopor títulos, incluídos na rubrica Créditos a clientes são analisados como segue:

Créditosa clientesEuros ‘000

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 14 600

Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. 886

Futuro – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 30

Credint – Consultoria Financeira e Creditícia, S.A. 183

15 699

À data de 31 de Dezembro de 2006, os débitos detidos pela Caixa sobre empresas participadas, representadas ou não portítulos, incluídos nas rubricas Recursos de outras instituições de crédito, Recursos de clientes, Responsabilidades represen-tadas por títulos e Outros passivos subordinados são analisados como segue:

Recursos Recursos Outros passivosde outras IC’s de clientes subordinados Total

Empresa Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000 Euros ‘000

Lusitania Companhia de Seguros, S.A . – 28 865 1 000 29 865

Lusitania Vida Companhia de Seguros, S.A – 26 010 1 250 27 260

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. – 345 – 345

Caixa Económica de Cabo Verde 9 682 – – 9 682

SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. – 243 – 243

MG Gestão de Activos Financeiros - – S.G.F.I.M., S.A. – 31 645 – 31 645

Futuro – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. – 3.250 – 3.250

Banco de África Ocidental, S.A. 1 442 – – 1 442

Norfin – Sociedade Gestora de FIM, S.A. – 9 451 – 9 451

Credint – Consultoria Financeira e Creditícia, S.A. – – – –

Bolsimo – Gest. Imob., Lda. – 55 – 55

11 124 99 864 2 250 113 238

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42. Indicadores do Balanço e Demonstração de resultados consolidados por segmen-tos geográficos

Dada a natureza da actividade e dos seus clientes, a Caixaconcentra-se num único segmento de negócio.

A Caixa desenvolve um conjunto de actividades bancáriase serviços financeiros em Portugal e Cabo Verde.

Segmentos geográficos

No âmbito da estratégia de desenvolvimento, a Caixa actuacom especial enfoque nos mercados Português e Cabo

Verdiano. Deste modo, a informação por segmentos geo-gráficos encontra-se estruturada em Portugal e Cabo Verde,sendo que o segmento Portugal representa a actividadedesenvolvida pela Caixa Económica Montepio Geral.O segmento Cabo Verde inclui as operações desenvolvidaspelo Banco Montepio Geral – Cabo Verde, SociedadeUnipessoal, S.A. (IFI).

Em 31 de Dezembro de 2006, a contribuição líquida dos principais segmentos geográficos é apresentada como se segue:

Indicadores de exploração e de rendibilidade Portugal Cabo Verde Ajustamentos Consolidado

Juros e rendimentos similares 675 560 7 085 (8 198) 674 447

Juros e encargos similares 369 719 6 831 (8 198) 368 352

Margem financeira 305 841 254 – 306 095

Comissões e outros proveitos 90 139 – – 90 139

Comissões e outros custos 20 311 25 – 20 336

Comissões e outros proveitos líquidos 69 828 (25) – 69 803

Resultados em operações financeiras (7 984) 161 – (7 823)

Custos com o pessoal e outros gastos administrativos 218 258 50 – 218 308

Amortizações do exercício 12 884 – – 12 884

Total de custos operacionais 231 142 50 – 231 192

Imparidade e provisões 75 399 – – 75 399

Resultado antes de equivalência patrimonial 61 144 340 – 61 484

Resultados por equivalência patrimonial 2 136 – – 2 136

Resultado consolidado do exercício 63 280 340 – 63 620

Indicadores de balanço Portugal Cabo Verde Ajustamentos Consolidado

Caixa e aplicações em instituições de crédito 1 019 657 264 269 (264 150) 1 019 776

Crédito a clientes 13 660 648 – – 13 660 648

Activos financeiros disponíveis para venda 894 978 – (7 001) 887 977

Outros activos 330 028 211 – 330 239

Total do Activo 15 905 311 264 480 (271 151) 15 898 640

Recursos de outras instituições de crédito 1 119 856 238 (264 150) 855 944

Recursos de clientes 8 048 370 256 827 – 8 305 197

Responsabilidades representadas por títulos 5 487 890 – – 5 487 890

Outros passivos 486 818 181 – 486 999

Total do Passivo 15 142 934 257 246 (264 150) 15 136 030

Total da Situação Líquida 762 377 7 234 (7 001) 762 610

Total do Passivo e Situação Líquida 15 905 311 264 480 (271 151) 15 898 640

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Em 31 de Dezembro de 2005, a contribuição líquida dos principais segmentos geográficos é apresentada como se segue:

Indicadores de exploração e de rendibilidade Portugal Ilhas Caimão Ajustamentos Consolidado

Juros e proveitos equiparados 602 808 576 (576) 602 808

Juros e custos equiparados 328 393 632 (576) 328 449

Margem financeira 274 415 (56) – 274 359

Comissões e outros proveitos 84 906 – – 84 906

Comissões e outros custos 17 338 25 – 17 363

Comissões e outros proveitos líquidos 67 568 (25) – 67 543

Resultados em operações financeiras 6 002 – – 6 002

Custos com o pessoal e outros gastos administrativos 198 038 26 – 198 064

Amortizações do exercício 11 085 1 – 11 086

Total de custos operacionais 209 123 27 – 209 150

Imparidade e provisões 82 562 – – 82 562

Resultado antes de equivalência patrimonial 56 300 (108) – 56 192

Resultados por equivalência patrimonial 1 551 – – 1 551

Resultado consolidado do exercício 57 851 (108) – 57 743

Indicadores de balanço Portugal Ilhas Caimão Ajustamentos Consolidado

Caixa e aplicações em instituições de crédito 1 246 664 237 745 (236 443) 1 247 966

Crédito a clientes 12 415 395 – – 12 415 395

Activos financeiros disponíveis para venda 685 667 – (7 001) 678 666

Outros activos 329 830 7 – 329 837

Total do Activo 14 677 556 237 752 (243 444) 14 671 864

Recursos de outras instituições de crédito 943 044 – (236 443) 706 601

Recursos de clientes 7 548 667 230 859 – 7 779 526

Responsabilidades representadas por títulos 5 066 741 – – 5 066 741

Outros passivos 518 874 – – 518 874

Total do Passivo 14 077 326 230 859 (236 443) 14 071 742

Total da Situação Líquida 600 230 6 893 (7 001) 600 122

Total do Passivo e Situação Líquida 14 677 556 237 752 (243 444) 14 671 864

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43. Gestão de riscos

O Grupo Montepio («Caixa») está sujeito a riscos de diver-sa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua activi-dade.

A política de gestão de risco do Grupo visa a manutenção,em permanência, de uma adequada relação entre os seuscapitais próprios e a actividade desenvolvida, assim como a

correspondente avaliação do perfil de risco/retorno porlinha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acom-panhamento e controlo dos principais tipos de riscos finan-ceiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a quese encontra sujeita a actividade do Grupo.

A análise e gestão dos riscos é efectuada de um modo integrado e numa óptica de Grupo, através da Direcção de Análisee Gestão de Riscos («DAGR»), que inclui três departamentos:

– Departamento de Risco de Crédito;

– Departamento de Riscos de Mercado;

– Departamento de Risco Operacional.

Em 2006, prosseguiram os diversos trabalhos no sentidodo alinhamento com as melhores práticas internacionais ecom o enquadramento do Acordo de Basileia II. Estes tra-balhos têm envolvido a revisão de modelos internos derisco de crédito, a elaboração de modelos de stress testing,a instalação de soluções informáticas integradas e o desen-volvimento do pricing ajustado de risco nos principais pro-dutos de crédito.

Durante o exercício de 2006, foi desenvolvido o projectode gestão integrada de risco, contemplando as novas re-gras de cálculo de requisitos de fundos próprios e proce-dendo à integração da análise de gestão de activos e pas-sivos e da imparidade do crédito, no contexto das IFRS.

Neste âmbito, foram aprovados os modelos de análise deimparidade, que assentam na utilização dos modelos derisco de crédito (ratings e scorings), assim como na aferiçãodas expectativas de recuperação dos créditos material-mente significativos em situação de imparidade. Para oefeito, foi igualmente concebida uma aplicação informáti-ca de suporte à análise efectuada, permitindo a articulaçãodas diferentes áreas envolvidas.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao graude incerteza dos retornos esperados, por incapacidadequer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se exis-tir), quer do emissor de um título ou da contraparte de umcontrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercado – O conceito de risco de mercado reflecte a perdapotencial que pode ser registada por uma determinadacarteira em resultado de alterações de taxas (de juro e decâmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos finan-ceiros que a compõem, considerando quer as correlaçõesexistentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade doGrupo cumprir com as suas obrigações no momento dorespectivo vencimento, sem incorrer em perdas significati-vas decorrentes de uma degradação das condições definanciamento (risco de financiamento) e/ou de venda dos

seus activos por valores inferiores aos valores de mercado(risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perdapotencial resultante de falhas ou inadequações nos proces-sos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as per-das potenciais resultantes de eventos externos.

Organização Interna

O Conselho de Administração, no exercício das suas fun-ções, é responsável pela estratégia e pelas políticas a adop-tar relativamente à gestão dos riscos, sendo, nesta função,assessorado pela Direcção de Análise e Gestão de Riscos(«DAGR»), que analisa e assegura a gestão dos riscos,numa óptica de grupo, incluindo a coordenação do Comitéde Activos e Passivos («ALCO»).

A Direcção de Auditoria Interna, como órgão de apoio aoConselho de Administração, tem como principais compe-tências apreciar os relatórios sobre o sistema de controlointerno a remeter anualmente ao Banco de Portugal, deverificar o cumprimento e observância da legislação emvigor, por parte das diferentes unidades orgânicas, e identi-ficar as áreas de maior risco, apresentando ao Conselho deAdministração as suas conclusões.

Consoante a natureza e relevância do risco, são elaboradosplanos, programas ou acções, apoiados por sistemas deinformação, e definidos procedimentos, que proporcionamum elevado grau de fiabilidade relativamente às medidasde gestão de risco oportunamente definidas.

A Sala de Mercados colabora com a DAGR, de forma aefectuar-se a medição e o controlo do risco das operaçõese das carteiras, bem como o adequado acompanhamentodas posições dos riscos globais da Caixa.

No que diz respeito ao risco de compliance, é da com-petência da Direcção de Auditoria Interna, através do seuGabinete de Compliance assegurar o seu controlo, identi-ficar e avaliar as diversas situações que concorrem para oreferido risco, designadamente em termos de transac-ções/actividades, negócios, produtos e órgãos de estrutura.

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Neste âmbito, também a Direcção de Auditoria Internaavalia o sistema de controlo interno, identificando as áreasde maior relevância/risco, visando a eficácia da governação.

Avaliação de riscos

Risco de Crédito – Retalho

Os modelos de risco de crédito desempenham um papelessencial no processo de decisão de crédito. De facto, aconcessão de crédito a particulares obriga à submissão daspropostas de crédito aos modelos de scoring reactivo exis-tentes para as principais carteiras (crédito à habitação,crédito individual e cartões de crédito).

As decisões de crédito dependem das classificações derisco e do cumprimento de diversas regras sobre a capaci-dade financeira e o comportamento dos proponentes. Demodo a apoiar as estratégias comerciais, são também uti-lizados modelos de scoring comportamentais.

Foram já introduzidos nos sistemas de informação novosmodelos de scoring reactivo para algumas carteiras de cré-dito a particulares, contemplando a necessária segmenta-ção entre clientes e não clientes (ou clientes recentes). Esteprojecto será concluído durante o ano em curso para ageneralidade das principais carteiras de crédito em apreço.Encontram-se igualmente em fase de operacionalizaçãoinformática novos modelos de rating interno para empre-sas e de scoring para pequenos negócios.

Durante o ano de 2006, concluiu-se a generalização do maioralinhamento do pricing face ao risco de crédito aos principaisprodutos de crédito a particulares, considerando as classifi-cações dos modelos internos e as estimativas de severidadede perda. Foi igualmente iniciado este trabalho para produ-tos especializados de crédito a empresas (e.g. leasing e factor-ing), prevendo-se contemplar os restantes produtos nesteâmbito durante o ano em curso, após a conclusão da opera-cionalização dos novos modelos de rating interno.

Ao nível da informação reportada sobre risco de crédito,assegura-se a produção de um relatório trimestral, incluin-do medidas de probabilidade de incumprimento por classede risco e carteira de crédito, indicadores de rendibilidadeajustada de risco («RAROC») para as principais carteiras decrédito a particulares e a análise da composição das car-teiras de crédito por classe de risco.

Riscos Globais e em Activos Financeiros

A gestão eficaz do balanço envolve também o Comité deActivos e Passivos («ALCO»), comité onde se procede à

análise dos riscos de taxa de juro, liquidez e cambial, desi-gnadamente no tocante à observância dos limites definidospara os gaps estáticos e dinâmicos calculados.

Tipicamente, são observados gaps estáticos positivos detaxa de juro e de liquidez, de dimensão moderada, excep-tuando-se naturalmente os meses em que ocorrem paga-mentos relacionados com o serviço da dívida das obri-gações emitidas. Ao nível do risco cambial, procede-se, emregra, à aplicação dos recursos captados nas diversasmoedas, através de activos no mercado monetário respec-tivo e por prazos não superiores aos dos recursos, pelo queos gaps cambiais existentes decorrem essencialmente deeventuais desajustamentos entre os prazos das aplicaçõese dos recursos.

No que respeita a informação e análise de risco, é assegu-rado o reporte regular sobre os riscos de crédito e de mer-cado das carteiras de activos financeiros próprias e dasdiversas entidades do Grupo.

Ao nível das carteiras próprias, encontram-se definidosdiversos limites de risco, utilizando para o efeito ametodologia de Value-at-Risk («VaR»).

As carteiras próprias encontram-se concentradas em títulosde dívida de taxa variável, exibindo por isso níveis de VaRmuito reduzidos (o cálculo do VaR é efectuado com basena aproximação analítica definida na metodologia desen-volvida pela RiskMetrics, sendo calculado considerando umhorizonte temporal de 10 dias úteis e um intervalo de con-fiança estatístico unilateral de 99%). A exposição ao riscode crédito é igualmente muito limitada, uma vez que asobrigações em carteira se situam genericamente em níveisde investment grade.

Risco Operacional

Relativamente ao risco operacional, foi concluído o desen-volvimento do modelo de gestão de risco, abrangendotodas as unidades da estrutura orgânica. Este modelo per-mite o registo de eventos relevantes, no sentido do alinha-mento com as melhores práticas e com o enquadramentode Basileia II, facilitando a análise e modelização de riscooperacional, assim como a identificação das medidas ade-quadas de mitigação de risco.

O modelo de gestão funciona de forma descentralizada,tendo, para cada unidade da estrutura orgânica, sidonomeados Autoavaliadores/Interlocutores e Validadores deRisco Operacional.

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44. Normas contabilísticas recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que a Caixaainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRIC 8 – Âmbito da aplicação da IFRS 2

O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Janeiro de 2006 a IFRIC 8 – Âmbito da apli-cação da IFRS 2 e a sua aprovação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que a IFRS 2 – Pagamentos baseados em acções se aplica às situações em que a entidadeefectua pagamentos com base em acções por um valor aparentemente nulo ou residual.

A IFRIC 8 explica que, se o benefício concedido aparenta ser menor que o justo valor do instrumento de capital atribuí-do ou das responsabilidades assumidas, esta situação indica, normalmente que outro benefício foi ou irá ser recebidopelo que se aplica o IFRS 2.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Maio de 2006.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 8.

IFRIC 9 – Re-avaliação dos derivados embutidos

O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Março de 2006 a IFRIC 9 Re-avaliação dosderivados embutidos e a sua aprovação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que o momento de re-avaliação da separação dos derivados embutidos deverá ser apenasquando existirem alterações aos próprios contratos.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Junho de 2006.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 9.

IFRIC 10 – Reporte Financeiro Interino e Imparidade

O International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 20 de Julho de 2006 a IFRIC 10 Reporte financeirointercalar e imparidade e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamentea Goodwill, investimentos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamentea Goodwill, investimentos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 2007 e a sua aplicação será prospectiva para Goodwill, investimen-tos em instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo, a partir da data primeira data de adopçãoda IAS 36 – Imparidade dos activos e da IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração pelaprimeira vez.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 10.

IFRIC 11 – IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e Grupo

O International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 2 de Novembro de 2006 a IFRIC 11 IFRS 2 –Transacções com Treasury shares e Grupo e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundotrimestre de 2007. Este IFRIC aborda dois assuntos distintos:

1. a) Contratos onde uma entidade atribui aos seus empregados direitos a instrumentos de capital, e terá que optarem pagar em acções próprias ou terá que adquirir instrumentos de capital de outra entidade para satisfazer a suasobrigações perante os seus colaboradores;

b) Contratos onde aos colaboradores de uma entidade são atribuídos direitos a instrumentos de capital dessa enti-dade.

2. Contratos de pagamento com acções próprias que envolvem duas ou mais entidades do mesmo Grupo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRIC 11.

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IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda complementar ao IAS 1 – Apresentação dasdemonstrações financeiras

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 a IFRS 7 Instrumentos Finan-ceiros: Divulgações e adenda complementar ao IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras.

A IFRS introduz novos requisitos para melhorar a informação divulgada nas demonstrações financeiras sobre os instru-mentos financeiros. Substitui a IAS 30 – Divulgações nas demonstrações financeiras de bancos e de instituições finan-ceiras similares e alguns dos requisitos da IAS 32 – Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação. A adenda àIAS 1 introduz novos requisitos para divulgações sobre o capital da entidade.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRS 7.

IFRS 8 – Segmentos operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 Segmentos opera-cionais e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

A IFRS 8 – Segmentos operacionais define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma enti-dade e também sobre serviços e produtos, áreas geográficas onde a entidade opera e os seus maiores clientes. Estanorma específica como uma entidade deverá reportar a sua informação nas demonstrações financeiras anuais, e comoconsequência alterará a IAS 34 – Reporte financeiro interino, no que respeita à informação a ser seleccionada parareporte financeiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada porsegmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são cons-truídos.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a começar em ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.

A Caixa não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRS 8.

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248Exmos. Senhores Associados:

No cumprimento das competências definidas na alínea f) do artigo 25.º dos Estatutos da Caixa Económica MontepioGeral, adiante designada por Caixa Económica, o Conselho Fiscal submete à vossa apreciação o Relatório e Parecersobre o Relatório consolidado de gestão e as Demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2006 da CaixaEconómica e das empresas participadas englobadas na consolidação, elaborados pelo Conselho de Administração.

RELATÓRIO

1. Procedemos à análise do Relatório consolidado doConselho de Administração e das Contas consolidadas,compreendendo o Balanço consolidado em 31 de De-zembro de 2006, a Demonstração dos resultados con-solidados, as Demonstrações consolidadas dos fluxosde caixa e das alterações nos capitais próprios relativosao exercício de 2006 e as respectivas Notas às demons-trações financeiras consolidadas.

2. Relativamente ao Relatório consolidado de gestão,o Conselho Fiscal verificou que, nos aspectos essenci-ais, o seu conteúdo é concordante com as Demons-trações financeiras consolidadas que são apresentadas,assim como satisfaz os requisitos legais e estatutários.

3. A Caixa Económica, dando cumprimento ao dispos-to no artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 deFevereiro, aplicado às Instituições Financeiras pelosAvisos n.OS 1 a 6/2005, de 28 de Fevereiro, do Banco dePortugal, desde 1 de Janeiro de 2005 que adopta naelaboração das suas Demonstrações financeiras conso-lidadas as Normas Internacionais de Relato Financeiro

9.10. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS

(IFRS) adoptadas na União Europeia, pelo que, as De-monstrações financeiras relativas aos exercícios de2006 e 2005 são comparáveis.

4. Na apreciação das Demonstrações financeiras con-solidadas do exercício, o Conselho Fiscal teve comobase fundamental a Certificação legal e relatório deauditoria das contas consolidadas e o Relatório anualsobre a fiscalização efectuada às contas consolidadas,elaborados pelos Auditores Independentes.

5. Em consequência do trabalho desenvolvido, o Con-selho Fiscal considera que as Demonstrações financeirasconsolidadas (Balanço consolidado em 31 de Dezem-bro de 2006, Demonstração dos resultados consolida-dos, Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa edas alterações nos capitais próprios do exercício de2006 e respectivas Notas explicativas) são adequadas àcompreensão da situação patrimonial da Caixa Econó-mica e das suas participadas englobadas na consoli-dação em 31 de Dezembro de 2006, e à forma comose formaram os resultados consolidados de 2006.

Em conformidade com o exposto, somos de

PARECER

que a Assembleia Geral aprove o Relatório consolidado de gestão e as Demonstrações financeiras consolidadas do exer-cício findo em 31 de Dezembro de 2006.

Lisboa, 13 de Março de 2007

O CONSELHO FISCALManuel Jacinto Nunes – Presidente

Gabriel José dos Santos Fernandes – Vogal

José Moreira Venâncio – Vogal

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10. Responsabilidade SocialRESPONSABILIDADE SOCIAL NO MONTEPIO

– UMA TRADIÇÃO COM FUTURO

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A experiência do Montepio no domínio do desenvolvimen-to sustentável decorre da sua matriz mutualista e constituiuma efectivação da sua missão enquanto estrutura deeconomia social.

A par da sua vertente associativa e da sua acção enquantoentidade financeira, o Montepio desde sempre realizou umaforte intervenção na sociedade portuguesa, através do apoiofilantrópico, deixando uma marca indelével e constituindoreferência de uma boa prática em termos de harmoniaentre a procura de resultados e a promoção da qualidadede vida.

Ao incorporar no seu discurso e na sua prática o conceitonovo da Responsabilidade Social, o Montepio revalorizou eenquadrou a sua acção, num quadro de referência maisactual, contextualizando as suas iniciativas. O ano de 2006fica marcado pela adopção de uma estratégia integrada,com o objectivo de focalizar a intervenção socialmente sus-tentável, para os domínios mais relacionados com a missãoda instituição, privilegiando parceiros chave e obtendo maiorretorno em termos de visibilidade e crescimento.

Neste sentido, foi decidido criar o Gabinete de Responsa-bilidade Social, por forma a desenvolver uma dinâmicainterna visando a identificação das boas práticas de Res-ponsabilidade Social desenvolvidas pelas diversas unidadesorgânicas e a sua coordenação, bem como a construção deum conjunto de documentos estratégicos, destinados aenquadrar uma acção transversal.

Tendo como fontes inspiradoras os Estatutos da AssociaçãoMutualista e da Caixa Económica, o Código das Associa-ções Mutualistas e demais regulamentação interna existen-te, foi possível lançar os alicerces para a adopção e imple-mentação de um Código de Conduta.

Foram igualmente concebidos e aprovados instrumentosde regulação das práticas em matéria de Mecenato e deVoluntariado, que permitam a adopção clara de critérios deapoio, a implementação de mecanismos de avaliação doimpacto e do retorno e o desenvolvimento de relações deparceria estáveis com outras entidades do terceiro sector.

1. DESENVOLVER A POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

2. APOIOS CONCEDIDOS

Para além da redefinição da política de responsabilidadesocial, o Montepio manteve e desenvolveu a sua tradi-cional acção de mecenas, apoiando dezenas de instituiçõese de projectos.

Tendo sempre presente a sua génese e natureza mutualis-ta, o Montepio, através da Associação Mutualista, conce-deu diversos donativos a entidades com quem mantémacordos de cooperação e apoiou iniciativas que visam divul-gar os valores mutualistas.

Desses donativos, suportados pelo Fundo de SolidariedadeAssociativa, destacam-se os atribuídos à Associação Mu-tualista Benéfica-Previdente e ao Fórum Abel Varzim.

Também no âmbito da Direcção de Marketing e NovosCanais, foram reconhecidas instituições de elevado méritosocial, salientando-se o apoio concedido, a quatro associa-ções que actuam junto de pessoas com deficiência, novalor total de 100 000,00 €, por ocasião do Natal e emsubstituição dos clássicos brindes.

Esta iniciativa antecipou, aliás, a comemoração do AnoInternacional da Igualdade de Oportunidades para Todos,demonstrando a plena relação do Montepio com a comu-nidade envolvente.

Em cumprimento dos fins estatutários da Fundação Monte-pio Geral, foi sentido o estímulo solidário do MontepioGeral em diversos sectores de actividade.

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À semelhança do que se verificou nos anos anteriores, foipreocupação da Fundação abarcar um leque diversificadode iniciativas e acções, quer no que respeita aos objectivos

prosseguidos, quer no que se refere aos destinatáriosabrangidos e às metodologias utilizadas.

São de destacar algumas acções que, pelo seu alcance ou carácter inovador, poderão constituir bons exemplos da formade estar e de actuar enquanto empresa ética e socialmente responsável:

• No domínio da solidariedade, pretendendo contribuir para a criação de condições de vida para as crianças em risco,a Fundação apoiou diversas instituições, das quais destacamos a Associação Portuguesa para o Direito dos Menores eda Família, a quem foi concedido um donativo no valor de 25 000,00 €;

• Ainda no campo da solidariedade social, tendo como grupo alvo as pessoas idosas, merece realce o apoio, de15 000,00 €, concedido à Associação Casapiana, para lançamento do novo serviço de apoio domiciliário;

• No âmbito da promoção das pessoas com deficiência visual, sublinha-se o subsídio atribuído à Associação de Defi-cientes Visuais do Distrito de Braga, no valor de 25 000,00 €, e a parceria estabelecida com a Associação Promotorado Ensino de Cegos, para a implementação do Projecto «Acessibilidades para Todos», que consiste na adaptação dossuportes de comunicação ao design universal, como um dos projectos nucleares de uma intervenção inclusiva;

• A promoção da cidadania mereceu, igualmente, a atenção da Fundação, tendo justificado a atribuição de donativosa estruturas como a AMI, a Fundação Pró-Dignitate, a Comissão Justiça e Paz, a Amnistia Internacional – Secção Portu-guesa e a Civitas;

• Reconhecendo a importância do ensino e de uma educação direccionada para a excelência, foram concedidos diver-sos donativos a estabelecimentos de ensino secundário e superior, no sentido de premiar a qualidade, empenhamen-to e resultados dos alunos e de contribuir para uma cultura de exigência. São disso exemplo o donativo de 5 000,00 €

para o Centro de Estudos Sociais, o donativo de 20 000,00 € para a Associação 25 de Abril e os subsídios de 5 500,00e 7 500,00 €, respectivamente, para o ISEG e para a Fundação Cidade de Lisboa.

• Por último e, em sede de actividade da Fundação no campo das publicações, distingue-se o apoio concedido à Uniãodas Misericórdias Portuguesas, no montante de 75 000,00 €, para apoio à publicação da sua obra de referência«Portugaliae Monumenta Misericordiarum», visando a preservação da história da solidariedade em Portugal.

3. FAZER PARTE DE UM GRUPO MAIOR

O ano de 2006 foi também um ano de referência emmatéria de reforço da vinculação externa do Montepio aoutras entidades de referência no panorama nacional einternacional da Responsabilidade Social.

Para além da Associação RSE-Portugal e do Comité de Res-ponsabilidade Social pertencente ao European Saving BanksGroup, o Montepio aderiu à Associação EIS – Empresários

pela Inclusão Social, assumindo a qualidade de fundador,em pronta resposta ao repto lançado por Sua Excelência,o Presidente da República.

Já no fim do ano, formalizou a sua adesão à AssociaçãoGrace, permitindo, ao abrigo dessa cooperação, lançar oprograma de Voluntariado Empresarial.

No que se refere, especificamente, à intervenção da Fundação Montepio Geral e, sem prejuízo do circunstanciado relatóriode actividades que será oportunamente divulgado, importa sublinhar que foram atribuídos donativos no valor de486 252,00 €, distribuídos pelas seguintes rubricas:

Rubricas Orçamentais Montante global atribuído

Artes/Ciências/Cultura /Saúde 98 524,00 €Economia/Gestão/Ciências Sociais 29 521,00 €Social/Solidariedade 249 195,01 €Bolsas de Estudo 15 000,00 €Despesas Diversas 94 012,00 €

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4. EXPERIMENTAR NOVOS CAMINHOS

Merecem ainda nota outras práticas disseminadas deresponsabilidade social, que pretendem dar corpo ao pilar daprotecção ambiental, designadamente as medidas adop-tadas para a reciclagem de papel e a parceria estabelecidacom a Fundação do Gil para a reciclagem de tinteiros.

No ano em que a ideia do Micro-Crédito é internacional-mente reconhecida, através da atribuição do Prémio Nobelda Paz ao seu autor, o Montepio decidiu tambémenveredar por essa experiência, criando a sua própria linhade Micro-Crédito, em parceria com a Santa Casa daMisericórdia de Lisboa.

No domínio do desenvolvimento da sua política de Res-ponsabilidade Social, o Montepio iniciou, no final de 2006,a actividade na área do Micro-Crédito, com a abertura, nodia 29 de Setembro, em Lisboa, de um balcão exclusiva-mente vocacionado para as operações de Micro-Crédito.

Estas operações consistem na concessão de financiamentoa pequenos projectos que visem o auto-emprego e ainclusão social dos seus promotores, os quais não teriamcondições para serem financiados no sistema de créditotradicional.

Para o efeito, foi estabelecido, em 30 de Maio de 2006, umprotocolo de cooperação e parceria com a Santa Casa daMisericórdia de Lisboa (SCML), com base no qual se têmvindo a conceder pequenos créditos, de reinserção social, apessoas apoiadas no âmbito das iniciativas da SCML.

Com estas operações, o Montepio pretende contribuir,activamente, para a redução do desemprego e da pobreza,fomentando a iniciativa, o empreendorismo e o desenvolvi-mento da sociedade em que se insere, em conformidadecom os objectivos estratégicos definidos neste domínio.

Por último, merece referência o lançamento de um novoCartão de Crédito – Cartão + Vida. Trata-se de uma expe-riência de carácter comercial que, em simultâneo, beneficiainstituições de solidariedade social seleccionadas pela Fun-dação Montepio Geral.

Actualmente, estão abrangidas três entidades de reconhecidovalor, que, além de possuírem uma relação comercial com oMontepio Geral, mantêm uma profícua relação de parceria: aAssociação Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentesde Alzheimer, a Comunidade Vida e Paz e a Cercitop.

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LUSITANIA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.

Objecto e historial

A LUSITANIA é a seguradora de ramos reais do Grupo Montepio, desenvolvendo a sua actividade desde 1986.

Constituem princípios de actuação permanente da LUSITANIA:

• O elevado padrão de eficiência de todos os serviços;

• A promoção de uma adequada política de aplicação de recursos;

• O incremento da quota de mercado;

• A manutenção de uma permanente atitude de inovação e de crítica de actuação;

• A alta qualidade do serviço prestado a segurados e a terceiros;

• A estrita observância das leis e normas em vigor.

11. Participações financeirasdo Grupo Montepio Geral

No ano de 2006 constituíram áreas prioritárias de actuaçãopara a LUSITANIA a dinamização da actividade dos canaisde distribuição Bancassurance e Mediadores e o aprofunda-mento da integração e do alinhamento estratégico daCompanhia no Grupo Montepio.

Adicionalmente, a LUSITANIA tem vindo a dedicar especialesforço aos trabalhos de adaptação dos processos e sis-temas às novas exigências prudenciais que, no âmbito doprojecto Solvência, estão a ser introduzidas de forma gra-dual pelo Instituto de Seguros de Portugal.

Indicadores Financeiros

Em 2006, a LUSITANIA atingiu um volume de negócios(Prémios Brutos Emitidos) de 147,4 milhões de euros, o quecorrespondeu a um acréscimo de 13,6% face ao ano anterior.

Este crescimento superou, claramente, o crescimento globaldo mercado Não Vida, que estagnou em 2006, bem comoo dos principais concorrentes, e permitiu à LUSITANIA pas-sar da 10.ª para a 9.ª posição do ranking do sector, comuma quota de mercado de 3,6%, mais 0,44% do que aregistada em igual período do ano anterior.

O Resultado da Actividade Corrente atingiu um expressivoaumento de 56,3%, beneficiando do forte crescimento dovolume de negócios. Contudo, o Resultado Líquido doexercício não observou igual evolução, registando umaredução de 19,6% face ao valor apurado no ano de 2005,que se reflectiu negativamente nos níveis de rendibilidadeda LUSITANIA, com o ROA a diminuir de 1,29%, em 2005,para 0,89%, em 2006, e o ROE de 9,19% para 7,02%, nomesmo período.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activo Líquido 286 841 238 586 48 255 20,2

Recursos Próprios 34 795 33 351 1 444 4,3

Prémios Brutos Emitidos 147 350 129 725 17 625 13,6

Resultado do Exercício 2 342 2 911 -569 -19,6

ROA 0,89% 1,29% -0,40 p.p. –

ROE 7,02% 9,19% -2,17 p.p. –

N.º de trabalhadores a 31 Dezembro 348 331 17 5,1

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254

Perspectivas

Para os próximos anos, perspectivam-se a introdução deprofundas alterações ao enquadramento legal e regula-mentar do sector segurador, que terão que começar a serpreparadas já a partir do ano de 2007. Neste âmbito,assumem particular relevância as adaptações necessáriasrelacionadas com a adopção das Normas Internacionais deContabilidade a partir de 2007 e com as novas exigências

previstas no Projecto de Solvência II, com destaque para asmatérias de governance, controlo interno, gestão de riscoe informação a prestar ao mercado.

Para além das adaptações às alterações ao enquadramen-to legal e regulamentar, a LUSITANIA irá privilegiar, em2007, o desenvolvimento de novas acções de melhoria dodesempenho das suas redes de distribuição e a automatiza-ção e optimização dos processos.

LUSITANIA VIDA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.

Objecto e historial

A LUSITANIA VIDA, seguradora do ramo Vida do GrupoMontepio, foi constituída em Maio de 1987. É a segurado-ra especializada em seguros de vida individuais e de grupo,dispondo de coberturas para os riscos de morte, invalidez,acidentes e subsídio diário de internamento.

Em 2006, a LUSITANIA VIDA, em articulação com a CEMG,desenvolveu e concluiu um conjunto de projectos com vistaa melhorar o funcionamento e a promover o crescimentodo canal Bancassurance, canal de distribuição fundamentalda LUSITANIA VIDA. O alinhamento estratégico desta com-panhia de seguros do ramo vida com o Grupo Montepio,manteve-se, assim, como uma importante área de actu-ação neste ano.

Os produtos desenvolvidos pela LUSITANIA VIDA têm vindoa constituir um importante instrumento de captação depoupança para a CEMG, sendo de realçar o lançamento de11 novas emissões de seguros de capitalização em 2007,com excelente aceitação pelos clientes da CEMG.

Indicadores Financeiros

Em 2006, os prémios brutos emitidos de seguro directo daLUSITANIA VIDA atingiram um crescimento robusto de40,4%, o que compara com uma recessão de -5,2% dosector. Em consequência, a quota de mercado da LUSITA-NIA VIDA aumentou 56 pontos base, de 1,16%, em 2005,para 1,72% em 2006 e esta seguradora subiu 3 posiçõesno ranking das seguradoras vida, situando-se, no final de2006, no oitavo lugar deste ranking.

Em linha com a evolução dos prémios emitidos, a LUSITA-NIA VIDA tem vindo alcançar elevados níveis de crescimen-to do seu Activo nos últimos anos, 28,9%, em 2005 e40,3%, em 2006, reflectindo o desenvolvimento da activi-dade de Bancassurance.

Beneficiando da forte aceleração da actividade, oResultado Líquido da LUSITANIA VIDA registou um acrésci-mo de 42,1%, o que implicou uma melhoria dos indi-cadores de rendibilidade ROA e ROE, de 0,05% e 2,1%,respectivamente.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activo Líquido 367 805 262 136 105 669 40,3

Recursos Próprios 22 652 21 046 1 606 7,6

Prémios Brutos Emitidos 148 164 105 500 42 664 40,4

Resultado do Exercício 3 114 2 192 922 42,1

ROA 0,99% 0,94% 0,05 p.p. –

ROE 14,80% 12,70% 2,10 p.p. –

N.º de trabalhadores a 31 Dezembro 28 25 3 12,0

Perspectivas

Em 2007, a LUSITANIA VIDA deverá manter uma progressãoacelerada da sua actividade, aproveitando o potencial decrescimento proporcionado pela base de clientes da CEMG epelo aumento da procura de produtos diversificados e demaior sofisticação. O desenvolvimento e a inovação da ofertade produtos de poupança deverá, assim, continuar a ser umfactor crítico de sucesso para a actividade da LUSITANIA VIDA.

Também a LUSITANIA VIDA, à semelhança do já referidopara a LUSITANIA, se terá que preparar para as profundasalterações ao enquadramento legal e regulamentar do sec-tor segurador, a introduzir nos próximos anos. No entanto,atendendo à diferente natureza das actividades das duascompanhias, a complexidade das mudanças a realizar de-verá ser consideravelmente menor na LUSITANIA VIDA.

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255

Objecto e historial

A Futuro é uma sociedade gestora de fundos de pensõesque se dedica, desde a sua fundação, em 1988, à gestão deFundos de Pensões fechados de grandes empresas e, tam-bém, de Fundos de Pensões abertos destinados a PME’s ea clientes particulares. A Futuro integra, desde o final de2003, a Direcção da APFIPP, a associação representativa dosector de gestão de fundos de investimento, fundos depensões e patrimónios.

O valor total dos activos sob gestão da Futuro era de 1 159milhões de euros, no final do ano de 2006, o que corres-pondeu a um crescimento homólogo da carteira de 11,1%.Para esta evolução contribuiu o expressivo aumento, de57,9%, do montante dos fundos abertos dirigidos a PME’se a variação positiva de 11,1%, do valor dos fundos fecha-dos. Em 2006, os fundos abertos dirigidos a particulares,beneficiando da reposição parcial dos incentivos fiscais àsubscrição dos PPR, registaram num acréscimo do mon-tante sob gestão de 8,8%, recuperando da estagnaçãoobservada no ano anterior.

A estrutura da carteira sob gestão da Futuro, por categoria defundos, alterou-se ligeiramente de 2005 para 2006, assistin-do-se ao aumento do peso no total da carteira do montantedos fundos de pensões abertos dirigidos a PME’s, de 1,4%para 1,9%, por contrapartida de uma pequena redução dopeso dos montantes dos fundos de pensões fechados e dosfundos de pensões abertos dirigidos a particulares, de 73,4%para 73,3% e de 25,3% para 24,7%, respectivamente. Dacarteira de fundos abertos, destaca-se o fundo PPR 5*, omaior de entre os seis fundos de pensões abertos geridospela Futuro, e o mais antigo fundo PPR do mercado.

Em Dezembro de 2006, a Futuro ocupava a oitava posiçãodo mercado das entidades gestoras de fundos de pensões,quanto ao volume de activos sob gestão, com uma quotade 5,5%, sendo apenas ultrapassada pelas sociedadesgestoras ligadas aos 5 maiores grupos financeiros a operarem Portugal e pela Sociedade Gestora do Fundo dePensões do Banco de Portugal.

Em 2006, o Fundo de Pensões do Montepio Geral, geridopela Futuro, atingiu uma rendibilidade anual bruta de6,5% (5,7%, em 2005), que resulta, essencialmente, daexcelente performance da generalidade dos mercadosaccionistas neste ano.

Indicadores Financeiros

Em 2006, a evolução dos principais indicadores de activi-dade e desempenho da Futuro foi muito positiva. Osproveitos de exploração registaram uma variação homólogade 9,7% e o Resultado Líquido do exercício um aumentode 9,5%, impulsionados pelo crescimento dos montantestotais sob gestão e, ainda, pelas excelentes rendibilidadesalcançadas pelos fundos fechados em 2006, que se reflec-tiram num aumento significativo das comissões de excessode rendibilidade pagas pelos fundos de pensões fechadosà Futuro.

Em consequência, os indicadores de rendibilidade regis-taram uma melhoria significativa, face ao final do ano de2005, com a rendibilidade do activo médio a situar-se em19,97% e a rendibilidade dos capitais próprios em25,38%, o que traduz aumentos de 1,8 e 4,7 pontos per-centuais, respectivamente.

FUTURO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.

Perspectivas

No ano de 2007, a actividade da Futuro deverá ser marca-da por alterações ao enquadramento regulamentar do sec-tor dos fundos de pensões, a implementar pelo Instituto deSeguros de Portugal, e que se destinam a complementar oDecreto -Lei nº 12/2006, que estabelece o novo regimejurídico dos fundos de pensões. De entre as alteraçõesesperadas, destacam-se as relativas às estruturas de gover-

nação dos fundos de pensões e aos sistemas de controlointerno e gestão de riscos das sociedades gestoras.

O aprofundamento da integração da actividade da Futurono seio do Grupo Montepio, sobretudo nas actividades deMarketing e Comercial, será, também, uma importante pri-oridade de desenvolvimento da Futuro, possibilitada poruma nova aplicação informática implementada no ano de2006 nos balcões da Caixa Económica Montepio Geral.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activos sob Gestão 1 158 598 1 042 385 116 213 11,1

Activo Líquido 7 588 7 397 191 2,6

Recursos Próprios 6 108 5 895 213 3,6

Proveitos de Exploração 7 247 6 608 639 9,7

Resultado do Exercício 1 496 1 367 129 9,5

Cash Flow 1 569 1 551 18 1,1

ROA 19,97% 18,12% 1.85 p.p. –

ROE 25,38% 20,65% 4.73 p.p. –

N.º de trabalhadores a 31 Dezembro 35 35 0 0.0

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Objecto e historial

A MG Gestão de Activos Financeiros é a entidade especial-izada na gestão de patrimónios financeiros do GrupoMontepio. Esta sociedade concentra as actividades de ges-tão de fundos de investimento mobiliário e de gestão dis-cricionária de carteiras do Grupo desde 2004, ano em quefoi decidido alterar a designação da sociedade gestora defundos de investimento mobiliário, de MG Fundos paraMG Gestão de Activos Financeiros e alargar o seu âmbitode actividade à gestão discricionária de carteiras e à gestãode fundos de investimento imobiliário e de capital de risco.

No final de 2006, o montante total de activos sob gestãoda MG Gestão de Activos Financeiros atingiu o valor de1 311,3 milhões de euros, o que representa um crescimen-to de 18,8% face ao final do ano anterior. A actividade degestão discricionária de carteiras observou um apreciáveldinamismo em 2006, com os activos sob gestão a ascen-derem a 865,8 milhões de euros, no final do ano, mais17,5% do que em igual período do ano anterior. Contudo,o destaque vai para a actividade de gestão de fundos deinvestimento mobiliário, com os montantes sob gestão aobservarem uma expansão de 21,6%, claramente acimado mercado, que cresceu 3% em 2006. Em consequênciaa MG Gestão de Activos Financeiros registou um aumentode 23 pontos base na sua quota de mercado, que se fixouem 1,53%, no final do ano.

No segmento de negócio dos fundos de investimento mobil-iário é de realçar o desempenho dos fundos de acções e dos

fundos de fundos que, suportados pelas excelentes rendi-bilidades atingidas pelos fundos no último ano, registaramno seu conjunto um acentuado acréscimo dos montantessob gestão no ano de 2006. Beneficiando do crescimentoevidenciado por estes tipos de fundos e do alargamento daoferta de fundos de fundos de três para quatro, o total dosfundos de acções e de fundos de fundos representava30,7% do valor global sob gestão da MG Gestão deActivos Financeiros no final de 2006, o que compara com22,3%, no final de 2005.

Indicadores Financeiros

Em 2006, o resultado do exercício da MG Gestão deActivos Financeiros aumentou 24,6%, reflectindo o cresci-mento dos montantes sob gestão e do aumento do pesodos fundos de renda variável e dos fundos de fundos nototal da carteira de fundos de investimento mobiliário. Estefenómeno é especialmente relevante pelo facto de estestipos de fundos serem geradores de comissões por unidadede activo superiores às dos fundos de renda fixa.

Em consequência, os indicadores de rendibilidade da MGGestão de Activos Financeiros evoluíram positivamente de2005 para 2006, com a rendibilidade do activo a melhorarde um ano para o outro, de 13,0% para 14,8%, e arendibilidade dos capitais próprios a observar um acrésci-mo de 3,3 pontos percentuais, fixando-se em 19,0%, nofinal do ano de 2006.

MG GESTÃO DE ACTIVOS FINANCEIROS – SGFIM

Perspectivas

Para 2007, o desenvolvimento da actividade da MG Gestãode Activos Financeiros deverá continuar a assentar no alar-gamento da oferta de fundos aos seus clientes e na procu-ra de níveis de performance dos fundos acima das médiasdo mercado.

A implementação da Directiva dos Mercados de Instru-mentos Financeiros, a concluir em Novembro de 2007,

deverá constituir o principal desafio para a actividade daMG Gestão de Activos Financeiros no próximo ano. Assim,em 2007, a MG Gestão de Activos Financeiros terá que seadaptar a novos requisitos organizativos e normas de con-duta e preparar para um aprofundamento da concorrênciaentre empresas de investimento a actuar no mercadocomunitário, induzido pela harmonização e convergênciado direito aplicável a estas empresas e, também, pela sim-plificação da supervisão a nível comunitário.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activos sob Gestão* 445 509 366 523 78 986 21,6

Activo Líquido 2 984 2 570 414 16,1

Recursos Próprios 2 286 2 172 114 5,3

Proveitos de Exploração 3 654 1 959 1 695 86,5

Resultado do Exercício 412 331 81 24,6

Cash Flow 439 368 71 19,4

ROA 14,83% 13,04% 1,80 p.p. –

ROE 18,97% 15,68% 3,29 p.p. –

N.º de trabalhadores a 31 Dezembro 14 14 0 0,0

(*) apenas FIM

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Objecto e historial

A Leacock é uma sociedade corretora de seguros detidapelo Grupo Montepio desde 1993. Na sequência da reor-ganização o da área de seguros do Grupo, iniciada no anode 2004, esta corretora deixou de prestar serviços de ban-cassurance à CEMG, o que implicou uma substancial redu-ção da sua actividade nos anos seguintes. Assim, a Leacockpassou a orientar a sua actividade para a captação e gestãode carteira própria, tendo como principal objectivo a maxi-mização do retorno para os accionistas.

Indicadores Financeiros

O ano de 2006 foi, à semelhança do observado em 2005,marcado pelo efeito da reorientação da actividade daLeacock decidida em 2004. O Activo Líquido registou umaredução de cerca de 40% e o volume de negócio de maisde 50%, o que implicou um resultado negativo de -130milhares de euros em 2006. Está em curso um processo dereorganização interna, tendente a proporcionar de novoresultados positivos desta empresa.

LEACOCK (SEGUROS), LDA.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activo Líquido 2 746 4 602 -1 856 -40,3

Recursos Próprios 2 442 2 654 -212 -8,0

Prestação de Serviços 530 1 177 -647 -54,9

Resultado do Exercício -130 84 -214 -253,8

Cash Flow -47 203 -250 -123,2

ROA -3,53% 1,46% -4,99 p.p. –

ROE -4,89% 2,33% -7,22 p.p. –

N.º de trabalhadores a 31 Dezembro 12 13 -1 -7,7

BANCO MONTEPIO GERAL CABO VERDE

Objecto e historial

O Banco Montepio Geral Cabo Verde é uma instituição decrédito de direito local, constituída no final de 2005 pelaCEMG. É uma unidade autónoma de negócio, tendo a sua

actividade centralizada na captação de funding prove-niente de entidades residentes e não residentes, desem-penhando o papel de instrumento institucional da CEMGpara actividades de índole internacional.

INDICADORES FINANCEIROS(milhares de euros)

DESIGNAÇÃO 2006 2005Variação

Valor %

Activo Líquido 264 480 237 752 26 728 11,2

Recursos Próprios 7 234 6 894 340 4,9

Resultado do Exercício 341 -108 449 –

No ano de 2006, o Banco Montepio Geral Cabo Verderealizou o seu primeiro exercício completo de actividade,

com um crescimento do Activo Líquido de 11,2% e umResultado Líquido de 341 milhares de euros.

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259

Secretariado GeralAntónio Pedro de Sá Alves SameiroSecretário Geral

Direcção de Recursos Humanos Departamento de Gestão e Formação Rui Sérgio Carvalho Santos Calheiros Gama Maria Isabel Marques Nunes Director Directora Adjunta

Departamento de ProcessamentoOscar Spínola Duarte Silva Director Adjunto

Direcção da Associação Mutualista Departamento de Gestão MutualistaPedro Maria Bleck da Silva Fernanda Gue Young Director Directora Adjunta

José Alberto Pereira Pitacas Departamento AssociativoDirector Luís Artur Estevão Bravo

Director Adjunto

Departamento de Desenvolvimento MutualistaRita Maria Machado Silva Pereira Costa PimentelDirectora Adjunta

Direcção de Planeamento e Estudos Departamento de Estratégia e Plano Virgílio Manuel Boavista Lima Maria Lúcia Ramos Bica Director Coordenador Directora

José Jesus Martins Departamento de Orçamento e ControloDirector Tomás Correia Cunha Góis Figueira

Director Adjunto

Departamento de EstudosRui Manuel Bernardes SerraSubdirector

Direcção de Auditoria Interna Gabinete de Auditoria OperacionalFrancisco José Gaveta Alhandra Duarte Alexandra Paula Xavier Serras PereiraDirector Directora Adjunta

Augusto Pinheiro Ferreira Gabinete de Inspecção e Fraudes BancáriasDirector Albino Santos Pereira

Director Adjunto

Gabinete de ComplianceDaniel João Silva CabaçoDirector Adjunto

12. Direcção

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260

Direcção Financeira e Internacional Departamento Financeiro António Augusto Almeida Artur Jorge Correia Gama Director Coordenador Director

Departamento Internacional Luís Manuel Lourenço Director

Departamento de Mercados e Cobertura de RiscoMiguel Alexandre Teixeira CoelhoDirector

Direcção de Marketing e Novos Canais Departamento de Marketing, Imagem e PublicidadePedro Jorge Gouveia Alves Filomena Maria Cambraia Santos Moita Macedo Director Subdirectora

Departamento de Novos Canais de DistribuiçãoFernando Jorge Lopes Centeno Amaro Director

Departamento de Cartões e Meios de PagamentoVasco Francisco Coelho AlmeidaSubdirector

Direcção de Informática e Organização Departamento de Desenvolvimento InformáticoMário José Esteves Rodrigues José João Garção Cabeças Director Coordenador Director

Departamento de Organização e QualidadeAntónio José AlexandreDirector Adjunto

Departamento de Sistemas de Informação e GestãoJosé Manuel Simões Freitas Director

Departamento de Exploração, Sistemas e Canais de DistribuiçãoMário José Esteves Rodrigues Director Coordenador

Direcção Jurídica e de Recuperação de Crédito Departamento de Assessoria JurídicaArmando Augusto Pinto Silva Carla Cristina Teixeira Morgado Director Directora Adjunta

Departamento de ContenciosoMaria Carmo Martins Ventura Calvão Directora Adjunta

Departamento de Gestão e Controlo Palmira Gue Gom Directora Adjunta

Departamento de Recuperação de CréditoVítor Guilherme Matos Filipe Director Adjunto

Direcção Imobiliária e Instalações Departamento ImobiliárioVítor Louro Branco Vítor Louro Branco Director Coordenador Director Coordenador

Departamento de InstalaçõesCarlos Alberto Correia Braz Director

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Direcção de Operações e Logística Departamento de Operações José Agostinho Rodrigues Viveiros José Manuel Rodrigues Simões Director Coordenador Director

Direcção de Análise e Gestão de Risco Departamento de Risco de CréditoJorge Humberto Cruz Barros Jesus Luís João Eduardo Dias FernandesDirector Director Adjunto

João Carlos Martins Cunha Neves Departamento de Risco de MercadoDirector Pedro Maria Corte Real Alarcão Júdice

Director

Departamento de Risco OperacionalMaria Fernanda Infante Melo Costa CorreiaSubdirectora

Direcção Comercial Norte Departamento Regional de Braga António Guimarães Pimenta Isabel Cristina Pereira da Silva Director Subdirectora

Vítor Fernando Santos Cunha Departamento Regional de GuimarãesDirector Adjunto Francisco Martins Marques Silva

Subdirector

Departamento Regional de Vila RealAgostinho José Vaz AfonsoGerente Zona

Departamento Regional de ParedesErnesto Jorge Monteiro Silva Gerente Zona

Departamento Regional de Vila Nova de Famalicão Pedro Miguel Furtado Figueiredo Gerente Zona

Direcção Comercial Grande Porto Departamento Regional de Porto – Aliados António Santos Correia Domingos Teixeira Cerqueira Director Subdirector

Manuel Luís da Costa Leite Departamento Regional de Gaia Director Adjunto Manuel Delfim Correia Sousa

Gerente Zona

Departamento Regional da Maia Fernando Joaquim Dias Soares Director Adjunto

Departamento Regional de Porto – Costa Cabral Jorge Manuel Fernandes Reis LopesGerente Zona

Departamento Regional de Aveiro Alberto Marques CrisóstomoDirector Adjunto

Departamento Regional S. João da Madeira António Manuel Valério BatistaSubdirector

Direcção Comercial Centro Departamento Regional de Coimbra Manuel Duarte Cardoso Martins Sandra Paula Sousa VindeirinhoDirector Gerente Zona

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Direcção Comercial Centro (cont.)

António Manuel Monteiro Tarrafa Departamento Regional de ViseuDirector Adjunto António José Tadeu Gonçalves Esteves

Subdirector

Departamento Regional de Castelo BrancoEduardo Alberto Godinho CaladoGerente Zona

Departamento Regional de Leiria Américo MendesSubdirectorDepartamento Regional de SantarémAlfredo Luís Fernandes Caldeira Subdirector

Direcção Comercial Lisboa e Regiões Autónomas Departamento Regional Lisboa – Baixa Manuel Quelhas Gomes João Ribeiro Pisco Cruz Director Director Adjunto

António Mendes Almeida Departamento Regional Lisboa – CentroDirector Adjunto Ernesto Assunção Louro Saraiva

Director Adjunto

Departamento Regional Lisboa – Ocidental Pedro Miguel Rodrigues CrespoSubdirector

Departamento Regional Lisboa – Norte João Pedro Ribeiro Velez RodriguesDirector Adjunto

Departamento Regional da MadeiraJoão Manuel Andrade Pereira Subdirector

Sérgio Paulo Aveiro Gouveia Subdirector

Departamento Regional dos AçoresGeorge Manuel Moniz Gaspar Subdirector

Direcção Comercial Grande Lisboa Departamento Regional da Parede Horácio Marques Pissara Armando Jorge Pereira Oliveira LopesDirector Gerente Zona

João Filipe Milhinhos Roque Departamento Regional da AmadoraDirector Adjunto Maria Guilhermina Martins Trindade Pereira Melo

Subdirectora

Departamento Regional de SintraPaulo Jorge Cunha RainhoSubdirector

Departamento Regional Odivelas/Vila Franca de XiraPedro Manuel Gaspar Vasconcelos CarrascoGerente Zona

Departamento Regional do OesteCarlos Alberto Encarnação Bento MarquesGerente Zona

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Direcção Comercial Sul Departamento Regional de Almada José Plácido Mendonça Murtinha Duarte Manuel Rodrigues TeixeiraDirector Gerente Zona

José Santos Nogueira Serra Departamento Regional do BarreiroDirector Adjunto José Henrique Jesus Silva

Gerente Zona

Departamento Regional de Setúbal Ramiro Almeida FigueiredoSubdirector

Departamento Regional de Évora Pedro Jorge Ponte AraújoGerente Zona

Departamento Regional do AlgarveJoão Manuel Rocha PalmaSubdirector

Direcção Comercial de Empresas Departamento Regional de Empresas – Norte Manuel Lopes da Silva José Magalhães MoreiraDirector Coordenador Director Adjunto

Departamento Regional de Empresas – CentroMário Jorge Costa Freitas AlmeidaSubdirector

Departamento Regional de Empresas – LisboaLuís Miguel Reis Branco PardalDirector Adjunto

Departamento Regional de Empresas – Sul e Regiões AutónomasAntónio João Silva AlvesGerente Zona

Departamento de Análise de Risco de Crédito Maria José Loureiro Ramires Ramos Tiroa Directora Adjunta

Departamento de ContabilidadeArmindo Marques Matias Director

José Manuel Jesus MartinsDirector Adjunto

Gabinete de Procuradoria do ClienteMiguel Nunes SalesDirector

Gabinete de Apoio ao ConselhoPedro Miguel Moura Líbano MonteiroDirector

Gabinete de Relações Públicas InstitucionaisAna Rita Pimentel Dias Pinho BrancoTécnica Grau II

Gabinete Responsabilidade SocialPaula Alexandra Gonçalves Oliveira GuimarãesTécnica Grau II

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Head of ComplianceFrancisco José Gaveta Alhandra Duarte

Assessoria José Silva Monteiro Assessor

264

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265

O ano de 2006 marcou o terminus do mandato 2004//2006, tempo de enfrentar muitos desafios e também designificativo virar de página na nossa acção e projecção nasociedade.

Valeu-nos neste progresso o firme apoio dos Associados eClientes que nos privilegiam e distinguem com a sua prefe-rência, contribuindo para o desenvolvimento do Montepio,na sua globalidade.

A todos eles, o Conselho da Administração exprime o seuagradecimento e apreço, pela confiança em nós depositada.

Também o Conselho regista, reconhecido, todo o apoioprestado às nossas actividades ao longo do último exercí-

cio, pelos Membros da Mesa da Assembleia Geral, do Con-selho Fiscal e do Conselho Geral.

Não pode ser omitido o testemunho de muito apreço doMontepio pelo apoio que tem recebido do actual Exe-cutivo, designadamente, aos Senhores Primeiro Ministro,Ministros das Finanças, do Trabalho e Solidariedade Social,da Saúde e aos Governos Regionais dos Açores e da Ma-deira, e que, reconhecidamente, se agradece.

É ainda devido um reconhecimento especial a todos os Tra-balhadores e demais Colaboradores, pela sua contribuiçãopara o desenvolvimento do Montepio; pelo profissionalismono desempenho das suas funções e pelo empenho na partici-pação da dinâmica de mudança e crescimento do Montepio.

13. Reconhecimento

Os agradecimentos do Conselho de Administração são ainda extensivos a todas as entidades que ao longo de 2006 cola-boraram com o Montepio, nomeadamente:

• Ao Senhor Governador do Banco de Portugal, bem como ao seu Conselho de Administração e Direcções, pelo apoioprestado.

• À Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pelo acompanhamento e esclarecimentos prestados;

• À Associação Portuguesa de Bancos, ao Agrupamento Europeu de Caixas Económicas e às Instituições de Créditoem geral, por toda a colaboração prestada;

• Às várias organizações mutualistas, nacionais e estrangeiras, pela reiterada disponibilização e colaboração manifes-tadas.

E, por fim, ao submeter o presente Relatório e Contas àapreciação da Assembleia Geral, o Conselho de Adminis-tração propõe que esta o acompanhe nos votos de agra-decimento e reconhecimento anteriormente referenciados,bem como no voto de profundo pesar em memória dosAssociados e Trabalhadores falecidos.

Já em 2007, faleceu o Dr. António de Seixas da Costa Leal.Foi com o mais profundo e sentido pesar que o Conselho

de Administração recebeu esta notícia, que representa aperda de uma das maiores figuras da história do Montepioe o mais importante impulsionador do seu crescimentodesde a década de 80.

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2007

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

José da Silva Lopes – Presidente

António Tomás Correia

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

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CERTIDÃO

Para os efeitos referidos no Regime Geral das Instituições de Crédito, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro e no Decreto-Lei nº 136/79, de 18 de Maio, eu, António Pedro Sameiro, 1º Secretário da Mesa da Assembleia Geral, certifico que na Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 28 de Março de 2007, com a presença de 211 associados, foi aprovado, por maioria, o Relatório, as Contas Individuais e Consolidadas e os Actos do Conselho de Administração relativos ao exercício de 2006, da CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL anexa ao Montepio Geral - Associação Mutualista. Na sequência da aprovação do Parecer do Conselho Fiscal, a Assembleia Geral deliberou favoravelmente sobre:

• O Relatório do Conselho de Administração e as Contas Individuais e Consolidadas do Exercício de 2006;

• A Proposta do Conselho de Administração relativamente à aplicação dos resultados, a saber:

(Milhares de

euros)

Para Reserva Legal 12 031 Para Reserva Especial 3 007 A Transferir para o Montepio Geral - Associação Mutualista 20 377

RESULTADOS DISTRIBUÍDOS 35 415 Transferência para Resultados Transitados (Aviso 12/2001 do BdP)

24 739

RESULTADOS TOTAIS 60 154 Para constar e para os supramencionados efeitos foi passada a presente certidão que constitui extracto da acta da sessão da Assembleia Geral de 28 de Março de 2007 e que vai, por mim, assinada na qualidade de 1º Secretário da Mesa da Assembleia Geral e autenticada com o selo branco da Instituição. Lisboa, 13 de Abril de 2007

Pel’o Presidente da Mesa da Assembleia Geral

a) António Pedro Sameiro

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ANEXOS

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269

Em 31 de Dezembro de 2006, o Montepio tinha 605 561subscrições nas modalidades associativas, verificando-seum aumento de 17,9% relativamente a 31 de Dezembro

de 2005. Neste número estão incluídas 7 549 subscriçõesem coberturas adicionais.

1. NÚMERO DE SUBSCRIÇÕES

No gráfico seguinte pode-se observar a evolução das subscrições nos últimos cinco anos, agrupando as modalidades emtrês categorias:

• Modalidades actuariais, às quais correspondem reservas matemáticas;

• Garantia de Pagamento de Encargos - 1988;

• Capitais de Reforma e Poupança Reforma.

Não estão incluídas nesta análise gráfica 534 subscrições em modalidades com pouca expressão e a que não correspon-dem reservas matemáticas.

À semelhança dos anos anteriores, o peso das modalidadesactuariais decresceu, representando actualmente 25,0%do total de subscrições. Por outro lado, o número de subs-

crições em Capitais de Reforma e Poupança Reforma conti-nua a aumentar, mantendo a tendência dos últimos anos,tendo actualmente um peso de 48,8%.

2. MODALIDADES ASSOCIATIVAS COM RESERVAS MATEMÁTICAS

I. Relatório Actuarialdas Modalidades Associativas

Analisando as subscrições do ano 2006, verifica-se que osCapitais Diferidos com Opção, os Capitais para Jovens, asPensões de Reforma e os Capitais para Estudos continuama ser as modalidades actuariais mais subscritas pelos Asso-

ciados. No quadro seguinte pode-se verificar que são estasas modalidades cujo número de subscrições tem maiorpeso no total das subscrições do ano.

SUBSCRIÇÕES POR MODALIDADES

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270

NÚMERO DE SUBSCRIÇÕES (EM %)

Capitais Diferidos com Opção (91,6%)

Capitais para Jovens (4,7%)

Pensões de Reforma (2,9%)

Capitais para Estudos (0,5%)

É de salientar que a modalidade Capitais Diferidos comOpção representa mais de 90% das subscrições de 2006.

Em termos de capital subscrito, continua a destacar-se amodalidade Capitais Diferidos com Opção, representando

quase 90% do total de capital subscrito nas modalidadesactuariais.

CAPITAIS SUBSCRITOS (EM %)

Capitais Diferidos com Opção (89,4%)

Capitais para Jovens (7,8%)

Pensões de Reforma (1,4%)

Capitais de Previdência (0,7%)

É de salientar que, apesar de ter registado poucas ins-crições em 2006, a modalidade Capitais de Previdência foia quarta com maior valor de capital subscrito.

3. RENDAS VITALÍCIAS

O número de rendas vitalícias em 31 de Dezembro de 2006era de 844 e o de rendistas de 472. O capital entreguedurante o ano foi de 441 534,00 €.

De notar que as rendas vitalícias, suspensas desde Marçode 2005, voltaram a ser comercializadas a partir do dia 2de Outubro de 2006, com novas bases técnicas.

4. RESERVAS MATEMÁTICAS

Em 31 de Dezembro de 2006, as reservas matemáticas ascendiam a 325 931 401,17 €, tendo aumentado 5,7% emrelação ao ano anterior. Estas reservas encontram-se divididas da seguinte forma:

RESERVAS MATEMÁTICAS(euros)

Benefícios SubscriçõesMelhorias Subsídios de 1919

Subvenções e Complementar

Formação 189 861 629,09 67 882 974,08

Curso 20 972 985,77 26 790 660,83 30 547,25

Rendas Vitalícias 20 392 604,15

No ponto 5 deste Relatório, estão indicadas as reservasmatemáticas por modalidade. Nos gráficos seguintes anali-sa-se a composição das reservas matemáticas. Dado o seu

valor reduzido, as reservas matemáticas dos Subsídios de1919 e Complementar foram incluídas nas das Melhorias eSubvenções.

RESERVAS MATEMÁTICAS (DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL)

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Comparando com 2005, o peso das reservas matemáticasdas Subscrições aumentou 3%, enquanto os outros dois

diminuíram. O das Melhorias e Subvenções decresceu 2%e o das Rendas Vitalícias 1%.

RESERVAS MATEMÁTICAS

Em 2006 manteve-se a tendência de crescimento do totaldas reservas matemáticas, tendo-se verificado um aumen-to de 60% em relação a 2002.

No entanto, no ano 2006 registou-se uma pequena desci-da nas reservas matemáticas das Melhorias e Subvenções.

5. MAPAS ESTATÍSTICOS

Neste ponto apresenta-se alguns elementos estatísticosrelativamente às subscrições, às pensões e às rendas vitalí-cias existentes em 31 de Dezembro de 2006.

Apresenta-se também as reservas matemáticas por modalida-de e a variação anual total do valor das reservas matemáticas.

5.1. SUBSCRIÇÕES

No quadro seguinte indica-se, para as modalidades actua-riais, o número de subscrições, os valores subscritos e aquotização anual, em 31 de Dezembro de 2006.

SUBSCRIÇÕES(euros)

MODALIDADES DE INSCRIÇÃO ABERTA N.ºSubscrição Quotização anual

subscrições Total Média Total Média

Capitais de Previdência 8 624 22 454 547,37 2 603,73 666 763,32 77,31

Subsídio por Morte 1 745 1 420 282,73 813,92 19 864,68 11,38

Pensões de Reforma 7 102 8 909 114,98 1 254,45 5 010 087,72 705,45

Restituição de Quotas 6 898 35 871 078,71 5 200,21 459 671,88 66,64

Capital Adicional de Invalidez 324 1 505 383,67 4 646,25 12 946,44 39,96

Cap. Previdência Diferidos com Opção 109 795 418 553 895,71 3 812,14 24 403 625,76 222,27

Capitais de Previdência a Prazo 281 2 625 244,42 9 342,51 101 492,40 361,18

Capitais para Jovens 12 237 52 159 381,71 4 262,43 3 229 162,68 263,89

Pensões para Deficientes 26 52 994,46 2 038,25 27 856,68 1 071,41

Cap. Temporários por Invalidez-Morte 4 71 769,17 17 942,29 609,72 152,43

Capitais Temporários de Invalidez 296 1 964 975,22 6 638,43 12 434,40 42,01

Rendas de Sobrevivência 33 70 042,62 2 122,50 50 304,00 1 524,36

Cap. Diferidos com Cobertura Adicional 35 170 107,94 4 860,23 11 172,36 319,21

Capitais para Estudos 1 583 649 168,36 410,09 533 398,68 336,95

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272

5.2. PENSÕES

No próximo quadro apresenta-se o número de pensõesexistentes em 31 de Dezembro de 2006, os respectivosvalores anuais, o encargo médio por pensão e a relaçãoexistente entre as subvenções e melhorias e as pensões.

De notar, que uma pensão só envolve mais de um pensio-nista se for com reversão, considerando-se pensões dife-rentes as legadas por um mesmo subscritor a pensionistasdiferentes.

SUBSCRIÇÕES (cont.)(euros)

MODALIDADES DE INSCRIÇÃO FECHADA N.ºSubscrição Quotização anual

subscrições Total Média Total Média

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 235 38 590,14 17,27 11 260,56 5,04

Cap. Previdência Favor Pessoas Certas 6 7 369,47 1 228,25 173,64 28,94

Gar. de Pagamento de Encargos – 1983 4 3 890,64 972,66

Rend. Vitalícias Favor Pessoas Certas 5 125,71 25,14 50,40 10,08

Subsídio de Funeral e Luto (L. Nacional) 59 5 413,84 91,76

PENSÕES(euros)

N.º Encargo anual (a) Encargo Relação entreMODALIDADES de Subvenções e Médio Subv. + Melh.

Pensões PensõesMelhorias (b) por Pensão e Pensões

Capitais de Previdência 1 159 91 349,76 420 555,24 441,68 4,60

Pensões de Reforma 127 1 615 500,48 1 426 209,96 2 395,05 0,88

Capitais para Jovens 196 279 589,20 146 403,12 2 173,43 0,52

Rendas de Sobrevivência 3 9 401,04 392,40 3 264,48 0,04

Capitais para Estudos 149 47 215,10 16 984,75 430,87 0,36

Capitais de Reforma 188 396 271,68 50 243,40 2 375,08 0,13

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 797 40 878,36 1 686 704,40 617,66 41,26

Rend. Vital. Favor Pessoas Certas 49 923,37 9 246,32 207,54 10,01

Reforma – 1922 1 17,96 214,23 232,19 11,93

Invalidez e Reforma 1 23,94 298,36 322,30 12,46

(a) O valor da pensão de Capitais para Estudos refere-se a uma semestralidade.(b) Inclui os Subsídios de 1919 e Complementar.

Constata-se que continua a ser nas modalidades mais anti-gas que a relação entre as subvenções e melhorias e aspensões é mais elevada, atingindo o máximo nas Pensõesde Sobrevivência e Dotes (41,26).

5.3. RENDAS VITALÍCIASNo quadro seguinte indica-se o número de rendas, onúmero de rendistas e o valor anual das rendas em vigor a31 de Dezembro de 2006.

RENDAS VITALÍCIAS(euros)

Número Valor anual

Rendas Rendistas Total Médio (por renda)

844 472 2 820 366,24 3 341,67

5.4. RESERVAS MATEMÁTICAS

Nos próximos três quadros apresenta-se as reservas mate-máticas das Subscrições, das Melhorias e Subvenções e dos

Subsídios de 1919 e Complementar, discriminadas pormodalidade.

De notar que o valor subscrito na modalidade Capitais paraEstudos refere-se a semestralidades.

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RESERVAS MATEMÁTICAS DAS SUBSCRIÇÕES(euros)

N.º Capitais e Reservas matemáticas

BENEFÍCIOS EM FORMAÇÃO de pensões anuaisSubscrições subscritos Parciais Totais

Capitais de Previdência 8 624 22 454 547,37 8 599 332,59

Subsídio por Morte 1 745 1 420 282,73 885 177,32

Pensões de Reforma 7 102 8 909 114,98 45 293 638,25

Restituição de Quotas 6 898 35 871 078,71 2 582 008,14

Capital Adicional de Invalidez 324 1 505 383,67 69 626,48

Capitais de Prev. Diferidos com Opção 109 795 418 553 895,71 97 110 038,86

Capitais de Previdência a Prazo 281 2 625 244,42 1 567 846,20

Capitais para Jovens 12 237 52 159 381,71 29 262 065,62

Pensões para Deficientes 26 52 994,46 254 110,89

Capitais Temp. por Invalidez-Morte 4 71 769,17 1 303,25

Capitais Temporários de Invalidez 296 1 964 975,22 47 541,83

Rendas de Sobrevivência 33 70 042,62 244 405,43

Capitais Diferidos Cobertura Adicional 35 170 107,94 65 781,61

Capitais para Estudos 1 583 649 168,36 3 492 651,54

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 235 38 590,14 376 888,63

Capitais Prev. Favor Pessoas Certas 6 7 369,47 3 151,31

Garantia de Pagam. Encargos – 1983 4 3 890,64 127,58

Rendas Vitalícias Favor Pessoas Certas 5 125,71 948,51

Subsídio de Funeral e Luto – L. Nacional 59 5 413,84 4 985,05 189 861 629,09

Importância Reservas matemáticas

BENEFÍCIOS EM CURSO Quantidade anuala pagamento Parciais Totais

Capitais de Previdência 1 159 91 349,76 807 317,89

Pensões de Reforma 127 1 615 500,48 14 672 822,30

Capitais para Jovens 196 279 589,20 695 679,02

Rendas de Sobrevivência 3 9 401,04 174 286,14

Capitais para Estudos 149 47 215,10 351 895,57

Capitais de Reforma 188 396 271,68 3 987 541,09

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 797 40 878,36 277 204,32

Rendas Vitalícias Favor Pessoas Certas 49 923,37 6 172,28

Reforma – 1922 1 17,96 22,81

Invalidez e Reforma 1 23,94 44,35 20 972 985,77

RENDAS VITALÍCIAS

Reservas matemáticasRENDAS VITALÍCIAS Quantidade Valor anual

Parciais Totais

Rendas constituídas 844 2 820 366,24 20 392 604,15 20 392 604,15

TOTAL 231 227 219,01

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RESERVAS MATEMÁTICAS DAS MELHORIAS E SUBVENÇÕES(euros)

N.º de Capitais e Reservas matemáticasBENEFÍCIOS EM FORMAÇÃO subscrições pensões anuais Parciais Totais

Capitais de Previdência 8 578 40 468 134,70 21 505 022,21

Subsídio por Morte 1 731 1 152 500,91 771 488,09

Pensões de Reforma 5 043 2 086 929,97 13 593 716,35

Capital Adicional de Invalidez 268 431 593,21 28 908,00

Capitais de Prev. Diferidos com Opção 68 005 30 856 574,82 12 140 965,91

Capitais de Previdência a Prazo 226 646 235,33 572 713,86

Capitais para Jovens 964 7 677 261,29 6 530 650,56

Pensões para Deficientes 25 14 386,87 110 838,61

Capitais Temp. por Invalidez-Morte 4 5 667,72 386,17

Capitais Temporários de Invalidez 277 424 934,36 19 421,52

Rendas de Sobrevivência 30 5 971,82 56 492,95

Capitais Diferidos Cobertura Adicional 25 6 294,46 3 557,14

Capitais para Estudos 1 271 49 913,08 443 420,98

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 235 1 070 621,66 12 070 669,71

Capitais Prev. Favor Pessoas Certas 6 21 919,07 12 734,42

Rendas Vitalícias Favor Pessoas Certas 5 1 188,17 10 328,15

Subsídio de Funeral e Luto – L. Nacional 59 12 662,31 11 659,45 67 882 974,08

Importância anual Reservas matemáticasBENEFÍCIOS EM CURSO Quantidade a pagamento Parciais Totais

Capitais de Previdência 1 159 420 059,76 3 173 397,40

Pensões de Reforma 127 1 426 209,96 11 980 339,00

Capitais para Jovens 196 146 403,12 344 081,16

Rendas de Sobrevivência 3 392,40 7 199,91

Capitais para Estudos 149 16 984,75 103 204,33

Capitais de Reforma 155 50 243,40 439 043,48

Pensões de Sobrevivência e Dotes 2 797 1 680 764,76 10 680 929,21

Rendas Vitalícias Favor Pessoas Certas 49 9 246,32 61 641,61

Reforma – 1922 1 214,23 272,04

Invalidez e Reforma 1 298,36 552,69 26 790 660,83

TOTAL 94 673 634,91

RESERVAS MATEMÁTICAS DOS SUBSÍDIOS DE 1919 E COMPLEMENTAR

Importância anual Reservas matemáticasPENSÕES EM CURSO Quantidade a pagamento Parciais Totais

Capitais de Previdência 495,48 5 346,71

Pensões de Sobrevivência e Dotes 513 5 939,64 25 200,54 30 547,25

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275

5.5. VARIAÇÃO DAS RESERVAS MATEMÁTICAS RELATIVAMENTE A 31/12/06

As reservas matemáticas das Subscrições registaram, em 2006, um aumento de 19 185 371,14 €, tendo ascendido a231 227 219,01 € em 31 de Dezembro de 2006.

SUBSCRIÇÕES(euros)

31/12/2006 31/12/2005 Variação anual

Benefícios em formação 189 861 629,09 172 600 633,36 17 260 995,73

Benefícios em curso 20 972 985,77 18 148 142,53 2 824 843,24

Rendas Vitalícias 20 392 604,15 21 293 071,98 (900 467,83)

TOTAL 231 227 219,01 212 041 847,87 19 185 371,14

Por outro lado, as reservas matemáticas das Melhorias e Subvenções registaram um decréscimo de 1 623 304,43 €,tendo-se situado no final do ano em 94 673 634,91 €.

MELHORIAS E SUBVENÇÕES(euros)

31/12/2006 31/12/2005 Variação anual

Benefícios em formação 67 882 974,08 70 844 155,92 (2 961 181,84)

Benefícios em curso 26 790 660,83 25 452 783,42 1 337 877,41

TOTAL 94 673 634,91 96 296 939,34 (1 623 304,43)

As reservas matemáticas dos Subsídios de 1919 e Complementar mantiveram-se praticamente estáveis durante o ano, masmantendo uma ligeira tendência decrescente (3 006,00 €).

SUBSÍDIOS DE 1919 E COMPLEMENTAR(euros)

31/12/2006 31/12/2005 Variação anual

Benefícios em curso 30.547,25 33.553,25 (3.006,00)

TOTAL 30.547,25 33.553,25 (3.006,00)

O total de reservas matemáticas cresceu 17 559 060,71 € durante o exercício, perfazendo o valor de 325 931 401,17 €em 31 de Dezembro de 2006.

6. SITUAÇÃO TÉCNICO-ACTUARIAL DO MONTEPIO

As reservas matemáticas foram verificadas e validadas noGabinete de Actuariado, estando integralmente cobertas

pelo activo líquido da Associação. O Montepio continua aapresentar uma boa situação técnico-actuarial.

Lisboa, 1 de Fevereiro de 2007

A Actuária,Teresa Sofia de Sousa FernandesActuária Titular pelo Instituto dos Actuários Portugueses

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276

Pensões de P.R.-Restit. P.R.-Adic. Pensões p/ Sobreviv. R.Vitalic.a Rendas deReforma de Quotas Invalidez Deficientes e Dotes F.P.Certas Sobrevivên.

1. PROVEITOS

1.1. Proveitos Inerentes a Associados 7 303 1 353 61 27 1 920 3 54

Jóias

Quotizações 6 362 498 14 27 11 54

Capitais Recebidos

Rendas Vitalícias

Redução Provisões Matemáticas 938 855 47 1 909 3

Outros Prov. Inerentes a Associados 3

1.2. Proveitos Suplementares 1

1.3. Resultados Transferidos da CEMG 1 801 57 3 7 460 2 7

1.4. Proveitos e Ganhos Financeiros 3 898 122 7 14 996 4 16

Subtotal (1) 13 003 1 532 71 48 3 376 9 77

2. CUSTOS

2.1. Custos Inerentes a Associados 11 382 377 3 28 1 754 68 170

Custos de Modalidades 3 198 7 1 1 754 10 10

Aumento das Provisões Matemáticas 8 184 370 2 28 58 160

2.2. Outros Custos Operacionais 891 28 2 3 228 1 4

2.3. Custos e Perdas Financeiras 755 24 1 3 193 1 3

Subtotal (2) 13 028 429 6 34 2 175 70 177

3. RESULTADOS CORRENTES (1)-(2) -25 1 103 65 14 1 201 -61 -100

4. Proveitos e Ganhos Extraordinários 539 17 1 2 138 1 2

5. Custos e Perdas Extraordinárias 1

6. RESULT. EXTRAORDINÁRIOS(4)-(5) 538 17 1 2 138 1 2

7. RESULTADO LÍQUIDO(3)+(6) 513 1 120 66 16 1 339 -60 -98

II. Demonstração dos Resultadosdas Modalidades Associativas

(milhares de euros)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DAS MODALIDADES 2006

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277

Capitais de C.P.Difer. Cap.Previd. C.Prev.a F. Capitais Cap.Dif.c/ Capitais Cap.Temp. C.P.Temp. SubsídioPrevidência C/Opção a Prazo P.Certas p/Jovens C.Adicional p/ Estudos Invalidez Inval./Morte por Morte

781 33 343 313 0 5 327 12 624 26 1 33

659 30 416 313 4 063 12 574 12 1 19

122 2 915 1 262 0 50 14 14

12 2

654 1 919 40 667 1 72 3 33

1 416 4 154 86 1 1 443 3 157 7 70

2 851 39 417 439 1 7 438 16 853 36 1 136

1 548 36 978 384 0 6 124 13 724 0 0 68

999 29 265 38 3 610 9 160 59

549 7 713 346 2 514 4 564 9

324 950 20 330 1 36 1 16

274 805 16 280 30 2 14

2 146 38 733 420 0 6 734 14 790 3 0 98

705 684 19 1 704 2 63 33 1 38

196 574 12 199 22 1 10

1 1

196 573 12 0 198 0 22 1 0 10

901 1 257 31 1 902 2 85 34 1 48

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278

P.Reforma P.Invalidez Subs.Morte Pensões Q.p/Inval. Rendas Enc.c/Méd.Estat.-1922 e Reforma Lutuosa N. C.Reforma Mod.Colect. Vitalícias Administr.

1. PROVEITOS

1.1. Proveitos Inerentes a Associados 0 0 2 459 1 2 201 3

Jóias

Quotizações 1 3

Capitais Recebidos 147

Rendas Vitalícias 441

Redução Provisões Matemáticas 2 312 1 760

Outros Prov. Inerentes a Associados

1.2.-Proveitos Suplementares 1

1.3. -Resultados Transferidos da CEMG 0 102 417 6

1.4.-Proveitos e Ganhos Financeiros 1 220 904 14

Subtotal (1) 0 0 3 781 1 3 523 23

2. CUSTOS

2.1.-Custos Inerentes a Associados 1 1 1 598 0 3 246 0

Custos de Modalidades 0 1 439 2 806

Aumento das Provisões Matemáticas 1 1 159 440

2.2.-Outros Custos Operacionais 50 207 3

2.3.-Custos e Perdas Financeiras 43 175 3

Subtotal (2) 1 1 1 691 0 3 628 6

3.-RESULTADOS CORRENTES (1)-(2) -1 -1 2 90 1 -105 17

4. Proveitos e Ganhos Extraordinários 30 125 2

5. Custos e Perdas Extraordinárias

6.-RESULT. EXTRAORDINÁRIOS(4)-(5) 0 0 0 30 0 125 2

7.-RESULTADO LÍQUIDO(3)+(6) -1 -1 2 120 1 20 19

(milhares de euros)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DAS MODALIDADES 2006 (continuação)

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279

Gar.Pag. Liberação Capitais de Poupança Capitais Benef.Sol. Modalid. Pensão Sub- Fundo de TOTALEncargos Propr.Res. Reforma Reforma Garantia Associativa Colectivas Mod.Col. Total Reserva

16 657 0 262 294 10 158 78 4 682 1 699 7 349 422 349 422

550 550 550

16 657 78 4 131 63 905 63 905

180 209 9 782 741 190 879 190 879

441 441

80 731 370 958 7 92 269 92 269

1 354 6 1 1 378 1 378

4 1 5

480 1 2 491 322 9 545 1 952 11 497

1 039 1 50 472 1 144 3 698 278 67 168 4 309 71 477

18 176 2 315 257 11 302 81 5 702 1 977 7 426 139 6 262 432 401

7 755 0 301 515 11 102 2 183 1 931 7 385 963 385 963

7 755 83 793 372 2 183 970 7 135 448 135 448

217 722 10 730 961 250 515 250 515

1 210 6 667 186 11 158 966 12 124

201 7 011 135 9 969 819 10 788

9 166 0 315 193 11 102 2 504 1 931 7 407 090 1 785 408 875

9 010 2 64 200 79 5 198 46 0 19 049 4 477 23 526

144 10 260 97 12 372 584 12 956

1 1 522 30 1 556 1 1 557

143 0 8 738 0 0 67 0 0 10 816 583 11 399

9 153 2 8 802 200 79 5 265 46 0 29 865 5 060 34 925

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280

1. INVESTIMENTOS EM IMÓVEISABÓBODA – Estrada de Polima – Fase 2 – Piso Zero r/c, Loja B 341 49 292 33ALBERGARIA-A-VELHA – Rua 25 de Abril, 9 r/c 347 36 311 34ALBUFEIRA – Rua Pedro Álvares Cabral, 26, Loja – Cerro Lagoa 380 65 315 37ALFRAGIDE – Rua A Lote 11, Corpos A/B - C/D 5 099 256 4 843 323ALGÉS – Rua João Chagas, 53/53 G 3 941 672 3 269 383ALHANDRA – Armazéns Antigos 178 91 87 6

– Armazéns Novos 179 68 111 1ALMADA – Rua Galileu Saúde Correia, 11-B r/c e 16-A, Loja 739 140 599 82ALMEIRIM – Praça da República, 36/36A/37A 444 47 397 40ALPENDURADA – Av. Dr. F. Sá Carneiro – Ed. Memorial Center, Bl. A, r/c 301 42 259 29AMADORA – R. Actor António Silva, 7-B r/c Dto. – Venda Nova 658 140 518 59ANGRA DO HEROÍSMO – Ladeira da Pateira – Posto Santo 7 1 6 0ARCOS DE VALDEVEZ – Pr. Salvador Álvares Pereira, 43/R Nunes Azevedo 351 49 302 34AVEIRO – Av. Dr. Lourenço Peixinho, 16/18 «G» 338 35 303 30

– Rua Angola, 22, 1.º 471 46 425 42– R. Cónego Maia, 196, r/c Esq. 285 50 235 27

BAIXA DA BANHEIRA – R. Jaime Cortesão, 24, r/c Dto., c/v 399 59 340 39BRAGA – Largo Senhora-a-Branca, 8/11 401 82 319 36

– Praça da Justiça, 191,192,195/7, Loja 1/2 359 54 305 35– Rua do Caires, 291/309 7 1 6 1– Rua S.Vicente, 174/176 351 48 303 33– Rua do Souto, 65/71 1 278 394 884 121

BRAGANÇA – Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 3 706 298 408 56CACÉM – Rua Elias Garcia, 153/155, r/c Esq. 457 73 384 44CÂMARA DE LOBOS-MADEIRA – R. Dr. João Abel Freitas, 29/31 370 53 317 35CARTAXO – Rua Combatentes Ultramar, 1 r/c 531 48 483 45CARVALHOS – Rua Gonçalves Castro, 186 - A 477 30 447 40CASTELO BRANCO – Alam. Liberdade, 7/13 / R. Rei D.Dinis, 2/10 805 319 486 50

– Praça Rainha D.Leonor, 4 - Loja 539 98 441 56CHARNECA DA CAPARICA – Rua Ruy Furtado, 2A – Palhais 676 67 609 60CHAVES – Rua do Olival, C. Com. Charlot, r/c - Loja 6 23 2 21 2COIMBRA – Rua João Machado, 100 95 22 73 8

– Av. Sá da Bandeira, 81, r/c 644 42 602 54– Lg. Miguel Bombarda, 39/53 – Couraça Estrela, 5 3 086 748 2 338 188– Urbanização Adriano Lucas, Lt 3, r/c, Estrada da Beira 491 57 434 47

COSTA DA CAPARICA – Rua Gil Eanes, 2/2B 529 58 471 47COVA DA PIEDADE – ALMADA – Rua União Piedense, 7 667 76 591 63COVILHÃ – Edifício Monteverde, Lote 1 – Loja A 482 49 433 43DAMAIA – Av. D. Carlos I, 7-7B – Rua Jose Estevao, 11, Loja 489 79 410 66ELVAS – Rua da Cadeia, 17/17A 543 54 489 48ERICEIRA – Estrada Nacional, 247 – Edifício Garden Park, Loja 410 46 364 37ESMORIZ – Av. 29 de Março, 638/652 155 11 144 13ESTREMOZ – Praça Luis de Camões, 61, r/c 458 47 411 41ÉVORA – Rua das Alcaçarias, 42/50 155 143 12 7

– Rua Alcarcova Baixo, 4 / Praça do Giraldo, 50 752 364 388 41– Rua Fernando Seno, 28 614 41 573 51– Urb. Horta Porta – Av. Cidade Lisboa, 219 490 7 483 11

FAMALICÃO – Av. Marechal Humberto Delgado – Edifício Plaza, Loja 3 575 65 510 53

III. Carteira de Imóveisda Associação Mutualista

DESIGNAÇÃOValor de Amortização V. Inventário Rendimento

Inventário Líquido Líquido

(milhares de euros)

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281

FARO – Rua Alportel, 20/22 659 277 382 107– Rua Ataíde Oliveira, 81-A, Loja 398 70 328 39– Rua Jornal Correio do Sul, 22, cv.-Dto. 482 30 452 40– Rua José Matos, Urbanização Bom João, Lote 14, 1.º E 60 5 55 0– Rua Sol, 16/18 205 133 72 0

FÁTIMA – Rua Jacinta Marto, S/N, Loja Dta. 701 106 595 69FORTE DA CASA – Rua Alves Redol, 1 e 5 r/c 486 81 405 46FUNCHAL – Rua Ferreiros, 270/274 – Rua 5 de Outubro, 91-A/D 748 158 590 78

– Rua das Aranhas, 24, Frac. «E» e «H» 814 53 761 68– Rua Dr. João Brito Câmara, Frac.«A» e «B» 804 93 711 72– Rua Dr. Francisco Peres, 26-B – Caniço 485 50 435 43– Jardins Forum Plaza II, Piso 0, Bloco 3 577 9 568 38– Rua do Carmo, 86-90/R – Rua Anadia, 38/39 353 5 348 13

GOUVEIA – Praça de S. Pedro, 7/9, Loja 408 52 356 39GUARDA – Rua Vasco da Gama, 35 1 097 82 1 015 -1

– Rua Vasco da Gama, 37 225 24 201 10– Rua Mouzinho da Silveira, 38 175 18 157 4– Rua Mouzinho da Silveira, 40 250 26 224 12

GUIMARÃES – Alameda S.Dâmaso, Edifício S. Francisco Centro, Loja 1 626 71 555 71– Lugar da Igreja, Lote 1, r/c Esq. e Dto. 312 28 284 26– Rua Teixeira de Pascoais, 123-A e 75, Loja e Escritório 495 86 409 48

LAGOS – Urbaniz. Porta da Vila, Lote 1, r/c 362 71 291 35LEIRIA – Av. Marquês de Pombal, Lote 5, Lojas 3, 4, 5 576 95 481 56

– Rua Vasco da Gama, 5/15 1 683 414 1 269 182– Av. D. João III – Edifícios Terraços do Liz, Lote 1, Piso 1 690 70 620 66

LINDA-A-VELHA – Rua Marcelino Mesquita, 9 715 78 637 69LISBOA – Av. Almirante Reis, 237/237-B 804 522 282 67

– Av António Augusto Aguiar,124/124-B – R. Carlos Testa 2 425 1 428 997 184– Av. do Brasil, Blocos «A» e «B» 6 493 3 321 3 172 395– Av. do Brasil, Lojas 328 163 165 32– Av. Defensores de Chaves, 40 857 552 305 67– Av. João Crisóstomo, 26/28 2 241 1 125 1 116 97– Av. D.João II – Ed.Gil Eanes – Parque Expo (Est. Oriente) 1 596 164 1 432 138– Av. Oscar Monteiro Torres, 8-A/B/C 550 25 525 45– Av. de Roma, 51/51-C 1 044 447 597 122– Av. 24 de Julho, 60/60-A/60-K 773 489 284 127– Calçada Ribeiro Santos, 1-A, 3 e 5 873 446 427 22– Estrada de Benfica, 365/365A (S. Dom. Benfica) 815 89 726 73– Estrada de Benfica, 460-D (Fonte Nova) 867 83 784 83– Praça João Rio, 7/7-A 905 615 290 23– Rua 4 Infantaria, 85/85-H 1 149 715 434 53– Rua Alexandre Braga, 19 297 199 98 7– Rua Almeida e Sousa, 20/20-A – R. Ferreira Borges, 97 1 448 506 942 111– Rua Áurea, 205/217 / Rua do Carmo, 26-52 – Edificio Grandella 14 785 2 859 11 926 1 562– Rua do Centro Cultural, 12/12-B 1 722 363 1 359 210– Rua dos Fanqueiros, 183/189 72 20 52 8– Rua Ferreira Borges, 183/183-C 285 76 209 80– Rua Ferreira Borges, 99/105 0 0 0 0– Rua Garrett, 37/51 – Rua Ivens, 66/76 2 159 924 1 235 67

DESIGNAÇÃOValor de Amortização V. Inventário Rendimento

Inventário Líquido Líquido

Page 282: 1. ÓRGÃOS ASSOCIATIVOS E INSTITUCIONAIS PARA 2007-2009 · Canais de Distribuição e Marketing 84 8.6.1. Canais de Distribuição 84 8.6.2. Oferta de Produtos e Serviços 85 8.6.3

282

– Rua General Firmino Miguel, 5/5-A/5-B/5-C 4 159 861 3 298 457– Rua da Graça, 2-F, Loja 202 29 173 19– Rua Inácio Sousa, 19/23 940 398 542 23– Rua João Ortigão Ramos, 34/34-B – Pedralvas 629 75 554 56– Rua Latino Coelho, 85/85-A 341 79 262 55– Rua Leite Vasconcelos, 78/78-C 413 363 50 22– Rua Maria Amália Vaz de Carvalho,2-A – Av. Rio de Janeiro 186 67 119 2– Rua Maria Amália Vaz de Carvalho, 2/12 1 872 994 878 161– Rua Manuel Jesus Coelho, 1/1- B – Rua de S. José, 213 3 094 48 3 046 127– Rua Padre Américo, 27 – Carnide 595 68 527 56– Rua da Prata, 76/86 1 675 818 857 92– Rua dos Sapateiros, 50/54 0 0 0 -2– Rua Sebastião Saraiva Lima, 64 220 165 55 -4– Rua Sousa Loureiro, 10 cave 75 6 69 8– Travessa das Verduras, 6, cv Dto./Esq. 50 9 41 3

LOURINHÃ – Rua Actor António José Almeida, n.º 11-B, r/c 326 33 293 35MACEDO CAVALEIROS – Rua do Mercado, Loja 3, Piso 1 512 75 437 46MAFRA – Av. 25 Abril, 13 - 13 D, r/c (Fracção B e C) 462 61 401 44

– Av. da Liberdade, 3-A, Loja 3 100 1 99 2MAIA – Rua Nova dos Altos, 13, Parqueamento – Vermoim 25 3 22 2MALVEIRA – Rua 25 de Abril, Loja 5, r/c – Alagoa Pequena 486 43 443 43MANGUALDE – Rua 1.º de Maio, Bl 2, r/c 456 58 398 43MARCO DE CANAVEZES – Ed.Triunfo, lote 6, Lojas14 e 16 526 54 472 47MARINHA GRANDE – Av. Vítor Galo, 13 r/c e cave 385 74 311 39MASSAMÁ – Pr. Francisco Martins, 6/6-D, Loja 45 373 53 320 36MIRANDELA – Av. Amoreiras, 191/199, Loja K 389 81 308 39OLHÃO – Rua General Humberto Delgado, 28-A 363 77 286 44OLIVEIRA DO DOURO – Largo da Lavandeira, 36, r/c 280 51 229 27OLIVEIRA DOURO – Rua Futebol Club Oliveira do Douro, 282, r/c 51 5 46 0PAÇO DE ARCOS – Av. Marquês de Pombal, 5 610 69 541 58PAREDE – Rua Machado Santos, Lote 540, Bloco B, n.º 2, r/c 576 102 474 57PAREDES – Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, S/N, r/c 480 74 406 47PINHAL NOVO – Rua S. Francisco Xavier, Lote 2, Loja 4 571 115 456 59PONTA DELGADA – Largo do Poço Velho, 10 38 7 31 0

– Rua Pintor Domingos Rebelo, 4 – Armazém 70 13 57 0PONTE DE LIMA – Lugar Sobral, Edifício Novo Leblon, Loja 411 59 352 40PORTIMAO – Urbanização Horta de S. Pedro – Lote 21, Lojas 1,2,3 460 54 406 43PORTO – Av. dos Aliados, 90 4 294 1 600 2 694 158

– Praça Exército Libertador, 23/25, Loja 352 68 284 36– Rua de Ceuta, 38/44/48 844 452 392 16– Rua da Constituição, 1274/1238/1246/1268/1252 888 217 671 151– Rua Fernandes Tomás, 424/438 63 13 50 4– Rua Júlio Dinis, 656 2 467 1 312 1 155 180– Rua Júlio Dinis, 674/678 553 107 446 73– Rua Magalhães Lemos, 111/113 907 189 718 123– Rua Mártires da Liberdade, 136/138/140 91 21 70 0– Rua Mártires da Liberdade, 142 75 17 58 0– Travessa do Covelo, 99 cave 26 2 24 0– Rua 1.º de Janeiro, 332 – Bessa 501 50 451 48

DESIGNAÇÃOValor de Amortização V. Inventário Rendimento

Inventário Líquido Líquido

(milhares de euros)

III. CARTEIRA DE IMÓVEIS DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA(Continuação)

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283

PORTO DE MÓS – Av.Santo António, Bloco 5, r/c Esq. 354 43 311 32PÓVOA SANTA IRIA – Urb. Casal Serra, Torre 8, r/c, Lojas 3/4 647 107 540 63POVOAÇÃO – AÇORES – Rua Barão Laranjeiras, 17 540 52 488 22QUARTEIRA – Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, Lote 10, 2 Ljs. 413 74 339 40QUELUZ – Av. Luís de Camões, 38-B/C 624 27 597 50RAMALDE – Rua São João de Brito, 530 532 53 479 48RIBEIRA GRANDE – AÇORES – Rua de S. Francisco 135 8 127 11RIO MAIOR – Av. Paulo VI, Lote 82 519 60 459 48RIO TINTO – Travessa Senhor do Calvário, 18 cv 289 53 236 28S. JOÃO DA MADEIRA – Av. Dr. Renato Araújo, 357-F 444 45 399 42SANDIM – Rua da Columbófila, 371 C/D 441 52 389 38SANTARÉM – Largo Padre Francisco Nunes Silva, 1 1 213 369 844 84SANTO TIRSO – R. D. Nuno A.Pereira – Pr.Camilo C.Branco, Lojas 8/9 324 54 270 32SEIA – Av. 1.º Maio, 18, Loja 486 74 412 48SEIXAL – Rua Gil Vicente, 1/1-B, Loja – Torre da Marinha 478 86 392 47SETÚBAL – Av. Luísa Todi, 294/308 – Praça do Bocage, 135/145 4 864 1 271 3 593 274

– Av. República Guiné Bissau, 11/11-B 49 11 38 0– Vale do Cobro, Lote 34, r/c Dto. 28 5 23 0

SINES – Av.Gen.Humberto Delgado, 59/59A 223 22 201 20TAPADA DAS MERCÊS – Rua Três, Lote 1A, Lojas 1/2 507 81 426 49TAVIRA – Rua Dr. Silvestre Falcão, Lote 4, Loja 386 47 339 36TORRES NOVAS – Largo Cor. António Maria Batista, 2 r/c 645 133 512 93TROFA – Rua Abade Inácio Pimentel, 193 80 7 73 8VAGOS – Rua António Carlos Vidal, 92 r/c 362 44 318 34VALADARES – Rua José Monteiro Castro Portugal, n.º 2553/2555 393 46 347 36VENDA DO PINHEIRO – Av. 9 de Julho, 96-A/B 481 57 424 46VILA FRANCA DE XIRA – Av. 25 de Abril, 14/16 521 69 452 49VILA NOVA DE GAIA – Rua Marquês Sá da Bandeira, 455 617 116 501 64

– Av. da República, 2531 487 90 397 54VILA REAL STO. ANTÓNIO – Av. Min. Duarte Pacheco, Lote 10 r/c 311 43 268 30VISEU – Rua Direita, 88/94 / Rua Árvore, 52 4 373 1 419 2 954 277

– Rua Dr.Alvaro Monteiro, Lote 11 r/c – Marzovelos 432 52 380 41– Av. D. António J. Almeida, S/N, Loja – S. Mateus 347 49 298 34

TOTAL (1) 144 954 36 547 108 407 11 827

2. TERRENOS E RECURSOS NATURAISLISBOA – Rua Áurea – EDIFÍCIO SEDE 574 574PORTO – Terreno na Pasteleira 47 47

– Terreno Rua Mártires da Liberdade, 122/124 69 69ANGRA DO HEROÍSMO – S. Mateus – Terreno (Prédio rústico) 2 2

– S. Bartolomeu – Terreno (Prédio rústico) 14 14CALDAS DA RAINHA – «Vinha das Coxas» 2 354 2 354

TOTAL (2) 3 060 0 3 060

3. EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕESLISBOA – Rua Áurea, 219-241 – EDIFÍCIO SEDE 17 686 5 526 12 160 1 559

– Mausoléu a Francisco M. Álvares Botelho 1 1 0

TOTAL (3) 17 687 5 527 12 160 1 559

TOTAIS 165 701 42 074 123 627 13 386

DESIGNAÇÃOValor de Amortização V. Inventário Rendimento

Inventário Líquido Líquido

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284

PadreRogério Francisco

DESCRIÇÃO DO MOVIMENTO Valle-Flor José Filipe MogaCardoso Fino

TotalRodrigues

Saldo a 31/12/2005 4 489 31 924 2 536 758 2 254 41 961

CRÉDITO

Reembolso de Títulos de Crédito 319 9 726 80 10 125

Rendimento de Títulos de Crédito 390 12 737 3 505 13 635

Rendimento de Unidades de Participação 1 027 5 272 86 175 96 6 656

Rendimento de Depósitos 71 584 33 29 717

Total do Crédito 1 807 28 319 202 175 630 31 133

DÉBITO

Aplicações Financeiras 909 5 185 6 094

Despesas de Expediente 52 30 82

Total do Débito 909 5 237 0 0 30 6 176

Saldo a 31/12/2006 5 387 55 006 2 738 933 2 854 66 918

IV. Contas das Fundações

FUNDAÇÕES – CONTAS CORRENTESAno: 2006(euros)

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285

PadreRogério Francisco

DESCRIÇÃO DO MOVIMENTO Valle-Flor José Filipe MogaCardoso Fino

TotalRodrigues

ACTIVO

Depósito à Ordem 5 387 55 006 2 738 933 2 854 66 918

Títulos de Crédito 11 133 235 998 40 12 765 259 936

Unidades de Participação 19 146 108 041 4 438 4 423 7 544 143 592

Propriedades Rústicas 1 728 1 728

Imóveis 16 979 16 979

Acréscimos de Proveitos 4 290 12 618 1 873 1 338 1 959 22 078

Total do Activo 39 956 430 370 9 089 6 694 25 122 511 231

PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA

Capital 5 587 8 978 1 496 1 576 17 458 35 095

Reserva 32 505 401 337 6 995 4 859 6 924 452 620

Rendimento Líquido 1 864 20 055 598 259 740 23 516

Total do Passivo e Situação Líquida 39 956 430 370 9 089 6 694 25 122 511 231

FUNDAÇÕES – CONTAS PATRIMÓNIOAno: 2006(euros)

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286

DESCRIÇÃO DO MOVIMENTOHermínia Santa Brito José Álvaro

D. DinisAlberto Carlos Bailim

TotalTassara Joana Subtil Cardoso Machado Jorge Serrano Piçarra

Saldo a 31/12/2005 699 1 757 18 176 7 052 8 435 16 414 4 936 200 57 669

CRÉDITO

Liquidação de Depósito a Prazo 150 150

Reembolso de Títulos 80 120 200

Rendimento de Títulos 649 1 123 503 4 199 1 224 2 113 9 811

Rendimento de Unidades de Participação 262 87 224 618 631 1 233 3 055

Rendimento de Depósitos 19 183 478 158 258 82 180 88 1 446

Total do Crédito 991 106 1 650 981 4 975 2 113 3 428 180 238 14 662

DÉBITO

Aplicações Financeiras 545 546 1 091 2 182

Bolsa de Estudo 1 400 2 102 3 502

Donativos 200 200

Despesas de Expediente 29 41 29 13 24 136

Total do Débito 29 41 1 429 545 2 661 1 091 0 224 6 020

Saldo a 31/12/2006 1 661 1 863 19 785 6 604 12 865 15 866 7 273 380 14 66 311

PRÉMIOS – CONTAS CORRENTESAno: 2006(euros)

IV. CONTAS DA FUNDAÇÃO(Continuação)

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287

DESCRIÇÃO DO MOVIMENTOHermínia Santa Brito José Álvaro

D. DinisAlberto Carlos Bailim

TotalTassara Joana Subtil Cardoso Machado Jorge Serrano Piçarra

ACTIVO

Depósito à Ordem 1 661 1 862 19 785 6 604 12 865 15 866 7 273 380 14 66 310

Depósito a Prazo 24 940 13 970 7 332 46 242

Títulos de Crédito 16 340 29 181 11 323 74 747 22 019 40 322 193 932

Unidades de Participação 9 802 5 558 13 574 3 021 27 964 13 419 26 253 99 591

Acréscimos de Proveitos 2 049 1 825 3 350 1 420 9 176 934 1 658 20 91 20 523

Total do Activo 29 852 9 245 65 890 47 308 124 752 52 238 75 506 14 370 7 437 426 598

PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA

Capital 12 470 1 995 14 964 24 940 74 820 38 308 49 880 12 470 7 482 237 329

Reserva 16 328 7 032 49 263 22 754 40 871 13 842 21 819 1 900 91 173 900

Rendimento Líquido 1 054 218 1 663 -386 9 061 88 3 807 -136 15 369

Total do Passivo e Situação Líquida 29 852 9 245 65 890 47 308 124 752 52 238 75 506 14 370 7 437 426 598

PRÉMIOS – CONTAS PATRIMÓNIOAno: 2006(euros)

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RELATÓRIO E CONTAS ANUAIS 2006

do

MONTEPIO GERAL

Pré-Impressão

Heragráfica – Artes Gráficas, Lda.

Impressão

Quinta Dimensão – Artes Gráficas, Lda.