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1. MODELO ATÔMICO - Primeira Idéia: Leucipo é Demócrito proporam a existência do átomo como indivisível. A Evolução Atômica - Modelo Atômico de John Dalton (1808): Os átomos são esféricos, maciços e indivisíveis; Os átomos de elementos diferentes são esféricos com massas e tamanhos diferentes. - Modelo Atômico de Thomson (1897): O átomo é uma esfera maciça, formado por um fluido com carga positiva no qual estão dispersos os elétrons. - Modelo Atômico de Rutherford (1911): O átomo apresenta um núcleo, onde se localizam as cargas positivas (prótons), e uma eletrosfera, onde se localizam as cargas negativas (elétrons). - Modelo Atômico de Böhr (1913): Os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas circulares (camadas) que possuem uma certa quantidade de energia. Os elétrons "pulam" para outra camada quando absorvem energia. Quando eles voltam para sua órbita de origem, o mesmo libera essa energia na forma de luz. Camadas: K, L, M, N, O, P, Q. - Modelo Atômico de Sommerfeld (1916): A energia que o elétron desprendia em forma de luz, era devido ao fato de que as camadas eletrônicas possuírem algumas subdivisões, que ele chamou de subníveis de energia, aos quais estavam associados várias órbitas diferentes, sendo uma dessas órbitas circular e as demais elípticas. - Modelo Atômico do Orbital (1927): Orbital é a região do espaço onde há grande probabilidade de se encontrar elétrons. Eixos x, y e z. 2. TABELA PERIÒDICA A tabela periódica é uma forma de apresentar a coleção de elementos químicos e sua organização baseia-se em propriedades físicas e químicas dos elementos.

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1. MODELO ATÔMICO - Primeira Idéia: Leucipo é Demócrito proporam a existência do átomo como indivisível. A Evolução Atômica - Modelo Atômico de John Dalton (1808):

Os átomos são esféricos, maciços e indivisíveis; Os átomos de elementos diferentes são esféricos com massas e tamanhos diferentes.

- Modelo Atômico de Thomson (1897):

O átomo é uma esfera maciça, formado por um fluido com carga positiva no qual estão dispersos os elétrons.

- Modelo Atômico de Rutherford (1911):

O átomo apresenta um núcleo, onde se localizam as cargas positivas (prótons), e uma eletrosfera, onde se localizam as cargas negativas (elétrons).

- Modelo Atômico de Böhr (1913):

Os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas circulares (camadas) que possuem uma certa quantidade de energia.

Os elétrons "pulam" para outra camada quando absorvem energia. Quando eles voltam para sua órbita de origem, o mesmo libera essa energia na forma de luz.

Camadas: K, L, M, N, O, P, Q. - Modelo Atômico de Sommerfeld (1916):

A energia que o elétron desprendia em forma de luz, era devido ao fato de que as camadas eletrônicas possuírem algumas subdivisões, que ele chamou de subníveis de energia, aos quais estavam associados várias órbitas diferentes, sendo uma dessas órbitas circular e as demais elípticas. - Modelo Atômico do Orbital (1927):

Orbital é a região do espaço onde há grande probabilidade de se encontrar elétrons. Eixos x, y e z.

2. TABELA PERIÒDICA

A tabela periódica é uma forma de apresentar a coleção de elementos químicos e sua organização baseia-se em propriedades físicas e químicas dos elementos.

As linhas verticais da Tabela Periódica são denominadas de famílias e estão divididas em 18

colunas. Os elementos químicos que estão na mesma coluna na Tabela Periódica possuem propriedades químicas e físicas semelhantes. A família é caracterizada pelos elétrons do subnível mais energético, portanto os elementos de uma mesma família apresentam a mesma configuração na última camada. Os elementos da Tabela Periódica podem ser classificados como: - Família 1 (1A) – Alcalinos - Família 2 (2A) – Alcalinos Terrosos - Família 3 (3A) – Família do Boro - Família 4 (4A) – Família do Carbono - Família 5 (5A) – Família do Nitrogênio - Família 6 (6A) – Calcogênios - Família 7 (7A) – Halogênios - Família 8 (8A) – Gases Nobres

As linhas horizontais na Tabela Periódica são chamadas de períodos. Os elementos químicos estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z) ao longo de um mesmo período.

Na Tabela Periódica ainda encontramos os elementos divididos em grupos: Metais: são a maioria dos elementos da tabela. São bons condutores de eletricidade e calor, maleáveis e

dúcteis, possuem brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do mercúrio. Não-Metais: os mais abundantes na natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de calor

e eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho como os metais. Gases Nobres: no total são 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química. Hidrogênio: O hidrogênio é um elemento considerado à parte por ter um comportamento único.

2.1 ELEMENTO QUÍMICO Da Tabela Periódica podemos retirar as seguintes informações:

Número Atômico: Z

Número de Massa: A

O Z e o A do elemento químico são indicados da seguinte forma:

Por exemplo:

Z = 11 e A = 23. A partir daí pode-se calcular o número de prótons (p) do elemento através da fórmula: Z = p = é

Podemos também calcular o número de nêutrons do núcleo: n = A - Z

2.1.1 ISÓTOPOS, ISÓBAROS E ISÓTONOS

- Isótopos: são átomos de um mesmo elemento que apresentam mesmo número atômico.

São isótopos do hidrogênio: o prótio è o deutério è o trítio è . As propriedades químicas dos

isótopos são semelhantes, pela existência do mesmo número de elétrons. - Isóbaros: são aqueles átomos onde há um mesmo número de massa. São átomos de diferentes

elementos, por isso suas propriedades não se assemelham. - Isótonos: átomos de mesmo número de nêutrons e possuidores de diferentes números atômicos. - Isoeletrônicos: átomos com o mesmo número de elétrons. 2.2 CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA

Os elétrons estão distribuídos em camadas ao redor do núcleo. Admite-se a existência de 7 camadas eletrônicas, designados pelas letras maiúsculas: K,L,M,N,O,P e Q. À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas localizados.

As camadas da eletrosfera representam os níveis de energia da eletrosfera. Assim, as camadas K,L,M,N,O, P e Q constituem os 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º níveis de energia, respectivamente. Por meio de métodos experimentais, os químicos concluíram que o número máximo de elétrons que cabe em cada camada ou nível de energia é:

Nível de energia Camada Número máximo de elétrons

1º K 2

2º L 8

3º M 18

4º N 32

5º O 32

6º P 18

7º Q 2

Em cada camada de energia, os elétrons se distribuem em subcamadas ou subníveis de energia, representados pelas letras s, p, d, f em ordem crescente de energia.

O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel de energia, também foi determinado experimentalmente:

2.2.1 DIAGRAMA DE LINUS PAULING

Linus Pauling elaborou um dispositivo prático que permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia.

2.3 PROPRIEDADES DA TABELA PERIÓDICA - Raio Atômico: ao longo de um mesmo período o raio atômico diminui da esquerda para a direita. Ao longo de uma mesma família o raio atômico aumenta de cima para baixo.

- Energia de Ionização: energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso.

- Afinidade Eletrônica ou Eletroafinidade: É a energia liberada quando um átomo isolado, no estado gasoso, "captura" um elétron. Quanto menor o tamanho do átomo, maior será sua afinidade eletrônica.

- Eletronegatividade e Eletropositividade: eletronegatividade é a capacidade que os átomos têm de ganhar elétrons. Eletropositividade é a capacidade que um elemento possui de doar elétrons. - Densidade: Assim, os elementos de maior densidade estão situados na parte central e inferior da tabela, sendo o Ósmio (Os) o elemento mais denso (22,5 g/cm

3).

Exercícios:

1. UFRGS – A observação da Tabela Periódica permite concluir que, dos elementos abaixo, o mais denso é o (A) Fr (B) Po (C) Hg (D) Pb (E) Os

2. UFRGS – Uma moda atual entre as crianças é colecionar figurinhas que brilham no escuro. Essas figuras apresentam em sua constituição a substância sulfeto de zinco. O fenômeno ocorre porque alguns elétrons que compõem os átomos dessa substância absorvem energia luminosa e saltam para níveis de energia mais externos. No escuro, esses elétrons retornam aos seus níveis de origem, liberando energia luminosa e fazendo a figurinha brilhar. Essa característica pode ser explicada considerando o modelo atômico proposto por (A) Dalton (B) Thomson (C) Lavoisier (D) Rutherford (E) Bohr

3. UFRGS – Considerando a posição dos elementos na tabela periódica e as tendências apresentadas por suas propriedades periódicas, pode-se afirmar que

(A) um átomo de halogênio do 4° período apresenta menor energia de ionização do que um átomo de calcogênio do mesmo período. (B) um metal alcalino terroso do 3° período apresenta menor raio atômico que um metal do 5° período e do mesmo grupo. (C) um átomo de gás nobre do 2° período tem maior raio atômico do que um átomo de gás nobre do 6° período. (D) um átomo de ametal do grupo 14 é mais eletronegativo do que um átomo de ametal do grupo 16, no mesmo período. (E) um átomo de ametal do grupo 15 é mais eletropositivo do que um átomo de ametal do grupo 1, no mesmo período.

4. UFRGS – Um grupo que apresenta somente materiais considerados bons condutores de eletricidade, quando no estado sólido, pode ser composto de: (A) madeira, plástico e zinco. (B) sal de cozinha, vidro e papel. (C) ferro, latão e bronze.

3. LIGAÇÕES QUÍMICAS Teoria do octeto - Os átomos dos elementos ligam-se uns aos outros na tentativa de completar a camada da valência de seus átomos. Isso pode ser conseguido de diversas maneiras, dando origem a diversos tipos de ligações químicas. Os átomos dos gases nobres são os únicos que já têm a camada da valência completa, portanto não participam de nenhum tipo de ligação. 3.1 LIGAÇÃO IÔNICA

Atração eletrostática entre íons de cargas opostas num retículo cristalino. Esses íons formam-se pela transferência de elétrons dos átomos de um elemento para os átomos de outro elemento. Para se formar uma ligação iônica, é necessário que os átomos de um dos elementos tenham tendência a ceder elétrons (eletropositivo) e os átomos do outro elemento tenham tendência a receber elétrons (eletronegativo). Exemplo:

Propriedade das substâncias iônicas:

Alto ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE).

Sólidas à temperatura ambiente.

Conduzem a corrente elétrica no estado fundido e não no estado sólido.

Cristais duros e quebradiços. 3.2 LIGAÇÃO COVALENTE OU MOLECULAR

Ocorre quando os dois átomos precisam adicionar elétrons em suas últimas camadas. Somente o compartilhamento é que pode assegurar que estes átomos atinjam a quantidade de elétrons necessária em suas últimas camadas. Cada um dos átomos envolvidos entra com um elétron para a formação de um par compartilhado, que a partir da formação passará a pertencer a ambos os átomos. Ocorre entre não metais e não metais, não metais e hidrogênio e entre hidrogênio e hidrogênio.

Ligação covalente apolar - Os átomos ligados têm igual eletronegatividade.

Ligação covalente polar - Os átomos ligados têm diferente eletronegatividade. A toda ligação covalente polar está associada um vetor polarização, orientado da carga positiva para a negativa. 3.3 LIGAÇÃO METÁLICA

Constituída pelos elétrons livres que ficam entre os cátions dos metais. Os metais são constituídos por seus cátions mergulhados em um mar de elétrons. A ligação metálica explica a condutividade elétrica, a maleabilidade, a ductilidade e outras propriedades dos metais. 4. INTERAÇÕES INTERMOLECULARES

Surgem de uma atração eletrostática entre nuvens de elétrons e núcleos atômicos. São fracas, se comparadas às ligações covalentes ou iônicas. Mas forte o suficiente para sustentar uma lagartixa no teto da sala (fenômeno exercido pelas Forças de Van Der Waals).

As interações intermoleculares podem ser de dois tipos: Forças de Van Der Waals ou Ligações de Hidrogênio.

4.1 FORÇA DE VAN DER WAALS

Forças de Van der Waals: são divididas em vários tipos, conforme a natureza das partículas:

Dipolo permanente - Dipolo permanente: Atração entre moléculas polares. Os dipolos atraem-se pelos polos opostos (positivo-negativo).

Dipolo permanente - Dipolo induzido: Atração entre uma molécula polar e uma molécula apolar.

Dipolo induzido - Dipolo induzido: Também chamada Força de dispersão de London, é uma atração que ocorre entre moléculas apolares, que quando se aproximam umas das outras, causam uma repulsão entre suas nuvens eletrônicas, que então se deformam, induzindo a formação de dipolos. É mais fraca que a do tipo dipolo permanente - dipolo permanente. Logo, as substâncias que apresentam esse tipo de ligação apresentam menor ponto de fusão e ebulição

4.2 POLARIDADE DAS MOLÉCULAS

Polaridade e solubilidade: "O semelhante dissolve o semelhante."

POLAR DISSOLVE POLAR E APOLAR DISSOLVE APOLAR

4.3 GEOMETRIA MOLECULAR - Moléculas com 2 átomos: LINEAR Exemplo: H2 H - H

- Moléculas com 3 átomos:LINEAR (no caso de moléculas apolares) ou ANGULAR (moléculas polares). Exemplo: CO2 e H2O

Sobraram elétrons no elemento central (oxigênio) Molécula Polar. Exemplo:

- Moléculas com 4 átomos: TRIGONAL PLANA Exemplo: BCl3

- Moléculas com 5 átomos: TETRAÉDRICA Exemplo: CH4

- Moléculas com 6 átomos: BIPIRAMIDAL TRIGONAL Exemplo: PCl5

- Moléculas com 8 átomos: OCTAÉDRICA Exemplo: SF6

Exercícios:

1. UFRGS – O quadro abaixo apresenta a estrutura geométrica e a polaridade de varias moléculas, segundo a Teoria da repulsão dos pares de elétrons de Valencia. Assinale a alternativa em que a relação proposta está INCORRETA.

2. UFRGS – Entre os compostos abaixo, formados pela combinação química de um elemento do grupo 14 com outro do grupo 16, o de maior caráter iônico é (A) PbO

(B) CS2 (C) SiO2 (D) PbS (E) GeO

9. FUNÇÕES INORGÂNICAS 9.1 ÁCIDOS

Ácido de Arrhenius - Substância que, em solução aquosa, libera como cátions somente íons H+ (ou H3O

+).

Os ácidos podem ser classificados como HIDRÁCIDOS ou OXIÁCIDOS

- Hidrácidos: todo ácido que não apresenta em sua fórmula átomos de oxigênio.

Nomenclatura: ácido + (nome do elemento) + ídrico

Exemplo: HCl ácido clorídrico

- Oxiácidos: todo ácido que apresenta em sua estrutura átomos de oxigênio.

Nomenclatura: ácido + (nome do elemento) + oso ou ico

O sufixo OSO será utilizado quando o elemento possuir o menor nox.

O sufixo ICO será utilizado quando o elemento possuir o maior nox.

Regra para classificação do Nox (exceto para o carbono)

1 – 4: pequeno

5 em diante: grande

Exemplo:

Neste caso o Nox do elemento central é 4. Logo o nome será ácido sulfuroso

Neste caso o Nox do elemento central é 6. Logo o nome será ácido sulfúrico.

Aplique a regra para o cálculo do nox do elemento central e dê a nomenclatura dos seguintes ácidos: A) HNO2

B) HNO3

C) H3PO3

D) H3PO4

E) H2MnO4

F) HMnO4

9.1.1 CLASSIFICAÇÃO

- Quanto ao número de H ionizáveis:

monoácidos ou ácidos monopróticos

diácidos ou ácidos dipróticos

triácidos ou ácidos tripróticos

- Quanto à força:

Ácidos fortes: quando a ionização ocorre em grande extensão. Exemplos: HCl, HBr, HI . Ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 2, como HClO4, HNO3 e H2SO4.

Ácidos fracos: quando a ionização ocorre em pequena extensão. Exemplos: H2S e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 0, como HClO, H3BO3.

Ácidos semifortes: quando a ionização ocorre em extensão intermediária. Exemplos: HF e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 1, como H3PO4, HNO2, H2SO3. Exceção: H2CO3 é fraco, embora (y - x) = 1. - Volatilidade:

Todo composto iônico é não-volátil. Portanto, os sais e os hidróxidos metálicos são não-voláteis

Principais ácidos voláteis: HF, HCl, HBr, HI, H2S, HCN, HNO2, HNO3 e CH3-COOH

Principais ácidos fixos ou não-voláteis: H2SO4 e H3PO4

Única base volátil: hidróxido de amônio

- Ácidos mais comuns na química do cotidiano

Ácido clorídrico (HCl): conhecido como de ácido muriático, encontrado no suco gástrico, muito usado na indústria e no laboratório, na limpeza de edifícios, na limpeza de superfícies metálicas antes da soldagem dos respectivos metais;

Ácido sulfúrico (H2SO4): o mais importante na indústria e no laboratório. O maior consumo de ácido sulfúrico é na fabricação de fertilizantes, como os superfosfatos e o sulfato de amônio; usado em acumuladores de chumbo (baterias) de automóveis. Utilizado em processos industriais, como processos da indústria

petroquímica, fabricação de papel, corantes. As chuvas ácidas em ambiente poluídos com dióxido de enxofre contêm H2SO4 e causam grande impacto ambiental.

Ácido nítrico (HNO3): seu maior consumo é na fabricação de explosivos, como nitroglicerina (dinamite), trinitrotolueno (TNT), trinitrocelulose (algodão pólvora) e ácido pícrico e picrato de amônio. É usado na fabricação do salitre (NaNO3, KNO3) e da pólvora negra (salitre + carvão + enxofre). As chuvas ácidas em ambientes poluídos com óxidos do nitrogênio contém HNO3 e causam sério impacto ambiental. Em ambientes não poluídos, mas na presença de raios e relâmpagos, a chuva também contém HNO3, mas em proporção mínima.

Ácido fosfórico (H3PO4): seus sais (fosfatos) têm grande aplicação como fertilizantes na agricultura. É usado como aditivo em alguns refrigerantes.

Ácido fluorídrico (HF): tem a particularidade de corroer o vidro, devendo ser guardado em frascos de polietileno. É usado para gravar sobre vidro.

Ácido carbônico (H2CO3): é o ácido das águas minerais gaseificadas e dos refrigerantes. Forma-se na reação do gás carbônico com a água: CO2 + H2O H2CO3 9.2 BASES

Base de Arrhenius: Substância que, em solução aquosa, libera como ânions somente íons OH-.

Nomenclatura: - Para bases cujo cátion (íon com carga +) possui nox fixo: hidróxido de + (nome do elemento) Exemplo: NaOH hidróxido de sódio - Para bases cujo cátion possui nox variável: hidróxido + (nome do elemento) + oso ou ico

maiorOSO e menorICO Exemplo: Fe

+2 hidróxido ferroso e Fe

+3 hidróxido férrico

9.2.1 CLASSIFICAÇÃO - Solubilidade em água: são solúveis em água o hidróxido de amônio, hidróxidos de metais alcalinos e

alcalino-terrosos que são muito pouco solúveis. Os hidróxidos de outros metais são insolúveis.

- Quanto à força: são bases fortes os hidróxidos iônicos solúveis em água, como NaOH, KOH, Ca(OH)2 e

Ba(OH)2. São bases fracas os hidróxidos insolúveis em água e o hidróxido de amônio.

O NH4OH é a única base solúvel e fraca.

- Ação de ácidos e bases sobre indicadores

Indicador Ácido Base

tornassol róseo azul

fenolftaleína incolor avermelhado

alaranjado de metila avermelhado amarelo

- Bases mais comuns na química do cotidiano

Hidróxido de sódio ou soda cáustica (NaOH): base mais importante da indústria e do laboratório. É fabricado e consumido em grandes quantidades; usado na fabricação do sabão e glicerina: (óleos e gorduras) + NaOH glicerina + sabão. É usado na fabricação de sais de sódio em geral. Exemplo: salitre. HNO3 + NaOH NaNO3 + H2O. É usado em inúmeros processos industriais na petroquímica e na fabricação de papel, celulose, corantes, etc. É usado na limpeza doméstica. É muito corrosivo e exige muito cuidado ao ser manuseado.

Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2): é a cal hidratada ou cal extinta ou cal apagada. É obtida pela reação da cal viva ou cal virgem com a água. É o que fazem os pedreiros ao preparar a argamassa. É consumido em grandes quantidades nas pinturas a cal (caiação) e no preparo da argamassa usada na alvenaria.

Amônia (NH3) e hidróxido de amônio (NH4OH): o hidróxido de amônio é a solução aquosa do gás amônia. Esta solução é também chamada de amoníaco. A amônia é um gás incolor de cheiro forte e muito irritante e sua principal aplicação é a fabricação de ácido nítrico. É também usada na fabricação de sais de amônio, muito usados como fertilizantes na agricultura. Exemplos: NH4NO3, (NH4)2SO4, (NH4)3PO4. A amônia é usada na fabricação de produtos de limpeza doméstica.

Hidróxido de magnésio (Mg(OH)2): é pouco solúvel na água. A suspensão aquosa de Mg(OH)2 é o leite de magnésia, usado como antiácido estomacal. O Mg(OH)2 neutraliza o excesso de HCl no suco gástrico. Mg(OH)2 + 2HCl MgCl2 + 2H2O

Hidróxido de alumínio (Al(OH)3): é muito usado em medicamentos antiácidos estomacais. Teoria protônica de Brönsted-Lowry e teoria eletrônica de Lewis Teoria protônica de Brönsted-Lowry - Ácido é um doador de prótons (H

+) e base é um receptor de

prótons.

ácido(1) + base(2) ácido(2) + base(1)

Um ácido (1) doa um próton e se transforma na sua base conjugada (1). Um ácido (2) doa um próton e se

transforma na sua base conjugada (2). Quanto maior é a tendência a doar prótons, mais forte é o ácido.

Quanto maior a tendência a receber prótons, mais forte é a base, e vice-versa.

Teoria eletrônica de Lewis - Ácidos são receptores de pares de elétrons, numa reação química e bases

são doadoras de um par de elétrons na reações. Todos os ânions são bases de Lewis e mais os compostos

neutros ricos em elétrons, tais como água e amônia. São ácidos de Lewis todas as espécies químicas

deficientes em elétrons ou que recebe um par de elétrons, tais como os cátions, o BF3 e o AlCl3.

9.3 SAIS Sal de Arrhenius - Composto resultante da neutralização de um ácido por uma base, com eliminação de

água. É formado por um cátion proveniente de uma base e um ânion proveniente de um ácido.

Nomenclatura: [nome do ânion] + ito ou ico ou ato + de + [nome do cátion] Para sabermos o sufixo do sal temos que conhecer o ácido que o originou:

FamOSO mosquITO do bICO de pATO cilÍDRICO prETO

Ex.: CuCl2 cloreto cúprico.

- Sais mais comuns na química do cotidiano:

Cloreto de sódio (NaCl): é obrigatória por lei a adição de certa quantidade de iodeto (NaI, KI) ao sal de cozinha, como prevenção da doença do bócio. Conservação da carne, do pescado e de peles. Obtenção de misturas refrigerantes; a mistura gelo + NaCl(s) pode atingir -22°C. Usado como soro fisiológico (solução aquosa contendo 0,92% de NaCl), no combate à desidratação.

Nitrato de sódio (NaNO3): fertilizante na agricultura e fabricação da pólvora (carvão, enxofre, salitre).

Carbonato de sódio (Na2CO3): é vendido no comércio com o nome de barrilha ou soda. Fabricação do vidro comum (maior aplicação): Barrilha + calcáreo + areia vidro comum Fabricação de sabões.

Bicarbonato de sódio (NaHCO3): antiácido estomacal. Neutraliza o excesso de HCl do suco gástrico. NaHCO3 + HCl NaCl + H2O + CO2. O CO2 liberado é o responsável pelo "arroto". Fabricação de fermento químico. O crescimento da massa (bolos, bolachas, etc) é devido à liberação do CO2 do NaHCO3. Fabricação de extintores de incêndio (extintores de espuma).

Fluoreto de sódio (NaF): é usado na prevenção de cáries dentárias (anticárie), na fabricação de pastas de dentes e na fluoretação da água potável.

Carbonato de cálcio (CaCO3): é encontrado na natureza constituindo o calcário e o mármore. Fabricação de CO2 e cal viva (CaO), a partir da qual se obtém cal hidratada (Ca(OH)2): CaCO3 CaO + CO2 e CaO + H2O Ca(OH)2 . Fabricação do vidro comum. Fabricação do cimento Portland: Calcáreo + argila + areia cimento Portland

Sulfato de cálcio (CaSO4): fabricação de giz escolar. O gesso é uma variedade de CaSO4 hidratado, muito usado em Ortopedia, na obtenção de estuque, etc.

9.4 ÓXIDOS Óxido - Composto binário de oxigênio com outro elemento menos eletronegativo.

Nomenclatura: Óxido ExOy: nome do óxido = [mono, di, tri ...] + óxido de [mono, di, tri...] + [nome de E]

OBS: O prefixo mono pode ser omitido. Os prefixos mono, di, tri... podem ser substituídos pelo nox de E,

escrito em algarismo romano.

Assim como nas bases podemos utilizar as terminações oso ou ico indicando o nox menor ou maior

do elemento

9.4.1 CLASSIFICAÇÂO - Óxidos ácidos, óxidos básicos e óxidos anfóteros:

Os óxidos dos elementos fortemente eletronegativos (não-metais), como regra, são óxidos ácidos. Exceções: CO, NO e N2O (indiferentes).

Os óxidos dos elementos fracamente eletronegativos (metais alcalinos e alcalino-terrosos) são óxidos básicos.

Os óxidos dos elementos de eletronegatividade intermediária, isto é, dos elementos da região central da Tabela Periódica, são óxidos anfóteros.

Exercícios:

1. UFRGS – Em um acidente ocorrido em 1999, próximo à cidade de Tabaí-RS, uma carreta carregada de

ácido muriático (ácido clorídrico comercial) tombou, espalhando-o pelo solo. Uma das providencias tomadas

para amenizar o efeito do ácido foi colocar óxido de cálcio (cal) sobre o local. Tal procedimento visou

(A) diluir o ácido, aumentando o pH do local.

(B) neutralizar o ácido, aumentando o pH do local.

(C) diluir o ácido, diminuindo o pH do local.

(D) neutralizar o ácido, diminuindo o pH do local.

(E) absorver o ácido, para manter o pH do local inalterado.

10. REAÇÕES QUÍMICAS - Reações de Síntese ou Composição ou Adição:

Fe + S FeS

- Reação de Decomposição ou Análise: FeS Fe + S

- Reação de Simples Troca ou Deslocamento:

Cl2 + 2 NaBr 2 NaCl + Br2

- Reação de Dupla Troca: NaOH + HCl NaCl + H2O