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1 A ponte pela qual precisamos passar Bernadete Queiroz dos Reis Guerra 1. Justificativa Este projeto foi pensado em virtude da necessidade de se colocar em discussão a incômoda interdição da ponte sobre o rio Uruguai, desde novembro de 2013, ligação principal entre as microrregiões do noroeste sul-rio-grandense e do oeste catarinense. Ela se situa no traçado da BR-158 e marca o quilômetro 0 da BR-386, tem mais de 1.000 metros de extensão sobre o rio Uruguai e liga os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além de ocasionar problemas para a economia desses Estados, essa interdição afeta mais de sessenta municípios e causa transtornos aos moradores da vasta região produtiva do sul do país. Esse fato é um descaso nacional, porque deixam de passar pela região mais de mil carretas por dia, causando prejuízos enormes ao setor de transporte, pois, por não poder transitar pela ponte, os caminhões são obrigados a aumentar seu trajeto em mais de 200 quilômetros por rotas de difíceis acessos, principalmente para o tráfego de cargas pesadas, sem contar os riscos e transtornos. Assim, a Escola Estadual Técnica José Cañellas, situada em área urbana da cidade de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, incluída no rol de municípios afetados e sensibilizada com a interdição da ponte, insere práticas de letramento à sua realidade, valorando seus sujeitos como protagonistas e agentes de sua comunidade, tornando- se a maior responsável pela promoção de eventos dentro e fora dela para atingir sua função social, por meio da leitura e da escrita, mobilizando as autoridades para a resolução do problema. O projeto “A ponte pela qual precisamos passar” visa desenvolver práticas discursivas, com interlocutores reais, por meio do gênero Carta aberta, uma vez que está também preparando os alunos do 3º - ano do Ensino Médio para o ingresso na

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A ponte pela qual precisamos passar

Bernadete Queiroz dos Reis Guerra

1. JustificativaEste projeto foi pensado em virtude da necessidade de se colocar em discussão a

incômoda interdição da ponte sobre o rio Uruguai, desde novembro de 2013, ligação principal entre as microrregiões do noroeste sul-rio-grandense e do oeste catarinense. Ela se situa no traçado da BR-158 e marca o quilômetro 0 da BR-386, tem mais de 1.000 metros de extensão sobre o rio Uruguai e liga os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além de ocasionar problemas para a economia desses Estados, essa interdição afeta mais de sessenta municípios e causa transtornos aos moradores da vasta região produtiva do sul do país. Esse fato é um descaso nacional, porque deixam de passar pela região mais de mil carretas por dia, causando prejuízos enormes ao setor de transporte, pois, por não poder transitar pela ponte, os caminhões são obrigados a aumentar seu trajeto em mais de 200 quilômetros por rotas de difíceis acessos, principalmente para o tráfego de cargas pesadas, sem contar os riscos e transtornos.

Assim, a Escola Estadual Técnica José Cañellas, situada em área urbana da cidade de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, incluída no rol de municípios afetados e sensibilizada com a interdição da ponte, insere práticas de letramento à sua realidade, valorando seus sujeitos como protagonistas e agentes de sua comunidade, tornando-se a maior responsável pela promoção de eventos dentro e fora dela para atingir sua função social, por meio da leitura e da escrita, mobilizando as autoridades para a resolução do problema.

O projeto “A ponte pela qual precisamos passar” visa desenvolver práticas discursivas, com interlocutores reais, por meio do gênero Carta aberta, uma vez que está também preparando os alunos do 3º- ano do Ensino Médio para o ingresso na

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Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instituição que absorve boa parte dos egressos desta escola.

Essa universidade exige, no vestibular, entre os gêneros solicitados, a Carta aberta. Assim, por ter caráter argumentativo, é o tipo de gênero que possibilita aos alunos discussão real, partindo de um problema vivenciado e dirigindo-se a um interlocutor também real.

A escola promoverá, por meio da escrita, a prática discursiva como exercício de letramento, para que os alunos desenvolvam a capacidade de expressar, organizar e articular ideias de argumentação, tendo como público-alvo interlocutores reais, numa comunicação também real e necessária. Para tanto, as possibilidades materiais para a realização do projeto serão aquelas presentes no dia a dia da escola, ou seja, textos, jornais, revistas, sites, datashow, cadernos, sala de multimídia. Cabe acrescentar que o projeto buscará envolver alunos, professores, direção, coordenação pedagógica, palestrantes, pais, vereadores e o prefeito.

O projeto integrará as disciplinas língua portuguesa, história, geografia e física, num estudo histórico-geográfico da região, mediante pesquisa, órgãos de informação, entrevista, filmagens, debate, o que favorece a multimodalidade de letramento.

Assim, o projeto desenvolverá a aprendizagem do gênero Carta aberta por meio de atividades distribuídas nas aulas, numa produção escrita, levando em consideração o problema da ponte e os prejuízos causados pela sua interdição, sobretudo a socialização na Câmara de Vereadores de Frederico Westphalen e a publicação em jornal, para mobilizar as autoridades a providenciar o retorno de poder transitar pela ponte. Além disso, estará preparando e capacitando os alunos para a produção do texto exigido no vestibular da UFSM.

2. Fundamentação teóricaPara se trabalhar língua portuguesa, é preciso estar sempre atualizado, ser -

vindo-se da necessidade de formação continuada. Além disso, o professor deve estar atento às inovações tecnológicas, que fazem inserções na comunicação e na informação e, consequentemente, modificam o ensinar leitura/escrita, impondo novas práticas pedagógicas e a consequente transformação dos alunos em cidadãos críticos e atuantes na sociedade.

Roxane Rojo (2012) é clara quando preconiza que para ensinar leitura/escrita é necessário, a passos largos, capacitar o aluno para ler o mundo e seus implícitos numa multiplicidade de discursos, contextos, textos, enfim, num pluralismo cultural conectado a canais plurais de comunicação, advindos de múltiplas demandas nas informações e comunicações, dimensionando, por sua vez, expressões multissemióticas (digital ou impressa), ou seja, situações com multiplicidade de linguagens (fotos, vídeos, gráficos, linguagem verbal, oral ou escrita, sonoridades) que fazem (re)significar textos e contextos. Dessa forma, a autora afirma que atualmente a sociedade depara-se, no

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cotidiano, com a multimodalidade, multissemiose ou multiplicidade de linguagens, exigindo, portanto, multiletramentos, com capacidades e práticas de compreensão e produção de cada uma delas. Em suma, exigência de novos letramentos, obviamente novas práticas e habilidades, ou seja, visual, sonora, digital, para uma nova pedagogia, a pedagogia dos multiletramentos.

Portanto, multiletramentos propiciam mudar o que na escola entende-se por ensinar e aprender, o que permite pensar e explorar a capacidade crítica, entre outras coisas canalizando o trabalho com o uso das novas tecnologias de comunicação e informação. Nesse contexto, vale destacar que Roxane Rojo (2012) também afirma que o trabalho do professor deve partir das culturas de referência dos alunos e de gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para poder então buscar enfoque pluralista, ético, crítico e democrático.

A pedagogia dos multiletramentos, conforme Roxane Rojo (2012), propicia a formação de leitores e produtores criadores de sentido e transformadores. Em outras palavras, a intenção é, a partir da exploração de gêneros multimodais e multiculturais, que os alunos se tornem agentes da construção de significados, mesmo com letramen- tos híbridos, interativos e colaborativos, considerando hipertextos e hipermídias para trajetórias de leitura e escrita.

Assim, as palavras dessa autora reforçam que trabalhar com projeto viabiliza integrar leitura e produção textual na formação para a cidadania, com diferencial pedagógico e organização didática na escola. Por esse aspecto, a língua portuguesa, como lugar de interação de sujeitos, enfoca o desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas que possibilitam a ampliação de letramento dos alunos. Entende-se letramento, agora de acordo com Angela Kleiman (1995, p. 19), como um “conjunto de práticas sociais que usa a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. Portanto, sendo a escola a mais importante agência de letramento em nossa sociedade, ela deve pro -porcionar aos alunos oportunidades e condições para que se insiram, com autonomia, em eventos de letramento os mais diversos, que impliquem o uso (leitura e produção) de gêneros textuais diversos (PCN, 1998; Rojo, 2000; Marcuschi, 2009), por uma perspectiva de formação cidadã.

Em vista disso, é importante conhecer as faces do letramento na escola, neste projeto, por meio do ensino do gênero Carta aberta, para viabilizar o exercício da cidadania, pois entende-se ser a escola o lugar mais apropriado para ampliar o conhe -cimento e fazer uso dele nas práticas sociais. Com a aquisição desse conhecimento, o aluno torna-se, então, parte integrante de uma sociedade em que a habilidade comunicacional é essencial para a formação cidadã. Por isso, aprender a escrever uma carta aberta é aprender a produzir um texto de acordo com as relações existentes entre os sujeitos e, dessa forma, ampliar as competências leitor e escritor.

A inserção de práticas de letramento por meio do gênero Carta aberta busca fazer que o aluno produza texto, com o objetivo de defender um ponto de vista e

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convencer seu interlocutor, uma vez que ensinar a escrever um discurso nessa esfera viabiliza a produção textual em situações de comunicação concretas, que exigem o domínio de linguagem própria como prática discursiva aliada a um espaço de inter -locução. Isso só é possível por meio de uma proposta didática baseada em perspectiva e metodologia que promova de fato a aprendizagem do gênero aqui em foco, pois aproxima o real da comunicação, integrando leitura, interpretação e produção textual, tratadas num procedimento que se constitui em sequência didática basilar para professor e aluno trabalharem num projeto determinado.

Assim, trabalhar letramento na língua portuguesa é fundamental para a apreensão de saberes da linguagem, da leitura/escrita de textos como eixos norteadores do fazer pedagógico, ampliando competências linguísticas do usuário-sujeito, e o texto, então, surge como resposta às múltiplas necessidades humanas.

Em suma, o gênero Carta aberta, trabalhado da forma aqui sugerida, torna, sem dúvida, a prática mais significativa na escola, porque permite articular saberes na atuação social, bem como deixa de ser o professor depositário do saber e torna-se coordenador do processo de aprendizagem para a formação de cidadãos que não só exigem direitos, mas também cumprem deveres, por meio da participação ativa na sociedade, pois criam direitos e novas formas de relação social, estreitando o cotidiano escolar com situações do dia a dia.

Além disso, o presente projeto constitui-se de estratégias didáticas integradoras de práticas de letramento ativas, permitindo, assim, que um trabalho de curto prazo, com sequência didática, possibilite à língua portuguesa atender às necessidades dos alunos, tendo em vista a exigência do gênero Carta aberta nos vestibulares para o ingresso na Universidade Federal de Santa Maria.

Objetivos

• trazer a realidade para a aprendizagem;

• conhecer a função comunicativa do gênero Carta aberta;

•aprender a composição estrutural do gênero Carta aberta, a partir da situação vivenciada pelos alunos na região onde vivem;

•promover e estimular a inserção dos alunos na prática de leitores e produtores de textos;

•articular atividades de aprendizagem com necessidades reais dos alunos;

•posicionar-se diante da interdição da ponte;

• fortalecer o poder argumentativo;

•propiciar aos alunos a experiência de escrever com autonomia uma carta aberta para expressar sua opinião.

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3. Pré-projeto de práticas de letramento em sala de aula3.1. Cronograma

O projeto abrangerá 24 aulas, com duração de 50 minutos cada uma, quatro vezes por semana, distribuídos em sete semanas, com a participação dos alunos do 3º- ano do Ensino Médio.

3.2. Recursos utilizados

• rádio, TV e jornais;

• internet;

• textos impressos;

•multimídia etc.

3.3. Estratégias

•Discutir a importância da leitura para o êxito da melhoria da qualidade de vida, bem como para os relacionamentos sociais e em meios culturais.

• Ler textos do gênero textual Carta aberta, analisando as características ineren -tes à sua estrutura, conforme Anexo 1 deste projeto.

•Produzir texto do gênero Carta aberta de forma manuscrita.

3.4. Definição do tratamento a ser dado aos gêneros envolvidos na prática

Os gêneros que integrarão o projeto serão a notícia, a entrevista e a palestra, diferenciando-os entre si nas suas peculiaridades em cada etapa do projeto:

•assistir à palestra dos engenheiros e do arquiteto responsáveis pela construção da ponte;

• selecionar informações e argumentos;

•assistir ao vídeo da professora da UFSM, conforme Anexo 3 deste projeto;

•escrever, individualmente, uma carta aberta; escolher recursos linguísticos ade -quados a esse gênero de acordo com o perfil do interlocutor;

•empregar adequadamente os operadores argumentativos;

• coletivizar as produções da carta para selecionar apenas uma;

•apresentar a carta à comunidade escolar;

•enviar a carta ao jornal para atingir a função social da escola.

3.5. Avaliação e resultados

A avaliação será processual e contínua, conforme envolvimento nas atividades propostas, devendo ser oral e coletiva, enfocando a dinâmica de grupo, identificando

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avanços e dificuldades, pontuando as atividades realizadas, principalmente as escritas, usos das tecnologias, trabalhos de grupos e individual, a participação e a colaboração de todos. Tal o desempenho dos alunos durante todas as aulas, as observações e intervenções da professora, a autoavaliação da professora e dos alunos para verificação das competências previstas no projeto se foram ou não desenvolvidas.

Como a produção será uma carta aberta, o interesse maior do momento, a professora verificará se os alunos foram capazes de identificar as características próprias desse gênero, sua função comunicativa e seu contexto de uso. Então, as produções serão entregues à professora que fará suas observações, devolvendo os textos aos alunos, para serem reescritos e, se necessário, continuará com produções sob outras temáticas, sobretudo, para reforçar a estrutura e aplicabilidade, atingindo, assim, o objetivo principal do projeto, que é, através do gênero carta aberta, fazer com que o aluno exerça cidadania.

4. AnexosAnexo 1 – Atividades de motivação

Questão 1

Há diversas cartas presentes na vida social; devemos, portanto, saber diferenciá-las conforme a necessidade e suas características.

1. Carta do leitor – Mostram opiniões e sugestões, debatem argumentos levan -tados nos artigos de jornais e revistas, fazendo críticas, perguntas, reflexões, elogios, incentivos etc. Pode-se dizer que é uma artimanha da imprensa para interagir com o público.

2. Carta argumentativa – Há presença de interlocução explícita, ou seja, é desti-nada a um ou mais destinatários de forma específica, e seu grau de formalidade dependerá do nível de intimidade estabelecido entre os interlocutores. O emissor deve persuadir o interlocutor por meio do seu ponto de vista sobre determinado assunto. A linguagem deve ser clara, coesa e objetiva.

3. Carta comercial – É uma correspondência técnica, portanto um documento, com objetivo de comunicação comercial, empresarial. É importante que haja apuro, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento entre as partes, possíveis prejuízos de ordem financeira.

4. Carta de informação – Insere-se num contexto comercial, pois, normalmente, é trocada entre depar tamentos de uma mesma empresa ou entre empresas e seus representantes e fornecedores. O objetivo desse canal de comuni -cação faz referência à sua própria denominação: informar o destinatário de alguma coisa.

5. Carta de reclamação – É utilizada quando o remetente descreve um pro -blema ocorrido a um destinatário que pode resolvê-lo; portanto, considera-se

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um texto persuasivo, pois o interlocutor tenta convencer o receptor da men sa gem a concordar com a mensagem, a encontrar uma solução para o problema apontado na carta. Emprega-se um discurso argumentativo, e a exposição dos fatos deve comprovar que o remetente é quem tem razão, o qual pode, ainda, apontar as possíveis soluções para que haja entendimento entre as partes. É essencial que tenha na sua estrutura identificação do remetente e do destinatário, data e local, assinatura e, caso necessário, documentos anexos.

6. Carta de solicitação – Faz parte das cartas comerciais e deverá possuir timbre da empresa, iniciais do departamento, número da carta, local e data, destina -tário, referência, assunto, saudação, corpo do texto, despedida e assinatura. O objetivo é fazer um pedido, solicitar algo ao destinatário.

Questão 2

Fazer a leitura de uma carta aberta, conforme exemplo abaixo, e responder ao questionamento sugerido. A íntegra do texto está disponível em <http://www.mobicidade.org/Carta-aberta-ao-Ministerio-dos-Transportes-e-ao-DNIT-sobre-a-Nova-Ponte-do-Guaiba>.

“Carta aberta ao Ministério dos Transportes e ao DNIT sobre a ‘Nova Ponte do Guaíba’”

Prezados senhores,Viemos através desta carta manifestar nosso repúdio à decisão do DNIT de não incluir acesso para pedestres e ciclistas na nova ponte sobre o Guaíba, em Porto Alegre, e solicitar uma urgente revisão do projeto, a fim de não prejudicar a mobilidade e a segurança de pessoas que realizam seus deslocamentos de bicicleta na região metropolitana da Grande Porto Alegre.Hoje, a atual ponte sobre o Guaíba é a única opção para quem precisa realizar o trajeto entre Porto Alegre, região das Ilhas, Guaíba, Eldorado do Sul e demais cidades da Região Metropolitana na região a oeste da capital gaúcha. Entre -tanto, essa ponte não apresenta uma travessia segura para quem faz esse trajeto em bicicleta, obrigando os ciclistas a compartilharem as rampas de acessos e a ponte sem acostamento com um trânsito pesado e agressivo de veículos que nem sequer respeitam a velocidade máxima de 40 km/h estipulada para o local. No entendimento da Mobicidade é inadmissível que a construção de uma nova ponte sobre o Guaíba não contemple a construção de acesso seguro e segregado para os usuários de bicicletas, principalmente se levarmos em consideração que:

•a nova ponte situa-se no centro da Região Metropolitana de Porto Alegre e fará a ligação entre diversas cidades densamente povoadas, que somam um total superior a 4 milhões de habitantes;

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•a nova ponte fará conexão com a Ilha Grande dos Marinheiros e demais ilhas do arquipélago de Porto Alegre, região da cidade que possui uma população crescente devido ao fácil acesso às zonas centrais da capital, da qual uma parte significativa possui baixa renda e faz de transportes não motorizados o seu método preferencial de deslocamentos;

[...]É fundamental ao fazer tal obra, garantir a mobilidade de todos, indiferente do veículo que escolham para seus deslocamentos, para que elas não cerceiem os direitos da população local e deem uma opção segura e confortável para aqueles que usam meios de transporte não poluente.Por isso, acreditamos que é dever do Governo Federal, através do Ministério dos Transportes e do DNIT, garantir que todas as futuras modificações realizadas próximas a centros urbanos garantam deslocamentos seguros para a população local que se desloca a pé e em bicicleta e, portanto, pedimos a revisão do projeto da “Nova Ponte do Guaíba” bem como a inclusão de faixa exclusiva para ciclistas em todas as futuras modificações nas rodovias que ligam Porto Alegre e as demais cidades da Região Metropolitana.Sinceramente,Mobicidade – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta

Questionamento:

1. A carta aberta, própria do gênero argumentativo, apresenta características formais, como data, vocativo, corpo do texto (assunto), expressão cordial de despedida e assinatura. Indique cada uma dessas partes.

2. A carta aberta tem a finalidade de persuadir o interlocutor. Para melhor atingir esse objetivo, ela costuma apresentar uma estrutura semelhante à da maior parte dos textos argumentativos. Apresenta ideia principal, que traduz o ponto de vista do autor sobre o assunto, geralmente polêmico; em seguida, essa ideia é desenvolvida por argumentos; por último, é fechada com uma conclusão, que pode ser uma síntese das ideias, uma recomen -dação ou sugestão, uma proposta etc. No nosso exemplo, verifique:

a) Em qual parágrafo se encontra a ideia principal defendida? Indique o trecho que traduz a ideia principal do texto.

b) Que papel têm os parágrafos anteriores a esse em que se encontra a ideia principal?

c) Quais os parágrafos que efetivamente desenvolvem o ponto de vista da autora?

d) Que parágrafo é responsável pela conclusão da carta?

e) Que tipo de conclusão é desenvolvida?

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3. O desenvolvimento de uma argumentação pode ser feito por meio de um único argumento (que se desdobra e é tratado por diferentes aspectos) ou de vários argumentos. Na carta em estudo:

a) O autor desenvolveu um ponto de vista com um ou mais argumentos? Explicite-o(s).

b) Foi utilizada parte da legislação como meio de fundamentar o ponto de vista do autor. Identifique-a. Que lei é essa?

4. Nessa modalidade de carta, a linguagem pode sofrer variações, dependendo do interlocutor a quem ela se dirige e do meio pelo qual é veiculada. Na carta lida:

a) A linguagem é formal ou informal?

b) Em qual(ais) circunstância(s) foram empregadas formas de tratamento? Comente a adequação do emprego desses pronomes ao contexto.

5. Em quase toda a carta, o autor debate o tema de forma impessoal e sem se dirigir diretamente ao seu interlocutor. Isso não ocorre, entretanto, no penúl -timo parágrafo. Observe nele os verbos e responda às questões a seguir:

a) Nesse parágrafo predomina a 1ª- ou a 3ª- pessoa?

b) Em que tempo e modo estão, predominantemente, as formas verbais?

c) A autora emprega a forma verbal gostaríamos, correspondente ao futuro do pretérito do indicativo. Que efeito de sentido o uso desse tempo verbal tem no contexto?

d) Identifique no texto marcas de pessoalidade que explicitem o posicio na -mento direto da autora.

e) Identifique marcas que demonstrem a tentativa de influir no pensamento do interlocutor.

f ) Levando em consideração as marcas do item anterior, que outra função de linguagem predomina no texto, além da referencial?

6. O texto está escrito de forma que possa circular nos canais de comunicação (considerando o leitor) de forma correta?

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Questão 3:

Ler e analisar o exemplo sugerido em <http://edition.pagesuite-professional.co.uk/print_from_as3.aspx?edid=10c045c8-f1c4-4b46-a341-ba2a18c8cdc9&type=swf&pages=62,63>.

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Anexo 2 – Vídeos sobre notícias da interdição da ponte

http://www.youtube.com/watch?v=ttByAeg6Jds

http://www.youtube.com/watch?v=1xxaxFUJCKw

http://www.youtube.com/watch?v=VfgDhB9i_fc

http://www.youtube.com/watch?v=Cda3mdUdzcA

http://www.youtube.com/watch?v=19aSUaZ4MLM

http://www.youtube.com/watch?v=P8I_SOr9dIM

http://www.youtube.com/watch?v=TVDLInpoA30

http://www.youtube.com/watch?v=4M5FrSH9Mqw

http://www.youtube.com/watch?v=1sddmEi_voU

http://www.youtube.com/watch?v=hDmSrBdGNBk

http://www.youtube.com/watch?v=fVvAOK1nL-g

http://www.youtube.com/watch?v=qBsCOKOv4IU

Anexo 3 – Orientações em vídeo sobre a carta aberta

https://www.youtube.com/watch?v=Uxcz3-wyyb4

Anexo 4 – Notícias

http://wh3.com.br/olider/noticia/120537/prejuizos-e-descaso-na-ponte-sobre-o-rio-uruguai-.html

http://wh3.com.br/olider/noticia/120544/descaso-e-prejuizo-a-novela-nas-obras-da-ponte-sobre-o-rio-uruguai-.html

Anexo 5 – Legislação

http://www.mprs.mp.br/infancia/legislacao/id3839.htm

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Anexo 6 – Exemplo de carta aberta

http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/geral-policia/noticia/2014/12/dicas-de-como-escrever-uma-carta-aberta-4660081.html

1. Apresentação do destinatário.

2. Apresenta claramente o problema de interesse coletivo (tema).

3. Explicitação do remetente.

4. Pista do argumento.

5. Tese clara – Assume um ponto de vista.

6. Uso de verbos em 1ª- pessoa do singular.

7. Elemento articulador dos discursos.

8. Argumento de autoridade.

9. Fonte do argumento.

10. Marca da interlocução – Destinatários.

11. Argumento – Pergunta retórica cujo objetivo é provocar a reflexão do oponente.

12. Elemento coesivo.

13. Marca da interlocução – Destinatários.

14. Elemento coesivo.

15. Reiteração do tema.

16. Previsão do argumento contrário.

17. Proposta para os destinatários.

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Anexo 7 – Etapas do projeto

Quando lemos, temos sempre um objetivo, que é o de buscar informação e ampliar conhecimento. O objetivo da leitura é, portanto, o que dá sentido para o leitor, porque ler uma carta é diferente de ler um poema ou outro tipo de texto.

Ler textos nos traz desafios. Para vencê-los, é fundamental compreender diferentes gêneros textuais por meio da leitura.

Com o projeto “A ponte pela qual precisamos passar”, vamos escrever uma carta aberta, cujas características vamos conhecer ao longo das etapas do projeto.

Para escrever uma boa carta, devemos passar por etapas, as quais nos ajudarão a escrever o texto, e todos os conhecimentos adquiridos contribuirão para termos o que dizer e como dizer num texto do gênero Carta aberta de caráter argumentativo.

O registro nos ajuda a fazer questionamentos e descobrir soluções que nos fazem crescer. Em cada atividade, portanto, é preciso escrever, porque registrar significa abrir-se para a aprendizagem.

1ª- Etapa

Escrever uma carta argumentativa é exercer cidadania?

Analisar a carta que os alunos receberão, em casa, dos professores.

•Fazer uma reflexão de como o bom uso da palavra ajuda na tomada de decisões para mudanças.

•Carta (texto) – Cada aluno trará a carta recebida para leitura e análise em grupo.

Depois da leitura da carta, uma discussão:

•Debater pode contribuir para novos rumos da educação do Ensino Médio?

•Aspectos importantes fornecidos pela carta:

– Qual a razão de os professores endereçarem uma carta para os alunos?

– Segundo os professores, que tipo de encaminhamento é possível de ser tomado em conjunto?

– Por que os professores estão preocupados?

•Nesse momento de estudos e discussões, é importante os alunos participarem?

•Quais são as mudanças buscadas?

•Diante de novas propostas para uma reformulação do Ensino Médio, é neces -sário que os alunos participem? Por quê?

– Ajudam na transformação para uma educação de qualidade em nosso país?

– O que podemos fazer juntos para melhorar o Ensino Médio, principalmente de nossa escola?

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Responder:

•Que atitude devemos tomar juntos?

•Como pode se realizar a participação dos alunos?

•Em que aspectos podemos contribuir para melhorar?

•O que é contribuir para a mudança?

•Diante das transformações, num momento de discussões e preocupações para um ensino de qualidade, temos atitudes a tomar: deixar de participar; tomar posicionamento, tentando argumentar a fim de promover mudanças significativas.

2ª- Etapa

Atividade oral e em grupo

Propor aos alunos uma discussão sobre o que conhecem do gênero carta, a partir das questões:

• listar os tipos de carta conhecidos pelo grupo;

•enumerar as características próprias dos diferentes tipos de carta: linguagem usada, elementos que as compõem; contextos de uso.

Após esse exercício, os grupos apresentam as conclusões das discussões e a professora faz os comentários necessários.

Atividade escrita – Anexo 1 – Questão 1

3ª- Etapa

Escrever carta também é argumentar?

Carta aberta: onde circula, quem escreve, para quem ler, com que objetivo?

•Circula na imprensa.

•Escrita por uma pessoa ou um grupo.

•Dirigida a um interlocutor envolvido no assunto.

•Tem como objetivo manifestar publicamente uma opinião ou reivindicar algo.

A carta aberta tem caráter argumentativo. Argumentar é uma ação que se utiliza da palavra para manifestar publicamente uma posição ou reivindicação a respeito de determinado fato.

Quem argumenta vale-se de razões e verdades dirigidas a um interlocutor, dando sentido quando a lê.

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Atividade

Texto: carta aberta (leitura oral e análise escrita)

•Qual é a questão polêmica que a carta apresenta?

•Para que tipo de interlocutor ela se dirige?

•Que posicionamento é defendido?

•Que argumentos são utilizados para argumentar?

Exemplo de carta – Anexo 1 – Questões 2 e 3

4ª- Etapa

Informação e opinião

No coletivo, utilizando-se da sala de multimídia, fazer a leitura das notícias pro-postas.

Ler as notícias publicadas no jornal O Líder, de São Miguel do Oeste, Santa Cata -rina – Anexo 4.

Notícia

A notícia relata fatos que estão ocorrendo na cidade, na região ou no mundo. O objetivo da notícia é informar o leitor com concepções do órgão da imprensa que a divulga.

As notícias são veiculadas de acordo com o grau de relevância. Geralmente chamam a atenção com verbos no presente.

Na notícia impressa, a informação começa pela indicação do fato e pela descrição das circunstâncias em que o fato ocorreu, isto é, o que ocorreu, como, quando, onde e por quê.

É possível, através de vídeos divulgados pela mídia como notícias, perceber o caráter argumentativo?

Para responder a essa pergunta, assista aos vídeos sobre o fato – Anexo 2.

Atividade

•Em que veículo o texto e os vídeos foram publicados?

•Ele é bastante conhecido do público?

•Que tipo de autor os produziu?

•Há outras informações sobre eles?

•Qual é o assunto principal abordado por eles?

•É um assunto atual?

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•Quem é o destinatário visado? Ou seja, para que tipo de leitor a notícia é dirigida?

•Que importância essas informações podem ter para esse leitor?

•Com qual finalidade esse assunto foi abordado?

•Por que esse fato virou notícia?

5ª- Etapa

Estratégia de leitura

Há em nossa comunicação elementos para que se possa interagir em torno de uma mensagem, seja ela escrita ou oral, seja por canais, como rádio, jornal, carta etc.

Para que haja a comunicação é necessário a interação de vários elementos. Esses elementos, na linguagem apropriada, são o emissor, o receptor, o canal e o código.

Identifique, no texto da 4ª- Etapa – Anexo 4 –, cada um desses elementos.Porém, cada texto tem uma finalidade específica: na notícia, o jornalista veicula

informações sobre um fato; logo, na carta aberta, quem escreve emite uma opinião ou reivindica algo sobre um fato.

Na notícia, algumas pessoas podem entender que ela tem importância porque alerta para o perigo enfrentado por quem não consegue utilizar;

Outras podem pensar que a notícia faz refletir sobre a qualidade das nossas pontes e fazer buscar alternativas para melhorar.

Na notícia, o jornalista procura não se posicionar sobre o que divulga. Apenas apresenta o fato em si.

6ª- Etapa

Questões polêmicas são fatos que merecem ser discutidos pela relevância social e são veiculadas por rádio, TV ou imprensa de modo geral.

Exemplo de questão polêmica:

•Deve-se proibir o uso de celulares em sala de aula?

Ler legislação – Anexo 5. Dispõe sobre a utilização de aparelhos de telefonia celular nos estabelecimentos de ensino do Estado do Rio Grande do Sul.

•Discutir: em nossa escola é cumprida a legislação?

• Identificar uma questão polêmica.

Ler e analisar o exemplo sugerido na seguinte página http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1397831-rolezinhos-surgiram-com-jovens-da-periferia-e-seus-fas.shtml

•Reconhecer argumentos pertinentes.

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7ª- Etapa

A polêmica presente

Produzir individualmente uma carta aberta.Seguir a escrita conforme orientações:

•O que será discutido da polêmica?

•O que é argumentado?

•De que fato se deve partir?

•Como estruturar a carta aberta?

•Como iniciar?

•Como desenvolver os argumentos para que fiquem claros?

•De que forma concluir?

Primeira carta aberta escrita:

•Verificação de ortografia ou outras dificuldades.

•É um fato polêmico?

•O texto está estruturado de forma adequada?

•Deixa clara a intenção?

•Os argumentos convencem? São claros?

8ª- Etapa

A carta aberta

•Assistir ao vídeo da professora da UFSM-2014 – Anexo 3.

•Reconhecer as características desse gênero textual.

•Analisar os exemplos dos anexos.

Atividade

•Qual é a questão polêmica dessa carta?

•Qual foi o fato que motivou a escrita da carta?

•É possível identificar, no texto, as partes características da carta aberta?

•Quais são os argumentos principais? Como vêm desenvolvidos?

•De acordo com o exemplo acima de carta aberta, é possível saber a que tipo de leitor é endereçada?

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9ª- Etapa

Analisar a organização textual da carta aberta – Anexo 3.

10ª- Etapa

Reconhecer a questão polêmica e analisar a argumentação do texto mostrado no vídeo do Anexo 3.

Atividade

Identificar, no texto, na sala de multimídia:

•o problema apresentado na notícia;

•o que é defendido;

•qual é a tese defendida;

•os argumentos utilizados;

• como é feita a conclusão.

Observação: A carta aberta tem claro o objetivo e percebe-se que foi escrita no momento

em que o problema se evidenciou. Logo, não só o que é noticiado como o debate clamam providência por parte das autoridades.

11ª- Etapa

Defesa da tese com argumentos convincentes. Quanto mais domínio sobre o tema, melhores serão os argumentos.

Para o argumento ser eficaz e ter lógica é necessário estar no contexto do fato e relacionar-se com o tipo de argumento, seja por analogia, seja por exemplos, princípios, oposições etc.

Atividade

•Pesquisar em jornais ou internet um fato para planejamento de argumentação.

•A partir de um fato escolhido, formular uma tese.

•Discutir e definir qual argumento é mais adequado para sustentar a tese.

•Elaborar dois argumentos.

•Relacionar exemplos com o fato escolhido.

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12ª- Etapa

•Como utilizar elementos que vinculam as partes da argumentação.

•Conhecer os elementos usados nas cartas que se utilizam da argumentação.

•Trabalhar esses elementos (conjunções, pronomes e advérbios) conforme tabela colocada no mural da sala de aula.

13ª- Etapa

Analisar uma carta produzida e responder às perguntas:

•O emissor indica a polêmica?

•Possui interlocutor?

•Os argumentos apresentados são convincentes?

•Apresenta dados e posicionamentos favoráveis e contrários?

•Apresenta palavras e expressões que estabelecem conexões entre as partes do texto?

14ª- Etapa

Escrever um texto individual do gênero Carta aberta:

• com base no tema “A interdição da ponte do rio Uruguai”;

•posicionar-se em relação à polêmica e defender um ponto de vista;

•usar elementos que conectam as partes do texto;

•utilizar vocativo correto para o interlocutor;

•observar a estrutura adequada;

• fazer as alterações necessárias.

15ª- Etapa

•Revisar o texto e melhorá-lo, observando a questão polêmica, a estrutura adequada, o uso do tratamento, o emprego de expressões que iniciam os argumentos, a conclusão, a pontuação, os erros de ortografia, a substituição de palavras repetidas e a eliminação das desnecessárias, e letra legível.

16ª- Etapa

•Escolha de um único texto para a publicação, através de votação, após a leitura de cada texto, na tela da sala de multimídia.

•Os demais textos serão compilados no arquivo das produções que a professora organiza anualmente para arquivar na biblioteca da escola.

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17ª- Etapa

•Participação na sessão da Câmara dos Vereadores para dar função social ao projeto.

18ª- Etapa

•Organização do painel, na sala de multimídia da escola, para todos aprecia -rem as atividades desenvol vidas no transcorrer do projeto na turma, por meio de um convite escrito feito pela turma para todos os segmentos da comunidade escolar.

19ª- Etapa

•Encaminhamento da carta aberta para a publicação no jornal.

20ª- Etapa

•Reunião com todos os segmentos da comunidade escolar para avaliação e divulgação dos resultados do projeto e entrega de um livro, como lembrança, ao aluno escolhido pelo melhor texto.

5. Referências bibliográficasADAM, J. M. Tipos de sequências textuais elementares. Porto Alegre, 1992.

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São Paulo: Saraiva, 2002.

CASTRO, L. “Redação”, in: Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/redacao>.

DUARTE, V. M. N. “Carta argumentativa”, in: Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.

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GHILARDI, M. I.; PEREIRA, M. M.; THEREZO, G. P. Redação para o vestibular. Campinas: Alínea, 2002.

KLEIMAN, A. B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da

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—. Preciso ensinar o letramento? – Não basta ensinar a ler e a escrever? Campinas: Cefiel/Unicamp;

Brasília: SEB/MEC, 2005.

—. Trajetórias de acesso ao mundo da escrita: relevância das práticas não escolares de letramento

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KOCH, I. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2004.

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ROJO, R. (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São Paulo: Mercado

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ZERO HORA. “Mandar uma carta ou redigir um artigo”, 31/7/2014. Caderno Vestibular, p. 2.

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