1. introdução - core · seo e sobre o perfil dos lipídeos nas ge-mas dos ovos, as gorduras...

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ISSN 0102-3713 47 Concórdia, SC Outubro, 2006 Autor Helenice Mazzuco Zootecnista, Ph.D. Embrapa Suínos e Aves Caixa Postal 21 CEP 89.700-000 Concórdia –SC [email protected] 1. Introdução Muitos nutrientes presentes nas dietas avícolas influen- ciam o crescimento e a manutenção do esqueleto sendo Cálcio (Ca), Fósforo (P) e Vitamina D 3 os mais estudados. Mais recentemente, os efeitos benéficos dos ácidos graxos no metabolismo ósseo têm sido relatados em pesquisas com aves comerciais. Uma breve introdução sobre a função e metabolismo desses nutrientes na fisiologia óssea é descrita no presente documento. Adicionalmente são indicados os resultados de pesquisa envolvendo a influência da manipula- ção da dieta antes e após a muda induzida e diferentes tipos de muda sobre a integridade óssea de poedeiras comerciais. 2. Nutrientes e integridade óssea Cálcio: O Cálcio (Ca) é o componente inorgânico mais abundante no esqueleto, exercendo função estrutural além de outras funções biológicas essenciais sendo a homeostase desse mineral um dos mais importantes mecanismos respon- sáveis pela manutenção da integridade do esqueleto. Aves em fase de postura demandam alta quantidade de Ca adicionalmente à manutenção do metabolismo do osso para deposição na casca dos ovos, o que vem a ser propor- cionado por fontes de Ca apropriadas e disponíveis na dieta. I I n nt t e e g gr r i i d da a d de e Ó Ós s s se e a a e e m m P Po oe e d de e i i r r a a s s C Co om me e r r c c i i a a i i s s : : Influência de Dietas Enriquecidas com Ácidos s Graxos Poliinsaturados e Tipo de Muda Induzida

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Page 1: 1. Introdução - CORE · seo e sobre o perfil dos lipídeos nas ge-mas dos ovos, as gorduras presentes nas dietas e, mais especificamente o conteú-do e proporção dos ácidos graxos

ISSN 0102-3713

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Concórdia, SCOutubro, 2006

Autor

Helenice MazzucoZootecnista, Ph.D.

Embrapa Suínos e AvesCaixa Postal 21

CEP 89.700-000Concórdia –SC

[email protected]

1. Introdução

Muitos nutrientes presentes nas dietas avícolas influen-ciam o crescimento e a manutenção do esqueleto sendoCálcio (Ca), Fósforo (P) e Vitamina D3 os mais estudados.Mais recentemente, os efeitos benéficos dos ácidos graxosno metabolismo ósseo têm sido relatados em pesquisas comaves comerciais. Uma breve introdução sobre a função emetabolismo desses nutrientes na fisiologia óssea é descritano presente documento. Adicionalmente são indicados osresultados de pesquisa envolvendo a influência da manipula-ção da dieta antes e após a muda induzida e diferentes tiposde muda sobre a integridade óssea de poedeiras comerciais.

2. Nutrientes e integridade óssea

Cálcio: O Cálcio (Ca) é o componente inorgânico maisabundante no esqueleto, exercendo função estrutural alémde outras funções biológicas essenciais sendo a homeostasedesse mineral um dos mais importantes mecanismos respon-sáveis pela manutenção da integridade do esqueleto.

Aves em fase de postura demandam alta quantidade deCa adicionalmente à manutenção do metabolismo do ossopara deposição na casca dos ovos, o que vem a ser propor-cionado por fontes de Ca apropriadas e disponíveis na dieta.

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A exigência nutricional das aves auma dieta rica em minerais persistemesmo após cessado o crescimento de-vido ao “turnover” diário de Ca (metabo-lismo do Ca) corporal. Caso esse Canão seja oferecido via dieta, haverá anecessidade de utilizar Ca endógeno,que virá a ser suprido através de meca-nismos de reabsorção do osso. Essemecanismo fisiológico é particularmenteimportante para aves em postura devidoà alta exigência de Ca para formação dacasca durante toda sua vida produtiva.O Ca é obtido via circulação sanguíneaseguida de sua absorção via intestinal(duodeno e jejuno) ou via reabsorçãoóssea, particularmente dos ossos medu-lares (como a tíbia e úmero), ou sobalgumas condições de deficiência deCa, também de ossos estruturais comoo osso cortical.

A importância relativa do intestino eossos como fontes de Ca depende daconcentração do mineral na dieta. Se aconcentração de Ca na ração da poe-deira estiver próxima ou superior a 3,6%,a maior parte do Ca da casca é derivadodiretamente do intestino porém, se o ní-vel de Ca for igual ou menor a 2%, entre30% a 40% do Ca presente na casca doovo será suprido via reabsorção dosossos. A reabsorção óssea ocorre commaior intensidade quando as fontes deCa não estão disponíveis no trato diges-tivo para pronta utilização e deposiçãona casca, isto acontece geralmente noperíodo noturno e desse modo, alta pro-porção de Ca da casca é obtida dosossos medular e cortical. Outras funçõesdo Ca incluem seu papel na coagulaçãosanguínea e como mensageiro secundá-rio intracelular.

Vitamina D: A Vitamina D participados processos de transporte de Ca,atuando primariamente no duodeno ejejuno envolvendo a proteína transporta-dora de Ca (CaBP, Calbidina). Aproxima-damente 70% da absorção do Ca é de-pendente da Vitamina D na sua forma

D3, a forma com a mais alta atividade pa-ra as aves. Sob condições de hipocalce-mia (baixa concentração de Ca no san-gue), maior quantidade de 1,25 (OH2)D3

(Vitamina D3) é produzida nos rins levan-do à maior reabsorção dos minerais dosossos e nos rins.

Os principais hormônios que me-diam essa resposta incluem o Parator-mônio (PTH), sintetizado pelas glândulasparatiróides e a calcitonina, sintetizadanas glândulas UltimoBranchiais dasaves.

Fósforo: A maior parte do Fósforo(P) corporal localiza-se no esqueleto. OP desempenha uma função importantena fisiologia celular e na mineralizaçãoóssea atuando como um constituinteessencial dos ácidos nucleicos e nahidroxiapatita dos ossos respectivamen-te, além de participar como componentenos fosfolipídeos das membranas celula-res e de estar presente em uma varie-dade de reações enzimáticas do metabo-lismo.

Em situações de limitação de fontesde P (restrição alimentar ou jejum seve-ro), o P (na forma de fosfato) presentenos ossos, torna-se a fonte endógenapara as necessidades metabólicas doorganismo.

As exigências da poedeira em Pestão intimamente associadas com asexigências de Ca e com a dinâmica do“turnover” ósseo. Quando há intensa ati-vidade dos osteoclastos (células respon-sáveis pela reabsorção óssea), maiorconcentração de P no plasma é observa-da em função da liberação de ambos osminerais, Ca e P, dos ossos.

Lipídeos/Gorduras: As gordurasestão usualmente presentes nas formula-ções avícolas na forma de óleos vegetaisou mistura (blends) de gordura vegetal eanimal e que podem ser oriundas dediversas fontes. Os óleos vegetais comu-mente encontrados nas formulaçõesavícolas incluem os óleos oriundos dobeneficiamento de oleaginosas (soja,

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girassol, amendoim e linhaça, por exem-plo) utilizados nas dietas dependendo dadisponibilidade e custo. Além de incre-mentar a concentração de energia (Ener-gia Metabolizável) da dieta, as gordurassão adicionadas como fonte de ácidosgraxos essenciais.

Os ácidos graxos de cadeia longa,contendo 18 carbonos como os ácidoslinoléico (18:2, ω6) e linolênico (18:3, ω3)são reconhecidos como ácidos graxosmetabolicamente essenciais por não exis-tir produção endógena. No entanto, o áci-do linoléico é o único ácido graxo essen-cial cuja exigência nutricional tem sidodemonstrada em aves. Decréscimos notamanho e peso do ovo e alteração noperfil de ácidos graxos da gema foramobservados em poedeiras que receberamdieta deficiente em ácido linoléico.

A classificação dos ácidos graxosem famílias, ômega-3 (ω3 ou n3) e ôme-ga-6 (ω6 ou n6), indica que o terceiro ousexto carbono respectivamente, a partirdo terminal metil da cadeia, é insaturado.As famílias de poliinsaturados ω6 e ω3são derivadas da ingestão de ácidos gra-xos de 18 carbonos, linoléico e linolênicorespectivamente, oriundos de uma sériede reações de desaturação e elongação(Fig. 1).

Em função da influência do metabo-lismo dos lipídeos da dieta sobre os fosfo-lipídeos também presentes no tecido ós-seo e sobre o perfil dos lipídeos nas ge-mas dos ovos, as gorduras presentes nasdietas e, mais especificamente o conteú-do e proporção dos ácidos graxos dessasgorduras, têm sido estudados mais inten-sivamente devido às suas propriedadesbenéficas ao metabolismo ósseo comomodificadores da morfologia celular, alémde sua função de prover energia e ácidosgraxos essenciais.

Diferentes estudos indicaram quedietas com baixa proporção ω6: ω3 exer-cem efeitos benéficos sobre os ossos.Possíveis mecanismos atuantes nos os-sos frente à influência da relação entre

poliinsaturados ω6 e ω3 incluem: aumen-to da absorção do Ca intestinal e reduçãono “turnover” ósseo; maior deposição deCa nos ossos; incremento ao transportedo Ca no duodeno; elevada síntese docolágeno ósseo; aumento da IGF-1 (Fatorde crescimento da insulina) circulante e,decréscimo na produção da prostaglandi-na (PG) atuante no osso. Outras evidên-cias da função de proteção dos ácidosgraxos ω3 no esqueleto são indicadaspelos níveis elevados de marcadores dadeposição óssea, destacando-se assimmaior atividade das células formadorasou osteoblastos. Estes estudos mostra-ram que a influência dos ácidos graxosem dietas ricas em poliinsaturados ω3 oucom baixa concentração de ω6, estáassociada de um modo geral, ao aumentona fluidez da membrana, facilitando osmecanismos de transdução em diversasvias metabólicas, através da modulaçãoda atividade de receptores de membranae de funções enzimáticas associadas nosdiferentes órgãos e tecidos.

3. Mecanismos de ação dos lipídeosna fisiologia óssea

Alguns resultados de pesquisas indi-cam que o decréscimo na proporção depoliinsaturados ω6/ ω3 pode vir a prote-ger o organismo contra a perda da massaóssea devido ao decréscimo na produçãode prostaglandinas (PG), um eicosanóide(ou ácido graxo de cadeia de 20 carbo-nos) envolvido no estímulo à função dareabsorção óssea. O mais abundanteproduto da metabolização de poliinsatura-dos ω6 nas células animais é o ácidoaraquidônico (20:4, ω6) e a maioria dosefeitos metabólicos atribuídos aos ácidosgraxos essenciais são mediados pelaliberação de eicosanóides como as PG apartir dos fosfolipídeos componentes dasmembranas celulares. Os eicosanóidesatuam como hormônios de ação local(através de mecanismos autócrinos eparácrinos), uma vez que muitos de seus

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efeitos biológicos são limitados ao pró-prio local onde ocorreu sua biossíntese.O ácido araquidônico, um poliinsaturadoω6, é o precursor das PG e esta seriatambém uma das razões da inibição ouredução dos marcadores sanguíneos deformação óssea, devido à maior produ-ção de PG a nível local conforme indica-do em diferentes estudos. Este efeitotambém está associado ao balanço entreos poliinsaturados ω6 e ω3 da dieta, emfunção da natureza competitiva dossubstratos por enzimas comuns nas viasmetabólicas de formação dos eicosanói-des (Fig. 1). O consumo excessivo depoliinsaturados ω6 pode influenciar ne-gativamente o metabolismo ósseo peloestímulo excessivo à fase reabsortiva emfunção da elevada produção endógenade PG; no entanto, os poliinsaturados ω3podem exercer ação oposta, quando emmaior concentração na célula, contribuin-do para minimizar o processo de reab-sorção óssea. Nesse sentido, o decrésci-mo na proporção ω6/ω3 da dieta, pode-ria vir a atenuar o desenvolvimento ouprogressão de doenças metabólicas ós-seas pelo decréscimo no acúmulo prefe-rencial de ácido araquidônico nas célulase assim, reduzir a formação de eicosa-nóides como as PG.

4. Muda induzida e sua relação coma integridade óssea

A osteoporose das aves tem sidoreconhecida como uma doença metabóli-ca multifatorial na avicultura comercial hámais de 45 anos. Poedeiras comerciaissão suscetíveis à osteoporose devido àsaltas taxas de postura mantidas duranteum ciclo de produção de ovos. As mo-dernas linhagens de poedeiras comer-ciais produzem mais ovos do que suasancestrais, além de baixo consumo deração devido ao apetite reduzido, o queresultou em maior utilização do Ca arma-zenado no osso para a deposição nacasca. A osteoporose em poedeiras co-

merciais caracteriza-se pela fragilidadedo esqueleto devido ao alto “turnover”ósseo relacionado à formação da cascae agrava-se em função da reduzida fre-qüência na atividade física conseqüentedo confinamento das aves em gaiolas.Sistemas de alojamento como as bate-rias/gaiolas convencionais mantém asaves durante toda sua vida produtiva emcondição de limitada atividade física, oque vem a contribuir com a severidadedo problema. O agravante da osteopo-rose relaciona-se à perda de osso estru-tural e consequentemente da massa ós-sea, levando à alta incidência de fraturasem diferentes ossos e implicando assimno comprometimento do bem-estar dasaves.

Em poedeiras comerciais, como for-ma de prevenir o declínio na taxa depostura e qualidade da casca, uma para-da na produção de ovos pode ser induzi-da em todo o plantel através da restri-ção alimentar durante um período detempo, seguido pelo gradual retorno aoconsumo da ração de postura. A mudainduzida se constitui em prática adotadapor granjas comerciais como parte doprograma de manejo para utilização domesmo lote de aves para um segundociclo de postura.

Contudo, os atuais programas deindução de muda (redução do fotoperío-do e retirada da ração), têm sido questio-nados com relação ao bem-estar dasaves, principalmente os programas queadotam a restrição alimentar severa oujejum temporário devido ao comprometi-mento da integridade óssea. Nesse sem-tido, novas pesquisas têm sido direciona-das com o objetivo de indicar à indústria,métodos alternativos de muda induzidaque não utilizem a restrição alimentar.

Respostas fisiológicas à restriçãoou jejum alimentar incluem mudançasprofundas no sistema endócrino e sãoresponsáveis por alterações significati-vas observadas no metabolismo animalcom o objetivo de permitir ou facilitar a

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sobrevivência a curto prazo. Estas mu-danças são mediadas por variações nadisponibilidade de substratos e na com-centração de hormônios circulantes. Porexemplo, concentrações elevadas dohormônio de crescimento (GH) durante ojejum auxilia na sobrevivência, uma vezque o GH exerce um efeito lipolítico noorganismo sendo assim uma fonte deenergia para as atividades de mantençaessenciais. As concentrações elevadasde corticosterona observadas durante amuda e pós-muda são interpretadas co-mo período de estresse fisiológico e as-sociadas à sua função metabólica emfornecer glicose e energia em função deser um hormônio gluconeogênico. Níveiselevados de prolactina durante a mudaestão implicados na involução ovariana.

A atresia no trato reprodutivo segueà perda do suporte dos esteróides produ-zidos no ovário, com conseqüente declí-nio na concentração de estradiol e pro-gesterona.

Um protocolo de muda alternativoao programa convencional (muda incluin-do jejum alimentar durante 10 dias),mostrou ser menos deletério à integrida-de óssea (Fig. 2 e 3). Ao final do períodode muda (71 semanas de idade dasaves), valores de densidade mineral datíbia monitorados através de densitome-tria mostraram decréscimos próximos a30% quando avaliados em aves submeti-das ao protocolo de muda convencionale em 11% quando monitorados em avessob o regime de muda alternativo. Com-forme indicado na Fig. 2 e 3, o uso dedietas pré e pós-muda enriquecidas comácidos graxos poliinsaturados ω-3 atra-vés do uso de óleo de linhaça não evitouo declínio nem auxiliou na subsequenterecuperação da integridade óssea, indi-cada pelos valores de densidade mineral(em g/cm

2) de poedeiras comerciais sub-

metidas aos programas de muda induzi-da. Um breve período de recuperação foiobservado no úmero das aves, entre 71e 75 semanas de idade (Fig. 3), que há-

viam recebido a dieta pré-muda enrique-cida com ω-3 e sendo submetidas àmuda alternativa que incluia o consumode uma dieta composta por 73% de umsub-produto do beneficiamento do trigodurante os 27 dias do protocolo de mudaalternativo. A ausência de uma respostamais consistente às dietas sobre a mine-ralização óssea pode estar relacionadaao curto período de tempo (5 semanas)durante o qual as aves consumiram asdietas ricas em ω-3. A mineralização e ometabolismo ósseo são processos cumu-lativos e de longa duração e desse mo-do, um maior tempo de consumo dasdietas formuladas com alta concentraçãode ω-3 é necessário para ampliar a açãodos lipídeos nos ossos. Adicionalmente,a ausência de resposta às dietas tam-bém pode ter ocorrido devido à idadedas aves no estudo (poedeiras já em se-gundo ciclo de produção). Estudos ante-riores mostraram que houve respostapositiva e significativa da ação dos áci-dos graxos poliinsaturados ω-3 sobre osossos de frangos comerciais em cresci-mento, como a maior taxa de formaçãoóssea, maior volume ósseo, entre outrasvariáveis que qualificam a integridade doesqueleto. Diferentes respostas no meta-bolismo ósseo à dieta também podemestar associadas a eventos metabólicosrelacionados à idade da ave como porexemplo, a modelagem e o crescimentoocorrendo exclusivamente no sistemaesquelético de aves jovens, enquanto aremodelagem ou “turnover” ósseo sendoatividades fisiológicas exclusivas de avesadultas e com o esqueleto já formado.As cinzas ósseas ou matéria mine-raloriunda dos ossos obtidos de avessacrificadas que receberam dietas enri-quecidas com ω-3 responderam de mo-do similar (Fig. 4), ao observado nos os-sos onde dados de densitometria ósseahaviam sido obtidos (em três idades,conforme indicado na Fig. 5). Ao final doperíodo de muda induzida (71 semanasde idade), os valores das cinzas ósseas

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foram reduzidos em todos os tratamen-tos quando comparados aos valores obti-dos nas aves “controle” (aves não sub-metidas à muda e recebendo uma dietacom baixa concentração de ω-3, Fig. 4).Uma exceção foram as aves submetidasà muda alternativa e que haviam consu-mido dietas com baixa concentração deω-3, que durante o mesmo período nãodemonstraram diferença significativa nosvalores médios das cinzas ósseas em re-lação às aves controle. O mesmo fenô-meno foi observado com relação à densi-dade mineral mensurada nas mesmasidades (Fig. 5).

As cinzas ósseas ou matéria mine-ral oriunda dos ossos obtidos de avessacrificadas que receberam dietas enri-quecidas com ω-3 responderam de mo-do similar (Fig. 4), ao observado nosossos onde dados de densitometria ós-sea haviam sido obtidos (em três idades,conforme indicado na Fig. 5). Ao final doperíodo de muda induzida (71 semanasde idade), os valores das cinzas ósseasforam reduzidos em todos os tratamen-tos quando comparados aos valores obti-dos nas aves “controle” (aves não sub-metidas à muda e recebendo uma dietacom baixa concentração de ω-3, Fig. 4).Uma exceção foram as aves submetidasà muda alternativa e que haviam consu-mido dietas com baixa concentração deω-3, que durante o mesmo período nãodemonstraram diferença significativa nosvalores médios das cinzas ósseas em re-lação às aves controle. O mesmo fenô-meno foi observado com relação à densi-dade mineral mensurada nas mesmasidades (Fig. 5).

5. Conclusões

Esse estudo demonstrou que me-lhorias na integridade óssea obtidas emdiferentes fases podem impactar o bem-estar das aves durante sua vida produti-va. Programas de muda induzida queincluem ingredientes fibrosos (como os

subprodutos do beneficiamento de trigo)como principal componente de uma dietade muda são menos deletérios à mine-ralização e integridade óssea durante amuda quando comparados aos progra-mas de muda convencionais que incluema retirada da ração por determinadoperíodo.

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Integridade Óssea em Poedeiras Comerciais: Influência de Dietas Enriquecidas com Ácidos Graxos Poliinsaturados e Tipo de Muda Induzida | 9

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10| Integridade Óssea em Poedeiras Comerciais: Influência de Dietas Enriquecidas com Ácidos Graxos Poliinsaturados e Tipo de Muda Induzida

Fig. 1. Síntese e metabolismo das famílias de ácidos graxos poliinsaturados ω-3 e ω-6.

0.14

0.18

0.22

0.26

63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76

(Idade (semanas)

Densid

ade m

inera

l, t

íbia

(g/c

m²)

T1 e muda convencionalT2 e muda convencionalT1 e muda alternativaT2 e muda alternativaAves controle

(Pré-muda) (Muda) (Pós-muda)

aa

abab

b

a

a

ab

ab

b

aabab

ab

b

a

b

b

b

b

a

a

b

b

b

a

b

b

c

c

a

b

b

c

c

a

b

b

c

c

a

a

b

b

b b

a

a

b

b

b

a

b

bc

c

c

a

b

b

b

b

Fig. 2. Densidade mineral da tíbia (g/cm2) de poedeiras que receberam dietas enriquecidas com ácidos graxos

poliinsaturados ômega-6 (T1) ou ômega-3 (T2) nas fases de pré e pós-muda e, submetidas à mudaconvencional (10 dias de jejum + 7 dias de consumo de milho moído + 10 dias de consumo de dieta pré-postura) e muda alternativa (consumo de uma dieta contendo subproduto do beneficiamento do trigodurante 27 dias) comparadas com aves controle (não submetidas à muda). Entre diferentes tratamentose na mesma idade, médias com letras distintas são significativamente diferentes (Interação: tratamentox osso x idade, P ≤ 0,0001).

ácido linoléico (18:2)

Família ω-3 Família ω-6

ácido linolênico (18:3)

ácido estereadonico (18:4)

ácido eicosatetraenóico (20:4)

ácido eicosapentaenóico (EPA, 20:5)

ácido docosapentaenóico (DPA, 22:5)

ácido docosahexaenóico (DHA, 22:6)

ácido γ-linoléico (18:3)

ácido dihomo γ-linoléico (20:3)

ácido araquidônico (20:4)

ácido docosatetraenóico (22:4)

ácido docosapentaenóico (22:5)

∆6-desaturase

elongase

∆5

elongase

∆4 desaturase

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0.16

0.17

0.19

0.20

63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76

Idade (semanas)

Den

sid

ade

min

eral

, úm

ero

(g

/cm

²)

T1 e muda convencionalT2 e muda convencionalT1 e muda alternativaT2 e muda alternativaAves controle

(Pré-muda) (Início da fase de muda) (Pós-muda)

a

ab

ab

ab

b

a

ab

bb

b

a

ab

b

b

a

a

ab

b

b

b

a

a

ab

b

b

a

a

ab

b

b

a

b

b

b

b

a

ab

abb

a

a

ab

bb

b

Fig. 3. Densidade mineral do úmero de poedeiras que receberam dietas enriquecidas com ácidos graxospoliinsaturados ômega-6 (T1) ou ômega-3 (T2) nas fases de pré e pós-muda e, submetidas à mudaconvencional (10 dias de jejum + 7 dias de consumo de milho moído + 10 dias de consumo de dietapré-postura) e muda alternativa (consumo de uma dieta contendo subproduto do beneficiamento dotrigo durante 27 dias) comparadas às aves “Controle” (não submetidas à muda). Entre diferentestratamentos e na mesma idade, médias com letras distintas são significativamente diferentes(Interação: tratamento x osso x idade, P ≤ 0,0001).

1.75

2.00

2.25

2.50

66 71 76

-7 25 64

Idade (semanas) e dias da muda

Cin

zas

óss

eas

(g)

T1 e muda convencionalT2 e muda convencionalT1 e muda alternativaT2 e muda alternativaAves controle

b

a

ab

a

b

aba

c

c

ab

(início da muda, 67 semanas) (final da muda, 71 semanas)

Fig. 4. Cinzas ósseas (tíbia e úmero) oriundas de poedeiras sacrificadas para retirada dos ossos e quereceberam dietas enriquecidas com ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 (T1) ou ômega-3 (T2) nasfases de pré e pós-muda e, submetidas à muda convencional (10 dias de jejum + 7 dias de consumode milho moído + 10 dias de consumo de dieta pré-postura) e muda alternativa (consumo de uma dietacontendo subproduto do beneficiamento do trigo durante 27 dias) comparadas às aves “Controle” (nãosubmetidas à muda). Entre diferentes tratamentos e na mesma idade, médias com letras distintas sãosignificativamente diferentes (Interação: tratamento x idade, P ≤ 0,0001).

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0.10

0.14

0.18

0.22

66 71 76

-7 25 64

Idade (semanas) dias da muda

Densid

ade m

inera

l óssea (

g/c

m²)

T1 e muda convencionalT2 e muda convencionalT2 e muda alternativaT2 e muda alternativaAves controle

a

b

b

b

b

b

a

a

ba ab

(Início da muda, 67 semanas) (Final da muda, 71 semanas)

Fig. 5. Dados de densidade mineral óssea (tíbia), oriundas de poedeiras sacrificadas para retirada dos ossos eque receberam dietas enriquecidas com ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 (T1) ou ômega-3 (T2)nas fases de pré e pós-muda e, submetidas à muda convencional (10 dias de jejum + 7 dias deconsumo de milho moído + 10 dias de consumo de dieta pré-postura) e muda alternativa (consumo deuma dieta contendo subproduto do beneficiamento do trigo durante 27 dias) comparadas às aves“Controle” (não submetidas à muda). Entre diferentes tratamentos e na mesma idade, médias comletras distintas são significativamente diferentes (Interação: tratamento x idade, P ≤ 0,001).

CircularTécnica, 47

Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento

Exemplares desta edição podem seradquiridos na:

Embrapa Suínos e AvesEndereço: Br 153, Km 110,Vila Tamanduá, Caixa postal 21,89700-000, Concórdia, SCFone: 49 34410400Fax: 49 34428559E-mail: [email protected]

1ª edição

1ª impressão: 2006

Tiragem: 1.000

Comitê dePublicações

RevisoresTécnicos

Expediente

Presidente: Claudio BellaverMembros: Marisa T. Bertol, Cícero J. Monticelli,Gerson N. Scheuermann, Airton Kunz, Valéria M.N. Abreu.Suplente: Arlei Coldebella

Cícero J. Monticelli, Fátima R. F. Jaenisch,Gerson N. Scheuermann e Irene Z.P. Camera

Coordenação editorial: Tânia M.B. CelantNormalização bibliográfica: Irene Z.P. CameraEditoração eletrônica: Vivian FracassoFotos da Capa: Paulo G. Abreu