09 competencia leitora e habilidades de leitura

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Pedagogia – Pedagogy – Pedag 9. COM __________________________ Este artigo discorre sobre a com prática docente reflexiva. A Linha ensino. O objetivo do artigo cons são as habilidades de leitura nece Interp This article approaches reading practice perspective. The researc practice. The goal of the article reading abilities are necessary fo Este artículo discurre sobre la perspectiva de práctica docente académico a la práctica de la en significado de la competencia le desarrollo de esta competencia. Interp 1 Mestre em Linguística Aplicada aos E Professora de Pós-graduação da FACC Linguística. [email protected]. gogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - MPETÊNCIA LEITORA E HABILIDAD Prática reflexiva e par Profª. Ms. Moni _____________________________________ mpetência leitora e as habilidades de leitura a de Pesquisa se dá em Educação: do saber a siste em refletir sobre o significado da comp essárias para o desenvolvimento dessa comp pretação de textos; competência leitora; form g competence and reading abilities from ch direction is in education: from academic k is to reflect about the meaning of reading c or developing this competence. Text Comprehension; Reading Competence a competencia lectora y las habilidades d reflexiva. La Línea de Investigación se da en nseñanza. El objetivo del artículo consiste e ectora y cuáles son las habilidades de lectu pretación de textos; competencia lectora; form Estudos da Linguagem, PUC-SP (2007). Pesquisadora CAMP. Supervisora de Ensino – SEE-SP. Experiência .br ISSN: 2177-5818 DES DE LEITURA: rticipação crítica ica Lopes de Oliveira 1 ___________________ Resumo a numa perspectiva de acadêmico à prática de petência leitora e quais petência. Palavras-chaves: mação de professores. Abstract a reflective teaching knowledge to teaching competence and what Keywords: e; teachers education. Resumen de lectura desde una n educación: del saber en reflexionar sobre el ura necesarias para el Palabras clave: mación de profesores. a e Professora da UNIABC. a na área de Educação e

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Page 1: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

9. COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

_________________________________________________________

Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de

prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de

ensino. O objetivo do artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais

são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência

Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores

This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching

practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching

practice. The goal of the article is to reflect about the meaning

reading abilities are necessary for developing this competence

Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura

perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber

académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el

significado de la competencia lectora y cuáles s

desarrollo de esta competencia.

Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores

1 Mestre em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem, PUC

Professora de Pós-graduação da FACCAMP. Supervisora de Ensino

Linguística. [email protected]

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Prática reflexiva e participação crítica

Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira

________________________________________________________________________________

Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de

prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de

consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais

são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência

Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores

This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching

practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching

practice. The goal of the article is to reflect about the meaning of reading competence and what

reading abilities are necessary for developing this competence.

Text Comprehension; Reading Competence; teachers education

Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura

perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber

académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el

significado de la competencia lectora y cuáles son las habilidades de lectura necesarias para el

Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores

Mestre em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem, PUC-SP (2007). Pesquisadora e Professora da UNIABC.

graduação da FACCAMP. Supervisora de Ensino – SEE-SP. Experiência na área de Educação e

Linguística. [email protected]

ISSN: 2177-5818

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Prática reflexiva e participação crítica

Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira 1

_______________________

Resumo

Este artigo discorre sobre a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de

prática docente reflexiva. A Linha de Pesquisa se dá em Educação: do saber acadêmico à prática de

consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e quais

são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência.

Palavras-chaves:

Interpretação de textos; competência leitora; formação de professores.

Abstract

This article approaches reading competence and reading abilities from a reflective teaching

practice perspective. The research direction is in education: from academic knowledge to teaching

of reading competence and what

Keywords:

Text Comprehension; Reading Competence; teachers education.

Resumen

Este artículo discurre sobre la competencia lectora y las habilidades de lectura desde una

perspectiva de práctica docente reflexiva. La Línea de Investigación se da en educación: del saber

académico a la práctica de la enseñanza. El objetivo del artículo consiste en reflexionar sobre el

on las habilidades de lectura necesarias para el

Palabras clave:

Interpretación de textos; competencia lectora; formación de profesores.

(2007). Pesquisadora e Professora da UNIABC.

SP. Experiência na área de Educação e

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Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

1. Introdução

No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e

coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o

movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social

Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber

textos, mas interpretá-los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para

inserção nas práticas sociais de linguagem.

Este artigo aborda a competência l

prática docente reflexiva.

Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da

pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível

adequado de leitura, ocasionando dificuldades nas avaliações escritas.

O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e

quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência

Os objetivos específicos são:

• Compreender o significado de leitura;

• Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;

• Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.

Como pressuposto teórico utiliza

noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre

como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros

temas, Formação de Professores.

A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter

exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.

Espera-se que este estudo possa contribuir para que professores possam

prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver

a competência leitora para a melhoria da qualidade de ensino superior

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e

coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o

movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social

Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber

los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para

inserção nas práticas sociais de linguagem.

Este artigo aborda a competência leitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de

Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da

pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível

o de leitura, ocasionando dificuldades nas avaliações escritas.

O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e

quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência

específicos são:

Compreender o significado de leitura;

Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;

Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.

Como pressuposto teórico utiliza-se Andrade e Henriques (2007), que oferecem breves

noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre

como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros

ofessores.

A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter

exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.

se que este estudo possa contribuir para que professores possam

prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver

a competência leitora para a melhoria da qualidade de ensino superior.

ISSN: 2177-5818

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No mundo que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, individuais e

coletivas; verbais, não verbais, os textos se cruzam, se completam, se modificam acompanhando o

movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social.

Por meio de textos é que convivemos, porém não se faz suficiente produzir ou receber

los para que ocorra a transformação em leitores competentes e para

eitora e as habilidades de leitura numa perspectiva de

Este tema foi escolhido tendo em vista que as próprias experiências docentes da

pesquisadora, que percebe que a maioria dos alunos da graduação não apresenta um nível

O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre o significado da competência leitora e

quais são as habilidades de leitura necessárias para o desenvolvimento dessa competência.

Analisar textos que possam revelar como ocorre a competência leitora;

Refletir a importância da formação docente continuada rumo a uma perspectiva prática.

drade e Henriques (2007), que oferecem breves

noções metodológicas de leitura e interpretação de textos, Cereja (2009), que discorre sobre

como construir competências e habilidades de leitura; e Perrenoud (2001), aborda, dentre outros

A metodologia utilizada neste estudo é de abordagem qualitativa, apresenta caráter

exploratório. Os procedimentos de coleta se realizam através de levantamento bibliográfico.

se que este estudo possa contribuir para que professores possam refletir sobre sua

prática e oferecer aos alunos de cursos superiores conhecimentos indispensáveis para desenvolver

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2. Noções metodológicas de leitura e interpretação de textos

Numa sociedade letrada como a nossa a leitura é fundamental, pois, além de desempenhar

suas funções informativa e recreativa, a transmissão da história, da cultura e da ciência, ainda

hoje, faz-se por meio da linguagem escrita.

O que é a leitura?

Ler: o ver de verdade.

Para Rubem Alves, “a leitura nos leva por mundos que nunca existiram nem existirão, por

espaços longínquos que nunca visitaremos. É desse mundo diferente, estranho ao nosso, que

passamos a ver o mundo em que vivemos de uma outra forma”.

“Através da leitura, é possível apurar o olhar e enxergar o que parece “invisível”, mas está o

tempo todo diante de nós”, Alice Ruiz.

Washington Olivetto ressalta que “a leitura é fundamental no aprendizado das diversas

linguagens. Mais do que fonte de inspiração, ela alimenta e realimenta meu trabalho, fornece a

vida que coloco naquilo que faço e devolvo através da mídia”.

Esclareça-se que estes depoimentos foram extraídos da Biblioteca Ideal, do site da Livraria

Cultura, www.livrariacultura.com.br2.

A palavra ler apresenta muitos sentidos. O dicionário Houaiss da língua portuguesa oferece

alguns:

1- Percorrer com a vista (texto, sintagma, palavra), interpretando-o por uma relação

estabelecida entre as sequências dos sinais gráficos escritos (alfabéticos e ideográficos) e os sinais

lingüísticos próprios de uma língua natural (fonemas, palavras, indicações gramaticais).

2- Ter acesso a (texto, obra, etc.) através de sistema de escrita, valendo-se de outro sentido

que não o da visão.

3- Conhecer, através de exame mais ou menos extenso (o conteúdo de um texto, obra, etc.)

4- Dedicar-se, entregar-se à leitura como hábito ou como paixão.

5- Interpretar (idéia, conceito mais ou menos complexo ou pensamento de um autor,

pensador, etc.); compreender.

6- Atribuir (significado, sentido ou forma) a (algo que se vê); interpretar.

7- Perceber, adivinhar, interpretar (sentimentos, pensamentos não formulados ou ocultos),

guiando-se por indícios mais ou menos subjetivos, decifrar o que não se revela facilmente, o que

está além do literal.

2 Depoimentos. Disponível em: <http://www.livrariacultura.com.br. Acesso em: 08 dez. 2010.

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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

8- Deduzir guiando-se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas

indiretamente contestável); inferir.

9- Prever, resumir (algo), formular (hipótes

Paulo Freire (1985, p. 11-12) diz:

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não

possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se

prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura

crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.

Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos

significados das palavras e até ao desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.

Andrade e Henriques (2007) explicam que a

necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.

A decodificação permite a

foi lido.

Em seguida, faz-se a interpretação

pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas r

entre texto e contexto.

Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão

comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à

leitura criativa.

Cumpridas as três etapas

conteúdo da leitura, de acordo com objetivo que se propôs.

Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de

textos, dentre outras: A técnica de sublinhar,

A técnica de sublinhar

É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de

resumir, esquematizar ou fichar.

Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,

memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é

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COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas

indiretamente contestável); inferir.

Prever, resumir (algo), formular (hipóteses), a partir de dados objetivos, conjecturar.

12) diz:

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não

possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se

dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura

crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.

Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos

o desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.

Andrade e Henriques (2007) explicam que a decodificação da palavra escrita é uma

necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.

A decodificação permite a intelecção, ou seja, a percepção do assunto, o significado do que

interpretação, que é a continuidade da “leitura do mundo” realizada

pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas r

Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão

comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à

Cumpridas as três etapas anteriores, está o leitor apto para empreender a aplicação do

conteúdo da leitura, de acordo com objetivo que se propôs.

Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de

textos, dentre outras: A técnica de sublinhar, como redigir resumos e elaboração de esquemas

A técnica de sublinhar

É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de

resumir, esquematizar ou fichar.

Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,

memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é

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se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas

es), a partir de dados objetivos, conjecturar.

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não

possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se

dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura

crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto.

Podemos entender que uma compreensão crítica do ato de ler leva à “tradução” dos

o desenvolvimento do que se oculta “por trás” delas.

da palavra escrita é uma

necessidade óbvia, porém constitui apenas a primeira etapa do processo da leitura criativa.

, ou seja, a percepção do assunto, o significado do que

, que é a continuidade da “leitura do mundo” realizada

pelo leitor. A interpretação, muitas vezes, extrapola a letra do texto, pois se baseia nas relações

Uma instituição de ensino que oferece uma interpretação pronta para o aluno (prática tão

comum) acaba exercitando uma interpretação única do texto, e isto significa um obstáculo à

anteriores, está o leitor apto para empreender a aplicação do

Andrade e Henriques (2007) sugerem ainda algumas técnicas de leitura e interpretação de

como redigir resumos e elaboração de esquemas.

É de grande utilidade para a intelecção e a interpretação do texto, facilitando o trabalho de

Sublinhar é uma técnica empregada com diversos objetivos: assimilar melhor o texto,

memorizar, preparar uma revisão rápida do assunto, aplicar em citações. Para sublinhar, é

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indispensável, antes de tudo, a compreensão do texto, pois este é o único processo que permite a

seleção do que é importante e do que é secundário.

Identificar por meio da compreensão as ideias centrais do texto é, portanto, condição

essencial para sublinhar com eficiência.

A técnica de sublinhar pode ser desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos:

a) Leitura integral do texto, para tomada de contato;

b) Esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e outras;

c) Releitura do texto, para identificar as idéias principais;

d) Sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contêm a idéia-núcleo e os detalhes importantes;

e) Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos mais importantes;

f) Assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os casos de discordâncias, as

passagens obscuras, os argumentos discutíveis;

g) Ler o que foi sublinhado para verificar se há sentido;

h) Reconstruir o texto, tomando as palavras sublinhadas como base.

Os autores oferecem ainda algumas sugestões para se obter maior funcionalidade das

anotações, estas sugestões, evidentemente, podem sofrer variações e adaptações pessoais, tais

como sublinhar com lápis preto macio, para não danificar o texto ou sublinhar com dois traços a

ideia principal e com um traço as secundárias.

Dependendo do gosto, usa-se caneta hidrocor, em várias cores, estabelecendo-se um

código particular, como vermelho = ideia principal e azul = detalhes importantes.

As anotações à margem do texto podem ser feitas com um traço vertical para trechos

importantes e dois traços verticais para os importantíssimos.

O indispensável é sublinhar apenas o estritamente necessário, evitando-se o acúmulo de

anotações que, além de causar mau aspecto, em vez de facilitar o trabalho do leitor, dificulta e

gera confusão. É muito útil, no final do trabalho, fazer uma leitura comparando-se o texto original

com o texto sublinhado.

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Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Como redigir resumos

Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e

Henriques (2007) explicam que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade

específica:

a) Resumo indicativo ou descritivo.

às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a

fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo

indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus

objetivos.

b) Resumo informativo ou analítico.

extensão original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo

porém, a estrutura e os pontos essenciais.

A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas.

pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou

julgamento pessoal de quem elabora o resumo. Exige

não é necessário transcrever frases ou trechos do original

pessoais, com palavras do vocabulário que se costuma usar.

Um resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:

1. Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;

2. Não apresentar juízos críticos ou comentá

3. Respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;

4. Empregar linguagem clara e objetiva;

5. Evitar a transcrição de frases do original;

6. Apontar as conclusões do autor;

7. Dispensar consulta ao original para a compreensão do assunto.

c) Resumo crítico. Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão

sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos

anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da

trabalho analítico mais amplo.

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

esumos

Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e

que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade

Resumo indicativo ou descritivo. Neste tipo de resumo encontram-

às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a

fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo

indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus

Resumo informativo ou analítico. De maneira geral, reduz-se o texto a 1/3 ou 1/4 de sua

se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo

porém, a estrutura e os pontos essenciais.

A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas.

pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou

julgamento pessoal de quem elabora o resumo. Exige-se fidelidade ao texto, mas para mantê

não é necessário transcrever frases ou trechos do original; ao contrário, deve

pessoais, com palavras do vocabulário que se costuma usar.

Um resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:

1. Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;

2. Não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais;

3. Respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;

4. Empregar linguagem clara e objetiva;

5. Evitar a transcrição de frases do original;

6. Apontar as conclusões do autor;

7. Dispensar consulta ao original para a compreensão do assunto.

Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão

sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos

anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da

ISSN: 2177-5818

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Resumir significa condensar um texto, mantendo suas idéias principais. Andrade e

que há vários tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade

-se apenas referências

às partes principais do texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento

fundamental do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20 linhas. Um resumo

indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da obra e seus

se o texto a 1/3 ou 1/4 de sua

se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se,

A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas. As opiniões e os

pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou

se fidelidade ao texto, mas para mantê-la

; ao contrário, deve-se empregar frases

Este é um tipo de resumo que, além de apresentar uma versão

sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e a opinião de quem o elabora. Como nos tipos

anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da resenha, que é um

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Elaboração de esquemas

Esquematizar consiste na reelaboração do plano do autor. O esquema pode ser definido,

de forma bem elementar, como um resumo não redigido. A maneira de esquematizar um texto

também é muito pessoal: podem-se usar símbolos, palavras abreviadas, gráficos, desenhos,

chaves, flechas, maiúsculas e outros recursos que contribuam para a eficiência e compreensão do

esquema.

A elaboração de esquemas consiste em captar a estrutura da exposição do autor, quer se

trate de um livro, de uma seção ou de um capítulo. Pode-se obter o esboço inicial a partir dos

títulos, subtítulos e das epígrafes; colocar os títulos mais gerais numa margem e os subtítulos e

divisões nas colunas subsequentes e assim sucessivamente, caminhando da esquerda para a

direita; adotar o sistema de chaves, colchetes, colunas para separar divisões sucessivas; utilizar o

sistema de numeração progressiva (1, 1.1, 1.2, 1.2.1, 2, 2.1) ou convencionar o uso de algarismos

romanos, letras maiúsculas, minúsculas, números para indicar as divisões e subdivisões sucessivas;

usar alguns marcadores e estabelecer abreviaturas para poupar tempo e facilitar a captação

rápida das ideias.

É preciso que tenha compreensão e interpretação do texto, para que se possa empregar

estas técnicas com eficiência. A leitura é uma atividade necessária no mundo de hoje e não deve

restringir-se às finalidades de estudo. É preciso ler para se informar, para participar, para ampliar

conhecimentos e alcançar uma compreensão melhor da realidade atual.

3. Competência leitora e habilidades de leitura

O ensino brasileiro vem passando por uma transformação profunda há algumas décadas, à

medida que tem procurado pôr em destaque o ensino por competências, em lugar do ensino

focado apenas em conteúdos programáticos.

O que se pretende avaliar em questões de interpretação de textos em provas escritas e

avaliações externas como o ENADE, por exemplo, é se o aluno desenvolveu a competência leitora

necessária para o conhecimento e, consequentemente, para aprovação.

Segundo Perrenoud (2001), “competência é a capacidade de agir eficazmente em um

determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”.

Lino de Macedo (2003) afirma que “uma competência é mais do que um conhecimento”. O

autor ressalta que ela pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na

capacidade de avaliar e julgar.

Page 8: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais

além de ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,

estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as

ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em

específicos de decifração (Cereja, 2009).

Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz

de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para

quem busca extrair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para

escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário

adequados a cada situação.

Assim, podemos entender que a competência significa saber

situações e problemas que se colocam diante de nós em nosso cotidiano.

Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão

relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisõe

estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,

competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando

mutuamente.

No desenvolvimento da leitura e interpretação de textos,

expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou

esquemas de ação, como veremos mais adiante

4. Formação de professor

Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam

prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de

um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias

diferenciadas, nas quais as competências emergent

formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e

desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.

Segundo Perrenoud (2001), a função

profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios

a. o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a

responsabilidade individual de quem a exe

b. é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais

ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,

estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as

ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em

específicos de decifração (Cereja, 2009).

Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz

de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para

trair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para

escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário

Assim, podemos entender que a competência significa saber lidar com as diferentes

situações e problemas que se colocam diante de nós em nosso cotidiano.

Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão

relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisõe

estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,

competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando

No desenvolvimento da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se

expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou

esquemas de ação, como veremos mais adiante.

Formação de professor

Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam

prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de

um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias

diferenciadas, nas quais as competências emergentes são aquelas que deveriam orientar as

formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e

desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.

Segundo Perrenoud (2001), a função de professor ainda não pode ser considerada uma

profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios

o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a

responsabilidade individual de quem a exerce;

é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;

ISSN: 2177-5818

119

As competências e a leitura de mundo devem ser entendidas como uma forma de ler mais

ler um texto, sendo necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos,

estatísticas, desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as

ciências, as formas de expressão formais e coloquiais, tudo deve ser lido e em códigos e símbolos

Por exemplo, quando um aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz

de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta é esperada, da mesma maneira para

trair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para

escrever cartas a destinatários diferentes, o aluno precisa escolher o estilo e o vocabulário

lidar com as diferentes

Logo, se a competência está atrelada com o “saber fazer”, as habilidades estão

relacionadas com o “como fazer”: como o indivíduo mobiliza recursos, toma decisões, adota

estratégias ou procedimentos e opera ações concretas para resolver os problemas. Assim sendo,

competência e habilidades são interdependentes do “saber”, mas acabam se completando

a competência leitora se

expressa por meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou

Para que a competência leitora e as habilidades de leitura aconteçam numa perspectiva de

prática docente reflexiva e participação crítica, é preciso que se conscientize da necessidade de

um trabalho por projetos ou equipe, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogias

es são aquelas que deveriam orientar as

formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para busca de qualidade de ensino e

desenvolvem a cidadania, aquelas que recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.

de professor ainda não pode ser considerada uma

profissão plena. O autor enfatiza as características das profissões e dos ofícios:

o exercício de uma profissão implica uma atividade intelectual que compromete a

é uma atividade erudita, e não de natureza rotineira, mecânica ou repetitiva;

Page 9: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - ISSN: 2177-5818

Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira

120

c. no entanto, ela é prática, pois é definida como o exercício de uma arte, em vez de algo

puramente teórico e especulativo;

d. sua técnica é aprendida após uma longa formação;

e. o grupo que exerce essa atividade é regido por uma forte organização e uma grande

coesão interna;

f. trata-se de uma atividade de natureza altruísta, que presta um serviço precioso à

sociedade.

Assim, “o ofício não é imutável”, segundo Perrenoud (2001, p. 14), suas transformações

passam pela emergência de novas competências.

No livro Dez Novas Competências para Ensinar, o autor escolhe um referencial que acentua

as competências julgadas prioritárias por serem coerentes com o novo papel dos professores, com

a evolução da formação contínua, com as reformas da formação inicial e com as ambições das

políticas educativas. Este referencial apreende o movimento da profissão nas 10 grandes famílias

de competências resumidas no Quadro a seguir:

Quadro 1 - Dez Novas Competências para Ensinar

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução

em objetivos de aprendizagem

Trabalhar a partir das representações dos alunos

Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem

Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas

Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento

2. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma

Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto

Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades

Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo

Uma dupla construção

3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma

Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto

Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades

Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo

Uma dupla construção

4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho

escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação

Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de

contratos

Oferecer atividades opcionais de formação

Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno

5. Trabalhar em equipe

Page 10: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Elaborar um projeto em equipe, representações comuns

Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões

Formar e renovar uma equipe pedagóg

Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais

Administrar crises ou conflitos interpessoais

6. Participar da Administração da EscolaElaborar, negociar um projeto da instituição

Administrar os recursos da es

Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros

Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos

Competências para trabalhar em ciclos de aprendizagem

7. Informar e Envolver os paisDirigir reuniões de informação e de debate

Fazer entrevistas

Envolver os pais na construção dos saberes

8. Utilizar Novas TecnologiasA informática na escola: uma disciplina como qualquer outra, um

simples meio de ensino ?

Utilizar editores de texto

Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino

Comunicar-se à distância por meio da telemática

Utilizar as ferramentas multimídia no ensino

Competências fundamentadas em uma cultura tecnológica

9. Enfrentar os Deveres e os dilemas da ProfissãoPrevenir a violência na escola e fora dela

Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais

Participar da criação de regras

sanções e à apreciação da conduta

Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula

Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça

Dilemas e competências

10. Administrar sua própria formação contínuaSaber explicitar as próprias práticas

Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação

continua

Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede

Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo

Acolher a formação dos colegas e participar dela

Ser agente do sistema de formação continua

Assim, Perrenoud (2001) sugere que professores

onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na

formação de profissionais, preocupem

reflexiva e participação crítica como orientaçõ

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

Elaborar um projeto em equipe, representações comuns

Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões

Formar e renovar uma equipe pedagógica

Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais

Administrar crises ou conflitos interpessoais

Participar da Administração da Escola Elaborar, negociar um projeto da instituição

Administrar os recursos da escola

Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros

Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos

Competências para trabalhar em ciclos de aprendizagem

Informar e Envolver os pais Dirigir reuniões de informação e de debate

Envolver os pais na construção dos saberes

Utilizar Novas Tecnologias A informática na escola: uma disciplina como qualquer outra, um savoir-faire ou um

Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino

se à distância por meio da telemática

Utilizar as ferramentas multimídia no ensino

Competências fundamentadas em uma cultura tecnológica

Enfrentar os Deveres e os dilemas da Profissão Prevenir a violência na escola e fora dela

Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais

Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola, às

sanções e à apreciação da conduta

Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula

Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça

Administrar sua própria formação contínua Saber explicitar as próprias práticas

Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação

Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede)

se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo

Acolher a formação dos colegas e participar dela

Ser agente do sistema de formação continua

Fonte: Perrenoud (2001).

Assim, Perrenoud (2001) sugere que professores inseridos num contexto em mudança,

onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na

formação de profissionais, preocupem-se com sua formação, numa perspectiva de prática

reflexiva e participação crítica como orientações prioritárias de sua formação

ISSN: 2177-5818

121

Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais

ou um

Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino

de vida comum referentes à disciplina na escola, às

Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça

Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação

se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo

Fonte: Perrenoud (2001).

inseridos num contexto em mudança,

onde as transformações da sociedade clamam automaticamente por evoluções na escola e na

se com sua formação, numa perspectiva de prática

es prioritárias de sua formação.

Page 11: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

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122

5. Análise de textos

No âmbito da leitura e da interpretação de textos, a competência leitora se expressa por

meio de habilidades de leitura, que se concretiza por meio de operações ou esquemas de ação,

como já dito anteriormente.

No texto abaixo, Texto 1, podemos avaliar a competência leitora a partir da seguinte

análise:

O comportamento da personagem Ana no terceiro quadrinho sugere caridade, entusiasmo,

gratidão, interesse ou satisfação? Trata-se de uma pergunta que para resolver, o aluno deve fazer

várias operações: ler os balões, a fim de reconhecer os papéis sociais das personagens, mãe e

filha, e a intenção da moça no último quadrinho. Em seguida deve relacionar essas informações

com as alternativas propostas e concluir que a opção interesse é a que melhor traduz as intenções

de Ana.

Outra operação seria identificar onde está a contradição, comparando o segundo e o

terceiro quadrinho no discurso de Ana no qual se encontra o humor da tira.

Texto 2:

O Ministério da Educação, no seu objetivo de aprimoramento da educação

nacional, por meio do Prof. Reynaldo Fernandes, presidente do INEP, promoveu

uma recente reformulação no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio,

introduzindo algumas inovações.

Fonte: http://www.enem.inep.gov.br/enem.php, acesso em 10/12/2010.

As habilidades de leitura necessárias para desenvolver a competência leitora no Texto 2

envolve conhecimento prévio, conhecer a avaliação externa chamada ENEM - Exame Nacional do

Ensino Médio.

Page 12: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Na elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do

texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a

uma dessas inovações, a saber, alternativa d

a) os seus resultados serão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer

públicas ou privadas, para ingresso em seus cursos;

b) independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,

objetos da prova, receberão idêntico peso na sua

c) o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por

ocasião de sua inscrição e não poderá alterá

d) entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que

o aluno aprendeu na escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;

e) O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha

da resposta.

O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação

concreta considerando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas

também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o

aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da pro

se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar

dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e

também, na vida social, uma postura ética e cidadã.

Para aferir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes

para as resoluções de questões, mas principalmente para a vida.

As cinco competências avaliadas pelo Enem são:

I Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das

matemáticas, artísticas e científicas.

II Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a

compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico

produção tecnológica e das manifestações artísticas.

III Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas

de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações

IV Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos

disponíveis em situaç

V Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de

propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos

e considerando a diversidade sociocultural.

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do

texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a

uma dessas inovações, a saber, alternativa d.

ão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer

públicas ou privadas, para ingresso em seus cursos;

independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,

objetos da prova, receberão idêntico peso na sua avaliação;

o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por

ocasião de sua inscrição e não poderá alterá-lo;

entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que

a escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;

O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha

O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação

iderando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas

também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o

aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da pro

se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar

dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e

também, na vida social, uma postura ética e cidadã.

erir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes

para as resoluções de questões, mas principalmente para a vida.

As cinco competências avaliadas pelo Enem são:

Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens

matemáticas, artísticas e científicas.

Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a

compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da

produção tecnológica e das manifestações artísticas.

Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas

de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos

disponíveis em situações concretas para construir argumentação consistente

Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de

propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos

e considerando a diversidade sociocultural.

Fonte: www.enem.gov.br, acesso em 08/12/2010.

ISSN: 2177-5818

123

elaboração de alternativas para que o aluno possa identificar a informação principal do

texto, analisar, comparar e concluir que dentre as cinco alternativas somente uma corresponde a

ão considerados por todas as Instituições de Ensino Superior, quer

independentemente da opção do aluno pelo curso de sua preferência, todas as áreas,

o aluno, obrigatoriamente, deverá optar pelo curso superior de sua preferência , por

entre os objetivos do novo ENEM, identificamos a preocupação, não de identificar o que

a escola, mas sim como usa este aprendizado para a vida;

O ENEM hoje desenvolveu um mecanismo que identifica o chamado “chute” na escolha

O aluno deve mobilizar recursos, tomar a decisão adotando estratégias e realizar a ação

iderando a mudança significativa no perfil da prova, apesar de algumas alternativas

também se tratarem de situações verdadeiras, se traduz como reformulação recente que o

aprendizado da escola básica deve ser utilizado na vida, pois um dos objetivos da prova é avaliar

se o aluno tem estruturas mentais desenvolvidas o suficiente para lhe possibilitar interpretar

dados, pensar, tomar decisões adequadas, aplicar conhecimentos em situações concretas, e

erir estas capacidades, o Enem avalia cinco competências consideradas importantes

linguagens

Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a

geográficos, da

Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas

problema.

Relacionar informações, representadas e, diferentes formas, e conhecimentos

ões concretas para construir argumentação consistente.

Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de

propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos

Fonte: www.enem.gov.br, acesso em 08/12/2010.

Page 13: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

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124

Assim o aluno realiza a inferência, dedução e conclusão. A inferência significa um processo

pelo qual, com base em determinados dados, chega-se a uma conclusão. A dedução significa

concluir pelo raciocínio. E conclusão significa chegar a um resultado, decisão, afirmação.

No Texto 3 apresento uma questão (questão 5) da Prova ENADE de 2010, na parte de

Formação Geral.

Em princípio, ressalto que o ENADE oferece suas competências, a saber, divulgadas na

legislação que trata das Portarias Inep dos cursos avaliados em 2010, em relação à Formação

Geral, veremos o Artigo 1º, 2º e 3º:

Art. 1º O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), parte integrante do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem como

objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos

programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências

para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira,

mundial e sobre outras áreas do conhecimento.

Art. 2º A prova do Enade 2009, com duração total de 4 (quatro) horas, terá a avaliação

do componente de formação geral comum aos cursos de todas as áreas e um

componente específico do Curso.

Art. 3º No componente de Formação Geral será considerada a formação de um

profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive.

Além do domínio de conhecimentos e de níveis diversificados de habilidades e

competências para perfis profissionais específicos, espera-se que os graduandos

das Instituições de Ensino Superior (IES) evidenciem a compreensão de temas

que possam transcender ao seu ambiente próprio de formação e sejam

importantes para a realidade contemporânea. Essa compreensão vincula-se a

perspectivas críticas, integradoras e à construção de sínteses contextualizadas.

§ 1º As questões do componente de Formação Geral versarão sobre alguns

dentre os seguintes temas:

I - ecologia;

II - biodiversidade;

III - arte, cultura e filosofia;

IV – mapas geopolíticos e socioeconômicos;

V - globalização;

VI - políticas públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, segurança,

defesa, desenvolvimento sustentável;

VII - redes sociais e responsabilidade: setor público, privado, terceiro setor;

VIII - relações interpessoais: respeitar, cuidar, considerar, conviver;

IX – sociodiversidade: multiculturalismo, tolerância, inclusão;

X - exclusão e minorias;

XI – relações de gênero;

XII - vida urbana e rural;

XIII - democracia e cidadania;

XIV - violência;

XV - terrorismo;

XVI - avanços tecnológicos;

XVII - inclusão/exclusão digital;

XVIII - relações de trabalho;

XIX - tecnociência;

XX - propriedade intelectual;

XXI - diferentes mídias e tratamento da informação.

§ 2º No componente de Formação Geral, serão verificadas as capacidades de:

I - ler e interpretar textos;

Page 14: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

II - analisar e criticar informações;

III - extrair conclusões por indução e/ou dedução;

IV - estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;

V - detectar contradições;

VI - fazer escolhas valorativas avaliando conseqüências;

VII - questionar a realidade;

VIII - argumentar coerentemente.

§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar

competência para:

I - propor ações de intervenção;

II - propor soluções p

III - elaborar perspectivas integradoras;

IV - elaborar sínteses;

V - administrar conflitos.

§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,

sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que ab

situações-problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,

imagens, gráficos e tabelas.

§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,

estratégias argumentativas, utilização de vocabulário adequado

gramatical do texto.

Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.

Texto 3: Questão 5 - Prova ENADE 2010:

O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico

Philippe Rekacewicz (Le Monde Diplomatique).

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

analisar e criticar informações;

extrair conclusões por indução e/ou dedução;

estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;

detectar contradições;

fazer escolhas valorativas avaliando conseqüências;

questionar a realidade;

argumentar coerentemente.

§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar

propor ações de intervenção;

propor soluções para situações-problema;

elaborar perspectivas integradoras;

elaborar sínteses;

administrar conflitos.

§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,

sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que ab

problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,

imagens, gráficos e tabelas.

§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,

estratégias argumentativas, utilização de vocabulário adequado e correção

Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.

Prova ENADE 2010:

O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico

(Le Monde Diplomatique). Organização Mundial da Saúde, 2006. Disponível

em: http://www.google.com.br/mapas, acesso em 07/08/2010

ISSN: 2177-5818

125

estabelecer relações, comparações e contrastes em diferentes situações;

§ 3º No componente de Formação Geral, os estudantes deverão mostrar

§ 4º O componente de Formação Geral do Enade 2009 terá 10 (dez) questões,

sendo 2 (duas) discursivas e 8 (oito) de múltipla escolha, que abordarão

problema, estudos de caso, simulações e interpretação de textos,

§ 5º As questões discursivas avaliarão aspectos como clareza, coerência, coesão,

e correção

Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp, acesso em 28/11/2010.

O mapa abaixo representa as áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico

Organização Mundial da Saúde, 2006. Disponível

em: http://www.google.com.br/mapas, acesso em 07/08/2010.

Page 15: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - ISSN: 2177-5818

Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira

126

Considerando o mapa apresentado, analise as afirmações que se seguem:

I. A globalização é fenômeno que ocorre de maneira desigual entre os países, e o progresso

social independe dos avanços econômicos.

II. Existe relação direta entre o crescimento da ocupação humana e o maior acesso ao

saneamento básico.

III. Brasil, Rússia, Índia e China, países pertencentes ao bloco dos emergentes, possuem

percentual da população com acesso ao saneamento básico abaixo da média mundial.

IV. O maior acesso ao saneamento básico ocorre, em geral, em países desenvolvidos.

V. Para se analisar o índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país, deve-se

diagnosticar suas condições básicas de infraestrutura, seu PIB per capta, a saúde e a educação.

É correto apenas o que se afirma em:

A) I e II.

B) I e III.

C) II e V.

D) III e IV.

E) IV e V.

Trata-se de uma questão que envolve áreas do conhecimento como a Geografia e

conhecimentos gerais, atualidades. Do ponto de vista do tema, leitura de mapa representando as

áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico, todas as afirmações poderiam indicar

contextualização, encadeamento de idéias, contudo os passos necessários para que o aluno

chegasse à melhor alternativa são:

- Ler o texto verbal e identificar a informação principal do texto;

- Observar o texto não verbal, o mapa e a legenda, analisar e comparar;

- Relacionar o texto verbal e o não verbal, estabelecendo conexões e analogias;

- Concluir que as afirmativas IV e V são as corretas.

Este conjunto de ações: observar, analisar, relacionar, inferir, comparar, concluir, entre

outras, traduzem as habilidades necessárias para lidar com a leitura e a interpretação de textos.

Page 16: 09 Competencia Leitora e Habilidades de Leitura

Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA:

Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram

desenvolvidas durante a vida escolar e pessoal.

6. Considerações Finais

Este artigo abordou a competência leitora e habilidades de leitu

prática reflexiva e participação crítica. Partiu

Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo

consistiu em refletir sobre o significad

leitura.

Na busca da compreensão do significado da leitura entende

verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a

leitura uma vez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir

se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance

de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.

Após análise dos três textos procurou

quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.

Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se

completam mutuamente.

Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa

por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou

de operações. Estes esquemas de ação, conforme analisado, sã

comparar, refletir, deduzir, concluir.

A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e

participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do

professor se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se

realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por

projetos ou equipe.

Ressalta-se que esta Universidade

uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a

competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de

temas que possam transcender ao seu ambiente próprio de for

realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses

contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a

partir de procedimentos e estratégia

problema.

Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 -

COMPETÊNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA: Prática reflexiva e participação crítica

Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram

desenvolvidas durante a vida escolar e pessoal.

Considerações Finais

Este artigo abordou a competência leitora e habilidades de leitura numa perspectiva de

prática reflexiva e participação crítica. Partiu-se do Grupo de Pesquisa da

Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo

consistiu em refletir sobre o significado da competência leitora e quais são as habilidades de

Na busca da compreensão do significado da leitura entende-se que ler significa o ver de

verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a

ez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir

se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance

de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.

ós análise dos três textos procurou-se identificar como se dá a competência leitora e

quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.

Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se

Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa

por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou

de operações. Estes esquemas de ação, conforme analisado, são: identificar, analisar, inferir,

comparar, refletir, deduzir, concluir.

A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e

participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do

se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se

realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por

se que esta Universidade – UniABC, está num processo de mud

uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a

competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de

temas que possam transcender ao seu ambiente próprio de formação e sejam importantes para a

realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses

contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a

partir de procedimentos e estratégias de ação para chegar à resposta que fecha e resolve o

ISSN: 2177-5818

127

Avaliar a competência leitora consiste em verificar como estas habilidades foram

ra numa perspectiva de

se do Grupo de Pesquisa da UniABC, e a Linha de

Pesquisa se deu em Educação: do saber acadêmico à prática de ensino. O objetivo geral do artigo

o da competência leitora e quais são as habilidades de

se que ler significa o ver de

verdade. Lemos para compreender ou a começar a compreender, função essa essencial, pois, a

ez que se faz como uma atividade necessária no mundo de hoje, não deve restringir-

se a decodificar sinais, mas como informação, participação, ampliação de conhecimentos e alcance

de uma compreensão melhor da realidade atual, ou seja, a leitura de mundo.

se identificar como se dá a competência leitora e

quais são as habilidades de leitura necessárias para atingir esta competência.

Se competências e habilidades são dimensões interdependentes do saber, elas se

Assim, no âmbito da leitura e interpretação de textos, a competência leitora se expressa

por meio de habilidades de leitura que acaba por se concretizar por meio de esquemas de ação ou

o: identificar, analisar, inferir,

A importância da formação docente continuada rumo a uma prática reflexiva e

participação crítica, terceiro e último objetivo deste estudo, revela que há uma necessidade do

se preparar melhor para que a competência leitora e as habilidades de leitura se

realizem no cotidiano acadêmico por meio de autonomia, responsabilidades, trabalho por

UniABC, está num processo de mudança, em busca de

uma cultura a ser implantada e implementada, como uma forma de aproximação com a

competência leitora e habilidades de leitura, pois os alunos precisam evidenciar a compreensão de

mação e sejam importantes para a

realidade contemporânea, numa perspectiva crítica, integradora e com construção de sínteses

contextualizadas, para tanto os alunos devem mostrar competência leitora realizando escolhas a

s de ação para chegar à resposta que fecha e resolve o

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Pedagogia – Pedagogy – Pedagogía | | Revista UniABC – v. 2, n. 2, 2011 - ISSN: 2177-5818

Profª. Ms. Monica Lopes de Oliveira

128

Assim, pode-se constatar que o ofício de professor está se transformando, conforme

Perrenoud (2001), e as transformações passam pela emergência de novas competências

coerentes, com o novo papel dos professores e com a evolução da formação contínua.

Assim como a linguagem é um poderoso instrumento de expressão do ser humano, de

forma oral ou escrita, verbal ou não verbal, a leitura vai além do universo da palavra escrita.

Assim sendo, ser um leitor competente não é compreender apenas o que está explícito,

mas o que está implícito no texto, ler nas entrelinhas, colocando-se numa postura ativa, de

análise, de resposta ao texto lido, estando atento também aos outros elementos da situação de

produção do texto: quem fala, para quem fala, em qual contexto e momento histórico, com que

intenção. É ainda aquele que, além do sentido das palavras, descobre também o significado das

pausas, dos silêncios, da pontuação, pois nenhum texto é neutro e despretensioso, está sempre

repleto de intenções e ideologias que dependem do contexto em que foi produzido.

Dentre as diversas pesquisas que lidam com o tema competência leitora e habilidades de

leitura, nenhuma delas enfocou a prática docente reflexiva e a participação crítica, conforme

proposto neste artigo, pois é preciso compreender como ocorre a competência leitora e as

habilidades de leitura para que tenhamos leitores competentes e críticos, prontos para o exercício

profissional e para a cidadania

É gratificante para a pesquisadora ter realizado este trabalho que tanto a enriqueceu, pois

acredita-se que as reflexões e apontamentos aqui contidos, possam contribuir para o trabalho

como Professora do Ensino Superior, o qual poderá trazer benefícios e poderá auxiliar outros

profissionais dessa carreira brilhante que é a Educação.

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