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COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA Prof. Júlio Coelho

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIAProf. Júlio Coelho

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• Imagine que você esteja formado, logrou êxito em seu exame da OAB e se encontra agora em seu escritório de advocacia...

• Ao receber seu primeiro cliente, ele lhe apresenta determinada situação jurídica que dará ensejo à sua primeira demanda.

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• Contrato de honorários advocatícios devidamente assinado, só resta agora distribuir a petição inicial.

• Surge uma dúvida: a qual órgão de nosso imenso Poder Judiciário a petição deve ser direcionada?

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CompetênciaCompetência• Para o profissional do Direito, tão

importante quanto saber as normas aplicáveis ao caso ou determinar a presença das condições da ação, é saber, com precisão, perante qual órgão jurisdicional deve ser posta a demanda.

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• Sabemos que a jurisdição, enquanto função estatal, é essencialmente una.

• Contudo, seu exercício exige que, na prática, ocorra uma divisão de trabalho entre os diversos órgãos que compõe nosso Poder Judiciário.

• Todos os órgãos do Poder Judiciário exercem jurisdição, mas, obviamente, nem todos serão competentes para examinar determinado litígio

• Vasto e complexo sistema que é o aparelho judiciário - se a lei facultasse a qualquer deles exercer, indistintamente, a jurisdição, seria um contra-senso.

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Estrutura do Poder JudiciárioEstrutura do Poder Judiciário• a existência de diversos organismos jurisdicionais

autônomos entre si (as diversas "Justiças"); • a existência, em cada "Justiça", de órgãos judiciários

superiores e órgãos inferiores (o duplo grau de jurisdição); • a divisão judiciária, com distribuição de órgãos judiciários

por todo o território nacional (comarcas, seções judiciárias);

• a existência de mais de um órgão judiciário de igual categoria no mesmo lugar (na mesma comarca, na mesma seção judiciária);

• Da observação desses dados fundamentais e característicos torna possível determinar qual juiz é o competente para conhecer e julgar determinada demanda.

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Noção de CompetênciaNoção de Competência• Na medida em que o legislador delimita as atribuições

de determinado órgão do Judiciário, ele está definindo a competência daquele órgão para determinadas funções e proibindo-o de exercer outras.

• Cada órgão do Judiciário recebe a sua parcela de função e, desse modo, só está habilitado a exercer as funções contidas nesses limites. Isso ocorre não porque lhe falta jurisdição, mas sim porque lhe falta competência.

• Conceituação da competência como medida (limite) do exercício da jurisdição: cada órgão só exerce a jurisdição dentro da medida que lhe fixam as regras sobre competência.

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• Competência é “conjunto de limites dentro dos quais cada órgão do Judiciário pode exercer legitimamente a função jurisdicional.” (Alexandre Câmara)

• Competência é “quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupos de órgãos” (Liebman)

• A divisão de competência entre diferentes órgãos do Judiciário é realizada por intermédio de um critério racional que busca estabelecer regras para facilitar o exercício da Jurisdição.

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FONTES NORMATIVAS DE FONTES NORMATIVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIADISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA

• a competência de cada uma das “Justiças” e dos Tribunais Superiores da União é determinada pela Constituição Federal;

• as regras de competência, principalmente as referentes ao foro competente, estão na lei federal (Códigos de Processo civil e penal);

• A competência originária dos tribunais locais é determinada nas Constituições estaduais;

• nas leis de organização judiciária estão as regras de competência de juízo (varas especializadas)

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METODOLOGIA DE VERIFICAÇÃO METODOLOGIA DE VERIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIADE COMPETÊNCIA

1) É competente a Justiça brasileira? (competência internacional);

2) Qual é a Justiça competente? (competência "de jurisdição) ;

3) Qual o órgão, superior ou inferior, é o competente? (competência originária);

4) Qual a Comarca, ou Seção Judiciária, competente? (competência de foro);

5) Qual a Vara competente? (competência do juízo).

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1) É competente a Justiça brasileira?

• O primeiro questionamento que se faz é no plano internacional: é preciso saber se cabe à Justiça Brasileira conhecer a causa.

• No processo civil brasileiro, a competência internacional é determinada pelos artigos 88 a 90 do CPC.

• Nas hipóteses do art. 88, temos a chamada competência internacional concorrente. Através dela existe a possibilidade de, se for o caso, a Justiça de outro país poder, também, se considerar competente.

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1) É competente a Justiça brasileira?

• Na competência concorrente (art. 88): sempre que versar sobre a mesma lide duas ações, uma nacional e outra estrangeira, que tenham estas sido propostas sucessiva ou simultaneamente, prevalecerá a nacional se produzir efeitos de coisa julgada material antes que a estrangeira tenha sido homologada pelo STJ (EC 45/2004).

• Inversamente, prevalecerá a decisão estrangeira se a homologação pelo STJ preceder à sentença nacional passada em julgado.

• Não se cogita, nesses casos, os efeitos impeditivos da litispendência (art. 90, CPC)

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1) É competente a Justiça brasileira?

• Na competência privativa: A lei processual brasileira estabelece dois casos de atribuição exclusiva de competência à autoridade brasileira

• Art. 89, CPC: Qualquer ação que verse sobre bens imóveis situados no Brasil aqui deverá ser processada, bem como o inventário e partilha de bens situados no País, nada importando sejam os sujeitos da lide estrangeiros.

• a sentença estrangeira que dispuser sobre os bens imóveis explicitados no inciso I ou julgar partilha na hipótese do inciso II não produzirá efeitos em nosso país nem poderá ser homologada pelo STJ

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2) Qual é a “Justiça” competente?

• fala-se em competência de jurisdição, significando essa locução o conjunto das atividades jurisdicionais conferidas a determinado organismo judiciário

• Consultando a Constituição, que indica as atribuições das Justiças Especiais, será então verificado se estamos diante de hipótese de julgamento de alguma das Justiças Especiais (Eleitoral, Militar e Trabalhista) ou da Justiça Comum (Federal ou Estadual).

• As atribuições da Justiça Estadual não estão enumeradas analiticamente na Constituição, mas a elas se chega por exclusão.

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3) Qual o órgão, superior ou inferior, é o competente?

• Determinada em concreto a “Justiça” competente para o processamento da demanda, cumpre verificar o grau de jurisdição em que correrá o processo.

• A competência originária, em regra, é do juízo de primeira instância. A exceção deve estar prevista nas Constituições Federal e Estaduais (Justiça Comum Estadual) que tratam das competências originárias dos tribunais.

• Esse critério hierárquico de atribuição de competência é fundado, no mais das vezes, ou na qualidade das partes ou no objeto do processo

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4) Qual a Comarca, ou Seção Judiciária, competente?

• Estabelecer em que circunscrição territorial será proposta a ação, determinando o foro competente para o conhecimento da lide.

• Por “foro competente”, entende-se a circunscrição territorial judiciária onde a causa deve ser proposta (Comarca ou Seção Judiciária). É a que mais pormenorizada vem discriminada nas leis processuais, principalmente nos Código de Processo Civil e Processo Penal

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4) Qual a Comarca, ou Seção Judiciária, competente?

• São os arts. 94 a 100 do Código de Processo Civil os que fixam as regras que competência territorial,

• Foro comum, ou geral, é aquele correspondente à regra geral de determinação de competência territorial : é o foro do domicílio do réu (art. 94, CPC);

• Nas ações ditas pessoais, a lei confere uma relativa vantagem ao réu, prevendo que ele será demandado no local onde se situa o seu domicílio.

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4) Qual a Comarca, ou Seção Judiciária, competente?• o foro comum (tomado como foro do domicílio do réu) se

subdivide em foro do domicilio do réu e em foro subsidiário do foro comum, apontando como subsidiários os previstos no art. 94, § 1º – foro da residência do réu; no art. 94, §§ 2º e 3º – foro do domicílio do autor; no art. 94, § 3º – qualquer foro; e no art. 94, § 4º – foro de qualquer dos réus.

• Os demais artigos (95 a 100) estabelecem os foros especiais. Exs.: Para a propositura de ação real imobiliária, competente é o foro de onde se situa o imóvel objeto da lide (art. 95); para o processamento do inventário e partilha dos bens situados no território brasileiro a legislação processual destinou foro especial: o do domicílio do autor da herança, no Brasil (ar.t 96)

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5) Qual a Vara competente?

• normalmente, temos diversos órgãos jurisdicionais na mesma comarca ou seção e, então, consultando o código de organização judiciária e o regimento interno dos tribunais, poderá finalmente ser encontrado qual o juízo competente (essa divisão pode ser feita em relação a matéria, qualidade das partes, valor da causa, etc.).

• Havendo mais de um juízo competente para a mesma matéria, a fixação da competência será feita por distribuição.

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5) Qual a Vara competente?

• Justiça Estadual do Ceará – CÓDIGO DE DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ (LEI N.º 12.342, DE 28.07.1994, alterada. pela LEI N° 14.407, DE 15.07.09)

• Justiça Federal – Resoluções do TRF da 5ª Região

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