08. medidas

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  8  Medidas Miti gador as, Com pensatór ias e Pro gr amas de Controle e Monitoramento

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8Medidas Mitigadoras, Compensatrias e Programas de Controle e Monitoramento

8.1

Medidas Compensatrias, Mitigadoras e Potencializadoras

Aps a identificao e classificao dos impactos ambientais potenciais decorrentes do planejamento, instalao e operao do empreendimento, a equipe multidisciplinar props aes que visam reduo ou eliminao dos impactos negativos (medidas mitigadoras) e tambm aes objetivando a maximizao dos impactos positivos (medidas potencializadoras). As medidas mitigadoras/reparadoras propostas foram baseadas na previso de eventos adversos potenciais sobre os itens ambientais destacados, tendo por objetivo a eliminao ou atenuao de tais eventos. As medidas potencializadoras propostas, conforme citado anteriormente, visam otimizar as condies de instalao do empreendimento atravs da maximizao dos efeitos positivos. Tais medidas mitigadoras e potencializadoras apresentam caractersticas em

conformidade com os objetivos a que se destinam, conforme se segue: Medida Mitigadora Preventiva Consiste em uma medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuzos aos itens ambientais destacados nos meios fsico, bitico e socioeconmico. Este tipo de medida procura anteceder a ocorrncia do impacto negativo. Medida Mitigadora Corretiva Consiste em uma medida que visa mitigar os efeitos de um impacto negativo identificado, quer seja pelo restabelecimento da situao anterior ocorrncia de um evento adverso sobre o item ambiental destacado nos meios fsico, bitico e socioeconmico, quer seja pelo estabelecimento de nova situao de equilbrio harmnico entre os diversos parmetros do item ambiental atravs de aes de controle para neutralizao do fator gerador do impacto.

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Medida Mitigadora Compensatria Consiste em uma medida que procura repor bens socioambientais perdidos em decorrncia de aes diretas ou indiretas do empreendimento. Medida Potencializadora Consiste em uma medida que visa otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo decorrente direta ou indiretamente da instalao do empreendimento. Torna-se importante esclarecer que as medidas mitigadoras compensatrias citadas no presente Captulo no se constituem naquela medida compensatria estabelecida pela Lei N 9.985 de 18 de julho de 2000, regulamentada pelo Decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002. O artigo 36 da Lei N 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao, determina que, nos casos de licenciamento de empreendimentos de significativo impacto ambiental, o empreendedor obrigado a apoiar a implantao e manuteno de uma unidade de conservao do grupo de proteo integral, destinando pelo menos meio por cento dos custos totais previstos para a instalao do empreendimento. Ao rgo ambiental licenciador compete definir a(s) unidade(s) de conservao a ser(em) beneficiada(s). No entanto, as formas de aplicao deste recurso devero obedecer ordem de prioridade estabelecida no Art. 33 do Decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002. Recentemente o MMA (Ministrio do Meio Ambiente) criou a Cmara Federal de Compensao Ambiental (CFCA) que, entre outras atribuies, ser responsvel por propor critrios de graduao de impactos ambientais para clculo do valor da compensao ambiental, alm de decidir a aplicao dos recursos. Para cada impacto ambiental potencial negativo identificado so propostas medidas mitigadoras classificadas quanto ao seu carter preventivo, corretivo ou compensatrio, bem como medidas potencializadoras para os impactos classificados como positivos. A anlise detalhada desses impactos conduziu proposio de medidas mitigadoras que atenuaro consideravelmente os seus efeitos adversos ao meio ambiente, podendo mesmo elimin-los em alguns casos.

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8.1.1

Apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras

Apresentam-se a seguir as medidas mitigadoras classificadas quanto ao seu carter preventivo, corretivo ou compensatrio, bem como as medidas potencializadoras propostas, correlacionando-as com os impactos ambientais potenciais identificados, com as aes do empreendimento geradoras do impacto considerado, com a fase do empreendimento e com o meio afetado. a) Meio fsicoIMPACTO 01 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais INTENSIFICAO DE DINMICA SUPERFICIAL Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo

Medidas Mitigadoras Mesmo considerando o relevo ondulado no plano existente no topo da rea onde efetivamente ser implantado o empreendimento, o que no favorece o desencadeamento de processos erosivos, o empreendedor, ao executar as obras que se apresentam como potenciais causadoras de processos erosivos, dever adotar uma srie de medidas mitigadoras preventivas e/ou corretivas para que as atividades de implantao no se transformem em focos de processos erosivos. Desta forma, enumera-se a seguir uma srie de medidas mitigadoras a serem adotadas quando da implantao e operao do empreendimento, lembrando ainda que essas medidas mitigadoras e processos de controle de eroso sero objetos de detalhamento nas etapas subsequentes do processo de licenciamento ambiental. Realizar abertura de acessos temporrios em pontos menos favorveis ao desencadeamento de eroses. Na abertura das vias de circulao, evitar cortes profundos, criao de taludes artificiais e exposies excessivas do horizonte B e C dos solos locais, normalmente com maior dificuldade de drenagem.

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A profundidade e largura das valas para assentamento das tubulaes de leo combustvel, drenagem, gua, telefone e outros devero limitar-se s dimenses necessrias e estabelecidas pelo projeto de engenharia. O processo construtivo dever reduzir ao mnimo o perodo de tempo em que os solos tenham que permanecer expostos e priorizar as obras de terraplenagem na estao mais seca do ano. Iniciar o processo de pavimentao e paisagismo imediatamente aps a terraplanagem, reduzindo o perodo em que o solo ficar exposto ao das guas pluviais. Avaliar a necessidade de encaminhar a sada das guas das vias de circulao para estruturas de dissipao de energia. Caso essas estruturas venham a ser instaladas, no sop destes dissipadores devero ser instaladas caixas de brita para conteno de slidos e reduo do impacto das guas e evitar disposio de material terroso junto s linhas preferenciais de escoamento das guas pluviais. Implantar sistema de drenagem nas estradas, canteiros de obra e reas de bota-fora, de modo a evitar o acmulo de guas pluviais e, por consequncia, a instalao de processos erosivos. Devero ser construdas canaletas e outros dispositivos de drenagem que evitem o aumento das velocidades de escoamento superficial que possam causar eroso. Estruturas de drenagem devero ser dotadas de dissipadores de energia. Construir tanques de sedimentao de slidos em posies estratgicas na rea de forma a reduzir a quantidade de slidos a aportarem nos corpos dgua da regio.

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IMPACTO 02 Fase do Empreendimento Atividades

Aspectos Ambientais

ALTERAO NA QUALIDADE AMBIENTAL DOS SOLOS Instalao e Operao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao da planta de filtragem Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo Gerao e armazenamento de Resduos, Efluentes Combustveis

e

Medidas mitigadoras De forma a evitar acidentes com produtos perigosos que possam vir a contaminar o ambiente terrestre na regio das obras, a estocagem de combustveis, leos lubrificantes e quaisquer outras substncias qumicas dever ser realizada em locais distantes de qualquer corpo de gua, e adicionalmente este armazenamento contemplar bacias de conteno construdas conforme estabelecido na Norma Tcnica ABNT NBR 17505. Nos servios realizados com utilizao de comboio mvel com

combustveis e leos lubrificantes para abastecimento das mquinas ao longo das obras, esse comboio dever ser dotado de equipamentos de segurana e coleta de resduos em caso de acidentes, bem como seu pessoal treinado para o seu uso adequado. Utilizar mantas oleoflicas para qualquer manuteno nas mquinas, recobrindo o solo nos locais de manuteno, devendo os leos lubrificantes usados ser envazados e armazenados adequadamente at serem retirados da rea e encaminhados para rerrefino atravs de empresa devidamente licenciada para esta atividade. Para evitar que restos de combustveis, lubrificantes e resduos diversos gerados na obra venham contaminar o ambiente terrestre, eles devero receber tratamento, reciclagem ou disposio final conforme as regras estabelecidas pelo gerenciamento de resduos. A empresa responsvel pelas obras dever ser tambm responsvel pelo gerenciamento dos resduos gerados na implantao do empreendimento, passando neste caso, pela fiscalizao do empreendedor. Desta forma, dever ser elaborado um Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos PGRS especfico para a fase de implantao deste empreendimento.CPM RT 127/10 Maio/10

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Realizar um treinamento com os funcionrios das empresas contratadas para implantao do empreendimento visando ao gerenciamento adequado dos resduos a serem gerados nesta fase. O leo gerado no separador de gua e leo dever ser encaminhado para reciclagem. Inspecionar periodicamente as tubulaes enterradas de transferncia de leo combustvel para verificao de vazamentos. O funcionamento do sistema de tratamento de esgoto domstico dever ser constantemente monitorado, de modo a verificar se est funcionando em condies de projeto. Pretende-se, assim, evitar a contaminao do solo com poluentes que so degradados quando o sistema est em condies normais de operao. Treinar e reciclar permanentemente a mo de obra diretamente responsvel pelo manejo de resduos nas fases de implantao e de operao da unidade industrial. Caso seja identificado um derramamento de produto contaminante, proceder limpeza imediata do solo retirando-se o material contaminante de sua superfcie.IMPACTO 03 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais ALTERAES MORFOLGICAS Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo

Medidas mitigadoras A alterao morfolgica a ocorrer na rea em questo corresponder a um impacto de difcil ou mesmo impossvel mitigao, na medida em que nada poder ser feito para eliminar as alteraes de relevo que se iro processar na rea. No entanto, embora no seja possvel promover a reconformao topogrfica original da rea, este impacto poder ser minimizado a partir do estabelecimento de um cinturo verde (j previsto) que dificulte a visualizao dos novos plats a partir das reas externas ao empreendimento. Na parte interna do empreendimento, as prprias instalaesCPM RT 127/10 Maio/10

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prediais, associadas arborizao, iro amenizar a alterao morfolgica na rea em questo.ALTERAO NA QUALIDADE DOS RECURSOS HDRICOS SUPERFICIAIS Instalao e Operao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao da planta de filtragem Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo Gerao e armazenamento de Resduos, Efluentes e Combustveis

IMPACTO 04 Fase do Empreendimento Atividades

Aspectos Ambientais

Medidas mitigadoras fase de Implantao Quanto contaminao por gerao de resduos slidos: A supresso de vegetao dever restringir-se rea mnima possvel. Dever sempre que possvel ser evitada a movimentao de solos durante perodos chuvosos. Os solos devero ficar expostos s intempries pelo perodo de tempo mais curto possvel. Os taludes e demais solos expostos devero ser protegidos da ao das chuvas por vegetao ou outros tipos de cobertura. Relativamente aos esgotos sanitrios, faz-se necessrio, para reduzir o potencial impacto relativo contaminao de gua por lanamentos oriundos das obras: A implantao de banheiros qumicos no canteiro de obras e em pontos mais afastados deste. Devero ser construdas canaletas e outros dispositivos de drenagem que evitem o aumento das velocidades de escoamento superficial que possam causar eroso. Estruturas de drenagem devero ser dotadas de dissipadores de energia, no sendo permitida queda livre de gua sobre o solo. Dever ser evitada tambm a limpeza de reas em perodos chuvosos para reduzir o carreamento de material slido para os cursos dgua.CPM RT 127/10 Maio/10

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Folhas, galhos e solo solto devero ter devido descarte. Resduos slidos devero ser armazenados e descartados adequadamente seguindo procedimentos a serem definidos no Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos PGRS. Quanto aos resduos oleosos, atividades de manuteno e limpeza de veculos e de maquinrios devero ser realizadas preferencialmente em postos de abastecimento de combustveis situados fora da rea das obras. Caso estas atividades sejam desenvolvidas no canteiro de obras, devero ser feitas em locais preferencialmente cobertos, devidamente impermeabilizados, com rede coletora e dotados de tanques de sedimentao associados em srie com separadores gua-leo, sendo o leo separado, preferencialmente, reciclado. O material coletado e tratado nos banheiros dever ser transportado e descartado por empresa licenciada para o desenvolvimento destas atividades. Dever ser desenvolvido Programa de Educao Ambiental junto aos trabalhadores, destacando a importncia da proteo ao meio ambiente, principalmente no que concerne gerao e disposio de resduos e efluentes. Quanto a aspectos quantitativos, para reduo de impactos da terraplenagem sobre os fluxos de gua na rea de influncia da retrorea: Devero ser adotados, na retrorea, sistemas de drenagem que evitem a obstruo da passagem de guas e represamento pelo aterro. Medidas mitigadoras fase de implantao Projeto, construo e operao adequados de sistemas de drenagem de guas pluviais, considerando no apenas a rea do empreendimento, mas tambm trechos dos cursos de gua situados a jusante e a montante.

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Verificao das capacidades de transporte de picos de vazes das estruturas de drenagens e obras de arte situadas a jusante das reas a serem impermeabilizadas, atravs de estudo hidrolgico e hidrulico. Desenvolvimento de um Programa de Monitoramento de Recursos Hdricos Superficiais da rea de influncia do empreendimento. Funcionamento adequado dos sistemas de tratamento de efluentes sanitrios e industriais e de guas de drenagem pluvial, fazendo-se cumprir procedimentos de manuteno dos mesmos, de forma a garantirse as eficincias de tratamento projetadas. Gesto dos resduos slidos gerados na operao de forma a evitar contaminao da gua e lanamentos em corpos dgua. Cuidados nas atividades de manuteno das vias, manuteno e troca de leo, preferencialmente fora da rea do empreendimento, em local dotado de sistemas de controle de materiais oleosos. Aes para conscientizao dos trabalhadores a respeito da importncia dos recursos hdricos, enfatizando aspectos relacionados com esgotos sanitrios, desperdcio de gua e resduos slidos.

IMPACTO 05 Fase do Empreendimento Atividades

Aspectos Ambientais

ALTERAO NA QUALIDADE DOS RECURSOS HDRICOS SUBTERRNEOS Instalao e Operao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao da planta de filtragem Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo Gerao e armazenamento de Resduos, Efluentes e Combustveis

Medidas mitigadoras: Para o impacto em questo podem ser aplicadas as medidas mitigadoras relacionadas a seguir: Anteriormente ao incio das obras dever ser realizado o cadastro de eventuais usurios das guas do lenol fretico nos possveis locais onde poder haver rebaixamento do mesmo, quantificando-se o volume utilizadoCPM RT 127/10 Maio/10

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por cada usurio. Esse cadastro tem por objetivo preparar o empreendedor para a necessidade de proceder ao aprofundamento dos poos rasos ou cacimbas de forma a garantir a manuteno do nvel de gua para os usurios desta gua. Dever ser elaborado o Programa de Monitoramento do Lenol Fretico abordando-se os aspectos de nvel de gua e qualidade das guas. Esse programa, na fase de implantao, dever prever poos provisrios para acompanhamento dos nveis freticos nas reas onde poder ocorrer o rebaixamento do lenol, possibilitando o acompanhamento desses nveis at o retorno s condies normais ou at sua estabilizao em novo nvel, prximo ao anterior. Na fase de operao, o programa dever prever uma rede de poos de monitoramento permanentes que permitam o acompanhamento da qualidade das guas ao longo da operao do empreendimento. Estabelecer um Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos que garanta procedimentos adequados de controle para este aspecto ambiental, evitando-se a contaminao do lenol fretico. De forma a evitar acidentes com produtos perigosos que possam vir a contaminar o ambiente terrestre durante as obras, a estocagem de combustveis, leos lubrificantes e quaisquer outras substncias qumicas ser realizada em locais distantes de qualquer corpo de gua, e adicionalmente esse armazenamento contemplar bacias de conteno construdas conforme estabelecido na Norma Tcnica ABNT NBR 17505. Caso a empresa contratada para as obras opte por utilizar comboio mvel com combustveis e leos lubrificantes para abastecimento das mquinas ao longo das frentes de servios, esse comboio dever ser dotado de equipamentos de segurana e coleta de resduos em caso de acidentes, bem como seu pessoal treinado para o seu uso adequado. Caso o comboio mvel tambm faa qualquer manuteno das mquinas nas frentes de obras, ele dever utilizar mantas oleoflicas recobrindo o solo nos locais de manuteno, devendo os leos lubrificantes usados ser envazados e armazenadosCPM RT 127/10 Maio/10

adequadamente11/137

at

serem

retirados

da

rea

e

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encaminhados para rerrefino atravs de empresa devidamente licenciada para esta atividade. Dever ser realizado Programa de Educao Ambiental com os trabalhadores, destacando os aspectos relativos disposio adequada de resduos slidos e efluentes (lquidos e oleosos). O funcionamento do sistema de tratamento de esgoto domstico dever ser constantemente monitorado, de modo a verificar se est funcionando em condies de projeto. Pretende-se, assim, evitar a contaminao do solo e das guas subterrneas com poluentes que so degradados quando o sistema est em condies normais e satisfatrias de operao. Devero ser elaborados Programas de Gerenciamento de Resduos Slidos especficos para as fases de implantao e operao do empreendimento, evitando-se o seu manejo inadequado e a consequente contaminao das guas subterrneas a partir de resduos armazenados ou dispostos inadequadamente. De forma corretiva, caso venha a ocorrer um derramamento de produto contaminante dever ser procedida a limpeza imediata do solo, retirandose o material contaminante de sua superfcie.

IMPACTO 06 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

POLUIO ATMOSFRICA Instalao e Operao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Transporte de Pessoal, Insumos e Equipamentos Operao da Planta de Filtragem Emisso de Material Particulado e Gases de Combusto

Medidas mitigadoras fase de implantao Para atenuao da magnitude deste impacto, durante a fase de instalao proposta a sua mitigao atravs das seguintes aes: Umectao constante do solo nas reas de interveno, com frequncia predeterminada, para abatimento na origem das emisses de material para a atmosfera.CPM RT 127/10 Maio/10

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Utilizao de escria ou brita nas vias no pavimentadas e acessos a serem implantados, com o intuito de reduzir as emisses de particulados na passagem dos veculos. Utilizao de cobertura nos caminhes atravs do recobrimento das carrocerias com lonas, quando do transporte de materiais granulados. Controle de velocidade dos veculos em toda a rea do empreendimento. Utilizao de locais com menor interferncia em relao ao dos ventos onde sero estocados os materiais granulados, evitando assim o arraste elico. Adoo de sistemas de asperses fixos ou manuais como procedimento de controle. Realizao de manutenes preventivas nos veculos contratados de transporte de materiais, maquinrios e operrios, de forma a manter os motores regulados e intervir sempre que for constatada a emisso de fumaa fora do normal, atravs do Programa Interno de Autofiscalizao da Correta Manuteno de Veculos movidos a leo Diesel quanto Emisso de Fumaa Preta (Portaria IBAMA N 85/96 e Resolues CONAMA 07/93, 16/95 e 251/99). As medidas acima indicadas so de carter preventivo, de responsabilidade direta do empreendedor. Sua aplicao dever ser constante durante todo o perodo das obras, portanto, com durao de mdio prazo. Medidas mitigadoras fase de operao Para atenuao da magnitude deste impacto, durante a operao do empreendimento proposta a sua mitigao atravs das seguintes aes: Operar os sistemas de controle de emisses atmosfricas de forma regular, mantendo-se o nvel de performance garantido pelo seu fabricante.

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Realizar manutenes peridicas nos sistemas de controle de emisses de material particulado, mantendo-se o nvel de performance garantido pelo seu fabricante. Umectao constante nas vias de trfego internas e acessos no pavimentados da empresa, com frequncia predeterminada, para abatimento na origem das emisses de material para a atmosfera, atravs de caminhes pipa. Controle de velocidade dos veculos nas vias de trfego internas e acessos no pavimentados da empresa. Utilizao de asperso de gua sobre as pilhas de minrio, atravs de canhes aspersores distribudos pelo ptio de estocagem. Estas medidas so preventivas, de responsabilidade do empreendedor, iniciando-se com o start up da unidade de produo da Ferrous e estendendo-se pelo tempo de sua operao.

IMPACTO 07 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

ALTERAES MORFODINMICAS E SEDIMENTARES Instalao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Construo da ponte de acesso, per e quebra-mar (intervenes marinhas) Dragagem e descarte em ambiente marinho

Medidas mitigadoras As obras de ampliao do terminal no iro interferir significativamente no padro hidrodinmico (circulao e ondas) na ADA, nem so esperadas alteraes no comportamento morfodinmico das praias adjacentes. Contudo, de modo a acompanhar as alteraes morfodinmicas nas praias da regio recomenda-se: Implantao de um Programa de Monitoramento Morfodinmico da Linha de Costa, composto por levantamentos topogrficos e sedimentolgicos em perfis de praias distribudos ao longo da faixa costeira adjacente ao terminal.

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Dados os efeitos decorrentes da dragagem, com escavao do leito marinho e alteraes na composio dos sedimentos na rea de dragagem, assim como alteraes na rea de descarte em decorrncia do aporte artificial de sedimentos na rea de descarte de dragados, recomenda-se: Implantao de um Programa de Monitoramento Batimtrico que permita avaliar adequadamente este impacto tanto nas reas de dragagem quanto de descarte. Implantao de Programa de Monitoramento Sedimentolgico para acompanhamento das alteraes na composio granulomtrica e geoqumica dos sedimentos nas reas de dragagem e descarte.

IMPACTO 08 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

ALTERAES NA QUALIDADE DA GUA Instalao e Operao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao da Planta de Filtragem Dragagem e descarte em ambiente marinho Lanamento do efluente sanitrio e industrial no mar

Medidas mitigadoras Em relao s alteraes da qualidade da gua durante a dragagem e disposio do material dragado, recomenda-se que seja adotado: Programa de Monitoramento da Pluma de Turbidez que permita avaliar in

situ o comportamento do material particulado. Concomitantemente,

recomenda-se

a

execuo

de

Programa

de

Monitoramento da Qualidade dgua, de forma a identificar possveis alteraes nesse parmetro e o alcance tanto espacial como temporal deste impacto. Durante a fase operacional, em virtude do descarte de efluentes industriais e sanitrios no mar, recomenda-se:

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Estabelecer um Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos que garanta procedimentos adequados de controle para este aspecto ambiental, evitando-se a contaminao do mar. De modo a destacar a importncia da proteo ao meio ambiente, principalmente no que concerne gerao e disposio de resduos e efluentes, recomenda-se na fase de implantao e operao: Programa de Educao Ambiental junto aos trabalhadores.

IMPACTO 09 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

ALTERAES NAS CARACTERSTICAS DOS SEDIMENTOS DE FUNDO Instalao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao Porturia Dragagem e descarte em ambiente marinho Queda acidental de minrio no mar

Medidas mitigadoras Tal como j sinalizado para o Impacto 7 - recomenda-se: Implantao de Programa de Monitoramento Sedimentolgico para acompanhamento das alteraes na composio granulomtrica e geoqumica dos sedimentos nas reas de dragagem e descarte, que deve estar adequado para o monitoramento acidental de minrio de ferro no mar.

IMPACTO 10 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

CONTAMINAO DEVIDO AO LANAMENTO ACIDENTAL DE LEO NO MAR Instalao e Operao Obras civis, montagem e operao do canteiro de obras Operao porturia Lanamento acidental de leo no mar

Medidas mitigadoras Este impacto negativo, que poder atingir uma forte magnitude, dever contar inicialmente com medidas preventivas que procurem evitar a ocorrncia de acidentes. Caso ocorrido, as aes corretivas devero ser imediatamente implantadas, e por fim, se necessrio, a

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empresa dever ainda arcar com medidas compensatrias de forma a ressarcir os danos ambientais causados aos diversos ecossistemas. Dentre as medidas mitigadoras preventivas, destaca-se: A aplicao das normas de segurana com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes. Assim, a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas, pelos navios, as normas de segurana cabveis operao porturia. Ainda como medida preventiva, e tambm corretiva, o terminal dever ter o seu Plano de Emergncia Individual permanentemente atualizado e respaldado envolvidos, por o um que treinamento deve contnuo o dos recursos humanos das contemplar: estabelecimento

responsabilidades das pessoas envolvidas; os recursos humanos e materiais disponveis; os procedimentos de comunicao, entre outros aspectos tcnicos. Como medida corretiva, nos casos em que ocorrer um derramamento de leo de maiores propores, o terminal dever: Recorrer a mtodos fsicos para conter o volume derramado ou promover a sua degradao antes que a mancha de leo atinja reas crticas em termos de valor ecolgico e socioeconmico, cuja eficcia e segurana devem ser previamente avaliadas e estabelecidas no Plano de Emergncia do Terminal Porturio. A capacidade de resposta da instalao dever ser assegurada por meio de recursos prprios ou de terceiros, provenientes de acordos previamente firmados com outros terminais (como, por exemplo, o Convnio PROAMMAR-ES1, do qual participam diversos terminais capixabas). Em caso de derramamento, deve-se observar que em toda operao de emergncia devem ser considerados diversos critrios de prioridade, como a segurana das pessoas envolvidas, a proteo do meio ambiente, a

1

Programa de Auxlio Mtuo dos Terminais. Programa de Auxlio Mtuo dos Terminais Martimos do ES. CPM RT 127/10 EIA - Estudo de Impacto Ambiental da Planta 17/137 Maio/10 de Filtragem e Terminal Porturio Privativo para Embarque de Minrio de Ferro Presidente Kennedy/ES Rev. 00

segurana dos equipamentos e a defesa de reas e bens de valor social e econmico. Medida mitigadora compensatria Caso as medidas mitigadoras preventivas e corretivas no sejam suficientes para evitar a propagao das plumas de disperso de leo, deve ser prevista a adoo de medidas compensatrias para os eventuais danos ambientais causados aos ecossistemas atingidos, alm de priorizada a sua imediata limpeza.

IMPACTO 51 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

INTERFERNCIAS COM ATIVIDADES DE MINERAO Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obrasMovimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo

Construo da ponte (intervenes marinhas)

de

acesso,

per

e

quebra-mar

Medidas mitigadoras No existe uma medida mitigadora especfica para o impacto de impedimento de realizao futura de eventual lavra ou explorao mineral, cabendo ao DNPM, com base no Cdigo de Minerao, estabelecer as formas de negociao ou indenizao entre as partes interessadas. b) Meio biticoIMPACTO 11 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais PERDA DE COBERTURA VEGETAL Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Supresso de Vegetao

Medidas mitigadoras A fim de prevenir e atenuar a magnitude do impacto, fazer planejamento prvio para preparo (limpeza do terreno) das reas de construo, realizando acompanhamento tcnico durante a execuo, de modo a causar o mnimo possvel de danos ao ambiente, prope-se a sua mitigao atravs das seguintes aes:CPM RT 127/10 Maio/10

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Realizao de reunies com os operadores de mquinas para evitar desmatamento desnecessrio (preventiva). Nas reas e respectivo entorno onde ocorrer a limpeza do terreno, abertura de vias de servio e terraplenagem com supresso de vegetao, devero ser implantados servios de recuperao ambiental baseados em tcnicas de recuperao do solo como revegetao nas bordas das vias de servio e onde houver movimentao de solo, principalmente nos taludes de aterro (corretiva). Nas reas de Restinga, como medida preventiva, antes das operaes de supresso de vegetao realizar resgate de no mnimo 50 indivduos de representantes de Bromeliaceae, Araceae, Cactaceae e Orchidaceae, transplant-las para reas remanescentes no entorno. Esta ao justificase, pois a maioria das espcies das citadas Famlias aceita bem o transplante e com isto ser resgatada parte do contedo gentico da populao. Medida compensatria Como medida compensatria pela perda de cobertura vegetal devido supresso de vegetao nas reas de Restinga, elaborar e executar Programa de Reposio Florestal com espcies nativas equivalente ao dobro da rea com espcies nativas a ser suprimida.

IMPACTO 12 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

PERDA DA DIVERSIDADE DA FAUNA TERRESTRE Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Supresso de Vegetao

Medidas mitigadoras Realizao do manejo de fauna durante os processos de supresso de vegetao da regio prevista para ser implantado o empreendimento, que dever ser realizado na tentativa de mitigar-se este impacto, conforme Programa de Resgate de Fauna Terrestre.CPM RT 127/10 Maio/10

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Implementar Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre de longo prazo, envolvendo os remanescentes florestais originais localizados na AID e AII. Medidas compensatrias Como forma de compensar este impacto, prope-se a criao de Unidade de Conservao (UC) na regio do empreendimento. Como medida compensatria, recomenda-se a execuo de Programa de Reposio Florestal com espcies nativas equivalente ao dobro da rea a ser suprimida.

IMPACTO 13 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

PERDA DE HABITATS PARA A FAUNA TERRESTRE Instalao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Supresso de Vegetao

Medidas mitigadoras e compensatrias As medidas mitigadoras e compensatrias foram apresentadas no Impacto n 12 Perda da Diversidade da Fauna Terrestre.

IMPACTO 14 Fase do Empreendimento Atividades

Aspectos Ambientais

PERTURBAO E AFUGENTAMENTO DA FAUNA Instalao e Operao Limpeza de Terreno/Terraplanagem/Aterros Transporte de Pessoal, Insumos e Equipamentos Obras Civis/Montagem/Alojamentos e Canteiro de Obras Operao da Planta de Filtragem Supresso de Vegetao Movimentao de Veculos Construo da Planta de Filtragem (Intervenes Terrestres) Operao da Planta de Filtragem

Medidas mitigadoras As aes de gesto na tentativa de mitigao do impacto devem ser feitas por meio da execuo:

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Programa de Educao Ambiental, com emprego de normas e condutas especficas e sensibilizao de moradores locais, funcionrios do empreendimento e trabalhadores rurais quanto fauna presente na regio. Ressalta-se a importncia de um Projeto de Iluminao do

empreendimento o qual dever seguir normas de segurana operacional, porm sem ultrapassar o necessrio para a iluminao, tendo em vista a influncia da mesma sobre comunidades faunsticas noturnas e diurnas e aquticas, evitando exageros quanto aos nveis de Luz produzidos, devendo ser submetido ao TAMAR/ICMBIO para anlise e aprovao. Com o intuito de reduzir o nmero de insetos ao redor dos pontos de iluminao, o maior nmero possvel das lmpadas dever ser incandescente, o qual possui menor poder de atrao de insetos.

IMPACTO 15 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

ATROPELAMENTO DE ANIMAIS Instalao e Operao Transporte de Pessoal, Insumos e Equipamentos Movimentao de Veculos

Medidas mitigadoras Para mitigar tal impacto, devem ser implantadas as aes a serem propostas: Programa de Educao Ambiental (voltado tanto para os empregados quanto para os moradores da regio). Programa de Segurana e Alerta, com emprego de placas e redutores de velocidade ao longo das vias.

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IMPACTO 16 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA COMUNIDADE PELGICA Instalao e Operao Transporte de Pessoal, Insumos e Equipamentos Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao Porturia Movimentao de embarcaes Construo da ponte de acesso, per e quebra-mar (intervenes martimas) Dragagem e descarte em ambiente marinho Gerao de rudos e luminosidade

Medidas Mitigadoras Embora se considere que o risco de abalroamento de mamferos aquticos e quelnios marinhos seja de baixa probabilidade, o fato que esse risco factvel, sendo, portanto, um efeito a ser observado e monitorado. Desta forma, recomenda-se a implantao de: Programa de Monitoramento de Cetceos na rea de influncia direta do empreendimento com o objetivo de avaliar o padro de uso das espcies no local. Programa de Monitoramento das Tartarugas Marinhas, pois alm do risco de abalroamento, identificou-se que a rea de influncia do empreendimento um local de ocorrncia e desova de tartarugas marinhas, sendo recomendado que o programa seja estruturado de modo a avaliar o impacto do empreendimento sobre o ciclo de vida das tartarugas marinhas, as quais utilizam as praias do entorno para subidas, desovas e ecloses (setembro a fevereiro), de modo que seja possvel quantificar as desovas e confirmar as espcies que desovam na regio. Recomendam-se ainda aes de Educao Ambiental com os

trabalhadores de modo a despertar a reflexo sobre a necessidade de conservao da biota aqutica e preservao do meio marinho. As obras de expanso do terminal devero contemplar um Projeto de Iluminao de acordo com as normas de segurana operacional (ABNT) evitando exageros quanto aos nveis de Luz produzidos, devendo ser submetido ao TAMAR/ICMBIO para anlise e aprovao.

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Quanto aos rudos e vibraes, a operao porturia dever ser realizada com medidas cautelares em relao gerao destes pelos motores das embarcaes. Deve-se procurar utilizar equipamentos com capacidade de emisso reduzida de rudos. Neste sentido, recomenda-se que: Durante o estaqueamento, utilizar maquinrio que provoque menos rudos, por exemplo, colocar tecido resistente no topo das estacas ou na base do martelo (diminuiria os nveis sonoros produzidos). Adotar procedimento de soft start, comear as atividades com nveis de rudos mais reduzidos, permitindo que a fauna, em particular os cetceos, abandone as reas temporariamente para evitar o risco de leses graves. Para a ictiofauna, dados os impactos decorrentes das atividades, recomenda-se; Programa de Monitoramento da Ictiofauna, o qual dever contemplar espcimes que sirvam de bioindicadores da qualidade ambiental, bem como espcies de maior relevncia comercial e aquelas que estejam sujeitas legislao municipal, estadual ou federal. Programa de Desembarque de Pescado, o qual dever possibilitar Identificar as principais espcies de valor comercial e quantificar a produo pesqueira local, entre outros, devendo esse programa seguir os procedimentos estabelecidos pelo IBAMA em sua publicao do ano de 2006 intitulada Censo Estrutural da Pesca: Coleta e Estimao de Desembarques de Pescado. Medida mitigadora compensatria Assessorar o poder pblico para criao de um programa de ordenamento territorial para a expanso da Praia das Neves e Marob, levando em considerao a conservao das reas de desovas de tartarugas marinhas. Medida compensatria Como forma de compensar este impacto, sugere-se a criao de Unidade de Conservao (UC) marinha na regio do empreendimento; sendoCPM RT 127/10 Maio/10

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necessria, primeiramente, a Identificao de reas estratgicas, sobretudo no que se refere a espcimes de maior relevncia ecolgica e econmica.

IMPACTO 17 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA COMUNIDADE BENTNICA Instalao e Operao Transporte de Pessoal, Insumos e Equipamentos Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao Porturia Movimentao de embarcaes Construo da ponte de acesso, per e quebra-mar (intervenes martimas) Dragagem e descarte em ambiente marinho Queda acidental de minrio no mar

Medidas Mitigadoras As obras de implantao das estruturas marinhas devem ser realizadas em faixas de praia e marinhas mnimas, apenas aquelas realmente necessrias s obras fsicas do terminal, o que far com que a biota impactada seja restrita apenas nessas reas, uma vez que no h possibilidade de reverso do restabelecimento das condies naturais do ambiente, em funo da irreversibilidade do impacto. fundamental que haja um controle rgido (atravs do programa de resduos slidos) para evitar o lanamento e, especialmente, o esquecimento de restos de material das obras fsicas do terminal, permitindo assim o restabelecimento mais rpido das condies naturais do ambiente. Fazer planejamento prvio para diminuio gradativa, atravs de obras de engenharia, da modificao do hidrodinamismo reduzindo o impacto sobre o sedimento. Treinamento constante das equipes de instalao e operao do empreendimento evitando acidentes e o despejo de resduos. importante o desenvolvimento e manuteno de trabalhos de educao ambiental com a equipe de operao do porto e da populao visando ao desenvolvimento de uma conscincia ambiental relacionada ao lixo na praia e no mar e valorizao da fauna local.CPM RT 127/10 Maio/10

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Executar Programa de Monitoramento das Comunidades Bentnicas (tanto marinha quanto praial) para o acompanhamento espao-temporal dos impactos decorrentes do empreendimento em curto, mdio e longo prazo. Destaca-se a importncia de que os levantamentos contemplem a caracterizao das reas de dragagem e descarte. Recomenda-se que a operao de dragagem e demais obras de implantao se realizem no espao de tempo mais curto possvel, sujeitando a biota a uma frequncia/magnitude menor dos impactos e permitindo assim o restabelecimento e recolonizao de reas adjacentes o mais rpido das condies naturais do ambiente. Por fim, recomenda-se a realizao de estudo de caracterizao ambiental no local sugerido pelo empreendedor para o descarte de dragados, bem como de reas adjacentes, uma vez que os elementos obtidos durante o diagnstico evidenciam que o local escolhido apresenta por bancos de macroalgas e sedimentos cascalhosos (com capacidade de incrustao de organismos), no havendo, informaes suficientes da biota aqutica que permitam inferir sobre a viabilidade da rea sugerida.

IMPACTO 18 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

AUMENTO DA PRESSO DE CAA E CAPTURA DE ANIMAIS Instalao e Operao Obras Civis/Montagem/Alojamentos e Canteiro de Obras Operao da Planta de Filtragem Construo da Planta de Filtragem (Intervenes Terrestres) Operao da Planta de Filtragem

Medidas mitigadoras As medidas mitigadoras foram apresentadas no Impacto n 14 Perturbao e Afugentamento da Fauna.

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IMPACTO 19 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

AUMENTO DA PRESSO SOBRE RECURSOS FLORESTAIS Instalao e Operao Obras Civis/Montagem/Alojamentos e Canteiro de Obras Operao da Planta de Filtragem Construo da Planta de Filtragem (Intervenes Terrestres) Operao da Planta de Filtragem

Medida mitigadora Para mitigar este impacto recomenda-se a realizao de aes de educao ambiental como palestras para os trabalhadores sobre a importncia das espcies vegetais nativas e sua conservao.

IMPACTO 20 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NOS ECOSSISTEMAS COSTEIROS Instalao e Operao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e canteiro de obras Operao Porturia Lanamento acidental de leo no mar

Medidas mitigadoras Medidas foram apresentadas no Impacto 10 - Contaminao ambiental devido ao lanamento acidental de leo no mar.

IMPACTO 21 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA BIOTA MARINHA (PLNCTON) Instalao e Operao Obras Civis/Montagem/Alojamentos e canteiro de obras Operao porturia Operao da planta de filtragem Lanamento do efluente das embarcaes no mar Lanamento do efluente sanitrio e industrial no mar

Medidas mitigadoras (Preventivas) A manuteno adequada dos sistemas de tratamento de efluentes a serem instalados no empreendimento fundamental para garantir que eles sejam lanados ao mar nas condies adequadas e dentro dos critrios legais (Resolues CONAMA 357/05 e 307/08). Para isso, est sendo proposto um Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos. Em relao s embarcaes, deve-se recomendar que no sejam lanados restos de alimentos dentro da rea do terminal, devendo ser estesCPM RT 127/10 Maio/10

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recolhidos e destinados conforme as diretrizes a serem estabelecidas por um PGRS. Inspees nas embarcaes so recomendadas com o intuito de garantir que possveis problemas de limpeza venham a repercutir em lanamentos indevidos dentro da rea do empreendimento. Um plano de inspeo visual no entorno das reas de atracao, antes e aps a sada de cada navio, dever ser sistematizado como forma de monitorar e atuar sobre eventuais problemas de contaminao ambiental.

IMPACTO 22 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA BIOTA MARINHA DEVIDO LANAMENTO ACIDENTAL DE LEO NO MAR Instalao e Operao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e canteiro de obras Operao Porturia Lanamento acidental de leo no mar

AO

Medidas Mitigadoras Medidas foram apresentadas no Impacto 10 - Contaminao ambiental devido ao lanamento acidental de leo no mar.IMPACTO 23 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais INTRODUO DE ESPCIES EXTICAS Operao Operao Porturia Lanamento de gua de lastro

Medidas Mitigadoras Todas as atividades de lastreamento das embarcaes devero obedecer s normas internacionais atravs do plano de gerenciamento da gua e do sedimento dos tanques de lastro, alm de serem citadas no livro de registro de gua de lastro (IMO, 2004). Os procedimentos de gerenciamento da gua de lastro devero estar adequados aos padres determinados. Todos estes procedimentos visam diminuir sensivelmente o risco de espcies potencialmente nocivas biota local, bem como aquelas que oferecem algum risco sade pblica local.

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Os procedimentos de troca de gua de lastro e de preenchimento do Formulrio da ANVISA devem ser seguidos risca, e a fiscalizao deve ser implementada pelos rgos competentes (Autoridade Porturia e ANVISA). Dessa forma, no apenas sero atendidos os objetivos da Organizao Martima Internacional, como tambm sero minimizados os riscos de impacto aos ambientes onde estaro atuando. O terminal ser responsvel pelo recolhimento e conferncia das fichas de controle de troca de gua de lastro (Ballast Water Reporting Perform). Recomenda-se ainda a implementao de um Programa de Verificao do Gerenciamento da gua de Lastro de Navios bem como Programa de Monitoramento das Comunidades Planctnicas, a ser tambm empregado quando das atividades de dragagem. c) Meio socioeconmicoIMPACTO 24 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais GERAO DE EXPECTATIVAS Planejamento Deciso pela Implantao do Empreendimento Divulgao do empreendimento

Medidas Mitigadoras Uma vez que as expectativas so criadas pelo processo de divulgao dos empreendimentos, a sua reverso ou reduo deve-se adoo de medidas anteriores a esta divulgao. Atualmente e, em decorrncia da responsabilidade que tem sido colocada sobre os empreendedores quando da atrao de grande contingentes de populao em reas de realizao de grandes empreendimentos, as empresas esto tomando medidas para reduzir os efeitos da divulgao de seus empreendimentos. Tais medidas, no entanto, tm tido maior eficcia quando contam com a participao do poder pblico, e encontram resultado no cuidado em divulgar os projetos de investimentos, reduzindo o poder da mdia de causar elevadas expectativas. Outra medida que vem mitigar o carter negativo do impacto potencial de gerao de expectativas, assim como levar ao plano da realidade as perspectivas positivas deste mesmo impacto, a aplicao de Programa de Comunicao Social. Este sim, deCPM RT 127/10 Maio/10

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responsabilidade exclusiva do empreendedor, dever esclarecer a comunidade que constitui a rea de influncia direta do empreendimento, assim como os localizados na rea de influncia indireta, sobre as reais dimenses e alcances do projeto. Ou seja, neste programa de comunicao social dever-se- ter por base um vocabulrio acessvel a todos os participantes e, a partir deste, transferir todas as informaes que sejam consideradas pertinentes para dissipar as dvidas que, a partir de levantamento prvio, sejam detectadas no pblico-alvo do programa. O Programa de Comunicao Social teria, ento, o efeito de conter ou amenizar as expectativas que tendem a ser exacerbadas mediante a falta de informao ou mediante informaes indiretas, especialmente aquelas disseminadas atravs da mdia.IMPACTO 25 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais ATRAO DE POPULAO Planejamento Deciso pela Implantao do Empreendimento Divulgao do empreendimento

Medidas mitigadoras Da mesma forma que no impacto anterior, uma divulgao menos impactante acerca do empreendimento, buscando ainda restringir-se mdia local e regional, tem surtido efeito para reduzir as expectativas e, consequentemente, a atrao de populao para a regio. O contato e esclarecimentos para a populao residente na regio, principalmente no entorno previsto para o empreendimento, tambm se torna eficaz na medida em que parte da populao atrada tem sido informada do assunto por parentes j residentes na regio.

IMPACTO 26 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INTENSIFICAO DO PROCESSO IMOBILIRIA Planejamento Aquisio de reas Aquisio de terras de terceiros

DE

ESPECULAO

Medidas As medidas cabveis neste caso refletem-se pela reduo das expectativas a serem criadas em face divulgao do empreendimento, estando, portanto, contando das medidas do impacto de gerao de expectativas.CPM RT 127/10 Maio/10

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IMPACTO 27 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

GERAO DE EMPREGOS Instalao e Operao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas potencializadoras Em carter potencializador, recomenda-se: Dar prioridade para a contratao de mo de obra residente nos municpios de Presidente Kennedy, Maratazes e So Francisco de Itabapoana, com nfase no entorno do empreendimento, na AID, na AII e no estado. Possibilitar, atravs de cursos de capacitao da mo de obra local, a criao de melhores condies para que os trabalhadores da regio possam concorrer no mercado de trabalho. Medidas mitigadoras O efeito indesejado causado pela vinda de trabalhadores de baixa qualificao, que podero ser trazidos por empreiteiras, especialmente as que tm sua sede em outros estados, embora havendo trabalhadores disponveis nesta categoria dentro da AID, da AII e dos estados de Esprito Santo e Rio de Janeiro, exige determinadas medidas preventivas e de acompanhamento. Pela experincia do que tem acontecido com outros grandes investimentos anteriores no estado, onde se constatou a vinda destes trabalhadores em detrimento do contingente que existia na regio, deve-se: Adotar como medida efetiva o controle das contrataes por parte das empreiteiras e subempreiteiras contratadas para que no haja substituio da mo de obra local pela no local, caso exista disponibilidade de trabalhadores locais qualificados para os cargos solicitados. Neste sentido, fundamental a participao das prefeituras municipais e de entidades organizadas locais para acompanhar este processo ao longo de toda a fase de instalao do empreendimento.

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IMPACTO 28 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

DINAMIZAO DA ECONOMIA Instalao e Operao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas potencializadoras Dar preferncia contratao de pessoas e empresas do municpio de Presidente Kennedy, dos municpios da AID, da AII e dos estados de Esprito Santo e Rio de Janeiro. Analogamente, realizar a compra de materiais e nos estados de Esprito Santo e Rio de Janeiro. e a contratao de

empresas e fornecedores preferencialmente nos municpios da AID, da AII

IMPACTO 29 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NO COTIDIANO DA POPULAO Instalao e Operao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Limpeza de terreno/Terraplanagem/Aterros Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo Construo da planta de filtragem (intervenes terrestres)

Medidas A adoo de medidas para o controle de emisso de poeira e de rudos que devero ser tomadas dentro das exigncias legais vir mitigar os efeitos deste impacto. Para detalhes, ver Impacto 6 Poluio Atmosfrica. Da mesma forma, o planejamento das aes e atividades relacionadas ao trfego de veculos dever originar uma menor interferncia no cotidiano da populao. Todas estas medidas constam de exigncias legais ou consensuais.

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IMPACTO 30 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

ACELERAO DA EXPANSO URBANA Instalao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas mitigadoras Em carter preventivo, recomenda-se: Adotar medidas de controle da divulgao das informaes acerca do empreendimento visando reduo de expectativas na populao, especialmente fora do estado do Esprito Santo e do Rio de Janeiro. Utilizar instrumentos de ordenamento territorial e fiscalizao visando reduzir o adensamento em reas imprprias para a habitao humana e ambientalmente frgeis.

IMPACTO 31 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

PRESSO SOBRE SERVIOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS Instalao e Operao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos Implantao do Alojamento

Medidas mitigadoras Os efeitos da atrao de populao flutuante, somados vinda de trabalhadores de outros locais, especialmente de locais mais distantes, fazendo que estes se fixem na regio, mesmo que temporariamente, so considerados como um dos impactos de maior dimenso decorrente de grandes empreendimentos. Dentro deste foco, deveriam ser adotadas medidas prvias que visassem reduzir o contingente de pessoas para a regio, assim como buscar quantificar o potencial aumento populacional decorrente de dado empreendimento e, a partir da, planejar os investimentos necessrios para responder demanda adicional esperada. No entanto, este planejamento prvio e antecipado dos projetos e das polticas pblicas a serem adotadas em funo do aumento populacional no tem ocorrido, ficando os municpios pressionados pelo aumento de suas demandas,CPM RT 127/10 Maio/10

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em especial sobre o sistema pblico de equipamentos e de servios sociais, e incorrendo na queda de qualidade destes para a populao que j residia na regio. Ouvidas as prefeituras municipais e algumas de suas respectivas secretarias, afins com a rea socioeconmica, apenas algumas delas se manifestaram parcialmente preparadas para o aumento de populao previsto para os prximos anos, caso os investimentos se concretizem. Diante deste quadro se coloca a necessidade premente de aes concretas em carter preventivo do governo estadual, apoiado pelos governos municipais no sentido de: Focar o planejamento para as regies onde se prev a realizao de investimentos de grande porte, especialmente onde se espera haver simultaneidade de empreendimentos desta natureza. Dimensionar os impactos sinrgicos dos investimentos previstos para a regio, os quais devero ser tomados como um ponto a ser estudado pelos rgos pblicos de planejamento visando antecipao dos efeitos e mitigao dos mesmos, servindo de base para a o planejamento e a realizao de investimentos em infraestrutura e servios pblicos regionais. A participao do empreendedor dever ocorrer na medida da reduo das expectativas, da contratao prioritria (de fato) de trabalhadores locais, regionais e dos estados de Esprito Santo e Rio de Janeiro, da instalao de infraestrutura e servios de atendimento s demandas dos seus contratados (locais e no locais). Alm disto, dada a dificuldade do poder pblico municipal em se adiantar e responder s demandas adicionais que ocorrero, o empreendedor dever: Participar com aes de fomento gerao de emprego e renda locais. Participar com aes de qualificao profissional. Participar de aes que visem melhoria da infraestrutura e dos servios sociais regionais.CPM RT 127/10 Maio/10

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Realizar parcerias com as administraes pblicas dos municpios da AID, visando ampliao e melhoria dos servios e da infraestrutura de sade na rea. Ainda de carter preventivo, recomenda-se: Estabelecer e aplicar, junto com as secretarias de sade, municipais e estaduais, programa preventivo em DSTDoenas Sexualmente Transmissveis, para os trabalhadores do canteiro de obras. Estabelecimento de programas de educao socioambiental aos

trabalhadores visando, entre outros, ao bom uso das reas balnerias. O empreendedor dever realizar gestes junto ao governo estadual com objetivos de dotar os bairros mais prximos das instalaes porturias de melhorias urbanas e de infraestrutura social, em especial no setor de segurana pblica. Montar, dentro de cada alojamento, toda a infraestrutura necessria para as demandas por parte destes trabalhadores, evitando pressionar em demasia os servios e a infraestrutura social existente na regio, reduzindo, desta forma, os efeitos sobre a qualidade de vida da populao local. Medidas potencializadoras Em carter potencializador refora-se a necessidade de: Priorizar a contratao de mo de obra residente nas reas de Influncia do empreendimento (AID, AII e nos estados do Esprito Santo e Rio de Janeiro) a fim de minimizar o nmero de trabalhadores no residentes na regio, reduzindo assim a presso que novos moradores exercem sobre os servios e equipamentos sociais.

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IMPACTO 32 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

MELHORIAS DA QUALIFICAO PROFISSIONAL DOS TRABALHADORES E FORNECEDORES LOCAIS Instalao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas potencializadoras: Como medidas potencializadoras, recomenda-se: Apoiar e promover a qualificao-capacitao residentes no de trabalhadores, receptor do

especialmente

daqueles

municpio

empreendimento, nos municpios da AID, e nos municpios da AII, atravs da realizao de cursos de capacitao profissional a serem realizados via convnio com instituies competentes para tal. Deve-se contar, para isto, com a participao do SINE local e regional, das prefeituras municipais da AID, e da AII. A localizao estratgica de unidades tcnicas de ensino como o SENAI e o IFES (Ex-CEFETES) ambos em Cachoeiro de Itapemirim, alm de outras unidades em Campos dos Goytacazes, poder contribuir para a realizao de cursos de qualificao dos trabalhadores locais.

IMPACTO 33 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

GERAO DE RECEITA TRIBUTRIA Instalao e Operao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Disponibilizao de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medida potencializadora Priorizar a contratao de trabalhadores, de servios, bem como a aquisio de equipamentos, mquinas, produtos e materiais na rea de influncia direta do empreendimento e, quando no disponveis, na rea de influncia indireta ou, ao menos, dentro dos estados do Esprito Santo e Rio de Janeiro.

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IMPACTO 34 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

RETRAO DA ECONOMIA Instalao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Desmobilizao gradual de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas mitigadoras Em carter preventivo, recomenda-se: Fornecimento prvio de informaes que posicionem a comunidade local, os poderes pblicos municipais e as entidades organizadas sobre os impactos decorrentes da finalizao das obras de instalao do empreendimento, especialmente da atividade civil. Prioridade de contratao de MOL na fase de operao do

empreendimento, desde que disponvel dentro do requerido, com maior prioridade para os residentes da AID, posteriormente na AII e nos estados do Esprito Santo e Rio de Janeiro. Encaminhamento da mo de obra desmobilizada ao rgo competente para dar condies de recolocao no mercado de trabalho. Realizao de cursos de qualificao/capacitao profissional da MOL visando coloc-la em melhor condio de competitividade no mercado de trabalho. Dar prioridade para a contratao de empresas instaladas na AID do empreendimento, quando capacitadas para tal, da AII e dos estados. Da mesma forma, priorizar a compra de equipamentos, materiais e produtos junto ao mercado local, regional e estadual.

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IMPACTO 35 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

FIXAO DA POPULAO Instalao Contratao de mo de obra e de servios/ Aquisio de insumos e equipamentos Desmobilizao gradual de postos de trabalho, contratao de servios e aquisio de insumos

Medidas mitigadoras Experincias associadas a empreendimentos de porte elevado em outras regies do estado tm mostrado que a adoo de medidas de reduo das expectativas l no incio de todo o processo, na divulgao do empreendimento, tem contribudo para a reduo do volume de migrantes. A implementao de um Programa de Comunicao Social adequado e efetivo tambm tem sido um elemento de ajuda para reduzir a migrao para a regio. A priorizao da contratao de trabalhadores locais tem sido o elemento mais expressivo para o controle do fluxo de populao e seu consequente inchao, o que se d, normalmente, nas sedes municipais, gerando todos os conhecidos efeitos indesejveis sobre a dinmica econmica e de ocupao territorial sobre a estrutura cultural e social, sobre a infraestrutura, os servios e os investimentos pblicos.IMPACTO 36 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais REDUO DE REAS PARA USOS AGROPASTORIS Planejamento e Implantao Aquisio de reas Limpeza de terreno/Terraplanagem/Aterros Aquisio de reas Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo

Medidas mitigadoras Informar aos proprietrios de reas que devero ser utilizadas para a instalao destas vias e estruturas, visando minimizar os potencias efeitos adversos causados por uma restrita falta de informaes. O Programa de Comunicao Social dever envolver, alm das comunidades do entorno do empreendimento, os proprietrios rurais que possuem propriedades onde se prev instalar estruturas de apoio ao empreendimento.CPM RT 127/10 Maio/10

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IMPACTO 37 Fase do Empreendimento Atividades Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA EM STIOS ARQUEOLGICOS Instalao Limpeza de terreno/Terraplanagem/Aterros Movimentao de Terra e Alterao do Uso do Solo

Medida mitigadora Uma ocorrncia arqueolgica foi identificada em rea diretamente afetada pelo empreendimento e, devido ao alto potencial da rea, provvel que existam outros stios ainda no registrados. Dessa forma, recomenda-se em carter preventivo: A implantao de Programa de Prospeco Arqueolgica e Educao Patrimonial, o que visa assegurar a proteo do patrimnio arqueolgico. No caso de stios arqueolgicos afetados pelo empreendimento, esses tero suas dimenses confirmadas e sero propostas medidas de preservao, como alternativas locacionais s obras que poderiam vir a perturb-los. Tambm a ocorrncia encontrada ser delimitada e avaliada, podendo vir a ser considerado um stio arqueolgico ainda com potencial informativo, ou j destrudo. Medida mitigadora compensatria Em caso da impossibilidade de preservao do stio arqueolgico, recomenda-se a adoo de medida compensatria, que consiste na elaborao e execuo de Programa de Resgate Arqueolgico. Dessa forma, a destruio fsica do stio arqueolgico ser compensada pela recuperao do conhecimento proveniente do seu estudo. Destaca-se que o programa de resgate s poder ser proposto aps o conhecimento obtido com os resultados da prospeco, que consiste na avaliao das dimenses dos stios j registrados, seu estado de preservao, registro de novos stios e seleo daqueles a serem preservados ou resgatados. Deve ser ressaltado que a execuo desses programas (prospeco e, se necessrio, resgate) s pode ser efetuada aps aprovao de projeto de pesquisa pelo IPHAN, para cada uma das fases. necessrio ento que sejam implantados com antecedncia suficiente frente s obras do empreendimento, de forma a no prejudicar o seuCPM RT 127/10 Maio/10

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cronograma, considerando o tempo necessrio para execuo das pesquisas e trmites no IPHAN.

IMPACTO 38 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

PRESSO SOBRE O SISTEMA VIRIO E DE CIRCULAO Instalao e Operao Transporte de pessoal, insumos e equipamentos Movimentao de veculos

Medidas mitigadoras Com inteno de mitigar o efeito resultante da circulao de veculos incrementando o trfego local, prope-se a determinao de horrios limites para deslocamento de caminhes e mquinas pesadas. Prope-se o controle da velocidade dos veculos, assim como a fiscalizao das vias de acesso e a colocao de placas de sinalizao nos locais de maior trfego e, consequentemente, de maior risco. Essa fiscalizao e os horrios propostos devero ser, na poca de vero, mais depurados, tendo em conta o deslocamento dos turistas pela regio. Elaborar e executar um Programa de Mitigao visando ao controle dos impactos potenciais e minimizao dos efeitos adversos decorrentes do trfego de veculos de toda natureza em funo da instalao e operao do empreendimento. Manter informaes contnuas sobre o fluxo de veculos na regio, com realizao rotineira de contagem de trfego nas vias principais e de maior circulao.

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IMPACTO 39 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

INCMODOS POPULAO POR POEIRA E RUDOS Instalao e Operao Limpeza de terreno/Terraplanagem/Aterros Transporte de pessoal, insumos e equipamentos Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Emisso de Material Particulado e Gases de Combusto Construo da planta de filtragem (intervenes terrestres) Operao da planta de filtragem

Medidas mitigadoras Para o caso das emisses de particulados, verificar as medidas propostas no Impacto 6 Poluio Atmosfrica. Para o caso dos rudos, o uso de equipamentos na fase implantao e operao ir gerar discreto aumento nos nveis atuais de presso sonora nas comunidades prximas ao empreendimento, as quais esto situadas a mais de 2850 metros de distncia. As medidas preventivas propostas so: Funcionamento dos equipamentos com maior capacidade de gerao de rudos durante horrios preestabelecidos com a comunidade. Manuteno peridica dos equipamentos de modo a manter o nvel de rudo esperado para os equipamentos e, quando possvel, com melhorias nesses nveis. Plano de Comunicao Social que informe adequadamente a populao sobre os nveis de rudo previstos nas diferentes fases do empreendimento.

IMPACTO 40 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

OCORRNCIA DE ACIDENTES COM VECULOS Instalao e Operao Transporte de pessoal, insumos e equipamentos Movimentao de veculos

Medidas mitigadoras Com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes, a empresa dever exigir que sejam aplicadas, pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada.

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Caso necessrio, a empresa dever desenvolver um treinamento com condutores, com objetivo de reduzir os riscos de acidentes que possam promover a perda de bens materiais. O Programa de Comunicao Social constitui-se tambm em uma medida mitigadora deste impacto, uma vez que a correta informao sobre o empreendimento s comunidades, no que se refere ao incremento das atividades na rea e ao consequente aumento do trfego, contribui para diminuir conflitos e probabilidade de riscos de acidentes de vrios tipos. Ainda como medidas preventivas a serem adotadas, recomenda-se: O controle da velocidade dos veculos assim como a fiscalizao das vias de acesso. A colocao de placas de sinalizao nos locais de maior trfego e, consequentemente, de maior risco. Realizar DDS (Dilogo Dirio de Segurana) desenvolvidos pelos responsveis da segurana do empreendimento (engenheiro e tcnicos de segurana) visando conscientizao dos trabalhadores na execuo de suas funes com responsabilidade e respeito pela vida e integridade fsica, seja prpria, seja de terceiros.

IMPACTO 41 Fase do Empreendimento Atividade

Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA ATIVIDADE PESQUEIRA Instalao e Operao Transporte de pessoal, insumos e equipamentos Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao Porturia Movimentao de Embarcaes Construo da ponte de acesso, per e quebra-mar (intervenes martimas) Dragagem e Descarte em Ambiente Marinho Lanamento acidental de leo no mar

Medidas mitigadoras As medidas descritas para este impacto esto contempladas no Impacto 10 Contaminao ambiental devido ao lanamento acidental de leo no mar, Impacto 16 -

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Interferncia na comunidade pelgica e Impacto 42 - Acidentes entre embarcaes (abaixo).

Medidas mitigadoras compensatrias

Uma vez que o impacto esperado na pesca local irreversvel, em face excluso de reas de pesca, prope-se que a Ferrous beneficie diretamente os pescadores ao contemplar, sozinha ou atravs de convnios com as prefeituras da AID ou parcerias com as colnias e associaes de pescadores, algumas reivindicaes, tais como melhorias na infraestrutura das sedes ou at construo de sedes, auxlios na organizao poltica e social dos pescadores, como programas de cadastramento, documentao e auxlio legal; instalao de equipamentos que visem a uma melhoria das condies de pesca, tais como estaes de rdio nas sedes e instalao de equipamentos para armazenamento e beneficiamento do pescado, alm de auxlios tcnicos para diagnstico participativo da pesca e delimitao das reas de pesca. Outra medida mitigadora compensatria para a comunidade de pescadores seria identificar e desenvolver, junto aos pescadores e suas famlias, alternativas vocacionais que lhes garantam trabalho e renda, atravs de programas de auxlio e capacitao para eles e suas famlias, como oficinas de artesanato para esposas de pescadores, programas de capacitao tcnica para os filhos, cursos de beneficiamento de pescado a fim de agregar valor ao produto dentro das especificaes de higiene previstas na legislao e talvez at promovendo a utilizao de recursos normalmente descartados na pesca, como por exemplo, atravs do incentivo produo de surimi ou de rao para peixes com o aproveitamento do by-catch. Capacitar os pescadores e incentivar, de acordo com a legislao federal pertinente, a aquicultura na regio, atravs de cursos e auxlio na implementao das estruturas necessrias a esse fim.CPM RT 127/10 Maio/10

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IMPACTO 42 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

ACIDENTES ENTRE EMBARCAES Instalao e Operao Transporte de pessoal, insumos e equipamentos Movimentao de Embarcaes

Medidas mitigadoras Com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes martimos, a empresa dever exigir que sejam aplicadas, pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada, sobretudo os preceitos e regulamentaes vigentes para o trnsito martimo. Caso necessrio, a empresa dever desenvolver um treinamento com operadores de embarcaes, com objetivo de reduzir os riscos de acidentes que possam promover a perda de bens materiais dos pescadores que realizam a pesca tradicional. O Programa de Comunicao Social constitui-se tambm em uma medida mitigadora deste impacto, uma vez que a correta informao sobre o empreendimento s associaes de pescadores e setores de navegao, no que se refere ao incremento das atividades na rea e ao consequente aumento do trfego martimo, contribui para diminuir conflitos e probabilidade de riscos de acidentes de vrios tipos.

IMPACTO 43 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

ALTERAO DA PAISAGEM NATURAL Instalao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Implantao do Alojamento Construo da planta de filtragem (intervenes terrestres) Construo da ponte de acesso, per e quebra-mar (intervenes martimas)

Medidas mitigadoras A alterao da paisagem natural que ir ocorrer nas reas de interveno corresponder a um impacto de difcil ou mesmo impossvel mitigao, uma vez que nada poder ser feito para eliminar as alteraes de paisagem que se iro processar na rea. Embora no seja possvel promover a reconformao cnica original da rea, recomenda-se:

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Estabelecimento de um cinturo verde (j previsto) que dificulte a visualizao das novas estruturas das reas externas ao empreendimento. Na parte interna do empreendimento, as prprias instalaes prediais, associadas arborizao, iro amenizar o impacto visual. Elaborao de projeto paisagstico, com vistas a humanizar o mximo possvel o empreendimento na sua fase de operao, se possvel, atravs da discusso participativa com a comunidade. Medida compensatria Dado o carter permanente e irreversvel deste impacto, recomenda-se a criao de unidade de conservao com vistas a compensar o impacto gerado.

IMPACTO 44 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INCMODOS POPULAO PELA PRESENA FOREIROS Instalao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Implantao do Alojamento

DE

Medidas mitigadoras Visando efetivar a priorizao da contratao de MOL, seja na AID, na AII e no estado do Esprito Santo, recomenda-se o acompanhamento das contrataes, por parte das contratadas, que envolva o empreendedor, os poderes pblicos municipais e o IBAMA, assim como rgo ou entidade que dever ser responsvel pelo cadastramento de trabalhadores locais, de forma a que o fluxo e o repasse das informaes seja permanente, buscando a realizao harmnica das aes previstas e pactuadas, pelo empreendedor, IBAMA, junto comunidade de sua real rea de influncia (AID, AII e estados do ES e RJ). Disponibilizao da infraestrutura necessria para responder s demandas correntes dos trabalhadores no locais, dentro do alojamento, incluindo-se, alm da infraestrutura de sade, educacional, habitacional, de transporte, a de lazer e cultural.CPM RT 127/10 Maio/10

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As

dimenses

dos

alojamentos,

lotao,

acabamentos

internos,

dimensionamentos dos banheiros e vestirios, obedecero aos padres tcnicos de instalaes eltricas e hidrossanitrias em conformidade com a Portaria 3214/78, NR-24 do Ministrio do trabalho. As supracitadas condies devero ser exigidas nas especificaes de contratao das empresas prestadoras de servio, e enfatizadas quando das visitas tcnicas. Realizao de palestras ao longo de todo o perodo de instalao do empreendimento para informar sobre a probabilidade de contrao de DSTs e de seus efeitos, e sobre a conduta com relao populao j constituda.

IMPACTO 45 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

AGRAVAMENTO DE PROBLEMAS SOCIAIS Instalao e Operao Obras Civis/ Montagem/ Alojamentos e Canteiro de obras Operao Porturia Implantao do Alojamento Movimentao de embarcaes

Medidas mitigadoras Como medidas preventivas so sugeridas as medidas propostas no Impacto 44 (anterior), bem como: Adoo de programas e projetos, por parte dos municpios da AID, visando reduo do uso de drogas e entorpecentes, e da prostituio, alm de projetos de gerao de emprego e renda, contanto com apoio dos governos estadual e federal, e a parceria de empreendedores locais.

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IMPACTO 46 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INTERFERNCIA NA ATIVIDADE TURSTICA Operao Operao porturia Lanamento acidental de leo no mar

Medidas mitigadoras Adotar as medidas cabveis para a preveno de acidentes com derramamento de leo. Treinamento contnuo de trabalhadores para o caso de ocorrncia de acidentes desta natureza. Em caso de ocorrncia de acidentes com derramamento de leo, adotar as medidas necessrias e imediatas para o controle do vazamento e para a conteno do leo, a serem estabelecidas no Plano de Emergncia Individual do terminal porturio. Envolver equipes de trabalho e de apoio, internas e de terceiros, preparadas para dar suporte ao controle do ocorrido.

IMPACTO 47 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

MUDANA DO PERFIL ECONMICO DA AGREGAO DE VANTAGENS LOCACIONAIS Operao Operao Porturia Consolidao da infraestrutura porturia

REGIO

E

Medidas A instalao e entrada em operao do empreendimento da Ferrous em Presidente Kennedy confere mudana no perfil econmico e j viabiliza a agregao de vantagens locacionais regio.

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IMPACTO 48 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

EXPANSO DA INFRAESTRUTURA E LOGSTICA PORTURIA Operao Operao Porturia Consolidao da infraestrutura porturia

Medida potencializadora A operao do terminal de Presidente Kennedy, por si s, j a medida potencializadora deste impacto.

IMPACTO 49 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

ATRAO/EXPANSO DE EMPREENDIMENTOS Operao Operao Porturia Consolidao da infraestrutura porturia

Medida potencializadora A operao do Terminal de Presidente Kennedy, por si s, j a medida potencializadora deste impacto.

IMPACTO 50 Fase do Empreendimento Atividade Aspectos Ambientais

INCREMENTO DAS EXPORTAES Operao Comercializao Exportao do produto

Medida potencializadora A exportao de produtos atravs do terminal de Presidente Kennedy j , por si s, a medida potencializadora deste impacto.

8.2

Programas de controle e monitoramento

Alm da apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras, o presente Estudo de Impacto Ambiental contemplou tambm os programas ambientais elaborados visando implementao das medidas mitigadoras e/ou ao acompanhamento/avaliao da eficcia dessas medidas na reduo ou maximizao dos impactos. Alm disso, inseriram-se os programas adicionais (no previstos nas medidas) exigidos no Termo deCPM RT 127/10 Maio/10

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Referncia emitido pelo rgo ambiental para elaborao deste estudo. Os referidos programas foram estruturados conforme abaixo: Programa de Gesto Ambiental do Empreendimento Programa de Auditoria Ambiental Programa de Controle da Poluio Programa de Monitoramento do Lenol Fretico Programa de Monitoramento dos Recursos Hdricos Superficiais Programa de Emisso de Poeira Programa de Monitoramento da Qualidade dgua Programa de Monitoramento Batimtrico Programa de Monitoramento Morfodinmico da Linha de Costa Programa de Monitoramento Sedimentolgico Programa Recuperao de reas Degradadas Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre Programa de Resgate de Fauna Terrestre Programa de Segurana e Alerta Programa de Monitoramento da Fauna Marinha Programa de Monitoramento de Desembarque de Pescados Programa de Verificao do Gerenciamento de gua de Lastro Programa de Compensao Ambiental Plano de Emergncia Individual Programa de Gerenciamento de Riscos Programa de Comunicao Social Programa de Educao Ambiental para Trabalhadores Programa de Educao Ambiental para Comunidades do Entorno Programa de Capacitao Profissional Programa de Preveno a Doenas Sexualmente Transmissveis Programa de Prospeco Arqueolgica e Educao Patrimonial Programa de Mitigao das Interferncias no Sistema Virio

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8.2.1

Programa de gesto ambiental do empreendimento a) Introduo e objetivo

A Poltica de Gesto Ambiental da Ferrous norteia a atuao ambiental da empresa, com foco no uso racional dos recursos naturais e no controle dos impactos das suas atividades, no intuito de garantir a preservao desses recursos e, consequentemente, perpetuando as atividades da organizao. A base desse trabalho a gesto dos recursos hdricos, a reduo da gerao de resduos, bem como sua destinao adequada, o controle das emisses atmosfricas, a reabilitao de reas alteradas, a preservao da biodiversidade e a educao ambiental. O objetivo central promover o desenvolvimento sustentvel em todas as reas de influncia de suas operaes e, ainda, colaborar para a superao dos desafios mundiais, usando o conhecimento e a tecnologia. b) Pblico-alvo rgos ambientais, empreendedor, trabalhadores e comunidades do entorno do empreendimento. c) Estratgias A estratgia utilizada para a Gesto Ambiental do Empreendimento estar alicerada em condutas j praticadas pela Ferrous em suas unidades produtivas (minas), tal como segue descrito abaixo. Normas ambientais para prestadores de servios nas unidades A Contratada dever indicar um funcionrio para represent-la, bem como

participar das reunies da Comisso Interna de Meio Ambiente CIMA, com o dever de cumprir, dentro do prazo estipulado, as aes de carter ambiental atribudas empresa.

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A contratada dever disponibilizar, para seus funcionrios, banheiros

qumicos no canteiro de obras, cuja limpeza e manuteno devero ser devidamente comprovadas atravs de laudos entregues Contratante. Manter o canteiro de obras sempre limpo e devidamente organizado. Todos os resduos gerados no perodo das atividades da Contratada,

inclusive aqueles considerados perigosos (Classe I) sero de sua inteira responsabilidade, incentivando a Coleta Seletiva e promovendo a sua disposio final de forma adequada e devidamente comprovada por certificados ou manifestos. Apresentar Laudo de Fumaa Preta, ocasionado pela emisso de

descargas de veculos e/ou equipamentos que utilizem leo diesel como fonte de combustvel. Participao efetiva de todos os colaboradores da empresa Contratada nos

treinamentos realizados pelo Setor de Meio Ambiente, quando houver. Colaborar com a preservao do Meio Ambiente nos canteiros de obras

das Unidades da Ferrous, onde a Contratada exerce atividades. Zelar pelo cumprimento dos procedimentos ambientais estabelecidos pela

Ferrous nas dependncias internas de suas Unidades. Recorrer, sempre que necessrio, ao Setor de Meio Ambiente da

Contratante para solicitar orientaes e esclarecer dvidas no tocante aos procedimentos ambientais.

Gerenciamento de efluentes lquidos na mina de Serrinha Os efluentes lquidos oleosos gerados so direcionados para uma caixa separadora gualeo. A mina no conta com oficina, realizando todas as manutenes em rea externa, praticamente eliminando a gerao de efluentes contaminados com leos e graxas. J o efluente sanitrio oriundo da utilizao de instalaes sanitrias direcionado para um sistema de tratamento composto por fossa sptica/filtro anaerbio. A Figura 8.2.1-1 apresenta registro fotogrfico dos processos acima descritos.CPM RT 127/10 Maio/10

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Figura 8.2.1-1: Gerenciamento de efluentes na Mina de Serrinha.

Gerenciamento de resduos slidos na mina de Serrinha Os resduos slidos gerados so os lixos no reciclveis (domsticos) e os reciclveis (papis, plsticos etc.). Para seleo desses resduos, foram instalados conjuntos de lixeiras suspensas em pontos estratgicos da mina. Tambm existem lixeiras seletivas em todos os escritrios. Os resduos reciclveis so destinados para ASCAVAP - Associao dos catadores do Vale do Paraopeba, uma vez por semana. Os no reciclveis so destinados ao aterro sanitrio da Prefeitura de Brumadinho, tambm uma vez por semana. Existem tambm sucatas metlicas (ferro velho) que so armazenadas em um ptio no interior na mina.CPM RT 127/10 Maio/10

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