06 - renovação e conservadorismo no serviço social. ensaios criticos

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Ensaios Críticos

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  • Marilda Vi it-el a lamamoto

    REN0VAA0 E CONSERVADORISMO NO SERVIO S O C I A L

    Ensaios crticos

    3a edio

    r j v J Cpias, Impresso, Scaner q^ZL^ e Encadernao

    Pofe^or: rOUAjCyna Pasta n' P Ctwnt . ~T>

    R e c e b i d o J J O % I M

    / S i C O R T E Z VS^DITORfi

  • dal pultura que preside o modo de vida e de trabalho das ciasses sntfelterjias como um componente vivo e ativo da luta de classes e da constituio destas mesmas classes 110 processo de luta. Muitas vezes, o enfrentamento das relaes de poder metamorfoseado na aparncia da resignao scio-poltica e da violncia contida. H um simbolismo de protesto que deve ser decifrado, presente nas expresses culturais, que no se revelam na linguagem cristalina da poltica, mas que se estruturam como um questionamento implcito, muitas vezes travestido nutria forma opaca das expresses culturais, que escondem o contedo de Recusa humanidade do trabalhador, dilapidada no cativeiro da terra e no trabalho formalmente livre. Este me parece ser tambm um desafio para o Servio Social , bem como para os partidos que se dispem a falar em nome dos trabalhadores, qual seja, o de reconhe-cer e recuperar estas expresses de recusa cifradas e contidas, embu-tidas na ^vivncia prtica desses grupos, contribuindo para sua trans-figurao na esfera da poltica, na luta pela democratizao da !vida social em contraposio nossa herana poltica autoritria

    Sendo a cultura, como nos diz Marilena Chaui, um jogo interno de conformismo e resistncia, a recuperao da questo nacional e da icultura nos permite romper o caminho das vises deterministas e voluntaristas, apreender as particularidades culturais que atravessam as Classes sociais, resgatar o potencial criador j contido na prtica cotidiana das classes subalternas, assim como fazer a crtica dos elementos conformistas, alienados e alienantes que a comparecem, introduzindo novas mediaes no nosso debate sobre a dimenso poltica da prtica profissional: a questo da mulher, a questo racial, das disparidades regionais entre outras, o que supe um estmulo e uma vocao pesquisa

    essa reavaliao da dimenso poltica da prtica p r o f i s s i o n a l j L cie seu vnculo com a cidadania de classe e com o aprofundamento da democratizao ampla da vida social que pode nos conduzir__

    *

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  • "Seruio Social Alternativo": elementos para a sua problematizao*

    O p r e s e n t e t e x t o q u e r ser uma c o n t r i b u i o e a p e n a s l e v a n t a r a l g u m a s p is tas c r t i c a s e p o l m i c a s e, p o i s , n e c e s s a r i a m e n t e incori-c l u s o e a b e r t o a n o v o s d e s e n v o l v i m e n t o s ao d e b a t e e m t o r n o d o " S e r v i o S o c i a l A l t e r n a t i v o " , tal c o m o v e m f o r m u l a d o e m e l a b o r a e s de u m c o n j u n t o d e c o m p a n h e i r o s d o Centro Latinoamericano de Tra-bajo Social ( C e l a t s ) 1 . E s t a c o n t r i b u i o i n c o r p o r a a i n d a a l g u n s ele-m e n t o s da d i s c u s s o q u e se d e s e n r o l o u n o s e n c o n t r o s r e a l i z a d o s em

    * Texto redigido em 1989, em colaborao com Jos Paulo Netto, e divul gado inicialmente pelo Mestrado em Servio Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro atravs do Ncleo de Pesquisa da Escola de Servio Social Nupess, Srie Textos para Debate n. 1, maro de 1989. Agradeo ao Prof. Dr los Paulo Netto a autorizao para public-lo.

    1. O material dos companheiros do Celats foi apresentado em pelo menos duas verses:

    a) A. Maguina et alii. La Bsqueda dei Trabajo Social Alternativo comu Fenmeno Histrico. Lima, Celats, janeiro de 1988 (mimeo.), 23 pp.;

    b) A. Maguina et alii. En la Bsqueda dei Trabajo Social Alternativo como un Fenmeno Histrico. Lima, Celats, janeiro de 1988 (mimeo.), 23 pp.;

    O texto de janeiro de 1988 (um "documento de t raba lho ' ) e o de agosto do mesmo ano (uma "sntese de uma proposta para o debate") so diferentes, mas tambm apresentam uma continuidade substantiva; citaremos o primeiro documento como Celats, 1988 e o segundo como Celats, 1988.1

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