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06-07-2015
Revista de Imprensa06-07-2015
1. (PT) - Diário de Notícias, 06/07/2015, Hospitais estão obrigados a criar serviço de investigação até 2016 1
2. (PT) - Diário de Notícias, 04/07/2015, "Se calhar há um conjunto de medicamentos em Portugal que jáestão demasiado baratos"- Entrevista a Fernando Leal da Costa
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3. (PT) - Diário de Notícias, 05/07/2015, Vinho, cerveja e shots no primeiro fim de semana da nova lei doálcool
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4. (PT) - Público, 04/07/2015, Verbas dos hospitais psiquiátricos encerrados foram para a saúde mental 8
5. (PT) - Jornal de Notícias, 06/07/2015, Luta antidepressão para 175 mil pessoas 9
6. (PT) - Jornal de Notícias, 04/07/2015, Doença rara custa 230 mil euros por ano e por doente 11
7. (PT) - Negócios, 06/07/2015, "Somos quase um serviço de custo zero" 14
8. (PT) - Jornal de Notícias, 06/07/2015, Joãozinho: haja respeito! 16
9. (PT) - Jornal de Notícias, 06/07/2015, Nova terapia pode dar mais anos de vida 17
10. (PT) - Correio da Manhã, 04/07/2015, Cura para 60 doentes 18
11. (PT) - Jornal de Notícias, 04/07/2015, Maioria pode cortar apoios a quem aborta 19
12. (PT) - Correio da Manhã, 04/07/2015, Oposição chumba taxas 20
13. (PT) - Jornal de Notícias, 05/07/2015, Quedas fatais duplicam acima dos 85 anos 21
14. (PT) - Público, 06/07/2015, Como é que se explica porque é que “o avô está esquecido e dizdisparates”?
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15. (PT) - Público, 06/07/2015, Parlamento discute lei para incluir uso da bicicleta no seguro escolar 25
16. (PT) - Expresso, 04/07/2015, Empresas devem dar duas horas por dia a mães com filhos até três anos 27
17. (PT) - Expresso, 04/07/2015, Cigarros eletrónicos: vapor inofensivo ou talvez não 28
18. (PT) - Diário de Notícias, 05/07/2015, Médicos a 40 euros por hora para não haver falhas no verão 29
19. (PT) - Jornal de Notícias, 06/07/2015, Saúde. Livro sobre o papel dos cidadãos 30
20. (PT) - Público, 06/07/2015, A saúde “é muito mais do que ter bons médicos” 31
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O ministro da Saúde, Paulo Macedo,
garantiu ontem no Funchal que as
verbas provenientes do encerramen-
to de hospitais psiquiátricos foram
direccionadas para outros serviços
da área da saúde mental. “As verbas
do funcionamento desses hospitais
foram reafectadas na área da saúde
mental”, sublinhou o ministro, refe-
rindo-se ao encerramento do Miguel
Bombarda, pelo anterior Governo,
e do Lorvão e Colónia Agrícola de
Arnes, já por este executivo.
Esta semana, o coordenador do
programa europeu Joint Action on
Mental Health and Wellbeing, Caldas
Almeida, lamentou que as verbas li-
bertadas pelos encerramentos desses
hospitais psiquiátricos não tenham
sido investidas em novos serviços na
área da saúde mental, mas Paulo Ma-
cedo contrariou essa ideia. “Os custos
relacionados com o funcionamento
dessas unidades foram direcciona-
dos para outras áreas da saúde men-
tal que hoje em dia temos”, explicou,
Verbas dos hospitais psiquiátricos encerrados foram para a saúde mental
exemplifi cando com novas unidades
com o Pólo na Ajuda ou a unidade
de psiquiatria no Hospital de Beja.
“O que o estudo indica é que nós
precisamos de mais verbas para
gastar na área da saúde mental, e aí
nós estamos de acordo”, reconheceu
Paulo Macedo aos jornalistas, após a
assinatura de um protocolo de coo-
peração entre o Ministério da Saúde
e a Secretaria Regional da Saúde da
Madeira. O estudo, continuou, tam-
bém indica uma progressão, no sen-
tido do país deixar de ter hospitais
monotemáticos, passando a ter aten-
dimentos em hospitais gerais. “Hoje
em dia, a maioria dos doentes de saú-
de mental é atendida em hospitais de
saúde gerais”, lembrou Paulo Mace-
do, prometendo abrir mais camas
para esta área até ao fi nal do ano.
Sobre os edifícios onde funciona-
vam os hospitais, o ministro diz que
o processo está a decorrer — “há in-
clusive uma discussão pública sobre
o que fazer com eles” —, mas lembra
que alguns são património classifi ca-
do. “O Estado, como sabem, não é
muito célere na venda de patrimó-
nio”, referiu Paulo Macedo, que visi-
tou os dois hospitais do Funchal, dos
Marmeleiros e Dr. Nélio Mendonça,
mas recusou comprometer o Go-
verno com o apoio na construção
de uma nova unidade.
“Parece-me, de acordo com tudo o
que ouvi, mas ainda não vi, que essa
necessidade deve ser priorizada, mas
existem também outras prioridades,
como, por exemplo, o Hospital de
São José, que está para ser substitu-
ído há mais de 100 anos”, justifi cou
Paulo Macedo, perante a insistência
dos jornalistas em saber do apoio de
Lisboa à construção de um novo hos-
pital na Madeira.
O projecto é consensual na região.
Merece o apoio de todos os partidos e
foi corroborado por um estudo inde-
pendente, mas o ministro foi cautelo-
so. “Temos que saber o que é fi nan-
ciável em termos comunitários, qual
o horizonte temporal e obviamente
enquadrar essa necessidade com ou-
tras que existem no país”, disse.
SaúdeMárcio Berenguer
Ministro da Saúde recusa ideia de que recursos financeiros libertados não tenham sido investidos na mesma área
Ministro promete abirir mais camas na área da saúde mental
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Como é que se explica porque é que “o avô está esquecido e diz disparates”?
“O que é que tu fazes?” O fi lho te-
ria uns três anos quando lhe fez a
pergunta sobre o seu trabalho e
Ana Margarida Cavaleiro andou às
voltas com a resposta. Como é que
se explica a uma criança desta ida-
de que se trabalha com pessoas e
familiares afectados com a doença
de Alzheimer, a mais frequente das
demências? A pergunta fez nascer
um livro infantil sobre uma mana-
da de elefantes e um projecto que
hoje recebe o Prémio Maria José
Nogueira Pinto em Responsabili-
dade Social.
Na associação Alzheimer Portu-
gal, às vezes surgiam familiares que
perguntavam às técnicas: “como
é que eu explico à minha fi lha o
que é que o avô tem?”, ou “como é
que eu explico ao meu neto o que
é que o meu marido tem?”. “Era
recorrente nas nossas formações a
familiares. Sentimos a necessidade
de criar algo dirigido às crianças”,
diz a psicóloga Ana Margarida Ca-
valeiro, directora do Departamento
de Formação e Projectos da asso-
ciação.
Não é pergunta que se respon-
de às crianças como se faz com os
adultos, que o Alzheimer, é “uma
doença neurodegenerativa que ori-
gina uma deterioração progressiva
e irreversível das funções cogniti-
vas, com implicações no comporta-
mento, personalidade e capacidade
funcional da pessoa”. E que haverá
cada vez mais pessoas a tê-la, à me-
dida que a população envelhece.
Existirão cerca de 182 mil pessoas
com demência em Portugal, a do-
ença de Alzheimer representa cerca
de 50% a 70% de todos os casos.
Era preciso chegar até eles e o
elefante Memo e a avô Kelembra
foram as duas personagens do livro
infantil O Pequeno Elefante Memo,
da autoria de Paula Guimarães com
ilustrações de Alexandra Rebelo
Na associação Alzheimer Portugal às vezes surgiam familiares que perguntavam: “Como é que eu explico à minha fi lha o que é que o avô tem?”, ou “como é que eu explico ao meu neto o que é que o meu marido tem?” Para responder, há um projecto para as crianças
Pinto, que simplifi caram a história
para a tornar acessível ao público
infantil. O livro (que a associação
vende por dez euros) vai mostran-
do um neto que se apercebe de que
a avó está a perder a memória e
capacidades, até que a própria avó
acaba por dizer-lhe que será me-
lhor ir embora, para “o lugar dos
elefantes”. Acaba por fi car com a
manada, com o apoio da família,
muito particularmente do neto.
São estas as duas personagens
que têm viajado até a várias esco-
las com o projecto “Memo e Kelem-
bra nas Escolas”, dirigido a meni-
nos dos 6 aos 12 anos do 1.º e 2.º
ciclos. O projecto-piloto arrancou
em Santarém, em 2013, e acabou
por chegar até 19 escolas de 11 dis-
tritos de Portugal, com 3429 partici-
pantes, considerando-se que estas
crianças serão “os futuros ‘cuida-
dores’ das pessoas atingidas por es-
tas doenças”. Os dez mil euros do
prémio ajudarão aquele que era já
um objectivo assumido, alargar-se
a todos os distritos de Portugal nos
anos 2015 e 2016. O projecto teve o
apoio do Instituto Nacional para a
Reabilitação.
Nas escolas, a história é teatra-
lizada e depois chega a altura de a
desconstruírem, de falar às crian-
ças do que é estar doente, de falar
de avós que andam esquecidos, que
se esquecem do que almoçaram, ou
até dos nomes dos netos, explica
a psicóloga. “Explicamos-lhes que
não é por não gostarem deles que
se esquecem dos seus nomes.”
Algumas crianças fazem mesmo
a ponte com algo que viram acon-
tecer na sua família, normalmente
dizem-lhes algo como “o meu avô
está esquecido ou diz disparates”.
Fala-se “do que se passa com o meu
avô/avó?”, “dos primeiros sinais?”,
“do que são as demências?”, de “co-
mo lidar com as suas característi-
cas?”, “enquanto neto como posso
ajudar?”, “dar mimos ajuda?”.
Esta 3.ª edição do prémio, que
foi instituído em 2012 pelo labora-
PrémioCatarina Gomes
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Nas escolas, a história d’O Pequeno Elefante Memo é teatralizada e depois chega a altura de a desconstruírem, de falar às crianças de avós que andam esquecidos
DANIEL ROCHA
tório farmacêutico Merck Sharp &
Dohme (MSD), homenageando a
deputada “que se distinguiu pela
sua persistência na defesa da res-
ponsabilização social”, recebeu
107 candidaturas. O objectivo é
reconhecer o trabalho de pessoas,
individuais ou colectivas, que se
tenham destacado no âmbito de
acções de responsabilidade social
activa, em Portugal. A cerimónia
de atribuição é no Grémio Literá-
rio, em Lisboa, pelas 17h. Vão tam-
bém ser atribuídas quatro menções
honrosas (ver texto ao lado). O jú-
ri é presidido por Maria de Belém
Roseira e constituído por mais seis
personalidades, Anacoreta Correia,
Clara Carneiro, Isabel Saraiva, Jai-
me Nogueira Pinto, Óscar Gaspar,
em representação da MSD, e o pa-
dre Vítor Feytor Pinto.
Menções honrosas
O júri da 3.ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto distinguiu mais quatro projectos“Mentes Brilhantes”Miranda do Corvo é um concelho sobretudo rural onde muitos alunos abandonam a escola para acompanhar os pais em actividades rurais. O projecto “Mentes Brilhantes”, da Fundação ADFP — Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, pretende diminuir os níveis de abandono escolar e as debilidades no âmbito da educação. O projecto, que nasceu em Setembro de 2014, dá apoio a 150 alunos do concelho que frequentam o ensino pré-escolar até ao 1.º ciclo. É desenvolvido por uma equipa de especialistas da educação e psicólogos que pretendem avaliar e apoiar as crianças “que revelem talentos especiais, dificuldades de aprendizagem e comportamento”. O objectivo não é diagnosticar deficiências mas sim descobrir talentos e potenciar aptidões de jovens através de cursos de estudos avançados nas áreas de Ciências, Matemática, Língua Portuguesa e História gratuitos, workshops nas escolas, conferências e campos de férias e actividades escolares durante as férias.
“Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa”A “Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa” é dirigida a pessoas que ouvem mas que queiram aprender linguagem gestual, “quebrando a grande barreira de comunicação existente entre pessoas surdas e pessoas ouvintes, nomeadamente os familiares de crianças e jovens que sofrem de surdez”. Funciona através de uma plataforma de ensino online que oferece formação em linguagem gestual com diferentes níveis de aprendizagem, sendo aberta a todos. Os conteúdos são de domínio básico e vão sendo gradualmente aumentados até atingirem
níveis médios ou avançados. É gerida pela Associação de Surdos do Porto, tendo ficado disponível em Março de 2015. O projeto conta com 5629 registos.
“A Música nos Hospitais”“Através da música, introduzir momentos de ruptura na rotina dos hospitais”, é esse o mote deste projecto que, desde 2006 tocou para mais de 140.000 pessoas por ano, de crianças, a idosos, familiares e profissionais de saúde. Um dos objectivos é ajudar aliviar o stress e humanizar contextos comunitários e institucionais, sobretudo hospitais, nomeadamente as áreas de pediatria e geriatria, mas também instituições de educação e de cuidados especiais, prisões e lares públicos e privados. A Associação Portuguesa de Música nos Hospitais dá formação específica a músicos para trabalharem nestes contextos, tendo actualmente uma equipa de 22 músicos.
“Casa em Ordem”,A “Casa em Ordem”, um projecto do Serviço Jesuíta aos Refugiados, surge da necessidade de integrar socialmente e profissionalmente mulheres migrantes na área dos serviços domésticos e cuidados a crianças e idosos. Criado em 2012, dá formação gratuita técnica e comportamental nas áreas de serviço doméstico, culinária, cuidados a idosos, técnicas de procura de emprego, autoconhecimento, entre outros, através de um curso de dois meses, sendo o segundo mês um estágio. As mulheres que frequentam estes cursos encontram-se em situação vulnerável, desempregadas, com pouco conhecimento da cultura portuguesa e poucos conhecimentos para exercer a profissão pretendida.
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ADRIANO MIRANDA
Parlamento discute lei para incluir uso da bicicleta no seguro escolar
A legislação em vigor, publicada há 16 anos, não incorporou as novas tendências para a mobilidade
A Assembleia da República deve-
rá votar esta semana uma propos-
ta de recomendação ao Governo,
apresentada por dois deputados da
maioria, para que o seguro escolar
passe a cobrir os acidentes com bi-
cicletas no trajecto de casa para a
escola. A legislação em vigor, publi-
cada há 16 anos, não incorporou as
novas tendências para a mobilidade
suave e políticas ambientalmente
sustentáveis. O Ministério da Saúde
quer combater a obesidade, pondo
as crianças e os jovens a pedalar,
mas não existe ainda forma de levar
à prática essa vontade na comuni-
dade escolar
O projecto de resolução n.º 1530/
XII/4.ª, referente ao seguro escolar,
— subscrito pela deputada Carina
Oliveira (PSD) e pelo deputado João
Paulo Viegas (CDS-PP) —, deverá
ser discutido e votado na próxima
reunião da Comissão Parlamentar
de Economia e Obras Públicas. O
que é proposto, diz o documen-
to, é uma actualização do seguro
escolar, “no sentido de incluir os
acidentes dos alunos que ocor-
ram em trajecto com velocípedes
sem motor por estes conduzidos”.
Entretanto, a Direcção- Geral da
Saúde (DGS) colocou à discussão
pública um relatório técnico em
que traça a “Estratégia Nacional
para Promoção da Actividade Fí-
sica, da Saúde e do Bem- Estar”.
Uma das sugestões apresentadas
no documento diz respeito à neces-
sidade de “desenvolver e promover
deslocações ‘activas’ para os locais
de ensino”.
A mobilização da sociedade para
os modos de transporte suaves, de-
fendem os deputados, “deve come-
çar desde a escola”. Só assim, enfa-
tizam, “conseguiremos aumentar o
patamar de segurança no âmbito da
sustentabilidade ambiental”. Numa
sociedade em que o automóvel não
é apenas um meio de transporte,
disse ao PÚBLICO a deputada Ca-
rina Oliveira, “o difícil é mudar as
mentalidades”. A este propósito,
evocou as “difi culdades” que teve,
aquando da revisão do Código da
Estrada, aprovado em 2013. Uma
das alterações introduzidas nesse
diploma foi a possibilidade de os
das Finanças, Educação e da Saúde.
O valor do prémio pago pelo Es-
tado às seguradores corresponde a
1% do ordenado mínimo nacional
(cerca de cinco euros/ano) por cada
aluno. O presidente da Federação
Portuguesa de Cicloturismo e Utili-
zadores da Bicicleta (FPCUB), José
Manuel Caetano, diz que a propos-
ta legislativa “só peca por tardia”.
Quanto ao facto de o “projecto de
resolução” surgir no fi nal da legis-
latura, afi rmou: “Espero que ainda
vá a tempo de produzir efeitos prá-
ticos no próximo ano lectivo.” Por
seu lado, Carina Oliveira lembra
que a promoção da mobilidade
ligeira representa um “caminho
longo que se faz passo a passo”. A
este propósito, lembrou que ain-
da há muito por fazer ao nível do
planeamento urbano, no que diz
respeito à criação de ciclopistas e
ciclovias.
A Direcção-Geral da Saúde pôs à discussão um relatório técnico para promover a “actividade física”, mas os alunos que vão de bicicleta para escola, em caso de acidente, não têm cobertura de riscos
LegislaçãoIdálio Revez
velocípedes conduzidos por crian-
ças menores de dez anos poderem
utilizar os passeios, desde que “não
ponham em perigo ou perturbem
os peões”.
O relatório técnico da DGS sobre
“prevenção de doenças e promoção
da saúde” está em discussão públi-
ca até ao próximo dia 15. Na página
em que se refere ao Ministério da
Educação fala-se da necessidade de
as escolas criarem “condições para
guardar, em segurança, os meios de
deslocação [bicicletas]”, ignoran-
do a polémica questão da cober-
tura do seguro escolar. Por outro
lado, coloca-se especial ênfase no
incentivo à actividade física como
forma de “diminuir o impacto ne-
gativo para a saúde do número de
horas que os alunos passam senta-
dos na sala de aulas”. Do conjunto
dos benefícios para saúde, pelo uso
da bicicleta, o “projecto de resolu-
ção” destaca a melhoria da função
respiratória, combate às doenças
cardiovasculares, diminuição da
incidência de diabetes e a preven-
ção da obesidade.
Bicicleta fi ca de foraDe acordo com a legislação em vi-
gor ( Portaria 413/99, de 8 de Julho,
(artigo 25.º alínea f ), estão excluí-
dos da cobertura do seguro escolar
os “acidentes que ocorram em tra-
jecto com veículos ou velocípedes
com ou sem motor, que transpor-
tem o aluno ou sejam por este con-
duzidos”. A excepção à regra, em
termos de cobertura de risco, só se
verifi ca quando a utilização da bici-
cleta for inserida numa “actividade
escolar”. A alteração à legislação,
agora sugerida, vai implicar uma
renegociação com o Instituto de Se-
guros de Portugal e uma conjuga-
ção de esforços entre os ministérios
O Ministério da Saúde quer combater a obesidade, pondo as crianças e os jovens a pedalar, mas não existe ainda forma de levar à prática essa vontade na comunidade escolar
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Acidentes de alunos que vão de bicicleta para as aulas não estão cobertos p14
Parlamento discute entrada da bicicleta no seguro escolar
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Vera Lúcia Arreigoso
“Dirijo-me a V. Exa no sentido de apelar à sua sensibilidade feminina e devido ao facto de ser a mulher que ocupa o mais alto cargo público da nação.” É assim que começa a carta que o bastonário da Ordem dos Médicos escreveu à presidente da Assembleia da República para pedir que interceda para serem dados mais direitos às mães portuguesas e enfrentar “a dramática redução da na-talidade, talvez o mais grave desafio que Portugal enfrenta”.
Na carta enviada a Assunção Esteves em nome dos médicos, José Manuel Silva pede-lhe que seja “agente da mudança” para que se “consigne em lei o di-reito a duas horas diárias de redução de horário a todas as mulheres com filhos até aos três anos de idade”. Dada a co-nhecer ao Presidente da Repú-blica, ao primeiro-ministro e ao provedor de Justiça, a proposta invoca ainda a necessidade de colocar “em pé de igualdade” as mães, divididas entre as que amamentam e as que aleitam.
A lei consagra o direito a duas horas diárias pagas para amamentação ou aleitação, que pode ser pedida pelo pai, até o bebé ter um ano. Daí em diante, só as mulheres que comprova-damente amamentam mantêm esse direito. A prova é feita por atestado médico, que os clíni-cos também querem mudar.
A declaração médica deveria bastar à entidade patronal, mas há relatos que mostram que nem sempre é assim. No início do ano, duas enfermeiras dos hospitais de Santo António e de São João, no Porto, contaram ao jornal “Público” que foram chamadas à consulta de saúde ocupacional para mostrarem que o peito tinha leite. Outra enfermeira, do Hospital de Fa-malicão, passou pelo mesmo, mas foi mais longe: fez queixa à Ordem dos Médicos (OM).
O presidente do Conselho Regional do Norte da OM, Mi-guel Guimarães, adiantou ao Expresso que “estão a decorrer dois inquéritos disciplinares, em fases diferentes”. São re-lativos à atuação dos médicos de saúde ocupacional dos hos-pitais de Famalicão — “será tomada uma decisão daqui a duas semanas”—, e de Santo
Empresas devem dar duas horas por dia a mães com filhos até três anosOrdem dos Médicos pede ao Parlamento mais direitos para mulheres que trabalham como estímulo à natalidade
António. No caso do São João não foi aberto processo, porque a enfermeira não se identificou.
A OM aguarda também es-clarecimentos dos hospitais de São João, Gaia e Vila Real para saber se exigem a expressão mamária. “Todas as outras unidades do Norte já respon-deram e negaram ter qualquer protocolo”, revela Miguel Gui-marães. No resto do país não há casos conhecidos, embora “devam existir”.
Os relatos a Norte provoca-ram uma ‘onda de choque’ que chegou até Bruxelas, mas pa-rou. “Nada tendo sido alterado de substantivo, a OM continua a ser confrontada com as difi-culdades e dúvidas de aplica-ção da lei e com exigências ab-surdas por parte de algumas instituições, nomeadamente a apresentação de atestados mensais de amamentação”, lê--se na carta. José Manuel Silva pede que a prova seja posta de lado e dado o benefício, de duas horas diárias, a todas as mulheres com filhos pe-
quenos, amamentados ou não.O gabinete de Assunção
Esteves esclarece que a pre-sidente do Parlamento “não costuma fazer comentários sobre sugestões nem mesmo sobre propostas ou projetos de lei”, adiantando apenas que “o assunto foi para os grupos par-lamentares e para a Comissão Parlamentar de Saúde”.
Avanço em outra legislatura
A presidente da 9ª comissão, Maria Antónia Almeida Santos, diz ter distribuído a proposta a todos os deputados ‘da Saúde’. A socialista nota que “já não há tempo para um partido levar o assunto avante nesta legislatu-ra”, mas salienta tratar-se de uma “posição muito importan-te da OM para evitar a forma ultrajante, e que só prova que a mulher tem leite mas não que amamenta, como algumas mu-lheres são tratadas”.
O mesmo alerta para a falta de tempo é feito pelo presiden-te da Comissão Parlamentar
de Segurança Social e Traba-lho. José Manuel Canavarro faz ainda uma reflexão, a título pessoal. “Se a proposta assenta em evidências científicas claras de que há fortes benefícios para a saúde da mãe e do bebé de uma amamentação até aos três anos, esse é o ponto relevan-te para uma futura discussão de uma proposta universal.” O Expresso tentou, em vão, obter resposta junto da Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Cautelas diferentes quanto à concretização da ideia são invocadas pela central sindi-cal CGTP. “Estamos de acor-do com todas as medidas para melhorar a maternidade e a parentalidade, mas a redução de horário não pode estar as-sociada a uma redução de salá-rio nem a perda de qualidade, confiança e segurança no em-prego”, defende a responsável pela Comissão para a Igualda-de entre Mulheres e Homens, Fátima Messias.
A responsável pela Comissão para Igualdade no Trabalho e
no Emprego, Joana Gíria opta pelo silêncio por desconhecer o conteúdo do documento. E a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, também não comenta.
Dar duas horas por dia pa-gas a todas as mulheres com filhos até aos três anos muda-rá a rotina das empresas. A Confederação Empresarial de Portugal só comenta propostas concretas, mas a Associação Empresarial de Portugal diz já que “terá grandes impactos no dia a dia das empresas e deve-rá ser acompanhada por outro tipo de medidas, sob pena de não se refletir nas políticas de natalidade e de apoio à família de que o país carece.”
José Manuel Silva faz outro prognóstico: “No imediato, a medida representa um custo, mas no futuro será claramente rentável.” Além disso, “as mu-lheres precisam de sentir que a maternidade não é um peso de chumbo”.
Lei atual só garante dispensa paga quando o bebé tem mais de um ano se a mãe provar que ainda amamenta FOTO CORBIS
LÁ FORA
CHILEDois momentos de meia hora para amamentação ou aleitação até a criança ter dois anos. O cumprimento da dispensa é obrigatório
ESPANHAUma hora diária, fracionável em dois períodos, até o bebé completar nove meses. Em caso de aleitação, a dispensa pode ser atribuída ao pai
FINLÂNDIASem pausas pagas, porque a licença de maternidade é de três anos
FRANÇADuas horas por dia até a criança ter um ano
HOLANDATodos os momentos necessários para amamentar, sem exceder um quarto do horário e os nove meses de vida do bebé
HUNGRIADuas horas diárias até a criança atingir meio ano de vida. Depois, uma hora diária até aos nove meses
INGLATERRAA lei não obriga a entidade patronal a garantir pausas ou reduções de horário pagas para amamentação ou aleitação após a licença de maternidade
ITÁLIADois períodos diários de uma hora até a criança deixar de ser amamentada. Em horários de trabalho reduzidos (de seis horas), é garantida uma hora, fracionável em dois momentos
NORUEGAUma hora diária para amamentação sem limite de idade. Isto é, até a criança deixar de ser amamentada
SUÉCIATodas as interrupções que a mulher considere necessárias para amamentar. Não há limite face à idade da criança
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Raquel Moleiro
No laboratório da Universidade de Valência, um grupo de investiga-dores de química analítica realizou um frente a frente entre o fumo do tabaco e o vapor do cigarro eletróni-co. Em confronto estava o maior ou menor impacto nos fumadores pas-sivos. E houve um claro vencedor. O estudo, realizado em maio deste ano e divulgado há poucos dias, concluiu que o e-cigarro tem um efeito “nulo” em ambientes fechados, lançando no ar uma quantidade de nicotina quase inexistente (95 nanogramas) que se dissipa rapidamente. O fumo do cigarro, por seu lado, transporta para o ambiente mais 850 a 700 por cento desta substância viciante (cerca de 670 nanogramas), imedi-atamente percetível por quem está no mesmo espaço.
Cigarros eletrónicos: vapor inofensivo ou talvez nãoUniversidade de Valência conclui que e-cigarros têm efeito “nulo” em locais fechados
Os resultados foram apurados através da análise ao ar realizada a um centímetro do fumador após três baforadas, seguidas e com qua-tro a cinco segundos de duração, em e-cigarros e em cigarros convencio-nais. “Do ponto de vista científico são dois produtos completamente diferentes. A nicotina é o único in-grediente em comum”, assegura o catedrático Miguel de La Guardia, que conduziu a investigação, a pri-meira sobre cigarros eletrónicos realizada em Espanha, onde o uso é proibido em espaços públicos fe-chados e recintos infantis.
Ana Figueiredo, coordenadora da comissão de tabagismo da Socie-dade Portuguesa de Pneumologia (SPP), torce o nariz a análises tão categóricas. Mesmo não conhecen-do o estudo espanhol em pormenor, não tem dúvidas de apelidar as con-clusões de prematuras: “O cigarro eletrónico não existe há tempo su-ficiente para que se apurem, com evidência científica, os seus efeitos,
lesivos ou não. São precisos vinte anos para que as alterações se fa-çam sentir”, explica a pneumologis-ta. “E os dispositivos não são todos iguais, nem criam todos as mesmas partículas”, alerta.
Há, talvez por isso, estudos com diferentes conclusões, como o re-centemente divulgado pela Univer-sidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que concluiu que os vapores dos cigarros eletrónicos diminuem as defesas do sistema respiratório contra infeções virais e bacterioló-gicas e produzem compostos quí-micos nocivos que podem causar danos celulares.
Iguais na proibição
Sem certezas científicas, a posição de Ana Figueiredo em relação ao e-cigarro é a defendida pela SPP: não passa de uma alternativa tabá-gica, não deve ser usado para dei-xar de fumar e deve ser sujeito às mesmas proibições e restrições do tabaco normal. “Seria um retroces-so encará-lo como menos lesivo e incentivar o seu uso”, acrescenta.
Em Portugal, a nova lei do tabaco — já aprovada em Conselho de Mi-nistros e atualmente a ser discutida na especialidade na Assembleia da República — prevê a proibição do uso de cigarros eletrónicos com ni-cotina em todos os espaços públicos fechados, a exemplo do que aconte-
ce em Espanha, Bélgica, Eslováquia, Malta e Itália. Luxemburgo, Alema-nha, Irlanda, Reino Unido, Repúbli-ca Checa, Dinamarca, entre outros, não impõem restrições ao seu uso.
Os últimos dados do Eurobaró-metro indicam que haverá 25% de fumadores em Portugal, principal-mente de cigarros de maço (83%), seguindo-se o tabaco de enrolar (16%). Cerca de 6% já experimen-taram e-cigarros (mais homens do que mulheres), mas apenas 2% es-colheram a alternativa eletrónica para satisfazer o vício.
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No novo livro, Correia de Campos diz que não crê que o SNS vá ruir
“O SNS [Serviço Nacional de Saú-
de] não pode repousar sob as gló-
rias passadas”, precisa de “ganhar
efi ciência e qualidade” e de “evitar
o desperdício”, avisa o ex-ministro
da Saúde António Correia de Cam-
pos, num livro que hoje é lançado.
“No momento em que se discute a
sobrevivência do SNS”, o ex-gover-
nante desmonta as ideias feitas que
têm alimentado o debate público na
obra intitulada Saúde & Preconceito —
Mitos, Falácias e Enganos, que vai ser
apresentada por dois ex-ministros,
Teixeira dos Santos (PS) e Valente de
Oliveira (PSD).
Lembrando que a saúde é “muito
mais do que ter bons médicos, bons
hospitais, centros de saúde, medica-
mentos e meios de diagnóstico”, Cor-
reia de Campos defende que é “pre-
ciso actuar sobre as determinantes
da saúde, cada dia mais evidentes,
em especial quando a crise apertou”.
Como? Trabalhando para “condições
ambientais correctas, alimentação
equilibrada” e também “níveis de
rendimento que não deixem na po-
breza uma parte dos cidadãos”.
Sustentado numa vasta experiên-
cia (além de ministro, foi por duas
vezes secretário de Estado, deputa-
do e eurodeputado), não crê que o
sistema de saúde vá ruir, após a crise
fi nanceira de 2008. “Não há sinais de
que tal aconteça, mas observa-se uma
A saúde “é muito mais do que ter bons médicos”
deterioração crescente dos meios
ao alcance do SNS, com refl exos em
elevadas listas de espera e eventuais
perdas na qualidade do atendimen-
to”, observa. Se esta “deriva” não for
corrigida, alerta, “podemos cair, aos
poucos, na deterioração do belo sis-
tema que construímos”.
Compilando dados e indicadores
que permitem perceber a evolução
mais recente do sistema de saúde
português, as diferentes opções que
hoje se colocam e os sacrifícios que
estas necessariamente implicam, o
ex-ministro vai respondendo a vá-
rias perguntas. O mercado, enfatiza,
“nunca pode ser uma solução global”
para o problema da saúde, mas tam-
bém é “vetusta e irrefl ectida” a ideia
de que a saúde não tem preço.
Os políticos, aconselha ainda, não
devem preocupar-se “apenas com a
lógica orçamental”, mas sobretudo
“com a lógica da justa repartição de
meios conforme as necessidades: cui-
dados iguais para iguais necessidades
e cuidados diferentes para diferentes
necessidades”. No livro, Correia de
Campos vai sugerindo e avançando
ideias e pistas para o “aperfeiçoa-
mento do SNS”, convicto que está
da necessidade de “uma atitude de
saudável reformismo”, até porque
“há muito espaço para actualização
e modernização”.
A primeira tarefa? Será, defende,
a de “escolher os melhores, não os
mais dóceis e muito menos os mais
fi éis”, para a complexa administra-
ção do SNS. “Escolher quem esteja ao
lado do SNS e não quem intimamente
o pretenda derrubar, por razões de
mero interesse pessoal ou por ide-
ologia política”, sintetiza. Editada
pela Livros Horizonte, a obra vai ser
apresentada amanhã, em Lisboa, e,
na quarta-feira, em Coimbra.
PEDRO CUNHA
LançamentoAlexandra Campos
Ex-ministro Correia de Campos lança hoje, no Porto, o livro com o título Saúde & Preconceito — Mitos, Falácias e Enganos
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