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19-06-2015

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Revista de Imprensa19-06-2015

1. (PT) - Negócios, 19/06/2015, Portugal é o segundo país onde as mortes por cancro menos caíram 1

2. (PT) - Diário de Notícias, 19/06/2015, Portugueses compram remédios falsos 2

3. (PT) - Correio da Manhã, 19/06/2015, Médicos contra lei com 36 anos 3

4. (PT) - Jornal de Notícias, 19/06/2015, Farmácia do S. João vai fechar as portas 4

5. (PT) - Jornal de Notícias, 19/06/2015, Quase perdeu a filha por lhe terem adiado cesariana 5

6. (PT) - Correio do Minho, 19/06/2015, DST e Primavera injectam inovação no hospital 6

7. (PT) - Diário do Minho, 19/06/2015, Plano de gestão vai permitir recolha de seringas usadas 7

8. (PT) - Vida Económica, 19/06/2015, A valia de um hospital português no mundo 8

9. (PT) - Negócios - Weekend, 19/06/2015, O Serviço Nacional de Saúde e o orgulho em ser contribuinte 9

10. (PT) - Diário Económico, 19/06/2015, Conferência Diferentes Perspectivas da Doença Crónica 10

11. (PT) - Diário Económico, 19/06/2015, Sector farmacêutico suportou 65% do esforço do ajustamento daSaúde

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12. (PT) - Público, 19/06/2015, Um em cada cinco gays não sabe se está infectado com VIH 17

13. (PT) - Sol - Tabu, 19/06/2015, Constantino, o nosso grego intranquilo 18

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A1

Tiragem: 12985

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 21

Cores: Cor

Área: 25,70 x 30,37 cm²

Corte: 1 de 1ID: 59787839 19-06-2015

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A2

Tiragem: 29010

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 18

Cores: Cor

Área: 25,50 x 10,43 cm²

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A3

Tiragem: 148641

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 16,31 x 21,34 cm²

Corte: 1 de 1ID: 59788733 19-06-2015

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A4

Tiragem: 79017

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Área: 25,50 x 11,46 cm²

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A5

Tiragem: 79017

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Área: 21,09 x 18,76 cm²

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A6

Tiragem: 8000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 4

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Área: 15,82 x 18,32 cm²

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HOSPITAL| Isabel Vilhena |

Fomentar a cultura de inovaçãojunto dos 2400 colaboradores éum dos objectivos traçados peloHospital de Braga que ontem ru-bricou um memorando de enten-dimento com o Grupo DST ePrimavera BSS, com vista àcriação de sinergias.

Para motivar os seus colabora-dores, através da inovação, e po-der identificar e explorar poten-ciais projectos inovadores, ohospital criou um espaço dedica-do à criatividade, onde haverálugar à partilha de ideias e expe-riências de várias empresas, de-signadamente da DST e Prima-vera que têm a inovação no seuADN.

“Nós sentimos que é importan-te o hospital pelo número de co-laboradores que tem, poder destaforma participar no desenvolvi-mento da cidade. É muito impor-tante as empresas serem inova-doras, olharem e reflectirem

sobre aquilo que fazem e envol-ver todos nesse processo”, expli-cou João Ferreira, presidente daComissão Executiva do Hospitalde Braga.

Jorge Baptista da PrimaveraBSS salientou o papel do hospi-tal na dinâmica da região, “estaassociação do hospital com duasempresas da região, numa lógicamuito particular de partilha de

experiências onde temos todos aaprender uns com os outros e oganhos onde vir”.

José Teixeira da DST aprecioua ‘provocação’ do hospital.“Gostamos de coisas imprevisí-veis. As empresas tem de serinovadoras. Nós podemos con-tribuir com o nosso programa‘Decidi Inovar’ que é uma espé-cie de interruptor.”

DST e Primavera ‘injectam’inovação no hospitalPROVOCAR O ESPÍRITO inovador junto dos profissionais de saúde, de modoa que a inovação esteja presente no dia-a-dia dos colaboradores. A primeiraprovocação aconteceu ontem com a criação de sinergias com duas empresas.

FLÁVIO FREITAS

Grupo DST e Primavera BSS assinaram memorando de entendimento com o hospital

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Tiragem: 8500

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 17,14 x 27,18 cm²

Corte: 1 de 1ID: 59790406 19-06-2015

Rita Cunha

Adelegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), a Agere e a Unida-

de de Saúde Pública (USP)estão "de mãos dadas" na recolha das milhares de seringas usadas que são largadas no chão em es-paços públicos. O plano de gestão, cujo protocolo foi ontem assinado pelas três entidades, compreen-de ainda a realização de ações de sensibilização junto dos consumidores de drogas.

Segundo Rui Sá Morais, da administração da Age-re, em apenas um ano fo-ram encontradas, no con-celho de Braga, cerca de dez mil seringas aban-donadas. Uma situação que acarreta um conjun-

to de problemas ao nível da saúde não só aos con-sumidores como à popu-lação em geral.

O plano contempla, numa primeira fase, a limpeza das zonas nor-malmente afetadas e, pos-teriormente, a sua manu-tenção. Enquanto que a CVP garante a formação de trabalhadores da Agere, a empresa cede recursos humanos e equipamento de proteção individual.

O projeto já teve início com a formação de 12 co-laboradores da Agere, que foram também vacinados. Essa vacinação, a cargo da USP, e a formação serão

extensíveis a outros 200 funcionários.

De acordo com Arman-do Osório, presidente da CVP de Braga, só nesta formação, em pouco mais de três horas e num espa-ço de 20 metros quadra-dos, foram recolhidas cer-ca de 1500 seringas.

Desde 2003 que a CVP possui uma equipa de rua com o propósito de mino-rar o problema. «Os nossos técnicos têm efetuado re-colhas nas carrinhas e em sítios onde há crianças», alertou Armando Osório.

A preocupação foi par-tilhada por João Cruz, da Unidade de Saúde Públi-

CVP de Braga, Agere e Unidade de Saúde Pública assinaram acordo tendo em vista a diminuição de seringas abandonadas.

ca do ACES Braga, segun-do o qual se registou um «aumento exponencial» de casos desde que a Associa-ção Nacional de Farmácias rompeu com o acordo de troca de seringas. Por ou-tro lado, defendeu a cria-ção de salas de consumo assistido.

Também presente, Ri-cardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Bra-ga e do Conselho de Ad-ministração da Agere, vin-cou que esta realidade é «um grande flagelo que afeta a nossa sociedade e abrange milhares de pes-soas no concelho», o que «obriga a um olhar aten-to» das instituições».

Da parte da autarquia, Ricardo Rio garantiu re-cetividade para discutir e implementar possíveis soluções.

Cruz Vermelha, Unidade de Saúde Pública e Agere unidas pelo bem-estar da população

Protocolo entre a delegação de Braga da CVP, Agere e Unidade de Saúde Pública foi assinado ontem

Plano de gestão vai permitirrecolha de seringas usadas

DM

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A8

Tiragem: 13100

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 2

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Área: 20,53 x 17,09 cm²

Corte: 1 de 1ID: 59787293 19-06-20152

ABERTURA

Causas do dia a diaANTÓNIO VILAR [email protected]

Um dos pressupostos da atividade política – e da cultura em geral – é o conhecimento e a compreensão da sociedade contemporânea. A partir daqui, pelos caminhos do pensamento divergente, enquanto mola essencial da criatividade pela pluralidade de respostas que pode sugerir e a sua natural flexibilidade, mais do que pelo pensamento convergente, fechado no que já existe ou se conhece, é que, entendo, se deve abordar o tempo presente e o futuro.

Vem isto a propósito da notícia recente sobre cirurgiões do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que já são uma referência mundial no tratamento de hérnias gigantes (V. “Jornal de Notícias” de 8 de junho 2015). Aí se esclarece que uma cidadã italiana, portadora, há muito, de tal enfermidade, mas não tendo encontrado solução adequada no seu país, veio a Portugal tratar-se à sua custa e, no final, só tinha elogios e agradecimentos para quem dela se ocupara, designadamente os cirurgiões Fernando Ferreira e Eva Barbosa, do Hospital de Matosinhos, superiormente dirigido, de resto, pelo Dr. Victor Herdeiro, um administrador hospitalar cosmopolita, competente e sonhador, dotado de capacidade de pensamento divergente e com um grande espírito de serviço à comunidade.

O acima referido revela, afinal, que Portugal tem, no seu sistema de saúde (nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde), competências reconhecidas no estrangeiro que não pode perder, antes terá de divulgar. E aqui volto a referir um setor estratégico possível de desenvolvimento económico de Portugal: o Turismo de Saúde e Bem-Estar.

Muito se tem dito sobre Turismo Médico (Medical Tourism / Medical Travel) e de Turismo de Saúde e Bem-Estar (Wellness Tourism / Travel), bem como de cuidados de saúde transfronteiriços (Cross-Border Care), de seguros de saúde internacionais (International Private Medical Insurance / Medical Travel Insurance), de doente internacional (International Patient).

Acontece é que nada de significativo tem sido feito para criar reputação internacional para o nosso país nessa área. Alguns estudos que por cá se fizeram apenas parece fundarem a ideia de que se trata de uma outra “árvore das patacas” que, porém, o individualismo mercantilista privado e a cegueira do poder político não têm aproveitado. Quantos milhões se tem esbanjado, na verdade, a tratar turistas que pouco ou nada pagam pelos cuidados de saúde que lhes são prodigalizados no SNS?

Deixo, a terminar, duas propostas para

uma estratégia que possa colocar Portugal no mapa-mundo do Turismo de Saúde e Bem-Estar. A primeira concerne à implementação de uma plataforma digital, em várias línguas, onde se referenciassem hospitais especialmente dotados para certos tratamentos. E, pegado a isso, divulgar-se-iam termas, hotéis de proximidade, quiçá restaurantes, etc. A segunda proposta, já ensaiada, de resto, mas tolhida por legislação ainda marcada pelo PREC, refere-se às vantagens que tais pacientes teriam em encontrar, à sua chegada ao hospital, um serviço de apoio, na sua própria língua e que os acompanhasse durante a estadia, designadamente prestando-lhes os diversos serviços que as seguradoras prometem quando lhes vendem seguros de viagem, mas, depois, se o risco se concretiza, mandam o cliente, paciente, para o SNS que todos nós, portugueses, pagamos. Uma infâmia que ninguém quer ver!

Sublinho, apenas, que tais serviços, não médicos, poderiam ser subcontratados pelos hospitais a empresas especializadas que, também, poderiam cobrar os custos reais da prestação de cuidados médicos às seguradoras e entrega-los aos hospitais.

Difícil? Nada. A não ser vencer, com inteligência, os grupos de interesses que sugam os nossos impostos.

A valia de um hospital português no mundoCirurgiões do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, são uma referência mundial no tratamento de hérnias gigantes

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Tiragem: 12985

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 29

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Área: 16,79 x 32,00 cm²

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Tiragem: 14617

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 26

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Área: 26,00 x 31,38 cm²

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DiferentesPerspectivas daDoençaCrónicaConferência

“A inovação permitiureduzir a mortalidadeprematura em 25%”Hermínia [email protected]

Doenças que até há pouco tempoeram mortais, são agora doençascrónicas. E a inovação tem umpapel fundamental no aumentoda esperança média de vida dosdoentes crónicos, diz Frank Li-chtenberg. O especialista emEconomiadaSaúdeeumdosora-dores da XI Conferência da In-dústria Farmacêutica, promovidapela MSD e o Diário Económico,garante queos custos da inovaçãopodemfacilmente traduzir-seempoupançasparao sistema.

Há um crescente aumento da in-cidência das doenças crónicas anível mundial. Que impacto teráesta tendência a nível económi-co, não apenas para os sistemasde saúde, mas para a economiacomoumtodo?Com a crescente prevalência dedoenças crónicas haverá umatendência para o aumento dasdespesas de saúde. Temos assisti-do, em todoomundo, ao aumen-to da despesa e isso pode ser umproblema para algumas econo-mias. No entanto, e num certosentido, na medida em que aseconomias crescem, as despesasde saúde são um dos aspectos aque deveremos dedicar os nossosrecursos.Isso significa que deveríamos es-tar a investir eminovação?Os dados mostram que a inova-ção tem tido um papel muito im-portante na redução da mortali-dade, aumentandoaqualidadedevida.O investimentona inovaçãoémuitovalioso.Um medicamento inovador serásempre mais eficiente que ummedicamentomais antigo?Sim. Os medicamentos inovado-res incorporam avanços científi-cos epor isso,nogeral, aspessoas

Saúde Entre 2002 e 2010 a mortalidade prematura em Portugal caiu cerca de 25%, umaevolução que pode não se repetir depois de anos de políticas de austeridade na Saúde.

dução dos custos de hospitaliza-ção compensa emcerca demeta-de o custo com medicamentos[inovadores].Comoéquesecapturaessevalor?Comoéque semedeecomoéquese sabequeéreal?Comparo diferentes doenças queafectamPortugal, e outros países,e épossívelmedir a inovaçãoparacada doença. O que verificámos éque nas doenças em que houveum maior investimento na ino-vação há uma maior redução damortalidade prematura, isto é,antes dos 70 anos, e uma grandereduçãonahospitalização.A que conclusões chegou quantoà capacidade de Portugal deadoptara inovação?Não fiz essa avaliação directa. Emparte porque os dados que exis-tem são limitados. O que pudeobservar foi quantos medica-mentos e quando foram regista-dos em Portugal, e verificamosque existe umhiato. Se ummedi-camento for hoje registado emPortugal, ele não será utilizado deforma generalizada por váriosanos, qualquer coisa entre os cin-coeosdezanos.Porqueéque issoacontece?Acontece na maioria dos países epor várias razões. Em primeirolugar, há uma aprendizagem porparte dos médicos. Por outrolado, os medicamentos inovado-res sãomais caros e isso funcionacomo um inibidor. Além disso,tendemos a encontrar novos usospara medicamentos ao longo dotempo. Há uma indicação tera-pêutica inicial, quandoomedica-mento é registado, mas podemser descobertas indicações tera-pêuticas adicionais vários anosdepoisdaprimeiradescoberta.Portanto, não é apenas umaquestão financeira?Sim,hávárias razões.Adicionalmente aos benefícios

para os doentes, há benefícios aonível económico?Numestudoquepubliquei recen-temente sobreosEUAmostroquenas doenças emque se gastamaisem termos de inovação houveuma enorme redução no númerode dias de trabalho perdidos, nonúmerodedias emqueaspessoassão incapazes de ir trabalhar, e omesmo acontece com as criançasque vêem reduzir substancial-mente o número de dias que fal-tam à escola. Penso que isso sãobenefícios para a sociedade comoum todo, para os empregadores,para os trabalhadores, as famíliase que podem ser superiores aoqueécapturadopelosdoentes.Como é que o custo da inovaçãopode conviver com a imposiçãoconstantedecortesdecustos?Basta olhar para o que aconteceuaté 2004.O que se conclui é que amortalidade em 2010 está forte-mente relacionadacomonúmerode medicamentos que foram re-gistados até 2004. Temos vistouma diminuição do acesso a no-vos medicamentos desde a crise,o que significa que os benefíciosserão atrasados, que os pacientesnão vão beneficiar tão cedo dosnovosmedicamentos.Sevoltardaquia 10anospodeen-contrar resultados diferentes?Como um aumento da mortali-dade?É possível.Masmais do que o au-mento da mortalidade, veremosum abrandamento da taxa demortalidadeprematura.As coisaspodem não piorar, mas não vãomelhorar tão rapidamente por-que assistimos a uma melhoriarápidaentre2002e2010,emqueamortalidade prematura caiu emcercade 25%,oque éumaquebramuito significativa. É improvávelque se veja uma quebra seme-lhante se, de facto, o acesso a no-vosmedicamentos for reduzido.■

Despesa com medicamentosinovadores é compensada comredução de internamentos.

Quanto maior for a aposta nainovação, maiores serão os ga-nhos para a saúde, com claroimpacto na esperança média devida de doentes crónicos e nadiminuição do número de in-ternamentos. As conclusões fa-zem parte do estudo “O valor dainovação farmacêutica para asdoenças crónicas em Portugal,2002-2010”, desenvolvido porFrank Lichtenberg, professor deGestão da Columbia UniversityGraduate School of Business, eapresentado ontem na XI Con-ferência da Indústria Farma-

ENTREVISTA FRANK LICHTENBERG, Professor de Gestão Columbia University Graduate School of Business

Internamentos

Há uma diminuiçãodo acesso a novosmedicamentos desdea crise, o que significaque os pacientesnão vão beneficiartão cedo dos novosmedicamentos.

Uma plateia com cerca de 250 pessoasparticipou ontem na XI Conferência daIndústria Farmacêutica que se realizouno Salão Nobre do Hotel Ritz, em Lisboa.

que usam medicamentos inova-dores tendem a estar em melhorcondições de saúde do que pes-soas que tomam medicamentosmais antigos para a mesma con-diçãoclínica.Isso implica um aumento da des-pesa. Como sabemos se o custo setraduz em verdadeiro benefício?As autoridades de saúde fazem oque chamamos de avaliação dastecnologias de saúde para tentardeterminar os benefícios dos no-vos tratamentos.É importante teruma visão mais ampla dos bene-fícios e dos custos. Por exemplo,uma nova droga pode ser maiscara que uma droga mais antiga,mas pode prevenir a hospitaliza-ção e essa compensação ao níveldos custos tem de ser considera-da. No meu estudo sobre Portu-gal, cheguei à conclusãoque a re-

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Tiragem: 14617

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 26,00 x 31,21 cm²

Corte: 2 de 6ID: 59787279 19-06-2015PONTOS CHAVE● O investimento em inovação tem conse-quência directa sobre a qualidade de vidadas pessoas, comprova um estudo feitopor Frank Lichtenberg.

● O tratamento das doenças crónicas deforma multidisciplinar feita pelas Unida-des de Saúde Familiar em Portugal foi elo-giado pelo historiador George Weisz.● Maria do Céu Machado defende a criação

de um gestor do doente no caso das crian-ças e adolescentes com doenças crónicas.“Há consultas repetidas, exames repetidosque seriam evitáveis. Estamos a falar demuitos dias de falta à escola e ao trabalho”.

O “enorme impacto”das doenças silenciosasFernando Leal da Costa, secretá-rio de Estado Adjunto do Minis-tro da Saúde, critica a sociedadeexcessivamente medicalizada.

Irina [email protected]

O conceito de doenças crónicasestá amudar e tem uma verten-te ética fundamental, porque seacredita que o direito à saúde éinquestionável. “Na faculdadeaprendíamos que havia doençasagudas, subagudas e crónicas.Mas hoje o conceito hoje temgrande impacto para a própriapessoa, para a sociedade e paraa família”.

As doenças crónicas “silen-ciosas” adquiriram “uma di-mensão que não tinham” e um“enorme impacto” que obriga a“uma intervenção pré-sinto-mática dobre a doença e pré--patogénica”, acredita Fernan-do Leal da Costa. Para o secretá-rio de Estado adjunto do Minis-tro da Saúde, também elemédi-co, o tratamento no caso dasdoenças crónicas passa pela in-tervenção no sentido damelho-ria, o que inclui um trabalho deprevenção. A prevenção nãopode, no entanto, ser geral.“Temos de separar grupos derisco e actuar sobre eles”, de-fende, lembrando a necessidadede se actualizar a informaçãoexistente sobre estas doenças.“Há doenças onde já se mudouo paradigma. As próprias segu-radoras querem saber que mu-danças são estas para poderemactualizar o seu nível de risco,algo que o Estado não faz, nãodiscute o risco do cidadão”.

Leal da Costa defende ainda anecessidade de se incluir no de-bate todos os doentes crónicos.E destaca que para tratar estesdoentes a prevenção é mais im-portante que a preditividade.Uma prevenção que passa porintegrar o tema da saúde “emtodas as políticas”, lembrandoassim a teoria “health in all po-licies”, ou seja, a integração dotema saúde nas políticas deáreas tão diversas como a agri-cultura, a economia ou a admi-nistração interna, por exemplo.Ainda sobre a necessidade detrabalho de prevenção, Leal daCosta considera que “há umanova vaga de medicalização”,mas que nem tudo “se resolve

apenas com remédios”. Mas énecessário haver uma inter-venção “que envolve a cidada-nia e os decisores políticos nosentido da mudança de com-portamentos”.

Sobre o tema da inovação, eem comentário à intervençãodo director geral da MSD, quealudiu o facto de a inovação naindustria farmacêutica precisarde grandes e longos investi-mentos, Leal da Costa afirmouque “se as doenças crónicas sãoum problema de sobrevivênciaeconómica para o sistema desaúde, o maior factor de risco éo custo da inovação”. Reconhe-cendo o papel “importante” daindústria, Leal da Costa defen-deu que esta tem de se adaptar àcapacidade de compra das so-ciedades. “A indústria não podedeitar fora omenino com a águado banho”, afirmou, deixando aproposta: “Há factores na cons-tituição [do preço do medica-mento], incluindo o própriomarketing, que podem ser di-minuídos e assim tornar possí-vel ao Estado comprar estesmedicamentos inovadores”. ■

cêutica, promovida pela MSD epelo Diário Económico.

De acordo com o estudo on-tem apresentado há uma corre-lação inversa entre o número demortes precoces, consideradasas mortes antes dos 70 ou dos 80anos, e a entrada denovosmedi-camentos num período de tem-po anterior, ou seja, “quantomaior entrada de inovação, me-nor a mortalidade precoce”,conclui Lichtenberg. Assim, osnúmeros mostram que os medi-camentos registados entre 1996--2004 reduziram em 141.300anos de vida perdidos por doen-ça antes dos 70 anos e em192.028 anos de vida perdidospor doença antes dos 80 anos.Ao

nível dos internamentos, esti-ma-se que a introdução de me-dicamentos inovadores tenhareduzido em cerca de 2% ao anoo número de hospitalizações por

cada 100.000habitantes.O autor do estudo aponta

ainda que estas estimativas e adespesa em 2010 com os medi-camentos registados nos perío-dos analisados, o custo por cadaano de vida ganho é inferior a6.000 euros, “valor bem infe-rior aos limiares típicos de cus-to-eficiência”.

“Ainda que esses medica-mentos tenham aumentado adespesa com fármacos, tambémreduziram a despesa hospitalare o custo por cada ano de vidaganho foi bastante baixo relati-vamente aos parâmetros quesão aceites por diversas autori-dades de saúde”, diz Frank Li-chtenberg. ■

reduzidos por novos remédios

Paulo Alexandre Coelho

Se as doençascrónicas sãoum problemade sobrevivênciaeconómica parao sistema de saúde,o maior factorde risco é o custoda inovação.

““Nas doençasem que se gastamaisem inovação houveuma enorme reduçãono número de diasde trabalho perdidos”,afirma FrankLichtenberg.

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Tiragem: 14617

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 28

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Conferência Diferentes Perspectivas da Doença Crónica

Saúde mental dascrianças é maltratada em PortugalIrina [email protected]

As crianças portuguesas têmmaisalergias, mais asma e doençascomo a de Chron, infecção cróni-ca dos intestinos que se pensavaqueapenasatingiamosadultos.

A asma está à cabeça dasdoenças crónicas nas crianças. Adoença terá aumentado na or-dem dos 20% nos últimos dezanos, segundoMaria do CéuMa-chado, pediatra, professora daFaculdade de Medicina na Uni-versidade de Lisboa e responsá-vel pelo serviço de Pediatria doHospital de SantaMaria.

O aumento deste tipo dedoenças crónicas é, afirma, “opreço a pagar por termos umpaísdesenvolvido”. Nos restantes lu-gares da “tabela” elaborada porMaria do Céu Machado, que foiAlta Comissária para a Saúde,surgem ainda doenças como aobesidade, que dá origem a pro-blemascomoadiabetes, adoençainflamatória intestinal, a doençapulmonar crónica, a epilepsia e,ainda, as doenças mentais. “EmPortugal dá-se muito pouca im-portância a esta área. Uma crian-ça ou um adolescente com umadoença mental vai dar um adultocom problemas de saúde men-tal”, considerandoqueestaéumaárea relativamente à qual temumagrandepreocupação.

A especialista lembrou a pro-pósito o caso da Islândia, que emplena crise lançou um programade acompanhamento da saúdemental das suas crianças e ado-lescentes. “Na altura achei umexagero,mas agora compreendo.Essas crianças e adolescenteseram os filhos damaioria dos ca-sais que caíramno desemprego”.Um estudo recente concluiu quea aposta islandesa resultou. E queo país conseguiu evitar os efeitosnegativos que a crise podia tertidonos seus jovens.

Em Portugal, a forma como setrataasaúdementaldascriançaseadolescentes não tem compara-ção. “Não temosumaorganizaçãode psiquiatria na infância e naadolescência, como devíamos teremPortugal”, considera. Alémda

Automedicação O acesso a ansiolíticos e antidepressivos por crianças eadolescentes é preocupante, considera Maria do Céu Machado.

falta de profissionais especializa-dos, há, também, falta de camasnos hospitais. “Para toda a zonaSul, de Lisboa e Vale do Tejo, aoAlentejo e ao Algarve temos dezcamas noHospital deD. Estefâniapara crianças e adolescentes comproblemas de saúde mental”. Eapenas os casos mais graves aca-bam por ser atendidos. “Ou seja,os casos ligeiros são recusados.Masos ligeiroseramosquea longoprazo podiam ser tratados de for-ma anão teremproblemas. Se in-vestíssemos neles teríamos adul-tos saudáveis”.

Umdosproblemasquedestacadiz respeito ao acesso a ansiolíti-cos e antidepressivos. “Não hánenhum dia na urgência que nãoapareça um adolescente que te-nha tomado 10 ou 15 comprimi-dos,nãopara se suicidarmaspor-que está medicado e não aguentaquando lhe passa o efeito dosme-dicamentos. O acesso aos medi-camentos é mais grave do que adoençamentalemsi”.

Sobre a saúde infantil, Mariado Céu Machado defendeu quetambém a área de cuidados con-tinuados devia ser acauteladanesta fase da vida. “Com o au-mento das doenças crónicas nascrianças, as camas dos hospitaissão ocupadas por estes doentes,quando deviam ser tratados emcuidados continuados”, refere,lembrando tamémapossibilida-de de haver cuidados continua-dos de curta duração “para daraos pais destas crianças a opor-tunidadededescansar”.

Os cuidados de saúde paracrianças deviam também sermelhorados. “Devia haver umgestor do doente.Há umproble-ma com amultiplicação de con-sultas e de exames em dias dife-rentes, que resultam em faltasna escola e no trabalho que po-diam ser evitadas”.

Maria do Céu Machado de-fendeu ainda a necessidade deconstrução de Centros de Refe-rência. “Espero que em brevesaiam as regras e que possamosconstruir Centros de Referência.Mas é preciso que estes centrostenham uma política de RH di-ferente da actual”. ■

Para toda a zona Sul,de Lisboa e Vale doTejo ao Alentejo e aoAlgarve temos apenasdez camas paraadolescentes comproblemas de saúdemental no Hospital deD. Estefânia. Os casosligeiros, que podiamser tratados a longoprazo, são recusados.

Maria do Céu MachadoDirectora do Serviço de Pediatria do

Hospital de Santa Maria

1 A sessão de abertura contou com o secretário de Estado Fernando Leal da Costa, João LoboAntunes, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e ‘chairman’ da conferência, Raul Vaz,director do Diário Económico, e (de pé) Vítor Virgínia, director geral da MSD Portugal.2 Henrique Veiga Fernandes, imunologista e investigador do Instituto de Medicina Molecular.3 Frank Lichtenberg, prof. de Gestão da Columbia University Graduate School of Business.4 George Weisz, professor de História da Medicina da McGill University do Canadá, com Mariado Céu Machado, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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INOVAÇÃO NA MSD

6,5 mil milhõesem I&DA inovação terá contribuídoem 40% para o aumentoda esperança de vida,defende o director geralda MSD, Vitor Virgínia. Masessa melhoria implicou um“grande investimento” dasfarmacêuticas. “Em 2014a MSDinvestiu 6,5 milmilhões de dólaresem I&D”, revela.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Nova técnica para trabalharcélulas estaminais envolveuinvestimento de três milhões.

Henrique Veiga Fernandes, in-vestigador, tem concentrado oseu trabalho na investigação daspropriedades e valor terapêuti-co das células estaminais. Otrabalho desenvolvido ao longodos últimos anos ganhou agoraforma com a criação daStemCell2MAX, uma empresaque nasce depois de um investi-mento na ordem dos três mi-lhões de euros e que parte agorapara o mercado à procura deparceiros para a condução deensaios clínicos, revela o coor-denador do grupo de Imuno-biologia do Instituto de Medici-naMolecular (IMM) de Lisboa.

A “SteamCell2MAX é nadamais, nada menos do que a uti-

lização de factores que sãonormalmente usados por neu-rónios numa expansão que,qualitativamente, é cerca de20% superior ao ‘state of theart’”, explicou ontem Henri-

que Veiga Fernandes, na con-ferência dedicada à doençacrónica, defendendo que a uti-lização das células estaminaisserá fundamental para a trans-formação de doenças mortaisem doenças crónicas.

Alertando para a necessidadeda transferência de conheci-mento da academia para o país,naquilo que chama “necessida-de médica e uma urgência eco-nómica”, Veiga Fernandes dizque já existem “mecanismos eextraordinariamente impor-tantes” para que o conheci-mento cientifico chegue “aopaís e à Europa”. “Somos finan-ciados pelo Conselho Europeude Investigação, dando umpas-so à frente e tentando entrarnuma fase potencial de transfe-rência de conhecimento para omercado”, diz. ■ H.S.

Paulo Alexandre Coelho

Como os factores de risco setransformaram em doença crónicaGeorge Weisz, historiador dasaúde, explica que os sinais derisco são hoje descobertos muitomais cedo e tratados como doen-ça crónica.

Irina [email protected]

A resposta política aos proble-mas da doença crónica apareceusó no século XX. George Weisz,historiador da medicina daMcGill University, Québec, sabeporquê: “Havia uma razão que jávinha do século XIX. Os pacien-tes crónicos ocupavam camasde hospital e faltavam camaspara os doentes agudos. “Os in-gleses chamavam-lhes ‘bedblockers’”, afirma o investiga-dor, que tem lançado váriasobras de investigação sobre otema. Por outro lado, “nessa al-tura a mortalidade estava a des-cer para a maioria das doenças.Mas as doenças cardiovascula-res, a diabetes e o cancro esta-vamaparentemente a subir”.

O tema das doenças crónicascomeçou por ser levantado nosEstados Unidos, depois no Ca-nadá e só na segundametade doséculo XX na Europa.

O grande impulso na com-preensão da sociedade sobre asdoenças crónicas aconteceu noúltimo século. “Procuraram-semais doenças crónicas”, surgi-das porque havia menos doen-ças infecciosas e agudas, por um

lado, e, por outro, porque seentendia que toda a gente tinhadireito a ser tratada. Com as no-vas categorias de doenças sur-giu então a medicamentaliza-ção. “Os diabetes de baixo nívelsão hoje considerados doenças.E não eram”, exemplifica. AoDiário Económico, depois daconferência, George Weisz re-feriu que “o que antes eramconsiderados sinais, ou factoresde risco, hoje são doenças e sãotratadas como tal”, sendo queas próprias farmacêuticas con-tribuíram para essa mensagem.

O tema da prevenção dadoença é também referido por

George Weisz. Nos programaspúblicos da saúde esta passa asurgir como central durante oséculo XX. Surgem campanhascontra a tuberculose e o cancro,depois contra o colesterol, atensão arterial alta, entre ou-tros. E também contra os facto-res entendidos como de risco,sejam internos, comportamen-tais ou externos. Com as doen-ças crónicas, afirma, “criou-seum corpo comprometido comcomportamentos saudáveis,auto-monitorização, e com adescoberta de problemas oquanto antes”, afirma, lembra-do que nos Estados Unidos éaconselhado um ‘check up’ ge-ral todos os anos.

Por outro lado, a natureza dotratamento médico tambémmudou. E é no início do séculoXXI que surge um novo modelohoje adaptado por vários países.O “CCM”, ou “chronic care mo-del”, que inclui equipas multi-disciplinares e activas que têmcomo objectivo prevenir episó-dios, reduzir hospitalizações,apoiar o auto-tratamento quan-do possível. A equipa de saúde,constituída por médicos, mastambém técnicos e enfermeiros,“passa a estar centrada no doen-te”. Esta é a estratégia seguidanoQuébec, afirma, lembrando ocaso português das Unidades deSaúde Familiares e dos agrupa-mentos de centros de saúde queforamcriados emPortugal.■

O que antes eramconsiderados sinais,ou factores de risco,hoje são doenças esão tratadas como tal.

George WeiszProfessor de História da Medicina da

McGill University do Canadá

SteamCell2MAX procuraparceiros para ensaios clínicos

Henrique Veiga FernandesCoordenador do grupode Imunobiologia do IMM

“A SteamCell2MAX é a utilização defactores que são normalmenteusados por neurónios numa expansãoque, qualitativamente, é cerca de20% superior ao ‘state of the art’”,

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1 Aspecto do intervalopara café.

2 A deputada socialistaMaria de Belém marcoupresença naconferência.

3 José Mendes Ribeiro,CEO da Walk’in Clinics.

4 Vítor Virgínia,director-geral da MSDPortugal, à conversacom João AlmeidaLopes, presidente daApifarma.

5 Ricardo Miguel eMiguel Ferreira Mendes,da MSD, com NilaBracim, do HospitalProfessor Fernandoda Fonseca.

6 Óscar Gaspar, directorde assuntos exterioresda MSD Portugal, comJoão Gomes Esteves,antigo presidente daApifarma e actualpresidente da mesa daassembleia geral da CIP,e Maria do CéuMachado, professora daFaculdade de Medicinade Lisboa.

7 Raul Vaz, director doDiário Económico,durante uma conversacom o secretário deEstado Fernando Lealda Costa.

8 João PedroMadureira, da BestDoctors, numa troca deimpressões com RitaRoque de Pinho, daCuatrecasas, GonçalvesPereira.

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Paulo Alexandre Coelho

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Conferência Diferentes Perspectivas da Doença Crónica

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Pau

loAle

xandre

Coel

ho

Redução de mortes prematuras pode não se repetir após anos de austeridade, afirmouFrank Lichtenberg durante a XI Conferência da Indústria Farmacêutica. ➥ P26 A 30

Inovação reduziumortalidade prematura25% em oito anos

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Sector farmacêutico suportou 65%do esforço do ajustamento da SaúdeCatarina [email protected]

Osector farmacêutico - laborató-rios, farmácias, distribuidores eempresas de dispositivosmédicos- suportou cerca de dois terços doajustamento na área da Saúde nosquatro anos de ‘troika’. Os profis-sionais de saúde suportaram 22%doajustamentoeosutentes7%.

Os cálculos são do Ministérioda Saúde e foram apresentadospor Paulo Macedo na quarta-fei-ra, no balanço da legislatura quefez aos deputados da comissãoparlamentar de Saúde. Esta éuma contabilização financeira dapartilha do esforço de ajusta-mento, que não tem em contaoutros factores como, por exem-plo, o acesso a cuidados de saúdee amedicamentos.

O memorando entendimentoimpôs uma série demedidas paraos ‘stakeholders’ do circuito domedicamento, desde a diminui-

ção da margem de lucro das far-mácias e distribuidores, à rene-gociação de preços dos medica-mentos e dispositivos médicos.Os laboratórios foram ainda cha-mados a contribuir para a redu-ção da despesa com remédiosatravés dos acordos de coopera-çãocomoGoverno.

Já os profissionais de saúde so-freram as medidas transversaisaplicadas à Função Pública, entrecortes salariais, aumento do ho-ráriode trabalhoparaas40horas,e cortes nos valores pagos pelashoras extraordinárias.

Entre2010e2014,adespesadoServiço Nacional de Saúde commedicamentos caiu 20%. Em2010, os encargos do Serviço Na-cional de Saúde com remédios -tanto os vendidos nas farmácias(ambulatório) como os consumi-dos nos hospitais - chegaram aos2,632 milhões euros. Em 2014, ovalor caiu para 2,116 milhões. Ouseja, em quatro anos a despesa

caiu516milhõesdeeuros.Um estudo da consultora Bos-

ton Consulting Group (BCG), co-nhecido ontem, aponta no mes-mo sentido: “Uma parte signifi-cativa” da redução da despesa emSaúde no ajustamento “concen-trou-se nos medicamentos, ondese registou 37% da redução dadespesaentre2010e2012”.

Portugal tem hoje a segundadespesa per capita mais baixa emSaúde e amais baixa emmedica-mentos quando considerados 18países da União Europeia, diz aconsultora.Aindaassim,Portugalé hoje “um dos países do mundocom melhor relação entre resul-tados e despesa em saúde” e re-gistou nos últimos anos “umamelhoria contínua dos seus re-sultados em saúde”, conclui aconsultora. Isto, apesar de nemtudoestarbem:entre2010e2012,Portugal foi o país da EuropaOci-dental que menos aprovou oreembolso de medicamentos

inovadores, tendo sido especial-mente lento a comparticipar osqueaprovou.

Despesa com medicamentosagravou-se até MarçoNo primeiro trimestre deste ano adespesa com medicamentos noshospitais cresceu para 258 mi-lhões de euros, um agravamentode 8,7% face ao período homólo-go.No sentido contrário, a facturado Serviço Nacional de Saúde(SNS)comremédiosvendidosnasfarmácias caiu ligeiramente(0,3%) para 296milhões de eurosnos trêsprimeiromesesdoano.

O Ministério da Saúde fixouum objectivo de despesa públicacommedicamentos para este anode dois mil milhões de euros. Aindústria farmacêutica, atravésda renovação do protocolo de re-dução da despesa assinado comGoverno, compromete-se comesta meta até um montante de180milhõesdeeuros.■Fonte: Ministério da Saúde

REPARTIÇÃO DO ESFORÇO

OutrosUtentes

Profissionais de saúde

Sector farmacêutico, dos dispositivos médicos e farmácias

65%

6% 7%

22%

Ministério da Saúde calculaque os utentes do SNSsó contribuíram com 7%do esforço do ajustamento.

Balanço O sector do medicamento foi o que mais contribuiu para a redução da despesa do SNS nos quatro anos de ‘troika’.

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Tiragem: 33425

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Corte: 1 de 1ID: 59787377 19-06-2015

Um em cada cinco participantes

num estudo sobre homens que

têm sexo com homens desconhe-

cia se estava ou não infectado com

o vírus VIH e isso não acontecia por

falta de informação ou de acesso aos

testes de despistagem. “Não sabem

porque têm medo de saber, porque

ainda não perceberam que os ser-

viços de saúde são capazes de lhes

dar uma resposta efi caz ou para não

terem que assumir as mudanças de

comportamento que isso implica”,

ensaia, em jeito de explicação, Hen-

rique Barros, um dos coordenadores

do estudo cujos resultados fi nais vão

ser debatidos hoje no Instituto de

Saúde Pública da Universidade do

Porto (ISPUP).

Não se trata de um problema de

acesso, de facto: no grupo dos inqui-

ridos que nunca tinham feito o teste,

81% diziam ter a certeza de que po-

diam fazê-lo, se quisessem. “O que

acontece é que há uma forma dife-

rente de viver o problema, há uma

desvalorização do risco”, sintetiza

Henrique Barros, que preside ao IS-

PUP e já foi coordenador nacional

para a infecção VIH/sida.

Uma desvalorização que pode re-

velar-se perigosa: do total de cerca

de cinco mil participantes portugue-

ses neste inquérito internacional,

10,9% diziam estar infectados com

o vírus VIH e aproximadamente me-

tade tinham sido diagnosticados há

cinco ou menos anos.

Apesar de outros estudos apon-

tarem para “números parecidos”,

Henrique Barros acredita que a per-

centagem de infectados em Portu-

gal “provavelmente será menor”

porque o recrutamento dos parti-

cipantes neste inquérito se realizou

através das redes sociais, de blogues

e da divulgação em eventos da co-

munidade gay.

Realizado em 38 países, o inqué-

rito Emis (European men who have

sex with men — Internet Survey) foi

concluído há dois anos e os resulta-

dos fi nais foram agora traduzidos e

vão ser debatidos pelo ISPUP e pelo

Grupo Português de Activistas sobre

Tratamentos VIH/sida (GAT), que

são responsáveis pela sua coorde-

nação em Portugal.

Um em cada cinco gays não sabe se está infectado com VIH

Do total de 5187 participantes

em Portugal, perto de 70% iden-

tifi caram-se como homossexuais

ou gays, mas 62% indicaram que

a maior parte das pessoas das su-

as redes sociais desconhecia a sua

orientação sexual (ou seja, “viviam

dentro do armário”), lê-se nas con-

clusões do estudo.

Outro dado que se destaca desta

investigação e que preocupa os in-

vestigadores prende-se com as re-

lações sexuais desprotegidas. Mais

de metade dos participantes admi-

tiu ter tido sexo com parceiros oca-

sionais no último ano e, neste tipo

de relações, cerca de um terço não

usou preservativo. A agravar, entre

os que disseram ter utilizado este

tipo de protecção, 85,6% admitiram

não o ter feito de forma correcta.

“Lugares de engate”Mesmo no contexto de uma relação

estável, 16% afi rmaram ter pratica-

do penetração anal não protegida

com parceiros que não sabiam

se estavam infectados. Além dis-

so, 82% reconheciam ter frequen-

tado, nas últimas quatro semanas,

“lugares de engate” onde homens

se encontram para ter sexo.

Mas não é só a exposição ao VIH

que preocupa os investigadores.

Cerca de 30% dos inquiridos ad-

mitiram ainda não estar vacina-

dos ou estar apenas parcialmente

vacinados contra o vírus da hepa-

tite B, outra infecção sexualmente

transmissível.

Para Henrique Barros, estes resul-

tados provam o “reassumir de um à

vontade” nas relações sexuais des-

protegidas que gerações anteriores

evitavam numa altura “em que viam

os amigos a morrer à sua volta”. Por

isso, advoga, é preciso “repensar os

modelos de prevenção”. “O que an-

damos a fazer não pega”, enfatiza,

propondo, como uma das alterna-

tivas à “fadiga do preservativo”, a

toma de antiretrovíricos antes das

relações sexuais, a chamada profi -

laxia pré-exposição.

Três décadas após o aparecimen-

to desta epidemia, em Portugal os

casos de transmissão da infecção

pelo VIH relacionados com o se-

xo entre homens correspondem

a cerca de um terço do total dos

diagnosticados em homens. O

problema é que, apesar da dimi-

nuição do número global de infec-

ções e de casos de sida observa-

dos nos últimos anos, os casos em

homens jovens que têm sexo com

outros homens estão a aumentar.

Por tudo isto, reitera o presidente

do ISPUP, “é muito importante fazer

prevenção nos locais da comunida-

de gay, explicar que há tratamento

mas não há cura e que os efeitos late-

rais da medicação são muitos” e pôr

organizações não governamentais

a fazer este trabalho, porque uma

tarefa deste teor não se adequa ao

modelo de funcionamento das es-

truturas formais de saúde, com ho-

rários fi xos.

Na prática, o ex-coordenador

nacional para a infecção VIH/sida

propõe a instalação, em cidades de

maior dimensão, como o Porto, de

estruturas de detecção da infecção e

de intervenção comunitária do tipo

do CheckpointLX, em Lisboa, que

foi “pioneiro”. O CheckpointLX é

um centro de base comunitária para

o rastreio rápido, anónimo, confi -

dencial e gratuito do VIH e outras

infecções sexualmente transmissí-

veis, e ainda para aconselhamento e

encaminhamento para os cuidados

de saúde.

Saúde Alexandra Campos

Muitos dos homens que têm sexo com homens não quer saber se está ou não infectado com VIH

KOSTAS TSIRONIS/REUTERS

É preciso mudar a forma como se faz a prevenção, diz especialista Página 17

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