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CURSO ON-LINE - ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CURSO REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 05: Código Penal Brasileiro: Título XI – Dos Crimes contra a Administração Pública – Capítulos I, II e II-A – arts. 312 a 337-D. Lei nº 8.137/90: Capítulo I, Seção II – Dos crimes contra a Ordem Tributária praticados por Funcionários Públicos. 1. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Os crimes contra a administração pública estão previstos no Título IX do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) da seguinte forma: Capítulo I: dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral (art. 312 a 327); Capítulo II: dos crimes praticados por particular contra a administração em geral (art. 328 a 337-A); Capítulo II-A: dos crimes praticados por particular contra a administração pública estrangeira (art. 337-B a 337-D); Capítulo III: dos crimes contra a administração da justiça (art. 338 a 359); Capítulo IV: dos crimes contra as finanças públicas (art. 359-A a 359-H). 1.1. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL A (4) Abandono de função Advocacia administrativa C (3) Concussão Corrupção passiva Corrupção passiva Privilegiada E (4) Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Excesso de exação Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

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PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

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AULA 05:

Código Penal Brasileiro: Título XI – Dos Crimes contra a Administração Pública – Capítulos I, II e II-A – arts. 312 a 337-D.

Lei nº 8.137/90: Capítulo I, Seção II – Dos crimes contra a Ordem Tributária praticados por Funcionários Públicos.

1. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os crimes contra a administração pública estão previstos no Título IX do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) da seguinte forma:

• Capítulo I: dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral (art. 312 a 327);

• Capítulo II: dos crimes praticados por particular contra a administração em geral (art. 328 a 337-A);

• Capítulo II-A: dos crimes praticados por particular contra a administração pública estrangeira (art. 337-B a 337-D);

• Capítulo III: dos crimes contra a administração da justiça (art. 338 a 359);

• Capítulo IV: dos crimes contra as finanças públicas (art. 359-A a 359-H).

1.1. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

A (4) Abandono de função

Advocacia administrativa

C (3) Concussão

Corrupção passiva

Corrupção passiva Privilegiada

E (4) Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Excesso de exação

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

F Facilitação de contrabando ou descaminho

I Inserção de dados falsos em sistema de informações

M Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

P (6)

Peculato- apropriação

Peculato culposo

Peculato- desvio

Peculato- furto

Peculato- mediante erro de outrem

Prevaricação

Prevaricação Especial ou Imprópria

V (3) Violência arbitrária

Violação de sigilo funcional

Violação do sigilo de proposta de concorrência

Amigos(as), é importante registrar que esses delitos só podem ser praticados de forma direta por funcionário público. Por isso são chamados de crimes funcionais (ou próprios).

Todavia, isso não impede que uma pessoa que não seja funcionário público responda por algum desses crimes. Pois, essa pessoa pode responder como co-autora, desde que tenha conhecimento da qualidade de funcionário público do comparsa.

Exemplo 1: Imaginem que “A”, previamente combinado com “B”, subtraia dinheiro de empresa pública, valendo-se da facilidade do cargo que ocupa na empresa, circunstância, entretanto, conhecida por “B”, com o qual divide o produto do crime. Nessa situação, ambos responderão por crime de peculato.

Exemplo 2: O particular que, em concurso com funcionário público e em razão da função por este exercida, exige vantagem indevida para ambos pratica o crime de concussão. Pois, nos crimes funcionais, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.

Nesse contexto, é importantíssimo que vocês conheçam o conceito de funcionário público, à luz do Código Penal. Portanto, saibam que é

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considerado funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que transitoriamente ou sem remuneração (art. 327).

Ademais, equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública (art. 327, parágrafo único).

Cabe-me destacar que a pena será aumentada da terça parte quando os autores desses crimes forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

IMPORTANTE:

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

Vistos esses conceitos iniciais, agora sim, vamos estudar os arts. 312 a 327 do Código Penal. Todos prontos? Então, pra cima deles!

1.1.1. PECULATO

O crime de peculato pode ser dividido em: peculato-apropriação, peculato-desvio, peculato-furto, peculato mediante erro de outrem e peculato-culposo.

1.1.1.1. PECULATO-APROPRIAÇÃO (art. 312, caput, 1ª parte)

O crime de peculato-apropriação é caracterizado pela conduta de apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

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Observações:

1) O funcionário público apropria-se, apossa-se, de algo que tenha a posse em função do cargo.

2) O objeto material do crime de peculato-apropriação deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”). Notem que bens imóveis não podem ser objeto de peculato-apropriação.

3) Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

4) A consumação do peculato-apropriação ocorre quando o funcionário público torna seu o objeto, ou seja, passa a se comportar como dono do bem.

5) É possível a tentativa.

6) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

1.1.1.2. PECULATO-DESVIO (art. 312, caput, 2ª parte)

O crime de peculato-desvio é caracterizado pela conduta de desviar o funcionário público dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

Observações:

1) O funcionário público desvia algo que tenha a posse em função do cargo, com o intuito de favorecer-se ou favorecer terceiro. Percebam que o desvio pode ser em benefício próprio ou de outrem. Ademais, o proveito pode ser patrimonial ou moral (obtenção de prestígio ou vantagem política).

2) O objeto material do crime de peculato-desvio deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”). Notem que bens imóveis não podem ser objeto de peculato-desvio.

3) Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

4) A consumação do peculato-desvio ocorre quando o bem é efetivamente desviado, ou seja, o funcionário público altera o destino do objeto.

5) É possível a tentativa.

6) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

1.1.1.3. PECULATO-FURTO (art. 312, §1º)

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O peculato-furto é caracterizado por duas condutas do funcionário público: subtrair (furtar) ou concorrer (colaborar) para que terceiro subtraia, embora não tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, em proveito próprio ou alheio.

Algumas observações:

1) O funcionário público subtrai ou concorre para que terceiro subtraia, do dinheiro, valor ou bem, em proveito próprio ou alheio. A diferença das demais espécies de peculato é que no peculato-furto o funcionário público não tem a posse do bem.

2) O objeto material do crime de peculato-furto deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”). Notem que bens imóveis não podem ser objeto de peculato-furto.

3) Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

4) A consumação do peculato-furto ocorre quando o bem é efetivamente subtraído.

5) É possível a tentativa.

6) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

1.1.1.4. PECULATO CULPOSO (art. 312, §§2º e 3º)

O crime de peculato culposo é caracterizado pela conduta de concorrer culposamente o funcionário público para o crime de outrem.

Observações:

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1) O funcionário público adota uma conduta culposa (negligente, imprudente ou imperita) facilitando que terceiro, dolosamente, subtraia um bem. Percebam que o funcionário público não tem intenção de colaborar com a subtração do bem. Essa é a principal distinção entre o peculato-furto e o peculato culposo.

2) O terceiro pode ser funcionário público ou particular.

3) O objeto material do crime de peculato culposo deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”). Notem que bens imóveis não podem ser objeto de peculato culposo.

4) Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

5) A consumação do peculato culposo ocorre quando o crime do terceiro se consuma.

6) A tentativa não é possível. Não existe tentativa de crime culposo.

7) Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.

8) Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

9) Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

IMPORTANTE:

Consequências da reparação do dano no crime de peculato culposo:

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

IMPORTANTE:

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

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§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

JURISPRUDÊNCIAS:

STF - HABEAS CORPUS: HC 87478 PA

Relator(a): EROS GRAU

Julgamento: 28/08/2006

Órgão Julgador: Primeira Turma

Publicação: DJ 23-02-2007 PP-00025 EMENT VOL-02265-02 PP-00283

Ementa

HABEAS CORPUS. PECULATO PRATICADO POR MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. CONSEQÜÊNCIAS DA AÇÃO PENAL. DESPROPORCIONALIDADE.

1. A circunstância de tratar-se de lesão patrimonial de pequena monta, que se convencionou chamar crime de bagatela, autoriza a aplicação do princípio da insignificância, ainda que se trate de crime militar. (...)

STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 655946 DF 2004/0060009-1

Relator(a): Ministra LAURITA VAZ

Julgamento: 26/02/2007

Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA

Publicação: DJ 26.03.2007 p. 273

Ementa

RECURSO ESPECIAL. PENAL. PECULATO. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, porque a norma busca resguardar não somente o aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse estatal à sua repressão. (...)

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IMPORTANTE:

A despeito dessa decisão do STJ, o entendimento é o seguinte: com fundamento no princípio da bagatela, pode não se configurar peculato a apropriação de valores insignificantes, ainda que cometido contra a Administração Pública Federal.

1.1.1.5. PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM (art. 313)

O peculato mediante erro de outrem, também chamado de peculato-estelionato, é caracterizado pela conduta de apropriar-se o funcionário público de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.

Observações:

1) O funcionário público, no exercício do cargo, apropria-se de algo que recebeu em razão de erro de terceiro.

2) É necessário que o funcionário público saiba que o bem lhe foi entregue equivocadamente.

3) O objeto material do crime de peculato mediante erro de outrem deve ser dinheiro ou qualquer coisa móvel de valor econômico.

4) A consumação do peculato mediante erro de outrem ocorre quando o funcionário público comporta-se como proprietário do bem.

5) É possível a tentativa.

6) Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Não é comum, em provas de concursos públicos, a cobrança das penas aplicáveis às diversas espécies de peculato. Todavia, para dar completude ao nosso estudo deixo para vocês o quadro abaixo. Para facilitar a memorização, percebam a gradação feita pelo Código Penal.

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CRIME PENA

PECULATO CULPOSO DETENÇÃO, DE 3 MESES A 1 ANO

PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM

RECLUSÃO, DE 1 A 4 ANOS, E MULTA

PECULATO-APROPRIAÇÃO, PECULATO-DESVIO E PECULATO-FURTO

RECLUSÃO, DE 2 A 12 ANOS, E MULTA

1.1.2. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES (art. 313-A)

O crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações caracteriza-se pela conduta de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

Observações:

1) O funcionário público autorizado, dolosamente, insere dados falsos, facilita a inserção de dados falsos, exclui dados corretos ou altera dados corretos. Percebam que não é qualquer funcionário público que pratica o crime, mas aquele autorizado A “mexer” nos sistemas informatizados ou bancos de dados.

2) O funcionário público age a fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

3) Essa norma visa a proteger a Administração Pública, bem como seus sistemas informatizados e bancos de dados.

4) A consumação da inserção de dados falsos em sistemas de informações ocorre com a inserção, facilitação, exclusão ou alteração dos dados.

5) É possível a tentativa.

6) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Inserção de dados falsos em sistema de informações

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública

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com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa

1.1.3. MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO (art. 313-A)

O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações é caracterizados pela conduta de modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

Observações:

1) O funcionário público, sem autorização ou solicitação de autoridade competente, modifica ou altera sistema de informações ou programa de informática da Administração Pública. A ausência de autorização ou solicitação diferencia este crime do anterior.

2) Essa norma também visa a proteger a Administração Pública e seus sistemas informatizados e bancos de dados.

3) A consumação desse crime ocorre com a efetiva modificação ou alteração de sistema de informações ou programa de informática.

4) É possível a tentativa.

5) Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.

6) Essas penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.

IMPORTANTE:

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.

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MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano

1.1.4. EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO (art. 314)

O crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento é caracterizado pela conduta de o funcionário público extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.

Observações:

1) O funcionário público, dolosamente, extravia (desencaminha, desvia), sonega (oculta, não apresenta) ou inutiliza (destrói, danifica), total ou parcialmente, livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo.

2) Essa norma visa a proteger livro oficial (pertencente à Administração Pública) ou qualquer documento, público ou particular.

3) A consumação desse crime ocorre com o efetivo extravio, sonegação ou inutilização.

4) A tentativa é possível nos casos de extravio e inutilização. A tentativa é inadmissível na hipótese de sonegação.

5) Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, se o fato não constituir crime mais grave. Por exemplo, imaginem que o funcionário público receba vantagem indevida para extraviar livro oficial. Neste caso, responderá pela prática de crime de corrupção passiva, cuja pena prevista é reclusão de 1 a 8 anos, e multa.

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IMPORTANTE:

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

1.1.5. EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS PÚBLICAS (art. 315)

Esse delito é caracterizado pela conduta de o funcionário público dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

Observações:

1) O funcionário público, dolosamente, dá às verbas púbicas aplicação diversa daquela estabelecida em lei.

2) Deve ficar claro que nesse crime não é necessário que o funcionário público se aproprie ou se aproveite das verbas públicas. Assim, o crime ocorre mesmo quando o funcionário público aplica, na reforma de escola, verba pública destinada por lei à construção de hospital.

3) Essa norma visa a proteger as verbas ou rendas públicas.

4) A consumação desse crime ocorre com o efetivo emprego das verbas públicas em finalidade diversa daquela prevista em lei.

5) A tentativa é possível.

6) Pena: detenção, de 1 a 3 meses, e multa.

IMPORTANTE:

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

1.1.6. CONCUSSÃO (art. 316)

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda

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que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Observações:

1) O funcionário público exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem indevida.

2) Ademais, o crime ocorre ainda que tal exigência se dê fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. Por exemplo: antes de assumir o cargo público municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua condição funcional, “A” exige ingresso dos organizadores de evento cuja realização depende de autorização do Poder Público. Assim agindo, “A” comete crime de concussão.

3) Na concussão, portanto, não é necessário que o funcionário público esteja no exercício da função no momento da exigência. Na verdade, o delito é praticado mesmo que o funcionário público ainda nem tenha tomado posse no cargo público.

4) Na doutrina, não há consenso acerca do alcance da expressão “vantagem indevida”. Uma parte entende que deve ser vantagem material. Outra parte diz que pode ser qualquer espécie de vantagem (patrimoniais, morais, sexuais, etc.), visto que a lei não faz qualquer distinção.

5) A configuração do crime de concussão independe do recebimento da vantagem exigida.

6) A concussão se consuma com a exigência da vantagem indevida.

7) A tentativa é possível.

8) Pena: reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

1.1.7. EXCESSO DE EXAÇÃO (art. 316, §1º)

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

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Observações:

1) Para o crime de excesso de exação, o Código Penal tipifica duas condutas do funcionário público, quais sejam:

• exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.

• emprega na cobrança de tributo ou contribuição social devido, meio vexatório (que provoca vexame, humilhação, vergonha) ou gravoso, que a lei não autoriza.

2) A consumação do delito ocorre com a exigência do tributo indevido ou com a cobrança ilegal do tributo devido.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e multa. Todavia, se o funcionário público desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos, a ele se aplica a pena de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

CONCUSSÃO EXCESSO DE EXAÇÃO

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

1.1.8. CORRUPÇÃO PASSIVA (art. 317)

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou

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indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

Observações:

1) O funcionário público solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem.

2) Ademais, o crime ocorre ainda que tais condutas se dêem fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. Na corrupção passiva, portanto, não é necessário que o funcionário público esteja no exercício da função no momento da exigência. Na verdade, o delito é praticado mesmo que o funcionário público ainda nem tenha tomado posse no cargo público.

3) Na doutrina, não há consenso acerca do alcance da expressão “vantagem indevida”. Uma parte entende que deve ser vantagem material. Outra parte diz que pode ser qualquer espécie de vantagem (patrimoniais, morais, sexuais, etc.), visto que a lei não faz qualquer distinção. Não se preocupem! As provas não costumam cobrar isso.

4) A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

5) A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

6) Para parte da doutrina a tentativa é possível quando a solicitação é feita por escrito.

7) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. Ressalta-se que a pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional (corrupção passiva qualificada).

8) Por fim, se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem (corrupção passiva privilegiada), a pena será de detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.

IMPORTANTE:

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

CONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

1.1.9. FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO (art. 318)

Esse delito é caracterizado pela conduta de o funcionário público facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.

Observações:

1) O funcionário público, dolosamente, por ação ou omissão, facilita a prática de contrabando (importação/exportação de mercadoria proibida) ou descaminho (importação/exportação de mercadoria permitida, mas com sonegação de impostos).

2) A expressão “com infração do dever funcional” significa que esse crime só pode ser praticado por funcionário público em cujas atribuições esteja inserida a repressão ao contrabando ou descaminho.

3) A configuração desse crime independe da consumação do contrabando ou descaminho.

4) A consumação do delito ocorre com a efetiva facilitação.

5) A tentativa não é admitida.

6) Pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.

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IMPORTANTE:

Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

1.1.10. PREVARICAÇÃO (art. 319)

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Observações:

1) Para o delito de prevaricação, o Código Penal tipifica três condutas do funcionário público, quais sejam:

• Retardar (procrastinar) indevidamente ato de ofício.

• Deixar de praticar indevidamente ato de ofício

• Praticar ato de ofício contra disposição expressa em lei.

2) Tais condutas são adotadas a fim de satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

3) A consumação do delito ocorre com a omissão, retardamento ou realização do ato.

4) A tentativa não é admitida nas formas omissivas (omitir ou retardar). Na forma comissiva (realizar), a tentativa é possível.

5) Pena: reclusão, de 3 meses a 1 ano, e multa.

IMPORTANTE:

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

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PREVARICAÇÃO CORRUPÇÃO PASSIVA

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há vantagem indevida).

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

PREVARICAÇÃO CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há pedido ou influência de ninguém).

Praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.

1.1.11. PREVARICAÇÃO ESPECIAL OU IMPRÓPRIA (art. 319-A)

O crime de prevaricação imprópria ou especial, incluído no Código Penal pela Lei nº 11.466/07, é caracterizado pela conduta de o Diretor de Penitenciária e/ou agente público deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

Observações:

1) O funcionário público, dolosamente, deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação.

2) A consumação do delito ocorre com a permissão ao acesso aos aparelhos pelo funcionário.

3) A tentativa não é admitida.

4) Pena: reclusão, de 3 meses a 1 ano.

IMPORTANTE:

Prevaricação Especial ou Imprópria

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com

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o ambiente externo:

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

1.1.12. CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA (art. 320)

O crime de condescendência criminosa é caracterizado pela conduta de o funcionário público deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

Algumas observações:

1) Para o delito de condescendência criminosa, o Código Penal tipifica duas condutas do funcionário público, quais sejam:

• Deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo.

• Quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

2) Essas condutas omissivas são adotadas por indulgência (misericórdia, pena, benevolência, tolerância). É isso que diferencia o crime de condescendência criminosa dos delitos de prevaricação (interesse ou sentimento pessoal) e corrupção passiva (vantagem indevida).

3) O funcionário público beneficiado pela omissão não responde pelo crime de condescendência criminosa.

4) A consumação do delito ocorre com a omissão.

5) A tentativa não é admitida.

6) Pena: detenção, de 15 dias a 1 mês.

IMPORTANTE:

Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

PREVARICAÇÃO

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há pedido ou influência de ninguém).

PREVARICAÇÃO ESPECIAL OU IMPRÓPRIA

Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

CORRUPÇÃO PASSIVA

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA

Praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.

1.1.13. ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (art. 321)

O crime de advocacia administrativa é caracterizado pela conduta de o funcionário público, valendo-se dessa qualidade, patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

Observações:

1) O funcionário público (não necessariamente advogado), patrocina (protege, defende) interesse privado perante a administração pública.

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2) Para a configuração do crime de advocacia administrativa é indiferente que o funcionário público tenha realizado a conduta pessoalmente (diretamente) ou mediante terceiro (indiretamente). Ademais, independe da obtenção do êxito (resultado) do interesse privado patrocinado.

3) A consumação do delito ocorre com a realização do ato de patrocínio.

4) A tentativa é admitida.

5) Pena: detenção, de 1 a 3 meses, ou multa. Todavia, se o interesse é ilegítimo (e o funcionário público tem ciência dessa condição): detenção, de 3 meses a 1 ano, além da multa.

IMPORTANTE:

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

1.1.14. VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA (art. 322)

O crime de violência arbitrária é caracterizado pela conduta de o funcionário público praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

Observações:

1) O funcionário público pratica violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

2) A consumação do delito ocorre com a prática da violência.

3) A tentativa é admitida.

4) Pena: detenção, de 6 meses a 3 anos, além da pena correspondente à violência.

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IMPORTANTE:

Violência arbitrária

Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.

1.1.15. ABANDONO DE FUNÇÃO (art. 323)

O crime de abandono de função é caracterizado pela conduta de o funcionário público abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

Algumas observações:

1) O funcionário público, dolosamente, abandona o cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

2) Percebam que não há crime quando a ausência ocorre nos casos permitidos em lei (férias, licenças e afastamentos). Também não há quando o abandono se dá por força maior (por exemplo: doença)

3) Por tudo que já estudamos, podemos concluir que o abandono de cargo público, fora dos casos permitidos em lei, caracteriza crime contra a administração pública, e não apenas infração administrativa.

4) Essa norma visa a manter o desempenho regular e normal das atividades da administração pública.

5) A consumação do delito ocorre com o abandono do cargo por tempo relevante, e independe da ocorrência de dano para a administração pública.

6) A tentativa não é admitida.

7) Pena: detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa. Todavia, se do fato resulta prejuízo público: detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Ademais, se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: detenção, de 1 a 3 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

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Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Vejam a gradação das penas previstas para esse delito:

CRIME PENA

ABANDONO DETENÇÃO, DE 15 DIAS A 1 MÊS, OU MULTA.

ABANDONO + PREJUÍZO DETENÇÃO, DE 3 MESES A 1 ANO, E MULTA.

ABANDONO + FRONTEIRA DETENÇÃO, DE 1 A 3 ANOS, E MULTA.

1.1.16. EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO (art. 324)

O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

Observações:

1) Para o delito de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado, o Código Penal tipifica duas condutas do funcionário público, quais sejam:

• Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais.

• Continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

2) Essa norma visa a proteger a regularidade da prestação dos serviços pela Administração Pública.

3) Notem que não haverá crime quando existir autorização para o funcionário, temporariamente, continuar a exercer as funções após o impedimento (exoneração, remoção, etc.).

4) A consumação do delito ocorre com a prática de algum relativo à função pública.

5) A tentativa é possível.

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6) Pena: detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa.

IMPORTANTE:

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

1.1.17. VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL (art. 325)

O crime de violação de sigilo funcional é caracterizado pela conduta de o funcionário público, dolosamente, revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.

Além disso, permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública, bem como se utilizar, indevidamente, do acesso restrito.

Observações:

1) Para o delito de violação de sigilo funcional, o Código Penal tipifica quatro condutas do funcionário público, quais sejam:

• Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

• Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

• Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

• Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

2) Notem que o Código Penal não prevê a modalidade culposa de violação de sigilo funcional. Por conseguinte, “A” não pratica crime se, por negligência, esquece sobre o balcão da repartição onde exerce cargo público documento que contém segredo, de forma que terceira pessoa tem acesso ao documento sigiloso.

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3) A consumação do delito ocorre quando a pessoa não autorizada, funcionário público ou particular, toma ciência do segredo.

4) A configuração desse delito independe da ocorrência de prejuízo para a administração pública.

5) A tentativa é possível (exceto nas formas equiparadas, previstas nos art. 325, §1º).

6) Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. Mas, se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:

I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;

II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

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INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

1.1.18. VIOLAÇÃO DE SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA (art. 326)

O cirme de violação do sigilo de proposta de concorrência é caracterizado pela conduta de o funcionário público, dolosamente, devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo.

Esse foi tacitamente revogado pelo art, 94 da Lei nº 8.666/93, que pune com a pena de detenção, de 2 a 3 anos, e multa, qualquer devassa em sigilo envolvendo licitação.

IMPORTANTE:

Violação do sigilo de proposta de concorrência

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

1.2. DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR

CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

C (2) Contrabando ou descaminho

Corrupção ativa

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D (2) Desacato

Desobediência

I (2) Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Inutilização de edital ou de sinal

S (2) Sonegação de contribuição previdenciária

Subtração ou inutilização de livro ou documento

R Resistência;

T Tráfico de Influência

U Usurpação de função pública

Não se esqueçam de que esses crimes poderão ser praticados por qualquer pessoa.

1.2.1. USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA (art. 328)

Trata-se de infração penal que visa a proteger a Administração Pública e a permitir seu funcionamento regular. Esse delito é caracterizado pela conduta de usurpar o exercício de função pública.

Ou seja, agente, dolosamente, exerce indevidamente função pública. Em outras palavras, o sujeito se passa por funcionário público e pratica atos de ofício, sem que tenha sido nomeado para tal função.

Observações:

1) O crime de usurpação de função se consuma quando agente pratica qualquer ato como se funcionário público fosse.

2) A tentativa é possível.

3) Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa. Todavia, se do fato o agente obtém vantagem: reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.

IMPORTANTE:

Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

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Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

1.2.2. RESISTÊNCIA (art. 329)

O crime de resistência é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

Observações:

1) Notem que o ato executado pelo funcionário público deve ser legal. Se for ilegal, não haverá crime de resistência.

2) Na resistência, a consumação ocorre com a prática da violência ou ameaça, sendo dispensável o resultado pretendido pelo agente, que é a não-execução do ato legal que, se ocorrer, apenas qualifica o delito.

3) A tentativa é possível.

4) Se da violência resultar lesão ou morte, o autor também responderá pelos crimes de lesão corporal ou homicídio. Pois, as penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

5) O simples xingamento contra funcionário público não configura crime de resistência.

6) Pena: detenção, de 2 meses a 2 anos. Contudo, se o ato, em razão da resistência, não é executado: reclusão, de 1 a 3 anos.

IMPORTANTE:

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

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1.2.3. DESOBEDIÊNCIA (art. 330)

O crime de desobediência é caracterizado pela conduta de o sujeito desobedecer a ordem legal de funcionário público.

Observações:

1) No crime de desobediência, por ação ou omissão, o sujeito não cumpre ordem legal do funcionário público.

2) Percebam que é necessária a existência de uma ordem (determinação, mandamento) dirigida ao agente.

3) Não haverá crime de desobediência se o descumprimento se der por motivo de força maior.

4) O crime de desobediência se consuma quando da ação ou omissão. Ou seja, a consumação ocorre, na forma omissiva, quando o agente pratica o ato do qual devia abster-se; na forma comissiva, quando o sujeito devia agir e não o faz no lapso de tempo determinado.

5) A tentativa só é possível na forma comissiva (ação).

6) Pena: detenção, de 15 dias a 6 meses, e multa.

IMPORTANTE:

Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

DESOBEDIÊNCIA RESISTÊNCIA

Desobedecer (por ação ou omissão, o sujeito não cumpre) a ordem legal de funcionário público.

Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

1.2.4. DESACATO (art. 331)

Esse delito é caracterizado pela conduta de o sujeito desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela.

Observações:

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1) No crime de desacato o sujeito, dolosamente, ofende, desprestigia, menospreza o funcionário público, mediante, palavras, gestos, xingamentos etc.

2) O crime de desacato ocorre mesmo quando o funcionário público está de folga, desde que em razão da função.

3) O delito independe da presença de terceiros.

4) A caracterização do delito ocorre ainda que o funcionario público não se sinta ofendido.

5) O crime de desacato se consuma com a ofensa, que não precisa necessariamente ser presenciada por terceiros.

6) A tentativa é possível.

7) Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.

IMPORTANTE:

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

DESACATO Desacatar (ofender, desprestigiar, menosprezar) funcionário público no exercício da função ou em razão dela.

DESOBEDIÊNCIA Desobedecer (por ação ou omissão, o sujeito não cumpre) a ordem legal de funcionário público.

RESISTÊNCIA

Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

1.2.5. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA (art. 332)

O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

Observações:

1) O agente, dolosamente, solicita, exige, cobra ou obtém vantagem ou promessa de vantagem (moral, financeira, pretexto, sexual etc.)

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de influir (influenciar) em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

2) O crime de tráfico de influência se consuma quando o agente solicita, exige, cobra ou obtém vantagem ou promessa de vantagem.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Porém, a pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.

IMPORTANTE:

Tráfico de Influência

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.

1.2.6. CORRUPÇÃO ATIVA (art. 333)

O crime de corrupção ativa é caracterizado pela conduta de o agente oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

Observações:

1) O agente, dolosamente, oferece ou promete vantagem indevida (patrimonial ou não) a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

2) O crime de corrupção ativa se consuma quando o agente oferece ou promete vantagem indevida ao funcionário público, independentemente da aceitação deste.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. Porém, a pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

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IMPORTANTE:

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

(*) SOLICITAR

OFERECER RECEBER

PROMETER ACEITAR PROMESSA

IMPORTANTE:

A corrupção ativa ocorre independentemente da corrupção passiva.

(*) Existe corrupção passiva sem corrupção ativa em duas ocasiões:

1) O funcionário público solicita e o particular dá o dinheiro. Nesse caso, o particular não ofereceu nem prometeu o dinheiro.

2) O funcionário público solicita e o particular não dá o dinheiro.

1.2.7. CONTRABANDO OU DESCAMINHO (art. 334)

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CONTRABANDO DESCAMINHO

Importar ou exportar mercadoria proibida.

Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.

Observações:

1) O sujeito ativo desses delitos pode ser qualquer pessoa. Já o sujeito passivo é o Estado.

2) A consumação ocorre com a entrada ou saída da mercadoria.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 1 a 4 anos. Entretanto, a pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.

IMPORTANTE:

Contrabando ou descaminho

Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

§ 1º - Incorre na mesma pena quem:

a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;

b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho;

c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;

d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.

§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.

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§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.

1.2.8. IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA (art. 335)

Os arts. 93 e 95 da Lei nº 8.666/93, que punem as mesmas condutas com penas maiores, revogaram esse dispositivo do Cádigo Penal.

Observações:

1) O sujeito ativo desses delitos pode ser qualquer pessoa. Já o sujeito passivo é o Estado.

2) A consumação ocorre com a entrada ou saída da mercadoria.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 1 a 4 anos. Entretanto, a pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.

IMPORTANTE:

Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.

1.2.9. INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL (art. 336)

Esse delito é caracterizado pelas seguintes condutas:

• Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar (sujar, macular) edital afixado por ordem de funcionário público.

• Violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar (fechar, lacrar) qualquer objeto.

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Observações:

1) A consumação ocorre no momento em que o agente rasga, inutiliza ou conspurca (suja, macula) edital ou viola ou inutiliza selo ou sinal.

2) A tentativa é possível.

3) Pena: detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa.

IMPORTANTE:

Inutilização de edital ou de sinal

Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

1.2.10. SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO (art. 337)

Esse delito é caracterizado pelas seguintes condutas:

• Subtrair, total ou parcialmente, livro oficial, processo (judicial ou administrativo) ou documento confiado à custódia (guarda, proteção) de funcionário.

• Inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo (judicial ou administrativo) ou documento confiado à custódia (guarda, proteção) de funcionário.

Observações:

1) O sujeito ativo desse delito pode ser qualquer pessoa. Já o sujeito passivo é o Estado.

2) A consumação ocorre com a subtração ou inutilização.

3) A tentativa é possível.

4) Pena: reclusão, de 2 a 5 anos, se o fato não constitui crime mais grave.

IMPORTANTE:

Subtração ou inutilização de livro ou documento

Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial,

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processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.

1.2.11. SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (art. 337-A)

Esse delito é caracterizado pelas seguintes condutas:

Suprimir (não declarar) contribuição social previdenciária.

Reduzir (declarar valor inferior ao devido) contribuição social previdenciária.

Omitir de folha de pagamento

Deixar de efetuar lançamento

Omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores.

Observações:

1) A consumação ocorre no momento em que o agente suprime ou reduz a contribuição social previdenciária.

2) A tentativa não é possível. Pois, as condutas são omissivas.

3) Pena: reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.

4) É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

5) Com a exclusão da punibilidade o fato não deixa de ser típico e ilícito. Apenas não incide a pena prevista. Em outras palavras, o crime não deixa de existir.

6) O juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

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7) Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00, o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. Esse valor será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.

IMPORTANTE:

Sonegação de contribuição previdenciária

Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;

II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;

III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:

I - (VETADO)

II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.

§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.

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1.3. CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA

1.3.1. CORRUPÇÃO ATIVA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL (art. 337-B)

Esse delito é caracterizado pelas seguintes condutas: prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional.

Pena: reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. Essa penalidade é aumentada de 1/3, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

CORRUPÇÃO ATIVA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL

CORRUPÇÃO ATIVA

Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional.

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

IMPORTANTE:

Corrupção ativa em transação comercial internacional

Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

1.3.2. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL (art. 337-C)

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Esse delito é caracterizado pelas seguintes condutas: solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir (influenciar) em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional.

Pena: reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. Essa penalidade é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro.

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL

INTERNACIONAL

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado à transação comercial internacional.

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função

IMPORTANTE:

Tráfico de influência em transação comercial internacional

Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro.

Por fim, acerca desses crimes, também devemos saber que, à luz do Código Penal, considera-se funcionário público estrangeiro quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.

Além disso, equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou

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indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.

IMPORTANTE:

Funcionário público estrangeiro

Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.

Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.

2. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS (Lei nº 8.137/90, art. 3º)

Os crimes contra a ordem tributária praticados por funcionários públicos estão previstos no art. 3º da Lei nº 8.137/90 nos seguintes termos:

IMPORTANTE:

Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Amigos, em virtude de reiteradas cobranças em provas de concursos públicos, recomendo a memorização das seguintes penalidades:

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS

PÚBLICOS

PENAS

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

reclusão, de 1 a 4 anos, e multa

Por fim, para que não caiam nas tradicionais “pegadinhas” relacionadas a esse assunto, recomendo também que memorizem os seguintes quadros comparativos:

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO

Extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social.

Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.

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CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

EXCESSO DE EXAÇÃO CONCUSSÃO

Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

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3. RESUMO

1)

CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

A (4) Abandono de função

Advocacia administrativa

C (3) Concussão

Corrupção passiva

Corrupção passiva Privilegiada

E (4) Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Excesso de exação

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

F Facilitação de contrabando ou descaminho

I Inserção de dados falsos em sistema de informações

M Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

P (6)

Peculato- apropriação

Peculato culposo

Peculato- desvio

Peculato- furto

Peculato- mediante erro de outrem

Prevaricação

Prevaricação Especial ou Imprópria

V (3) Violência arbitrária

Violação de sigilo funcional

Violação do sigilo de proposta de concorrência

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2)

IMPORTANTE:

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

3) O crime de peculato-apropriação é caracterizado pela conduta de apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

4) O crime de peculato-desvio é caracterizado pela conduta de desviar o funcionário público dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

5) O peculato-furto é caracterizado por duas condutas do funcionário público: subtrair (furtar) ou concorrer (colaborar) para que terceiro subtraia, embora não tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, em proveito próprio ou alheio.

6) O crime de peculato culposo é caracterizado pela conduta de concorrer culposamente o funcionário público para o crime de outrem.

7) Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

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Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

8) O peculato mediante erro de outrem, também chamado de peculato-estelionato, é caracterizado pela conduta de apropriar-se o funcionário público de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.

9) Com fundamento no princípio da bagatela, pode não se configurar peculato a apropriação de valores insignificantes, ainda que cometido contra a Administração Pública Federal.

10) O crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações caracteriza-se pela conduta de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

11) O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações é caracterizados pela conduta de modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

12)

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano

13) O crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento é caracterizado pela conduta de o funcionário público extraviar

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livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.

14) O emprego irregular de verbas ou rendas públicas é caracterizado pela conduta de o funcionário público dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

15) O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

16) O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

17)

CONCUSSÃO EXCESSO DE EXAÇÃO

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

18) O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

19)

CONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

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20) A facilitação de contrabando ou descaminho é caracterizada pela conduta de o funcionário público facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.

21) O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

22)

PREVARICAÇÃO CORRUPÇÃO PASSIVA

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há vantagem indevida).

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

23)

PREVARICAÇÃO CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há pedido ou influência de ninguém).

Praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.

24) O crime de prevaricação imprópria ou especial, incluído no Código Penal pela Lei nº 11.466/07, é caracterizado pela conduta de o Diretor de Penitenciária e/ou agente público deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

25) O crime de condescendência criminosa é caracterizado pela conduta de o funcionário público deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte

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competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

26)

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

PREVARICAÇÃO

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (não há pedido ou influência de ninguém).

PREVARICAÇÃO ESPECIAL OU IMPRÓPRIA

Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

CORRUPÇÃO PASSIVA

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA

Praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.

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27) O crime de advocacia administrativa é caracterizado pela conduta de o funcionário público, valendo-se dessa qualidade, patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

28) O crime de violência arbitrária é caracterizado pela conduta de o funcionário público praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

29) O crime de abandono de função é caracterizado pela conduta de o funcionário público abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

30) O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

31) O crime de violação de sigilo funcional é caracterizado pela conduta de o funcionário público, dolosamente, revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.

Além disso, permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública, bem como se utilizar, indevidamente, do acesso restrito.

32)

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

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INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

33) O cirme de violação do sigilo de proposta de concorrência é caracterizado pela conduta de o funcionário público, dolosamente, devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo.

34)

CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR

CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

C (2) Contrabando ou descaminho

Corrupção ativa

D (2) Desacato

Desobediência

I (2) Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Inutilização de edital ou de sinal

S (2) Sonegação de contribuição previdenciária

Subtração ou inutilização de livro ou documento

R Resistência;

T Tráfico de Influência

U Usurpação de função pública

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35) No crime de usurpação de função o agente, dolosamente, exerce indevidamente função pública. Ou seja, o sujeito se passa por funcionário público e pratica atos de ofício, sem que tenha sido nomeado para tal função.

36) O crime de resistência é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

37) O crime de desobediência é caracterizado pela conduta de o sujeito desobedecer a ordem legal de funcionário público.

38) No crime de desacato o sujeito, dolosamente, ofende, desprestigia, menospreza o funcionário público, mediante, palavras, gestos, xingamentos etc.

39)

DESACATO Desacatar (ofender, desprestigiar, menosprezar) funcionário público no exercício da função ou em razão dela.

DESOBEDIÊNCIA Desobedecer (por ação ou omissão, o sujeito não cumpre) a ordem legal de funcionário público.

RESISTÊNCIA

Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

40) O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

41) O crime de corrupção ativa é caracterizado pela conduta de o agente oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

42)

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CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

43) A corrupção ativa ocorre independentemente da corrupção passiva.

44) Existe corrupção passiva sem corrupção ativa em duas ocasiões:

• O funcionário público solicita e o particular dá o dinheiro. Nesse caso, o particular não ofereceu nem prometeu o dinheiro.

• O funcionário público solicita e o particular não dá o dinheiro.

45)

CONTRABANDO DESCAMINHO

Importar ou exportar mercadoria proibida.

Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.

46) A inutilização de edital ou de sinal é caracterizada pelas seguintes condutas:

• Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar (sujar, macular) edital afixado por ordem de funcionário público.

• Violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar (fechar, lacrar) qualquer objeto.

47) A subtração ou inutilização de livro ou documento é caracterizada pelas seguintes condutas:

• Subtrair, total ou parcialmente, livro oficial, processo (judicial ou administrativo) ou documento confiado à custódia (guarda, proteção) de funcionário.

• Inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo (judicial ou administrativo) ou documento confiado à custódia (guarda, proteção) de funcionário.

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48) Sonegação de contribuição previdenciária: suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;

II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;

III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:

49)

CORRUPÇÃO ATIVA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL

CORRUPÇÃO ATIVA

Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional.

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

50)

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL

INTERNACIONAL

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado à transação comercial internacional.

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função

51) Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou

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função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro (art. 337-D).

52) Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais (art. 337-D, parágrafo único).

53)

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS

PÚBLICOS

PENAS

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

reclusão, de 1 a 4 anos, e multa

54)

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO

Extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social.

Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.

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55)

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

EXCESSO DE EXAÇÃO CONCUSSÃO

Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

56)

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

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4. EXERCÍCIOS

4.1. DA ESAF

469. (AFC/CGU/2008) Com fundamento no crime de peculato, analise os itens a seguir e marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.

( ) O sujeito ativo do crime de peculato é o Estado, pois se trata de crime contra a administração pública, abrangidas as autarquias e as entidades paraestatais, que são as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações instituídas pelo poder público.

( ) Com fundamento no princípio da bagatela, pode não se configurar peculato a apropriação de valores insignificantes, ainda que cometido contra a Administração Pública Federal.

( ) Para a consumação do crime de peculato é imprescindível o efetivo prejuízo para a Administração, sendo que a restituição do objeto ou sua apreensão posterior descaracteriza o delito.

( ) Não ocorrendo o fato (apropriação, subtração, obtenção) na função pública ou em razão da qualidade do funcionário, ou não sendo o agente funcionário público, mas em virtude de ser cometido contra a Administração Pública, ainda assim se caracteriza o crime.

a) F, V, F, F

b) F, V, F, V

c) F, F, V, F

d) V, F, V, V

e) V, V, V, F

470. (AFC/CGU/2008) Godofredo (funcionário público federal), procrastina, indevidamente, ato de ofício, previsto em lei, o qual deve ser executado em prazo prescrito para que produza seus efeitos normais, para satisfazer sentimento pessoal. Godofredo comete o crime de:

a) Advocacia administrativa.

b) Prevaricação.

c) Condescendência criminosa.

d) Concussão.

e) Excesso de exação.

471. (Processo Seletivo Simplificado/2008) Um servidor, por razões de amizade, forneceu a um colega seu de trabalho sua senha de acesso restrito a

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banco de dados da Administração Pública. Esse outro servidor, que não tinha autorização para acessar esse banco de dados, utilizou-se da senha para acessá-lo e inserir alterações do seu interesse pessoal. Nesta hipótese, o servidor que forneceu a senha:

a) cometeu crime equiparado ao de violação de sigilo funcional.

b) cometeu o crime de condescendência criminosa.

c) é co-autor do crime de modificação de sistema de informações, sem autorização legal.

d) cometeu o crime de concussão.

e) não cometeu crime algum.

472. (AFT/2006) O funcionário que, sabendo devida a contribuição social, emprega na cobrança meio gravoso que a lei não autoriza, pratica crime de:

a) corrupção passiva.

b) prevaricação.

c) advocacia administrativa.

d) excesso de exação.

e) corrupção ativa.

473. (AFT/2006) Um Auditor-Fiscal do Trabalho deixou de autuar uma empresa que havia cometido infração às normas de segurança no trabalho porque o dirigente dessa empresa prometeu-lhe uma semana de estadia num hotel de luxo, com direito a acompanhante e todas as despesas inclusas. Ocorre que, após o encerramento dos trabalhos de fiscalização e lavratura do termo de regularidade da empresa, o dirigente da mesma negou-se a cumprir a promessa. Nessa hipótese, o Auditor:

a) cometeu o crime de enriquecimento ilícito.

b) cometeu o crime de corrupção passiva.

c) o crime de concussão.

d) cometeu o crime de facilitação de descaminho.

e) não cometeu nenhum desses crimes porque não chegou a receber a vantagem prometida.

474. (AFT/2006) O funcionário público que, valendo-se dessa qualidade, patrocina interesse privado perante a administração fazendária, comete:

a) crime funcional contra a ordem tributária.

b) crime de advocacia administrativa.

c) crime de prevaricação.

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d) crime de peculato.

e) crime de inserção de dados falsos em sistema de informações.

475. (AFT/2006) Um servidor forneceu sua senha para que um outro servidor, não autorizado, acessasse banco de dados da Administração Pública, de acesso restrito. Houve o acesso efetivo. Nessa hipótese, o servidor que forneceu a senha:

a) cometeu crime equiparado ao de violação de sigilo funcional.

b) cometeu crime equiparado ao de acesso imotivado a banco de dados.

c) cometeu o crime de facilitação de inserção de dados falsos em sistemas de informações.

d) cometeu o crime de modificação de sistema de informações, sem autorização legal.

e) não cometeu crime algum.

476. (AFC/CGU/2006) A (funcionário público federal), nessa qualidade, com intuito de prejudicar B (contribuinte), exige contribuição social que sabia indevida. A comete o crime de:

a) Extensão.

b) Estelionato.

c) Excesso de exação.

d) Violência arbitrária.

e) Concussão.

477. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-7ªRegião/2005) Augusto, servidor autárquico, alardeando prestígio, visando a obter vantagem econômica (dinheiro), convence Bernardo a entregar-lhe determinada quantia, a pretexto de influenciar um determinado funcionário da justiça, no exercício da função, a deferir a pretensão exposta. Na hipótese, a conduta de Augusto configura:

a) peculato mediante erro de outrem.

b) crime de corrupção ativa.

c) crime de corrupção passiva.

d) advocacia administrativa.

e) crime de tráfico de influência.

(Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada) Um servidor da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Norte, por ter bons conhecimentos de

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informática, efetuou, por conta própria, alterações no sistema de controle de pagamentos do ICMS, visando a torná-lo mais eficiente. Considerando essa situação hipotética, julgue os item abaixos:

478. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada) Pode-se afirmar que essa conduta configura crime de inserção de dados falsos em sistema de informações.

479. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada) Pode-se afirmar que essa conduta configura crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações.

480. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada) Essa conduta não configura crime porque o propósito do servidor foi em benefício do serviço.

481. (AFC/CGU/2004) Quanto ao crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), pode-se afirmar que:

a) depende da existência da corrupção passiva para que se configure.

b) o tipo consiste em solicitar para si ou para outrem, em razão da função, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

c) caracteriza-se o crime se o funcionário público exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.

d) o tipo consiste em exigir, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

e) o tipo consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

482. (Analista/MPU/2004) Quanto ao crime de corrupção ativa (artigo 333 do CP), pode-se afirmar que:

a) depende da existência da corrupção passiva para que se configure.

b) o tipo consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

c) o tipo consiste em solicitar para si ou para outrem, em razão da função, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

d) o tipo consiste em exigir, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

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e) se caracteriza o crime se o funcionário público exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.

483. (Analista/MPU/2004) Tício, que é médico credenciado no INSS, exigiu de Caio, paciente segurado pela Previdência Social, a importância de R$ 5.000,00, para a realização de cirurgia imprescindível à preservação de sua saúde. A vítima efetua o pagamento da importância indevida, em razão do constrangimento moral invencível a que foi submetido. No caso em tela, Tício responderá pelo crime de:

a) Corrupção Passiva

b) Prevaricação

c) Abandono de função

d) Peculato

e) Concussão

484. (AFT/2003) Em reforma do Código Penal, no ano de 2000, foi introduzido, no Capítulo dos Crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração em geral, o seguinte tipo penal:

a) peculato

b) inserção de dados falsos em sistema de informações

c) excesso de exação

d) advocacia administrativa

e) violação de sigilo funcional

485. (AFRF/2003) Um Auditor-Fiscal da Receita Federal constatou, durante a fiscalização de um contribuinte, que o mesmo havia cometido irregularidades fiscais que deveriam ser objeto de lançamento tributário, com imposição de multa de ofício. Todavia, ao ficar sabendo que o contribuinte era uma pessoa boa, caridosa, e que freqüentava a mesma igreja que ele, decidiu encerrar a fiscalização sem resultado. Nesta hipótese, esse Auditor:

a) cometeu o crime de condescendência criminosa.

b) cometeu o crime de concussão.

c) não cometeu crime algum, haja vista que não obteve qualquer vantagem econômica com a sua conduta.

d) cometeu o crime de corrupção passiva.

e) cometeu o crime de prevaricação.

486. (TRF/2003) A reforma do Código Penal, introduzida pela Lei nº 9.983,

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de 14 de julho de 2000, equiparou a funcionário público, para fins penais, a seguinte categoria:

a) empregado de sociedade de economia mista.

b) servidor de autarquia.

c) quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

d) aquele que, ainda sem remuneração e transitoriamente, exerça cargo, emprego ou função pública.

e) quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal.

487. (TRF/2003) A Lei Federal nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, acresceu o seguinte tipo penal aos crimes funcionais contra a ordem tributária, além dos previstos no Código Penal:

a) extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha guarda em razão da função; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, ainda que não acarrete pagamento indevido ou inexato do tributo.

b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da condição de funcionário público.

c) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

d) facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.

e) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

488. (Auditor Fiscal/SEFAZ-Fortaleza/2003) O Fiscal que, durante a fiscalização de um determinado contribuinte, solicita-lhe uma contribuição em dinheiro para uma instituição beneficente que ele preside:

a) comete crime de corrupção passiva.

b) comete crime de corrupção ativa.

c) não comete crime porque o dinheiro não é para si.

d) não comete crime porque o dinheiro se destina a uma instituição beneficente.

e) não comete crime se o contribuinte não dá dinheiro.

489. (Auditor Fiscal/SEFAZ-Fortaleza/2003) Um servidor controla o

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cadastro informatizado de devedores da Secretaria de Finanças da Prefeitura. Nessa qualidade, ele verifica que um parente seu tem um débito e que existem alguns pagamentos sem identificação de quem os fez. Ele, então, aloca esses pagamentos à dívida do seu parente, dando quitação à mesma. Neste caso:

a) a sua conduta é regular porque os pagamentos sem identificação do contribuinte pagador podem ser alocados a qualquer um que tenha débito da mesma natureza.

b) a sua conduta é regular porque não acarretou qualquer prejuízo ao erário.

c) cometeu o crime de alteração de dados corretos em sistemas informatizados da Administração Pública, previsto no art. 313.A, do Código Penal.

d) cometeu o crime de violação do sigilo fiscal.

e) não cometeu crime algum, porque não obteve qualquer vantagem pessoal com essa conduta.

490. (AFRF/2002) Em relação ao crime de concussão, pode-se afirmar que:

a) o crime consuma-se com a simples exigência da vantagem.

b) a ameaça para a prática do crime não é absorvida pela concussão.

c) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.

d) o crime consuma-se com a efetiva percepção da vantagem exigida.

e) o crime é apenado com detenção.

491. (AFRF/2002) A pena de reclusão máxima, prevista na Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, para o crime funcional contra a ordem tributária de extraviar livro oficial de que tenha a guarda, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo é de:

a) quatro anos

b) cinco anos

c) seis anos

d) sete anos

e) oito anos

492. (AFRF/2002) Assinale entre as seguintes condutas ilícitas de servidores públicos aquela que não é tipo penal, previsto no Título "Dos Crimes contra a Administração Pública".

a) Aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro.

b) Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

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c) Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo.

d) Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.

e) Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais.

493. (Auditor Fiscal/SEFAZ-PA/2002) O tipo penal referente à cobrança de tributo, ainda que devido, por meio vexatório ou gravoso, não autorizado em lei, denomina-se:

a) concussão

b) excesso de exação

c) prevaricação

d) condescendência criminosa

e) confisco abusivo

494. (Auditor Fiscal/SEFAZ-PA/2002) Os crimes cometidos por agentes públicos contra a ordem tributária, previstos na Seção II do Capítulo I da Lei nº 8.137/90, são apenados com:

a) detenção

b) multa

c) detenção e multa

d) reclusão e multa

e) reclusão

495. (Procurador/BACEN/2002) “A”, funcionário público, que é o responsável por estabelecimento hospitalar estadual, exige dos segurados pagamento adicional pelos serviços prestados. Nesta hipótese, “A” responderá por:

a) corrupção ativa.

b) apropriação indébita.

c) corrupção passiva.

d) concussão.

e) extorsão indireta.

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496. (AFRF/2001) O crime tipificado como "exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida" denomina-se:

a) prevaricação

b) corrupção passiva

c) peculato

d) excesso de exação

e) concussão

497. (Agente Tributário Estadual/SEFAZ-PI/2001) No crime de prevaricação:

a) o crime é praticado por particular contra a administração pública.

b) há a prática de violência no exercício da função.

c) o funcionário público apropria-se de valor de que tem a posse em razão do cargo.

d) há a aplicação diversa de verbas ou rendas públicas, estabelecida em lei.

e) retarda-se ou deixa-se de praticar indevidamente ato de ofício para satisfação de interesse pessoal.

498. (Auditor/SEFAZ-PI/2001) “A”, funcionário público, exige de “B” a quantia de R$ 1.000,00 para deixar de praticar ato de ofício que certamente o prejudicaria. Indique qual dos seguintes crimes foi praticado pelo funcionário público:

a) corrupção passiva

b) prevaricação

c) peculato

d) excesso de exação

e) concussão

499. (Procurador/BACEN/2001) No crime de prevaricação é possível afirmar que:

a) a simples negligência do funcionário público, sem a prova contundente do dolo específico é capaz de caracterizar o crime.

b) admite-se a tentativa tanto na forma comissiva como na omissiva.

c) a prevaricação pode absorver crime mais grave.

d) para a caracterização do crime de prevaricação, não é necessário que o agente tenha agido com o propósito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

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e) o crime consuma-se na modalidade omissiva, com a não realização do ato opportuno tempore, e na modalidade comissiva, com a efetiva prática do ato ilegal.

500. (Assistente Jurídico/AGU/1999) “A”, funcionário público, para satisfazer interesse pessoal, deixa de cumprir mandado judicial. A pratica o crime de:

a) Prevaricação

b) Corrupção passiva

c) Violência arbitrária

d) Concussão

e) Desobediência a decisão judicial

4.2. DO CESPE

501. (ACE/TCE-AC/2009) Considere que Adão, servidor público da secretaria de segurança de determinado município, exigiu certa quantia em dinheiro de um empresário para lhe fornecer certidão negativa criminal, sendo certo que o valor foi pago prontamente. Nessa hipótese, Adão cometeu o crime de concussão e o empresário, corrupção ativa.

502. (ACE/TCE-AC/2009) Suponha que Fábio, auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, valendo-se do seu cargo, patrocinou interesse privado perante a administração fazendária. Nesse caso, Fábio praticou o delito de advocacia administrativa previsto no Código Penal.

503. (Advogado/CEHAP-PB/2009) Joaquim, servidor público, desviou para a reforma da repartição pública em que trabalha determinada quantia de que dispunha em razão de seu cargo e que estava regularmente destinada à construção de escolas no município. Na situação hipotética acima descrita, trata-se de:

a) crime de peculato, independentemente de Joaquim ter-se apropriado da quantia para proveito próprio ou não.

b) crime de apropriação indébita, independentemente de Joaquim ser ou não servidor público.

c) crime de emprego irregular de verbas públicas, já que o desvio da quantia ocorreu em proveito da administração.

d) crime de prevaricação, posto que Joaquim agiu para satisfazer sentimento pessoal.

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504. (ACE/TCE-TO/2009) Comete o crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, previsto no CP, o ato de extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo de contribuição social.

505. (Analista/TRE-GO/2009) No que se refere à administração pública, assinale a opção correta.

a) No crime de corrupção passiva, se, por causa do delito, o funcionário retardar a prática de ato de ofício, haverá mero exaurimento da conduta delituosa, que não conduz ao aumento de pena.

b) No crime de prevaricação, a satisfação de interesse ou sentimento pessoal, que motiva a prática do crime, é elementar do tipo.

c) Pratica crime de prevaricação o funcionário que deixa, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

d) No crime de advocacia administrativa, a legitimidade ou ilegitimidade do interesse privado patrocinado perante a administração pública não influi na pena.

506. (OAB-SP/2009) Segundo o Código Penal (CP), aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica o crime de:

a) prevaricação.

b) condescendência criminosa.

c) tráfico de influência.

d) advocacia administrativa.

507. (Procurador/Natal-RN/2008/Adaptada) Adão, diretor de penitenciária federal, deixou de cumprir seu dever de vedar aos presos ali custodiados o acesso a aparelho telefônico celular, fato que permitiu aos detentos a comunicação com o ambiente externo. Nessa situação, Adão cometeu, em tese, o delito de condescendência criminosa.

508. (Procurador/Natal-RN/2008/Adaptada) O juiz de direito da Primeira Vara Criminal de Mossoró - RN expediu intimação a José, deputado federal, solicitando o agendamento de dia e hora para que fosse ouvido na qualidade de testemunha do juízo. Como não havia, na referida intimação, nenhum

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alerta quanto às conseqüências de eventual recusa, José não atendeu à solicitação. Nessa situação, o parlamentar cometeu, em tese, o delito de desobediência.

509. (Oficial de Justiça/MPE-RR/2008) No crime de peculato culposo, a reparação do dano pelo agente, desde que se dê antes da sentença penal irrecorrível, extingue a punibilidade.

510. (AFR/Teresina-PI/2008) Acerca dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, assinale a opção correta.

a) Comete crime de prevaricação o funcionário público que, por indulgência, retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou pratica-o contra disposição expressa de lei.

b) O funcionário público que, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe faltar competência, não leva o fato ao conhecimento da autoridade competente, pratica o crime de condescendência criminosa.

c) Pratica apenas infração administrativa, conduta considerada atípica, o funcionário público que, na cobrança de tributo ou contribuição social, emprega meio vexatório ou gravoso não autorizado por lei.

d) O abandono de cargo público, fora dos casos permitidos em lei, caracteriza crime contra a administração pública, e não apenas infração administrativa.

511. (AFR/Teresina-PI/2008/Adaptada) Apenas resta caracterizado o crime de desacato quando a ofensa é dirigida contra funcionário público que esteja efetivamente no exercício de sua função.

512. (AFR/Teresina-PI/2008/Adaptada) Para que seja caracterizado o crime de resistência, é necessário que a oposição à execução do ato legal tenha ocorrido mediante violência ou ameaça.

513. (Analista/TJDFT/2008) Pratica crime de advocacia administrativa quem patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário, sendo que, se o interesse for ilegítimo, a pena será mais grave. Trata-se de crime de mão própria, isto é, que somente pode ser praticado por advogado ou bacharel em direito.

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514. (Analista/TJDFT/2008) Pratica crime de excesso de exação o funcionário público que pratica violência no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

515. (Analista/TJDFT/2008) Pratica crime de prevaricação o funcionário público autorizado que insere dados falsos nos sistemas informatizados ou banco de dados da administração pública, com o fim de causar dano a outrem.

516. (Analista/TJDFT/2008) No crime de peculato culposo, se o sujeito ativo reparar o dano até a data da sentença irrecorrível, sua punibilidade será extinta.

517. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008) Considere que um funcionário público tenha sido denunciado por ter cometido crime de peculato culposo. Nessa situação, se o funcionário reparar o dano antes da sentença criminal definitiva, sua punibilidade será extinta.

518. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008) Diferem os crimes de concussão e de corrupção passiva porque naquele o sujeito ativo do delito exige, enquanto neste o sujeito ativo solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

519. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008) Pratica o crime de condescendência criminosa o diretor de penitenciária ou agente público que deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

(Procurador/Rio Branco-AC/2008) João, servidor público, querendo subtrair, com ânimo definitivo, o notebook da repartição pública em que trabalha, dirigiu-se, à noite, ao seu local de trabalho e identificou-se perante o vigia noturno do prédio, informando ser servidor e desejar entrar no prédio para apanhar objeto que lhe pertencia e que havia esquecido em sua sala. O vigia, por já o conhecer, franqueou-lhe a entrada. João pegou o notebook, colocou-o em sua pasta e levou-o consigo até a sua residência. Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.

520. (Procurador/Rio Branco-AC/2008) A narrativa configura clássico caso de furto qualificado pela condição de ser o agente funcionário público.

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521. (Procurador/Rio Branco-AC/2008) Se a ação de João for descoberta e ele vier a ser processado criminalmente, a punibilidade será extinta caso ele devolva o notebook até sentença irrecorrível.

522. (Procurador/Rio Branco-AC/2008) Se João for ocupante de cargo em comissão no setor em que trabalha, sua pena será aumentada em um terço em relação àquela prevista para o delito cometido.

(Fiscal de Tributos/ Rio Branco-AC/2007) O último título da parte especial do Código Penal trata dos crimes contra a administração pública. Nele, são previstas condutas criminosas que atingem diretamente a administração pública e indiretamente um número indeterminado de pessoas. Acerca dos sujeitos ativos e passivos nos crimes cometidos contra a administração pública, julgue os itens subseqüentes:

523. (Fiscal de Tributos/ Rio Branco-AC/2007) Os crimes cometidos contra a administração pública são delitos que têm servidores públicos por autores ou sujeitos ativos.

524. (Fiscal de Tributos/ Rio Branco-AC/2007) O próprio Código Penal brasileiro dá o conceito de funcionário público para fins penais, podendo tal conceito ser considerado tanto para identificar o sujeito ativo como o sujeito passivo de crimes.

525. (OAB-RJ/2007) O agente que se vale do cargo público que ocupa para exigir da vítima vantagem indevida comete o crime de:

a) corrupção passiva.

b) corrupção ativa.

c) prevaricação.

d) concussão.

526. (OAB-Nacional/2007) Pedro, funcionário público, deixou de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo à influência de Daniele, sua namorada. Nessa situação hipotética, a conduta de Pedro se amolda ao tipo de crime, previsto no Código Penal, de:

a) tráfico de influência.

b) corrupção passiva.

c) prevaricação.

d) concussão.

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527. (Procurador Federal/AGU/2007) A única diferença existente entre os crimes de concussão e de corrupção passiva é que, no primeiro, o agente exige, enquanto, no segundo, o agente solicita ou recebe vantagem indevida, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela.

528. (Auditor/TCU/2007) Considere a seguinte situação hipotética. João, empregado público do Metrô, apropriou-se indevidamente, em proveito próprio, de setenta bilhetes integração ônibus/metrô no valor total de R$ 35,00, dos quais tinha a posse em razão do cargo (assistente de estação) que ocupava nessa empresa pública. Nessa situação, de acordo com o entendimento do STJ, em face do princípio da insignificância, não ficou configurado o crime de peculato.

529. (Auditor/TCU/2007) A inserção de dados falsos em sistema de informação é crime próprio no tocante ao sujeito ativo, sendo indispensável a qualificação de funcionário público autorizado e possível o concurso de agentes.

530. (Auditor/TCU/2007) Considere a seguinte situação hipotética. Um analista de finanças e controle exigiu de um gestor público a importância de R$ 20.000,00 como condição para não inserir, em um relatório de auditoria, irregularidades constatadas no repasse de recursos de um convênio do qual era responsável. No momento da entrega da quantia em dinheiro exigida, o analista de finanças foi preso por agentes de polícia. Nessa situação, pelo fato de o servidor público não ter chegado a receber o dinheiro indevidamente exigido, restou configurada a mera tentativa do crime de concussão.

531. (Advogado/CBMDF/2007) Suponha-se que Manoel, previamente combinado com Cláudio, subtraia dinheiro de empresa pública, valendo-se da facilidade do cargo que ocupa na empresa, circunstância, entretanto, desconhecida por Cláudio, com o qual divide o produto do crime. Nessa situação, a conduta de Manoel e Cláudio caracteriza o crime de peculato consumado.

4.3. DA FCC

532. (Assistente/MPE-RS/2008) O funcionário público que exige vantagem indevida para dar andamento a processo de aposentadoria comete crime de:

a) peculato.

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b) corrupção passiva.

c) corrupção ativa.

d) prevaricação.

e) concussão.

533. (Secretário de Diligências/MPE-RS/2008) Paulo, policial de trânsito, encontrava-se em gozo de férias e observou um veículo parado em local proibido. Abordou o motorista, de quem, declinando sua função, solicitou a quantia de R$ 50,00 para não lavrar a multa relativa à infração cometida. Nesse caso Paulo:

a) responderá pelo delito de concussão.

b) responderá pelo delito de corrupção ativa.

c) responderá pelo delito de corrupção passiva.

d) não responderá por nenhum delito porque estava de férias.

e) responderá pelo delito de prevaricação.

534. (Auditor/TCE-AL/2008) Admite a modalidade culposa o crime de:

a) advocacia administrativa.

b) usurpação de função pública.

c) concussão.

d) prevaricação.

e) peculato.

535. (Auditor/TCE-AL/2008) Para efeitos penais,

a) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de serviços conveniada para a execução de atividade típica da administração pública.

b) não se considera funcionário público quem exerce função pública transitória, apesar de remunerada.

c) não se considera funcionário público quem exerce cargo público não remunerado.

d) não se considera funcionário público quem exerce emprego público transitório e não remunerado.

e) considera-se funcionário público apenas quem exerce função em entidade paraestatal.

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536. (Auditor/TCE-AL/2008) Pratica o crime de condescendência criminosa:

a) o funcionário público que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de praticar ato de ofício.

b) o funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo.

c) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime.

d) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

e) o funcionário que, valendo-se de sua condição, patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

537. (Procurador/TCE-AL/2008) A conduta do funcionário público que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida para si, sem, contudo, chegar a recebê-la, caracteriza, em tese,

a) tentativa de concussão.

b) corrupção passiva consumada.

c) concussão consumada.

d) tentativa de corrupção passiva.

e) corrupção ativa consumada.

538. (Advogado/Metrô-SP/2008) Durante um julgamento perante o Tribunal do Júri, um jurado, que em sua vida normal exerce a função de vendedor, solicitou R$ 10.000,00 (dez mil reais) ao advogado do réu para votar pela absolvição deste. O jurado:

a) cometeu crime de corrupção ativa.

b) cometeu crime de corrupção passiva.

c) cometeu crime de concussão.

d) cometeu crime de prevaricação.

e) não cometeu nenhum crime, pois não era funcionário público.

539. (Auditor/TCE-SP/2008) A conduta do funcionário público que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida para deixar de lançar tributo configura:

a) corrupção ativa.

b) concussão.

c) excesso de exação.

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d) crime funcional contra a ordem tributária.

e) corrupção passiva.

540. (Analista/TRF-3ªRegião/2007) João, tesoureiro de órgão público, agindo em concurso com José e em proveito deste, que não é funcionário público mas que sabe que João o é, desvia certa quantia em dinheiro, de que tem a posse em razão do cargo. Por essa conduta:

a) José não responde por crime nenhum, já que foi João quem desviou o dinheiro.

b) João responde por peculato e José por apropriação indébita.

c) João e José respondem pelo crime de peculato.

d) João não responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para José, que é quem deve ser processado.

e) João e José respondem pelo crime de peculato, mas este tem a pena reduzida pela metade, porque foi João quem desviou o dinheiro.

541. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007) Sobre o crime de PECULATO, considere:

I. é crime que exige a qualidade de funcionário público do autor, ressalvada a hipótese de co-autoria.

II. a apropriação ou o desvio pode ter como objeto bem imóvel.

III. caracteriza-se pela apropriação ou desvio de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel.

IV. configura-se somente se a apropriação for de bem público.

V. não se caracteriza se a apropriação ou o desvio for de bem particular.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) III, IV e V.

e) IV e V.

542. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007) "A" entrou no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais. Sua conduta:

a) crime de concussão.

b) configura crime de peculato.

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c) configura o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.

d) não caracteriza infração penal.

e) não caracteriza infração penal, mas ele não receberá o salário até que satisfaça as exigências legais.

543. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007) Na hipótese de peculato culposo, a reparação do dano depois da sentença irrecorrível implica na:

a) suspensão da pena.

b) redução de três quintos da pena imposta.

c) exclusão da antijuricidade.

d) extinção da punibilidade.

e) redução de metade da pena imposta.

544. (Analista/TRF-2ªRegião/2007) Funcionário público encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o sistema de informações do órgão sem autorização ou solicitação da autoridade competente. Assim agindo, ele:

a) não comete crime porque é encarregado do CPD.

b) comete crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações.

c) comete crime de abuso de autoridade.

d) comete crime de adulteração de dados digitados.

e) comete crime de inserção de dados falsos em sistema de informação.

545. (TCE/TCE-MG/2007) O funcionário que patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se de sua qualidade, comete o crime de:

a) tráfico de influência.

b) advocacia administrativa.

c) concussão.

d) exploração de prestígio.

e) condescendência criminosa.

546. (Analista/TRE-PB/2007) No peculato culposo, a reparação do dano:

a) se precede à sentença irrecorrível, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

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b) se precede ao recebimento da denuncia, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de um terço a pena imposta.

c) se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

d) não extinguirá, em nenhuma hipótese, a punibilidade, uma vez que para a caracterização do tipo penal do peculato é irrelevante a efetiva obtenção da vantagem ilícita.

e) se precede ao recebimento da denuncia, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

547. (Analista/TRE-PB/2007) Mário, policial militar, em uma "diligência" de rotina encontra João, foragido da Justiça. Quando descobre tratar de criminoso foragido, Mário exige de João a quantia de R$ 10000,00 para não o conduzir à prisão. Pedro, policial militar parceiro de Mário, vê a cena e prende Mário e João, antes que João entregasse o dinheiro exigido para Mário. Neste caso, Mário cometeu crime de:

a) corrupção ativa consumada.

b) concussão consumada.

c) concussão tentada.

d) corrupção ativa tentada.

e) condescendência criminosa.

548. (Analista/TRE-MS/2007) Considere:

I. Exigir diretamente para si, em razão de função pública, vantagem indevida.

II. Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da função pública, mas em razão dela.

III. Desviar o funcionário público em proveito alheio, bem móvel particular de que tem a posse em razão do cargo.

IV. Desviar o funcionário público, em proveito próprio, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.

Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de:

a) corrupção passiva, peculato, excesso de exação e prevaricação.

b) concussão, corrupção passiva, peculato e excesso de exação.

c) prevaricação, excesso de exação, concussão e peculato.

d) peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação.

e) excesso de exação, corrupção passiva, peculato e concussão.

549. (Técnico/TRE-MS/2007) Pedro é funcionário público, exercendo as

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funções de guarda de presídio. Pedro solicitou a um presidiário quantia em dinheiro para fornecer-lhe um aparelho celular cujo uso fora proibido. O presidiário aceitou, mas o aparelho não lhe foi entregue, nem a quantia solicitada foi paga. Nesse caso, Pedro:

a) responderá por crime de prevaricação.

b) não responderá por nenhum delito, por tratar-se de fato atípico.

c) não responderá por nenhum delito, por que não houve início de execução.

d) responderá por tentativa de corrupção passiva.

e) responderá por crime de corrupção passiva.

550. (Técnico/TRE-MS/2007) O ressarcimento do dano, no crime de peculato doloso,

a) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento da denúncia.

b) extingue a punibilidade do agente se for anterior à denúncia.

c) não extingue a punibilidade do agente.

d) extingue a punibilidade do agente se for anterior à sentença.

e) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trânsito em julgado da sentença.

551. (Analista/TRF-4ªRegião/2007) Dar às verbas ou às rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:

a) não constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa.

b) constitui crime contra a Administração Pública praticado por funcionário público.

c) configura crime de peculato-furto.

d) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem.

e) constitui crime de prevaricação.

552. (Analista/TRF-4ªRegião/2007) Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o crime de:

a) desobediência.

b) tráfico de influência.

c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.

d) advocacia administrativa.

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e) usurpação de função pública.

553. (Analista/MPU/2007) A respeito do peculato doloso, é certo que:

a) a posse do dinheiro, valor ou bem pelo funcionário público é indispensável para a caracterização dessa infração penal.

b) a reparação do dano, se ocorre antes do trânsito em julgado da sentença, extingue a punibilidade.

c) o carcereiro que se apropria de objeto do preso não pratica esse delito, por tratar-se de bem particular.

d) comete esse delito o policial que subtrai um tocafitas de veículo particular estacionado na via pública.

e) o particular, no caso de concurso de agentes, responde por esse delito se sabia que o autor era funcionário público.

554. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007) Aquele que exige vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime de:

a) tráfico de influência.

b) advocacia administrativa.

c) exploração de prestígio.

d) condescendência criminosa.

e) prevaricação.

555. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007) A conduta do funcionário público que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida, sem, contudo, chegar a recebê-la, caracteriza, em tese,

a) tentativa de corrupção passiva.

b) tentativa de concussão.

c) corrupção passiva consumada.

d) corrupção ativa consumada.

e) concussão consumada.

556. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007) Admite a modalidade culposa:

a) a concussão.

b) a prevaricação.

c) a corrupção passiva.

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d) o peculato.

e) o falso testemunho.

557. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007) Para efeitos penais:

a) não se considera funcionário público quem exerce cargo público transitório, embora remunerado.

b) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de serviços contratada para a execução de atividade típica da administração pública.

c) considera-se funcionário público apenas quem exerce cargo em entidade parestatal.

d) não se considera funcionário público quem exerce função pública não remunerada.

e) não se considera funcionário público quem exerce emprego público transitório e não remunerado.

558. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007) Exigir tributo que o agente sabe ser indevido tipifica o crime de:

a) corrupção ativa.

b) excesso de exação.

c) peculato.

d) corrupção passiva.

e) prevaricação.

559. (Auditor/TCE-CE/2006) A respeito do crime de peculato, é correto afirmar que:

a) o ressarcimento do dano posterior à sentença irrecorrível, em se tratando de peculato culposo, reduz de metade a pena imposta.

b) a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas exclui a possibilidade de reconhecimento do delito de peculato.

c) o ressarcimento do dano, em se tratando de peculato doloso, implica em extinção da punibilidade pela perda do objeto.

d) esse delito, seja na forma de apropriação, seja na forma de desvio, não admite tentativa.

e) é indispensável à caracterização do peculato doloso a fixação do montante exato da vantagem obtida pelo agente.

560. (Analista/TRF-1ªRegião/2006) José é funcionário público e, em

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cumprimento de mandado judicial, se dirigiu ao escritório de Pedro para efetuar busca e apreensão de autos. Pedro lhe ofereceu a quantia de R$ 100,00 para que retardasse a diligência por alguns dias. José aceitou o dinheiro, mas não retardou a diligência, efetuando desde logo a apreensão. José e Pedro responderão, respectivamente, por crime de:

a) prevaricação e corrupção passiva.

b) concussão e corrupção passiva.

c) corrupção ativa e corrupção passiva.

d) prevaricação e corrupção ativa.

e) corrupção passiva e corrupção ativa.

561. (Auditor/TCE-PB/2006) José, João e Pedro são policiais em serviço de fiscalização de trânsito. José exige a quantia de R$ 100,00 de Luiz para não multá-lo por trafegar na contra-mão de direção. João solicita a Paulo a quantia de R$ 50,00 para não multá-lo por parar sobre a faixa de travessia de pedestres, e Pedro deixa de multar Joaquim, que trafegava com veículo com licenciamento vencido, porque este relatou estar em dificuldades financeiras. José, João e Pedro responderão, respectivamente, por:

a) corrupção passiva, prevaricação e concussão.

b) corrupção passiva, concussão e prevaricação.

c) prevaricação, concussão e corrupção passiva.

d) concussão, corrupção passiva e prevaricação.

e) concussão, prevaricação e corrupção passiva.

562. (Agente/PC-MA/2006) João oferece dinheiro a um Delegado de Polícia para não indiciá-lo num inquérito policial. O Delegado de Polícia aceita a proposta e ambos passam a discutir o preço. Nesse momento, são surpreendidos pela Corregedoria, que estava filmando a ação delituosa. O Delegado de Polícia responderá por:

a) tentativa de concussão.

b) tentativa de corrupção passiva.

c) corrupção ativa consumada.

d) concussão consumada.

e) corrupção passiva consumada.

563. (Delegado/PC-MA/2006) Pedro (funcionário público) convidou Paulo (comerciante) para subtraírem um computador de uma repartição pública. Paulo concordou, ignorando que Pedro é funcionário público. Ambos

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ingressaram na referida repartição pública e subtraíram o computador. Nesse caso:

a) Pedro responde por peculato doloso e Paulo por furto.

b) Pedro responde por furto e Paulo por peculato doloso.

c) Ambos respondem por peculato doloso.

d) Ambos respondem por furto.

e) Pedro responde por peculato doloso e Paulo por peculato culposo.

564. (Procurador/Salvador-BA/2006) Assinale a alternativa que contém, respectivamente, um crime praticado por funcionário público e outro praticado por particular contra a administração em geral.

a) Prevaricação e violência arbitrária.

b) Corrupção passiva e advocacia administrativa.

c) Usurpação de função pública e corrupção ativa.

d) Condescendência criminosa e sonegação de contribuição previdenciária.

e) Tráfico de influência e desacato.

565. (Analista/MPE-PE/2006) Tício é funcionário público e resolve desviar R$ 2.000,00 em dinheiro do caixa da Prefeitura. No momento em que havia pensado em efetivar o desvio, se arrepende e deixa de fazê-lo. Nesse caso, Tício:

a) responderá por crime de peculato consumado, porque houve início de execução e arrependimento posterior.

b) responderá por crime de peculato tentado, porque houve início de execução e arrependimento eficaz.

c) não responderá por crime de peculato, nem tentado, nem consumado, porque não houve início de execução.

d) responderá por crime de peculato tentado, porque houve início de execução e desistência voluntária.

e) responderá por crime de peculato tentado, porque houve início de execução, arrependimento posterior e desistência voluntária.

566. (Analista/MPE-PE/2006) Pedro é fiscal de rendas e exigiu R$ 3.000,00 de José para não autuar sua empresa por falta de recolhimento de tributos devidos. José não pagou a quantia exigida e Pedro lavrou o auto de infração e imposição de multa. Nesse caso, Pedro responderá por crime de:

a) concussão tentado.

b) corrupção passiva consumado.

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c) corrupção passiva tentado.

d) concussão consumado.

e) excesso de exação.

567. (Analista/TRE-SP/2006) No crime de:

a) desobediência, a consumação ocorre, na forma omissiva, quando o agente pratica o ato do qual devia abster-se; na forma comissiva, quando o sujeito devia agir e não o faz no lapso de tempo determinado, não se admitindo, em qualquer caso, a tentativa.

b) concussão, por ser de natureza material, a consumação ocorre com a efetiva percepção da vantagem indevida.

c) advocacia administrativa não se admite a tentativa.

d) resistência, a consumação ocorre com a prática da violência ou ameaça, sendo dispensável o resultado pretendido pelo agente, que é a não-execução do ato legal que, se ocorrer, apenas qualifica o delito.

e) corrupção ativa, a sua consumação ocorre com solicitação da vantagem ou aceitação da promessa, ainda que esta não se concretize e, por ser de natureza material, admite a tentativa.

568. (Analista/TRE-SP/2006) A conduta do funcionário público que solicita para si, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, pratica, em tese, o crime de:

a) extorsão.

b) corrupção passiva.

c) peculato.

d) prevaricação.

e) exercício arbitrário ou abuso do poder.

569. (AFR/SEFAZ-SP/2006) Aquele que solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime de:

a) tráfico de influência.

b) advocacia administrativa.

c) exploração de prestígio.

d) prevaricação.

e) condescendência criminosa.

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570. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Caio é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, de posse de mandado judicial, exigiu do executado Cadmo a quantia de R$ 1.000,00 para retardar a penhora de seu veículo. Nesse caso, Caio cometeu crime de:

a) excesso de exação.

b) corrupção passiva.

c) peculato.

d) concussão.

e) prevaricação.

571. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Hefaistos, agente fiscal de rendas, compareceu à empresa "A" e constatou fraude no recolhimento de tributos no montante de R$ 25.000,00. O responsável pela empresa lhe ofereceu a quantia de R$ 5.000,00 para relevar a fraude constatada. Hefaistos recebeu a quantia oferecida, mas, mesmo assim, autuou a empresa pela mencionada infração. Nesse caso, Hefaistos:

a) não cometeu nenhum delito, pois autuou a empresa.

b) cometeu crime de corrupção passiva.

c) cometeu crime de concussão.

d) cometeu crime de excesso de exação.

e) cometeu crime de prevaricação.

572. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Cronos é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, atendendo a pedido de influente político da região, retardou a prática de ato de ofício, deixando de remover bens penhorados de Zeus, cabo eleitoral deste. Nessa hipótese, Cronos:

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de corrupção passiva.

d) cometeu crime de advocacia administrativa.

e) concussão.

573. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Ares, funcionário do Serviço de Águas e Esgotos do Município, entidade paraestatal, desviou em proveito próprio a quantia de R$ 5.200,00 referente ao pagamento de contas em atraso efetuadas por um usuário. Nessa hipótese, Ares:

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a) cometeu crime de emprego irregular de rendas públicas.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de prevaricação.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de peculato.

574. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Tício é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, efetuou a remoção de dois televisores penhorados em uma execução. No caminho para o local onde os aparelhos ficariam depositados, trocou um dos televisores por outro de menor valor e se apropriou daquele que havia sido penhorado. Nesse caso, Tício cometeu crime de:

a) corrupção passiva.

b) prevaricação.

c) excesso de exação.

d) concussão.

e) peculato.

575. (Analista/TRT-24ªRegião/2006) Cadmo foi surpreendido por policiais quando arrombava o cofre de uma loja para subtrair dinheiro. Na delegacia, o Delegado de Polícia, por ser amigo de seu pai e penalizado com a situação de pobreza de Cadmo, deixou de determinar a lavratura de auto de prisão em flagrante e colocou-o em liberdade. Nesse caso, o Delegado de Polícia:

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de condescendência criminosa.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de abandono de função.

576. (Analista/TRE-AP/2006) Em relação ao crime de peculato culposo, no qual o funcionário, por negligência, imprudência ou imperícia, permite que haja apropriação ou desvio, subtração ou concurso para esta, por outrem (art. 312, parágrafo 2o, do Código Penal):

a) é possível a tentativa, na hipótese do funcionário que inicia culposamente os atos de facilitação, porém não conseguindo consumar o prejuízo.

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b) a restituição do objeto do crime ou sua apreensão posterior, descaracteriza o delito.

c) se a reparação do dano é posterior à sentença recorrível, a pena imposta será reduzida em até um terço.

d) a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade.

e) o elemento subjetivo do crime é a vontade firme, definida e consciente de permitir com que outrem se aproprie, desvie ou subtraia bem ou valor da administração pública.

577. (Auditor/TCE-MG/2005) No peculato, o objeto material do crime pode ser dinheiro, valor ou qualquer bem:

a) móvel ou imóvel, particular.

b) móvel, sempre público.

c) móvel ou imóvel, público ou particular.

d) móvel ou imóvel, sempre público.

e) móvel, público ou particular.

578. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-11ªRegião/2005) Tício, comerciante, e Caio, agente fazendário, em concurso consciente de vontades, apossaram-se de dinheiro pertencente ao Estado, proveniente de impostos e taxas, do qual o segundo tinha a posse em razão do exercício de suas funções. Tício conhecia a procedência do dinheiro e sabia ser Caio funcionário público. No caso:

a) ambos cometeram o delito de apropriação indébita.

b) Tício praticou o crime de furto e Caio o de peculato.

c) Tício cometeu o crime de apropriação indébita e Caio o de peculato.

d) ambos praticaram o crime de peculato.

e) Caio responderá por peculato e Tício por peculato culposo.

579. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-11ªRegião/2005) No crime de sonegação de contribuição previdenciária, se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, as importâncias ou os valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal, há:

a) causa de diminuição da pena.

b) circunstância atenuante.

c) causa de extinção da punibilidade.

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d) arrependimento posterior.

e) causa de exclusão da culpabilidade.

580. (OAB-SP/2005) O funcionário que deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, comete crime de:

a) prevaricação.

b) omissão funcional criminosa.

c) condescendência criminosa.

d) advocacia administrativa.

581. (Analista/TRE-RN/2005) Também ocorre o crime de corrupção passiva quando o funcionário público que:

a) recebe, para si, diretamente, ainda que fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida.

b) exige, para outrem, indiretamente, antes de assumir sua função, mas em razão dela, vantagem indevida.

c) desvia, em proveito próprio, qualquer dinheiro ou valor público de que tem a posse em razão do cargo.

d) se apodera, em proveito de terceiro, de dinheiro ou valor, embora não tenha a posse deles, valendo-se de sua função pública.

e) oferece vantagem indevida a outro servidor público para determiná-lo a praticar ou omitir ato de ofício.

582. (Analista/TRE-RN/2005) "A", diretor-financeiro de órgão do Tribunal Regional Eleitoral, esqueceu de trancar a porta do cofre dessa repartição. "B", analista judiciário, do mesmo Tribunal, valendo-se do livre acesso ao local, percebeu o ocorrido e aproveitou para subtrair certa quantia em dinheiro, destinada ao pagamento de serviços em geral. Nesse caso, "A" e "B", respondem, respectivamente, pelos crimes de:

a) furto culposo e peculato-desvio.

b) peculato mediante erro de outrem e furto.

c) peculato culposo e peculato-furto.

d) apropriação culposa e apropriação indébita.

e) peculato administrativo e peculato-apropriação.

583. (Procurador/PGE-SE/2005) O funcionário que patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se de sua qualidade, comete o crime de:

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a) advocacia administrativa.

b) exploração de prestígio.

c) concussão.

d) condescendência criminosa.

e) tráfico de influência.

584. (Auditor/TCE-PI/2005) João solicitou a Antonio vantagem, em benefício próprio, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função em uma Secretaria de Estado comete:

a) corrupção ativa.

b) favorecimento pessoal.

c) tráfico de influência.

d) exploração de prestígio.

e) prevaricação.

585. (OAB-SP/2005/Adaptada) No crime de desacato a conduta do agente pode ser verbal, por gestos, gritos, agressão.

5. GABARITO COMENTADO

5.1. DA ESAF

469. (AFC/CGU/2008)

Resposta: A

O item I é falso. O sujeito ativo do ato de peculato é o funcionário público. O Estado é sujeito passivo.

O item III é falso. O crime de peculato se consuma independentemente da ocorrência de prejuízo para a Administração Pública.

Ademais, a restituição do objeto ou sua apreensão posterior não descaracteriza o delito. Pois, mesmo com a exclusão da punibilidade, prevista no art. 312, §2º do CP, o fato não deixa de ser típico e ilícito. Apenas não incide a pena prevista.

O item IV é falso. O crime de peculato funcional, ou seja, só pode ser praticado de forma direta por funcionário público.

470. (AFC/CGU/2008)

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Resposta: B

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

471. (Processo Seletivo Simplificado/2008)

Resposta: A

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

472. (AFT/2006)

Resposta: D

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

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473. (AFT/2006)

Resposta: B

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa. Portanto, o fato de o AFT não ter recebido a vantagem prometida não descaracteriza o delito.

474. (AFT/2006)

Resposta: A

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

CRIME DE ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

475. (AFT/2006)

Resposta: A

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da

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DE INFORMAÇÕES Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

476. (AFC/CGU/2006

Resposta: C

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

477. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-7ªRegião/2005).

Resposta: E

O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir (influenciar) em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

478. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada)

Resposta: Errado

O crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações caracteriza-se pela conduta de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

A questão não disse que o funcionário público tinha autorização para “mexer” no sistema, nem que houve inserção de dados falsos ou alteração de dados corretos. Portanto, não se pode afirmar a conduta configura crime de inserção de dados falsos em sistema de informações.

479. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada)

Resposta: Certo

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O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações é caracterizados pela conduta de modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

480. (Auditor Fiscal/SEFAZ-RN/2005/Adaptada)

Resposta: Errado

A configuração do crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações independe da ocorrência de prejuízo para a Administração.

Na verdade, se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado, as penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. De todo modo, há crime com ou sem prejuízo para a Administração.

481. (AFC/CGU/2004)

Resposta: E

CORRUPÇÃO ATIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

CORRUPÇÃO PASSIVA

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função

Existe corrupção passiva sem corrupção ativa em duas ocasiões:

1) O funcionário público solicita e o particular dá o dinheiro. Nesse caso, o particular não ofereceu nem prometeu o dinheiro.

2) O funcionário público solicita e o particular não dá o dinheiro.

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A corrupção ativa ocorre independentemente da corrupçãp passiva.

482. (Analista/MPU/2004)

Resposta: B

CORRUPÇÃO ATIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

CORRUPÇÃO PASSIVA

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

EXCESSO DE EXAÇÃO Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

483. (Analista/MPU/2004)

Resposta: E

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

484. (AFT/2003)

Resposta: B

O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações foi incluído no Código Penal pela Lei nº 9.983/00.

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485. (AFRF/2003)

Resposta: E

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

486. (TRF/2003)

Resposta: C

Art. 327, § 1º: Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

487. (TRF/2003)

Resposta: B

Lei nº 8.137/90, Art. 3°: Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

488. (Auditor Fiscal/SEFAZ-Fortaleza/2003)

Resposta: A

CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

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489. (Auditor Fiscal/SEFAZ-Fortaleza/2003)

Resposta: C

Se o funcionário público controla o cadastro informatizado de devedores ele está autorizado a “mexer” no banco de dados. Ademais, ele visa a obter vantagem para o parente. Portanto, sua conduta configurou crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações.

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública.

Utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito.

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.

490. (AFRF/2002)

Resposta: A

A consumação do crime de concussão ocorre com a exigência da vantagem indevida.

A configuração do delito independe do recebimento da vantagem exigida.

491. (AFRF/2002)

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Resposta: E

Questão “decoreba”. Em virtude de reiteradas cobranças em provas de concursos públicos, recomendo a memorização das seguintes penalidades:

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS

PÚBLICOS

PENAS

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

reclusão, de 1 a 4 anos, e multa

492. (AFRF/2002)

Resposta: A

Segundo o art. 117, XIII da Lei nº 8.112/90, aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro é conduta proibida ao servidor público federal.

A violação dessa regra não configura ilícito penal.

493. (Auditor Fiscal/SEFAZ-PA/2002)

Resposta: B

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

494. (Auditor Fiscal/SEFAZ-PA/2002)

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Resposta: D

Como eu disse, memorizem essas penas:

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS

PÚBLICOS

PENAS

I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.

III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

reclusão, de 1 a 4 anos, e multa

495. (Procurador/BACEN/2002)

Resposta: D

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

496. (AFRF/2001)

Resposta: E

A ESAF gosta desse delito...

De novo!

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

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497. (Agente Tributário Estadual/SEFAZ-PI/2001)

Resposta: E

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

498. (Auditor/SEFAZ-PI/2001)

Resposta: E

Não se esqueçam: o crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

499. (Procurador/BACEN/2001)

Resposta: E

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

A consumação do delito ocorre com a omissão, retardamento ou realização do ato.

500. (Assistente Jurídico/AGU/1999)

Resposta: A

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

5.2. DO CESPE

501. (ACE/TCE-AC/2009)

Resposta: Errado

De fato, Adão cometeu crime de concussão. Todavia, o empresário não cometeu crime de corrupção ativa.

O crime de corrupção ativa é caracterizado pela conduta de o agente oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para

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determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Notem que o empresário não ofereceu nem prometeu vantagem. Portanto, não cometeu crime de corrupção ativa.

502. (ACE/TCE-AC/2009)

Resposta: Errado

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

CRIME DE ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

503. (Advogado/CEHAP-PB/2009)

Resposta: C

O crime de emprego irregular de verbas públicas é caracterizado pela conduta de o funcionário público dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

504. (ACE/TCE-TO/2009)

Resposta: Errado

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU

DOCUMENTO

Extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social.

Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.

505. (Analista/TRE-GO/2009)

Resposta: B

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Para o delito de prevaricação, o Código Penal tipifica três condutas do funcionário público, quais sejam:

• Retardar (procrastinar) indevidamente ato de ofício.

• Deixar de praticar indevidamente ato de ofício

• Praticar ato de ofício contra disposição expressa em lei.

Tais condutas são adotadas a fim de satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

506. (OAB-SP/2009)

Resposta: D

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

507. (Procurador/Natal-RN/2008/Adaptada)

Resposta: Errado

O crime de prevaricação imprópria ou especial, incluído no Código Penal pela Lei nº 11.466/07, é caracterizado pela conduta de o Diretor de Penitenciária e/ou agente público deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

508. (Procurador/Natal-RN/2008/Adaptada)

Resposta: Errado

No crime de desobediência, por ação ou omissão, o sujeito não cumpre ordem legal do funcionário público.

Percebam que é necessária a existência de uma ordem (determinação, mandamento) dirigida ao agente. Se não há ordem legal não há crime de desobediência.

509. (Oficial de Justiça/MPE-RR/2008)

Resposta: Certo

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Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

510. (AFR/Teresina-PI/2008)

Resposta: D

O crime de abandono de função é caracterizado pela conduta de o funcionário público abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

511. (AFR/Teresina-PI/2008/Adaptada)

Resposta: Errado

O crime de desacato é caracterizado pela conduta de o sujeito desacatar (ofender, desprestigiar, menosprezar) funcionário público no exercício da função ou em razão dela.

A expressão “ou em razão dela” significa que o crime de desacato ocorre mesmo quando o funcionário público está fora do exercício da função (de folga, por exemplo).

512. (AFR/Teresina-PI/2008/Adaptada)

Resposta: Certo

O crime de resistência é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

513. (Analista/TJDFT/2008)

Resposta: Errado

O crime de advocacia administrativa é caracterizado pela conduta de o funcionário público (não necessariamente advogado), valendo-se dessa qualidade, patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

514. (Analista/TJDFT/2008)

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Resposta: Errado

O crime de violência arbitrária é caracterizado pela conduta de o funcionário público praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

515. (Analista/TJDFT/2008)

Resposta: Errado

O crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações caracteriza-se pela conduta de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

516. (Analista/TJDFT/2008)

Resposta: Certo

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

517. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008)

Resposta: Certo

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

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518. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008)

Resposta: Certo

CONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

519. (Agente Penitenciário/SGA-AC/2008)

Resposta: Errado

O crime de prevaricação imprópria ou especial, incluído no Código Penal pela Lei nº 11.466/07, é caracterizado pela conduta de o Diretor de Penitenciária e/ou agente público deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

520. (Procurador/Rio Branco-AC/2008)

Resposta: Errado

A narrativa configura o crime de peculato-furto.

521. (Procurador/Rio Branco-AC/2008)

Resposta: Errado

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

522. (Procurador/Rio Branco-AC/2008)

Resposta: Certo

A pena será aumentada da terça parte quando os autores desses crimes forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou

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assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público (CP, art. 327, §2º).

523. (Fiscal de Tributos/ Rio Branco-AC/2007)

Resposta: Errado

Quanto aos crimes praticados por particular contra a administração em geral, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo.

524. (Fiscal de Tributos/ Rio Branco-AC/2007)

Resposta: Certo

É considerado funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que transitoriamente ou sem remuneração (art. 327).

525. (OAB-RJ/2007)

Resposta: D

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

526. (OAB-Nacional/2007)

Resposta: C

A letra a está errada. O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

A letra b está errada. O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A letra c está certa. O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

A letra d está errada. O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou

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indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

527. (Procurador Federal/AGU/2007)

Resposta: Errado

CONCUSSÃO

CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

528. (Auditor/TCU/2007)

Resposta: Errado

JURISPRUDÊNCIA DO STJ:

STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 655946 DF 2004/0060009-1

Relator(a): Ministra LAURITA VAZ

Julgamento: 26/02/2007

Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA

Publicação: DJ 26.03.2007 p. 273

Ementa

RECURSO ESPECIAL. PENAL. PECULATO. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, porque a norma busca resguardar não somente o aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse estatal à sua repressão. (...)

529. (Auditor/TCU/2007)

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Resposta: Certo

O crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações caracteriza-se pela conduta de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

530. (Auditor/TCU/2007)

Resposta: Errado

A consumação do delito ocorre com a exigência da vantagem indevida.

A configuração do crime de concussão independe do recebimento da vantagem exigida.

531. (Advogado/CBMDF/2007)

Resposta: Errado

Os crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral só podem ser praticados de forma direta por funcionário público. Por isso são chamados de crimes funcionais (ou próprios).

Todavia, isso não impede que uma pessoa que não seja funcionário público responda por algum desses crimes. Pois, essa pessoa pode responder como co-autora, desde que tenha conhecimento da qualidade de funcionário público do comparsa.

Na situação apresentada na questão, Cláudio não sabe que Manoel é funcionário público. Logo, sua conduta não configura crime de peculato.

5.3. DA FCC

532. (Assistente/MPE-RS/2008)

Resposta: E

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

533. (Secretário de Diligências/MPE-RS/2008)

Resposta: C

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O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

534. (Auditor/TCE-AL/2008)

Resposta: E

O crime de peculato culposo é caracterizado pela conduta de concorrer culposamente o funcionário público para o crime de outrem.

535. (Auditor/TCE-AL/2008)

Resposta: A

IMPORTANTE:

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

536. (Auditor/TCE-AL/2008)

Resposta: B

O crime de condescendência criminosa é caracterizado pela conduta de o funcionário público deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

537. (Procurador/TCE-AL/2008)

Resposta: B

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

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A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

538. (Advogado/Metrô-SP/2008)

Resposta: B

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

539. (Auditor/TCE-SP/2008)

Resposta: D

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

CORRUPÇÃO PASSIVA

Exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

EXCESSO DE EXAÇÃO CONCUSSÃO

Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

540. (Analista/TRF-3ªRegião/2007)

Resposta: C

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Os crimes funcionais só podem ser praticados de forma direta por funcionário público. Todavia, isso não impede que uma pessoa que não seja funcionário público responda por algum desses crimes.

Pois, essa pessoa pode responder como co-autora, desde que tenha conhecimento da qualidade de funcionário público do comparsa.

541. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007)

Resposta: B

O item I está certo. Nos crimes funcionais, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.

O item II está errado. O objeto material dos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”).

O item III está certo.

IMPORTANTE:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

O item IV está errado. Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

542. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007)

Resposta: C

O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado é caracterizado pela conduta de o agente, dolosamente, entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

543. (Técnico/TRF-3ªRegião/2007)

Resposta: E

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

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• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

544. (Analista/TRF-2ªRegião/2007)

Resposta:B

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano

545. (TCE/TCE-MG/2007)

Resposta: B

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

546. (Analista/TRE-PB/2007)

Resposta: C

Consequências da reparação do dano no crime de peculato culposo:

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

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• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

547. (Analista/TRE-PB/2007)

Resposta: B

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida

A configuração do crime de concussão independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a exigência da vantagem indevida.

548. (Analista/TRE-MS/2007).

Resposta: B

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

O crime de peculato-desvio é caracterizado pela conduta de desviar o funcionário público dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

IMPORTANTE:

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

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549. (Técnico/TRE-MS/2007)

Resposta: E

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

Nessa questão, a banca examinadora tentou confundir o candidato, criando uma situação parecida com a conduta prevista no crime de prevaricação imprópria ou especial,.

Esse delito, incluído no Código Penal pela Lei nº 11.466/07, é caracterizado pela conduta de o Diretor de Penitenciária e/ou agente público deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.

550. (Técnico/TRE-MS/2007)

Resposta: C

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

551. (Analista/TRF-4ªRegião/2007)

Resposta: B

IMPORTANTE:

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

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552. (Analista/TRF-4ªRegião/2007)

Resposta: E

USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA

EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO

OU PROLONGADO

O agente, dolosamente, exerce indevidamente função pública. Em outras palavras, o sujeito se passa por funcionário público e pratica atos de ofício, sem que tenha sido nomeado para tal função.

Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

553. (Analista/MPU/2007)

Resposta: E

Nos crimes funcionais, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.

554. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007)

Resposta: A

O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir (influenciar) em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

555. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007)

Resposta: C

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

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556. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007)

Resposta: D

De novo! O crime de peculato culposo é caracterizado pela conduta de concorrer culposamente o funcionário público para o crime de outrem.

557. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007)

Resposta: B

IMPORTANTE:

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

558. (Auditor Fiscal Tributário/São Paulo-SP/2007)

Resposta: B

O crime de excesso de exação é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

559. (Auditor/TCE-CE/2006)

Resposta: A

A FCC adora esse assunto.

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

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• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

560. (Analista/TRF-1ªRegião/2006)

Resposta: E

CORRUPÇÃO ATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

561. (Auditor/TCE-PB/2006).

Resposta: D

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

562. (Agente/PC-MA/2006)

Resposta: E

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

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A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

563. (Delegado/PC-MA/2006)

Resposta: A

Para que um particular responda como co-autor de um crime funcional, é necessário que ele tenha conhecimento da qualidade de funcionário público do comparsa.

564. (Procurador/Salvador-BA/2006)

Resposta: D

CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

A (4) Abandono de função

Advocacia administrativa

C (3) Concussão

Corrupção passiva

Corrupção passiva Privilegiada

E (4) Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Excesso de exação

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

F Facilitação de contrabando ou descaminho

I Inserção de dados falsos em sistema de informações

M Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

P (6)

Peculato- apropriação

Peculato culposo

Peculato- desvio

Peculato- furto

Peculato- mediante erro de outrem

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Prevaricação

Prevaricação Especial ou Imprópria

V (3) Violência arbitrária

Violação de sigilo funcional

Violação do sigilo de proposta de concorrência

CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR

CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

C (2) Contrabando ou descaminho

Corrupção ativa

D (2) Desacato

Desobediência

I (2) Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Inutilização de edital ou de sinal

S (2) Sonegação de contribuição previdenciária

Subtração ou inutilização de livro ou documento

R Resistência;

T Tráfico de Influência

U Usurpação de função pública

565. (Analista/MPE-PE/2006)

Resposta: C

O crime de peculato-desvio é caracterizado pela conduta de desviar o funcionário público dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.

A consumação do peculato-desvio ocorre quando o bem é efetivamente desviado, ou seja, o funcionário público altera o destino do objeto.

O simples pensamento de desviar R$ 2.000,00 em dinheiro do caixa da Prefeitura não caracteriza o crime de peculato-desvio.

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566. (Analista/MPE-PE/2006)

Resposta: D

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

A configuração do crime de concussão independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a exigência da vantagem indevida.

567. (Analista/TRE-SP/2006)

Resposta: D

A letra a está errada. O crime de desobediência é caracterizado pela conduta de o sujeito desobedecer a ordem legal de funcionário público. O crime de desobediência se consuma quando da ação ou omissão. A tentativa só é possível na forma comissiva (ação).

A letra b está errada. A concussão se consuma com a exigência da vantagem indevida. A configuração do delito independe do recebimento da vantagem exigida.

A letra c está errada. Na advocacia administrativa a tentativa é admitida.

A letra e está errada. O crime de corrupção ativa se consuma quando o agente oferece ou promete vantagem indevida ao funcionário público, independentemente da aceitação deste. A tentativa é possível.

568. (Analista/TRE-SP/2006)

Resposta: B

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

569. (AFR/SEFAZ-SP/2006).

Resposta: A

O crime de tráfico de influência se caracteriza pela conduta de o agente solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

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570. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

Resposta: D

O crime de concussão é caracterizado pela conduta de o funcionário público exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

571. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

Resposta: B

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A configuração do crime de corrupção passiva independe do recebimento da vantagem exigida.

A consumação do delito ocorre com a solicitação, o recebimento ou a aceitação da promessa.

572. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

Resposta: A

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

573. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

Resposta: E

IMPORTANTE:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

574. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

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Resposta: E

IMPORTANTE:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

575. (Analista/TRT-24ªRegião/2006)

Resposta: A

O crime de prevariação é caracterizado pela conduta de o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

576. (Analista/TRE-AP/2006)

Resposta: D

Efeitos da reparação do dano (devolução do bem ou ressarcimento do prejuízo) no crime de peculato culposo (art. 312, §3º):

• Se ocorre antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade (“100% de desconto”).

• Se ocorre após o transito em julgado da sentença, reduz de metade a pena imposta (“50% de desconto”).

Essas regras de reparação do dano previstas no art. 312, §3º não se aplicam às demais espécies de peculato.

577. (Auditor/TCE-MG/2005)

Resposta: E

O objeto material do crime de peculato deve ser coisa corpórea móvel (“dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel”). Notem que bens imóveis não podem ser objeto de peculato-desvio.

Os bens podem ser público ou particular. Portanto, o Código Penal protege os bens públicos e também os particulares que estejam sob a guarda da Administração.

578. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-11ªRegião/2005)

Resposta: D

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IMPORTANTE:

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Nos crimes funcionais, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.

579. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT-11ªRegião/2005) Resposta: C

É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal (CP, art. 337-A, §1º).

580. (OAB-SP/2005)

Resposta: C

O crime de condescendência criminosa é caracterizado pela conduta de o funcionário público deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

581. (Analista/TRE-RN/2005)

Resposta: A

O crime de corrupção passiva é caracterizado pela conduta de o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

582. (Analista/TRE-RN/2005)

Resposta: C

O crime de peculato culposo é caracterizado pela conduta de concorrer culposamente o funcionário público para o crime de outrem.

O peculato-furto é caracterizado por duas condutas do funcionário público: subtrair (furtar) ou concorrer (colaborar) para que terceiro subtraia,

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embora não tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, em proveito próprio ou alheio.

583. (Procurador/PGE-SE/2005)

Resposta: A

CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

584. (Auditor/TCE-PI/2005)

Resposta: C

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL

INTERNACIONAL

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado à transação comercial internacional.

Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função

585. (OAB-SP/2005/Adaptada)

Resposta: Certo

No crime de desacato o sujeito, dolosamente, ofende, desprestigia, menospreza o funcionário público, mediante, palavras, gestos, xingamentos etc.

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Amigos(as),

Tendo em vista que a próxima aula não será do interesse de todos vocês,

encerro esta aula manifestando meu sincero agradecimento pela confiança

depositada em meu trabalho.

Na aula demonstrativa “disse” o seguinte: “Neste curso de ÉTICA NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, pretendo transmitir a vocês as informações

atualizadas mais importantes sobre essa matéria, a fim de auxiliá-los, com

seriedade, no estudo didático, objetivo e compreensivo dos principais temas

dessa disciplina... ao final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento

compatível com o nível de cobrança dos principais certames do País.”

Tenho a sensação de dever cumprido (espero que vocês também, rs).

Por isso, só me resta pedir que sejam perseverantes na busca de seus

objetivos. Nunca desistam de seus sonhos!

Ficarei extremamente orgulhoso quando encontrá-los(as) em cursos,

paletras e outros eventos promovidos pela Administração Pública. Contem

comigo, sempre! Boa sorte!

Muito Obrigado!

Até breve,

Anderson