04 arauto | sexta-feira, 24 de novembro de 2017 a música...

1
A música que é paixão e rende prêmio FOTO ARAUTO “A música é uma forma de expressar as emoções, os sentimentos. É uma forma de alegrar e encantar as pessoas. Me sinto muito bem quando recebo o retorno, dizendo que fiz uma boa apresentação. Isso é gratificante.” Com essas palavras que a vencedora do Festival Mais Bela Voz, na categoria amador, diz o que representa a música na sua vida. A vera-cruzense Bruna Noronha foi no fim de semana a Venâncio Aires participar de mais um festival e voltou com um prêmio para a Capital das Gincanas. Junto com ela, outros três artistas. Um deles, o Eliandro Seibt, também retornou com um troféu: o de segundo lugar na categoria profissional. No Festival, cada um podia escolher a canção a ser apre- sentada. Bruna emocionou os jurados com o clássico de Elis Regina “Como nossos pais”. Já Eliandro cantou “Uma vez mais”, que ficou conhecida na voz de Ivo Pessoa e foi trilha sonora da novela global Alma Gêmea. A opção de levar algum instrumento para a apresentação era de cada um, já que não contava para a nota. Bruna e Eliandro preferiram ousar na voz e utilizaram playback. RELAÇÃO COM A MÚSICA Bruna canta desde os 12 anos. Participou do primeiro festival em 2006, em Santa Cruz do Sul, e conquistou o primeiro lugar, junto com uma amiga. Depois, participou de vários festivais: no Canta Vera Cruz, ficou em segundo lugar em 2007 e 2008 e em primeiro lugar nos anos de 2009 e 2012. “Fiquei algum tempo sem me apresentar em festivais, apenas cantando em eventos para os quais era convidada. Este ano também participei do Canta Vera Cruz, no qual diversos talentos estavam presentes, e a experiência foi valiosa. Canto porque gosto e para levar adiante o dom que Deus me deu”, diz ela, hoje formada em Engenharia Civil. Assim como Bruna, Eliandro sempre teve interesse pela música. Desde pequeno foi incentivado pelos parentes e pelo pai, de quem obteve as primeiras dicas sobre acor- deon. “Nas escolas onde estudei, sempre participava das atividades. Contudo, quando fui estudar na escola Gaspar Silveira Martins, em Venâncio Aires, a coisa ficou mais séria. Primeiro veio o Coral, que era reconhecidíssimo, pois além das apresentações habituais, participávamos todos os anos dos encontros organizados pelas escolas evangélicas da região sul. A mesma situação com a banda da referida escola, reconhecida por ter disco gravado na época, e tendo apresentações por todo o Brasil e países vizinhos”, lembra. Mas foi com 16 anos que veio o primeiro convite para tocar em um conjunto. Começou no Musical Montagem, depois passou pela Banda Solamar e pelo Grupo Alma Livre, de Vera Cruz, onde está até hoje. Sempre gostou de cantar, mas de ter também contato com vários instrumentos. Atualmente, utiliza profissionalmente o trombone de pisto. O FESTIVAL MAIS BELA VOZ O Festival Mais Bela Voz é muito tradicional em Venâncio Aires. Prova disso foi a edição de número 39, alcançada este ano. O evento contou com a participação de cantores de várias cidades, em quatro categorias: infantil (até 12 anos), infantojuvenil (de 13 a 17 anos), amador e profissional. Anos atrás, ele era organizado pela Escola Oliveira Castilhos, tendo por local o ginásio do educandário. Este ano, em parceria com a Prefeitura de Venâncio, a edição foi no domingo, dia 19 de novembro, em frente ao prédio do Museu Municipal, ao ar livre. De Vera Cruz, quatro competidores marcaram presença: Bruna Noronha, Eliandro Seibt, Lennon Schlittler e Richard de Lara. Bruna e Eliandro conquistaram o primeiro lugar na categoria amador e segundo na profissional, respectivamente. Conforme o regulamento do Festival, cada candidato poderia inscrever uma música. Entre os critérios de avaliação estiveram: mais bela voz, afinação musical e dicção, ritmo e interpretação musical. Foram classificados e premiados com troféus o primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias. ARAUTO | Sexta-feira, 24 de novembro de 2017 04 Reconhecimento que motiva Bruna participou pela primeira vez do festival e já ga- nhou o troféu de primeiro lugar. “Eu acredito que toda a participação em festivais é um aprendizado. Independente da premiação ou do resultado, eu sempre aprendo muito com cada apresentação, corrigindo as falhas e, princi- palmente, ouvindo outras vozes e interpretações”, diz. “Participo porque gosto de cantar e sempre me esforço para fazer a melhor apresentação possível. Também gosto muito de apreciar os outros, pois sempre encontramos muitos talentos”, comenta. Eliandro, como é natural de Venâncio Aires, já partici- pou em outras três edições deste Festival. Mas sempre é um aprendizado. “A premiação me motiva a trabalhar a musicalidade cada vez mais e, quem sabe um dia, conse- guir um primeiro lugar, não pela posição em si, mas pelo fato de nunca ter alcançado este lugar”, almeja ele, que tem a música como combustível para o corpo e a mente.

Upload: others

Post on 17-Dec-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 04 ARAUTO | Sexta-feira, 24 de novembro de 2017 A música ...admv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/Pag...Bruna emocionou os jurados com o clássico de Elis Regina “Como

A música que é paixão e rende prêmio

FOTO

ARA

UTO “A música é uma forma de expressar as emoções, os

sentimentos. É uma forma de alegrar e encantar as pessoas. Me sinto muito bem quando recebo o retorno, dizendo que fi z uma boa apresentação. Isso é gratifi cante.” Com essas palavras que a vencedora do Festival Mais Bela Voz, na categoria amador, diz o que representa a música na sua vida. A vera-cruzense Bruna Noronha foi no fi m de semana a Venâncio Aires participar de mais um festival e voltou com um prêmio para a Capital das Gincanas. Junto com ela, outros três artistas. Um deles, o Eliandro Seibt, também retornou com um troféu: o de segundo lugar na categoria profi ssional.

No Festival, cada um podia escolher a canção a ser apre-sentada. Bruna emocionou os jurados com o clássico de Elis Regina “Como nossos pais”. Já Eliandro cantou “Uma vez mais”, que fi cou conhecida na voz de Ivo Pessoa e foi trilha sonora da novela global Alma Gêmea. A opção de levar algum instrumento para a apresentação era de cada um, já que não contava para a nota. Bruna e Eliandro preferiram ousar na voz e utilizaram playback.

RELAÇÃO COM A MÚSICABruna canta desde os 12 anos. Participou do primeiro

festival em 2006, em Santa Cruz do Sul, e conquistou o primeiro lugar, junto com uma amiga. Depois, participou de vários festivais: no Canta Vera Cruz, fi cou em segundo lugar em 2007 e 2008 e em primeiro lugar nos anos de 2009 e 2012. “Fiquei algum tempo sem me apresentar em festivais, apenas cantando em eventos para os quais era convidada. Este ano também participei do Canta Vera Cruz, no qual diversos talentos estavam presentes, e a experiência foi valiosa. Canto porque gosto e para levar adiante o dom que Deus me deu”, diz ela, hoje formada em Engenharia Civil.

Assim como Bruna, Eliandro sempre teve interesse pela música. Desde pequeno foi incentivado pelos parentes e pelo pai, de quem obteve as primeiras dicas sobre acor-deon. “Nas escolas onde estudei, sempre participava das atividades. Contudo, quando fui estudar na escola Gaspar Silveira Martins, em Venâncio Aires, a coisa fi cou mais séria. Primeiro veio o Coral, que era reconhecidíssimo, pois além das apresentações habituais, participávamos todos os anos dos encontros organizados pelas escolas evangélicas da região sul. A mesma situação com a banda da referida escola, reconhecida por ter disco gravado na época, e tendo apresentações por todo o Brasil e países vizinhos”, lembra. Mas foi com 16 anos que veio o primeiro convite para tocar em um conjunto. Começou no Musical Montagem, depois passou pela Banda Solamar e pelo Grupo Alma Livre, de Vera Cruz, onde está até hoje. Sempre gostou de cantar, mas de ter também contato com vários instrumentos. Atualmente, utiliza profi ssionalmente o trombone de pisto.

O FESTIVAL MAIS BELA VOZ

O Festival Mais Bela Voz é muito tradicional em Venâncio Aires. Prova disso foi a edição de número 39, alcançada este ano. O evento contou com a participação de cantores de várias cidades, em quatro categorias: infantil (até 12 anos), infantojuvenil (de 13 a 17 anos), amador e profissional. Anos atrás, ele era organizado pela Escola Oliveira Castilhos, tendo por local o ginásio do educandário. Este ano, em parceria com a Prefeitura de Venâncio, a edição foi no domingo, dia 19 de novembro, em frente ao prédio do Museu Municipal, ao ar livre. De Vera Cruz, quatro competidores marcaram presença: Bruna Noronha, Eliandro Seibt, Lennon Schlittler e Richard de Lara. Bruna e Eliandro conquistaram o primeiro lugar na categoria amador e segundo na profissional, respectivamente. Conforme o regulamento do Festival, cada candidato poderia inscrever uma música. Entre os critérios de avaliação estiveram: mais bela voz, afinação musical e dicção, ritmo e interpretação musical. Foram classificados e premiados com troféus o primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias.

ARAUTO | Sexta-feira, 24 de novembro de 201704

Reconhecimento que motivaBruna participou pela primeira vez do festival e já ga-

nhou o troféu de primeiro lugar. “Eu acredito que toda a participação em festivais é um aprendizado. Independente da premiação ou do resultado, eu sempre aprendo muito com cada apresentação, corrigindo as falhas e, princi-palmente, ouvindo outras vozes e interpretações”, diz. “Participo porque gosto de cantar e sempre me esforço para fazer a melhor apresentação possível. Também gosto muito de apreciar os outros, pois sempre encontramos muitos talentos”, comenta.

Eliandro, como é natural de Venâncio Aires, já partici-pou em outras três edições deste Festival. Mas sempre é um aprendizado. “A premiação me motiva a trabalhar a musicalidade cada vez mais e, quem sabe um dia, conse-guir um primeiro lugar, não pela posição em si, mas pelo fato de nunca ter alcançado este lugar”, almeja ele, que tem a música como combustível para o corpo e a mente.