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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 – opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão 2014-2015 Palestra COAF - Procedimentos e Orientações Gerais para cumprimentos às Novas Regras - Politicas de prevenção (Novas Regras para Combate ao Crime de Lavagem de Dinheiro) Elaborado por: José Luiz Munhós O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Outubro 2015 eXPert PDF Trial

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 – opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão 2014-2015

Palestra COAF - Procedimentos e Orientações Gerais para cumprimentos às Novas

Regras - Politicas de prevenção (Novas

Regras para Combate ao Crime de Lavagem de

Dinheiro)

Elaborado por:

José Luiz Munhós

O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Outubro 2015

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Prevenção a Lavagem de DinheiroCOAF - Procedimentos e Orientações Gerais para

cumprimento às Novas Regras - Políticas de prevenção

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O que é lavagem de dinheiro ?

A Lei nº 9.613/98, 12683/12, e alterações posteriores, definem a lavagemda seguinte forma:

“Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes,direta ou indiretamente, de infração penal.”

Aspectos da Lei 9.613/98 e alterações posteriores

Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e

valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos

previstos nesta lei; cria o Conselho de Controle de Atividades

Financeiras – COAF; Combate do financiamento ao terrorismo

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Estrutura do COAF

Atribuições do COAF

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AVEC – Averiguação Eletrônica de Conformidade

Nos meses de Julho e Agosto o COAF iniciou processo de averiguação, inclusive dos

profissionais da contabilidade. (400 comunicações foram feitas).

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Fluxo básico do processo de lavagem de dinheiro

Despersonalização do Dinheiro (Colocação)• É a introdução dos recursos obtidos com a prática de atividades criminosas no sistema

financeiro, na economia de varejo ou, ainda, sua remessa para países diversos daquele ondeforam obtidos, com o objetivo de ocultar a sua origem ilegal.

Superposição de Transações (Camuflagem)• É o disfarce ou encobrimento da fonte daqueles recursos obtidos ilegalmente, criando camadas

complexas de transações financeiras projetadas com o propósito de dificultar a identificação daorigem do dinheiro e promover o anonimato dos seus verdadeiros titulares.

Reversão do Dinheiro em Atividades Lícitas ou Ilícitas (Integração)• Os recursos ilícitos são reintroduzidos no sistema econômico-financeiro, integrando-se aos

demais ativos do sistema, completamente desconectados da sua origem criminosa.• Nessa fase, é extremamente difícil distinguir a riqueza legal da ilegal.

fonte: FIPECAFI

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Fonte: Banco do Brasil - Internet

Principais Normas Gerais

Lei no. 9.613/1998 Lei no. 7.560/1986

LC. no. 105/2001 Lei no. 8.072/1990

Decreto no. 2.799/1998 Lei no. 9.034/1995

Portaria no. 330/1998 Lei no. 10.217/2001

Portaria no. 350/2002 Lei no. 10.683/2002

Lei no.10.467/2002 Lei no. 10.744/2003

Lei no. 12.683/2012

Órgãos com normas emitidas

BANCO CENTRAL DO BRASIL C.V.M.

SUSEP POLÍCIA FEDERAL

COFECI RECEITA FEDERAL

SPC/PREVIC COAF

IBRACON DREI (JUNTAS).

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Aspectos da Lei 9.613/98 e alterações

CRIMES

Tráfico, terrorismo, contrabando, extorsão mediantesequestro, contra o sistema financeiro entre outros.

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Aspectos da Lei 9.613/98 e alterações posteriores

PENAS

• 3 A 10 ANOS E MULTA• Crime inafiançável• Sem liberdade provisória

•Distribuição de dinheiro e quaisquer bens móveis e imóveis

•Jogos de bingo e ou assemelhados

•Administradoras de Cartões de crédito •Objetos de arte e antiguidades

•Não financeiras prestadoras de serviços de transferência de numerário

•Factoring

•Pessoas ligadas ao terrorismo •Pessoas politicamente expostas

•Comerciantes de Joias, Pedras e metais preciosos

•Comerciantes ou intermediários de bens de luxo e alto valor

•Serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência

•Seguradoras , Instituições Financeiras, Entidades de Previdência Privada e Corretoras de Seguros

COAF – Conselho de Controle de Atividades FinanceirasAtividades obrigadas a informar suspeitas de lavagem

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Resolução no. 24/2013

Procedimentos a serem adotados pelas PF e PJ não submetidas à regulação de órgão

próprio regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria,

consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, na forma do § 1º. Do

art. 14 da Lei no. 9613/98

Art. 14 lei 9.613/98

§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º, para

as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,

competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação das

sanções enumeradas no art. 12.

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Comunicado técnico IBRACON 01/2014

SigiloEsclarecimentos sobre a reportagem "A lista das contas de brasileiros no HSBC na Suíça" publicadano site da revista Época em 27/02/2015 Coaf, Receita Federal e Banco Central prestamesclarecimento sobre a reportagemPublicação: 02/03/2015Sobre a matéria “A lista das contas de brasileiros no HSBC na Suíça”, publicada em 27/02/2015 no sítioda revista Época, o Coaf, a Receita Federal e o Banco Central esclarecem:

1. os relatórios produzidos pelo Coaf se destinam exclusivamente à utilização pelos órgãoscompetentes em suas atividades institucionais;2. a publicização de informações e dados que estão sob análise podem levar a conclusões precipitadase não contribuem para as investigações em andamento.O Coaf, a Receita Federal e o Banco Central, instituições que detêm as informações divulgadas,informam que estão em curso providências para apurar responsabilidades. Além disso, os fatosforam comunicados à Polícia Federal para os devidos fins.

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Serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ouassistência, nas seguintes operações de:

I. compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ouparticipações societárias de qualquer natureza;

II. de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;III. de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores

Mobiliários;IV. de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações,

fundos fiduciários ou estruturas análogas;V. financeiras, societárias ou imobiliárias;VI. de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades

desportivas ou artísticas profissionais.

Política de Prevenção

PROCEDIMENTOS E CONTROLES MÍNIMOS:

I. Identificação e realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demaisenvolvidos nas operações que realizarem;

II. Obtenção de informações sobre o propósito e a natureza da relação de negócios;

III. Identificação do beneficiário final das operações que realizarem;

IV. Identificação de operações ou propostas de operações suspeitas ou de comunicação obrigatória;

V. Mitigação dos riscos de que novos produtos, serviços e tecnologias possam ser utilizados para alavagem de dinheiro e para o financiamento do terrorismo;

VI. Verificação periódica da eficácia da política adotada.

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Política de PrevençãoPolítica:

a) Deve estar formalizada em manuais e aprovada pela autoridade máxima de gestão;b) Deve prever a seleção e o treinamento de empregados;c) Deve disseminar o conteúdo ao quadro de pessoal, institucionalmente;d) Deve monitorar os trabalhos desenvolvidos pelos empregados;e) Prevenção de conflitos entre os interesses comerciais e empresariais e os

mecanismos de prevenção a lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

OBS: As obrigações previstas acima, não se aplicam às pessoas físicas e às jurídicasenquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLESNACIONAL.

Política de Prevenção

Avaliar a existência de Suspeição nas propostas e/ou operações de seusclientes, principalmente:

a) nas incomuns;b) nas que as partes envolvidas levantem suspeitas;c) que os valores chamem a atenção;d) forma de realização;e) finalidade;f) complexidade;g) instrumentos utilizados; h) falta de fundamento econômico ou legal;i) outras.

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Cadastro de clientes e demais envolvidosDados e documentos mínimos, para clientes ou demais envolvidos:a) Pessoa física;b) Pessoa jurídica;c) Registro do propósito e da natureza da relação de negócio;d) Data do cadastro e atualizações; (Revisão a cada novo negócio fechado

art. 5º.)e) As correspondências impressas e eletrônicas que disponham sobre a

realização das operações

Relato dos procedimentos e as análises quando da existência de dúvidasquanto a fidedignidades das informações ou evidência;

Obs: Atenção as pessoas politicamente expostas.

Do cadastro de clientes e demais envolvidos

I. Garantir o entendimento da composição acionária e a estrutura decontrole dos clientes pessoas jurídicas, com o objetivo deidentificar seu beneficiário final.

II. Na impossibilidade de identificação, deve ser dispensada atençãoespecial para aceitação ou não do negócio. (Julgamento e risco doprestador)

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Do registro das operaçõesI. Manter registro de todos os serviços e operações que realizarem,

contando no mínimo:a. Identificação do cliente;b. Descrição pormenorizada do serviço prestado ou da operação realizada;c. Valor do serviço prestado ou da operação realizada;d. Data da prestação de serviços ou da realização da operação;e. Forma de pagamento;f. Meio de pagamento;g. Registro fundamentando a decisão de proceder ou não as comunicações

ao COAF e da suspeição nas propostas e ou operações, com as devidasanálises.

Das comunicações ao COAFsituações suspeitas que devem ser analisadas

• Operações incompatíveis com o patrimônio ou com a capacidadeeconômico-financeira do cliente;• Operação que não se consegue identificar o beneficiário final;• Constatação de informações falsas pelo cliente;• Superfaturamento ou subfaturamento

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Das comunicações ao COAFsituações suspeitas que devem ser analisadas

• Operações que tem cláusulasincompatíveis com o mercado;

• Tentativas de burlar os controles eregistros exigidos pela legislação deprevenção a lavagem do dinheiro e aofinanciamento do terrorismo.

• Quaisquer operações suspeitas quetenham correlação com lavagem dedinheiro ou ao financiamento aoterrorismo.

Possíveis simulações:

• Fracionamento;• Pagamento em dinheiro;• Cheque ao portador;• Outros meios;

Das comunicações ao COAFsituações que obrigatoriamente devem ser comunicadas, independente de

análise ou de qualquer outra consideração:

• Qualquer operação que envolva valorigual ou superior a R$30.000,00 ouequivalente em outra moeda, emespécie , inclusive a compra ou vendade bens móveis ou imóveis queintegrem o ativo das pessoas jurídicasde que trata o art. 1º.

• Qualquer operação que envolva valorigual ou superior a R$30.000,00 pormeio de cheque emitido ao portador,inclusive a compra ou venda de bensmóveis ou imóveis que integrem oativo das pessoas jurídicas que trata oart. 1º.

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Das comunicações ao COAFsituações que obrigatoriamente devem ser comunicadas, independente de

análise ou de qualquer outra consideração:

Quaisquer das hipóteses previstasna Resolução COAF no. 15

A resolução trata dos atos deterrorismo, organizaçõesterroristas ou seu financiamento.

Listas de pessoas que supostamenteparticipam da organização Al-Qaida.

Art. 11. Não identificação de situações

• Não havendo identificação de operações enquadradas dentro dascondições obrigatórias , as pessoas físicas ou jurídicas que devem declarartal fato ao COAF até o dia 31 de janeiro do ano seguinte.

• As declarações devem ser feitas em meio eletrônico no sítio do COAF, noendereço www.coaf.fazenda.gov.br

• As informações fornecidas ao COAF serão protegidas por sigilo.

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O que é a figura do “Usuário Responsável” peranteo COAF?

O “Usuário Responsável” é o sujeito encarregado de manter o relacionamento

da pessoa obrigada com o COAF, cabendo-lhe ainda a incumbência da

prestação de informações. Essa pessoa também desempenha o papel de

administrador do SISCOAF, incumbindo-se da criação e manutenção dos

demais usuários e atualização das informações da instituição. É vital que os

dados do “Responsável” estejam sempre atualizados no SISCOAF.

Quem pode ser o “Usuário Responsável” perante oCOAF?

O “Usuário Responsável” deve ter vínculo formal com a empresa e

competência para atuar como interlocutor da pessoa obrigada junto

ao COAF, cabendo-lhe, ainda, a incumbência da prestação de

informações.

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Art. 13. Guarda das manifestações

Os cadastros e registros de que tratam os arts. 4º. E 8º., bem como as

correspondências de que trata o art. 4º. devem ser guardadas por 5 anos,

contados do encerramento da relação contratual com o cliente.

Vigência

1. A resolução do COAF entrou em vigor em 01.03.2013.

2. Norma CFC determina a vigência a partir de 01.01.2014.

3. Os enquadrados devem efetuar cadastro no site do COAF.

4. Deve haver acompanhamento permanente no site para identificação de

novas normas e exigências.

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Ações geradas em 2014

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Gerenciamento e Riscos

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Ações geradas em 2014

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Cláusula do contrato de prestação de serviços ou aditivo

Considerando que de acordo com a Lei n.º 9.613/98 e alterações posteriores;e a Resolução CFC n.º 1.445/13, os profissionais da área contábil devemesclarecer aos seus clientes os propósitos da Lei e da Resolução, que dispõesobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; aprevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nestaLei, e que caso hajam evidências de operações que se enquadrem nasnormas, estas serão comunicadas ao COAF, pelo escritório, resguardado odevido sigilo determinado na Lei.

SUGESTÃO DO INSTRUTOR

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BibliografiaFERREIRA, Aurélio Buarque de H. - Novo Dicionário Aurélio da LínguaPortuguesa – Positivo 2004http://www.aicpa.orghttp://www.fazenda.gov.br/coafhttp://www.fatf-gafi.orghttp://www.coaf.fazenda.gov.br

CONTATO:

[email protected]

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