0 interesse nagional - o governo dos outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr...

16
0 INTERESSE NAGIONAL CAMARA DOS SENHORES DEPIITADOS

Upload: truongcong

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

0 INTERESSE NAGIONAL

CAMARA DOS SENHORES DEPIITADOS

Page 2: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

0 sr. Fe~reira de Almeida: - Quando no snbbado passado foi presentc a osta camara, c c n t ~ ~ o t ~ em discuss%o, o project0 do lei auctorisaudo o gorenlo a referendar a convenqLo corn a Inglatc~ra, .z respeito d . ~ uossa proviucia de Noqambique, insc~cvi-mc a. favor (10 inesmo projccto, a, cabcndo-me a palarra, dcsisti d'clla, pol circamstancias que se dera~u cnt31), e cspliquci.

Inscrcvi-inc a favor) porqt~e cntctndin, e entendo, que de- vin scr dada a ancioris~gLo pedid:~, pclo governo, porque n30 era umn innovagLo, e porqui:, qunndo o fosse, as con- d1q8cs do paiz eui~riam, que se evitasst: qi~xnto possivel ULII 9 debate, quo as pa~xiics publiais, m:tl orientadas, poilia~n perturbar por fcirma, incoin-enicnta, jd para o nosso socego interno, j6 para as nobbas ~clapi;cs csterl~ns.

Quanta s o tratado em si posso dizcr, pcl;t minha pnrte, e crcio que por pnrto dn camnra t~cla, ~ I I C UAO foi sppro- vndo, ~ u n s ncccitc, por issc quc collvc:uy3c-, d'estn. ordcu, feitns comnosco, ou coln qnslqncr onlro pniz, yuer ellas derivem dn acpao diploii~;~tic:i, qncr sejam o resultado fa- tal depois dn luctu pelas :lrlrlns, spio sclliprc iuais on me- nos uma capitulng2o, quc 6 fbryoso nccoitnr pnrn cvitar malca maioros.

Scrin isto qne ctr dirin ent:Co, sc tivcsse usndo dn p l n - vm, c acrcsccntn~ia, qnc as yuc sc dehvaneecm aindn corn o sonho dn arbitragern intcrnncionai, t t ~ ~ i n m yorvcntnm nm:L terrivcl dcsillus~o, cotuo a quc ou pruvi em 1885, i~uaiido consmlli trcs scssiics dn cam:Lra irstnnrlo dc assum- ptos colonines.

Dish(? e a euiso, qnc a ildSSx rcsis tc~~ci :~ :L rcstringirmos o

Page 3: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

4 - nosso dominio coloniaI, B relap20 q11e c1eVe haver entr importancia d'esse dominio c os nossos mcios do ncr;;"lo, . dia fazer com que as outras nnqbcs, sequiosas d c xner dos para os sens productos, procurassem por ulna FGr mais ou menos regu l :~~ , on nttc irregular, colno n ~ i s f i ~ e n n'ontro tempo, apoclcrar-se do qne era nosso; e acresct tei, que, se recorrcssemos ri arbit~*agem, q ~ ~ a l q i ~ e r congre: europeu, em vcz de nos fazer j u s t i p , poilin fazes des logo a partillla dos no5sos clominios, cntre as 11apl"jcu q u e compozcsscm.

Dcliuiei ~nesmo a fdrmn promre1 d'cssn partillla, pt. qua1 Gcaria Jlacau f~ Fmnpa, por scr n111 ponto importa tisei~no no c o r q i o ds CIliua, paten. quem possuc o Tonki Tinlor A Hollancln; I\lo~nmbiquc no todo ti Ingla!erra, (

pnrte a Inglntcrm, A Allcmsnhn, c 6 Italin; n Inclia, ilhes do Golpho d l Gain&, Ajnc1:I e a JIadci1.a ;i Iugl t e r ra ; as ilhns dc Cabo Vcrdc d Italia, conlo ponto (

cscala da aua na~cg.e$io para :I. America do Snl ; Ango seria dcclarada indcpendeutc, para formar con1 o Estac Livre do Congo, a confedcrag20 da Africa rneridiosal; (

Asores aos Estados Unidos, etc. E tambem disse que 1150 mc admirnria, se osse coi

gresso acabasse por nos ceder a n6s ~neslnos ri I-Iespxnhr para nZo importunnrmos as chsnccllarias coln as nossn reclamayu"es c protcstas !

Justifica-se ebta l~gpoihese coln a pnrt~lha da Polonia e ainda coln o nbnndono em qnc se cncontrotc a Yina marca em 1866, amengada, c depois es~nngada pels colli g a ~ l o da Prussia e da Austria.

Como referin na outra oasa do pa~*la~ncnto o digno pa o sr. Costa Lobo, a Dinn~nal*ca reclnrnou cont~*n similhan tea violencias junto dns cl~ancellarias cstrangeiras, c esta: limitaram-sc a protostar, mas deisarsm 1:onsnmmar a vio lencia,

A partilha a quc, acnbo do rofcrir-me foi indicxdn por mim ell1 1888, na longa exposig8o em qne consun11 tres sessFes; mas vi qrle se ligava tho ponco intcresse a estas quest6es que nno tive coragem, francnmeute o declaro, de rever as notas tnchygraphicns para scrern publ~cadas na intcgra no B i a ~ i o clas scsa?es.

Pnblicaram-se uns estra-tos qnaesqner, qne tnrube~~l n8o revi, e sairam por isso i1.r~gula1,c.s e deficientes.

E m 1888 nprrsentei ainda um projacto de lei, ten~lo por f;m a ~ c t o r i s a ~ o govel-110 :L ft~zcr m a opemq5o de concen- trasEo colonial coln Timor, A.jud& c GuinA. 0 yrojecto foi

5 - admittido, o enviado bs commiss8es, onde jaz,, c creio mesmo q ~ l c a lllaior partc da cainnrs niio teve conl~ecimento d'elle : a p r a , porSm, quc as concli~Bcs de rcla$io do nosso paiz coln os no;;sus domiuio,s e s t h cad3 veb ern sitnaqbo mais grave, ~~arccen-me qne, ern vez de aj~resentar urn proje- c ~ o qnalqncr, precedido de unl relatono que o justificasse, que eu 1170 leria pars nKo tolllar tenlpo rl camal'a, o que os mcus collegas, naturalmento, n%o lerialn tarnbem do- pois, dcvia aprosentar uma proposta, fundamentando-a, coin nma esl>osir?io lnais ou mcnos larga, para quo fosse onvida, quar pelos qac a.possam apoia~ , quer pclos que a possan~ coutrariar.

0 piwposito el11 quo cu estava clu trszcr A camara ulue proposta hccrcn da alienayho de hloqnmlriq~tc, tcln sido an- nunciado po!os jornacu, c por ibso a ~ama1.i~ peri~littir:i, que CU mc: raltin il:% ospo>i9:io il'c;;scs jornacs, no qac olles cun- tG~m, club jdstifiquc os nroub yropositos.

C o m ~ ~ n r e i a minhn er l~osi~: io por.uln srtigo do h'cculo du 10 clo cowcntu, artigo assign:;do pclo sr. liodrjguos dc Froitas; o trccho innis frisentc pnrtt a questgo quc me OC- cupa 6 o scgaiuto :

((8 pulitica colonial consinus, pois, no seu crrado cami- nllo. 115 poncod auaos ainda, oo pobres sonhos vIos do UIII

i~>ri,c:rio cololisill e :b altivce pcrantc n Grt~n-Bretanha. Hoje -- 1- - :\ sob111iss50, uuida a pesidissimus cncargos, quc todo8 cllcs hXo clo servir para faciiitar n crcsccnte influencia da luglaterra 110s territories quo aindn se chamam uossos. Trenloa perdendo ;\Io~aubiyue, tci~nando senlpre em affir- mar quo i? riquissimo c quo dc 16 nos lldo do vir graudcs reoursou. Aconteccr-nos-ha provavelmento peior do que na India. Abcrt.w todns a6 vias d c columunic~g%o aos ingle- zcs, protcgidos por 116s os seas missiouarios, francos A sua marinha os scrviyos de pcqucna c gm,mdc cabotagem, es- tabclecidos no Chinde sen1 incsmo sc ~ ~ ~ a r c a r no convenio a superficie quc sc 111~s concedc, aperfoipoada por n6s a viay5o quo 11% de servir princijiallaentc ao trafico entre a esphera britannica c o litoral, tendo n6s tatnbcln de fazer desl~czas do aeguransn, jnstiia, cto., e havendo probabili- ditdcs, cpxasi ccrtczn. dc que quaesquer codictos ser9o re- solvidos & seu favor.. . que fic&mos a faxer n'uma g a n d c parte do blo~anlbiquc, sen30 desempenhar ~ l u papel rnuito car0 de subordinados cffectivos, c cle ridiculos senhores?~ E; corno refor50 a tiio iinportsntes observag?es, o mesmo

jornal, no seu nnmcro de hoje, cm artigo assigllado aindn. pclo sr , Rodriguus dc F'reitas, aprcsontando a ernsura de

Page 4: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

(i -- JoIo de Barros tl conquista clilatnda em qnr: no scu tempo andavamos cmpenhndos, colnmcnta cssn censura, pela ftIrrna que vou lcr :

r u m gr:mde fundo clc bom scnso haria n'cstn branda critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 mcnor crro o dcsproporcional-as tanto 80s recursos cfectivos, quo cstes se dcsperdiccm, e aqnellns sc; enfraqucpam tanto rolativa- ~nenta Bs viliinli:ls, quc sc arriscn s fi~zcniln o a honra ;L prejuizos e a descl-ed~tos,),

0 caracter cspccial do jornnl, o n auctorldade do cam- lhciro quo assigns os artigos dc clue acabo de ler uns trc- chos 4 camarn, d2o-lhe o logar de honra na ordcrn dos argumontos, con1 qoc pretcndo Jastificar a proposta, quc vc- nho aprosentar :i camarn, :iccrcn da xlienay,:io da provjn- cia do AIo~alnbiquc:

Estcs artigos tGcin, C O I ~ refcri, a, enorlnc auctoridai(c clo st-. Rodrigncs clc Frcitas; rms, como so isto nXo bas- tasso, 6 do recentc data. uin artigo de ontro jornal, quo toin umn auctoncladc especial no assumpto, por tcr como dirc- ctor politico o sr. conselhciro Antonio Enncs, quc ha pvuco deixou clc gcriv n p:~sta clzs calonias.

LC-sc no Din? do 3 (lc jauho : ((As l ~ ~ ~ o l ~ r i a s nn(:iics ricns e poderosas teem mcdo dos

encnrgos dn sobcrania coIonial, c ntis, qnc estnrnos cstor- quindo li nossn pobrctz~ 4:OOn a 5:OOO contos por anno, quo en1 boa partc so consoinem st) na guardn c rcparapIo dc cstcrcis padriios de gloriss avoc:ngas, nzo dcvcmos fcs- tejar como s o ~ ~ t o grnildc a acquisipXo ou a conservapXo d c globas altm~u;irin:ts, clll q ~ ~ e sejam certos c im~nediatos os gastos (la lnvrn c sc~nciit~!irn, e tardios, quando 1150 dnvi- dosos, os lncros clas coll~eitas. 1)

Tcnllo ainila quo aproscntar rnais dois cloci~rncntos para justificnr, pcrnntu n cainara, n resolu$io quc tomei, dc: apresuntnr nmn qnestEo, para m i ~ n antiga, constituindo o pcnsn~nento mnis don~innnte do mcu esl~irito: c eu nxo vi- ria ton la^ tol11p0 il cnmnrit, so nbo 1110 achnsse ani~nndo por opiniaes t2o im~~ortantes como cstns, que t2o inanifcsta e clarnmclltc justificam o Inell modo clc vcr.

0 primeiro docnmonto 15 n rcprcscntng%o da associaq80 commercinl do Porto, contra as bnscs do tratndo de 20 de agost0 (10 auno passado, n cclebrnr corn a Inglaterm.

N'eesa represcntay20 &a-sc; ((0 convcnio 6 a ruins in- fallivel do nossu com~ncrcio africano.

. . . . . - . . . . . . . . . . . * . I . . . . . . . . . . . . . * . . . . . . . . . . . .

((Fechada a explorag30 dos tcrreuos aurifcros dc Ma- chona o JIanica, occ~~l)adas ns regiiios mnis fcrtcis o sa111- brcs como os districtos d c DIacol~go c Sanhati, nucleos in- companveis d r actividaclo c irradia~Bo colonisadoral vccla- da cln toda a linhn a espans2o parn o interior, como aodcrd P o r t u ~ a l dcscnvolvcr a sun a c ~ s o prodncti\-a c be- c, <

hofica n7um paiz longiquo e selvagcli~ elu quo n prcspcriJacle colonial O iin~ossivel scin o estabelccilnento do cstaqiics privilogindas, *llelo climn o pcln riqnezn, onde sc iiso o ponto dc apoio neccssario par:^ o d c ~ e n ~ o l ~ i n ~ e n t o do com- mcrcio e da populn$o?

~(I i~sis t i r na darnonstrapiTo dc quailto cstc rogimc.n ser&, fatal ao descnrolvil~~cnto clo nosso comnlcrcio, qunnto ello augmcntarli os oncargos e sr~r:rificios quc as coloniiis tGcm custado Q mctropol~, coino n iadu.;trin ngi:iona,l ficar:b iscn- ta dc toda a protccgso n'aqnillo rncsmo que ironicamcntc continnarh a chamnr-se noz60, 6 inutil tnrefa.~)

E parn que n demonstmcRo fiqac comrrlota, at6 vom em auxilio dos mcas propositos, a 13csposta iindn. pelo paiz no manifesto cnl quo era convidado a snbscrcver para um ft~ndo do dcfcza nncional, dizonclo-so n'csbc manifesto, qno n RC prctendeu quz as: S U ~ S C ~ I P $ ~ S fo~sclu uln conlo l'lcl~is- cito, en1 q11o toclos or l,ortu$:.uczcs ilcclnrn~se~n o scrl pro- testo dc conservar lcvantaclos os alt~vos pndriies da sna historia maritima e colonial, qne 630 n uln tcmpo incmorias cpicas e esperan~ns risonllas, c qnc rccorclando A cirilisa- 930 o que por clla emprchendcmos, qunl~do eramos foi.tcs, devialn obrigal-n hojc a ncudir pcln ~losrn fr;~qaoza*.

E, 91.. presidcntc, cssn subscripyho~ cl~rc so traduz por urn lado, cm rclag:o aos quo n ella. coricorrcram, n'uina dc~lionstrng?~~ vira dc uin 1critnt:~do sentimci~to pntriotico, 6 certo que no scu conj~mcto, 1120 correspondo n, cssc plc- biscito, qnc sc pretcndeu oltcr, pois q~llc o maxima a ~ I I C

l ~ ~ d e r 6 attingir tJ n cikn dc 400 contos dc r&! Om, scndo 8 populag80 do pnix clc cjnatro lnill~iies c weio clc habitan- tcs, e l)o(lendo considerat-sc, quc nu^ 1nilh3o scjn a pnrtc pensantc, srti j u ~ i s , rcprcsenta xquclln cifr:~, apcnas um velho cruzado, por cabeya! !

W3o me pnrccc, portanto, quo o ralor n'ostn snlscrippilo ou o qne clla podcda ter dc plebiscitnriw, correspondn Bquillo qne dcscjariam, c dqsqjnm tndos aqnclles qnc, conlo cn, concorrcl.am para clln.

Mas par ultimo, ha ninda or~tro cloc~uuento, frisantt. en1 nbono da lninlla proyostn; 6 (J 1tart:ccr Reercn do conw- nio coin a Inglaterra: al,rescntndo 11:1 cninara clos digtlos

Page 5: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

8 - pares do reino, assignado pelo sr Barbosa du Bocagc, qcte foi, pdde dizer-se, o ultimo negociador do tratado.

X'esse pareeer diz-se : aAo cab0 de porfiada lucta tivcmos na v e r d ~ d c de SCL-

cri$ccsg. oos i?~teresse$ dcc G~l'n~z-Un&znI,a a2~1ans te?v-itorios a pue Portuyak julgu f e r Zegitlnzo direito e dc cunsentir tambem em beneficio d'aquella potencia ~ r ' a l ~ u ~ ~ ~ n s restvi- @es ao exercicio da ~ ~ s u sobn,ania.n

E m presenpa dns condipijes expostas e apont:tdas por auctoridades t k onsnspeitas, pergunto eu naturalmente, colno o sr. Rodrigucs clc Freilas, o que fic'amos a fazer na nossa provincin de Mo~ambique? Demos tcrritorios quo representam 300:000 1;ilometros quadrados ! Isso seria por- ventwa o menos, clesde que de facto em parte i ~ a o tinha- nlos ali occupapZLo bem definida; mas cerlelnos direitos da sobcrania !

Repare v. es..' que 120 sou etl que o digo: d I I ~ dos plenipoteiiciarios, quc tmton corn a Ingltxterra, quo o af- fir~na.

No conyenio, qua tivcl~los clue acceitar, ccdemos dc di- reitos de soberanla, e ficanlos com'os cucargos de inelho- raniantos, dc toda ,z ordan~, mais para bencticio da Ingb- terra do que paria nosso.

&s o n~ais i~l~~~ortanlc . & qno CO~L?LUOS o 111ais notavel dos direit08 soberal~or, quo UIII povo pljde exercer sobre 0s seus dominioa, o (la tnk~nt:iq;o!. . .

Desdc que deix2l11os li Iilglnterra o clrrclto cle retnir o imposto de tmn,sit,o, o unico que ficava aind;~ dando umn certa garantia do protecpiio nos nossos productos, rcrnido que scja, deisarh ~ o ~ a r n b i q u c zxpostn, fL inundncko do> productos inglwes, corn que n8o poda~nos conconor. . 0 que fichmos, pois, fazendo em Nosambique? E'icBmos sendo o guarda-portb dos dominioa cln Inglnterra, d merci? dos seus caprichos, e solrecarregados ccm o oncargo de obras dispcndiosns, quc sG a olln aprovcitnlll.

S6 o caminho d c ferro 'lo 1)11ngue, de urn percurso dc 300 kilometros, que em via reduzida sc podem calcnlar a 20 contoe de rdis por kilonletro, represents urn encnrgo de 6:000 contos de rbis, ale111 do que rcsulta dc estradas, linhas telegraphicas, etc., palx quc terelnos apcnns coruo receita certa, o milhzo cstcrli~lo d : ~ renliss2o (10 imposto dc transito, cniudo toc10 o comnlorcio, aindn qrie 1imit:lclo gue temos corn n colonia, e passando toda a Baa exp1ora.- 950 e vantagens para a Inglaterra.

9 0 ~ esta 1'3~30~ aniluado pelas opinisoa quc apre"entei

9 --

ii uamam, tcnlu, ;L hollrit dc mandar para a mesa o se- bwintc projecto, clc lei :

CtArkigo I.n X 0 g - ~ ~ ~ r r ~ o dtl~toi'isi~d~) it ~ L S S ~ ~ U L G P e ratificar unl convenio, tando por iinl J ~ 1 i ~ n ~ ~ : I u (106 nobbos domi- nios na costa oriental de Afnc:~ r a justificac;$o d'estc artigo cstti ft:itn pelas con6idcra-

giios quc acabci de fazcr. ((Art. 2.O 0 govern0 cousignar:l n : ~ c~,n\*cvyXo cel<?bradit

no artigo 1.O, que (1s nohsos dolnillios 11% costa occidental cle Africa tr.rXo por l im~tc oriental o crlrdo do Biu~rbcze, at& B aurr lign@o coin s fronteira sudoesto c oeste rlos estadog livrus do Congo. 8

&to nlstigo 2.", quo pnreco nTto tcr iat,ilus rcla~ao cum o I.", 6 uols quest30 cap it;^! pala nLs. 0 con\-erljo dcis:~ em nturfo nXo s(; p:lrtc da frontc'irn. ocslc clc Jloysn~biqlle, mas, o qnc & poior, a fronteira lcsto (to J ~ I I ~ O ~ : L , C X ~ J O ~ ~ U - nr,s a quo no* possam cortar I i ~ r ~ o s tal11Gci du tcrritorio, nn maia q i ~ c proble~nntic:~ deljmit,l.l;.lo do territorio do Barotzo.

A uinha propost:$ m:~rca.nilo a irnnt12ira oriental c!e An- gola no Za~nbeao, adopts u1u:r linhit natural G cllefirlida dc f i . ~ ~ t ~ i ~ ; ~ , Ji\rl*~ de conte:,tiqij~s 11 huLt~lezLl:,, u clnc b iia- portaate e indispensavel pnra a. ox:sp!oritq30 s ~ r c n s cyl'nquel- las regiac.3.

cArt. 9 . q ~ uolnpensapjes pac;nni:aria~ q~ru ~ C P ~ V ~ L I I I CIA cxecu@to do srtigo 1." serso app1ic:~das :i :iolortisapho da divicla p!iblica iuterna, orr, en1 partas igunca :

cctc) A collocarZo do cab0 xubmarino pnr :~ oL: Aqores, 4s astradas o lev,zd:ts da illla da Xadelrn, li l)hi~~~olagem o cs- trsd:~s das ilhas .do Cuba Vcrd~t, S. T l ~ o i n ~ l c I'tin(*ipc, dti linhaH forread do ilnlbnca a C:~ssange, u (113 Ueng~~el l :~ a B3ossarncdes por Caconda no Bih6.

d E ) Ao fon~erlf,o industrial c a+ricol:t ? cnl P ~ ~ t l l g : ~ ] . ((Art. 4.0 Fica re\.ognck~ a I c g ~ s l n ~ l o vrn contmrin. u Coma s. ex.dS V ~ C ~ L , dctcrtniuo :i applicil~30 C O ~ U nlter-

nativa; na amortisa$io da dividlt intcri~n, oa no fomcrlto rla agricultura c industrias nacion:les, c protucpT~o As diffe- rculca localidadcs: quc mais ou lncnos ;Ltravessam criscb, que o govern0 torn dc debollsr, c rli~c lcgitimnmentc re- clamaq os bcnclicioc, qne no p~-ojacto so iudicnm, corn cle- lnentos de folnento iad;recto & sun actividadz ngricola c cominerci:rl.

Parece-mo quc uln oabo b~~bni:~rino entw Lisboa c o., Acores 2 uni ruclhornnlect~ ncc~isar io e importante; ncm st. compr~11r:ndr: a ras3o pcr ~ - 1 c ebtc mtslbo~,zmonto R>O

Page 6: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

estcja realisado, llavcndo cornmunica~3os tolcgrapllicns corn as mais longiquas provinci:~~ uItrarnnrinas.

Parccc-me justissinlo, c at& uma questzo d(. pri~neira or- dcm, porquo C um:a qucstzo soci:J, nttzndt;r As condic;o"ch em qua so encontra a ilhn il:~ lI:idcira, rcprcsl-atando o niclhoramcnto pl*opobto urn3 s;ltiht':ly%o inndinvcl p:wa aquclln illla, qnc inuito contribnir;l para :t sua psospcri- dadc cconamica, c portailto parn contcr ali urnn popr[lnc;to quc tondc a olnigrar dl: nmiL xnnncirn dcsgmcada. ,

As ilhas de Cabo Veldc c S. Thom6, q u ~ , conlo a cn- nlsra tor& 0ccasiB.o clc vcr no corrcr dn millha cxposiy30, reprcsentam a s nossas colunias mais prospcras, ticin o iriitis lcgitimo dircito a scrcm ansilindas corn a construcyRo cle estmdas, c pharolagc~li (Ins huas costas, pnra faoilitnr a na- vngac;%o, c scr port:into lucnos oncroso o imposto do scgr~. ro, o quc tudo tends, conlo st: vi., :lo fonlcnto agricoln e commercial, e por consr:qucncia ~ndnstrial, nncorrclny?~~ quo t2cm ostas func$ic.s.

0 prolongnincuto do cnininho dc fwro dc Ambnca a &In- lange c Cassnngc, r c c o m ~ ~ ~ c ~ ~ d n - s r , qunnto possircl, talitu com~ncrcialmc:ntc~, coma llclo lado ngricola c politico.

SJto mc alongo cin considrr;lqtus yur:t justlficur n ncccs- sidndc dt? cstahclccer o ratnil1110 dv f'cr~u dr: Nos~amcdi s ao plnn'alto. h s n ncccssidadc iili jti nqui rcco~~hcrida, qrtnndo rc votoo o rchl~cctivo pr~jccto.

A coqvenicncia dl? un! cnminho dc! ferro, quc cZc Ben- gilclla sigs tninb(m parn e,sc plan'alto, 6 igunlmcnte reco- nhccitl:~, o npcnas as di~iculdacles tjunncoiras iCcm in11,edi- clo a nprcs(:ntac?~o dv urn p~sojccto n'cssc scntido. 0 scu prolongnn~cnto dvpuis, nth no ljihi., d po!iticn c con~mcr- cialmcn to rccomlncndndo.

0 s mclhornmentos ay~ontados represcntrun o fomenlo agri- cel:i c comncrcinl 110s clominio:: qne nos fic:tm; o foment0 agricola c indo!,tsinl ern Portugd, (1criv:lrh ilos s111)siilios direc~os ou indircctos pol. mi?io dc pl-cmios dc qixalidnde, c dc quantiilndc clc producy~io, 0x1 por incio dc snbsiclios a estabcleciincntos, qucr4 cconon~icos qncr psoductores; strbsidios cstes cjuc snirho do rnldo do? ellcargos ~*esgxt:t- dos pel:^ nmortisn~.:io d ; ~ divic-ln pnLlic:i, pclo todo, ou pcla partc clos r:~lorcs reali~ados, o qnc pcrmit,tipi, nos productos da nossn a,yricultar.z o da ~ ~ o s s a industria, absorver em pro~c i to proprio, o largo a~ercado, que os prodnctos cstrangciros nncioi~nlisndos cncontram ilas nos- sas colonins, nintl:l n'aqucllas CIII yuc o ncssb cernn~ercio tc i l~ a protegcl-(I o dircito diflcrcn~~isl [la baudcira, e com-

mercio estc, quo s6 no artigo a lgo~l~c i ; manr~factur~dos 6 snperior n 1:200 contoi; dc rJis! ! !

Portauto, on a applica~Wo se faz pels ainortisap?io (la divida publics intcnla, c cstc nnmcrnrio quo sc 1 a n p no n ic rc~do vae coastituir as enll3rczas prccisas para a, exe- criyRo (10s inclhoramcr~tos propostor;, a miiior pnrte dos quacs podem ssr en t rc~acs :i inlciativa particular; ctn i: o estndo que, absorvendo em pmte as ~*eceittrs proreuicntcs d'csta opernpZo, fa15 os rcspcctivos mclhornmcntos.

Sr. prosidcnte, en sei qaaoto 6 ingrata tuna pro post;^ d'csta natureza, na sua prilneirn impressyio no espirito publico : mas v. ex.% c a camnm podcm comprchcndcr, que reprc- scnta no mou espirito nma couricy2o t fo profunda dc ut.i- lidadc pnra o paiz -urns mcdida d'csta ordcu~, qrie nno Ilesito, o clcsc~~lpc-se-rnc o qne possa hapcr nicst;r, nffirmny,?~ de immodcstia,-em sneriiicar o boln conccito qrie ten110 no publico, Li malcrcnpa, quc nccessarialncnte se vae lcvantnr contra mim, pela nprescntagZo da referidn propostw, em- quanta 1120 fur coinprchcncltclo o scu alcancc util pnra a patria, nas snas eondl~ijcs ile clignidailc, e nns snas c o ~ ~ d i - 98cs economicas.

Para complctar a jnstifica~80 dn niinha propostn passo a annlysar as concli~iias cln cjuc Portugal se encontra pal% con1 ns suns colollins sob tres pontos cle rrista:

1 . O Dcsignnldnclc dos scus clomi~iios ern rclapAo Q sua area continontnl, c recursos, coiupnrados coln a area cont i- llcntal e recursos das outras napiics coloniacs.

2.O Historin dc todav as :tlicnn$cs colonincs que conhc- GO, as condi~8ca el11 qnc fornil~ feitas, c fi utilicladc quo d'cl- AS derivou.

3,0 Condi@es de rclnyXo cclmmescial cm qnc csth Por- tugal con1 cad& uma dns suas ro1oni;ts: o quo rcpresenta a vikrlidadc d'cllas, c utilidado pa.ra :t pntria, c qua1 devc sor, portanto, a oricnta$?o qnc. prccis2mos tomar n sen rcspeito.

I'odcrc:n~c,s conside~ar cumo scndo cinco npcnas as n:i- r;Gcs propr ia~~~cntc cham ad:^^ coloninrs peln grandczn dos scas dominies.

Das nay."ocs proprian~cnte cllnmadns colonincs cst:i cm yrimciro logar a l~lglatci-r.1, quo tlispi;~ 110 continnnic dc 314:653 kilometros quadrnclos con1 nm dorninio colonial dc 23.G$5:363 1;ilomr~l.ns qnndrados.

A nayno clue sc lllu segnc, 8 n Fl-anga, quc tcndo lllaior area no contillento clc qttc a Inglaterm, pois cnn t<~ 636:40S kilometros quadrndos, tcln nm clominio colonial do 3.923:6@0 kilornetros qunclrados.

Page 7: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

V. cx:' v~ um:L cuormc cIesproporg~to enLl.o os doruiuios de Fraupa, qnc d a scguntl;l potencia, coloniiil, c us dn In- glaterm, q11u 6 :L prilricir,~.

A Inglntcrr;~ r c p l ~ . i t n t : ~ I ~ ' C - & nio~nento a cscepc;3o, co- mo uils no scculo s v l , c1el)oi$ i l i ~ ~ descobertils e c011q~11stan cstraordinarias qua fiacinos; foiuos a c ~ ~ e p p n o n'cbrjn cp:pn- clia o n.z l l~stc~l i :~ (la 11n111~11idaac; birva isto do lenitivo i s prnsentes torturas do nosso urg11l110 ntlcional.

N:lo ha polo, nnh conilic;iies linlitadss do territo~io c ~llkioa do :rcc;Xo, quc Iunls sc dilatashe.

A Grecia tcvu o ~rnperiu de Alesandre que nbo ci. senPo ulua fi.:iqio clo imperio que tivemos; e coitada, soA'reu as comequancins f t ~ t a ~ t j da sua :~nibi$io, extcuuandu-se,.suc- cumbindo, c dcsappnreceuGo por tin1 da ordcnl das na@cs, 1)ara "6 rcsnrgir nos nossoe tlias.

0 iwpcric~ rorn:rno n$o foi tao grando co~uo o nosso, qrto coiueyaudo no cstrcito do Glbrsltar, abr:lngin todo o cbu- toi9uo clx Africa, p:lrtc da America do sul, estenclendo-sc: pclas costns do I11dosl20 o i\Inlacn, t ) com fc i to r i :~~ acid~o- riacy ua Cbinn, 1cv:irnos n nobsn il~flucncin c,on~mcrcia! (: ~~ol i t i ca :It<: no Jiip2tr.

X;lo couhayo lun,L c:xtc~~~stlcb t2o grz~uda, uc111 dc: doloiuio nclm de infltrcncia; c. .;r. prc:hidcnte, rlris Inorrenlos cshans- tc~s disu~tc d'esscs c.slraordinaric~s csforcos; e he nT~o t i rc- mos r1 sorto dc oulras na$os, quo procecle~~am comv n6r, foi porqlio a na@o que ~ioh absorvcr~, at Hcspanha, tirlha caido nos mesn~os erros dc cldat.rc+o, quo a enhnqnecernnl, c nos facilitou libcrtnr-nos. So n6s tivcmos cstarara fortuna, para quo havemos, arrastndos por urn sentimento dc orgu- llio, c,ouservar dorninios tradioiunacs inrrtcis e nocivoii, vi- vendo corn difficulclacle, ew v c ~ (10 rcprin~ir essc exccssivo orgu1110, cedcndo Irma pnrtc, olhanclo as cousns prutica- ~ne~lt i . , para qnc nko no, ~nvcrgonhcmos c arruincmos.

A 111gIatc~re portanto, 1)cla exct+pyZo qnc rcyresenti~ no mon~ento actnnl, tern do scr posta dc parte mu10 tern10 cle cornpnrap20, ua aunlysc do reln~Bo om quc est%o ob: do~ni- nios coloniaes das ditiercntos n:tc;i;cs corn a sua area con- tinental.

Tcmos, pois, c ~ a yriweiro logar a B r a n ~ i ~ d~bpondo de lnais de ' f i milh&o do liilolnctros quadrados de ares con- tinental, e possuindo 3.000.000 dc kilometros quadrados proxilnalncnte do nrea colonial, ou se j i l seis vezes :I area contiuentnl, e comprehcutlcncto-so n'aquello domixlio os pro. tectorndos.

Segue-*a n ILol!and:~ que, tendo apcnau 35:000 liilol~e-

tros quadl*sdos de dominio continentnl, dispiic de 1.980:154 kiloluetros de area colonid, ou scja scsscntn vezos a area continental.

PortugaI, coin uma area continental qoasl tres vezes lURlOr do quc $I-lollands, on 9 2 0 7 5 liilometros quadrsdos scgundo as cstatisticas publicndas ultimamentc, tcm um domiuio colonial quasi iguz~l ao d s I'iollancla, dc 1.329:227 Irilometros quadrados, 011. vinte vczcs a area continen- tal.

A Respanha, corn 197:224 liilo~nctros quadrados de sn- ~erficic continental, ten1 1.136.277 liilomet~~ob quaclrxdos as area colo~~ial, ou 5,7 vszcs a s u r a ra r continental. Isto 8, nlonos clo quo Portugal.

I'nrccc-nio importante c11aiuar n attcu~?in dx calnara para estn corrclaq20 om qun estalnos cotu n Hespnnha, ilossa elnula na conquista e descobertn ; c 1-em a scr, 311~ emquauto a IIespanha tom 111n doininio continental :15 poi* cento rnaior clo qnc Portugal, o sen donlin~o coloninl B proximn- mcute 40 por ccnto inferlor no clc Portugal.

S6 este al-gnmcuto era bastautc para nos iivpor co~uo uma mcdida coavcniente e u t ~ l , estaLolcccr-ec, quo a ex- tens30 do nosso clo::zinio, estivessc elu proporpZo com a da nossn vizinhs, ou scja 530:1100 kiIomctros qaadrados; mas corn0 n rninhn protcnb:to fandnmont~l 6 qiie Portilgal li- mittr o SOU d ~ n ~ i n i ~ a Angola; Cabo Verdo: S. Thorn6 e Principc:, e po~\~cnturn a loili:l., uln tnl cloollnio, scndo re- prcs~ntndo por perto (11: 1.2OU:C~Oi) lrilvmctros quadmdo~, devc contentar os mais csigcntos.

I'oderiLo cl~zer, 03 que n iu querem a reilncglo do nosso do~ninio colonial, qne a Iloll.znda, qno to111 apcnas urn terco dn nossa arcx continent:tl, tell1 urilx area coloainl igual 9 nossa. 3 1 ~ s O nccessario n30 esqncccr, cine a Hollancl;~ ten1 o ycu dolninio colonial quasi todo reunido n'umn sir regi.?~, corn exc(:pqBo da Guiana, na p a r k scptentrlonnl da Arne- rica do sul, corn 120:000 lillornetros qwldrados Rpcnas, o quc reprcsentn uma grandc vantngcm de ac1ministrac;~o e do acqAo; elnquanto que n6s, corn UIYI dominio qu:tsi igual ao d'cll;~, o teluos clisperso por cssc nlundo, cotn todos os in- cou\renientcs qnc d'nhi dcriv:un, e quc s2o m,znifcutos.

Mas ha mais, 5 quc ;b Holl,~ndrz, na epochn 8 que se re- fercm as cstatisticas do quc mu eston servindo, t m i urn comrnercio nn importaucia dc (i>Ck000 contos da rGis coa- t r a 60:000 contos de r6is q u ~ n[;s tcnia.;.

Portanto a sus actividadt. coma~:rcial justifica um domi- nio colonial maior do que o uosoo, crnquanto quc :L nossn

Page 8: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin
Page 9: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

essn corrente, e t to poderor;n sc foi tornando a nova repa- blica, que 3 Florida, do mnior area, comprada apenas vinte e cinco annos lnais tnrdc, 1ogr:tvn .zl,cAnas nttingir o valor de urn t c r p do p r e p por qrtc foi c:onlpradn 6 Luisinnia.

Continunlido nn csposic,8o llistorica (Ins alicaapGcs, rcfc- rirei, quo en1 novembro do 1860 a Cbina ccdeu A Russia alguns tol.itorios do sen dominio na Coda. Kotc-sci !ne n China 6 urn estado ilul)ortantc pcla sua grnclezn c rlqneza. A Russia, ~ I I C tc111 qua.si 22.000:000 Iiiloii~et~*os quadm- dos de superficic, coln mais de 10Y.OOO:OOO cle babitantcs, tnmbem ve:~dcu el11 1PGl :L strn coloni:~ d c Alaslia, na Anlerica septcntrionnl, nos ZSstnclos IJuidos. Note n cnmnra yuc s mais grandiosa n:qiio do niundo ~rcndcll, c nos Es- tatlos Unidos, dominios e co1oni:ts. . ,

E essa colonin qnc n rczpnlrlica nortc-uinta.ic;una colnprou ii Russia, s6 foi constitnida mn eiitado da unilo, con1 as leis sirnilares d s (10s oub~os cstados, dezescte annos depois!. . .

A I3011andn ccdcu ha, pcbucos annos b Tnglatcrra 8. J o ~ * g c dn Nina, ~eccbenrlo 36 contos dc r6ia do inrlelnnisn~ho pelo mnterial, qne esisti;~ a'nquclla colonin.

Por sua parte a Inglatcrra ccdeu d Hollancla os direitos quo se arrogava ii 1)artc norte da ilhn cle S ~ ~ m a t m , cont~e- cida pels regiZio do Atchim.

A Suecin rcndeu :i B r a u p cm IS77 par 49:41iO$OOCi reis a ilha d(: S. Rnrtliolomen, q r ~ c n Frfi~lqn lhe ceclern cbrn 1784.

A Diualnarce., clijo territorio i: de 36:303 Icilo~~ic~tros qlxa.drudos, superior portauto no d i ~ IToIl:x~ldc~, e possniudo urna area colonial apcnas de 194:677 I~ilomctros quatlrados, vcndcn em 1881) :i Allcmanl~a as suas Antilhas dc Santa Crnz, S. Thon~az c S. Job.

Ernfim, nds, pelit. co~lrr~np2o cle 20 dc abril dc 1859 sendo ministro tloa estrnitgciros o c11rc~11c (1:~ Terceirn, c plenipotencinrio por pt\rt(: (11: Portagnl o sr. Pontcs, ced(.- ]nos 0 nosso doluinio clc SolGr c rarins dcpcnclouci:~~ Timor, por 120:OtiO florins, 011 T I , contos dc rbils.

Pels conven$io do 1 2 clc mnio dc 1386, sendo lnirtistro dos estra11gc:iros o ar. l?nrror Gomes, coili?lnos Q Prnncn metadc cln Sencg:ln~bi;~, or1 sc:j:1. 80 lnill~n:; d i ~ costn cm dif- fercnpa dc latituilos, recrhenrlo al)cn:~.s !) nlill~ns da coat:, ao norte de CaLil~d:t, 111a'i ~ C C O ~ ~ ~ I I ~ C O I ~ C ~ O - ~ O S :L F~'nn,;z.. a aspiracao platouicn, clc tcr 0:s cninillhos liv~ses pn1.n pas- searnlos entrc Angola (! ilIocambiquc? ! ! ! . . .

Pela convcnpao corn n i%l~emnnhn, do 30 (1': drtzcmbro de 1886, negociada tambcl-n pelo sr. cnt~sc!lhciro Bnrros

I I

Cio~nrs, ccclc~uos :I, essn n:qiio, 7:: 1nil11.z~ nn cost:i occiden- t t t l dn Africa dcsde o C!tulelle no Cnbo Frio, coucedeudo- nos ells ciu troca os camiulios livres piwa passearmos en- tre Angola e dIopambiqr1e. I~embrarei ti camarlt qnc os srs. Capello e Ivclls 110 sen li\.ro dn viagcnl de Angola h coutra-costa de l8dQ-1886, mostrsrn que a regiXo a lestu dc Quiteve at[! nlt'm do Z;ulllcze, B constitaicla por 12" de pantanos (: desertos intrnusponiveis e inhabitaveis. Eis- :rqui o quo constitnc cssn bella f'axa que a Allernanha e n F r a n ~ n deixnrarll A uorsn livre es1)nusZo e enplora~2o1 e p(?lo que reccbcraiil en1 troea tc?rrenos relntivamento Ine- Il~c~res, 011 pclo mcnos, ~nelltor sitnndos para serein npro. veitados.

Pol* u1titno lembro :i camara qno a proprin Inglntel~ra cvtl(:ir i t l t i~n:~n~c~~tci, na Eul.opa, Allemanl~a, s ilhn tle Il&ligolalid, quc ella roub:ira :i Uiua~n:irca,, dcpois do bom- I,srdea~ucnto d~ Copeul~ague e ~ n 1807, c que rcpresentn I~elo rlleiios ntl,a scn~inella avatrptdn sobrc a costa allemri, o qne nKo (I? indifferente, para ulna naygo qne tern B prc- ten;sfo do clominio (10s nlares.

Emtiin, no din em qne se votou o convenio n'esta cams- ra, compIctnvan~-se noverlta annos, qae ccdiamos Olivenqn

IIespauha; e clccorridos vinte nnnos, quc a podcrosa ITrnn~a perden duns pl+ovincias q~~eridae, pagando aind:~

mnis pcsndo ilnyosto de guerra at& rlgora conllecido. Temos, pnrtnnto, que dosde a l ~ l i ~ i s poderosa nacfo, dc

111:tis v:~sto deminio clrntinental, e 111aior popalnq2io1 a Itus- si:~, nti: mellr~r, Dinanlirrcn, to do^ t8enl vendido, tro- cndo ou d;tdo 'coloni;rs.

l ~ ' o m ~ ~ nris qtte come~;i.~uos cornpl.,zndo e dando, e qlre cleix$n~os tail~lein pc~.dcr c ronbnr. I"omos nhs que ainda i~ltimamentc rende~rlos c d6t1los.

Nadn tern, l)ois, dc extraordinnrio, nenl dentro d s nosa:i Itistoria, nem cotuparada com n de ontros paizes, qnc fir- ralllos mais ulna ttliena$o, dzsde o 111omento qrle ella se i ~ , ~ p j c colno ilrna ~nedidil dc utilidado para o nosso deco1.0, e de filtisrilnn conrcniencia pnm as nossns condicaes cco- lom micas e fiuancciras.

I)igo, qnc 6 de ~nrrita utilid:tdc para o nosso dccoro, TJOI.-

?11c aVho p~cferivcl prwdndir dl: 111u du~l~inio qualqnw, a t!car n'elle fazcndo urn triste papel tlc! cl-cndo, As ordcus de o ~ ~ t r : ~ nap:^(^; poi8 qtse or~tra n5o I': a sit~~;kyRo cln qnr: fic%rnos, scl17ir) a dc 11m coado~ninio coin a Ingl:~terrii, C L H

qne aqt~elln cxerccri sot~1-e ntis anxi tntela ridicula, e urn:{ erl~lorar;in violenta, conlo st. infer? d o ~bnrecc~. apl*cst>u!;t-

Page 10: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin
Page 11: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

q ~ n r ~ l o J A l ) l i ~ l ~ L i ~ n ell] ,Lr~cl, con1 21 cdnios dc ri-la, 4, S. Tho~nk, qirc 8 irovccent;ls vczcs inenqr que Aloy;unr- brqoe, tcm ~ ~ ' e s t c capitulo urn lnovimcnto commcrcinl cin- cocnta vezes tnaior !

No scgando c:rpitlrlo cm quest20, c quo tcm por debi- gnlc~ao expottily2o cslr:~ngcira, nacio~lal c nncionalibaela, tcmos aind:~ Angola, srgunda em ;ma, A 11rimeil-a cm Ira- lor, com 2:4Ci0 contos dc r6is, em segr~ndo logar CaLu \'crdo, quints en1 :lrea, corn 363 contos rlc rhis, cm tcr- ceiro logar S. 'l'l)ot116 c Prlncipc, setilnn em area, cola 241 coutos dc rbis, c 810y:ttubiquc, ern quwto logar, sendo n 1wirncir;i ern alac:t, :rl)enas corn 172 contos ile reis !

No c;lpittrlo do culrlrnr:rcio especial, cur~r a derjignaklo tlc importuplo pti1.1 L C ) I I ~ U I I I O , dppiirc~c ;\Ia,c;anlbique ern cluiuto logar, con1 I 7 contos tle rbis, estnudo em primeiro log:)' Y. l ' l l o ~ n ~ , coul -410 contus de rCis, significnndo quc S. T ~ I o I I ~ ~ , novcceutas vezcs mcnor qne lIoynmLiclns, t e ~ u rrtn nrov~~i~enlo colun~cr~cial coln :L lrlrtropole vinte c qn;t- 11'0 \ -ez~s maic~r !

Dizrrrtc (1'eslc.s :~lra~i.rrnos, qnc ellt resurllo diio :I 1 ~ 1 : ~ -

yBo (lo ~r~uvrn~ento cbln~tlcrcial con1 as nossah co l (~n i~s , ~i: :L cnnlctm, que n primeirn das nos6;t~ coloniils ( III do~mrtio, 6 a quhrta 011 qliir~t;~ no valoi~ das suns relayijcs conilrler- CI:I~'S, C! ~.as t~a ln~t t i l c :is itlais pcqucnns, s5o as que tee111 I tl:~tiramc.nte maiol. ri~orr~ilcnlo comlnercial, o qur ju-tihct, : ~ q ~ i d l a dlsposi$o (lo :rt tigo 3." (la nii111ia 1)1.01)0s[ii, (1110 c~s lnobartos d i ~ alicnacho sc.j;rrn etrt l~nrlc: ~rpl~~icndus :I

mclhorameutas n:rs colo~ri:ls, ~lrclIror:~r~:c:i~to~ quc ccrnl ~ , ~ I I L : L jud iyr t cll;ts c s t h rec l i~~~~;~ t i ( lo . iJ:\r;t c{~tl~pIct;i illt~cid:~e*>c~ tlc ~II(! I : I tor :L 1;'1* :L C X ~ . ( I ~ ~ I : ~ I O O I I C C S L O ~ I Iltz(.l~rlu, 111ll1li- carei 11'c:st:~ :illu~.i~ r111j irt:11>11;1 C O I I I I I I I I . : ~ ~ ~ V I ) ( ~ 1 1 1 1 o:i ~ l t a ~ i ~ l o s CSCIIU.RCIII~(!II t o $ .

Page 12: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

N. B.-Arrcdondci os valores sopariores n 5008000 reia e snppri~ni os illfcriorcs.

XO quebrado da cass rIa classilicayto, rrprcscntn o numcmclor o nninpro cle ortlc111 n'csw~ colnmnn, e o deuominndor o nuincro do n~.d~:rn nn colniiin:~ (1.1s wc.ni

Page 13: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

Mas niio cone1110 :~.incla soLrc c s t ; ~ aualgse, purquc acllc) frisantc, cham:~r tanibcrn n attcny.,?io da cuniam, para as con- .(ligijc8 mais cspeciaes de vida ecouomicn em que estanlov corn ns colunias, e essns c,ondi$8cs vou nprcscntal-as n'umn aunlyse de pautas, que fnrci o inais rcsnmidameute possi- rel.

Assirn, nas n~ercadorias p~~~w" ' len tcs d i ~ s colonias portu- guczas c importadas pnrx consumo, a classe quc sc ilprc- scuta con^ mnior valor 6 a. clns substancias nlimenticins, con1 34 1 :500;5000 rCis p : m todris as colouias.

Poia n'cste inovilnclzto Ppparcce Jlopambiquc cin scxto logar c apennr coin 3b43000 rhis, en~quanto que S. Tliomi: ten1 403:994;)000 r6is, Ciibo Verdo 74:9043000, Angol:! -13:1595000 rdis, etc., etc. !

l'aroce-inc que esta iud ica~io 6 cdificantc, devenclo no- tar-sc qlre n'esta clnsae - substanci:~~ alimenticias- predo- lnina n rcmessa do mil110 em g r b , principal~liente ind do d c C:ibo Verdc, o assucnr n&o especikicado, vindo tambein eln grandc parte dc CaLo Verdc, e sobrctudo o caf6 em cusca c descascado, qnc constituc o principal product0 dc: cxportapao do 8. Tholnh.

N'cstc nlesrno cnpitulo, figurnin cin scgnndo logar as ~nercadorias livres dc direitos, coiu lY'L:?OC)>C)OU reis. Aqui apparccc A1op;imliquc em tcrcciro logar, conl 13 contos do r6is; mas, en1 compcnsnqio, Cabo Vcrde, quc conio dissc 11s ~ I O U C O , p6do ser representarla n'uma area igual ii do dis- t r i c t ~ do Coimbra, tigura corn 73 contos dc rkis.

Ainda no lncsnlo capitulo cstA cln tei4ceiro lognr ;L elas. sc -anin~aea e seus p~~odactos - el11 que tigul.nm princi- ~lalnlcnte 81s pelles, e cm quc :L colonia de n1o~nmliyao csth en) qcinrtl) lop:nr, co1u l:Y4iiSU00 rGis, cn~quanto qlie t.';ibo Vcrde tern I O:PUS,SOOO skis e Augola 42:9 I ti$000 I&.

l'assando rl:ls proccdoncins d i ~ s colonins, pars as nierc:t. tluri:~s 11acionac.s c ~~;icion::lis:lclas esportal:~.; para ns pro- vit~cias nltr:unari~rirs, vapi t~~lo ~ a t c quc 111ais dctitre :I IIIC- dida do quc us colonias rel)rcscntalt~ p.ira n6s, cumo mcr- carlo, verli a crurl:u*a, clnc ii prill~eir;~ e l i ~ s ~ c dl: cxportayiio d :lintla sabst:\nci:~s :~l~~uenticias, cu jo vtrlor 6 rcpresent:!do \)or 450 contos (lo rbis, o cni quc Allgola estii oil1 primei1.o logar con1 I;\s:.iblhC)~)U r~:is, Jloc;i~mbiquc cm s ~ g t ~ n d o cotti S f contos dc ri.is, S. 'I'hoin6 c LJri~~cil,c, 11o~~ccc:ntas vezcs 1n:iis 11cqur;u:i em :\rci~, co111 60 C O I I ~ O M (Ic 14is, ( '~1)o \rcrd~b [.OIII : jT ~ : 0 ~ ~ 1 0 s (LC ribis, :L 111<\i;t COIII 1;) C I I I I L ~ ~ ~ ( 1 ~ rki%, ;L

i 11it1i: I V I I I I 7 [ ~ o t ~ l o ~ $11. l.;.i.:: I , ~ ~ I ; L < ~ ; I I I c.. 'l'i111or ~ Y I I I I

1 :21I(tAit1tO I,;i., ' ! !. . .

Page 14: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

1; dc ~lotnr q11c tt a~-tigo C~III: fgura princ.ipnl~iicnte n'csin classe 6 o vinho, pois q u o .sd por si 6 representado yor 31G:5 I d6UOU A s , sendo clc vinhos generosos 43 contos do rbia, c dc: vinl~os branco e tillto 273:bOOBOOO rkis.

C'omo me pnreceu curioso estc assumpto formei urn pe- q ~ ~ c n o rnapp".

Co~i~mercio de vinIlos coln as colonias

I Valot r n

1)cvcrA nolar-sc, q ~ i c n'este artigo co111o en1 gcral 110.2

tlclnaiv artlgos da cinsse substanclas ali~ncriticias, influe \l:lat:lnte a cxidcncla, nos ninres tanto dc kloyambiqne co- 1110 t.le ~ l r ~ ~ o l n , t l oh navios t];~ divjs3o nn1-~1, e sobrctutlo c:n ?Ir)y:irnbiclllo cin IS89 ; e cl.td!) csto ~lcsconto, vcr-sc-lla, quailto S. Tllomi. :I nlcnor., s o api)rosir~r,~ nlaia ds nlaior >IO~:LIII biqnc:.

1i!11 l , ~ i tlc tq:~. clcc;l.4:io dc rckrir-nic noramcntc aos T-a- I J I I . ~ , tlo com~na~-cio dos \.~r~llo., qriznrlo me ref^ >rlr ' :L O I A ~ P L I S

rt;l~(.;;c>b OIII quo I : ~ L : I I I I O ~ con1 : ~ s colo11ia6, para sc ver, qnc c*ll;~s STLO : i i i ~ [ i : ~ lit~jl: l ~ ~ a i , nrn ~nercatlo dl> protl~iotoa os- ~ I . : L I I ~ ~ . ~ I . L ~ S , do q:le doh I IOL~ROS l)rodtlctos, i1111d.l os 111ais i ~ n - ~~ot.l,~l~tr... -1 \ C , ~ I ) I I ~ ~ L C I : I \ \ ~ , 0,s I ~ X ~ I ~ I ~ ~ ~ ~ ~ , ~ L O IIC~I.JI 8s ~iobaa,a c o l o ~ ~ i ~ s

6 :L tlr! ~ ~ c r u s d o r i n s ltvrrs dv (iir(:it~s, ?LIP ( : ~ ~ ~ l i l ~ r c l ~ r n d c :1%eit11, filrinI~;i, 111il11o L) g:1[10, r r * ~ ~ ~ * v l ~ f : ~ t l : b 1 > ~ 1 1 - 3 4 rorltos tic ri.is.

.\lo(:nmbirlno alrp~iccc ern tcrcciro Ioaar roll1 1:): 1 riS.zO00 ~.l'ir;, S. l 'l~oln+ C ~ I ~ I *,,gn~ldo coln 80.01-t4000 ,.Cisl c a ( ' u i I*;, r 1 1 1 t ' 1: :I V M I ~ J I I I ; I I I I , I I . ,II-.~:,I-:II:.I~~:I , ~ I I , * ( C ' I I I I I . ~ , (111:~,:1

quasi n igualnr lIo(:i~!~~birluc, poi:: (pic, ctuqunnto 3Ioea11i- Lique tigitra co~li l'J:163:)UU~I rcib, a C!ui~li: tevc urn inrr- vinicnto de 1X:4103U00 ]&is, Angol;i. c:jL:i cm primeiro lo- gar coln 150:;i70ij000 r&.

N'estn classe figura en1 printciro l(Jga1' o azeitc coln 65 contos 2e r&s, .que ta1vc.z sc possa coll;itlertlr todo nacio- 11a1, e em segulda n f i ~ d n l ~ a de t ~ i g o cortl 27 contos de l-i.is, quo por certo 6 n:r siln c111asi tot.~lidatlr: n;!cionnlis:td:i.

Note-:e, que o szc~te dcpois do vinho 6 urn do.-; !,rodl~- ctos ~mport;u~tes dn l~ossa actiriJatle agricoln.

NRS 1nnnufactur;is divers;rs c~!jo rnoriinento coin t o d t ~ a i as coloniils S r ~ p ~ . e a t n ~ , & J o por 7S conto- dc r6i5, c L I I ~ U J -

nrtigos principncs s8o ~noliliir, cnlcndo, lrnrrctcs e Lonct::, ninda Bloc;alnbiq~rrt ficn ~ I I I qrlnrto I(igar corn 7 cnntos tlc rbis npenns, tendo Angn!a 42 contcls tlc is, C,ibo ITcrdo Ici contos c S, Tho1116 12 corltos dc rirs, ctc.

l'ass311do da exportnq2o quc sc dirigo :is noisns colo- nias, p l ra a rce:rportapfio dos 1~roilnctos qne rclu clas inesmas colonias ao nosso lrierwclo, (: cine sc ~uandinll d'aqui para o cstlsingciro, appnrccc: em priiiiciro lt,gar :L olasso das divcrs:rs suhstancias e productos, clue conlgrt:- Ilcnde borracli:r, (*cI.~, oleo de pnlrnn, ilrzclilla, ctc., e ell1 que Angola renl en1 primciro l u p r cotn 1:71ti contos do rlii.;, Cabo Ycrde cm segundo logar colll 19 contos dc rbis, S. l'llomi. em terceiro logar aom 11 colitos ilc rdis, n Cfuinb ern qualtto logal. coln 7:400300U I 81s e AIoc;a~ulicl~lr:

quint0 logar corn 4:-1-00$000 rci:. ! ! ! A segond:k classc d'cstc c:lpit~llo, consid~:rado pelo vnlor

do nlovimento colnmerci:d, O o tlas substanvin.s nli~nerlti- (.ias, C O I ~ ~ ~ I ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ C ~ I O O ~)rincil~aInlr:l~tr: u C L L ~ L ' , I> cAC:\II 0

:Lrroz. Angola fignra cnl priluriro logar con1 1.1 0i:~):X$.iOO(

]Cis, S. TliornS ein segnndo 10~31- ~ ( l u i 504:4925OIYr r;i.-, Vcrde em terce11.o logal. co111 :3l:OS:lhO~lO d i s , :I. 111-

rlis ell1 quarto logar corn 22 c.ontos the ?&is, ~ ~ ~ ( ' ~ I I I ~ I ~ I I I .

coln cous:' 1lg11nl;t, n'u111 rnovtrl cnto rcp~~cscl~t:itlo !a~:l:ts 1111-

tr.xs colollias pol- 1:541; co11tos tlt. n'.ih ' ' ! ElnGin, para 1120 f';~t~g:li+ :I :~ttrrly;co d : ~ c:tniar:l, 1110 ria-

ferirei 111:bis poirtcrs d'c.ste c;~l,~lrilo, (,In q111. tcul:~r as collili- t;ks de ~ . c l a ~ P o s:~o n:j mesilra..

I'dasar~-i njir~l,l, I,or ldt;lnr,, :L rt-rxk~o. Iamo LZD p ~ . u ~ l t ~ c t ~ ~ - rutrangciros p:wn as rlos-as cl11oni:~s: pr#r onclr sq. inoslr:1, (111e ~ I ~ L I S rep~c~tivtltiirr~ i::rbib t1t11 I ~ I { % I * ( S : ~ ( ~ , I ( 1 ~ l ~ r ( , ( l t ~ ~ t ~ : ti:^-

r.ion:~lissc\ns ( i t - qvr ~:xiou:~l>>, (A 1,c,rt.iritrt (;I.,. v:t:b) c:1t,11,0 2 i i t t ~ r t + l ~ ~ o ~ 1,:ir.~ :t artivi11.itIv ~ I I I I I ~ . , L I I ~ ~ I t 6 ( * I ~ I ~ ~ ~ I ~ W I * I ~ \ I

Page 15: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

6~: rll:~ at- 5oul)~r s ~ l ~ ~ * ( ~ ~ ~ i t , ~ ~ , ( I ~ ( I I ~ ~ I I C , :t prntrg(-~* ~ Y I I I Y ~

nicnlc~no~ilc. Fignra c ~ u priluc~ro lognr n. clasne nlgodao con, 1:36:i

contos, e cm que o algucl:io err1 pcy:~ s(i por si entra c o u ~ 1 :270 contos ; ainda nlc.ste cnso os morcndor~ d'estes I ~ ~ . o d n c t ~ s nncionnlisados clnssifica~n-sc pel:& fijrma wguintc: l~ r in~c i ro Angola corn 1 .li9:2 17$000 rCis, srgundo Caho Vcrtle con^ II!):24YWOOO !-&I*, terceiro S. Tl1om6 o Principe cSom 70:463;';000, tiuinb roll1 4:607r$000 IBIS, c en1 quintn logar AI,o(;:ulll~iqi~e coin 2305000 r&is ! !

I:tl e A con~cql~cncia rle U ~ O l~aver direrto diticrenci:ll de baudcirn ; imagtne-se o q11c succederfi, q~rando desuppa. rccc.r, l)ela re~nissno, o dil+cito de transrto.

Derrlonstram todos estrs dados, que a colonia qrlc man- r&rn pciores rrlnyiics cot~imerciae- colnnosco 8 n'loqaruliqne, sando n maio~, c quc P ~ ~ r t r ~ g a l r12o t c n ~ nos scus \vas to~ tlonlinios o ~ncrcado, q11c j~6de e deve ter para 0s rcuv pro- dnctos, o que se dc~nonstrz~ rlo f:lcto do elivlarmos para a3 colonins n'uln rnovimenro cle muitos mill~nrcs de contos ; I ~ J C ~ ~ S 316 contos clc I$is dc vinhos e 5s de azeite, qnc. srio os principars n r t ~ g o ~ dn nos>n ~aiqneza agricoln, c ape- 11:is 69 contos de 1.i.i~ dc :1lgod4o d,z nossn illchrstria fi~hril vontrn I :3;).3 coulos dc rkis nacionnl~satlos !

l'clrtantab, ~ O P ~ I L C a g ~ . i ~ t i d ~ z i ~ e dispert:io do nosso do- ltlil~io colonial n:~o estd n s ptopol,y80 dos 110ssos 1,ecurr;os: cqomo se dcmonutro ( I io7.i. c pcla co~upara~iio corn os donli~lios colo~~i .~cs, L- ! - P ~ I W ~ O S d.ts o11t1.a~ potcnciaq.

Segl~ndo, porqr~e o nosso vabto domi~~io colouinl r13o COI*-

rcsponde, no totlo, apesar do relativo d~~scnrolvimcnto dc alg~tns, no que o 1~aiz trm n cspel-nr d'ellw, e iin1)ilndo-*a par todas as rnbijcs csl)ostas a St13 rcdnc$'io, deve ella co- IneTnr pelo que i. menns util, 5:L no prcbcnte oneroso e peio convenio c,onl n Grnn-l),rct;~nI~a onerosissimo de ~ I I - t w o ; por iaso cntcndo dove ser n1irn:tdo o do~iriniv d r BIo~amliqne, e t j i o breve qunnto possirel, para nAo colnc- q :~r r~~os a bcntir o peso do^ fLl~cat.gos ( ~ I I C do convenio deri- vnm. c as Iru:nilh:\c;Des clo ~ ~ o s f i o zmor l~roprio, dinnte cle 11o.c~:~~ reclama~i;c~s e imposiyi,c.s e-tranhos.

Conlo cornl)leiner~to dns consider:yiic~s que ficar~r espos ta~ , C ~ I R W O a nttel~r;$o da ca~nnr:~. l>nr:\ x begninte estatiaticn iinanceira gcrnl (lo rlosao rlominio col~>nl:ll, cJm nurneros rr- Ju!ltlos

A estc ultimo ttnno 11a a acrcscentur 1:310 contos dc rCis em oLras publicas, ou fig~1mildo como dispendtdns d'essa fdrma, clcvando o dcjc i t a 3.'iGi:11%6660 &is, e que comprel~endc 109 coiltos dc rbis de tlespeza ordinaria ~ n g a na metropole.

Os ultimos onze annos dzo, pois, wnla somula de 12:000 contos de rdls, numeros redomdos, e ell1 que os iiltimos ciuco s6 por si entram corn S:000 contos de rbis, ou seja 1:600 contos de rCis por annrJ, qne pnm ser toleravel em uecessario quo o nosso inovi~uento commcrcinl co~n as co- lonias fossc representado por 30:OUO contos dc rGis, qunn- do infelizmente n to attingc o terc;o cl'cssc valor.

Mas o ultimo d+it quc a1;ontfimos c as declaraSiics ill-

suspeitas do Din que li d ci~nIr.m, elcr;rndo o deficit geral a perto de 5:000 conlos de rdis, rnostr~un que o cnlculo dc 2:000 contos de rCis par;& rI,$cit de bIo~,.a~nbiqne 6 mais q t ~ e modesto, c que os encnrgos do concenio o duplicarZo, perdendo 116s ainda o pouco de relnciies cornmcrciaes que telnos corn B colonin.

Por ultlmo, sr. prcsidantc, dcvo lernbrar h caulara e ao l~aiz, q i ~ e dcvcmos tcr mnis alg~rlna resig~lag'io perantc as violenclas inglczas, assin) coruo as da k'ral~qa 110 fa~uoso cnso da L%avles c t G'eo~ye, derivado do principio, que la

f'olsce prime E L d14oit; por isso que nbu o usdmos em largn cscala, nos tcmyos glo:.iosos, yirc :L cadit motncuto invocs-

J

Page 16: 0 INTERESSE NAGIONAL - O Governo dos Outros · critica; pois emborn scja err0 grave o conde~linnr toda a espccie do posscsa3cs uItramnrinas, nso 6 ... tasso, 6 do recentc data. uin

mas, e quc constituein cssa epopein e titulos de direito, corn que pretenclcmos inipcdir agora que nos fnpam, o que eatno fizemos.

I? necessario 1120 csqueccr, que conseguinlos o dominio e o direito cle posse, por ineio do lnuitas violencias, deri- vadas da nossa audacia e da nossa ambiyto.

Pozemoa a fcrro c a fogo quasi o mundo inteiro, desde Ccn- ta, por toclo o continente negro, F! todo o oriente, atQao Japao ! Aniquilimos o coru~uercio do levante, dos poros barbares- cos, srruiudmos todas as republicas do Mediterranoo, Flo- rents, Piza, ctc., desriando o commercio que se fazia pel0 Mar Ve~.mellio c pelo golpho Persico, fecllando urn cln Aden o o outro em Ormuz, c dcsbaratando as esquadras dos paizcs orientnes, qne o protegiam.

0 povo, que, COCI tanta audacia e tanto valor, usou do principio do direito da forva, d e n resignar-sc agora! quc se lhe apppliquc a rncslua dootrina, porqae 6 esta a ordein natural das cousas, c porque s6 deve queixar-se da negli- gencia propria ! DeixAmos escapar ulna enor~nissilna massa de riquczas, nads creando de util c duradoaro !

Embalados n'esse excessive orgulho, filho do desvaneci- lnento de tantas glorins, aclorrnecemos sobre os louros do passado, para acordnrmos estremuilhados c irritados, ao lniniiuo empuxzo qne nos e dado, pelos que hojc, com uma nctividade que deivLmos perder, procwanl explorar c nproveitar-sc de tcrritorios, que 116s nZo utilislimos, ncm po- demos utilisar, e pelos mesmos processos e principios colt1 que n6s os fizemos nossos.

E para terminar, direi de novo A camara, quc julgo t3o util e t3o necessaria ao paiz a mcdida, que se traduz nlr

11i+oposta quc mando para a mesa, que niio hesito em sa- erificar o boln conceito publico, que felizmente goso, e muito me lisonjeia, Bs malcrenqas, que unia propostn d'esta ordem mu vIo suscitnr, emquanto o cspirito pu- blico se 11Zo convencer da jiislisa e ulilidade l~ratica quc n'essa proposta se encerra.

Tenho dito. Vozes : - JIuito bem. (0 a ~ a c t ~ i - J b i co i~~pr i~nentc tdo put* ~, l t i i tos s1.s. del~utados,)

Projeoto de lei

Artigo 1." E o governo nuctorisado a assignnr e ratiti- car uin con\-enio teudo por fit11 a ali2napgo tlos uossos do- minios na costa oriental da Africa.

Art. 2 . O 0 goveroo consignar6 na. conr~eri~fio celeti-acln em virtrtde ilo artigo I.*, quc! os nossos dominios na costa occidental da Africa, terao por li~ilite oriental o cnrso do Zambcze, at& li sua ligayzo com a fronteirn SO. c 0. do cstado l i r rc do Cougn.

Art. 3 . O As compensapiies pccnniurins quc derivam dn esecug8o do artigo 1 . O ser3o npplicadas Li muortisay30 ds dividn,publicn interna ou em partcs iguaes:

a) -4 collocap2o do cab0 s~tbmarino para os Afores, iis estradas e Ieradns da illla tla JIadeira, B phnrolngen~ e es- trades das ilhas de Cnbo TTer~1e, S. Tho1116 (? P~.i!~cipc, i s linhns ferreas cle -ImLacn a Cassnngc c. de Bongnclln a JIossarnedes por Cacondn ao I3h6.

b) I n fotnento i~ztlustrinl e agricola CIU Portugal. Art. -1.O Fioa i+evopda a. legislap20 em coutmrio. Sal;t das sceso'es dn camara dos senllores dcpotados, c ~ i l

10 de jlrnlro clc 1891. = JJ.~,: l ~ ~ ~ ~ r f v F,:i.i.*;i~.rr, dl: :~!?ILI;I?~~,

12eputado pslo circulo n,O 92.