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Assignatura B Anno, iSooo réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado li 0 s Ui 7 - 7 ------- 1 ---“ i Para o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda fone). Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Auguslo Saloio % I . - RUA DIREITA - ALDEÍiALLKGA KJ, I." I*u9>lieaeões s, Annuncios— i.® publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.a pagina, contracto especial. Os auto- H graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio III ASNO DOMINGO, 3 DE MAIO DE 1903 SEM A NARIO NOTICIOSO,- LITTERARIO E AGRICOLA expediente Aeeeitam-se com grati dão <jMaes«g«er noticias que sejam de interesse jisiltlifo. 0.1° j)E MAIO Passou a data gloriosa em que todos os trabalha dores do mundo se reu nem para festejar o i.° de maio e levantar bem alto a bandeira das suas reivin dicações. Muito se tem caminhado no longo decorrer dos sé culos, mas ainda resta mui to e muito por fazer. O operário está longe de ter regalias; condemnado a um trabalho incessante, em casas que, na maior parte das vezes, não possuem condições hvgienicas, pas sa a existencia em cons tante labutar e, quando sem forças já não pode angariar o sustento para si e para os seus, vae cahir no hospital ou tem de es tendei' a mão á caridade publica. Emquanto que os que nada produzem go- sam dos confortos da vida, elle o vigoroso luctador, o productor de todo o luxo, de todas as riquezas, não tem ás vezes o estricta- mente necessário. Eterna contradicção das coisas hu manas! Muitos se teem sacrifi cado para levantar o ope rário á sua verdadeira al tura, almas intelligentes e nobres, coracões diamanti- 1 my nos e da mais rija tempera. Quantos a morte arreba tou já, nas suas garras im- placaveis! Ainda ha pouco Ernesto da Silva, um ra paz leal e bom, um cara cter immaculado, um lu ctador de pulso arrojadís simo a quem tantas vezes estreitei a mão, sintindo immensa honra em a aper tar na minha! Pobre Ernesto! Talento tao grande em corpo tão doente! Alma que abran gia o mundo, encerrada em tão estreito envolucro! Os bons desapparecem; °s maus, os intrigantes, ficam. Que o povo operá rio saiba honrar as cinzas de uns e correr do seu seio com os outros; glori ficar os que o ennobrecem e marcar com o ferrete da ignominia os que o cles- honram e aviltam. JOAQUIM DOS ANJOS. ------------ ----------------- ---- --------- Bases íieraes Apresentadas pela Associa ção de Classe dos Cai xeiros Portugueses e .-i.v- sociação de Classe dos Empregados do Com- ■mercio do Porto, para elaboração de um proje cto de lei que estabeleça e regule o repouso hebdo- madario do commercio. 1.° As direcções ou os proprietários de todas as emprezas e estabelecimen tos commerciaes, faculta rão um dia completo de repouso, em cada semana a todos os seus emprega dos, sem excepção de ca thegoria. 2.° Como forma de ga rantir este repouso, as re feridas emprezas e esta belecimentos, conservarão fechadas as suas sédes e cessarão o seu funcciona- mento, durante todo um dia em cada sete. 3." São exceptuadas das disposições dos números ontecedentes, as casas de commercio denominadas: pharmacias, restaurantes, padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, salchicha- rias, casas de pasto, vacca- rias e quaesquer outras que se reconheça não po derem interromper o seu funccionamento diario, sem manifesto prejuiso do pu blico. 4° Todos os estabeleci mentos incluidos nesta ul tima cathegoria, dividirão o seu respectivo pessoal em duas turmas, descan- çando uma de manhã e outra de tarde em cada dois dias da semana, que serão o domingo e a quin ta-feira, de modo que ca da empregado, entre as 6 horas da manhã e as io da noite de cada um des tes dias, gose oito hora consecutivas de descanço. 5.° A doutrina estabele cida no numero anterior en t end e r-se-h a m esmo c o m os estabelecimentos, cujo pessoal se resuma a um empregado, ao qual da mesma forma será conce dido o repouso de 8 horas consecutivas dentro dos dias e limites do horário designados. 6.° O domingo será o dia geralmente consagrado ao repouso hebdomaeiario; fica, porém, fixada a quin ta feira para todas as loca lidades que, por motivos de utilidade publica, não possam imterromper o seu commercio dominical. 7.° A applicação desta lei será feica pelas mun;ci- pali 'ades, as quaes crea- rão posturas especiaes em harmonia com as condi ções particulares do com mercio nos respectivos con celhos, tendo em vista as disposições superiormente estabelecidas pelo regula mento geral. 8.° A’s camaras munici- paes competirá ou^rosim: a) Estabelecer a policia permanente cfesta lei e fis- calisar rigorosamente a sua execução; b) Cobrar o productodas penalidades que, pelo re gulamento geral, forem im postas aos infractores; c) Remover para outros dias uteis da semana todas as feiras e mercados que se realisem ás quintas fei ras nas terras onde o re pouso semanal haja que ser observado n’esse dia. q.° O Governo dictará o regulamento e demais dis posições complementares que julgue indispensáveis para o exacto cumprimen to desta lei. io.° O regulamento a que se refere o numero precedente, estabelecerá: a) A fórma porque as ca maras municipaes deverão applicar a lei e a maneira de fiscalisar a sua execu- Çã°; b) As penas pecuniarias a impor ás infracções, a maneira de as cobrar e fins a que deve ser destinado o seu producto. c) O modo porque as duas partes interessadas (patrões e caixeiros) pode rão recorrer de quaesquer irregularidades que por ventura surjam na applica ção da lei. 11.° Para que o regula mento geral possa, quanto possivel, basear-se em fór mulas concilintorias e de equidade, o Governo, se assim o entende;- necessá rio, nomeará um t commis são de estudo, a qual será composta de deljgados mixtos do Governo, do Commercio e da classe dos caixeiros. 12.° Caso o Governo re-, solva nomear a Commis são a que se refere o nu mero precedente, marcará a essa Commissão o praso de 6 mezes para o desem penho do seu mandato, e dar-lhe-ha plenos poderes para requisitar das Cama ras Municipaes todos os in formes e esclarecimentos para a elaboração dos seus estudos. 13.° Terminado o praso que lhe é conferido para o desempenho das suas fun- cções, a Commissão fará entrega ao Governo de um relatoiio dos seus traba lhos, sobre os quaes o mes mo Governo immediata- mente formulará o respe ctivo regulamento, o qual começará a vigorar defini tivamente apóz 6 mezes da data da sua publicação no «Diario do Governo». 14.0 Durante o praso que medeia entre a data da sua publicação e a fixada para a inauguração da sua vi gência, o referido regula mento soffrerá as altera ções que o Governo enten der por justo e conveniente in troduz i r-lh e, base ad as que sejam em reclamações justificadas e attendiveis das partes interessadas. AGRICULTURA €&s v e g e ta e s Os phenicios, os gregos e os romanos levaram por toda a bacia do mediter râneo, uma grande varie dade de arvores fruetife ras, legumes, plantas in- dustriaes, a oliveira, a amendoeira, a nogueira, o castanheiro, a ameixoeira, o damasqueiro, o pece- gueiro e a cerejeira. Foi na época das cruza das que appareceram na Europa o arroz, a canna de assucar e a laranja. O homem prehistorico da Gaule, comia os fructos do carvalho, e o homem que o seguiu, contentou-se com isso. A fava contribuiu em grande parte para a ali mentação dos povos da Europa; ainda nos tempos de Carlos Magno, consu mia-se nos conventos esse fructo. Em pleno reinado de Luiz XIV, o duque de Les- diguéres, governador ‘do Dauphiné, escrevia a Col- bert: «A maior parte dos camponezjs não tem senão pão de favas e de raizes durante o inverno, e pre sentemente vejo-os comer a herva dos prados e a casca das arvores.» Nos Estados-Unidos do Norte ainda hoje ha indí genas qui se alimentam por esse modo. Comprehende-se facil mente a veneração de que cercam os gregos, a maio ria daquelles que introdu zirem os ceriaes na Hella- de. A maior parte dos nos sos cereaes é originaria da Asia; a cevada cria-se no estado selvagem, entre os mares Caspio e Verme lho, cionde são derivadas as nossas em fórma mo derna. Nos nossos dias, ainda os arabes do norte da Africa, cultivam sobretu do a cevada de numerosas variedades. O trigo deve a sua ex- cellencia, entre todos os ceriaes, a uma riqueza ex cepcional em matérias azotadas. Parece vir primitivamen te dos valles do Euphrates e do Tigre, onde ainda ho je é encontrado em estado selvagem. A cultura do trigo já se achava espalhada no Egy- pto, quatro mil annos an tes na nossa era. Na Gallia só foiinlrodu-

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Page 1: 0 . 1 ° j)E MAIO - mun-montijo.pt · ção de Classe dos Cai ... padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, ... A G R I C U L T U R A €&s vegetaes Os phenicios, os gregos

A s s i g n a t u r a BAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado li

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7 - 7 -------1 ---“ iPara o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda fone). Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR — José Auguslo Saloio%

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I*u9>lieaeões s ,Annuncios— i.® publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.a pagina, contracto especial. Os auto- H graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

III ASNO DOMINGO, 3 DE MAIO DE 1903

SE M A N A R I O N O T I C I O S O , - L I T T E R A R I O E A G R I C O L A

e x p e d i e n t e

A e e e i ta m -s e c o m g r a t i ­dão <jMaes«g«er n o t i c i a s que s e ja m d e i n t e r e s s e jisiltlifo.

0 . 1 ° j )E M AIOPassou a data gloriosa

em que todos os trabalha­dores do mundo se reu­nem para festejar o i.° de maio e levantar bem alto a bandeira das suas reivin­dicações.

Muito se tem caminhado no longo decorrer dos sé­culos, mas ainda resta mui­to e muito por fazer. O operário está longe de ter regalias; condemnado a um trabalho incessante, em casas que, na m aior parte das vezes, não possuem condições hvgienicas, pas­sa a existencia em cons­tante labutar e, quando sem forças já não pode angariar o sustento para si e para os seus, vae cahir no hospital ou tem de es­tendei' a mão á caridade publica. Emquanto que os que nada produzem go- sam dos confortos da vida, elle o vigoroso luctador, o productor de todo o luxo, de todas as riquezas, não tem ás vezes o estricta- mente necessário. Eterna contradicção das coisas hu­manas!

Muitos se teem sacrifi­cado para levantar o ope­rário á sua verdadeira al­tura, almas intelligentes e nobres, coracões diamanti-1 m y

nos e da mais rija tempera. Quantos a m orte arreba­tou já, nas suas garras im- placaveis! Ainda ha pouco Ernesto da Silva, um ra­paz leal e bom, um cara­cter immaculado, um lu­ctador de pulso arrojadís­simo a quem tantas vezes estreitei a mão, sintindo immensa honra em a aper­tar na minha!

Pobre Ernesto! Talento tao grande em corpo tão doente! Alm a que abran­gia o mundo, encerrada em tão estreito envolucro!

Os bons desapparecem; °s maus, os intrigantes, ficam. Q ue o povo operá­

rio saiba honrar as cinzas de uns e co rre r do seu seio com os outros; g lo ri­ficar os que o ennobrecem e m arcar com o ferrete da ignominia os que o cles- honram e aviltam.

JO AQ U IM DOS ANJOS.

----------------------------- ---- ---------

B a s e s í i e r a e s

Apresentadas pela Associa­ção de Classe dos Cai­xeiros Portugueses e .-i.v- sociação de Classe dos Empregados do Com-

■ mercio do Porto, para elaboração de um proje­cto de lei que estabeleça e regule o repouso hebdo- madario do commercio.

1.° As direcções ou os proprietários de todas as emprezas e estabelecimen­tos commerciaes, faculta­rão um dia completo de repouso, em cada semana a todos os seus em prega­dos, sem excepção de ca­thegoria.

2.° Com o forma de ga­rantir este repouso, as re­feridas emprezas e esta­belecimentos, conservarão fechadas as suas sédes e cessarão o seu funcciona- mento, durante todo um dia em cada sete.

3." São exceptuadas das disposições dos números ontecedentes, as casas de commercio denominadas: pharmacias, restaurantes, padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, salchicha- rias, casas de pasto, vacca- rias e quaesquer outras que se reconheça não po­derem interrom per o seu funccionamento diario, sem manifesto prejuiso do pu­blico.

4 ° Todos os estabeleci­mentos incluidos nesta ul­tima cathegoria, dividirão o seu respectivo pessoal em duas turmas, descan- çando uma de manhã e outra de tarde em cada dois dias da semana, que serão o domingo e a quin­ta-feira, de m odo que ca­da empregado, entre as 6 horas da manhã e as io da noite de cada um des­tes dias, gose oito hora consecutivas de descanço.

5.° A doutrina estabele­cida no numero anterior en t e nd e r-se-h a m esmo c o m os estabelecimentos, cujo pessoal se resuma a um empregado, ao qual da mesma forma será conce­dido o repouso de 8 horas consecutivas dentro dos dias e limites do horário designados.

6.° O domingo será o dia geralmente consagrado ao repouso hebdomaeiario; fica, porém, fixada a quin­ta feira para todas as loca­lidades que, por motivos de utilidade publica, não possam im terrom per o seu commercio dominical.

7.° A applicação desta lei será feica pelas mun;ci- pali 'ades, as quaes crea- rão posturas especiaes em harmonia com as condi­ções particulares do com­mercio nos respectivos con­celhos, tendo em vista as disposições superiormente estabelecidas pelo regula­mento geral.

8.° A ’s camaras munici- paes competirá ou^rosim:

a) Estabelecer a policia permanente cfesta lei e fis- calisar rigorosamente a sua execução;

b) C obrar o productodas penalidades que, pelo re­gulamento geral, forem im­postas aos infractores;

c) Remover para outros dias uteis da semana todas as feiras e mercados que se realisem ás quintas fei­ras nas terras onde o re­pouso semanal haja que ser observado n’esse dia.

q.° O G overno dictará o regulamento e demais dis­posições complementares que julgue indispensáveis para o exacto cumprimen­to desta lei.

io.° O regulamento a que se refere o numero precedente, estabelecerá:

a) A fórma porque as ca­maras municipaes deverão applicar a lei e a maneira de fiscalisar a sua execu- Ç ã°;

b) As penas pecuniarias a impor ás infracções, a maneira de as cobrar e fins a que deve ser destinado o seu producto.

c) O modo porque asduas partes interessadas

(patrões e caixeiros) pode­rão recorrer de quaesquer irregularidades que por ventura surjam na applica­ção da lei.

11.° Para que o regula­mento geral possa, quanto possivel, basear-se em fór­mulas concilintorias e de equidade, o Governo, se assim o entende;- necessá­rio, nomeará um t commis­são de estudo, a qual será composta de deljgados mixtos do Governo, do Com m ercio e da classe dos caixeiros.

12.° Caso o Governo re-, solva nomear a Com m is­são a que se refere o nu­mero precedente, marcará a essa Commissão o praso de 6 mezes para o desem­penho do seu mandato, e dar-lhe-ha plenos poderes para requisitar das Cam a­ras Municipaes todos os in­formes e esclarecimentos para a elaboração dos seus estudos.

13.° Term inado o praso que lhe é conferido para o desempenho das suas fun- cções, a Com missão fará entrega ao Governo de um relatoiio dos seus traba­lhos, sobre os quaes o mes­mo G overno immediata- mente formulará o respe­ctivo regulamento, o qual começará a vigorar defini­tivamente apóz 6 mezes da data da sua publicação no «Diario do Governo».

14.0 Durante o praso que medeia entre a data da sua publicação e a fixada para a inauguração da sua vi­gência, o referido regula­mento soffrerá as altera­ções que o G overno enten­der por justo e conveniente in t roduz i r-lh e, base a d asque sejam em reclamações justificadas e attendiveis das partes interessadas.

A G R I C U L T U R A€&s v e g e ta e s

O s phenicios, os gregos e os romanos levaram por toda a bacia do mediter­râneo, uma grande varie­dade de arvores fruetife­ras, legumes, plantas in- dustriaes, a oliveira, a

amendoeira, a nogueira, o castanheiro, a ameixoeira, o damasqueiro, o pece- gueiro e a cerejeira.

Foi na época das cruza­das que appareceram na Europa o arroz, a canna de assucar e a laranja.

O homem prehistorico da Gaule, comia os fructos do carvalho, e o homem que o seguiu, contentou-se com isso.

A fava contribuiu em grande parte para a ali­mentação dos povos da Europa; ainda nos tempos de C arlos Magno, consu­mia-se nos conventos esse fructo.

Em pleno reinado de Luiz X IV , o duque de Les- diguéres, governador ‘ do Dauphiné, escrevia a C ol- bert: «A maior parte dos cam ponezjs não tem senão pão de favas e de raizes durante o inverno, e pre­sentemente vejo-os comer a herva dos prados e a casca das arvores.»

Nos Estados-Unidos do Norte ainda hoje ha indí­genas q u i se alimentam por esse modo.

Com prehende-se facil­mente a veneração de que cercam os gregos, a maio­ria daquelles que introdu­zirem os ceriaes na Hella- de.

A maior parte dos nos­sos cereaes é originaria da Asia; a cevada cria-se no estado selvagem, entre os mares Caspio e Verm e­lho, cionde são derivadas as nossas em fórma mo­derna.

Nos nossos dias, ainda os arabes do norte da Africa, cultivam sobretu­do a cevada de numerosas variedades.

O trigo deve a sua ex- cellencia, entre todos os ceriaes, a uma riqueza ex­cepcional em matérias azotadas.

Parece v ir primitivamen­te dos valles do Euphrates e do Tigre, onde ainda ho­je é encontrado em estado selvagem.

A cultura do trigo já se achava espalhada no Egy- pto, quatro mil annos an­tes na nossa era.

Na Gallia só fo iin lro d u -

Page 2: 0 . 1 ° j)E MAIO - mun-montijo.pt · ção de Classe dos Cai ... padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, ... A G R I C U L T U R A €&s vegetaes Os phenicios, os gregos

2 O D O M I N G O

C O F R E B E P E 1 0 L 1 S

A’ COOPERATIVA í .° DE ABRILA festa do trabalho, d festa toda amor,E u venho hoje tra\er respeito e sympathia.A minha alma leal de velho luctador Compraz-se em vir saudar os homens d'energia.

' E u sempre admirei tudo o que é justo e santo, Tildo o que a nossa mente d perfeição eleva;Tudo o que nos s e d u e m verdadeiro encanto,E vem trazer a lu\ a combater a treva.

Vós formastes aqui um baluarte ingente Contra a cubiça torpe, a corrupção venal;Tendes na vossa alma o vivo ardor do crente Que segue até d morte um lucido ideal.

A q u i não se consente a vil especulação;Dessa garra cruel o povo se redime.Ao vosso lado sempre, eu, ddhna e coração, Solto um « B ravo!»fervente d concepção sublime!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

P E N S A M ENTOS

A pobreza f a % perder o sentimento da altive\. E dif- íicil que um sacco vasio se conserve de pé.

— O homem de bem vê a prosperidade dos mais sem inveja, como vê seus crimes sem cólera.

— A natureza, dando-nos uma só lingua e dois ouvi­dos, parece que qui\ que ouvíssemos muito e fa lassemos pouco.

A N E C D O T A S

Um criminoso é entregue ao carrasco.Um padre approxima-se:— Meu filho, lem algum pedido a fa ze r? A vontade

dos que vão a m orrer é sagrada.— Tenho, sim, meu padre; queria aprender latim.

IlllIIIllillIIltilSlItil

Reflexões d'um carniceiro:— Não ha rem edio... a vender carne enriqueci e

meu filho não ha de ser um bruto como eu. . . Preciso dar-lhe uma carreira. . . Que ha de ser? O que me tem dado mais ganho são as línguas de vacca e de vitella. Jd sei o que ha de ser o meu f ilh o ! . . . Professor de línguas!

u iu im iim u m im i

Um freguez provando umas calças em casa de certo alfayatè:

— Estas calças es/ão muito curtas.— Não senhor. Teem o comprimento regifar.— Mas olhe! Veja que não chegam ds» botas!— Isso não é defeito das calças. E o senhor que tem

as pernas muito compridas.iiiiiM i nsiíim m i»

Um policia pediu em casamento uma rapariga; ella não qut\.

E lle então prendeu-a.— Qual é o crime d'esta rapariga?perguntou-lhe o

commissario.■— Resistencia d aucloridade.

zido muito tarde; os gau- lezes aprenderam a conhe- cel-o nas suas longinquas expedições, e, quando C e ­sar invadiu os seus campos, a sua producção era bas­tante restricta.

O liv ie r de Serres, diz- nos que no decimo sexto seculo, o*trigo só era con­sumido entre nós, nas me- zas dos ricos; a massa do povo comia cevada e cen­teio.

T h e a t r o SS lectro -S lag icoRealisou-se no domingo

passado o beneficio de M a -( nuel Caixinha. A concor­rência foi enorme chegan­do a vender-se bilhetes além da lotação. Não foi o espectáculo digno de tal concorrência, pois na par­te que diz respeito ás co­medias, o seu desempenho deixou muito a desejar.

Deliciou-nos cantando o fadinho, o nosso amigo C arlo s Herm enegildo de Mello, que foi muito ap- plaudido.

A actriz F. A. fez o mo­nologo «O riso», sendo ap- plaudida e com justiça.

Tam bem foram muito applaudidos os srs. José Cândido da Costa, Fran­cisco Cândido da Costa e João Coto, que obsequio­samente deliciaram os es­pectadores, tocando • tres difficeis trechos musicaes com muita correcção.

--- <«>— —«>,---

O fficina ale c h a p e le iro

De ha muito que nesta villa é sentida a falta de uma officina de chapeleiro que satisfaça por completo todas as exigencias deste povo, evitando assim, que, por causa de um chapéo, se tenha de ir a Lisboa, per­dendo para isso um dia de trabalho e gastando dinhei­ro nas passagens e na casa de pasto. Em breves dias tem Aldegallega uma offi­cina de chapeleiro com pes­soal habilitado.

Recebe chapéos de en- commenda e restaura os usados. Emprega feltros de |

25 FO LH ETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S dT p E C C A D OI-ivro pr im eiro

11

— Náo o temos sentido, respondeu miss Ellen.

— Além d’isso, continuou o Adria- rlo, teria podido recebel-os melhor estando prevenido.

— Oh! senhor Adriano, nem meu pae nem eu nos teríamos atrevido n convidar-nos assim.

— Esperava que miss Ellen , me fi­zesse a honra de me tratar como u«.! pessoa de amizade-.

primeira qualidade. O s seus preços serão resumidos

Esta officina representa para Aldegallega um im­portante melhoram ento; e deve-se elle ao sr. João An­tonio Ribeiro, Praça Ser­pa Pinto.

F g g r a c ã o

Pelas 5 horas e meia da manhã de 3o de abril ulti­mo, atravessou esta villa um furacão que causou prejuizos enormes. O thea- tro-barracâ «Electro-Magi- co», situado no largo da Caldeira, solidamente cons­truído de m adeira e cober­to de zinco, desappareceu nos ares. Ainda assim, ao que podia causar maior prejuizo, não succedeu mal algum, como: piano pho- nographo e scenario.

Um a das chapas de zinco que cobriam a referi­da barraca foi de encontro á chaminé do predio do sr; Luiz Pereira Fialho derri­bando-a

O pyrotechnico Da- vid Soares, chegada a hora para ir trabalhar na sua im­provisada officina, (barra­cão de madeira) qual não foi o seu espanto ao vêr que não estava alli coisa al­gum a do que deixara de véspera. Em polvora, py- roxila, trabalhos concluí­dos, etc., calcula um pre­juizo de 4.o$ooo réis ap- proxirnadamente.

Nos campos houve gran-i Odes prejuizos nos a rvo re­dos e sementeiras.

Algum as pessoas se le­vantaram da cama suppon- do que fosse um trem or de terra.

O tempo continua pés­simo.

« i a C a r t a C o ie -

s íiin a c io .jE a l

Estiv:ram fechadas na quarta feira ultima, a ca­m ara municipal e adminis­tração deste concelho, por ser o anniversario da Au- thorga da C arta Constitu­cional.

•— E tinha razão para isso, mas apenas nos conhecemos desde hon­tem.

— Pois eu parece-me que sempre a conheci, respondeu o Adriano, e não acho isso extraordinario. Ha de ter notado a menina que ha pessoas a quem a gente nunca se p, de ligar, porque hn uma coisa qualquer que rios impede toda a intimidade com ellas, e que, pelo contrario, ha outras a quem a g---nte estima logo á prim ei­ra vista, tão completamente e tão bem, que parece que não se poderão estimar mais quando se conheçam melhor.

— E em que categoria me colloca? perguntou miss Ellen sorrindo.

r—Oh! na segunda,-tenho a certeza de que já o comprehendeu.

--N ã o sei mentir, dis.-e a donzelln gravemente; não sinto nenhum e.ileio

em dizer-lhe que e. flecti vãmente meu pae e eu temos tambem a seu res­peito o sentimento que o senhor ex­prime.

—-Deus queira que a menina com ­parti-lhe tambem todos os que sinto nascer no coração!

Miss Ellen não se ofTendeu com a declaração subita do Adriano. Em vez até cie se ofTen er, olhou para elle como para o animar a continuar.

— Desculpe a minha franqueza, dis­se elle.

— Não tenho nada que lhe deseul par, respondeu ella; o senhor não diz palavras que eu não possa ouvir. Até dezejo que complete o seu pen­samento.

— Fal-o-hei com simplicidade, tor­nou elle, comprehendendo que joga­va uma partida dérisivá. Hontem, quáhdo a enéontrei,' fiquei logo im-

precionado pela sua graça e distiri- cção, e disse commigo mesmo que seria um homem feliz aque le de quem miss Ellen recebesse as home­nagens com agrado e a quem permit- tisse associar o destino d'eile ao seu. Depois-, quando a minha boa estrella me approximou de si, quando, n'esse curtíssimo colloquio que nunca es­quecerei. a menina se me revelou tal qual era, quando a vi: tão solicita e attenta com seu pae, senti o coração abrir-se me as esper.mças até então desconhecidas; foi como se m è p u - zessem de rep.nte nn presença daquella que estava destinada para sempre a ser minha esposa.

— Mas é um pedido de casamento que me está fazendo! exclamou miss Ellen.

— Se está surprehenaida, acruse-se a si própria. Eu náo sei fingir. Tenho

A l m e i d a ê ^ s a - r c í í

São hoje removidos parao pantheon dos Jeronymos, os despojos do egregiopoé- ta Almeida G arrett. Deve ser uma grandiosa home­nagem.

— Em homenagem ao grande escriptor e bom portuguez, a Sociedade Phylarmonica i.° de De­zembro, d’esta villa, far-se- ha representar na traslada- ção cios -despojos do emi­nente^ poeta pelo sr. Bal- thazar Manuel Valente.

— Tambem 0 Domingo se fará representar no cor­tejo civico em honra de Al­meida G arrett pelo nosso presadissimo collega de re­dacção, sr. Joaquim dos Anjos.

A u d i ê n c i a

Respondeu no dia 28 da abril findo no tribunal de esta comarca, Antonio Fer­nandes Chóchinhas, de Sa­rilhos Pequenos, accusado’ do crime de offensas cor- poraes, pelo que foi con­demnado em 15 dias de pri­são correccional. Não paga as custas por ter apresen­tado attestados provando ser pobre.

F a l i a d e e s p a ç o

P o r falta de espaço não damos hoje a conclusão do interessante conto «Fa- zê bem não olhes a quem»,

A RTE C U L IN A R IA

M a a i j a r Pirao E C O d e ís iis c je - « l o a s

Escaldem-se em agua a ferver 25o grammas de amêndoas, entre as quaes 10 amargas; tire-se-lhes a pelle, e deitem-se uma por uma em agua fria; depois tirem-se, enxuguem-se em um panno, pizem-se num almofariz, e quando esti­verem reduzidas a massa, junte-se-lhes meio litro de agua e esprema-se num panno em cima de uma

vinte e seis annos. o que quer dizer que possuo alguma experiencia do coração das mulheres. Accrescente a isto que sou pobre e não tenho outra fortuna senão algum saber, um nome universalmente respeitado e a ternura esclarecida de minha mãe que fez de mira o que sou. Ora, miss Ellen é ri­ca, altamente collocada na sociedade, muito longe de mim, e talvez lhe pa­reça que eu faria melhor em não di­zer isto.

Miss-Ellen ouvira aqueilas palavras, attenta e benevolente, e a sua attitu- de não mostrava descontentamento nem surpreza.

-t-Desengane-se, respondeu ella; em vez de rst. r recentida comsigo p o r ter falado, agradeço-lh’o.

i.Continual

Page 3: 0 . 1 ° j)E MAIO - mun-montijo.pt · ção de Classe dos Cai ... padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, ... A G R I C U L T U R A €&s vegetaes Os phenicios, os gregos

O DOMI NGOterrina; ter-se-ha entao

a especie de leite ds !lie.ndoas, ao qual se jun­

tarão 175 grammas de as- ucai-? uma chavena de

créme, agua de flor de la- anja, uma pouca de colla

de peixe.Misture-se tudo bem, e

jeite-se num prato covo. Deixe-se tomar consistên­cia a frio, ou sobre gelo, conforme o estado da tem­peratura.

ósI r a i a sD A C O R T E

|Chronica do reinado de Luiz X V )Romance historico por

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les-

(sut com o celebre cavalleiro de Grieux. formam o entrecho d'este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade deveras encantador.

A côrte de Luiz xv. com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta tn; gistr; lmente pelo auetor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi da a alcançar ent’-e nós exito egual aquelle.com que foi recebido em Pa- ris, onde se contaam por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande formato, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

g © r é i s o f a s e i c u l o

t í íO ré is o tosas®2 valiosos brindes a todos

os assignantesPedidos á Bibliotheca Popular, E m ­

presa Editora, 162, Rua da Rosa, 162 —Lisboa.

reira, no valor de 240^000 réis.

São citados para as di­tas arrematações quaes­quer crédores incertos nos tirm o s e para os effeitos do n.° i.° do artigo 844 do Codigo Processo Civil. E para constar se passou o presente e outros digo C i­vil.

Aldegallega do Ribate­jo, 25 de abril de 1903.

Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DIREITO

Oliveira Guimarães.

O ESCRIVÁO

José M aria de Mendonça.

M EM Ó RIA D E S C R IP T IV A

das villas de

C I N T R A l i C C H j L A U I S S

e seus arredores

Nova edição profusamente illustra da com centenares de gravuras, e des­envolvida com grande numero de annotaçóes.

E D IC Ã O DE L U X OPublicação em cadernetas semanaes

de 16 pag nas, com 8 gravuras pelo meno , por 6o réis.

Pedidos á casa editora «A Cárne­as, Largo da M isericórdia— Cintra,

ou aos seu; agentes.

C A R V Ã O D E K O C KDas Companhias Reuni­

das Ga/, e Electricidade, ie Lisboa, a 5 0 0 r ^‘s ca­da sacca de 45 kilos.

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j L a r g o a C'&!<ieíra* aldegallega

A N N U N C I O

COMARCA DE ALDEGALLEGA,11 TF

A N N U N C I O S

^ n i n t u n c i o

COSARCA DE ALDEGALLEGA

( l . a

Por este juizo de D irei­to cartorio do 1,° officio e execu;ão hypothecaria, que move José Alves Mi neiro, de Lisboa, contra Jozepha dos Anjos, viuva, proprietaria d’Alhos Ve­dros, vão á praça á porta do Tribunal desta com ar­ca, no dia 17 do proximo mez de maio, pelo meio dia, para serem vendidos por preços superiores aos abaixo declarados as se guintes propriedades:

Uma propriedade de casas sitas na rua do Tinoco ou da Egreja, d’Alh

na villa

IMlm 1 uo

( i . a !*aiSí!àcaç5e)

No dia dez de maio pro- x :mo, pelo meio dia, c porta do tribunal judicia cfesta villa, nos autos de acção executiva por di vi da’ de foros que D. An tonio cie Castro Pinto San ches Chatilhou, residente em Lisboa, move contra José Rodrigues Prosodio e malher, residentes no sitio de Fernão Ferro, se ha dc arrem atai- em hasta publi ca a quem m aior lanço ófferecer, uma porção cL

jterreno composto de vi 'nha, terra de sem eadura e cazas, tudo em mau esta do, sito na B a rra Cheia, freguezia d’Alhos Vedros, foreiro ao auetor em 2$Lp5 réis e uma gallinha ou 200 réis por ella, annualmente e vae á segunda praça no valor de ..p.S.jão réis.

Pelo presente são citâ- dos os crédores incertos

assistirem á dita ar- ação e ahi uzarem us direitos.

parad Alhos Vedros, composta! remataç de duas lojas, um andar j dos seu:

Aldegallega do Ribatejosuperior, cavállariça, quin tal e poço nó valor de 600^000 réis. Um a outra morada de casas, com al­tos e baixos, quintal e po- Ço, sitas na mesma rua e Vilia d Alhos Vedros, cons- titúéfn um praso foreiro em 2 $000 réis annuaes com laudemio de quaren­tena a Antoqio Pedro Mo-

ae abrii de 1903.

O E S C R IV Á O

Anlonio Augusto da Silva Coelho.

írifiquei a e :actidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

i PINTORESOU

í D i SILVA f &104

RELOJOARIA E OURIVESARIAS e m r i v a l

O proprietário d’este estabelecimento roga aos seus fre guezes a tineza de não comprarem ein outra parte, mesmo em Lisboa, sem que prim eiro experimentem os modicos pre­ços d'este estabelecimento; porque no presente anno deter­minou fazer propaganda, muito ut.l p.:ra os seus freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parte, devolve-se o seu dinheiro. Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria. Soldas em ouro e em pra­ta a 100 réis. Trabalhos para o; collegas, 20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se devolver as im ­porta 'cias justas, quando estes, não estejam á vontade. Aos seus freguezes rerommenda estar ás ordens para qualquer trabalho de occasião.

TODOS OS TRABALHOS SE GARANTEM POR UM ANNO

IPÍRA.ÇA. SSRPA PINTO — Aldegallega

(tRÂIDÍ■ji A R l â Z E l DO COMMERCIO^ ^--

JOÃO ANTONIO RIBEIRO5 9 , P R A Ç A S E R P A . P I N T O , 5 0 — A L D E G A L L E G A

iNGusm duvida que é este o estabelecimento que m elhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade de preços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

As lindas saias de feltro bordadas afilóçelle e muitos outros artigos de modas e confecções

U L T IM A N O V ID A D E ! U L T IM A N O V ID A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finissimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar um valioso fornecimento de machi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

T u d o smííI s b a r a to ! ! ! . . . T u d o su a is b a ra to ! ! ! . . .

T O D A S AS N O I T E S H A E X P O S I Ç Ã O ! ! ! . . .Com pleto sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo

com desenhos de completa novidade.Retrozeiro, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha

de mais moderno.

G R A N D E ARM AZÉM D O C O M M E R C IO #eloâo A m íoulo liiijt e lr o

Praça Serpa Pinto, 5g> AldegallegaS E N H A B R IN D E . -T o d o s os freguezes teem direito a áfe

uma senha por ca.ia compra de 200, rs. ÍEj*

B RIN D ES: 10 senhas, um bom sabonete grande 20, uma gfetoalha de rosto - 5o, um corte de tecido em chila para camisete — too. um corte de biarritz para bluza— 200, uma f g jsombrinha para senhora—Soo, um corte de seda para blu- jia— iooo, um corte de lã para vestido ou uma peça de panno patente.

Sedas pretas, velludos, arm ures, cachemiras e finissimas fazen­das para fato de homem.

A r t i g o s d c m a l h a

Toucas, capas e vestidos Chailes e lenços para senhora

em differentes cores.

Perfumaria! Perfumaria!

RELOJOARIA GARANTIDADE

A V E L IN O M A R Q U ES C O N T R A M E S T R E

Relogios de ouro. de prata, de aço, de nickel, de plaquet, de phanta- sia, americanos, suissos de parede, marítimos, despertadores americanos, des­pertadores de phantasia, despertadores com musica, suissos de algibríra com corda para oito dias.

Recummenda-se o relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , um bom escape d’ancora muito forte por 5Sooo réis.

Oxid m-se caixas d’aco com a maxima perfeição. Garantem-se todos os concertos, o" n rm re ta rio d ’est.\ reloioaria compra ouro e prata pelo preco mais elevado.

- R Í J A . D O ' P O Ç O — 1 - A L D E G A L L E G A D O R IB A T E JO

Page 4: 0 . 1 ° j)E MAIO - mun-montijo.pt · ção de Classe dos Cai ... padarias, cafés, botequins, tabernas, talhos, ... A G R I C U L T U R A €&s vegetaes Os phenicios, os gregos

O D O MI NGO

COIIERGIOTendo augmentado consideravelmente o sortimento deste conhecido e van­

tajoso estabelecimento, os seus proprietários, sèm apregoar milagres, veem mais uma vez por este meio, pedir ao publico em geral que, quando qualquer com pra tenham de fazer ainda que insignificante, visitem e^te estabelecimento, afim de se inteirarem das qualidades e preços por que são vendidos os s j u s artigos. Não an- nunciam qualidades e preços impossíveis de se apresentarem ao com prador nem tão pouco com o fim de chamar a attenção do publico costumam annunciar o que não teem nem podem ter. Para prova da seriedade deste estabelecimento, são sufficientes as ausências feitas pelos seus freguezes, ainda mesmo os menos dedi­cados.

Vendem a todos pelo mesmo preço. Não dão brindes porque para isso ser- lhes-hia forçoso augm entar a percentagem sobre os artigos a vender e d ahi re­sultaria não poderem fazer os preços que estão fazendo.

Como é sabido tem este estabelecimento, que garante vender muitos arligos ain­da mais baralos que em Lisboa, as secções de Fanqueiro— sortido grande; Retro- zeiro— nao existe outro estabelecimento local com maior e mais completo sortimento; Modas— comquanto seja a secção de menos existencia, estão os proprietários muito satisfeitos com as suas escolhas; M ercador— sortimento sem rival, tendo já recebido alguns artigos para a estação de verão; Calçado— sortido e fabricação esmerada, pois que os proprietários mandam fabricar po r sua conta,'motivo de garantia para a sua venda; Chapelaria— ha collecções dos formatos mais usados. Tem mais alguns artigos de D ecorador, taes como: passadeiras, jutas para reposteiros, pannos para meza, vitragens para cortinas, etc., etc.

Ganhar pouco para vender muito! Os muitos poucos fazem muito!P r e ç o F ix o . T bbsI o s e m a n d a a e a s a d o frcgBaes e d ã o - s e a isso sá ras e o m p r e ­

ç o s a «jaiem a s reíiaisSsilarR U A D IR E IT A , 88 e 9 0 — R U A D O C O N D E , 2, A L D E G A L L E G A

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» » » » » 2.a, »» branco » » i.a »» verde, tin to .. . . » »» abafado, branco » »» de Coliares, tinto » garrafa» Carcaveilos br.c» » »» de Palm ella.. . . <> »» do Porto, superior »» da M ad eira .. . . . . . »

V in a g r e sVinagre t nto de i . a. litro...........

» » » 2.a, » ...........» branco » i . a, » ...........» » » 2.a, » .............

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P ara ti..CaaEaêa IBraasea

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garrafa»»

36o rs. 36j » 240 » 180 » 160 » 14.0 » 160 » 160 »

700 rs. 600 »

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Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

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ESTEVÃO JO SE DOS REIS_ ♦ COM — ^

1

m jE Â H I A - A L D E G A L L E N S ED E

José A nto nio N u n e s

N ’este estabelecimento encontra-se á venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estima- veis freguezes e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.19- - L A E G O D A E G R E J A . -

A ld e g a l le g a d o S&ifoaíejo

JOSÉ DA ROCHA BARBOSAC o i u o f í i e i n a « l e C o r r e e i r o e S e l l e i r o

18, RUA 1)0 l - O K N O , 18 A S. BD Si i i A B. S, l i i i A

S A L C H I C H A R I A MERCANTIL1 )E

J O A Q U I M P E D R O J E S U S ItELOGIOCarne de porco, azeite de Castello Branco e mais

qualidadès, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei- gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An- cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de prim eira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

54 a 56, Largo da Praça Serpa Pinto, 54 a 56

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D I A R I O D E NOTICIASA GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal j.

Interessantíssima narração dás luctas entre inglezes e boers, «illustrada» om numerosas zinc o-gravur; -s de «homens celebre.;» do 1 ransvaal e do

Orange. incidentes notáveis, «ceríos e batalhas mais cruenta-, daG U E R R A A S G L O -B O E R

P o r um funccionario da C ru z V erm elha ao serviçodo Transvaal.

Fasciculos semanaes de 1 6 paginas................. 3o réisTomo de 5 fasciculos ......................................... i 5o »A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante rctualidade.

N'ella sáo descriptas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G LO -! O E R faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bati lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrim a lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios Je heroismo e tenacidade, em que sáo egualmente admiraveis a coragem e de­dicação patriótica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e 'tre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras p e rp e tia s. p o r tal maneira dramáticas e pittorescas, que dão á GUr.K- RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d ’uma nar- n.tiva histórica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA R IO DÈ N O T IC IA Sapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto. julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos succes;os que in a i, interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos á Emprega do D IA R L O D E N O T IC IA S Rua do D iario de Noticias, 110 — L IS B O A

Agente em Aldegallega - A. Mendes Pinheiro Junior.