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COLÉGIO ESTADUAL NOVA VISÃO–ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Decreto de Criação n.º 24506/59 de 20/07/59Autorização de funcionamento Res. 3274 de 21/12/89
Aut. De Func. Do 2º grau – Res. 365/97-Reconhecimento Res. 6.174 de 06/12/93Rua 13 de Maio, 3824 – Telefone/Fax (46) 3242-1956 – 85 560 000 – Chopinzinho/PR
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CHOPINZINHO – PR2010
MENSAGEM
Soneto de Definições
Não falarei de coisas, mas de inventos
E de pacientes buscas no esquisito
Em breve, chegarei a cor do grito
À musica das cores e do vento.
Multiplicar-me-ei em mil cinzentos
(desta maneira, lúcido, me evito)
E a estes pés cansados de granito
Saberei transformar em cataventos.
Daí, o meu desprezo a jogos claros
E nunca comparados ou medidos
Como este meus, ilógicos, mas raros.
Daí também, a enorme divergência
Entre os dias e os jogos, divertidos
E feitos de beleza e improcedência.
Carlos Pena Filho
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SUMÁRIO
1 Apresentação .............................................................................................04
2 Disciplinas...................................................................................................05
2.1 Arte e Artes..............................................................................................05
2.2 Biologia....................................................................................................24
2.3 Ciências...................................................................................................32
2.4 Educação Física......................................................................................38
2.5 Ensino Religioso......................................................................................44
2.6 Filosofia...................................................................................................49
2.7 Física ......................................................................................................52
2.8 Geografia ................................................................................................59
2.9 História.....................................................................................................68
2.10 Língua Portuguesa................................................................................75
2.11 Matemática............................................................................................89
2.12 Química ...............................................................................................99
2.13 Sociologia ...........................................................................................104
2.14 L.E.M Espanhol...................................................................................111
2.15 L.E.M. Inglês .......................................................................................116
2.16 Apoio Especializado – Sala de Recursos............................................128
2.17 Apoio Especializado – Sala de Recursos /Altas Habilidades.............133
2.18 Centro de Atendimento Especializado – CAE.....................................146
2.19 Celem –Espanhol...............................................................................153
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1 APRESENTAÇÃO
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Nova Visão – EFM do
município de Chopinzinho/PR – Núcleo Regional de Pato Branco, constitui-se em
documento escolar resultante de encontros, estudos, discussões entre Professores,
Equipe Pedagógica e Direção.
Nosso Colégio optou por constituir uma Proposta baseada na Educação Básica por
acreditarmos que a educação é um contínuo e que o conhecimento se dá no conjunto de
informações que o aluno recebe durante a sua vida.
A especificação da Proposta por série se dá através dos Planos de Ensino por
serem dotados de flexibilidade permitindo articular os conteúdos estruturantes e
específicos conforme a realidade dos sujeitos daquela série ou nível.
Outro motivo que levou-nos a uma proposta clássica seguindo o que é proposto
nas DCEs é o fato das Diretrizes terem sido construídas por professores e avaliadas ao
longo das Semanas Pedagógicas, pelos professores locais, fator que a valida e garante
na íntegra, sem contestação ou desculpa que é algo imposto.
Acreditamos que a Proposta Curricular Pedagógica somente de efetivará a partir do
momento em que os professores e equipe reconhecem a importância de uma metodologia
centrada no conhecimento construído histórico e socialmente pelos envolvidos.
O estudo dos livros didáticos públicos, a troca de experiências, a formação
continuada constituem-se em instrumentos insubstituíveis na concretização desta
Proposta.
A Proposta aqui apresentada se estrutura numa breve apresentação de itens
didáticos importantes para a compreensão do proposto e que assim se constituem:
1. Apresentação da disciplina
2. Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina
3. Metodologia da disciplina
4. Avaliação
5. Referências Bibliográficas
A PPC fundamenta-se principalmente como eixo para os professores que
ministram ou ministrarão aulas neste estabelecimento de ensino.
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2 DISCIPLINAS
2.1 ARTES
1 Apresentação da disciplinaA arte como trabalho artístico está presente no Brasil desde sua colonização. O
trabalho de catequização desenvolvido pelos jesuítas trazia o aprendizado das artes e
ofícios utilizando-se da retórica, música, literatura, dança, escultura, pintura e artes
manuais. Valorizava também as manifestações artísticas indígenas.
No governo de Marquês de Pombal os jesuítas foram expulsos do Brasil.
Estabeleceu-se, então, uma reforma na educação, a Reforma Pombalina. Esta estava
fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra e enfatizava o ensino das
ciências naturais e dos estudos literários. Porém, algumas congregações religiosas
continuaram a seguir a tradição pedagógica e cultural jesuítica em alguns colégios-
seminários, onde, entre outras áreas, o ensino da música e do desenho estavam
presentes.
No início do século XIX, a pedido da corte portuguesa, um grupo de artistas
franceses veio ao Brasil e fundou a Academia de Belas Artes. Esse grupo ficou conhecido
como Missão Francesa, cuja concepção vinculava-se ao pensamento tradicional de arte.
Em 1980, com a proclamação da república ocorreu primeira Reforma Educacional
no Brasil, a qual direcionou seus interesses para a produção capitalista e secundarizou o
ensino da arte.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi outro marco importante para o ensino da
arte, que a partir de então teve enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade,
apoiando-se na Pedagogia da Escola Nova. Neste contexto foram criadas algumas
escolinhas de arte.
No governo de Getúlio Vargas houve uma generalização do ensino da arte. Uma
mesma metodologia foi adotada na maioria das escolas brasileiras e o canto orfeônico e a
teoria musical tornaram-se obrigatórios. Heitor Villa Lobos foi o mentor desta proposta.
A partir da década de 1960 os movimentos artísticos se intensificaram, entre eles,
merecem destaque: bienais, bossa nova, teatro oficina, teatro de arena de Augusto Boal e
o cinema novo de Glauber. Porém, com o Ato Institucional nº 5, o AI5, em 1968, eles
foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao
regime da época forma exilados.
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Em 1971 com a promulgação da Lei Federal nº 5692/71, o ensino da arte no
Ensino Fundamental e Médio torna-se obrigatório. Entretanto, foi fundamentado para o
desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho
criativo e o sentido estético da arte.
Na constituição de 1988 o ensino propunha oferecer aos educandos, acesso aos
conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora. Em arte, buscou-se a
formação do aluno pela humanização dos sentidos e pelo trabalho artístico.
Do período de 1977 a 1999 foram publicados os Parâmetros Curriculares, os quais
fundamentavam-se na proposta de Ana Mae Barbosa, a Metodologia Triangular.
Em 2003, inicia-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação e Instituições de Ensino
Superior, pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de
diretrizes curriculares estaduais. Conforme as DCE (2008, p.45) “tal processo tomou o
professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e
registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas
dimensões artísticas, filosófica e cientifica e articulam-se com políticas que valorizam a
arte e seu ensino na rede estadual do Paraná”.
Para a disciplina essa conquista significa uma possibilidade de romper com uma
hegemonia da cultura europeia, ainda presente em muitas escolas,
O ato de ensinar e aprender arte está fundamentado em três eixos norteadores: o
fazer artístico, o conhecimento histórico e a apreciação estética. Sendo assim a arte não é
somente uma forma de expressão, ela abrange vários aspectos permitindo que os
educadores situem seus educandos no mundo, por meio da música, do teatro, da dança e
das artes visuais, pois através dessas linguagens é possível exprimir idéias e
sentimentos.
O ensino da arte amplia a capacidade para ler o mundo e resolver problemas.
Muitas vezes, são nas aulas de artes que são dadas oportunidades das pessoas
vivenciarem uma experiência estética, e sem o estudo e a prática da disciplina de arte, os
alunos tendem a ter uma visão mais restrita de si mesmos e da própria cultura. A arte
torna as pessoas mais sensíveis e mais críticas.
A aprendizagem do ensino da arte se transformou ao longo da história e é
importante ressaltar que a arte é constantemente transformadora, é uma das áreas que
contribui na construção do conhecimento.
Cabe ao professor incentivar e valorizar a criatividade, o importante é respeitar a
amplitude das diferenças individuais de cada aluno. Segundo Duarte Jr. (2003) através da
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arte somos levados a conhecer aquilo que não temos oportunidades de experienciar em
nossa vida cotidiana.
Partindo do exposto, a Arte tem como objetivo no Ensino Fundamental e Médio:
- Possibilitar aos alunos um novo olhar, um ouvir mais crítico um interpretar da
realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, no imaginário, bem
como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artística;
- Aprofundar o conhecimento em arte dentro de um processo criador, que
transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo, reconhecendo o
aluno como sujeito histórico e social;
-Possibilitar e ampliar as oportunidades para o desenvolvimento de experiências
estéticas / artísticas;
- Aprofundar as linguagens artísticas reconhecendo os conceitos e elementos
presentes nas diferentes culturas;
- Perceber o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação;
- Desenvolver o conhecimento artístico, o conhecimento estético e o conhecimento
contextualizado interrelacionando os saberes;
- Proporcionar ao aluno o reconhecimento e apreciação da Cultura Afro, o
conhecimento das diferentes tribos explorando na dança e na música a expressão de
sentimentos vividos que determinam a história de uma determinada sociedade no tempo
e espaço que está inserido em nosso meio;
- Possibilitar ao aluno condições para a percepção e o desenvolvimento de um
olhar crítico através de imagens e sons, os vários prismas que envolvem a Violência e as
Drogas na sociedade atual.
2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da DisciplinaConteúdos estruturantes
Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-
se que os conteúdos estruturantes da disciplina são: elementos formais, composição e
movimentos e períodos.
Conforme as DCEs, os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente
para um melhor entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser
trabalhados de forma articulada.
Conteúdos básicos
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Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino fundamental e para o Ensino Médio. Estes são
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas
disciplinas da educação Básica.
Nesse quadro, os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem ser
tomados como ponto de partida para a organização pedagógica curricular das escolas.
Os conteúdos estão organizados de forma a comporem uma unidade. Para isso
foram selecionados enfoques a serem aprofundados para todas as áreas em cada
série/ano.
5ª série/6ª ano - Área Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio
BidimensionalFigurativa/Abs-tratoGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia.Repetição e alternânciaExpressões e proporçõesSombra
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalIdade MédiaArte Popular(Folclore)Arte Pré-HistóricaRenascimentoBarroco
Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das Artes Visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais no qual se originou.
5ª série/6ª ano - Dança –
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Movimento Eixo Pré-história Estudo do Compreensão dos
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CorporalTempoEspaço
DeslocamentoPonto de apoioFormaçãoTécnicaImprovisaçãoGênero: Circular
Greco-romanaRenascimentoDança clássica
movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artística no qual se originou.
5ª série/6ª ano - Teatro –
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Personagem: Expressões corporais; vocais, gestuais e faciais;AçãoEspaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscaraGênero: Tragédia, comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo. Adereços
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro popular
.Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
Produção de textos teatrais explorando temas como: violência, drogas, educação ambiental e sexualidade.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
5ª série/6ª ano - Música –
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Altura Ritmo Greco- Percepção dos Compreensão dos
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DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
MelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromática maior, menor, improvisaçãoGêneros: erudito, popular
RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaMúsica popular (folclore)
elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.
Teoria da música.
Produção e execução de instrumentos rítmicos.Pratica coral e cânone rítmico e melódico.
elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalo melódicos e harmônicos.
6ª Série/7º ano - Artes Visuais –
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
PontoLinhaformaTexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoGeométricaTécnicas: pintura, desenho,Escultura,Modelagem,Gravura,Mista,Pontilhismo...Gêneros: paisagem, retrato, naturezamorta,simetria,assimetriaSombra.
Arte indígenaArte popular Brasileira e ParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.
Teoria das artes visuais
Produção de trabalhos de artes visuais com característicasda cultura popular,relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares suas origens e praticas contemporâneas.
Apropriação pratica e teóricas de técnicas e modos de composição visual.
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6ª Série/7º ano - Dança -
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
MovimentosCorporal
Tempo
Espaço
Gênero: folclóricaPopular, étnicaPonto de apoioFormação rotaçãoCoreografiaSaltoQuedaNíveis (alto, médiobaixo).
Dança popular BrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias de dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
.Compreensão das diferentes formas de dança popular,suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição de dança.
6ª Série/7º ano - Teatro
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscaraProdução de texto teatral:
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimento
Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
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Espaço
Tempo
Espaço
abordagem de temas contemporâneosGênero: tragédia, comédia, enredo, roteiro. Espaço cênico, Adereços.
Teatro Popular
articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
6ª Série/7º ano - Música
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalasEstrutura
Gêneros: folclórico, popular, éticoTécnicas: vocal, instrumental, mista. Improvisação.
Música Popular e étnica (Ocidental e oriental)BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/SertanejoRaiz
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Pesquisa da paisagem sonora.Teorias da música.Produção de trabalhos, músicas com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
7ª Série/8º ano - Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
LinhaForma
BidimensionalTridimensional
Arte contemporâne
Percepção dos modos de
Compreensão das artes visuais no
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TexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio
FigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Pontilhismo...Gêneros: paisagem retrato, naturezamorta, retrato, paisagem.
aArte cinética,Vanguardas,Arte Digital,Indústria Cultural,Op Art,Pop Art,Classicismo
fazer atividades com artes visuais nas diferentes mídias.Teoria das artes visuais e mídias.Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
7ª Série/8º ano - Área Dança
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
MovimentoCorporal
Tempo
Espaço
DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural, espetáculo.
Hip Hop,MusicaisExpressionismoIndústria Cultural,Dança Moderna,Dança Clássica
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teorias de dança de palco e em diferentes mídias.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção divulgação e consumo.
7ª Série/8º ano - Área Teatro
Conteúdos Estruturantes
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AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Tempo
Espaço
Representação no cinema e Mídias (Vídeo, TV e computador) Texto dramático.CenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredoTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
Indústria CulturalRealismoCinema NovoExpressionismoMovimento Das Vanguardas,Classicismo
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.Teorias da representação no teatro e mídias.Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
7ª Série/8º ano - Área Música
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.Sonoplastia.
Indústria Cultural,Eletrônica,Minimalista,Rap, Rock, Tecno.Sertanejo popVanguardasClássica
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O Som e a música no cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador).
Teorias sobre música e indústria.
Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
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recursos tecnológicos.
8ª Série/9º Ano - Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio
BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho,Performance...Gêneros: paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano.
Realismo,Dadaísmo,Arte Engajada,Muralismo,Pré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator De transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
8ª Série/9º Ano - Dança
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
MovimentoCorporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo, moderna Coreografia.
Arte EngajadaVanguardas
DançaContemporânea,Romantismo.
Percepção dos modos de fazer dança, e sua função social.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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Arte Engajada.
8ª Série/9º Ano - Teatro
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Tempo
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-fórum, Teatro imagemRepresentação Roteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros.
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo.
Percepção dos modos de fazer teatro, e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos de representação abordando temas como: Educação ambiental, violência, sexualidade e drogas.
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
8ª Série/9º Ano - Música
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEstruturaTécnicas: vocal, instrumental, mista.Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música ContemporâneaHip Hop, Rock, PunkRomantismo.
Percepção dos modos de fazer música, e sua função social.
Teorias sobre música.
Produção de trabalhos com modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte
Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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Engajada.
ENSINO MÉDIOArtes Visuais
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio
BidimensionalTridimensional Figura e fundoFigurativa/Abs-tratoGeométricaPerspectivaContrastesSemelhançasRitmo VisualExpressões e proporçõesTécnicas: Pintura., desenho, modelagem, Instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas....Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte Popular(Folclore)Arte Pré-HistóricaArte BrasileiraArte ParanaenseArte de VanguardaArte ContemporâneaArte Engajada
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque e composição nas diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, e divulgação e consumo.
Dança
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Movimento Corporal
EixoDinâmica
Pré-história Grco-Romana Estudo do
Compreensão dos elementos que
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Tempo
Espaço
AceleraçãoPonto de Apoio RotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGênero: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, Salão, moderna, contemporânea...
Medieval RenascimentoDança ClássicaDança Popular BrasileiraArte EngajadaVanguardas
Dança ContemporâneasRomantismo
movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Teatro
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-fórum.RoteiroEncenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, comédia, drama e Épico
Teatro Greco- romanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro popularIndústria CulturalTeatro
Percepção dos modos de fazer teatro, e sua função social.Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
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Tempo
Espaço
DramaturgiaRepresentação nas mídiasDireção e produção.
EngajadoTeatro do OprimidoTeatro pobre.
movimentos e períodos do teatro.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos de representação abordando temas como: Educação ambiental, violência, sexualidade e drogas.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
Música –
Conteúdos Estruturantes
AbordagemPedagógica
Expectativas de Aprendizagem
ElementosFormais
Composição Movimentos e períodos
Conteúdos Básicos
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico , pop...Improvisação
Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Paranaense, Industria CulturalVanguardaAfricana.
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea(popular e erudita), dos modos de fazer música, e sua função social.
Teorias da música.
Produção de trabalhos com modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diferentes culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias.
3 Metodologia da disciplina Em toda a ação pedagógica devem estar presentes os conteúdos específicos dos
três conteúdos estruturantes, organizados de forma horizontal (tabela acima) e
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relacionados entre si. A metodologia adotada pelo professor deve propiciar ao aluno uma
compreensão próxima da totalidade da arte, para que ele a compreenda como forma de
conhecimento, ideologia e trabalho criador.
Os três momentos da ação pedagógica - teorizar / sentir e perceber / trabalho
artístico - devem ser norteadores do encaminhamento metodológico. O primeiro
fundamenta e possibilita ao aluno perceber e apropriar a obra formando conceitos. O
sentir e perceber são formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. O
trabalho artístico é a prática criativa, onde o aluno explorará os elementos que compõe
uma obra de arte.
O professor tem autonomia para definir por qual desses momentos pretende iniciar
seu trabalho em sala de aula, tendo a possibilidade, também, de trabalhá-los
simultaneamente. Porém, ao final das atividades, espera-se que o aluno tenha vivenciado
cada um deles (teorizar / sentir e perceber / trabalho artístico).
O processo educativo deve abranger a experimentação e a exploração de materiais
e técnicas vinculadas à produção artística, o que possibilitará ao aluno a familiarização
com as variadas linguagens artísticas. É importante que os materiais utilizados e os
conteúdos tratados sejam entendidos como instrumentos de interação com o mundo
artístico, pela reflexão e exploração das possibilidades expressivas.
Nas Artes visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e
virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na cor,
nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
Em dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no
tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar e
compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões acerca das
relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que
refletem esteticamente recortes da realidade.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no
cotidiano não caracteriza-se conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento
escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem como a
identificação de suas propriedades, variações e maneiras intencionais de como esses
sons são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta propiciará o
reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais
propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de
improvisação e composição no trabalho com as personagens, com o espaço da cena e o
20
desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos clássicos, ou de
narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola
também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos elementos
formadores dessa linguagem, de forma a propiciar ao aluno conhecimentos por meio do
ato de dramatizar.
É importante ressaltar que em todas as linguagens os conteúdos devem estar
relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno, considerando artistas,
produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter
universal. Cabe ressaltar, também, que na atualidade as mídias são parte integrante do
cotidiano do educando (televisão, rádio, internet, celulares, etc.), fato que também deve
ser relevado no encaminhamento das aulas através de propostas que explorem estes
meios, seja através de pesquisas, discussão, debates ou utilização dos mesmos no
desenvolvimento das aulas.
Sempre que possível os conteúdos básicos da disciplina deverão estar articulados
com os temas tratados nas seguintes leis: 10.639/03 “História e Cultura Afro”, 13.381/01
“História do Paraná”, 9.795/99 “Meio Ambiente” e 11.645/08 “História e Cultura dos Povos
Indígenas”.
Os desafios educacionais contemporâneos (Sexualidade, Prevenção ao uso
Indevido de Drogas e Violência, Educação Ambiental, Educação Fiscal) também devem
ser abordados nas aulas de arte, visto que, são questões do dia a dia da escola e da
sociedade. Os mesmos devem ser trabalhados atrelados aos conteúdos específicos da
disciplina, sempre proporcionando ao aluno o conhecimento, o desenvolvimento da
criatividade e a percepção.
As aulas de arte devem ser interessantes e motivadoras, para que chamem a
atenção do aluno ao que vai ser trabalhado. Crianças menores gostam de atividades
lúdicas e jovens gostam de falar e debater, então, o educador de arte pode propor
atividades aproveitando a realidade da sala de aula, porém, contemplando os três
momentos da ação pedagógica.
O professor precisa saber de que forma poderá contribuir na aprendizagem do
educando, auxiliando-o nas aulas, preparando atividades diversificadas onde tenham
atividades de observação e atenção à todos os sentidos que precisam ser explorados. Por
meio da educação em arte é possível desenvolver o pensamento artístico e a percepção
estética. É através da própria experiência artística, que o aluno consegue desenvolver a
percepção e a imaginação.
21
3.1 Recursos Internet, Biblioteca, livro didático, filmes, vídeos, instrumentos musicais,
reproduções de obras artísticas, cds e dvds, músicas, TV multimídia, pendrive, fotografias,
etc.
4 Avaliação
Nas Diretrizes Curriculares de Arte a concepção de avaliação para esta
disciplina é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos. O professor deve considerar as vivências e
habilidades artísticas dos alunos. É processual por pertencer a todos os momentos da
prática pedagógica e não estabelecer parâmetros comparativos e sim, discutir
dificuldades e progressos de cada aluno. Inclui a avaliação do professor, da classe, do
desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno. Ela busca o desenvolvimento
formativo e cultural do aluno, considerando sua capacidade individual, seu
desempenho e participação nas atividades realizadas.
Segundo a LDB n.9394/96 a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Com base nas concepções de avaliação apresentadas na LDB e nas Diretrizes
Curriculares de Arte, a avaliação em arte no Ensino Fundamental e Médio deste
colégio abrangerá observações e registros do processo de aprendizagem dos alunos.
O professor utilizará de vários instrumentos avaliativos, entre eles, trabalhos
individuais e em grupos, pesquisas bibliográficas e de campo, seminários, debates,
simpósios, provas teóricas e práticas.
Os critérios a serem considerados a partir da observação e instrumentos
avaliativos serão a compreensão, capacidade de solução de problemas, aprendizado,
produção e assimilação do aluno em cada conteúdo.
As avaliações desenvolvidas, de acordo com o Regimento Escolar, terão peso
10,0 (dez vírgula zero) e serão somadas e divididas pelo número total de avaliações
para obter-ser a média bimestral de cada aluno.
22
A recuperação será paralela e simultânea aos instrumentos de avaliação
oportunizando ao aluno uma nova maneira de apresentar seu entendimento e
assimilação em relação ao conteúdo trabalhado.
5 Referências Bibliográficas
BRASIL, Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases da educação
nacional, LDB. Brasília, 1996.
DUARTE Junior, João Francisco. Por que arte-educação? 14 ed. Papirus, 2003.
OSTROWER, Fayga P. Universo da Arte. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte e Artes para a
Educação Básica. Curitiba, 2008..
2.2 BIOLOGIA
1 Apresentação da disciplina
De acordo com as DCE's de Biologia, a mesma tem como objeto de estudo o
fenômeno VIDA, o que levou o ser humano a diferentes concepções de mundo e de seu
papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de
garantir a sobrevivência humana.
Desde o período paleolítico o ser humano, caçador e coletor, fazia observações e
as registrava através de pinturas rupestres, essa curiosidade em explorar a natureza, foi
evoluindo, dentro do contexto histórico, buscou-se então compreender as influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram a construção do
conhecimento.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA tem origem na
antiguidade. O filósofo Aristóteles (384 a.C.-332 a.C.) deixou contribuições relevantes
23
quanto á organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam,
dentre outras, explicações para a compreensão da natureza.
Na idade média a concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza
e considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia
uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW,SANT'ANA, 2002p,13).
A necessidade de organizar o conhecimento produzido fez surgir as primeiras
universidades medievais, onde sistematizou-se o conhecimento acumulado durante
séculos e passou-se a discutí-lo de maneira distinta do que ocorria nos centros religiosos.
Nessas universidades, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais
prenunciaram mudanças de pensamento em relação às concepções, sobre aqueles
fenômenos.
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica
medieval iniciou uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais.
A história da ciência, na renascença foi marcada pelo confronto de ideias,
despertaram maior interesse pela observação empírica e direta das plantas
representando a preocupação dos naturalistas em descrever e ilustrar a natureza criada
por Deus, sob essa concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da
natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS,1994,p.360-363).
O pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu para uma nova
visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a natureza, propôs um
procedimento de investigação que “substitui a revelação mística da verdade pelo caminho
no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da observação” (FEIJÓ,2003
p.18).
Neste mesmo período, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) contrapõe-
se ao pensamento baconiano considerando que, o uso da razão é a faculdade máxima do
conhecimento e para isto, o uso do método permite “a ampliação ou o aumento dos
conhecimentos e procedimentos seguros que permitem passar do já conhecido ao
desconhecido” (CHAUÍ,2005,p.128).
O médico William Harvey (1578-1657), publica a obra publica de Modus Cordis, em
1628, propondo um novo modelo referente à circulação do sangue, resultante de
experiências com o corpo humano. Este modelo foi acolhido como uma das bases mais
consistentes do pensamento biológico mecanicista.
Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento sobre a
origem da vida. Francesco Redi (1626 – 1698) apresentou estudos sobre a biogênese.
24
Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a origem da vida,
pois os conhecimentos desenvolvidos até então impediam esclarecimentos e definições
sobre a natureza evolutiva.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de
instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o
funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez
mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as relações de causa e
efeito no funcionamento de cada uma delas.
Com as evidências sobre a extinção das espécies, surgiu o pensamento biológico
evolutivo, que levantou proposições para a teoria da evolução em confronto com as ideias
anteriores.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre a
mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados principalmente por
Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean- Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck
(1744-1829).
Darwin acreditava na herança de características adquiridas e, produziu uma
emergente teoria da evolução, Lamarck considerava a classificação importante, porém
artificial, por acreditar na existência de uma sequência natural para origem de todas as
criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo ambiente.
No início do século XIX o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)
apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies. Com Darwin, a concepção
teológica criacionista, que compreendia as espécies como imutáveis desde a sua criação,
deu lugar à reorganização temporal dessas espécies, inclusive a humana.
Ao se afirmar que todos os seres vivos, tiveram origem evolutiva e que o principal
agente de modificação seria a ação da seleção natural, criou-se a base para a teoria da
evolução das espécies, assentada no ponto de intersecção entre o pensamento científico
e filosófico.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas.
Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido como
método hipotético-dedutivo.
Os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões. Para se contrapor à teoria
fixista, faltavam-lhe dados sobre a natureza dos mecanismos hereditários.
As leis que regulam a hereditariedade eram desconhecidas por Darwin.
25
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características
entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de
transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel realizou diversos cruzamentos
utilizando diferentes organismos, nos quais observou que as características eram
transmitidas.
No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria
celular.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e
provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribui para a construção de um
modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob
influência do pensamento biológico evolutivo.
Os estudos dos geneticistas Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram para
que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos e
tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do
darwinismo. Nesse contexto histórico e social a Biologia começou a ser vista como
utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras
áreas.
Em meados da década de 70, as discussões acerca do progresso da ciência,
expuseram a fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a uma epistemologia
empírica.
O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar a
realidade objetiva, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia exigiu
modificações do método.
A Biologia ampliou sua área de atuação e se diversificou. Tais avanços, permitiram
o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico
evolutivo.
Esses conhecimentos geram e põem em discussão a manipulação genética e suas
implicações sobre o fenômeno VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo
modelo explicativo se constitua como base para o desenvolvimento do pensamento
biológico da manipulação genética.
Sendo assim, temos como objetivo dentro da disciplina de Biologia ampliar o
entendimento sobre o mundo vivo percebendo nossa incomparável capacidade de
intervenção no meio, favorecendo o desenvolvimento de modos de pensar e agir que
permitam aos indivíduos se situarem no mundo e de participarem de modo consciente e
consequentemente, desenvolvendo conhecimentos que ampliam a sua representação e
26
comunicação; o seu espírito de investigação e compreensão de forma a contextualizar o
aprendizado e reconhecer o fazer humano como produto sócio-cultural, sempre
associados aos conhecimentos científicos básicos da disciplina, relacionar conceitos da
Biologia com os de outras ciências; discutir, com prioridade, assuntos que envolvam os
avanços científicos e tecnológicos ás condições de vida, sem deixar de lado o caráter
ético e sustentável.
Atualmente a disciplina de Biologia no Estado do Paraná é regida pelas Diretrizes
Curriculares que se fundamentaram na concepção histórica da ciência articulada aos
princípios da filosofia da ciência.
2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina:
A disciplina de Biologia no ensino médio tem como objeto de estudo o fenômeno
VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre
este fenômeno, numa tentativa e explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
No entanto, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no ensino
médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
teóricos elaborados pelo ser humano-seus paradigmas teóricos- que evidenciam o
esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Para a efetivação deste ensino foram definidos, segundo as DCE's , conteúdos
estruturantes envolvendo:
1- Organização dos seres vivos: este conteúdo estruturante possibilita conhecer
os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres
vivos, relacionando-os ás existência de características comuns entre estes e sua origem
única.
2- Mecanismos Biológicos: privilegia o estudo dos mecanismos que explicam
como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.
3- Biodiversidade: este conteúdo possibilita o estudo, a análise e a indução para a
busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade.
4- Manipulação Genética: trata das implicações dos conhecimentos da biologia
molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de
manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da
VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.
Ainda de acordo com as DCE's foram estabelecidos conteúdos básicos dentro da
disciplina de Biologia, sendo eles:
•classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
27
•sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
•mecanismos de desenvolvimento embriológico.
•mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
•teorias evolutivas
•transmissão das características hereditárias
•dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente.
•organismos geneticamente modificados.
Segundo as DCE's que orientam a concepção pedagógica, em que se admite um
conhecimento relativamente autônomo, assume-se que o saber tende a um conhecimento
objetivo.
3 Metodologia da disciplina
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina
de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório
permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e
teorias elaboradas em cada momento histórico, social e político, econômico e cultural.
De acordo com Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que os conteúdos
específicos de Biologia, necessitam apoiar-se num processo pedagógico em que:
•a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e
denotar, dar significação às concepções alternativas doa aluno a partir de uma visão
sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
•a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a
serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos
são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação
desse conhecimento.
•a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para
que os alunos assimilem e o transformem em instrumento de construção pessoal e
profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias á luta
social para superar a condição de exploração em que vivem.
•a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e
o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados
em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas
estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.
28
•o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e
pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de
uma sociedade igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo
passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de
maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo educacional
põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.
Para que os objetivos sejam alcançados, serão utilizados recursos didáticos e
tecnológicos como:
•leituras compartilhadas de textos de interesse do aluno, destacando situações do
momento, ou que propiciem a reflexão e a valorização da vida.
•músicas que denunciem o descuido e o desrespeito do homem pela natureza, ou
que alertam sobre a ética e a postura.
•experimentos, excursões, debates e aulas expositivas serão realizadas sempre
que houver necessidade ou que algum fenômeno necessite de comprovação.
•recursos tecnológicos como filmes, software, slides, serão utilizados sempre que
necessário.
•palestras com profissionais da comunidade.
•estudos do meio, esse tipo de estudo é motivador para os alunos, pois há troca de
ambiente de aprendizagem para fora da sala de aula.
•desenvolvimento de sequência didática, que contribuem para a formação de
hábitos e atitudes para a aquisição de conceitos.
•jogos didáticos permitem o desenvolvimento de competências no âmbito da
comunicação e das relações interpessoais.
Durante o ensino da disciplina de Biologia serão trabalhadas as leis: Lei 10.639/03
“História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.975/99 “Meio ambiente”
e Lei 11.645/08 “História e cultura dos povos indígenas”, sempre que o conteúdo
possibilite a interdisciplinaridade dos conteúdos com as referidas leis.
4 Avaliação
De acordo com o regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, a avaliação
segue a deliberação nº 007/99-CEE.
Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual
o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
29
De acordo com o Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino,
avaliação só é formativa se for informativa. E só é informativa se responder a questões
como: o que deve saber sobre o objeto avaliado? Se é capaz de... se compreendeu,
observando que não há avaliação sem pergunta feita à realidade (HADJI,2001,p.7)
Nesta abordagem avaliativa, estamos praticando uma avaliação processual através
da análise e reflexão das atividades curriculares e do desenvolvimento do aluno, uma
avaliação contínua feita ao longo do ano através das expressões do conhecimento nas
áreas, das ações colaborativas entre os alunos, da expressão da criatividade, da
compreensão das relações entre as áreas do conhecimento, do compromisso com os
fazeres da disciplina e da escola, da participação nas atividades de sala de aula, extra-
classe, entre outros; avaliação credencial feita através de diferentes instrumentos
orientados para tal fim de cunho individual, grupal e/ou auto-avaliação.
Para a elaboração da avaliação, serão utilizados instrumentos avaliativos como:
prova objetiva, prova dissertativa, seminário, trabalho em grupo, debate, relatório
individual, auto-avaliação, observação e conselho de classe.
Dar-se-a relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração
pessoal, sobre a memorização.
De acordo com o regimento escolar a recuperação de estudos será chamada de
Recuperação Paralela de Estudos, acontecendo da seguinte maneira:
I. O professor da disciplina fará o levantamento, por meio de análise das avaliações
dos conteúdos trabalhados no bimestre que apresentaram defasagem;
II. Na última semana do bimestre, o professor fará uma revisão dos conteúdos
levantados e com o auxílio dos alunos que apresentaram maior domínio nas habilidades,
atenderá aos alunos defasados, de forma individual ou em duplas, permanecendo desta
forma todos os alunos em sala de aula;
III. Se o resultado da avaliação após a recuperação paralela for menor que a
anterior, prevalecerá a maior nota.
5 Referências
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba:SEED, 2009.
GASPARIN, J.L. Uma didática para a Pedagogia histórico-crítica. Campinas. Autores Associados,2002.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas.autores Associados,1997.
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PARANÁ/SEED. Deliberação nº 007, de 09 de Abril de 1999.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Nova Visão – EFM
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nova Visão – EFM.
2.3 CIÊNCIAS
1 Apresentação da disciplina
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza
o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados
na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,
espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas
também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). Nesses
termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar
as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos
diversos momentos históricos.
31
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p. 162).
O ensino de Ciências tem uma grande necessidade de ter e ser abordada de forma
integradora, articulada e sempre conceitual estabelecendo relações entre os conceitos
científicos escolares de diferentes conteúdos. Com essa integração, o estudante é levado
a pensar e interrelacionar o conteúdo com sua realidade regional, possibilitando maior
sentido e significado ao aprendizado. As possibilidades de reconstrução interna de
significados (interna ligação) e ampliação de seu desenvolvimento cognitivo serão bem
maiores.
A base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino
Fundamental refere-se a: Astronomia; Matéria; Sistemas Biológicos; energia e
Biodiversidade.
O ensino de Ciências deve ser relevante e articulado e, para tanto, precisam ser
tratados sob a perspectiva crítica e histórica considerando o sujeito um ser histórico e sua
prática social oriunda dos aspectos sociais, políticos, econômicos e éticos capaz de
compreender a historicidade, a intencionalidade, a provisoriedade e a aplicabilidade.
No decorrer do processo de Ensino Aprendizagem, o trabalho em sala de aula
objetiva:
-Oportunizar o estudo da vida (sistemas biológicos), do ambiente
(biodiversidade), do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da energia
fornecendo subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo natural, do
mundo construído e da prática social.
- Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a
integração entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de
nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução relacionando-os à saúde e a
sua manutenção tendo como princípio a prevenção.
- Discutir sobre os diferentes ambientes da terra, sua diversidade,
localização, caracterização, transformações e adaptação dos seres vivos e do homem
em diferentes espaços atentando para um ensino voltado à sustentabilidade de todas
as formas de vida.
32
- Envolver os conhecimentos da física e da química com os conceitos
biológicos evitando a fragmentação do ensino de ciências.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
A Ciência no Ensino Fundamental tem por finalidade compreender os
fenômenos naturais e, para tanto se faz necessário que tais fenômenos sejam tratados
sob o foco de conhecimentos físicos, químicos e biológicos oportunizando o estudo da
vida e sua relação com o mundo natural, com o mundo construído e com a prática
social a qual a vida está inserida.
Para a efetivação deste ensino foram definidos, segundo as DCE'S, conteúdos
estruturantes envolvendo:
a) Astronomia – É uma das ciências de referência para os conhecimentos
sobre a dinâmica dos corpos celestes. Traz discussões sobre o geocentrismo e o
heliocentrismo, bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos
explicativos que envolveram tais discussões.
Englobando-se a este conteúdo estruturante encontram-se os básicos:
Universo;
Sistema solar;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
Astros;
Origem e evolução do universo;
Gravitação universal.
b) Matéria – Diz respeito ao estudo da constituição dos corpos. Permite um
estudo não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua
constituição, indo além do que vemos, sentimos ou tocamos.
As interligações feitas entre o conteúdo estruturante citado se faz por meio dos
seguintes conteúdos básicos :
Propriedades da matéria;
Constituição da matéria.
c) Sistemas Biológicos – A abordagem deste conteúdo estruturante se dá na
constituição e características especificas do funcionamento dos sistemas orgânicos e
fisiológicos (locomoção, digestão, respiração...). Parte-se do entendimento do
organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão comparando seres
33
vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das suas inter-
relações.
Alguns conceitos e relações a serem trabalhadas como conteúdos básicos são:
1. Níveis de organização celular;
2. Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
3. Células;
4. Mecanismos de herança e genética.
d) Energia – Propõe-se uma discussão do conceito de energia, relacionado
com uma das leis mais importantes da ciência: conservação de energia. Esta
representa as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Assim, tem-se o
propósito de provocar a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender
o conceito d energia no que se refere às suas várias manifestações: energia mecânica;
térmica; elétrica; luminosa; nuclear e outros.
Envolvem-se aqui os seguintes conteúdos básicos:
a) Formas de energia;
b) Conversão de energia;
c) Transmissão de energia;
d) Conservação de energia.
e) Biodiversidade - Discute e busca um entendimento para alem da mera
diversidade de seres vivos. É fundamental saber que a diversidade de espécies,
considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes
ambientes, mantém suas interrelações de dependência e está inserida em contexto
evolutivo.
Englobando-se a este conteúdo estruturante encontram-se os básicos:
Origem da vida;
Evolução dos seres vivos;
Organização dos seres vivos;
Ecossistemas;
Sistemática;
Interações ecológicas.
3 Metodologia da disciplina
O encaminhamento metodológico será orientado na abordagem crítica e histórica
considerando o sujeito histórico e a prática social deste sujeito. A articulação entre os
diferentes conhecimentos é o eixo norteador nesta metodologia para tanto, as discussões,
34
análises de textos, documentários, o uso da investigação, da observação, da
problematização e da reflexão devem permear os conteúdos e em especial nas atividades
práticas em laboratório e nos diferentes cenários que o estudo permitir. O trabalho de
campo, visitas, os projetos, palestras com convidados, debates, seminários,
representações gráficas, exposições e feiras também serão usados articulados a outras
atividades que estimulem o trabalho coletivo, sugeridos nas DCEs.
Os recursos pedagógicos: slides (TV Pendrive), fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROM,
quadro, giz, livro didático público, livros paradidáticos, textos, matérias de jornais e/ou
revistas, leituras compartilhadas de diferentes matérias, destacando situações do
momento, ou que proporcionem a reflexão e a valorização da vida dentre eles os Desafios
Educacionais Contemporâneos; lúdico (jogos, brinquedos, modelos, exemplificações),
laboratório de informática entre outros, servirão de suporte complementar aos recursos
humanos que são professores, alunos, funcionários e equipe pedagógica.
As indicações das DCEs deverão servir de base para o trabalho pedagógico no
nosso colégio visando uma metodologia que leve o aluno a participar de projetos na
escola e fora dela.
O registro no caderno, cartazes, painéis, provas escritas e trabalhos individuais ou
grupo, serão, entre outros, meios para analisar e documentar o aprendido.
No decorrer do processo ensino aprendizagem será dado alusão aos Desafios
Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes. Será
trabalhado também assuntos referentes à Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, Violência, Educação Fiscal e Educação Ambiental. Surgindo essas oportunidades
trabalhar-se-á de forma integrada ao conteúdo ora estudado.
Sabe-se que e nosso dever e obrigação abranger em nossas falas e ações a
História e Cultura Afro (Lei nº 10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio
Ambiente (Lei nº 9795/99), História e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08).
4 Avaliação
A compreensão e conhecimento da realidade do aluno, e como conseqüência, da
turma, é o ponto inicial de uma boa avaliação. Esta investigação se dará através de vários
meios como: pesquisas, questionários, diagnósticos, conversas, depoimentos, análises.
Assim sendo, a avaliação no ensino de Ciências deve contemplar os diferentes
momentos do processo de ensino e aprendizagem, e por isso ela deverá ser formativa,
processual e contínua, ao longo das aulas e sistemática a partir de critérios avaliativos,
estabelecidos no início do ano letivo, no contrato didático da disciplina. As leituras
35
científicas, atividades experimentais, em grupo, ou individuais, pesquisas, construção de
mapas conceituais, organogramas, gráficos, tabelas, observações, atividades lúdicas,
seminários, gincanas, registro no caderno, exercícios, a interpretação, a análise, a
capacidade de apropriação e reconstrução de conceitos, serão considerados na avaliação
assim como avaliações do tipo testes e provas com o objetivo de orientar a prática
pedagógica e o avanço na construção do conhecimento.
Os critérios de avaliação propostos no PPP deverão servir de suporte ao processo.
A investigação/reflexão/superação será a base para o processo avaliativo formativo.
É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno
apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um
acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a
transpor os obstáculos visando a sua promoção.
O resultado numérico de avaliação será a somatória das formas de avaliações com
peso de 0,0 a 10,0 e fazer a média aritmética. Caso o aluno não alcance ou queira
aumentar sua nota ele terá direito à recuperação paralela de conteúdos onde o professor
baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca diminuindo esse conceito.
Entende-se a recuperação de estudos como elemento indispensável para a
retomada da ação pedagógica. Esta recuperação deve ser incorporada às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo mais um componente do aproveitamento
escolar.
5 Referências
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba: SEED, 2008.
Revistas Superinteressante. Editora Abril
Revistas Ciência Hoje. Revista de Divulgação Científica, Rio de Janeiro, SBPC.
Revista Galileu. Editora Globo / Revista Época. Editora Globo.
www.matatlantica.org.br
www.amazonia.org.br
www.rededasaguas.org.br
www.biomassa.com.br
http://www.geologo.com.br/aguahisteria.asp
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/educadores
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
36
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=127
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 57
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 13
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=91
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=58
2.4 EDUCAÇÃO FÍSICA
1 Apresentação da disciplina
A Educação Física é uma disciplina que tem como objetivo a reflexão sobre a
cultura corporal, enfatizando a liberdade de expressão, criando possibilidades para que o
aluno seja sujeito do processo ensino-aprendizagem, interagindo com o objeto de estudo
(o corpo, o movimento a saúde...) com o grupo e com o professor.
Essa disciplina é fundamental para que o aluno conheça melhor seu próprio corpo,
sobre a cultura esportiva, sobre as manifestações rítmicas e folclóricas.
É nas aulas de educação física que o aluno vai aprofundar a compreensão da
cultura corporal do movimento como fenômeno social produzido historicamente nas
diferentes manifestações: políticas, econômica social e outras.
Nessa visão, nas aulas de Educação Física o aluno poderá analisar e refletir sobre
a história dessa tão amada disciplina, que as raízes da mesma encontra-se na relação
37
homem X natureza, na ação humana de retirar da natureza os elementos essenciais a
sua subsistência.
De acordo com Escobar, (1995) nós não nascemos pulando, saltando ou mesmo
manuseando objetos; o ser humano foi se adequando às necessidades impostas pelo
meio.
Com base no que foi exposto, concorda-se com Ramos, (s/d, p 01) que diz ser
necessário compreender que é importante considerar as idéias prévias dos estudantes e
dos professores advindas de suas experiências e de seus valores culturais. Esse
processo deve ser sempre contextualizado e comparado historicamente.
A Educação Física acompanha a existência humana. Porém, no Brasil, ela teve o
seu início seguindo os modelos europeus e chamava-se ginástica e, surgiu a partir da
preocupação advinda dos conhecimentos médicos, de melhorar o desenvolvimento físico
dos militares, aprimorando as capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza,
a agilidade, a resistência, além de visar a formação do caráter, da autodisciplina, de
hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia, e do sentimento patriótico, afirma-se nos DCE
do Paraná, p. 38.
A partir do século XX, apoiada na medicina, a Educação Física preocupa-se em
formar um novo homem, ganhando espaço na escola, nos mesmos moldes da ginástica,
com exercícios físicos e disciplina rígida, afirma Soares, 2004, p.70.
A partir de 1929, torna-se disciplina obrigatória nas escolas explicitando-se por
alguns marcos, como por exemplo: Instrução Física Militar (método Francês).
Em 1931, passou a ser exigida no ensino secundário; em 1933, é criada a Escola
de Educação Física do Exercito; em 1939 é criada a Escola Nacional de Educação Física
e Desportos da Universidade do Brasil.
A partir de então; tomo caráter de competição. Desse período a 1945, durante o
mandato de Getúlio Vargas, nas reformas educacionais, a Educação Física passou a ser
exigida nas escolas com uma carga horária de 30 a 40 minutos, três vezes por semana,
para meninos e meninas separadamente.
Após a revolução de 1964, o caráter esportivo da Educação Física se ampliou.
Desde então, muitas foram as reformas de ensino e, com elas, a formação
acadêmica dos professores nessa área. Porém, a idéia que predominava, era formar
atletas e, mais uma vez, reforçava-se a obrigatoriedade na escola.
Em 1980, o sistema educacional brasileiro passou por nova reformulação,
baseando-se nos pressupostos da pedagogia histórico - critica, o objeto da Educação
38
Física passou a ser a cultura corporal valorizando-se como conteúdos: O esporte, a
ginástica; os jogos; as lutas e a dança.
Na década de 90 surge a concepção crítica-emancipatória, pelo pesquisador
Elenor Kunz (1994) e, a partir daí, dentro de um projeto mais amplo de educação do
Estado do Paraná, entendeu-se a escola como um espaço que, entre outras funções,
deve garantir o acesso aos alunos, ao conhecimento produzido historicamente.
Foi então que o objeto de estudo da Educação Física, a Cultura Corporal, recebeu
o importante papel de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano
mais crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto e também é agente
histórico.
2 Conteúdos estruturantes/Básicos da disciplina
Os conteúdos estruturantes para a educação básica envolvem o corpo e sua
expressividade como alicerces do projeto educativo.
Constituem-se em conteúdos estruturantes para as séries do Ensino Fundamental:
a) Esporte - envolvendo os esportes na história, como fenômeno de união de
massa e ainda os princípios básicos, regras, táticas, bem como, os elementos básicos
que os constituem. Discute o sentido de esporte enquanto competição esportiva e o
esporte enquanto atividade corporal.
b) Ginástica - estuda a origem e evolução da ginástica ao longo do tempo em
relação à cultura de cada povo; estuda os diferentes tipos de ginástica e suas práticas.
c) Dança - envolve o corpo como instrumento da dança, do teatro, estuda os
tipos de danças, o folclore e os ritmos com suas expressões como a mímica, a
imitação e a representação.
d) Jogos e brincadeiras - aborda a os jogos, brinquedos, brincadeiras
tradicionais e de época. Promove a construção de brinquedos estimulando a
construção de brincadeiras.
Os conteúdos estruturadores serão articulados com elementos que envolvem as
manifestações lúdicas, o desenvolvimento corporal, a construção da saúde e as relações
do corpo como mundo do trabalho.
Espera-se que o sujeito após estudar os conteúdos estruturantes citados, esteja
preparado ou apresente maior condição de entendimento tanto intelectual quanto físico
para compreensão de pontos mais complexos que envolvem a cultura corporal como
norte de um trabalho voltado para as relações entre a formação histórica do sujeito e suas
39
representações corporais, articulando aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e
culturais.
Portanto, se constituem em conteúdos estruturantes para o Ensino Médio:
a) Ginástica - compreende os tipos de ginásticas desenvolvidas em diferentes
espaços, ritmos, representações artísticas, de relaxamento e meditação; a criação de
movimentos e coreografias em locais livres, com ou sem materiais; a ginástica e a
socialização e ainda, a ginástica estética em relação aos aspectos subjetivos de
valorização ou não do corpo enquanto referencial de beleza.
b) Danças - envolve e valoriza a regionalidade através de danças típicas;
discute a dança como meio de prevenção da saúde e cura de doenças; aborda a
expressão corporal como composição técnica ou como prática cultural/social; aborda as
das questões do folclore; e aspectos anatomo-fisiológicos que envolvem práticas
culturais.
c) Esportes - neste conteúdo deve ocorrer a abordagem histórico-social; a
profissionalização em seus aspetos positivos e negativos; a competitividade; a saúde do
atleta e sua qualidade de vida que envolve a exploração de jovens sonhadores. Envolve
diferentes esportes, sempre levando em consideração as especificidades regionais e
locais como: o futebol, o voleibol, o handebol, o raquetebol, o basquetebol e o atletismo.
Abordam informações sobre as lesões e primeiros socorros, doping e substâncias ilícitas.
d) Jogos e Brincadeiras - devem ser trabalhados envolvendo o raciocínio
lógico, a socialização a expressão corporal, o senso de equipe e o espírito criativo.
Envolve desde as brincadeiras de rua/populares até os jogos cooperativos. Aborda o lazer
em suas diferentes representações.
e) Lutas – De acordo com o que recomendam as DCEs de Educação Física do
estado do Paraná, as “Lutas” se constituem conhecimento de grande relevância e deve
fazer parte do contexto escolar.
Conforme o pressuposto, esse conteúdo será trabalhado no decorrer do ano letivo,
na forma de pesquisas na Internet, livros, revistas, pois a historia delas possibilita a
identificação das várias modalidades, bem como dos aspectos culturais e sociais
conforme o lugar e o tempo onde elas eram praticadas.
Uma pesquisa bem planejada e desenvolvida do mesmo modo deverá resultar em
exposições dos resultados das pesquisas; apresentações por grupos locais convidados,
debates, reflexões que possibilitem aos alunos compreender a importância de se respeitar
as normas; de haver disciplina, compromisso, companheirismo, sessões de filmes,
relatórios, comentários sobre as lutas.
40
Utilizar-se-ão também os DVDs disponíveis na biblioteca sobre o tema. Envolve o
conhecimento histórico/cultural que reflete as simbologias de um povo. Discute as lutas
em relação ao ataque e defesa e auto-proteção. Envolve a capoeira, o taekwondo, o judô
e outras que se identifiquem com a realidade da escola.
Os conteúdos estruturadores devem ser articulados envolvendo o corpo, a saúde, a
desportivização, a tática, a técnica, o lazer, a mídia e em especial a diversidade étnico-
racial, gênero e inclusão de pessoas especiais, não como forma de cumprir
determinações legais, mas como oportunidade de revisão de conceitos e idéias,
desenvolvimento de valores humanos e valorização de culturas diferentes.
3 Metodologia da disciplina
A construção do conhecimento e do desenvolvimento do educando deverá se dar
através de aulas teórico-práticas para a explanação do objeto de estudo, estudos de
texto, pesquisas, vídeos, palestras e debates nas experiências corporais e trabalhos em
grupo que serão usados visando desenvolver a estimulando o aluno a ser protagonista de
seu saber.
As criações de textos artísticos servirão de base para o desenvolvimento das
manifestações estético-corporais na dança, no teatro, jogos, nas brincadeiras e na
construção de brinquedos.
As aulas deverão ser organizadas de forma a propiciar: conversação,
problematização, apreensão do conhecimento, prática, observação, registro,
reflexão/diálogo, avaliação e intervenção pedagógica através de uma metodologia
envolvente, crítica e principalmente superadora da fragmentação e linearidade dos
conteúdos.
Durante o ensino da disciplina de Educação Física serão trabalhadas as leis: Lei
10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.975/99 “Meio
ambiente” e Lei 11.645/08 “História e cultura dos povos indígenas”, sempre que o
conteúdo possibilite a interdisciplinaridade dos conteúdos com as referidas leis.
Também serão trabalhados os Desafios Educacionais Contemporâneos sempre
que surgirem situações e fatos pertinentes. Assuntos referentes à Sexualidade,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Violência, Educação Fiscal e Educação Ambiental
serão abordados de forma integrada ao conteúdo ora estudado.
3.1 Recursos
41
Os recursos a serem utilizados consistem em DVD,s ; exposições ilustradas;
pesquisas na internet, relatos de documentários na TV; diálogo com os alunos, materiais
apropriados a cada conteúdo, em espaços igualmente adequados as atividades.
4 Avaliação
Os critérios de avaliação serão através de uma metodologia crítico-superadora que
requer também uma avaliação reflexiva, formativa que permita não só os aspectos
quantitativos mensuráveis que visam classificar alunos mais aptos ou menos aptos, ou
que sirva de somente a um critério, aprovar ou reprovar. Requer um olhar especial ao
PPP do Colégio, construído de forma viva e dinâmica e que propõe uma avaliação
envolvendo a análise e a reflexão, contínua envolvendo a avaliação formativa e credencial
através de diferentes instrumentos orientados para tal fim, de cunho individual, grupal
e/ou auto-avaliação.
A avaliação será adotada na educação física como prática investigativa / reflexiva /
credencial visando o desenvolvimento integral do aluno e também, o cumprimento legal
dos critérios para promoção nos seus estudos.
5 Referências
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED, 2006.
MATTOS, Mauro Gomes de e Marcos Gareia Neira. Educação Física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. 1ª edição - São Paulo: Phorte e Editora–2000
CARNAVAL, Paulo Eduardo. Medidas e avaliação em Ciências do Esporte. 2ª edição-
Rio de Janeiro: Sprint- 1995.
FILHO, Lino Castelani. Educação Física no Brasil- A História que não se conta.
3ªedição-Campinas, São Paulo: Papirus, 1991.
BAGATINI, Vilson. Psicomotricidade para deficientes. 1ª edição- Porto Alegre: Sagra: DC Luzzanatto, 1992.
Coletivo de autores. Metodologia do ensino de Educação Física. 2ª edição-São Paulo: Cortez, 1992.
42
2.5 ENSINO RELIGIOSO
1 Apresentação da disciplina
O Ensino Religioso, desde 10 de fevereiro de 2006, através da deliberação
nº01/06, deve considerar as diversidades religiosas no Estado e suas manifestações.
Desta forma o Ensino Religioso torna-se de grande importância na vida do ser humano,
por isso deve fazer parte do currículo escolar. As demais matérias têm como preocupação
essencial à instrução, não contemplando os argumentos filosóficos, os aspectos
antropológicos, uma riqueza histórica fascinante, já que o estudo das religiões propicia o
conhecimento das diferentes sociedades, dos grandes lideres e do homem comum.
Nessa perspectiva, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, legalmente
institui-se na escola, possibilitando aos educados oportunidade de se tornarem capazes
de entender os movimentos específicos das diversas culturas, cujo substantivo religioso
43
colabora com a constituição do cidadão multiculturalista. Requer ainda o entendimento e a
reflexão no espaço escolar do reconhecimento da justiça e dos direitos de igualdade civil,
social, cultural e econômico, bem como a valorização da diversidade.
Cabe ressaltar, ainda, que essa disciplina permite que se compreenda a trajetória de
diferentes grupos, suas manifestações no espaço escolar, bem público, de direito a todos.
Desse modo, possibilita a reflexão e a análise sistematizada sob a ótica do conhecimento
doutrinal ou prosélito, na medida em que se estabelecem relações entre culturas,
espaços, tempos e diferenças, para que no entendimento destes elementos se possa
elaborar o saber, significando-o como elemento de patrimônio das diferentes culturas,
com vistas à humanização dos sujeitos, no espaço escolar justifica-se este estudo por
fazer parte do processo civilizador da humanidade.
Apontar novas perspectivas, enfatizando a importância de se assegurar o respeito
à diversidade cultural e religiosa, incentivando a valorização nas manifestações culturais,
levando o educando a auto-valorizar a própria crença e a partir daí respeitar as diferentes
opções religiosas.
Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural, cultivando atitudes de respeito
com as pessoas objetiva:
- Valorizar as diversas religiões presentes em nosso meio;
- Reconhecer as qualidades das próprias religiosidades;
- Desenvolver atitudes e solidariedade com os que sofrem discriminação;
- Reconhecer e respeitar a liberdade de crença de cada indivíduo.
- Resgatar o Sagrado.
- Permitir que o educando pudesse refletir e entender com os grupos sociais
se constitui culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.
- Compreender as suas trajetórias suas manifestações no espaço escolar,
estabelecendo relações entre cultura, espaços, e diferenças, para que no entendimento
destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a entender a
diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.
- Refletir e valorizar a auto-estima das pessoas através da música.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
Compõem-se de saberes, conhecimentos, conceitos e práticas que contribuam
para com o entendimento sobre o sagrado.
44
a) Paisagem religiosa - refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretude,
os espaços sagrados. Considerar o espaço social e cultural.
b) Universo Simbólico e Religioso - é a apreensão conceitual através da razão,
pela qual concebemos o sagrado pelos seus predicados e reconhecemos a sua lógica
simbólica: palavras, sons, gestos, rituais, obras de arte criadas pela humanidade.
c)Texto sagrado – Envolve as danças sagradas, pinturas sacras, textos sagrados,
orações, doutrinas que constituem o substrato sagrado de seus seguidores.
No ensino religioso nas 5ª e 6ª séries o objeto de estudo é o sagrado, sendo assim
os conteúdos estarão sempre a ele relacionados.
Conteúdos Básicos5ª série Organizações Religiosas; Lugares Sagrados; Textos orais e escritos; Símbolos
Religiosos.
6ª sérieTemporalidade Sagrada; Festas religiosas; Mitos; Vida e morte.
3 Metodologia da disciplina
A metodologia deve pautar-se em práticas que respeitem as diferentes
manifestações religiosas.
Os procedimentos metodológicos deverão envolver:
A superação, pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou à presença
de qualquer crença religiosa, toda forma de proselitismo, bem como a discriminação de
toda e qualquer expressão do sagrado;
O entendimento de que a escola é um bem público e laico, cujo acesso e
permanência são direito adquiridos por todo cidadão brasileiro;
Não admissão do uso do espaço/tempo escolar para legitimar a uma
manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é espaço de
doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações;
Reconhecimento das diversas manifestações do sagrado como sendo
componentes do patrimônio cultural e relações que estabelecem entre si;
A necessidade da construção, reflexão, e socialização do conhecimento
religioso que proporcione a um indivíduo sua base de formação integral, de respeito e de
convívio com o diferente;
45
O uso da linguagem pedagógica e não religiosa referente a cada expressão
do sagrado, adequada ao universo escolar, na compreensão desse espaço como sendo
de reflexão e sistematização de diferentes saberes;
O respeito, por parte do docente, ao direito à liberdade de consciência e à
opção religiosa do educando, transpondo qualquer ato prosélito, relevando os aspectos
científicos do universo cultural do sagrado e a diversidade sócio-cultural posta diante de
todos;
Considerando as especificidades de cada região do Estado do Paraná, a realidade
local de cada escola, as necessidades de cada educando e, principalmente, a diversidade
da expressão do sagrado, o encaminhamento metodológico pautar-se-a nos pressupostos
delineados nas DCEs para compor e organizar os conteúdos a serem desenvolvidos.
Realização de pesquisas, estudos e debates, bem como apresentação de vídeos,
documentários e textos são procedimentos metodológicos que darão suporte às aulas.
Quanto aos recursos, será utilizado textos de jornais, revistas e periódicos
disponibilizados, TV Pendrive, Laboratório de Informática e Biblioteca.
As entrevistas e depoimentos também se constituem elementos importantes para
discussão sobre o sagrado e suas representações. Também se reconhece que além dos
conteúdos de Ensino Religioso, as disciplinas escolares incorporam e atualizam
conteúdos decorrentes do movimento das relações de produção e dominação,
determinando as relações sociais vinculando-se tanto a diversidade etno cultural quanto
os problemas sociais contemporâneos, incorporados como termos referentes às leis
10.639/03 “História e Cultura Afro” LEI 9.795/99 “Meio Ambiente” e LEI 11.645/08 “História
e Cultura dos Povos Indígenas LEI 13.381/01 “História do Paraná”, aos desafios
educacionais contemporâneos (sexualidade, prevenção e uso de drogas, violência,
educação ambiental e fiscal). Estes conteúdos fazem parte das discussões na cultura
religiosa sempre procurando trazê-los de acordo com a realidade dos alunos de forma
que os mesmos possam estar ampliando seus conhecimentos e sua visão sobre as
diferentes culturas no que diz respeito aos usos e costumes e ao sagrado.
4 Avaliação
A avaliação será embasada nos critérios estabelecidos no PPP, deliberação
007/99-CEE, DCEs e LDB. A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e
orienta a intervenção pedagógica e, portanto, será realizada em função dos conteúdos
expressos nesta proposta curricular pedagógica. Seguirá os princípios de investigação,
46
observação, sistematização de forma abrangente num exercício continuo para a
efetivação de uma avaliação formativa.
Quanto a característica processual, esta ocorrre através das técnicas e
instrumentos que servem de base para o levantamento do aprendido como debates,
seminários, pesquisas, trabalhos e provas escritas, com valor de 0,0(zero) a 10,0(dez),
porem sem registro para fins de aprovação. Conforme DCEs, deve ser explicitada no
Plano de Trabalho Docente.
A recuperação ocorre de forma paralela sempre observando o desenvolvimento
intelectual do aluno.
No Ensino Religioso a avaliação deve ser um movimento sobre a ação da pratica
pedagógica, com uma dimensão que envolva o ensino e a aprendizagem continuada
estabelecendo o verdadeiro sentido da avaliação.
A avaliação escolar e constituída de um projeto de futuro social, pela intervenção
da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da
ação pedagógica em movimento da aprendizagem do aluno da qualificação do professor
e da escola.
5 Referências
- Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008.
- ACHARYADEVA, Hridayananda das Goswmi . Os valores da liberdade: Onde o
Ocidente encontra o Oriente. São Paulo: Fundação Bhaktivedanta.
- OLIVEIRA, Maria Antonieta Albuquerque de. Componente Curricular. In:
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo WAGNER, Raul. Ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
-Textos Complementares – A Cultura Religiosa, As Religiões do Mundo e outros.
-CRUZ, Therezinha M. L. da – Descobrindo Caminhos: Ensino Religioso\2002-
(Coleção Descobrindo Caminhos).
47
2.6 FILOSOFIA
1 Apresentação geral da disciplina:
Os problemas que a filosofia coloca ajudam-nos a compreender melhor o mundo
que nos rodeia e a tomar uma atitude crítica em relação às respostas ou soluções que
vão sendo apresentadas para os problemas da sociedade, com vista a poderem ser
melhoradas, no fundo com o objetivo de alcançarmos um mundo cada vez melhor para
todos.
Para que isso aconteça existem vários recursos didáticos que podem ser usados
tais como: revistas, jornais, recortes, livros além das tecnologias tais como: filmes,
músicas, pesquisas na internet, entre outras, que integram o aluno para adquirir o
conhecimento desta disciplina e explora a importância como saber escolar e como
contribuição para a formação do estudante. Os objetivos são:
48
- Possibilitar estudos que desenvolvam a compreensão da complexidade humana
no mundo contemporâneo, e suas múltiplas particularidades e especializações.
- Estimular o trabalho de mediações intelectuais visando desenvolver o
compromisso consigo mesmo, com o outro e com o mundo que o rodeia.
- Trabalhar de forma crítica objetivando a formação pluridimensionanal e
democrática.
- Estabelecer relações de ordem, de contradição e dúvidas, dando ao aluno
a possibilidade e a oportunidade da busca pelas ciências filosóficas.
- Compreender o papel da ética e os padrões éticos presentes nas
diferentes formas de manifestação do pensamento de grupos étnicos diversos.
2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina2.1 Conteúdos estruturantes
Os conteúdos estruturantes da Filosofia se constituem historicamente e advém de
contextos e sociedades diferentes, mas que ganham força na realidade vivenciada pelos
envolvidos.
Os conteúdos estruturantes são:
a) Mito e filosofia:
Diz respeito ao homem enquanto ser pensante e criativo; pensamento racional e
pensamento conceitual, relação do pensamento mítico com o pensamento racional;
Filosofia e História; Filosofia e Política.
b) Teoria do conhecimento:
Envolve assuntos relacionados aos fatores históricos/ temporais que influenciaram
a elaboração das teorias do conhecimento, verdade e mentira como critério na educação
humana; objeto e fonte do conhecimento.
c) Ética:Diz respeito aos valores, normas, autonomia, repressão, vivência, injustiça;
ética nas relações individuais e grupais; ética/ religião.
d) Filosofia Política:
Envolve os assuntos referentes aos Regimes Políticos; Repressão Política; Direitos
Humanos; Relações de Poder; Conceitos de cidadania,democracia,igualdade, liberdade,
justiça.
e) Filosofia da Ciência:
49
Pesquisa e Ciências; as descobertas científicas envolvendo o homem e o
posicionamento ético de diferentes grupos sociais.
f) Estética: Envolve as relações do homem com ele mesmo e com o mundo; arte e beleza;
imaginação, intuição e fruição.
3 Metodologia da disciplina:
Os conteúdos serão trabalhados em quatro momentos:
- mobilização para o conhecimento;
- problematização;
- investigação;
- criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem,
de leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras
as possibilidades de atividades para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano
do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
Inicia-se então o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos.
É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos filósofos,
pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras
de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e
dão qualidade a discussão.
Ao final desse processo, o estudante encontrar-se-á apto a elaborar um texto, no
qual terá condições de discutir e comparar idéias e conceitos de caráter criativo e de
socializá-los.
Após isso, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está
implícito nas idéias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,
de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de
raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico.
4 Avaliação
A avaliação será concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é,
tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo
ensino-aprendizagem.
50
Ao avaliar, deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo
que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade
de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes
aos temas e discursos.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,
por meios da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que
pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um
processo.
5 Referências
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Filosofia. Curitiba: SEED, 2006.
APIS, R. O professor de filosofia: o ensino de filosofia. In: Cadernos Cedes, nº 64.
A filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004.
BORUHEIM, Alberto Gerd. Introdução ao Filosofar. 8 ed. Rio de janeiro.
DURANT, WILL. História da Filosofia. São Paulo: naciona, 1996.
POLITZER, Georges. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Editora Antes, 1957.
TELES< Antonio Xavier. Introdução ao estudo de Filosofia. São Paulo: Editora Àtica, 1986.
2.7 FÍSICA – Ensino Médio
1. Apresentação geral da disciplina
A Física tem como objeto de estudo o Universo, sua evolução, suas
transformações e as interações que nele se apresentam, em toda sua complexidade. Por
isso deve ser vista como uma ciência que permite compreender uma imensidade de
fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação do cidadão e para
compreensão e interpretação do mundo.
Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania e contribuir para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica
51
ao longo da história. Também deve considerar a dimensão do conhecimento sobre o
universo dos fenômenos e fazer perceber a não-neutralidade de sua produção, mas
aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais, seu comprometimento e envolvimento
com as estruturas que representam tais aspectos.
Na tentativa de resolver seus problemas de ordem prática e garantir sua
subsistência, a observação da natureza tem origem no período paleolítico. Sendo a
astronomia, talvez, a mais antiga das ciências, através dos gregos, ao explicarem as
variações cíclicas observadas no céu. Iniciava-se ai o estudo dos movimentos.
A maior parte da história da física até o Renascimento resumia-se à Geometria
Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles.
Na Idade Média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa que submetia a fé e
as verdades ao cristianismo, não podendo ser questionados. Platão e Aristóteles são as
principais influencias da época.
Através da navegação e ampliação da sociedade comercial, surge a burguesia que
se opõe ao poder dos reis e cardeais da Igreja, abrindo caminho para o desenvolvimento
da ciência.
A Física Moderna surge com Galileu Galilei no século XVI ao aceitar o modelo de
Copérnico e propor a matematização do universo, onde buscava descrever um fenômeno
partindo de uma situação particular para explicar o geral, tornando possível formular leis
universais e abrindo caminho para que Isaac Newton fizesse a primeira grande unificação
da Ciência onde o céu e a terra passaram a ser governados por leis físicas e equações
matemáticas, elevando a Física ao estatuto de Ciência no século XVII.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, o conhecimento no campo da
termodinâmica evoluía com a junção de técnicos e cientistas para compreender o calor e
melhorar a potência das máquinas. Tais estudos possibilitaram estabelecer as leis da
termodinâmica e o calor passou a ser entendido como forma de energia relacionada ao
movimento.
Com o surgimento das máquinas surgiu a necessidade da qualificação da mão de
obra e o estado passou a ser responsável pela educação do trabalhador. Surge então a
escola para o trabalhador.
O ensino de Física foi trazido para o Brasil em 1808, com a vinda da família real
para o Brasil e era destinada para a elite dirigente do país.
Outra grande unificação na Física foi feita por Maxwell, no século XIX, ao prever
que campos magnéticos poderiam se propagar como ondas e que estas viajavam na
velocidade da luz, levando a formulação da teoria eletromagnética da luz.
52
Em 1837 foi criado no Rio de Janeiro o Colégio Pedro II onde foi adotada uma
física matematizada com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos relacionados a
problemas europeus, metodologia que predominou até metade do século XX, quando
surgiram outras contribuições.
Em 1905, Einstein propôs a teoria da relatividade especial ao perceber que as
equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria de
Newton, apresentando uma nova visão do espaço e do tempo e abrindo caminho para o
desenvolvimento da mecânica quântica.
Em 1934, com a vinda do físico e professor russo Gleb Wataghin foi criado o curso
de física da USP permitindo a efetivação da Física como campo de pesquisa e a
construção de novos conhecimentos no Brasil.
O fim da Segunda Guerra Mundial provocou mudanças no currículo escolar de
Ciências na busca de novas tecnologias de guerra.
Em 1946 foi criada a primeira instituição brasileira direcionada ao ensino de Ciência
para promover a melhoria da formação científica dos alunos e contribuir de forma
significativa com o desenvolvimento nacional. Vários programas educacionais no campo
das ciências foram criados nos anos seguintes com o intuito de buscar a modernização e
o desenvolvimento científico, buscando um ensino que leve o estudante a uma reflexão
sobre o mundo.
Se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e
influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, é importante buscarmos as
relações entre o desenvolvimento da Ciência e a tecnologia e as diversas transformações
decorrentes desse desenvolvimento. Deve-se levar o aluno a compreensão de que a
ciência é uma construção humana, com todas as implicações que isso possa ter, inclusive
os erros e acertos decorrentes desta construção. Isso significa, como cita Ponkzek,
revelar como é penoso, lento, sinuoso e, por vezes violento, o processo de evolução das
ideias científicas.
A Física deve promover um conhecimento contextualizado e integrado à vida de
cada jovem, considerando o mundo vivencial dos alunos, os objetos e fenômenos com
que efetivamente lidam, ou os problemas e indagações que movem sua curiosidade,
contribuindo para o desenvolvimento de um cidadão crítico, capaz de entender o papel da
ciência no desenvolvimento da sociedade, contribuindo, assim, para incorporar novas
informações a partir de conceitos já adquiridos, dando continuidade ao seu aprendizado e
construindo uma cultura científica efetiva que permita ao aluno a interpretação de fatos,
fenômenos e processos naturais, redirecionando sua relação com a natureza em
53
transformação. Resgatar na história valores fundamentais para a física da atualidade,
seguindo novas concepções tecnológicas sem deixar para traz valores importantes, faz-se
necessário, pois assim o aluno percebe a Física como uma construção humana e em
desenvolvimento.
Conforme afirma MENEZES (2005, P.28), “a aproximação das ciências físicas com
as ciências da vida, as ciências humanas e a filosofia, pode tornar mais animado o jogo
da unificação, com o ser humano dentro e fora do evolutivo tabuleiro cósmico que
investiga.”
Durante o processo Ensino Aprendizagem, o trabalho em sala de aula tem como objetivo:
- desenvolver uma cultura científica, a qual é indispensável à participação
política, capacitando o aluno para uma atuação social e crítica buscando a
transformação de sua vida e do meio que o cerca;
- levar o aluno a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva
de que esta não é somente fruto da racionalidade, mostrando-lhes a beleza
e a força dos conceitos científicos;
- educar para a cidadania, considerando a dimensão crítica do conhecimento
científico sobre o universo de fenômenos e a não neutralidade da produção
desse conhecimento, mas seu envolvimento com aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais.
2 . Conteúdos estruturantes
A disciplina de Física tem por finalidade estudar o universo e levar o aluno a
interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, redirecionando sua relação com a
natureza e com o desenvolvimento tecnológico. Para tanto, foram definidos, segundo as
DCE’s, conteúdos estruturantes, os quais são interdependentes e se constituem de
conhecimento envolvendo:
Conteúdo Estruturante: Movimento
Conteúdo Básico: Momentum e inércia, Conservação da Quantidade de Movimento
(momentum), Variação da Quantidade de Movimento = Impulso, Segunda Lei de Newton,
Terceira Lei de Newton, Gravidade, Energia e o Princípio da Conservação da Energia,
Trabalho e Potência, Fluidos.
Conteúdo Estruturante: Termodinâmica
54
Conteúdo Básico: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da termodinâmica, 2ª Lei da
Termodinâmica, 3a Lei da Termodinâmica.
Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo
Conteúdo Básico: Carga Elétrica, corrente elétrica, campos e ondas
eletromagnéticas, Força eletromagnética, Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a
eletrostática/ Lei de Coulumb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday,
Elementos de um circuito elétrico, natureza de luz e suas propriedades.
3 . Metodologia da Disciplina
A Ciência surge na tentativa de decifrar o universo, é determinada pela
necessidade humana de resolver situações práticas do seu dia-a-dia, logo, a Ciência é
histórica e constitui uma visão de mundo.
Uma abordagem histórica e crítica dos conteúdos se apresenta útil e rica pois
auxilia o sujeito a reconhecer a Ciência como uma construção humana, tornando-a mais
interessante, compreensível e próxima do estudante. Não como uma história da Ciência
fruto de Gênios, mas sim uma História que nos mostre a evolução das ideias, dos
conceitos, caminhos de erros e acertos, que mostre a não-neutralidade da produção
científica, suas relações e dependências com os aspectos sociais, políticos econômicos e
culturais. A articulação entre os diferentes conhecimentos é o eixo norteador nesta
metodologia. Toda a Historicidade da ciência fica clara quando Newton afirma em seu
discurso de posse na Royal Socity:
Se longe enxerguei é porque estive apoiado em ombros de gigantes.(ROCHA,
2002, p. 23)
Sob o pressuposto de que o ensino de Física considera a ciência uma produção
cultural, objeto humano construído e produzido nas e pelas relações sociais, entende-se:
- que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento
trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em seu contexto
social, mostrando-lhe que seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que
há possibilidade de ser adicionado, enriquecido e por vezes substituído;
- que a experimentação no ensino de Física é importante pois contribui para
relacionar a teoria à prática, a medida que proporciona melhor interação entre
professor e aluno e entre os grupos de alunos, o que propicia o desenvolvimento
cognitivo e social no ambiente escolar;
55
- que o uso da matemática como uma ferramenta, um apoio para a Física, sem fazer
desta um pré-requisito para se aprender Física;
- que deve-se trabalhar a Física de forma interdisciplinar, associando a as demais
disciplina e localizando os conteúdos a serem trabalhados num contexto social,
econômico, cultural e histórico, procurando trabalhar os temas de maneira
contextualizada
- que a investigação como ponto de partida para identificar questões e problemas a
serem resolvidos, estimular a observação, classificação e organização dos fatos e
fenômenos à nossa volta.
Para tanto, as discussões, análises de textos, documentários, o uso da
investigação, da observação, da problematização e da reflexão devem permear os
conteúdos e em especial as atividades práticas em laboratório e nos diferentes cenários
que o estudo permitir. O trabalho de pesquisa de campo, visitas, os projetos, palestras
com convidados, debates, seminários, exposições, feiras e atividades experimentais
também serão usados articulados a outras atividades que estimulem o trabalho coletivo,
sugeridos nas DCEs.
Os recursos pedagógicos: vídeos, slides (TV Pendrive), fitas VHS, DVDs, CDs, CD-
ROM, revistas, jornais, livro didático público, quadro de giz, livros paradidáticos, leitura de
diferentes textos que proporcionem a reflexão de temas e Desafios Educacionais
Contemporâneos, laboratório de informática entre outros, darão suporte complementar
aos recursos humanos que são professores, alunos, funcionários e equipe pedagógica.
As indicações das DCEs deverão servir de base para o trabalho pedagógico no
nosso colégio visando uma metodologia que leve o aluno a participar de projetos dentro e
fora da escola.
Atividades de leitura, pesquisa, o registro no caderno, cartazes, relatórios, provas
escritas com questões objetivas e discursivas, seminários e trabalhos individuais ou em
grupo serão, entre outros, meios para analisar e documentar o aprendizado do aluno.
No decorrer do processo ensino aprendizagem serão abordados os Desafios
Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes,
trabalhando-os de forma integrada ao conteúdo estudado. Assuntos referentes à
Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Violência na escola, Educação
Ambiental e Relações Étnico Raciais, bem como, História e Cultura Afro (Lei nº
10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio Ambiente (Lei nº 9795/99), História
e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08), serão englobados em nossas falas e
ações sempre que possível.
56
4 . Critérios de avaliação
A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem, sendo um elemento
integrador no qual interagem aluno e professor. Conhecer a realidade do aluno e como
conseqüência, da turma, é o início de uma boa avaliação. É importante que a avaliação
seja contínua, processual e formativa durante as aulas e sistemática a partir de critérios
avaliativos, estabelecidos no início do ano letivo, no contrato didático da disciplina,
priorizando a qualidade do processo de aprendizagem e acompanhando o crescimento
individual do aluno. Será considerado ainda, e de forma importante, a capacidade de
criação, o comprometimento e a responsabilidade na realização dos estudos. Os critérios
de avaliação propostos no PPP deverão servir de suporte ao processo. A
investigação/reflexão/superação será a base para o processo avaliativo formativo.
Para a efetivação da avaliação serão usados os instrumentos de avaliação tais
como, leitura e interpretação de textos, produção de relatórios de experimentos,
pesquisas, seminários, provas, trabalhos em grupo, conversas, análise da participação,
como base para acompanhar a aprendizagem, para reorientar a prática pedagógica e
avançar na construção do conhecimento.
É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno
apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um
acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a
transpor os obstáculos visando a sua promoção.
Todos os instrumentos de avaliação terão peso de 0 à 10 a partir dos quais será
feita média aritmética para a nota final. Caso o aluno não demonstre um bom
aproveitamento ou queira aumentar sua nota, terá direito á recuperação paralela de
conteúdos, onde o professor baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca
diminuindo esse conceito. Entende-se a recuperação de estudos como um componente
indispensável para a retomada da ação pedagógica, devendo ser incorporada as
avaliações do período, o qual constitui mais um elemento do aproveitamento escolar.
5 . Referências Bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Publica
de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba: SEED, 2006.
57
ROCHA, José Fernando (organizador), Origens e Evolução das idéias da Física:
Salvador: Editora da UFBA, 2002.
MENEZES, Luis Carlos de. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: fundamentos e
fronteiras do conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
FEYNMAN, Richard P. Física em Seis Lições. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
Ben-dov, Y. Convite a Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1996.
2.8 GEOGRAFIA – Ensino Fundamental e Médio
1. Apresentação geral da disciplina
A geografia é uma ciência. Desde a antiguidade muitos autores elaboraram
estudos que podem ser considerados geográficos, embora o conhecimento fosse
disperso, desarticulado vinculado à filosofia, a matemática e as ciências da natureza.
Na Grécia Antiga, Heródoto, Hipocrates e Aristóteles entre outros, analisaram a
dinâmica dos fenômenos naturais, elaboraram descrições de paisagens e estudaram a
relação homem-natureza.
58
Na Idade Média, Ptolomeu fez importantes estudos geográficos e cartográficos
registrados em sua obra “Síntese Geográfica”. A expansão marítima européia também
proporcionou grandes avanços aos estudos geográficos.
No entanto somente em meados do Século XIX, dois pesquisadores alemães:
Alexandre Von Humboldt e Karl Ritter fundaram a Geografia como ciência.
No início do Século XX, um Geógrafo Frances: Paul Vidal de La Blache passou a
criticar o método descritivo e a defender que a Geografia se preocupasse com a relação
sociedade-natureza, posicionando os seres humanos como agentes que sofrem influencia
do meio, mas também agem sobre ele, transformando-o.
Nesse contexto, desenvolveram novos conhecimentos, como elaboração de
mapas, discussão a respeito da forma e tamanho da Terra, da distribuição de terras e
águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do diâmetro do
planeta, cálculos sobre a latitude e definições climáticas entre outros. Essa relação
homem/meio ambiente torna-se o eixo fundamental da atual Geografia, a qual faz emergir,
a vertente crítica, na qual o ser humano se intera das atuais transformações ambientais,
sociais, geopolíticas, econômicas e culturais, sendo assim, melhor inserida na sociedade
a qual pertence.
O objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade, pela interelação entre sistemas de objetos:
naturais, culturais e técnicos e sistemas de ações: relações sociais, culturais, políticas e
econômicas.(Diretrizes Curriculares, p.51).
No momento, considera-se que a geografia escolar deva subsidiar o sujeito a
pensar criticamente para que possa compreender e explicar o mundo, entendendo que
vivemos numa dimensão espacial passível de crítica, visto que o espaço é materialização
dos tempos da vida social, e que possibilitem a reflexão que o levem a:
- Identificar a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em
suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua
construção e na produção do território, da paisagem e do lugar;
- Subsidiar o aluno com aulas que contemplam a heterogeneidade, a diversidade, a
desigualdade e a complexidade do mundo atual, contemplando o deslocamento da
população entre outros que determinam a configuração do espaço.
- Distinguir e avaliar as ações humanas em sociedade e suas conseqüências em
diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma
participação ativa nas questões sócio-ambientais;
59
- Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos
estudados em suas dinâmicas e interações;
- Entender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os
avanços técnicos e tecnológicos e as transformações sócio-culturais são conquistas
decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres
humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,
identificando suas relações, problemas e contradições;
- Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de
informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço
geográfico e as diferentes paisagens;
- Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a
espacialidade dos fenômenos geográficos;
1. Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a socio-diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de
fortalecimento da democracia.
Para a formação de um aluno mais consciente das relações socioespaciais de seu
tempo, a Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa
disciplina, realizando análises dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais,
e políticas.
2 Conteúdos2.1 Conteúdos Estruturantesa) Dimensão econômica da produção do espaçob) Dimensão políticac) Dimensão sócia ambientald) Dinâmica cultural e demográficaSão indicados como conteúdos estruturantes para a educação básica:
- A Dimensão econômica da produção do espaço geográfico envolve os conteúdos
sobre o meio natural e a apropriação deste pelo homem em relação aos espaços
econômicos, quanto ao crescimento das áreas industriais urbanas, comercias e
agropecuárias; Construção, rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e aeroportos; diz
respeito ainda, aos meios de comunicação e da evolução tecnológica.
- A geopolítica refere-se ao estudo de fatos que discutem as inter-relações entre o espaço
e o poder
60
- A Dimensão sócio ambiental diz respeito à interdependência das relações entre
sociedade, componentes físicos, químicos, bióticos, aspectos econômicos, sociais e
culturais relacionados à proteção, recuperação e conservação, envolvendo as questões
de pobreza, da fome, do preconceito e das diferenças culturais.
- A Dinâmica cultural e demográfica aborda os conteúdos que envolvem as
manifestações culturais, aspectos demográficos. Migrações e constituições de países,
área rural e urbana, conflitos urbanos e conflitos sociais.
Dentre os conteúdos estruturantes deve ser trabalhado no ensino fundamental:
- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
- acordos e blocos econômicos;
- (re) organização econômica do espaço rural e urbano.
- inter-relações entre o urbano e o rural;
- tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
- sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;
- a globalização e seus efeitos no espaço geográfico;
- o setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico (comércio, turismo,
energia, entre outros);
1. as relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social
do/no espaço geográfico;
- Formação espacial dos Estados Nacionais.
- a Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e mapa
político do mundo;
- a espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causa e efeitos;
- organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,
manifestações culturais e socioambientais;
- organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre
outros e suas influências na reorganização do espaço geográfico;
- influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
- movimentos sociais: ONGs, Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST),
Movimento dos Trabalhadores Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos
Trabalhadores sem Teto (MTST), Fórum social Mundial (FSM), sua distribuição e ação na
configuração dos territórios;
- terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e
suas influências na reorganização do espaço geográfico
- as eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
61
- rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações antrópicas e
desafios para a sustentabilidade;
- ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;
- classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças
climáticas;
- sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação
socioambiental;
- circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço
geográfico (indústria, habitação, saúde, entre outros);
- distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos da
chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; e
- os movimentos da Terra no Universo e suas influencias para organizar o espaço
geográfico.
- êxodo rural e sua influencia na configuração espacial urbana e rural;
- história das migrações mundiais e sua influencia sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração de países;
- formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos; e
- consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico.
De forma contínua se constituem em conteúdos específicos para o ensino médio:
- modos de produção e formações socioespaciais;
- industrialização clássica, periférica e planejada;
- revolução técnico-centífica-informacional e novo arranjo do espaço da produção;
- oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;
- internacionalização do capital e sistemas financeiros;
- formação de blocos econômicos regionais;
- urbanização e hierarquia das cidades; megalópoles, metrópoles, cidades grandes,
médias e pequenas;
- novas tecnologias e alterações nos espaços urbanos e rurais;
- reestruturação do Segundo Mundo e economias de transição;
- industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais.
A geopolítica refere-se ao estudo de fatos que discutem as inter-relações entre o
espaço e o poder.
Constituem-se em conteúdos para esse nível de ensino:
62
- a nova ordem mundial do início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual
oposição norte-sul;
- fim do Estado de bem-estar social e o neoliberalismo;
- os atuais conceitos de Está-Nação, país, fronteira e território;
- regionalização do espaço mundial;
- os novos papéis das organizações internacionais;
- redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,
políticos, econômicos, entre outros;
- movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
- conflitos rurais e estrutura fundiária;
- questões territoriais indígenas;
- territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre outros.
- dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
- o meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta;
- atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas;
- recursos naturais, conservacionismo (uso sustentável de bens naturais) e
preservacionismo (áreas protegidas);
- patrimônios culturais e ecológicos;
- crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos;
- produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar,
o clima;
- problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
- ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
- biotecnologia e impactos ambientais.
- crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
- teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;
- composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;
- relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica
do país, da região, do lugar;
- população urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;
- diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano
e rural;
- diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;
- nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
63
- movimentos migratórios e suas implicações, econômico-culturais e
socioespaciais; e aspectos culturais das identidades regionais.
3 Metodologia da disciplina
Para a compreensão da totalidade do espaço torna-se necessário compreender a
territorialidade que implica em localização, orientação e representação dos dados sócio-
econômicos e naturais. Cabe a esta disciplina iniciar o aluno num método sistemático de
análise do espaço construído historicamente, através do domínio do raciocínio geográfico
permitindo que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da geografia e
compreendem o processo de produção e transformação do espaço geográfico. O
processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento
geográfico deve considerar o conhecimento científico no sentido de superar o senso
comum.
Para isso, alguns critérios devem ser levados em consideração, tais como:
A internalização de conceitos que sejam pré-requisitos para a compreensão dos
elementos que caracterizam a organização espacial.
A articulação com o espaço vivido pelo aluno, bem como a abordagem cultural do
espaço geográfico, as manifestações culturais como a história e a cultura afro, história do
Paraná, meio ambiente e história e cultura dos povos indígenas.
A relação com o processo de formação espacial, no sentido de perceber as
transformações sociais ocorridas e suas importâncias na caracterização atual do espaço
geográfico.
A compreensão da natureza em sua dinâmica própria no sentido de perceber as
articulações entre os elementos que compõe, dentro de uma perspectiva ecológica.
Preocupação com a relação Natureza/Homem, entendendo os elementos que
compõe o meio natural como necessário ao trabalho humano, que possibilitem ao aluno a
compreensão sócio-histórica das relações sócio-espaciais e sócio-ambientais e os
desafios educacionais contemporâneos.
A compreensão da vida em sociedade evitando a divisão prematura das relações
Sociedade/Espaço/Tempo.
A integração dos diferentes campos de conhecimento é importante para que
o estudante conheça seu papel no interior da sociedade e do mundo em que vive, levando
ao entendimento do ambiente pelos aspectos sociais, econômicos, envolvendo as
64
questões socioambientais, as questões da pobreza, fome, preconceito materializado no
espaço geográfico.
Desenvolvimento de atividades relevantes que trabalhem as questões de
sexualidade, violência, uso de drogas, educação ambiental e educação fiscal.
Os jornais, as fotografias, revistas fontes de orientação da opinião pública, são
fundamentais para a seleção de temas e problemas a serem estudados, mesmo que não
concordemos com as respectivas análises. Através do uso do computador e a internet,
cartas cartográficas, mapas, produções cartográficas, fotografias de satélites,
representações gráficas, professor e aluno desenvolverão os conteúdos programados
ampliando as informações, formando sua própria crítica, embasados pelos conhecimentos
da geografia, considerando-os na pluralidade de relações que se apresentam na
composição étnica, na miscigenação, na História da Cultura Afro e Afro brasileira e dos
povos indígenas no Brasil e no mundo( Leis nº10.639/03 e nº 11.645/08), bem como a
Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ), assim como as questões político-econômicas.
O acesso às diferentes linguagens e aos diferentes documentos pode ajudar os
jovens a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para
que atuem de forma comprometida com as necessidades, os interesses individuais e seu
grupo social.
Os procedimentos metodológicos visam propiciar ao educando um ambiente de
ensino aprendizagem contínua e permanente através de recursos e materiais diversos
explorando a leitura de textos; aulas expositivas e dialogadas; atividades em grupos;
excursões a ambientes afins; visitas; seminários; painéis com resultados de pesquisas;
maquetes; dramatizações; uso da internet, laboratório de informática, jornais, recursos
áudios-visuais, como ilustrações, filmes, TV pen drive, data show etc.
4 Avaliação
A avaliação deve ser contínua e baseada na evolução dos educandos quanto à
consciência crítica do conteúdo ensinado. Portanto, os debates, relatórios devem ser
utilizados como instrumentos de avaliação para apreender o progresso do educando. A
partir do estímulo a discussão, participação, escrita e apresentação pode-se perceber o
quanto o aluno aprendeu sobre o conteúdo. Dessa forma passa a ter caráter diagnóstica e
formativa (permanente e contínua), como meio de obter informações necessárias sobre o
65
desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e
dos processos de aprendizagem.
A diversificação dos instrumentos avaliativos serão os seguintes:
interpretação e produção de textos de Geografia
interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.
Pesquisas bibliográficas;
apresentação e discussão de temas em seminários;
construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre
outro.
A avaliação tem caráter formativo e pressupõe tomada de decisão, onde aluno
toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as
mudanças necessárias. Que deve servir para acompanhar a aprendizagem dos alunos e
também o trabalho pedagógico do professor. É imprescindível que seja contínua e que
priorize a qualidade do processo de aprendizagem acompanhando o desempenho do
aluno ao longo do ano letivo. O professor deve procurar caminhos para que todos os
alunos aprendam e participem mais das aulas envolvendo-se realmente no processo
ensino-aprendizagem.
Em Geografia, os critérios a serem avaliados são: a formação dos conceitos
geográficos básicos e entendimento das relações sócio-espaciais, que contemplem a
compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas, estabelecendo articulação
entre a teoria e a prática.
Assumindo a avaliação como formativa, o professor deve registrar de maneira
organizada todos os momentos do processo ensino-aprendizagem, de modo que esses
registros atendam as necessidades exigidas pelo sistema de notas. O valor das
avaliações é de zero a dez. O resultado numérico da avaliação será a média aritmética
das diferentes avaliações.
A recuperação paralela abordada como elemento indispensável para a retomada do
processo como ação pedagógica. Ela deve ser abrangente e continuada devendo ser
planejada permanentemente dentro do processo.
5Referencias
FANTIN, Maria Eneide. Metodologia do ensino da geografia. Curitiba: Ibpex, 2005.
66
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia. Curitiba:
SEED, 2007.
2.9 HISTÓRIA – Ensino Fundamental e Médio
1 Apresentação da disciplina
“O que mais custa a um homem saber, de maneira clara, é a sua própria vida, tal como está feita por tradição e rotina de atos inconscientes. Para vencer a tradição e a rotina, o melhor procedimento prático não se encontra nas idéias e conhecimentos exteriores e distantes, mas no questionamento da tradição por aqueles que se conformam com ela , no questionamento da rotina em que vivem...” (Freire, 1980:35).
Tendo como OBJETO de estudo as ações e relações humanas no tempo, “o
importante não é tanto relatar fatos passados ou enumerar acontecimentos que podem
ser localizados geograficamente e datados cronologicamente, mas sim, mostrar que em
67
cada momento os homens estão produzindo uma realidade cultural.” ( Neidson
Rodrigues).
Entende-se como sujeitos históricos indivíduos, grupos classes sociais,
participantes de acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas na
busca pela transformação ou continuidade de suas relações, valoriza-se o indivíduo ou os
grupos anônimos, enquanto protagonistas da construção de suas histórias, e não meras
sombras heróicas dos grandes personagens.
A partir daí, a disciplina de História não pode e não deve reduzir-se somente a
informações sobre o passado, mas:
1- levar os educandos a perceberem a concepção de mundo, a visão de
realidade que imperava nas diversas épocas:
2- fazer com que percebam que foram e são as condições da época que
permitiram e permitem determinadas ações;
3- fazer com que entendam que as relações de trabalho, as relações de poder
e as relações culturais, são responsáveis por impulsionar uma determinada época na
busca de alternativas;
4- que possam compreender as consequências dos fatos históricos em termos
do desdobramento do conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir
destas ações;
5- que se identifiquem como protagonistas da História e possam analisar a
época em que vivem, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa visão de
evolução econômica, política, social e cultural da humanidade;
6- que exponham suas idéias de forma clara e compreensível nas relações
sociais as quais pertencem;
7- que os educandos possam aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade
brasileira, a fim de melhor interpretá-la, e nela atuar, superando preconceitos e
estereótipos;
Como apontam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, “ Sendo a História
uma ciência social que estuda as relações que os homens estabelecem entre si, através
dos tempos para construir ou transformar um espaço político, econômico e sociocultural,”
é fundamental a permanência de tal disciplina em nossas escolas de ensino regular. A
Disciplina de História, torna-se instrumento fundamental para os estudantes, visto que,
além de questionar as visões tradicionais da História, busca entender a realidade do
mundo atual e, também os incentiva a tornarem-se cidadãos ativos nas suas
comunidades.
68
Um dos desafios a ser enfrentado no ensino de história, atualmente, é o resgate
dos valores humanísticos, principalmente num momento em que o consumismo, o
imediatismo e o “presentismo” têm marcado as relações sociais.
Como atualmente a maioria dos educandos têm mais idéias e percepções sobre o
mundo atual, cabe ao professor de História aproveitar essas características para
aprofundar sua capacidade de refletir sobre as mudanças e permanências nos temas e
sociedades em estudo. Desenvolvendo essa capacidade de comparar e a habilidade de
opinar sobre determinado assunto, estaremos contribuindo decisivamente para o incentivo
à participação destes na vida política, social cultural e econômica de suas comunidades.
Assim agindo, o educador estará valorizando o estudo sobre as variedades das
experiências humanas e realmente tornando útil a aprendizagem de tais conteúdos
históricos.
Sendo a História uma experiência humana; um constante construir, desconstruir e
reconstruir, acreditamos que essa área do conhecimento está em permanente construção.
Estando esta em permanente construção/reconstrução é fundamental que aborde os
desafios Contemporâneos assim como a diversidade cultural, e a memória Paranaense
através do ensino da História do Paraná (Lei – 13.381/01), Cultura Afro-Brasileira e
Africana (Lei 10.639/03), História e Cultura Indígena (Lei 11.645/08), assim como trate de
questões pertinentes ao Meio Ambiente (Lei 9.795/99), Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, entre outros temas.
Se faz necessário salientar que tais temas tem como objetivo no Ensino
Fundamental desenvolverem a percepção de sujeitos históricos assim como a formação
de consciência de preservação ambiental, defesa dos direitos humanos, prevenção ao
uso indevido de drogas e violência na escola, respeito e valorização das diferentes
culturas e preservação do conhecimento da História Local. No Ensino Médio,tais temas
serão abordados com o objetivo de formação e conscientização social, cultural, política e
histórica assim como prevenção e, em alguns momentos,intervenção as questões
salientadas como uso indevido de drogas, violência na escola, preservação ambiental.
Tais temas estarão presentes de uma forma ou outra em todas as aulas como, por
exemplo, “A Revolução Industrial”, aonde será tratado as consequências para o Meio
Ambiente, ou a “Guerra do Ópio”, quando será levantada a questão drogas e sua relação
com o processo econômico e criminal contra seres humanos. A importância de tais temas
deixa clara sua importância para o enfrentamento de nossa realidade e dessa maneira a
Disciplina de História tratará desses com respeito a sua tenha relevância de maneiras
diversas, sendo no cotidiano de suas aulas ou em momentos particulares.
69
A partir desses estudos deve questionar as verdades prontas e definidas,
analisando a História não como um ponto de vista, mas baseada nas diferentes fontes,
possibilitando aos estudantes uma formação e consciência cidadã.
Dessa forma, ensinar História hoje, pressupõe uma aproximação com a história do
aluno, com o objetivo de resgatar a sua experiência individual e coletiva, porém como nos
lembra a Prof. Dra. Maria Auxiliadora Schimdt, “ é importante observar que uma realidade
local não contém, em si mesma as chaves de sua própria explicação”. Dessa maneira,
muito mais que passar mera informação, a função do ensino de história é também fazer
com que os educandos e educadores, a partir do diálogo entre passado e presente,
possam criar possibilidades de intervir e participar na realidade do meio em que vivem.
Esta consciência cidadã, aliada às potencialidades formativas das metodologias da
educação histórica, torna manifesta a importância essencial da disciplina de História nos
currículos escolares, como o reconheceu a Conferência Permanente dos Ministros
Europeus da Educação, reunida na Noruega em 1997. As conclusões da Conferência,
subscritas pelo governo português, consideram que:
“O ensino da História pode e deve ter uma importante contribuição para a
educação em geral e, em particular a educação de uma cidadania democrática permitindo
aos jovens e adultos aprenderam acerca de sua herança histórica, bem como a de outras
pessoas e nações, adquirirem e praticarem técnicas fundamentais, tais como a
capacidade de pensarem por eles mesmos, a capacidade para tratarem e analisarem de
forma crítica diferentes formas de informação e a capacidade de não se deixarem
influenciar por informação preconceituosas e por julgamentos irracionais; assim como,
desenvolverem atitudes básicas tais como a honestidade intelectual e rigor, em
julgamento independente, uma abertura de espírito, a curiosidade, a coragem civil e a
tolerância.”
Mas que uma disciplina que repasse mero conhecimento sobre fatos passados, a
disciplina de História vai muito além de suas especificidades didáticas, é formadora de
consciência humana e a cada momento reafirma seu papel primordial como formadora da
cidadania democrática.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
São saberes, conhecimentos elaborados conjuntamente para compreensão do
objeto a ser estudado.
70
Na disciplina em questões, os conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental
voltam seu olhar para as dimensões da vida humana dando enfoques significativos para o
conhecimento da História. Portanto:
No Ensino Fundamental temos:
a) A dimensão política – envolve o enfoque do poder estatal, micropoderes como
família, escola, igreja, indústria e suas representações sociais ou coletivas; a memória e a
cultura; a hegemonia, as representações,demonstrando a produção do conhecimento;
b) Dimensão econômica – social- diz respeito aos ciclos econômicos sob a ótica da
antropologia possibilitando superar a abordagem economicista reducionista que marcou o
ensino da história;
c) Dimensão cultural – discute o conceito de cultura em diferentes tempos e sua
contribuição.
As dimensões citadas são articuladas, no Ensino Fundamental, séries finais
respectivamente, nos seguintes conteúdos:
2.1 Conteúdos básicos
Os conteúdos Básicos estão estruturados da seguinte forma:
As experiências humanas no tempo, destacando os sujeitos e suas relações
como o outro, contextualizando as culturas locais e comum, com as relações de
propriedade=campo/cidade, dando ênfase aos conflitos e resistências;
No contexto econômico, destaca-se a História das relações da humanidade
com o trabalho, a vida em sociedade, as contradições da modernidade, ressaltando a
busca e conquistas dos direitos;
pretende-se no contexto cultural desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências e recorrências) abordando através do estudo da Constituição das
Instituições Sociais, a formação do estado, sujeitos, guerras e revoluções.
Ao desenvolvermos os conteúdos, introduziremos os Desafios Educacionais
Contemporâneos, citando-os e contextualizando-os. Dentro dos conteúdos, esses temas
são abordados concomitantemente, devido a estarem relacionados com o contexto
histórico. Pois esses temas são trabalhados dentro do conteúdo e não de forma estanque
e compartimentada.
Os assuntos locais e regionais deverão ser trabalhados através de pesquisas,
debates atendendo a necessidade de suprir a ausência de tais conteúdos no livro didático
como valorização dos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade.
71
O uso do livro didático, no Ensino Fundamental é importante do ponto de vista
informativo permitindo ao aluno uma leitura global. A explicação do professor deve
complementar o lido.
Para o Ensino Médio a metodologia deve articular o teórico de forma
problematizadora procurando focalizar o acontecimento e os envolvidos; delimitar o tema
histórico e o momento que se pretende discutir.
A problematização em relação ao passado deve ser seguida de explicação e
argumentação para a formação do conceito histórico.
O uso de textos, filmes de época, documentos, imagens (fotos, quadros,pinturas),
músicas devem ser utilizadas para retratar temas como os que envolvem movimentos
femininos, movimentos sociais.
As aulas expositivas dialogadas deverão permear os trabalhos de pesquisa, os
debates e os registros, possibilitando ao aluno condições de elaborar conceitos que
permitam pensar historicamente, e a superação da ideia de História como verdade
absoluta.
3 Metodologia da disciplina
A história trabalhada para construir a consciência histórica deve partir do
entendimento de que o conhecimento histórico é uma aplicação do passado que pode ser
alterada ao longo do tempo, através de vários recortes temporais.
A valorização dos registros, de documentos, bibliografias, fotografias entre outros,
deve ser trabalhado pelo professor visto que são fontes de pesquisa que remetem a aluno
ao tempo e espaço específico, destacando diferentes conceitos de documentos.
O uso do livro didático ocorrerá, porém, não deverá ser a única fonte de informação
para que possam ter diferentes interpretações de um mesmo acontecimento.
As revistas são fontes importantes e serão usadas para ampliar o conhecimento e
enriquecer os debates.
Os assuntos locais e regionais deverão ser trabalhados através de pesquisas,
debates atendendo a necessidade de suprir a ausência de tais conteúdos no livro
didático, assim como valorização dos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de
diversidade.
O uso do livro didático, no Ensino Fundamental é importante do ponto de vista
informativo permitindo ao aluno uma leitura global. A explicação do professor deve
complementar o lido.
72
Para o Ensino Médio a metodologia deve articular o teórico de forma
problematizadora procurando focalizar o acontecimento e os envolvidos; delimitar o tema
histórico e o momento que se pretende discutir.
A problematização em relação ao passado deve ser seguida de explicação e
argumentação para a formação do conceito histórico.
O uso de textos, filmes de época, documentos, imagens ( fotos, quadros, pinturas),
músicas devem ser utilizadas para retratar temas como os que envolvem movimentos
femininos, movimentos sociais.
As aulas expositivas dialogadas deverão permear os trabalhos de pesquisa, os
debates e os registros, possibilitando ao aluno condições de elaborar conceitos que
permitam pensar historicamente, e a superação da ideia de História como verdade
absoluta.
4 Avaliação
A avaliação segue o exposto no Projeto Político do Colégio e deverá envolver o
processo formativo e processual visando o crescimento cultural do aluno, sempre com o
intuito de diagnosticar falhas no processo de ensino, assim como possibilitar a superação
dos mesmos.
Sendo assim, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, para diminuir as
desigualdades sociais e para colaborar na construção de uma sociedade mais justa,
atendendo ao real compromisso da escola pública.
De forma específica, os alunos, serão avaliados segundo critérios que vão desde a
participação em sala de aula até a demonstração de conhecimento. Para tanto os critérios
a serem observados na avaliação dos alunos ao longo do processo de ensino são:
-a apropriação de conceitos históricos e conteúdos;
-a compreensão das dimensões históricas, sociais, econômicas e culturais;
-a interpretação e capacidade de argumentação;
-se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes
dimensões e contextos históricos propostos para o nível de ensino em questão;
-se compreendem a História como prática social, da qual participam como sujeitos
de seu tempo;
-se explicitam o respeito a diversidade étnico-social, religiosa, social e econômica a
partir do conhecimento dos processos históricos;
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-se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no método
de problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais o pesquisador
produz a narrativa histórica.
O registro, as pesquisas, os debates, as provas farão parte do processo avaliativo,
levando em consideração o ritmo e o processo de aprendizagem de cada envolvido.
A recuperação paralela será contemplada a todos os alunos, sendo ela na forma de
nota e conteúdo.
5 Referências
Paraná. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de História. Curitiba: SEED,2006,
Rodrigues, J. E. História em Documento: Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002.
Ensino Fundamental.
História- Curitiba: SEED/PR, 2006. Ensino Médio.
Periódicos:Brasil um País de Todos – Governo Federal;
Aprende Brasil – Curitiba: Editora Positivo: 2006 – 2007;
Época na Escola – São Paulo: Globo 2006-2007;
Sala de Aula – São Paulo: Abril;
Carta na Escola – São Paulo: Aner.
http://www.rarearts.ws/crossilinks.php?crossilinks=3
http://www.nationalgeographic.pt/revista
http://www.educaterra.terra.com.br.
2.10 LÍNGUA PORTUGUESA - Ensino Fundamental e Médio
1 Apresentação geral da disciplina
De acordo com o que explicitam as DCEs de Língua Portuguesa “é nos processos
educativos e, notadamente, nas aulas de Português, (língua materna) que o estudante
brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística de
maneira que se possa garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade “(DCEs,2008,p
38.).
Com esse propósito, o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nova Visão
- EFM, na sua página 105, explica que o processo de ensino em Língua Portuguesa,
permite ao aluno observar, perceber, descobrir, refletir sobre o mundo que o cerca e
74
interagir com seu semelhante em situações que o levem a perceber o alcance e a
possibilidade da linguagem.
Para tanto, é mister que o professor de Língua Portuguesa promova,
primeiramente, ações que possibilitem ao aluno conhecer a história do idioma oficial do
Brasil, a Língua Portuguesa.Conforme as DCEs do PR, no Período Colonial Brasileiro, a
linguagem mais utilizada era o Tupi. O Português era a língua da burocracia, dos
documentos legais, das transações comerciais (ILARI, 2007,s/d.). Nesse período,
praticava-se o bilinguismo (Tupi /Português). Isto ocorreu por muito tempo.
Já, a partir do século XVIII, quando houve a descoberta das riquezas minerais no
solo brasileiro, passou a interessar aos portugueses, os quais passaram a exigir a
unificação da Língua Portuguesa.
Foi então, em 1758 que um decreto do Marquês de Pombal tornou oficial a Língua
Portuguesa, cuja hegemonia concretizou-se “a ferro e fogo”.
Com essa medida Pombalina, objetivou-se ainda, a modernização do Sistema
Educacional Brasileiro, o qual passou por mudanças estruturais. A partir desse momento
histórico, além da leitura e da escrita, passou-se a ensinar Letras, Filosofia e Teologia,
afirma MOLL (2006).
A partir de 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto literário que incidia
sobre a carne, o vinho, a cachaça, cujos recursos obtidos eram direcionados à
manutenção do ensino primário e secundário.
Explicam ainda, as DCEs, que, com a chegada da Corte no Rio de Janeiro, foram
instaladas as primeiras instituições de Ensino Superior no Brasil, as quais eram
faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia. Essas
instituições de ensino privilegiavam as camadas superiores da sociedade, europeizando e
produzindo uma educação que visava à manutenção do status. As classes populares, que
precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a Língua Portuguesa
continuaram negligenciadas.
Somente nas últimas décadas do século XIX, essa disciplina passou a integrar os
currículos escolares brasileiros, mesmo assim, nos moldes do ensino do Latim, de modo
centrado na gramática e, por isso,muito fragmentada e retórica.
Com a proclamação da República, somada à preocupação de satisfazer as
demandas da industrialização, a educação adquiriu características utilitárias, pois a
formação educacional abriu-se para as camadas mais populares, havendo então uma
preocupação em oferecer uma “boa” aprendizagem do Português.
Todavia, havia a priorização da gramática.
75
Somente em 1922, os modernistas passaram a defender e privilegiar o “falar”
brasileiro. Até meados do século XX, o saber escrever e falar o Português era privilégio
das elites.
A partir da década de 1970, iniciou-se a expansão da escolarização, no Brasil. Com
o regime de Ditadura Militar imperando, o ensino de Língua Portuguesa passou a ser
tecnicista.
Com o fim da Ditadura, fortaleceu-se a pedagogia histórico-crítica, a qual passou a
ver a educação como mediação da prática social, a qual, de acordo com Saviani,
(2007),põe-se como ponto de partida e ponto de chegada da prática educativa. Desde
então muitas foram as mudanças e, de acordo com Bakhtin, a língua se constitui um
processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos
locutores.
Em 1984, Geraldi torna-se um marco, juntamente com Faraco, Possenti, Brito, os
quais passaram a motivar os professores a repensarem o ensino da língua materna, na
sala de aula, focando-se agora, na leitura e na produção de texto, buscando romper com
o ensino tradicionalista.
No final da década de 90,os PCNs também fundamentaram o ensino da Língua
Portuguesa na concepção interacionista, levando à reflexão acerca da linguagem oral e
escrita, seguindo a linha de pensamento de Bakhtin,o qual destaca a importância dos
diferentes gêneros discursivos para uma prática pedagógica eficiente.
As DCEs propõem que o ensino de Língua Portuguesa precisa ser visto a partir dos
pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito,visto que essas
teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, dialogando com
o texto e confrontando-se também com as diferentes visões de mundo que a leitura
possibilita.
As DCEs esclarecem que o saber prévio dos alunos é fundamental ,pois aquele
que lê ,amplia o universo da obra a partir de sua experiência. Quanto á análise linguística,
dizem as DCEs, que ela inclui tanto o trabalho sobre as questões tradicionais de
gramática, quanto questões amplas a propósito do texto, entre as quais, a coesão,a
coerência, a adequação do texto aos objetivos pretendidos, bem como a análise dos
recursos expressivos utilizados e informações contidas no texto.
A prática da análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a
organização do texto escrito ou falado, um trabalho pelo qual o aluno percebe o texto
como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista o seu
interlocutor.
76
Sob esse ponto de vista, o estudo da Língua Portuguesa extrapola o tradicional
horizonte da palavra e da frase, para verificar todos os possíveis recursos da língua.
Por essa ótica, percebe-se que na língua portuguesa, o conteúdo estruturante está
relacionado ao discurso como prática social, sendo dessa forma, um modo diferente e
mais coerente de entender o contexto social onde está inserido.
Com base no que foi exposto anteriormente, justifica-se o estudo de Língua
Portuguesa, como requisito essencial neste século, amplamente identificado na mídia
como o “Século do Letramento”, onde a competitividade é tão intensa, que parece ser um
dos piores meios de exclusão de todos os tempos.
O maior desafio para os professores de Língua Portuguesa, sem sombra de
dúvida, é fazer com que os alunos aprendam a gostar de ler fluentemente, a compreender
os diferentes gêneros discursivos, utilizando-se dessas competências para conquistar
seus sonhos com dignidade, pelo conhecimento, que é um verdadeiro tesouro para
aqueles que o detêm e atuam nele embasados para a construção de um mundo mais
fraterno, mais justo, onde as diferenças sirvam para aprender mais e não para que se viva
em clima beligerante.
Compete á escola oportunizar os meios que conduzam os alunos aos objetivos
esperados.
Tendo em vista que as relações lingüísticas não são uniformes e possuem um
grande poder simbólico nelas acumulado pelos protagonistas (no caso, os alunos) torna-
se objetivo geral do ensino de Língua Portuguesa:
a) Superar a prática que exige apenas no domínio do código restrito;
b) Oportunizar aos alunos o saber necessário para utilizar a Língua em situações
subjetivas e objetivas que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre contextos
diferentes, interlocutores heterogêneos;
c) Desenvolver uma verdadeira competência comunicativa, vista pelo prisma da
referência do valor social e simbólico da atividade lingüística e dos inúmeros discursos
concorrentes.
A partir da década de 70 do século XX, multiplicarem-se os estudos sobre o
discurso oral e escrito, os quais fundamentavam novas concepções de linguagem, entre
elas, a sócio-interacionista proposta pelas DCEs, que exigem uma prática pedagógica
mais reflexiva.
Assim sendo, objetiva-se também:
a) Oportunizar ao aluno situações de diálogo e reflexão que conduzam à
compreensão de que o processo de produção da fala é próprio de cada individuo ou
77
grupo, enquanto os da escrita envolvem relações entre escritor, leitor e documento sendo
por isso, muito mais complexo;
b) Comprovar que a oralidade e escrita se constituem atividades de caráter social
e interacional, efetivadas entre sujeitos determinados, em situações concretas de
realização proporcionando reflexão acerca dos processos de construção de cada uma
dessas modalidades.
c) Oportunizar atividades diversas para a compreensão do vinculo necessário
entre o êxito no desempenho linguístico e o conhecimento de regras, como recursos
indispensáveis para dominar o uso da língua padrão adquirindo controle e segurança de
uso da língua materna nas mais variadas situações do cotidiano, tanto na sua forma oral
quanto escrita, priorizando-se as atividades de leitura como recurso indispensável para
se chegar a qualquer tipo de conhecimento, informação e formação geral do indivíduo e
da coletividade.
2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina
2.1 Conteúdos estruturantes
O Conteúdo estruturante é o conjunto de saberes e conhecimentos de grande
dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar e serão o pilar dos
conteúdos a serem trabalhados no dia-a-dia da sala de aula.
O Conteúdo estruturante da disciplina que atende a sua perspectiva é o
discurso como prática social. O discurso é toda a atividade comunicativa entre
interlocutores.
A língua será trabalhada na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que
é a dimensão dada pelo conteúdo estruturante. O trabalho com a disciplina vai considerar
os gêneros discursivos, a forma, a composição, o estilo dos enunciados, seja nas práticas
da oralidade, da leitura ou da escrita e análise lingüística, levando em conta o contexto e
a que pública o texto é dirigido, superando a concepção de que o conhecimento é algo
fragmentado, mera informação e promovendo a construção conceitual que auxiliará na
formação e ação dos alunos nas vivencias cotidianas, concordando com Koch (2002).
Koch, (2002) explica: “(...) à concepção de língua como representação do
pensamento corresponde a de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade; (...) à
concepção de língua como estrutura por seu turno, corresponde a de sujeito determinado,
assujeitado pelo sistema; (...) finalmente, a concepção de língua como lugar de interação,
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corresponde à noção de sujeito como entidade psicossocial, sublinhando-se o caráter
ativo dos sujeitos na produção mesma do social e da interação (...)”.
Em decorrência e concordância com a concepção de língua como prática que se
efetiva nas diferentes instâncias sociais, afim de bem desenvolver a competência
discursiva do aluno, para que este se utilize da língua de maneira proficiente, nas
diferentes situações comunicativas do cotidiano, o texto é, sem dúvida, a unidade básica
do ensino a ser priorizada, e entendo-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e
conteúdos estruturante, portanto, é discurso como prática social.
Assim sendo, serão trabalhados os conteúdos básicos da Língua Portuguesa de 5ª
a 8ª série e Ensino Fundamental com base em textos selecionados de acordo com a série
e conteúdos pretendidos.
O primeiro e contínuo conteúdo será a leitura, a qual supõe propostas ou projetos
com os diferentes tipos de textos que possam favorecer conteúdos conceituais (saber);
procedimentos (saber fazer) e atitudinais e construção de valores.
Ao selecionar os textos faremos de modo a apresentar aos alunos o maior número
de tipologia de textos que permeiam o cotidiano.
Nesses textos buscar-se-à trabalhar primeiramente a compreensão do texto; a
identificação da idéia ou intenção principal e a reflexão sobre o texto (tema principal,
informação secundárias, partes do texto e sua coesão, significados e diferentes
interpretações) e outros aspectos relevantes que forem surgindo durante a leitura.
Todos os aspectos citados acima serão discutidos a priori, na oralidade,
respeitando-se a vez para falar, o saber ouvir, respeitar a opinião do outro, o consenso.
Realizar-se-á uma análise do texto bastante ampla, previamente elaborada pelo
professor, porém conduzida em sutileza, abordando questões de: organização e tipologia
de texto; tipo de linguagem utilizada; questões de semântica, fonética, morfologia, sintaxe
relevante no texto, bem como ortografia, pontuação e acentuação, de acordo com a série.
Nas séries do Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª séries a preocupação maior centrar-
se-à na ortografia, acentuação, pontuação, classes gramaticais (concordância verbal e
nominal), emprego correto dos artigos, pronomes, verbos... Formação de palavras,
sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos, sem regras escritas, tudo na prática e na
observação, na pesquisa e relatos.
No Ensino Médio haverá a necessidade de sistematizar e ampliar os conceitos
adquiridos até a 8ª série do Ensino Fundamental.
A produção textual será amplamente praticada e explorada, priorizando-se também
nessa atividade, a diversidade textual.
79
Organizar-se-ão projetos e oficinas dentro dos três eixos nas quais serão seguidos
alguns métodos tais como: planejamento, produção, técnica, avaliação e análise dos
resultados.
Na reestruturação dos textos serão reforçados os conceitos linguisticos gramaticais
e seus papéis na estrutura dos textos.
Conteúdos Básicos-5ª série
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos, os gêneros
discursivos conforme suas esferas de circulação, cabendo ao professor fazer a seleção
pertinente, de acordo com o PPP de sua escola de atuação.
LEITURA: Nesta, há que se perceber a relevância: do tema do texto; do
interlocutor; da finalidade do texto; da aceitabilidade pelos alunos; de sua carga
informativa; do tipo de discurso: direto ou indireto; dos elementos textuais; das marcas
linguísticas, tais como: coerência, coesão, funções das classes gramaticais no texto;
pontuação; recursos gráficos: pontuação, acentuação; grifos, aspas, figuras de linguagem
e outros;
ESCRITA: É fundamental registrar o tema do texto; o interlocutor; a finalidade; as
informações contidas no texto; argumentação; discurso direto e indireto; paragrafação; as
marcas linguísticas; pontuação, acentuação, negrito, figuras de linguagem, processo de
formação das palavras;acentuação gráfica;ortografia;concordância verbal e nominal.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: é essencial que o professor planeje muito
bem suas aulas de acordo com os objetivos; selecione criteriosamente os textos, sempre
oferecendo diferentes gêneros textuais; estimule os questionamentos; contextualize os
temas; promova debates, discussões; consensualize; diferencie os estilos de época;
aborde temas e desafios contemporâneos em todas as aulas, promovendo a
interdisciplinaridade; oportunize a socialização dos saberes na leitura e na escrita,
valorizando também a oralidade em relação aos aspectos já descritos em apresentações
de trabalhos; contação de histórias; entrevistas, teatro, outros.
AVALIAÇÃO: Espera-se que os alunos identifiquem o tema ao realizarem a leitura;
compreendam as leituras; localizem informações; posicionem-se diante dos argumentos;
ampliem seu vocabulário para, posteriormente, expressarem-se com clareza ao exporem
suas idéias; saibam elaborar textos de acordo com roteiros; que saibam manter a unidade
80
temática; saibam diferenciar linguagem formal e informal e, principalmente, saibam utilizar
os recursos lingüísticos.
6ª série:
GÊNEROS DISCURSIVOS: À semelhança do que se descreveu para a quinta
série, o professor adotará planejamento rigoroso para abordar na oralidade, na leitura e
na escrita os diferentes gêneros discursivos, sempre com clareza de objetivos, de acordo
com o PPP da escola, com a proposta curricular e com o Plano de trabalho Docente,
ampliando as compreensões, de acordo com a complexidade de cada turma.
É muito importante que o professor propicie práticas de leitura, escrita e oralidade,
considerando os conhecimentos prévios dos alunos, formulando questionamentos
adequados, encaminhando as discussões adequadas, contextualizando os temas,
identificando com os alunos os interlocutores e as intenções do texto, os estilos de época,
analisando atentamente todas as ilustrações por fim,socializando as ideias.Espera-se
desse modo, que os alunos leiam e compreenda as diferentes leituras, destaquem
informações relevantes e secundária, tomem posição,argumentem e expressem
oralmente todos esses aspectos.
Quanto à avaliação, do mesmo modo, espera-se que os educandos expressem
suas idéias claramente, elaborem textos orais e escritos; diferenciem linguagem formal e
informal; compreendam e expressem os argumentos; usem os sinais de pontuação na
escrita e utilizem a entonação adequada na oralidade e na leitura; explane oral e por
escrito sobre o que leu e, saiba esperar sua vez de falar sempre respeitando a idéia do
outro, mesmo não concordando.
7ª série:
Da mesma forma que nas séries anteriores, para o trabalho das práticas de leitura,
escrita e oralidade, bem como da análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos, os gêneros discursivos de acordo com as esferas sociais de circulação, cabendo
ao professor, selecionar os gêneros em conformidade com o PPP da escola, Plano de
Trabalho Docente e Matriz Curricular da série.
LEITURA: É papel do professor, oportunizar leituras dos diferentes gêneros
discursivos, sempre considerando os conhecimentos prévios dos alunos, formulando
questionamentos que levem à reflexão e mudança de atitude de acordo com o que se
aprendeu com a leitura. Para tanto se faz indispensável a promoção de discussões e
81
consenso geral na turma sobre os temas questionados;vale ressaltar aqui a importância
de se analisar textos verbais e não verbais,tais como fotos,imagens,gráficos e outros;é
também papel do professor instigar a curiosidade de seus alunos,para que eles
descubram o prazer das descobertas.
É de igual relevância, estimular o aluno a escrever sempre utilizando roteiros,
melhorando o vocabulário, a ortografia, a estética e outros aspectos.
Na análise linguística, há que se considerar o papel sintático dos pronomes, das
questões de semântica, sintaxe; figuras de linguagem sentido conotativo e denotativo;
tempos e modos verbais; concordância verbal e nominal, noções de morfologia, sintaxe,
regência concordância e organização das ideias, ortografia - acentuação-pontuação, nos
textos orais e escritos.
8ª série:
Nesta série aprofundam-se os conteúdos das séries anteriores, exigindo-se agora,
do aluno, maior capacidade de abstração, de leituras independentes, de uso de recursos
para apresentação de trabalhos, capacidade de decisão, entre outras. Nesse período da
vida escolar, ocorre, sendo essa idade muito arguta, de muita comparação, de um
sentimento de adulto, embora ainda demore a se chegar “vida cada vez mais
compromissada de cada uma”, de maior entendimento por parte dos alunos.
A avaliação segue os moldes anteriores sempre se observando o processo
evolutivo dos alunos. Ressalta-se aqui que avaliar é um processo complexo que envolve o
desempenho do aluno, mas também do professor.
Quanto aos desafios contemporâneos, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, EDUCAÇÃO
FISCAL, COMBATE E PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS, SEXUALIDADE,
VIOLÊNCIA, entre outros, serão abordados continuamente, sempre que possam ser ou
estar inseridos nos textos selecionados pelo professor, bem como em todas as
oportunidades de acordo com as abordagens da mídia e também quando os alunos
lançarem questionamentos. Por esse motivo, todos os planos de ações docentes são
flexíveis e passíveis de mudanças. Serão registrados esses temas, no caderno, em
relatórios, painéis, cartazes e similares, devidamente descritos no livro de registro do
professor.
Ensino MédioO Ensino Médio tem como conteúdo estruturante o discurso como prática social
envolvendo conteúdos básicos gêneros discursivos: leitura, escrita e oralidade.
Os conteúdos envolvidos são:
82
LEITURAConteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade;
Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade;
Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas
linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas
conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; entido
conotativo e denotativo.
ESCRITAConteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade;
Informatividade; situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais
do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e conseqüência entre as partes e
elementos do texto; Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de
linguagem; Marcas liguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc;
Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.
ORALIDADEConteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões faciais, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3 Metodologia da disciplina
Considerando-se que a sala de aula é o espaço por excelência do domínio
discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, propõe-se um trabalho intenso com os
múltiplos gêneros discursivos, produzidos, lidos e ouvidos, ou seja, veiculados pelos mais
diversos recursos tecnológicos no cotidiano, os quais sempre procuram responder às
exigências de cada época, principalmente deste século, no qual a ciência e a tecnologia
83
apresentam novos recursos todos os dias e, nas escolas já existe à disposição: vídeo, TV,
Laboratório de Informática, Pendrive, Multimídia entre outros.
Desse modo, viabilizar-se-á o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam
socialmente, tais como: coleta de materiais em jornais, revistas e outros impressos,
internet, vídeos, músicas e outros, auxiliando-o a produzi-los, a interpretá-los por meio de
leituras atentas, de modo sistemático.
Nessas leituras, o aluno precisará descobrir as intenções dos diferentes tipos de
textos tais como: informar, convencer, seduzir, entender, criticar e tantas outras, bem
como as diferentes situações comunicativas (familiar ou pública) onde foram produzidos,
pois, são estas que irão determinar os tipos de linguagem (formal, técnica, coloquial,
informal, íntima, pessoa, etc.). O aluno deverá perceber ainda as diferentes formas
estruturais dos textos (poemas, contos, relatos, manuais, cartas, etc.) e os diferentes
recursos linguisticos em cada texto.
A prática da leitura será intensa, pois, para aprender a ler, é preciso interagir com a
diversidade de textos escritos, os quais abordarão Educação Fiscal, Educação Ambiental,
Saúde, Sexualidade, Educação no Campo, Educação Indígena, Africana,
complementando com palestras, leituras, debates, entrevistas e o auxílio de audiovisuais
e laboratório de informática, testemunhar a utilização que os leitores fazem deles e
participar de atos de leitura de fato, de tal modo, que os alunos negociem ou relacionem o
conhecimento que já possuem com o que é apresentado no texto. Eles precisam perceber
e diferenciar idéias que estão claras, evidentes no texto e aquelas que estão implícitas,
sempre com a participação do professor.
Sob esse ponto de vista, já se inicia o trabalho com a escrita, pois, ler e escrever
são atividades que se complementam, uma vez que se reconhece que a leitura é que
fornece matéria-prima para a escrita. Diante disso, há que se oferecer aos alunos
variados, interessantes e divertidos textos para que sejam maiores as oportunidades de
se tornarem leitores hábeis.
Já, a prática de produção de textos vem como uma conseqüência da oralidade e da
leitura. É fundamental que o professor crie na sala de aula as condições de produção por
isso, ressaltaremos sempre: para que escrever; para quem; onde e como escrever.
Após a produção, é preciso que o aluno leia e releia, reconstrua seu texto de
acordo coma interação que escreveu.
É então que entra a análise linguistica, a coerência, a coesão, a obediência às
regras gramaticais e ortográficas. Percebe-se, pois, que esses conhecimentos não serão
abordados de modo estanque, no entanto, são indispensáveis e relevantes, não podem
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ser preteridos. É o momento mais importante da produção de texto: a reflexão sobre a
língua e reestruturação. Pela riqueza que este trabalho apresenta, proceder-se-á sempre
uma reestruturação coletiva, pois, dessa forma, todos os alunos poderão participar
aprender e aplicar os conhecimentos adquiridos.
4 Avaliação
A avaliação será adotada de forma continua priorizando a qualidade de ensino e da
aprendizagem. Deverá levar em consideração o ritmo e processo de aprendizagem
diferente determinando seu caráter formativo. Será contínua, cumulativa verificando o
desempenho dos alunos e realizando as intervenções necessárias e diagnosticas,
considerando ainda as diferenças de ritmo e processo de aprendizagem dos alunos.
Neste sentido e, concordando com as DCEs, será priorizado uma avaliação que
complete:
a) Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de
idéias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas idéias, a influencia da sua fala, o seu desembaraço, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se
posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,
discursos políticos, programas televisivos, etc. e de suas próprias falas, mais ou menos
formais, tendo em vista o resultado esperado.
b) Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que estudantes
empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua
reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar
as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor
deve propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
c) Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios
e parâmetros de avaliação devem estar bem claros para o professor e definidos para o
aluno, que precisa estar inserido em contextos reais de interação comunicativa. É a partir
daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como
85
na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que os rodeiam
quanto de seu próprio.
Nesta abordagem avaliativa estaremos praticando uma avaliação processual
através da análise e reflexão das atividades curriculares e do desenvolvimento do aluno,
uma avaliação contínua feita ao longo do ano através das expressões do conhecimento
nas áreas, das ações colaborativas entre os alunos, da expressão de criatividade, da
compreensão das relações entre as áreas do conhecimento, do compromisso com os
afazeres da disciplina e da escola, da participação nas atividades de sala de aula
extraclasse entre outros; avaliação credencial feita através de diferentes instrumentos
orientados para tal fim de cunho individual, grupal e/ou de auto avaliação.
A avaliação credencial de acordo com o professor terá momentos designados para
a realização da averiguação do progresso do aluno. Caso aluno não compareça naquele
tempo, poderá realizá-lo mediante requisição feita na Secretaria a qualquer tempo letivo
sob a supervisão do professor da disciplina. Caso o mesmo não tenha justificativa
condizente com o contrato didático assumido no início do ano letivo, deverá recolher taxa
simbólico com o objetivo de evitar que o aluno se exima da sua responsabilidade em
relação a sua aprendizagem. Tal medida é temporária, num exercício de procurar
desenvolver a responsabilidade através de procedimentos não comuns na escola,
tocando no que algum valor para eles. É importante ressaltar que nenhum aluno ficará
sem ser avaliado, independo da condição apresentada.
O resultado numérico da avaliação será a média aritmética das diferentes
avaliações, todas de zero a dez.
Neste processo cada profissional envolvido deverá estar comprometido com os
diferentes níveis de abrangência que regem os princípios filosóficos doutrinados através
do referencial teórico; com a disciplina através dos princípios legais da avaliação; e, de
abrangência didático-pedagógica pelas diferentes práticas avaliativas, a auto avaliação, e
pelos conselhos de classe.
A forma de registro da avaliação ocorre através de notas bimestrais. A média para
a aprovação ou progressão de série é 6,0 por bimestre, num total de 4 (quatro) bimestres,
totalizando 24 (vinte e quatro) pontos.
Caso o aluno não pontue o total de 6,0 (seis vírgula zero) pontos bimestrais,
ocorrerá intervenção pedagógica do tipo de recuperação paralela, e os casos mais sérios,
de quintas séries, são encaminhados para a sala de apoio na qual recebem o apoio
pedagógico em horário e tempo diferente do regular.
86
Os alunos portadores de deficiência auditiva, defasagem severa de aprendizagem
tem o encaminhamento da aprendizagem, na Sala de Recursos.
Nossa escola é optante pelo regime de progressão parcial, sendo que o aluno tema
oportunidade de refazer a disciplina, até duas (02) que ficou defasada na série anterior
tanto no Regime Fundamental quanto no Médio. A forma como é realizada esta
recuperação poder ser frequentada ou através de trabalhos com acompanhamento do
professor da série em recuperação.
A recuperação realizada no Colégio Nova Visão expressa o compromisso da
escola com a promoção do aluno, pois se destina a criar novas oportunidades para que o
aluno possa complementar e/ou retomar as aprendizagens ainda não dominadas.
Supõem novas estratégias de ensino que atendam mais efetivamente o aluno nas
suas dificuldades, estimulando seu interesse pelo conteúdo a ser recuperado.
Entendemos a recuperação como elemento indispensável para retomada do
processo da ação pedagógica. Ela deve ser abrangente e contínua, assim como todo o
processo educativo.
A equipe pedagógica deve ficar atenta para que haja um efetivo comprometimento
do professor e do aluno.
As atividades de recuperação devem atender aos seguintes princípios gerais da
ação pedagógica:
1. Basear-se no diagnóstico proporcionado pela avaliação contínua;
2. Dar importância ao tratamento individualizado e à promoção do aluno,
atendendo às dificuldades apresentadas;
3. Promover atividades que levam o aluno a motivar-se e sentir-se comprometido
a perceber a importância desse processo, evitando provas sem sentido;
4. Procurar fazê-la de tal forma que ocasione a retomada do processo pedagógico
e oportunizando a todos os alunos, independente da nota, um novo momento
de discussão sobre os temas.
Entretanto, não podemos esquecer que antes de pensar em como fazê-la, o ideal é
pensar em como evitá-la e para isso propomos uma recuperação preventiva que deverá
ocorrer no dia-a-dia da sala de aula, ao longo do processo, quando o professor constata a
deficiência da ação pedagógica. Deverá comunicar a equipe pedagógica e os pais,
chamando-os para uma conversa e sugestões para ações para que o aluno possa ter
recuperado imediatamente.
Desse modo a recuperação paralela, como próprio nome expressa, deve ocorrer
concomitantemente ao processo de ensino – aprendizagem – avaliação. Essa
87
concomitância implica num esforço maior por parte do professor e do aluno, ambos
conscientes da importância de não se avançar nas séries sem o devido conhecimento.
O processo avaliativo, portanto, deve ser diferenciado, constante, adaptável e, em
hipótese nenhuma, apenas um mero instrumento de medição e aferição de notas.
5 Referências
BAGNO, Marcos. O preconceito linguistico. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro?: um convite à pesquisa. São Paulo:
Parábola, 2001.
CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. Willian Roberto
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 2ª ed. São Paulo: Atual, 2002.
COSTA VAI. Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
FÁVERO, Leonor, KOCH, Ingedore. Lingüística textual. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1988.
KLEIMAN, Ângela B. Oficina de Leitura: teoria e prática. 4ª ed. Campinas: Pontes,
1996.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.
2.11 MATEMÁTICA - Ensino Fundamental e Médio
1 Apresentação da disciplina
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que
vieram compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na história da
matemática que os babilônios, por volta de 2000 a. C. acumulavam registros do que hoje
podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da
humanidade a respeito de idéias que se originaram das configurações físicas e
geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.
Contudo, como campo de conhecimento a matemática emergiu somente mais tarde
em solo grego nos séculos VI e V a. C. Com a civilização grega, princípios lógicos e
exatidão de resultados forma registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras
discussões sobre a importância do papel da matemática no ensino e na formação das
pessoas.
88
A matemática constitui-se como um saber vivo, dinâmico, construído
historicamente para atender as necessidades sociais e técnicas e que enquanto conteúdo
de aprendizagem possibilita estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar
reconhecendo-a como ciência. Ensinar e aprender matemática envolve não só a
consistência de suas teorias, mas também como meio do homem ampliar seus
conhecimentos e contribuir para o desenvolvimento da sociedade.
De acordo com as DCE's (2009, p, 47):O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001). Secretaria de Estado da Educação do Paraná e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.
O estudo da matemática objetiva:
Desenvolver no aluno do ensino fundamental o domínio dos conteúdos
básicos, enquanto que no ensino médio ele deverá ampliar e aprofundar esses conteúdos
em suas particularidades para que, com isso, alcance um desenvolvimento científico
objetivando “garantir o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos
matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência
matemática” (DCE's 2009 – p.80);
Envolver o conhecimento científico e os conteúdos matemáticos, bem como
as práticas contextualizadas valorizando o caráter cientifico da disciplina;
Propiciar a compreensão da evolução do pensamento científico, através da
ampliação de conceitos e/ou da construção de objetos abstratos bem como estabelecer
conexões entre o conhecimento matemático e as experiências de vida pessoal, social e
produtiva.
Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído
historicamente, possibilitando ao estudante o entendimento e o uso consciente desse
objeto;
Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-os, poder atuar melhor nele;
Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e
padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas;
89
Contribuir para que o aluno tenha condição de constatar regularidade
matemática, generalizações e apropriações de linguagens adequadas para descrever e
interpretar fenômenos matemáticos.
Comunicar-se de modo matemático argumentando, escrevendo e
representando de várias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as
idéias matemáticas.
2 Conteúdos Estruturantes/ Básicos da disciplina
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de Matemática
devem estar propostos em todas as séries da Educação Básica da Rede Pública
Estadual. Tais conteúdos orientam o professor na sua prática docente de forma que um
Conteúdo Estruturante possa estar mais presente em uma série do que em outra.
Os conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado no
contexto do outro. Assim os Conteúdos Estruturantes transitam entre si através dessas
articulações.
São conteúdos estruturantes:
a) Números e álgebra;
b) Grandezas e medidas;
c) Geometrias;
d) Funções;
e) Tratamento da informação.
Os Conteúdos Estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos no Ensino Fundamental:
5ª sériea) Números e álgebra –
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
b) Grandezas e medidas
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
90
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
c) Geometrias •
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
d)Tratamento da informação• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
6ª sériea) Números e álgebra• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1ºgrau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
b)Grandezas e medidas
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
c) Geometrias •
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas.
d)Tratamento da informação• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
7ª sériea) Números e álgebra• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do1º grau;
• Potências;
91
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
b)Grandezas e medidas
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
c) Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não euclidianas.
d)Tratamento da informação• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
8ª sériea) Números e álgebra• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
b)Grandezas e medidas
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
c)Funções• Noção intuitiva de Função Afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
d) Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
92
• Geometrias não euclidianas.
e)Tratamento da informação• Noções de Análise Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
No Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos:
a) Números e álgebra• Números Reais;
• Números Complexos;
• Sistemas lineares;
• Matrizes e Determinantes;
• Polinômios;
• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
b)Grandezas e medidas
• Medidas de Área;
• Medidas de Volume;
• Medidas de Grandezas Vetoriais;
• Medidas de Informática;
• Medidas de Energia;
• Trigonometria.
c)Funções• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica.
d) Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
93
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
e)Tratamento da informação• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
3 Metodologia da disciplina
A matemática é tida como disciplina difícil, complicada, e com poucos adeptos. A
esse respeito Brito afirma que “A matemática é comumente considerada a mais abstrata,
racional, formal, universal e descontextualizada das disciplinas” (2005, p. 236).
Esta visão pode ser modificada se forem utilizadas metodologias atrativas que
permitam o relacionamento entre os saberes. Partindo-se da história da matemática o
aluno tende a validar a matemática enquanto ciência.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da educação matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacamos:
A resolução de problemas: deve ser empregada à medida que o aluno vai
incorporando o conhecimento.
A etnomatemática será trabalhada através das manifestações culturais,
relações de produção e trabalho.
A modelagem matemática: consiste na arte de transformar problemas reais
em problemas matemáticos contribuindo para uma formação crítica. Os computadores e
as calculadoras são recursos que auxiliam a metodologia matemática. Aulas dinâmicas,
pesquisas, discussões, apropriação de conhecimento devem ser utilizados como recursos
no processo.
O uso de mídias tecnológicas sejam elas o software, a tv pendrive, as
calculadoras, os aplicativos da internet, devem ser usados para favorecer as
experimentações matemáticas e potencializar formas de resolução de problemas.
A história da matemática orienta na busca de referência para compreender
melhor os conceitos matemáticos, possibilitando a análise e discussão sobre as razões
para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
Investigações matemáticas: é um recurso que contribui para melhorar a
94
compreensão e assimilação de um problema matemático, procurando saber o que não se
sabe ainda, que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica do ensino da matemática.
Alguns dos recursos didáticos e tecnológicos utilizados na prática pedagógica
serão:
Aplicativos da internet;
Quadro;
Giz;
Livro didático público;
Livros paradidáticos;
Textos;
Matérias de jornais e/ou revistas;
Calculadoras;
Leituras compartilhadas de diferentes matérias, destacando situações do
momento, ou que proporcionem a reflexão e a valorização da vida dentre eles os Desafios
Educacionais Contemporâneos;
Lúdico: jogos, brinquedos, modelos, exemplificações;
Recursos tecnológicos tais como: filmes, softwares, slides.projetores;
Atividades práticas e em laboratório (semelhança de triângulos, Teorema de
Tales, Circunferência, etc);
Exposições;
Produção de painéis;
Dramatização de alguns conteúdos.
No decorrer do processo ensino aprendizagem será dado alusão aos Desafios
Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes. Serão
trabalhados também assuntos referentes à Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, Violência e Educação Ambiental. Surgindo essas oportunidades trabalhar-se-á de
forma integrada ao conteúdo ora estudado.
Sabe-se que é nosso dever e obrigação abranger em nossas falas e ações a
História e Cultura Afro (Lei nº 10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio
Ambiente (Lei nº 9795/99), História e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08). Esta
prática está melhor explicitada com indicações de textos em nosso Plano de Trabalho
Docente, uma vez que os conteúdos relacionados com os temas são vários.
4 Avaliação
95
A avaliação no ensino da matemática deve contemplar os diferentes momentos do
processo de ensino e aprendizagem. Seguindo essa visão o processo de avaliação deve
ser formativo, processual, contínuo e diversificado, levando sempre em consideração a
evolução do aluno nas várias etapas da construção do conhecimento. A reflexão por parte
do aluno bem como a análise do professor sobre o erro do mesmo vem contribuir para a
aprendizagem e possíveis intervenções.
Segundo Luckesi, “... a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre os dados
relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões
sobre o seu trabalho” (2002).
Como instrumentos de avaliação, podemos utilizar trabalhos, provas, exercícios,
construções, reflexões, organização e apresentação dos cadernos, tarefas desenvolvidas
em sala de aula e em casa, portfólios e outros recursos com base científica e que venham
representar o eixo formativo do processo.
É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno
apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um
acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a
transpor os obstáculos visando a sua promoção.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
São eles:
Considerar todas as formas de raciocínio para resolver uma determinada
situação- problema;
O resultado não é o único elemento a ser considerado na avaliação matemática,
pois mesmo que ele não esteja de acordo o aluno pode ter se utilizado de métodos
coerentes equivocando-se apenas em parte do processo;
O erro deve ser considerado como ponto de partida para rever os meios
utilizados na resolução de um problema matemático;
A capacidade do aluno de comunicar-se matematicamente, oralmente ou por
escrito;
A capacidade de realizar o retrospecto da solução de um problema
argumentando a favor ou contra os resultados.
O resultado numérico de avaliação será a somatória das formas de avaliações com
peso de 0,0 a 10,0 e fazer a média aritmética. Caso o aluno não alcance ou queira
aumentar sua nota ele terá direito à recuperação paralela de conteúdos onde o professor
baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca diminuindo esse conceito.
96
Entende-se a recuperação de estudos como elemento indispensável para a
retomada da ação pedagógica. Esta recuperação deve ser incorporada às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo mais um componente do aproveitamento
escolar.
5 Referências
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
BRITO, Márcia Regina F. de (Org.). Psicologia da Educação Matemática: Teoria e Pesquisa. Florianópolis: Insular, 2005.
TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Escola e povos indígenas no Brasil – Parte I. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.
TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Escola e povos indígenas no Brasil – Parte II. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.
TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Repertório afro-brasileiro na escola – Parte I. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.
TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Repertório afro-brasileiro na escola – Parte II. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília/DF: MEC,
2004.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/educadores
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=127
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 57
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 13
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=91
97
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=58
2.12 QUÍMICA - Ensino Médio
1 Apresentação da disciplina
O percurso histórico do saber químico contribuiu para a constituição da Química
como disciplina escolar, afirma Hébrard (2000).
A ênfase no estudo da história da disciplina e em seus aspectos epistemológicos
defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique como campo de
conhecimento constituído historicamente nas relações políticas, econômicas, sociais e
culturais das diferentes sociedades.
Afirmar que o estudo da Química foi constituído a partir das relações históricas e
políticas, é um modo de demonstrar a natureza desse conhecimento, inclusive questões
ideológicas que o influenciaram, o que por sua vez, possibilita o desenvolvimento de
concepções mais críticas a respeito das relações da Química na sociedade. Então, não se
pode dizer que a Química é fruto apenas da ciência ocidental e do capitalismo, ressalta-se
também a influência do Oriente no estatuto procedimental da Química que foram
difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao estabelecimento da Química como
Ciência Moderna.
98
Esses pressupostos criam uma abordagem pedagógica crítica da Química, que
visa ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de trabalho.
A abordagem dos conteúdos no ensino da Química será norteada pela construção
e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos históricos,
políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em resultados de
pesquisa sobre o ensino de ciências.
O conhecimento químico está inserido na vida humana, interligado com os demais
campos de conhecimento. Daí a importância de Química no Ensino Médio para que ela
possibilite a compreensão dos processos químicos entre si em estreita relação com as
aplicações tecnológicas, enfocando concomitante sua implicação ambiental política
econômica, levando o educando a perceber que a ciência é resultante do intelecto e deve
estar limitado pela ética e pela moral, aprendendo a fazer uma leitura crítica dos
acontecimentos ligados à Ciência.
A Química, enquanto disciplina curricular, nos estabelecimentos públicos do
Paraná deverá se constituir em conhecimentos que propiciem um discurso histórico social
que permite dar significado aos conceitos científicos vinculando-os ao momento histórico,
político, econômico, social e cultural abandonando as abordagens da química/símbolo.
A química faz parte do dia-a-dia do sujeito, é o sujeito e, portanto, deve ser
concebida com naturalidade e a importância que merece seja enquanto estudo da matéria
ou em estudos do meio ambiente, ou ainda como meio de criação de novos produtos, na
biotecnologia, na química fina entre outros.
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula
(MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a
cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros
conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.
Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda
na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos
conceitos de Química.
Então, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo
professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos
99
constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira
(2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a
ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a
aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação.
Nas três últimas décadas, os currículos das disciplinas sofreram intensas
modificações, principalmente nas escolas públicas brasileiras. A complexidade desse
processo envolveu análises teóricas sobre o papel da Química na educação. Pesquisas
sobre a forma de aprendizagem de conceitos científicos, produção de materiais didáticos
e desenvolvimento de metodologias. Partindo dessa realidade propõe-se um trabalho
voltado para a compreensão e apropriação do conhecimento químico objetivando:
Superar a mera transmissão de conteúdos oportunizando o desenvolvimento do
conhecimento científico para que o aluno ao apropriar-se dos conceitos de química
sensibilize-se e se comprometa com a vida no planeta.
Formar um aluno crítico que não se prenda a conceitos, mas que relacione os
conceitos da química à outros conceitos relacionando-os com o mundo em que vive;
Construir conceitos a partir de fatos reais interligando-os as vivências e
sobrevivências do ser humano, levando em consideração os aspectos políticos,
econômicos e sociais;
Estabelecer a interação do aluno com a química de forma prazerosa envolvendo os
conteúdos estruturantes sustentados pela tríade: composição, propriedade e
transformação;
Oportunizar ao aluno o desenvolvimento do conhecimento científico, a apropriação
dos conceitos, sensibilizando-o para um comprometimento com a vida do planeta.
2 Conteúdos estruturantes/Básicos da disciplina
O trabalho da química baseia-se em conteúdos estruturantes que se constituem
em: Matéria e sua natureza; Biogeoquímica e Química Sintética que se inter-relacionam e
devem se articular às especialidades dos alunos.
a) Matéria e sua natureza: Matéria – Constituição da matéria, estados de
agregação, natureza elétrica da matéria, modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr), estudo dos metais, tabela periódica. Solução – Substância simples e composta,
misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares,
temperatura e pressão, densidade, dispersão e suspensão, tabela periódica. Ligação
química – Tabela periódica, propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas em
100
relação as propriedades dos materiais, solubilidade e as ligações químicas, interações
intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares, ligações de hidrogênio,
ligação metálica (elétrons semi-livres), ligações sigma e pi, ligações polares e apolares,
alotropia. Reações químicas – reações de óxi-redução, reações exotérmicas e
endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação de entalpia,
calorias, equações termoquímicas, princípios da termodinâmica, lei de Hess, entropia e
energia livre, calorimetria, tabela periódica.
b) Biogeoquímica: Velocidade das reações – Reações químicas, lei das reações
químicas, representação das reações químicas, condições fundamentais para ocorrência
das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagente, teoria de
colisão), fatores que interferem na velocidade de reação (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores), lei da velocidade das
reações químicas, tabela periódica. Radioatividade – Modelos atômicos (Rutherford),
elementos químicos (radioativos), tabela periódica, reações químicas, velocidades das
reações, emissões radioativas, leis da radioatividade, cinética das reações químicas,
fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).
c) Química Sintética: Equilíbrio químico – Reações químicas reversíveis,
concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio),
deslocamento de equilíbrio (princípio de Chatelier): concentração, pressão, temperatura e
efeito dos catalizadores, equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização,
Ks), tabela periódica. Gases – Estados físicos da matéria, tabela periódica, propriedades
dos gases (densidade / difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e
temperatura x volume), modelo de partículas para os materiais gasosos, misturas
gasosas, diferença entre gás e vapor, lei dos gases. Funções químicas – Funções
orgânicas, funções inorgânicas e tabela periódica.
3 Metodologia da disciplina
Para que o aluno tenha um conceito científico é preciso que o professor respeite o
conhecimento prévio e as concepções espontâneas sobre química, acreditar que o
conhecimento deve ser uma constante construção e reconstrução, assim o aprender
Ciência consiste em fazer com que o educando leia o mundo em que vive com os olhos
da Ciência.
Na aprendizagem da química prevalece a construção dos conceitos a partir dos
fatos. As abordagens dos temas devem ser feitas através de atividades elaboradas para
provocar a investigação, a especulação, a construção e reconstrução de idéias.
101
Entretanto, quando os estudantes chegam à escola, não estão desprovidos de
conhecimento. Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições e
idéias que dependem também de suas origens, isso dificulta a adoção de um único
encaminhamento metodológico para todos os alunos. Dando atenção a isso, será
abordada a cultura e história afro-brasileira (Lei n. 10.630/03), história e cultura dos povos
indígenas (Lei n. 11.645/08), história do Paraná (Lei 13.381/01) e educação ambiental (Lei
9.795/99), relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado,
cabendo ao professor dar aos alunos os fundamentos teóricos para que se aproprie dos
conceitos da química e do conhecimento científico sobre esses assuntos para que
desenvolva entendimento dessas questões.
Da mesma forma serão trabalhados os Desafios Educacionais Contemporâneos,
também relacionando com os conteúdos estruturantes, com um tratamento adequado,
cuidados e fundamentando teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.
Deve-se lembrar que qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, é
necessário o período de pré e pós-atividade visando a construção de conceitos.
a. RecursosPara que isso aconteça podem-se utilizar visitas a ambientes (indústrias, rede de
tratamento de água, reservas ambientais, etc.), relatos de experimentos no laboratório,
discussões coletivas, trabalhos de pesquisa em grupo e individuais, construção de
materiais que comprovem as leis estudadas, leitura de textos, aulas dialógicas, áudio-
visual (uso de vídeo) e o uso de informática como fonte de dados de informação.
4 AvaliaçãoA avaliação será formativa e processual levando em conta todo o conhecimento do
aluno e como ele supera suas concepções, além de orientar e facilitar a aprendizagem.
Ocorrendo por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, sujeita a alterações no seu
desenvolvimento.
Ao invés de avaliar só por meio de provas o professor usará instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: produção de
textos, leitura e interpretação da tabela periódica, apresentação de seminários, relatórios
das práticas. A construção do conhecimento, o interesse e a participação do aluno,
verificando se realmente a química está contribuindo para a construção de um cidadão
consciente e integrado ao mundo em que vive, será objeto de avaliação.
102
Preocupando-se com a aprendizagem do conteúdo, serão feitas mais de duas
avaliações por bimestre, com peso 10,0 para cada avaliação, e a média final será obtida
conforme o número de avaliações, após cada avaliação será realizada a recuperação
paralela que será ofertada para todos, visando um maior aproveitamento dos conteúdos
trabalhados na disciplina.
5 ReferênciasParaná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba: SEED, 2006
MATEUS, Alfredo Luis. Química na cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
2.13 SOCIOLOGIA - Ensino Médio
1 Apresentação geral da disciplina
A disciplina de Sociologia no Ensino Médio quer proporcionar ao aluno, reflexões
sobre as principais questões conceituais e metodológicas no seu fazer diário.
As inquietações que mobilizaram os principais sociólogos no final do século XIX,
após a Revolução Industrial, em muitos aspectos se aproximam das preocupações de
nossos colegas contemporâneos. No entanto, há que se compreender as modificações
verificadas nas relações sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas pela
formação de um novo mundo de preocupação econômica.
Fazer uma viagem através de algumas concepções teóricas acerca da sociologia
dará suporte histórico/político/ educacional à disciplina.
A Sociologia desde as suas raízes tem uma vertente muito forte em relação a
emancipação do sujeito.
No Brasil a Sociologia surgiu nos meados da década de 30, possibilitando não
apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, mas a formação de professores
profissionais para o Ensino Secundário, vindo consolidar a mesma como disciplina.
Podemos dizer que o objetivo da Sociologia é o conhecimento do homem sobre sua
própria condição de vida. No Paraná a Sociologia apareceu como disciplina efetiva em
1985, nos cursos de Segundo Grau, mas somente em 2006, passa a ser obrigatória.
103
O contexto do nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas
conseqüências de três revoluções: uma política (Revolução francesa de 1789), uma social
(Revolução Industrial) e uma na ciência (Iluminismo), o que inicialmente foi um
pensamento de cunho conservador preocupada em questionar a gênese da sociedade e a
sua evolução. Mas com as grandes evoluções sociais esse pensamento passa a ser
questionador das mudanças que ocorrem na sociedade.
O termo Sociologia foi empregado pela primeira vez por Augusto Conte (1760-
1825), tornando-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho cientifico da
humanidade, considera capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais
ciências. Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz
emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de
solução pelos primeiros pensadores sociais – Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A Sociologia ganhou corpo teórico com as ideias de Durkheim, que foi o primeiro a
lecionar a disciplina da Universidade de Bordeaux, na qual propôs um método e um objeto
próprio, alem de provar que os fenômenos sociais eram passiveis de serem investigados
cientificamente.
No desenvolvimento da Sociologia, pode-se distinguir um triplo processo de
formação de um núcleo disciplinar: a identidade cognitiva, a identidade social e a
identidade histórica.
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Tem como
principais autores: Florestam Fernandes, Silvio Romero, Euclides da Cunha e Oliveira
Viana, que preocuparam-se em reconhecer a identidade cultural da nação, buscando
interligar história, política e sociedade.
Dentre muitos autores que buscam conhecer a sociedade brasileira, encontram-se
ainda Gilberto Freire, defensor das questões étnicos raciais, Caio Prado Junior, estudou a
realidade cultural do Brasil utilizando-se das ideias marxistas, Sérgio Buarque Holanda,
expõe a fragilidade da formação autoritária das elites culturais e políticas do país, Octávio
Lanni, Fernando Henrique Cardoso, Juarez Brandão Lopes e outros que voltam os seus
estudos ao desenvolvimento econômico e social, analisando a crise das relações de
produção na sociedade agrária ou a formação de um operariado urbano, o nacionalismo
urbano, o sindicalismo ou os governos populistas.
Segundo a LDB, o estudo da Sociologia tem como atribuições básicas investigar,
identificar, descrever, classificar e interpretar todos os fatos relacionados à vida social.
Posto assim, a Sociologia pretende instrumentalizar o aluno para que o mesmo possa
decodificar a complexidade da realidade social. Assim sendo ele poderá através de um
104
conhecimento sistematizado construir uma postura mais reflexiva e crítica diante dos
acontecimentos contemporâneos, podendo perceber-se como elemento ativo na luta pela
mudança social.
O pensamento sociológico se consolida na articulação de saberes que envolvem as
desigualdades sociais e econômicas; a exclusão do mundo do trabalho, as relações
sociais conflituosas, os problemas sócio ambientais, a negação da diversidade cultural, de
gênero e étnico-racial.
A sociologia objetiva a reconstrução dialética do aluno e ainda:
Possibilitar aos indivíduos, independente do seu grau de entendimento,
alterar o curso de sua vida através de mudanças na sua prática social.
Analisar a realidade local para tornar-se cidadão atuante.
Reconhecer que o Brasil é um país representado pela diversidade humana e
cultural.
Contribuir para a mudança de atitude ampliando as condições democráticas.
Trabalhar com o educando numa perspectiva transdisciplinar, quebrando a
rigidez que a legitimidade social e o estudo da verdade dão a eles.
Fazer com que os alunos compreendam e valorizem as diferentes
manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o
direito à diversidade, enquanto princípio estético, político e ético.
Oferecer ao aluno a possibilidade de construir uma visão crítica em relação à
vida cotidiana, ampliando a visão de mundo nas relações interpessoais com os vários
grupos sociais.
Lutar contra o preconceito, desenvolvendo um olhar crítico, explicativo e
interrogador com vistas a mudar o olhar sobre a organização social.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
Aqui propomos que o ensino de Sociologia seja fundamentado em conteúdos
estruturantes que não se resumam apenas a uma listagem de fatos, temas e conceitos
encadeados rigidamente.
A exposição clara e segura dos conteúdos a serem trabalhados, nos parece um
porto seguro derivando o aluno ao norte do seu conhecimento.
Os conteúdos e temáticas estruturantes propostos são representativos dos grandes
campos de saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos a
partir da práxis pedagógica como construção histórica.
105
É correto afirmar, que os conteúdos estruturantes de Sociologia não
conhecimentos de grande amplitude, conceitos e práticas que identificam e organizam
campos de estudo considerados centrais e básicos para compreender os processos de
construção social. Esses conteúdos norteiam professores e alunos, sujeitos da educação
escolar e da prática social na seleção, organização e problematização dos conteúdos
específicos, a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder a busca da
totalidade, em inter-relações e não na simples soma das partes. Os propostos aqui são:
a) O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas; Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
b) O Processo de Socialização e as Instituições Sociais: Processo de Socialização;
Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas;
Instituições de reinserção ( prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
c) Cultura e Indústria Cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Culturas afro brasileiras e africanas;
Culturas indígenas .
d) Trabalho, produção e classes sociais: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
106
Trabalho no Brasil.
e) Poder, política e Ideologia: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de poder;
Conceitos de ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
f) Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais: Direitos civis, políticos e sociais;
Direitos humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos sociais;
Movimentos sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG´s.
Os conteúdos devem sempre levar em conta a diversidade cultural, a linguagem,
interesses pessoais e profissionais, sendo abordados, de acordo com a DCE.
3 Metodologia da disciplina
Para garantir que o conteúdo proposto se desenvolva de forma dinâmica e crítica,
sugerimos uma metodologia constituída a partir da realidade dos alunos, como sendo o
grande desafio de relacionar o conhecimento do senso comum como o conhecimento
científico. As aulas de sociologia podem ser atraentes, despertando no aluno o interesse
em identificar problemas sociais do meio em que vive e também da sociedade brasileira.
A metodologia proposta para as aulas de sociologia é distribuída da seguinte
forma:
Aulas expositivas dialogadas, visitas a instituições, museus, etc.
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos.
Leitura de textos informativos: clássico; teórico; teórico contemporâneo; temáticos;
didáticos, literários, jornalísticos.
Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisas
de campo, bibliográfica, on-line, cientifica.
107
Análises criticas de filmes, documentários, musicas, propagandas de TV, análise
critica de imagens, entre outros.
Vale ressaltar que para a total segurança não devemos “fugir” com a coerência e a
concepção metodológica proposta nas DCEs.
A proposição de trabalhar as leis é parte integrante desta disciplina, como plena
compreensão do aluno aos fatos pertinentes: Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro” - Esta
lei será debatida em sala de aula, argumentada e contextualizada com a realidade destes
povos. Lei 13.381/01 “História do Paraná” - Levar ao conhecimento do aluno como foi e
como é a história parananense; passar pelos vários momentos políticos, de colonização,
social e a integração do Paraná no contexto nacional e internacional firmando-se cada vez
mais como uma potência econômica e administrativa. Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” -
Oportunizar textos ambientais e levar ao aluno o debate do Meio Ambiente; mostrar as
consequências sofridas pela natureza e problematizar a pesquisa sociológica sobre o
mesmo. Lei 11645/08 “História e Cultura dos povos indígenas” - Fazer alusão
sistematizada sobre como vivem estes povos, seus direitos, sua identidade, levantar
números de quantos eram no passado e quantos são. Focalizar sua rica História, seus
costumes e lendas e proporcionar uma visita in loco a uma aldeia indígena paranaense.
Nesta disciplina devemos levar em conta sempre a seriedade com que deve ser
abordados os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade, Prevenção ao uso
indevido de drogas, Violência, Educação Ambiental, Educação Fiscal. Propomos a
realização de seminários, palestras com profissionais de área, debate na escola se inter
relacionando inclusive com outras disciplinas e ocupar espaço na Imprensa local numa
tentativa de divulgar o trabalho realizado na escola.
Observamos que a disciplina de Sociologia é ampla e permite ao professor(a)
múltiplas possibilidades metodológicas não somente as sugeridas pela DCE.
4 Avaliação
A avaliação do ensino de Sociologia deve sempre perpassar todas as atividades
relacionadas a disciplina a ser enfrentada e elaborada de maneira transparente e coletiva.
O processo avaliativo se dará pela participação em debates, aulas expositivas,
trabalhos e provas escritas e oral.
Neste campo é de fundamental importância o desenvolvimento do trabalho
referente à recuperação paralela. Nela oportunizaremos que o aluno seja contemplado
com conteúdos que “talvez” não tenham sido bem compreendidos num primeiro momento
108
e possibilitem a real compreensão. A recuperação paralela é parte total e integrante do
Aprendizado Escolar.
Na avaliação deveremos ter o cuidado com a coerência e a tendência pedagógica
preferida e assumida pela escola e também estar em consonância com o contido no
Regimento Escolar, PPP, observando a deliberação 007/99 – CEE, DCEs e LDB.
5 Referências
ARON, Raymon. As Etapas do Pensamento Sociológico. 6ª Edição. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª Edição. Porto Alegre. Artmed, 2005.
GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia Crítica: alternativas de Mudanças.HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, 1936.
LEJEUNE, Mato Grosso de Carvalho. (Org) Sociologia e Ensino em Debate. Ijuí: Unijuí,
2004.
Livro Público – SEED/PR – 2006.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo, Revista dos Tribunais,
1933.
SYTOMPKA, Piotr. A Sociologia da Mudança Social. 2ª Edição. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2005.
109
2.14 L.E. M – ESPANHOL - Ensino Médio
1 Apresentação da disciplina
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do
ensino de LE no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela
seletividade, tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a
uma língua estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de poucos. A
língua espanhola, portanto, foi valorizada porque representava para o governo um
modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e à história nacional.
Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Atualmente o interesse da escola
pública demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LE possa ter um
papel democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao
aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. O ensino de Língua
espanhola no Colégio Estadual Nova Visão se alicerça em dar suporte aos
educandos sobre língua e cultura. A Língua Estrangeira norteia-se no princípio de
que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da
escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do
conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o
reconhecimento e compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes
e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a
oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e
portanto,instrumento de comunicação.
110
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno
passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o
seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer
vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma
outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina Discurso como prática social.
Gêneros discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade
e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
2.1 Conteúdos básicos: 1º ANOLEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;
Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto; Aceitabilidade do
texto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;
ontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Discurso direto e
indireto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica;
Ortografia; Concordância verbo/nominal.
ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor;
Aceitabilidade do texto; Informatividade; Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero: Turnos de fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
2.2 Conteúdos básicos – 2ºANOLEITURA: Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido
conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade;
111
Situacionalidade; Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos
composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem; Semântica:; operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo
e denotativo das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor no texto;
ESCRITA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade
do texto; Tema do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;
Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);Concordância verbal e nominal; Semântica; operadores
argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; figuras de linguagem; sentido
conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto; Relação de
causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Polissemia; Processo de
formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia.
ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas…; Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos,
gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3 Metodologia da disciplina
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula deverá ser feito através
do discurso. O aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir
significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio
da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva
discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em
conta o seu conhecimento prévio.
Será feita a utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno
identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se
destinam.Serão usadas estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas
112
culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.A gramática
será abordada sempre que se fizer necessária. Quando o professor perceber que
seus alunos necessitam das orientações gramaticais para realizarem as atividades
propostas.A língua materna será usada como ponto de apoio para melhor
entendimento da língua estrangeira.
A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos
em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de
melhores resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático,
dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia,
jornais, revistas, folhetos de propaganda e os subsídios propostos pelo portal
WWW.diaadiaeducacão.pr.gov.br serão utilizados para facilitar o contato e a interação
com a língua e a cultura.
Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e
Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade
brasileira e latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o
espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão abordados
para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades
tratam tais assuntos.
4 Avaliação
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Compreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como
processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e
avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino
aprendizagem.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações
ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,
somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante
tendo medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão
113
analisadas e consideradas como subsídios que busquem planejar e propor outros
encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas pelos alunos.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os
objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico
da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais
e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de
articulação entre teoria e prática. A expressão dos resultados da avaliação será feita
conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao
sistema de avaliação. A recuperação paralela ocorrerá sempre que se perceber que o
aluno não se apropriou dos conteúdos e será retomado o conteúdo por diferentes
encaminhamentos que visem assegurar a aprendizagem.
5 Referências
COLÉGIO ESTADUAL ESTADUAL NOVA VISÃO ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO, Projeto Político Pedagógico.CHOPINZINHO, Paraná – 2008.
LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006
MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília –
DF, 2004.
PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto-Político-Pedagógico da escola – uma construção possível. Editora Papirus – 20ª edição, 2005.
SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2006.
SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: Reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. Curitiba, 2006.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
114
2.15 L.E.M. INGLÊS – Ensino Fundamental e Médio
1 Apresentação da disciplina
O cenário de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes mudanças no decorrer da história determinados
pelos interesses sócio-históricos e políticos. Partindo-se então dessas relações
determinou-se quais línguas e metodologias eram ofertadas pela escola.
Desde a educação jesuítica até finais do século XIX o objetivo do ensino
de LEM era obter acesso à cultura, onde se adotava o método de tradução e
gramática, com regras que privilegiava a escrita.
Devido às necessidades momentâneas do século XX, surge o método
direto, dando atenção às habilidades orais,devido à expansão do comércio
internacional e movimentos migratórios. Em 1942, nos EUA tiveram ênfase os
métodos audiovisuais em conseqüência da guerra. Na década de 60,
impulsionados pelos ideais tecnicistas, fundiram-se no Brasil, dando hegemonia
no ensino da língua inglesa nas escolas regulares.
Na década de 70, surge na Europa o ensino denominado Abordagem
Comunicativa que na década seguinte foi adotado no Brasil, devido à demanda
de mercado.
Contudo, a partir de criticas de alguns intelectuais do Brasil inspirados
pelas idéias de Paulo Freire começou-se a questionar a eficácia e a intenção do
método comunicativo.
Portanto, a aula de LEM deve apresentar-se como um espaço de
engajamento discursivo onde o aluno possa ampliar o contato com outras formas
de conhecer e assim construir a realidade subjetivamente.
Para que o objeto acima seja posto é necessário que o professor
proporcione ao aluno um espaço para interação e não apenas para decodificação
ou análise de estrutura lingüística.
Partindo desses princípios, identificou-se na pedagogia crítica o
referencial teórico que sustenta o documento das Diretrizes Curriculares, por
entender que esta é a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como
espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do
115
conhecimento, como instrumento de compreensão das relações sociais e pela
transformação da realidade.
Segundo Giroux ( 1997 p.33)“ A ênfase não é mais ajudar os estudantes a
“lerem” o mundo criticamente; em vez disso, é ajudá-los a “dominarem” as
ferramentas de leitura.”
Por isso ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que
a escolarização tem compromisso de prover aos alunos meios necessários para
que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo
de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o
papel de informar,mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam
seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, pois ainda
segundo Giroux(1997 p.34) “Atualmente, a linguagem tradicional sobre a
escolarização está ancorada em uma visão de mundo um tanto mecânica e
limitada.”
No momento atual, a pedagogia crítica responde às necessidades
educacionais, pois considera a escola um espaço social e democrático de
sujeitos críticos, sociais e democraticamente construídos. É nesse espaço que o
texto possibilita o uso da língua em práticas sociais mais amplas.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código lingüístico: é heterogênea, ideológica e
opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a
língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis.
O objeto de estudo é a língua, e esta deve ser concebida como discurso,
que constrói significados, pois atua como processo dinâmico e social.
As diretrizes de língua estrangeira se fundamentam na teoria de Bakhtin,
que concebe a língua como espaço de produção de sentidos, marcados por
relações contextuais de poder. As relações ganham sentido através da palavra,
como fenômeno ideológico que se concretiza no contexto da enunciação.
Segundo Bakhtin (1988), toda enunciação envolve presença de pelo menos
duas vozes, a voz do eu e do outro. Não há discurso individual, todo discurso se
116
constrói no processo de interação e em função de outro. Nessa interação, os
sujeitos se constituem socialmente. Então, a língua estrangeira apresenta-se
como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer a realidade
e com outros procedimentos interpretativos, construí-la.
Conforme a concepção da língua, os objetivos da língua devem:
- Demonstrar que toda língua é uma construção histórica, repleta de
sentidos a ela conferidos por nossa cultura e sociedade permitindo perceber o
mundo e estabelecer entendimento entre povos.
-Relacionar a língua estrangeira com a língua materna, refinando a
percepção da sua própria cultura por meio do conhecimento de outras
- Desenvolver habilidades comunicativas respeitando as diferenças, bem
como as situações de enunciação, levando em consideração os interlocutores, os
gêneros textuais na interação e transformação social.
- Propor um espaço que permita ao aluno reconhecer e compreender a
diversidade lingüística e cultural, percebendo a possibilidade de atribuir
significados ao mundo em que vive.
- Superar a visão de ensino da língua inglesa, apenas como meio de fins
comunicativos, partindo de um quadro teórico que envolva: língua, cultura,
ideologia e sujeitos no discurso e construção da identidade.
Assim ao final da educação básica, espera-se que o aluno:
- Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Entende-se que o ensino de língua estrangeira deve possibilitarão aluno
uma visão de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e
crie novas maneiras de construir do e no mundo, considerando as relações que
pode ser estabelecidas entre Língua Estrangeira e a inclusão social, o
117
desenvolvimento da consciência do papel das Línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma
língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da
sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o
aluno aprende também como construir significados para entender melhor a
realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear
um contorno para a própria identidade. Assim atuará sobre os sentidos possíveis
e reconstruirá sua identidade como sujeito. Partindo desses princípios,
identificou-se na Pedagogia Crítica, o referencial teórico que sustenta este
documento de Diretrizes Curriculares, por entender que esta é a tônica de uma
abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável
pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, como instrumento de
compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.
Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para
que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo
de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o
papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam
seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
No redirecionamento do Ensino da LEM nas escolas da Rede Pública
estadual do Paraná. O conteúdo estruturante é estabelecido como “O Discurso
Como Prática Social”.
Sendo a língua um espaço de interação verbal, de produção de sentidos,
marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante a tratará de forma
dinâmica por meio das práticas de leitura, de oralidade e de escrita.
Essas práticas são permeadas pela análise lingüística e pela exploração
de diversos gêneros textuais que propiciam a exposição do educando à língua
dentro de um contexto de uso.
118
“A medida que passam a conhecer e a fazer uso dos vários gêneros discursivos, os alunos aprendem a controlar a linguagem, o propósito da escrita, o conteúdo e o contexto. É necessário também que se conscientizem de como a linguagem funciona para transmitir o conteúdo oralmente ou por escrito. Devem portanto,aprender a organizar os diferentes tipos de conhecimento e de informação de acordo com a situação comunicativa específica.” ( Pinto, 2005)
Os níveis de organização linguística-fonético-fonológico, léxico-semântico
e de sintaxe servirão de instrumentos para que os alunos percebam a
interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos e a
intencionalidade nas relações sociais e de poder.
Para que tal objetivo seja alcançado, o trabalho em sala de aula deve
partir sempre de um texto num contexto de uso para a construção de significados
por meio de engajamento discursivo e não pela prática de estruturas lingüísticas.
2.1 Conteúdos básicos
Conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais e necessários para
cada etapa – Ensino Fundamental ou Médio. O trabalho pedagógico com tais
conteúdos é dever do professor que poderá acrescentar, mas jamais reduzi-los
ou suprimi-los, pois eles são básicos e por isso, não podem ser menos do que se
apresentam.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
lingüística, os gêneros discursivos serão adotados como conteúdos básicos
conforme suas esferas de circulação. Esses gêneros podem ser de natureza
cotidiana, científica, literária, escolar ou de imprensa.
Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com as condições de trabalho existentes na escola, o Projeto Político
Pedagógico, a articulação com as demais disciplinas e o perfil dos alunos.
Outro aspecto a ser analisado é a qualidade dos textos escolhidos, pois
devem instigar a pesquisa e a discussão, sem deixar de lado o princípio da
continuidade, isto é, respeitando a progressão de dificuldade entre as séries.
Ensino Fundamental
119
PRÁTICA DA LEITURA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto;
Situcionabilidade; Intertextualidade; Informatividade; Temporalidade; Discurso
direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do
gênero; Léxico; Repetição proposicional de palavras.
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Semântica; operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo
e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto; Polissemia
PRÁTICA DA ESCRITATema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intertextualidade;
Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero.
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Acentuação gráfica (espanhol); Ortografia; Concordância Verbal e
Nominal; Vozes sociais presentes no texto.
Semântica; operadores argumentativos; ambigüidade; sentido conotativo
e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto.
Significado das palavras; figuras de linguagem; Processo de formação de
palavras.
PRÁTICA DA ORALIDADETema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intertextualidade;
Informatividade; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos...
Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas;
Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,
gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Ensino Médio
PRÁTICA DA LEITURA
120
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
Situcionabilidade; Intertextualidade; Informatividade; Temporalidade; Discurso
direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto/; Elementos composicionais do
gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Polissemia;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto.
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto; Léxico.
PRÁTICA DA ESCRITATema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Situacionabilidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência
textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos
composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Acentuação gráfica (espanhol); Ortografia; Concordância Verbal e
Nominal.
PRÁTICA DA ORALIDADEConteúdo temático; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralingüísticos:
entonação, expressões facial, gestual e corporal, pausas...
Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas;
Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.)
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO EXEMPLOS
DE GÊNEROS
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Advinhas DiárioÁlbum de Família Exposição OralÁlbum de Família FotosAnedotas MúsicasBilhetes Parlendas Cantigas de Roda PiadasCarta Pessoal Provérbios
121
Cartão QuadrinhasCartão Postal ReceitasCausos Relatos de Experiências VividasComunicado Trava LínguasConvitesCurriculum Vitae
LITERÁRIA ARTÍSTICA
Autobiografia Letras de MúsicasBiografias Narrativas de AventurasContos Narrativas de EnigmaContos de Fadas Narrativas de Ficção CientíficaContos de Fadas Contemporâneos Narrativas de HumorCrônicas de Ficção Narrativas de TerrorEscultura Narrativas FantásticasFábulas Contemporâneas ParódiasHaicai PinturasHistórias em Quadrinhos PoemasLendas RomancesLiteratura de Cordel TankasMemórias Textos Dramáticos
CIENTÍFICA
Artigos Relato HistóricoConferência RelatórioDebate ResumoPalestra VerbetesPesquisas
ESCOLAR
Ata ResenhaCartazes ResumoDebate Regrado SeminárioRelato Histórico Texto ArgumentativoRelatório Texto de OpiniãoRelatos de Experiências Científicas MapasDiálogo/Discussão Argumentativa PalestraExposição Oral Pesquisa Júri Simulado Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural FotosAnúncio de Emprego HoróscopoArtigo de Opinião InfográficoCaricatura MancheteCarta ao Leitor MapasCarta ao Leitor Mesa redondaCartum NotíciasCharge ReportagensClassificados Resenha CríticaCrônica Jornalística Sinopses de FilmesEditorial TirasEntrevista (oral e escrita)
PUBLICITÁRIA
Anúncio MúsicasCaricatura OutdoorCartazes ParódiaComercial para TV PlacasE-mail Publicidade comercialFolder Publicidade Institucional
122
Fotos Publicidade OficialSlogan Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-assinado Debate RegradoAssembléia Discurso Político “de Palanque”Carta de Emprego FórumCarta de Reclamação ManifestoCarta de Solicitação Mesa RedondaDebate Panfleto
JURÍDICA
Constituição Brasileira Contrato LeisDeclaração de Direitos OfícioDepoimentos ProcuraçãoDiscurso de Acusação RegimentosDiscurso de Defesa RegulamentosEstatutos Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas Regras de JogoManual Técnico Rótulos/ EmbalagensPlacas
MIDIÁTICA
Blog Reality ShowChat Talk showDesenho Animado TelejornalE-mail TelenovelasEntrevista TorpedosFilmes Vídeo ClipFotoblog Vídeo ConferênciaHome Page
3 Metodologia da disciplina
O Ensino de LEM nas escolas da Rede Pública estadual do Paraná coloca
o papel das línguas na sociedade como possibilidade de conhecer, expressar
e transformar modos de entender o mundo e não apenas como instrumento
de acesso à informação.
As questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas serão
trabalhadas a partir do Discurso como Prática Social. As práticas do uso da
língua: leitura, escrita e oralidade assim como as questões acima devem ser
estudadas sempre tendo como o texto como ponto de partida, sendo ele verbal
ou não. A natureza desses textos pode ser jornalística, publicitária, literária ou
informativa e serão utilizados para provocar a reflexão e para realizar atividades
como análise de gênero, função, composição, intertextualidade, grau de
informação, recursos coesivos, coerência e gramática.
Para que os objetivos da disciplina sejam alcançados, várias atividades
podem ser desenvolvidas.
123
Pesquisa, que pode ser realizada em livros, Internet ou até mesmo através
de entrevistas.
Discussão, pois possibilita que o aluno exponha o conhecimento que
possui ou o confronte com o conhecimento adquirido.
Produção de texto deve ser visto como um processo dialógico pois
segundo Bakhtin “ um discurso nasce de outros discursos e se produz para um
outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito-
autor”(DCEs). Para que a produção aconteça deve haver a ajuda de recursos
disponíveis como o dicionário e a orientação do professor. Essa construção deve
ser gradual, aumentando o grau de dificuldade conforme o avanço das séries e
sempre corrigida e comentada pelo professor.
Interpretação de textos verbais e não-verbais, para que o aluno possa
confrontar, através da leitura não-linear, o reconhecimento de outros
conhecimentos adquiridos.
O livro didático também é um recurso que auxilia no processo da
aprendizagem. Ele torna o ensino mais previsível e homogêneo. Esse recurso
facilita o trabalho do professor e há também vantagens para os alunos, pois
dispõe de material para estudar, fazer consultas, realizar exercícios, porém não
deve ser usado como única fonte. Por isso,além do livro didático, o professor
pode utilizar materiais disponíveis na escola como: livros paradidáticos,
dicionários, DVDs,CD Rom , Internet, TV multimídia, etc.
As metodologias utilizadas para as aulas de LEM serão:
6 Leitura – Questionamentos e discussões acerca dos textos.
7 Escrita - Produção e análise textual através de correção conjunta;
seminários; aulas expositivas.
8 Oralidade – Apresentação de textos produzidos, análise de textos
verbais e não verbais como figuras, desenhos, programas de Tv,
entrevistas entre outros.
Para a aplicação da abordagem teórico-metodológica serão utilizados
recursos pertinentes a cada momento. Trabalhos com filmes ou vídeos, o DVD e
assim por diante.
124
A interdisciplinariedade será trabalhada através dos texto que
apresentarão assuntos de outras disciplinas. A LEM tem uma vantagem em
relação às outras disciplinas pois a interdisciplinariedade pode ser feita com
todas as áreas do conhecimento.Pode-se estudar textos de Biologia, em inglês,
por exemplo.
No que diz respeito à língua materna, será utilizada sempre que
necessário, porém a língua alvo deve ser utilizada na maior parte do tempo.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos assim como a “História e
Cultura Afro”, “A História do Paraná”, “Meio Ambiente” e “História e Cultura dos
Povos Indígenas” serão abordados através da análise e produção de textos
referentes a esses assuntos, pesquisas e debates.
4 AvaliaçãoA avaliação escolar é parte importante do amplo processo de ensino-
aprendizagem.
De acordo com Luckesi “ a avaliação da aprendizagem necessita, para
cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção
da aprendizagem bem-sucedida...” (DCEs)
Para que os objetivos das DCEs em LEM sejam cumpridos é necessário
que as intervenções pedagógicas ultrapassem o conteúdo trabalhado, fazendo
com que o professor considere o engajamento discursivo dos alunos através da
interação verbal.
A avaliação acerca do texto deve ir além da lineariedade, o que é uma
prática constante. O aluno deve ser capaz de interpretar além do superficial.
Deve poder produzir sentidos, inferir, levantar hipóteses, reconhecer
intencionalidades e testar seus conhecimentos lingüísticos discursivos.
Assim como em outras disciplinas a avaliação em LEM deve ser vista
como meio de crescimento e desenvolvimento do processo educacional e não
como instrumento de medição e punição. Isso pode ser alcançado através de
discussão acerca da produção dos alunos, considerando que o erro é parte
natural no processo de aquisição de uma nova língua.
125
Os instrumentos de avaliação usados serão seminários, correção dirigida e
comentada de textos, produção e interpretação de textos, pesquisas, resenhas e
provas.
A recuperação paralela será realizada durante o processo de
aprendizagem, com atividades significativas, por meio de procedimentos
didáticos metodológicos diversificados, em momentos em que o professor e os
alunos identificarem dificuldades e sejam planejadas ações para superá-las.
Articuladas aos conteúdos e às Diretrizes, de modo a respeitar as diferenças
individuais durante o processo de aprendizagem.
5 Referências
GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem/ Henry A. Giroux; trad. Daniel Bueno _ Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
PADILHA PINTO, A. Gêneros discursivos e ensino de língua inglesa. In: DIONÍSIO, A. P.(Orgs). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de educação Básica: Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna – Inglês. Curitiba: SEED, 2006.
2.16 APOIO ESPECIALIZADO – SALA DE RECURSOS
1 Apresentação
A Educação, além de ser um direito de todos constitucionalmente, pode
ser definida como a base da vida social dos indivíduos, uma vez que é através
126
dela, que estes se reconhecem como cidadãos, ampliam sua cultura e
conhecimentos.
Nesse contexto, o Conselho nacional de Educação, Art. 3º da Resolução
nº 02 de 11/09/2001, o qual determina que a Instituição Escolar precisa
organizar-se para assegurar, apoiar, complementar e suplementar o atendimento
educacional a alunos que apresentam necessidades educacionais especiais em
todos os níveis, etapas e modalidades da Educação Básica.
Assim sendo, o Art. 59 dessa Resolução estabelece que “os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos PNE, métodos, técnicas, recursos educativos
e organização para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e, aceleração
para concluir, em menor tempo, o programa escolar para os superdotados.
Com o propósito de cumprir o que determina a Lei de Diretrizes e Bases
LDB 9394/96, o serviço de apoio especializado na Rede Regular de Ensino, o
Colégio Estadual Nova Visão – EFM, de Chopinzinho, NRE de Pato Branco-PR,
disponibiliza a Sala de Recursos para esses alunos, cujo atendimento é realizado
por professora especialista, no horário oposto ao da turma regular.
Os objetivos da Sala de Recursos são:
Resgatar a auto estima dos alunos atendidos, com vista na superação,
gradativa e individual de suas dificuldades acadêmicas;
Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando
condições mais dignas de igualdade na vida acadêmica;
Procurar através desse entendimento, melhorar a sua integração social e
escolar evitando, com isso, a evasão escolar;
Envolver esses alunos com a comunidade escolar, desenvolvendo uma
consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de
cada individuo;
Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos,
utilizando metodologias e práticas variadas e individualizadas, quando
necessário, ao atendimento acadêmico.
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
127
Na Sala de Recursos os conteúdos serão integrados conforme
necessidade individual e / ou de grupo.
LÍNGUA PORTUGUESAEscrita
Produção de textos;
Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma escrita;
Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos;
Significado sãs palavras.
Leitura Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas
apresentadas nos mesmos, confrontando as idéias contidas e
argumentando com elas, atribuir significados à palavras;
Fazer contraste de textos, sendo estes sobre o mesmo tema;
porém, com linguagem diferente; tratados em tempos diferentes.
Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo a importância dos
sinais de pontuação.
Linguagem oral: Relatos de histórias, fatos, textos variados, filmes, entrevistas e
reportagens, etc:
Exposição de idéias e opiniões com seqüência, coerência e
objetividade.
Matemática: Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro
operações;
Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória,
concentração e operações numéricas;
Interpretação e leitura de gráficos;
Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e
registro;
3 Metodologia
128
A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma
metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações
reais e do dia-a-dia. Pois, através disso pretende-se resgatar o interesse e tornar
as aulas agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam que
suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de uma
forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades de
cada um, tirando as dúvidas mais freqüentes e que estão bloqueando o
segmento do processo de ensino-aprendizagem.
Sendo assim, procurar-se-á, trabalhar com:
Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos;
Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico;
Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para
que observem a forma correta da escrita;
Produção de textos utilizando sucatas em geral, recortes de revistas e
jornais, personagens variados;
Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e
reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia,
acentuação e coesão textual;
Leitura de gibis e fichas de leitura;
Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a
identificação de sinônimos e significados das palavras, utilizando o
dicionário e a lógica de sentidos;
Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de
comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora;
Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a
concordância e pontuação;
Jogos de sequência, para que observem a sequência de fatos e produção
de texto, reproduzindo a história seqüenciada;
Quebra-cabeças diversos;
Construção de frases, trava língua, poemas;
Atividades com jogos pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e
atenção;
129
Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de
divisão e multiplicação;
Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da
teoria à prática;
Construção da tabuada utilizando o material dourado;
Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras;
Dominós;
Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores
reais, que fazem ou fizeram parte do dia-a-dia, para que facilite a
compreensão e associação do conteúdo à realidade e, paralelamente,
estudando outras disciplinas;
4 Avaliação
Procurar-se-á detectar como se encontra a realidade para poder definir a
distância entre onde o aluno está e o que precisa atingir pela frente com relação
ao conteúdo, o seu nível cognitivo e psicológico, fornecendo material para
estabelecer qual a melhor metodologia a ser aplicada sendo um bom indicador do
trabalho do professor orientando e melhorando seu planejamento.
Com isso, buscará visualizar a avaliação como um todo, englobando todo
o processo, (antes, durante e depois) procurando entender o aluno como um
todo, seu aspecto cognitivo e emocional, e suas pré-concepções sobre os
conteúdos, para com base nestes dados, procurarmos elaborar estratégias
pedagógicas que venham de encontro com a situação, posteriormente
estabelecer mecanismos para visualizar em conjunto com os alunos, o que foi
assimilado, para podermos realizar os devidos feedback, em um primeiro
momento em grupo e, posteriormente, de maneira individualizada de acordo com
a necessidade.
A avaliação não terá um caráter classificatório, pois neste processo
entendemos, que a aprendizagem terá um objetivo de superação e compreensão
dos conteúdos defasados e, portanto, far-se-á de forma gradativa, processual,
130
conceitual e individualizada dentro das dificuldades e avanços diários de cada
um.
5 Referências
Cadernos da SEED;
MEIRIEV, Philippe. Aprender sim, mas como? Artemed, 1998.
SCHOVIS, Elizabeth e GRACE, Chy. Manual de Portfólio: Um guia passo a passo para o professor. Artmed, 2001.
Instrução nº 012/08 da SUED/ SEED.
2.17 SALA DE RECURSOS - ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
1 Apresentação
131
A Sala de Recursos é um espaço de fundamental importância na
investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais,
visando à suplementação de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes
habilidades dos sujeitos. A Sala de Recursos de Altas Habilidades e
Superdotação é um Serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica,
que suplementa o atendimento educacional realizado em classes comuns da
Educação Básica.
O público atendido são alunos regularmente matriculados que frequentam
o Ensino Fundamental e que apresentam altas habilidades/ Superdotação. Para
frequentar o aluno deverá ter, avaliação pedagógica no contexto escolar
complementada ou não com laudo psicológico. Esta avaliação deverá ser
realizada no contexto escolar do ensino regular pelos professores da classe
comum, professor especializado, pedagogo da escola, através da observação
direta e sistemática das expressões de habilidades, interesses, capacidade
intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo,
capacidade de liderança, talento especial para as artes e capacidade
psicomotora. Os resultados pertinentes à avaliação pedagógica, realizada no
contexto escolar, deverão ser registrados em relatório, com indicação dos
procedimentos de intervenção para o trabalho individualizado e ou coletivo, bem
como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente
datados e assinados por todos os profissionais que participaram do processo.
A clientela pode ser formada por alunos de diferentes estabelecimentos
devendo apresentar declaração de matrícula e relatório da avaliação pedagógica
com encaminhamento, assinado pelos profissionais responsáveis.
Este atendimento tem por objetivo enriquecer a aprendizagem,
oportunizando intervenção nas áreas das habilidades e interesses dos alunos,
com parcerias estabelecidas pela escola e outras instituições afins alem de
oportunizar o desenvolvimento nos relacionamentos intra e interpessoais,
priorizando o autoconhecimento e a socialização das pesquisas.
As intervenções pedagógicas da Sala de Recursos deverão ser elaboradas
a partir de um planejamento pedagógico de acordo com as características do
aluno podendo ser realizado por meio de projetos:
132
a) individual (projeto de interesse pessoal), ou;
b) grupo (campos de interesses e habilidades semelhantes);
c) encontros gerais (para desenvolver uma gama de atividades abertas e semi-
estruturados).
O planejamento deve ser reorganizado sempre que necessário, de acordo
com o trabalho desenvolvido pelo aluno ou grupo, objetivando a suplementação
curricular. O pedagogo e professor da Sala de Recursos devem prever contatos
periódicos com os demais professores da classe comum, sempre que se fizer
necessário, para o acompanhamento do desenvolvimento do aluno na Sala de
Recursos.
Sabemos que o tema das altas habilidades/ Superdotação é ainda pouco
discutido em nossas universidades, o que produz uma lacuna na formação dos
professores. Muitos saem de seus cursos sem terem a oportunidade de conhecer
esta área tão importante do desenvolvimento da criança. Para os pais, o
desconhecimento é ainda maior, uma vez que nossa sociedade ainda trata este
tema como tabu. A mídia, muitas vezes, nos dá uma ideia estereotipada sobre a
Superdotação, vista principalmente sob a ótica da pessoa academicamente
precoce e capaz de feitos maravilhosos. O termo “superdotado”, além de ser
apresentado de forma deturpada, gera confusões até mesmo entre as pessoas
com habilidades superiores, que não se percebem como superdotadas.
O apoio é prestado pela SEED e pelo NRE. A Secretaria de Educação
Especial, implantou em parceria com as Secretarias de Educação, em todas as
Unidades da Federação, os Núcleos de Atividades de Altas
Habilidades/Superdotação – NAAH/S. Com essa ação, disponibiliza recursos
didáticos e pedagógicos e promove a formação de professores para atender os
desafios acadêmicos, sócio-emocionais dos alunos com altas habilidades/
Superdotação. Estes Núcleos são organizados para atendimento às
necessidades educacionais especiais dos alunos, oportunizando o aprendizado
específico e estimulando suas potencialidades criativas e seu senso crítico, com
espaço para apoio pedagógico aos professores e orientação às famílias de
alunos com altas habilidades/ Superdotação.
Sempre que falamos em Superdotação, o que nos vem à mente é a figura
133
dos grandes gênios e visionários da humanidade. Albert Einstein, William
Shakespeare, Wolfgang Amadeus Mozart, Isaac Newton, Charles Darwin,
Leonardo da Vinci, Marie Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso estão entre os
relativamente poucos que ousaram inventar idéias inteiramente novas e quebrar
os paradigmas vigentes em suas áreas. Todos eles se destacaram em virtude de
suas realizações criativas, deram contribuições positivas para a humanidade e
elevaram o conhecimento humano, as ciências, a tecnologia, a cultura e as artes
a patamares inusitados. No entanto, chamasse a atenção, nos dias atuais, para o
fato de que essas mentes extraordinárias, a despeito de suas potencialidades
genéticas, não nasceram inteiramente prontas. Não há uma separação absoluta
entre tais pessoas e os seres humanos “comuns” como eu e você.
É comum a criança esconder ou negar suas habilidades, passando a
desenvolver problemas comportamentais ou psicológicos, a fim de melhor se
adaptar às demandas do ambiente escolar. Além disso, a maioria dessas
crianças demonstra um padrão desigual de desenvolvimento cognitivo, expresso
em diferenças entre o desenvolvimento intelectual e o emocional ou psicomotor,
por exemplo.
Torna-se nossa tarefa, enquanto educadores, conhecer os pontos fortes e
os interesses do aluno, suas necessidades cognitivas, sociais e afetivas
peculiares, a fim de dar-lhes oportunidades de construir seu próprio
conhecimento no seu próprio ritmo.
As pessoas com altas habilidades formam um grupo heterogêneo, com
características diferentes e habilidades diversificadas; diferem uns dos outros
também por seus interesses, estilos de aprendizagem, níveis de motivação e de
autoconceito, características de personalidade e principalmente por suas
necessidades educacionais. Entendemos que é tarefa dos educadores, sejam
eles professores ou pais, compreender a Superdotação em seus aspectos mais
básicos e assim se tornarem agentes na promoção do desenvolvimento dos
potenciais, de forma a poder atender as necessidades especiais desta
população.
Estudos estatísticos mostram que de 3% a 5% da população apresentam
potencial acima da media, em diversos contextos sociais, assim faz-se
134
necessário identificar os sujeitos com altas habilidades/Superdotação para
consolidar uma educação de qualidade que é um direito de todos.
As discussões sobre altas habilidades/Superdotação e talento, são
relativamente novas no Brasil, o que nos leva a reconhecer que as pessoas com
alto potencial acadêmico e elevada criatividade se encontram excluídas das
oportunidades que lhes permitem o desenvolvimento de seu maior potencial e o
alcance de um nível satisfatório de auto-realização, bem como usar sua
capacidade criativa a serviço de sua inteligência para trazer maiores
contribuições a si mesmo e à humanidade.
Gardner (apud CAMPBELL, 2000 p.21) define inteligência como: “a
capacidades para resolver problemas encontrados na vida real; a capacidade
para gerar novos problemas a serem resolvidos; a capacidade para fazer algo ou
oferecer um serviço que é valorizado em sua própria cultura.”
Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
altas habilidades/Superdotação é definido como: “grande facilidade de
aprendizagem que nos leva a dominar rapidamente os conceitos, os
procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de aprofundar e
enriquecer esses conteúdos deve receber desafios suplementares em classe
comum, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelo sistema de
ensino, inclusive para concluir em menor tempo, a série ou etapa escolar”.
(MEC/SEESP, 2001, p.39)
Através da teoria de Gardner (2000) sobre as Inteligências Múltiplas,
reforça-se a perspectiva intercultural da cognição humana. As inteligências são
linguagens culturais e ferramentas de aprendizagem e resolução de problemas e
criatividade e todos os seres humanos podem usar. Na sala de recurso Altas
Habilidades/Superdotação são levadas em consideração às inteligências
múltiplas em que cada educando apresenta, e buscado explorar tais
possibilidades através de adequadas metodologias que favoreçam o
desenvolvimento dos potenciais.
Considerando o exposto concorda-se com Günter (apud SABATELLA,
2008) , quando esclarece que a capacidade e o talento humano se desenvolvem,
135
e se expressam em produção superior, desde que o potencial seja identificado,
estimulado, acompanhado e orientado.
Considerando as políticas educacionais inclusivas, o educando deve ser
cada vez mais atendido em seus interesses, necessidades e potencialidades. A
Sala de Recursos Altas Habilidades/Superdotação no tocante ao atendimento
dos educando, provenientes da Rede Estadual de Ensino,encontra respaldo nos
seguintes pressupostos legais: Declaração de Salamanca (1994); Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – LDB Lei 9394/96 nos Artigos nº 58 a 60;
Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares – Estratégias para
educação de alunos com Necessidades Educacionais Especiais – 1998; Plano
Nacional da Educação Lei 10172/01; Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica do Ministério da Educação – 2002; Deliberação no
02/03 – Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná; Manual de Estrutura e
Funcionamento da Modalidade de Educação Especial: Instrução nº 016/08.
O professor da Sala de Recursos deve: participar das atividades previstas
no Calendário Escolar; participar nos Conselhos de Classe realizados no
estabelecimento de ensino onde o aluno frequenta a classe comum; registrar
sistematicamente, o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos,
conforme plano de ação elaborado; orientar a flexibilização curricular juntamente
com a equipe pedagógica da escola e os professores da classe comum, quanto
ao enriquecimento curricular necessário, avaliação e metodologias que poderão
ser utilizadas no ensino regular, em atendimento às necessidades educacionais
especiais do aluno superdotado. Periodicamente, deverá ocorrer
acompanhamento da prática docente e reavaliação do trabalho proposto para
cada aluno, pela equipe pedagógica da escola e NRE, com a finalidade de
realizar ajustes ou modificações no processo de ensino e de aprendizagem.
A permanência do aluno na Sala de Recursos terá caráter transitório,
dependendo da natureza de suas necessidades pessoais e das atividades
programadas. O horário de atendimento deverá ser em período contrário ao que
o aluno está matriculado e frequentando a classe comum.
A Sala de Recursos deverá apresentar projeto próprio de atendimento,
aprovado pelo Conselho Escolar, em consonância com o Projeto Político-
136
Pedagógico da escola, especificando as formas de atendimento. O professor da
Sala de Recursos deverá registrar o controle de frequência dos alunos em Livro
de Registro de Classe próprio. Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos,
a responsabilidade de manter a documentação do aluno atualizada.
Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe
comum, deverá conter os relatórios de avaliação no contexto escolar, documento
Síntese da Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Relatório de
Acompanhamento Semestral.
O relatório semestral deverá ser elaborado em formulário próprio expedido
pelo Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional – Área de Altas
Habilidades/Superdotação. Cópia do Relatório Semestral deverá ser arquivado
na Pasta Individual do aluno. Anualmente, será realizada avaliação dos
resultados do trabalho realizado na Sala de Recursos, através de dados
estatísticos, preenchidos em formulário próprio.
O desligamento do aluno do Serviço de Apoio Especializado – Sala de
Recursos deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado
pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe pedagógica e, com
o apoio dos professores da classe comum, cujo relatório deverá ser arquivado na
Pasta Individual do aluno.
Na documentação de transferência do aluno, além dos documentos da
classe comum, deverá ser acrescentada cópia do relatório do processo de
identificação no contexto escolar e cópia do último Relatório de
Acompanhamento Semestral. A transferência do aluno para outro
estabelecimento de ensino não implicará no desligamento do aluno da Sala de
Recursos.
A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de ensino da
Rede Pública ou Particular que ofertem Educação Básica, só poderá funcionar
após estar devidamente, porém se autorizada pela SEED, por Ato próprio. Para
legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação e
cessação) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do Manual
de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial – DEEIN.
A família tem papel importante no desenvolvimento da criança com altas
137
Habilidade e Superdotação. Pais afetuosos e preparados, assim como um
professor motivador, enamorado pela disciplina que ensina, podem aumentar a
probabilidade da criança e do jovem a desenvolverem as habilidades necessárias
para dar, no futuro, contribuições expressivas à humanidade e, ainda, ter uma
qualidade de vida mais satisfatória.
Apesar de a inteligência geral apresentar uma grande predisposição
genética, outras habilidades cognitivas relacionadas à Superdotação podem
desenvolver-se ou declinar-se em função das experiências vivenciadas. Neste
ponto, a família aprece em posição de destaque.
Benjamin Bloom (1985) e seus colaboradores no final da década de 50
desenvolveram uma pesquisa que se tornou clássica e bastante conhecida na
área, envolvendo famílias de renomados nadadores, jogadores de tênis,
pianistas, escultores, matemáticos e neurologistas.
Bloom forneceu evidências de que pais que têm maiores chances de
influenciar positivamente no desenvolvimento da inteligência e do potencial de
seus filhos são os que: combinam apoio e altas expectativas para com o
desempenho dos filhos; encorajam a criança nos seus esforços para aprender
novas habilidades; providenciam recursos e oportunidades de aprendizagem
além daquelas fornecidas pelo ambiente escolar; estimulam seus filhos a se
engajarem na área de interesse o mais cedo possível, escolhendo o primeiro
instrutor com cuidado.
Bloom enfatiza ainda que o encorajamento e afetividade são essenciais no
caso dos primeiros instrutores ou professores dos anos iniciais da criança pré-
escolar. Mais do que a disciplina e a habilidade em si, estes devem,
fundamentalmente: ensinar com carinho e respeito à velocidade e estilo de
aprendizagem da criança; transformar as lições em atividades lúdicas; utilizar
mais o ensino individual do que o coletivo; desenvolver atividades em que os pais
possam participar e demonstrar interesse no que a criança aprendeu.
À medida que a criança se desenvolve, progride em seu aprendizado e
domina uma técnica ou habilidade, o papel do educador também se modifica,
tornando-se eventualmente mais centrado nas habilidades, na autodisciplina e no
ensino individualizado.
138
A educação inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e
legais dos direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica,
de formação docente e de gestão educacional para a efetivação do direito de
todos à educação, transformando as estruturas educacionais que reforçam a
oposição entre o ensino comum e especial e a organização de espaços
segregados para alunos público alvo da educação especial.
Nesse contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a
centralidade das políticas públicas para assegurar as condições de acesso,
participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares, em
igualdade de condições.
Na organização dessa modalidade na educação básica, devem ser
observados os objetivos e as diretrizes da política educacional, atendendo o
disposto na legislação que assegura o acesso de todos a um sistema
educacional inclusivo, onde se destacam:
- A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), define, no art. 205, a
educação como um direito de todos e, no art.208, III, o atendimento educacional
Especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de
ensino;
- A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), publicada
pela ONU e promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 6.949/2009, determina
no art. 24, que os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com
deficiência à educação; e para efetivar esse direito sem discriminação, com base
na igualdade de oportunidades, assegurarão um sistema educacional inclusivo
em todos os níveis;
- A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008), tem como objetivo garantir o acesso, a participação e a
aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/Superdotação na escola regular, orientando
para a transversalidade da educação especial, o atendimento educacional
especializado, a continuidade da escolarização, a formação de professores, a
participação da família e da comunidade, a acessibilidade e a articulação
intersetorial na implementação das políticas públicas.
139
- O Decreto nº 6.571/2008, dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União
para ampliar a oferta do atendimento educacional especializado,
regulamentando, no art.9º, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB,
o cômputo das matrículas dos alunos da educação regular da rede pública que
recebem atendimento educacional especializado, sem prejuízo do cômputo
dessas matrículas na educação básica regular.
- A Resolução CNE/CEB nº 4/2009, institui Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, dispondo, no art.
3º, que a educação especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades,
tendo esse atendimento como parte integrante do processo educacional.
A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008, p.15) define o atendimento educacional especializado - AEE com
função complementar e/ou suplementar à formação dos alunos, especificando
que “o atendimento educacional especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas”.
Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino
para apoiar o desenvolvimento dos alunos público alvo da educação especial, em
todas as etapas, níveis e modalidades, ao longo de todo o processo de
escolarização. O acesso ao AEE constitui direito do aluno público alvo do AEE,
cabendo à escola orientar a família e o aluno quanto à importância da
participação nesse atendimento.
O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional
especializado, definido no §1º do art.1º, como o conjunto de atividades, recursos
de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente e prestados de
forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.
No §2º do art.1º, determina que o AEE integre a proposta pedagógica da escola,
envolvendo a participação da família e a articulação com as demais políticas
públicas.
Dentre as ações de apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação
previstas nesse Decreto, destaca-se, no art.3º, a implantação de salas de
140
recursos multifuncionais, definidas como “ambientes dotados de equipamentos,
mobiliários e materiais didáticos para a oferta do atendimento educacional
especializado”.
Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, a Resolução CNE/CEB
nº 4/2009, no art. 1º, estabelece que os sistemas de ensino devam matricular os
alunos público alvo da educação especial nas classes comuns do ensino regular
e no atendimento educacional especializado, ofertado em salas de recursos
multifuncionais ou centros de atendimento educacional especializado da rede
pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins
lucrativos;
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Nova Visão – EFM,
objetiva propiciar o desenvolvimento das habilidades e dos talentos dos alunos
com alto potencial, favorecer o desenvolvimento global; proporcionar vários tipos
de enriquecimento a um segmento maior da população escolar; oferecer
melhores oportunidades que atendam ao perfil de cada educando, bem como ao
seu ritmo de crescimento e aprendizagem; ampliar experiências e valorizar a área
do conhecimento; desenvolver hábitos de estudo, pesquisa e trabalho; criar um
clima de aprendizagem que resulte em maior produtividade e criatividade,
possibilitando a expansão dos interesses levando em conta áreas de interesse
dos educando.
2. Metodologia da disciplina
A aprendizagem visa ser ativa, com situações desafiadoras e com
adequado nível, de maneira a preparar alunos para lidar com problemas naturais
da vida, levando-se em conta as inteligências múltiplas que é próprio de cada
ser.Através de:
Aprendizagem Multimídia: animações, correio web, slides, filmes, vídeos;
Recursos tecnológicos: álbuns digitais, mensagem, vídeos e jogos; Produções:
Livros, poemas, artigos; Experimentando: realizando experiências que tem valor
e significado; Fazendo: agindo para que as coisas aconteçam; Pensando:
planejando ações e examinando ideias; Refletindo: estudando ações, ponto de
vistas e soluções; Oficinas de aprendizagem desenvolvidas em salas de aula
141
e/ou escola; Aprendizagem cooperativa; Aprendizagem global: Estímulo de
ambos os hemisférios cerebrais com vista à produção de experiências mentais
unificadas; Aprendizagem por Resolução de Problemas: Aprendizagem por meio
de soluções de problemas reais com vistas a preparar os alunos a participar da
solução de problemas sociais, Centrada em temas específicos de interesse do
aluno ou grupo; Estímulos em ambientes e contextos reais como fonte de
aprendizagem; Imersão simulada: Facetas do mundo real são trazidas para o
ambiente educacional que simula a realidade; Aprendizagem contextualizada,
integrada e ativa Ações;
As atividades visam: Fazer conexões entre diferentes disciplinas;
Favorecer a resolução de problemas que fazem sentido na vida do aluno; Permite
o uso de informações com propósito de produzir algo novo; Oportunizar o aluno a
atuar como verdadeiro investigador e construtor do conhecimento;
Entre os métodos e técnicas de ensino estão: Selecionar e refinar tópicos
por área de interesse; Listar a quantidade de recursos existentes na comunidade;
Decidir atividades específicas (tempestade de ideias); Divulgar (cartazes, cartas,
jornais, convites); Avaliar a atividade com todos os envolvidos; Técnicas de
observação, seleção, classificação organização, análise e registros de dados;
Técnicas de desenvolvimento de comunicações orais, escritas e gestuais;
Técnicas de resumos, trabalhos bibliográficos, esquemas, fechamentos,
relatórios, entrevistas, métodos de pesquisas; Criação da teia/mapa mental/mapa
conceitual.
3. Avaliação
A avaliação deve ter caráter diagnóstica ou de sondagem para que possa
informar a situação em que o educando se encontra, em que etapa de
desenvolvimento está em termos de aprendizagem, portanto ela tem a função de
promover a evolução do educando em todas as áreas do conhecimento .
O acompanhamento do aluno deverá ser sistemático e contínuo, registrado
em relatório semestral pelo professor da Sala de Recursos, que se utilizará das
142
informações e dos dados obtidos nas reuniões com pais, professores, equipe
pedagógica da escola e com os próprios alunos.
O processo de avaliação segue os princípios do Projeto Político
Pedagógico da escola tendo caráter formativo, ocorrendo para o educando de
forma contínua no desenvolvimento das atividades, levando se em conta a
curiosidade o interesse, o entusiasmo na execução das atividades tanto de
interesse quanto nas propostas pelo professor. Para o professor também tem
caráter formativo, pois a prática pedagógica se torna fonte de pesquisa e auto-
reflexão do trabalho, ou seja, a ação serve para a reflexão e esta deve gerar uma
nova ação com o objetivo de melhorar o processo educativo.
Estudos e discussões indicam que na superdotação mais do que obter
informações e conhecimentos, é preciso saber o que fazer com elas e este é um
dos desafios que o processo de avaliação precisa refletir pois, espera-se do
aluno a aplicação do aprendido em situações que requeiram ações e respostas
na solução de problemas reais.
4. Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: 1988. Brasília:
Câmara dos Deputados, 10 ed. 1998.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretriz Nacional para a educação especial na educação básica. MEC; SEESP, 2001.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes Nacional LDB-9394/96 de 20
de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 1998.
BLOOM, Benjamin S, ent Desenvolvimento ed Tal nos Jovens de Nova Iorque: Ballantine. Livros, 1985.
CAMPBELL, Linda. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: RS, Artes Medicas Sul, 2ª Ed. 2000.
143
SABATELLA, Maria Lúcia Prado. Talento e Superdotação: problema ou solução?. Curitiba: PR, Ibpex, 2ª ed., 2008.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Acesso 29/10/2010.
2.18 CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA VISUAL – CAE-DV
1 Apresentação
144
Se a escola é para todos, não pode ser omissa à garantia deste direito.
Conforme afirma Kassar (2004, p. 65): “[...] educação hoje é um direito do
homem, construção e conquista humana, e deve levar à efetivação de uma vida
com qualidade para todas as pessoas”.
O Centro de Atendimento Especializado na área da Deficiência Visual é
um serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor habilitado, que tem
como objetivo oferecer apoio complementar para a superação das dificuldades
dos alunos Deficientes Visuais nas salas regulares, por meio de experiências
multi-sensoriais contextualizadas, acesso a equipamentos específicos, materiais
pedagógicas adequados, orientações e mobilidade com trabalho itinerante ao
aluno, envolvendo a comunidade escolar e familiar do aluno.
É essencial ressaltar a importância deste Centro como recurso para os
educandos e não como uma sala de reforço escolar.
Pautando-se em uma “inclusão responsável”, o governo do Paraná em
detrimento à Educação Especial é referencia no país, pois a DEEIN
(Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional) propiciam
educação de qualidade para os alunos com necessidades educacionais
especiais. Cabendo ressaltar aqui as DCEs da Educação especial que viabilizam
a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes
comuns do ensino regular, como meta das políticas da educação, exige interação
constante entre professor da classe comum e dos serviços de apoio pedagógica
especializado, no caso aqui o CAEDV.
O atendimento no CAEDV caracteriza-se por ser uma modalidade de
atendimento prestada pela escola em período contrário ao turno de sala de aula
do ensino regular, o qual possibilita novas oportunidades ao educando com
deficiência visual, no sentido de utilizar-se de seus sentidos remanescentes e
novas experiências, para elaborar o saber escolar, sendo que o professor (a) não
deverá repetir os mesmos procedimentos ou atividades que são realizadas em
sala de aula comum e ainda deve ser um conjunto de procedimentos e
instrumentos específicos, mediadores do processo de apropriação e produção
de conhecimentos do aluno com deficiência visual através da utilização de:
145
sistema Braille; técnicas específicas no uso do sorobã; materiais didáticos
adaptados; orientação e mobilidade; desenvolvimento da eficiência visual (com
ou sem uso de recursos ópticos); técnicas específicas de atividades de vida
prática e diária (AVD e AVP), ou mais especificas atividades de vida
autônoma(AVA).
O trabalho no CAEDV faz alusão à importância histórica quanto ao
atendimento aos educandos com deficiência visual, pois percebe-se que a
Educação Inclusiva surgiu na Conferência Mundial sobre Educação para
todos, ocorrida em Jomtien, na Tailândia, em 1990. Acontecimento que
propiciou firmar compromissos para as pessoas portadoras de deficiência no que
diz respeito à igualdade de acesso à educação (Declaração Mundial sobre
Educação para Todos). Em 1994 esse compromisso foi reafirmado na
Conferência Mundial de Educação Especial, realizada em Salamanca, Espanha.
No Brasil, o início do atendimento especializado foi marcado logo em 1854
por Dom Pedro II ao fundar na cidade do Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos
Meninos Cegos, em 1891 passou a se chamar instituto Benjamin Constant. Em
1957, a educação do deficiente foi assumida em nível nacional, pelo Governo
Federal. No ano de 1961, já estava vigorando a primeira Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Nessa Lei foram escritos dois artigos (88 e 89)
referentes à educação dos excepcionais, garantindo, dessa forma, o direito à
educação das pessoas deficientes, pelo menos na letra da lei, dentro do sistema
geral de ensino, estava garantido a integração das pessoas deficientes na
comunidade. Dessa mesma forma a Lei nº 5764 de 11 de agosto de 1971,
garantia aos deficientes o recebimento de tratamento especial nas escolas e mais
tarde se deu a criação do Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp),
ligado ao Ministério de Educação e Cultura em 1857, no Rio de Janeiro o Imperial
Instituto dos Surdos – Mudos que atualmente é conhecido como INES – Instituto
Nacional de Educação de Surdos.
Percebe-se claramente que, a trajetória histórica da Educação Especial,
apesar de ser uma luta constante em busca dos direitos das pessoas que
apresentam algum tipo de deficiência, está cada vez mais ganhando espaço,
favorecendo assim o atendimento dessa clientela, visando oferecer
146
oportunidades de igualdades a todos os alunos, sendo que todos devem ter as
mesmas oportunidades independente das suas condições é o que prevê a Lei de
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, nº 9.394/96.
O número de deficientes visuais é crescente em países com grandes
desigualdades sociais e no Brasil aumenta nas regiões mais pobres incluindo
pessoas com baixa visão e pessoas cegas.
Os graus de deficiência visual podem variar, ocorrendo desde uma perda
pequena da capacidade visual até a cegueira. O aumento da expectativa de vida
das pessoas e o desenvolvimento de novas tecnologias médico-hospitalar são
fatores que contribuem para o aumento do número de pessoas com deficiência
visual.
Vygotsky (1995) mostra que as funções mentais da pessoa cega, são
tematizadas desde a Antiguidade. Para o autor, a cegueira não é só a falta de
visão (o defeito de um órgão particular), mas algo que provoca uma grande
reorganização de todas as forças do organismo e da personalidade, o que faz
dela não só uma deficiência, mas também uma manifestação de capacidades de
força. Na Antiguidade, a cegueira era considerada uma enorme infelicidade e
provocava um medo supersticioso. Resquícios deste medo ainda podem ser
observados em nossa época. A vertente religiosa considerava o cego como
alguém dotado de luz espiritual e capaz de profecias.
Através desde pequeno histórico, é possível perceber que a Educação
Especial ao longo dos anos vem enfrentando lutas para conquistar vitórias, as
quais cada vez mais estão ganhando espaço no meio tanto social, quanto
educacional.
O CAEDV tem como objetivo geral propiciar através da utilização de
recursos e ações pedagógicas específicas à apropriação e produção do
conhecimento científico, bem como acesso as informações de maneira, que o
aluno com deficiência visual adquira independência e autonomia para sua
inclusão social.
O atendimento no Colégio Estadual Nova Visão aos portadores de
deficiência visual é feito desde o ano de 2008, mas somente no ano de 2009 esta
147
se efetivando como atendimento especializado ao deficiente visual ( DV ) com
acompanhamento pedagógico individualizado.
Muitos foram os progressos no que se refere a aprendizagem. Objetiva-se
de forma específica apoiar o aluno DV em atividades que venham de encontro às
suas expectativas no que se refere a aprendizagem mediando os ensinamentos
da sala de aula do ensino regular com o Centro de Atendimento Especializado na
Área da Deficiência Visual.
Para Kirk e Gallagher (1991) a classificação da cegueira é baseada em um
padrão de eficiência visual, que é de certo modo abstrato. Sendo utilizada, cada
vez mais, uma definição funcional que enfatiza os efeitos da limitação visual
sobre a habilidade crítica da leitura. O instrumento padrão usual é a Escala de
Snellen, que consistem em fileiras de letras de tamanhos decrescentes que
devem ser lidas a uma distância de 20 pés. Os escores são baseados na
exatidão com que a pessoa com deficiência visual foi capaz de identificar as
fileiras de letras utilizando um olho de cada vez.
1. Pessoa Cega: é aquela que possui perda total ou resíduo mínimo
de visão, necessitando do método Braille como meio de leitura e escrita e/ou
outros métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para o processo
ensino-aprendizagem.
2. Pessoa com baixa visão: é aquela que possui resíduos visuais em
grau que permitam ler textos impressos à tinta, desde que se empreguem
recursos didáticos e equipamentos especiais, excluindo as deficiências facilmente
corrigidas pelo uso adequado de lentes (BRASIL. Ministério da Educação e do
Desporto, 1993).
2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina
O Centro de Atendimento Especializado na Área da Deficiência Visual
apresenta conteúdos básicos a serem trabalhados com os educandos com
deficiência visual, tais como o uso do Braille com prancheta e punção, datilografia
na máquina Perkins Brailler, o uso do Sorobã e as técnicas de Orientação e
Mobilidade/uso da bengala, além de AVA(atividades de vida autônoma).
148
Como conteúdos específicos, o ensino do Braille e sua aplicação nos
conteúdos da série regular vem compor o quadro dos conteúdos do Centro de
Atendimento Especializado na área da Deficiência Visual.
3 Metodologia da disciplina
Após a coleta de dados de cada caso, ou seja, de cada aluno com
deficiência visual, é feito um plano de trabalho de maneira a atender as
especificidades do aluno com deficiência visual, tais como:
Favorecer experiências sensoriais e perceptivas (auditiva, olfativa,
gustativa, táteis e cinestésica)
Trabalhar com atividades da vida autonoma (AVA);
Ensinar técnicas básicas de Orientação e Mobilidade e locomoção
independente no ambiente escolar e comunidade;
Ensinar leitura e escrita braille;
Oferecer o ensino de datilografia braille na máquina Perkins
Brailler;
Favorecer situações que trabalhem o ajustamento pessoal e social;
Trabalhar com equipamentos e programas específicos de
informática (sintetizadores de voz e ampliadores de tela);
Ensino das técnicas de Sorobã;
Treinamento de visão residual;
Transcrição de material braille/tinta/braille;
Adaptação de materiais em relevo;
Ampliações de textos e provas, bem como a produção de materiais
escritos em Braille.
4 Avaliação
Nos diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº
9.394/96 , que a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo
de aprendizagem, sendo que os aspectos qualitativos devem prevalecer sobre os
quantitativos. Porém, para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial que
149
os professores conheçam cada um de seus alunos e suas necessidades, pois
somente assim, poderá pensar em diferentes alternativas para que todos os
alunos alcancem os objetivos. Nesta perspectiva, a avaliação parte de duas
premissas básicas: confiança na possibilidade dos educandos construírem suas
próprias verdades e a valorização de seus interesses e manifestações.
A avaliação deve estar destinada a informar a situação em que se
encontra o educando, no que se refere ao desenvolvimento da sua
aprendizagem. Esta avaliação se dá de forma contínua, formativa, sistemática
processual, visa acompanhar as aquisições sucessivas que o aluno vai fazendo,
considerando seus avanços e conquistas, estabelecendo relações entre as ações
e as estratégias para trabalhar as dificuldades de forma a serem superadas. Os
resultados vão sendo registrados através de anotações em caderno para
avaliações, suas produções e desempenho. Assim, a avaliação do educando é
um processo permanente de reflexão e ação, entendido como um constante
diagnóstico investigativo, tanto do conhecimento que o aluno traz para a sala de
aula como do uso desse conhecimento em seu grupo e as formas culturalmente
constituídas de se construir esse conhecimento. Desta forma, há uma busca de
compreensão por parte dos professores do que significa “partir do conhecimento
do aluno” ou “levar em consideração a cultura e as necessidades educativas
especiais do educando”, assim como: obter dados específicos da aprendizagem
do aluno, daquilo que foi ou não foi aprendido e que ainda gera dúvidas para que
possa reformular suas práticas, buscando localizar os fatores que possam facilitar
a aprendizagem e as causas das dificuldades.
Cabe ressaltar que a avaliação formativa ocorre no transcorrer do trabalho
realizado com e pelo aluno. Quanto ao processo avaliativo que resulta em notas,
este fica a cargo dos professores das diferentes disciplinas, da série regular, pois
trata-se do momento processual de avaliação.
5 Referências
-KASSAR, M.C.M. (Docente), 2004, O professor e o processo educacional do aluno que apresenta deficiência; Revista de Educação, v.16 n.1, p.65.
150
-MAZZOTA, Marco José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
-BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes Nacional LDB-9394/96 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 1998.
-MEC- Ministério da Educação, Revista: Benjamin Constant, Ano 14, Número 41, Dezembro de 2008.
-Site:http://www.efdeportes.com/efd93/defic.htm
2.19 CELEM - ESPANHOL
1. Apresentação da disciplina
151
A Proposta do CELEM se fundamenta nos aspectos legais historicamente
representados pela Resolução nº. 3.546/86, de 15 de agosto de 1986 que
regulamenta a criação dos Centros de Língua Estrangeira Moderna (CELEM), na
Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. A regulamentação do CELEM
ocorre com a instrução nº. 01/1988. A constituição das turmas e clientela sofre
modificações com a Instrução nº. 01/1988 (30% das vagas à comunidade);
Resolução nº. 4219/1999(vagas p/ professores e alunos); Resolução
92/2002(vagas p/ professores, funcionários e alunos). Mas foi somente em 2004
com a Resolução nº. 2137/2004 que a oferta das vagas toma como referencia o
percentual calculado sobre o nº. de alunos regularmente matriculados,
envolvendo alunos, professores, funcionários e comunidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino da
Língua Estrangeira, ao longo da história aconteceram mudanças no contexto
histórico, social, político e econômico no Brasil, e essas mudanças também
ocorreram nas propostas curriculares de ensino e consequentemente no de
Línguas Estrangeiras, isso tudo para atender as novas perspectivas e propiciar a
aprendizagem dos conhecimentos.
No inicio da colonização que ocorreu principalmente no litoral brasileiro,
houve preocupação de expandir o catolicismo e nesse contexto, coube aos
jesuítas essa expansão e também a de ensinar o latim aos povos que habitavam
esse território.
Porem em virtudes da desumanidade e exploração que os povos
indígenas sofreram houve a expulsão dos padres jesuítas dos territórios
portugueses e com isso a contratação de professores não-religiosos, sendo parte
integrante do currículo as línguas grega e latim, consideradas de suma
importância para o desenvolvimento da literatura.
Com o objetivo de melhorar a instrução pública passou-se a ensinar inglês,
francês e depois alemão e bem mais tarde o italiano também.
Com a Segunda Guerra Mundial que se iniciou em 1939, o Brasil se
posicionou contra a Alemanha e o alemão foi excluído do ensino de línguas e em
seu lugar passou-se a ensinar o espanhol como matéria obrigatória, porém era o
latim a língua clássica. Sendo que o que o MEC preconizava para a disciplina de
152
língua estrangeira era que a mesma deveria contribuir para a formação do
aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e a reflexão sobre as
civilizações estrangeiras e de outros povos, por isso o espanhol passou a ser
permitido oficialmente para compor o currículo porque a presença de imigrantes
espanhóis era restrita no Brasil.
A Língua Espanhola foi valorizada como Língua Estrangeira porque
representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo
às suas tradições e a história nacional, assim o espanhol passou a ser
incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano que devido a
Segunda Guerra foram desprestigiados no Brasil.
Com a dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos
durante e pós guerra, intensificou-se o ensino de inglês.
Na década de 1950 houve mudanças nos rumos da educação e, as
exigências do mercado fizeram com que diminuísse a carga horária das línguas
estrangeiras pelas disciplinas técnicas.
Com a LDB nº 4024/61 que determinou a retirada da obrigatoriedade do
ensino de língua estrangeira no colegial e intensificou a valorização do inglês.
Já na década de 1970 com a Lei 5692/71 o governo militar desobrigou a
inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus sob
o argumento de que a escola não deveria se prestar para porta de entrada de
cultura estrangeira, fazendo assim com que somente alunos do privado
aprendessem línguas estrangeiras.
Em 1976 já voltou a obrigatoriedade da língua estrangeira no segundo
grau, com uma hora semanal, somente por um ano e sendo um único idioma.
Devido a isso os professores do Estado do Paraná, insatisfeitos,
organizaram movimentos pois o Colégio Estadual do Paraná contava com
professores de latim, grego, francês, inglês e espanhol e desses movimentos
conseguiram a criação do Centro de Línguas estrangeiras no Colégio Estadual do
Paraná. Em 1982 este colégio passou a ofertar aulas de inglês, espanhol, frances
e alemão aos alunos no contraturno.
153
A valorização dessas línguas se intensificou com a inclusão das Línguas
Espanhola, Italiana e Alemã nos vestibulares da universidade Federal do Paraná
a partir de 1982.
Em decorrência dessas movimentações, em 1986 a Secretaria de Estado
de Educação criou oficialmente os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM) como forma de valorizar o plurilinguismo.
Para destacar o Brasil no Mercosul, em 05 de agosto de 2005, foi criada a
Lei 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos
estabelecimentos de Ensino Médio e com isso ampliou o número de escolas que
ofertam cursos do CELEM.
Baseada em dar suporte aos educando sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no
princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas
essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e
oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as
Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos
que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social e
cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno do
Colégio Estadual Nova Visão perceba e compreenda a diversidade cultural e
linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente construa
significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser
apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivencie, na aula de espanhol, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Tenha maior consciência sobre o papel da Língua espanhola na
sociedade;
Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
154
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o
trabalho pedagógico com a Língua Espanhola, com o objetivo de levar o
educando à “apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento
de compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE,
2009, p. 52).
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o
aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade
de analisar o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições
de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir,
pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua
formação.
2. Encaminhamentos Metodológicos
Ao ofertar o CELEM, o Colégio Estadual Nova Visão objetiva atender
alunos e comunidade a que demonstra interesse em aprender o Espanhol de
forma a ampliar conhecimentos e visões do mundo. Proporcionando aos
estudantes, comunidade escolar e comunidade geral a estrutura do Colégio
Estadual Nova Visão a estudar a língua espanhola com atividades que estimule
seu crescimento pessoal, em ambiente saudável e multicultural.
O conteúdo Estruturante “ Discurso como prática social’ será o norteador
para as aulas de língua espanhola, partindo de um texto que pode ser verbal ou
não-verbal como unidade de linguagem em uso, trabalhando questões
lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, utilizando assim a leitura, a
oralidade e a escrita.
Nesse contexto serão abordado os vários gêneros textuais, em atividades
diversificadas, analisando a função do gênero estudado no momento, sua
composição, a distribuição de informações, a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência e, buscando uma reflexão sobre o uso de cada gênero, e
posteriormente o estudo da gramática quando este se fizer necessário para que
os alunos se expressem ou construam sentidos as suas produções.
Estudando os diferentes gêneros, busca-se aproveitar o conhecimento que
o aluno possui da língua materna, interagindo com a variedade discursiva para
155
que o mesmo possa vincular o que estuda com o que o cerca, possibilitando
ampliar seus conhecimentos linguísticos-culturais, percebendo as implicações
sociais, históricas e ideológicas presentes no discurso.
Os temas “História e Cultura Afro”, “História do Paraná”, “Meio Ambiente”,
“História e Cultura dos Povos Indígenas” e os Desafios Educacionais
Contemporâneos serão trabalhados através de relatos históricos, sinopses de
filmes, diálogos, cartazes, musicas, artigos de revistas, artigos de internet,
pesquisas que serão socializadas em sala de aula, cada aluno expondo a sua
para ampliar os conhecimentos e debatendo sobre a assunto. Procurando assim
fazer uma interdisciplinaridade para enriquecer a compreensão desses
conteúdos.
Desde o início das aulas, se incentivará a reflexão e a participação ativa
dos alunos, trabalhando individualmente ou em equipes, anotando as conclusões
e procurando praticar constantemente o idioma.
A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas,
trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em
busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro
didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV
multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e a
cultura.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA - Oralidade
-Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
-Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
-Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
-Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
-Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões
sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
156
-Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem
entre outros.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – Leitura
Práticas de leitura as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2009, p. 66). Deve-se:
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
Pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes à
temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes
mesmo da leitura);
Leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente
construídas);
Pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e
escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas;
Socializar as idéias dos alunos sobre o texto;
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades
próprias de diferentes gêneros:
Temáticas (o que é dito nesses gêneros);
Estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos
linguísticos);
Composicionais (a organização, as características e a sequência
tipológica).
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA- Escrita
157
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor,
do gênero, da finalidade;
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhar a produção do texto;
Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos
(idéias), dos elementos que compõem o gênero;
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade
temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
O material de apoio será organizado, produzido pelo professor responsável
sempre tendo como base os conteúdos propostos e a realidade da turma
trabalhada.
3. Conteúdos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os
gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação, indicadas pelo
CELEM:
CONTEÚDOS BÀSICOS: P1
Esfera cotidiana de circulação:Bilhete
Carta pessoalCartão felicitações
Cartão postalConvite
Letra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:
AnúncioComercial para
radioFolder
ParódiaPlaca
Publicidade
Esfera produção de circulação:
BulaEmbalagem
PlacaRegra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados
CartumCharge
EntrevistaHoróscopo
Reportagem
158
ComercialSlogan
Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:
CartazDiálogo
Exposição oralMapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
ContoCrônicaFábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)TelejornalTelenovelaVideoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centrados no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
159
Conteúdo temático do gênero;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
160
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS: P2Esfera cotidiana de circulação:Comunicado
Curriculum VitaeExposição oral
Ficha de inscriçãoLista de compras
PiadaTelefonema
Esfera publicitária de circulação:
AnúncioComercial para
televisãoFolder
Inscrições em muroPropagandaPublicidade Institucional
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de circulação:
Artigo de opiniãoBoletim do tempo
Carta do leitorEntrevista
NotíciaObituário
Reportagem
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContrato
LeiOfício
ProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeoAta de reuniãoExposição oral
PalestraResenha
Texto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de
históriaConto
Peça de teatroRomance
Sarau de poema
Esfera midiática de circulação:
Aula virtualConversação ChatCorreio eletrônico
(e-mail)Mensagem de texto
(SMS)Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centrados no leitor:
161
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centrados no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centrados no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos com posicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
162
Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas,
negrejadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens
lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centrados no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
163
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
4. Avaliação
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu
verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da
aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura
como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das
dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no
processo de ensino aprendizagem.
O aluno será avaliado constantemente, através de sua participação nas
atividades propostas,que serão atividades de leitura compreensiva de textos,
produção de texto, pesquisas, trabalho em grupo, atividades com textos literários
bem como de testes orais e escritos, registrando-se os resultados de acordo com
as determinações da secretaria, sendo necessário que o aluno obtenha a nota
6,0(seis virgula zero), conforme Regimento Escolar, para aprovação.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das
avaliações ao longo do processo de aprendizagem.
164
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração,
alem do citado e objetivado no PPP e Regimento Escolar o sugerido pelo
CELEM:
Espera-se que o aluno quanto à oralidade: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
Apresente suas idéias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário
em língua materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar
necessário.
Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais.
Espera-se que o aluno quanto à leitura: Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique o conteúdo temático;
Identifique a idéia principal do texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
Analise as intenções do autor;
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
165
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual.
Espera-se que o aluno quanto à escrita: Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais.
Expresse as idéias com clareza;
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo:
Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
À continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
em conformidade com o gênero proposto;
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
6. Referências COLÉGIO ESTADUAL NOVA VISÃO.ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, Projeto Político Pedagógico.CHOPINZINHO, Paraná – 2008.
LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006.
MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – DF, 2004.
PASSOS A. VEIGA, Ilma.; Projeto-Político-Pedagógico da escola – uma construção possível. Editora Papirus – 20ª edição, 2005.
SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2008.
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