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COLÉGIO ESTADUAL NOVA VISÃO–ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Decreto de Criação n.º 24506/59 de 20/07/59 Autorização de funcionamento Res. 3274 de 21/12/89 Aut. De Func. Do 2º grau – Res. 365/97-Reconhecimento Res. 6.174 de 06/12/93 Rua 13 de Maio, 3824 – Telefone/Fax (46) 3242-1956 – 85 560 000 – Chopinzinho/PR [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

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COLÉGIO ESTADUAL NOVA VISÃO–ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Decreto de Criação n.º 24506/59 de 20/07/59Autorização de funcionamento Res. 3274 de 21/12/89

Aut. De Func. Do 2º grau – Res. 365/97-Reconhecimento Res. 6.174 de 06/12/93Rua 13 de Maio, 3824 – Telefone/Fax (46) 3242-1956 – 85 560 000 – Chopinzinho/PR

[email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CHOPINZINHO – PR2010

MENSAGEM

Soneto de Definições

Não falarei de coisas, mas de inventos

E de pacientes buscas no esquisito

Em breve, chegarei a cor do grito

À musica das cores e do vento.

Multiplicar-me-ei em mil cinzentos

(desta maneira, lúcido, me evito)

E a estes pés cansados de granito

Saberei transformar em cataventos.

Daí, o meu desprezo a jogos claros

E nunca comparados ou medidos

Como este meus, ilógicos, mas raros.

Daí também, a enorme divergência

Entre os dias e os jogos, divertidos

E feitos de beleza e improcedência.

Carlos Pena Filho

2

SUMÁRIO

1 Apresentação .............................................................................................04

2 Disciplinas...................................................................................................05

2.1 Arte e Artes..............................................................................................05

2.2 Biologia....................................................................................................24

2.3 Ciências...................................................................................................32

2.4 Educação Física......................................................................................38

2.5 Ensino Religioso......................................................................................44

2.6 Filosofia...................................................................................................49

2.7 Física ......................................................................................................52

2.8 Geografia ................................................................................................59

2.9 História.....................................................................................................68

2.10 Língua Portuguesa................................................................................75

2.11 Matemática............................................................................................89

2.12 Química ...............................................................................................99

2.13 Sociologia ...........................................................................................104

2.14 L.E.M Espanhol...................................................................................111

2.15 L.E.M. Inglês .......................................................................................116

2.16 Apoio Especializado – Sala de Recursos............................................128

2.17 Apoio Especializado – Sala de Recursos /Altas Habilidades.............133

2.18 Centro de Atendimento Especializado – CAE.....................................146

2.19 Celem –Espanhol...............................................................................153

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1 APRESENTAÇÃO

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Nova Visão – EFM do

município de Chopinzinho/PR – Núcleo Regional de Pato Branco, constitui-se em

documento escolar resultante de encontros, estudos, discussões entre Professores,

Equipe Pedagógica e Direção.

Nosso Colégio optou por constituir uma Proposta baseada na Educação Básica por

acreditarmos que a educação é um contínuo e que o conhecimento se dá no conjunto de

informações que o aluno recebe durante a sua vida.

A especificação da Proposta por série se dá através dos Planos de Ensino por

serem dotados de flexibilidade permitindo articular os conteúdos estruturantes e

específicos conforme a realidade dos sujeitos daquela série ou nível.

Outro motivo que levou-nos a uma proposta clássica seguindo o que é proposto

nas DCEs é o fato das Diretrizes terem sido construídas por professores e avaliadas ao

longo das Semanas Pedagógicas, pelos professores locais, fator que a valida e garante

na íntegra, sem contestação ou desculpa que é algo imposto.

Acreditamos que a Proposta Curricular Pedagógica somente de efetivará a partir do

momento em que os professores e equipe reconhecem a importância de uma metodologia

centrada no conhecimento construído histórico e socialmente pelos envolvidos.

O estudo dos livros didáticos públicos, a troca de experiências, a formação

continuada constituem-se em instrumentos insubstituíveis na concretização desta

Proposta.

A Proposta aqui apresentada se estrutura numa breve apresentação de itens

didáticos importantes para a compreensão do proposto e que assim se constituem:

1. Apresentação da disciplina

2. Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina

3. Metodologia da disciplina

4. Avaliação

5. Referências Bibliográficas

A PPC fundamenta-se principalmente como eixo para os professores que

ministram ou ministrarão aulas neste estabelecimento de ensino.

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2 DISCIPLINAS

2.1 ARTES

1 Apresentação da disciplinaA arte como trabalho artístico está presente no Brasil desde sua colonização. O

trabalho de catequização desenvolvido pelos jesuítas trazia o aprendizado das artes e

ofícios utilizando-se da retórica, música, literatura, dança, escultura, pintura e artes

manuais. Valorizava também as manifestações artísticas indígenas.

No governo de Marquês de Pombal os jesuítas foram expulsos do Brasil.

Estabeleceu-se, então, uma reforma na educação, a Reforma Pombalina. Esta estava

fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra e enfatizava o ensino das

ciências naturais e dos estudos literários. Porém, algumas congregações religiosas

continuaram a seguir a tradição pedagógica e cultural jesuítica em alguns colégios-

seminários, onde, entre outras áreas, o ensino da música e do desenho estavam

presentes.

No início do século XIX, a pedido da corte portuguesa, um grupo de artistas

franceses veio ao Brasil e fundou a Academia de Belas Artes. Esse grupo ficou conhecido

como Missão Francesa, cuja concepção vinculava-se ao pensamento tradicional de arte.

Em 1980, com a proclamação da república ocorreu primeira Reforma Educacional

no Brasil, a qual direcionou seus interesses para a produção capitalista e secundarizou o

ensino da arte.

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi outro marco importante para o ensino da

arte, que a partir de então teve enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade,

apoiando-se na Pedagogia da Escola Nova. Neste contexto foram criadas algumas

escolinhas de arte.

No governo de Getúlio Vargas houve uma generalização do ensino da arte. Uma

mesma metodologia foi adotada na maioria das escolas brasileiras e o canto orfeônico e a

teoria musical tornaram-se obrigatórios. Heitor Villa Lobos foi o mentor desta proposta.

A partir da década de 1960 os movimentos artísticos se intensificaram, entre eles,

merecem destaque: bienais, bossa nova, teatro oficina, teatro de arena de Augusto Boal e

o cinema novo de Glauber. Porém, com o Ato Institucional nº 5, o AI5, em 1968, eles

foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao

regime da época forma exilados.

5

Em 1971 com a promulgação da Lei Federal nº 5692/71, o ensino da arte no

Ensino Fundamental e Médio torna-se obrigatório. Entretanto, foi fundamentado para o

desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho

criativo e o sentido estético da arte.

Na constituição de 1988 o ensino propunha oferecer aos educandos, acesso aos

conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora. Em arte, buscou-se a

formação do aluno pela humanização dos sentidos e pelo trabalho artístico.

Do período de 1977 a 1999 foram publicados os Parâmetros Curriculares, os quais

fundamentavam-se na proposta de Ana Mae Barbosa, a Metodologia Triangular.

Em 2003, inicia-se no Paraná um processo de discussão com os professores da

Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação e Instituições de Ensino

Superior, pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de

diretrizes curriculares estaduais. Conforme as DCE (2008, p.45) “tal processo tomou o

professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e

registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas

dimensões artísticas, filosófica e cientifica e articulam-se com políticas que valorizam a

arte e seu ensino na rede estadual do Paraná”.

Para a disciplina essa conquista significa uma possibilidade de romper com uma

hegemonia da cultura europeia, ainda presente em muitas escolas,

O ato de ensinar e aprender arte está fundamentado em três eixos norteadores: o

fazer artístico, o conhecimento histórico e a apreciação estética. Sendo assim a arte não é

somente uma forma de expressão, ela abrange vários aspectos permitindo que os

educadores situem seus educandos no mundo, por meio da música, do teatro, da dança e

das artes visuais, pois através dessas linguagens é possível exprimir idéias e

sentimentos.

O ensino da arte amplia a capacidade para ler o mundo e resolver problemas.

Muitas vezes, são nas aulas de artes que são dadas oportunidades das pessoas

vivenciarem uma experiência estética, e sem o estudo e a prática da disciplina de arte, os

alunos tendem a ter uma visão mais restrita de si mesmos e da própria cultura. A arte

torna as pessoas mais sensíveis e mais críticas.

A aprendizagem do ensino da arte se transformou ao longo da história e é

importante ressaltar que a arte é constantemente transformadora, é uma das áreas que

contribui na construção do conhecimento.

Cabe ao professor incentivar e valorizar a criatividade, o importante é respeitar a

amplitude das diferenças individuais de cada aluno. Segundo Duarte Jr. (2003) através da

6

arte somos levados a conhecer aquilo que não temos oportunidades de experienciar em

nossa vida cotidiana.

Partindo do exposto, a Arte tem como objetivo no Ensino Fundamental e Médio:

- Possibilitar aos alunos um novo olhar, um ouvir mais crítico um interpretar da

realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, no imaginário, bem

como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artística;

- Aprofundar o conhecimento em arte dentro de um processo criador, que

transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo, reconhecendo o

aluno como sujeito histórico e social;

-Possibilitar e ampliar as oportunidades para o desenvolvimento de experiências

estéticas / artísticas;

- Aprofundar as linguagens artísticas reconhecendo os conceitos e elementos

presentes nas diferentes culturas;

- Perceber o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação;

- Desenvolver o conhecimento artístico, o conhecimento estético e o conhecimento

contextualizado interrelacionando os saberes;

- Proporcionar ao aluno o reconhecimento e apreciação da Cultura Afro, o

conhecimento das diferentes tribos explorando na dança e na música a expressão de

sentimentos vividos que determinam a história de uma determinada sociedade no tempo

e espaço que está inserido em nosso meio;

- Possibilitar ao aluno condições para a percepção e o desenvolvimento de um

olhar crítico através de imagens e sons, os vários prismas que envolvem a Violência e as

Drogas na sociedade atual.

2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da DisciplinaConteúdos estruturantes

Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-

se que os conteúdos estruturantes da disciplina são: elementos formais, composição e

movimentos e períodos.

Conforme as DCEs, os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente

para um melhor entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser

trabalhados de forma articulada.

Conteúdos básicos

7

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino fundamental e para o Ensino Médio. Estes são

considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas

disciplinas da educação Básica.

Nesse quadro, os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem ser

tomados como ponto de partida para a organização pedagógica curricular das escolas.

Os conteúdos estão organizados de forma a comporem uma unidade. Para isso

foram selecionados enfoques a serem aprofundados para todas as áreas em cada

série/ano.

5ª série/6ª ano - Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio

BidimensionalFigurativa/Abs-tratoGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia.Repetição e alternânciaExpressões e proporçõesSombra

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalIdade MédiaArte Popular(Folclore)Arte Pré-HistóricaRenascimentoBarroco

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das Artes Visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais no qual se originou.

5ª série/6ª ano - Dança –

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Eixo Pré-história Estudo do Compreensão dos

8

CorporalTempoEspaço

DeslocamentoPonto de apoioFormaçãoTécnicaImprovisaçãoGênero: Circular

Greco-romanaRenascimentoDança clássica

movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artística no qual se originou.

5ª série/6ª ano - Teatro –

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: Expressões corporais; vocais, gestuais e faciais;AçãoEspaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscaraGênero: Tragédia, comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo. Adereços

Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro popular

.Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.

Produção de textos teatrais explorando temas como: violência, drogas, educação ambiental e sexualidade.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

5ª série/6ª ano - Música –

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Ritmo Greco- Percepção dos Compreensão dos

9

DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

MelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromática maior, menor, improvisaçãoGêneros: erudito, popular

RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaMúsica popular (folclore)

elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.

Teoria da música.

Produção e execução de instrumentos rítmicos.Pratica coral e cânone rítmico e melódico.

elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalo melódicos e harmônicos.

6ª Série/7º ano - Artes Visuais –

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

PontoLinhaformaTexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoGeométricaTécnicas: pintura, desenho,Escultura,Modelagem,Gravura,Mista,Pontilhismo...Gêneros: paisagem, retrato, naturezamorta,simetria,assimetriaSombra.

Arte indígenaArte popular Brasileira e ParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.

Teoria das artes visuais

Produção de trabalhos de artes visuais com característicasda cultura popular,relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares suas origens e praticas contemporâneas.

Apropriação pratica e teóricas de técnicas e modos de composição visual.

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6ª Série/7º ano - Dança -

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

MovimentosCorporal

Tempo

Espaço

Gênero: folclóricaPopular, étnicaPonto de apoioFormação rotaçãoCoreografiaSaltoQuedaNíveis (alto, médiobaixo).

Dança popular BrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.

Teorias de dança.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

.Compreensão das diferentes formas de dança popular,suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição de dança.

6ª Série/7º ano - Teatro

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscaraProdução de texto teatral:

Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimento

Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

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Espaço

Tempo

Espaço

abordagem de temas contemporâneosGênero: tragédia, comédia, enredo, roteiro. Espaço cênico, Adereços.

Teatro Popular

articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

6ª Série/7º ano - Música

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalasEstrutura

Gêneros: folclórico, popular, éticoTécnicas: vocal, instrumental, mista. Improvisação.

Música Popular e étnica (Ocidental e oriental)BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/SertanejoRaiz

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Pesquisa da paisagem sonora.Teorias da música.Produção de trabalhos, músicas com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

7ª Série/8º ano - Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

LinhaForma

BidimensionalTridimensional

Arte contemporâne

Percepção dos modos de

Compreensão das artes visuais no

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TexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio

FigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Pontilhismo...Gêneros: paisagem retrato, naturezamorta, retrato, paisagem.

aArte cinética,Vanguardas,Arte Digital,Indústria Cultural,Op Art,Pop Art,Classicismo

fazer atividades com artes visuais nas diferentes mídias.Teoria das artes visuais e mídias.Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

7ª Série/8º ano - Área Dança

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

MovimentoCorporal

Tempo

Espaço

DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural, espetáculo.

Hip Hop,MusicaisExpressionismoIndústria Cultural,Dança Moderna,Dança Clássica

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

Teorias de dança de palco e em diferentes mídias.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção divulgação e consumo.

7ª Série/8º ano - Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

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AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Tempo

Espaço

Representação no cinema e Mídias (Vídeo, TV e computador) Texto dramático.CenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredoTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Indústria CulturalRealismoCinema NovoExpressionismoMovimento Das Vanguardas,Classicismo

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.Teorias da representação no teatro e mídias.Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

7ª Série/8º ano - Área Música

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.Sonoplastia.

Indústria Cultural,Eletrônica,Minimalista,Rap, Rock, Tecno.Sertanejo popVanguardasClássica

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O Som e a música no cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador).

Teorias sobre música e indústria.

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

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recursos tecnológicos.

8ª Série/9º Ano - Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio

BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho,Performance...Gêneros: paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano.

Realismo,Dadaísmo,Arte Engajada,Muralismo,Pré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.

Teoria das artes visuais.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator De transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

8ª Série/9º Ano - Dança

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

MovimentoCorporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo, moderna Coreografia.

Arte EngajadaVanguardas

DançaContemporânea,Romantismo.

Percepção dos modos de fazer dança, e sua função social.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

15

Arte Engajada.

8ª Série/9º Ano - Teatro

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Tempo

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-fórum, Teatro imagemRepresentação Roteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros.

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo.

Percepção dos modos de fazer teatro, e sua função social.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos de representação abordando temas como: Educação ambiental, violência, sexualidade e drogas.

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

8ª Série/9º Ano - Música

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEstruturaTécnicas: vocal, instrumental, mista.Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música ContemporâneaHip Hop, Rock, PunkRomantismo.

Percepção dos modos de fazer música, e sua função social.

Teorias sobre música.

Produção de trabalhos com modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte

Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

16

Engajada.

ENSINO MÉDIOArtes Visuais

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuzRitmoEquilíbrio

BidimensionalTridimensional Figura e fundoFigurativa/Abs-tratoGeométricaPerspectivaContrastesSemelhançasRitmo VisualExpressões e proporçõesTécnicas: Pintura., desenho, modelagem, Instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas....Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte Popular(Folclore)Arte Pré-HistóricaArte BrasileiraArte ParanaenseArte de VanguardaArte ContemporâneaArte Engajada

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.

Teoria das Artes Visuais.

Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque e composição nas diversas culturas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, e divulgação e consumo.

Dança

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal

EixoDinâmica

Pré-história Grco-Romana Estudo do

Compreensão dos elementos que

17

Tempo

Espaço

AceleraçãoPonto de Apoio RotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGênero: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, Salão, moderna, contemporânea...

Medieval RenascimentoDança ClássicaDança Popular BrasileiraArte EngajadaVanguardas

Dança ContemporâneasRomantismo

movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Teatro

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-fórum.RoteiroEncenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, comédia, drama e Épico

Teatro Greco- romanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro popularIndústria CulturalTeatro

Percepção dos modos de fazer teatro, e sua função social.Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e

Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

18

Tempo

Espaço

DramaturgiaRepresentação nas mídiasDireção e produção.

EngajadoTeatro do OprimidoTeatro pobre.

movimentos e períodos do teatro.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos de representação abordando temas como: Educação ambiental, violência, sexualidade e drogas.

Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

Música –

Conteúdos Estruturantes

AbordagemPedagógica

Expectativas de Aprendizagem

ElementosFormais

Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal, tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico , pop...Improvisação

Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Paranaense, Industria CulturalVanguardaAfricana.

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea(popular e erudita), dos modos de fazer música, e sua função social.

Teorias da música.

Produção de trabalhos com modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diferentes culturas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias.

3 Metodologia da disciplina Em toda a ação pedagógica devem estar presentes os conteúdos específicos dos

três conteúdos estruturantes, organizados de forma horizontal (tabela acima) e

19

relacionados entre si. A metodologia adotada pelo professor deve propiciar ao aluno uma

compreensão próxima da totalidade da arte, para que ele a compreenda como forma de

conhecimento, ideologia e trabalho criador.

Os três momentos da ação pedagógica - teorizar / sentir e perceber / trabalho

artístico - devem ser norteadores do encaminhamento metodológico. O primeiro

fundamenta e possibilita ao aluno perceber e apropriar a obra formando conceitos. O

sentir e perceber são formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. O

trabalho artístico é a prática criativa, onde o aluno explorará os elementos que compõe

uma obra de arte.

O professor tem autonomia para definir por qual desses momentos pretende iniciar

seu trabalho em sala de aula, tendo a possibilidade, também, de trabalhá-los

simultaneamente. Porém, ao final das atividades, espera-se que o aluno tenha vivenciado

cada um deles (teorizar / sentir e perceber / trabalho artístico).

O processo educativo deve abranger a experimentação e a exploração de materiais

e técnicas vinculadas à produção artística, o que possibilitará ao aluno a familiarização

com as variadas linguagens artísticas. É importante que os materiais utilizados e os

conteúdos tratados sejam entendidos como instrumentos de interação com o mundo

artístico, pela reflexão e exploração das possibilidades expressivas.

Nas Artes visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e

virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na cor,

nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

Em dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no

tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar e

compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões acerca das

relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que

refletem esteticamente recortes da realidade.

Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no

cotidiano não caracteriza-se conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento

escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem como a

identificação de suas propriedades, variações e maneiras intencionais de como esses

sons são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta propiciará o

reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais

propostos nas aulas.

Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de

improvisação e composição no trabalho com as personagens, com o espaço da cena e o

20

desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos clássicos, ou de

narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola

também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos elementos

formadores dessa linguagem, de forma a propiciar ao aluno conhecimentos por meio do

ato de dramatizar.

É importante ressaltar que em todas as linguagens os conteúdos devem estar

relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno, considerando artistas,

produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter

universal. Cabe ressaltar, também, que na atualidade as mídias são parte integrante do

cotidiano do educando (televisão, rádio, internet, celulares, etc.), fato que também deve

ser relevado no encaminhamento das aulas através de propostas que explorem estes

meios, seja através de pesquisas, discussão, debates ou utilização dos mesmos no

desenvolvimento das aulas.

Sempre que possível os conteúdos básicos da disciplina deverão estar articulados

com os temas tratados nas seguintes leis: 10.639/03 “História e Cultura Afro”, 13.381/01

“História do Paraná”, 9.795/99 “Meio Ambiente” e 11.645/08 “História e Cultura dos Povos

Indígenas”.

Os desafios educacionais contemporâneos (Sexualidade, Prevenção ao uso

Indevido de Drogas e Violência, Educação Ambiental, Educação Fiscal) também devem

ser abordados nas aulas de arte, visto que, são questões do dia a dia da escola e da

sociedade. Os mesmos devem ser trabalhados atrelados aos conteúdos específicos da

disciplina, sempre proporcionando ao aluno o conhecimento, o desenvolvimento da

criatividade e a percepção.

As aulas de arte devem ser interessantes e motivadoras, para que chamem a

atenção do aluno ao que vai ser trabalhado. Crianças menores gostam de atividades

lúdicas e jovens gostam de falar e debater, então, o educador de arte pode propor

atividades aproveitando a realidade da sala de aula, porém, contemplando os três

momentos da ação pedagógica.

O professor precisa saber de que forma poderá contribuir na aprendizagem do

educando, auxiliando-o nas aulas, preparando atividades diversificadas onde tenham

atividades de observação e atenção à todos os sentidos que precisam ser explorados. Por

meio da educação em arte é possível desenvolver o pensamento artístico e a percepção

estética. É através da própria experiência artística, que o aluno consegue desenvolver a

percepção e a imaginação.

21

3.1 Recursos Internet, Biblioteca, livro didático, filmes, vídeos, instrumentos musicais,

reproduções de obras artísticas, cds e dvds, músicas, TV multimídia, pendrive, fotografias,

etc.

4 Avaliação

Nas Diretrizes Curriculares de Arte a concepção de avaliação para esta

disciplina é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos. O professor deve considerar as vivências e

habilidades artísticas dos alunos. É processual por pertencer a todos os momentos da

prática pedagógica e não estabelecer parâmetros comparativos e sim, discutir

dificuldades e progressos de cada aluno. Inclui a avaliação do professor, da classe, do

desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno. Ela busca o desenvolvimento

formativo e cultural do aluno, considerando sua capacidade individual, seu

desempenho e participação nas atividades realizadas.

Segundo a LDB n.9394/96 a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho

do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Com base nas concepções de avaliação apresentadas na LDB e nas Diretrizes

Curriculares de Arte, a avaliação em arte no Ensino Fundamental e Médio deste

colégio abrangerá observações e registros do processo de aprendizagem dos alunos.

O professor utilizará de vários instrumentos avaliativos, entre eles, trabalhos

individuais e em grupos, pesquisas bibliográficas e de campo, seminários, debates,

simpósios, provas teóricas e práticas.

Os critérios a serem considerados a partir da observação e instrumentos

avaliativos serão a compreensão, capacidade de solução de problemas, aprendizado,

produção e assimilação do aluno em cada conteúdo.

As avaliações desenvolvidas, de acordo com o Regimento Escolar, terão peso

10,0 (dez vírgula zero) e serão somadas e divididas pelo número total de avaliações

para obter-ser a média bimestral de cada aluno.

22

A recuperação será paralela e simultânea aos instrumentos de avaliação

oportunizando ao aluno uma nova maneira de apresentar seu entendimento e

assimilação em relação ao conteúdo trabalhado.

5 Referências Bibliográficas

BRASIL, Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases da educação

nacional, LDB. Brasília, 1996.

DUARTE Junior, João Francisco. Por que arte-educação? 14 ed. Papirus, 2003.

OSTROWER, Fayga P. Universo da Arte. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte e Artes para a

Educação Básica. Curitiba, 2008..

2.2 BIOLOGIA

1 Apresentação da disciplina

De acordo com as DCE's de Biologia, a mesma tem como objeto de estudo o

fenômeno VIDA, o que levou o ser humano a diferentes concepções de mundo e de seu

papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de

garantir a sobrevivência humana.

Desde o período paleolítico o ser humano, caçador e coletor, fazia observações e

as registrava através de pinturas rupestres, essa curiosidade em explorar a natureza, foi

evoluindo, dentro do contexto histórico, buscou-se então compreender as influências

religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram a construção do

conhecimento.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA tem origem na

antiguidade. O filósofo Aristóteles (384 a.C.-332 a.C.) deixou contribuições relevantes

23

quanto á organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam,

dentre outras, explicações para a compreensão da natureza.

Na idade média a concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza

e considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia

uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW,SANT'ANA, 2002p,13).

A necessidade de organizar o conhecimento produzido fez surgir as primeiras

universidades medievais, onde sistematizou-se o conhecimento acumulado durante

séculos e passou-se a discutí-lo de maneira distinta do que ocorria nos centros religiosos.

Nessas universidades, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais

prenunciaram mudanças de pensamento em relação às concepções, sobre aqueles

fenômenos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica

medieval iniciou uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais.

A história da ciência, na renascença foi marcada pelo confronto de ideias,

despertaram maior interesse pela observação empírica e direta das plantas

representando a preocupação dos naturalistas em descrever e ilustrar a natureza criada

por Deus, sob essa concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da

natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS,1994,p.360-363).

O pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu para uma nova

visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a natureza, propôs um

procedimento de investigação que “substitui a revelação mística da verdade pelo caminho

no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da observação” (FEIJÓ,2003

p.18).

Neste mesmo período, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) contrapõe-

se ao pensamento baconiano considerando que, o uso da razão é a faculdade máxima do

conhecimento e para isto, o uso do método permite “a ampliação ou o aumento dos

conhecimentos e procedimentos seguros que permitem passar do já conhecido ao

desconhecido” (CHAUÍ,2005,p.128).

O médico William Harvey (1578-1657), publica a obra publica de Modus Cordis, em

1628, propondo um novo modelo referente à circulação do sangue, resultante de

experiências com o corpo humano. Este modelo foi acolhido como uma das bases mais

consistentes do pensamento biológico mecanicista.

Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento sobre a

origem da vida. Francesco Redi (1626 – 1698) apresentou estudos sobre a biogênese.

24

Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a origem da vida,

pois os conhecimentos desenvolvidos até então impediam esclarecimentos e definições

sobre a natureza evolutiva.

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de

instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o

funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez

mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as relações de causa e

efeito no funcionamento de cada uma delas.

Com as evidências sobre a extinção das espécies, surgiu o pensamento biológico

evolutivo, que levantou proposições para a teoria da evolução em confronto com as ideias

anteriores.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi

questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre a

mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados principalmente por

Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean- Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck

(1744-1829).

Darwin acreditava na herança de características adquiridas e, produziu uma

emergente teoria da evolução, Lamarck considerava a classificação importante, porém

artificial, por acreditar na existência de uma sequência natural para origem de todas as

criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo ambiente.

No início do século XIX o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)

apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies. Com Darwin, a concepção

teológica criacionista, que compreendia as espécies como imutáveis desde a sua criação,

deu lugar à reorganização temporal dessas espécies, inclusive a humana.

Ao se afirmar que todos os seres vivos, tiveram origem evolutiva e que o principal

agente de modificação seria a ação da seleção natural, criou-se a base para a teoria da

evolução das espécies, assentada no ponto de intersecção entre o pensamento científico

e filosófico.

Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção

natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas.

Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido como

método hipotético-dedutivo.

Os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões. Para se contrapor à teoria

fixista, faltavam-lhe dados sobre a natureza dos mecanismos hereditários.

As leis que regulam a hereditariedade eram desconhecidas por Darwin.

25

Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características

entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de

transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel realizou diversos cruzamentos

utilizando diferentes organismos, nos quais observou que as características eram

transmitidas.

No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria

celular.

No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e

provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribui para a construção de um

modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob

influência do pensamento biológico evolutivo.

Os estudos dos geneticistas Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram para

que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos e

tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do

darwinismo. Nesse contexto histórico e social a Biologia começou a ser vista como

utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras

áreas.

Em meados da década de 70, as discussões acerca do progresso da ciência,

expuseram a fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a uma epistemologia

empírica.

O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar a

realidade objetiva, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia exigiu

modificações do método.

A Biologia ampliou sua área de atuação e se diversificou. Tais avanços, permitiram

o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico

evolutivo.

Esses conhecimentos geram e põem em discussão a manipulação genética e suas

implicações sobre o fenômeno VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo

modelo explicativo se constitua como base para o desenvolvimento do pensamento

biológico da manipulação genética.

Sendo assim, temos como objetivo dentro da disciplina de Biologia ampliar o

entendimento sobre o mundo vivo percebendo nossa incomparável capacidade de

intervenção no meio, favorecendo o desenvolvimento de modos de pensar e agir que

permitam aos indivíduos se situarem no mundo e de participarem de modo consciente e

consequentemente, desenvolvendo conhecimentos que ampliam a sua representação e

26

comunicação; o seu espírito de investigação e compreensão de forma a contextualizar o

aprendizado e reconhecer o fazer humano como produto sócio-cultural, sempre

associados aos conhecimentos científicos básicos da disciplina, relacionar conceitos da

Biologia com os de outras ciências; discutir, com prioridade, assuntos que envolvam os

avanços científicos e tecnológicos ás condições de vida, sem deixar de lado o caráter

ético e sustentável.

Atualmente a disciplina de Biologia no Estado do Paraná é regida pelas Diretrizes

Curriculares que se fundamentaram na concepção histórica da ciência articulada aos

princípios da filosofia da ciência.

2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina:

A disciplina de Biologia no ensino médio tem como objeto de estudo o fenômeno

VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre

este fenômeno, numa tentativa e explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

No entanto, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no ensino

médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos

teóricos elaborados pelo ser humano-seus paradigmas teóricos- que evidenciam o

esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Para a efetivação deste ensino foram definidos, segundo as DCE's , conteúdos

estruturantes envolvendo:

1- Organização dos seres vivos: este conteúdo estruturante possibilita conhecer

os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres

vivos, relacionando-os ás existência de características comuns entre estes e sua origem

única.

2- Mecanismos Biológicos: privilegia o estudo dos mecanismos que explicam

como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.

3- Biodiversidade: este conteúdo possibilita o estudo, a análise e a indução para a

busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade.

4- Manipulação Genética: trata das implicações dos conhecimentos da biologia

molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de

manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da

VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.

Ainda de acordo com as DCE's foram estabelecidos conteúdos básicos dentro da

disciplina de Biologia, sendo eles:

•classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

27

•sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

•mecanismos de desenvolvimento embriológico.

•mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

•teorias evolutivas

•transmissão das características hereditárias

•dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com

o ambiente.

•organismos geneticamente modificados.

Segundo as DCE's que orientam a concepção pedagógica, em que se admite um

conhecimento relativamente autônomo, assume-se que o saber tende a um conhecimento

objetivo.

3 Metodologia da disciplina

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina

de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório

permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e

teorias elaboradas em cada momento histórico, social e político, econômico e cultural.

De acordo com Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que os conteúdos

específicos de Biologia, necessitam apoiar-se num processo pedagógico em que:

•a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e

denotar, dar significação às concepções alternativas doa aluno a partir de uma visão

sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

•a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a

serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos

são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação

desse conhecimento.

•a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para

que os alunos assimilem e o transformem em instrumento de construção pessoal e

profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias á luta

social para superar a condição de exploração em que vivem.

•a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e

o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados

em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas

estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.

28

•o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e

pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de

uma sociedade igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo

passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de

maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo educacional

põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.

Para que os objetivos sejam alcançados, serão utilizados recursos didáticos e

tecnológicos como:

•leituras compartilhadas de textos de interesse do aluno, destacando situações do

momento, ou que propiciem a reflexão e a valorização da vida.

•músicas que denunciem o descuido e o desrespeito do homem pela natureza, ou

que alertam sobre a ética e a postura.

•experimentos, excursões, debates e aulas expositivas serão realizadas sempre

que houver necessidade ou que algum fenômeno necessite de comprovação.

•recursos tecnológicos como filmes, software, slides, serão utilizados sempre que

necessário.

•palestras com profissionais da comunidade.

•estudos do meio, esse tipo de estudo é motivador para os alunos, pois há troca de

ambiente de aprendizagem para fora da sala de aula.

•desenvolvimento de sequência didática, que contribuem para a formação de

hábitos e atitudes para a aquisição de conceitos.

•jogos didáticos permitem o desenvolvimento de competências no âmbito da

comunicação e das relações interpessoais.

Durante o ensino da disciplina de Biologia serão trabalhadas as leis: Lei 10.639/03

“História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.975/99 “Meio ambiente”

e Lei 11.645/08 “História e cultura dos povos indígenas”, sempre que o conteúdo

possibilite a interdisciplinaridade dos conteúdos com as referidas leis.

4 Avaliação

De acordo com o regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, a avaliação

segue a deliberação nº 007/99-CEE.

Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual

o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

29

De acordo com o Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino,

avaliação só é formativa se for informativa. E só é informativa se responder a questões

como: o que deve saber sobre o objeto avaliado? Se é capaz de... se compreendeu,

observando que não há avaliação sem pergunta feita à realidade (HADJI,2001,p.7)

Nesta abordagem avaliativa, estamos praticando uma avaliação processual através

da análise e reflexão das atividades curriculares e do desenvolvimento do aluno, uma

avaliação contínua feita ao longo do ano através das expressões do conhecimento nas

áreas, das ações colaborativas entre os alunos, da expressão da criatividade, da

compreensão das relações entre as áreas do conhecimento, do compromisso com os

fazeres da disciplina e da escola, da participação nas atividades de sala de aula, extra-

classe, entre outros; avaliação credencial feita através de diferentes instrumentos

orientados para tal fim de cunho individual, grupal e/ou auto-avaliação.

Para a elaboração da avaliação, serão utilizados instrumentos avaliativos como:

prova objetiva, prova dissertativa, seminário, trabalho em grupo, debate, relatório

individual, auto-avaliação, observação e conselho de classe.

Dar-se-a relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração

pessoal, sobre a memorização.

De acordo com o regimento escolar a recuperação de estudos será chamada de

Recuperação Paralela de Estudos, acontecendo da seguinte maneira:

I. O professor da disciplina fará o levantamento, por meio de análise das avaliações

dos conteúdos trabalhados no bimestre que apresentaram defasagem;

II. Na última semana do bimestre, o professor fará uma revisão dos conteúdos

levantados e com o auxílio dos alunos que apresentaram maior domínio nas habilidades,

atenderá aos alunos defasados, de forma individual ou em duplas, permanecendo desta

forma todos os alunos em sala de aula;

III. Se o resultado da avaliação após a recuperação paralela for menor que a

anterior, prevalecerá a maior nota.

5 Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba:SEED, 2009.

GASPARIN, J.L. Uma didática para a Pedagogia histórico-crítica. Campinas. Autores Associados,2002.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas.autores Associados,1997.

30

PARANÁ/SEED. Deliberação nº 007, de 09 de Abril de 1999.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Nova Visão – EFM

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nova Visão – EFM.

2.3 CIÊNCIAS

1 Apresentação da disciplina

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza

o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados

na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,

espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). Nesses

termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar

as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos

diversos momentos históricos.

31

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p. 162).

O ensino de Ciências tem uma grande necessidade de ter e ser abordada de forma

integradora, articulada e sempre conceitual estabelecendo relações entre os conceitos

científicos escolares de diferentes conteúdos. Com essa integração, o estudante é levado

a pensar e interrelacionar o conteúdo com sua realidade regional, possibilitando maior

sentido e significado ao aprendizado. As possibilidades de reconstrução interna de

significados (interna ligação) e ampliação de seu desenvolvimento cognitivo serão bem

maiores.

A base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino

Fundamental refere-se a: Astronomia; Matéria; Sistemas Biológicos; energia e

Biodiversidade.

O ensino de Ciências deve ser relevante e articulado e, para tanto, precisam ser

tratados sob a perspectiva crítica e histórica considerando o sujeito um ser histórico e sua

prática social oriunda dos aspectos sociais, políticos, econômicos e éticos capaz de

compreender a historicidade, a intencionalidade, a provisoriedade e a aplicabilidade.

No decorrer do processo de Ensino Aprendizagem, o trabalho em sala de aula

objetiva:

-Oportunizar o estudo da vida (sistemas biológicos), do ambiente

(biodiversidade), do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da energia

fornecendo subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo natural, do

mundo construído e da prática social.

- Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a

integração entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de

nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução relacionando-os à saúde e a

sua manutenção tendo como princípio a prevenção.

- Discutir sobre os diferentes ambientes da terra, sua diversidade,

localização, caracterização, transformações e adaptação dos seres vivos e do homem

em diferentes espaços atentando para um ensino voltado à sustentabilidade de todas

as formas de vida.

32

- Envolver os conhecimentos da física e da química com os conceitos

biológicos evitando a fragmentação do ensino de ciências.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

A Ciência no Ensino Fundamental tem por finalidade compreender os

fenômenos naturais e, para tanto se faz necessário que tais fenômenos sejam tratados

sob o foco de conhecimentos físicos, químicos e biológicos oportunizando o estudo da

vida e sua relação com o mundo natural, com o mundo construído e com a prática

social a qual a vida está inserida.

Para a efetivação deste ensino foram definidos, segundo as DCE'S, conteúdos

estruturantes envolvendo:

a) Astronomia – É uma das ciências de referência para os conhecimentos

sobre a dinâmica dos corpos celestes. Traz discussões sobre o geocentrismo e o

heliocentrismo, bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos

explicativos que envolveram tais discussões.

Englobando-se a este conteúdo estruturante encontram-se os básicos:

Universo;

Sistema solar;

Movimentos terrestres;

Movimentos celestes;

Astros;

Origem e evolução do universo;

Gravitação universal.

b) Matéria – Diz respeito ao estudo da constituição dos corpos. Permite um

estudo não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua

constituição, indo além do que vemos, sentimos ou tocamos.

As interligações feitas entre o conteúdo estruturante citado se faz por meio dos

seguintes conteúdos básicos :

Propriedades da matéria;

Constituição da matéria.

c) Sistemas Biológicos – A abordagem deste conteúdo estruturante se dá na

constituição e características especificas do funcionamento dos sistemas orgânicos e

fisiológicos (locomoção, digestão, respiração...). Parte-se do entendimento do

organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão comparando seres

33

vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das suas inter-

relações.

Alguns conceitos e relações a serem trabalhadas como conteúdos básicos são:

1. Níveis de organização celular;

2. Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

3. Células;

4. Mecanismos de herança e genética.

d) Energia – Propõe-se uma discussão do conceito de energia, relacionado

com uma das leis mais importantes da ciência: conservação de energia. Esta

representa as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Assim, tem-se o

propósito de provocar a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender

o conceito d energia no que se refere às suas várias manifestações: energia mecânica;

térmica; elétrica; luminosa; nuclear e outros.

Envolvem-se aqui os seguintes conteúdos básicos:

a) Formas de energia;

b) Conversão de energia;

c) Transmissão de energia;

d) Conservação de energia.

e) Biodiversidade - Discute e busca um entendimento para alem da mera

diversidade de seres vivos. É fundamental saber que a diversidade de espécies,

considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes

ambientes, mantém suas interrelações de dependência e está inserida em contexto

evolutivo.

Englobando-se a este conteúdo estruturante encontram-se os básicos:

Origem da vida;

Evolução dos seres vivos;

Organização dos seres vivos;

Ecossistemas;

Sistemática;

Interações ecológicas.

3 Metodologia da disciplina

O encaminhamento metodológico será orientado na abordagem crítica e histórica

considerando o sujeito histórico e a prática social deste sujeito. A articulação entre os

diferentes conhecimentos é o eixo norteador nesta metodologia para tanto, as discussões,

34

análises de textos, documentários, o uso da investigação, da observação, da

problematização e da reflexão devem permear os conteúdos e em especial nas atividades

práticas em laboratório e nos diferentes cenários que o estudo permitir. O trabalho de

campo, visitas, os projetos, palestras com convidados, debates, seminários,

representações gráficas, exposições e feiras também serão usados articulados a outras

atividades que estimulem o trabalho coletivo, sugeridos nas DCEs.

Os recursos pedagógicos: slides (TV Pendrive), fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROM,

quadro, giz, livro didático público, livros paradidáticos, textos, matérias de jornais e/ou

revistas, leituras compartilhadas de diferentes matérias, destacando situações do

momento, ou que proporcionem a reflexão e a valorização da vida dentre eles os Desafios

Educacionais Contemporâneos; lúdico (jogos, brinquedos, modelos, exemplificações),

laboratório de informática entre outros, servirão de suporte complementar aos recursos

humanos que são professores, alunos, funcionários e equipe pedagógica.

As indicações das DCEs deverão servir de base para o trabalho pedagógico no

nosso colégio visando uma metodologia que leve o aluno a participar de projetos na

escola e fora dela.

O registro no caderno, cartazes, painéis, provas escritas e trabalhos individuais ou

grupo, serão, entre outros, meios para analisar e documentar o aprendido.

No decorrer do processo ensino aprendizagem será dado alusão aos Desafios

Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes. Será

trabalhado também assuntos referentes à Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, Violência, Educação Fiscal e Educação Ambiental. Surgindo essas oportunidades

trabalhar-se-á de forma integrada ao conteúdo ora estudado.

Sabe-se que e nosso dever e obrigação abranger em nossas falas e ações a

História e Cultura Afro (Lei nº 10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio

Ambiente (Lei nº 9795/99), História e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08).

4 Avaliação

A compreensão e conhecimento da realidade do aluno, e como conseqüência, da

turma, é o ponto inicial de uma boa avaliação. Esta investigação se dará através de vários

meios como: pesquisas, questionários, diagnósticos, conversas, depoimentos, análises.

Assim sendo, a avaliação no ensino de Ciências deve contemplar os diferentes

momentos do processo de ensino e aprendizagem, e por isso ela deverá ser formativa,

processual e contínua, ao longo das aulas e sistemática a partir de critérios avaliativos,

estabelecidos no início do ano letivo, no contrato didático da disciplina. As leituras

35

científicas, atividades experimentais, em grupo, ou individuais, pesquisas, construção de

mapas conceituais, organogramas, gráficos, tabelas, observações, atividades lúdicas,

seminários, gincanas, registro no caderno, exercícios, a interpretação, a análise, a

capacidade de apropriação e reconstrução de conceitos, serão considerados na avaliação

assim como avaliações do tipo testes e provas com o objetivo de orientar a prática

pedagógica e o avanço na construção do conhecimento.

Os critérios de avaliação propostos no PPP deverão servir de suporte ao processo.

A investigação/reflexão/superação será a base para o processo avaliativo formativo.

É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno

apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um

acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a

transpor os obstáculos visando a sua promoção.

O resultado numérico de avaliação será a somatória das formas de avaliações com

peso de 0,0 a 10,0 e fazer a média aritmética. Caso o aluno não alcance ou queira

aumentar sua nota ele terá direito à recuperação paralela de conteúdos onde o professor

baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca diminuindo esse conceito.

Entende-se a recuperação de estudos como elemento indispensável para a

retomada da ação pedagógica. Esta recuperação deve ser incorporada às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo mais um componente do aproveitamento

escolar.

5 Referências

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

Revistas Superinteressante. Editora Abril

Revistas Ciência Hoje. Revista de Divulgação Científica, Rio de Janeiro, SBPC.

Revista Galileu. Editora Globo / Revista Época. Editora Globo.

www.matatlantica.org.br

www.amazonia.org.br

www.rededasaguas.org.br

www.biomassa.com.br

http://www.geologo.com.br/aguahisteria.asp

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/educadores

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/

36

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=127

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 57

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 13

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=91

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=58

2.4 EDUCAÇÃO FÍSICA

1 Apresentação da disciplina

A Educação Física é uma disciplina que tem como objetivo a reflexão sobre a

cultura corporal, enfatizando a liberdade de expressão, criando possibilidades para que o

aluno seja sujeito do processo ensino-aprendizagem, interagindo com o objeto de estudo

(o corpo, o movimento a saúde...) com o grupo e com o professor.

Essa disciplina é fundamental para que o aluno conheça melhor seu próprio corpo,

sobre a cultura esportiva, sobre as manifestações rítmicas e folclóricas.

É nas aulas de educação física que o aluno vai aprofundar a compreensão da

cultura corporal do movimento como fenômeno social produzido historicamente nas

diferentes manifestações: políticas, econômica social e outras.

Nessa visão, nas aulas de Educação Física o aluno poderá analisar e refletir sobre

a história dessa tão amada disciplina, que as raízes da mesma encontra-se na relação

37

homem X natureza, na ação humana de retirar da natureza os elementos essenciais a

sua subsistência.

De acordo com Escobar, (1995) nós não nascemos pulando, saltando ou mesmo

manuseando objetos; o ser humano foi se adequando às necessidades impostas pelo

meio.

Com base no que foi exposto, concorda-se com Ramos, (s/d, p 01) que diz ser

necessário compreender que é importante considerar as idéias prévias dos estudantes e

dos professores advindas de suas experiências e de seus valores culturais. Esse

processo deve ser sempre contextualizado e comparado historicamente.

A Educação Física acompanha a existência humana. Porém, no Brasil, ela teve o

seu início seguindo os modelos europeus e chamava-se ginástica e, surgiu a partir da

preocupação advinda dos conhecimentos médicos, de melhorar o desenvolvimento físico

dos militares, aprimorando as capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza,

a agilidade, a resistência, além de visar a formação do caráter, da autodisciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia, e do sentimento patriótico, afirma-se nos DCE

do Paraná, p. 38.

A partir do século XX, apoiada na medicina, a Educação Física preocupa-se em

formar um novo homem, ganhando espaço na escola, nos mesmos moldes da ginástica,

com exercícios físicos e disciplina rígida, afirma Soares, 2004, p.70.

A partir de 1929, torna-se disciplina obrigatória nas escolas explicitando-se por

alguns marcos, como por exemplo: Instrução Física Militar (método Francês).

Em 1931, passou a ser exigida no ensino secundário; em 1933, é criada a Escola

de Educação Física do Exercito; em 1939 é criada a Escola Nacional de Educação Física

e Desportos da Universidade do Brasil.

A partir de então; tomo caráter de competição. Desse período a 1945, durante o

mandato de Getúlio Vargas, nas reformas educacionais, a Educação Física passou a ser

exigida nas escolas com uma carga horária de 30 a 40 minutos, três vezes por semana,

para meninos e meninas separadamente.

Após a revolução de 1964, o caráter esportivo da Educação Física se ampliou.

Desde então, muitas foram as reformas de ensino e, com elas, a formação

acadêmica dos professores nessa área. Porém, a idéia que predominava, era formar

atletas e, mais uma vez, reforçava-se a obrigatoriedade na escola.

Em 1980, o sistema educacional brasileiro passou por nova reformulação,

baseando-se nos pressupostos da pedagogia histórico - critica, o objeto da Educação

38

Física passou a ser a cultura corporal valorizando-se como conteúdos: O esporte, a

ginástica; os jogos; as lutas e a dança.

Na década de 90 surge a concepção crítica-emancipatória, pelo pesquisador

Elenor Kunz (1994) e, a partir daí, dentro de um projeto mais amplo de educação do

Estado do Paraná, entendeu-se a escola como um espaço que, entre outras funções,

deve garantir o acesso aos alunos, ao conhecimento produzido historicamente.

Foi então que o objeto de estudo da Educação Física, a Cultura Corporal, recebeu

o importante papel de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano

mais crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto e também é agente

histórico.

2 Conteúdos estruturantes/Básicos da disciplina

Os conteúdos estruturantes para a educação básica envolvem o corpo e sua

expressividade como alicerces do projeto educativo.

Constituem-se em conteúdos estruturantes para as séries do Ensino Fundamental:

a) Esporte - envolvendo os esportes na história, como fenômeno de união de

massa e ainda os princípios básicos, regras, táticas, bem como, os elementos básicos

que os constituem. Discute o sentido de esporte enquanto competição esportiva e o

esporte enquanto atividade corporal.

b) Ginástica - estuda a origem e evolução da ginástica ao longo do tempo em

relação à cultura de cada povo; estuda os diferentes tipos de ginástica e suas práticas.

c) Dança - envolve o corpo como instrumento da dança, do teatro, estuda os

tipos de danças, o folclore e os ritmos com suas expressões como a mímica, a

imitação e a representação.

d) Jogos e brincadeiras - aborda a os jogos, brinquedos, brincadeiras

tradicionais e de época. Promove a construção de brinquedos estimulando a

construção de brincadeiras.

Os conteúdos estruturadores serão articulados com elementos que envolvem as

manifestações lúdicas, o desenvolvimento corporal, a construção da saúde e as relações

do corpo como mundo do trabalho.

Espera-se que o sujeito após estudar os conteúdos estruturantes citados, esteja

preparado ou apresente maior condição de entendimento tanto intelectual quanto físico

para compreensão de pontos mais complexos que envolvem a cultura corporal como

norte de um trabalho voltado para as relações entre a formação histórica do sujeito e suas

39

representações corporais, articulando aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e

culturais.

Portanto, se constituem em conteúdos estruturantes para o Ensino Médio:

a) Ginástica - compreende os tipos de ginásticas desenvolvidas em diferentes

espaços, ritmos, representações artísticas, de relaxamento e meditação; a criação de

movimentos e coreografias em locais livres, com ou sem materiais; a ginástica e a

socialização e ainda, a ginástica estética em relação aos aspectos subjetivos de

valorização ou não do corpo enquanto referencial de beleza.

b) Danças - envolve e valoriza a regionalidade através de danças típicas;

discute a dança como meio de prevenção da saúde e cura de doenças; aborda a

expressão corporal como composição técnica ou como prática cultural/social; aborda as

das questões do folclore; e aspectos anatomo-fisiológicos que envolvem práticas

culturais.

c) Esportes - neste conteúdo deve ocorrer a abordagem histórico-social; a

profissionalização em seus aspetos positivos e negativos; a competitividade; a saúde do

atleta e sua qualidade de vida que envolve a exploração de jovens sonhadores. Envolve

diferentes esportes, sempre levando em consideração as especificidades regionais e

locais como: o futebol, o voleibol, o handebol, o raquetebol, o basquetebol e o atletismo.

Abordam informações sobre as lesões e primeiros socorros, doping e substâncias ilícitas.

d) Jogos e Brincadeiras - devem ser trabalhados envolvendo o raciocínio

lógico, a socialização a expressão corporal, o senso de equipe e o espírito criativo.

Envolve desde as brincadeiras de rua/populares até os jogos cooperativos. Aborda o lazer

em suas diferentes representações.

e) Lutas – De acordo com o que recomendam as DCEs de Educação Física do

estado do Paraná, as “Lutas” se constituem conhecimento de grande relevância e deve

fazer parte do contexto escolar.

Conforme o pressuposto, esse conteúdo será trabalhado no decorrer do ano letivo,

na forma de pesquisas na Internet, livros, revistas, pois a historia delas possibilita a

identificação das várias modalidades, bem como dos aspectos culturais e sociais

conforme o lugar e o tempo onde elas eram praticadas.

Uma pesquisa bem planejada e desenvolvida do mesmo modo deverá resultar em

exposições dos resultados das pesquisas; apresentações por grupos locais convidados,

debates, reflexões que possibilitem aos alunos compreender a importância de se respeitar

as normas; de haver disciplina, compromisso, companheirismo, sessões de filmes,

relatórios, comentários sobre as lutas.

40

Utilizar-se-ão também os DVDs disponíveis na biblioteca sobre o tema. Envolve o

conhecimento histórico/cultural que reflete as simbologias de um povo. Discute as lutas

em relação ao ataque e defesa e auto-proteção. Envolve a capoeira, o taekwondo, o judô

e outras que se identifiquem com a realidade da escola.

Os conteúdos estruturadores devem ser articulados envolvendo o corpo, a saúde, a

desportivização, a tática, a técnica, o lazer, a mídia e em especial a diversidade étnico-

racial, gênero e inclusão de pessoas especiais, não como forma de cumprir

determinações legais, mas como oportunidade de revisão de conceitos e idéias,

desenvolvimento de valores humanos e valorização de culturas diferentes.

3 Metodologia da disciplina

A construção do conhecimento e do desenvolvimento do educando deverá se dar

através de aulas teórico-práticas para a explanação do objeto de estudo, estudos de

texto, pesquisas, vídeos, palestras e debates nas experiências corporais e trabalhos em

grupo que serão usados visando desenvolver a estimulando o aluno a ser protagonista de

seu saber.

As criações de textos artísticos servirão de base para o desenvolvimento das

manifestações estético-corporais na dança, no teatro, jogos, nas brincadeiras e na

construção de brinquedos.

As aulas deverão ser organizadas de forma a propiciar: conversação,

problematização, apreensão do conhecimento, prática, observação, registro,

reflexão/diálogo, avaliação e intervenção pedagógica através de uma metodologia

envolvente, crítica e principalmente superadora da fragmentação e linearidade dos

conteúdos.

Durante o ensino da disciplina de Educação Física serão trabalhadas as leis: Lei

10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.975/99 “Meio

ambiente” e Lei 11.645/08 “História e cultura dos povos indígenas”, sempre que o

conteúdo possibilite a interdisciplinaridade dos conteúdos com as referidas leis.

Também serão trabalhados os Desafios Educacionais Contemporâneos sempre

que surgirem situações e fatos pertinentes. Assuntos referentes à Sexualidade,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Violência, Educação Fiscal e Educação Ambiental

serão abordados de forma integrada ao conteúdo ora estudado.

3.1 Recursos

41

Os recursos a serem utilizados consistem em DVD,s ; exposições ilustradas;

pesquisas na internet, relatos de documentários na TV; diálogo com os alunos, materiais

apropriados a cada conteúdo, em espaços igualmente adequados as atividades.

4 Avaliação

Os critérios de avaliação serão através de uma metodologia crítico-superadora que

requer também uma avaliação reflexiva, formativa que permita não só os aspectos

quantitativos mensuráveis que visam classificar alunos mais aptos ou menos aptos, ou

que sirva de somente a um critério, aprovar ou reprovar. Requer um olhar especial ao

PPP do Colégio, construído de forma viva e dinâmica e que propõe uma avaliação

envolvendo a análise e a reflexão, contínua envolvendo a avaliação formativa e credencial

através de diferentes instrumentos orientados para tal fim, de cunho individual, grupal

e/ou auto-avaliação.

A avaliação será adotada na educação física como prática investigativa / reflexiva /

credencial visando o desenvolvimento integral do aluno e também, o cumprimento legal

dos critérios para promoção nos seus estudos.

5 Referências

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED, 2006.

MATTOS, Mauro Gomes de e Marcos Gareia Neira. Educação Física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. 1ª edição - São Paulo: Phorte e Editora–2000

CARNAVAL, Paulo Eduardo. Medidas e avaliação em Ciências do Esporte. 2ª edição-

Rio de Janeiro: Sprint- 1995.

FILHO, Lino Castelani. Educação Física no Brasil- A História que não se conta.

3ªedição-Campinas, São Paulo: Papirus, 1991.

BAGATINI, Vilson. Psicomotricidade para deficientes. 1ª edição- Porto Alegre: Sagra: DC Luzzanatto, 1992.

Coletivo de autores. Metodologia do ensino de Educação Física. 2ª edição-São Paulo: Cortez, 1992.

42

2.5 ENSINO RELIGIOSO

1 Apresentação da disciplina

O Ensino Religioso, desde 10 de fevereiro de 2006, através da deliberação

nº01/06, deve considerar as diversidades religiosas no Estado e suas manifestações.

Desta forma o Ensino Religioso torna-se de grande importância na vida do ser humano,

por isso deve fazer parte do currículo escolar. As demais matérias têm como preocupação

essencial à instrução, não contemplando os argumentos filosóficos, os aspectos

antropológicos, uma riqueza histórica fascinante, já que o estudo das religiões propicia o

conhecimento das diferentes sociedades, dos grandes lideres e do homem comum.

Nessa perspectiva, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, legalmente

institui-se na escola, possibilitando aos educados oportunidade de se tornarem capazes

de entender os movimentos específicos das diversas culturas, cujo substantivo religioso

43

colabora com a constituição do cidadão multiculturalista. Requer ainda o entendimento e a

reflexão no espaço escolar do reconhecimento da justiça e dos direitos de igualdade civil,

social, cultural e econômico, bem como a valorização da diversidade.

Cabe ressaltar, ainda, que essa disciplina permite que se compreenda a trajetória de

diferentes grupos, suas manifestações no espaço escolar, bem público, de direito a todos.

Desse modo, possibilita a reflexão e a análise sistematizada sob a ótica do conhecimento

doutrinal ou prosélito, na medida em que se estabelecem relações entre culturas,

espaços, tempos e diferenças, para que no entendimento destes elementos se possa

elaborar o saber, significando-o como elemento de patrimônio das diferentes culturas,

com vistas à humanização dos sujeitos, no espaço escolar justifica-se este estudo por

fazer parte do processo civilizador da humanidade.

Apontar novas perspectivas, enfatizando a importância de se assegurar o respeito

à diversidade cultural e religiosa, incentivando a valorização nas manifestações culturais,

levando o educando a auto-valorizar a própria crença e a partir daí respeitar as diferentes

opções religiosas.

Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural, cultivando atitudes de respeito

com as pessoas objetiva:

- Valorizar as diversas religiões presentes em nosso meio;

- Reconhecer as qualidades das próprias religiosidades;

- Desenvolver atitudes e solidariedade com os que sofrem discriminação;

- Reconhecer e respeitar a liberdade de crença de cada indivíduo.

- Resgatar o Sagrado.

- Permitir que o educando pudesse refletir e entender com os grupos sociais

se constitui culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.

- Compreender as suas trajetórias suas manifestações no espaço escolar,

estabelecendo relações entre cultura, espaços, e diferenças, para que no entendimento

destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a entender a

diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.

- Refletir e valorizar a auto-estima das pessoas através da música.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

Compõem-se de saberes, conhecimentos, conceitos e práticas que contribuam

para com o entendimento sobre o sagrado.

44

a) Paisagem religiosa - refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é

apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretude,

os espaços sagrados. Considerar o espaço social e cultural.

b) Universo Simbólico e Religioso - é a apreensão conceitual através da razão,

pela qual concebemos o sagrado pelos seus predicados e reconhecemos a sua lógica

simbólica: palavras, sons, gestos, rituais, obras de arte criadas pela humanidade.

c)Texto sagrado – Envolve as danças sagradas, pinturas sacras, textos sagrados,

orações, doutrinas que constituem o substrato sagrado de seus seguidores.

No ensino religioso nas 5ª e 6ª séries o objeto de estudo é o sagrado, sendo assim

os conteúdos estarão sempre a ele relacionados.

Conteúdos Básicos5ª série Organizações Religiosas; Lugares Sagrados; Textos orais e escritos; Símbolos

Religiosos.

6ª sérieTemporalidade Sagrada; Festas religiosas; Mitos; Vida e morte.

3 Metodologia da disciplina

A metodologia deve pautar-se em práticas que respeitem as diferentes

manifestações religiosas.

Os procedimentos metodológicos deverão envolver:

A superação, pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou à presença

de qualquer crença religiosa, toda forma de proselitismo, bem como a discriminação de

toda e qualquer expressão do sagrado;

O entendimento de que a escola é um bem público e laico, cujo acesso e

permanência são direito adquiridos por todo cidadão brasileiro;

Não admissão do uso do espaço/tempo escolar para legitimar a uma

manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é espaço de

doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações;

Reconhecimento das diversas manifestações do sagrado como sendo

componentes do patrimônio cultural e relações que estabelecem entre si;

A necessidade da construção, reflexão, e socialização do conhecimento

religioso que proporcione a um indivíduo sua base de formação integral, de respeito e de

convívio com o diferente;

45

O uso da linguagem pedagógica e não religiosa referente a cada expressão

do sagrado, adequada ao universo escolar, na compreensão desse espaço como sendo

de reflexão e sistematização de diferentes saberes;

O respeito, por parte do docente, ao direito à liberdade de consciência e à

opção religiosa do educando, transpondo qualquer ato prosélito, relevando os aspectos

científicos do universo cultural do sagrado e a diversidade sócio-cultural posta diante de

todos;

Considerando as especificidades de cada região do Estado do Paraná, a realidade

local de cada escola, as necessidades de cada educando e, principalmente, a diversidade

da expressão do sagrado, o encaminhamento metodológico pautar-se-a nos pressupostos

delineados nas DCEs para compor e organizar os conteúdos a serem desenvolvidos.

Realização de pesquisas, estudos e debates, bem como apresentação de vídeos,

documentários e textos são procedimentos metodológicos que darão suporte às aulas.

Quanto aos recursos, será utilizado textos de jornais, revistas e periódicos

disponibilizados, TV Pendrive, Laboratório de Informática e Biblioteca.

As entrevistas e depoimentos também se constituem elementos importantes para

discussão sobre o sagrado e suas representações. Também se reconhece que além dos

conteúdos de Ensino Religioso, as disciplinas escolares incorporam e atualizam

conteúdos decorrentes do movimento das relações de produção e dominação,

determinando as relações sociais vinculando-se tanto a diversidade etno cultural quanto

os problemas sociais contemporâneos, incorporados como termos referentes às leis

10.639/03 “História e Cultura Afro” LEI 9.795/99 “Meio Ambiente” e LEI 11.645/08 “História

e Cultura dos Povos Indígenas LEI 13.381/01 “História do Paraná”, aos desafios

educacionais contemporâneos (sexualidade, prevenção e uso de drogas, violência,

educação ambiental e fiscal). Estes conteúdos fazem parte das discussões na cultura

religiosa sempre procurando trazê-los de acordo com a realidade dos alunos de forma

que os mesmos possam estar ampliando seus conhecimentos e sua visão sobre as

diferentes culturas no que diz respeito aos usos e costumes e ao sagrado.

4 Avaliação

A avaliação será embasada nos critérios estabelecidos no PPP, deliberação

007/99-CEE, DCEs e LDB. A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e

orienta a intervenção pedagógica e, portanto, será realizada em função dos conteúdos

expressos nesta proposta curricular pedagógica. Seguirá os princípios de investigação,

46

observação, sistematização de forma abrangente num exercício continuo para a

efetivação de uma avaliação formativa.

Quanto a característica processual, esta ocorrre através das técnicas e

instrumentos que servem de base para o levantamento do aprendido como debates,

seminários, pesquisas, trabalhos e provas escritas, com valor de 0,0(zero) a 10,0(dez),

porem sem registro para fins de aprovação. Conforme DCEs, deve ser explicitada no

Plano de Trabalho Docente.

A recuperação ocorre de forma paralela sempre observando o desenvolvimento

intelectual do aluno.

No Ensino Religioso a avaliação deve ser um movimento sobre a ação da pratica

pedagógica, com uma dimensão que envolva o ensino e a aprendizagem continuada

estabelecendo o verdadeiro sentido da avaliação.

A avaliação escolar e constituída de um projeto de futuro social, pela intervenção

da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da

ação pedagógica em movimento da aprendizagem do aluno da qualificação do professor

e da escola.

5 Referências

- Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008.

- ACHARYADEVA, Hridayananda das Goswmi . Os valores da liberdade: Onde o

Ocidente encontra o Oriente. São Paulo: Fundação Bhaktivedanta.

- OLIVEIRA, Maria Antonieta Albuquerque de. Componente Curricular. In:

JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo WAGNER, Raul. Ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

-Textos Complementares – A Cultura Religiosa, As Religiões do Mundo e outros.

-CRUZ, Therezinha M. L. da – Descobrindo Caminhos: Ensino Religioso\2002-

(Coleção Descobrindo Caminhos).

47

2.6 FILOSOFIA

1 Apresentação geral da disciplina:

Os problemas que a filosofia coloca ajudam-nos a compreender melhor o mundo

que nos rodeia e a tomar uma atitude crítica em relação às respostas ou soluções que

vão sendo apresentadas para os problemas da sociedade, com vista a poderem ser

melhoradas, no fundo com o objetivo de alcançarmos um mundo cada vez melhor para

todos.

Para que isso aconteça existem vários recursos didáticos que podem ser usados

tais como: revistas, jornais, recortes, livros além das tecnologias tais como: filmes,

músicas, pesquisas na internet, entre outras, que integram o aluno para adquirir o

conhecimento desta disciplina e explora a importância como saber escolar e como

contribuição para a formação do estudante. Os objetivos são:

48

- Possibilitar estudos que desenvolvam a compreensão da complexidade humana

no mundo contemporâneo, e suas múltiplas particularidades e especializações.

- Estimular o trabalho de mediações intelectuais visando desenvolver o

compromisso consigo mesmo, com o outro e com o mundo que o rodeia.

- Trabalhar de forma crítica objetivando a formação pluridimensionanal e

democrática.

- Estabelecer relações de ordem, de contradição e dúvidas, dando ao aluno

a possibilidade e a oportunidade da busca pelas ciências filosóficas.

- Compreender o papel da ética e os padrões éticos presentes nas

diferentes formas de manifestação do pensamento de grupos étnicos diversos.

2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina2.1 Conteúdos estruturantes

Os conteúdos estruturantes da Filosofia se constituem historicamente e advém de

contextos e sociedades diferentes, mas que ganham força na realidade vivenciada pelos

envolvidos.

Os conteúdos estruturantes são:

a) Mito e filosofia:

Diz respeito ao homem enquanto ser pensante e criativo; pensamento racional e

pensamento conceitual, relação do pensamento mítico com o pensamento racional;

Filosofia e História; Filosofia e Política.

b) Teoria do conhecimento:

Envolve assuntos relacionados aos fatores históricos/ temporais que influenciaram

a elaboração das teorias do conhecimento, verdade e mentira como critério na educação

humana; objeto e fonte do conhecimento.

c) Ética:Diz respeito aos valores, normas, autonomia, repressão, vivência, injustiça;

ética nas relações individuais e grupais; ética/ religião.

d) Filosofia Política:

Envolve os assuntos referentes aos Regimes Políticos; Repressão Política; Direitos

Humanos; Relações de Poder; Conceitos de cidadania,democracia,igualdade, liberdade,

justiça.

e) Filosofia da Ciência:

49

Pesquisa e Ciências; as descobertas científicas envolvendo o homem e o

posicionamento ético de diferentes grupos sociais.

f) Estética: Envolve as relações do homem com ele mesmo e com o mundo; arte e beleza;

imaginação, intuição e fruição.

3 Metodologia da disciplina:

Os conteúdos serão trabalhados em quatro momentos:

- mobilização para o conhecimento;

- problematização;

- investigação;

- criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem,

de leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras

as possibilidades de atividades para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano

do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

Inicia-se então o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos filósofos,

pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras

de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e

dão qualidade a discussão.

Ao final desse processo, o estudante encontrar-se-á apto a elaborar um texto, no

qual terá condições de discutir e comparar idéias e conceitos de caráter criativo e de

socializá-los.

Após isso, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está

implícito nas idéias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,

de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de

raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico.

4 Avaliação

A avaliação será concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é,

tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo

ensino-aprendizagem.

50

Ao avaliar, deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo

que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de

argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade

de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes

aos temas e discursos.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,

por meios da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que

pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um

processo.

5 Referências

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Filosofia. Curitiba: SEED, 2006.

APIS, R. O professor de filosofia: o ensino de filosofia. In: Cadernos Cedes, nº 64.

A filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004.

BORUHEIM, Alberto Gerd. Introdução ao Filosofar. 8 ed. Rio de janeiro.

DURANT, WILL. História da Filosofia. São Paulo: naciona, 1996.

POLITZER, Georges. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Editora Antes, 1957.

TELES< Antonio Xavier. Introdução ao estudo de Filosofia. São Paulo: Editora Àtica, 1986.

2.7 FÍSICA – Ensino Médio

1. Apresentação geral da disciplina

A Física tem como objeto de estudo o Universo, sua evolução, suas

transformações e as interações que nele se apresentam, em toda sua complexidade. Por

isso deve ser vista como uma ciência que permite compreender uma imensidade de

fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação do cidadão e para

compreensão e interpretação do mundo.

Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania e contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica

51

ao longo da história. Também deve considerar a dimensão do conhecimento sobre o

universo dos fenômenos e fazer perceber a não-neutralidade de sua produção, mas

aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais, seu comprometimento e envolvimento

com as estruturas que representam tais aspectos.

Na tentativa de resolver seus problemas de ordem prática e garantir sua

subsistência, a observação da natureza tem origem no período paleolítico. Sendo a

astronomia, talvez, a mais antiga das ciências, através dos gregos, ao explicarem as

variações cíclicas observadas no céu. Iniciava-se ai o estudo dos movimentos.

A maior parte da história da física até o Renascimento resumia-se à Geometria

Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles.

Na Idade Média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa que submetia a fé e

as verdades ao cristianismo, não podendo ser questionados. Platão e Aristóteles são as

principais influencias da época.

Através da navegação e ampliação da sociedade comercial, surge a burguesia que

se opõe ao poder dos reis e cardeais da Igreja, abrindo caminho para o desenvolvimento

da ciência.

A Física Moderna surge com Galileu Galilei no século XVI ao aceitar o modelo de

Copérnico e propor a matematização do universo, onde buscava descrever um fenômeno

partindo de uma situação particular para explicar o geral, tornando possível formular leis

universais e abrindo caminho para que Isaac Newton fizesse a primeira grande unificação

da Ciência onde o céu e a terra passaram a ser governados por leis físicas e equações

matemáticas, elevando a Física ao estatuto de Ciência no século XVII.

No século XVIII, com a Revolução Industrial, o conhecimento no campo da

termodinâmica evoluía com a junção de técnicos e cientistas para compreender o calor e

melhorar a potência das máquinas. Tais estudos possibilitaram estabelecer as leis da

termodinâmica e o calor passou a ser entendido como forma de energia relacionada ao

movimento.

Com o surgimento das máquinas surgiu a necessidade da qualificação da mão de

obra e o estado passou a ser responsável pela educação do trabalhador. Surge então a

escola para o trabalhador.

O ensino de Física foi trazido para o Brasil em 1808, com a vinda da família real

para o Brasil e era destinada para a elite dirigente do país.

Outra grande unificação na Física foi feita por Maxwell, no século XIX, ao prever

que campos magnéticos poderiam se propagar como ondas e que estas viajavam na

velocidade da luz, levando a formulação da teoria eletromagnética da luz.

52

Em 1837 foi criado no Rio de Janeiro o Colégio Pedro II onde foi adotada uma

física matematizada com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos relacionados a

problemas europeus, metodologia que predominou até metade do século XX, quando

surgiram outras contribuições.

Em 1905, Einstein propôs a teoria da relatividade especial ao perceber que as

equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria de

Newton, apresentando uma nova visão do espaço e do tempo e abrindo caminho para o

desenvolvimento da mecânica quântica.

Em 1934, com a vinda do físico e professor russo Gleb Wataghin foi criado o curso

de física da USP permitindo a efetivação da Física como campo de pesquisa e a

construção de novos conhecimentos no Brasil.

O fim da Segunda Guerra Mundial provocou mudanças no currículo escolar de

Ciências na busca de novas tecnologias de guerra.

Em 1946 foi criada a primeira instituição brasileira direcionada ao ensino de Ciência

para promover a melhoria da formação científica dos alunos e contribuir de forma

significativa com o desenvolvimento nacional. Vários programas educacionais no campo

das ciências foram criados nos anos seguintes com o intuito de buscar a modernização e

o desenvolvimento científico, buscando um ensino que leve o estudante a uma reflexão

sobre o mundo.

Se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e

influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, é importante buscarmos as

relações entre o desenvolvimento da Ciência e a tecnologia e as diversas transformações

decorrentes desse desenvolvimento. Deve-se levar o aluno a compreensão de que a

ciência é uma construção humana, com todas as implicações que isso possa ter, inclusive

os erros e acertos decorrentes desta construção. Isso significa, como cita Ponkzek,

revelar como é penoso, lento, sinuoso e, por vezes violento, o processo de evolução das

ideias científicas.

A Física deve promover um conhecimento contextualizado e integrado à vida de

cada jovem, considerando o mundo vivencial dos alunos, os objetos e fenômenos com

que efetivamente lidam, ou os problemas e indagações que movem sua curiosidade,

contribuindo para o desenvolvimento de um cidadão crítico, capaz de entender o papel da

ciência no desenvolvimento da sociedade, contribuindo, assim, para incorporar novas

informações a partir de conceitos já adquiridos, dando continuidade ao seu aprendizado e

construindo uma cultura científica efetiva que permita ao aluno a interpretação de fatos,

fenômenos e processos naturais, redirecionando sua relação com a natureza em

53

transformação. Resgatar na história valores fundamentais para a física da atualidade,

seguindo novas concepções tecnológicas sem deixar para traz valores importantes, faz-se

necessário, pois assim o aluno percebe a Física como uma construção humana e em

desenvolvimento.

Conforme afirma MENEZES (2005, P.28), “a aproximação das ciências físicas com

as ciências da vida, as ciências humanas e a filosofia, pode tornar mais animado o jogo

da unificação, com o ser humano dentro e fora do evolutivo tabuleiro cósmico que

investiga.”

Durante o processo Ensino Aprendizagem, o trabalho em sala de aula tem como objetivo:

- desenvolver uma cultura científica, a qual é indispensável à participação

política, capacitando o aluno para uma atuação social e crítica buscando a

transformação de sua vida e do meio que o cerca;

- levar o aluno a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva

de que esta não é somente fruto da racionalidade, mostrando-lhes a beleza

e a força dos conceitos científicos;

- educar para a cidadania, considerando a dimensão crítica do conhecimento

científico sobre o universo de fenômenos e a não neutralidade da produção

desse conhecimento, mas seu envolvimento com aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais.

2 . Conteúdos estruturantes

A disciplina de Física tem por finalidade estudar o universo e levar o aluno a

interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, redirecionando sua relação com a

natureza e com o desenvolvimento tecnológico. Para tanto, foram definidos, segundo as

DCE’s, conteúdos estruturantes, os quais são interdependentes e se constituem de

conhecimento envolvendo:

Conteúdo Estruturante: Movimento

Conteúdo Básico: Momentum e inércia, Conservação da Quantidade de Movimento

(momentum), Variação da Quantidade de Movimento = Impulso, Segunda Lei de Newton,

Terceira Lei de Newton, Gravidade, Energia e o Princípio da Conservação da Energia,

Trabalho e Potência, Fluidos.

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica

54

Conteúdo Básico: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da termodinâmica, 2ª Lei da

Termodinâmica, 3a Lei da Termodinâmica.

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

Conteúdo Básico: Carga Elétrica, corrente elétrica, campos e ondas

eletromagnéticas, Força eletromagnética, Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a

eletrostática/ Lei de Coulumb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday,

Elementos de um circuito elétrico, natureza de luz e suas propriedades.

3 . Metodologia da Disciplina

A Ciência surge na tentativa de decifrar o universo, é determinada pela

necessidade humana de resolver situações práticas do seu dia-a-dia, logo, a Ciência é

histórica e constitui uma visão de mundo.

Uma abordagem histórica e crítica dos conteúdos se apresenta útil e rica pois

auxilia o sujeito a reconhecer a Ciência como uma construção humana, tornando-a mais

interessante, compreensível e próxima do estudante. Não como uma história da Ciência

fruto de Gênios, mas sim uma História que nos mostre a evolução das ideias, dos

conceitos, caminhos de erros e acertos, que mostre a não-neutralidade da produção

científica, suas relações e dependências com os aspectos sociais, políticos econômicos e

culturais. A articulação entre os diferentes conhecimentos é o eixo norteador nesta

metodologia. Toda a Historicidade da ciência fica clara quando Newton afirma em seu

discurso de posse na Royal Socity:

Se longe enxerguei é porque estive apoiado em ombros de gigantes.(ROCHA,

2002, p. 23)

Sob o pressuposto de que o ensino de Física considera a ciência uma produção

cultural, objeto humano construído e produzido nas e pelas relações sociais, entende-se:

- que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento

trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em seu contexto

social, mostrando-lhe que seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que

há possibilidade de ser adicionado, enriquecido e por vezes substituído;

- que a experimentação no ensino de Física é importante pois contribui para

relacionar a teoria à prática, a medida que proporciona melhor interação entre

professor e aluno e entre os grupos de alunos, o que propicia o desenvolvimento

cognitivo e social no ambiente escolar;

55

- que o uso da matemática como uma ferramenta, um apoio para a Física, sem fazer

desta um pré-requisito para se aprender Física;

- que deve-se trabalhar a Física de forma interdisciplinar, associando a as demais

disciplina e localizando os conteúdos a serem trabalhados num contexto social,

econômico, cultural e histórico, procurando trabalhar os temas de maneira

contextualizada

- que a investigação como ponto de partida para identificar questões e problemas a

serem resolvidos, estimular a observação, classificação e organização dos fatos e

fenômenos à nossa volta.

Para tanto, as discussões, análises de textos, documentários, o uso da

investigação, da observação, da problematização e da reflexão devem permear os

conteúdos e em especial as atividades práticas em laboratório e nos diferentes cenários

que o estudo permitir. O trabalho de pesquisa de campo, visitas, os projetos, palestras

com convidados, debates, seminários, exposições, feiras e atividades experimentais

também serão usados articulados a outras atividades que estimulem o trabalho coletivo,

sugeridos nas DCEs.

Os recursos pedagógicos: vídeos, slides (TV Pendrive), fitas VHS, DVDs, CDs, CD-

ROM, revistas, jornais, livro didático público, quadro de giz, livros paradidáticos, leitura de

diferentes textos que proporcionem a reflexão de temas e Desafios Educacionais

Contemporâneos, laboratório de informática entre outros, darão suporte complementar

aos recursos humanos que são professores, alunos, funcionários e equipe pedagógica.

As indicações das DCEs deverão servir de base para o trabalho pedagógico no

nosso colégio visando uma metodologia que leve o aluno a participar de projetos dentro e

fora da escola.

Atividades de leitura, pesquisa, o registro no caderno, cartazes, relatórios, provas

escritas com questões objetivas e discursivas, seminários e trabalhos individuais ou em

grupo serão, entre outros, meios para analisar e documentar o aprendizado do aluno.

No decorrer do processo ensino aprendizagem serão abordados os Desafios

Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes,

trabalhando-os de forma integrada ao conteúdo estudado. Assuntos referentes à

Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Violência na escola, Educação

Ambiental e Relações Étnico Raciais, bem como, História e Cultura Afro (Lei nº

10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio Ambiente (Lei nº 9795/99), História

e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08), serão englobados em nossas falas e

ações sempre que possível.

56

4 . Critérios de avaliação

A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem, sendo um elemento

integrador no qual interagem aluno e professor. Conhecer a realidade do aluno e como

conseqüência, da turma, é o início de uma boa avaliação. É importante que a avaliação

seja contínua, processual e formativa durante as aulas e sistemática a partir de critérios

avaliativos, estabelecidos no início do ano letivo, no contrato didático da disciplina,

priorizando a qualidade do processo de aprendizagem e acompanhando o crescimento

individual do aluno. Será considerado ainda, e de forma importante, a capacidade de

criação, o comprometimento e a responsabilidade na realização dos estudos. Os critérios

de avaliação propostos no PPP deverão servir de suporte ao processo. A

investigação/reflexão/superação será a base para o processo avaliativo formativo.

Para a efetivação da avaliação serão usados os instrumentos de avaliação tais

como, leitura e interpretação de textos, produção de relatórios de experimentos,

pesquisas, seminários, provas, trabalhos em grupo, conversas, análise da participação,

como base para acompanhar a aprendizagem, para reorientar a prática pedagógica e

avançar na construção do conhecimento.

É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno

apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um

acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a

transpor os obstáculos visando a sua promoção.

Todos os instrumentos de avaliação terão peso de 0 à 10 a partir dos quais será

feita média aritmética para a nota final. Caso o aluno não demonstre um bom

aproveitamento ou queira aumentar sua nota, terá direito á recuperação paralela de

conteúdos, onde o professor baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca

diminuindo esse conceito. Entende-se a recuperação de estudos como um componente

indispensável para a retomada da ação pedagógica, devendo ser incorporada as

avaliações do período, o qual constitui mais um elemento do aproveitamento escolar.

5 . Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Publica

de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba: SEED, 2006.

57

ROCHA, José Fernando (organizador), Origens e Evolução das idéias da Física:

Salvador: Editora da UFBA, 2002.

MENEZES, Luis Carlos de. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: fundamentos e

fronteiras do conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

FEYNMAN, Richard P. Física em Seis Lições. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

Ben-dov, Y. Convite a Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1996.

2.8 GEOGRAFIA – Ensino Fundamental e Médio

1. Apresentação geral da disciplina

A geografia é uma ciência. Desde a antiguidade muitos autores elaboraram

estudos que podem ser considerados geográficos, embora o conhecimento fosse

disperso, desarticulado vinculado à filosofia, a matemática e as ciências da natureza.

Na Grécia Antiga, Heródoto, Hipocrates e Aristóteles entre outros, analisaram a

dinâmica dos fenômenos naturais, elaboraram descrições de paisagens e estudaram a

relação homem-natureza.

58

Na Idade Média, Ptolomeu fez importantes estudos geográficos e cartográficos

registrados em sua obra “Síntese Geográfica”. A expansão marítima européia também

proporcionou grandes avanços aos estudos geográficos.

No entanto somente em meados do Século XIX, dois pesquisadores alemães:

Alexandre Von Humboldt e Karl Ritter fundaram a Geografia como ciência.

No início do Século XX, um Geógrafo Frances: Paul Vidal de La Blache passou a

criticar o método descritivo e a defender que a Geografia se preocupasse com a relação

sociedade-natureza, posicionando os seres humanos como agentes que sofrem influencia

do meio, mas também agem sobre ele, transformando-o.

Nesse contexto, desenvolveram novos conhecimentos, como elaboração de

mapas, discussão a respeito da forma e tamanho da Terra, da distribuição de terras e

águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do diâmetro do

planeta, cálculos sobre a latitude e definições climáticas entre outros. Essa relação

homem/meio ambiente torna-se o eixo fundamental da atual Geografia, a qual faz emergir,

a vertente crítica, na qual o ser humano se intera das atuais transformações ambientais,

sociais, geopolíticas, econômicas e culturais, sendo assim, melhor inserida na sociedade

a qual pertence.

O objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade, pela interelação entre sistemas de objetos:

naturais, culturais e técnicos e sistemas de ações: relações sociais, culturais, políticas e

econômicas.(Diretrizes Curriculares, p.51).

No momento, considera-se que a geografia escolar deva subsidiar o sujeito a

pensar criticamente para que possa compreender e explicar o mundo, entendendo que

vivemos numa dimensão espacial passível de crítica, visto que o espaço é materialização

dos tempos da vida social, e que possibilitem a reflexão que o levem a:

- Identificar a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em

suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua

construção e na produção do território, da paisagem e do lugar;

- Subsidiar o aluno com aulas que contemplam a heterogeneidade, a diversidade, a

desigualdade e a complexidade do mundo atual, contemplando o deslocamento da

população entre outros que determinam a configuração do espaço.

- Distinguir e avaliar as ações humanas em sociedade e suas conseqüências em

diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma

participação ativa nas questões sócio-ambientais;

59

- Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos

estudados em suas dinâmicas e interações;

- Entender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os

avanços técnicos e tecnológicos e as transformações sócio-culturais são conquistas

decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres

humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,

identificando suas relações, problemas e contradições;

- Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de

informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço

geográfico e as diferentes paisagens;

- Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a

espacialidade dos fenômenos geográficos;

1. Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a socio-diversidade,

reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de

fortalecimento da democracia.

Para a formação de um aluno mais consciente das relações socioespaciais de seu

tempo, a Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa

disciplina, realizando análises dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais,

e políticas.

2 Conteúdos2.1 Conteúdos Estruturantesa) Dimensão econômica da produção do espaçob) Dimensão políticac) Dimensão sócia ambientald) Dinâmica cultural e demográficaSão indicados como conteúdos estruturantes para a educação básica:

- A Dimensão econômica da produção do espaço geográfico envolve os conteúdos

sobre o meio natural e a apropriação deste pelo homem em relação aos espaços

econômicos, quanto ao crescimento das áreas industriais urbanas, comercias e

agropecuárias; Construção, rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e aeroportos; diz

respeito ainda, aos meios de comunicação e da evolução tecnológica.

- A geopolítica refere-se ao estudo de fatos que discutem as inter-relações entre o espaço

e o poder

60

- A Dimensão sócio ambiental diz respeito à interdependência das relações entre

sociedade, componentes físicos, químicos, bióticos, aspectos econômicos, sociais e

culturais relacionados à proteção, recuperação e conservação, envolvendo as questões

de pobreza, da fome, do preconceito e das diferenças culturais.

- A Dinâmica cultural e demográfica aborda os conteúdos que envolvem as

manifestações culturais, aspectos demográficos. Migrações e constituições de países,

área rural e urbana, conflitos urbanos e conflitos sociais.

Dentre os conteúdos estruturantes deve ser trabalhado no ensino fundamental:

- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;

- acordos e blocos econômicos;

- (re) organização econômica do espaço rural e urbano.

- inter-relações entre o urbano e o rural;

- tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;

- sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;

- a globalização e seus efeitos no espaço geográfico;

- o setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico (comércio, turismo,

energia, entre outros);

1. as relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social

do/no espaço geográfico;

- Formação espacial dos Estados Nacionais.

- a Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e mapa

político do mundo;

- a espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causa e efeitos;

- organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e socioambientais;

- organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre

outros e suas influências na reorganização do espaço geográfico;

- influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;

- movimentos sociais: ONGs, Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST),

Movimento dos Trabalhadores Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos

Trabalhadores sem Teto (MTST), Fórum social Mundial (FSM), sua distribuição e ação na

configuração dos territórios;

- terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e

suas influências na reorganização do espaço geográfico

- as eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;

61

- rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações antrópicas e

desafios para a sustentabilidade;

- ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;

- classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças

climáticas;

- sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação

socioambiental;

- circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço

geográfico (indústria, habitação, saúde, entre outros);

- distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos da

chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; e

- os movimentos da Terra no Universo e suas influencias para organizar o espaço

geográfico.

- êxodo rural e sua influencia na configuração espacial urbana e rural;

- história das migrações mundiais e sua influencia sobre a formação cultural,

distribuição espacial e configuração de países;

- formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos; e

- consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas

manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico.

De forma contínua se constituem em conteúdos específicos para o ensino médio:

- modos de produção e formações socioespaciais;

- industrialização clássica, periférica e planejada;

- revolução técnico-centífica-informacional e novo arranjo do espaço da produção;

- oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

- internacionalização do capital e sistemas financeiros;

- formação de blocos econômicos regionais;

- urbanização e hierarquia das cidades; megalópoles, metrópoles, cidades grandes,

médias e pequenas;

- novas tecnologias e alterações nos espaços urbanos e rurais;

- reestruturação do Segundo Mundo e economias de transição;

- industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais.

A geopolítica refere-se ao estudo de fatos que discutem as inter-relações entre o

espaço e o poder.

Constituem-se em conteúdos para esse nível de ensino:

62

- a nova ordem mundial do início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual

oposição norte-sul;

- fim do Estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

- os atuais conceitos de Está-Nação, país, fronteira e território;

- regionalização do espaço mundial;

- os novos papéis das organizações internacionais;

- redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,

políticos, econômicos, entre outros;

- movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

- conflitos rurais e estrutura fundiária;

- questões territoriais indígenas;

- territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre outros.

- dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;

- o meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta;

- atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas

geográficas;

- recursos naturais, conservacionismo (uso sustentável de bens naturais) e

preservacionismo (áreas protegidas);

- patrimônios culturais e ecológicos;

- crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos;

- produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar,

o clima;

- problemas ambientais dos grandes centros urbanos;

- ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;

- biotecnologia e impactos ambientais.

- crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;

- teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;

- composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;

- relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica

do país, da região, do lugar;

- população urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;

- diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano

e rural;

- diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;

- nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;

63

- movimentos migratórios e suas implicações, econômico-culturais e

socioespaciais; e aspectos culturais das identidades regionais.

3 Metodologia da disciplina

Para a compreensão da totalidade do espaço torna-se necessário compreender a

territorialidade que implica em localização, orientação e representação dos dados sócio-

econômicos e naturais. Cabe a esta disciplina iniciar o aluno num método sistemático de

análise do espaço construído historicamente, através do domínio do raciocínio geográfico

permitindo que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da geografia e

compreendem o processo de produção e transformação do espaço geográfico. O

processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento

geográfico deve considerar o conhecimento científico no sentido de superar o senso

comum.

Para isso, alguns critérios devem ser levados em consideração, tais como:

A internalização de conceitos que sejam pré-requisitos para a compreensão dos

elementos que caracterizam a organização espacial.

A articulação com o espaço vivido pelo aluno, bem como a abordagem cultural do

espaço geográfico, as manifestações culturais como a história e a cultura afro, história do

Paraná, meio ambiente e história e cultura dos povos indígenas.

A relação com o processo de formação espacial, no sentido de perceber as

transformações sociais ocorridas e suas importâncias na caracterização atual do espaço

geográfico.

A compreensão da natureza em sua dinâmica própria no sentido de perceber as

articulações entre os elementos que compõe, dentro de uma perspectiva ecológica.

Preocupação com a relação Natureza/Homem, entendendo os elementos que

compõe o meio natural como necessário ao trabalho humano, que possibilitem ao aluno a

compreensão sócio-histórica das relações sócio-espaciais e sócio-ambientais e os

desafios educacionais contemporâneos.

A compreensão da vida em sociedade evitando a divisão prematura das relações

Sociedade/Espaço/Tempo.

A integração dos diferentes campos de conhecimento é importante para que

o estudante conheça seu papel no interior da sociedade e do mundo em que vive, levando

ao entendimento do ambiente pelos aspectos sociais, econômicos, envolvendo as

64

questões socioambientais, as questões da pobreza, fome, preconceito materializado no

espaço geográfico.

Desenvolvimento de atividades relevantes que trabalhem as questões de

sexualidade, violência, uso de drogas, educação ambiental e educação fiscal.

Os jornais, as fotografias, revistas fontes de orientação da opinião pública, são

fundamentais para a seleção de temas e problemas a serem estudados, mesmo que não

concordemos com as respectivas análises. Através do uso do computador e a internet,

cartas cartográficas, mapas, produções cartográficas, fotografias de satélites,

representações gráficas, professor e aluno desenvolverão os conteúdos programados

ampliando as informações, formando sua própria crítica, embasados pelos conhecimentos

da geografia, considerando-os na pluralidade de relações que se apresentam na

composição étnica, na miscigenação, na História da Cultura Afro e Afro brasileira e dos

povos indígenas no Brasil e no mundo( Leis nº10.639/03 e nº 11.645/08), bem como a

Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ), assim como as questões político-econômicas.

O acesso às diferentes linguagens e aos diferentes documentos pode ajudar os

jovens a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para

que atuem de forma comprometida com as necessidades, os interesses individuais e seu

grupo social.

Os procedimentos metodológicos visam propiciar ao educando um ambiente de

ensino aprendizagem contínua e permanente através de recursos e materiais diversos

explorando a leitura de textos; aulas expositivas e dialogadas; atividades em grupos;

excursões a ambientes afins; visitas; seminários; painéis com resultados de pesquisas;

maquetes; dramatizações; uso da internet, laboratório de informática, jornais, recursos

áudios-visuais, como ilustrações, filmes, TV pen drive, data show etc.

4 Avaliação

A avaliação deve ser contínua e baseada na evolução dos educandos quanto à

consciência crítica do conteúdo ensinado. Portanto, os debates, relatórios devem ser

utilizados como instrumentos de avaliação para apreender o progresso do educando. A

partir do estímulo a discussão, participação, escrita e apresentação pode-se perceber o

quanto o aluno aprendeu sobre o conteúdo. Dessa forma passa a ter caráter diagnóstica e

formativa (permanente e contínua), como meio de obter informações necessárias sobre o

65

desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e

dos processos de aprendizagem.

A diversificação dos instrumentos avaliativos serão os seguintes:

interpretação e produção de textos de Geografia

interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.

Pesquisas bibliográficas;

apresentação e discussão de temas em seminários;

construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre

outro.

A avaliação tem caráter formativo e pressupõe tomada de decisão, onde aluno

toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as

mudanças necessárias. Que deve servir para acompanhar a aprendizagem dos alunos e

também o trabalho pedagógico do professor. É imprescindível que seja contínua e que

priorize a qualidade do processo de aprendizagem acompanhando o desempenho do

aluno ao longo do ano letivo. O professor deve procurar caminhos para que todos os

alunos aprendam e participem mais das aulas envolvendo-se realmente no processo

ensino-aprendizagem.

Em Geografia, os critérios a serem avaliados são: a formação dos conceitos

geográficos básicos e entendimento das relações sócio-espaciais, que contemplem a

compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas, estabelecendo articulação

entre a teoria e a prática.

Assumindo a avaliação como formativa, o professor deve registrar de maneira

organizada todos os momentos do processo ensino-aprendizagem, de modo que esses

registros atendam as necessidades exigidas pelo sistema de notas. O valor das

avaliações é de zero a dez. O resultado numérico da avaliação será a média aritmética

das diferentes avaliações.

A recuperação paralela abordada como elemento indispensável para a retomada do

processo como ação pedagógica. Ela deve ser abrangente e continuada devendo ser

planejada permanentemente dentro do processo.

5Referencias

FANTIN, Maria Eneide. Metodologia do ensino da geografia. Curitiba: Ibpex, 2005.

66

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia. Curitiba:

SEED, 2007.

2.9 HISTÓRIA – Ensino Fundamental e Médio

1 Apresentação da disciplina

“O que mais custa a um homem saber, de maneira clara, é a sua própria vida, tal como está feita  por tradição e rotina de atos inconscientes. Para vencer  a tradição e a rotina, o melhor procedimento prático não se encontra nas idéias e conhecimentos exteriores e distantes, mas no questionamento da tradição por aqueles que se conformam com ela , no questionamento da  rotina em que vivem...” (Freire, 1980:35).

Tendo como OBJETO de estudo as ações e relações humanas no tempo, “o

importante não é tanto relatar fatos passados ou enumerar acontecimentos que podem

ser localizados geograficamente e datados cronologicamente, mas sim, mostrar que em

67

cada momento os homens estão produzindo uma realidade cultural.” ( Neidson

Rodrigues).

Entende-se como sujeitos históricos indivíduos, grupos classes sociais,

participantes de acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas na

busca pela transformação ou continuidade de suas relações, valoriza-se o indivíduo ou os

grupos anônimos, enquanto protagonistas da construção de suas histórias, e não meras

sombras heróicas dos grandes personagens.

A partir daí, a disciplina de História não pode e não deve reduzir-se somente a

informações sobre o passado, mas:

1- levar os educandos a perceberem a concepção de mundo, a visão de

realidade que imperava nas diversas épocas:

2- fazer com que percebam que foram e são as condições da época que

permitiram e permitem determinadas ações;

3- fazer com que entendam que as relações de trabalho, as relações de poder

e as relações culturais, são responsáveis por impulsionar uma determinada época na

busca de alternativas;

4- que possam compreender as consequências dos fatos históricos em termos

do desdobramento do conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir

destas ações;

5- que se identifiquem como protagonistas da História e possam analisar a

época em que vivem, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa visão de

evolução econômica, política, social e cultural da humanidade;

6- que exponham suas idéias de forma clara e compreensível nas relações

sociais as quais pertencem;

7- que os educandos possam aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade

brasileira, a fim de melhor interpretá-la, e nela atuar, superando preconceitos e

estereótipos;

Como apontam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, “ Sendo a História

uma ciência social que estuda as relações que os homens estabelecem entre si, através

dos tempos para construir ou transformar um espaço político, econômico e sociocultural,”

é fundamental a permanência de tal disciplina em nossas escolas de ensino regular. A

Disciplina de História, torna-se instrumento fundamental para os estudantes, visto que,

além de questionar as visões tradicionais da História, busca entender a realidade do

mundo atual e, também os incentiva a tornarem-se cidadãos ativos nas suas

comunidades.

68

Um dos desafios a ser enfrentado no ensino de história, atualmente, é o resgate

dos valores humanísticos, principalmente num momento em que o consumismo, o

imediatismo e o “presentismo” têm marcado as relações sociais.

Como atualmente a maioria dos educandos têm mais idéias e percepções sobre o

mundo atual, cabe ao professor de História aproveitar essas características para

aprofundar sua capacidade de refletir sobre as mudanças e permanências nos temas e

sociedades em estudo. Desenvolvendo essa capacidade de comparar e a habilidade de

opinar sobre determinado assunto, estaremos contribuindo decisivamente para o incentivo

à participação destes na vida política, social cultural e econômica de suas comunidades.

Assim agindo, o educador estará valorizando o estudo sobre as variedades das

experiências humanas e realmente tornando útil a aprendizagem de tais conteúdos

históricos.

Sendo a História uma experiência humana; um constante construir, desconstruir e

reconstruir, acreditamos que essa área do conhecimento está em permanente construção.

Estando esta em permanente construção/reconstrução é fundamental que aborde os

desafios Contemporâneos assim como a diversidade cultural, e a memória Paranaense

através do ensino da História do Paraná (Lei – 13.381/01), Cultura Afro-Brasileira e

Africana (Lei 10.639/03), História e Cultura Indígena (Lei 11.645/08), assim como trate de

questões pertinentes ao Meio Ambiente (Lei 9.795/99), Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, entre outros temas.

Se faz necessário salientar que tais temas tem como objetivo no Ensino

Fundamental desenvolverem a percepção de sujeitos históricos assim como a formação

de consciência de preservação ambiental, defesa dos direitos humanos, prevenção ao

uso indevido de drogas e violência na escola, respeito e valorização das diferentes

culturas e preservação do conhecimento da História Local. No Ensino Médio,tais temas

serão abordados com o objetivo de formação e conscientização social, cultural, política e

histórica assim como prevenção e, em alguns momentos,intervenção as questões

salientadas como uso indevido de drogas, violência na escola, preservação ambiental.

Tais temas estarão presentes de uma forma ou outra em todas as aulas como, por

exemplo, “A Revolução Industrial”, aonde será tratado as consequências para o Meio

Ambiente, ou a “Guerra do Ópio”, quando será levantada a questão drogas e sua relação

com o processo econômico e criminal contra seres humanos. A importância de tais temas

deixa clara sua importância para o enfrentamento de nossa realidade e dessa maneira a

Disciplina de História tratará desses com respeito a sua tenha relevância de maneiras

diversas, sendo no cotidiano de suas aulas ou em momentos particulares.

69

A partir desses estudos deve questionar as verdades prontas e definidas,

analisando a História não como um ponto de vista, mas baseada nas diferentes fontes,

possibilitando aos estudantes uma formação e consciência cidadã.

Dessa forma, ensinar História hoje, pressupõe uma aproximação com a história do

aluno, com o objetivo de resgatar a sua experiência individual e coletiva, porém como nos

lembra a Prof. Dra. Maria Auxiliadora Schimdt, “ é importante observar que uma realidade

local não contém, em si mesma as chaves de sua própria explicação”. Dessa maneira,

muito mais que passar mera informação, a função do ensino de história é também fazer

com que os educandos e educadores, a partir do diálogo entre passado e presente,

possam criar possibilidades de intervir e participar na realidade do meio em que vivem.

Esta consciência cidadã, aliada às potencialidades formativas das metodologias da

educação histórica, torna manifesta a importância essencial da disciplina de História nos

currículos escolares, como o reconheceu a Conferência Permanente dos Ministros

Europeus da Educação, reunida na Noruega em 1997. As conclusões da Conferência,

subscritas pelo governo português, consideram que:

“O ensino da História pode e deve ter uma importante contribuição para a

educação em geral e, em particular a educação de uma cidadania democrática permitindo

aos jovens e adultos aprenderam acerca de sua herança histórica, bem como a de outras

pessoas e nações, adquirirem e praticarem técnicas fundamentais, tais como a

capacidade de pensarem por eles mesmos, a capacidade para tratarem e analisarem de

forma crítica diferentes formas de informação e a capacidade de não se deixarem

influenciar por informação preconceituosas e por julgamentos irracionais; assim como,

desenvolverem atitudes básicas tais como a honestidade intelectual e rigor, em

julgamento independente, uma abertura de espírito, a curiosidade, a coragem civil e a

tolerância.”

Mas que uma disciplina que repasse mero conhecimento sobre fatos passados, a

disciplina de História vai muito além de suas especificidades didáticas, é formadora de

consciência humana e a cada momento reafirma seu papel primordial como formadora da

cidadania democrática.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

São saberes, conhecimentos elaborados conjuntamente para compreensão do

objeto a ser estudado.

70

Na disciplina em questões, os conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental

voltam seu olhar para as dimensões da vida humana dando enfoques significativos para o

conhecimento da História. Portanto:

No Ensino Fundamental temos:

a) A dimensão política – envolve o enfoque do poder estatal, micropoderes como

família, escola, igreja, indústria e suas representações sociais ou coletivas; a memória e a

cultura; a hegemonia, as representações,demonstrando a produção do conhecimento;

b) Dimensão econômica – social- diz respeito aos ciclos econômicos sob a ótica da

antropologia possibilitando superar a abordagem economicista reducionista que marcou o

ensino da história;

c) Dimensão cultural – discute o conceito de cultura em diferentes tempos e sua

contribuição.

As dimensões citadas são articuladas, no Ensino Fundamental, séries finais

respectivamente, nos seguintes conteúdos:

2.1 Conteúdos básicos

Os conteúdos Básicos estão estruturados da seguinte forma:

As experiências humanas no tempo, destacando os sujeitos e suas relações

como o outro, contextualizando as culturas locais e comum, com as relações de

propriedade=campo/cidade, dando ênfase aos conflitos e resistências;

No contexto econômico, destaca-se a História das relações da humanidade

com o trabalho, a vida em sociedade, as contradições da modernidade, ressaltando a

busca e conquistas dos direitos;

pretende-se no contexto cultural desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências e recorrências) abordando através do estudo da Constituição das

Instituições Sociais, a formação do estado, sujeitos, guerras e revoluções.

Ao desenvolvermos os conteúdos, introduziremos os Desafios Educacionais

Contemporâneos, citando-os e contextualizando-os. Dentro dos conteúdos, esses temas

são abordados concomitantemente, devido a estarem relacionados com o contexto

histórico. Pois esses temas são trabalhados dentro do conteúdo e não de forma estanque

e compartimentada.

Os assuntos locais e regionais deverão ser trabalhados através de pesquisas,

debates atendendo a necessidade de suprir a ausência de tais conteúdos no livro didático

como valorização dos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade.

71

O uso do livro didático, no Ensino Fundamental é importante do ponto de vista

informativo permitindo ao aluno uma leitura global. A explicação do professor deve

complementar o lido.

Para o Ensino Médio a metodologia deve articular o teórico de forma

problematizadora procurando focalizar o acontecimento e os envolvidos; delimitar o tema

histórico e o momento que se pretende discutir.

A problematização em relação ao passado deve ser seguida de explicação e

argumentação para a formação do conceito histórico.

O uso de textos, filmes de época, documentos, imagens (fotos, quadros,pinturas),

músicas devem ser utilizadas para retratar temas como os que envolvem movimentos

femininos, movimentos sociais.

As aulas expositivas dialogadas deverão permear os trabalhos de pesquisa, os

debates e os registros, possibilitando ao aluno condições de elaborar conceitos que

permitam pensar historicamente, e a superação da ideia de História como verdade

absoluta.

3 Metodologia da disciplina

A história trabalhada para construir a consciência histórica deve partir do

entendimento de que o conhecimento histórico é uma aplicação do passado que pode ser

alterada ao longo do tempo, através de vários recortes temporais.

A valorização dos registros, de documentos, bibliografias, fotografias entre outros,

deve ser trabalhado pelo professor visto que são fontes de pesquisa que remetem a aluno

ao tempo e espaço específico, destacando diferentes conceitos de documentos.

O uso do livro didático ocorrerá, porém, não deverá ser a única fonte de informação

para que possam ter diferentes interpretações de um mesmo acontecimento.

As revistas são fontes importantes e serão usadas para ampliar o conhecimento e

enriquecer os debates.

Os assuntos locais e regionais deverão ser trabalhados através de pesquisas,

debates atendendo a necessidade de suprir a ausência de tais conteúdos no livro

didático, assim como valorização dos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de

diversidade.

O uso do livro didático, no Ensino Fundamental é importante do ponto de vista

informativo permitindo ao aluno uma leitura global. A explicação do professor deve

complementar o lido.

72

Para o Ensino Médio a metodologia deve articular o teórico de forma

problematizadora procurando focalizar o acontecimento e os envolvidos; delimitar o tema

histórico e o momento que se pretende discutir.

A problematização em relação ao passado deve ser seguida de explicação e

argumentação para a formação do conceito histórico.

O uso de textos, filmes de época, documentos, imagens ( fotos, quadros, pinturas),

músicas devem ser utilizadas para retratar temas como os que envolvem movimentos

femininos, movimentos sociais.

As aulas expositivas dialogadas deverão permear os trabalhos de pesquisa, os

debates e os registros, possibilitando ao aluno condições de elaborar conceitos que

permitam pensar historicamente, e a superação da ideia de História como verdade

absoluta.

4 Avaliação

A avaliação segue o exposto no Projeto Político do Colégio e deverá envolver o

processo formativo e processual visando o crescimento cultural do aluno, sempre com o

intuito de diagnosticar falhas no processo de ensino, assim como possibilitar a superação

dos mesmos.

Sendo assim, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, para diminuir as

desigualdades sociais e para colaborar na construção de uma sociedade mais justa,

atendendo ao real compromisso da escola pública.

De forma específica, os alunos, serão avaliados segundo critérios que vão desde a

participação em sala de aula até a demonstração de conhecimento. Para tanto os critérios

a serem observados na avaliação dos alunos ao longo do processo de ensino são:

-a apropriação de conceitos históricos e conteúdos;

-a compreensão das dimensões históricas, sociais, econômicas e culturais;

-a interpretação e capacidade de argumentação;

-se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes

dimensões e contextos históricos propostos para o nível de ensino em questão;

-se compreendem a História como prática social, da qual participam como sujeitos

de seu tempo;

-se explicitam o respeito a diversidade étnico-social, religiosa, social e econômica a

partir do conhecimento dos processos históricos;

73

-se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no método

de problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais o pesquisador

produz a narrativa histórica.

O registro, as pesquisas, os debates, as provas farão parte do processo avaliativo,

levando em consideração o ritmo e o processo de aprendizagem de cada envolvido.

A recuperação paralela será contemplada a todos os alunos, sendo ela na forma de

nota e conteúdo.

5 Referências

Paraná. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: Diretrizes Curriculares de História. Curitiba: SEED,2006,

Rodrigues, J. E. História em Documento: Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002.

Ensino Fundamental.

História- Curitiba: SEED/PR, 2006. Ensino Médio.

Periódicos:Brasil um País de Todos – Governo Federal;

Aprende Brasil – Curitiba: Editora Positivo: 2006 – 2007;

Época na Escola – São Paulo: Globo 2006-2007;

Sala de Aula – São Paulo: Abril;

Carta na Escola – São Paulo: Aner.

http://www.rarearts.ws/crossilinks.php?crossilinks=3

http://www.nationalgeographic.pt/revista

http://www.educaterra.terra.com.br.

2.10 LÍNGUA PORTUGUESA - Ensino Fundamental e Médio

1 Apresentação geral da disciplina

De acordo com o que explicitam as DCEs de Língua Portuguesa “é nos processos

educativos e, notadamente, nas aulas de Português, (língua materna) que o estudante

brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística de

maneira que se possa garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade “(DCEs,2008,p

38.).

Com esse propósito, o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nova Visão

- EFM, na sua página 105, explica que o processo de ensino em Língua Portuguesa,

permite ao aluno observar, perceber, descobrir, refletir sobre o mundo que o cerca e

74

interagir com seu semelhante em situações que o levem a perceber o alcance e a

possibilidade da linguagem.

Para tanto, é mister que o professor de Língua Portuguesa promova,

primeiramente, ações que possibilitem ao aluno conhecer a história do idioma oficial do

Brasil, a Língua Portuguesa.Conforme as DCEs do PR, no Período Colonial Brasileiro, a

linguagem mais utilizada era o Tupi. O Português era a língua da burocracia, dos

documentos legais, das transações comerciais (ILARI, 2007,s/d.). Nesse período,

praticava-se o bilinguismo (Tupi /Português). Isto ocorreu por muito tempo.

Já, a partir do século XVIII, quando houve a descoberta das riquezas minerais no

solo brasileiro, passou a interessar aos portugueses, os quais passaram a exigir a

unificação da Língua Portuguesa.

Foi então, em 1758 que um decreto do Marquês de Pombal tornou oficial a Língua

Portuguesa, cuja hegemonia concretizou-se “a ferro e fogo”.

Com essa medida Pombalina, objetivou-se ainda, a modernização do Sistema

Educacional Brasileiro, o qual passou por mudanças estruturais. A partir desse momento

histórico, além da leitura e da escrita, passou-se a ensinar Letras, Filosofia e Teologia,

afirma MOLL (2006).

A partir de 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto literário que incidia

sobre a carne, o vinho, a cachaça, cujos recursos obtidos eram direcionados à

manutenção do ensino primário e secundário.

Explicam ainda, as DCEs, que, com a chegada da Corte no Rio de Janeiro, foram

instaladas as primeiras instituições de Ensino Superior no Brasil, as quais eram

faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia. Essas

instituições de ensino privilegiavam as camadas superiores da sociedade, europeizando e

produzindo uma educação que visava à manutenção do status. As classes populares, que

precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a Língua Portuguesa

continuaram negligenciadas.

Somente nas últimas décadas do século XIX, essa disciplina passou a integrar os

currículos escolares brasileiros, mesmo assim, nos moldes do ensino do Latim, de modo

centrado na gramática e, por isso,muito fragmentada e retórica.

Com a proclamação da República, somada à preocupação de satisfazer as

demandas da industrialização, a educação adquiriu características utilitárias, pois a

formação educacional abriu-se para as camadas mais populares, havendo então uma

preocupação em oferecer uma “boa” aprendizagem do Português.

Todavia, havia a priorização da gramática.

75

Somente em 1922, os modernistas passaram a defender e privilegiar o “falar”

brasileiro. Até meados do século XX, o saber escrever e falar o Português era privilégio

das elites.

A partir da década de 1970, iniciou-se a expansão da escolarização, no Brasil. Com

o regime de Ditadura Militar imperando, o ensino de Língua Portuguesa passou a ser

tecnicista.

Com o fim da Ditadura, fortaleceu-se a pedagogia histórico-crítica, a qual passou a

ver a educação como mediação da prática social, a qual, de acordo com Saviani,

(2007),põe-se como ponto de partida e ponto de chegada da prática educativa. Desde

então muitas foram as mudanças e, de acordo com Bakhtin, a língua se constitui um

processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos

locutores.

Em 1984, Geraldi torna-se um marco, juntamente com Faraco, Possenti, Brito, os

quais passaram a motivar os professores a repensarem o ensino da língua materna, na

sala de aula, focando-se agora, na leitura e na produção de texto, buscando romper com

o ensino tradicionalista.

No final da década de 90,os PCNs também fundamentaram o ensino da Língua

Portuguesa na concepção interacionista, levando à reflexão acerca da linguagem oral e

escrita, seguindo a linha de pensamento de Bakhtin,o qual destaca a importância dos

diferentes gêneros discursivos para uma prática pedagógica eficiente.

As DCEs propõem que o ensino de Língua Portuguesa precisa ser visto a partir dos

pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito,visto que essas

teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, dialogando com

o texto e confrontando-se também com as diferentes visões de mundo que a leitura

possibilita.

As DCEs esclarecem que o saber prévio dos alunos é fundamental ,pois aquele

que lê ,amplia o universo da obra a partir de sua experiência. Quanto á análise linguística,

dizem as DCEs, que ela inclui tanto o trabalho sobre as questões tradicionais de

gramática, quanto questões amplas a propósito do texto, entre as quais, a coesão,a

coerência, a adequação do texto aos objetivos pretendidos, bem como a análise dos

recursos expressivos utilizados e informações contidas no texto.

A prática da análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a

organização do texto escrito ou falado, um trabalho pelo qual o aluno percebe o texto

como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista o seu

interlocutor.

76

Sob esse ponto de vista, o estudo da Língua Portuguesa extrapola o tradicional

horizonte da palavra e da frase, para verificar todos os possíveis recursos da língua.

Por essa ótica, percebe-se que na língua portuguesa, o conteúdo estruturante está

relacionado ao discurso como prática social, sendo dessa forma, um modo diferente e

mais coerente de entender o contexto social onde está inserido.

Com base no que foi exposto anteriormente, justifica-se o estudo de Língua

Portuguesa, como requisito essencial neste século, amplamente identificado na mídia

como o “Século do Letramento”, onde a competitividade é tão intensa, que parece ser um

dos piores meios de exclusão de todos os tempos.

O maior desafio para os professores de Língua Portuguesa, sem sombra de

dúvida, é fazer com que os alunos aprendam a gostar de ler fluentemente, a compreender

os diferentes gêneros discursivos, utilizando-se dessas competências para conquistar

seus sonhos com dignidade, pelo conhecimento, que é um verdadeiro tesouro para

aqueles que o detêm e atuam nele embasados para a construção de um mundo mais

fraterno, mais justo, onde as diferenças sirvam para aprender mais e não para que se viva

em clima beligerante.

Compete á escola oportunizar os meios que conduzam os alunos aos objetivos

esperados.

Tendo em vista que as relações lingüísticas não são uniformes e possuem um

grande poder simbólico nelas acumulado pelos protagonistas (no caso, os alunos) torna-

se objetivo geral do ensino de Língua Portuguesa:

a) Superar a prática que exige apenas no domínio do código restrito;

b) Oportunizar aos alunos o saber necessário para utilizar a Língua em situações

subjetivas e objetivas que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre contextos

diferentes, interlocutores heterogêneos;

c) Desenvolver uma verdadeira competência comunicativa, vista pelo prisma da

referência do valor social e simbólico da atividade lingüística e dos inúmeros discursos

concorrentes.

A partir da década de 70 do século XX, multiplicarem-se os estudos sobre o

discurso oral e escrito, os quais fundamentavam novas concepções de linguagem, entre

elas, a sócio-interacionista proposta pelas DCEs, que exigem uma prática pedagógica

mais reflexiva.

Assim sendo, objetiva-se também:

a) Oportunizar ao aluno situações de diálogo e reflexão que conduzam à

compreensão de que o processo de produção da fala é próprio de cada individuo ou

77

grupo, enquanto os da escrita envolvem relações entre escritor, leitor e documento sendo

por isso, muito mais complexo;

b) Comprovar que a oralidade e escrita se constituem atividades de caráter social

e interacional, efetivadas entre sujeitos determinados, em situações concretas de

realização proporcionando reflexão acerca dos processos de construção de cada uma

dessas modalidades.

c) Oportunizar atividades diversas para a compreensão do vinculo necessário

entre o êxito no desempenho linguístico e o conhecimento de regras, como recursos

indispensáveis para dominar o uso da língua padrão adquirindo controle e segurança de

uso da língua materna nas mais variadas situações do cotidiano, tanto na sua forma oral

quanto escrita, priorizando-se as atividades de leitura como recurso indispensável para

se chegar a qualquer tipo de conhecimento, informação e formação geral do indivíduo e

da coletividade.

2 Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina

2.1 Conteúdos estruturantes

O Conteúdo estruturante é o conjunto de saberes e conhecimentos de grande

dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar e serão o pilar dos

conteúdos a serem trabalhados no dia-a-dia da sala de aula.

O Conteúdo estruturante da disciplina que atende a sua perspectiva é o

discurso como prática social. O discurso é toda a atividade comunicativa entre

interlocutores.

A língua será trabalhada na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que

é a dimensão dada pelo conteúdo estruturante. O trabalho com a disciplina vai considerar

os gêneros discursivos, a forma, a composição, o estilo dos enunciados, seja nas práticas

da oralidade, da leitura ou da escrita e análise lingüística, levando em conta o contexto e

a que pública o texto é dirigido, superando a concepção de que o conhecimento é algo

fragmentado, mera informação e promovendo a construção conceitual que auxiliará na

formação e ação dos alunos nas vivencias cotidianas, concordando com Koch (2002).

Koch, (2002) explica: “(...) à concepção de língua como representação do

pensamento corresponde a de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade; (...) à

concepção de língua como estrutura por seu turno, corresponde a de sujeito determinado,

assujeitado pelo sistema; (...) finalmente, a concepção de língua como lugar de interação,

78

corresponde à noção de sujeito como entidade psicossocial, sublinhando-se o caráter

ativo dos sujeitos na produção mesma do social e da interação (...)”.

Em decorrência e concordância com a concepção de língua como prática que se

efetiva nas diferentes instâncias sociais, afim de bem desenvolver a competência

discursiva do aluno, para que este se utilize da língua de maneira proficiente, nas

diferentes situações comunicativas do cotidiano, o texto é, sem dúvida, a unidade básica

do ensino a ser priorizada, e entendo-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e

conteúdos estruturante, portanto, é discurso como prática social.

Assim sendo, serão trabalhados os conteúdos básicos da Língua Portuguesa de 5ª

a 8ª série e Ensino Fundamental com base em textos selecionados de acordo com a série

e conteúdos pretendidos.

O primeiro e contínuo conteúdo será a leitura, a qual supõe propostas ou projetos

com os diferentes tipos de textos que possam favorecer conteúdos conceituais (saber);

procedimentos (saber fazer) e atitudinais e construção de valores.

Ao selecionar os textos faremos de modo a apresentar aos alunos o maior número

de tipologia de textos que permeiam o cotidiano.

Nesses textos buscar-se-à trabalhar primeiramente a compreensão do texto; a

identificação da idéia ou intenção principal e a reflexão sobre o texto (tema principal,

informação secundárias, partes do texto e sua coesão, significados e diferentes

interpretações) e outros aspectos relevantes que forem surgindo durante a leitura.

Todos os aspectos citados acima serão discutidos a priori, na oralidade,

respeitando-se a vez para falar, o saber ouvir, respeitar a opinião do outro, o consenso.

Realizar-se-á uma análise do texto bastante ampla, previamente elaborada pelo

professor, porém conduzida em sutileza, abordando questões de: organização e tipologia

de texto; tipo de linguagem utilizada; questões de semântica, fonética, morfologia, sintaxe

relevante no texto, bem como ortografia, pontuação e acentuação, de acordo com a série.

Nas séries do Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª séries a preocupação maior centrar-

se-à na ortografia, acentuação, pontuação, classes gramaticais (concordância verbal e

nominal), emprego correto dos artigos, pronomes, verbos... Formação de palavras,

sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos, sem regras escritas, tudo na prática e na

observação, na pesquisa e relatos.

No Ensino Médio haverá a necessidade de sistematizar e ampliar os conceitos

adquiridos até a 8ª série do Ensino Fundamental.

A produção textual será amplamente praticada e explorada, priorizando-se também

nessa atividade, a diversidade textual.

79

Organizar-se-ão projetos e oficinas dentro dos três eixos nas quais serão seguidos

alguns métodos tais como: planejamento, produção, técnica, avaliação e análise dos

resultados.

Na reestruturação dos textos serão reforçados os conceitos linguisticos gramaticais

e seus papéis na estrutura dos textos.

Conteúdos Básicos-5ª série

GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita,

oralidade e análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos, os gêneros

discursivos conforme suas esferas de circulação, cabendo ao professor fazer a seleção

pertinente, de acordo com o PPP de sua escola de atuação.

LEITURA: Nesta, há que se perceber a relevância: do tema do texto; do

interlocutor; da finalidade do texto; da aceitabilidade pelos alunos; de sua carga

informativa; do tipo de discurso: direto ou indireto; dos elementos textuais; das marcas

linguísticas, tais como: coerência, coesão, funções das classes gramaticais no texto;

pontuação; recursos gráficos: pontuação, acentuação; grifos, aspas, figuras de linguagem

e outros;

ESCRITA: É fundamental registrar o tema do texto; o interlocutor; a finalidade; as

informações contidas no texto; argumentação; discurso direto e indireto; paragrafação; as

marcas linguísticas; pontuação, acentuação, negrito, figuras de linguagem, processo de

formação das palavras;acentuação gráfica;ortografia;concordância verbal e nominal.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: é essencial que o professor planeje muito

bem suas aulas de acordo com os objetivos; selecione criteriosamente os textos, sempre

oferecendo diferentes gêneros textuais; estimule os questionamentos; contextualize os

temas; promova debates, discussões; consensualize; diferencie os estilos de época;

aborde temas e desafios contemporâneos em todas as aulas, promovendo a

interdisciplinaridade; oportunize a socialização dos saberes na leitura e na escrita,

valorizando também a oralidade em relação aos aspectos já descritos em apresentações

de trabalhos; contação de histórias; entrevistas, teatro, outros.

AVALIAÇÃO: Espera-se que os alunos identifiquem o tema ao realizarem a leitura;

compreendam as leituras; localizem informações; posicionem-se diante dos argumentos;

ampliem seu vocabulário para, posteriormente, expressarem-se com clareza ao exporem

suas idéias; saibam elaborar textos de acordo com roteiros; que saibam manter a unidade

80

temática; saibam diferenciar linguagem formal e informal e, principalmente, saibam utilizar

os recursos lingüísticos.

6ª série:

GÊNEROS DISCURSIVOS: À semelhança do que se descreveu para a quinta

série, o professor adotará planejamento rigoroso para abordar na oralidade, na leitura e

na escrita os diferentes gêneros discursivos, sempre com clareza de objetivos, de acordo

com o PPP da escola, com a proposta curricular e com o Plano de trabalho Docente,

ampliando as compreensões, de acordo com a complexidade de cada turma.

É muito importante que o professor propicie práticas de leitura, escrita e oralidade,

considerando os conhecimentos prévios dos alunos, formulando questionamentos

adequados, encaminhando as discussões adequadas, contextualizando os temas,

identificando com os alunos os interlocutores e as intenções do texto, os estilos de época,

analisando atentamente todas as ilustrações por fim,socializando as ideias.Espera-se

desse modo, que os alunos leiam e compreenda as diferentes leituras, destaquem

informações relevantes e secundária, tomem posição,argumentem e expressem

oralmente todos esses aspectos.

Quanto à avaliação, do mesmo modo, espera-se que os educandos expressem

suas idéias claramente, elaborem textos orais e escritos; diferenciem linguagem formal e

informal; compreendam e expressem os argumentos; usem os sinais de pontuação na

escrita e utilizem a entonação adequada na oralidade e na leitura; explane oral e por

escrito sobre o que leu e, saiba esperar sua vez de falar sempre respeitando a idéia do

outro, mesmo não concordando.

7ª série:

Da mesma forma que nas séries anteriores, para o trabalho das práticas de leitura,

escrita e oralidade, bem como da análise linguística, serão adotados como conteúdos

básicos, os gêneros discursivos de acordo com as esferas sociais de circulação, cabendo

ao professor, selecionar os gêneros em conformidade com o PPP da escola, Plano de

Trabalho Docente e Matriz Curricular da série.

LEITURA: É papel do professor, oportunizar leituras dos diferentes gêneros

discursivos, sempre considerando os conhecimentos prévios dos alunos, formulando

questionamentos que levem à reflexão e mudança de atitude de acordo com o que se

aprendeu com a leitura. Para tanto se faz indispensável a promoção de discussões e

81

consenso geral na turma sobre os temas questionados;vale ressaltar aqui a importância

de se analisar textos verbais e não verbais,tais como fotos,imagens,gráficos e outros;é

também papel do professor instigar a curiosidade de seus alunos,para que eles

descubram o prazer das descobertas.

É de igual relevância, estimular o aluno a escrever sempre utilizando roteiros,

melhorando o vocabulário, a ortografia, a estética e outros aspectos.

Na análise linguística, há que se considerar o papel sintático dos pronomes, das

questões de semântica, sintaxe; figuras de linguagem sentido conotativo e denotativo;

tempos e modos verbais; concordância verbal e nominal, noções de morfologia, sintaxe,

regência concordância e organização das ideias, ortografia - acentuação-pontuação, nos

textos orais e escritos.

8ª série:

Nesta série aprofundam-se os conteúdos das séries anteriores, exigindo-se agora,

do aluno, maior capacidade de abstração, de leituras independentes, de uso de recursos

para apresentação de trabalhos, capacidade de decisão, entre outras. Nesse período da

vida escolar, ocorre, sendo essa idade muito arguta, de muita comparação, de um

sentimento de adulto, embora ainda demore a se chegar “vida cada vez mais

compromissada de cada uma”, de maior entendimento por parte dos alunos.

A avaliação segue os moldes anteriores sempre se observando o processo

evolutivo dos alunos. Ressalta-se aqui que avaliar é um processo complexo que envolve o

desempenho do aluno, mas também do professor.

Quanto aos desafios contemporâneos, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, EDUCAÇÃO

FISCAL, COMBATE E PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS, SEXUALIDADE,

VIOLÊNCIA, entre outros, serão abordados continuamente, sempre que possam ser ou

estar inseridos nos textos selecionados pelo professor, bem como em todas as

oportunidades de acordo com as abordagens da mídia e também quando os alunos

lançarem questionamentos. Por esse motivo, todos os planos de ações docentes são

flexíveis e passíveis de mudanças. Serão registrados esses temas, no caderno, em

relatórios, painéis, cartazes e similares, devidamente descritos no livro de registro do

professor.

Ensino MédioO Ensino Médio tem como conteúdo estruturante o discurso como prática social

envolvendo conteúdos básicos gêneros discursivos: leitura, escrita e oralidade.

Os conteúdos envolvidos são:

82

LEITURAConteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade;

Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas

linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas

conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; entido

conotativo e denotativo.

ESCRITAConteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade;

Informatividade; situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais

do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto; Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de

linguagem; Marcas liguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc;

Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.

ORALIDADEConteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto;

Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,

expressões faciais, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3 Metodologia da disciplina

Considerando-se que a sala de aula é o espaço por excelência do domínio

discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, propõe-se um trabalho intenso com os

múltiplos gêneros discursivos, produzidos, lidos e ouvidos, ou seja, veiculados pelos mais

diversos recursos tecnológicos no cotidiano, os quais sempre procuram responder às

exigências de cada época, principalmente deste século, no qual a ciência e a tecnologia

83

apresentam novos recursos todos os dias e, nas escolas já existe à disposição: vídeo, TV,

Laboratório de Informática, Pendrive, Multimídia entre outros.

Desse modo, viabilizar-se-á o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam

socialmente, tais como: coleta de materiais em jornais, revistas e outros impressos,

internet, vídeos, músicas e outros, auxiliando-o a produzi-los, a interpretá-los por meio de

leituras atentas, de modo sistemático.

Nessas leituras, o aluno precisará descobrir as intenções dos diferentes tipos de

textos tais como: informar, convencer, seduzir, entender, criticar e tantas outras, bem

como as diferentes situações comunicativas (familiar ou pública) onde foram produzidos,

pois, são estas que irão determinar os tipos de linguagem (formal, técnica, coloquial,

informal, íntima, pessoa, etc.). O aluno deverá perceber ainda as diferentes formas

estruturais dos textos (poemas, contos, relatos, manuais, cartas, etc.) e os diferentes

recursos linguisticos em cada texto.

A prática da leitura será intensa, pois, para aprender a ler, é preciso interagir com a

diversidade de textos escritos, os quais abordarão Educação Fiscal, Educação Ambiental,

Saúde, Sexualidade, Educação no Campo, Educação Indígena, Africana,

complementando com palestras, leituras, debates, entrevistas e o auxílio de audiovisuais

e laboratório de informática, testemunhar a utilização que os leitores fazem deles e

participar de atos de leitura de fato, de tal modo, que os alunos negociem ou relacionem o

conhecimento que já possuem com o que é apresentado no texto. Eles precisam perceber

e diferenciar idéias que estão claras, evidentes no texto e aquelas que estão implícitas,

sempre com a participação do professor.

Sob esse ponto de vista, já se inicia o trabalho com a escrita, pois, ler e escrever

são atividades que se complementam, uma vez que se reconhece que a leitura é que

fornece matéria-prima para a escrita. Diante disso, há que se oferecer aos alunos

variados, interessantes e divertidos textos para que sejam maiores as oportunidades de

se tornarem leitores hábeis.

Já, a prática de produção de textos vem como uma conseqüência da oralidade e da

leitura. É fundamental que o professor crie na sala de aula as condições de produção por

isso, ressaltaremos sempre: para que escrever; para quem; onde e como escrever.

Após a produção, é preciso que o aluno leia e releia, reconstrua seu texto de

acordo coma interação que escreveu.

É então que entra a análise linguistica, a coerência, a coesão, a obediência às

regras gramaticais e ortográficas. Percebe-se, pois, que esses conhecimentos não serão

abordados de modo estanque, no entanto, são indispensáveis e relevantes, não podem

84

ser preteridos. É o momento mais importante da produção de texto: a reflexão sobre a

língua e reestruturação. Pela riqueza que este trabalho apresenta, proceder-se-á sempre

uma reestruturação coletiva, pois, dessa forma, todos os alunos poderão participar

aprender e aplicar os conhecimentos adquiridos.

4 Avaliação

A avaliação será adotada de forma continua priorizando a qualidade de ensino e da

aprendizagem. Deverá levar em consideração o ritmo e processo de aprendizagem

diferente determinando seu caráter formativo. Será contínua, cumulativa verificando o

desempenho dos alunos e realizando as intervenções necessárias e diagnosticas,

considerando ainda as diferenças de ritmo e processo de aprendizagem dos alunos.

Neste sentido e, concordando com as DCEs, será priorizado uma avaliação que

complete:

a) Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de

idéias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são

diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor

verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele

mostra ao expor suas idéias, a influencia da sua fala, o seu desembaraço, a

argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se

posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,

discursos políticos, programas televisivos, etc. e de suas próprias falas, mais ou menos

formais, tendo em vista o resultado esperado.

b) Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que estudantes

empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua

reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar

as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor

deve propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam

avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

c) Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios

e parâmetros de avaliação devem estar bem claros para o professor e definidos para o

aluno, que precisa estar inserido em contextos reais de interação comunicativa. É a partir

daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como

85

na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que os rodeiam

quanto de seu próprio.

Nesta abordagem avaliativa estaremos praticando uma avaliação processual

através da análise e reflexão das atividades curriculares e do desenvolvimento do aluno,

uma avaliação contínua feita ao longo do ano através das expressões do conhecimento

nas áreas, das ações colaborativas entre os alunos, da expressão de criatividade, da

compreensão das relações entre as áreas do conhecimento, do compromisso com os

afazeres da disciplina e da escola, da participação nas atividades de sala de aula

extraclasse entre outros; avaliação credencial feita através de diferentes instrumentos

orientados para tal fim de cunho individual, grupal e/ou de auto avaliação.

A avaliação credencial de acordo com o professor terá momentos designados para

a realização da averiguação do progresso do aluno. Caso aluno não compareça naquele

tempo, poderá realizá-lo mediante requisição feita na Secretaria a qualquer tempo letivo

sob a supervisão do professor da disciplina. Caso o mesmo não tenha justificativa

condizente com o contrato didático assumido no início do ano letivo, deverá recolher taxa

simbólico com o objetivo de evitar que o aluno se exima da sua responsabilidade em

relação a sua aprendizagem. Tal medida é temporária, num exercício de procurar

desenvolver a responsabilidade através de procedimentos não comuns na escola,

tocando no que algum valor para eles. É importante ressaltar que nenhum aluno ficará

sem ser avaliado, independo da condição apresentada.

O resultado numérico da avaliação será a média aritmética das diferentes

avaliações, todas de zero a dez.

Neste processo cada profissional envolvido deverá estar comprometido com os

diferentes níveis de abrangência que regem os princípios filosóficos doutrinados através

do referencial teórico; com a disciplina através dos princípios legais da avaliação; e, de

abrangência didático-pedagógica pelas diferentes práticas avaliativas, a auto avaliação, e

pelos conselhos de classe.

A forma de registro da avaliação ocorre através de notas bimestrais. A média para

a aprovação ou progressão de série é 6,0 por bimestre, num total de 4 (quatro) bimestres,

totalizando 24 (vinte e quatro) pontos.

Caso o aluno não pontue o total de 6,0 (seis vírgula zero) pontos bimestrais,

ocorrerá intervenção pedagógica do tipo de recuperação paralela, e os casos mais sérios,

de quintas séries, são encaminhados para a sala de apoio na qual recebem o apoio

pedagógico em horário e tempo diferente do regular.

86

Os alunos portadores de deficiência auditiva, defasagem severa de aprendizagem

tem o encaminhamento da aprendizagem, na Sala de Recursos.

Nossa escola é optante pelo regime de progressão parcial, sendo que o aluno tema

oportunidade de refazer a disciplina, até duas (02) que ficou defasada na série anterior

tanto no Regime Fundamental quanto no Médio. A forma como é realizada esta

recuperação poder ser frequentada ou através de trabalhos com acompanhamento do

professor da série em recuperação.

A recuperação realizada no Colégio Nova Visão expressa o compromisso da

escola com a promoção do aluno, pois se destina a criar novas oportunidades para que o

aluno possa complementar e/ou retomar as aprendizagens ainda não dominadas.

Supõem novas estratégias de ensino que atendam mais efetivamente o aluno nas

suas dificuldades, estimulando seu interesse pelo conteúdo a ser recuperado.

Entendemos a recuperação como elemento indispensável para retomada do

processo da ação pedagógica. Ela deve ser abrangente e contínua, assim como todo o

processo educativo.

A equipe pedagógica deve ficar atenta para que haja um efetivo comprometimento

do professor e do aluno.

As atividades de recuperação devem atender aos seguintes princípios gerais da

ação pedagógica:

1. Basear-se no diagnóstico proporcionado pela avaliação contínua;

2. Dar importância ao tratamento individualizado e à promoção do aluno,

atendendo às dificuldades apresentadas;

3. Promover atividades que levam o aluno a motivar-se e sentir-se comprometido

a perceber a importância desse processo, evitando provas sem sentido;

4. Procurar fazê-la de tal forma que ocasione a retomada do processo pedagógico

e oportunizando a todos os alunos, independente da nota, um novo momento

de discussão sobre os temas.

Entretanto, não podemos esquecer que antes de pensar em como fazê-la, o ideal é

pensar em como evitá-la e para isso propomos uma recuperação preventiva que deverá

ocorrer no dia-a-dia da sala de aula, ao longo do processo, quando o professor constata a

deficiência da ação pedagógica. Deverá comunicar a equipe pedagógica e os pais,

chamando-os para uma conversa e sugestões para ações para que o aluno possa ter

recuperado imediatamente.

Desse modo a recuperação paralela, como próprio nome expressa, deve ocorrer

concomitantemente ao processo de ensino – aprendizagem – avaliação. Essa

87

concomitância implica num esforço maior por parte do professor e do aluno, ambos

conscientes da importância de não se avançar nas séries sem o devido conhecimento.

O processo avaliativo, portanto, deve ser diferenciado, constante, adaptável e, em

hipótese nenhuma, apenas um mero instrumento de medição e aferição de notas.

5 Referências

BAGNO, Marcos. O preconceito linguistico. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999.

BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro?: um convite à pesquisa. São Paulo:

Parábola, 2001.

CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. Willian Roberto

Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 2ª ed. São Paulo: Atual, 2002.

COSTA VAI. Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

FÁVERO, Leonor, KOCH, Ingedore. Lingüística textual. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1988.

KLEIMAN, Ângela B. Oficina de Leitura: teoria e prática. 4ª ed. Campinas: Pontes,

1996.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.

2.11 MATEMÁTICA - Ensino Fundamental e Médio

1 Apresentação da disciplina

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que

vieram compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na história da

matemática que os babilônios, por volta de 2000 a. C. acumulavam registros do que hoje

podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da

humanidade a respeito de idéias que se originaram das configurações físicas e

geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.

Contudo, como campo de conhecimento a matemática emergiu somente mais tarde

em solo grego nos séculos VI e V a. C. Com a civilização grega, princípios lógicos e

exatidão de resultados forma registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras

discussões sobre a importância do papel da matemática no ensino e na formação das

pessoas.

88

A matemática constitui-se como um saber vivo, dinâmico, construído

historicamente para atender as necessidades sociais e técnicas e que enquanto conteúdo

de aprendizagem possibilita estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar

reconhecendo-a como ciência. Ensinar e aprender matemática envolve não só a

consistência de suas teorias, mas também como meio do homem ampliar seus

conhecimentos e contribuir para o desenvolvimento da sociedade.

De acordo com as DCE's (2009, p, 47):O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,

está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001). Secretaria de Estado da Educação do Paraná e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.

O estudo da matemática objetiva:

Desenvolver no aluno do ensino fundamental o domínio dos conteúdos

básicos, enquanto que no ensino médio ele deverá ampliar e aprofundar esses conteúdos

em suas particularidades para que, com isso, alcance um desenvolvimento científico

objetivando “garantir o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos

matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência

matemática” (DCE's 2009 – p.80);

Envolver o conhecimento científico e os conteúdos matemáticos, bem como

as práticas contextualizadas valorizando o caráter cientifico da disciplina;

Propiciar a compreensão da evolução do pensamento científico, através da

ampliação de conceitos e/ou da construção de objetos abstratos bem como estabelecer

conexões entre o conhecimento matemático e as experiências de vida pessoal, social e

produtiva.

Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído

historicamente, possibilitando ao estudante o entendimento e o uso consciente desse

objeto;

Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para

compreender o mundo e, compreendendo-os, poder atuar melhor nele;

Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e

padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na

solução de problemas;

89

Contribuir para que o aluno tenha condição de constatar regularidade

matemática, generalizações e apropriações de linguagens adequadas para descrever e

interpretar fenômenos matemáticos.

Comunicar-se de modo matemático argumentando, escrevendo e

representando de várias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as

idéias matemáticas.

2 Conteúdos Estruturantes/ Básicos da disciplina

Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de Matemática

devem estar propostos em todas as séries da Educação Básica da Rede Pública

Estadual. Tais conteúdos orientam o professor na sua prática docente de forma que um

Conteúdo Estruturante possa estar mais presente em uma série do que em outra.

Os conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado no

contexto do outro. Assim os Conteúdos Estruturantes transitam entre si através dessas

articulações.

São conteúdos estruturantes:

a) Números e álgebra;

b) Grandezas e medidas;

c) Geometrias;

d) Funções;

e) Tratamento da informação.

Os Conteúdos Estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos no Ensino Fundamental:

5ª sériea) Números e álgebra –

• Sistemas de numeração;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

b) Grandezas e medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

90

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

c) Geometrias •

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

d)Tratamento da informação• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

6ª sériea) Números e álgebra• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1ºgrau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

b)Grandezas e medidas

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

c) Geometrias •

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas.

d)Tratamento da informação• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

7ª sériea) Números e álgebra• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do1º grau;

• Potências;

91

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

b)Grandezas e medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

c) Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não euclidianas.

d)Tratamento da informação• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

8ª sériea) Números e álgebra• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

b)Grandezas e medidas

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

c)Funções• Noção intuitiva de Função Afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

d) Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

92

• Geometrias não euclidianas.

e)Tratamento da informação• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos.

No Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos:

a) Números e álgebra• Números Reais;

• Números Complexos;

• Sistemas lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

b)Grandezas e medidas

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

c)Funções• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica.

d) Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

93

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

e)Tratamento da informação• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

3 Metodologia da disciplina

A matemática é tida como disciplina difícil, complicada, e com poucos adeptos. A

esse respeito Brito afirma que “A matemática é comumente considerada a mais abstrata,

racional, formal, universal e descontextualizada das disciplinas” (2005, p. 236).

Esta visão pode ser modificada se forem utilizadas metodologias atrativas que

permitam o relacionamento entre os saberes. Partindo-se da história da matemática o

aluno tende a validar a matemática enquanto ciência.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da educação matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

A resolução de problemas: deve ser empregada à medida que o aluno vai

incorporando o conhecimento.

A etnomatemática será trabalhada através das manifestações culturais,

relações de produção e trabalho.

A modelagem matemática: consiste na arte de transformar problemas reais

em problemas matemáticos contribuindo para uma formação crítica. Os computadores e

as calculadoras são recursos que auxiliam a metodologia matemática. Aulas dinâmicas,

pesquisas, discussões, apropriação de conhecimento devem ser utilizados como recursos

no processo.

O uso de mídias tecnológicas sejam elas o software, a tv pendrive, as

calculadoras, os aplicativos da internet, devem ser usados para favorecer as

experimentações matemáticas e potencializar formas de resolução de problemas.

A história da matemática orienta na busca de referência para compreender

melhor os conceitos matemáticos, possibilitando a análise e discussão sobre as razões

para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

Investigações matemáticas: é um recurso que contribui para melhorar a

94

compreensão e assimilação de um problema matemático, procurando saber o que não se

sabe ainda, que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica do ensino da matemática.

Alguns dos recursos didáticos e tecnológicos utilizados na prática pedagógica

serão:

Aplicativos da internet;

Quadro;

Giz;

Livro didático público;

Livros paradidáticos;

Textos;

Matérias de jornais e/ou revistas;

Calculadoras;

Leituras compartilhadas de diferentes matérias, destacando situações do

momento, ou que proporcionem a reflexão e a valorização da vida dentre eles os Desafios

Educacionais Contemporâneos;

Lúdico: jogos, brinquedos, modelos, exemplificações;

Recursos tecnológicos tais como: filmes, softwares, slides.projetores;

Atividades práticas e em laboratório (semelhança de triângulos, Teorema de

Tales, Circunferência, etc);

Exposições;

Produção de painéis;

Dramatização de alguns conteúdos.

No decorrer do processo ensino aprendizagem será dado alusão aos Desafios

Educacionais Contemporâneos sempre que surgirem situações e fatos pertinentes. Serão

trabalhados também assuntos referentes à Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, Violência e Educação Ambiental. Surgindo essas oportunidades trabalhar-se-á de

forma integrada ao conteúdo ora estudado.

Sabe-se que é nosso dever e obrigação abranger em nossas falas e ações a

História e Cultura Afro (Lei nº 10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio

Ambiente (Lei nº 9795/99), História e Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11645/08). Esta

prática está melhor explicitada com indicações de textos em nosso Plano de Trabalho

Docente, uma vez que os conteúdos relacionados com os temas são vários.

4 Avaliação

95

A avaliação no ensino da matemática deve contemplar os diferentes momentos do

processo de ensino e aprendizagem. Seguindo essa visão o processo de avaliação deve

ser formativo, processual, contínuo e diversificado, levando sempre em consideração a

evolução do aluno nas várias etapas da construção do conhecimento. A reflexão por parte

do aluno bem como a análise do professor sobre o erro do mesmo vem contribuir para a

aprendizagem e possíveis intervenções.

Segundo Luckesi, “... a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre os dados

relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões

sobre o seu trabalho” (2002).

Como instrumentos de avaliação, podemos utilizar trabalhos, provas, exercícios,

construções, reflexões, organização e apresentação dos cadernos, tarefas desenvolvidas

em sala de aula e em casa, portfólios e outros recursos com base científica e que venham

representar o eixo formativo do processo.

É fundamental no processo da avaliação levar em consideração que cada aluno

apresenta seu ritmo de aprendizagem. Muitos destes necessitando de um

acompanhamento individualizado e métodos diferenciados de ensino para ajudá-los a

transpor os obstáculos visando a sua promoção.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

São eles:

Considerar todas as formas de raciocínio para resolver uma determinada

situação- problema;

O resultado não é o único elemento a ser considerado na avaliação matemática,

pois mesmo que ele não esteja de acordo o aluno pode ter se utilizado de métodos

coerentes equivocando-se apenas em parte do processo;

O erro deve ser considerado como ponto de partida para rever os meios

utilizados na resolução de um problema matemático;

A capacidade do aluno de comunicar-se matematicamente, oralmente ou por

escrito;

A capacidade de realizar o retrospecto da solução de um problema

argumentando a favor ou contra os resultados.

O resultado numérico de avaliação será a somatória das formas de avaliações com

peso de 0,0 a 10,0 e fazer a média aritmética. Caso o aluno não alcance ou queira

aumentar sua nota ele terá direito à recuperação paralela de conteúdos onde o professor

baseia-se no diagnóstico das avaliações anteriores, nunca diminuindo esse conceito.

96

Entende-se a recuperação de estudos como elemento indispensável para a

retomada da ação pedagógica. Esta recuperação deve ser incorporada às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo mais um componente do aproveitamento

escolar.

5 Referências

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:

Cortez, 2002.

BRITO, Márcia Regina F. de (Org.). Psicologia da Educação Matemática: Teoria e Pesquisa. Florianópolis: Insular, 2005.

TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Escola e povos indígenas no Brasil – Parte I. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.

TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Escola e povos indígenas no Brasil – Parte II. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.

TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Repertório afro-brasileiro na escola – Parte I. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.

TV ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Repertório afro-brasileiro na escola – Parte II. TV Escola/MEC. Brasil, 2004.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília/DF: MEC,

2004.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/educadores

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=127

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 57

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo = 13

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=91

97

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=58

2.12 QUÍMICA - Ensino Médio

1 Apresentação da disciplina

O percurso histórico do saber químico contribuiu para a constituição da Química

como disciplina escolar, afirma Hébrard (2000).

A ênfase no estudo da história da disciplina e em seus aspectos epistemológicos

defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique como campo de

conhecimento constituído historicamente nas relações políticas, econômicas, sociais e

culturais das diferentes sociedades.

Afirmar que o estudo da Química foi constituído a partir das relações históricas e

políticas, é um modo de demonstrar a natureza desse conhecimento, inclusive questões

ideológicas que o influenciaram, o que por sua vez, possibilita o desenvolvimento de

concepções mais críticas a respeito das relações da Química na sociedade. Então, não se

pode dizer que a Química é fruto apenas da ciência ocidental e do capitalismo, ressalta-se

também a influência do Oriente no estatuto procedimental da Química que foram

difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao estabelecimento da Química como

Ciência Moderna.

98

Esses pressupostos criam uma abordagem pedagógica crítica da Química, que

visa ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de trabalho.

A abordagem dos conteúdos no ensino da Química será norteada pela construção

e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos históricos,

políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em resultados de

pesquisa sobre o ensino de ciências.

O conhecimento químico está inserido na vida humana, interligado com os demais

campos de conhecimento. Daí a importância de Química no Ensino Médio para que ela

possibilite a compreensão dos processos químicos entre si em estreita relação com as

aplicações tecnológicas, enfocando concomitante sua implicação ambiental política

econômica, levando o educando a perceber que a ciência é resultante do intelecto e deve

estar limitado pela ética e pela moral, aprendendo a fazer uma leitura crítica dos

acontecimentos ligados à Ciência.

A Química, enquanto disciplina curricular, nos estabelecimentos públicos do

Paraná deverá se constituir em conhecimentos que propiciem um discurso histórico social

que permite dar significado aos conceitos científicos vinculando-os ao momento histórico,

político, econômico, social e cultural abandonando as abordagens da química/símbolo.

A química faz parte do dia-a-dia do sujeito, é o sujeito e, portanto, deve ser

concebida com naturalidade e a importância que merece seja enquanto estudo da matéria

ou em estudos do meio ambiente, ou ainda como meio de criação de novos produtos, na

biotecnologia, na química fina entre outros.

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula

(MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a

cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros

conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.

Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no

desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda

na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica

compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos

conceitos de Química.

Então, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as

substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo

professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos

99

constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira

(2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a

ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a

aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação.

Nas três últimas décadas, os currículos das disciplinas sofreram intensas

modificações, principalmente nas escolas públicas brasileiras. A complexidade desse

processo envolveu análises teóricas sobre o papel da Química na educação. Pesquisas

sobre a forma de aprendizagem de conceitos científicos, produção de materiais didáticos

e desenvolvimento de metodologias. Partindo dessa realidade propõe-se um trabalho

voltado para a compreensão e apropriação do conhecimento químico objetivando:

Superar a mera transmissão de conteúdos oportunizando o desenvolvimento do

conhecimento científico para que o aluno ao apropriar-se dos conceitos de química

sensibilize-se e se comprometa com a vida no planeta.

Formar um aluno crítico que não se prenda a conceitos, mas que relacione os

conceitos da química à outros conceitos relacionando-os com o mundo em que vive;

Construir conceitos a partir de fatos reais interligando-os as vivências e

sobrevivências do ser humano, levando em consideração os aspectos políticos,

econômicos e sociais;

Estabelecer a interação do aluno com a química de forma prazerosa envolvendo os

conteúdos estruturantes sustentados pela tríade: composição, propriedade e

transformação;

Oportunizar ao aluno o desenvolvimento do conhecimento científico, a apropriação

dos conceitos, sensibilizando-o para um comprometimento com a vida do planeta.

2 Conteúdos estruturantes/Básicos da disciplina

O trabalho da química baseia-se em conteúdos estruturantes que se constituem

em: Matéria e sua natureza; Biogeoquímica e Química Sintética que se inter-relacionam e

devem se articular às especialidades dos alunos.

a) Matéria e sua natureza: Matéria – Constituição da matéria, estados de

agregação, natureza elétrica da matéria, modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,

Bohr), estudo dos metais, tabela periódica. Solução – Substância simples e composta,

misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares,

temperatura e pressão, densidade, dispersão e suspensão, tabela periódica. Ligação

química – Tabela periódica, propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas em

100

relação as propriedades dos materiais, solubilidade e as ligações químicas, interações

intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares, ligações de hidrogênio,

ligação metálica (elétrons semi-livres), ligações sigma e pi, ligações polares e apolares,

alotropia. Reações químicas – reações de óxi-redução, reações exotérmicas e

endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação de entalpia,

calorias, equações termoquímicas, princípios da termodinâmica, lei de Hess, entropia e

energia livre, calorimetria, tabela periódica.

b) Biogeoquímica: Velocidade das reações – Reações químicas, lei das reações

químicas, representação das reações químicas, condições fundamentais para ocorrência

das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagente, teoria de

colisão), fatores que interferem na velocidade de reação (superfície de contato,

temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores), lei da velocidade das

reações químicas, tabela periódica. Radioatividade – Modelos atômicos (Rutherford),

elementos químicos (radioativos), tabela periódica, reações químicas, velocidades das

reações, emissões radioativas, leis da radioatividade, cinética das reações químicas,

fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).

c) Química Sintética: Equilíbrio químico – Reações químicas reversíveis,

concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio),

deslocamento de equilíbrio (princípio de Chatelier): concentração, pressão, temperatura e

efeito dos catalizadores, equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização,

Ks), tabela periódica. Gases – Estados físicos da matéria, tabela periódica, propriedades

dos gases (densidade / difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e

temperatura x volume), modelo de partículas para os materiais gasosos, misturas

gasosas, diferença entre gás e vapor, lei dos gases. Funções químicas – Funções

orgânicas, funções inorgânicas e tabela periódica.

3 Metodologia da disciplina

Para que o aluno tenha um conceito científico é preciso que o professor respeite o

conhecimento prévio e as concepções espontâneas sobre química, acreditar que o

conhecimento deve ser uma constante construção e reconstrução, assim o aprender

Ciência consiste em fazer com que o educando leia o mundo em que vive com os olhos

da Ciência.

Na aprendizagem da química prevalece a construção dos conceitos a partir dos

fatos. As abordagens dos temas devem ser feitas através de atividades elaboradas para

provocar a investigação, a especulação, a construção e reconstrução de idéias.

101

Entretanto, quando os estudantes chegam à escola, não estão desprovidos de

conhecimento. Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições e

idéias que dependem também de suas origens, isso dificulta a adoção de um único

encaminhamento metodológico para todos os alunos. Dando atenção a isso, será

abordada a cultura e história afro-brasileira (Lei n. 10.630/03), história e cultura dos povos

indígenas (Lei n. 11.645/08), história do Paraná (Lei 13.381/01) e educação ambiental (Lei

9.795/99), relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado,

cabendo ao professor dar aos alunos os fundamentos teóricos para que se aproprie dos

conceitos da química e do conhecimento científico sobre esses assuntos para que

desenvolva entendimento dessas questões.

Da mesma forma serão trabalhados os Desafios Educacionais Contemporâneos,

também relacionando com os conteúdos estruturantes, com um tratamento adequado,

cuidados e fundamentando teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.

Deve-se lembrar que qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, é

necessário o período de pré e pós-atividade visando a construção de conceitos.

a. RecursosPara que isso aconteça podem-se utilizar visitas a ambientes (indústrias, rede de

tratamento de água, reservas ambientais, etc.), relatos de experimentos no laboratório,

discussões coletivas, trabalhos de pesquisa em grupo e individuais, construção de

materiais que comprovem as leis estudadas, leitura de textos, aulas dialógicas, áudio-

visual (uso de vídeo) e o uso de informática como fonte de dados de informação.

4 AvaliaçãoA avaliação será formativa e processual levando em conta todo o conhecimento do

aluno e como ele supera suas concepções, além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Ocorrendo por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, sujeita a alterações no seu

desenvolvimento.

Ao invés de avaliar só por meio de provas o professor usará instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: produção de

textos, leitura e interpretação da tabela periódica, apresentação de seminários, relatórios

das práticas. A construção do conhecimento, o interesse e a participação do aluno,

verificando se realmente a química está contribuindo para a construção de um cidadão

consciente e integrado ao mundo em que vive, será objeto de avaliação.

102

Preocupando-se com a aprendizagem do conteúdo, serão feitas mais de duas

avaliações por bimestre, com peso 10,0 para cada avaliação, e a média final será obtida

conforme o número de avaliações, após cada avaliação será realizada a recuperação

paralela que será ofertada para todos, visando um maior aproveitamento dos conteúdos

trabalhados na disciplina.

5 ReferênciasParaná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba: SEED, 2006

MATEUS, Alfredo Luis. Química na cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

2.13 SOCIOLOGIA - Ensino Médio

1 Apresentação geral da disciplina

A disciplina de Sociologia no Ensino Médio quer proporcionar ao aluno, reflexões

sobre as principais questões conceituais e metodológicas no seu fazer diário.

As inquietações que mobilizaram os principais sociólogos no final do século XIX,

após a Revolução Industrial, em muitos aspectos se aproximam das preocupações de

nossos colegas contemporâneos. No entanto, há que se compreender as modificações

verificadas nas relações sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas pela

formação de um novo mundo de preocupação econômica.

Fazer uma viagem através de algumas concepções teóricas acerca da sociologia

dará suporte histórico/político/ educacional à disciplina.

A Sociologia desde as suas raízes tem uma vertente muito forte em relação a

emancipação do sujeito.

No Brasil a Sociologia surgiu nos meados da década de 30, possibilitando não

apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, mas a formação de professores

profissionais para o Ensino Secundário, vindo consolidar a mesma como disciplina.

Podemos dizer que o objetivo da Sociologia é o conhecimento do homem sobre sua

própria condição de vida. No Paraná a Sociologia apareceu como disciplina efetiva em

1985, nos cursos de Segundo Grau, mas somente em 2006, passa a ser obrigatória.

103

O contexto do nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas

conseqüências de três revoluções: uma política (Revolução francesa de 1789), uma social

(Revolução Industrial) e uma na ciência (Iluminismo), o que inicialmente foi um

pensamento de cunho conservador preocupada em questionar a gênese da sociedade e a

sua evolução. Mas com as grandes evoluções sociais esse pensamento passa a ser

questionador das mudanças que ocorrem na sociedade.

O termo Sociologia foi empregado pela primeira vez por Augusto Conte (1760-

1825), tornando-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho cientifico da

humanidade, considera capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais

ciências. Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz

emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de

solução pelos primeiros pensadores sociais – Comte, Durkheim, Weber e Marx.

A Sociologia ganhou corpo teórico com as ideias de Durkheim, que foi o primeiro a

lecionar a disciplina da Universidade de Bordeaux, na qual propôs um método e um objeto

próprio, alem de provar que os fenômenos sociais eram passiveis de serem investigados

cientificamente.

No desenvolvimento da Sociologia, pode-se distinguir um triplo processo de

formação de um núcleo disciplinar: a identidade cognitiva, a identidade social e a

identidade histórica.

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Tem como

principais autores: Florestam Fernandes, Silvio Romero, Euclides da Cunha e Oliveira

Viana, que preocuparam-se em reconhecer a identidade cultural da nação, buscando

interligar história, política e sociedade.

Dentre muitos autores que buscam conhecer a sociedade brasileira, encontram-se

ainda Gilberto Freire, defensor das questões étnicos raciais, Caio Prado Junior, estudou a

realidade cultural do Brasil utilizando-se das ideias marxistas, Sérgio Buarque Holanda,

expõe a fragilidade da formação autoritária das elites culturais e políticas do país, Octávio

Lanni, Fernando Henrique Cardoso, Juarez Brandão Lopes e outros que voltam os seus

estudos ao desenvolvimento econômico e social, analisando a crise das relações de

produção na sociedade agrária ou a formação de um operariado urbano, o nacionalismo

urbano, o sindicalismo ou os governos populistas.

Segundo a LDB, o estudo da Sociologia tem como atribuições básicas investigar,

identificar, descrever, classificar e interpretar todos os fatos relacionados à vida social.

Posto assim, a Sociologia pretende instrumentalizar o aluno para que o mesmo possa

decodificar a complexidade da realidade social. Assim sendo ele poderá através de um

104

conhecimento sistematizado construir uma postura mais reflexiva e crítica diante dos

acontecimentos contemporâneos, podendo perceber-se como elemento ativo na luta pela

mudança social.

O pensamento sociológico se consolida na articulação de saberes que envolvem as

desigualdades sociais e econômicas; a exclusão do mundo do trabalho, as relações

sociais conflituosas, os problemas sócio ambientais, a negação da diversidade cultural, de

gênero e étnico-racial.

A sociologia objetiva a reconstrução dialética do aluno e ainda:

Possibilitar aos indivíduos, independente do seu grau de entendimento,

alterar o curso de sua vida através de mudanças na sua prática social.

Analisar a realidade local para tornar-se cidadão atuante.

Reconhecer que o Brasil é um país representado pela diversidade humana e

cultural.

Contribuir para a mudança de atitude ampliando as condições democráticas.

Trabalhar com o educando numa perspectiva transdisciplinar, quebrando a

rigidez que a legitimidade social e o estudo da verdade dão a eles.

Fazer com que os alunos compreendam e valorizem as diferentes

manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o

direito à diversidade, enquanto princípio estético, político e ético.

Oferecer ao aluno a possibilidade de construir uma visão crítica em relação à

vida cotidiana, ampliando a visão de mundo nas relações interpessoais com os vários

grupos sociais.

Lutar contra o preconceito, desenvolvendo um olhar crítico, explicativo e

interrogador com vistas a mudar o olhar sobre a organização social.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

Aqui propomos que o ensino de Sociologia seja fundamentado em conteúdos

estruturantes que não se resumam apenas a uma listagem de fatos, temas e conceitos

encadeados rigidamente.

A exposição clara e segura dos conteúdos a serem trabalhados, nos parece um

porto seguro derivando o aluno ao norte do seu conhecimento.

Os conteúdos e temáticas estruturantes propostos são representativos dos grandes

campos de saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos a

partir da práxis pedagógica como construção histórica.

105

É correto afirmar, que os conteúdos estruturantes de Sociologia não

conhecimentos de grande amplitude, conceitos e práticas que identificam e organizam

campos de estudo considerados centrais e básicos para compreender os processos de

construção social. Esses conteúdos norteiam professores e alunos, sujeitos da educação

escolar e da prática social na seleção, organização e problematização dos conteúdos

específicos, a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder a busca da

totalidade, em inter-relações e não na simples soma das partes. Os propostos aqui são:

a) O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas; Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

b) O Processo de Socialização e as Instituições Sociais: Processo de Socialização;

Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas;

Instituições de reinserção ( prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

c) Cultura e Indústria Cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Culturas afro brasileiras e africanas;

Culturas indígenas .

d) Trabalho, produção e classes sociais: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

106

Trabalho no Brasil.

e) Poder, política e Ideologia: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

f) Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais: Direitos civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG´s.

Os conteúdos devem sempre levar em conta a diversidade cultural, a linguagem,

interesses pessoais e profissionais, sendo abordados, de acordo com a DCE.

3 Metodologia da disciplina

Para garantir que o conteúdo proposto se desenvolva de forma dinâmica e crítica,

sugerimos uma metodologia constituída a partir da realidade dos alunos, como sendo o

grande desafio de relacionar o conhecimento do senso comum como o conhecimento

científico. As aulas de sociologia podem ser atraentes, despertando no aluno o interesse

em identificar problemas sociais do meio em que vive e também da sociedade brasileira.

A metodologia proposta para as aulas de sociologia é distribuída da seguinte

forma:

Aulas expositivas dialogadas, visitas a instituições, museus, etc.

Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos.

Leitura de textos informativos: clássico; teórico; teórico contemporâneo; temáticos;

didáticos, literários, jornalísticos.

Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisas

de campo, bibliográfica, on-line, cientifica.

107

Análises criticas de filmes, documentários, musicas, propagandas de TV, análise

critica de imagens, entre outros.

Vale ressaltar que para a total segurança não devemos “fugir” com a coerência e a

concepção metodológica proposta nas DCEs.

A proposição de trabalhar as leis é parte integrante desta disciplina, como plena

compreensão do aluno aos fatos pertinentes: Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro” - Esta

lei será debatida em sala de aula, argumentada e contextualizada com a realidade destes

povos. Lei 13.381/01 “História do Paraná” - Levar ao conhecimento do aluno como foi e

como é a história parananense; passar pelos vários momentos políticos, de colonização,

social e a integração do Paraná no contexto nacional e internacional firmando-se cada vez

mais como uma potência econômica e administrativa. Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” -

Oportunizar textos ambientais e levar ao aluno o debate do Meio Ambiente; mostrar as

consequências sofridas pela natureza e problematizar a pesquisa sociológica sobre o

mesmo. Lei 11645/08 “História e Cultura dos povos indígenas” - Fazer alusão

sistematizada sobre como vivem estes povos, seus direitos, sua identidade, levantar

números de quantos eram no passado e quantos são. Focalizar sua rica História, seus

costumes e lendas e proporcionar uma visita in loco a uma aldeia indígena paranaense.

Nesta disciplina devemos levar em conta sempre a seriedade com que deve ser

abordados os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade, Prevenção ao uso

indevido de drogas, Violência, Educação Ambiental, Educação Fiscal. Propomos a

realização de seminários, palestras com profissionais de área, debate na escola se inter

relacionando inclusive com outras disciplinas e ocupar espaço na Imprensa local numa

tentativa de divulgar o trabalho realizado na escola.

Observamos que a disciplina de Sociologia é ampla e permite ao professor(a)

múltiplas possibilidades metodológicas não somente as sugeridas pela DCE.

4 Avaliação

A avaliação do ensino de Sociologia deve sempre perpassar todas as atividades

relacionadas a disciplina a ser enfrentada e elaborada de maneira transparente e coletiva.

O processo avaliativo se dará pela participação em debates, aulas expositivas,

trabalhos e provas escritas e oral.

Neste campo é de fundamental importância o desenvolvimento do trabalho

referente à recuperação paralela. Nela oportunizaremos que o aluno seja contemplado

com conteúdos que “talvez” não tenham sido bem compreendidos num primeiro momento

108

e possibilitem a real compreensão. A recuperação paralela é parte total e integrante do

Aprendizado Escolar.

Na avaliação deveremos ter o cuidado com a coerência e a tendência pedagógica

preferida e assumida pela escola e também estar em consonância com o contido no

Regimento Escolar, PPP, observando a deliberação 007/99 – CEE, DCEs e LDB.

5 Referências

ARON, Raymon. As Etapas do Pensamento Sociológico. 6ª Edição. São Paulo: Martins

Fontes, 2003.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª Edição. Porto Alegre. Artmed, 2005.

GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia Crítica: alternativas de Mudanças.HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, 1936.

LEJEUNE, Mato Grosso de Carvalho. (Org) Sociologia e Ensino em Debate. Ijuí: Unijuí,

2004.

Livro Público – SEED/PR – 2006.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica: Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.

PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo, Revista dos Tribunais,

1933.

SYTOMPKA, Piotr. A Sociologia da Mudança Social. 2ª Edição. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2005.

109

2.14 L.E. M – ESPANHOL - Ensino Médio

1 Apresentação da disciplina

Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do

ensino de LE no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela

seletividade, tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a

uma língua estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de poucos. A

língua espanhola, portanto, foi valorizada porque representava para o governo um

modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e à história nacional.

Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Atualmente o interesse da escola

pública demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LE possa ter um

papel democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao

aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. O ensino de Língua

espanhola no Colégio Estadual Nova Visão  se alicerça em dar suporte aos

educandos sobre língua e cultura. A Língua Estrangeira norteia-se no princípio de

que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da

escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do

conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o

reconhecimento e compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes

e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a

oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e

portanto,instrumento de comunicação.

110

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno

passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o

seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer

vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma

outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina Discurso como prática social.

Gêneros discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade

e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação.

2.1 Conteúdos básicos: 1º ANOLEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;

Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto; Aceitabilidade do

texto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;

ontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Discurso direto e

indireto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica;

Ortografia; Concordância verbo/nominal.

ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto; Informatividade; Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero: Turnos de fala; Variações

linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

2.2 Conteúdos básicos – 2ºANOLEITURA: Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;

Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido

conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade;

111

Situacionalidade; Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos

composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem; Semântica:; operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo

e denotativo das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade

do texto; Tema do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;

Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);Concordância verbal e nominal; Semântica; operadores

argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; figuras de linguagem; sentido

conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto; Relação de

causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Polissemia; Processo de

formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia.

ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto;

Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,

expressões facial, corporal e gestual, pausas…; Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos,

gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3 Metodologia da disciplina

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula deverá ser feito através

do discurso. O aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir

significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio

da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva

discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em

conta o seu conhecimento prévio.

Será feita a utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno

identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se

destinam.Serão usadas estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas

112

culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.A gramática

será abordada sempre que se fizer necessária. Quando o professor perceber que

seus alunos necessitam das orientações gramaticais para realizarem as atividades

propostas.A língua materna será usada como ponto de apoio para melhor

entendimento da língua estrangeira.

A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos

em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de

melhores resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático,

dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia,

jornais, revistas, folhetos de propaganda e os subsídios propostos pelo portal

WWW.diaadiaeducacão.pr.gov.br serão utilizados para facilitar o contato e a interação

com a língua e a cultura.

Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e

Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade

brasileira e latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o

espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão abordados

para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades

tratam tais assuntos.

4 Avaliação

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. Compreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da

apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como

processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e

avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino

aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do

significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações

ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,

somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante

tendo medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão

113

analisadas e consideradas como subsídios que busquem planejar e propor outros

encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas pelos alunos.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os

objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico

da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais

e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de

articulação entre teoria e prática. A expressão dos resultados da avaliação será feita

conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao

sistema de avaliação. A recuperação paralela ocorrerá sempre que se perceber que o

aluno não se apropriou dos conteúdos e será retomado o conteúdo por diferentes

encaminhamentos que visem assegurar a aprendizagem.

5 Referências

COLÉGIO ESTADUAL ESTADUAL NOVA VISÃO ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO, Projeto Político Pedagógico.CHOPINZINHO, Paraná – 2008.

LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006

MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília –

DF, 2004.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto-Político-Pedagógico da escola – uma construção possível. Editora Papirus – 20ª edição, 2005.

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2006.

SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: Reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. Curitiba, 2006.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

114

2.15 L.E.M. INGLÊS – Ensino Fundamental e Médio

1 Apresentação da disciplina

O cenário de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes mudanças no decorrer da história determinados

pelos interesses sócio-históricos e políticos. Partindo-se então dessas relações

determinou-se quais línguas e metodologias eram ofertadas pela escola.

Desde a educação jesuítica até finais do século XIX o objetivo do ensino

de LEM era obter acesso à cultura, onde se adotava o método de tradução e

gramática, com regras que privilegiava a escrita.

Devido às necessidades momentâneas do século XX, surge o método

direto, dando atenção às habilidades orais,devido à expansão do comércio

internacional e movimentos migratórios. Em 1942, nos EUA tiveram ênfase os

métodos audiovisuais em conseqüência da guerra. Na década de 60,

impulsionados pelos ideais tecnicistas, fundiram-se no Brasil, dando hegemonia

no ensino da língua inglesa nas escolas regulares.

Na década de 70, surge na Europa o ensino denominado Abordagem

Comunicativa que na década seguinte foi adotado no Brasil, devido à demanda

de mercado.

Contudo, a partir de criticas de alguns intelectuais do Brasil inspirados

pelas idéias de Paulo Freire começou-se a questionar a eficácia e a intenção do

método comunicativo.

Portanto, a aula de LEM deve apresentar-se como um espaço de

engajamento discursivo onde o aluno possa ampliar o contato com outras formas

de conhecer e assim construir a realidade subjetivamente.

Para que o objeto acima seja posto é necessário que o professor

proporcione ao aluno um espaço para interação e não apenas para decodificação

ou análise de estrutura lingüística.

Partindo desses princípios, identificou-se na pedagogia crítica o

referencial teórico que sustenta o documento das Diretrizes Curriculares, por

entender que esta é a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como

espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do

115

conhecimento, como instrumento de compreensão das relações sociais e pela

transformação da realidade.

Segundo Giroux ( 1997 p.33)“ A ênfase não é mais ajudar os estudantes a

“lerem” o mundo criticamente; em vez disso, é ajudá-los a “dominarem” as

ferramentas de leitura.”

Por isso ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que

a escolarização tem compromisso de prover aos alunos meios necessários para

que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo

de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o

papel de informar,mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam

seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, pois ainda

segundo Giroux(1997 p.34) “Atualmente, a linguagem tradicional sobre a

escolarização está ancorada em uma visão de mundo um tanto mecânica e

limitada.”

No momento atual, a pedagogia crítica responde às necessidades

educacionais, pois considera a escola um espaço social e democrático de

sujeitos críticos, sociais e democraticamente construídos. É nesse espaço que o

texto possibilita o uso da língua em práticas sociais mais amplas.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código lingüístico: é heterogênea, ideológica e

opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a

língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e

estabelece entendimentos possíveis.

O objeto de estudo é a língua, e esta deve ser concebida como discurso,

que constrói significados, pois atua como processo dinâmico e social.

As diretrizes de língua estrangeira se fundamentam na teoria de Bakhtin,

que concebe a língua como espaço de produção de sentidos, marcados por

relações contextuais de poder. As relações ganham sentido através da palavra,

como fenômeno ideológico que se concretiza no contexto da enunciação.

Segundo Bakhtin (1988), toda enunciação envolve presença de pelo menos

duas vozes, a voz do eu e do outro. Não há discurso individual, todo discurso se

116

constrói no processo de interação e em função de outro. Nessa interação, os

sujeitos se constituem socialmente. Então, a língua estrangeira apresenta-se

como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer a realidade

e com outros procedimentos interpretativos, construí-la.

Conforme a concepção da língua, os objetivos da língua devem:

- Demonstrar que toda língua é uma construção histórica, repleta de

sentidos a ela conferidos por nossa cultura e sociedade permitindo perceber o

mundo e estabelecer entendimento entre povos.

-Relacionar a língua estrangeira com a língua materna, refinando a

percepção da sua própria cultura por meio do conhecimento de outras

- Desenvolver habilidades comunicativas respeitando as diferenças, bem

como as situações de enunciação, levando em consideração os interlocutores, os

gêneros textuais na interação e transformação social.

- Propor um espaço que permita ao aluno reconhecer e compreender a

diversidade lingüística e cultural, percebendo a possibilidade de atribuir

significados ao mundo em que vive.

- Superar a visão de ensino da língua inglesa, apenas como meio de fins

comunicativos, partindo de um quadro teórico que envolva: língua, cultura,

ideologia e sujeitos no discurso e construção da identidade.

Assim ao final da educação básica, espera-se que o aluno:

- Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe

possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos

e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Entende-se que o ensino de língua estrangeira deve possibilitarão aluno

uma visão de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e

crie novas maneiras de construir do e no mundo, considerando as relações que

pode ser estabelecidas entre Língua Estrangeira e a inclusão social, o

117

desenvolvimento da consciência do papel das Línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das

identidades transformadoras.

Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma

língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno aprende também como construir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear

um contorno para a própria identidade. Assim atuará sobre os sentidos possíveis

e reconstruirá sua identidade como sujeito. Partindo desses princípios,

identificou-se na Pedagogia Crítica, o referencial teórico que sustenta este

documento de Diretrizes Curriculares, por entender que esta é a tônica de uma

abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável

pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, como instrumento de

compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.

Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para

que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo

de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o

papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam

seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

No redirecionamento do Ensino da LEM nas escolas da Rede Pública

estadual do Paraná. O conteúdo estruturante é estabelecido como “O Discurso

Como Prática Social”.

Sendo a língua um espaço de interação verbal, de produção de sentidos,

marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante a tratará de forma

dinâmica por meio das práticas de leitura, de oralidade e de escrita.

Essas práticas são permeadas pela análise lingüística e pela exploração

de diversos gêneros textuais que propiciam a exposição do educando à língua

dentro de um contexto de uso.

118

“A medida que passam a conhecer e a fazer uso dos vários gêneros discursivos, os alunos aprendem a controlar a linguagem, o propósito da escrita, o conteúdo e o contexto. É necessário também que se conscientizem de como a linguagem funciona para transmitir o conteúdo oralmente ou por escrito. Devem portanto,aprender a organizar os diferentes tipos de conhecimento e de informação de acordo com a situação comunicativa específica.” ( Pinto, 2005)

Os níveis de organização linguística-fonético-fonológico, léxico-semântico

e de sintaxe servirão de instrumentos para que os alunos percebam a

interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos e a

intencionalidade nas relações sociais e de poder.

Para que tal objetivo seja alcançado, o trabalho em sala de aula deve

partir sempre de um texto num contexto de uso para a construção de significados

por meio de engajamento discursivo e não pela prática de estruturas lingüísticas.

2.1 Conteúdos básicos

Conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais e necessários para

cada etapa – Ensino Fundamental ou Médio. O trabalho pedagógico com tais

conteúdos é dever do professor que poderá acrescentar, mas jamais reduzi-los

ou suprimi-los, pois eles são básicos e por isso, não podem ser menos do que se

apresentam.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

lingüística, os gêneros discursivos serão adotados como conteúdos básicos

conforme suas esferas de circulação. Esses gêneros podem ser de natureza

cotidiana, científica, literária, escolar ou de imprensa.

Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com as condições de trabalho existentes na escola, o Projeto Político

Pedagógico, a articulação com as demais disciplinas e o perfil dos alunos.

Outro aspecto a ser analisado é a qualidade dos textos escolhidos, pois

devem instigar a pesquisa e a discussão, sem deixar de lado o princípio da

continuidade, isto é, respeitando a progressão de dificuldade entre as séries.

Ensino Fundamental

119

PRÁTICA DA LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto;

Situcionabilidade; Intertextualidade; Informatividade; Temporalidade; Discurso

direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do

gênero; Léxico; Repetição proposicional de palavras.

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Semântica; operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo

e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto; Polissemia

PRÁTICA DA ESCRITATema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intertextualidade;

Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero.

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Acentuação gráfica (espanhol); Ortografia; Concordância Verbal e

Nominal; Vozes sociais presentes no texto.

Semântica; operadores argumentativos; ambigüidade; sentido conotativo

e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto.

Significado das palavras; figuras de linguagem; Processo de formação de

palavras.

PRÁTICA DA ORALIDADETema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intertextualidade;

Informatividade; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralingüísticos:

entonação, pausas, gestos...

Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas;

Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,

gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Ensino Médio

PRÁTICA DA LEITURA

120

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;

Situcionabilidade; Intertextualidade; Informatividade; Temporalidade; Discurso

direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto/; Elementos composicionais do

gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Polissemia;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto.

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto; Léxico.

PRÁTICA DA ESCRITATema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;

Informatividade; Situacionabilidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência

textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos

composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Acentuação gráfica (espanhol); Ortografia; Concordância Verbal e

Nominal.

PRÁTICA DA ORALIDADEConteúdo temático; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;

Informatividade; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralingüísticos:

entonação, expressões facial, gestual e corporal, pausas...

Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas;

Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições, etc.)

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO EXEMPLOS

DE GÊNEROS

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Advinhas DiárioÁlbum de Família Exposição OralÁlbum de Família FotosAnedotas MúsicasBilhetes Parlendas Cantigas de Roda PiadasCarta Pessoal Provérbios

121

Cartão QuadrinhasCartão Postal ReceitasCausos Relatos de Experiências VividasComunicado Trava LínguasConvitesCurriculum Vitae

LITERÁRIA ARTÍSTICA

Autobiografia Letras de MúsicasBiografias Narrativas de AventurasContos Narrativas de EnigmaContos de Fadas Narrativas de Ficção CientíficaContos de Fadas Contemporâneos Narrativas de HumorCrônicas de Ficção Narrativas de TerrorEscultura Narrativas FantásticasFábulas Contemporâneas ParódiasHaicai PinturasHistórias em Quadrinhos PoemasLendas RomancesLiteratura de Cordel TankasMemórias Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos Relato HistóricoConferência RelatórioDebate ResumoPalestra VerbetesPesquisas

ESCOLAR

Ata ResenhaCartazes ResumoDebate Regrado SeminárioRelato Histórico Texto ArgumentativoRelatório Texto de OpiniãoRelatos de Experiências Científicas MapasDiálogo/Discussão Argumentativa PalestraExposição Oral Pesquisa Júri Simulado Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural FotosAnúncio de Emprego HoróscopoArtigo de Opinião InfográficoCaricatura MancheteCarta ao Leitor MapasCarta ao Leitor Mesa redondaCartum NotíciasCharge ReportagensClassificados Resenha CríticaCrônica Jornalística Sinopses de FilmesEditorial TirasEntrevista (oral e escrita)

PUBLICITÁRIA

Anúncio MúsicasCaricatura OutdoorCartazes ParódiaComercial para TV PlacasE-mail Publicidade comercialFolder Publicidade Institucional

122

Fotos Publicidade OficialSlogan Texto Político

POLÍTICA

Abaixo-assinado Debate RegradoAssembléia Discurso Político “de Palanque”Carta de Emprego FórumCarta de Reclamação ManifestoCarta de Solicitação Mesa RedondaDebate Panfleto

JURÍDICA

Constituição Brasileira Contrato LeisDeclaração de Direitos OfícioDepoimentos ProcuraçãoDiscurso de Acusação RegimentosDiscurso de Defesa RegulamentosEstatutos Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas Regras de JogoManual Técnico Rótulos/ EmbalagensPlacas

MIDIÁTICA

Blog Reality ShowChat Talk showDesenho Animado TelejornalE-mail TelenovelasEntrevista TorpedosFilmes Vídeo ClipFotoblog Vídeo ConferênciaHome Page

3 Metodologia da disciplina

O Ensino de LEM nas escolas da Rede Pública estadual do Paraná coloca

o papel das línguas na sociedade como possibilidade de conhecer, expressar

e transformar modos de entender o mundo e não apenas como instrumento

de acesso à informação.

As questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas serão

trabalhadas a partir do Discurso como Prática Social. As práticas do uso da

língua: leitura, escrita e oralidade assim como as questões acima devem ser

estudadas sempre tendo como o texto como ponto de partida, sendo ele verbal

ou não. A natureza desses textos pode ser jornalística, publicitária, literária ou

informativa e serão utilizados para provocar a reflexão e para realizar atividades

como análise de gênero, função, composição, intertextualidade, grau de

informação, recursos coesivos, coerência e gramática.

Para que os objetivos da disciplina sejam alcançados, várias atividades

podem ser desenvolvidas.

123

Pesquisa, que pode ser realizada em livros, Internet ou até mesmo através

de entrevistas.

Discussão, pois possibilita que o aluno exponha o conhecimento que

possui ou o confronte com o conhecimento adquirido.

Produção de texto deve ser visto como um processo dialógico pois

segundo Bakhtin “ um discurso nasce de outros discursos e se produz para um

outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito-

autor”(DCEs). Para que a produção aconteça deve haver a ajuda de recursos

disponíveis como o dicionário e a orientação do professor. Essa construção deve

ser gradual, aumentando o grau de dificuldade conforme o avanço das séries e

sempre corrigida e comentada pelo professor.

Interpretação de textos verbais e não-verbais, para que o aluno possa

confrontar, através da leitura não-linear, o reconhecimento de outros

conhecimentos adquiridos.

O livro didático também é um recurso que auxilia no processo da

aprendizagem. Ele torna o ensino mais previsível e homogêneo. Esse recurso

facilita o trabalho do professor e há também vantagens para os alunos, pois

dispõe de material para estudar, fazer consultas, realizar exercícios, porém não

deve ser usado como única fonte. Por isso,além do livro didático, o professor

pode utilizar materiais disponíveis na escola como: livros paradidáticos,

dicionários, DVDs,CD Rom , Internet, TV multimídia, etc.

As metodologias utilizadas para as aulas de LEM serão:

6 Leitura – Questionamentos e discussões acerca dos textos.

7 Escrita - Produção e análise textual através de correção conjunta;

seminários; aulas expositivas.

8 Oralidade – Apresentação de textos produzidos, análise de textos

verbais e não verbais como figuras, desenhos, programas de Tv,

entrevistas entre outros.

Para a aplicação da abordagem teórico-metodológica serão utilizados

recursos pertinentes a cada momento. Trabalhos com filmes ou vídeos, o DVD e

assim por diante.

124

A interdisciplinariedade será trabalhada através dos texto que

apresentarão assuntos de outras disciplinas. A LEM tem uma vantagem em

relação às outras disciplinas pois a interdisciplinariedade pode ser feita com

todas as áreas do conhecimento.Pode-se estudar textos de Biologia, em inglês,

por exemplo.

No que diz respeito à língua materna, será utilizada sempre que

necessário, porém a língua alvo deve ser utilizada na maior parte do tempo.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos assim como a “História e

Cultura Afro”, “A História do Paraná”, “Meio Ambiente” e “História e Cultura dos

Povos Indígenas” serão abordados através da análise e produção de textos

referentes a esses assuntos, pesquisas e debates.

4 AvaliaçãoA avaliação escolar é parte importante do amplo processo de ensino-

aprendizagem.

De acordo com Luckesi “ a avaliação da aprendizagem necessita, para

cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção

da aprendizagem bem-sucedida...” (DCEs)

Para que os objetivos das DCEs em LEM sejam cumpridos é necessário

que as intervenções pedagógicas ultrapassem o conteúdo trabalhado, fazendo

com que o professor considere o engajamento discursivo dos alunos através da

interação verbal.

A avaliação acerca do texto deve ir além da lineariedade, o que é uma

prática constante. O aluno deve ser capaz de interpretar além do superficial.

Deve poder produzir sentidos, inferir, levantar hipóteses, reconhecer

intencionalidades e testar seus conhecimentos lingüísticos discursivos.

Assim como em outras disciplinas a avaliação em LEM deve ser vista

como meio de crescimento e desenvolvimento do processo educacional e não

como instrumento de medição e punição. Isso pode ser alcançado através de

discussão acerca da produção dos alunos, considerando que o erro é parte

natural no processo de aquisição de uma nova língua.

125

Os instrumentos de avaliação usados serão seminários, correção dirigida e

comentada de textos, produção e interpretação de textos, pesquisas, resenhas e

provas.

A recuperação paralela será realizada durante o processo de

aprendizagem, com atividades significativas, por meio de procedimentos

didáticos metodológicos diversificados, em momentos em que o professor e os

alunos identificarem dificuldades e sejam planejadas ações para superá-las.

Articuladas aos conteúdos e às Diretrizes, de modo a respeitar as diferenças

individuais durante o processo de aprendizagem.

5 Referências

GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem/ Henry A. Giroux; trad. Daniel Bueno _ Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

PADILHA PINTO, A. Gêneros discursivos e ensino de língua inglesa. In: DIONÍSIO, A. P.(Orgs). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de educação Básica: Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna – Inglês. Curitiba: SEED, 2006.

2.16 APOIO ESPECIALIZADO – SALA DE RECURSOS

1 Apresentação

A Educação, além de ser um direito de todos constitucionalmente, pode

ser definida como a base da vida social dos indivíduos, uma vez que é através

126

dela, que estes se reconhecem como cidadãos, ampliam sua cultura e

conhecimentos.

Nesse contexto, o Conselho nacional de Educação, Art. 3º da Resolução

nº 02 de 11/09/2001, o qual determina que a Instituição Escolar precisa

organizar-se para assegurar, apoiar, complementar e suplementar o atendimento

educacional a alunos que apresentam necessidades educacionais especiais em

todos os níveis, etapas e modalidades da Educação Básica.

Assim sendo, o Art. 59 dessa Resolução estabelece que “os sistemas de

ensino assegurarão aos educandos PNE, métodos, técnicas, recursos educativos

e organização para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a

conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e, aceleração

para concluir, em menor tempo, o programa escolar para os superdotados.

Com o propósito de cumprir o que determina a Lei de Diretrizes e Bases

LDB 9394/96, o serviço de apoio especializado na Rede Regular de Ensino, o

Colégio Estadual Nova Visão – EFM, de Chopinzinho, NRE de Pato Branco-PR,

disponibiliza a Sala de Recursos para esses alunos, cujo atendimento é realizado

por professora especialista, no horário oposto ao da turma regular.

Os objetivos da Sala de Recursos são:

Resgatar a auto estima dos alunos atendidos, com vista na superação,

gradativa e individual de suas dificuldades acadêmicas;

Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando

condições mais dignas de igualdade na vida acadêmica;

Procurar através desse entendimento, melhorar a sua integração social e

escolar evitando, com isso, a evasão escolar;

Envolver esses alunos com a comunidade escolar, desenvolvendo uma

consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de

cada individuo;

Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos,

utilizando metodologias e práticas variadas e individualizadas, quando

necessário, ao atendimento acadêmico.

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

127

Na Sala de Recursos os conteúdos serão integrados conforme

necessidade individual e / ou de grupo.

LÍNGUA PORTUGUESAEscrita

Produção de textos;

Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma escrita;

Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos;

Significado sãs palavras.

Leitura Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas

apresentadas nos mesmos, confrontando as idéias contidas e

argumentando com elas, atribuir significados à palavras;

Fazer contraste de textos, sendo estes sobre o mesmo tema;

porém, com linguagem diferente; tratados em tempos diferentes.

Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo a importância dos

sinais de pontuação.

Linguagem oral: Relatos de histórias, fatos, textos variados, filmes, entrevistas e

reportagens, etc:

Exposição de idéias e opiniões com seqüência, coerência e

objetividade.

Matemática: Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro

operações;

Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória,

concentração e operações numéricas;

Interpretação e leitura de gráficos;

Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e

registro;

3 Metodologia

128

A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma

metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações

reais e do dia-a-dia. Pois, através disso pretende-se resgatar o interesse e tornar

as aulas agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam que

suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de uma

forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades de

cada um, tirando as dúvidas mais freqüentes e que estão bloqueando o

segmento do processo de ensino-aprendizagem.

Sendo assim, procurar-se-á, trabalhar com:

Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos;

Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico;

Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para

que observem a forma correta da escrita;

Produção de textos utilizando sucatas em geral, recortes de revistas e

jornais, personagens variados;

Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e

reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia,

acentuação e coesão textual;

Leitura de gibis e fichas de leitura;

Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a

identificação de sinônimos e significados das palavras, utilizando o

dicionário e a lógica de sentidos;

Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de

comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora;

Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a

concordância e pontuação;

Jogos de sequência, para que observem a sequência de fatos e produção

de texto, reproduzindo a história seqüenciada;

Quebra-cabeças diversos;

Construção de frases, trava língua, poemas;

Atividades com jogos pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e

atenção;

129

Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de

divisão e multiplicação;

Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da

teoria à prática;

Construção da tabuada utilizando o material dourado;

Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras;

Dominós;

Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores

reais, que fazem ou fizeram parte do dia-a-dia, para que facilite a

compreensão e associação do conteúdo à realidade e, paralelamente,

estudando outras disciplinas;

4 Avaliação

Procurar-se-á detectar como se encontra a realidade para poder definir a

distância entre onde o aluno está e o que precisa atingir pela frente com relação

ao conteúdo, o seu nível cognitivo e psicológico, fornecendo material para

estabelecer qual a melhor metodologia a ser aplicada sendo um bom indicador do

trabalho do professor orientando e melhorando seu planejamento.

Com isso, buscará visualizar a avaliação como um todo, englobando todo

o processo, (antes, durante e depois) procurando entender o aluno como um

todo, seu aspecto cognitivo e emocional, e suas pré-concepções sobre os

conteúdos, para com base nestes dados, procurarmos elaborar estratégias

pedagógicas que venham de encontro com a situação, posteriormente

estabelecer mecanismos para visualizar em conjunto com os alunos, o que foi

assimilado, para podermos realizar os devidos feedback, em um primeiro

momento em grupo e, posteriormente, de maneira individualizada de acordo com

a necessidade.

A avaliação não terá um caráter classificatório, pois neste processo

entendemos, que a aprendizagem terá um objetivo de superação e compreensão

dos conteúdos defasados e, portanto, far-se-á de forma gradativa, processual,

130

conceitual e individualizada dentro das dificuldades e avanços diários de cada

um.

5 Referências

Cadernos da SEED;

MEIRIEV, Philippe. Aprender sim, mas como? Artemed, 1998.

SCHOVIS, Elizabeth e GRACE, Chy. Manual de Portfólio: Um guia passo a passo para o professor. Artmed, 2001.

Instrução nº 012/08 da SUED/ SEED.

2.17 SALA DE RECURSOS - ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

1 Apresentação

131

A Sala de Recursos é um espaço de fundamental importância na

investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais,

visando à suplementação de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes

habilidades dos sujeitos. A Sala de Recursos de Altas Habilidades e

Superdotação é um Serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica,

que suplementa o atendimento educacional realizado em classes comuns da

Educação Básica.

O público atendido são alunos regularmente matriculados que frequentam

o Ensino Fundamental e que apresentam altas habilidades/ Superdotação. Para

frequentar o aluno deverá ter, avaliação pedagógica no contexto escolar

complementada ou não com laudo psicológico. Esta avaliação deverá ser

realizada no contexto escolar do ensino regular pelos professores da classe

comum, professor especializado, pedagogo da escola, através da observação

direta e sistemática das expressões de habilidades, interesses, capacidade

intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo,

capacidade de liderança, talento especial para as artes e capacidade

psicomotora. Os resultados pertinentes à avaliação pedagógica, realizada no

contexto escolar, deverão ser registrados em relatório, com indicação dos

procedimentos de intervenção para o trabalho individualizado e ou coletivo, bem

como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente

datados e assinados por todos os profissionais que participaram do processo.

A clientela pode ser formada por alunos de diferentes estabelecimentos

devendo apresentar declaração de matrícula e relatório da avaliação pedagógica

com encaminhamento, assinado pelos profissionais responsáveis.

Este atendimento tem por objetivo enriquecer a aprendizagem,

oportunizando intervenção nas áreas das habilidades e interesses dos alunos,

com parcerias estabelecidas pela escola e outras instituições afins alem de

oportunizar o desenvolvimento nos relacionamentos intra e interpessoais,

priorizando o autoconhecimento e a socialização das pesquisas.

As intervenções pedagógicas da Sala de Recursos deverão ser elaboradas

a partir de um planejamento pedagógico de acordo com as características do

aluno podendo ser realizado por meio de projetos:

132

a) individual (projeto de interesse pessoal), ou;

b) grupo (campos de interesses e habilidades semelhantes);

c) encontros gerais (para desenvolver uma gama de atividades abertas e semi-

estruturados).

O planejamento deve ser reorganizado sempre que necessário, de acordo

com o trabalho desenvolvido pelo aluno ou grupo, objetivando a suplementação

curricular. O pedagogo e professor da Sala de Recursos devem prever contatos

periódicos com os demais professores da classe comum, sempre que se fizer

necessário, para o acompanhamento do desenvolvimento do aluno na Sala de

Recursos.

Sabemos que o tema das altas habilidades/ Superdotação é ainda pouco

discutido em nossas universidades, o que produz uma lacuna na formação dos

professores. Muitos saem de seus cursos sem terem a oportunidade de conhecer

esta área tão importante do desenvolvimento da criança. Para os pais, o

desconhecimento é ainda maior, uma vez que nossa sociedade ainda trata este

tema como tabu. A mídia, muitas vezes, nos dá uma ideia estereotipada sobre a

Superdotação, vista principalmente sob a ótica da pessoa academicamente

precoce e capaz de feitos maravilhosos. O termo “superdotado”, além de ser

apresentado de forma deturpada, gera confusões até mesmo entre as pessoas

com habilidades superiores, que não se percebem como superdotadas.

O apoio é prestado pela SEED e pelo NRE. A Secretaria de Educação

Especial, implantou em parceria com as Secretarias de Educação, em todas as

Unidades da Federação, os Núcleos de Atividades de Altas

Habilidades/Superdotação – NAAH/S. Com essa ação, disponibiliza recursos

didáticos e pedagógicos e promove a formação de professores para atender os

desafios acadêmicos, sócio-emocionais dos alunos com altas habilidades/

Superdotação. Estes Núcleos são organizados para atendimento às

necessidades educacionais especiais dos alunos, oportunizando o aprendizado

específico e estimulando suas potencialidades criativas e seu senso crítico, com

espaço para apoio pedagógico aos professores e orientação às famílias de

alunos com altas habilidades/ Superdotação.

Sempre que falamos em Superdotação, o que nos vem à mente é a figura

133

dos grandes gênios e visionários da humanidade. Albert Einstein, William

Shakespeare, Wolfgang Amadeus Mozart, Isaac Newton, Charles Darwin,

Leonardo da Vinci, Marie Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso estão entre os

relativamente poucos que ousaram inventar idéias inteiramente novas e quebrar

os paradigmas vigentes em suas áreas. Todos eles se destacaram em virtude de

suas realizações criativas, deram contribuições positivas para a humanidade e

elevaram o conhecimento humano, as ciências, a tecnologia, a cultura e as artes

a patamares inusitados. No entanto, chamasse a atenção, nos dias atuais, para o

fato de que essas mentes extraordinárias, a despeito de suas potencialidades

genéticas, não nasceram inteiramente prontas. Não há uma separação absoluta

entre tais pessoas e os seres humanos “comuns” como eu e você.

É comum a criança esconder ou negar suas habilidades, passando a

desenvolver problemas comportamentais ou psicológicos, a fim de melhor se

adaptar às demandas do ambiente escolar. Além disso, a maioria dessas

crianças demonstra um padrão desigual de desenvolvimento cognitivo, expresso

em diferenças entre o desenvolvimento intelectual e o emocional ou psicomotor,

por exemplo.

Torna-se nossa tarefa, enquanto educadores, conhecer os pontos fortes e

os interesses do aluno, suas necessidades cognitivas, sociais e afetivas

peculiares, a fim de dar-lhes oportunidades de construir seu próprio

conhecimento no seu próprio ritmo.

As pessoas com altas habilidades formam um grupo heterogêneo, com

características diferentes e habilidades diversificadas; diferem uns dos outros

também por seus interesses, estilos de aprendizagem, níveis de motivação e de

autoconceito, características de personalidade e principalmente por suas

necessidades educacionais. Entendemos que é tarefa dos educadores, sejam

eles professores ou pais, compreender a Superdotação em seus aspectos mais

básicos e assim se tornarem agentes na promoção do desenvolvimento dos

potenciais, de forma a poder atender as necessidades especiais desta

população.

Estudos estatísticos mostram que de 3% a 5% da população apresentam

potencial acima da media, em diversos contextos sociais, assim faz-se

134

necessário identificar os sujeitos com altas habilidades/Superdotação para

consolidar uma educação de qualidade que é um direito de todos.

As discussões sobre altas habilidades/Superdotação e talento, são

relativamente novas no Brasil, o que nos leva a reconhecer que as pessoas com

alto potencial acadêmico e elevada criatividade se encontram excluídas das

oportunidades que lhes permitem o desenvolvimento de seu maior potencial e o

alcance de um nível satisfatório de auto-realização, bem como usar sua

capacidade criativa a serviço de sua inteligência para trazer maiores

contribuições a si mesmo e à humanidade.

Gardner (apud CAMPBELL, 2000 p.21) define inteligência como: “a

capacidades para resolver problemas encontrados na vida real; a capacidade

para gerar novos problemas a serem resolvidos; a capacidade para fazer algo ou

oferecer um serviço que é valorizado em sua própria cultura.”

Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

altas habilidades/Superdotação é definido como: “grande facilidade de

aprendizagem que nos leva a dominar rapidamente os conceitos, os

procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de aprofundar e

enriquecer esses conteúdos deve receber desafios suplementares em classe

comum, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelo sistema de

ensino, inclusive para concluir em menor tempo, a série ou etapa escolar”.

(MEC/SEESP, 2001, p.39)

Através da teoria de Gardner (2000) sobre as Inteligências Múltiplas,

reforça-se a perspectiva intercultural da cognição humana. As inteligências são

linguagens culturais e ferramentas de aprendizagem e resolução de problemas e

criatividade e todos os seres humanos podem usar. Na sala de recurso Altas

Habilidades/Superdotação são levadas em consideração às inteligências

múltiplas em que cada educando apresenta, e buscado explorar tais

possibilidades através de adequadas metodologias que favoreçam o

desenvolvimento dos potenciais.

Considerando o exposto concorda-se com Günter (apud SABATELLA,

2008) , quando esclarece que a capacidade e o talento humano se desenvolvem,

135

e se expressam em produção superior, desde que o potencial seja identificado,

estimulado, acompanhado e orientado.

Considerando as políticas educacionais inclusivas, o educando deve ser

cada vez mais atendido em seus interesses, necessidades e potencialidades. A

Sala de Recursos Altas Habilidades/Superdotação no tocante ao atendimento

dos educando, provenientes da Rede Estadual de Ensino,encontra respaldo nos

seguintes pressupostos legais: Declaração de Salamanca (1994); Lei de

Diretrizes e Bases da Educação – LDB Lei 9394/96 nos Artigos nº 58 a 60;

Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares – Estratégias para

educação de alunos com Necessidades Educacionais Especiais – 1998; Plano

Nacional da Educação Lei 10172/01; Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica do Ministério da Educação – 2002; Deliberação no

02/03 – Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná; Manual de Estrutura e

Funcionamento da Modalidade de Educação Especial: Instrução nº 016/08.

O professor da Sala de Recursos deve: participar das atividades previstas

no Calendário Escolar; participar nos Conselhos de Classe realizados no

estabelecimento de ensino onde o aluno frequenta a classe comum; registrar

sistematicamente, o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos,

conforme plano de ação elaborado; orientar a flexibilização curricular juntamente

com a equipe pedagógica da escola e os professores da classe comum, quanto

ao enriquecimento curricular necessário, avaliação e metodologias que poderão

ser utilizadas no ensino regular, em atendimento às necessidades educacionais

especiais do aluno superdotado. Periodicamente, deverá ocorrer

acompanhamento da prática docente e reavaliação do trabalho proposto para

cada aluno, pela equipe pedagógica da escola e NRE, com a finalidade de

realizar ajustes ou modificações no processo de ensino e de aprendizagem.

A permanência do aluno na Sala de Recursos terá caráter transitório,

dependendo da natureza de suas necessidades pessoais e das atividades

programadas. O horário de atendimento deverá ser em período contrário ao que

o aluno está matriculado e frequentando a classe comum.

A Sala de Recursos deverá apresentar projeto próprio de atendimento,

aprovado pelo Conselho Escolar, em consonância com o Projeto Político-

136

Pedagógico da escola, especificando as formas de atendimento. O professor da

Sala de Recursos deverá registrar o controle de frequência dos alunos em Livro

de Registro de Classe próprio. Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos,

a responsabilidade de manter a documentação do aluno atualizada.

Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe

comum, deverá conter os relatórios de avaliação no contexto escolar, documento

Síntese da Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Relatório de

Acompanhamento Semestral.

O relatório semestral deverá ser elaborado em formulário próprio expedido

pelo Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional – Área de Altas

Habilidades/Superdotação. Cópia do Relatório Semestral deverá ser arquivado

na Pasta Individual do aluno. Anualmente, será realizada avaliação dos

resultados do trabalho realizado na Sala de Recursos, através de dados

estatísticos, preenchidos em formulário próprio.

O desligamento do aluno do Serviço de Apoio Especializado – Sala de

Recursos deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado

pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe pedagógica e, com

o apoio dos professores da classe comum, cujo relatório deverá ser arquivado na

Pasta Individual do aluno.

Na documentação de transferência do aluno, além dos documentos da

classe comum, deverá ser acrescentada cópia do relatório do processo de

identificação no contexto escolar e cópia do último Relatório de

Acompanhamento Semestral. A transferência do aluno para outro

estabelecimento de ensino não implicará no desligamento do aluno da Sala de

Recursos.

A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de ensino da

Rede Pública ou Particular que ofertem Educação Básica, só poderá funcionar

após estar devidamente, porém se autorizada pela SEED, por Ato próprio. Para

legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação e

cessação) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do Manual

de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial – DEEIN.

A família tem papel importante no desenvolvimento da criança com altas

137

Habilidade e Superdotação. Pais afetuosos e preparados, assim como um

professor motivador, enamorado pela disciplina que ensina, podem aumentar a

probabilidade da criança e do jovem a desenvolverem as habilidades necessárias

para dar, no futuro, contribuições expressivas à humanidade e, ainda, ter uma

qualidade de vida mais satisfatória.

Apesar de a inteligência geral apresentar uma grande predisposição

genética, outras habilidades cognitivas relacionadas à Superdotação podem

desenvolver-se ou declinar-se em função das experiências vivenciadas. Neste

ponto, a família aprece em posição de destaque.

Benjamin Bloom (1985) e seus colaboradores no final da década de 50

desenvolveram uma pesquisa que se tornou clássica e bastante conhecida na

área, envolvendo famílias de renomados nadadores, jogadores de tênis,

pianistas, escultores, matemáticos e neurologistas.

Bloom forneceu evidências de que pais que têm maiores chances de

influenciar positivamente no desenvolvimento da inteligência e do potencial de

seus filhos são os que: combinam apoio e altas expectativas para com o

desempenho dos filhos; encorajam a criança nos seus esforços para aprender

novas habilidades; providenciam recursos e oportunidades de aprendizagem

além daquelas fornecidas pelo ambiente escolar; estimulam seus filhos a se

engajarem na área de interesse o mais cedo possível, escolhendo o primeiro

instrutor com cuidado.

Bloom enfatiza ainda que o encorajamento e afetividade são essenciais no

caso dos primeiros instrutores ou professores dos anos iniciais da criança pré-

escolar. Mais do que a disciplina e a habilidade em si, estes devem,

fundamentalmente: ensinar com carinho e respeito à velocidade e estilo de

aprendizagem da criança; transformar as lições em atividades lúdicas; utilizar

mais o ensino individual do que o coletivo; desenvolver atividades em que os pais

possam participar e demonstrar interesse no que a criança aprendeu.

À medida que a criança se desenvolve, progride em seu aprendizado e

domina uma técnica ou habilidade, o papel do educador também se modifica,

tornando-se eventualmente mais centrado nas habilidades, na autodisciplina e no

ensino individualizado.

138

A educação inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e

legais dos direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica,

de formação docente e de gestão educacional para a efetivação do direito de

todos à educação, transformando as estruturas educacionais que reforçam a

oposição entre o ensino comum e especial e a organização de espaços

segregados para alunos público alvo da educação especial.

Nesse contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a

centralidade das políticas públicas para assegurar as condições de acesso,

participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares, em

igualdade de condições.

Na organização dessa modalidade na educação básica, devem ser

observados os objetivos e as diretrizes da política educacional, atendendo o

disposto na legislação que assegura o acesso de todos a um sistema

educacional inclusivo, onde se destacam:

- A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), define, no art. 205, a

educação como um direito de todos e, no art.208, III, o atendimento educacional

Especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de

ensino;

- A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), publicada

pela ONU e promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 6.949/2009, determina

no art. 24, que os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com

deficiência à educação; e para efetivar esse direito sem discriminação, com base

na igualdade de oportunidades, assegurarão um sistema educacional inclusivo

em todos os níveis;

- A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva (2008), tem como objetivo garantir o acesso, a participação e a

aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/Superdotação na escola regular, orientando

para a transversalidade da educação especial, o atendimento educacional

especializado, a continuidade da escolarização, a formação de professores, a

participação da família e da comunidade, a acessibilidade e a articulação

intersetorial na implementação das políticas públicas.

139

- O Decreto nº 6.571/2008, dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União

para ampliar a oferta do atendimento educacional especializado,

regulamentando, no art.9º, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB,

o cômputo das matrículas dos alunos da educação regular da rede pública que

recebem atendimento educacional especializado, sem prejuízo do cômputo

dessas matrículas na educação básica regular.

- A Resolução CNE/CEB nº 4/2009, institui Diretrizes Operacionais para o

Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, dispondo, no art.

3º, que a educação especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades,

tendo esse atendimento como parte integrante do processo educacional.

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva (2008, p.15) define o atendimento educacional especializado - AEE com

função complementar e/ou suplementar à formação dos alunos, especificando

que “o atendimento educacional especializado tem como função identificar,

elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as

barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades

específicas”.

Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino

para apoiar o desenvolvimento dos alunos público alvo da educação especial, em

todas as etapas, níveis e modalidades, ao longo de todo o processo de

escolarização. O acesso ao AEE constitui direito do aluno público alvo do AEE,

cabendo à escola orientar a família e o aluno quanto à importância da

participação nesse atendimento.

O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional

especializado, definido no §1º do art.1º, como o conjunto de atividades, recursos

de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente e prestados de

forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.

No §2º do art.1º, determina que o AEE integre a proposta pedagógica da escola,

envolvendo a participação da família e a articulação com as demais políticas

públicas.

Dentre as ações de apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação

previstas nesse Decreto, destaca-se, no art.3º, a implantação de salas de

140

recursos multifuncionais, definidas como “ambientes dotados de equipamentos,

mobiliários e materiais didáticos para a oferta do atendimento educacional

especializado”.

Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, a Resolução CNE/CEB

nº 4/2009, no art. 1º, estabelece que os sistemas de ensino devam matricular os

alunos público alvo da educação especial nas classes comuns do ensino regular

e no atendimento educacional especializado, ofertado em salas de recursos

multifuncionais ou centros de atendimento educacional especializado da rede

pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos;

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Nova Visão – EFM,

objetiva propiciar o desenvolvimento das habilidades e dos talentos dos alunos

com alto potencial, favorecer o desenvolvimento global; proporcionar vários tipos

de enriquecimento a um segmento maior da população escolar; oferecer

melhores oportunidades que atendam ao perfil de cada educando, bem como ao

seu ritmo de crescimento e aprendizagem; ampliar experiências e valorizar a área

do conhecimento; desenvolver hábitos de estudo, pesquisa e trabalho; criar um

clima de aprendizagem que resulte em maior produtividade e criatividade,

possibilitando a expansão dos interesses levando em conta áreas de interesse

dos educando.

2. Metodologia da disciplina

A aprendizagem visa ser ativa, com situações desafiadoras e com

adequado nível, de maneira a preparar alunos para lidar com problemas naturais

da vida, levando-se em conta as inteligências múltiplas que é próprio de cada

ser.Através de:

Aprendizagem Multimídia: animações, correio web, slides, filmes, vídeos;

Recursos tecnológicos: álbuns digitais, mensagem, vídeos e jogos; Produções:

Livros, poemas, artigos; Experimentando: realizando experiências que tem valor

e significado; Fazendo: agindo para que as coisas aconteçam; Pensando:

planejando ações e examinando ideias; Refletindo: estudando ações, ponto de

vistas e soluções; Oficinas de aprendizagem desenvolvidas em salas de aula

141

e/ou escola; Aprendizagem cooperativa; Aprendizagem global: Estímulo de

ambos os hemisférios cerebrais com vista à produção de experiências mentais

unificadas; Aprendizagem por Resolução de Problemas: Aprendizagem por meio

de soluções de problemas reais com vistas a preparar os alunos a participar da

solução de problemas sociais, Centrada em temas específicos de interesse do

aluno ou grupo; Estímulos em ambientes e contextos reais como fonte de

aprendizagem; Imersão simulada: Facetas do mundo real são trazidas para o

ambiente educacional que simula a realidade; Aprendizagem contextualizada,

integrada e ativa Ações;

As atividades visam: Fazer conexões entre diferentes disciplinas;

Favorecer a resolução de problemas que fazem sentido na vida do aluno; Permite

o uso de informações com propósito de produzir algo novo; Oportunizar o aluno a

atuar como verdadeiro investigador e construtor do conhecimento;

Entre os métodos e técnicas de ensino estão: Selecionar e refinar tópicos

por área de interesse; Listar a quantidade de recursos existentes na comunidade;

Decidir atividades específicas (tempestade de ideias); Divulgar (cartazes, cartas,

jornais, convites); Avaliar a atividade com todos os envolvidos; Técnicas de

observação, seleção, classificação organização, análise e registros de dados;

Técnicas de desenvolvimento de comunicações orais, escritas e gestuais;

Técnicas de resumos, trabalhos bibliográficos, esquemas, fechamentos,

relatórios, entrevistas, métodos de pesquisas; Criação da teia/mapa mental/mapa

conceitual.

3. Avaliação

A avaliação deve ter caráter diagnóstica ou de sondagem para que possa

informar a situação em que o educando se encontra, em que etapa de

desenvolvimento está em termos de aprendizagem, portanto ela tem a função de

promover a evolução do educando em todas as áreas do conhecimento .

O acompanhamento do aluno deverá ser sistemático e contínuo, registrado

em relatório semestral pelo professor da Sala de Recursos, que se utilizará das

142

informações e dos dados obtidos nas reuniões com pais, professores, equipe

pedagógica da escola e com os próprios alunos.

O processo de avaliação segue os princípios do Projeto Político

Pedagógico da escola tendo caráter formativo, ocorrendo para o educando de

forma contínua no desenvolvimento das atividades, levando se em conta a

curiosidade o interesse, o entusiasmo na execução das atividades tanto de

interesse quanto nas propostas pelo professor. Para o professor também tem

caráter formativo, pois a prática pedagógica se torna fonte de pesquisa e auto-

reflexão do trabalho, ou seja, a ação serve para a reflexão e esta deve gerar uma

nova ação com o objetivo de melhorar o processo educativo.

Estudos e discussões indicam que na superdotação mais do que obter

informações e conhecimentos, é preciso saber o que fazer com elas e este é um

dos desafios que o processo de avaliação precisa refletir pois, espera-se do

aluno a aplicação do aprendido em situações que requeiram ações e respostas

na solução de problemas reais.

4. Referências

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: 1988. Brasília:

Câmara dos Deputados, 10 ed. 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Diretriz Nacional para a educação especial na educação básica. MEC; SEESP, 2001.

BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes Nacional LDB-9394/96 de 20

de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 1998.

BLOOM, Benjamin S, ent Desenvolvimento ed Tal nos Jovens de Nova Iorque: Ballantine. Livros, 1985.

CAMPBELL, Linda. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: RS, Artes Medicas Sul, 2ª Ed. 2000.

143

SABATELLA, Maria Lúcia Prado. Talento e Superdotação: problema ou solução?. Curitiba: PR, Ibpex, 2ª ed., 2008.

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Acesso 29/10/2010.

2.18 CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA VISUAL – CAE-DV

1 Apresentação

144

Se a escola é para todos, não pode ser omissa à garantia deste direito.

Conforme afirma Kassar (2004, p. 65): “[...] educação hoje é um direito do

homem, construção e conquista humana, e deve levar à efetivação de uma vida

com qualidade para todas as pessoas”.

O Centro de Atendimento Especializado na área da Deficiência Visual é

um serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor habilitado, que tem

como objetivo oferecer apoio complementar para a superação das dificuldades

dos alunos Deficientes Visuais nas salas regulares, por meio de experiências

multi-sensoriais contextualizadas, acesso a equipamentos específicos, materiais

pedagógicas adequados, orientações e mobilidade com trabalho itinerante ao

aluno, envolvendo a comunidade escolar e familiar do aluno.

É essencial ressaltar a importância deste Centro como recurso para os

educandos e não como uma sala de reforço escolar.

Pautando-se em uma “inclusão responsável”, o governo do Paraná em

detrimento à Educação Especial é referencia no país, pois a DEEIN

(Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional) propiciam

educação de qualidade para os alunos com necessidades educacionais

especiais. Cabendo ressaltar aqui as DCEs da Educação especial que viabilizam

a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes

comuns do ensino regular, como meta das políticas da educação, exige interação

constante entre professor da classe comum e dos serviços de apoio pedagógica

especializado, no caso aqui o CAEDV.

O atendimento no CAEDV caracteriza-se por ser uma modalidade de

atendimento prestada pela escola em período contrário ao turno de sala de aula

do ensino regular, o qual possibilita novas oportunidades ao educando com

deficiência visual, no sentido de utilizar-se de seus sentidos remanescentes e

novas experiências, para elaborar o saber escolar, sendo que o professor (a) não

deverá repetir os mesmos procedimentos ou atividades que são realizadas em

sala de aula comum e ainda deve ser um conjunto de procedimentos e

instrumentos específicos, mediadores do processo de apropriação e produção

de conhecimentos do aluno com deficiência visual através da utilização de:

145

sistema Braille; técnicas específicas no uso do sorobã; materiais didáticos

adaptados; orientação e mobilidade; desenvolvimento da eficiência visual (com

ou sem uso de recursos ópticos); técnicas específicas de atividades de vida

prática e diária (AVD e AVP), ou mais especificas atividades de vida

autônoma(AVA).

O trabalho no CAEDV faz alusão à importância histórica quanto ao

atendimento aos educandos com deficiência visual, pois percebe-se que a

Educação Inclusiva surgiu na Conferência Mundial sobre Educação para

todos, ocorrida em Jomtien, na Tailândia, em 1990. Acontecimento que

propiciou firmar compromissos para as pessoas portadoras de deficiência no que

diz respeito à igualdade de acesso à educação (Declaração Mundial sobre

Educação para Todos). Em 1994 esse compromisso foi reafirmado na

Conferência Mundial de Educação Especial, realizada em Salamanca, Espanha.

No Brasil, o início do atendimento especializado foi marcado logo em 1854

por Dom Pedro II ao fundar na cidade do Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos

Meninos Cegos, em 1891 passou a se chamar instituto Benjamin Constant. Em

1957, a educação do deficiente foi assumida em nível nacional, pelo Governo

Federal. No ano de 1961, já estava vigorando a primeira Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Nessa Lei foram escritos dois artigos (88 e 89)

referentes à educação dos excepcionais, garantindo, dessa forma, o direito à

educação das pessoas deficientes, pelo menos na letra da lei, dentro do sistema

geral de ensino, estava garantido a integração das pessoas deficientes na

comunidade. Dessa mesma forma a Lei nº 5764 de 11 de agosto de 1971,

garantia aos deficientes o recebimento de tratamento especial nas escolas e mais

tarde se deu a criação do Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp),

ligado ao Ministério de Educação e Cultura em 1857, no Rio de Janeiro o Imperial

Instituto dos Surdos – Mudos que atualmente é conhecido como INES – Instituto

Nacional de Educação de Surdos.

Percebe-se claramente que, a trajetória histórica da Educação Especial,

apesar de ser uma luta constante em busca dos direitos das pessoas que

apresentam algum tipo de deficiência, está cada vez mais ganhando espaço,

favorecendo assim o atendimento dessa clientela, visando oferecer

146

oportunidades de igualdades a todos os alunos, sendo que todos devem ter as

mesmas oportunidades independente das suas condições é o que prevê a Lei de

Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, nº 9.394/96.

O número de deficientes visuais é crescente em países com grandes

desigualdades sociais e no Brasil aumenta nas regiões mais pobres incluindo

pessoas com baixa visão e pessoas cegas.

Os graus de deficiência visual podem variar, ocorrendo desde uma perda

pequena da capacidade visual até a cegueira. O aumento da expectativa de vida

das pessoas e o desenvolvimento de novas tecnologias médico-hospitalar são

fatores que contribuem para o aumento do número de pessoas com deficiência

visual.

Vygotsky (1995) mostra que as funções mentais da pessoa cega, são

tematizadas desde a Antiguidade. Para o autor, a cegueira não é só a falta de

visão (o defeito de um órgão particular), mas algo que provoca uma grande

reorganização de todas as forças do organismo e da personalidade, o que faz

dela não só uma deficiência, mas também uma manifestação de capacidades de

força. Na Antiguidade, a cegueira era considerada uma enorme infelicidade e

provocava um medo supersticioso. Resquícios deste medo ainda podem ser

observados em nossa época. A vertente religiosa considerava o cego como

alguém dotado de luz espiritual e capaz de profecias.

Através desde pequeno histórico, é possível perceber que a Educação

Especial ao longo dos anos vem enfrentando lutas para conquistar vitórias, as

quais cada vez mais estão ganhando espaço no meio tanto social, quanto

educacional.

O CAEDV tem como objetivo geral propiciar através da utilização de

recursos e ações pedagógicas específicas à apropriação e produção do

conhecimento científico, bem como acesso as informações de maneira, que o

aluno com deficiência visual adquira independência e autonomia para sua

inclusão social.

O atendimento no Colégio Estadual Nova Visão aos portadores de

deficiência visual é feito desde o ano de 2008, mas somente no ano de 2009 esta

147

se efetivando como atendimento especializado ao deficiente visual ( DV ) com

acompanhamento pedagógico individualizado.

Muitos foram os progressos no que se refere a aprendizagem. Objetiva-se

de forma específica apoiar o aluno DV em atividades que venham de encontro às

suas expectativas no que se refere a aprendizagem mediando os ensinamentos

da sala de aula do ensino regular com o Centro de Atendimento Especializado na

Área da Deficiência Visual.

Para Kirk e Gallagher (1991) a classificação da cegueira é baseada em um

padrão de eficiência visual, que é de certo modo abstrato. Sendo utilizada, cada

vez mais, uma definição funcional que enfatiza os efeitos da limitação visual

sobre a habilidade crítica da leitura. O instrumento padrão usual é a Escala de

Snellen, que consistem em fileiras de letras de tamanhos decrescentes que

devem ser lidas a uma distância de 20 pés. Os escores são baseados na

exatidão com que a pessoa com deficiência visual foi capaz de identificar as

fileiras de letras utilizando um olho de cada vez.

1. Pessoa Cega: é aquela que possui perda total ou resíduo mínimo

de visão, necessitando do método Braille como meio de leitura e escrita e/ou

outros métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para o processo

ensino-aprendizagem.

2. Pessoa com baixa visão: é aquela que possui resíduos visuais em

grau que permitam ler textos impressos à tinta, desde que se empreguem

recursos didáticos e equipamentos especiais, excluindo as deficiências facilmente

corrigidas pelo uso adequado de lentes (BRASIL. Ministério da Educação e do

Desporto, 1993).

2 Conteúdos estruturantes/ Básicos da disciplina

O Centro de Atendimento Especializado na Área da Deficiência Visual

apresenta conteúdos básicos a serem trabalhados com os educandos com

deficiência visual, tais como o uso do Braille com prancheta e punção, datilografia

na máquina Perkins Brailler, o uso do Sorobã e as técnicas de Orientação e

Mobilidade/uso da bengala, além de AVA(atividades de vida autônoma).

148

Como conteúdos específicos, o ensino do Braille e sua aplicação nos

conteúdos da série regular vem compor o quadro dos conteúdos do Centro de

Atendimento Especializado na área da Deficiência Visual.

3 Metodologia da disciplina

Após a coleta de dados de cada caso, ou seja, de cada aluno com

deficiência visual, é feito um plano de trabalho de maneira a atender as

especificidades do aluno com deficiência visual, tais como:

Favorecer experiências sensoriais e perceptivas (auditiva, olfativa,

gustativa, táteis e cinestésica)

Trabalhar com atividades da vida autonoma (AVA);

Ensinar técnicas básicas de Orientação e Mobilidade e locomoção

independente no ambiente escolar e comunidade;

Ensinar leitura e escrita braille;

Oferecer o ensino de datilografia braille na máquina Perkins

Brailler;

Favorecer situações que trabalhem o ajustamento pessoal e social;

Trabalhar com equipamentos e programas específicos de

informática (sintetizadores de voz e ampliadores de tela);

Ensino das técnicas de Sorobã;

Treinamento de visão residual;

Transcrição de material braille/tinta/braille;

Adaptação de materiais em relevo;

Ampliações de textos e provas, bem como a produção de materiais

escritos em Braille.

4 Avaliação

Nos diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº

9.394/96 , que a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo

de aprendizagem, sendo que os aspectos qualitativos devem prevalecer sobre os

quantitativos. Porém, para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial que

149

os professores conheçam cada um de seus alunos e suas necessidades, pois

somente assim, poderá pensar em diferentes alternativas para que todos os

alunos alcancem os objetivos. Nesta perspectiva, a avaliação parte de duas

premissas básicas: confiança na possibilidade dos educandos construírem suas

próprias verdades e a valorização de seus interesses e manifestações.

A avaliação deve estar destinada a informar a situação em que se

encontra o educando, no que se refere ao desenvolvimento da sua

aprendizagem. Esta avaliação se dá de forma contínua, formativa, sistemática

processual, visa acompanhar as aquisições sucessivas que o aluno vai fazendo,

considerando seus avanços e conquistas, estabelecendo relações entre as ações

e as estratégias para trabalhar as dificuldades de forma a serem superadas. Os

resultados vão sendo registrados através de anotações em caderno para

avaliações, suas produções e desempenho. Assim, a avaliação do educando é

um processo permanente de reflexão e ação, entendido como um constante

diagnóstico investigativo, tanto do conhecimento que o aluno traz para a sala de

aula como do uso desse conhecimento em seu grupo e as formas culturalmente

constituídas de se construir esse conhecimento. Desta forma, há uma busca de

compreensão por parte dos professores do que significa “partir do conhecimento

do aluno” ou “levar em consideração a cultura e as necessidades educativas

especiais do educando”, assim como: obter dados específicos da aprendizagem

do aluno, daquilo que foi ou não foi aprendido e que ainda gera dúvidas para que

possa reformular suas práticas, buscando localizar os fatores que possam facilitar

a aprendizagem e as causas das dificuldades.

Cabe ressaltar que a avaliação formativa ocorre no transcorrer do trabalho

realizado com e pelo aluno. Quanto ao processo avaliativo que resulta em notas,

este fica a cargo dos professores das diferentes disciplinas, da série regular, pois

trata-se do momento processual de avaliação.

5 Referências

-KASSAR, M.C.M. (Docente), 2004, O professor e o processo educacional do aluno que apresenta deficiência; Revista de Educação, v.16 n.1, p.65.

150

-MAZZOTA, Marco José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

-BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes Nacional LDB-9394/96 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 1998.

-MEC- Ministério da Educação, Revista: Benjamin Constant, Ano 14, Número 41, Dezembro de 2008.

-Site:http://www.efdeportes.com/efd93/defic.htm

2.19 CELEM - ESPANHOL

1. Apresentação da disciplina

151

A Proposta do CELEM se fundamenta nos aspectos legais historicamente

representados pela Resolução nº. 3.546/86, de 15 de agosto de 1986 que

regulamenta a criação dos Centros de Língua Estrangeira Moderna (CELEM), na

Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. A regulamentação do CELEM

ocorre com a instrução nº. 01/1988. A constituição das turmas e clientela sofre

modificações com a Instrução nº. 01/1988 (30% das vagas à comunidade);

Resolução nº. 4219/1999(vagas p/ professores e alunos); Resolução

92/2002(vagas p/ professores, funcionários e alunos). Mas foi somente em 2004

com a Resolução nº. 2137/2004 que a oferta das vagas toma como referencia o

percentual calculado sobre o nº. de alunos regularmente matriculados,

envolvendo alunos, professores, funcionários e comunidade.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino da

Língua Estrangeira, ao longo da história aconteceram mudanças no contexto

histórico, social, político e econômico no Brasil, e essas mudanças também

ocorreram nas propostas curriculares de ensino e consequentemente no de

Línguas Estrangeiras, isso tudo para atender as novas perspectivas e propiciar a

aprendizagem dos conhecimentos.

No inicio da colonização que ocorreu principalmente no litoral brasileiro,

houve preocupação de expandir o catolicismo e nesse contexto, coube aos

jesuítas essa expansão e também a de ensinar o latim aos povos que habitavam

esse território.

Porem em virtudes da desumanidade e exploração que os povos

indígenas sofreram houve a expulsão dos padres jesuítas dos territórios

portugueses e com isso a contratação de professores não-religiosos, sendo parte

integrante do currículo as línguas grega e latim, consideradas de suma

importância para o desenvolvimento da literatura.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública passou-se a ensinar inglês,

francês e depois alemão e bem mais tarde o italiano também.

Com a Segunda Guerra Mundial que se iniciou em 1939, o Brasil se

posicionou contra a Alemanha e o alemão foi excluído do ensino de línguas e em

seu lugar passou-se a ensinar o espanhol como matéria obrigatória, porém era o

latim a língua clássica. Sendo que o que o MEC preconizava para a disciplina de

152

língua estrangeira era que a mesma deveria contribuir para a formação do

aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e a reflexão sobre as

civilizações estrangeiras e de outros povos, por isso o espanhol passou a ser

permitido oficialmente para compor o currículo porque a presença de imigrantes

espanhóis era restrita no Brasil.

A Língua Espanhola foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo

às suas tradições e a história nacional, assim o espanhol passou a ser

incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano que devido a

Segunda Guerra foram desprestigiados no Brasil.

Com a dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos

durante e pós guerra, intensificou-se o ensino de inglês.

Na década de 1950 houve mudanças nos rumos da educação e, as

exigências do mercado fizeram com que diminuísse a carga horária das línguas

estrangeiras pelas disciplinas técnicas.

Com a LDB nº 4024/61 que determinou a retirada da obrigatoriedade do

ensino de língua estrangeira no colegial e intensificou a valorização do inglês.

Já na década de 1970 com a Lei 5692/71 o governo militar desobrigou a

inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus sob

o argumento de que a escola não deveria se prestar para porta de entrada de

cultura estrangeira, fazendo assim com que somente alunos do privado

aprendessem línguas estrangeiras.

Em 1976 já voltou a obrigatoriedade da língua estrangeira no segundo

grau, com uma hora semanal, somente por um ano e sendo um único idioma.

Devido a isso os professores do Estado do Paraná, insatisfeitos,

organizaram movimentos pois o Colégio Estadual do Paraná contava com

professores de latim, grego, francês, inglês e espanhol e desses movimentos

conseguiram a criação do Centro de Línguas estrangeiras no Colégio Estadual do

Paraná. Em 1982 este colégio passou a ofertar aulas de inglês, espanhol, frances

e alemão aos alunos no contraturno.

153

A valorização dessas línguas se intensificou com a inclusão das Línguas

Espanhola, Italiana e Alemã nos vestibulares da universidade Federal do Paraná

a partir de 1982.

Em decorrência dessas movimentações, em 1986 a Secretaria de Estado

de Educação criou oficialmente os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM) como forma de valorizar o plurilinguismo.

Para destacar o Brasil no Mercosul, em 05 de agosto de 2005, foi criada a

Lei 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos

estabelecimentos de Ensino Médio e com isso ampliou o número de escolas que

ofertam cursos do CELEM.

Baseada em dar suporte aos educando sobre a cultura de outros povos e

consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no

princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas

essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e

oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as

Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos

que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social e

cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno do

Colégio Estadual Nova Visão perceba e compreenda a diversidade cultural e

linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente construa

significados em relação ao mundo em que vive.

Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser

apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:

Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Vivencie, na aula de espanhol, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos

e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

Tenha maior consciência sobre o papel da Língua espanhola na

sociedade;

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

154

Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o

trabalho pedagógico com a Língua Espanhola, com o objetivo de levar o

educando à “apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento

de compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE,

2009, p. 52).

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o

aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade

de analisar o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições

de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir,

pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua

formação.

2. Encaminhamentos Metodológicos

Ao ofertar o CELEM, o Colégio Estadual Nova Visão objetiva atender

alunos e comunidade a que demonstra interesse em aprender o Espanhol de

forma a ampliar conhecimentos e visões do mundo. Proporcionando aos

estudantes, comunidade escolar e comunidade geral a estrutura do Colégio

Estadual Nova Visão a estudar a língua espanhola com atividades que estimule

seu crescimento pessoal, em ambiente saudável e multicultural.

O conteúdo Estruturante “ Discurso como prática social’ será o norteador

para as aulas de língua espanhola, partindo de um texto que pode ser verbal ou

não-verbal como unidade de linguagem em uso, trabalhando questões

lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, utilizando assim a leitura, a

oralidade e a escrita.

Nesse contexto serão abordado os vários gêneros textuais, em atividades

diversificadas, analisando a função do gênero estudado no momento, sua

composição, a distribuição de informações, a intertextualidade, os recursos

coesivos, a coerência e, buscando uma reflexão sobre o uso de cada gênero, e

posteriormente o estudo da gramática quando este se fizer necessário para que

os alunos se expressem ou construam sentidos as suas produções.

Estudando os diferentes gêneros, busca-se aproveitar o conhecimento que

o aluno possui da língua materna, interagindo com a variedade discursiva para

155

que o mesmo possa vincular o que estuda com o que o cerca, possibilitando

ampliar seus conhecimentos linguísticos-culturais, percebendo as implicações

sociais, históricas e ideológicas presentes no discurso.

Os temas “História e Cultura Afro”, “História do Paraná”, “Meio Ambiente”,

“História e Cultura dos Povos Indígenas” e os Desafios Educacionais

Contemporâneos serão trabalhados através de relatos históricos, sinopses de

filmes, diálogos, cartazes, musicas, artigos de revistas, artigos de internet,

pesquisas que serão socializadas em sala de aula, cada aluno expondo a sua

para ampliar os conhecimentos e debatendo sobre a assunto. Procurando assim

fazer uma interdisciplinaridade para enriquecer a compreensão desses

conteúdos.

Desde o início das aulas, se incentivará a reflexão e a participação ativa

dos alunos, trabalhando individualmente ou em equipes, anotando as conclusões

e procurando praticar constantemente o idioma.

A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas,

trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em

busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro

didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV

multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e a

cultura.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA - Oralidade

-Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

-Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

-Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos;

-Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

-Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões

sobre os  diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas 

e outros;

156

-Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,

como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem

entre outros.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – Leitura

Práticas de leitura as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2009, p. 66). Deve-se:

Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

Desenvolver atividades de leitura em três etapas:

Pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes à

temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes

mesmo da leitura);

Leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente

construídas);

Pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e

escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).

Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais,

como: gráficos, fotos, imagens, mapas;

Socializar as idéias dos alunos sobre o texto;

Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades

próprias de diferentes gêneros:

Temáticas (o que é dito nesses gêneros);

Estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos

linguísticos);

Composicionais (a organização, as características e a sequência

tipológica).

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA- Escrita

157

Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor,

do gênero, da finalidade;

Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

Acompanhar a produção do texto;

 Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos

(idéias), dos elementos que compõem o gênero;

Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade

temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

O material de apoio será organizado, produzido pelo professor responsável

sempre tendo como base os conteúdos propostos e a realidade da turma

trabalhada.

3. Conteúdos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,

oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os

gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação, indicadas pelo

CELEM:

CONTEÚDOS BÀSICOS: P1

Esfera cotidiana de circulação:Bilhete

Carta pessoalCartão felicitações

Cartão postalConvite

Letra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:

AnúncioComercial para

radioFolder

ParódiaPlaca

Publicidade

Esfera produção de circulação:

BulaEmbalagem

PlacaRegra de jogo

Rótulo

Esfera jornalística de circulação:

Anúncio classificados

CartumCharge

EntrevistaHoróscopo

Reportagem

158

ComercialSlogan

Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:

AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:

CartazDiálogo

Exposição oralMapa

Resumo

Esfera literária de circulação:

ContoCrônicaFábula

História em quadrinhos

Poema

Esfera midiática de circulação:

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)TelejornalTelenovelaVideoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centrados no leitor:

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais

como conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

159

Conteúdo temático do gênero;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

 Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,

travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto.

PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

 Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

160

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

 Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,

formação das palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e

explicitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

Acentuação gráfica;  Ortografia;  Concordância verbal e nominal.

CONTEÚDOS BÁSICOS: P2Esfera cotidiana de circulação:Comunicado

Curriculum VitaeExposição oral

Ficha de inscriçãoLista de compras

PiadaTelefonema

Esfera publicitária de circulação:

AnúncioComercial para

televisãoFolder

Inscrições em muroPropagandaPublicidade Institucional

Esfera produção  de circulação:

Instrução de montagem

Instrução de usoManual técnicoRegulamento

Esfera jornalística de circulação:

Artigo de opiniãoBoletim do tempo

Carta do leitorEntrevista

NotíciaObituário

Reportagem

Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContrato

LeiOfício

ProcuraçãoRequerimento

Esfera escolar de circulação:

Aula em vídeoAta de reuniãoExposição oral

PalestraResenha

Texto de opinião

Esfera literária de circulação:Contação de

históriaConto

Peça de teatroRomance

Sarau de poema

Esfera midiática de circulação:

Aula virtualConversação ChatCorreio eletrônico

(e-mail)Mensagem de texto

(SMS)Videoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centrados no leitor:

161

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centrados no texto:

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais

como conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centrados no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos com posicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

162

Referência textual.

 Fatores de textualidade centrados no texto:

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,

travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto;

Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas,

negrejadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;

Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens

lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centrados no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

 Fatores de textualidade centrados no texto:

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

163

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,

formação das palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e

explicitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal.

4. Avaliação

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu

verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da

aprendizagem bem sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da

aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero

instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura

como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das

dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no

processo de ensino aprendizagem.

O aluno será avaliado constantemente, através de sua participação nas

atividades propostas,que serão atividades de leitura compreensiva de textos,

produção de texto, pesquisas, trabalho em grupo, atividades com textos literários

bem como de testes orais e escritos, registrando-se os resultados de acordo com

as determinações da secretaria, sendo necessário que o aluno obtenha a nota

6,0(seis virgula zero), conforme Regimento Escolar, para aprovação.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do

significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das

avaliações ao longo do processo de aprendizagem.

164

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração,

alem do citado e objetivado no PPP e Regimento Escolar o sugerido pelo

CELEM:

Espera-se que o aluno quanto à oralidade: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou

informal);

 Apresente suas idéias com clareza, coerência;

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

Organize a sequência de sua fala;

Respeite os turnos de fala;

 Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

Exponha seus argumentos;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário

em língua materna);

 Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar

necessário.

Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos

gramaticais) e elementos culturais.

Espera-se que o aluno quanto à leitura: Realize leitura compreensiva do texto;

Identifique o conteúdo temático;

Identifique a idéia principal do texto;

Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

 Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo;

Analise as intenções do autor;

 Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a

referência textual;

165

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual.

Espera-se que o aluno quanto à escrita: Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos

gramaticais) e elementos culturais.

Expresse as idéias com clareza;

Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do

professor,  atendendo:

 Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

 À continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

 Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

 Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e

função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;

Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

em conformidade com o gênero proposto;

Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos atrelados aos gêneros trabalhados;

 6. Referências COLÉGIO ESTADUAL NOVA VISÃO.ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, Projeto Político Pedagógico.CHOPINZINHO, Paraná – 2008.

LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006.

MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – DF, 2004.

PASSOS A. VEIGA, Ilma.; Projeto-Político-Pedagógico da escola – uma construção possível. Editora Papirus – 20ª edição, 2005.

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2008.

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SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do projeto político-pedagógico. Curitiba, 2006.http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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