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AAFIPERJ - ASSOCIAÇÃO DOS AUDITORES FISCAIS E PENSIONISTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA, CONFORME LEI 6.240 DE 16 DE MAIO DE 2012

“A Situação é Trágica no Estado do Rio”

Dentro das preocupações que direcionam o pensamento de nossos associados mais atentos no tocante à “o que fazer” diante da atual crise econômica, resolvemos criar um Comitê composto por auditores inativos com longa experiência na área de tributação e análise, tanto macro como microeconômica das finanças públicas. Surgiram então algumas sugestões que nos parecem úteis neste enfrentamento.

Como é do conhecimento geral, temos sido vítimas de empresas absurdamente predadoras ambientais, que enriquecendo às nossas custas, exploram nossos recursos petrolíferos sem contrapartida para aqueles que são os verdadeiros proprietários dessa riqueza. Quando se extinguir o petróleo explorado só restará ao Estado do Rio poços vazios. As Empresas fecharão as portas e irão embora.

Nos parece que é preciso considerar que estas empresas são entidades jurídicas, cuja responsabilidade é relativa.

No nosso entender é necessária uma punição àqueles que as dirigem e que, na ambição de lucros astronômicos, tomam decisões que vêm a prejudicar nosso Estado Rio, que é o detentor das jazidas de combustíveis fósseis.

(Permitimo-nos anexar matéria publicada em O Globo de 06.02.2015 por ser bastante elucidativa).

Nós da AAFIPERJ sempre atentos a nossa parceria e diante da profunda relação existente entre a questão da exploração petrolífera e a grave situação financeira de nosso Estado, estamos levando a sua apreciação sugestões que representam alternativas viáveis para contribuir na solução dos problemas econômicos que vive o Estado do Rio.

A lei N° 7182 de 29-12-2015, que institui a taxa de controle, monitoramento e fiscalização ambiental das atividades de pesquisa, lavra, exploração e produção de petróleo e gás TFPG, no Estado do Rio de Janeiro teve sua inconstitucionalidade arguida pelo FIRJAM. Esta ainda fez uma solicitação ao CNI, que representa o setor em nível nacional, no sentido de questionar a referida lei por meio de ADIN, no Supremo Tribunal Federal.

Rua José Clemente, 94, Salas 801 e 802 - Centro - Niterói – RJ – CEP. 24020-105CNPJ: 05.672.440/0001-09 Tel.: 2621-3322 Fax: 2620-9971

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Mais recentemente um grupo de seis petrolíferas de grande porte entraram também com ações na justiça contra a cobrança de uma taxa de fiscalização e a incidência de ICMS sobre a produção de petróleo. O secretário do desenvolvimento econômico do Estado Mario Capute, disse em matéria publicada em O Globo, que cabe ao Executivo cobrar o que acha justo e que as empresas podem “lutar” por seus direitos.

Pois bem: Caso sejam concretizadas as ações citadas, sugerimos, como alternativa, a criação de uma contribuição financeira de controle, monitoramento e fiscalização ambiental das atividades de pesquisa, lavra, exploração e produção de petróleo e gás do Estado do Rio de Janeiro, “CDA”, que incidiria sobre o barril de petróleo importado ou produzido no país.

É importante a alteração da “taxa” da lei 7182 para “contribuição” na criação sugerida.

A oportunidade dessa decisão decorre de medida semelhante tomada por OBAMA (segundo matéria publicada em O Globo de 10-02-2016, no caderno economia) Presidente da Primeira Economia do mundo, criando a cobrança de um tributo incidindo sobre o barril de petróleo importado ou produzido no país, para financiar a infraestrutura de transporte público e programas para geração de combustíveis verdes. A estimativa na casa branca, segundo o “New York times”, é que somente esse tributo geraria uma arrecadação de cerca de US$320 Bilhões em 10 anos.

No caso brasileiro, o resultado dessa cobrança serviria para compensar as perdas oriundas da mudança do sistema de concessão de exploração dos poços petrolíferos para o sistema de partilha.

Segundo notícias veiculadas na imprensa, existem na justiça 3.500 processos em andamento relacionados a débitos tributários devidos pelas companhias como a Petrobrás.

O passivo chega a R$10 bilhões e que as petrolíferas ainda vêm deixando de recolher aos cofres do Estado R$1 bilhão por ano, e que entre as principais disputas judiciais, estão o não recolhimento do ICMS em operações de transferência de combustíveis a embarcações afretadas e o não recolhimento do imposto de importação referente a insumos.

Permitimo-nos sugerir a Vossa Excelência a criação de uma força tarefa, composta de auditores fiscais especializados nesta matéria, membros do Ministério Público Federal e Estadual, membros da Polícia Federal e Estadual, para apuração das sonegações fiscais,





tipificando como crime tais procedimentos, além da reclamação com a lavratura de autos de infração cobrando os tributos devidos.

Essa força tarefa assim constituída poderia estender os exames das operações do TLMS, nas áreas de telecomunicações, energia elétrica, substituição tributária, que junto com o petróleo representam 85% do ICMS arrecadado no Estado.

Pois bem: nossos receios se concretizaram, Globo - Quinta-Feira 24.03.2016, “Justiça dá liminar a petroleiras”, empresas ficam isentas de novos tributos na exploração de petróleo no Estado do Rio.

Nos causa profunda decepção a continuação da matéria em que se notícia que o “governo avalia se vai recorrer das liminares”. O governo do Estado do Rio de Janeiro informou, que ainda está avaliando se vai recorrer. Bem, ou a lei que criou uma taxa de fiscalização sobre o setor de petróleo e gás (TFPG) foi mal redigida, fora dos normas jurídicas, ou aqueles que redigiram a lei não tinham conhecimento para tal, o que demonstra uma total desorganização na área tributária do RJ.

Outrossim, considerando a evolução dos acontecimentos de penúria e quase insolvência do nosso Estado (sua casa), que nos permita dizer, hoje se tornou uma figura nacional merecidamente. O nosso comitê de crise chegou à conclusão que tendo em vista estarmos na situação atual, por exclusiva responsabilidade de um pacto federativo originário de uma ditadura, que centralizou quase toda a arrecadação de tributos, contribuições e taxas no comando do governo federal, não vemos outra alternativa, senão um estudo e apresentação de um projeto contemplando um novo “pacto federativo”, com uma redistribuição equitativa dos serviços e deveres dos Estados, que na realidade são a nossa casa, é onde moramos e vivemos, a União é uma instituição necessária obviamente mais não pode e não deve exercer uma ditadura com os entes federativos.

Permitimo-nos sugerir também um estudo aprofundado para reformulação da estrutura da SEF, que está ultrapassada no nosso entender, e deveria se adequar às modernas normas de gestão, adquirindo uma maior eficiência na fiscalização e cobrança dos tributos devidos ao Estado.

Finalmente achamos importante colocar a sua superior apreciação a sugestão abaixo, porque entendemos que haveria um amplo aplauso popular a qualquer medida efetiva para fazer cumprir na prática, a lei de 2013, sobre a obrigatoriedade de autenticação eletrônica dos boletos e documentos de compensação Bancária (Lei N°6575), pois como acontece em todos os Bancos a autenticação térmica desaparece em pouco tempo.

A Diretoria da AAFIPERJ representada pelo

Presidente do Conselho Deliberativo Rua José Clemente, 94, Salas 801 e 802 - Centro - Niterói – RJ – CEP. 24020-105

CNPJ: 05.672.440/0001-09 Tel.: 2621-3322 Fax: 2620-9971 E-mails: [email protected]/[email protected]

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Antônio Cesar Motta Carvalho.

Lei Nº 6575 DE 01/11/2013

Publicado no DOE em 4 nov 2013Dispõe sobre a obrigatoriedade de autenticação eletrônica nos boletos e documentos de compensação bancária e dá outras providências.O Governador do Estado do Rio de JaneiroFaço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1 º Ficam as instituições recebedoras de títulos, faturas e boletos de cobrança, obrigadas a autenticar eletronicamente no referido documento para a efetivação do referido pagamento.Parágrafo único. Consideram-se títulos, faturas e boletos de cobrança, todos os documentos utilizados como instrumento de pagamento de bens e serviços em geral.Art. 2 º Ficam excetuados para fins desta Lei, os pagamentos realizados pela internet e via caixa eletrônico.Art. 3 º As empresas terão um prazo de até 120 dias para a adequação de seus serviços.Art. 4 º A inobservância das disposições previstas na presente Lei importará, no que for cabível, a aplicação das penalidades contidas no artigo 56 da lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990.Art. 5 º Aos órgãos de defesa do consumidor do Poder Executivo e do Poder Legislativo, dentro de suas competências legais, cabe a adoção das medidas necessárias para fiel cumprimento das disposições contidas na presente Lei.Art. 6 º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 01 de novembro de 2013SÉRGIO CABRALGovernadorProjeto de Lei nº 2017/2013Autoria do Deputado: Dionísio Lins





Agradecemos antecipadamente a atenção que nos foi dispensada e nos colocamos, como sempre, à disposição para contribuir com ideias e sugestões que possam ser úteis aos servidores e à população do nosso Estado.

Niterói, 06 de Fevereiro de 2017.

Antônio César Motta Carvalho

(Presidente do Conselho Deliberativo da AAFIPERJ)



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