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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISAPROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período: Setembro/2014 a julho /2015 ( ) PARCIAL ( X ) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETOTítulo do Projeto de Pesquisa: Sojicultura e mercado de terras na região do Baixo Amazonas no Pará
Nome do Orientador: Dra. Solange Maria Gayoso da CostaTitulação do Orientador: Doutora em Ciências SocioambientaisFaculdade: Faculdade de Serviço Social (FASS)Instituto: Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA)Título do Plano de Trabalho: Cadastro Ambiental Rural e regularização de terras na região do Baixo Amazonas.
Nome do Bolsista: Stefany Rafaela Ferreira e SilvaTipo de Bolsa: ( X ) PIBIC/PRODOUTOR
INTRODUÇÃO
Percebe-se que nas três últimas décadas houve uma expansão, na
Amazônia, da agricultura mecanizada, a exemplo desse fenômeno temos as
grandes extensões de terra destinadas ao cultivo da soja. A partir do Estado do
Mato Grosso a soja é introduzida na Amazônia sendo um dos fatores mais
importantes para tal a rápida expansão das lavouras de soja nos estados
amazônicos que precisou de um grande “estoque” de terras, com características
favoráveis à implantação das lavouras comerciais, a preços reduzidos.
O mercado de terras nas áreas de fronteira sofrem grandes influências das
ações de agentes locais, que atuam no sentido de reduzir a mobilização de capital
na aquisição de novas áreas. Os resultados obtidos através do levantamento de
imóveis registrados junto ao Cartório do 1º Oficio de Santarém no período que
compreende os anos de 1997 à 2009, indicaram o aquecimento nas vendas de
terras destinadas a agricultura familiar, expressos na expressiva quantidade de
negócios realizados envolvendo os imóveis abaixo de 100ha, que em sua
totalidade correspondem a Títulos emitidos pelo INCRA, fruto da Política de
Colonização e ocupação da Amazônia.
O presente projeto de pesquisa encontra-se vinculado, como plano de
trabalho, ao projeto intitulado Sojicultura e mercado de terras na região do Baixo
Amazonas no Pará, coordenado pela Professora Dra. Solange Gayoso. O objetivo
da presente pesquisa finca-se na avaliação dos avanços da sojicultora e as
negociações de terras ocorridas nas regiões do Baixo Amazonas. Usa-se como
procedimentos metodológicos o levantamento bibliográfico e estatístico em
instituições vinculadas às questões de terras rurais no Estado e na região do Baixo
Amazonas, acrescido de pesquisa no banco de dados do Programa Terra Legal e
no Cadastro Ambiental Rural, assim como pesquisa de campo.
JUSTIFICATIVA
Não foi preciso que o ano eleitoral de 2014 chegasse ao final para que a
formação da “nova” bancada ruralista se tornasse pauta do dia. Uma das primeiras
declarações da nova Ministra da Agricultura fazendo referencia aos latifúndios
dizendo que os mesmos não existem mais1, só reflete o perfil que a bancada
ruralista deste novo mandato terá, ou continuará a ter durante seu mandato
político. A “menina dos olhos” da Bancada ruralista é o agronegócio2, este tem se
expandido sobre amplas extensões de terra e cada vez mais tem buscado coloca-
las a disposição de transações do/e para o mercado, através de suas
agroestratégias3.
[...] as recentes iniciativas das ações fundiárias governamentais [...] evidenciam mudanças no processo político [...] e configuram um novo arranjo aos elementos interligados que copõem as chamadas agroestratégias. Tanto no Legislativo quanto no Executivo
1 Declaração realizada pela Senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), Ministra da Agricultura, em entrevista cedida ao Jornal Folha de São Paulo, na coluna poder, em 05/01/2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1570557-nao-existe-mais-latifundio-no-brasil-diz-nova-ministra-da-agricultura.shtml2 Agronegócio é a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e comercialização dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles. E envolve desde a pesquisa científica até a comercialização de alimentos, fibras e energia. Disponível em: http://www.abagrp.org.br/agronegocioConceito.php
3 ALMEIDA (2009), defini agroestratégias como: Compreende-se um conjunto heterogênio de discursos e alocuções, de mecanismos jurídico-formais e de ações ditas empreendedoras. [Ver referencias bibliográficas].
registrasse uma nova correlação de forças que empresta a essas agroestratégias uma característica mais ofensiva.(ALMEIDA, 2011, p 27)
Essa correlação de forças materializada em agroestratégias reflete
diretamente no mercado de terra, ou seja, na compra e venda de terras. Os
ruralistas consideram os imóveis rurais como uma forma de lucratividade e de
valoração para o mercado, desprezando a sustentabilidade e a função social da
terra4, e essa perspectiva capitalista, em vista da obtenção de lucro sobre a terra,
acaba por gerar conflitos sociais.
A tensão aumenta a partir do período de maio de 2010, com a retomada do debate sobre as alterações no Código Florestal, diretamente relacionadas com a prevalência de uma visão triunfalista dos agronegócios e com o fortalecimento da bancada ruralista, em sua aproximação com o governo.(ALMEIDA, 2011, p 29)
É com a chegada do novo Código Florestal (Lei 12.651/2012), combinado a
outras iniciativas de leis e decretos, que juntos formam um conjunto normativo,
tornando-se assim, um facilitador, fazendo com que os proprietários ou possuidores
de imóveis rurais “possam ter conhecimento das obrigações legais instituídas pelo
governo” (REVISTA CONJUR, 2014). Esse conjunto normativo também é composto
pela Instrução Normativa Nº-2, DE 05 DE MAIO DE 2014 que dispõe sobre os
procedimentos para a integração, execução e compatibilização do Sistema de
Cadastro Ambiental Rural (SICAR) e define os procedimentos gerais do Cadastro
Ambiental Rural (CAR) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2014).
O CAR nada mais é do que o resultado de um processo que se iniciou no
estado de Mato Grosso com o desenvolvimento por meio da extinta Fundação
Estadual de Meio Ambiente (FEMA), do então chamado Sistema de Licenciamento
das Propriedades Rurais (SLAPR), que surgiu “[...] de um pacto político entre o
4 Definição de ‘função social da terra’ segundo a LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964: A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando, simultaneamente: a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias; b) mantém níveis satisfatórios de produtividade; c) assegura a conservação dos recursos naturais; d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm
governo estadual e os setores da soja, cana de açúcar e algodão” (PIRES, 2013,
p15).
Segundo Costa (2011), há pelo menos três décadas nota-se a forte
influência dos setores produtores de soja aos estados amazônicos. Ainda segundo
a autora, este processo de cultivo da soja teve início nas regiões do sul do país,
alastrando-se para outros estados. Hoje este tipo de produção já se expandiu em
dezessete estados brasileiros juntamente com o Distrito Federal.
[...] Um dos fatores mais importantes que contribuiu para a rápida expansão das lavouras de soja nos estados amazônicos foi o grande “estoque” de terras, com características favoráveis à implantação das lavouras comerciais, à preços reduzidos. O mercado de terra das áreas de fronteira sofre grande influencia da ação dos agentes locais, que atuam no sentido de reduzir a mobilização de capital na aquisição de novas áreas.(COSTA, 2011, p.70)
A soja, para expandir-se, precisa da incorporação de novas terras e, para
tanto, seu maior beneficiário, o agronegócio, utiliza-se de meios ilícitos, que muitas
vezes tem como facilitador “[...] rede de agentes com influência em cartórios e
órgãos públicos, que apoiados a atos normativos/jurídicos, buscam revestir de
regularidade a aquisição ilegal de terras” (COSTA, 2011, p 70).
Esse processo de aquisição ilegal e concentração de terras, reflete na
agricultura familiar e nas comunidades e povos tradicionais que residem em áreas
com “potencial” para o cultivo da soja, contribuindo assim para a incitação de
conflitos agrários. O pequeno agricultor é o “[...] que têm sofrido mais diretamente
os efeitos das atividades empreendidas desse setor, principalmente naquelas que
envolvem a disputa pela apropriação e uso dos recursos naturais” (COSTA, 2012, p
69). E é o mesmo agente que, junto com as comunidades e povos tradicionais, no
discurso do “desenvolvimento” é caracterizado como o entrave para a “expansão
da produção moderna, capitalista ou, como se denomina hoje, do agronegócio”
(MESQUITA, 2011, p 49)
A disputa por terras resulta na expressiva alta no valor das terras, pois,
juntamente com a expansão das áreas de cultivo da soja, expande-se também a
infraestrutura necessária para o escoamento da produção, fazendo assim com que
haja um crescente no deslocamento de pequenos agricultores familiares e de
macro agricultores rumo ao Norte do País, mais especificamente as regiões do
Baixo Amazonas.
Esse processo pode ser percebido através do numero de registros de títulos
emitidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), como
é mostrado na tabela abaixo:
Fonte: Cartório do 1º Ofício de Santarém, 2010 apud (COSTA 2012, p174).
Se nos atentarmos para os dados da tabela referentes aos anos de 2006 a
2009, perceberemos o aumento no percentual de registros de imóveis com áreas
acima de 1000 ha, este percentual reflete diretamente na aquisição de imóveis com
menos de 1000 ha no mesmo período, que desce de 39,70% no período de 2001 à
2005 para 2,93% no período de 2006 a 2009.
O aumento do numero de registros de títulos, emitidos pelo INCRA, durante os referidos anos acompanhou o volume de transações de vendas realizadas no período. Isso indica que os produtores que chagaram à região do Baixo Amazonas compuseram o volume de terras necessários à produção de grãos, além das áreas acima de 100ha que foram objeto das investigações sobre grilagem, adquirindo vários imóveis com áreas menores que 100ha, antes pertencentes à agricultura familiar(COSTA, 2012, p.174)
Esse cenário de aquisição de imóveis nos remete a questão da
regularização fundiária, mais precisamente aos mecanismos de controle fundiário,
dentre os quais a legislação fundiária representada pelo Artigo 22 da Lei nº
4.947/1966 modificado pelo artigo 1º da Lei nº 10.267/2001, tem como
indispensável à obtenção do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), para
qualquer transação de imóvel rural no país, este documento é
[...] emitido pelo INCRA que constitui prova do cadastro do imóvel rural, bem como a certificação georreferenciada. Para obtê-los, os interessados devem apresentar os seus documentos pessoais e do imóvel, incluindo informações sobre estrutura e uso e, acima de tudo, contratar técnicos especializados, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica.”(PIRES, 2013 pg.57)
Fazendo parte destes mecanismos de controle está também o CAR, um
registro eletrônico, público, de âmbito nacional e obrigatório, que entrou em vigor
em 2012, e “[...] tem como finalidade integrar informações ambientais criando assim
um banco de dados nacional para controle, monitoramento, combate ao
desmatamento e planejamento ambiental e econômico” (NOTICIAS AGRÍCOLAS,
2014).
Por esse motivo as informações a respeito das solicitações de cadastro no
CAR contribuirão para a pesquisa no que diz respeito aos processos de
regularização e formalização das terras adquiridas por ou para produtores de soja
na região do Baixo Amazonas, permitindo assim o aprofundamento dos estudos
sobre o processo de implantação da sojicultura na região em questão.
OBJETIVOS:
Objetivo geral: Identificar os imóveis rurais, localizados nos municípios de
Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, em processo de regularização juto ao
Cadastro Ambiental Rural.
Objetivos específicos:
a) Levantar informações de fontes secundárias sobre o processo de
implantação do Cadastro Ambiental Rural;
b) Identificar o quantitativo das solicitações de regularização de imóveis
junto ao banco de dados do Cadastro Ambiental Rural;
c) Prestar apoio as atividades de trabalho em pesquisas desenvolvidas no
projeto.
Considera-se que nessa etapa da pesquisa os objetivos forma alcançados.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Sabemos que toda pesquisa cientifica tem em suma a intenção de produzir e
desenvolver conhecimento cientifico, assim como sabemos que também tem como
objetivo fundamental a descoberta de respostas para problemas através do uso de
procedimentos científicos (GIL, 2011, 26). Segundo Rodrigues (2006, p 141)
compreende-se que as mudanças quantitativas que ocorrem no desenvolver dos
processos e acontecimentos acabam por gerar mudanças no aspecto qualitativo de
uma pesquisa. Diante disto, lançaremos mão na presente pesquisa das
abordagens qualitativa e quantitativa no que tange o tratamento dos dados
recolhidos.
A pesquisa documental tem a capacidade de proporcionar ao pesquisador a
obtenção de dados tanto qualitativos quanto quantitativos (GIL, 2011, p 147). Por
tanto, na tentativa da operacionalização dos objetivos deste plano de trabalho,
daremos continuidade ao levantamento bibliográfico e documental em busca de
obtermos maiores informações e conhecimentos a respeito do problema de
pesquisa. Realizaremos também levantamentos e sistematização dos dados de
solicitações de cadastro de imóveis rurais na região do Baixo Amazonas,
informações estas disponíveis na plataforma de dados do CAR.
Com o resultado do levantamento será organizado um banco de dados no
programa Excel, em seguida estes dados serão tabulados em formato de planilha e
gráficos qualitativos e quantitativos.
RESULTADOS:As taxas de emissão de gases de efeito estufa no Brasil tem colocado o país
no 5º lugar entre os maiores emissores mundiais, segundo dados no site do
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) 61% dessas emissões são
resultado do desmatamento. Como resposta a isso o Governo tem adotado uma
serie de iniciativas para a redução do desmatamento e consequentemente das
emissões de gases de efeito estufa.
Dentro dessa política de redução de desmatamento foi criado, através da Lei
12.651/2012, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), com a finalidade de monitorar e
controlar a questão do desmatamento. Nele é realizado o levantamento de
informações georreferenciadas5 de imóveis, com delimitação das Áreas de
Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação
nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública. Um 5 Segundo definição do INCRA georreferenciar um imóvel é definir a sua forma, dimensão e localização, através de métodos de levantamento topográfico. Disponível em: http://www.incra.gov.br/perguntas
detalhe importante segundo informações do próprio Ministério do Meio Ambiente
(2014), é que mesmo com a existência do CAR outros estados, que já obtinham
seus próprios sistemas, vão continuar a utiliza-los, entre eles destacamos: Bahia
(BA), Espírito Santo (ES), São Paulo (SP), Pará (PA), Mato Grosso do Sul (MS),
Tocantins (TO), Minas Gerais (MG) e Rondônia (RO)
Como visto acima, o CAR constitui-se como instrumento de registro
eletrônico ainda em período de implementação. Nesse processo de implementação
o Governo tem reunido esforços através da pasta do Ministério do Meio Ambiente,
para cumprir a meta de que até o mês de maio do corrente ano sejam realizadas os
cadastros dos 7,1 mil assentamentos que estão sob responsabilidade desta pasta e
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Esse é o prazo
legal para requerer o cadastro, podendo ser prorrogado por mais um ano.
Porém, ainda existem muitas dúvidas e críticas a respeito do CAR, apesar
de considerar que será um bom instrumento de controle junto ao mercado de terra.
É preciso atentar para uma das maiores preocupações, o respeito da sobreposição
de informação que possa vir a acontecer no período de cadastro de imóveis rurais
no CAR. Sobre isso Pinheiro Filho e Salles (2014) nos dizem que
Algumas dúvidas objetivas, cuja resposta legal não é suficientemente esclarecedora e para as quais o órgão ambiental ainda está buscando a solução adequada, tem sido um grande entrave à realização do CAR e tem deixado alguns proprietários e posseiros angustiados. Informações aparentemente óbvias tem se mostrado não tão óbvias na prática e tem causado transtornos.(PINHEIRO FILHO E SALLES, 2014, p1)
Uma dessas dúvidas tem relação com os possíveis transtornos futuros,
como por exemplo, a perda no acesso dos créditos agrícolas em razão da ausência
de inscrição no CAR. Ou também a dificuldade no acesso dessa inscrição em
decorrência dos altos custos para contratação de profissionais e técnicos
capacitados a fazer o georreferenciamento dos imóveis rurais.
Considera-se ainda, a dificuldade encontrada pelos pequenos agricultores
e comunidades tradicionais no entendimento e atendimento das exigências
técnicas e legais possibilitando assim a regulação do seu imóvel rural6.
6 Frente a essas preocupações a respeito da implementação e realização do CAR, o Governo através do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Universidade de Lavras, o Serviço Florestal Brasileiro e o IBAMA, criou no ano de 2014 um curso gratuito de Capacitação para o
Num levantamento bibliográfico preliminar identificou-se que mesmo após
quase três anos de vigência do CAR, ainda existem poucas informações oficiais
publicadas sobre o assunto. A maioria das informações que debatem sobre o CAR,
sobre sua implantação, dificuldades ou criticas são oriundas de observatórios ou
ONG’s.
Quadro 1: demonstrativo de publicações e divulgação sobre o CAR.
Tipo de publicação
Quantitativo Fonte Resumo do conteúdo
Oficial
governamental
05 MMA;
Governo do
Pará; Governo
Federal; e
INCRA.
São documentos Legislativos,
manuais explicativos sobre a
implantação e declaração do
CAR.
Matérias
jornalísticas
05 CONJUR,
Mundogeo,
Noticias
agrícolas,
FGV-EAESP
Conteúdos variam, de criticas,
dúvidas e divulgação de notícias
oficiais e extraoficiais sobre o
CAR.
Cursos 01 MMA Curso de capacitação para
facilitadores.
Artigos 10 ONG’s;
Observatórios;
e Associações
jurídicas.
Discorrem sobre histórico,
críticas e experiências de
recentes tentativas de
implantação do CAR, bem como
Cadastro Ambiental Rural (CapCAR), objetivando capacitar facilitadores para a inscrição de imóveis rurais no CAR, tendo como prioridade nessa capacitação os agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais. Como pré-requisitos para a inscrição, segundo o MMA (2014) é necessário ter completado o ensino médio, ter 18 anos ou mais, obter conhecimentos básicos em informática, incluindo uso das ferramentas de navegação na Internet, edição de textos e ferramentas como o Google Earth, dispor de 78 horas a serem dedicadas aos estudos e atividades online. Além dos pré-requisitos do candidato, é necessário também uma infraestrutura básica tecnológica e de conexão para se ter acesso a este curso de capacitação, ou seja, dispor de um computador com processador Dual Core 1.33 ou equivalente 1 Gb de RAM, placa de som, sistema operacional windows 98 ou superior, com Windows Media Player versão 7 ou superior, navegador de internet deve ser o Internet Explorer 6 ou superior, caixas de som ou fone de ouvido. O candidato deve possuir também conta de email, ter acesso constante e se possível diário a esta conta e a sua conexão de internet deve ser mínima de 512 kbps, preferencialmente banda larga. Com essas necessidades tecnológicas resta saber quem e quantos poderão ter acesso ao curso.
experiências com outros
sistemas de cadastros. Fonte: Levantamento bibliográfico e documental, 2013/2014.
O ano de 2014 foi importante para o avanço em direção contrária a este
déficit de informação por parte do governo, com a criação do curso de Capacitação
para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR) que já está com sua terceira turma
sendo capacitada.
Com o objetivo de acumular maiores conhecimentos sobre a implantação e
manuseio do CAR, e assim se consiga de forma qualitativa identificar o quantitativo
de regularização de imóveis rurais junto ao banco de dados do CAR, que é um dos
objetivos do plano de trabalho, realizou-se inscrição no CAPCAR e aguardamos a
inclusão na quarta turma de facilitadores, que está com previsão para iniciar no
final do mês de fevereiro.
Acreditamos que se apropriando do CAR e lançando mão desses dados de
solicitações de cadastro de imóveis rurais, poder-se-á contribuir na verificação da
ação de regularização e formalização de terras por parte dos produtores de grãos
que objetivam o avanço no plantio. E consequentemente obteremos também
maiores informações sobre os conflitos agrários relacionados ao processo de
regularização de imóveis rurais.
1. Cadastro Ambiental Rural: dados disponíveis e estatísticas possíveis.
Os dados do Cadastro Ambiental Rural não estão disponíveis em um único
sistema que permita o fácil acesso e consulta dos mesmos, e nestes bancos de
dados existem diferenças entre as informações disponibilizadas tanto entre
municípios quanto em ano de análise. A ilógica entre os números disponibilizados e
a organização dos dados entre os sistemas, dificultou a construção de tabelas que
pudessem apresentar informações lineares sobre a evolução de realização de
Cadastro Ambiental Rural no Estado e consequentemente na região do Baixo
Amazonas.
Para obter acesso aos dados mais gerais recorremos as informações
contidas no Boletim Informativo do Cadastro Ambiental Rural, disponibilizado pelo
Serviço Florestal Brasileiro (SFB), em junho de 2015. O boletim considera os dados
inseridos no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) até 31/05 e
nele existem dados sobre a adesão ao cadastramento em todas as unidades
federativas do país.
O Boletim apresenta o número de mais de 1,5 milhão de imóveis rurais
cadastrados em todo o país. Através dos extratos regionais é possível observar
que o Norte se destaca como a região mais avançada em cadastros realizados,
com 71,46 milhões de hectares cadastrados, o que corresponde a 75,32% da
estimativa da área a ser cadastrada, dados melhor retratados na Figura 01.
Figura 01: Cadastro Ambiental rural: distribuição dos imóveis rurais cadastrados por região.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro (SFB)
1.1 O Programa Municípios Verdes (PMV) e o CAR no Estado do Pará.
No Pará o governo lançou no ano de 2011, por meio do Decreto Estadual nº
54/2011, o Programa Municípios Verdes (PMV), objetivando a redução do
desmatamento. O programa foi estabelecido em três eixos principais de ação:
“ordenamento ambiental e territorial, apoio à produção sustentável e fortalecimento
dos sistemas municipais de meio ambiente para gestão ambiental compartilhada”
(PMV 2015).
O Programa Municípios Verdes dispõem de um banco de dados, onde se
encontra os dados mais atualizados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com
informações de área cadastrável e área já cadastrada por município,
disponibilizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA) do Pará. Por
esse motivo usamos o banco de dados em questão, para obter informações de
realização e solicitação de cadastro no CAR, pois permitem o aprofundamento dos
estudos sobre o processo de implantação da sojicultura na região do Baixo
Amazonas.
No que diz respeito a coleta e acesso a esses dados nos deparamos com
vários complicadores, como por exemplo, a não linearidade das informações
disponibilizadas nas fichas por município, o que acabou por dificultar a construção
de um comparativo mais detalhado entre os anos de 2012 e 2015, anos que
compreendem o inicio e o prazo final da realização do cadastro.
O programa municípios verdes estabeleceu uma meta anual para cada
município e uma meta geral, igual a 80% de cadastros ambientais rurais, para
todos os municípios e que deveria ser cumprida até o mês de maio do ano
corrente. Sobre as metas apontadas para cada município realizamos um
comparativo entre os municípios da região do baixo amazonas, porém não foi
possível a finalização do quadro pelo fato das informações de alguns municípios
que compõem a região não estarem completas, algumas fichas técnicas trazem
informações de área cadastrável do ano de 2013, e outras de 2012 ou 2014. Sendo
que nas informações de áreas cadastradas os mesmos municípios não
correspondem as informações dos anos expostos na sessão de área cadastrável,
que nos serviria para analisar a evolução da realização dos cadastros.
Considerando tais inconsistências optamos por analisar os dados do ano de
2015, que no sistema do PMV é o único ano que possui informações de todos os
municípios da região do Baixo Amazonas, contendo informações sobre a área
cadastrável, a área cadastrada e a área a ser cadastrada para alcançar a meda
dos 80%.
Segundo a PORTARIA CONJUNTA SEMA/PMV Nº 03/2012, Considera-se
área cadastrável a soma das áreas públicas ou privadas, incluídos destes os
Assentamentos da Reforma Agrária; os Territórios Quilombolas e as Áreas de
Proteção Ambiental - APA Federais ou Estaduais, com exceção apenas das áreas
protegidas, as Terras Indígenas demarcadas ainda que não homologadas e as
Áreas Militares; também é excluído o perímetro urbano e as massas d’água quando
identificadas em base de dados georreferenciados, conforme os critérios
estabelecidos pela SEMA.
Ainda segundo a Portaria área cadastrada é a soma das áreas
devidamente registradas no Cadastro Ambiental Rural – CAR incidentes sobre a
área cadastrável do município, subtraindo as sobreposições existentes.
Na Tabela 01 é possível observar que os municípios da região do Baixo
Amazonas que tem a meta do CAR completa é o município de Juruti, com área
cadastrável em 2015 de 1.597,28 km² (19.23%), ultrapassando a meta de 80% de
cadastros, compreendendo o número de 1.422,01 km² (89.03%) de cadastros
realizados. E o município de Óbidos, com área cadastrável em 2015 de 5.818,13
km² (20.76%), também ultrapassando a meta de 80% de cadastros,
compreendendo o número de 4.801,86 km² (82.53%) de cadastros realizados.
Tabela 01: Cadastro Ambiental Rural: distribuição de áreas cadastrável e cadastradas por municípios da Região do Baixo Amazonas – Pará/2015.
Tabela 01: Cadastro Ambiental Rural - 2015
Pelo fato do município de Mojuí dos Campos ter sido criado recentemente,
suas informações de CAR dos anos anteriores a 2014 estão incluídas no município
de Santarém.
Dos seis municípios mais aproximados da meta dos 80 % de cadastros
destacamos os municípios de Alenquer que tem o solo com grande potencial para
a produção de soja, o município de Monte Alegre pela sua proximidade da BR 163
e apresenta grande numero de conflito por grilagem de terras, e o município de
Santarém onde é localizado o complexo portuário. Mostrando que os municípios de
maior proximidade da meta tem também grande relação com o mercado da soja.
1.2 Os dados do CAR disponibilizados no SIMLAM
O Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental
(SIMLAM) é um sistema ligado a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Sustentabilidade (SEMAS/PA), e tem como objetivo, disponibilizar para o publico
em geral um acompanhamento dos processos e das atividades licenciadas pela
SEMAS/PA, objetivando que o publico em geral tenha acesso transparente e
eficiente à política ambiental desenvolvida pelo estado.
Há no sistema do SIMLAM um banco de dados do CAR, onde é possível ter
acesso de forma mais organizada as informações de solicitações de Cadastro
Ambiental Rural.
As informações que são disponibilizadas pelo SIMLAM podem ser obtidas
pela categoria modelo de CAR, que pode variar entre CAR provisório, CAR
Definitivo e CAR/ Pará, e informa também a situação atual em que estão os títulos.
O CAR provisório é aquele que está apenas inscrito no sistema da SEMA,
e que no momento da inscrição apresentou somente os dados de perímetro do
imóvel, para receber o CAR provisório não é obrigatório o registro das feições
ambientais intrínsecas (APP, RL etc.). Já o CAR Definitivo é aquele em que o
interessado deve protocolar toda a documentação na SEMA, cuja área técnica,
posteriormente avalia e analisa as informações, o mapa digital apresentado, a
localização e a situação das Áreas de Preservação Permanente APPs e Reserva
Legal RLs. E só após constatar nenhuma pendência, a SEMA aprova o processo e
a emissão do mesmo (INOVACAR, 2013).
Quadro 02: Demonstrativo dos imóveis cadastrados no CAR provisório e definitivo de acordo com a situação pro município do Baixo Amazonas – Pará/2015.
Ao observar os dados disponibilizados pelo SIMLAM, percebemos que a
quantidade de realizações do Cadastro Ambiental Rural não tem significado
relevante se compararmos a quantidade de CAR definitivos e ativos, a diferença
entre os números é exorbitante.
PUBLICAÇÕES:
Nessa fase da pesquisa não houveram ainda publicações, tendo em vista
que as informações ainda estão em fase de sistematização. .
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS MESES As atividades a serem desenvolvidas no próximo período correspondem a
continuidade de sistematização dos dados e elaboração de artigos.
CONCLUSÃO:As informações levantadas nos permite afirmar que o CAR tem sido
apresentado pelos organismos governamentais como um instrumento eficaz no
combate ao desmatamento e ao processo de registro imobiliário rural com fins de
controle da posse e propriedade.
Contudo, ao analisarmos os dados verificou-se as inconsistências
estatísticas que nos leva a hipótese de que dados estatísticos da simples
realização do cadastro, sirvam apenas para que o município alcance a meta
estabelecida pelo Ministério de Meio Ambiente, e assim saia da lista dos municípios
prioritários ao combate do desmatamento.
Uma questão curiosa é que os municípios que apresentam maiores
informações ou maiores números de cadastros realizados são exatamente os
municípios que compõem as microrregiões e que estão à margem da BR 163,
principal via de escoamento da soja.
Outro ponto a respeito da grande diferença entre os números de CAR
provisório e CAR definitivo, é a hipótese apontada no relatório parcial e que se
materializa nos dados apresentados na tabela, sobre a dificuldade no acesso dessa
inscrição em decorrência dos altos custos para contratação de profissionais e
técnicos capacitados a fazer o georreferenciamento dos imóveis rurais, resultando
em um maior numero de CAR provisórios.
Considera-se ainda, a dificuldade encontrada pelos pequenos agricultores e
comunidades tradicionais no entendimento e atendimento das exigências técnicas
e legais impossibilitando assim a regularização do seu imóvel rural, o que abre
possibilidade para a perda dos “benefícios” que a realização do CAR lhe permite, e
automaticamente gerando um grande numero de terras com a situação ambiental
inativa, o que possibilita aos grandes produtores arrendarem os imóveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PROGRAMA MUNICIPIOS VERDES. Disponível em: <http://municipiosverdes.com.br/relatorios/ficha_car/1503903> Acesso em: 06.08.2015.
DIFICULDADES
Visto que se tem pouca produção teórica e principalmente informações provenientes de fontes oficiais a respeito do Cadastro Ambiental Rural, no desenvolver das atividades encontrou-se dificuldade no que tange a obtenção de informações sobre o mesmo, fazendo com que tivéssemos de recorrer a informações e produções em arquivos de observatórios e ONG’s que tem acompanhado o processo de implantação do CAR, bem como as experiências de sistemas anteriores a ele. Sobre a busca de dados a respeito de conflitos agrários relacionados à sojicultura, a situação se agrava pelo fato de haver poucas denuncias registradas pela mídia local, fonte usada para obtenção dos dados em questão, porém na tentativa de balizar este fator, tem se buscado ampliar as buscas em jornais de circulação estadual e até nacional.
Outra dificuldade corresponde a organização dos bancos de dados do CAR, como apresentado no relatório foram encontrados dois bancos de dados: o SIMLAM e o banco de dados do Programa Município Verdes, ambos com informações incompletas e com organizações e sistematizações diferenciadas o que gera dificuldades na compilação e sistematização dos dados. A forma de organização dos dados nos dois bancos impede uma análise comparativa ou complementar das estatísticas. Há necessidade de complementar as informações de outra maneira. Em decorrência disso há atraso na elaboração dos artigos para publicação.
PARECER DO ORIENTADOR:
Consideramos que a bolsista Stefany Rafaela F. e Silva cumpriu com as atividades prevista no plano de trabalho, mesmo diante da dificuldades na obtenção de informações sistematizada sobre o assunto da pesquisa e no acesso ao banco de dados do CAR/Pará para levantamento das informações. Diante disso, avaliamos que a referida aluna desenvolveu com responsabilidade as atividades de iniciação científica.
DATA : 10/ 08/ 2015
________________________________________ASSINATURA DO ORIENTADOR
______________________________________ASSINATURA DO ALUNO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Em caso de aluno concluinte, informar o destino do mesmo após a graduação. Informar também em caso de alunos que seguem para pós-graduação, o nome do curso e da instituição.
A aluna é concluinte e pretende seguir para a pós-graduação. Contudo a greve atrasou a conclusão do curso, inviabilizando, nesse momento, sua inscrição na seleção do mestrado.
FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO:
1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?
2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho?
3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos propostos?
4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?
5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório
6. Parecer Final: Aprovado ( ) Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou
recomendações)
Reprovado ( )
7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do relatório.
Data: _____/____/_____.
________________________________________________Assinatura do(a) Avaliador(a)