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1 Pressclipping em 16.junho.2014 "Os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente grande.” (Voltaire) Brasília, 12 de junho de 2014 Receita e PGFN disciplinam procedimentos para adesão à reabertura do Refis da Crise Brasília, 12 de junho de 2014 - Portaria conjunta da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Receita Federal publicada ontem (11/6) no Diário Oficial disciplina os procedimentos que deverão ser adotados para as empresas que pretendem aderir à reabertura do parcelamento do Refis da Crise, Lei nº 11.941 de 2009. Essa reabertura do parcelamento de dívidas foi determinada pela Lei n° 12.973, publicada em 14 de maio de 2014, com previsão para adesão ao parcelamento ou pagamento à vista, para tributos vencidos até 30/11/2008. No caso do parcelamento, o montante da dívida poderá ser pago em até 180 prestações. Além disso, as multas e juros dos débitos poderão ser amortizados com utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL. A Receita esclarece que, em vista da reabertura do prazo, caso o contribuinte queira fazer a adesão ao pagamento à vista ou ao parcelamento, com ou sem utilização de prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL, o pedido deverá ser feito até o dia 31/7/2014, exclusivamente nos sítios da Receita (http://www.receita.fazenda.gov.br ) ou da PGFN (http://www.pgfn.fazenda.gov.br ) na Internet. Na opção pelo pagamento, o recolhimento deverá ser efetuado até o último dia útil do mês de julho. O cálculo do valor para IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 16.junho.2014

"Os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente grande.” (Voltaire)

Brasília, 12 de junho de 2014

Receita e PGFN disciplinam procedimentos para adesão à reabertura do Refis da Crise

Brasília, 12 de junho de 2014 - Portaria conjunta da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Receita Federal publicada ontem (11/6) no Diário Oficial disciplina os procedimentos que deverão ser adotados para as empresas que pretendem aderir à reabertura do parcelamento do Refis da Crise, Lei nº 11.941 de 2009. Essa reabertura do parcelamento de dívidas foi determinada pela Lei n° 12.973, publicada em 14 de maio de 2014, com previsão para adesão ao parcelamento ou pagamento à vista, para tributos vencidos até 30/11/2008.

No caso do parcelamento, o montante da dívida poderá ser pago em até 180 prestações. Além disso, as multas e juros dos débitos poderão ser amortizados com utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL. A Receita esclarece que, em vista da reabertura do prazo, caso o contribuinte queira fazer a adesão ao pagamento à vista ou ao parcelamento, com ou sem utilização de prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL, o pedido deverá ser feito até o dia 31/7/2014, exclusivamente nos sítios da Receita (http://www.receita.fazenda.gov.br) ou da PGFN (http://www.pgfn.fazenda.gov.br) na Internet.

Na opção pelo pagamento, o recolhimento deverá ser efetuado até o último dia útil do mês de julho. O cálculo do valor para pagamento à vista deve ser efetuado pelo contribuinte, aplicadas as reduções instituídas na Lei. Caso a opção seja pelo parcelamento, o contribuinte deverá calcular e recolher mensalmente o valor correspondente à fração entre o valor total da dívida consolidada e a quantidade de prestações pretendidas, respeitados os valores das prestações mínimas. Quanto à primeira prestação, deve-se observar que seu recolhimento deverá ser efetuado, também, até o último dia útil do mês de julho. Os contribuintes que fizeram a opção pelo parcelamento ou pagamento à vista quando da primeira reabertura, instituída pela Lei n° 12.865, publicada em 10 de outubro de 2013, não precisam fazer novas adesões para as modalidades às quais já tenha solicitado o benefício. No entanto, podem fazer opções para modalidades que ainda não tenham aderido.

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Lei de Cotas no serviço público é sancionada Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:11 hs.

10/06/2014 - Brasília/DF – Ao sancionar ontem (9) a lei que reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais do Poder Executivo, a presidenta Dilma Rousseff disse esperar que a medida sirva de exemplo para a adoção de normas similares nos demais Poderes, entes federados e na iniciativa privada.

“Esta é a segunda lei que eu tenho a honra de promulgar com ações afirmativas, para fechar um fosso secular de direitos e oportunidades engendrados pela escravidão e continuados pelo racismo, ainda existente entre negros e brancos em nosso país”, disse, em referência à Lei de Cotas para as universidades federais.

A lei, originada em um projeto do Executivo enviado por Dilma em novembro do ano passado, foi aprovada pelo Senado no último dia 20. Além da administração pública federal, a nova lei se aplica a autarquias, fundações e empresas públicas, além de sociedades de economia mista. A norma começa a valer nesta terça feira (10), após publicação no Diário Oficial da União, e vai vigorar, inicialmente, por dez anos.

Segundo o texto da lei, poderão concorrer na reserva para candidatos negros todas as pessoas que se auto declararem pretas ou pardas na inscrição para o concurso público, seguindo o quesito de cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.

Segundo Dilma, o sistema que está sendo implantado “assegura que o mérito continua a ser condição necessária para ingresso dos candidatos”, sendo que a lei altera “apenas a ordem de classificação, privilegiando os candidatos negros”.

De acordo com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, a mudança é um passo importante na superação das desigualdades raciais e vai garantir a participação da população negra em funções mais valorizadas. Ela citou como exemplo a Lei de Cotas nas universidades, que determinou que, a partir de 2013, parte das vagas em universidades federais sejam ocupadas por ex-estudantes de escolas públicas, com reserva de vagas para estudantes pretos, pardos e indígenas.

Para Luiza Bairros, depois de garantir que as pessoas que sofrem preconceito pudessem ter mais oportunidades de entrar no ensino superior, era necessário dar condições de acesso a empregos que exigem maior qualificação. “A discriminação é maior quanto mais valorizada é a ocupação, o que nos obriga a tomar dentro do mercado medidas para corrigir esse tipo de distorção”, disse a ministra em entrevista pouco antes da sanção da lei.

Segundo Luiza Bairros, o governo optou pelo envio do projeto com urgência para que a proposta não ficasse parada no Congresso. “Em função de existirem em tramitação várias propostas sobre a população negra e igualdade racial, se deixássemos ao sabor de processo de discussão do Parlamento, poderia demorar”. A ministra espera que o apoio “suprapartidário” que levou à aprovação da lei seja “um indicativo de aceitação que ela tem no conjunto da sociedade brasileira”.)Paulo Victor Chagas)

Fonte: Estado MS - Campo Grande/MS

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Empresas terão até 31 de dezembro de 2014 para se adaptar à Lei de Olho no ImpostoPublicado em 9 de junho de 2014 por Gabriel Peixoto

Regulamentação da Lei 12.741/12 publicada hoje, 6, determina que sejam informados os tributos federais, estaduais e municipais no documento fiscal

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT informa que os estabelecimentos em todo o País terão até o dia 31 de dezembro de 2014 para se adaptar, sem penalidades, à Lei 12.741/12, que determina que sejam informados os tributos embutidos no preço das mercadorias e serviços ao consumidor final. De acordo com a Medida Provisória nº 649, publicada no Diário Oficial da União – DOU desta sexta-feira, 6 de junho, a fiscalização das empresas será exclusivamente orientadora até esta data.

Conforme o Decreto nº 8.264, que regulamenta a lei e também foi publicado no DOU nesta sexta-feira, os documentos fiscais deverão trazer a informação segregada dos tributos federais, estaduais e municipais na formação dos preços de mercadorias e serviços, que aglutinarão as somas dos valores ou percentuais apurados em cada ente.

A regulamentação determina ainda que a informação dos tributos incidentes nas mercadorias e serviços ao consumidor poderá ser feita por meio de painel afixado em local visível no estabelecimento. As empresas que não informarem a legislação estarão sujeitas às sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor. No entanto, a legislação é facultativa aos Microempreendedor Individual (MEI), optante do Simples Nacional.

De Olho no Imposto

Mesmo com a extensão do prazo, as empresas não devem deixar a adaptação para última hora.  De acordo com o Decreto nº 8.264, o valor dos tributos a serem informados poderá ser calculado e fornecido, semestralmente, por instituição de âmbito nacional reconhecidamente idônea, voltada primordialmente à apuração e análise de dados econômicos.

O IBPT disponibiliza uma solução gratuita e de fácil acesso, que pode ser baixada no site deolhonoimposto.ibpt.org.br e inclui o Manual de Integração de Olho no Imposto, voltado aos desenvolvedores de softwares, e a Tabela IBPTax, que contém as alíquotas dos produtos e serviços classificadas de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM e a Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS).

Em 90 dias, o IBPT disponibilizará todas as tabelas de carga tributária por estado e por município, de forma que as empresas poderão cumprir integralmente com as novas exigências. Para aquelas que já se adaptaram, ficará mais fácil fazer a atualização, pois bastará baixar a  versão mais recente.

Conforme orienta o diretor de Inteligência do Instituto, Othon de Andrade Filho “basta que o comerciante solicite ao seu fornecedor de software para que atualize seu sistema, uma vez que todos os desenvolvedores do Brasil já aderiram à solução do IBPT. A partir daí a atualização das alíquotas no sistema deve ocorrer a cada seis meses. Ao comerciante ou prestador de serviço que emite nota fiscal manualmente, basta acessar o site do IBPT e pesquisar os produtos ou serviços pelo nome”.

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O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, explica que a solução é de fácil aplicação e pode ser utilizado por empresas incluídas em qualquer regime tributário, sem representar custos à empresa. “O contribuinte, por sua vez, passa a conhecer o percentual de tributos embutidos em tudo aquilo o que consome e tem possibilidades de exigir um melhor retorno dos seus governantes em termos de serviços públicos adequados”, afirma Olenike.

Fonte: IBPT

Lei da Palmada não proíbe palmada, dizem advogados Publicado por Rafael Costa - 4 dias atrás

Por Artur Rodrigues e Pedro Ivo Tomé em Folha de São Paulo

A chamada Lei da Palmada, aprovada anteontem (4/6) no Senado, é subjetiva e não acrescenta nada à legislação vigente, dizem advogados ouvidos pela Folha. Deixa brecha, inclusive, para a própria palmada. A legislação proíbe "castigo físico" que cause "sofrimento físico" ou "lesão". Apesar do apelido, a palavra "palmada" não consta no texto. Nem outra semelhante.

Cinco advogados ouvidos pela Folha afirmam que a regra deixa brechas para várias interpretações.

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O criminalista Carlos Kauffmann diz que, para o caso de castigo físico que cause sofrimento ou lesão, já constam lesão corporal e maus-tratos no Código Penal. "Se der a palmada sem sofrimento físico ou moral e sem lesão corporal, não há problema."

Na tramitação no Congresso, o texto proposto pelo Executivo sofreu uma mudança. A palavra "dor" foi trocada por "sofrimento físico". Com isso, diz Kauffmann, a legislação ficou ainda mais subjetiva.

Efeito simbólico

Alamiro Velludo Netto, criminalista e professor de direito penal na USP, concorda que a norma não proíbe todo tipo de tapinha. "A palmada que tem mais efeito simbólico, de correção, não foi proibida, mas sim aquela que tem o caráter de agressão."

Segundo ele, a lei gera um grande desafio para os juízes, que terão de dar contornos mais precisos ao que deve ser considerado sofrimento físico.

"Em que medida um tapa é significativo? A forma como ele é dado, o contexto, tudo isso deverá ser considerado [na Justiça]. Uma palmada pode não ser considerada sofrimento físico, e o que vai determinar isso serão as decisões [judiciais]", diz o advogado.

O que a lei deve penalizar é a situação em que o responsável pela criança, seja a mãe ou o pai, ultrapasse os limites do razoável, afirma o professor.

O criminalista Fernando Castelo Branco ressalta que agressões devem ser punidas, como prevê a lei. O medo dele é que, por ser ampla, a nova regra abra espaço para interpretações radicais.

"O pai que dá uma palmada no filho que sai correndo para atravessar a rua causou um sofrimento físico na criança?", pergunta ele, que não vê na palmada tratamento degradante.

O professor de direito penal Luiz Flávio Gomes lembra que a norma não prevê punições penais, mas encaminhamento para tratamento. "Se a lei penal que prevê pena não surtir efeito preventivo, uma lei sem prever punição vai surtir menos efeito", diz.

"A violência física, sobretudo doméstica, é cultural. As leis não mudam a realidade", acrescenta Gomes.

Denuncismo

Para a advogada Carmen Nery, especialista em administração legal, a lei interfere em assuntos familiares e pode gerar um denuncismo que sobrecarregaria o Judiciário.

"Agora, o juiz vai verificar se tal chinelada fere ou não fere a Lei da Palmada", diz.

"Você acha que um Judiciário como nosso, lotado, sem condição de julgar latrocínios e serial killers, tem de decidir se a palmada foi bem dada e o beliscão foi excessivo?"

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Era digital de obrigações fiscais é problema para micro e pequenos empresáriosas recentes decisões do Governo Federal para minimizar as burocracias do sistema tributário e facilitar os trâmites das empresas estão complicando ainda mais a vida, principalmente, dos micro e pequenos empresários

postado 10/06/2014 08:50 - 1387 acessos

Pode soar como ironia, mas as recentes decisões do Governo Federal para minimizar as burocracias do sistema tributário e facilitar os trâmites das empresas estão complicando ainda mais a vida, principalmente, dos micro e pequenos empresários, uma força produtiva que representa 99% das 6,3 milhões de empresas do país.

E isso acontece por causa da informatização, a substituição do papel pelos arquivos digitais. Conforme os sistemas tornam-se mais sofisticados, mais são as informações obrigatórias a serem encaminhadas para o Governo, que, periodicamente, aumenta o número de regras e exigências do sistema tributário.

Ronaldo Dias, da Brasil Price, reforça que a burocracia eletrônica tem uma consequência muito mais traumática que a do papel, “porque, no eletrônico, tudo é analisado online e sem chance de alterações posteriores”.

Notas fiscais

Primeira atualização a ser exigida das empresas, ainda em 2008, a Nota Fiscal Eletrônica ainda traz problemas para os gestores. “Notas eletrônicas emitidas erradas, por exemplo, se não canceladas o mais rápido possível, geram um ‘rastro’ fácil para que haja uma posterior multa”, alerta Ronaldo. E com a dificuldade para empregar mão de obra especializada nas empresas, esse tipo de problema ocorre em pelo menos 50% das notas emitidas, segundo estimativas.

Falta de estrutura

Para validar a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) , E-social, entre outros sistemas, o Governo realiza testes em grandes empresas, dotadas de departamentos de contabilidade, recursos humanos e tecnologia para dar suporte às mudanças na empresa.

Contudo, micros e pequenos não têm condições de acompanhar as mudanças no tempo que o Governo exige. Um exemplo claro disso é a baixa adesão do empresariado aos sistemas de gestão empresarial, softwares designados como ERP. E possuir o programa é item obrigatório para empresas de qualquer porte no país.

Há muitos casos em que a empresa delega ao escritório de contabilidade a responsabilidade da folha de pagamento de funcionários e estima-se que 70% das informações exigidas pelas novas obrigações eletrônicas devem vir da própria empresa.

Fonte: Jornal Contábil

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Adiamentos da Receita geram incertezas nas empresas

Não é só obra da Copa que tem atraso no Brasil: problemas de calendário têm levado a Receita Federal a adiar uma série de normas que vão mexer com o cotidiano das empresas e que, no fim das contas, pode gerar mais custos, multas e dores de cabeça. A série de postergações induz os empresários a não estudar as mudanças a sério, o que pode trazer surpresas desagradáveis.

A principal mudança é a criação do E-social. Este supersistema vai unificar todos os dados da vida trabalhista dos funcionários, sendo um grande portal de dados da Receita Federal, Ministério da Previdência, Caixa, Ministério do Trabalho, INSS e até, no futuro, da Justiça do Trabalho. Criado para diminuir a burocracia, o "Big Brother" do trabalhador deve ampliar a receita do governo em R$ 20 bilhões por ano, com a facilidade de fiscalização:

— Isso pode afetar até empresas que creem estar em dia. Por exemplo: se um trabalhador noturno entra ás 22h e faz hora extra e acaba saindo às 8h do dia seguinte, a maior parte das empresas paga o adicional noturno da jornada até às 5h e, após este período, o adicional de hora extra. Mas a lei e a Justiça já determinaram que, nestes casos, o adicional noturno de expande até o fim da hora extra. Muitos erram por desconhecimento e não há multas pois depende de uma fiscalizção in loco, em vários documentos. Mas agora todos eles estarão juntos na internet, o fiscal não precisará sequer sair de sua mesa — diz Alexandre Fragoso Silvestre, sócio da área trabalhista do Miguel Neto Advogados.

Ele afirma que problemas triviais podem gerar multas, como a existência de dois números do PIS para o mesmo trabalhador. Silvestre lembra que grandes e médias empresas deverão mudar rotinas e integrar áreas como RH, tecnologia, jurídico, controladoria, financeiro, compliance, medicina do trabalho, fiscal e contabilidade. Ele estima que 70% das empresas ainda não se importaram muito com o E-social.

Marcelo Luis Ferreira, supervisor de Suporte e Implantação da Easy-Way do Brasil, afirma que agora o governo não deu uma data para a implementação do E-social (que originalmente deveria estar em vigor janeiro, e depois adiado para abril), mas estabeleceu que, após a liberação de um novo laioute do programa, ele terá seis meses para então ser criado o ambiente de testes, que durará outros seis meses. Assim, caso o laioute seja divulgado em junho, como o governo promete, o E-Social passará a ser obrigatório para todas as empresas em junho de 2015.

— O problema é que ainda não sabemos como estão sendo solucionados alguns problemas que encontramos, como delcarar o pagamento de comissões e participação nos lucros para funcionários que já se desligaram da empresa. Esperamos poder ter acesso para ver o programa abrange todas as questões — disse.

Ferreira explica ainda que neste meio tempo poderá entrar em vigor o ECF, que unifica a declaração do Imposto de Renda das pessoas jurídicas e o Livro de Apuração de Lucro Real (Laur). Ele conta que a tentativa de se criar um "E-Laur" vem de 2008. Embora essa mudança sejam mais simples que o E-Social, também vão gerar a necessidade de mudanças nas empresas, sobretudo de cadastros e rotinas de tecnologia.

— As empresas precisam se preparar mesmo sem confiar no prazo do governo, pois algum dia

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os dois sistemas funcionarão. E o ideal, para uma empresa média, é ter, no mínimo 180 dias para se adaptar a cada um deles — disse Ferreira, que lembra que, embora gerem esforços de adaptação e de cadastro, estes novos programas tendem a simplificar a vida das empresas.

Fato é que pequenas coisas como estas que impactam na burocracia, no planejamento, no chamado Custo-Brasil. Não é apenas nas questões macroeconômicas que o governo tem de ter uma comunicação impecável. Questões mais rotineiras também podem impactar e dificultar negócios em uma épóca de investimentos tão escassos.

* A coluna foi publicada na segunda-feira na revista digital para tablet 'O Globo A Mais'Fonte: O Globo – RJ

Novos rumos da contabilidade no BrasilPublicado em 13 de junho de 2014 por Caroline Renner

De acordo com números do Sebrae, no Brasil existem 6,3 milhões de empresas. Mas o que espanta é saber que, desse total, 99% são micro e pequenas empresas (PMEs) e os pequenos negócios, tanto formais como informais, respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado.

E a tendência é o número crescer cada vez mais, uma vez que o brasileiro tem uma veia empreendedora muito forte. Porém, não basta empreender. É preciso estruturar uma empresa de forma organizada, com metas, estratégias e, claro, um canal de fornecedores de confiança. Afinal, o empresário não conseguirá fazer tudo sozinho e, geralmente, no início, ele ainda não tem a real noção do que é ser gestor do negócio.

Um dos serviços mais fundamentais para o empreendedor é a contabilidade, que hoje tem um papel muito mais amplo e estratégico do que há alguns anos. Em primeiro lugar, o contador deixou de ter aquela imagem do “guarda livros”, que faz diversos cálculos e fica em uma sala empoeirada, repleta de papéis, documentos e máquinas de calcular.

No mercado atual, não existe mais espaço para amadores e as coisas evoluíram muito. Os escritórios contábeis passaram, dessa forma, do perfil de “mal necessário” para a posição de “parceiro estratégico”.

Atualmente precisamos estar muito próximos das operações das empresas e participar ativamente do que acontece com elas, facilitando a tomada de decisões, principalmente as que impactam no caixa. Afinal, ninguém quer perder dinheiro.

Além disso, com a mudança da forma do envio das informações para o governo federal, que acontece de forma on-line, a velha mania dos empresários de acharem que tudo tem um jeito, ficou para trás. Quem não acompanhar o mercado e entender a importância dacontabilidade e do parceiro nessa área, está fadado a não ter sucesso.

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No entanto, é importante que as empresas procurem parceiros confiáveis, que tenham algumas características essenciais: agilidade, cultura e pró-atividade para conseguir acompanhar as constantes mudanças da legislação. Além disso, precisa ser comunicativo para interagir com seus clientes e, assim, dirimir suas dúvidas e elucidar um mundo novo que a empresa ou o empreendedor está iniciando.

Outro fator fundamental é procurar parceiros que estejam conectados com o mundo tecnológico. Hoje, tudo é on-line e tem uma agilidade incrível. Claro que os papéis ainda existem, mas o contador precisa ter uma rede de informática compatível para suportar envios dos dados para órgãos públicos, bem como softwares de gestão contábil e fiscal, que devem ser atualizados constantemente para cumprir o determinado pelos governantes, e hardware atualizados para interagir com os sistemas.

Com um parceiro dentro desse perfil, o empreendedor pode focar em seu negócio e manter sua empresa funcionando perfeitamente e dentro do dinamismo das legislações brasileiras.

Fonte: Jornal Contábil

Consumidor12/06/2014 - 11h50

Cartórios de todo o País poderão ter preços uniformizadosA Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 387/14, em análise na Câmara dos Deputados, transfere para a União a responsabilidade por fixar os preços cobrados pelos serviços oferecidos pelos cartórios.

Atualmente, compete à União apenas o estabelecimento de normas gerais em relação a essas taxas (Lei 10.169/00) e cabe aos estados fixar as tabelas de preços.

“Entendemos que o atual modelo é altamente prejudicial aos usuários dos serviços, principalmente pela discrepância dos valores cobrados em cada estado”, analisa o deputado Roberto Dorner (PSD-MT), autor da proposta.

Segundo o parlamentar, em agosto de 2011, o reconhecimento de firma no Distrito Federal custava R$ 2,52, enquanto na cidade de São Paulo o valor cobrado era de R$ 5,50. “Os valores cobrados são muito diferentes apesar de os atos serem praticamente iguais”, critica.

Horário de funcionamentoA PEC de Roberto Dorner também remete à União a competência para fixar o horário de funcionamento dos cartórios.

“Há também uma grande discrepância nos horários, o que traz grandes dificuldades às pessoas que dependem dos serviços, sendo necessária uma uniformização”, defende o parlamentar.

TramitaçãoA proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à sua

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admissibilidade. Se for aprovada, o mérito será examinado posteriormente por uma comissão especial. Ela tramita apensada à Proposta de Emenda Constitucional 304/04, que propõe a estatização dos cartórios.

Íntegra da proposta:

PEC-387/2014

Reportagem – Thyago MarcelEdição – Natalia Doederlein

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

Leão devolverá R$ 1,9 bi para 1,3 milhão de pessoas  Consulta ao primeiro lote do IR sai hoje e pagamento será dia 16 de junho

PUBLICADO EM 11/06/14 - 03h00

A Receita Federal liberou nesta quarta-feira às 9h a consulta ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda para Pessoa Física. O pagamento aos contribuintes incluídos nesse primeiro lote está previsto para a próxima segunda-feira, dia 16 de junho. O primeiro lote, que prioriza idosos ou portadores de deficiência, vai contemplar 1,35 milhão de contribuintes, que vão receber R$ 1,9 bilhão.

Nesse lote, o crédito terá correção de 1,87% em relação ao montante que consta da declaração de Imposto de Renda dos contribuintes, referente à Selic do período. O lote também incluiu restituições residuais do período de 2007 a 2012. No total, serão restituídos R$ 2 bilhões.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer um requerimento, no site da Receita. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento: 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

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Brasil é um dos países com pior retorno de imposto entre os 32 da CopaO Brasil é um dos líderes de arrecadação entre os 32 países que participam da Copa do Mundo, mas está entre os últimos lugares quando o assunto é o retorno dos impostos em serviços e qualidade de vida à população.

postado 12/06/2014 08:19 - 421 acessos

O Brasil é um dos líderes de arrecadação entre os 32 países que participam da Copa do Mundo, mas está entre os últimos lugares quando o assunto é o retorno dos impostos em serviços e qualidade de vida à população.

A conclusão é do estudo "Copa do Mundo da Economia e Tributação", feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) com base em dados como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), renda per capita, carga tributária e arrecadação.

O estudo mostra que o PIB do Brasil, de US$ 2,24 trilhões, é o sexto maior entre os 32 que disputam a Copa, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e Inglaterra. A carga tributária brasileira equivale a 36,27% do PIB, a sétima maior observada na pesquisa.

Apesar disso, o país aparece na 29ª colocação em termos de serviços de qualidade de vida aos cidadãos, de acordo com o instituto. Essa medição é feita por meio do Índice de Retorno De Bem Estar à Sociedade (Irbes), que cruza os dados da carga tributária em relação ao PIB com o IDH.

"Estamos à frente apenas de países como a Nigéria, Costa do Marfim e da Bósnia e Herzegóvina, que oferecem as piores condições aos habitantes pelo que pagam de impostos", diz, em nota, o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

Retorno de impostos nos 32 países participantes da Copa

1 Estados Unidos 2 Austrália 3 Coreia do Sul 4 Chile 5 Suíça 6 Japão 7 Irã 8 México 9 Costa Rica 10 Bélgica 11 Croácia 12 Rússia 13 Argélia 14 Colômbia 15 Equador 16 Espanha 17 Uruguai 18 Alemanha 19 Grécia

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20 Inglaterra 21 Holanda 22 Portugal 23 Honduras 24 Argentina 25 Itália 26 França 27 Gana 28 Camarões 29 Brasil 30 Bósnia e Herzegóvina 31 Costa do Marfim 32 Nigéria

O estudo do IBPT analisa, ainda, o poder de compra dos contribuintes dos países que participam da Copa do Mundo, combinando os indicadores de carga tributária e renda per capita com o "Índice Big Mac", criado pela revista britânica The Economist e usado por se referir a um produto comercializado mundialmente.

A Austrália é o país que apresenta o melhor resultado: os australianos podem consumir 57 Big Macs por dia. O Brasil aparece como um dos mais mal colocados, com 3,33 unidades por habitante, superado apenas por Costa Rica (3,18), Colômbia (2,39) e Camarões (0,33).

Fonte: Uol Online

Brasil tem o sexto maior imposto para empresasAlíquota chega a 34%, segundo levantamento da consultoria KPMG feito em 130 paísespor O Globo - Atualizado 10/06/2014 21:49

SÃO PAULO - O Brasil tem a sexta maior alíquota de imposto para empresas entre 130 países pesquisados, segundo um levantamento feito pela KPMG Internacional divulgado ontem. De acordo com a consultoria, a carga tributária no Brasil chega a 34%. Em primeiro lugar, ficaram os Emirados Árabes, com alíquota de 55%, enquanto à frente dos países que menos cobram imposto das empresas apareceu Montenegro, com carga tributária de 9%.

Considerando somente os países do G-20, que englobam as vinte maiores economias do planeta, o Brasil sobe para o terceiro lugar, atrás apenas de Estados Unidos (40%) e Japão (35,64%), apontou o levantamento da KPMG.

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— O estudo mostrou que, em relação à edição anterior da pesquisa, o Brasil vem mantendo a alíquota em 34%, enquanto nove países aumentaram seus impostos e 24 os reduziram — explica Pedro Anders, sócio da KPMG da área de tributos. — Apesar de não ter elevação nos últimos anos, o Fisco brasileiro tem aprimorado os instrumentos eletrônicos de fiscalização para melhorar a arredação.

O levantamento da KPMG mostra que a alíquota no Brasil é alta, estando no patamar daquelas cobradas em países ricos. Além disso, lembra Anders, apesar da estabilidade na carga tributária para empresas, nos

A KPMG chegou aos 34% considerando os 15% da alíquota básica de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, mais 10% sobre o lucro que exceder R$ 240 mil e 9% da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Um grande problema no Brasil, lembra o especialista da KPMG, é calcular a carga de impostos indiretos cobrados, que apresentam uma complexidade muito grande. Outro desafio, diz Anders, é que, embora as leis tributárias sejam locais, hoje os negócios são globais:

— Empresas que operam internacionalmente acabam tendo problemas. Vide o caso da Vale, que acabou indo questionar na Justiça o pagamento de imposto sobre lucros obtidos por suas subsidiárias no exterior.

A advogada Ana Cláudia Utumi, sócia responsável pela área tributária do escritório TozziniFreire Advogados, avalia que esse patamar de 34% é muito elevado, e o impacto é conhecido: imposto alto acaba travando muitos negócios.

— Essa alíquota é um desestímulo aos novos negócios e acaba travando o reinvestimento de empresas no país. Muitas companhias estão preferindo reinvestir na África ou Ásia, por exemplo — explica a advogada.

POR ANO, 2,6 MIL HORAS PREENCHENDO FORMULÁRIOS

Ela lembra que para bancos e seguradoras, por exemplo, a carga tributária chega a 40%. Na média, a carga tributária brasileira atual representa 38% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).

— Ou seja, quase 40% do que o país produz vai para tributos — diz Ana Cláudia.

A advogada ressalta que a complexidade da legislação tributária brasileira faz com que, no país, as empresas levem mais tempo para cumprir obrigações básicas, como preencher formulários:

— Dados do Banco Mundial mostram que as empresas gastam 2.600 horas por ano com preenchimento de formulários e pagamento de impostos. Na Bolívia são 1.080 horas. No México, as companhias gastam 450 horas com isso, e no Chile, 300 horas. Nos Estados Unidos, esse tempo é de 170 horas. Ou seja, no Brasil a burocracia também ainda é um grande problema — afirma ela.

Os 10 países que cobram o imposto mais alto das empresas

1) Emirados Árabes (55%)2) Estados Unidos (40%)3) Japão (35,64%)4) Angola, Argentina, Malta, Sudão, Zâmbia (35%)5) St. Marteen ( 34,5%)6) BRASIL, Paquistão e Venezuela (34%)7) Bélgica e Índia (33,99%)

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8) França (33,33%)9) Namíbia (33%)10) Moçambique (32%)

Os dez países que cobram imposto mais baixo das empresas1) Montenegro (9%)2) Bósnia, Bulgária, Macedônia, Paraguai e Qatar (10%)3) Omã e Macau ( 12%)4) Chipre e Irlanda (12,5%)5) Jordânia (14%)6) Albânia, Geórgia, Iraque, Kuwait, Líbano, Lituânia, Sérvia (15%)7) Romênia (16%)8) Hong Kong (16,5%)9) Cingapura, Eslovênia, Taiwan (17%)10) Suíça (17,92%)

Fonte: Corporate and Indirect Tax Rate Survey 2014/KPMG

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Desarticulada quadrilha que lesava empresários em SP

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Em ação conjunta, o Ministério Público (MP) e a Receita Federal desarticularam hoje (11) uma quadrilha que oferecia falsos serviços de redução tributária a empresários. Foram cumpridos três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em São Bernardo do Campo, região do Grande ABC, e em Guarujá, litoral paulista. Um suspeito está foragido.Os envolvidos são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O MP calcula que, em apenas quatro casos, o grupo, que agia há cerca de cinco anos, arrecadou R$ 35 milhões das vítimas.

Um dos principais métodos de ação do grupo era oferecer a médias e grandes empresas títulos públicos sem valor para serem usados para obtenção de créditos para pagamento de tributos federais, como o Imposto de Renda e a contribuição previdenciária. Segundo o promotor Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Lafaiete Ramos Pires, são títulos, muitas vezes, de entes já extintos da Federação, como o antigo estado da Guanabara. “Esses títulos, ou foram declarados inexequíveis, pelo próprio ente que os emitiu, ou pelo decurso do tempo, prescreveram”, explicou o promotor.

Os empresários eram, então, convencidos a adquirir os títulos e o pagamento dos tributos era protelado com ações judiciais e recursos administrativos interpostos pelos fraudadores. De acordo com o MP, a quadrilha, que tinha um grande escritório comercial, oferecia às vítimas a possibilidade de quitar os débitos com a Receita Federal por cerca de 80% do valor devido. O superintendente adjunto da Receita Federal, Fábio Ejchel, disse que os fraudadores se destacavam pela capacidade de dar um aspecto legítimo às operações. “A aparência de legalidade era muito grande”, ressaltou.

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Segundo o Ministério Público, entre as vítimas há hospitais, indústrias, transportadoras e até clubes de futebol. Os lesados só percebiam o golpe quando se esgotavam os recursos judiciais e administrativos interpostos por procuração pelos suspeitos, e as empresas eram acionadas para pagar os impostos devidos.

As investigações do órgão começaram em outubro, após a denúncia de um fabricante de móveis que chegou a entregar R$ 20 milhões ao esquema. Por isso, Fábio Ejchel lembra aos contribuintes que “não existem milagres” para a reduzir o valor de impostos devidos. “Em algum momento, a casa cai. E o empresário paga duas vezes: paga ao estelionatário e paga ao Fisco também”, destacou o superintendente., lembrando que os tributos são cobrados com juros e correção monetária.

Receita Federal e MPE desarticulam fraude milionária contra o fiscoPublicado em 12 de junho de 2014 por Marina Freitas

Operação “O Alquimista” para desarticular organização criminosa responsável pela inserção de informações falsas.

A Receita Federal e o Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Civil, deflagraram na manhã desta quarta-feira (11), a Operação “O Alquimista” para desarticular organização criminosa responsável pela inserção de informações falsas em declarações, com o objetivo de reduzir ou eliminar dívidas tributárias. A ação está sendo efetuada simultaneamente nas cidades de São Bernardo do Campo e Guarujá.

Foram expedidos, pela Justiça Estadual, 4 Mandados de Prisão Temporária e 5 Mandados de Busca e Apreensão em residências e empresas supostamente utilizadas pelos integrantes da organização criminosa. Participam dessa operação 14 servidores do Ministério Publico Estadual, 20 servidores da Receita Federal e 20 policiais civis.

A organização atuava em todo o território nacional vendendo serviços de assessoria tributária utilizando-se de artifícios para iludir os contribuintes.

As investigações tiveram início no Ministério Público Estadual que recebeu denúncias de estelionato que estaria sendo praticada por empresa de assessoria tributária que prometia a liquidação de débitos tributários. Para a extinção dos débitos, os clientes eram induzidos a adquirir créditos supostamente legítimos para compensação de seus débitos. Após a aquisição, as empresas eram surpreendidas com o indeferimento pela Receita Federal do uso desses créditos para fins de compensação. Entre as empresas assediadas ou lesadas pela organização estão indústrias, hospitais, transportadoras e até clubes de futebol.

Paralelamente a investigação do MPE, a Receita Federal já investigava a atuação dessa empresa, inclusive com procedimentos fiscais em andamento.

A iniciativa de trabalho conjunto partiu do MPE que vislumbrou semelhança com a organização criminosa desarticulada dentro da Operação Protocolo Fantasma, executada pela RFB.

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O prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, pode chegar a R$ 300 milhões.

O nome da operação “O Alquimista”, faz alusão a tentativa de transformar chumbo em ouro.

Fonte: Agência Último Instante

Estados e União concordam em avançar na reforma do ICMS A convalidação dos benefícios estará condicionada à aprovação da resolução do Senado que reduz as alíquotas interestaduais de ICMS, nos moldes da reforma apresentada pelo governo

Agência Estado

Publicação: 10/06/2014 19:07 Atualização: 10/06/2014 19:54

Estados e União concordaram em avançar na reforma do ICMS e na convalidação dos incentivos fiscais concedidos no passado para atrair investimentos. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fechou nesta terça-feira, por maioria, um acordo prevendo o fim da unanimidade do órgão para aprovarem a remissão dos benefícios concedidos no passado condicionada à redução gradual das alíquotas interestaduais de ICMS.

O texto aprovado será enviado até o início de julho ao senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator do projeto de lei complementar que permite a aprovação de um convênio no âmbito do Confaz para convalidar todos os incentivos fiscais concedidos pelos Estados sem aprovação do colegiado. Luiz Henrique deve incorporar a proposta do colegiado ao seu substitutivo que será votado pelo Senado.

O presidente do Confaz e secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, informou que a proposta aprovada prevê a quebra da unanimidade do conselho para aprovação da convalidação dos incentivos fiscais existentes. Os convênios, garantindo a manutenção dos benefícios por até 15 anos, poderão ser aprovados por dois terços dos Estados em cada região do País.

A convalidação dos benefícios, no entanto, estará condicionada à aprovação da resolução do Senado que reduz as alíquotas interestaduais de ICMS, nos moldes da reforma apresentada pelo governo. Também será preciso votar o projeto de lei que garante a compensação pela União dos prejuízos dos Estados com o fim da chamada guerra fiscal. A unanimidade do Confaz continuará sendo exigida para aprovar novos incentivos.

"É um emaranhado de regras condicionadas umas às outras. Isso (a convalidação) não estava avançando porque o Confaz não tinha unanimidade. Essa mudança vai destravar o acordo no Confaz. Com base nisso, o Senado vai poder mexer nas alíquotas de ICMS. Eu acho que as coisas vão destravando aos poucos", afirmou Oliveira.Saiba mais...Moreira Franco critica ICMS sobre combustível de aviação Cai contribuição da Grande SP ao ICMS, diz estudo Reforma do ICMS fica no papel mais uma vez

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Estados e União têm pressa em resolver a insegurança jurídica a respeito dos incentivos tributários. O Supremo Tribunal Federal (STF) pode editar a qualquer momento uma súmula vinculante declarando ilegais todos os incentivos concedidos unilateralmente pelos Estados sem o aval do Confaz. Oliveira disse que 20 entre 24 Estados, entre eles São Paulo, concordaram com o acordo que será apresentado a Luiz Henrique. Três Estados não participaram da reunião ocorrida hoje.

Na semana passada, governo e representantes dos Estados estiveram reunidos com Luiz Henrique que concordou em esperar a decisão do Confaz para incorporá-la ao relatório que vai apresentar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. "O que tiver consenso, eu endosso no meu parecer", afirmou o senador ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo Luiz Henrique, o Confaz deve ter uma nova reunião na próxima semana para aprovar a redação do texto que será encaminhado a ele.

No final de 2012, o governo encaminhou ao Congresso uma proposta de resolução unificando gradualmente as alíquotas do ICMS nas operações interestaduais e um projeto de lei criando os Fundos de Compensação e de Desenvolvimento Regional que irão compensar as perdas de arrecadação dos Estados com a redução do ICMS. As propostas, no entanto, não avançaram por falta de consenso entre os Estados.

Quase 100%

Segundo o cronograma proposto pelo governo, a alíquota de ICMS nas operações realizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste destinadas às regiões Sul e Sudeste cairá de 12% até atingir 7% em oito anos. Nas operações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a alíquota hoje de 7% ficará em 4%."Com isso, 90% das operações interestaduais ficarão com alíquota de 4%", afirmou Oliveira.

As operações entre os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste também ficarão com 4% de ICMS. As mudanças não se aplicam às operações interestaduais originadas na Zona Franca de Manaus (ZFM), bem como às operações interestaduais com gás natural, as quais serão tributadas com base na alíquota de 10%. Ao reduzir as alíquotas, o governo espera que os Estados não tenham mais espaço para promover a guerra fiscal.

A União, em troca, prometeu destinar até R$ 8 bilhões por ano para cobrir eventuais perdas de receita dos Estados com a redução da alíquota de ICMS. Além disso, o Fundo de Desenvolvimento Regional terá R$ 296 bilhões, durante um período de 20 anos, para atrair investimentos para os Estados menos desenvolvidos. O governo espera que o fundo substitua os incentivos tributários concedidos pela guerra fiscal. Os governadores usam a redução do ICMS para atrair a instalação de indústrias nos Estados.

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Débitos de ICMS e ISS encaminhados para inscrição em dívida ativa - 11/06/2014Informamos que os débitos de ICMS e ISS apurados no Simples Nacional, relativos aos períodos de apuração (PA) até 11/2013, devidos aos entes federados listados no arquivo anexo, e que se encontravam em cobrança na Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB em 31/05/2014, foram transferidos aos respectivos estados e municípios para inscrição em dívida ativa, nos termos do art. 41, § 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006.   Os contribuintes que possuíam débitos de ICMS e/ou ISS relativos aos estados ou aos municípios presentes no arquivo anexo deverão dirigir-se aos respectivos entes para regularização (inclusive pedido de parcelamento).

O recolhimento desses débitos deverá ser realizado em guia própria do ente federado responsável pelo tributo e não em DAS.  ATENÇÃO:

1- Para os contribuintes que solicitaram pedido de parcelamento de débitos do Simples Nacional, no âmbito da RFB, até 27/05/2014, os débitos de ICMS e/ou ISS não foram transferidos, permanecendo em cobrança na RFB.

2- Para identificar os débitos do Simples Nacional que continuam em cobrança na RFB, para fins de regularização, o contribuinte deverá utilizar a opção “Consultar Débitos" no aplicativo PGDAS-D e DEFIS ou a opção "Consulta Pendências - Situação Fiscal > Débitos Pendências > Emitir DAS" no portal e-CAC (para a geração do DAS sem os valores de ICMS e/ou ISS transferidos).

3-  Após a transferência dos débitos de ICMS e/ou ISS aos Estados e Municípios que celebraram o convênio previsto no art. 41, § 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006, a retificação de valores informados na DASN (para períodos de apuração até 12/2011) ou no PGDAS-D (para períodos de apuração a partir de 01/2012), relativos aos períodos de apuração (PA) dos débitos já transferidos aos entes convenentes, que resulte em alteração do montante do débito, não produzirá efeitos (art. 37A e parágrafos da Resolução CGSN 94, de 2011). Neste caso, após a transmissão da declaração retificadora, o contribuinte deverá buscar orientação junto às unidades de atendimento da RFB.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A RELAÇÃO DOS ENTES FEDERADOS

SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

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Recuperação judicial

Ausência de boa-fé e transparência justifica execução de bens de sócios09 de junho de 2014, 20:43h

Em casos de recuperação judicial de empresas, a ausência dos princípios da boa-fé, da transparência e da preservação do patrimônio justifica a execução individual, ou seja, dos bens dos sócios. Com esse entendimento, a 14ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, rejeitou Agravo de Instrumento impetrado com o intuito de suspender penhora singular.

Segundo os autos, a companhia, às vésperas de sua recuperação judicial, contraiu dívida de cerca de R$ 9,7 milhões, em forma de créditos bancários. O recurso foi impetrado pelo avalista do débito, que argumentou que a aprovação de um plano de recuperação pela assembleia geral de credores garantiria a suspensão da execução de seus bens.

Segundo o relator do acórdão, desembargador Carlos Henrique Abrão, “é interessante ponderar que ao contrair a dívida, a empresa já atravessava dificuldade financeira, e o volume de crédito buscado, por si só, não se justificava, adicionando que a tentativa de se alienar participação societária demonstra que o devedor solidário não está imbuído no propósito de pagar”.

“Não vislumbro oportuno sobrestamento, mais ainda de modo indefinido, propiciando ao devedor solidário qualquer tipo de expediente ou manobra, cujo enraizamento, ao contrair a dívida, quebra o princípio da presunção da boa-fé e de todas as circunstâncias adjetivando a preservação do negócio, quando, pelos elementos coligidos, o grau de insolvência e a forma pela qual o plano fora aprovado, ambos não ditam a necessária certeza no recebimento do valor elevado do débito cobrado”, acrescenta o desembargador.

Ainda de acordo com Abrão, os artigos 49, parágrafo 1, e 59, da Lei de Recuperação Judicial permitem que o credor exija dos avalistas os respectivos valores da obrigação.

Clique aqui para ler o voto.AI 2053822-79.2014.8.26.0000

Revista Consultor Jurídico, 09 de junho de 2014, 20:43h

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Atenção para Decisão do STF Relativa a Contribuição Previdenciária na Contratação de Cooperativas04/06/2014 Deixe um comentário

por A. Fausto Soares

Na sessão plenária do dia “23.04.2014” nosso Supremo Tribunal Federal – STF ao analisar o RE 595.838, com repercussão geral, proferiu decisão unânime que acabou beneficiando os contribuintes tomadores de serviços que contratam cooperativas de trabalho para realização de algum tipo de serviço, tendo em vista que foi declarada inconstitucional a contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor total de serviços prestados por meio de cooperativas de trabalho.

Isso porque até então vigorava a regra prevista no art. 22, “IV” da Lei 8.212/91 (julgada inconstitucional), no qual previa que essas empresas tomadoras de serviços deveriam recolher aos cofres públicos um percentual de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços pagos, para as cooperativas de trabalhos, em virtude dos serviços realizados pelas pessoas físicas filiadas às cooperativas.

Nesse caso, para melhor ilustrarmos, tínhamos que ao final de cada período mensal a cooperativa de trabalho emitia uma fatura para o tomador de serviço, cobrando deste contribuinte o somatório das seguintes parcelas: (i) Valor do Salário: referentes aos serviços realizados pelo cooperado, (ii) Comissão: auferida em virtude da intermediação da contratação e, em especial, (iii) Contribuição Previdenciária: no importe de 15% incidente sobre o total desta nota fiscal.

Ocorre que o STF ao realizar seu brilhante controle de constitucionalidade destacou as seguintes discrepâncias que maculavam esse dispositivo legal, vejamos: (i) Base de Cálculo: a alíquota da contribuição previdenciária deve incidir, por excelência, sobre folha de salários, todavia essa norma previa uma base de cálculo nova (nota fiscal ou fatura de prestação) criando uma fonte de custeio não prevista na constituição (ii) Relação Intersubjetiva: a contribuição previdenciária pressupõe – necessariamente – uma relação de emprego entre uma pessoa jurídica com uma pessoa física, no caso em comento havia uma relação contratual, tão somente, entre pessoas jurídicas, quais sejam: “Tomadora de Serviços” e “Cooperativas de Trabalho”.

Diante dessas incongruências nossa Corte Maior considerou inaplicável a incidência dessa contribuição previdenciária, pois estava em desconformidade com a regra constitucional prevista no art. 195, I, “a” da CF, abrindo um forte precedente para que tais empresas tomadoras de serviços provenientes de Cooperativas de Trabalho possam acionar o Poder Judiciário com objetivo de não mais recolherem este tributo, bem como pleitearem a restituição dos valores pagos indevidamente.

Todavia, importante ressaltar, que a pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional -PGFN, o STF ainda irá decidir se realizará ou não modulação dos efeitos de sua decisão, ou seja, se essa decisão irá também abarcar fatos ocorridos no passado ou se irá irradiar seus efeitos somente para o futuro.

Desse modo através da interposição de ações judicias essas empresas tomadoras de serviços poderão pleitear no Poder Judiciário seu direito de não mais recolher essa contribuição previdenciária tida por inconstitucional pelo STF, bem como, dependendo da decisão do STF sobre a modulação dos efeitos, uma possível restituição dos valores que foram pagos indevidamente até presente data.

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André Fausto Soares é advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, Técnico Contábil, pós-graduando em Direito Tributário na FGV-LAW e atuante no campo do Direito Tributário. Sócio Fundador do escritório A. Fausto Soares – Advocacia existente desde 1985. Contatos com o autor podem ser realizados diretamente pelo endereço eletrônico [email protected]

Gastos com seguro-desemprego devem ir a R$ 40,2 bi em 2015FAT prevê aumento de 14,36% na despesa. Calendário do abono mudarápor Geralda Doca 11/06/2014 16:16 / Atualizado 11/06/2014 22:45

BRASÍLIA - O orçamento do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para 2015, aprovado nesta quarta-feira pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), prevê que os gastos com seguro-desemprego cheguem a R$ 40,262 bilhões no próximo ano, 14,36% a mais que a estimativa para este ano, de R$ 35,204 bilhões.

Com o abono salarial, a previsão é de uma despesa de R$ 19,971 bilhões, aumento de 19,58% frente ao valor projetado para este ano, de R$ 16,7 bilhões. O crescimento dessas despesas contribuiu para o déficit recorde de R$ 19,938 bilhões no orçamento do FAT para 2015.

O rombo bilionário nas contas do Fundo previsto para o ano que vem foi antecipado por O GLOBO no sábado. Segundo o orçamento aprovado nesta quarta-feira, as despesas chegarão a R$ 82,375 bilhões e as receitas, a R$ 62,436 bilhões. Esse déficit tem crescido nos últimos anos devido, principalmente, ao impacto do reajuste real do salário mínimo nos gastos com seguro-desemprego e abono salarial (PIS).

Além disso, a formalização da mão de obra e o índice elevado de rotatividade no mercado formal de trabalho, de 40%, também são fatores que contribuem para o aumento dos gastos com o seguro, segundo o Ministério do Trabalho. Para cada grupo de cem empregados, 40 são demitidos por ano. De acordo com o ministério, o número de pessoas que recorrem ao benefício tem se mantido estável, em 8 milhões por ano.

Também pesam nas contas do FAT as desonerações referentes às contribuições do PIS/Pasep, sua principal fonte de receita. Sem os aportes do Tesouro, o patrimônio do FAT terá que começar a ser sacrificado para fazer frente às despesas correntes.

O orçamento de 2015 prevê uma despesa de R$ 2 bilhões com outras rubricas, como qualificação profissional. Além disso, o FAT repassará ao BNDES R$ 20,126 bilhões, o que corresponde a 40% do total de receitas, conforme determina a Constituição. As receitas do Fundo também são atingidas pela Desvinculação das Receitas da União (DRU), que vai reter no Tesouro outros R$ 12,578 bilhões para destinação livre.

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Para 2014, o déficit projetado é de R$ 12,048 bilhões. Os valores terão de ser cobertos pelo Tesouro para que o FAT consiga pagar os benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial. Segundo o presidente do Codefat, Quintino Severo, a expectativa é que o Tesouro faça os aportes necessários. Mas isso não está garantido:

— Ainda não sabemos qual será o resultado final desse processo. A aprovação do orçamento pelo Codefat é a primeira etapa. A execução dependerá dos ministérios do Planejamento e da Fazenda.

PAGAMENTO DO ABONO DILUÍDO EM QUATRO MESES

Pressionado pela equipe econômica, nesta quarta-feira, o Codefat aprovou também uma nova tabela que diluiu os pagamentos do abono salarial relativos a 2015, antes concentrados em julho para os trabalhadores com conta em banco. Esse crédito passará a ser feito nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, de acordo com o mês nascimento do trabalhador. Com isso, o Tesouro deixará de desembolsar de uma só vez, em julho, R$ 7,8 bilhões. O calendário antigo, elaborado pelo Ministério do Trabalho, permitia o pagamento do benefício a 40% do total de beneficiados em julho. O gasto total estimado com o abono é de R$ 16,7 bilhões.

Em contrapartida, os trabalhadores com direito ao benefício e que não têm conta em banco poderão sacar na boca do caixa das agências da Caixa a partir de julho. Antes, o saque nesses casos só era possível a partir de agosto. A antecipação do pagamento para esse grupo ajudou a vencer as resistências dos representantes dos trabalhadores no Codefat.

— A medida permite um tratamento mais igualitário entre os trabalhadores — disse Severo.

O abono corresponde a um salário mínimo e é destinado aos trabalhadores com renda de até dois salários e que tenham trabalhado pelo menos um mês com carteira assinada no ano anterior. Para ser cnesta quarta-feiraplado, é preciso estar inscrito no PIS.

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Lançamento por homologação

Fisco desobedece à jurisprudência do STJ no que tange à decadência11 de junho de 2014, 07:02h

Por   Antônio Rodrigues de Lemos Augusto,   Thiany Barros de Abreu   e   Antonio Carlos de Abreu

Quem milita na advocacia tributária certamente já se deparou com decisões administrativas do Fisco ignorando a aplicação do artigo 150, parágrafo 4º, do Código Tributário Nacional (CTN), para reconhecimento de decadência nos tributos lançados por homologação. Frequentemente, o Fisco afasta o artigo 150, parágrafo 4º, CTN, pelo qual o termo a quo da decadência se dá a partir do fato gerador, e aplica o artigo 173, inciso I, em que o termo a quo é o primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamento poderia ter sido efetuado. O que muitos contribuintes não sabem é que há jurisprudência forte

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do STJ que costuma ser pisoteada pelo Fisco. É justamente a intenção deste artigo realçar tal jurisprudência, reconhecida pelo juízo de 1º grau.

O CTN trata do instituto da decadência para os tributos lançados por homologação em dois momentos. Vejamos:

Primeiro momento: Art. 150, §§ 1º e 4º, CTN:

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

(...)

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." 

Segundo momento: art. 173, I e II, CTN:.

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." 

Ressalta-se que os artigos citados não são complementares, pelo contrário: são excludentes entre si.

Assim, tenha o fisco conhecimento ou não, real ou presumido, do termo inicial do fato gerador, a inércia acarreta a perda do direito do Estado em constituir o crédito tributário, sem necessidade de uma exegese mais sofisticada.

Deste modo, se a modalidade de lançamento é por homologação e o contribuinte antecipa o pagamento, corretamente ou a menor, o termo inicial da contagem do prazo decadencial se dá na data de ocorrência do fato gerador, conforme o disposto no artigo 150, parágrafo 4º do CTN, pois o fisco tem conhecimento da ocorrência do fato gerador. Ora, se o Fisco recebeu o dinheiro do contribuinte, obviamente está informado sobre o fato gerador e tem como analisar se o pagamento está ou não adequado, inclusive por dever de ofício.

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Por outro lado, em não havendo a antecipação do pagamento, o fisco não tem como conhecer a data do fato gerador e, assim, o prazo inicial da decadência será contado a partir do primeiro dia do ano seguinte em que o lançamento deveria ter sido efetuado, conforme o art. 173, inciso I do CTN.

Vejamos a jurisprudência do STJ, julgamento de 23 de abril de 2009, no AgRg no REsp 1044953 / SP, tendo, como relator, o ministro Luiz Fux, hoje no STF. Diz o ministro:

A decadência do direito de lançar do Fisco, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, nem sido notificado pelo Fisco de quaisquer medidas preparatórias, obedece a regra prevista na primeira parte do § 4º, do artigo 150, do Codex Tributário, segundo o qual, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador: "Neste caso, concorre a contagem do prazo para o Fisco homologar expressamente o pagamento antecipado, concomitantemente, com o prazo para o Fisco, no caso de não homologação, empreender o correspondente lançamento tributário. Sendo assim, no termo final desse período, consolidam-se simultaneamente a homologação tácita, a perda do direito de homologar expressamente e, conseqüentemente, a impossibilidade jurídica de lançar de ofício" (In Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3ª Ed., Max Limonad , pág. 170). (Grifamos)

Outras decisões vieram após esta.

Observem que o ministro, na decisão supra, ainda cita o doutrinador Eurico Marcos Dinis de Santi.

Em outra jurisprudência, diz a ministra Eliana Calmon, do STJ:

“Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, conta-se o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150, §4º, do CTN). Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. (...) – (STJ, 2ª T., AgRg no Ag. 939.714/RS).

Essencial ainda os ensinamentos de Gabriel Lacerda Troianelli, citado por Leandro Paulsen, na obra Direito Tributário, 11ª Edição, página 1037:

“(...) o que se homologa é a atividade de apuração do tributo efetuada pelo sujeito passivo, e não o pagamento do tributo, que pode, como já vimos, nem mesmo ocorrer, se o contribuinte, no período de apuração, por exemplo, não praticar fato gerador, ou, mesmo tendo tributo devido, contar com créditos compensáveis ou prejuízos que resultem no não-pagamento efetivo de tributo. Conclui-se, assim, que não é necessária a existência de pagamento para que se opere a decadência mediante a homologação tácita de que trata o artigo 150, parágrafo 4º do Código Tributário Nacional, bastando, para tanto, que o sujeito passivo tenha efetuado regularmente a atividade de apuração do tributo devido (se houver), com o correspondente registro ou entrega de declaração, na forma que estabelecer a legislação pertinente.” (Grifamos)

Para colocar a pá de cal, observamos o que diz a obra Código Tributário Nacional Comentado, organizado por Vladimir Passos de Freitas, Editora Revista dos Tribunais, 2ª edição, página 641, comentando o artgo 150, CTN:

“Segundo o §4º, se a Fazenda Pública não proceder à expressa homologação dentro desse prazo, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito. (...) O transcurso do prazo, sem nenhum pronunciamento da Fazenda Pública quanto à homologação, ou não, tem como consequência não só a homologação ficta, mas também a extinção definitiva do crédito tributário (...). Como

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consequência, estará igualmente extinto o direito de a Fazenda Pública efetuar o lançamento de ofício pelas diferenças que, devidas, não foram pagas”.

Há sim decadência nos tributos que tiveram valores recolhidos em prazo superior a cinco anos da ocorrência do fato gerador. E esta é a posição do STJ, o órgão que interpreta a legislação federal do país, interpretação esta que deve ser seguida pela administração pública, pelo princípio da legalidade.

Em decisão liminar recente, maio de 2014, do Judiciário de Mato Grosso, o juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Cuiabá assim se manifestou em Ação Anulatória de nossa autoria:

Já no que tange à decadência do direito ao lançamento de impostos sujeitos à homologação – como é o caso do ICMS –, o Superior Tribunal de Justiça, por meio de sua mais recente jurisprudência, firmou entendimentos distintos.

Segundo a Corte Superior, em se tratando de casos em que o contribuinte tem o dever de antecipar o pagamento do imposto sem que haja o prévio exame da autoridade administrativa, caso se apure o remanescente do imposto, nos casos de recolhimento a menor, o prazo decadencial para o lançamento deve ser contado da ocorrência do fato gerador, nos termos do artigo 150, § 4º do CTN; todavia, nos casos em que a lei não prevê a necessidade do pagamento antecipado ou, a despeito da existência de previsão legal, não há o pagamento, o prazo decadencial deve ser contado na forma do artigo 173, I, do CTN, o qual prevê que o prazo decadencial tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Portanto, se o contribuinte recolheu tributos por lançamento e, posteriormente, o Fisco apontou que tal recolhimento era insuficiente, deve-se observar se ocorreu a decadência nos termos do artigo 150, parágrafo 4º, CTN, a contar do fato gerador, a menos que tenha havido dolo, fraude ou simulação, situação que compete ao Fisco provar.

Antônio Rodrigues de Lemos Augusto é advogado do escritório Abreu Advogados – Assessoria Jurídica, em Cuiabá.

Thiany Barros de Abreu é advogado do escritório Abreu Advogados – Assessoria Jurídica, em Cuiabá.

Antonio Carlos de Abreu é advogado do escritório Abreu Advogados – Assessoria Jurídica, em Cuiabá.

Revista Consultor Jurídico, 11 de junho de 2014, 07:02h

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Nem na ditadura

Por ordem de Barbosa, advogado de Genoino é retirado à força do STF11 de junho de 2014, 15:42h

Por   Alessandro Cristo   e   Felipe Luchete

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ordenou nesta quarta-feira (11/6) que seguranças tirassem, à força, um advogado que ocupava a tribuna do Plenário. Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT José Genoino, foi retirado da tribuna quando reclamava da demora de Joaquim Barbosa em pautar a análise de pedido para que seu cliente volte à prisão domiciliar.  

Em maio, Genoino voltou a cumprir pena no Complexo da Papuda. Antes, chegou a ficar detido em sua casa após reclamar de problemas de saúde. Na última quarta-feira (4/6), a Procuradoria-Geral da República emitiu parecer favorável à sua prisão domiciliar. Desde então, o pedido aguarda ser pautado.

Quando o Supremo condenou os réus do mensalão, no entanto, Joaquim Barbosa foi rápido. Ele ordenou as prisões no feriado de proclamação da República, no dia 15 de novembro, mas só expediu as cartas de sentença 48 horas após a prisão de todos os réus. Segundo especialistas, a pressa afrontou a Lei de Execuções Penais.

Pacheco foi incisivo ao falar com o presidente da corte. Disse que o novo pedido de prisão domiciliar já tem a concordância da Procuradoria-Geral da República e que depende apenas de Joaquim Barbosa pautá-lo. O ministro ameaçou rebatê-lo. “Vossa Excelência vai pautar?”, questionou. Mas o advogado não parou de falar. “Vossa Excelência deveria honrar essa casa e trazer a seus pares o exame da matéria”, retrucou.

O presidente do STF mandou cortar o som do microfone da tribuna, mas Pacheco disse que não pararia de insistir. Até que Barbosa chamou os seguranças. Dois funcionários seguraram os braços do advogado e o afastaram da tribuna, enquanto ele gritava que o ministro cometia abuso de autoridade. “Quem está abusando de autoridade é Vossa Excelência”, rebateu Barbosa, sem lembrar que o advogado não é servidor público. “A República não pertence a Vossa Excelência, nem aos de sua grei”, completou, enquanto Pacheco era levado para fora do tribunal.

Após a discussão, o ministro Joaquim Barbosa deixou o Plenário e a sessão passou a ser presidida pelo vice-presidente, ministro Ricardo Lewandowski. Ele divulgou nota lamentando o episódio e declarando que Pacheco agiu "de modo violento".

Condenado, por corrupção ativa, a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão, José Genoino Genoino teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a ser levado para a Papuda. Mas, por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária até abril. Durante o período em que ficou na Papuda, o ex-deputado passou mal e foi levado para um hospital particular.

O ex-deputado voltou à Papuda em maio, por determinação de Barbosa. A decisão foi tomada após o ministro receber laudo do Hospital Universitário de Brasilia. No documento, uma junta médica concluiu que o estado de saúde do parlamentar não era grave.

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De acordo com a defesa de Genoino, ele tem cardiopatia grave e não possui condições de cumprir a pena em um presídio, por ser “paciente idoso, vítima de dissecção da aorta”. Pacheco avalia que o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico adequado ao ex-parlamentar.

Medidas durasO presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, disse que o ato foi uma “agressão à advocacia” e consiste em um episódio inédito na história do STF. “Sequer na ditadura militar ousou-se ir tão longe contra o exercício da profissão de advogado. O advogado tem apenas a palavra e a tribuna. Ele apresenta uma questão, seja ela qual for, e cabe ao presidente do Supremo aceitar, indeferir ou nem conhecer o pedido. Em uma democracia, argumentos devem ser respondidos com argumentos, e não com ato de força.”

Coêlho disse que a conduta do ministro não ficará “sem a devida resposta”: deve ser divulgada ainda na tarde desta quarta uma nota de repúdio. A Ordem planeja promover ato de desagravo público em favor de Pacheco e tomar “medidas mais duras”, segundo o presidente. Para ele, Barbosa vem desrespeitando “de forma costumeira a prerrogativa dos advogados, demonstrando que não tem apreço ao artigo 133 da Constituição Federal, que afirma que o advogado é inviolável no exercício de sua profissão”. 

Logo após ser retirado da corte, o advogado Luiz Fernando Pacheco disse à revista Consultor Jurídico que não se sentiu agredido pelo seguranças, mas que sua expulsão foi “mais um ato que consagra o autoritarismo da magistratura do ministro”.

O presidente da OAB do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que também pode tomar medidas após o episódio. Ele afirmou que Barbosa pode estar “meio chateado” após sessão de desagravo promovida na última terça-feira (10/6) em favor do advogado José Gerardo Grossi, que segundo a entidade foi ofendido pelo ministro ao oferecer emprego em seu escritório ao ex-ministro José Dirceu, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. 

O prejuízo da inadimplência do MEIPor Ivan Hussni*

São inquestionáveis as vantagens que a criação da figura do Microempreendedor Individual (MEI) proporcionou a quem trabalha por conta própria. Porém, a alta inadimplência da categoria, que beira os 60% no País, joga por terra os avanços conquistados.

Por, no máximo, R$ 42,20 mensais, o MEI garante benefícios da Previdência Social e carga tributária reduzida. Mas quem está com os pagamentos em atraso perde os direitos.

Pela regra, o MEI é optante do Simples Nacional, mais exatamente do Simples Nacional em Valores Fixos Mensais, o SIMEI. Todo mês, ele tem de fazer o recolhimento ao INSS e pagar o ISS ou ICMS. Para isso, usa o Documento de Arrecadação do Simples Nacional para o MEI, o chamado DAS-MEI. O mês sem pagamento ou quitado com atraso não é contado para cumprir o tempo de carência exigido pela Previdência. Assim, tomemos como exemplo uma mulher que se formalizou em junho de 2013 e teve filho em abril de 2014. De junho a abril seriam 11 contribuições, mas para ter direito a licença-maternidade seriam necessárias 10 contribuições.

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Mas suponhamos que ela fez três recolhimentos com atraso, neste caso, perde o direito ao benefício, pois apenas oito meses pagos em dia valeram para a carência.

Agora veja uma situação que leva à exclusão do Simples e obriga a empresa a quitar seus tributos na forma do Lucro Presumido. Pensemos em uma cabeleireira que fatura o teto do MEI, isto é, R$ 60 mil por ano ou R$ 5 mil ao mês. A contribuição dela é de R$ 41,20 mensais (R$ 36,20 de INSS e R$ 5 de ISS) e, pela regra, está dispensada de contabilidade.

Pelo Lucro Presumido, ela paga R$ 13,93% sobre a renda bruta mensal (IRPJ, CSLL, Cofins, PIS e ISS no município de São Paulo). Isso dá R$ 696,50. A contribuição à Previdência é de 11% sobre o pró-labore, de pelo menos um salário mínimo, o que resulta em R$ 79,64. A contribuição previdenciária patronal (da empresa) é de 20% sobre o pró-labore (também sobre um salário mínimo pelo menos), ou R$ 144,80. O total no Lucro Presumido pago por mês é de R$ 920,94. Somam-se a isso os honorários contábeis, pois nesse regime a contabilidade é obrigatória. Precisa dizer mais para comprovar o prejuízo?

Todo empreendedor quer fazer bons negócios. Manter a contribuição mensal em dia é o primeiro deles e o meio para o empreendedor garantir sua cidadania.

Ivan Hussni – diretor técnico do Sebrae-SPFonte: Maxpressnet

R$ 200 bilhões no ralo da sonegação fiscal Postado por José Adriano em 10 junho 2014 às 14:11 Exibir blog

Valor é 25 vezes superior ao gasto com a construção das 12 arenas para a Copa do Mundo

Pagamos uma das maiores taxas de juros do mundo, suportamos um modelo tributário regressivo que inverte a lógica da justiça fiscal, fazendo com que o pobre pague mais impostos que o rico. Como se não bastasse, vemos uma elite muito bem acomodada e grandes corporações abonando a continuidade desse sistema anacrônico, enquanto surrupiam o erário público por meio da sonegação fiscal. E assim, em apenas 5 meses, o painel digital Sonegômetro já registra um rombo de 200 bilhões.

Pior, cristaliza-se no Brasil o mantra de que sonegar é um ato de autodefesa. Francamente, é preciso esclarecer que os maiores responsáveis pelo rombo de 415 bilhões em 2013 e os 200 bi de 2014 não o fizeram e não o fazem para se defender, mas por ganância mesmo!

Os responsáveis por esta sangria bilionária, coberta pelos impostos pagos pela imensa maioria dos cidadãos brasileiros, não são o sacoleiro, o profissional liberal ou o empresário que trabalha mais de 12 horas por dia para sobreviver, gerar emprego e renda. Ao contrário, são criminosos de colarinho branco que se escamoteiam na cortina de fumaça da corrupção e da má administração pública. E para esses que vivem da sonegação, o que importa é saber que nada vai mudar enquanto as estruturas de controle fiscal e de cobrança jurídica do Estado, como a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) continuarem sucateadas.

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Já o cidadão comum, que chega a trabalhar mais de 4 meses só para pagar tributos, este sim, não tem como se “defender” sonegando. Os tributos, para o trabalhador, são cobrados de forma automática, principalmente em seu contra-cheque e nos atos cotidianos de consumo: supermercado, posto de combustível, farmácia, escola etc.

Por isso, reiteramos, a existência de parlamentares e administradores públicos corruptos não pode servir de desculpa para que outros bandidos se locupletem às custas do povo.

É no mínimo uma ingenuidade acreditar que o tributo sonegado, que deixa de ir para o caixa do Estado mal administrado ou infestado pela corrupção, segue limpo para circular no mercado. Ledo engano, é fortuna que sai do país e aterrissa em paraísos fiscais. É dinheiro da nota fiscal que o cidadão deixa de pedir e vai para o bolso de quem já havia embutido o valor dos impostos no preço do produto. É grana alta que serve para irrigar campanhas políticas escusas, mensalões e propinodutos.

Se queremos viver em um país decente, temos que lutar pela decência e pela justiça. A nossa luta é pela simplificação do sistema tributário, pelo respeito ao princípio Constitucional da capacidade contributiva, pelo combate intransigente à sonegação e à corrupção.

A Campanha Nacional da Justiça Fiscal – Quanto Custa o Brasil pra Você? é apartidária, criada e mantida pelo SINROFAZ – Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, com o objetico de promover a educação fiscal e a conscientização tributária.

Os Procuradores da Fazenda Nacional são advogados públicos, concursados, que atuam na defesa do patrimônio do povo brasileiro, independentemente de quem esteja ocupando o poder.

http://www.quantocustaobrasil.com.br/artigos/rs-200-bilhoes-no-ralo...

Princípio da Insignificância e Bagatela Tipos incriminadores que descrevem condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o bem jurídico. Publicado por Italo Spagliari - 6 dias atrás

O Princípio da Insignificância, ou Princípio da Bagatela, tem sua origem no Direito Romano e tem por base a máxima "minimis non curat praetor", isto é, "o pretor, não cuida de minudências". Foi introduzido no sistema penal por Claus Roxin, na década de 60, tendo em vista questões sociais.

De acordo com Fernando Capez, "Segundo tal preceito, não cabe ao Direito Penal preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o bem jurídico." Ainda segundo Capez, o princípio não pode ser considerado em termos abstratos e exemplifica: "Desse modo, o referido preceito deverá ser verificado em cada caso concreto, de acordo com as suas especificidades. O furto, abstratamente, não é uma bagatela, mas a subtração de um chiclete pode ser."

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Aplica-se também o Princípio da Insignificância ou bagatela, por exemplo, nos casos de lesão corporal, quando a lesão provocada na vítima, não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir o agente nem de se recorrer aos meios judiciais, por exemplo, um leve beliscão, ou uma palmada.

No Brasil, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, para aplicação do princípio da insignificância em direito penal, necessário a concomitância de quatro requisitos:

“Para ser utilizado, faz-se necessária a presença de certos requisitos, tais como: (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (exemplo: o furto de algo de baixo valor).” (www.stf.jus.br)

Ainda segundo o STF, o ato com lesividade insignificante poderia até configurar tipicidade formal, qual seja a pura descrição formal do tipo, mas não configuraria a tipicidade material, pois o bem tutelado não foi efetivamente lesado, ou, ao menos, lesado a ponto de se justificar a judicialização e sanção penal.

Embora não haja previsão no ordenamento jurídico sobre o crime de bagatela, ele é aplicado caso a caso, de forma concreta e não abstrata, sua aceitação é cada vez maior dentre os Tribunais Pátrios, mas ainda ocorrem casos vergonhosos, onde o princípio de insignificância é ignorado, causando, em alguns casos, resultados e danos irreversíveis.

E por estar em um cenário em que casos de pouca ou nenhuma relevância constitucional chegam a mais alta corte do país, a importância da violação do bem jurídico é ponto de debate entre advogados e juízes na hora de aplicar ou não a pena nos casos de pequenos furtos. Nessas discussões, o Princípio da Insignificância é o argumento que mais aparece nas peças judiciais. Fica claro isso quando analisamos nossas jurisprudências e encontramos casos como os recentes:

Em um país que sofre com a lentidão da Justiça, uma história bastante ilustrativa aconteceu com um homem chamado Afanásio Guimarães. Afanásio se envolveu em uma confusão com o vizinho por causa de duas galinhas. Um acordo poderia ter resolvido a briga, mas o caso foi longe.

O maior processo da história do Supremo Tribunal Federal (STF) teve 53 sessões, em que foram julgados 38 réus, em uma ação penal de mais de 50 mil páginas. Agora, entre milhares de processos, o STF tem que analisar dois casos de furto de galinhas.

Afanásio é um dos réus. Ele é acusado de ter se apropriado de duas galinhas do vizinho, Raimundo Miranda, no ano passado.

O réu afirma que não furtou os bichos. “As galinhas dele ficavam soltas, iam no meu quintal, ficavam ciscando lá. Matei para comer mesmo”, diz ele.

“Permitir isso em uma cidade do interior seria permitir o caos. Daqui a pouco todo mundo vai querer furtar galinha porque ‘a Justiça aqui não condena quem furta galinha, quem furta chocolate’", justifica o juiz da comarca de São João Nepomuceno (MG).

A defensora pública de Afanásio, Renata Martins, quer que o processo seja suspenso, com base no princípio da insignificância: uma interpretação de que o furto das galinhas não teve relevância para ser considerado crime.

“Não haveria a necessidade de mover a máquina judicial, o aparato criminal judicial, para reprimir essa conduta dele”, defende Renata Martins.

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O ministro Luiz Fux, do STF, é o relator do processo. O STF ainda vai votar o mérito. “Não tem sentido que um caso desse bata às portas da Corte Suprema do país, que tem a obrigação de velar pelos valores constitucionais”, disse Luiz Fux, ministro do STF.

Existem mais casos como o de Afanásio na mais alta corte do país, como por exemplo - O furto, em uma casa, de um ferro de passar, um carregador de celular, um fone de ouvido e uma chave de fenda, entre outros objetos. Valor da causa: R$ 84,89.- O furto, em um supermercado, de seis barras de chocolate. Valor: R$ 31,80.

Para o criminalista Daniel Zaclis, do CAZ Advogados, o princípio da insignificância encontra, sim, respaldo no Direito Penal Brasileiro. Acontece que, segundo ele, o Direito Penal deve ser aplicado de forma restritiva em nosso sistema, isso é, deve ser imposto apenas nas condutas que não podem ser reguladas por outro ramo do Direito.

Além disso, para a aplicação do Direito Penal, a conduta deve ter sido lesiva a algum bem. Zaclis explica: o furto de uma barra de chocolate é uma conduta que se encaixa perfeitamente ao tipo do artigo 155 do Código Penal, mas geralmente não produz um dano significativo ao bem jurídico tutelado.

“Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Situações como estas ocorrem diversas vezes, onde após passar por três instâncias do Judiciário, os ministros do Supremo Tribunal Federal são convocados para análise de prisões decorrentes de furtos de objetos de valor insignificante. A maioria dos pedidos se levado até o STF, mantêm as prisões decorrentes de furtos de objetos de pequeno valor, causando além de resultados irreversíveis, como também excesso de processos que causam lentidões e entrava ainda mais a nossa morosa Justiça Brasileira.

A pergunta que fica é, se a pessoa que furta duas galinhas, ou um mísero carregador de celular, deve ser tratada de forma igual a uma outra que arromba a porta de uma loja e furta cinco mil reais em roupas?

Não condenação nesses casos, não serviria como um incentivo à proliferação das ações praticadas em estado de necessidade, mas em um país com índice tão grande de furtos, poderia ser sim um incentivo a prática de crimes obsoletos por não serem marginalizados.

Saiba como funciona a Lei da Fila de Banco Publicado por Jairo e George Melo Advogados Associados - 5 dias atrás

A espera excessiva em filas de bancos é uma situação vivenciada corriqueiramente por muitas pessoas, mas nem todos os que encaram o problema na vida prática entendem como ele é regulamentado no Brasil. O tempo limite de aguardo, por exemplo, não está previsto em apenas uma “Lei da Fila de Banco”. O poder de legislar sobre o assunto é de responsabilidade das esferas estaduais e municipais, e cada localidade o trata de acordo com as próprias peculiaridades.

“Não há um tempo exato de espera em filas de atendimento de estabelecimentos bancários, como 15, 20 ou 40 minutos. A precisão temporal varia de um lugar para o outro, com ênfase nas características de determinada cidade ou estado. Um município do interior, por exemplo, geralmente leva em consideração a

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circulação de pessoas em dias de feira livre, o que não é necessário ser pensado em capitais”, pontua o advogado Marcelo Pimenta Cavalcanti, integrante do escritório Jairo e George Melo Advogados Associados.

O profissional ainda destaca outras variáveis. “É comum que em vésperas ou dias que seguem feriados prolongados, ou ainda em datas de pagamento do funcionalismo público, o tempo de espera seja estendido”, acrescentou.

Como se proteger?

Grande parte da população acredita que somente esperar por atendimento por um tempo superior ao previsto na legislação confere o direito a obter uma indenização. Pimenta explica que não é bem assim.

“Há casos em que a espera demasiada foge da normalidade, deixando de ser um mero aborrecimento tolerável para se transformar em algo mais sério, anormal. Não há dúvidas de que o tempo desarrazoado constitui um fator importante para justificar uma compensação de cunho moral, mas ele não é essencial. O primordial é saber o malefício que a situação de espera trouxe ao ser humano, na condição de pessoa digna”, destaca.

O advogado dá exemplos:

Impossibilidade de utilizar sanitários quando solicitado aos funcionários do estabelecimento durante a espera demasiada;

Longa espera aguardada em pé, sem direito a disponibilização de água;

Perda de um compromisso importante ou necessidade de reagendamento desse;

Perda de um dia de trabalho;

Questões de saúde prejudicadas.

“Certamente, todos os fatos que o consumidor relatar, envolvendo sua espera demasiada no estabelecimento bancário, devem ser comprovados nos autos de um processo, não esquecendo, sobretudo, do bilhete com a hora de entrada e saída. Comprovar o tempo é importantíssimo, mas é imprescindível comprovar, primeiramente, como a espera excessiva repercutiu em sua vida”.

Sanções

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) e as leis sobre o tema preveem uma série de sanções administrativas aos bancos que descumprem a legislação. As penalidades podem variar de uma simples advertência à imposição de multas severas, ou até mesmo ao fechamento do estabelecimento. Se o interesse for a indenização pelo dano moral, o consumidor deve judicializar a reclamação, ou seja, recorrer ao Poder Judiciário.

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Menina mente sobre abuso sexual e justiça absolve padrasto e mãe Um exemplo de que devemos sempre tomar cuidado antes de sair condenando Publicado por Wagner Francesco - 5 dias atrás

A juíza da 10ª Vara Criminal de Goiânia, Placidina Pires, absolveu padrasto e mãe de uma garota de 11 anos, que havia mentido sobre o fato de sofrer abuso sexual no ambiente doméstico.

Após fazer a denúncia, a jovem voltou atrás e afirmou que tinha inventado a situação para poder sair de casa, já que seus responsáveis proibiam o namoro com um colega de escola, devido sua pouca idade.

Segundo consta dos autos, a menina, de forma bastante lúcida, desmentiu a versão inicialmente apresentada, reconhecendo ter causado mal estar na família. Na denúncia, ela havia afirmado que sofria constantes agressões sexuais do padrasto, com anuência da mãe, que nada fazia para impedi–lo. Depois, ela reconheceu que mentiu para morar com as tias e, assim, ficar livre para se relacionar com um adolescente, por quem estava apaixonada.

A garota explicou que manteve relações sexuais com esse namorado, e não com o padrasto. Para a juíza, a absolvição foi dada em vista da falta de elementos probatórios concretos de que os denunciados cometeram a infração penal.

“Nos crimes contra a dignidade sexual, quase sempre às escondidas, distante de testemunhas presenciais, a palavra da vítima assume sempre especial relevância. No entanto, é preciso que esteja em harmonia com o conjunto probatório coligido aos autos, o que não acontece no caso em questão”.

Fonte: TJ/GO

Antes de notícias como estas serem publicadas, uma pessoa pode estar completamente destruída se a gente mantiver viva esta moda que aderimos de tratar questões judiciais como se fôssemos treinadores de futebol. Todo mundo opina sobre os temas complexos do Direito, todo mundo é um pouco juiz e promotor, mas a verdade é que o que vivemos é a banalização do Direito. Quantos, ao lerem que "Padrasto abusa de criança", não gritam logo a plenos pulmões: "É um monstro. Merece a morte!"?

E imagine você se o rapaz vai preso de forma provisória, sofre todos os abusos que pedófilos e estupradores sofrem na cadeia - coisas que a população sorri e aplaude quando sabe que acontece - e sai de lá inocentado? Acontece, não é?

Inúmeros são os casos de pessoas presas por estupro, por furto, por quaisquer outras razões que o Direito Penal condena, mas que, na verdade, foram vítimas de armação de alguém e sofreram nas mãos da injusta justiça. Aí, então, a população aparece: faminta e sedenta de desejo de condenar, atira imediatamente a primeira pedra.

Ou a gente deixa a Justiça julgar e anseia para que seja feita justiça ou a gente vai estar transformando o direito/dever de punir do Estado e o Direito Penal em coisa do passado. E se isto acontecer, sentiremos saudades.

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Fabricante de bebidas terá de recolher garrafas PET jogadas no ambiente Publicado por Carta Forense e mais 2 usuários - 4 dias atrás

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) que responsabilizou a empresa Refrigerantes Imperial S/A pelos danos ambientais decorrentes do descarte de garrafas PET. A Turma não entrou na discussão sobre a existência ou não de responsabilidade da empresa, como ela pretendia, pois o recurso não contestou os fundamentos legais da decisão de segunda instância.

A fabricante foi condenada pela Justiça do Paraná a recolher os vasilhames deixados pelos consumidores em ruas, córregos e qualquer outro lugar impróprio, e também a informar procedimento de recompra no rótulo dos produtos e aplicar 20% de sua verba publicitária em campanhas educativas.

O acórdão do STJ que negou provimento ao recurso da empresa deve ser publicado nos próximos dias.

Responsabilidade objetiva

O tribunal paranaense entendeu que a fabricante tem responsabilidade objetiva por dano causado pelo descarte de embalagens, nos termos das Leis 7.347/85 e 6.938/81 (artigos 3º e 14) e da Lei Estadual 12.943/99 (artigos 1º e 4º).

Ajuizada pela Habitat Associação de Defesa e Educação Ambiental, a ação foi julgada improcedente em primeira instância, apesar de o juízo singular reconhecer a existência do dano. O TJPR reformou essa decisão ao argumento de que a responsabilidade pelo lixo resultante é da ré e não poderia ser transferida para o governo ou para a população.

Segundo o tribunal estadual, se o uso das garrafas PET permite que os fabricantes de bebidas reduzam custos e aumentem lucros, nada mais justo do que responsabilizá-los por isso. A empresa, portanto, deveria retirar as garrafas das ruas ou recomprá-las, além de investir na conscientização de consumidores.

Fora do pedido

No recurso ao STJ, a empresa afirmou que as provas relativas ao dano ambiental eram frágeis e que o reconhecimento de responsabilidade exigia a demonstração de nexo de causalidade, não presente no caso. Disse que não se enquadrava como agente poluidor e que o material utilizado para envasar os produtos não poderia ser entendido como resíduo industrial. O possível dano ambiental, acrescentou, seria decorrente da atitude dos consumidores ou da omissão da administração pública.

A fabricante alegou ainda que o TJPR teria feito julgamento extra ou ultra petita (fora ou além do pedido) quando determinou que fossem adotados procedimentos de recompra e reutilização das garrafas, com informações sobre isso nos rótulos, e também quando a obrigou a investir 20% dos recursos de publicidade na conscientização dos consumidores sobre o destino das embalagens.

Condenação alternativa

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Para o relator, ministro Antonio Carlos Ferreira, a responsabilidade atribuída ao fabricante em relação aos resíduos gerados pelo consumo de seus produtos decorre de preceitos constitucionais, inseridos principalmente nos artigos 170, inciso VI, e 225 da Constituição Federal.

Ministro Antonio Carlos: responsabilidade atribuída ao fabricante pelo TJPR decorre da Constituição.

Ao negar o recurso, o relator concluiu que não houve julgamento fora do pedido no acórdão do TJPR. Os procedimentos de recompra e reutilização determinados pelo TJPR realmente não foram pedidos na ação, que pleiteava apenas a condenação da empresa a recolher os vasilhames espalhados no meio ambiente e a promover campanha publicitária para incentivar o recolhimento, sem definição de valor a ser investido.

No entanto, segundo o ministro Antonio Carlos, a recompra dos vasilhames foi uma condenação alternativa imposta pelo TJPR, cabendo à empresa aceitá-la, se preferir, ou cumprir a determinação para recolher diretamente as garrafas. Quanto à fixação do percentual dos gastos com campanha publicitária, o ministro afirmou que o TJPR apenas definiu uma forma eficaz de cumprimento da condenação, evitando discussões na fase executória.

Pós-consumo

Além disso, o relator observou que alguns dos dispositivos de lei citados pela empresa como supostamente violados não foram debatidos no tribunal de origem, o que leva, nesse ponto, ao não conhecimento do recurso por falta de prequestionamento.

Por outro lado, a recorrente não questionou a incidência de normas legais nas quais o TJPR se baseou para concluir que, em se tratando de responsabilidade pós-consumo de produtos de alto poder poluente, não se poderia poupar quem se beneficiou economicamente com a degradação ambiental resultante.

Em tais circunstâncias, sendo incontroversos os fatos da causa e entendendo o tribunal de origem, com base em normas legais específicas sobre o mérito, haver responsabilidade e culpabilidade por parte da ré, que lucra com o uso das garrafas PET, caberia à recorrente apresentar normais legais igualmente meritórias em seu favor, afirmou o ministro.

Esta notícia se refere ao processo: REsp 684753

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Invalidação de diploma

Instituto é condenado por oferecer curso de doutorado sem reconhecimento no BrasilFato de ter sido frustrada a pretensão, ou mesmo ter sido enganada por informações inverídicas, evidencia, por si só, o constrangimento.

sábado, 7 de junho de 2014

O Instituto Catarinense de Estudos Avançados foi condenado a pagar indenização por danos morais e materiais a um grupo de alunos por oferecer curso de doutorado no exterior, sem reconhecimento no Brasil. A decisão é da 2ª câmara Cível do TJ/CE.

Em 2006, um casal e dois amigos iniciaram doutorado, por meio do instituto, em Buenos Aires, na Argentina. Após frequentarem a primeira fase do curso, entretanto, os autores descobriram que a capacitação não atendia às exigências da legislação argentina nem da brasileira, o que inviabilizaria o reconhecimento e validação do diploma. Eles, então, deixaram de pagar parcelas do contrato e acionaram a Justiça pleiteando a suspensão da cobrança das mensalidades, além de indenização pelos danos sofridos.

O juízo de 1º grau julgou procedente o pleito dos autores e condenou o instituto por considerar que "o fato de ter sido frustrada a pretensão de obter o título de doutor em contrato de prestação de serviços, ou mesmo ter sido enganada por informações inverídicas, evidencia, por si só, o constrangimento".

Ao analisar recurso no TJ/CE, a relatora, desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, reformou a sentença apenas para minorar a indenização moral em R$ 5 mil cada. A magistrada considerou o valor anteriormente estabelecido em R$ 10 mil desproporcional ao dano sofrido, “readequando, assim, o valor da condenação para patamar condizente com sua função punitiva e compensatória”.

Processo : 0015731-50.2007.8.06.0001

REV Atraso

Magazine Luiza deve pagar R$ 99 mil por demora de um ano em troca de produtoValor corresponde à multa diária fixada pela sentença.

domingo, 8 de junho de 2014

A loja Magazine Luiza foi condenada e indenizar em R$ 99 mil consumidora que comprou máquina de lavar com defeito e recorreu à justiça para garantir o direito à troca do produto. O valor corresponde à multa diária fixada na sentença, que determinou a entrega do novo produto. Ação que tramitou no JEC da de Sombrio/SC.

A mulher adquiriu a máquina, no valor de R$ 2 mil, em abril de 2009, que desde o início apresentou problemas. Foram diversas tentativas de solução junto à loja que, irredutível, negou-se a substituir o produto. Assim ela entrou com a ação

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em outubro do mesmo ano.

Na sentença, prolatada em 2010, foi determinado que a loja deveria realizar a troca, sob pena de multa diária no valor de R$ 200. Como a entrega da nova máquina só foi feita em 2011, a consumidora executou a sentença.

O valor da condenação foi liberado através de alvará em nome da autora da ação.

Processos : 069.09.003362-9 e 069.09.003362-9/001

Fonte: TJ/SC

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