maceió ontem

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Trabalho desenvolvido para a matéria de Jornalismo Impresso, do curso de Jornalismo da Ufal.

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  • Expediente

    Reprteres:CarolinaBarrosTatyaneBarbosaThalitaLimaShyrleneAlcntara

    ThyeresdeMedeiros

    Edio:CarolinaBarrosThalitaLima

    Design:ThalitaLimaThyeresdeMedeiros

    Diagramao:ThyeresdeMedeiros

    Fotograas:ThalitaLima

    ArevistaMaceiOntemsurgeparaapresentarpopulaoalagoanaasartesquesefazempresenteemnossacapital.Emnossoroteiro,reunimosalgunsmuseusdeMaceieosapresentamosdeformasimples,paraquevoc,leitor,possa tiraromximodeproveitoeentendimentodeumapartedaculturaalagoana.Culturaessaqueestreunidanumlugar maravilhoso, cheio de riquezas, valores materiais esentimentaisehistrias:omuseu.

    Maisqueumguia,estarevistasemostraexplorandoocenriohistricoculturaldosmuseusdacapitalalagoanaepe os principais museus da cidade e suas notcias emevidncia.

    2-MuseuPierreChalita3-MuseuThoBrando5-MuseudaimagemeSomdeAlagoas6-MuseuPalcioFlorianoPeixoto7-EntrevistaSecretrioEstadualdeCultura9-MuseudeHistriaNatural

    NDICE2

    5

  • arquiteto e artista plstico

    OPierre Chalita, a m de contribuir com a formao cultural dos alagoanos, fundou, em

    1987, o Museu de Arte Brasileira.

    Nele colocou parte de seu acervo de

    2270 peas d i spos io da

    populao.

    O acervo variado e inclui

    obras do prprio fundador e de sua

    esposa Solange Chalita. Possui

    peas de arte sacra, pintura histrica

    e artstica, mobilirio e objetos de

    arte decorativa dos sculos XVII,

    XVIII e XIX, tambm possui uma

    importante Pinacoteca, que rene

    nomes nacionais da pintura dos

    sculos XIX e XX. O rico acervo de

    Pierre Chalita proporciona uma

    viagem ao Brasil Colonial. Alm de

    possuir obras do expressionismo que

    retrata os sentimentos e as emoes

    do autor e chama a ateno pelas

    peas subjetivas.

    Chegando ao museu, turistas

    reclamam da falta de divulgao por

    p a r t e d o g o v e r n o . P o i s n o

    encontraram nenhum tipo de folders,

    folhetos, ou placas com informaes

    e direcionamentos para os lugares

    culturais da cidade. Porm, o

    secretrio da cultura, Osvaldo

    Viegas, arma que nem todos os

    museus so de responsabilidade da

    Secretaria de Cultura.

    Eu nasci em Macei, passo

    sempre por essa praa e nunca havia

    percebido que esse prdio era um

    museu, disse o estudante de

    psicologia Eduardo Nunes, 24. Uma

    parte da populao de Macei no

    tem conhecimento de onde cam os

    museus e o que cada um representa.

    As pessoas s vezes passam aqui e

    quando veem as imagens fazem o

    sinal da cruz, pensam que uma

    igreja, ressalta o funcionrio

    Wendell Lima.

    O pblico maior nos meses

    de frias. Quase no h visitao de

    escolas, conforme relatado pelo

    funcionrio. As pessoas pagam o

    city tour nas empresas de turismo,

    passam com os nibus por aqui,

    recebem explicao do guia sobre o

    que , mas no eles no param para

    trazer o turista aqui dentro, arma.

    A p r e s i d e n t e d a F u n d a o

    atualmente a esposa de Pierre,

    Solange Chalita. O museu mantido

    pela Fundao Pierre Chalita, uma

    entidade lantrpica que se sustenta

    atravs de patrocnios de empresas

    parceiras. Antes se exigia um valor

    simblico pela entrada, mas hoje

    franca. O horrio de funcionamento

    de segunda a sexta, das 8h s 12h e das

    14h s 17h.

    2

    Artesacraeexpressionista

    ?Porquestapginanocontemmaisimagensdestemuseu?

    Aadministraonopermitequesejamfeitasimagensdaspeaseasfotosutilizadassodedivulgao.

    PIERRE CHALITA

  • 3 Museu Tho Brando

    Orecebeu este nome por abrigar a coleo de arte popular do professor e folclorista

    Theotnio Brando Vilela, mais

    conhecido por Tho Brando, que

    d o o u t o d o o s e u a c e r v o

    Universidade Federal de Alagoas

    (Ufal).

    F o i c r i a d o e m 1 9 7 5 e

    instalado provisoriamente na casa n

    3 do Campus Tamandar, no Pontal

    da Barra. Em 1977, por ocasio da V

    Festa do Folclore Brasileiro,

    realizada na capital do Estado de

    Alagoas, a coleo do Museu foi

    transferida para um prdio de

    arquitetura ecltica, situado na

    Avenida da Paz no centro de Macei,

    que veio a ser a sua atual sede.

    O museu possui a maior coleo da

    cultura e costumes do Nordeste.

    Existem vrias salas abordando

    diferentes vertentes. O fazer

    alagoano: com utenslios e peas

    d e c o r a t i v a s , t u d o a r t e s a n a l

    representando a cultura alagoana.

    Ambiente voltado para utenslios de

    cozinha, com peas indgenas e

    africanas. O Que h de novo:

    quebra a imagem de que museu

    somente possui objetos antigos.

    Loja do museu que oportuniza ao

    visitante levar obras artsticas

    regionais para casa. Festejar

    Alagoano: dedicada s danas

    populares. O Carnaval: com

    estandartes, mscaras e bonecos.

    F, sala com dois espaos.

    Primeiro voltado para tradio

    catl ica e o segundo para a

    diversidade religiosa do Brasil.

    Biblioteca: aberta ao pblico com

    acervo pessoal de Tho Brando. E o

    poro, onde ocorrem as exposies

    temporrias, selecionadas por uma

    comisso do museu, tendo em vista

    a relao que elas tem com ele.

    Na sala com distintas religies, h

    em cima do altar esculturas e

    imagens de diferentes santos. A

    princpio, no era intencional que as

    pessoas deixassem seus pertencem

    como forma de pedidos, mas foi o

    que ocorreu e esto a at hoje,

    explica o guia do museu e estudante

    de Pedagogia da Ufal Andr de

    Freitas.

    A biblioteca composta

    basicamente de livros da coleo

    pessoal de Tho Brando, que so

    identicados com uma ta laranja e

    por livros de doaes (ta azul),

    principalmente de Jos Alusio

    Vilela, folclorista. Atualmente no

    est recebendo mais doaes por

    conta de limitaes no espao

    f s i c o . D u r a n t e u m t e m p o

    permaneceu fechada, para

    Razesalagoanastho brando

  • restaurao e organizao do acervo.

    Atua lmente es t em fase de

    automao: anlise do que pode ou

    no ser tirado para emprstimo,

    devido ao grande valor histrico das

    peas e por muitas serem nicas.

    bem frequentada por alunos da Ufal e

    d e f a c u l d a d e s p a r t i c u l a r e s ,

    principalmente, por pesquisadores

    da rea, aponta a bibliotecria

    responsvel Cristiane Cyrino.

    O uxo de visitantes maior

    no nal do ano e em dias de chuva,

    onde at turistas comparecem. Para a

    assessora da direo do museu

    M a d a l e n a d e O l i v e i r a , o s

    maceioenses no tm o hbito de

    visitar museus, pois no tiveram a

    oportunidade de conhec-los.

    H um trabalho de sincronia

    c o m o u t r o s m u s e u s , p a r a a

    divulgao, ocorrendo sempre

    sesses de lmes, teatro e outras

    apresentaes. Apesar da atual greve

    dos servidores, o museu Tho

    Brando continuou suas atividades,

    recebendo mais de 100 pessoas no

    feriado do dia 1 de maio.

    A entrada gratuita para estudantes

    da Ufal e alunos da rede pblica

    acompanhados pelo professor. Para

    os demais, a taxa de quatro reais

    para adultos e dois reais para

    crianas. Visitaes: tera sexta,

    das 9h s 17h e aos sbados das 14 s

    17h.

    MuseuThoBrandoexplorafolguedosalagoanosemsuasexposies

    4

  • 5 Museu da Imagem e do Som

    Ode Alagoas (Misa) possui em seu acervo parte da memria maceioense, registrada em

    fotograas, tas cassete e tas de

    vdeo, discos antigos. Alm de uma

    coleo de objetos doados, rdios,

    mquinas fotogrcas e dados sobre

    os principais acontecimentos

    polticos, sociais e artsticos do

    Estado. Foi fundado em 1981,

    idealizado por Brulio Leite Jnior,

    antigo presidente da Fundao

    Teatro Deodoro (Funted).

    Inicialmente, ocupou parte

    das dependnc ias do Tea t ro

    Deodoro. Hoje, o museu se encontra

    no prdio cedido em comodato pelo

    governo do Estado, situado no bairro

    do Ja ragu . O ed i f c io com

    caractersticas arquitetnicas do

    neoclssico brasileiro foi projetado

    pelo engenheiro Carlos Mornay,

    inaugurado em 1869.

    Por alguns anos, o MISA

    teve suas atividades especcas

    atendida plenamente, at que

    ocorreu o desgaste da estrutura

    arquitetnica e houve a suspenso do

    seu funcionamento. Por meio de

    recursos captados junto Caixa

    Econmica Federal, um novo

    processo de restauro e adaptao das

    dependncias foi implementado e,

    nalmente em 2010, os trabalhos

    tcnicos foram concludos e o museu

    foi reaberto. De um modo geral, so

    poucos os museus que so criados

    com um espao fsico adequado para

    aquela nalidade. Mais de 90% dos

    museus que j existem, no s no

    Brasil, mas no mundo inteiro,

    funcionam em prdios histricos

    que foram adaptados para receber

    um museu. Esse o caso do Misa,

    ressa l ta o d i re tor do museu

    Fernando Antnio Neto Lbo.

    E m b o r a e x i s t a u m a

    exposio permanente de seu

    acervo, durante todo o ano o museu

    acolhe em suas instalaes (salo e

    auditrio) exposies, lanamento

    de livros, exibio de lmes, shows,

    concertos, palestras, aulas e

    seminrios alm de coloc-los como

    espaos para ensaios. Esses eventos

    so pautados pela iniciativa de

    prossionais da rea de Cultura e

    Arte do Estado e esses so cedidos

    i n t e i r a m e n t e d e g r a a . O

    agendamento ou pauta feito pelo

    MISA e a divulgao dos eventos

    f e i t a p e l a A s s e s s o r i a d e

    Comunicao da Secretaria de

    Estado da Cultura. O pblico

    p r io r i t r io do MISA so os

    es tudantes e os tur is tas que

    procuram diariamente o museu para

    visitao. Os estudantes, com o

    objetivo de pesquisas, e os turistas,

    para apreciao e conhecimento da

    histria do audiovisual de Alagoas.

    um museu muito interessante,

    com materiais da poca dos meus

    avs. O problema que ele mal

    visitado e precisa passar por uma

    reforma. Desde a ltima vez que eu

    estive aqui, mudou algumas coisas,

    mas ainda falta mudar muito,

    arma Luiz Pinto, estudante de

    Zootecnia da Universidade Federal

    de Alagoas.

    Alm do seu planejamento

    especico de visitao, pesquisa e

    exposio, o MISA tem o projeto de

    popu l a r i z ao da p roduo

    cinematogrca brasileira e de

    eventos que do dinamismo ao seu

    propsito de instituio cultural. O

    horrio de funcionamento de tera

    a sexta das 8h s 17h, e s segundas-

    feiras fechado para visitao.

    Timbreecormisa

  • Museu Palcio Floriano

    OPeixoto (Mupa) a antiga sede do governo de Alagoas, popularmente conhecido como

    Palcio dos Martrios. O acervo

    c o n s t i t u d o b a s i c a m e n t e d o

    mobilirio dos sculos XIX e XX,

    p r a t a r i a , c r i s t a i s e o b j e t o s

    decorativos, quadros dos pintores

    alagoanos, tais como: Luis Silva,

    Miguel Torres, Loureno Peixoto e

    Rosalvo Ribeiro. Esse ltimo

    destacado pelas magncas telas que

    lhe proporcionou premiao em

    vrias exposies no Brasil e na

    Frana. A construo tem como

    ponto alto o Salo Nobre, com altos

    relevos e mveis estilo Lus XV. Em

    suas alas, esculturas em loua

    portuguesa representam: a justia, a

    lavoura, o comrcio e a histria.

    A inaugurao como museu

    ocorreu em maio de 2006. No

    mesmo prdio esto os memoriais

    dos alagoanos Ldo Ivo e Aurlio

    Bua rque de Ho landa e e s t

    localizado na Praa Marechal

    Floriano Peixoto no Centro de

    Macei.

    Presentemente, as visitas

    agendadas e guiadas, iniciam-se s 8

    horas, prolongando-se at s 17

    horas, de segunda s sextas. Aos

    sbados, domingos e feriados, o

    atendimento das 13 s 17 horas,

    havendo possibilidade de visitao

    noite, mediante agendamento.

    Qualquer dia noite, se a pessoa

    quiser agendar, a gente ajeita.

    Porque para ns o mais importante

    que tenha visita, explica o diretor

    do museu Jos Mrcio Vieira

    Passos.

    2013 foi um ano excelente para o

    m u s e u , c o m q u a s e 1 0 . 0 0 0

    visitaes. Isso se deu porque,

    durante 45 dias, o Museu de

    Histria Natural da Universidade

    Federal de Alagoas (Ufal) instalou

    parte de seu acervo no antigo

    palcio do governo. Foram 4.000

    pessoas s nessa exposio.

    A mdia de visitao de

    400 a 500 pessoas por ms. Em

    perodo de frias h uma reduo,

    devido ao fato de grande parte dos

    estudantes comporem esse pblico.

    Apesar de nessa poca as visitas dos

    turistas serem acentuadas.

    O Mupa considerado um

    dos mais procurados. Ele possui

    tanto espao para exposies

    p e r m a n e n t e s , c o m o p a r a

    exposies temporrias, o que

    p r o p o r c i o n a d i f e r e n t e s

    possibilidades para quem o visita.

    As exposies temporrias so

    muito variadas e sempre que posso

    venho dar uma olhada, declarou a

    estagir ia do museu Let cia

    Pascoalino.

    H inclusive, segundo o

    diretor do museu, simulacros de

    orientao em espanhol, francs e

    ingls, que proporciona uma melhor

    recepo e direcionamento aos

    estrangeiros. Ressaltando que os

    monitores no so uentes nesses

    idiomas, o que gera uma interao

    mnima.

    6

    Royaltiespblicos

    mupa

  • 7 Entrevista

    Qual a relao da secretaria de

    cultura com os museus?

    Ns temos dois museus que so

    responsabilidade nossa, que so o

    Museu Palcio Floriano Peixoto e o

    Museu da Imagem e do Som em

    Jaragu. E, a lm disso, dois

    memoriais, o Memorial Repblica

    e o Memorial Teotnio Vilela. Ento

    ns temos quatro espaos de

    memria que tem um subespao por

    assim dizer, que a gente poderia citar.

    Como, por exemplo, o Mestre

    Aurlio, que faz referncia a esse

    escritor, conhecido como um

    sinnimo de dicionrio, que foi

    aberto no centenrio de Mestre

    Aurlio. Na sequncia ns abrimos

    o espao do Ldo Ivo, que inclusive

    era vivo na poca que foi inaugurado

    e faleceu recentemente. O palcio

    de 1902, ento mais do que

    centenrio e a gente tambm vem

    insistindo com os municpios que

    eles tambm tenham seus espaos de

    memria. Sempre que eu encontro

    um prefeito ou com gestores

    municipais de cultura, tem sempre a

    provocao de que cada municpio

    deveria ter pelo menos um espao de

    memria ou um museu, que pode ser

    um espao pequeno para gerar o

    hbito na populao. Hoje tem um

    mundo de ferramentas virtuais, mas

    sempre tem aquele elemento fsico

    que desperta a curiosidade. Eu

    costumo dizer que algumas horas

    em um museu valem mais que

    muitas horas em sala de aula, porque

    tem o lado de sair do ambiente

    escolar, o lado da visitao, tem o

    lado de um ambiente novo e o lado

    de ver esses elementos que compe

    essas memrias se ele montado de

    uma forma bem didtica. Pesquisas

    nacionais que ns tomamos

    conhecimento, no o caso de

    Alagoas, mas mais de 90% dos

    brasileiros nunca estiveram em um

    museu. Ento aqueles que j

    visitaram e que tem o hbito ainda

    so um universo muito pequeno da

    populao brasileira. Como o

    gabinete da secretaria junto do

    museu, eu sempre digo que quando

    eu ouo o alarido das crianas

    msica nos meus ouvidos, porque

    e l e s e s t o a q u i v i s i t a n d o ,

    conhecendo.

    Vocs tem algum projeto de

    visitao, de conscientizao das

    crianas pra visitao em relao

    s escolas pblicas?

    Ns sempre encaminhamos a

    disponibilidade e os horrios pra

    Secretaria de Educao, tanto

    estadual quanto municipal. Atravs

    d i sso a gen te t em receb ido

    d e m a n d a s , t e m h a v i d o

    agendamento e ns quadruplicamos

    o nmero de visitao do museu

    a t r avs dessa e s t r a t g ia de

    agendamento, de vinculao tanto

    svaldo Vigas, secretrio de Estado da Cultura desde

    Ojaneiro de 2007, vive em Alagoas h mais de 30 anos, atuando no funcionalismo pblico do Estado. Formou-se em

    Biologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    (UFRGS), seu Estado natal, e tem mestrado em Ecologia pela

    Universidade de Braslia (UnB). H cerca de 20 anos atua

    como professor-adjunto do Setor de Biodiversidade da

    Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

  • com a rede pblica municipal, como

    tambm as escolas privadas. Ento

    ns passamos essa informao,

    quando h uma exposio ns

    renovamos esse convite.

    Voc considera que j houve uma

    m e l h o r a n e s t a q u e s t o d a

    visitao, na conscientizao das

    pessoas?

    Tem acontecido. Agora no

    processo de curto prazo, coisa de

    longo prazo pra atingir a todo esse

    universo que nunca teve acesso aos

    museus. um trabalho permanente,

    de todos os equipamentos. O

    IBRAM (Instituto Brasileiro de

    Museus) promove algo interessante,

    que a Semana Nacional dos

    Museus, ento isso d um foco, ns

    tivemos a pouco tempo, foi agora em

    Maio a de 2014, j a 12 ento h

    uma mobilizao nacional e isso

    ganha espao na mdia, na semana

    nacional dos museus e cada espao

    de memria que participa, tem os

    pontos de memria, espaos das

    organizaes da sociedade civil, que

    geram um espao de visitao. Eu

    conheo muita gente que visita os

    museus quando viaja pra fora do

    pas e no conhece os nossos

    espaos, ento de repente no h

    uma valorizao e vrias pessoas

    que quando eu encontro e pergunto e

    co incentivando que venham

    conhecer os espaos locais.

    Qual tem sido a sua maior

    diculdade na secretaria? Voc

    recebe apoio nos projetos?

    Eu acho que a diculdade geral de

    viabilizar, porque de repente voc

    tem muitas idias, alguns projetos e

    ns conseguimos avanar muito.

    Acesso uma palavra chave nos

    aspectos da cultura. O acesso bens

    e servios culturais. Vai ocorrer um

    processo de licitao e ns temos a

    esperana de que fechando o atual

    perodo de gesto, possamos

    entregar essa primeira fase de

    r e s t a u r a o . C o n s e g u i m o s

    investimentos, tivemos avanos,

    mas alguns projetos abrangendo o

    Estado como um todo, ns no

    chegamos a implantar porque no

    h recursos disponveis. O desao

    que ns consigamos fazer tudo

    acontecer o mais cedo possvel,

    porque Alagoas se benecia,

    valorizando sua histria e sua

    cultura e obtendo renda, receita a

    partir de um turismo que valorize

    isso. Ento so desaos que esto

    c o l o c a d o s . A c r e d i t o q u e

    avanamos, mas sempre podemos

    fazer bem mais . Ns temos

    limitaes e especicamente na

    cultura que ainda um dos setores

    que tem menores oramentos, os

    r e c u r s o s s o r e d u z i d o s s e

    comparados a s e to re s ma i s

    tradicionais como educao e sade

    que tambm pedem recursos e

    implantao de servios.

    8

  • Museu de Histria Natural

    Oda Universidade Federal de Alagoas (MHN - Ufal) um rgo que complementa o ensino,

    ligado Pr-Reitoria de Extenso

    (Proex) e tem como atribuies a

    Pesquisa e a Extenso. Desde a sua

    c r i a o , e m 1 9 9 1 , v e m

    d e s e n v o l v e n d o e s t u d o s n o s

    ecossistemas locais, valorizando

    tambm o conhecimento das

    populaes tradicionais sobre o uso

    dos recursos naturais do estado.

    Localiza-se no bairro do Farol em

    Macei.

    As pesquisas e estudos

    realizados no MHN resultam em

    c o l e e s c i e n t c a s , q u e

    demonstram a biodiversidade (atual

    e fssil), das riquezas minerais e da

    ocupao humana no decorrer da

    histria (arqueologia e antropologia)

    local. Pesquisar, conservar e ampliar

    suas colees so atividades bsicas

    do museu, dando suporte aos cursos

    de graduao e ps-graduao da

    Universidade, bem como aos

    diversos pesquisadores que o

    procuram para desenvolver seus

    trabalhos.

    O MHN foi instalado no

    antigo prdio onde funcionava a

    Faculdade de Odontologia da Ufal

    h 2 4 a n o s . C o m e o u s u a s

    atividades sem reforma alguma, e

    permanece assim desde ento,

    fazendo apenas alguns reparos.

    Ns chegamos a um limite de

    espaos. O problema que um

    espao que cou divido para quatro

    equipamentos da Ufal: o DNA

    Forense, o Museu, a Usina Cincia e

    o Laboratrio Marinho (LabMar).

    No m das contas, o espao

    terminou cando pequeno para

    todos, porque foi crescendo,

    e x p l i c a o d i r e t o r t c n i c o e

    paleontlogo Jorge Luz Lopes da

    Silva.

    A s a l a d o d i r e t o r

    administrativo Fbio Menezes

    tambm funciona como sala de aula

    improvisada. Jorge Luz, que

    tambm professor de Biologia da

    Ufal, ministra suas aulas tericas de

    paleontologia nesta sala. A parte

    prtica das aulas deveria ocorrer

    onde se encontra o material

    necessrio, porm a falta de

    estrutura no permite que isso

    acontea.

    O acervo de geologia e

    paleontologia, que deveria estar

    armazenado da melhor forma

    possvel, divide espao num

    corredor de forma improvisada,

    apelidado pelos funcionrios de o

    beco.

    O local deve ser restrito, por

    enquanto, pois so peas nicas e j

    se perdeu muito material. Por isso

    essa sala de acervo no deve ser

    para visitao do pblico em

    hiptese alguma e no h como

    adequar, disse a professora

    responsvel pela rea de geologia

    Ana Paula Lopes da Silva.

    H mais de sete anos so

    feitas solicitaes para reformas no

    prdio, porm, at hoje, nenhuma

    atitude foi tomada por parte da

    reitoria da Ufal, segundo Ana Paula.

    A princpio ocorrer a mudana do

    museu para o antigo Instituto de

    9

    Esquecidosnahistria

    MHN

  • Cincias Biolgicas e da Sade

    (ICBS), como medida emergencial.

    Como a nova localidade passagem

    de turistas, o museu, ento, teria mais

    visibilidade. O museu caria num

    ponto chave. E o reitor, numa

    conversa que tivemos com ele, se

    mostrou bem interessado em

    transformar aquele antigo prdio

    num espao de cincia que agregaria

    o museu, memorial e a usina

    cincia, declara.

    Desde 2011 no h mais

    exposies, devido falta de

    estrutura fsica. Mas quando havia, o

    museu era muito bem visitado tanto

    por esco las pb l icas quan to

    particulares. Mesmo com quase trs

    anos sem exposies, o museu

    continua a receber ligaes e e-mails

    solicitando agendamentos.

    Em 2013, houve um incndio

    na sala de geologia, prximo ao

    acervo. O incndio foi contido e,

    felizmente no atingiu nada que no

    pudesse ser reposto. Para evitar

    novos acidentes, houve a troca de

    toda ao eltrica na sala. O

    prdio precisa de uma reforma, para

    quem for car, necessita de uma

    estrutura. Mas o nosso foco ,

    realmente, l em baixo pelo amplo

    espao. Pra tirar a coleo desse

    sufoco, aponta Jorge Luz.

    O MHN est formando uma

    parceria com o Museu Darwin de

    Moscou que o mais importante

    museu de histria natural da

    Rssia, chegando a receber mais de

    500 mi l v i s i t a s por ano . A

    professora Anna Klyukina, diretora

    do museu russo, numa visita ao

    MHN de Macei demonstrou

    interesse por dois acervos: o de

    herpetologia, composto por repteis

    e anfbios, e o de paleontologia, de

    fsseis. O museu de Moscou tem

    mais de 200.000 espcimes em sua

    coleo. Porm, o da Ufal tem mais

    riqueza em algumas coisas. Anna

    Klyukina observou espcimes que

    em seu pas no existiram e que so

    raras. Por isso houve a proposta de

    parceria, para possibilitar a troca de

    material entre os museus.

    H dois anos, o MHN no

    participa da Semana Nacional dos

    Museus, pois a exposio encontra-

    se desativada. No se tem um

    espao em condies ideais de

    receber o pblico por causa do risco

    estrutural. O telhado da sala de

    exposio foi destrudo pelo vento

    no ms de maro e at o momento

    nada foi resolvido.

    Mas, apesar da situao em

    que se encontra, o MHN de Alagoas

    um patrimnio de grande valor

    cultural e que chama muito a

    ateno de turistas e estudantes pela

    diversidade de seu acervo.

    10

    "OBeco"

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