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Arte de Jean-Michel Basquiat chega ao CCBB Brasília no aniversário da cidade
Depois do grande sucesso em São Paulo, a retrospectiva sobre o artista chega ao CCBB DF com mais de 80 peças do artista, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados. A mostra seguirá ainda para o CCBB Belo Horizonte e o CCBB
Rio de Janeiro, respectivamente
BRASÍLIA, abril de 2018 – O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB DF)
preparou um presente muito especial para celebrar o aniversário de cidade. A capital
receberá de presente, a partir de 21/04, a maior exposição de Jean-Michel Basquiat já
realizada na América Latina. Depois do grande sucesso de público e crítica no CCBB de
São Paulo, o acervo de mais de 80 peças – entre quadros, desenhos, gravuras e pratos
pintados – será apresentando nas galerias do CCBB DF até 01/07, com entrada
gratuita. A curadoria é de Pieter Tjabbes e a mostra seguirá ainda para o CCBB Belo
Horizonte (14/07 a 26/09) e, depois, para o CCBB Rio de Janeiro (12/10 a 08/01/19).
Sem título (Penas e Alcatrão Amarelo) | 1982 | Acrílico, tinta a óleo em bastão, giz, colagem de papel e couro em painéis de madeira | 245 x 229 cm | © The Estate of Jean-Michel Basquiat. Licensed by Artestar, New York.
Braço de Ferro (Bracco di Ferro) | 1983 | Acrílico e tinta óleo em bastão | 182,9×182,9 cm | © The Estate of Jean-Michel Basquiat. Licensed by Artestar, New York.
Fotos, lista de obras e outras informações à imprensa em: www.agenciagalo.com/basquiat
A vinda desse acervo ao Brasil, para quatro capitais, levou cerca de dois anos de
negociações, depois de uma disputa entre vários países, entre eles Coreia do Sul, Japão
e Rússia. A retrospectiva Jean-Michel Basquiat foi concebida com obras da família
Mugrabi, dona das maiores coleções de Basquiat e também Andy Warhol. A incrível
coleção chega ao país graças à ação conjunta do Banco do Brasil e da produtora Art
Unlimited, com patrocínio da BB SEGUROS, da BRASILCAP e do GRUPO SEGURADOR
BANCO DO BRASIL E MAPFRE.
“A iniciativa de apresentar a maior retrospectiva do trabalho de Basquiat na América
Latina, em quatro capitais brasileiras, ao longo de um ano, com ingressos gratuitos,
reforça o compromisso do Banco do Brasil na formação do público para as artes
visuais, no acesso à cultura e no valor da diversidade”, afirma Alexandre Alves de
Souza, diretor de Marketing do Banco do Brasil.
Empresa que concentra os negócios de seguros, previdência, capitalização e planos
odontológicos do Banco do Brasil, a BB SEGUROS também reforça que “o patrocínio à
exposição fortalece seu posicionamento de companhia fomentadora da
democratização da cultura no País”, como explica seu diretor, Sergio Augusto Kurovski.
“O patrocínio é uma forma de oferecer à sociedade a experiência de acessar obras tão
importantes nos Centros Culturais Banco do Brasil”.
VIDA CURTA, PRODUÇÃO MARCANTE
Basquiat nasceu em 1960 e morreu jovem, aos 27 anos, de overdose. Seu pai era
haitiano e, sua mãe, descendente de imigrantes porto-riquenhos. Desde muito cedo,
foi reconhecido como um garoto excepcionalmente inteligente. Influenciado pela
família (com a qual viria a ter problemas no fim da adolescência, deixando a casa e
vivendo até alguns dias como um sem teto), rapidamente aprendeu, além do inglês,
francês e espanhol, e foi incentivado a desenvolver seu talento para as artes.
Leitor compulsivo, ainda criança foi atropelado quando brincava nas ruas do Brooklyn
(EUA). No acidente, um de seus braços foi quebrado, e seu baço teve de ser extraído.
Durante o longo período de recuperação, sua mãe deu-lhe um exemplar do livro
Gray’s Anatomy, um atlas de anatomia humana do século XIX que influenciaria seus
trabalhos artísticos mais de uma década depois.
“Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em
todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova Iorque. Sua obra
personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e
decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os
sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político de
Nova Iorque durante este período tão fértil”, afirma o curador da exposição, Pieter
Tjabbes.
Quando morreu, em 1988, Basquiat era uma estrela do cenário artístico de Nova York.
Sua produção, marcada pelo uso, muitas vezes, de materiais simples, como papel
comum, colagens, cópias reprográficas e a combinação de imagens humanas (com
frequência inspiradas no livro de anatomia que sua mãe lhe deu) e palavras, atraía a
atenção de críticos, curadores e, não menos importante, de compradores. Visitar o
ateliê do artista era um evento explorado por seus galeristas, que conseguiam com
isso alavancar o interesse pela novidade e pelos novos trabalhos de Basquiat.
Recentes exposições em Nova Iorque, Milão, Roma e Londres têm valorizado ainda
mais sua produção e suas obras – no ano passado, uma tela sua, Sem título (1982), foi
vendida por mais de US$ 110 milhões de dólares num leilão, fazendo deste trabalho a
mais cara obra de arte norte-americana já vendida. Em 2018, além do Brasil, Alemanha
(Frankfurt) e França (Paris) receberão mostras representativas do artista.
“A BRASILCAP tem imenso orgulho em ajudar a levar para os brasileiros a obra e a
genialidade de Jean-Michel Basquiat”, afirma Marcio Lobão, Presidente da BRASILCAP.
“A companhia acredita que a cultura é um meio de transformação da realidade e da
educação do país”, completa
De acordo com o curador da exposição, Pieter Tjabbes, um dos elementos essenciais
na obra de Basquiat é sua composição multi-idiomas: “a justaposição de inglês e
espanhol é um dos muitos contrastes culturais dentro da obra que cria a sua energia
singular. Ele conseguiu incorporar todos os diversos elementos de sua formação
cultural e do seu sofisticado auto aprendizado para dentro de pinturas explosivas”,
descreve.
Basquiat foi também um raro artista negro de sucesso, no contexto das artes plásticas,
em um universo predominantemente branco. Em sua breve carreira, Basquiat trouxe à
tona a negritude e as vicissitudes e traumas experimentados pelos negros nos EUA.
“Eu percebi que não via muitas pinturas com pessoas negras”, explicou o próprio
Basquiat, fazendo um adendo depois: “o negro é o protagonista da maioria das minhas
pinturas”.
“É um projeto importante que traz uma nova visão sobre a arte”, aposta Fernando
Barbosa, presidente do GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE nas áreas de
Vida, Rural e Habitacional. “Basquiat foi um artista intenso, composto pela diversidade
e com uma percepção única sobre o mundo”, diz. “Participar de uma mostra dessa
magnitude é uma honra para nós”, reforça. Luis Gutiérrez, presidente do GRUPO nas
áreas de Auto, Seguros Gerais e Affinities, complementa: “o acesso gratuito para a
experiência dessa incrível exposição complementa nosso posicionamento de apoio à
cultura e de fomento da arte como propulsores do fortalecimento da sociedade”.
1976-1979
Como entender uma trajetória que tem início nas paredes do artístico bairro de
Downtown Manhattan e metrô nova-iorquino, numa tag compartilhada com o amigo
Al Diaz (SAMO, abreviatura da expressão Same Old Shit, ou Mesma Merda de Sempre)
e que, em poucos anos, viria a revelar o artista mais adulado pelo mercado de arte de
Nova Iorque?
Essa é, talvez, a mais interessante característica dessa exposição. A retrospectiva
proposta permitirá conhecer obras de Basquiat feitas logo depois que ele deixou de
vender cartões postais de sua autoria nas ruas até os momentos finais de sua
produção.
Nessa trajetória, ganham destaque os desenhos de Basquiat. À época, eles eram
menos valorizados pelos marchands e, portanto, caberia afirmar que receberam
menos pressão da crítica e do mercado, permitindo, nos dias atuais, uma leitura mais
independente do projeto artístico de Basquiat. Um dos destaques entre os diversos
desenhos presentes na exposição é Hong Kong (1985).
A produção artística de Basquiat tem início quando, aos 16 anos, ele começa a
espalhar poemas e epigramas assinados como SAMO, junto com Al Diaz, por Nova
Iorque. Os grafites e cartazes na linha D do metrô e em outras áreas de Manhattan
atraíram a atenção do Village Voice, jornal independente que destacou a produção do
grafite nova-iorquino, marcou uma geração de artistas e militantes LGBT nos Estados
Unidos e permanece, ainda hoje, ativo.
Basquiat torna-se um artista célebre, com aparições frequentes em programas de TV.
Em 1979, o codinome SAMO é abandonado, numa intervenção na cidade que
aumentou ainda mais sua notoriedade: a inscrição “SAMO is dead” apareceu grafitada
no SoHo, no baixo Manhattan, bairro que marcou a história da arte norte-americana
do período.
1980-1982
Em 1979, Basquiat formou uma banda com Shannon Dawson, Michael Holman, Nick
Taylor, Wayne Clifford e Vincent Gallo, inicialmente chamada Test Pattern, mas depois
rebatizada como Gray. Em 1980, essa banda realiza diversas performances em clubes
da cidade. A banda faria a trilha do filme Downtown’81, escrito por Glenn O’Brien e
dirigido por Edo Bertoglio. Também em 1980, obras de Basquiat são expostas na
coletiva The Times Square Show, e no ano seguinte, abre a primeira mostra só de seus
trabalhos, na galeria Annina Nosei. Em dezembro de 1981, um artigo publicado na
Artforum torna Basquiat conhecido internacionalmente. Esse é um dos períodos mais
produtivos de Basquiat. Algumas das peças de maior destaque da exposição que vem
ao Brasil, como Hand anatomy (Anatomia da mão, 1982), Old cars (Carros velhos,
1981), Selfportrait (Autorretrato, 1981), Do not revenge (Não se vingue, 1982) e Loin
(Lombo, 1982) foram produzidas neste período. Muitos dos seus trabalhos dessa
época foram pintados em portas, em esquadrias de janelas e em peças de madeira
jogadas fora e que ele achava pelas ruas.
1983-1988
Em 1982, Basquiat conhece Andy Warhol, de quem se torna amigo. Entre 1984 e 1985,
eles trabalhariam em parceria em uma série de quadros. Do trabalho conjunto, o
público brasileiro poderá ver Heart Attack (Infarto, 1984). Nesse período, Basquiat é
um artista celebrado, disputado pelas galerias e com frequentes exposições
internacionais. Apesar do vício em heroína, sua produção se mantém. Em 1988, ano de
sua morte, expôs em Paris (França) e em Dusseldorf (Alemanha). Entre os trabalhos
desses anos, estará exposta no Brasil Rusting Red Car (Carro Vermelho Enferrujado,
1984). De acordo com Pieter Tjabbes, “a habilidade de projetar sua poderosa
personalidade e sua inteligência aguda para dentro de sua obra mantém as realizações
de Basquiat sempre vivas”.
PATROCÍNIOBB SEGUROSBRASILCAPGRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE
Assessoria de imprensa CCBB: Michele Lira: [email protected] | (61) 3108-7609
O Centro Cultural também oferece transporte escolar gratuito para escolas públicas, ONGs e instituições assistenciais do Distrito Federal e entorno mediante agendamento pelo
número 3108-7623 ou 3108-7624.
CCBB Brasília: aberto de terça a domingo, das 9h às 21hSCES Trecho 2 – Brasília-DFTelefone: (61) 3108-7600
E-mail: [email protected] Site: bb.com.br/cultura
Informações para a imprensa sobre a exposição: Agência GaloDF: (61) 4063-8770 | SP: (11) 3253-3227 | RJ: (21) 4063-7021 | BH: (31) 4063-6331 [email protected] com Beatriz, Frederico, Laíz, Tales ou Thiago
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