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Aluno (a): ___________________________________________________________ ___ Nº ___ Data: ___/___/___ Serie: ___________ Professora: Cristiane Cunha - TD de Biologia - - Ecologia - Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas , que possuem certo nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas , ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico chamado biótipo. Principais Biomas do Mundo 1. Tundra A variação climática da Terra é responsável pela diversidade vegetal, influenciando diretamente nas paisagens. A tundra é um bioma característico de regiões polares, onde se registram as menores temperaturas do planeta e um longo período de gelo. Essas condições dificultam o crescimento da vegetação, que se desenvolve durante um curto período de verão, no qual ocorre o degelo. Sua biodiversidade, em razão das baixas temperaturas, não é muito rica.

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Aluno (a): ______________________________________________________________ Nº ___

Data: ___/___/___ Serie: ___________

Professora: Cristiane Cunha

- TD de Biologia -

- Ecologia -

Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico chamado biótipo.

Principais Biomas do Mundo

1. Tundra

A variação climática da Terra é responsável pela diversidade vegetal, influenciando diretamente nas paisagens. A tundra é um bioma característico de regiões polares, onde se registram as menores temperaturas do planeta e um longo período de gelo. Essas condições dificultam o crescimento da vegetação, que se desenvolve durante um curto período de verão, no qual ocorre o degelo. Sua biodiversidade, em razão das baixas temperaturas, não é muito rica.

Ela está presente principalmente no extremo norte da América do Norte, da Europa e da Ásia, além de algumas localidades do Hemisfério Sul, tais como na Terra do Fogo e na península Antártica. Essas regiões registram as menores temperaturas do planeta.

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A cobertura vegetal da tundra é de pequeno porte, sendo formada basicamente por musgos, liquens, gramíneas e outras espécies herbáceas, não havendo árvores de grande porte. Essas espécies são adaptadas às condições climáticas da região polar, conseguindo se desenvolver durante o verão. Porém, o ciclo termina com o inverno e com a consequente camada de gelo que se forma no solo.

O frio muito intenso também dificulta a permanência de animais. A fauna da tundra é composta por animais como o urso-polar, o caribu, a rena, a raposa, o boi-almiscarado, o lobo ártico, aves, além de uma grande variedade de insetos. Boa parte dessas espécies migra durante o inverno, em busca de locais com temperaturas mais elevadas.

2. Taiga

A taiga, também conhecida como floresta boreal ou floresta de coníferas, é o tipo de vegetação predominante das regiões localizadas em elevadas latitudes, cujo clima típico é o continental frio e polar, com baixas temperaturas, verão curto, inverno longo e intensas precipitações em forma de neve. Esse bioma, localizado entre as florestas tropicais (ao sul) e a tundra (ao norte), pode ser encontrado nas porções norte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Sua cobertura vegetal está sendo reduzida em virtude da exploração da madeira para a produção de papel.

A vegetação da taiga, influenciada diretamente pelo clima, é relativamente homogênea, sendo composta por árvores de grande porte com troncos retos e copas em forma de cones. As principais espécies são o pinheiro, cipreste e o abeto. As árvores possuem folhas aciculifoliadas, ou seja, em forma de agulha – essa característica é uma forma para não acumular neve.

Já a fauna, pouco diversificada, é formada por animais como lebres, linces, alces, esquilos, renas, raposas, aves e diversos insetos. Algumas dessas espécies, em especial as aves, migram para outras regiões durante o inverno, em busca de lugares com temperaturas mais elevadas.

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Países como Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia e Canadá, além do Alasca, abrigam grandes extensões de taiga. A Sibéria, na Rússia, possui a maior área de vegetação de taiga; outros destaques são a taiga canadense e a taiga escandinava. Contudo, a exploração das árvores para a realização de atividades econômicas (celulose, produção de papel, construção civil, etc.) tem reduzido o bioma de forma drástica.

No Canadá, por exemplo, a utilização das árvores da taiga como matéria-prima para fabricação de papel é uma atividade econômica de fundamental importância para o país, respondendo por 10% das exportações nacionais. Estimativas apontam que o Canadá é responsável pela produção de aproximadamente 50% de todo o papel-jornal comercializado no mundo.

3. Floresta Temperada

O bioma denominado Floresta Temperada é típico da America do Norte e da Europa, mas também ocorre na Rússia, na China e no Japão, assim como a Austrália. Nessas regiões o clima e temperado e as quatro estações do ano são bem definidas

Na floresta temperada predominam arvores que perdem as folhas no fim do outono e as readquiram na primavera, sendo por isso chamada de plantas decíduas. A perda das folhas e uma adaptação ao inverno rigoroso, pois permite reduzir a atividade metabólica da planta a suportar as baixar temperaturas.

Na Europa, as arvores mais características das florestas temperadas são os carvalhos e as faias. Na America do norte, predominam os bordos e também algumas espécies de carvalhos e faias. Alem dessas árvores tanto na Europa quanto na América do Norte, estão presentes arbustos, plantas herbáceas e musgos.

Com relação a fauna, a floresta temperada abriga muitas espécies de mamíferos arborícolas, como esquilos e arganazes. Vários tipos de pássaros e corujas também podem ser encontrados, assim como varias espécies de insetos.

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4. Savana

Savana é nome dado a um tipo de cobertura vegetal constituída, em geral, por gramíneas e árvores esparsas. A topografia geralmente é plana com clima tropical, apresentando duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. As Savanas ocorrem, principalmente, na zona intertropical do planeta, por esse motivo recebe uma enorme quantidade de luz solar. 

Paisagem constituída por Savana (África).

A espécie de savana mais conhecida é a africana, no entanto, há outras: savanas tropicais (africana), savanas subtropicais, savanas temperadas, savanas mediterrâneas, savanas pantanosas e savanas montanhosas.

As savanas do tipo tropical e subtropical são encontras em todos os continentes, apresentando duas estações bem definidas (uma quente e outra chuvosa). Os solos dessas áreas são relativamente férteis, neles se fixam gramíneas, geralmente desprovidas de árvores. A África possui savanas com esses aspectos, com destaque para as do Serengueti. 

Savana Serengueti

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Savanas temperadas são identificadas em médias latitudes e em todos os continentes, são influenciadas pelo clima temperado, cujo verão é relativamente úmido e o inverno seco. A vegetação é constituída por gramíneas. 

Savanas mediterrâneas são vegetações que ocorrem em regiões de clima mediterrâneo. Nessas áreas o solo é pobre, germinando sobre a superfície arbustos e árvores de pequeno porte, essa composição corre sério risco de extinguir diante da constante intervenção humana, principalmente pela extração de lenha, criação de animais, agricultura, urbanização e etc. 

Savanas pantanosas são composições vegetativas que ocorrem tanto em regiões de clima tropical como subtropical dos cinco continentes. Esse tipo de savana sofre inundações periódicas. 

Savanas montanhosas é um tipo de vegetação que ocorre fundamentalmente em zonas alpinas e subalpinas em distintos lugares do globo, em razão do isolamento geográfico, abriga espécies endêmicas.

5. Pradarias (Estepes)

As pradarias são vegetações herbáceas fechadas presentes em áreas de clima temperado e que recebem diferentes denominações em diferentes partes do mundo.

Na Europa e na Ásia, recebem o nome de “estepe”. Na América do Norte, são chamadas de “pradarias”. Na África do Sul, recebem o nome de “veld”. E, na América do Sul, recebem o nome de “pampa”.

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Os animais típicos das pradarias são os ratos do campo, raposas, búfalos, espécies de cabras, lebres, antilocapras, cães-da-pradaria, entre outros.

Existem três tipos básicos de pradarias:

Pradaria alta: nos locais mais úmidos e que apresentam gramíneas de até 2 metros de altura e raízes muito profundas;

Pradaria mista: apresenta uma grande diversidade florística presente em solos altamente férteis;

Pradaria baixa: que apresenta menor diversidade e gramíneas de pequeno porte.

As pradarias não necessitam de grandes quantidades de água para se desenvolver, mas, necessitam do fogo. As queimadas naturais são benéficas ao ciclo de vida das gramíneas típicas das pradarias. Tanto é que elas desenvolveram um mecanismo de adaptação que as torna capazes de brotar novamente após uma queimada, recuperando totalmente o local. Esse mecanismo consiste na criação de órgãos subterrâneos que se encarregarão de se reproduzir.

Entretanto, a utilização dessas regiões para a atividade agropecuária mal conduzida, a monocultura e as queimadas criminosas, que não dão tempo para a recuperação das gramíneas, estão destruindo as pradarias e transformando-as em desertos.

Uma outra ameaça às pradarias, disfarçada de boas intenções, são os “florestamentos”. Empresas ou pessoas interessadas no cultivo de árvores para produção de celulose ou outros fins alegam que as pradarias são um tipo de vegetação secundária que aparece em locais onde a vegetação original, pretensamente florestas, foi degradada. Com isso, tentam justificar a transformação das pradarias em “florestas plantadas” geralmente com espécies exóticas e não raro, de apenas uma determinada espécie (monocultura), causando enormes perdas ambientais.

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6. Desertos

Os desertos são formas de paisagem que recebem pouca precipitação pluviométrica. Para uma região ser enquadrada como deserto, é preciso que ela receba menos de 250 mm (10 polegadas) de chuva por ano, além de se observar também, o seu nível de evapotranspiração, isto é, a combinação de perda de água por evaporação atmosférica da água do solo juntamente com a perda em forma de vapor. 

Deserto

Devido ao fato de serem bastante áridos, são poucas as espécies de vida que conseguem se desenvolver nos desertos, ainda mais se compararmos essas paisagens com outras regiões mais úmidas. A fauna é predominantemente formada por roedores, répteis e insetos. Tanto animais como plantas apresentam eficientes adaptações às condições dos desertos; alguns animais precisam de quantidades mínimas de água. 

Tecnicamente, o maior deserto do mundo não é o Deserto do Saara, mas sim, a Antártica. Alguns desertos são bem propícios à extração de minerais, como o cobre, nos desertos dos EUA, Chile, Peru e Irã; ferro, chumbo e zinco na Austrália, etc. Embora no Brasil não exista grandes desertos, existem indícios que mostram que esse tipo de paisagem era encontrado em grande escala na Bahia há milhões de anos atrás.

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Principais Biomas Brasileiros

1. Floresta Amazônica

A floresta Amazônica corresponde a uma cobertura vegetal equatorial que ocupa cerca de 40% do território brasileiro, além de abranger porções dos territórios da Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. 

No Brasil, a floresta Amazônica ocupa praticamente toda a região norte, especialmente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Acre, Roraima e Rondônia, além do norte do Mato Grosso e oeste do Maranhão. 

Na região da floresta Amazônica o clima predominante é o equatorial, devido à proximidade com a linha do equador, em plena zona intertropical da Terra. Essa característica climática resulta em temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos e praticamente não apresenta período de estiagem. Fatores como calor e umidade são determinantes para explicar a enorme biodiversidade presente na floresta Amazônica. 

A floresta em questão aparentemente é homogênea, no entanto, são identificadas certas particularidades vegetativas, além do relevo no qual está estabelecida. A floresta Amazônica é dividida ou classificada em mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. 

Aparentemente a floresta Amazônica é homogênea.

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Mata Igapó 

Compreende uma cobertura vegetal que ocorre nas áreas de relevo suave (planícies) que se encontram às margens de rios, portanto, sofre inundações freqüentes. A mata de igapó possui aspecto de difícil acesso devido à incidência de árvores baixas que não supera 20 metros de altura, além de cipós, epífitas e plantas aquáticas.

Mata de várzea

Se estabelece em áreas um pouco mais elevadas que as planícies, dessa forma sofrem inundações, no entanto, ocasionais. Em virtude da umidade as árvores possuem alturas que oscilam entre 25 e 30 metros.

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Mata de terra firme

Se desenvolve em áreas que não estão sujeitas a inundações por estarem situadas em relevos mais elevados. Essa característica favorece a proliferação de árvores de grande porte, podendo alcançar até 50 metros de altura. Nesse aspecto vegetativo as folhas das árvores se entrelaçam impedindo a penetração de luz solar no seu interior, por isso não desenvolvem grande quantidade de plantas rasteiras.

2. Floresta Atlântica

É o segundo conjunto de matas especialmente expressivas na América do Sul, perdendo apenas para a Floresta Amazônica, a maior do planeta. Denominada de Floresta Pluvial Atlântica, está localizada na Serra do Mar, que faz parte do Domínio Florestal Tropical Atlântico. Este Domínio Florestal estende-se por uma faixa relativamente paralela à costa brasileira, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, e constitui-se por "mares de morros" e "chapadões florestados", com solos profundos de drenagem perene.

O clima, na região compreendida pelas florestas pluviais atlânticas, tem duas estações, definidas principalmente pelo regime de chuvas, embora seja latitudinalmente bastante variável. Enquanto no Nordeste brasileiro as temperaturas médias anuais variam em torno de 24ºC, nas regiões Sudeste e Sul as médias anuais são mais baixas e a temperatura pode ocasionalmente chegar a -6ºC.

A Serra do Mar, representada por uma cadeia de montanhas costeiras, apresenta uma série de interrupções, onde o cinturão das matas pluviais também se interrompe. A altitude média nesta cadeia de montanhas é de 800 a 900 metros, com picos emergentes com cerca de 1.400 metros e escarpas de até 2 mil metros. Nos topos das montanhas

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ocorrem campos de afloramentos rochosos e, excepcionalmente, acima de 1.700 metros, a floresta dá lugar a campos de altitude.

A Floresta Atlântica estende-se ao longo das montanhas e das encostas voltadas para o mar, bem como na planície costeira. Ela deve sua existência à elevada umidade atmosférica trazida pelos ventos marítimos. O vento úmido se condensa na costa, sob a forma de chuvas, ao subir para as camadas frias de maior altitude.

Além da alta pluviosidade, nos topos dos morros há condensação de água em forma de neblina. Isto ocorre até mesmo durante os meses de primavera e verão, nas horas quentes do dia.

Nem toda a costa oriental do Brasil, porém, apresenta condições climáticas idênticas e índices pluviométricos compatíveis com a existência de matas pluviais. Por esta razão, também ocorrem interrupções naturais das florestas, ao longo da Serra do Mar.

Atualmente, as florestas atlânticas brasileiras encontram-se quase completamente devastadas, restando apenas cerca de 5% de matas preservadas de sua extensão original, da época do descobrimento do Brasil. A parcela mais representativa do que restou encontra-se nas regiões Sul e Sudeste, onde o relevo de escarpas íngremes dificulta o acesso e a devastação.

A pujante Floresta Atlântica, com vegetação arbórea em torno de 30 metros e árvores que ultrapassam o dossel, atingindo 40 metros de altura, apresenta intensa vegetação arbustiva no estrato inferior. É uma floresta de grande diversidade vegetal, com muitas samambaias, inclusive as arborescentes, além de orquídeas terrestres e palmeiras, entre as quais se encontra a Euterpes edulis, com cerca de 10 metros de altura e de cujo tronco se extrai o palmito. 

Além dos tapetes de musgos e inúmeros fungos, a Floresta Atlântica é muito rica em lianas e epífitas, entre as quais as samambaias, orquídeas e bromélias. 

Estas últimas, com suas folhas dispostas em roseta, retêm sempre uma certa quantidade de água, condicionando um habitat propício ao desenvolvimento de uma fauna particular, como por exemplo a de larvas e adultos de várias espécies de artrópodes e de sapos.

De um modo geral, a fauna nesta floresta é predominantemente ombrófila, isto é, adaptada à sombra e pouco tolerante às variações de umidade, temperatura e insolação. Como conseqüência direta ou indireta da derrubada das matas, muitas espécies têm sido atingidas. Além da fauna terrestre, a Mata Atlântica tem também uma rica fauna de peixes que habitam os pequenos riachos que permeiam as áreas florestadas. 

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Muitos destes peixes orientam-se pela visão para localizar alimento ou parceiros reprodutivos, bem como para seus comportamentos sociais, e são incapazes de sobreviver em águas turvas ou claras, sujeitas à luminosidade intensa, quando ocorre a remoção da floresta. Além disso, a manutenção de temperaturas amenas nos riachos e no solo só é possível graças à intensa cobertura vegetal.

3. Mata de AraucáriasA Mata de Araucária, também chamada de Pinheiros-do-paraná (Araucária angustifolia), ou, cientificamente, de Floresta Ombrófila Mista, está seriamente ameaçada de extinção. Apenas 1,2% de sua cobertura original encontra-se preservada, e apenas 0,22% (40.774 hectares) está sob a proteção de Unidades de conservação (UC), o que põe em risco a preservação da floresta.

Originalmente as Matas de Araucárias se estendiam entre os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, com incidências em áreas esparsas de São Paulo e Minas Gerais em regiões altas e de clima frio com chuvas regulares o ano todo, fazendo parte do domínio da Mata Atlântica. Geralmente a Floresta Ombrófila Mista se desenvolve em locais com uma altitude maior que 500 metros e menor que 800 metros, mas, em alguns lugares, podem ser encontradas há altitudes de 1.000 metros.

A Araucária angustifólia pode atingir até 50 metros de altura e produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão” (existe até a “Festa do Pinhão“, em Lages-SC, que contribui para o desaparecimento desta espécie). Uma característica comum nos pinheiros e que foi um dos fatores a contribuir para a quase extinção da espécie é a “alelopatia”, ou, a tendência que essas plantas têm de inibir o crescimento de outras plantas próximas a elas facilitando sua extração.

Outro fator que contribuiu para a exploração da araucária foi o fato de ela se encontrar quase que totalmente em regiões de solo muito fértil, a famosa “terra-roxa” (solo de origem vulcânica e altamente produtivo presente em apenas 1% do território nacional),

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fazendo com que a Araucária fosse suprimida, na maior parte da região onde incide, para o plantio de monoculturas e pastoreio.

A Araucária pertence à família das Coníferas (plantas gimnospermas – sem fruto – presentes nas regiões temperadas) que é a espécie que atinge maior longevidade entre todas as outras espécies de plantas. Outras plantas podem ser encontradas em uma Floresta Ombrófila Mista, como a erva-mate (llex paraguariensis) que se beneficia da alelopatia da Araucária, ou a imbuia (Ocotea porosa).

Dentre os animais que dependem da Floresta de Araucária estão os tucanos, beija-flores, saíras, gaturanos, sanhaço, jibóia, etc. e mais de 20 espécies de primatas, a maioria endêmica.

4. Cerrados

Cerrado é o nome dado às savanas brasileiras caracterizadas por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas, e pode ser classificado como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado ou campo limpo, sendo que o cerradão é o único que apresenta formação florestal.

Presente nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás o cerrado cobre cerca de 197 milhões de hectares do território brasileiro sendo o segundo bioma mais produtivo do país. Formações de cerrado podem ser encontradas em outras regiões do país como áreas de transição pra outros ecossistemas. Essas áreas de transição de cerrado são chamadas de ecótonos ou periféricas e estão nas divisas com a Caatinga, a Amazônia e a Mata Atlântica.

A principal marca do bioma cerrado são seus arbustos de galhos retorcidos e o clima bem definido, com uma estação chuvosa e outra seca. Entretanto, na região do cerrado encontram-se três das maiores bacias hidrográficas do país, sendo este bioma o berço de rios caudalosos como o São Francisco. Acredita-se, pois, que as peculiaridades da flora (troncos tortuosos e com casca espessa…) se devam à falta de alguns micronutrientes específicos e não à falta de água necessariamente.

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Os solos nestas regiões são geralmente muito profundos, antigos e com poucos nutrientes, exigindo uma adaptação da flora que possui, geralmente, folhas grandes e rígidas, além de, algumas espécies, apresentarem depósitos subterrâneos de água como uma espécie de adaptação às queimadas constantes, permitindo que elas voltem a florir após o incêndio. Outra adaptação são as raízes bastante profundas podendo alcançar de 15 a 20 metros por causa da distância do lençol freático até a superfície.

Aliás, os incêndios criminosos são as principais ameaças a esse bioma. Até os anos 70 o solo do cerrado era considerado improdutivo, mas, com a evolução da tecnologia a região tornou-se responsável por cerca de 40% da produção de soja no Brasil e mais de 70% da produção de carne bovina. Sem contar que, além das inúmeras minerações e carvoarias que vem destruindo cada vez mais o cerrado, a pressão do crescimento populacional das cidades, principalmente em Minas Gerais e na região Centro-Oeste, tem colocado o cerrado entre os biomas mais ameaçados do mundo.

Acredita-se que o cerrado brasileiro seja o tipo de savana mais rico em biodiversidade do planeta com mais de 4.400 espécies vegetais endêmicas (de um total de 10.000 espécies), 837 espécies de aves e 161 espécies de mamíferos.

Mesmo assim, a despeito de toda a riqueza natural do cerrado e de seu povoamento tardio, hoje ele conserva apenas 20% de sua área total. Diversas tentativas no sentido de preservá-lo vêm sendo tomadas, mas até então, apenas cerca de 6,5% de sua área natural está protegida pela lei sob a forma de Unidades de Conservação (UC).

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5. Mangues (Manguezal)

O Mangue, ou Manguezal, é um ecossistema típico de áreas costeiras alagadas em regiões de clima tropical ou subtropical. Mesmo com uma variedade pequena de espécies o mangue ainda é considerado um dos ambientes naturais mais produtivos do Brasil devido às grandes populações de crustáceos, peixes e moluscos existentes. O manguezal desenvolve-se nos estuários e na foz dos rios sendo um berçário para muitas espécies de animais.

O mangue é composto por apenas três tipos de árvores (Rhizophora mangle – mangue-bravo ou vermelho, Avicena schaueriana – mangue-seriba ou seriúba – e Laguncularia racemosa– mangue-branco) que podem chegar a até 20 metros de altura em alguns lugares do país. Esse tipo de ecossistema se desenvolve onde há água salobra e em locais semi abrigados da ação das marés, mas com “canais” chamados gamboas que permitem a troca entre água doce e salgada. Seu solo é bastante rico em nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e, composto por raízes e material vegetal parcialmente decomposto (turfa).

O Brasil possui a maior faixa de mangue do planeta com cerca de 20 mil km² que se estendem desde o nordeste (Cabo Orange – Amapá) até o sul do país (Laguna – Santa Catarina). Os manguezais também são encontrados na Oceania, África, Ásia e outros países da América.

A exploração comercial do mangue começou na Ásia se expandindo para os outros países de clima tropical e subtropical e se tornando uma das principais ameaças para esse ecossistema. Na Tailândia, por exemplo, mais da metade da área de mangue foi destruída por causa da super-exploração. Assim como nas Filipinas, onde os mangues foram reduzidos a 110,000 hectares (dos 448.000 originais).

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No Brasil, a Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965 estabelece o mangue como Área de Preservação Permanente (APP), e a Resolução CONAMA N.º 369 de 28 de março de 2006 estabelece que as áreas de mangue não podem sofrer supressão de sua vegetação ou qualquer tipo de intervenção, salvo em casos de utilidade pública. Mesmo assim, o mangue é o ecossistema brasileiro mais ameaçado. Os piores inimigos dos manguezais brasileiros, além da super-exploração dos seus recursos naturais, são a poluição lançada pelas cidades costeiras e indústrias e derramamentos de petróleo. Há ainda quem afirme que os mangues serão os ecossistemas mais afetados com a elevação da temperatura do planeta e do nível dos oceanos, uma vez que ele depende de um equilíbrio frágil entre os rios e as marés para manter suas características constantes.

6. Pampa

Também é conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos. Ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente cerca de 2% do território nacional e é constituído principalmente por vegetação campestre. No Brasil o Pampa só está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também está presente em territórios da Argentina e Uruguay.

O Pampa é composto basicamente de gramíneas, herbáceas e algumas árvores. Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.

Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana. Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não

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permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.

A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares. Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação. O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão.

À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m -, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região. A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.

Os campos no RS ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado. O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

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7. Caatinga

A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

Caatinga

As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25° C e 29° C. O clima é

semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem

menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a

exploração de recursos naturais.

As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma

população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes. As chuvas ocorrem no início

do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as

árvores ficam cobertas de folhas.

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Aspectos da caatinga no período de chuva

A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda

e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade

infantil.

Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga,

porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das

precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga

é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial,

possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a

agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio

da região, juntamente com o Parnaíba.

Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à

pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes

superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos

pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por

três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com

vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais

comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem

produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.

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Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente

lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul,

(ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro,

tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. 

Arara-azul