, sistema integrado de padronização eletrônica da

173
172 ____________, Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da PETROBRAS (SINPEP) WANKE, Peter Desenvolvendo e implementando parcerias com prestadores de serviço logístico. Revista Tecnologística, São Paulo, março 1999, p. 22-31. VANCA, Paulo M. Evolução do processo de terceirização nas 500 maiores empresas do Brasil. Suma Econômica, São Paulo, n. 176, p. 10-12, março 1994. ZINN, Walter, Administração de Parcerias Logísticas: A importância do contrato. Revista Tecnologística, São Paulo, setembro 1998, p. 14-16.

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172

____________, Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da PETROBRAS

(SINPEP)

WANKE, Peter Desenvolvendo e implementando parcerias com prestadores de

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168

As recomendações propõem estender a proposta metodológica para outras

unidades, bem como aumentar o grau de abrangência na análise de serviços

terceirizados com a implementação de uma estrutura de orçamentação. Considerando-

se que, com base no exposto no trabalho, a implantação da presente proposta

metodológica poderá ser validada e as recomendações supramencionadas revelam

seu aperfeiçoamento, garantindo notável área de ganho para a PETROBRAS.

167

c ) Foi estabelecida uma proposta metodológica de sistematização da gestão de

contratos para a PETROBRAS-UN-ES, baseada nas informações e análises

supramencionadas.

Considerando o disposto acima, permite-se concluir que os objetivos fixados no

Capítulo 1 do presente trabalho de dissertação foram plenamente alcançados.

5.2. Recomendações para trabalhos futuros

A terceirização na PETROBRAS é fato e sua implementação, seguindo os seus

conceitos reais, torna-se extremamente necessária, principalmente agora, diante do

novo cenário de concorrência que a empresa se encontra, onde a questão da

competitividade ganhou maior destaque. Para enfrentar essa nova realidade a

PETROBRAS elaborou seu plano estratégico decenal e, também, promoveu a

reestruturação do seu organograma.

Para alcançar os objetivos do plano estratégico é necessário que haja uma

radical mudança de cultura na empresa, já que é necessário, cada vez mais, que as

atenções gerenciais fiquem concentradas no negócio principal da empresa. Para isto

ocorrer, a implementação eficiente da terceirização é primordial, para que a empresa

torne-se cada vez mais ágil e flexível.

Diante do exposto, recomenda-se que a partir do estudo realizado neste

trabalho, sejam desenvolvidos outros. A seguir, serão apresentadas algumas

sugestões para trabalhos futuros:

a ) Estabelecer a presente proposta metodológica para as outras unidades da

PETROBRAS, considerando as particularidades de cada região.

b ) Criar uma proposta metodológica para as outras modalidades licitação

(concorrência e tomada de preços).

c ) Criar uma metodologia de análise comercial das propostas das licitantes,

considerando que os preços de serviços terceirizados devem ser

constantemente analisados, para que seja alcançado um dos objetivos da

terceirização que é a redução de custo.

166

licitante, durante a visita técnica, e durante todo o decorrer do prazo contratual, até seu

encerramento. A hipótese mostra-se correta.

d ) É necessário avaliar a eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos

dos serviços terceirizados.

A gestão eficiente de contrato, voltada para os conceitos de uma verdadeira

terceirização, requer mudança radical na cultura gerencial na forma de enfocar a

atividade terceirizada, exigindo o aprimoramento do conhecimento e informação sobre

a terceirização. Esta avaliação da atuação dos gestores do contrato deve ser contínua

quando se deseja mudar a cultura existente. Isto confirma a hipótese feita.

5.1.3. Quanto aos objetivos

Além das hipóteses, no Capítulo 1, foram estabelecidos os objetivos do presente

trabalho. Os referidos objetivos serão analisados a seguir:

5.1.3.1. Objetivo Geral

Pode-se afirmar que o objetivo geral do presente trabalho foi atingido, uma vez

que a proposta metodológica apresenta uma rotina para ajudar na gestão de contratos,

provendo os gestores, de uma ferramenta, cuja utilização permite obter resultados

uniformes nas ações gerenciais, desenvolvendo a cultura de qualidade de serviços nas

empresas prestadoras de serviços, direcionando as partes contratantes para um

relacionamento de parceria, que é a essência da terceirização.

5.1.3.2. Objetivos Específicos

a ) Foi realizado levantamento do material bibliográfico e uma análise crsobre o

processo de terceirização e desenvolvimento de parcerias;

b ) Foi feito um levantamento da prática e uma análise crítica da terceirização no

âmbito da PETROBRAS-UN-ES;

165

com mínimo de incertezas, para que os preços propostos estejam

condizentes com as referidas exigências contratuais.

O objetivo principal do contrato é criar um documento de trabalho que servirá

para direcionar a parceria e estabelecer regras da prestação de serviços, visando obter

um processo de melhoria contínua. Como foi visto nas abordagens conceituais, os

procedimentos da proposta metodológica apresenta critérios que permite uma

uniformização da elaboração de contratos, bem como que sejam dirimidas todas as

dúvidas das licitantes, antes da apresentação de sua proposta comercial. Isto valida a

hipótese.

b ) É necessário que haja uma seleção eficiente de empresas que garanta a

participação na licitação daquelas que estejam investindo no aprimoramento

de suas técnicas de trabalho e com a cultura voltada para os aspectos de

segurança, meio ambiente e saúde ocupacional.

A garantia da qualidade dos serviços prestados e a facilidade de relacionamento

entre as partes contratantes, inicia-se pela seleção de empresa. Selecionar bem as

empresas é escolher aquelas que possuem os requisitos de qualidade necessários

para executar os serviços, em consonância com a cultura da empresa contratante. Os

critérios da proposta metodológica, considerando as disposições conceituais,

direcionam a seleção de empresas para uma relação de parceria, onde deve haver

qualidade de serviços, tecnologia empregada, conceito no mercado e situação

econômica-financeira. Isto valida a hipótese.

c ) É necessário que haja um padrão de qualidade na prestação dos serviços.

Isto exige um constante e eficiente acompanhamento dos serviços que foi

contratado.

De acordo com as abordagens conceituais, conclui-se que para conseguir os

resultados desejados com a terceirização, é imprescindível que haja acompanhamento

contínuo dos serviços realizados e uma avaliação no desempenho dos serviços

prestados. Esta avaliação deve ocorrer desde o primeiro contato com a empresa

164

c ) Indica a necessidade de que sejam realizados treinamento nos gestores de

contratos, visando a mudança de filosofia do enfoque tradicional de contratação

de mão de obra, atualmente predominante, para o enfoque de terceirização

verdadeira, onde a empresa contratada torna-se parceira da contratante;

d ) Requer o envolvimento contínuo do gerente e fiscal de contratos (gestores de

contratos) nas etapas constantes do Capítulo 4, para que os procedimentos

tenham resultados positivos e, conseqüentemente, o processo de terceirização

tenha consistência;

Diante do exposto, verifica-se que a proposta metodológica favorece e facilita a

implementação da terceirização legítima na PETROBRAS-UN-ES, de forma uniforme,

tornando as decisões gerenciais mais consistentes, e, dentro do novo cenário que se

encontra a empresa, contribuirá de forma significativa na sua gestão, permitindo que se

concentre todos os seus esforços e energia na sua atividade principal.

5.1.2. Quanto às hipóteses

5.1.2.1. Hipótese Geral

A hipótese geral foi formulada da seguinte forma: é necessário que haja um

gerenciamento eficiente de todo processo de contratação, desde a elaboração do

processo licitatório até o término do contrato, para garantir o sucesso da terceirização.

Esta conjetura descreve, sucintamente, toda a proposta metodológica do presente

trabalho, refletindo, de fato, a implementação de um procedimento de gestão de

contratos, que busca atender aos conceitos básicos de terceirização.

5.1.2.2. Hipóteses específicas

Reportando-se às hipóteses específicas, tem-se:

a ) É fundamental elaborar um processo de licitação, envolvendo o Convite e

seus anexos, onde constem todas as exigências de forma transparente e

163

Capítulo 5

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Diante da mudança de cultura em que se encontra a PETROBRAS-UN-ES,

agora inserida num mercado bastante competitivo, após a quebra do monopólio da

exploração de petróleo, há a necessidade de aproveitar melhor seus recursos, visando

aumentar sua produtividade. Perante este cenário é que surge a necessidade da

implementação de uma verdadeira terceirização de serviços contratados,

abandonando-se os procedimentos tradicionais de contratação de serviços, visando

tornar a empresa mais ágil, em condições de enfrentar os desafios e atingir as metas

estabelecidas no seu planejamento estratégico.

5.1. Conclusões

Com base no seu suporte teórico e prático, o presente trabalho permite a

obtenção de várias conclusões, conforme demonstrado a seguir:

5.1.1. Quanto a aplicação prática da proposta metodológica

Partindo do cenário onde a questão competitividade torna-se vital para a

sobrevivência da empresa, conclui-se que a implantação da proposta metodológica:

a ) Irá auxiliar a PETROBRAS-UN-ES no cumprimento das metas que serão

provenientes do desdobramento do planejamento estratégico corporativo, onde

exige-se uma empresa ágil, competitiva, com custos reduzidos e qualidade nos

serviços;

b ) Apresenta os procedimentos que foram baseados nos conceitos constantes do

capítulo 2 deste trabalho, enfatizando o como fazer para atender uma eficiente

implementação da terceirização, logo, espera-se resultados concretos com a

sua implementação;

162Tabela 4.10 – Auditoria do Cronograma de Acompanhamento de Contrato

AUDITORIA DO CRONOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE CONTRATOSCONTRATADA CONTRATO Reuniã

o inícioIndicaçprepôs

AS Carteiraprofiss

Escaltrab

Examemédico

Inspeçequipam.

Inspbase

CIPA AtaCIPA

Uniforme EPI

FGTS GPS BAD REM PCMSO

PPRA Planosconting

Situação finan

Inícioprocess

Organizpasta

Índice (%)Conformidade

LEGENDA: NOTA NOTACE – Ação com evidência – ação planejada, registrada como realizada e evidenciado por escrito (ata, RO, etc...) 10 FE – Ação com falta de evidência – ação planejada, registrada como realizada, mas falta evidência 7NR – Não realizada – ação planejada e não realizada 4NP – Não planejada – ação não planejada 0

O índice de Conformidade é apurado somando-se todas as notas obtidas, por contrato, dividindo-se o valor encontrado, pelo produto da quantidade de itens avaliados por 10,Multiplicando-se o resultado por 100: IC = soma notas obtidas x 100 nº itens avaliados x 10

161

4.6. Etapa 4 – Avaliação dos gestores de contrato

Esta etapa estipula o procedimento para auditar as ações dos gestores dos

contratos, buscando verificar se as etapas constantes da tabela 4.7 – Cronograma de

Acompanhamento do Contrato, estão sendo acompanhadas com eficiência e eficácia,

conforme previsão inicial. A tabela 4.10 – Auditoria do Cronograma de

Acompanhamento do Contrato apresenta o procedimento a ser adotado pelo auditor.

O resultado final varia entre 0 a 100%, definindo-se em que estágio está a

eficiência do fiscal no acompanhamento da execução dos serviços pela contratada.

160

Tabela 4.9 – Avaliação da base da contratada

AVALIAÇÃO DA BASE DE APOIO DA CONTRATADA 2/2

CONTRATADA: Data: / /1 - 2 -Equipe visitante:3 - 4 -

AVALIAÇÃO DA ÁREA OPERACIONAL

PONTUAÇÃOASSUNTO O QUE AVALIAR3 5 7 9 10

OBSERVAÇÕES

1Descarte de objetossem serventia

Existe procedimento paradescarte de objetos. Asferramentas e parafusos semuso, luvas e desenhos sãodescartados corretamente

2Organização daoficina

Existe local determinado paracada tipo de objeto (quadro deferramentas e instrumento)

3Acesso ao local detrabalho

Os corredores sãoidentificados. As passagenssão livres

4Acesso aoequipamento deemergência

Os extintores estão facilmenteacessíveis e bem identificados

5 Atendimento alegislação

Existe mapa de risco na área e

6Estado da oficina Existe poeira, sujeira, óleo ou

vazamento de óleo ou gases

7Limpeza da área Existe pessoal de limpeza. A

área é varrida ao final doexpediente. Existe local parajogar o lixo

8Conforto da área A área é ventilada. A

luminosidade é boa.9 Saúde dos

empregadosOs empregados preocupam-secom a aparência. Os uniformesestão em bom estado

10Segurança industrial Todos empregados estão com

os EPIs adequados e em bomestado

11 Ergonomia Existe equipamentos demovimentação de cargas

12 Aspecto geral daárea

O aspeto geral da área é bom.Tem plantas, vasos, quadros,etc

LEGENDA:

- Pontuação até 3 - Péssimo- Pontuação de 3 a 5 - Insuficiente- Pontuação de 5 a 7 - Regular- Pontuação de 7 a 9 - Bom- Pontuação de 9 a 10 - Excelente

159

Tabela 4.8 – Avaliação da base da contratada

AVALIAÇÃO DA BASE DE APOIO DA CONTRATADA 1/2

CONTRATADA: Data: / /1 - 2 -Equipe visitante:3 - 4 -

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE ESCRITÓRIO

PONTUAÇÃOASSUNTO O QUE AVALIAR3 5 7 9 10

OBSERVAÇÕES

1Guarda de objetonão utilizados paradeterminado trabalho

Observar se existem objetosnão utilizados no local detrabalho

2

Informações e dadosatualizados

Verificar as pastas de políticade SMS, PCMSO, PPRA,planos de contingência, pastade contratos

3Extintor de incêndio Verificar se está identificado,

data de vencimento da carga ese alguém está habilitado ausá-lo

4Organização dasmesas

Os objetos de uso imediatoestão sobre as mesas emquantidade mínima

5 Organização dassalas

As mesas, arquivos eprateleiras estão ordenados

6Organização dequadros e de guardade documentos

Verificar se as políticas de SMSou outra está em local visível,se as pastas do item 2 estãoem local adequado

7Estado de limpezadas salas

As mesas, cadeiras e armáriossão limpas diariamente. Existepessoal de limpeza

8Conforto da sala A ventilação e iluminação são

adequadas. As normas deergonomia são atendidas.

9 Atendimento àspessoas

Existe sala de recepção e estáadequada

10 Atendimento ásnormas

Existe sanitários separadospara cada sexo

11 Aspecto geral doescritório

O aspecto do escritório é bom.Tem plantas, quadros, etc...

158MESES

Item Atividade Como Responsável SIT J F M A M J J A S O N D ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

17 Início processo licitação SAC FISCAL PR

18 Averiguação dos valores da rescisão REUNIÃO FISCAL PR

19 Verificar se as metas foram cumpridas pa- Pra efeito de continuação contratual R

PRP

RPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPR

P: PREVISTO R + REALIZADO

157Tabela 4.7 – Cronograma de Acompanhamento do Contrato

OBJETO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________

CONTRATADA: _________________________________________________________________________________________ INÍCIO: ___/___/___ TÉRMINO: ___/___/___

Endereço da matriz: __________________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________

Endereço base de apoio: ______________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________

Preposto: _____________________________ Endereço do preposto: _________________________________________________________ Telefone: ___________

Fiscal:________________________________ Endereço do fiscal: ____________________________________________________________ Telefone: ___________MESES

Item Atividade Como Responsável SIT J F M A M J J A S O N D ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

1 Reunião para início do contrato. ATA FISCAL PR

2 Indicação do preposto/Endereço contratada CARTA FISCAL PR

3 Autorização de serviços (AS). REUNIÃO FISCAL PR

4 Carteira Profissional. COMPROVANTE FISCAL PR

5 Escala de trabalho REUNIÃO FISCAL PR

6 Exame médico (Admissional e Periódico) COMPROVANTE FISCAL PR

7 Inspeção nos equipamentos VISITA FISCAL PInspeção da Base R

8 Constituição de CIPA REUNIÃO FISCAL PAta de reunião da CIPA (*) COMPROVANTE FISCAL R

09 Uniformes e EPI REUNIÃO FISCAL PR

10 FGTS COMPROVANTE FISCAL PR

11 GRPS COMPROVANTE FISCAL PR

12 Emissão de BAD BDC FISCAL PR

13 Resumo Estatístico Mensal (REM) COMPROVANTE FISCAL PR

14 PPRA / PCMSO (apresentação e acompanhamento) COMPROVANTE FISCAL PR

15 Plano de Contingência CONFORME FISCAL PCHECK-LIST R

16 Situação financeira CONSULTA FISCAL PDIVIN R

P: PREVISTO R + REALIZADO

156

4.5.2.21. Emissão de atestado de execução de serviços

O atestado de execução de serviços só poderá ser fornecido à contratada após

assinatura do respectivo TRD. O atestado deverá ser assinado pelo representante

maior do órgão (Ex.: gerente geral) ou quem ele der competência.

155

4.5.2.18. Início do processo de licitação

Deverá constar no plano de acompanhamento o mês de início do comentário da

minuta para o novo processo licitatório, que substituirá o contrato em andamento. Fazer

a previsão com 04 (quatro) meses, em média, de antecedência, atentando para o

acompanhamento no BM, verificando se o percentual de realização do prazo e valor

estão coerentes.

4.5.2.19. Averiguação dos valores da rescisão dos empregados

Deverá ser solicitada que a contratada apresente, no prazo de 10 (dez) dias

antes do encerramento do contrato, a lista de todos empregados e os respectivos

valores, separadamente, dos direitos referentes à rescisão do contrato de trabalho (13º

salário, férias proporcionais, etc...). Esta medida busca evitar que haja futuros passivos

trabalhista, onde a PETROBRAS poderá ser indiciada judicialmente como subsidiária

em ações trabalhistas em relação à contratada.

4.5.2.20. Encerramento do contrato

O contrato será encerrado através da assinatura do Termo de Recebimento

Definitivo (TRD), cujo documento será emitido pelos gestores do contrato (através do

Banco de Dados de Contratos - BDC), assinado pelo gerente do contrato e

encaminhado à contratada para assinatura do seu representante legal.

O TRD deverá ser emitido/formalizado no prazo máximo de 90 (noventa) dias

após a data de término do contrato.

Antes da assinatura do TRD, deverá ser verificado se não há nenhuma

pendência da contratada junto a PETROBRAS, tais como: equipamento da

PETROBRAS em poder da contratada, ressarcimento de custo ou multas pendentes,

passivo obrigações trabalhistas, devolução de crachá, etc... . Considerando que o fiscal

do contrato é o envolvido diretamente nos serviços, em condições de ter as referidas

informações com maior facilidade, ele assinará como uma das testemunhas, como

fórmula de dar o ciente e confirmar nas declarações do TRD.

154

4.5.2.15. PCMSO e PPRA

Ao receber os programas, os fiscais deverão analisar conjuntamente com a área

de segurança industrial e de saúde ocupacional. Para melhor acompanhamento dos

planos, os gestores do contrato deverão programar as datas de verificação e elaborar

um “check-list” para facilitar o acompanhamento.

4.5.2.16. Planos de contingência

Os planos de contingência constante do subitem 2.3 do Anexo III do Contrato

deverão ser analisados pelos gestores do contrato, no qual se basearão para fazer as

cobranças contidas.

4.5.2.17. Situação financeira da contratada

Visando evitar problemas referentes às pendências da empresa contratada

perante seus empregados, empresas fornecedoras e outras entidades que mantém

ligações comerciais com ela, deverá ser feita uma investigação sobre a situação

financeira da contratada, visando tomar providências prévias, quando necessárias,

para que a PETROBRAS não seja apanhada de surpresa, principalmente no final do

prazo do contrato, quando a contratada, de uma forma geral, transfere-se da região

onde presta serviços.

Nesta ocasião é necessário que a situação financeira da contratada esteja

saudável para se garantir que sejam quitados os encargos trabalhistas, bem como

outras obrigações perante a comunidade, para que a PETROBRAS não seja envolvida

num processo judicial como solidária ou subsidiária nas obrigações das contratadas.

Para averiguação utilizar-se-á a estrutura da Divisão de Informações da

PETROBRAS fazendo-a, para os contratos com prazo acima de 365 dias,

semestralmente e nos últimos três meses que antecedem o encerramento e,

semestralmente, para os contratos com 365 dias de prazo.

153

4.5.2.11. Participação de cipeiros contratados em reuniões da CIPA da

PETROBRAS

Visa obter maior integração entre as CIPAS e demonstrar para as contratadas o

nível de atenção que a PETROBRAS dispensa para a prevenção de acidentes. Este

procedimento incentivará a troca de experiências entre as CIPAS e integrará os

empregados contratados no programa de SMS da PETROBRAS.

4.5.2.12. Reunião dos gestores do contrato com empregados contratados

Objetiva repassar para os empregados das contratadas o compromisso que a

PETROBRAS tem com as metas estabelecidas, bem como para reforçar que a

contratada tem que ser solidária com a PETROBRAS para que sejam alcançados os

objetivos estipulados. A reunião poderá ter uma periodicidade de realização entre 01 a

03 meses, de acordo com a necessidade, que será avaliada pelos gestores do contrato

(Ex.: metas de TFCA, implantação da política de SMS, etc...).

4.5.2.13. Resumo Estatístico Mensal (REM)

Deverá ser apresentado pela contratada até o 3º (quinto) dia útil do mês

subseqüente. Os dados contidos no REM servirão de base para cálculo do TFCA.

Os gestores do contrato deverão conferir se a quantidade de empregados está

de acordo e encaminhar à área de segurança industrial, meio ambiente e saúde

ocupacional.

4.5.2.14. Cursos exigidos

Os gestores do contrato deverão atentar para a data dos vencimentos da

reciclagem exigida no contrato (geralmente 02 anos), para os cursos de seus

empregados (direção defensiva, produtos perigosos, combate a incêndio, etc...).

152

detalhada, constando data, local, equipamento ou outra informação julgada

importante. A mora deverá ser notificada se ficar evidente que trouxe

problemas operacionais ou prejuízos à PETROBRAS ou reincidência.

§ Ressarcimento de custo - a cobrança de ressarcimento de custo, cujo

expediente será emitido pela área de contratação e assinada pelo gerente do

contrato, deverá ser precedida por uma reunião com a contratada que dará o

ciente e concordância do ressarcimento. Esta reunião é para dar condição de

defesa a contratada e amparar a PETROBRAS de futuros questionamentos

da contratada.

Ao encaminhar a solicitação para a área de contratação deverão ser informados

os códigos de custo, nos quais será creditado o valor do ressarcimento.

4.5.2.9. Inspeção de equipamentos e da base da contratada

A periodicidade da inspeção dependerá do tipo de serviços, podendo ser,

inicialmente, numa periodicidade maior, diminuindo com o decorrer do prazo contratual,

em função da maior utilização do equipamento.

Para equipamentos maiores é necessário que se faça um “check-list” para

facilitar a inspeção.

A base da contratada deverá ser inspecionada a cada trimestre, utilizando-se o

modelo constante da tabela 4.8 e 4.9 – Avaliação da base da contratada.

4.5.2.10. CIPA

A contratada deverá apresentar a ata de formação de CIPA e o cronograma

anual de reuniões. Os gestores do contrato deverão solicitar a apresentação mensal

das atas de reuniões, bem como agendar a previsão da mudança da CIPA para os

contratos acima de 365 dias corridos.

151

g ) Salários

Os gestores do contrato deverão estar atentos quanto ao valor do salário pago

pela contratada, bem como se a data do seu pagamento está de acordo com a

legislação.

h ) Segurança industrial, meio ambiente e saúde ocupacional

Deverão ser atendidos os prazos constantes no anexo contratual pertinente, que

serão abordados na ata de reunião para início dos serviços. As principais exigências

referem-se ao ROA (Relatório de Ocorrência Anormal), RAL (Relatório de Acidente

com Lesão), REM (Resumo Estatístico Mensal), comprovante de formação de CIPA,

PPRA (Programa Prevenção de Riscos Ambientais), PCMSO (Programa de Controle

Médico e Saúde Ocupacional) e os planos de trabalho referente ao SMS, conforme

previsto no anexo em questão.

4.5.2.7. Saldo contratual x prazo

Os gestores do contrato deverão estar atentos à época de emissão do Boletim

de Medição (BM), quanto ao acompanhamento da realização do saldo contratual, que

deverá estar condizente com a do prazo. Caso não ocorra esta linearidade, deverá

fazer uma análise criteriosa para verificar a causa do problema.

4.5.2.8. Aplicação de multa e ressarcimento de custo

§ Multa - a aplicação de multa é precedida por uma carta à contratada

(notificação de mora), emitida pela área de contratação e assinada pelo

gerente do contrato, onde se concede um prazo de 15 (quinze) dias corridos

para a contratada se justificar. Após aplicada a multa, a contratada dispõe de

um prazo de 05 (cinco) dias úteis de direito de recurso.

Antes de encaminhar a solicitação para a área de contratação emitir o

expediente de notificação de mora, os gestores do contrato, deverão fazer

uma análise da ocorrência que deu origem ao problema, para que se evite

desgaste junto à contratada. A descrição da ocorrência da multa deverá ser

150

a ) FGTS

A apresentação deverá ser mensal. A contratada deverá apresentar a guia de

recolhimento (GFIP) juntamente com a folha de pagamento. De preferência, conferir o

recolhimento por empregado. Outra alternativa é calcular sobre o valor bruto.

Em ambos os casos, o cálculo é feito aplicando-se 8% (oito por cento) sobre o

valor bruto do salário (deduzido do salário família).

b ) Carteira Profissional

Deverá ser exigida no início do contrato, após acordo coletivo e na entrada de

empregado novo.

c ) GPS (Guia da Previdência Social)

A apresentação deverá ser mensal, juntamente com o comprovante de

recolhimento de FGTS, que deverão ser anexadas aos documentos de cobrança e ao

BM.

d ) Uniformes e EPI

Deverá ser observado o prazo de reposição constante do contrato ou a

necessidade de troca, que dependerá do seu estado de conservação.

e ) Escala de Trabalho

Deverá ser fornecida escala de trabalho no início do contrato ou quando houver

alguma modificação. A escala deverá ser autenticada pelo órgão público oficial

(Delegacia Regional do Trabalho).

f ) Exames médicos

Deverá ser obrigatório, dependendo do tipo de serviço prestado, conforme

definido no PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional).

149

4.5.2.5. Organização da pasta do contrato

A pasta deverá estar organizada de maneira que facilite a consulta para os

usuários. O índice deverá seguir a ordem de arquivamento abaixo:

01 - Contrato

02 - AS

03 - BAD

04 - Multa

05 - Reunião de Início

06 - Indicação do preposto

07 - Carteira Profissional

08 - Escala de Trabalho

09 - Exame médico

10 - Inspeção de equipamentos/base

11 - CIPA/REM

12 - PPRA/PCMSO

13 - Situação financeira

14 - Correspondência

15 - Ata

16 - GRPS

17 - Relatório

18 - BM

4.5.2.6. Cumprimento das obrigações trabalhistas, segurança industrial, meio

ambiente e saúde ocupacional

Deverão ser observados os prazos de apresentação dos comprovantes

conforme discriminado a seguir:

148

representantes da mesma, visando detectar desvios das condições adequadas

de trabalho, quando se definirão responsabilidades e prazos de correção dos

mesmos, caso evidenciados;

d ) informar sobre a obrigatoriedade de cumprimento do disposto nas normas de

segurança industrial, meio Ambiente e saúde para Contratadas da

PETROBRAS;

e ) Informar que todo acidente com ou sem lesão pessoal ou que afete ao meio

ambiente deverá ser encaminhado à fiscalização da PETROBRAS através de

um relatório, no prazo de até 03 (três) dias úteis após a ocorrência. No

relatório, deverá conter o tipo de acidente, local, data e hora da ocorrência, tipo

de lesão por empregado e as ações corretivas para evitar reincidência;

f ) Informar que a contratada deverá encaminhar mensalmente para a fiscalização

da PETROBRAS o Anexo A - “Resumo Estatístico Mensal” de acidentes de

trabalho, até o 3º (terceiro) dia útil de cada mês;

g ) Informar que a contratada deverá apresentar até 30 (trinta) dias após o início

do contrato o comprovante de formação de CIPA, se for o caso, ou documento

análogo que comprove atendimento da Norma Regulamentadora pertinente;

h ) Informar que a contratada deverá apresentar mensalmente a ata de reunião da

CIPA, até o 5º (quinto) dia útil após a sua realização;

i ) Receber da contratada e encaminhar para a área de segurança industrial, meio

ambiente e saúde ocupacional, a lista de participantes do curso de Permissão

do Trabalho (PT).

j ) Informar que deverá ser elaborada Análise Preliminar de Risco (APR) para toda

execução de serviços considerada como de risco, devendo efetuar o

treinamento para os empregados envolvidos.

147

Instrução de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, 5 (cinco) dias úteis antes

do início dos serviços;

e ) Informar que antes no primeiro dia de prestação dos serviços, os gestores do

contrato, farão uma reunião com todos os empregados da contratada,

utilizados na prestação dos serviços, quando será apresentada a PETROBRAS

e os aspectos SMS vigentes;

f ) Informar que na avaliação de desempenho da contratada, através do Boletim

de Avaliação de Desempenho (BAD), ressaltando a necessidade de

cumprimento das metas estipuladas no Anexo VI – Desempenho e Metas da

Contratada;

g ) Apresentação da contratada, seus trabalhos, áreas de atuação, seus planos e

expectativas em relação ao contrato e outras informações que ela julgar

pertinentes;

h ) Assinatura do contrato.

4.5.2.4. Reunião para mobilização

Deverá ser feita reunião, com o preposto da contratada, 5 (cinco) dias úteis

antes do início dos serviços, quando serão abordados os aspectos SMS a seguir:

a ) Solicitar a apresentação dos planos previstos no item 2.3 do Anexo III, para

ser encaminhado à análise da área de segurança industrial, meio ambiente e

saúde ocupacional;

b ) Reiterar que todos os técnicos da contratada alocados ao contrato deverão ser

registrados nas entidades de classe;

c ) Informar que as áreas de segurança, meio ambiente e de saúde ocupacional

realizará periodicamente, Inspeções de Segurança e Saúde do Trabalho, nos

postos de trabalho da contratada, as quais deverão ser acompanhadas por

146

4.5.2.2. Autorização de Serviço (AS)

Documento que define a data de início e término do contrato e designa o

empregado encarregado pela fiscalização do contrato. É assinada pelo gerente do

contrato e pelo representante legal da contratada.

O prazo entre a emissão da AS e o do início do serviço deverá estar de acordo

com o concedido pela PETROBRAS na carta de declaração/credenciamento, constante

do SUPLEMENTO B do Convite, emitida e apresentada pela contratada na ocasião de

apresentação da proposta técnica.

A AS deverá ser emitida em 03 (três) vias, sendo a original para a contratada e as

restantes para a gerência do contrato e área de contratação. Geralmente é entregue à

contratada no ato da assinatura do contrato, aproveitando-se a presença do (s)

representante (s) legal (is) da empresa.

4.5.2.3. Reunião para assinatura do contrato

Esta reunião ocorrerá com a presença dos representantes legais da contratada e

da PETROBRAS, devendo, de preferência, contar com a presença do preposto.

Serão abordados os assuntos abaixo:

a ) Apresentar a PETROBRAS, suas atividades, áreas de atuação, perspectivas;

b ) Apresentar a Política SMS da PETROBRAS e aspectos locais

(recomendações do EIA – Estudo de Impacto Ambiental, relacionamento com

superficiários, etc.);

c ) Informar à contratada, que o seu preposto deverá ser designado e se

apresentar ao Gerente do Contrato com uma antecedência de no mínimo a

metade do prazo de mobilização, e no máximo de 1 (um) mês, quando será

feita a “reunião de mobilização” do contrato;

d ) Informar que a contratada deverá apresentar ao Gerente do Contrato, os

planos de trabalho relativos a SMS solicitados no item 2.3 do Anexo III -

145

4.5.2. Acompanhamento dos serviços contratados

Os serviços contratados serão acompanhados através de um cronograma de

acompanhamento de contrato, onde constam a previsão (P) e a realização (R),

conforme modelo constante da tabela 4.7 – Cronograma de Acompanhamento do

Contrato, onde constam as principais exigências do contrato.

Os gestores do contrato, antes do seu início, faz a previsão, no cronograma, das

principais exigências contratuais, estipulando a data para a cobrança. Este cronograma

possibilitará aos gestores uma visão sistêmica da condução do contrato pela

contratada, e seu acompanhamento subsidiará na avaliação do desempenho da

contratada através do BAD.

A seguir serão apresentadas as exigências a serem acompanhadas, indicando-

se as ações que os gestores do contrato deverão proceder.

4.5.2.1. Comportamento dos gestores do contrato

Os gestores do contrato deverão evitar comportamento que demonstre

intimidade de relacionamento com o pessoal de empresas contratadas, visando

não levantar dúvidas quanto a sua atuação na fiscalização de contrato, bem como

não abusar dos poderes inerentes a sua função, primando sempre pela

transparência dos seus atos.

No acompanhamento dos serviços, no decorrer do prazo contratual, o fiscal

deverá estar atento em não infringir a isonomia da licitação. Existem vários exemplos

que podem ilustrar o disposto supramencionado.

a ) Aumento significativo de serviços no início do contrato em relação ao

quantitativo estabelecido no edital;

b ) Equipamentos com especificação diferente ao do edital;

c ) Não cumprimento do prazo de início dos serviços, previamente estabelecido na

declaração constante do edital;

d ) Inclusão de item de planilha cujo serviço não seja àquele contratado.

144

4.6 – Visita Técnica da Licitante

VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 4/4

ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS

8 ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS

8.1Esclarecimentos

Deverão ser detalhados os principais

pontos que constam deste anexo. Os

esclarecimentos deverão ser feitos

seguindo a ordem estipulada na tabela 4.1

do presente trabalho

9 ANEXO V – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

9.1 Esclarecimentos

Informar como serão medidos os serviços

item a item, com base na planilha de

preços unitários e, se for o caso, o que

deverá ser considerado no preço de cada

item de planilha.

10 ANEXO VI – DESEMPENHO E METAS DA CONTRATADA

10.1 Esclarecimentos

Informar como serão avaliados os

serviços, o sistema de conseqüência

e o condicionante, referente à média

mínima, para a contratada ter direito a

continuar prestando serviços,

conforme subitem 4.3.5.2 do presente

trabalho.

10 ANEXO VII – INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA INTERNA PARA CONTRATADAS

10.1Esclarecimentos

Informar que este anexo estipula como

deverá proceder a contratada para a

confecção de crachás, instruções gerais

sobre segurança interna e de trânsito no

âmbito da PETROBRAS-UN-ES

11 FORNECIMENTO DE ATESTADO DE VISITA

Ao final da visita deverá ser fornecido à empresa o atestado de visita, que é um dos

documentos a ser apresentado, conforme exigência do Convite.

143

Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante

VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 3/4

ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS

Informar que a medição dos serviços

executados será efetuada entre o dia 26

do mês anterior 25 do mês seguinte

6.2 MediçãoInformar que a PETROBRAS emitirá o

Boletim de Medição (BM) e entregará a

contratada a partir do 1º dia útil do mês

seguinte ao da medição

6.3 Prazo

Informar que o contrato poderá ser

prorrogado, mediante acordo prévio entre

as partes contratantes (verificar se o

contrato tem esta previsão)

6.4 Preços e valor

Informar que o valor total do contrato é

meramente estimativo, não obrigando a

PETROBRAS solicitar serviços até o

referido valor

6.5Forma de

pagamento

Informar que o pagamento será

efetuado no 30º dia após a data final

do período de medição dos serviços,

desde que a contratada apresente os

documentos de cobrança, até o 4º dia

útil do mês seguinte à medição

6.6 Rescisão Informar os principais casos que poderão

levar as partes a pedir rescisão contratual

6.7 Cessão

Informar que a cessão do contrato

somente poderá ocorrer quando

autorizado por escrito pela PETROBRAS

6.8Subcontratação

Informar que a contratada somente

poderá subcontratar os serviços desde

que previamente autorizada pela

PETROBRAS

7 ANEXO III – INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

7.1

Obrigações de

SMS

Deverá ser esclarecida para acontratada sobre a importância desteanexo e a obrigatoriedade decumprimento dos prazos previstospara apresentação das exigências deSMS;Ressaltar que a PETROBRAS écertificada na ISO 14001 e ocumprimento das exigências desteanexo está integrado a estacertificação

142

Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante

VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 2/4

ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS

4 SUPLEMENTO C – Demonstrativo de formação de preços

4.1

Preenchimento

do Suplemento C

Encaminhar o representante da licitante a

atividade de orçamentação para

esclarecimento sobre o preenchimento

deste anexo

5 CONTRATO

5.1Prazo

Informar o prazo contratual e, se for o

caso, a condicionante do contrato terminar

na metade do prazo, em função do não

cumprimento das metas estabelecidas

5.2Preço e valor

informar que o valor total do contrato será

definido através do produto dos preços

unitários pela quantidade constante da

planilha de preços unitários .

5.3

Reajustamento de

preços

Informar que será anual conforme a

fórmula do contrato, se o prazo

contratual for acima de 01 (um) ano.

5.4Multas

Ressaltar que o contrato bem conduzido

pela contratada, certamente não vai

acarretar em multas e que só será

aplicada, se a contratada não demonstrar

interesse em conduzir o contrato

satisfatoriamente

6 ANEXO I – CONDIÇÕES GERAIS CONTRATUAIS

6.1Obrigações

trabalhistas

Ressaltar sobre a obrigatoriedade de

atender aos encargos decorrentes

das Leis Trabalhistas e da

Previdência social (Ex.: férias, 13º

salário, adicionais, carteira

profissional atualizada, recolhimento

de FGTS e GRPS, etc...);

A jornada de trabalho deverá estar de

acordo com a Legislação Trabalhista

(Ex.: intervalo de 11 horas entre uma

jornada e outra, escala de trabalho

acordada com o Sindicato da classe

e/ou Ministério do Trabalho, etc,...).

141

Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante

VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 1/4

ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS

1 CONVITE1.1 Objeto Fazer comentário sucinto a respeito do

objeto do contrato

1.2

Data e horário da

licitação

Informar o dia, hora e local da licitação

1.3Apresentação da

proposta

Informar que deverá ser entregue por

pessoa credenciada e com declaração

formal. Informar que a falta de quaisquer

documentos solicitados no Convite poderá

desclassificar a licitante

1.4 Envelopes Informar a quantidade de envelopes que

deverão ser apresentadas e o seu

conteúdo

1.5 Habilidade

técnica

Informar, se for o caso, a necessidade da

apresentação das solicitações referentes

à habilidade técnica da licitante

1.6

Esclarecimentos

de dúvidas do

convites

Informar que o prazo para

esclarecimentos de dúvidas do Convite,

feitas por escrito, com 5 (cinco) dias úteis

antes da entrega da proposta

2 SUPLEMENTO A – Declaração/credenciamento

2.1

Prazo para início

dos serviços

Informar o prazo para início dos serviços,

conforme item 3 deste anexo, após ordem

da PETROBRAS, por escrito,

2.2

Sindicato da

categoria

profissional

Informar que a licitante deverá informar o

sindicato da categoria, para efeito de

análise financeira da proposta

2.3

Salários

praticados no

contrato

Informar que o salário considerado no

Suplemento C é o que deverá ser

praticado e constar na Carteira

Profissional

3 SUPLEMENTO B – Planilha de Preços Unitários

3.1Preenchimento

do Suplemento B

Informar a licitante como deverá ser

preenchido o referido anexo, atentando-se

para as unidades de medição dos

serviços e a sua quantidade estimada

140

O procedimento constante da tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante tem como

objetivo detalhar as ações que deverão ser seguidas durante a visita técnica das

proponentes, visando disponibilizar informações uniformes, bem como obter propostas

de preços equalizadas e compatíveis com as exigências contratuais.

No momento da visita técnica, os gestores do contrato deverão solicitar o nome

e função do representante da empresa visitante e abordar os comentários dos pontos

constantes da tabela 4.6, abaixo, para o preposto da empresa adquirente do Convite.

139

4.5. Etapa 3 – Acompanhamento dos serviços contratados

Esta etapa é uma das mais importantes do processo de terceirização, já que vai

permitir a PETROBRAS-UN-ES acompanhar e observar o desempenho da contratada,

detectando no momento oportuno, as eventuais falhas referentes ao não cumprimento

do prazo, de especificações dos serviços, de exigências quanto às leis trabalhistas, de

segurança industrial, meio ambiente, saúde ocupacional, bem como outros requisitos

constantes do contrato, que sejam importantes para obter-se os resultados desejados

com a terceirização.

O objetivo desta etapa é definir os procedimentos que deverão ser observados

pelos gestores de contratos (gerentes e fiscais de contrato) para acompanhamento das

exigências contratuais, que será feito através do modelo constante da tabela 4.7

Cronograma de Acompanhamento do Contrato, permitindo-lhes uma visão abrangente

das principais obrigações contratuais e proceder uma avaliação bem fundamentada,

conforme tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas, deste capítulo.

O acompanhamento inicia-se a partir da visita técnica, etapa do processo de

licitação, prevista no Convite, quando ocorre a apresentação à licitante do local onde

serão desenvolvidos os serviços. A seguir será apresentado o procedimento que

deverá ser seguido durante a visita técnica e o acompanhamento dos serviços

contratados, que tem como objetivo equalizar as informações entre as licitantes, sobre

as exigências contratuais.

4.5.1. Visita técnica

A visita técnica é o momento que a contratada deverá dirimir as dúvidas

existentes no Convite. É imprescindível que o preposto da contratada, que vai efetuar a

visita, já tenha conhecimento do conteúdo do Convite e, de preferência, esteja

envolvido com a área de orçamentação.

Desta forma, deverá constar no Convite que o preposto da licitante, que realizará

a visita técnica, deverá ser um empregado que esteja diretamente envolvido com a

área operacional e de orçamento, visando obter-se da licitante, uma proposta comercial

condizente com as exigências constantes do escopo do Convite, evitando

desvirtuamento dos preços propostos.

138

Tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas

VISITA TÉCNICA VISITA TÉCNICA 2/2

Empresa:

Endereço:

Contato: Função: Tel/e-mail

AVALIAÇÃO (%)

ÁREAS ABORDADAS N I R B O

6 EQUIPAMENTOS 0 25 50 70 100

OBSERVAÇÕES

6.1 Inerentes a prestação dos serviços Verificar quantidade e condições de operação

6.2 Referentes as outras atividades Verificar quantidade e condições de operação

7 INSTALAÇÕES

7.1 Estado das instalações

7.2 Pratica-se o 5 “S”

8 PROGRAMA SMS

8.1 Política de SMS Verificar se existe

8.2 Segurança industrial Conscientização, mapa de risco, CIPA, etc

8.3 Estado dos EPIs

8.4 Meio ambiente Existe conscientização

8.5 Saúde ocupacional Existe programa de ação

9 CERTIFICAÇÃO

9.1 ISO 9002

9.2 ISO 14001

9.3 Outros

LEGENDA:

N – Não possui

I – Insuficiente- pouca evidência (25%)

R – Regular – alguma evidência (50%)

B – Bom – significativa evidência (70%)

O – Ótimo – plena evidência (100%)

137

Tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas

VISITA TÉCNICA VISITA TÉCNICA 1/2

Empresa:

Endereço:

Contato: Função: Tel/e-mail

AVALIAÇÃO (%)

ÁREAS ABORDADAS N I R B O

1 CONTRATO SOCIAL 0 25 50 70 100

OBSERVAÇÕES

1.1 Contém serviços objeto da licitação

1.2 Composição societária (n° sócios) Verificar o número de sócios

1.3 Responsabilidade dos sócios Verificar se está bem distribuída

1.4 Capital social (distribuição) Verificar se está bem distribuído

1.5 Bens patrimoniais Verificar se a quantidade é significativa

1.6 Tempo atuação no mercado Até 5 anos – 50%

Acima de 5 anos – acima de 50%

1.7 Certidões negativas públicas FGTS, INSS, municipal, estadual e federal

2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

2.1 Nível decisório Tem organograma e nível decisório claros

3 GESTÃO DA QUALIDADE

3.1 Política de qualidade Existe e está bem difundida

3.2 Padrões gerenciais Existe e está bem difundido

3.3 Padrões de execução Existe e está bem difundido e treinado

3.4 Programa 5 “S” Existe e está bem difundido e praticado

4 RELACIONAMENTO COM CLIENTES

4.1 Principais clientes Trata-se de clientes reconhecidos no mercado

4.2 Atestados de serviços prestados Verificar as avaliações

5 PESSOAL

5.1 Número de empregados Verificar se está condizente com serviços

5.2 Salário praticado Verificar se está de acordo com o mercado

5.3 Nível de treinamento (hh no ano)

5.4 Turn-over Verificar o índice anual

136

a ) Define-se o tipo de serviço e as empresas consideradas em condições de

executá-los, após pesquisa de mercado (no âmbito da PETROBRAS, em

outras empresas da região, através de consulta a dossiês apresentados,

etc...);

b ) De posse da relação de empresas faz-se a seguinte pesquisa:

§ Caso a empresa seja cadastrada na PETROBRAS, verifica-se através do

sistema BDC as avaliações das empresas em outras unidades onde ela

presta serviços;

§ Faz-se um levantamento econômico-financeiro das empresas, visando

verificar se ela é devedora da união (cadastro no CADIN), bem como a

situação financeira (títulos protestados, concordatas, falências, etc...);

§ Efetua-se uma visita à empresa, fazendo-se o levantamento da sua

situação conforme tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas, escolhendo-

se somente aquela que ultrapassem a média percentual de 70% (setenta

por cento);

c ) Procede-se a uma nova seleção, considerando as restrições com base nas

informações constante da alínea “b”.

Pode-se utilizar de uma outra alternativa para a seleção de empresas,

integrando-se os critérios adotados nos subitens 4.4.1 e 4.4.2 acima.

135

Desta forma, na definição do critério deverá ser levado em consideração os

fatores acima, observando a necessidade de garantir a participação de um número

adequado de empresas, visando manter a competitividade da licitação.

Na modalidade de Convite a escolha das empresas licitantes pode ser feita de

acordo com a necessidade da companhia, observados os fatores acima, logo, pode-se

utilizar o seguinte procedimento:

§ Utilizar o cadastro corporativo de empresas;

§ Utilizar escolha alternativa, desde que obedecidos critérios pré-estabelecidos.

4.4.1. Seleção de empresas com utilização do cadastro de empresas corporativo

Utiliza-se esta alternativa, principalmente, quando se está diante de contratações

que envolvem valores significativamente altos e serviços de maior nível de

especialidade. O procedimento segue conforme abaixo:

a ) Define-se o tipo de serviço, o grupo (A, B ou C) e a pontuação constante em

cada grupo;

b ) De posse da relação de empresas faz-se a seguinte pesquisa:

- Verifica-se através do sistema BDC as avaliações das empresas em

outras unidades onde ela presta serviços;

- Faz-se um levantamento econômico-financeiro das empresas, visando

verificar se ela é devedora da união (cadastro no CADIN), bem como a

situação financeira (títulos protestados, concordatas, falências, etc...).

c ) Procede-se a uma nova seleção, considerando as restrições com base nas

informações constante da alínea “b”.

4.4.2. Seleção de empresas com a utilização de escolha alternativa

Escolhe-se esta alternativa quando os fatores apresentados no subitem 4.4.1

acima, não sejam muitos significativos. Seleciona-se as empresas da região que

executam os serviços requisitados e adota-se o seguinte procedimento:

134

Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas

PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 4/4

SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO

541 – Resultado de segurança

Resultado da Taxa de

Freqüência de Acidentes com

Afastamento (TFCA)

TFCA = 0 - nota 10

TFCA até 3 - nota 7

TFCA até 5 - nota 5

TFCA > 5 - nota 0

542 – Preservação de meio

ambiente

Número de ocorrências de

agressão ao meio ambiente

Ocorrência – Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 7

Oc > 1 - nota 0

540

Segurança e

meio ambiente

543 – Resultado de saúde

ocupacional

Cumprimento do PCMSO Integral - nota 10

Acima de 70% - nota 7

Abaixo de 70% - nota 0

551 – Desempenho

administrativo

Número de ocorrências de

inadimplência junto à

comunidade

Ocorrência – Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 7

Oc > 1 - nota 0550

Desempenho

administrativo e

financeiro552 – Desempenho financeiro

Número de títulos protestados

(outras ocorrências prevalecerão

sobre estas. Ex: pendência

injustificada no CADIN,

concordata, etc...)

Ocorrência – Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 7

Oc > 1 - nota 0

4.4. Etapa 2 – Como selecionar as empresas licitantes

Conforme apresentado no Capítulo 3 – ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE

TERCEIRIZAÇÃO NA PETROBRAS-UN-ES, subitem 3.12.3.1, a PETROBRAS

mantém um registro cadastral de empresas interessadas na prestação de serviços.

Este cadastro tem um critério, onde as empresas são avaliadas sobre vários aspectos

e, logo após, são classificadas em vários grupos, segundo a sua especialidade.

O critério a ser escolhido para a seleção de empresas dependerá de vários

fatores, dentre eles:

§ Valor da contratação;

§ Prazo da contratação;

§ Porte e nível de especialidade dos serviços;

§ Local de realização dos serviços.

133

Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas

PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 3/4

SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO

411 – Adequação

Atualização do plano de

acompanhamento de elaboração

de padrão

Ocorrência - Oc

Oc = atualizado - nota 10

Oc = não atualizado -

nota 0410

Sistema de

qualidade

412 - Treinamento

Percentual de padrões de

execução existentes em que os

empregados foram treinados

Ocorrências - Oc

Oc = 0% - nota 0

Oc até 80% - nota 5

Oc > 80% - nota 10

421 – Qualidade

Atualização do plano de

acompanhamento dos padrões

Ocorrência - Oc

Oc = atualizado - nota 10

Oc = não atualizado -

nota 0

422 – Quantidade

Quantidade de padrões atende a

prestação dos serviços

Atende - nota 10

Parcialmente - nota 5

Não atende - nota 0

420

Instrumento de

controle da

qualidade

423 – Aferição/calibração Não aplicável

510

Planejamento511 – Adequação

Elaboração e atualização do

plano de acompanhamento do

contrato – Ocorrência - Oc

Oc = atualizado - nota 10

Oc = não atualizado -

nota 0

520

Prazos521 – Cumprimento

Número de ocorrências de não

cumprimento dos prazos

contratuais por trimestre

Ocorrência - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 7

Oc > 1 - nota 0

531 – Resultado qualidade

Percentual de serviços rejeitados

por trimestre

Ocorrência – Oc

Oc = 0 % - nota 10

Oc = 10% - nota 7

Oc > 10% - nota 0

532 – Índice de retrabalho

Percentual de serviços rejeitados

por trimestre

Ocorrência – Oc

Oc = 0 % - nota 10

Oc = 10% - nota 7

Oc > 10% - nota 0

530

Qualidade dos

serviços533 – Tratamento não-

conformidade

O sistema de tratamento de não

conformidade atende

Atende - nota 10

Parcialmente - nota 5

Não atende - nota 0

132

Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas

PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 2/4

SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO

210

Supervisão e

gerência

213 – Liderança

Quantidade de indicadores

apresentados pelo preposto

(produtividade, turn-over,

qualidade, atendimento,

segurança e meio ambiente) por

trimestre – Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 0

Oc = 4 - nota 7

Oc > 4 - nota 10

221 – Qualificação

Percentual de padrões de

execução existentes e que os

empregados foram treinados

Ocorrências - Oc

Oc = 0% - nota 0

Oc até 80% - nota 5

Oc > 80% - nota 10

220

Execução222 – Quantidade

Ocorrência de falta de

empregados sem substituição

Ocorrência - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 7

Oc > 1 - nota 0

231 – Qualificação

Percentual de inspetores

(segurança, qualidade) qualifica-

dos - Ocorrência - Oc

Oc = 0% - nota 0

Oc até 80% - nota 8

Oc > 80% - nota 10230

Inspeção232 – Quantidade

Quantidade de inspetores

existentes por função

Ocorrência - Oc

Oc = 0% - nota 0

Oc = 1 - nota 10

241 – Apoio logístico

Não conformidade verificada por

deficiência, por trimestre, de

apoio logístico - Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0240

Condições de

Trabalho242 – Relações trabalhistas

Não conformidade verificada por

não cumprimento, por trimestre,

de exigências legais

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

311 – Organização

312 – Condições SMS310

Laboratórios 313 – Conservação

Não aplicável para os contratos celebrados na

PETROBRAS-UN-ES

321 – Organização

322 – Condições de SMS

320 – Oficinas,

almoxarifados,

ferramentaria 323 – Conservação

Nota correspondente a auditoria realizada na base da

contratada, de acordo com os parâmetros constantes na

tabela 4.9 do presente trabalho

331 – Organização

Nota correspondente auditoria realizada na base da contra-

tada, de acordo com parâmetros constantes na tabela 4.8

do presente trabalho330

Administrativas332 – Conservação

Nota correspondente auditoria realizada na base da contra-

tada, de acordo com parâmetros constantes na tabela 4.8

do presente trabalho

131

Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas

PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 1/4

SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA TRIMESTRE CONCEITO

111 – Qualidade

Apresentação de equipamento

fora da especificação

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

112 – Quantidade

Parada dos serviços por falta de

equipamento ou ferramenta

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

113 – Condições de funcionamento

Falta de equipamento ou

ferramenta

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

110

Equipamentos e

ferramentas

114 – Manutenção/preservação

Equipamento trabalhando sem

limpeza, lubrificação, etc

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

121 – Qualidade

Produto químico entregue não

conforme com a legislação

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

122 – Quantidade

Parada dos serviços por falta de

produto químico

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0120

Produtosquímicos

123 – Armazenamento/manuseio

Produto químico armazenado ou

manuseado não conforme com a

legislação - Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

131 – Qualidade

Apresentação de material fora da

especificação

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

132 – Quantidade

Parada dos serviços por falta de

material

Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0130

Materiais

133 – Armazenamento/preservação

Material armazenado ou

manuseado não conforme com a

legislação - Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 10

Oc = 1 - nota 6

Oc > 1 - nota 0

211 – Qualificação

Quantidade de cursos de

desenvolvimento gerencial por

trimestre – Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 5

Oc = 1 - nota 8

Oc > 1 - nota 10210

Supervisão e

gerência212 – Quantidade

Quantidade de visitas feitas pelo

gerente imediato do preposto por

trimestre – Ocorrências - Oc

Oc = 0 - nota 5

Oc = 1 - nota 8

Oc > 1 - nota 10

130

Tabela 4.3 – Estrutura do BAD

ESTRUTURA DO BAD 2/2

GRUPOS SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO

541 – Resultado de segurança

542 – Preservação de meio ambiente

540 – Segurança e meio

ambiente

543 – Resultado de saúde ocupacional

551 – Desempenho administrativo500 – EFICÁCIA

550 – Desempenho

administrativo e financeiro 552 – Desempenho financeiro

Os conceitos do BAD estão divididos nos seguintes faixas de notas:

CONCEITOS FAIXA DAS NOTAS

Péssimo De 0 a 2,00

Insuficiente De 2,10 a 4,50

Regular De 4,60 a 6,50

Bom De 6,60 a 8,50

Excelente De 8,60 a 10,00

4.3.5.2. Determinação das metas de desempenho para a contratada

Na tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas estão estipuladas

as metas para cada subitem a ser avaliado dos subgrupos apresentados na tabela 4.3

acima, atreladas às respectivas notas que serão apropriadas no Boletim de Avaliação

de Desempenho (BAD).

As metas assinaladas na tabela 4.4 servem como uma abordagem geral, porém,

podem ser incrementadas outras, que irão depender do tipo de contrato que se está

elaborando.

Deve ser estipulado, no contrato, que a contratada deverá apresentar, na

metade do prazo contratual, a média no conceito de desempenho igual ou superior que

7,5 (sete vírgula cinco), para que a mesma tenha direito a continuidade da prestação

dos serviços para o restante do prazo contratual.

129

Tabela 4.3 – Estrutura do BAD

ESTRUTURA DO BAD 1/2

GRUPOS SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO

111 – Qualidade

112 – Quantidade

113 – Condições de funcionamento

110 – Equipamentos e

ferramentas

114 – Manutenção/preservação

121 – Qualidade

122 – Quantidade120 – Produtos químicos

123 – Armazenamento/manuseio

131 – Qualidade

132 – Quantidade

100 – EQUIPAMENTOS E

FERRAMENTAS

130 - Materiais

133 – Armazenamento/preservação

211 – Qualificação

212 – Quantidade210 – Supervisão e gerência

213 – Liderança

221 – Qualificação220 - Execução

222 – Quantidade

231 – Qualificação230 – Inspeção

232 – Quantidade

241 – Apoio logístico

200 – RECURSOS HUMANOS

240 – Condições de trabalho

242 – Relações trabalhistas

311 – Organização

312 – Condições SMS310 - Laboratórios

313 – Conservação

321 – Organização

322 – Condições de SMS

320 – Oficinas, almoxarifados,

ferramentaria

323 – Conservação

331 – Organização

300 – INSTALAÇÕES

330 – Administrativas

332 – Conservação

411 – Adequação410 – Sistema de qualidade

412 – Treinamento

421 – Qualidade

422 – Quantidade

400 – QUALIDADE420 – Instrumento de controle

da qualidade 423 – Aferição/calibração

510 - Planejamento 511 – Adequação

520 – Prazos 521 – Cumprimento

531 – Resultado qualidade

532 – Índice de retrabalho

500 – EFICÁCIA530 – Qualidade dos serviços

533 – Tratamento não-conformidade

128

4.3.5. Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada

Neste anexo constarão os requisitos que servirão de base para monitorar o

desempenho da contratada, em relação às exigências contratuais e às solicitações da

PETROBRAS, referente à execução dos serviços, desdobrando-se em metas com

índices de qualidade dos serviços, de prazo de atendimento, de segurança, meio

ambiente e saúde ocupacional.

Este anexo está integrado ao Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD), que

é emitido trimestralmente pela PETROBRAS, via terminal, onde se avalia o

desempenho da contratada na prestação dos serviços. As metas constantes neste

anexo visam obter uma avaliação com base em dados mensuráveis, permitindo

eliminar a subjetividade nas avaliações constantes do BAD.

4.3.5.1. Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD)

O BAD é o instrumento que a PETROBRAS utiliza para efetuar a avaliação do

desempenho da contratada. Sua emissão pode ser mensal, bimestral ou trimestral. Na

PETROBRAS-UN-ES, utiliza-se, com mais freqüência a emissão trimestral.

A sua importância é muito grande, já que, com base nos resultados nele

colhidos, os gestores de contratos definirão o rumo da condução da prestação dos

serviços.

Visando definir o procedimento para elaboração do Anexo VI - Desempenho e

Metas da Contratada, a tabela 4.3 – Estrutura do BAD, apresenta a estruturação do

BAD. Não é necessário utilizar todos os subgrupos na avaliação dos serviços da

contratada. Os itens a serem avaliados dependerão do tipo de serviços que está sendo

prestados, aliados às exigências constantes no contrato e seus anexos.

O procedimento visa estabelecer metas para cada item de avaliação, através de

índices, atreladas a intervalos de conceitos. Na ocasião da avaliação procede-se o

levantamento do índice e é estabelecido o conceito para a contratada, que varia de 0

(zero) a 10 (dez) para cada item do subgrupo.

127

4.3.4. Anexo V – Critérios de Medição

No anexo referente ao Critério de Medição, os gestores do contrato deverão

definir, detalhadamente, como serão medidos os serviços, bem como fazer a previsão

dos insumos que compõem cada item de preço.

Este anexo está integrado com o Anexo II – Planilha de Preços Unitários, que

servirá de base para medição e pagamento dos serviços executados. A tabela 4.2 –

Conteúdo do Critério de Medição apresenta algumas considerações que deverão ser

incluídas no referido anexo.

Tabela 4.2 – Conteúdo do Critério de Medição

ANEXO V – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOITENS CONTEÚDO

1 – Disposições

Gerais

1.1 - Fazer referência que a medição e pagamento dos serviços serão efetuados com base

no Anexo II – Planilha de Preços Unitários;

1.2 - Informar que para efeito de medição de fração do mês ou desconto por dia por falta de

empregado ou equipe, o mês será considerado como de 30 (trinta) dias;

1.3 – Informar que para a composição dos preços que a contratada incluiu todos os custos

referentes aos insumos necessários à realização dos serviços, tais como: mão de obra,

transporte (exceto o que for encargo da PETROBRAS), alimentação, ferramentas,

instrumentos, material de consumo, equipamentos de proteção individual e coletiva,

uniforme, supervisão, despesas com as leis sociais, impostos, licenças e demais despesas,

incluindo lucro;

2.1 – Listar os serviços de acordo com a ordem estabelecida no item 3 da Tabela 4.1 do

presente capítulo;

2.2 – Quando se tratar de serviços envolvendo mão de obra, utilizar a unidade “equipe” por

oferecer maior flexibilidade nas alterações para aumentar ou diminuir equipe;

2.3 – Quando se tratar da medição de serviços utilizando-se veículo, considerar a medição

com valor fixo mensal e definir a quilometragem mensal que o veículo irá percorrer, visando

evitar controle de quilometragem, otimizando o uso da mão de obra de fiscalização da

PETROBRAS.

2 – Medição dos

Serviços

2.4 – Considerar o item “desmobilização visando dar cobertura aos custos provenientes da

rescisão contratual do trabalho entre a contratada e seus empregados;

126

Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços

ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 3/3

ITENS CONTEÚDO

4 – Recursos e

insumos de

responsabilidade

da contratada

4.6 - Serviços de apoio operacional

4.6.1 - Informar a necessidade de veículo de apoio ao preposto ou à atividade operacional;

4.6.2 - Informar a necessidade de fornecimento de alimentação e combustível no campo;

4.6.3 – Informar a necessidade de fornecimento de equipamentos de informática, que

deverão ser compatíveis com o sistema de informática da PETROBRAS;

4.6.4 - Informar outros tipos de serviços de apoio operacional necessários.

5.1 - Equipamentos, ferramentas e instrumentos

5.1.1 - Informar os equipamentos, ferramentas e instrumentos que poderão ser fornecidos ou

disponibilizados pela PETROBRAS;

5.2 - Salas e galpões

5.2.1 - Informar se a PETROBRAS disponibilizará galpões e salas equipadas com móveis e

equipamentos de informática;

5.3 - Transporte e alimentação

5.3.1 - Informar se a PETROBRAS disponibilizará transporte e alimentação, aproveitando

uma estrutura existente.

5 – Recursos e

insumos de

responsabilidade

da PETROBRAS

5.4 – Treinamento

5.4.1 - Informar se a PETROBRAS efetuará algum tipo de treinamento para o pessoal da

contratada.

125

Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços

ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 2/3

ITENS CONTEÚDO

4.2 – Veículos

4.2.1 – Especificar o tipo de veículo (ano de fabricação, capacidade de passageiro ou carga,

potência, rádios de comunicação, etc) colocando-se sempre a capacidade mínima de cada

especificação, dividindo o tipo de veículo por cada equipe que irá utilizá-lo;

4.2.2 - Informar as exigências quanto à manutenção, limpeza e para os casos de

substituição dos veículos titulares;

4.2.3 – Informar se é necessário caracterizar o veículo com a descrição “a serviço da

PETROBRAS”

4.3 – Equipamentos, ferramentas e instrumentos

4.3.1 – Definir o que se entende por equipamentos, ferramentas e instrumentos;

4.3.2 – Deve-se evitar a informação de marcas e a expressão “similares”, bem como,

especificar equipamentos especiais de disponibilidade restrita no mercado;

4.3.3 – Definir quem ficará com a guarda dos equipamentos, ferramentas e instrumentos;

4.3.4 – Informar a necessidade de serem de fabricação de qualidade comprovada e mantê-

las em perfeito estado de funcionamento;

4.3.5 – Informar e dimensionar, se necessário, separadamente, os tipos de equipamentos,

ferramentas e instrumentos necessários à execução dos serviços, constando ano de

fabricação, potência, acessórios, dimensões, capacidade, prazo e épocas de substituição,

estado de conservação, etc... (caso seja necessário, separar por equipe que prestará os

serviços);

4.4 – Material de consumo

4.4.1 – Informar e dimensionar, caso necessário, o material de consumo que será fornecido

pela contratada, ressaltando que deverá ser de qualidade reconhecida;

4.4.2 – Informar que o fornecimento do material de consumo estará condicionado a prévia

aprovação da PETROBRAS.

4 - Recursos e

insumos de

responsabilidade

da contratada

4.5 – Base de apoio da contratada

4.5.1 – Analisar, sobre o aspecto de custo x benefício, a necessidade de exigir a base

de apoio da contratada;

4.5.2 – Definir a distância da base de apoio até a base da PETROBRAS, área mínima,

necessidade de galpão, etc... Ressaltar que ela não poderá ser instalada em áreas de riscos

de agressão ambiental ou de segurança industrial;

4.5.3 – Definir que a base de apoio deverá ter os requisitos para atender as exigências de

segurança, meio ambiente e saúde ocupacional;

4.5.4 – Informar os requisitos necessários para agilizar a comunicação com a PETROBRAS

(telefone, rádio, correio eletrônico, etc...).

4.5.5 – Informar que a PETROBRAS poderá fazer auditorias de segurança industrial, meio

ambiente e saúde ocupacional na base da contratada.

124

Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços

ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 1/3

ITENS CONTEÚDO

1.1 – Objeto: descrito de forma detalhada. Deverá conter a descrição pormenorizada dos

serviços que se pretende obter, com indicação complementar, sempre que for o caso, de

especificações, modelo de execução, desenhos e cálculos a serem obedecidos;

No caso de serviços de engenharia, deverá fazer referência à existência do projeto de

engenharia aprovado, com seus elementos devidamente qualificados e quantificados,

tornando possível a elaboração de orçamento parcial ou total dos serviços;

Indicar também, caso necessário, a existência de cronograma físico-financeiro de

execução dos serviços, de acordo com o projeto de engenharia indicado acima, devendo o

cronograma ser expresso em preços básicos.

1.1.1 – Identificação do local de realização dos serviços, delimitando a região onde a

contratada atuará

1 – Introdução

1.1.2 – Possibilidade de realização dos serviços em outros locais

2.1 – Atendimento às normas, especificações e leis – indicar as leis e normas que deverão

ser atendidas pela contratada, bem como as especificações técnicas

2.2 – Atendimento aos prazos – indicar os prazos de atendimento às normas, especificações

e legislação2 – Disposições

Gerais2.2 – Relacionamento com a comunidade – informar qual o comportamento da contratada

perante a comunidade da cidade, das propriedades rurais, etc...

3.1 – Fazer a descrição geral dos serviços a serem efetuados

3 – Descrição dos

serviços

3.2 – Quando houver vários tipos de serviços a serem realizados, dividir a descrição por

cada etapa, detalhando-as

4 – Recursos e

insumos de

responsabilidade

da contratada

4.1 – Pessoal

4.1.1 – Descrever o perfil do preposto, sua formação escolar, necessidade de apresentação

de currículo, de permanecer na cidade onde ocorrerá a prestação dos serviços, uso de

celular e outras informações, caso sejam necessárias;

4.1.2 – Fazer a descrição geral do restante do pessoal, indicando a jornada de trabalho,

comprovação de experiência em carteira profissional e a necessidade de residir no local

onde ocorrerá os serviços;

4.1.3 – Experiência profissional das equipes - fazer a descrição das habilidades técnicas por

equipe que prestará os serviços (cursos ministrados por entidade oficial, experiência

comprovada em carteira, etc);

4.1.4 - Dimensionar a equipe, se for necessário, por tipo de serviço a ser executado,

obedecendo a descrição conforme subitem 3.2 acima. Neste caso quando tratar-se de

muitas equipes, com especificações diferentes, a experiência profissional, jornada de

trabalho, etc..., poderá ser especificada neste subitem.

4.1.5 – Informar a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e de

proteção coletiva dos empregados (EPC) e a periodicidade de sua troca;

4.1.6 – Informar a necessidade de uso de uniforme e a periodicidade de sua troca;

4.1.7 – Informar a necessidade da realização de curso visando melhorar a capacitação dos

empregados contratados;

123

1 - Introdução

2 - Disposições Gerais

2.1 - Atendimento às normas, especificações e leis

2.2 - Atendimento aos prazos

2.3 - Relacionamento da contratada com a comunidade

3 - Descrição dos Serviços

4 - Recursos e insumos de responsabilidade da contratada

4.1 - Pessoal

4.2 - Veículos

4.3 - Equipamentos, ferramentas e instrumentos

4.4 - Material de consumo

4.5 - Base de apoio

4.6 - Serviços de apoio operacional

5 - Recursos e insumos de responsabilidade da PETROBRAS

Além dos tópicos acima, poderão ser inseridos outros, para contratos com

objetos mais específicos, porém, a disposição acima visa atender a maioria dos

contratos celebrados na PETROBRAS-UN-ES.

122

4.3.2. Apresentação

Os gestores do contrato, de posse das minutas citadas no item anterior, iniciam

os comentários, atentando para todos os pontos que poderão influenciar na

interpretação das exigências, devendo ficar esclarecidos detalhes sobre insumos e

parâmetros que irão influenciar no valor proposto.

Nos casos serviços de continuidade, onde um contrato substitui o outro, durante

a vigência do prazo contratual, poderão ocorrer situações ou ocorrências, não previstas

no contrato em andamento. Neste caso, se as mudanças acarretarem melhorias, os

gestores do contrato deverão anotá-las no contrato, visando sua implementação na

ocasião da substituição do contrato, na época do início do processo licitatório. As

orientações para elaboração de cada anexo estão discriminadas a seguir:

Conforme disposto no subitem 3.10 do Capítulo 3, o Convite, o Contrato e os

Anexos I, II, III e VII estão padronizados e o detalhamento de cada um consta no

subitem 3.11 do mesmo capítulo, portanto, são iguais para todos os tipos de contratos.

Logo, serão abordados, com mais detalhamento, os seguintes anexos:

§ Anexo IV – Especificações dos Serviços;

§ Anexo V – Critérios de Medição;

§ Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada.

4.3.3. Anexo IV – Especificações dos Serviços

O anexo contratual que está direcionado para execução dos serviços é o da

Especificações dos Serviços, que é utilizado pelos gestores do contrato para o

acompanhamento diário dos serviços. Este acompanhamento permitirá aos gestores do

contrato proporem as mudanças que permitam a melhoria contínua na prestação dos

serviços, atenuando os fatores que provocam riscos e incertezas. Na elaboração da

minuta deste anexo deverá ser dada ênfase para os insumos assinalados na tabela 4.1

– Conteúdo das Especificações dos Serviços, deste capítulo.

Visando a elaboração do referido anexo, bem como provê-lo de uma estrutura

que permita uma visão sistêmica do seu conteúdo, facilitando a consulta e sua

compreensão, a tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços, apresenta o

procedimento para sua elaboração, seguindo a divisão conforme disposto abaixo:

121

4.3. Etapa 1 – Elaboração da minuta do processo de licitação

4.3.1. Objetivo

Detalhar os procedimentos para elaboração da minuta do Convite e seus anexos

(Contrato, Condições Gerais Contratuais, Planilha de Preços Unitários, Instruções de

Segurança, Meio Ambiente e Saúde e Especificações dos Serviços, Critérios de

Medição e Desempenho e Metas da Contratada), visando disponibilizar um processo

de licitação com mínimo de duplicidade de interpretação, para que seja facilitada a

orçamentação e equalização das informações para as proponentes.

Visita Técnica

ETAPA 3 – ACOMPANHAMENTODOS SERVIÇOS CONTRATADOS

Tabela 4.6 – Visita Técnicada Licitante

Acompanhamento dosserviços contratados

Tabela 4.7 – Cronogramade Acompanhamento deContratos

Tabela 4.8 e 4.9 –Avaliação da Base deApoio da Contratada

Avaliação da eficiência eeficácia da fiscalização

ETAPA 4 - AVALIAÇÃO DOSGESTORES DO CONTRATO

Tabela 4.10 – Auditoria doCronograma deAcompanhamento do

Fluxograma da Etapa 3

Fluxograma da Etapa 4

120

Elaboração do Anexo IVEspecificações dos

Serviços

ETAPA 1 – ELABORAÇÃO DAMINUTA DO CONTRATO

Tabela 4.1 – Conteúdodas Especificações dosServiços

Elaboração do Anexo VCritérios de Medição

Tabela 4.2 – Conteúdodo Critério de Medição

Elaboração do Anexo VIDesempenho e Metas da

Contratada

Tabela 4.4 – Meta deDesempenho para asContratadas

Utilizar cadastrocorporativo daPETROBRAS

Especificações dos

ETAPA 2 – SELEÇÃO DEEMPRESAS LICITANTES

Cadastro do SEJUR

Escolha alternativa Tabela 4.5 – VisitaTécnica às Empresas

Fluxograma da Etapa 2

Fluxograma da Etapa 1

119

As etapas acima têm funções conjuntas do gerente e fiscal de contrato (gestores

do contrato), porém, algumas são específicas dos fiscais do contrato, que, em alguns

casos, deverão reportar-se ao gerente.

A Etapa 3 possui uma ação muito abrangente, envolvendo um planejamento da

atuação do fiscal do contrato desde o início do contrato, com a emissão da Autorização

de Serviços (AS) até o encerramento definitivo, através da assinatura do Termo de

Recebimento Definitivo (TRD).

A Etapa 4 constitui uma avaliação da atuação dos gestores do contrato,

principalmente a do fiscal, onde verifica-se o grau de eficiência e eficácia de suas

ações.

4.2.1.1. Pessoal envolvido em cada etapa

Para cada etapa há sempre um conjunto de funções específicas envolvidas para

tomar decisões ou atuar em uma das 4 etapas que englobam o processo de gestão de

contratos de serviços terceirizados:

a ) As Etapas 1 e 2 envolvem as funções de gerente e fiscal de contratos no

processo de elaboração do contrato e seleção das empresas licitantes, porém, a

aprovação da minuta final do contrato e da seleção de empresas é feita pela

gerência cujo valor está no seu limite de competência;

b ) A Etapa 3 é onde a atuação do fiscal de contrato é mais significativa, porém,

com assessoria direta do gerente de contrato;

c ) A Etapa 4 envolve a ação do gerente de contrato, que avaliará se o fiscal do

vem atuando eficientemente, acompanhando o desempenho da contratada com

base nas obrigações constantes no contrato.

4.2.1.2. Fluxograma das etapas

Os fluxogramas abaixo servirão de referências para a consulta de cada etapa e

seus respectivos procedimentos constantes nas tabelas que fazem parte do presente

capítulo:

118

Desta forma, verifica-se que os resultados vantajosos, provenientes da

terceirização, não estão sendo alcançados. Tais ocorrências são originadas pela falta

de conhecimento, por parte dos gestores de contratos, do processo de terceirização na

sua forma integral. Com base nessa premissa é que justifica-se o desenvolvimento do

presente trabalho, cujas contribuições mais relevantes estão contidas em uma proposta

metodológica que visa implantar na PETROBRAS-UN-ES procedimentos com ações

gerenciais que atendam aos requisitos dos conceitos de terceirização.

Além do disposto acima, ao desenvolver e implementar o presente trabalho,

simultaneamente, estar-se-á proporcionando, também, mudança estruturais, culturais e

de procedimentos nas empresas contratadas, que serão obrigadas a seguir este novo

conceito implantado. Desta forma, o trabalho permite a PETROBRAS-UN-ES conduzir

as empresas de menor porte para as referidas mudança, desenvolvendo, assim, um

dos seus papéis como empresa de grande porte, considerando o impacto que suas

atividades provocam no meio ambiente, no consumidor, na comunidade onde está

instalada e na saúde e segurança dos empregados envolvidos em suas operações.

4.2. Descrição geral da proposta metodológica

A seguir serão apresentadas as etapas da proposta metodológica, assim como

suas características mais relevantes.

4.2.1. Etapas da proposta metodológica

Considerando as observações apresentadas anteriormente, o presente trabalho

formula propostas de soluções para as seguintes questões:

Etapa 1: Como elaborar um processo ideal de licitação, envolvendo o Convite e seus

anexos, que atenda os princípios esperados com a terceirização?

Etapa 2: Como selecionar empresas licitantes visando futuras parcerias?

Etapa 3: Como executar o acompanhamento eficiente dos serviços contratados?

Etapa 4: Como avaliar a atuação dos gestores do contrato?

117

Capítulo 4

PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO – UMA PROPOSTA

METODOLÓGICA PARA A PETROBRAS-UN-ES

Após análise das abordagens conceituais verificadas no Capítulo 2 -

PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO e comparadas com o estágio atual que se

encontra as contratações de serviços no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, conforme

apresentado no Capítulo 3 - ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO

NA PETROBRAS-UN-ES, no presente capítulo será apresentada uma proposta

metodológica, que foi desenvolvida buscando efetivar as ações gerenciais, visando

implementar a terceirização na PETROBRAS-UN-ES, em conformidade com as bases

conceituais.

4.1. Justificativa

Apanhando-se como base os conceitos que foram estudados no Capítulo 2 –

PROCESSOS DE TERCEIRIIZAÇÃO, pode-se concluir que a terceirização, apesar de

ser considerada uma técnica de gerenciamento de empresas, amplamente

desenvolvida, que proporciona melhores resultados, no Brasil e na PETROBRAS-UN-

ES ela esteve focada no caminho dos interesses econômicos, buscando resultados de

curto prazo.

Essa postura equivocada, contrária aos conceitos de terceirização, tem levado

as empresas a elaborarem contratos leoninos, sem clareza e quesitos de qualidade,

selecionarem as empresas contratadas sem os devidos cuidados, independentemente

de sua qualificação, competência ou capacidade, dando ênfase ao menor preço de

proposta. Aliados a esta postura verifica-se a falta de controle no desempenho da

contratada, por falta de um acompanhamento do seu desempenho, tanto na parte

técnica como administrativa, visando verificar se as exigências contratuais (técnica-

operacionais, trabalhistas, segurança, meio ambiente e saúde ocupacional, etc) estão,

de fato, sendo cumpridas.

116

Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES

SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 4/4Não existe no âmbito da PETROBRA-UN-ES parceria de serviços terceirizados e nem há

uma cultura ou política que a estimulePARCERIAAtualmente o relacionamento entre PETROBRAS e contratada é de curto prazo, o que

dificulta a formação de parceria

Não existe na PETROBRAS-UN-ES uma atividade de orçamentação onde seria centralizada

as avaliações equalizadas das propostas comerciais, comparando-as com os custos de

substituição de uma atividade própriaAVALIAÇÃO DA

PROPOSTA DO

PRESTADOR DE

SERVIÇOS

Visando fundamentar as decisões de preços propostos inexeqüíveis, que costumam gerar

processos referentes a recursos de empresas inabilitadas, seria necessário uma estrutura de

orçamentação que elaborasse critérios bem definidos na avaliação das propostas de preços

Não existe um procedimento de controle do acompanhamento dos serviços contratados

visando manter o padrão de qualidade dos serviços prestados e atendimento às outras

obrigações contratuais

A avaliação do desempenho das contratadas é feita trimestralmente através do Boletim de

Avaliação de Desempenho (BAD), porém, o processo é subjetivo e não existe o

procedimento de discussão da avaliação com as contratadas

ACOMPANHA-

MENTO DE

CONTRATOS

Não existe um procedimento de ajuste dos pontos considerados problemáticos, provenientes

da avaliação do desempenho verificadas no BAD

115

Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES

SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 3/4Em muitos contratos existem a descrição detalhada da operação. Em poucos casos é dada

autonomia de operação para a contratante

Na preparação do contrato existe a predominância de uma unilateralidade da PETROBRAS

com a existência de vantagem sobre a contratada

A qualidade implantada por iniciativa da contratada ainda não existe. A maior parte utilizam

padrões de serviços já elaborados pela PETROBRAS

Não existe caso de Inclusão de necessidade de certificação da ISO 9000, visando não

restringir o mercado, já que são poucas que possuem esta certificação

A questão ambiental e de segurança estão sendo bem infocados nos contratos, através do

Anexo III, porém, a atuação gerencial no sentido do cumprimento do referido anexo é

pequena

Apesar da PETROBRAS-UN-ES possuir ser certificada na ISO 14000, ainda não exigiu esta

certificação para as suas contratadas

O acompanhamento das obrigações das contratadas no cumprimento das responsabilidades

legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, recolhimento da

Previdência Social, etc) vem sendo feito de forma muito tímida por alguns gerentes

Existe casos de interferência do judiciário, principalmente em ações trabalhistas, movidas

pelos empregados contratados, tendo a PETROBRAS como subsidiária nas ações

ELABORAÇÃO DECONTRATOS

Sem o acompanhamento eficiente do contrato vem aumentando os riscos legais na

terceirização, abrangendo, principalmente, as seguintes áreas do direito: trabalhista,

previdenciária, civil e penal

Apesar de existir um cadastro de empresas, existe forte possibilidade da escolha de

empresas que não possuem os requisitos necessários para executar os serviços

terceirizados, principalmente quando as empresas escolhidas não estão no cadastro (caso

de convite), já que não existe um padrão para esta seleção

As contratantes ainda não têm medidas eficazes para aferir valores antes da contratação

Predominância de constante troca de contratadas, rotatividade das prestadoras, ganhando e

perdendo contratos, contratando e demitindo empregados

Não existe um procedimento que selecione a prestadora de serviços que garanta um nível

de confiança na sua capacidade operacional, administrativa e na equalização da cultura da

contratada com a PETROBRAS (aspecto de qualidade dos serviços, situação jurídica,

capacidade instalada, tecnologia empregada, conceito no mercado, relacionamento com

clientes, situação econômica-financeira, preços praticados, equipamentos disponíveis)

Não existe um processo de auditoria prévia nas empresas proponentes

SELEÇÃO DE

EMPRESAS

A maioria das empresas disponíveis não está profissionalizadas para atender os requisitos

exigidos conforme preceitua a terceirização. Existe a necessidade de desenvolvê-las na

referida cultura

114

Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 2/4

Existe uma leve expectativa de mudança na cultura das contratadas em função das

imposições feitas pela PETROBRAS

Existe uma leve expectativa de mudança na cultura das contratadas em função das

imposições feitas pela PETROBRAS

Gestão ineficiente de contratos: necessidade de mudança na cultura gerencial na forma de

enfocar a terceirização, encarando-a como forma de obter-se ganho de qualidade,

produtividade e competitividade

Cultura a implantar: terceirizar é fazer parceria

Modelo de contratação tradicional existente: perde-ganha

Necessidade de encarar a terceirização como uma relação de ganha-ganha, mantendo-se

as empresas contratantes lado a lado com a PETROBRAS

Em função do pouco envolvimento dos gestores de contratos aumenta o risco provenientes

da terceirização

GESTÃO DECONTRATOS

Ocorrência de casos de administração ruim de contrato que causaram sérias

conseqüências, principalmente trabalhistas, para a PETROBRAS

Contratos elaborados com pouca visão de parceria, pouca transparência que aumentam as

incertezas para as contratantes

Contratos com forte ênfase na parte jurídica e pouca preocupação na parte operacional

(especificações dos serviços)

Contratos sem direcionamento para formação de futuras parcerias

Contratos com forte dependência da contratante em relação a PETROBRAS, causando

pouca flexibilidade para a contratada

Os planos de contingência existentes nos contratos estão mais voltados para acidentes

envolvendo pessoas ou meio ambiente. Necessidade de se estabelecer um plano de

contingência para situações inesperadas de operação

Tímida existência de reuniões periódicas de trabalho visando revisar os erros e facilitar a

implantação das melhorias

Não existe estudo detalhado sobre o impacto dos prazos nos aspectos contratuais

Existência tímida de elementos que garantam certo padrão de qualidade e segurança. Os

investimentos sobre a manutenção da qualidade e segurança, ainda são pequenos

Existe, em muitos casos, a subordinação da contratante em relação a PETROBRAS

Na maioria dos contratos é estabelecido o que, onde, porque, quando fazer e como fazer

Poucos contratos exigem da contratada estabelecimento dos procedimentos (padrões) e

sistema a serem utilizados na prestação de serviços. A maior parte dos padrões são

especificados pela PETROBRAS

Nos contratos não são previstos check-list de cumprimento de aspectos legais e

operacionais de modo que todos itens de controle sejam contemplados, visando garantir a

qualidade da prestação dos serviços

ELABORAÇÃO DE

CONTRATOS

A definição dos indicadores de desempenho e de procedimentos e métodos está numa fase

inicial

113

Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES

SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 1/4Introduziu-se tendo como pano de fundo a recessão. Em decorrência à constante crise

político-econômica em função da falta de investimento do capital estrangeiro no Brasil.

Pouco difundida no meio gerencial. O conhecimento existente, na maior parte é somente

com referência a prestação de serviços tradicional

Não existe uma contratação onde a especialidade é comprada da contratada, já que na

maioria das contratações a PETROBRAS informa o que e como fazer

Não existe relação de parceria. Existe uma relação de contratação de mão de obra, sendo

as exigências impostas unilateralmente pela PETROBRAS, independente da especialidade

da prestadora de serviços

Na aprovação do Decreto nº 2.745/98 houve um avanço significativo em relação a Lei

8.666/93

Apesar da edição da Lei nº 9.478 que estabeleceu que a PETROBRAS atuaria num novo

cenário de livre competição (quebra do monopólio do petróleo) com outras empresas, e a

aprovação do Decreto nº 2.745/98, que regulamenta os processos licitatórios para o

referido cenário, constata-se que existe algumas restrições quanto a liberdade de contratar,

deixando, desta forma, a PETROBRAS afastada do universo da livre concorrência e, em

conseqüência, com algumas dificuldades de implementar a terceirização de forma plena.

As contratadas não são totalmente especializadas, detentoras de tecnologia própria e

moderna. A maior parte da tecnologia, operacional e administrativa, são adquiridas após a

contratada tornar-se vencedora da licitação ou é repassada pela PETROBRAS

As contratações não estão sendo acompanhadas na íntegra, havendo somente uma

preocupação maior na fiscalização da parte operacional

Necessidade de implantar a terceirização de fato

- não existe a parceria;

- qualidade ainda é imposta pela PETROBRAS, não fazendo parte da cultura

das empresas;

- Enfoque no custo, onde ocorre a maior preocupação de ambas as partes;

- necessária a implementação de mudanças (estruturais, de cultura, de

procedimentos, de sistemas e controles na empresa)

Predominância da resistência e conservadorismo, de inexperiência em coordenação dos

contratos, falta de parâmetros de custos internos e de encontrar parceiro ideal

Apesar de atualmente estar em menor escala, houve por muito tempo a predominância da

cultura do imediatismo . Falta de visão de ganho a longo prazo. Cultura impregnada em

função da imposição da legislação de contratação e pela modismo que predominava na

época e por falta de conhecimento da base conceitual sobre terceirização.

Existência de inexperiência gerencial com referência a terceirização

TERCEIRIZAÇÃO

NA PETROBRAS-

UN-ES

Em função de pouca perspectiva e de uma cultura implantada, que perdura há muito tempo,

as empresas prestadoras de serviços não se preocupam em melhorar os serviços que

prestam. As empresas ainda mantêm seus empregados nas instalações dos contratantes,

sem nenhum incremento profissional (equipamentos rudimentares, sem bom conceito de

idoneidade, sem especialização e competitividade)

112

b ) As empresas contratadas, em sua maioria, não estão especializadas nos

serviços prestados, dependem muito do apoio técnico e administrativo da

PETROBRAS para alavancarem seus processos;

c ) A cultura de contratação predominante existente é a de prestação de serviços

tradicional (contratação de mão de obra);

d ) A relação existente entre a PETROBRAS-UN-ES e contratada é de curto prazo,

em média os prazos contratuais são de 02 (dois) anos, e, em sua maioria, é

difícil a permanência da empresa após este término.

e ) Para efetivar um aditivo duplicando prazo e valor contratual, o gerente, por

imposição de norma e atender as obrigações de isonomia da licitação

(impessoalidade, moralidade e igualdade previstos no Decreto nº 2.745/98), tem

que justificar o desempenho satisfatório da contratada durante a vigência original

do contrato, aliado a uma avaliação criteriosa dos preços vigentes no contrato. A

falta, no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, de um acompanhamento contínuo de

avaliação de desempenho da contratada e de uma estrutura de orçamentação,

que analise criteriosamente os preços da contratada em relação ao mercado,

contribuem para dificultar a formação de parcerias, que estabelece

relacionamento de longo prazo.

Na tabela 3.1- Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES, a seguir,

será apresentado uma síntese dos pontos mais importantes constantes no Capítulo 3 –

ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO NA PETROBRAS-UN-ES, que

serão comparados e integrados com a base conceitual verificada no Capítulo 2 –

PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO e com as conclusões do II Encontro de Gerentes

e Fiscais de Contratos de Serviços (1997), para o desenvolvimento da proposta

metodológica do presente trabalho.

111

3.17.10. Considerações gerais

Comparando-se as informações constantes dos Capítulos 2 e 3, constata-se que

a terceirização foi iniciada na PETROBRAS, com bastante antecedência em relação às

outras empresas no Brasil.

Através do Capítulo 3 permite-se ter uma visão mais abrangente desse processo

na PETROBRAS-UN-ES, definindo-se como ela evoluiu ao longo da existência da

unidade operacional, bem como apresenta as limitações que ela esteve sujeita, face às

normas e legislação que foi obrigada a seguir.

Em conseqüência ao disposto acima, verifica-se que não há uma cultura de

parceria com empresa prestadoras de serviços, ou seja, há predominância de

comportamento gerencial que não permite a integralização do processo da contratada

com o da PETROBRAS, caracterizando-se como processos independentes, em função

de falta de conscientização das vantagens que existe numa relação ganha-ganha.

Esta análise prática demonstra que ainda existe uma maneira equivocada por

parte de alguns gerentes de contrato na gestão de serviços contratados, principalmente

quanto se considera a terceirização como uma forma de reduzir custos ou,

simplesmente, considerando como contratação de mão de obra.

Verifica-se que no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, como nas grandes

organizações de países desenvolvidos, que a terceirização é um processo que veio

para ficar, pois nas empresas em que está implantada, a maioria delas, ainda pretende

estendê-la a outros serviços.

Outro ponto de destaque é que o processo de terceirização não basta apenas

entregar os serviços a outra empresa, ele envolve uma ação bem mais ampla do que

se imagina, é necessário que atente-se para uma gestão completa do processo

abrangendo todas as fases necessárias para contratação e acompanhamento do

desempenho de uma empresa.

Em resumo, identifica-se que, atualmente, as maiores barreiras para a

implantação do processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES, são as seguintes:

a ) Falta de conscientização dos gestores de contratos para os benefícios da

terceirização. Necessidade de disseminar os conceitos reais de terceirização;

110

Considerando que para desenvolvimento de parceria não basta somente fazer

uma boa escolha do prestador de serviços, sendo necessária, também, uma relação de

longo prazo, o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC) permite a prorrogação do

prazo de vigência do contrato, exigindo como requisitos mínimos:

§ celebração anteriormente ao encerramento do prazo original do contrato;

§ necessidade de prosseguimento da contratação;

§ existência ou previsão de recursos orçamentários alocados ou a alocar no

contrato.

Da mesma forma, além da prorrogação do prazo, o Decreto 2.745/98 permite,

também, a celebração de aditivos que envolvem acréscimos, substituição ou

decréscimos de serviços. Assim, possibilita que a PETROBRAS tenha maior

dinamismo na gestão de contratos, o que facilita consideravelmente o estabelecimento

de parcerias, em relação às legislações anteriores.

3.17.9. Qualidade

O mercado globalizado, uma realidade da economia atual, trouxe novas formas

de negociar. Para garantir a aceitação dos produtos de acordo com os padrões

internacionais, surgiu a necessidade de estabelecer normas que regulem a qualidade

em seus diversos aspectos. Estas normas são firmadas, em consenso mundial, por

meio de certificações, como a ISO 9000, que trata dos projetos e processos de uma

empresa. Conforme dados da SUSEMA (Superintendência de Meio Ambiente,

Qualidade e Segurança Industrial) da PETROBRAS, a empresa é a que detém maior

número de certificados de ISO 9000 no país.

A PETROBRAS-UN-ES ainda não possui a certificação da ISO 9000, porém,

possui um programa de gestão da qualidade que a direciona para este fim. Desta

forma, é necessário que se elabore os contratos com as exigências focadas nesta

direção e que haja um acompanhamento dos requisitos de qualidade constante no

contrato.

109

§ expandir as atividades internacionais para diversificar riscos, reduzir custo de

capital e assegurar o crescimento.

Estas estratégias visam consolidar a liderança no mercado brasileiro de petróleo,

dentro das novas regras de concorrência do setor, e expandir a atuação internacional

da PETROBRAS.

Liderança e competitividade exigem uma empresa enxuta e focada no seu

negócio. O Planejamento Estratégico já indicou para a necessidade da referida

mudança cultural, através das metas já estipuladas e desdobradas para as unidades

operacionais, dentre elas a PETROBRAS-UN-ES. A Missão, a Visão 2010 e os

Valores apresentados no subitem 3.13.1.1 deste trabalho indicam o caminho para a

referida diretriz.

Desta forma, a terceirização tem uma grande contribuição neste novo cenário

que vive a PETROBRAS, pois passando para terceiros as atividades não relacionadas

com o negócio da empresa, a companhia estará mais ágil e em condições de conseguir

alcançar o objetivo almejado no Planejamento Estratégico.

3.17.8. Parceria

Analisando os dados da apostila do Curso de Contratação e comparando-os

com as abordagens dos autores, contidas no Capítulo 2 do presente trabalho, verifica-

se que a terceirização na PETROBRAS-UN-ES seguiu o mesmo caminho da maioria

das empresas no Brasil, ou seja, visando, principalmente, a redução de custo. Não foi

possível estabelecer ou desenvolver parcerias, já que não havia uma relação de

ganha-ganha. Aliado a esta cultura destaca-se, também, as condições limitantes das

normas implantadas e leis que a PETROBRAS obrigatoriamente teve que seguir. A Lei

nº 8.666/93, principalmente, contribuiu, de forma significativa, para que não houvesse

qualquer desenvolvimento de ação neste sentido.

Com a aprovação do Decreto nº 2.745/98, e a possibilidade de efetuar-se

licitação através da modalidade por Convite, sem limitação de valor, facilitou,

significativamente, a possibilidade de desenvolver parcerias, se comparado com a Lei

nº 8.666/93. Conforme subitem 3.6.3 deste capitulo, a modalidade de licitação por

Convite permite, a PETROBRAS-UN-ES, escolher as empresas que participarão do

processo licitatório, desde que definidos, previamente, os critérios para a referida

escolha das empresas.

108

3.17.6. Seleção de empresas

Conforme previsto no subitem 3.12 deste capítulo, o procedimento de seleção de

empresas na PETROBRAS sofreu modificações constantes, de acordo com as leis

vigentes nas respectivas épocas.

Existe um cadastro corporativo de empresa na PETROBRAS, onde são

efetuadas análises em vários quesitos previamente apresentados pelas empresas

interessadas. Porém, apesar de satisfazer, de alguma forma, as exigências dos

gerentes de contratos, segundo informação da área de contratação e prática vivida pelo

autor do trabalho, existe um distanciamento muito grande entre o órgão cadastrador,

localizado na Sede da empresa, e os interessados na contratação dos serviços, que

são as unidades operativas. No processo de terceirização, onde deve prevalecer a

parceria, exige maior afinidade entre o contratante e o futuro prestador de serviços,

logo, além da escolha com base no referido cadastro, para efeito de contratação

visando uma parceria, é necessário adotar outras ações que minimizem os riscos de

distanciamento existente entre a PETROBRAS-UN-ES com as empresas cadastradas.

3.17.7. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010

Conforme comentário do SEJUR, a Lei 9.478, de 06/08/1997, encerrou o ciclo de

exclusividade da PETROBRAS como executora do monopólio sobre as atividades de

petróleo. Marcou o início de uma nova fase do setor petróleo no País e, como não

poderia deixar de ser, também uma nova fase da PETROBRÁS: a questão da

competitividade ganhou maior destaque nos novos tempos e passou a ser uma

constante na análise de suas atividades.

Em junho de 1999, a PETROBRAS iniciou a elaboração do seu Plano

Estratégico 2000/2010, que foi aprovado pelo Conselho de Administração em outubro

do mesmo ano. Nele ficou definido como alicerce, a rentabilidade e três grandes linhas

estratégicas de atuação:

§ aumentar as reservas, elevar a capacidade de produção de óleo, assegurar a

sua colocação e expandir a comercialização de derivados;

§ criar mercados para assegurar a colocação da produção do gás natural;

107

processo de contratação, permitindo adotar ações que busquem uma eficiente e eficaz

condução no processo de terceirização de serviços contratados.

3.17.5. Elaboração de contratos

Baseado nas abordagens dos autores, constantes no Capítulo 2 do presente

trabalho, verifica-se que quanto maior for a participação dos gestores de contratos nas

fases que antecedem a elaboração do contrato, melhor será a ferramenta a ser

utilizada por eles. Essa situação é importante, já que os gestores irão gerenciar o

contrato com o conhecimento da filosofia que norteou a contratação e estarão bastante

familiarizados com as disposições do contrato, que deverá retratar a sua expectativa

quanto à prestação dos serviços. Na PETROBRAS-UN-ES esta participação conjunta

não está disseminada. Há a predominância do envolvimento individual dos gestores

(gerentes ou fiscais de contratos) o que freqüentemente causa sérios problemas

durante a condução dos serviços, pela falta de conhecimento, de uma das partes, do

conteúdo do contrato.

Na PETROBRAS-UN-ES a elaboração do convite e seus anexos estão bem

estruturados, principalmente, na sua parte jurídica (Contrato e os Anexos I, III e VII),

que segue um padrão estabelecido pela área de contratação e, qualquer modificação

neste padrão, deverá ser comentado pelo Serviço Jurídico da empresa. Porém, é

necessário implantar uma cultura de elaboração dos contratos voltada para o

entendimento da contratada, no que se refere aos Anexo IV – Especificação dos

Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e Anexo VI – Desempenho e Metas da

Contratada, o que não está ocorrendo atualmente.

Os referidos anexos servem de base para a contratada conhecer os insumos

que compõem o contrato, os critérios de medição dos serviços e a qualidade

requisitada pela PETROBRAS, que deverá estar atrelada a um sistema de avaliação.

Com base nestes requisitos a contratada apresentará os preços dos serviços. Caso

não haja uma definição exata daquilo que se deseja, os preços poderão ser

dimensionados com diferenças razoáveis, para mais ou menos, em relação aos

esperados.

106

por “inexigibilidade de licitação” são restritas a casos específicos, que necessitam de

justificativas plausíveis.

Por estas razões e aquelas constantes no item 3.17.2 acima, na PETROBRAS-

UN-ES está sendo dada preferência a modalidade de contratação por Convite, que

dispõe de menor restrição na seleção das empresas que participarão da licitação. Isto

já é um passo inicial para que se implante a terceirização seguindo os seus conceitos

básicos.

Na maioria das licitações, a PETROBRAS-UN-ES tem utilizado o tipo de licitação

por melhor preço.

3.17.4. Gestão de contratos

Conforme verificado no subitem 3.9 do presente trabalho, as atribuições do

gerente e fiscal de contratos estão bem definidas, porém, não há procedimento que

faça com que os gestores atuem de acordo com as referidas atribuições. Elas dispõem

o que os gestores devem fazer, porém, não define como fazer.

Conforme informação da área de contratação, baseada nas conclusões do II

Encontro de Gerentes e Fiscais de Contratos de Serviços (1997), no âmbito da

PETROBRAS-UN-ES, verifica-se que a maioria dos gerentes e fiscais de contratos

ainda continuam com as visões muito focadas na redução de custo. Apesar de alguma

evolução, os processos de licitação estão, predominantemente, voltados para a

contratação de mão-de-obra, onde, na maioria dos casos, a PETROBRAS-UN-ES

indica o que e como fazer os serviços.

A mudança de cultura dos gerentes de contratos, através da conscientização do

verdadeiro objetivo da terceirização, é o primeiro passo, porém, ainda não é suficiente

para que se consiga uma eficiente gestão de contratos. Sente-se a falta de uma

proposta metodológica que indique o que e como fazer para se alcançar este objetivo.

Aliado ao disposto acima, existe, ainda, as limitações impostas pela legislação

referente ao processo de licitação. Desta forma, os gestores de contratos deverão usar

de muita criatividade para que todo o processo de contratação de serviços fique o mais

próximo possível dos fundamentos pertinentes à terceirização.

O presente trabalho é mais uma ferramenta para implementação desta mudança

e apresenta uma proposta metodológica que abrange todo o processo de contratação,

visando demonstrar para o gerente de contrato, uma visão sistêmica de todo o

105

atividade de contratação de bens e serviços, pois é essa a forma adotada num regime

de livre competição, subordinado às condições de mercado. No entanto, o que se

constata é que o Decreto 2.745/98 ainda estabelece algumas restrições a essa

liberdade de contratar, o que se apura, por exemplo:

§ da exigência de publicação de avisos para tomadas de preços, o que atrasa o

processo de contratação e não traz nenhuma vantagem em termos de controle

da moralidade;

§ de regras rígidas de recurso, outro fator de retardamento do processo de

contratação;

Esses exemplos deixam ver o quanto afastada estará a PETROBRAS do

universo de empresas com que haverá de se defrontar, em “livre competição”, que, na

verdade, só é livre quando os oponentes dispõem das mesmas condições para

competir.

Segundo o SEJUR, não se pode negar que há um avanço em relação as

disposições da Lei nº 8.666/93, que era absolutamente incapaz de regular as

sociedades de economia mista que desempenhavam atividades econômicas, motivo

pelo qual há muito o SEJUR sustentou a sua inconstitucionalidade em relação a

PETROBRAS.

O que se espera é que os procedimentos estabelecidos no Decreto nº 2.745/98,

sejam seguidos de normas que tragam efetividade nos compromissos de gestão, com o

estabelecimento de metas a serem cumpridas, orçamentos menos sujeitos a

imprevistos e liberdade de atuação gerencial, seja para contratação de pessoal, seja

para estabelecimento de níveis remuneratórios compatíveis com a competitividade que

se anuncia no mercado.

3.17.3. Modalidades e tipos de licitação e contratações diretas – práticas na

PETROBRAS-UN-ES

Conforme comentários do SEJUR, constante no MPC, apesar da edição do

Decreto nº 2.745/98, ainda existe uma dificuldade muito grande de desenvolver uma

terceirização plena no âmbito da PETROBRAS-UN-ES. Haja vista que as contratações

diretas, conforme disposto no capítulo anterior, tanto por “dispensa de licitação” como

104

3.17.1. Terceirização na PETROBRAS

De um modo geral, a maioria das empresas nacionais ainda se contenta em

obter ganhos com o processo de terceirização de suas atividades, através da simples

redução de seu custo operacional, principalmente, a redução do custo de mão-de-obra.

Verifica-se que a PETROBRAS não está muito diferente do quadro predominante no

país, que, por exigência de lei de licitações federais, como é o caso da Lei 8.666/93,

cuja aplicação perdurou por cerca de 6 anos, influenciou na formação cultural de seus

gestores de contratos, em contratar prevalecendo a filosofia de menor preço.

Apesar do disposto acima, a PETROBRAS, conforme apresenta o capítulo

anterior, tem tradição em contratação de serviços, considerando-se que seus

procedimentos formais vem sendo elaborados desde 1986.

3.17.2. O Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC)

Conforme o SEJUR (Serviço Jurídico da PETROBRAS), em comentários

constantes no Manual de Procedimento Contratuais, a referência ao art. 173, § 1º da

Constituição Federal, que serve base para edição do Decreto nº 2.745/98, não é

gratuita. Por ela se quis dizer que o legislador constituinte realmente fez uma opção

pela diferenciação de tratamento legal entre as empresas estatais prestadoras de

serviços públicos (via contratos de concessão, que no fundo, licenças para exploração

e produção de atividades econômicas monopolizadas) e as executoras de atividades

econômicas – empresas paraestatais de sociedade de economia mista - (via

intervenção no domínio econômico, em igualdade de condições com as empresas

privadas).

O Decreto 2.745/98 prevê que a licitação destina-se a selecionar a proposta

mais vantajosa para a realização da obra, serviço ou fornecimento pretendido pela

PETROBRAS e será processada e julgada com observância dos princípios da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da igualdade, bem como

da vinculação ao instrumento convocatório, da economicidade, do julgamento objetivo

e dos que lhes são correlatos.

Continuando, o SEJUR comenta que a Lei nº 9.478 estabeleceu que a

PETROBRAS atuaria em um novo cenário de “livre competição com outras empresas

em função das condições de mercado”, o que pressupunha total liberdade em sua

103

§ buscar as expectativas dos órgãos governamentais, ONGs e comunidades,

enfim, de toda sociedade, e fazer com que estas expectativas sejam estímulos à

dinâmica interna da empresa;

§ alavancar o desenvolvimento de tecnologias que confiram à PETROBRAS

processos produtivos dignos de uma empresa que pretende ser, referência

internacional na área de energia, sendo exemplo a ser seguido, tanto pelo

segmento de petróleo, quanto pelos demais segmentos produtivos;

§ atuar a curto prazo com visão de longo prazo.

Assim sendo, a PETROBRAS pretende fazer convergir, para o foco do

desenvolvimento sustentável, os vários conflitos de interpretação de normas e

procedimentos legais aplicáveis, sistematizando as ações em torno deste objetivo

comum, de forma a preservar a empresa e a sociedade que dela faz uso.

Conforme Plano de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional,

lançado em 15 de maio de 2000, todas as unidades operacionais da PETROBRAS

deverão estar certificadas na ISO 14001 (Certificação em gestão ambiental) e BS 8800

(certificação em gestão de segurança industrial e saúde ocupacional dos empregados).

Ressalta-se, também, que dentre os valores da PETROBRAS pode-se destacar

uma grande preocupação com o meio ambiente, quando estipula o “Respeito e

preservação ao meio ambiente”.

Na PETROBRAS-UN-ES esta preocupação foi disseminada entre os

empregados próprios e contratados. Após várias ações a PETROBRAS-UN-ES foi

certificada, em dezembro de 1998 com diploma da ISO 14001 (Meio Ambiente) e BS

8800 (Segurança e Saúde Ocupacional).

3.17. Análise crítica dos estudos sobre o processo de terceirização na

PETROBRAS-UN-ES

Com base no estudo sobre o processo de terceirização na PETROBRAS

constante do presente capítulo, chega-se aos seguintes pontos de vista:

102

3.15. Qualidade

De acordo com o Plano Estratégico decenal do Sistema PETROBRAS, 2000 a

2010, a qualidade de serviços fica evidenciada, pois a mudança na sua estrutura, visa

modernizá-la, procurando, torná-la mais forte, mais rentável, com foco voltado para o

cliente. Só com um programa de qualidade consistente a companhia estará pronta para

enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada e se manter como líder no Brasil e

uma das maiores do mundo.

O mercado globalizado, uma realidade da economia atual, trouxe novas formas

de negociar. Para garantir a aceitação dos produtos de acordo com os padrões

internacionais, surgiu a necessidade de estabelecer normas que regulem a qualidade

em seus diversos aspectos. Estas normas são firmadas, em consenso mundial, por

meio de certificações, como a ISO 9000, que trata dos projetos e processos de uma

empresa.

A ISO, Organização Internacional de Normalização, certifica, por intermédio da

ISO 9000, as empresas competentes para atender aos requisitos dos clientes, de modo

especial para os mercados internacionais. Diante da quebra do monopólio do petróleo,

a PETROBRAS precisa garantir parcelas de mercado no exterior e essa certificação é

de vital importância para o alcance do referido resultado.

3.16. Segurança, meio ambiente e saúde ocupacional

O Plano Estratégico da PETROBRAS ressalta a necessidade de manter a

liderança de mercado e atuação internacional, significando a necessidade de

excelência empresarial, que se faz através da soma das competências internas,

ofertando para a sociedade onde ela atua, os melhores serviços e produtos. Tudo isso

de forma responsável e com cidadania, o que implica excelência nas questões de

segurança, saúde e meio ambiente. Dessa forma, a proposta da Gerência Corporativa

de Segurança, Meio Ambiente e Saúde é a seguinte:

§ estimular a interação e, conseqüentemente, a geração de padrões corporativos;

§ facilitar o exercício da lateralidade na atividade da PETROBRAS, compondo um

cenário no qual a empresa possa potencializar o uso de suas competências,

nesse momento especial em que a integração das várias partes do negócio fará

a empresa atuar em bloco, com diferencial competitivo;

101

VALORES

Valorização dos principais públicos de interesse da PETROBRAS: acionistas, clientes,

empregados, sociedade, Governo e as comunidades em que a empresa atua;

Valorização das competências tecnológicas e aprimoramento contínuo dos produtos e

serviços;

Respeito e preservação ao meio ambiente;

Busca permanente da excelência empresarial;

Foco na obtenção dos resultados;

Espírito empreendedor e de superar desafios.

3.13.1.2. O Ambiente de Negócios

O cenário adotado para o Plano Estratégico da PETROBRAS incorpora o

processo de globalização, a continuação da abertura econômica do país e a

intensificação da concorrência.

3.14. Parceria

O Decreto nº 2.745/98 permite a formação de parcerias, consórcios e outras

associativas, somente para as atividades fim da PETROBRAS, não havendo licitação

para a escolha de parceiro.

Durante o processo de licitação o Decreto nº 2.745/98, admite a negociação com

as empresas concorrentes, mesmo após a sua classificação, de forma a realmente

obter-se a proposta mais vantajosa, como ocorre na iniciativa privada, ou como a que

permite a dispensa de licitação na hipótese de competitividade mercadológica, entre

outras, vieram dar aos procedimentos de contratação um aspecto de modernidade,

necessários a tornar mais ágil a contratação, possibilitando o desenvolvimento de

parceria, sem prejuízo da economicidade e da seriedade de todo o processo, sujeita,

ainda, a fiscalização interna ao controle do Tribunal de Conta da União (TCU).

100

MISSÃO

“ Atuar de forma rentável nas atividades da indústria de óleo e gás, e nos

negócios relacionados, nos mercados nacional e internacional, fornecendo

produtos e serviços de qualidade, respeitando o meio ambiente, considerando os

interesses dos seus acionistas, e contribuindo para o desenvolvimento do país”

VISÃO 2010

“ A PETROBRAS será uma empresa de energia com atuação internacional e líder

na América Latina, com grande foco em serviços e a liberdade de atuação de uma

corporação internacional.”

Desta forma a PETROBRAS pretende consolidar a liderança no mercado

brasileiro de petróleo, dentro das novas regras de concorrência do setor, e expandir a

sua atuação internacional.

Até 2005 a PETROBRAS tem como objetivo um aumento significativo de receita

e rentabilidade. Um dos seus objetivos é ser reconhecida pela sociedade brasileira

como a empresa de maior contribuição para o país, e nos mercados internos e

externos, pela sua tecnologia e pela qualidade de seus produtos e serviços.

Conforme previsto no Direcionamento Estratégico a realização da missão da

PETROBRAS exigirá a integração de sua estratégia com os valores de sua

organização, e a adoção de comportamentos alinhados com a sua visão para a

próxima década.

99

3.13. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010

Neste item será analisado o Planejamento Estratégico da PETROBRAS, onde

serão apresentados os principais pontos que o alicerçam e cujo sucesso no alcance de

seus objetivos sofrem influência significativa de um processo eficiente de terceirização.

Estes pontos a serem apresentados são aqueles que, somente com a

implantação da terceirização na sua plenitude, poder-se-á alcançar os objetivos

esperados.

O Plano estratégico estabeleceu metas específicas até o ano de 2005 que

garantirão a chegada da PETROBRAS em 2010 como uma empresa de energia

integrada, com crescente atuação internacional.

3.13.1. Conteúdo do Plano Estratégico Corporativo

O Plano Estratégico Corporativo da PETROBRAS está baseado nas seguintes

premissas:

§ Direcionamento Estratégico da PETROBRAS

§ Ambiente de Negócios

§ Objetivos e Estratégias dos Negócios

§ Recursos Necessários

§ Projeções Financeiras

§ Agenda de Mudança Organizacional

Do conteúdo acima, o Direcionamento Estratégico e o Ambiente de Negócios

são os que mais poderão receber contribuição do processo de terceirização, conforme

mostrado a seguir:

3.13.1.1. Direcionamento Estratégico da PETROBRAS

Conforme consta na sua missão, a PETROBRAS continuará direcionando suas

ações para o atingimento de sua visão para a próxima década, conforme mostra

abaixo:

98

Para composição dos pontos acima são considerados os seguintes graus, de

acordo com critérios estipulados previamente pelo serviço jurídico:

§ Tradição – 2, 4 ou 6 pontos;

§ Capacidade técnica – 3, 6 ou 9 pontos;

§ Situação econômica/financeira – 2, 4 ou 6 pontos.

A nota final a ser atribuída a cada empresa será obtida pela soma dos graus

médios conferidos a cada um dos conceitos (tradição, capacidade técnica e situação

econômico-financeira).

Uma empresa poderá ser cadastrada em mais de um tipo de serviço, com a

mesma ou diferente classificação, pertencendo, simultaneamente, a mais de um grupo.

Não será cadastrada a empresa que, a critério da comissão, não satisfaça os

requisitos exigidos, embora haja apresentado a documentação formalmente correta.

Na ocasião da seleção de empresa para participar da licitação, a escolha deverá

ser criteriosa, abrangendo empresas do mesmo porte (mesmo grupo) e cadastradas

nos mesmos itens, salvo algumas exceções.

Na escolha das participantes do processo de licitação deverá ser considerados

os seguintes aspectos:

§ Volume de contratos em andamento com a PETROBRAS-UN-ES em relação a

capacidade administrativa e financeira da empresa;

§ A últimas avaliações de desempenho da empresa selecionada, em serviços já

realizados;

§ As empresas devem estar adequadas ao porte dos serviços e a importância dos

mesmos, visando prevenir futuros problemas;

§ Não comparecimento em licitações anteriores, sem quaisquer justificativas,

poderá ser fator de exclusão.

A seleção de empresas deverá ser fundamentada em critérios que não poderá

ser contestável, e o número a serem convidadas deve assegurar o comparecimento

efetivo de proponentes objetivando uma satisfatória competitividade.

Ressalta-se que a seleção de empresas é confidencial, visando preservar a

isonomia da licitação.

97

algumas situações. Destaca-se as situações abaixo, que estão intimamente ligadas a

um possível desenvolvimento de parcerias:

§ satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;

§ garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;

§ busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da

eficiência.

3.12.3.1 – Cadastro de Empresas da PETROBRAS

Conforme o Decreto em pauta, a PETROBRAS manterá registro cadastral de

empresas interessadas na realização de obras, serviços ou fornecimento para a

Companhia.

Para efeito de organização e manutenção do Cadastro de Licitantes, a

PETROBRAS publicará, periodicamente, aviso de chamamento das empresas

interessadas, indicando a documentação a ser apresentada, que devera comprovar:

§ habilitação jurídica;

§ capacidade técnica, genérica, especifica e operacional;

§ qualificação econômico-financeira;

§ regularidade fiscal.

As empresas cadastradas serão classificadas por grupo, segundo a sua

especialidade, sendo que os registros cadastrais são atualizados periodicamente, pelo

menos uma vez por ano.

O cadastro de empresas é composto de diversos itens de serviços onde as

empresas classificadas são inscritas nos três grupos abaixo, de acordo com as notas

obtidas quando da análise da documentação apresentada:

§ Grupo A – 17 a 22 pontos;

§ Grupo B – 12 a 16 pontos;

§ Grupo C – 7 a 11 pontos.

96

Desta forma, pode-se dividir os procedimentos seguidos para seleção de

empresas em três fases:

§ No período de vigência do Decreto-lei n° 2.300, de 21/11/86;

§ No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93;

§ A partir da vigência do Decreto n° 2.735, de 24/08/98.

3.12.1. No período de vigência do Decreto-lei n° 2.300, de 21/11/86

Nesta fase as contratações na PETROBRAS eram regidas pelo Manual Geral de

Contratação, cujo teor era aprovado pelo Governo Federal, através do Ministério da

Minas e Energia.

O procedimento licitatório seguido era a Tomada de Preços, que consistia na

seleção de empresas através de um Cadastro Geral de Empresas, organizado e

gerenciado pelo Serviço Jurídico (SEJUR) da PETROBRAS.

3.12.2. No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93

Nesta fase a escolha das empresas para participar do processo licitatório na

PETROBRAS-UN-ES mudou drasticamente, quando adotou-se a concorrência como

forma para as contratações. A concorrência não permitia a escolha direta das

empresas que participariam da licitação. O edital de convocação para a licitação era

publicado e a participação das empresas ficava em aberto, ou seja, qualquer empresa

que atendesse as exigências nele contidas, poderia participar da licitação.

3.12.3. A partir da vigência do Decreto n° 2.745, de 24/08/98

Neste Decreto foram mantidas as modalidades de licitação que havia na Lei nº

8.666/93, porém, houve uma modificação na modalidade por Convite, que não é

necessário a extensão a cadastrados interessados, ou seja, somente participa da

licitação aquelas empresas que forem convidadas, devendo ser no mínimo três

empresas.

Ressalta-se que nesta legislação, a escolha da modalidade não esta mais sujeita

a valores estipulados em lei, como ocorre na Lei nº 8.666/93, mas na caracterização da

95

Trata-se de um anexo padronizado. A emissão do Convite está condicionada a

aprovação da minuta de todo processo pelas Assessorias de Segurança e Meio

Ambiente, bem como da Atividade de Saúde Ocupacional.

3.11.6. Anexo IV – Especificações dos Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e

Anexo VI – Desempenho e Metas para a Contratada

Estes anexos não estão padronizados, pois irão depender do tipo de serviços a

contratar.

Estes anexos serão objetos de elaboração de um procedimento visando a

padronização do seu formato, bem como o que deverá conter em cada tópico que o

compõe. Desta forma, eles serão objetos do Capítulo 4 – PROCESSO DE

TERCEIRIZAÇÃO – UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A PETROBRAS-UN-

ES.

3.11.7. Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas

Este anexo contém os procedimentos básicos de segurança interna a que estão

sujeitas as empresas contratadas no decorrer da execução dos serviços.

Nele estão contidas as instruções quanto aos seguintes tópicos:

§ Identificação de pessoal da contratada;

§ Trânsito de pessoal na área da PETROBRAS;

§ Trânsito de viaturas;

§ Estacionamento de veículos;

§ Sanções disciplinares quanto às infrações por desrespeito as condições acima;

§ Trânsito de material.

3.12. Seleção de empresas

Conforme consta na apostila do Curso de Contratação, no decorrer do processo

de terceirização na PETROBRAS, ocorreram modificações na sistemática de escolha

das empresas participantes das licitações, em função das alterações das leis de

licitação que a PETROBRAS obrigava-se a seguir.

94

3.11.4. Anexo II – Planilha de Preços Unitários

Neste anexo constam os itens de serviços que serão executados. Durante a

licitação ele é denominado Suplemento B, onde as proponentes apresentam os preços

dos serviços a serem executados.

Ele é formado pelos campos:

§ Item – numeração dos serviços a serem executados;

§ Código do serviço – refere-se ao código de identificação do serviço que será

cadastrado no Banco de Dados de Contrato (BDC), para efeito de medição;

§ Serviço – descrição sucinta dos serviços a serem executados;

§ Unidade – unidade de medição dos serviços a serem medidos;

§ Quantidade estimada – quantidade de serviços estimados a serem realizados

durante o prazo contratual;

§ Preço unitário – valor dos preços por unidade de serviço.

Para definição do quantitativo da Planilha de Preços Unitários, os gestores do

contrato se basearão nas previsões informadas pelos usuários dos serviços e nos

quantitativos realizados no contrato em andamento, tendo como base a média dos

últimos 6 (seis) meses, verificando-se neste período, se houve ocorrência de redução

ou incremento temporário no quantitativo medido, para que não haja discrepância entre

o percentual realizado de prazo e valor do futuro contrato.

3.11.5. Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde

Este anexo estipula as obrigações da contratada quanto ao cumprimento das

instruções para atendimento a legislação vigente referente à proteção de pessoal e

equipamentos da PETROBRAS e contratada, evitar danos a terceiros, à comunidade e

ao meio ambiente.

Nele a PETROBRAS fixa exigências mínimas de Segurança, Meio Ambiente e

Saúde para a contratada, com base na legislação vigente e normas internas.

As exigências contidas neste Anexo abrangem a necessidade da contratada

apresentar a política de SMS, planos de contingência de SMS e operacional, programa

de treinamento em SMS e outros.

93

3.11.3.13. Medição

A cláusula Medição deverá mencionar os critérios de medição de serviços, se

por evento ou por período.

Nesta cláusula deverá constar ainda que a PETROBRAS entregará o Boletim de

Medição (BM) até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da medição.

Informa que o período de medição dos serviços executados será de 26 (vinte e

seis) do mês anterior até o dia 25 (vinte e cinco) do mês de competência.

A assinatura da contratada por seu representante junto a PETROBRAS,

implicará no reconhecimento da exatidão do BM e/ou do Boletim de Reajustamento,

para efeito de faturamento.

3.11.3.14. Responsabilidade e Força Maior

A cláusula Responsabilidade deverá conter item estipulando que a

responsabilidade decorrente de perdas e danos, por inadimplemento de qualquer

cláusula ou condição legal e/ou contratual será considerada em cada caso em

particular.

A cláusula deverá mencionar que a PETROBRAS e a contratada não serão

responsáveis pelo cumprimento de suas respectivas obrigações, no caso de evento

que caracterize o caso fortuito ou força maior, previsto no Artigo 1058 do Código Civil

Brasileiro.

Qualquer suspensão de execução dos serviços em decorrência dos fatos

assinalados neste item será limitada ao período durante o qual tal causa ou suas

conseqüências persistirem. Esse período será acrescido ao prazo contratual previsto.

3.11.3.15. Subcontratação

A cláusula Subcontratação indicará claramente a parte dos serviços que poderá

ser subcontratado, mediante autorização, por escrito, da PETROBRAS, ressaltado que

a contratada manterá integral responsabilidade pela prestação dos mesmos.

92

Os casos acima são aplicáveis com exceção de calamidade pública, grave

perturbação da ordem interna ou guerra.

3.11.3.10. Cessão

A cláusula Cessão deverá conter as hipóteses em que o Contrato ou os créditos

dele decorrentes poderão ser parcial ou totalmente cedidos ou caucionados, mediante

prévia e expressa autorização da PETROBRAS, devendo dela constar que a

PETROBRAS opõe ao cessionário dos créditos as exceções que lhe competirem,

mencionando-se expressamente que os pagamentos ao cessionário estão

condicionados ao cumprimento pelo cedente de todas as obrigações contratuais.

É previsto nesta cláusula que caberá ao cedente informar ao cessionário todos

os acertos contratuais.

Esta cláusula deverá ressalvar a necessidade de responsabilidade solidária

entre cedente e cessionária.

3.11.3.11. Incidências fiscais

A cláusula Incidências fiscais deverá mencionar que todos os tributos devidos

foram considerados pela contratada em sua proposta, de acordo com a legislação

vigente, para cumprimento das obrigações contratuais.

Se durante o prazo de vigência do contrato, se ocorrer qualquer alteração do

tributo, os preços serão revistos a fim de adequá-los às modificações havidas.

3.11.3.12. Sigilo

Nesta cláusula consta que a contratada obriga-se a manter em sigilo todas as

informações que lhe forem transmitidas pela PETROBRAS, num prazo de 20 (vinte)

anos, podendo, como conseqüência pelo seu descumprimento, ocasionar a rescisão

contratual, responsabilidades por perda e danos, aplicação de multa compensatória e

aplicação de penalidades jurídicas pela legislação vigente.

91

3.11.3.7. Fiscalização

A cláusula Fiscalização definirá a competência para exercê-la e os modos pelos

quais será feita, tendo em vista a proteção dos interesses da PETROBRAS. Será

ressalvado, obrigatoriamente, que a ação ou omissão, total ou parcial, da fiscalização

em nada diminui a total responsabilidade da contratada.

3.11.3.8. Aceitação

A cláusula Aceitação fixará as condições e o modo de recebimento, provisório ou

definitivo, dos serviços, bem como será determinado que o ato de recebimento não

exime a contratada das responsabilidades que lhe são cometidas pela legislação em

vigor e pelo Contrato.

A formalização da aceitação será feita através da assinatura do documento

Termo de Recebimento Definitivo (TRD), que não eximirá a contratada das

responsabilidades que lhe são cometidas pela legislação em vigor e pelo Contrato, nem

exclui as garantias legais e contratuais, as quais podem ser argüidas pela

PETROBRAS a qualquer tempo.

3.11.3.9. Rescisão

A cláusula Rescisão determinará expressamente os casos em que poderá ser

rescindido o Contrato, sem que caiba à outra parte contratante direitos a indenização

ou de retenção.

Nesta cláusula deverá constar ainda que: "Rescindido o Contrato, a

PETROBRAS, a seu exclusivo critério, poderá adjudicar os serviços objeto do mesmo a

quem bem entender, sem que caiba à contratada qualquer consulta ou interferência,

reclamação e/ou indenização, seja a que título for, ficando a contratada sujeita às

penalidades legais e contratuais além de responder pelas perdas e danos que a

PETROBRAS venha a sofrer".

É dado o direito de rescisão por parte da contratada, nos casos de suspensão

dos serviços, por ordem da PETROBRAS, por mais de cento e vinte dias ou em caso

de atraso de pagamento com prazo superior a 90 (noventa) dias.

90

serviços, mediante a apresentação da respectiva fatura ou outro documento

de cobrança, ao órgão pagador responsável pela sua liquidação;

§ A contratada deverá apresentar fatura correspondente ao BM até o 4º

(quarto) dia útil seguinte ao último dia do período de medição ou execução

dos serviços, sendo que o descumprimento deste prazo acarretará a

postergação do pagamento por tantos dias quanto corresponder ao atraso;

§ Nas licitações internacionais, quando for permitido ao licitante estrangeiro

cotar em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante nacional.

Neste caso, o pagamento ao licitante nacional será efetuado em moeda

corrente brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente

anterior a data do efetivo pagamento.

3.11.3.5. Reajustamento de preços

Esta cláusula informa em quais situações ocorrerá o reajustamento, onde

constará a fórmula de reajustamento e a descrição dos índices da referida fórmula,

bem como os procedimentos no caso de complementação de pagamento de índices

provisórios.

3.11.3.6. Multas

Nesta cláusula deverá constar que os valores básicos das multas serão

reajustados pelos fatores de reajustamentos de preços vigentes no mês em que cessar

o motivo que lhe deu origem, sendo deduzidos das faturas que se seguirem.

Nela está definido que a contratada deverá ter o prazo de 15 (quinze) dias

corridos para defesa da notificação de mora, salvo na hipótese de inadimplemento de

obrigações trabalhistas, previdenciárias ou tributárias

Em função das características da contratação e com vistas à boa execução do

Contrato, o montante correspondente à soma dos valores básicos das multas será

limitado, a critério do órgão interessado, a um percentual entre 5% (cinco por cento) e

30% (trinta por cento) do valor global do contrato ou do valor total estimado, quando se

tratar de preços unitários.

89

escrita da PETROBRAS, com antecedência (fixar a antecedência), e com o acordo

entre as partes, mantidas as condições de preços mais vantajosas para a

PETROBRAS.

A prorrogação estabelecida no item anterior só será aplicada, se prevista no

instrumento convocatório.

3.11.3.3. Preços e valor

Esta cláusula informa que os valores a serem pagos à contratada serão os

resultantes da aplicação do preço unitário, constante da Planilha de Preço Unitário,

sobre a quantidade de serviços executada. Esclarece que não cabe a contratada

quaisquer reivindicações a título de revisão de preços por conta outras obrigações que

surgirem no decorrer dos serviços, com exceção dos casos fortuitos.

Nesta cláusula deve constar que o contrato será automaticamente encerrado

quando atingido o seu valor total.

Quando se tratar de preços unitários, deverá constar disposição esclarecendo

que as quantidades constantes da planilha de preços são estimadas, podendo variar

para mais ou para menos, não havendo obrigação da PETROBRAS em atingi-las.

Nesta cláusula deverá constar ainda que a contratada declara que os preços

contratuais levaram em conta o lucro e todos os custos, insumos, despesas e demais

obrigações legais para o cumprimento integral das disposições contratuais até o termo

final do Contrato, não cabendo, pois quaisquer reivindicações a título de revisão de

preços ou reembolso, seja a que título for, ressalvado o disposto na cláusula de

Incidências Fiscais e os reembolsos expressamente previstos;

3.11.3.4. Forma de pagamento

A cláusula Forma de pagamento deverá mencionar a forma e prazo de

pagamento, com indicação da moeda e local de pagamento.

Nesta cláusula deverá constar ainda que:

§ Os pagamentos previstos no contrato serão efetuados pela PETROBRAS à

contratada 30 (trinta) dias após o último dia do período de execução dos

88

3.11.3. Anexo I - Condições Gerais Contratuais

Esta parte visa detalhar e complementar as informações contidas no contrato,

discriminando, detalhadamente, as cláusulas abaixo:

§ Obrigações da contratada;

§ Obrigações da PETROBRAS;

§ Prazo;

§ Preços e valor;

§ Forma de pagamento;

§ Reajustamento de preços;

§ Multas;

§ Fiscalização;

§ Aceitação;

§ Rescisão;

§ Cessão;

§ Incidências fiscais;

§ Sigilo;

§ Medição;

§ Responsabilidade e força maior;

§ Subcontratação.

3.11.3.1. Obrigações da contratada e da PETROBRAS

As obrigações mútuas serão relacionadas em cláusulas específicas Obrigações

da contratada e da PETROBRAS expressando, em itens destacados, a contribuição e

responsabilidade de cada uma das partes para a execução do objeto.

Na cláusula Obrigações da contratada estão relacionados os tópicos referentes

às responsabilidades legais quanto ao pessoal e a execução dos serviços.

3.11.3.2. Prazo

Nesta cláusula consta que as contratações de serviços de demanda continuada

e repetitiva poderão contemplar a prorrogação de seu prazo, mediante manifestação

87

Na hipótese de o preço contratual não estar sujeito a reajustamento, tal

circunstância deverá constar expressamente no Contrato.

3.11.2.6. Multas

A cláusula Multas deverá mencionar as penalidades pecuniárias aplicáveis por

atraso na entrega dos serviços ou em razão de outros motivos que as justifiquem.

As multas poderão ser estipuladas tanto em percentual incidente sobre o va lor

global ou estimado do Contrato, da Autorização de Serviço ou de determinado item

contratual, como em valores básicos previamente fixados, com o devido reajustamento.

Os percentuais de multa deverão ser estabelecidos de maneira que o valor da

multa não ultrapasse a 75 % (setenta e cinco por cento) do valor da diária a ser

recebida pela contratada.

3.11.2.7. Documentos Complementares

A cláusula Documentos Complementares relacionará os anexos que comporão o

Contrato, tais como Condições Gerais Contratuais, Planilha de Preços Unitários,

Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, Especificações dos Serviços,

Critérios de Medição, Desempenho e Metas da Contratada e Instruções de Segurança

Interna para Contratadas.

3.11.2.8. Foro

A cláusula Foro determinará o local onde serão decididas as eventuais

pendências judiciais decorrentes da execução do instrumento contratual.

Nos Contratos firmados no exterior, ou quando a outra parte contratante for

domiciliada em país estrangeiro, será previsto o foro brasileiro, salvo nos casos

previstos em lei. Verificada a inviabilidade de tal procedimento, adotar-se-á, de

preferência, o Juízo Arbitral, instaurado no Brasil, na conformidade da lei brasileira.

Após a cláusula referente ao Foro é dado o Fecho. É a última parte do Contrato

onde informa-se o local, data do contrato e onde deverá ser assinada pela

PETROBRAS e pela contratada, e ainda por duas testemunhas, devidamente

identificadas.

86

do convite ou da dispensa/inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às cláusulas

contratuais e o enquadramento legal.

3.11.2.2. Objeto

A cláusula Objeto deverá conter, de forma genérica, a descrição dos serviços

que se pretende obter.

3.11.2.3. Prazo

A cláusula Prazo indicará o prazo do Contrato, contados em dias corridos,

conforme estipulado na Autorização de Serviços.

Para os contratos que prevêem a condição de alcance de metas para

continuidade da prestação dos serviços, deverá ser estipulado o prazo no qual serão

avaliadas as metas. Essa avaliação definirá se a contratada terá a concessão do

restante do prazo contratual.

3.11.2.4. Preços e Valor

A cláusula Preços e Valor deverá conter o valor do Contrato que será expresso

em moeda corrente nacional, ou em moeda estrangeira, se for caso. Quando a

contratação for a preço global, deverá ser expresso em quantia certa representativa do

valor total do Contrato. Quando a contratação for por preços unitários, deverá ser

mencionado o valor total estimado do Contrato.

3.11.2.5. Reajustamento de preços

A cláusula Reajustamento de preços definirá, explícita e nomeadamente, as

condições em que será permitido o reajustamento dos preços contratuais, com a

indicação da fórmula e índices aplicáveis.

Os percentuais de cada índice que compõe a fórmula de reajustamento deverão

refletir os pesos dos principais insumos que compõem os preços contratuais. Logo,

deverá haver uma análise da referida fórmula em conjunto com a atividade de

orçamentação, visando não haver distorções nos reajustes dos preços contratuais.

85

3.11.2. Contrato

Conforme Estatuto Social, a PETROBRAS é uma empresa paraestatal do tipo de

sociedade de economia mista e seus contratos regem-se pelas normas do direito

privado.

Consultando o SINPEP, verifica-se que não existe, no âmbito da PETROBRAS-

UN-ES, um procedimento que estabeleça diretrizes para a elaboração de contrato,

exceto para as partes já padronizadas, conforme informado no item 3.10 deste capítulo.

Conforme disposto no MPC, o contrato é o instrumento a ser utilizado em

contratações precedidas de uma licitação na modalidade de Concorrência, Tomada de

Preços ou Convite, podendo também ser utilizado na Dispensa/Inexigibilidade,

observado, nestes casos, o limite de enquadramento.

As disposições do contrato deverão ser divididas em cláusulas, itens, subitens e

alíneas. As cláusulas serão numeradas de forma ordinal e por extenso, os itens e

subitens por algarismos arábicos e as alíneas por letras do alfabeto.

Deverão constar em cláusula própria, discriminadamente e em ordem de

numeração crescente, os anexos porventura existentes, bem como a declaração de

que não prevalecerão sobre o Contrato.

O Contrato contém as seguintes partes e cláusulas:

§ Preâmbulo;

§ Objeto;

§ Prazo;

§ Preços e valor;

§ Reajustamento de preços;

§ Multas;

§ Documentos complementares;

§ Foro.

3.11.2.1. Preâmbulo

A parte inicial ou Preâmbulo constarão, obrigatoriamente, a designação,

qualificação, representação e domicílio das partes, a finalidade, a indicação do edital,

84

• o Demonstrativo de Formação de Preços será rubricado apenas pelos

membros da Comissão de Licitação e não será mostrado aos Licitantes, por

tratar-se de documento sigiloso;

§ a abertura das propostas ocorrerá na data, hora e local fixados no Convite,

em ato público, sendo facultada a remessa daquelas pelo Correio, desde que

sejam protocoladas no órgão em tempo hábil e tal possibilidade conste do

instrumento convocatório;

Convocar, pelo envio do convite, à no mínimo 3 (três) empresas cadastradas ou

não, escolhidas pelo órgão interessado na contratação dos serviços.

§ Não poderão ser convidadas as empresas que tenham sido suspensas ou

excluídas do Cadastro da PETROBRAS, pelo prazo da decisão que

determinou a suspensão ou exclusão, ou que tenham sido julgadas

impossibilitadas de contratar com a PETROBRAS.

Afixar em local apropriado, o resumo do Convite.

A Comissão de Licitação, antes da divulgação da classificação das propostas,

deve consultar o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados, sobre a primeira

colocada no certame. Caso essa empresa tenha débitos não quitados em Órgãos e

Entidades Federais será convocada a dar as explicações que tiver sobre o assunto,

ficando a critério da autoridade que autorizou a licitação, aceitar ou não as explicações

dadas.

• Caso a primeira colocada não apresente ou não sejam aceitas as suas

explicações, ela será desclassificada e a segunda colocada será submetida

ao CADIN, sendo contratada, se for o caso, desde que com os preços

apresentados pela empresa desclassificada.

83

m ) a licitante vencedora deverá apresentar, como condição para assinatura da

Carta-Contrato, o Certificado de Regularidade de Situação (CRS), emitido

pela Caixa Econômica Federal, válido na data de sua apresentação,

comprovando sua regularidade junto ao F.G.T.S;

No que se refere à forma de apresentação das propostas, o Convite deverá

mencionar, ainda, que:

§ as propostas deverão ser entregues diretamente a Comissão, por

representante credenciado, no local, dia e hora estabelecidos no Convite,

sendo facultada a permanência desse representante nos atos públicos que

compuserem o processo licitatório ou se previsto no convite poderão ser

recebidas e abertas as propostas que chegarem à Comissão de Licitação,

até 2 (duas) horas antes da estabelecida para abertura das propostas;

§ a proposta e a declaração do licitante deverão ser datilografadas, ou

impressas em processador de texto, rubricadas, em todas as suas folhas,

datadas e assinadas pelo seu representante legal;

§ as propostas deverão ser apresentadas em um único envelope, devidamente

fechado;

§ a apresentação de propostas com emendas, rasuras ou entrelinhas implicará

a inabilitação ou desclassificação do licitante;

§ a apresentação de propostas de preços, fora do original da planilha

nominativa, rubricada e fornecida pela PETROBRAS, devidamente

preenchida, datada e assinada pelo licitante, implicará a sua

desclassificação;

• o envelope da proposta comercial deverá conter a planilha de preços,

rubricada e fornecida pela PETROBRAS, e se a Comissão julgar necessária,

o Demonstrativo de Formação de Preços;

82

e ) a indicação de que quaisquer esclarecimentos sobre o convite e seus anexos

deverão ser solicitados, por escrito, no prazo de até 3 (três) dias úteis antes

da data prevista para a apresentação das propostas e que a resposta dada a

quaisquer dos licitantes será transmitida aos demais sem a identificação do

consulente, também por escrito, sob pena de ficarem sujeitas a interpretação

da PETROBRAS, por ocasião da análise e julgamento ou durante a execução

dos serviços;

f ) a indicação do(s) item(ns) do Cadastro de Empresas Prestadoras de Serviços

da PETROBRAS;

g ) disposição de que a apresentação de documentação e das propostas deverá

ser feita por pessoa credenciada, por escrito, em papel timbrado do licitante,

devendo ser apresentado à Comissão, antes da entrega dos envelopes;

h ) menção de que a não assinatura da Carta-Contrato, por desistência do

licitante vencedor ou outro motivo a ele atribuível, importará na aplicação de

sanções, tanto no âmbito da administração da PETROBRAS, como as legais

cabíveis, que poderão ir até o cancelamento da inscrição da empresa faltosa

no Cadastro de Empresas da PETROBRAS, se cabível, ou a proibição de

participar de licitações no Sistema PETROBRAS, no primeiro caso, e a

reivindicação de perdas e danos, no último;

i ) o local, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância

em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos

à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao

cumprimento de seu objeto;

j ) instruções e normas para os recursos previstos na lei;

l ) a afirmação de que a PETROBRAS não permitirá a participação, na mesma

licitação, de empresas que possuam dualidade de cotistas, quer majoritários

ou minoritários, empresas em consórcio ou associações e, ainda, empresas

do mesmo grupo econômico (de direito ou de fato);

81

Neste capítulo, ao definir-se como é constituído cada parte acima, verificar-se-á

que algumas cláusulas constantes do Contrato e do Anexo I – Condições Gerais

Contratuais têm a mesma denominação. A diferença existente é que no Anexo I as

cláusulas e seus termos são iguais para todos os contratos e no Contrato o prazo, valor

contratual, fórmula de reajustamento e percentuais de multas, variam de acordo com o

objeto do Contrato.

3.11. Elaboração das etapas de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES

Conforme padrão da Gerência Setorial de Contratos da Unidade de Negócio do

Espírito Santo, constante do Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da

PETROBRAS (SINPEP), as etapas do processo de licitação seguem o disposto abaixo:

3.11.1. Convite

A minuta do Convite e seus anexos, sempre acompanhada da minuta de Carta-

Contrato e seus anexos, que deverá conter:

a ) a descrição sucinta e clara do objeto da licitação, com a menção de que ele

se acha devidamente especificado na minuta de Carta-Contrato e, quando for

o caso, em seus anexos, nome da Unidade da PETROBRAS, o respectivo

prazo contratual e a lei que a rege;

b ) indicação do local, data e hora para recebimento da proposta;

c ) quando julgado conveniente, acrescentar que as propostas poderão ser

recebidas e abertas se chegarem à Comissão de Licitação, em envelope

fechado, até 2 (duas) horas antes da estabelecida para abertura das

propostas;

d ) caso as empresas optem por participar da forma acima estabelecida devem

renunciar ao direito de vista aos demais processos, bem como concordarem

com as decisões da Comissão de Licitação;

80

e ) Emitir, trimestralmente, a partir do início da execução dos serviços e ao final do

instrumento contratual, os Boletins de Avaliação de Desempenho (BAD);

f ) Exigir que a contratada mantenha as condições e procedimentos de segurança e

higiene, utilizados na prestação de serviços, dentro dos padrões estabelecidos

nos instrumentos contratuais;

g ) Cadastrar no Banco de Dados de Contrato - BDC as multas porventura

ocorridas.

3.10. Partes integrantes de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES

Neste subitem abordar-se-á somente o processo de licitação por Convite,

conforme está previsto no Capítulo 1, no subitem 1.6 – Limitações do Trabalho, do

presente trabalho.

Conforme padrão da Gerência Setorial de Contratos da Unidade de Negócio do

Espírito Santo, constante do Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da

PETROBRAS (SINPEP), o processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES está

composto pelas seguintes partes:

§ Convite;

§ Contrato;

§ Anexo I – Condições Gerais Contratuais;

§ Anexo II – Planilha de Preços Unitários;

§ Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde;

§ Anexo IV – Especificações dos Serviços;

§ Anexo V – Critérios de Medição;

§ Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada;

§ Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas.

A disposição acima está padronizada, em sua maioria, para todos processos de

licitação.

O Convite, o Contrato e os Anexos I, II, III e VII são padronizados, portanto, são

iguais para todos os tipos de contratos.

79

§ Adotar decisões bem definidas e coerentes para a solução dos impasses que

surgirem;

§ Fazer uso do bom senso na análise das ocorrências relativas ao instrumento

contratual;

§ Agir de forma rígida e criteriosa na aplicação das sanções previstas no contrato,

evitando que fatos importantes deixem de ser registrados;

§ Sensibilizar os diversos usuários do contrato sobre a necessidade de otimizar a

utilização dos recursos disponíveis;

3.9.2. Atribuições básicas do fiscal de contratos

a ) Inteirar-se de todas as cláusulas e condições do instrumento contratual e seus

anexos, de forma que sejam cumpridos todos os seus dispositivos, consultando,

se necessário, o órgão de contratação;

b ) Fiscalizar a execução física do contrato, no sentido de exigir da contratada:

• cumprimento das normas e procedimentos de segurança, meio ambiente e

saúde ocupacional da PETROBRAS;

• cumprimento das obrigações contratuais, inclusive quanto à qualidade

técnica dos serviços, dentro dos padrões estabelecidos no projeto e suas

especificações, bem como o atendimento dos aspectos de quantidade,

qualificação e desempenho relativos a pessoal e equipamentos da

contratada.

§ Proceder, diária ou semanalmente, conforme previamente definido, ao

registro das ocorrências julgadas importantes.

c ) Consolidar os serviços executados dentro do período de medição, de forma a

possibilitar a emissão do Boletim de Medição (BM), através do Banco de Dados

de Contratos (BDC);

d ) Emitir o Boletim de Medição - BM e atestar no mesmo a execução dos serviços;

78

m ) Notificar à contratada da aplicação de quaisquer penalidades previstas

contratualmente.

n ) Assinar Termo de Recebimento Definitivo, obtendo assinatura da contratada e

enviando ao órgão de contratação.

o ) Controlar a fiscalização da execução física do contrato, orientando e

coordenando os fiscais, no sentido de exigir da contratada:

p ) cumprimento das normas e procedimentos de segurança da PETROBRAS;

q ) cumprimento das obrigações contratuais, inclusive quanto à qualidade técnica

dos serviços, dentro dos padrões estabelecidos no projeto e suas

especificações, bem como o atendimento dos aspectos de quantidade,

qualificação e desempenho relativos a pessoal e equipamentos da contratada.

r ) Colaborar com a contratada sugerindo-lhe melhores métodos de trabalho;

exercendo controle preventivo, de preferência ao corretivo; e providenciando

pronto atendimento a consultas técnicas, através de reuniões periódicas.

s ) Articular-se com os órgãos de segurança no sentido de estabelecer normas e

procedimentos relativos à segurança de pessoal, higiene industrial e proteção ao

meio ambiente a serem aplicados aos instrumentos contratuais.

u ) Emitir, quando solicitado pela contratada, o Atestado de Serviços Realizados.

v ) Manter-se informado de todos os serviços executados ou a executar, em sua

área de atuação.

Além das atribuições acima, deve-se destacar outros fatores importantes, referentes

à postura que o gerente deverá adotar perante a contratada:

§ Manter perante a contratada uma postura sempre firme e adequada à situação;

77

especificações, desenhos, memorial descritivo, bem como a planilha de preços

devidamente codificada.

c ) Proceder o rateio do valor total do contrato em função das respectivas previsões

de dispêndio, quando se tratar de serviço que englobe mais de uma Unidade

Operativa ou mais de uma Gerência, informando valor com respectivos códigos

de aplicação ao órgão de contratação, para efeito de cadastramento no BDC.

d ) Fornecer ao órgão de contratação a relação nominal de fiscais e, quando for o

caso, de Gerentes Regionais do Contrato para efeito de cadastramento no BDC.

e ) Conferir o cadastramento do contrato no Banco de Dados de Contrato BDC, feito

pelo órgão de contratação atentando para a exatidão de todos os dados, bem

como para a respectiva alocação o rçamentária.

f ) Acompanhar o saldo contratual, em função da verba orçamentária alocada.

g ) Conferir e assinar os documentos de obrigação da Companhia (BM, BR, DR,

etc), emitidos e atestados pela fiscalização.

h ) Exigir da fiscalização o registro (diário ou semanal) das ocorrências julgadas

importantes em livro próprio ou outro documento que o substitua, com a

assinatura do preposto da contratada.

i ) Providenciar o cumprimento, em tempo hábil, das obrigações contratuais da

PETROBRAS.

j ) Solicitar ao órgão de contratação a formalização de inclusões e/ou exclusões de

serviços, previstas contratualmente.

l ) Exigir da contratada documentação comprobatória do adimplemento de suas

obrigações trabalhistas, inclusive contribuições previdenciárias e depósitos do

FGTS, para com seus empregados vinculados ao instrumento contratual.

76

c ) Para formação de parcerias, consórcios e outras formas associativas de

natureza contratual, objetivando o desempenho de atividades compreendidas no

objeto social da PETROBRAS;

3.9. Gestão de contratos

Conforme previsto na apostila do Curso de Contratação – PETROBRAS-

SEREC/SENOR, a gerência do contrato é exercida pelo profissional designado pelo

signatário do contrato. Por sua vez, o fiscal de contratos é indicado pelo gerente de

contrato, através do documento Autorização de Serviço (AS). É de fundamental

importância, para o bom acompanhamento dos serviços, que ambos tenham pleno

conhecimento da amplitude de suas atribuições.

A preocupação dos dois não deve estar voltada somente com os aspectos

técnicos da contratação, mas também com a conscientização de que são os

representantes da PETROBRAS-UN-ES perante a empresa contratada, devendo zelar,

sob todos aspectos, pelos interesses da Companhia e pelo cumprimento de todas as

obrigações contratuais pela empresa contratada.

Ressalta-se que a equipe do gerente deve estar dimensionada criteriosamente,

de forma que atenda ao porte dos serviços contratados, sem o que a fiscalização ficará

completamente prejudicada, pois o acúmulo de tarefas poderá acabar afastando os

gestores da obrigação mais importante de acompanhamento do instrumento contratual.

O gerente deve atentar para que os fiscais a ele subordinados tenham pleno

conhecimento da postura da PETROBRAS-UN-ES perante às contratadas, definindo

de forma bem clara as atribuições dos mesmos junto a estas empresas.

3.9.1. Atribuições básicas do gerente de contrato

a ) Promover reunião inicial com a contratada, registrando em ata, assinada por

todos os presentes, juntamente com os fiscais para estabelecer procedimentos

relativos ao relacionamento PETROBRAS/contratada, durante o

acompanhamento e fiscalização dos serviços;

b ) Participar efetivamente de todas as fases da elaboração do instrumento

contratual, providenciando os elementos técnicos necessários, tais como

75

c ) Quando não acudirem interessados à licitação anterior, e esta não puder ser

repetida sem prejuízo para a PETROBRAS, mantidas, neste caso, as condições

preestabelecidas;

d ) Quando a operação envolver concessionário de serviço público e o objeto do

contrato for pertinente ao da concessão;

e ) Quando a operação envolver exclusivamente subsidiárias ou controladas da

PETROBRAS, aquisição de serviços a preços compatíveis com os praticados no

mercado, bem como com pessoas jurídicas de direito público interno, sociedade

de economia mista, empresas públicas e fundações ou ainda aquelas sujeitas ao

seu controle majoritário, exceto se houver empresas privadas que possam

prestar os serviços, hipótese em que todos ficarão sujeitos a licitação; e quando

a operação entre as pessoas antes referidas objetivar o fornecimento de

serviços sujeitos a preço fixo ou tarifa estipulada pelo Poder Público;

f ) Na contratação de remanescentes de obras e serviços desde que aceitas as

mesmas condições do licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,

devidamente corrigido e mediante ampla consulta a empresas do ramo,

participantes ou não da licitação anterior;

3.8.2. Inexigibilidade de licitação

A inexigibilidade de licitação ocorrerá quando houver inviabilidade fática ou

jurídica de competição, em especial (principais e relacionadas a prestação de serviços):

a ) Para contratação de serviços técnicos, de natureza singular, com profissionais

ou empresas de notória especialização;

b ) Para contratação de serviços em situações atípicas de mercado em que,

comprovadamente, a realização do procedimento licitatório não seja hábil a

atender ao princípio da economicidade;

74

3.7.2. Técnica e preço

Será utilizada sempre que fatores especiais de ordem técnica, tais como

segurança, operatividade e qualidade do serviço, devam guardar relação com os

preços ofertados.

3.7.3. Melhor técnica

Será utilizada para a contratação de serviços em que a qualidade técnica seja

preponderante sobre o preço.

3.8. Contratações diretas

Conforme previsto no Decreto 2.745/98, verificada a necessidade de contratação

e estando consubstanciada hipótese permissiva de contratação direta, serão realizadas

as negociações pertinentes, considerando-se as estimativas da PETROBRAS, as

condições de mercado e as praxes comerciais.

As contratações diretas poderão ser por:

§ Dispensa de licitação;

§ Inexigibilidade de licitação.

3.8.1. Dispensa de licitação

A dispensa de licitação ocorrerá quando é possível realizar a licitação, porém,

existem fortes motivos que impossibilite a sua realização, tais como (principais e

relacionadas a prestação de serviços):

a ) Guerra, grave perturbação da ordem ou calamidade pública;

b ) Casos de emergência, quando caracterizada a urgência de atendimento de

situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de

pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens;

73

O órgão deve utilizar-se de meios que garantam a prova de convite a no mínimo

03 (três) empresas, para fins de realização do procedimento licitatório.

Entre o efetivo recebimento do Convite e apresentação das propostas será

garantido aos licitantes prazo não inferior a 03 (três) dias úteis.

O convite será convocado por carta expedida pelo Presidente da Comissão de

Licitação ou pelo servidor especialmente designado, às firmas indicadas no pedido da

licitação, em número mínimo de três, selecionadas pelas unidades requisitantes dentre

os do ramo pertinente ao objeto, inscritos ou não no registro cadastral de licitantes da

PETROBRAS.

3.7. Tipos de licitação

Os tipos de licitação estão previstos no Decreto nº 2.745/98. De acordo com a

complexidade e especialização do serviço, as licitações poderão ser dos seguintes

tipos:

§ Melhor preço;

§ Técnica e preço;

§ Melhor técnica

3.7.1. Melhor preço

Quando não houver fatores especiais de ordem técnica que devam ser

ponderados e o critério de julgamento indicar que a melhor proposta será a que

implicar o menor dispêndio para a PETROBRAS.

O critério de julgamento das propostas constará, obrigatoriamente, do edital

(Concorrência ou Tomada de Preços) ou convite (Convite). Na sua fixação levar-se-ão

em conta, dentre outras condições expressamente indicadas no ato de convocação, os

fatores de qualidade e rendimento do serviço, os prazos de execução, os preços e as

condições de pagamento.

72

nestas modalidades, a dificuldade de se estabelecer parcerias, dificultando a

implementação da terceirização em sua plenitude, justificando a referida limitação.

3.6.1. Concorrência

É a modalidade de licitação em que será admitida a participação de qualquer

interessado que reúna as condições exigidas no edital. A publicação do edital deve ser

realizada em período não inferior a 30 (trinta) dias anteriores à data designada para

recebimento da documentação e propostas.

Uma vez adotada a modalidade de Concorrência, para fins de licitação, esta

deverá ser convocada mediante edital.

O aviso de convocação indicará, de forma resumida, o objeto de concorrência,

os requisitos para a participação, a data e o local de apresentação das propostas e o

local onde poderão ser adquiridos o edital e os demais documentos da licitação.

3.6.2. Tomada de Preços

É a modalidade de licitação entre pessoas físicas ou jurídicas previamente

cadastradas e classificadas na PETROBRAS, no ramo pertinente ao objeto. No Edital

devem constar o objeto da licitação, o local para obtenção do edital, os itens cadastrais

em que eventuais licitantes devam estar registrados na PETROBRAS, a data e o local

de entrega dos documentos e propostas.

Uma vez adotada a modalidade de Tomada de Preços, para fins de licitação a

ser realizada visando a contratação para compras ou execução de serviços, ela deverá

ser convocada mediante edital, cujo aviso de resumo far-se-á publicar no Diário Oficial

da União e em jornal de circulação nacional.

A publicação do edital deve ser realizada em período não inferior a 15 (quinze)

dias anteriores à data designada para recebimento da documentação e propostas.

3.6.3. Convite

Uma vez adotada a modalidade de Convite, a Comissão de Licitação convidará,

no mínimo, 03 (três) empresas, cadastradas ou não, para apresentação de propostas.

71

Tomada de Preços – modalidade de licitação cuja participação fica restrita a pessoas

físicas ou jurídicas previamente cadastradas como prestadores de serviços;

3.6. Modalidades de licitação

As modalidades de licitação estão previstas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual

de Procedimentos Contratuais. Serão focadas somente as modalidades pertinentes à

licitação para prestação de serviços.

As modalidades de licitação são as seguintes:

§ Concorrência;

§ Tomada de preços;

§ Convite.

A escolha da modalidade de licitação não está sujeita a valores estipulados em

lei, como anteriormente era previsto na Lei nº 8.666/93, mas na caracterização das

seguintes situações:

a ) Necessidade de atingimento do segmento industrial, comercial ou de negócios

correspondentes ao serviço a ser contratado;

b ) Participação ampla dos detentores da capacitação, especialidade ou

conhecimento pretendidos;

c ) Satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;

d ) Garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;

e ) Velocidade de decisão, eficiência e presteza da operação industrial, comercial

ou de negócios pretendida;

f ) Peculiaridades da atividade e do mercado de petróleo;

g ) Busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da

eficiência;

Apesar do disposto no item 1.6 - Limitações do Trabalho do presente trabalho,

onde consta que será abordado somente a licitação por convite, serão incluídos

pequenos comentários sobre as outras modalidades de licitação, visando apresentar,

70

Órgãos de cadastramento – estruturas formais internas responsáveis pela atividade

de cadastramento de prestadoras de serviços;

Parceria – forma associativa que visa convergência de forças para a realização de

uma oportunidade de negócio;

Partes contratuais – todos os signatários do instrumento contratual e que por tal razão

sejam titulares de direitos e obrigações;

Preço global – valor que representa o custo total de proposta, pré-aprovado, que

define os aspectos atinentes ao objeto e a consecução de um Convênio ou Termo de

Cooperação;

Preço unitário – valor certo de unidades determinadas;

Relevação de multa – ato de reconsideração da aplicação de multa, em razão de

solicitação ou de interesse negocial, cuja competência se apura em função dos limites

de competência;

Representante legal – pessoa a quem são outorgados poderes de representação nos

limites do instrumento de mandato;

Resumo estatístico mensal (REM) – relatório emitido mensalmente pela contratada e

apresentado à PETROBRAS, onde consta o número de acidentes mensal;

Taxa de administração – remuneração efetuada a alguém em troca da prática de

determinado ato, geralmente em percentual sobre o valor econômico do ato praticado;

Termo de recebimento definitivo (TRD) – documento gerado via terminal pela

PETROBRAS que determina o encerramento definitivo do contrato, cessando a

responsabilidade das partes contratantes.

Titular do órgão – maior autoridade do órgão;

69

Escopo – aspectos atinentes ao objeto contratual como especificações, local e

metodologia de execução;

Fator de julgamento – fator de ponderação de preços previsto no ato convocatório da

licitação que permite o estabelecimento de um valor presente para a proposta

comercial ou de preços;

Fiscal de contrato – empregado encarregado do acompanhamento físico da execução

do contrato, sob coordenação e designado pelo Gerente do Contrato;

Gerente do Contrato- empregado designado pela PETROBRAS, encarregado do

planejamento, coordenação e controle da execução do contrato, para ser cumprido

exclusiva e especificamente na sua respectiva área de atuação;

Licitante – todo aquele que, tendo adquirido o Edital ou sido convidada a participar de

licitação, teve seu (s) envelope (s) de documentação e/ou proposta (s) efetivamente

recebido (s) pela Comissão de Licitação;

Limite de competência – competência para autorizar a celebração de contratos, de

atos de renúncia e de transações para prevenir litígios, através de limites de valor;

Multa contratual – penalidade pecuniária prevista contratualmente, com fim de obter

indenização ou ressarcimento, para situações que evidenciem o descumprimento total

ou parcial de obrigações contratuais (compensatória) ou que gerem atraso no

cumprimento de obrigações contratuais (moratória);

Objeto contratual – meta a ser alcançada através do contrato de forma a atender

necessidade efetiva do contratante;

Orçamento detalhado – documento hábil a demonstrar a formação dos preços a partir

do detalhamento de todas as parcelas monetárias (custos, insumos ...) que compõe,

consoante critérios do Licitante;

68

Concorrência – modalidade licitatória garantidora de ampla participação a quem

demonstre habilitação suficiente à celebração de contrato;

Contratação direita – contratação celebrada sem realização de procedimento

licitatório prévio;

Contratada – pessoa física ou jurídica que tenha celebrado contrato na condição de

prestadora de serviços;

Contratante – pessoa física ou jurídica que tenha celebrado contrato na condição de

tomadora de serviços;

Contrato – instrumento jurídico pelo qual formaliza-se o negócio jurídico, originando

direitos e obrigações aos seus signatários;

Convite – modalidade licitatória na qual a PETROBRAS convida, a seu critério, o

mínimo de 03 (três) pessoas físicas ou jurídicas que desempenhem atividade

compatível com o objeto da Licitação;

Demonstrativo de formação de preços – documento hábil a demonstrar a formação

dos preços a partir do detalhamento de todas as parcerias monetárias (custos,

insumos...) que o compõe dentro de parâmetros previamente exigidos pela

PETROBRAS;

Edital – ato convocatório de Concorrências e Tomadas de Preços;

Empreitada integral – forma de execução contratual, quando o empreendimento é

contratado em sua integralidade, compreendendo todas as etapas da obra, serviço e

instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada, até a sua entrega

ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos aos requisitos

técnicos e legais para a sua utilização em condições de segurança estrutural e

operacional, bem como com as características adequadas às finalidades para que foi

contratada;

67

Autoridade competente – autoridade detentora de competência estatutária ou de

limite de competência para aprovar a contratação e/ou firmar contratos e assumir

obrigações;

Autorização de Serviços (AS) – documento emitido pela PETROBRAS, onde se

determina o dia de início e término dos serviços e onde é indicado o fiscal do contrato;

Autoridade superior – autoridade responsável pela constituição de Comissão de

Licitação, a quem esta fica vinculada; além daquela que, no caso de contratação por

dispensa ou inexigibilidade, recebe a comunicação da autoridade competente

aprovando a contratação.

Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD) – documento emitido via terminal,

podendo ser mensal, bimestral ou trimestral, onde se efetua a avaliação dos serviços

executados pelas contratadas.

Banco de Dados de Contrato (BDC) – sistema corporativo de banco de dados onde

são gerados o boletim de medição (BM), boletim de avaliação de desempenho (BAD) e

termo de recebimento definitivo (TRD).

Boletim de Medição (BM) – documento gerado via terminal onde a PETROBRAS

procede a medição mensal dos serviços executados pela contratada.

Capacidade técnica específica – é a aptidão conferida por atestado de desempenho

anterior e pela existência de aparelhamento e pessoal adequados para execução do

objeto da licitação;

Capacidade técnica genérica – é a aptidão para atender às características requeridas

pelo objeto contratual, conferida pelo registro profissional da pessoa, física ou jurídica,

em seu órgão de fiscalização;

Capacidade técnica operacional – é a aptidão para atender às características

requeridas à execução do objeto contratual, certificada pela disponibilidade dos

recursos humanos e materiais do interessado;

66

3.4. Manual de Procedimentos Contratuais (MPC)

O MPC foi elaborado pelo Serviço Jurídico (SEJUR) da PETROBRAS, visando

complementar a disciplina contida no Regulamento do Procedimento Licitatório

Simplificado da PETROBRAS, na forma do item 10.1 do Decreto 2.745/98, servindo

como meio de orientação para as contratações da PETROBRAS.

Conforme está previsto em seu texto, os instrumentos jurídicos negociais

firmados pela PETROBRAS serão regidos pelas normas de direito privado, pelo

princípio da autonomia das vontades, bem como pelas regras procedimentais contidas

no referido Manual.

Visando obter-se um tratamento mais detalhado e direcionado para a atividade

de exploração e produção, o seguimento E&P elaborou o seu MPC, que também foi

analisado pelo Serviço Jurídico (SEJUR), para que não haja pontos discordantes do

MPC corporativo.

O MPC do E&P foi elaborado visando a uniformização dos procedimentos

relativos à atividade de contratação de serviços e obras, no âmbito do seguimento

E&P, observadas as disposições na legislação vigente, através da análise do Serviço

Jurídico da PETROBRAS.

O SEJUR salienta que por se tratar de atividade dinâmica, sujeita a constantes

alterações legais e normativas, bem como daquelas decorrentes da utilização do

Manual em questão, deverão ser consideradas, após a sua implantação, todas as

mudanças que vierem a contribuir para o seu aperfeiçoamento e atualização.

3.5. Definições estabelecidas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual de

Procedimentos Contratuais

Para uniformização dos termos utilizados no presente trabalho, estão

estabelecidas, no Regulamento e no MPC, as seguintes definições:

Aditivo – instrumento jurídico pelo qual efetivam-se alterações nas estipulações

contratuais originariamente estabelecidas;

Ato de renúncia – ato pelo qual abre-se mão do exercício de um direito ou faculdade;

65

No momento em que a atividade petrolífera tornou-se concorrencial, foi

necessário revogar grande parte da legislação citada, visando adaptar a atividade da

companhia aos novos tempos que virão. Isto ocorreu com a promulgação da Lei n°

9.478, de 06/08/97, que abriu o mercado de exploração e produção de petróleo no

Brasil e, desta forma, foi necessário elaborar um novo procedimento licitatório para a

PETROBRAS, através do Decreto n° 2.745, de 24/08/98.

3.3. O Decreto nº 2.745/98

Conforme Manual de Procedimentos Contratuais, comentado pelo Serviço

Jurídico da PETROBRAS (SEJUR), no novo contexto econômico do país, a nova

regulamentação do setor petróleo norteou-se por princípios constitucionais afetos à

ordem econômica (competitividade, livre iniciativa, livre concorrência, ...). Desta forma,

a Lei nº 9.478/97 ofereceu um novo papel a ser desempenhado pela PETROBRAS no

mercado, o qual impõe a ela não mais o exercício do monopólio estatal do petróleo,

mas a participação como agente econômico de mercado com atuação empresarial

plena.

Para o efetivo cumprimento da nova missão, a Lei nº 9.478, de 06/08/97

determinou, através do artigo 67, a aplicação a PETROBRAS de procedimentos

licitatórios simplificados, que foi aprovado através do Decreto nº 2.745, de 24/08/98.

O Decreto nº 2.745/98, editado nos termos da Lei n° 9.478/97 e do art. 173, § 1º

da Constituição, com a redação dada pela Emenda n° 19 de 04/06/98, disciplina o

procedimento licitatório a ser realizado pela PETROBRAS, para contratação de obras,

serviços, compras e alienações.

Conforme previsto no item 10.1 do Decreto 2.745/98, a disciplina estabelecida

nele, poderia ser complementada, quanto aos aspectos operacionais, por ato interno da

Diretoria Executiva da PETROBRAS, previamente publicado no Diário Oficial da União,

inclusive quanto a fixação das multas a que se refere a alínea “g” do subitem 7.1.3.

Cumprindo o estabelecido no disposto acima, o Decreto n° 2.745/98 foi

complementado pelo Manual de Procedimentos Contratuais (MPC), que será

apresentado a seguir.

64

operacional e respeito ao meio ambiente, bem como será importante instrumento para

a PETROBRAS atingir as metas no Plano Estratégico, citado no subitem 3.13 do

presente capítulo, marcando um novo desafio diante do mercado altamente competitivo

da indústria energética.

3.2. A terceirização na PETROBRAS

3.2.1. Normatização da atividade de contratação na PETROBRAS

De acordo com a apostila do Curso de Contratação, editado pelo PETROBRAS-

SEREC/SENOR, a PETROBRAS elaborou as suas primeiras regras para normatizar a

atividade de contratação em 1964, através do Manual de Contratação, quando não

havia a obrigatoriedade de licitar, como, de resto, assim se estendeu, mesmo após a

edição do Decreto-Lei nº 200/67, uma vez que tal diploma legal se referia,

especificamente, à administração indireta e autárquica.

A obrigação de licitar veio apenas com o Decreto-lei nº 2.300, de 21/11/86, mas

é preciso notar, fora essa obrigação, as entidades da administração indireta, devotada

à atividade econômica, só deveriam sujeitar-se aos princípios básicos da licitação, de

vez que, mais uma vez, o legislador havia elaborado uma lei que tinha como

destinatárias apenas as entidades da administração indireta e autárquica, o que, não

fora referência expressa nesse sentido, se extrairia com facilidade dos seus diversos

artigos, que tratavam o tempo todo de contratos administrativos, ou seja, de contratos

de direito público, fundados em conceitos, terminologia, modelos e princípios diferentes

dos adotados na celebração de contratos de direito privado, baseados no direito civil e

comercial, adotados pela iniciativa privada nas suas relações contratuais.

Em substituição ao Decreto nº 2.300, a partir de 1993, a PETROBRAS passou a

subordinar as suas licitações à Lei nº 8.666/93, de 21/06/93.

A PETROBRAS conta com uma série de leis especiais para regular suas

atividades, diante do papel que lhe foi atribuído de exercer o monopólio da pesquisa e

lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outras atividades expressamente

mencionadas no art. 177 da Constituição Federal. Tais leis se referem, por exemplo, à

garantia do abastecimento nacional de combustíveis, à construção de dutos e

polidutos, à adição de álcool à gasolina, à importação e comercialização de petróleo e

derivados, à exploração e pesquisa da plataforma continental brasileira, etc.

63

Capítulo 3

ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO NA

PETROBRAS-UN-ES

Após o estudo da terceirização do ponto de vista teórico, conforme Capítulo 2 do

presente trabalho, é necessário buscar informações com base prática, através da

análise do que realmente ocorre no âmbito da PETROBRÁS-UN-ES em relação ao

processo de terceirização. Será apresentado como o processo de terceirização foi

implantado na PETROBRAS, bem como parte do Plano Estratégico da PETROBRAS e

qual a importância e contribuição do processo de terceirização para que se alcance os

objetivos nele almejados.

Ressalta-se que, em alguns tópicos, quando for utilizado o termo PETROBRAS,

refere-se ao processo de terceirização no âmbito corporativo, que tem validade para a

PETROBRAS-UN-ES, já que, neste caso, o procedimento que ocorre na corporação é

desdobrado para as unidades operacionais.

3.1. Situação da PETROBRAS-UN-ES

De acordo com Informativo de Agenda de Mudança (2000), no novo modelo de

organização aprovado em 20/10/00 pelo Conselho de Administração da PETROBRAS,

a companhia passa a funcionar com quatro áreas de negócio - Exploração e Produção

(E&P), Abastecimento, Gás e Energia e Internacional - duas áreas de apoio –

Financeira e Serviços – e as unidades corporativas ligadas diretamente ao presidente.

A estrutura incorpora o conceito de unidades de negócio, já adotado pelas maiores

companhias de petróleo e energia do mundo. Foram criadas 40 unidades vinculadas às

áreas de negócio. Dentre estas unidades, o seguimento E&P conta com nove unidades

de negócios. A unidade de negócios PETROBRAS-UN-ES, com sede localizada em

Vitória, é uma das nove unidades de negócios criadas no seguimento E&P.

Esta nova estrutura organizacional visa modernizar a companhia e tem como

objetivo aumentar os resultados, rentabilidade e produtividade, com segurança

62

Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização

RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 5/5Parceria significa contratar uma prestadora de serviços que ofereça um serviço igual ou

melhor do que executada internamente pela contratante

A parceria sugere um envolvimento e uma interação maior entre contratante e contratada

que supera os limites da simples formalização de contrato, sendo uma relação de

convergência de interesses, onde as partes se comportam como sócios

A atuação da empresa contratante tem que ser abrangente estabelecendo junto à

contratante uma relação de respeito às conquistas trabalhistas (remuneração adequada,

assistência médica e outros benefícios), prática de saúde ocupacional, fornecimento de EPI,

segurança e providências que resguardem as obrigações legais e convenções coletivas do

trabalho

A parceria é a essência da terceirização. Sem um verdadeiro parceiro, a contratante não

consegue implantar e nem desenvolver um processo de terceirização eficaz e eficiente. Não

haverá ganhos de qualidade, especialidade, agilidade, simplicidade e redução nos seus

custos

PARCERIA

Na verdadeira parceria deverá haver identidade cultural e a integração no negócio, sem

perdas para nenhuma das partes participantes

É importante que o contratante tenha uma idéia clara e bem fundamentada dos custos

básicos de cada conjunto de atividades terceirizáveis

Orçamento com valores baixos tem que ser analisados criteriosamente, considerando-se em

contrapartida o “know-how” e a tecnologia a ser empregada pela contratada

É na fase de avaliação dos preços propostos que os eventuais erros na determinação dos

custos contratuais podem causar grandes problemas no futuro

AVALIAÇÃO DA

PROPOSTA DO

PRESTADOR DE

SERVIÇOSNesta fase os pontos obscuros deverão ser esclarecidos, devendo preservar-se a confiança

nas negociações

É necessário que haja uma preocupação quanto ao padrão de qualidade dos serviços

prestados e atendimento às outras obrigações contratuais. Isto exige constante

acompanhamento visando verificar se o que foi contratado está sendo atendido.

O acompanhamento dos serviços permite a contratante a oportunidade de observar o

desempenho da contratada e detectar, no momento oportuno, as eventuais falhas,

corrigindo-as a tempo, evitando resultados não esperados

Este trabalho de avaliação não caracteriza uma eventual supervisão ou relação de

subordinação

O trabalho de acompanhamento deverá ser executado pelo gestor da atividade terceirizada

Os ajustes precisam ser efetivados o mais rápido possível, visando a eficiência e eficácia da

terceirização

Eventuais falta de conhecimento técnico por parte da contratada deverá ser compensada

com o treinamento realizado pela contratante

ACOMPANHA-

MENTO DE

CONTRATOS

A avaliação geral dos serviços prestados realizados deverá ser efetuada com freqüência

pela contratada, para que ela possa adotar medidas preventivas visando adequar o

atendimento na qualidade esperada

61

Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização

RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 4/5Ao selecionar a prestadora de serviços é fundamental que o nível de confiança em sua

capacidade operacional e administrativa seja fator determinante na escolha

Alguns aspectos a serem considerados na avaliação do prestador de serviços: qualidade

dos serviços, capacidade instalada, tecnologia empregada, conceito de mercado,

relacionamento com clientes e concorrentes, situação econômico-financeira, preços

praticados, equipamentos disponíveis e interesse na parceira

Fatores que podem comprometer a terceirização: má escolha da empresa contratada,

dificuldade de equalização das culturas da contratante e contratada e erros na avaliação do

perfil da contratada

Não havendo no mercado prestador de serviços com a qualidade e perfil exigidos, deve-se

procurar convencê-los a melhorar as suas condições visando alcançar a competência

exigida

Na fase de seleção de empresa deve-se procurar conhecer a cultura das empresas, sua

filosofia de trabalho e os seus clientes, atentando-se para a avaliação dos seguintes itens:

capacidade técnica, condições operacionais, situação jurídica, administrativa, financeira e

trabalhista

As seguintes informações deverão ser apresentadas pelas empresas: contrato social

devidamente registrado, composição societária, certidões públicas e patrimônio operacional

(equipamentos e instrumentos)

Na fase de escolha do prestador de serviços é indicado, sempre que possível, desenvolver

processos de auditoria nos futuros prestadores de serviços

Devem ser evitadas as seguintes empresas: sociedade constituídas por cônjuges, sem

patrimônio relevantes entre pais e filhos, que não possuam situação contábil adequada,

empresas que fazem tudo, firmas individuais, que tenham desequilíbrio de forças entre

sócios e empresas sem empregados, onde os sócios realizam as atividades

SELEÇÃO DEEMPRESAS

Para implantar-se a terceirização de fato é necessário e fundamental a profissionalização

das empresas contratadas

Parceria é a transição de enfoque tradicional para o novo modelo de gestão, embora pouco

se fala sobre os contornos desse modelo

Estimular parceria é incentivar a dinâmica evolução social, estimulando outras organizações

a evoluírem administrativa e tecnologicamente, trazendo efeitos positivos no

desenvolvimento social

Parceria exige um relacionamento de longo prazo

Parceria envolve dois aspectos: escolher cuidadosamente o prestador de serviços e firmar

um contrato consistente

Caso a escolha do parceiro seja equivocada o processo de terceirização fica crítico, pois as

suas características não podem ser mudadas ou desenvolvidas a curto prazo

PARCERIA

A parceria é o novo estágio que a prestadora de serviços deverá alcançar, para o sucesso

da terceirização.

60

Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização

RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 3/5No contrato deve-se evitar a descrição detalhada da operação. Deverá ser dada autonomia

de operação para a contratante

Na preparação do contrato deverá ser evitado que o contratante leve vantagem sobre o

prestador de serviços, visando evitar que a contratada repasse as conseqüências para o seu

empregado

Considerando que a qualidade é um processo irreversível e inquestionável, o contrato

deverá estabelecer claramente os quesitos de qualidade desejados na prestação dos

serviços

Qualidade agrega valor a cadeia produtiva. A contratada faz parte do anel da cadeia e a

qualidade dos seus serviços contribuirá para a satisfação dos clientes e usuários dos

serviços

Incluir de imediato no contrato a necessidade de certificação da ISO 9000 restringe o

mercado e é oneroso para aqueles que visam a sua obtenção, logo, o processo de

encaminhamento para esta certificação tem que ser desenvolvido moderadamente

A questão ambiental não é somente ideológica, mas legal, moral, ética e, principalmente,

mercadológica, logo, tem se tornado prioridade, nas grandes empresas, tornado-se evidente

a necessidade de constar como exigência contratual.

A adoção da ISO 14000 vem tomando cada vez mais força na distinção de produtos

A terceirização somente tem sentido, dentre outras, a obrigação de contratar com segurança

sobre o ponto de vista jurídico. Desta forma não haverá interferência do Judiciário,

principalmente o Trabalhista. Não é admitida na terceirização, a sonegação de obrigações

legais

Na terceirização não pode haver o contrabando de mão de obra, quando as empresas

eximem-se das responsabilidades legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço, recolhimento da Previdência Social, etc)

Quando maior for o comportamento indevido da comunidade empresarial, maior será a

interferência do judiciário, o que pode provocar sérios problemas para a contratante

(responsabilidade subsidiária ou solidária)

Terceirização calcada em seus verdadeiros princípios filosóficos (modernidade, qualidade,

produtividade, parceria, competitividade) sem lesão econômica ao empregado da

contratada, não tem interferência de atos jurídicos

ELABORAÇÃO DECONTRATOS

Os riscos legais na terceirização abrangem as seguintes áreas do direito: trabalhista,

previdenciária, civil, penal e comercial, além de relacionar-se com a tributária

Selecionar bem as empresas é escolher aquelas que possuem os requisitos

necessários para executar os serviços terceirizados

As contratantes ainda não têm medidas eficazes para aferir valores antes da

contratação

SELEÇÃO DE

EMPRESAS

Seleção indevida leva a troca constante de parceiros, rotatividade das prestadoras,

ganhando e perdendo contratos, contratando e demitindo empregados.

59

Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização

RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 2/5Gestão eficiente de contratos: mudança radical na cultura gerencial na forma de enfocar

atividade empresarial

Gerente de contrato: necessidade de aprimorar o conhecimento e informação sobre a

terceirização

Cultura a implantar: terceirizar é fazer parceria

Modelo de contratação tradicional: perda-ganha

Terceirização: relação de ganha-ganha. Empresas contratantes lado a lado com as

contratadas

Quanto maior o envolvimento dos gestores de contratos menor é o risco proveniente da

terceirização

GESTÃO DECONTRATOS

Administração ruim de contrato: sérias conseqüências futuras

Contrato aliado a parceria: diminuem as incertezas para as contratantes

Contrato: não é somente uma proteção legal. É um documento de trabalho

Contrato: serve para direcionar a parceria e estabelecer regras de trabalho, visando obter

um processo de melhoria contínua

Contrato: ferramenta de trabalho e uma forma de garantir que as partes mantenham uma

perspectiva a longo prazo

Um bom contrato maximiza as vantagens e minimiza as desvantagens da parceria

Um bom contrato minimiza a dependência da contratante em relação à contratada

Um bom contrato deve estabelecer um plano de contingência para situações inesperadas

Reuniões periódicas de trabalho: revisar os erros e facilitar a implantação das melhorias

Contrato: serve para administrar os possíveis conflitos

Evitar fazer os primeiros contratos com prazos longos, para não se perder a oportunidade de

correção dos erros

O contrato precisa explicitar elementos que garantam certo padrão de qualidade e

segurança (exigir investimentos contínuos em qualidade e segurança)

No preparo do contrato deve-se evitar que a contratada fique subordinada à contratante.

No contrato deverá ser estabelecido o que, onde, porque e quando fazer e não como fazer

O contrato deve estabelecer os procedimentos e sistema a serem utilizados na prestação de

serviços

O contrato deverá prever cláusulas de cumprimento de aspectos legais e operacionais

através de check-list, de modo que todos itens de controle sejam contemplados, visando

garantir a qualidade da prestação dos serviços

O contrato é um instrumento de apoio e suporte à operação, estabelecendo regras de

relacionamento, servindo como uma base jurídica adequada à relação

ELABORAÇÃO DE

CONTRATOS

O contrato deverá ter a definição dos indicadores de desempenho e de procedimentos e

métodos

58

Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização

RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 1/5Técnica moderna de administração que se baseia num processo de gestão

Empresa concentrada na atividade fim, e especialidade comprada, referente a sua atividade

de apoio, da empresa contratada. Empresa contratante dedicando-se mais à sua vocação, à

sua missão, concentrando esforços mais na gestão do que na execução.

Relação de parceria. Relação saudável entre contratante e contratada

Atividade de apoio transferida para terceiros especializados, detentores de tecnologia

própria e moderna

Quando bem administrada, traz benefícios aos envolvidos, com vantagem competitiva para o

contratante, atingindo melhores resultados (empresa com maior flexibilidade e agilidade nas

decisões)

Elementos comuns na terceirização: parceria, qualidade, produtividade, custo, mudanças

(estruturais, de cultura, de procedimentos, de sistemas e controles na empresa)

Enfoque na qualidade e com redução de custos, garantindo a melhoria contínua. Forma

errônea de visualizar a terceirização: ganho imediato com redução de custo.

Não pode ser encarada como modismo e sim como enfoque estratégico.

CONCEITO DETERCEIRIZAÇÃO

Principais riscos: resistência e conservadorismo, de coordenação dos contratos, falta de

parâmetros de custos internos, de encontrar parceiro ideal, aumento na dependência de

terceiros

Introduziu-se tendo como pano de fundo a recessão. Em decorrência à constante crise

político-econômica em função da falta de investimento do capital estrangeiro no Brasil.

Pouco difundida no meio empresarial brasileiro. O conhecimento existente é somente com

referência a prestação de serviços tradicional

Cultura predominante de imediatismo do empresariado. Retorno financeiro dos

investimentos com resultados a curto prazo, sendo que seus maiores benefícios é a longo

prazo. Cultura impregnada em função da falta de confiança na política econômica do

governo

Os resultados negativos no Brasil decorrem, principalmente, em função da inexperiência das

empresas com a terceirização

Anos 90: empresas prestadoras de serviços não se preocupavam em melhorar os serviços

que prestavam, apenas mantinham seus empregados nas instalações dos contratantes, sem

nenhum incremento profissional (equipamentos rudimentares, sem bom conceito de

idoneidade, sem especialização e competitividade)

TERCEIRIZAÇÃO

NO BRASIL

Ganhou maior destaque nos anos 90 com a abertura de mercado e a globalização da

economia, quando as empresas foram obrigadas a desenvolver estratégias competitivas

(maior produtividade, pressões por qualidade e menores preços)

57

isto para poder quantificar a qualificação dos prestadores de serviços. Outros fatores,

como conceito no mercado, situação econômico-financeira, mentalidade empresarial

para parcerias, etc..., precisam ser exaustivamente analisados e negociados na

performance dos futuros fornecedores. Da mesma forma, realizar auditorias eventuais,

inclusive contábeis e de qualidade torna-se fator fundamental para manter um

constante acompanhamento a serviços contratados.

Diante do exposto, conclui-se que todo suporte teórico discutido ao longo deste

capítulo serve de base para a seguinte consideração:

§ A eficiência da gestão de contratos de serviços terceirizados tem que ser

precedida por uma conscientização sobre o verdadeiro conceito do que é a

terceirização. É necessário entender a essência da terceirização, onde

procura-se, não somente, a redução de custo, mas condições para tornar a

empresa mais ágil e eficiente. Para alcançar este objetivo é necessário que

os serviços contratados sejam considerados como uma atividade integrada a

empresa, ou seja, eles têm que ser executados pela contratada com a

qualidade igual ou superior ao da empresa que está contratando os serviços.

Para que isto ocorra a participação do gerente do contrato é fundamental.

Logo, a presente proposta metodológica objetiva orientar os gerentes na

condução do processo de contratação, buscando alcançar o objetivo a que

se propõe a terceirização.

Na tabela 2.5 – Resumo com Pontos Relevantes Sobre Terceirização, a seguir,

será apresentada uma síntese dos pontos mais importantes de cada tópico constante

no Capítulo 2 – PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO, que servirão de base conceitual

para o desenvolvimento da proposta de metodológica do presente trabalho.

56

acompanhamento com intuito de encontrar-se áreas de melhorias, tanto para o

contratante como para a contratada.

Nesta fase é que fica evidente a participação da empresa contratada, que não

pode ser vista como algo a parte do processo da contratante. Para o sucesso da

terceirização deve haver necessariamente uma interdependência entre a contratada e

contratante.

A contratante deverá definir procedimentos para acompanhamento do

cumprimento das exigências contratuais que deverão abranger a qualidade dos

serviços, prazo de atendimento, obrigações para preservação ambiental, trabalhistas,

segurança, saúde ocupacional, bem como outras exigências constantes do contrato.

É indicado que a contratante treine ou dê apoio ao treinamento do pessoal da

contratada, principalmente em conceitos básicos de administração. De preferência, que

esse treinamento seja realizado no local de trabalho, pois estando ele localizado nas

instalações da contratante, facilitar-se-á a absorção dos padrões de qualidade e a

familiarização com os procedimentos dessa última.

2.11.8. Considerações gerais

A apresentação dos conceitos constantes do Capítulo 2 – PROCESSOS DE

TERCEIRIZAÇÃO servem como base para o desenvolvimento da proposta

metodológica e são complementados com as práticas usuais do autor. A fusão dos dois

aspectos origina os fundamentos necessários para o desenvolvimento da proposta

metodológica, tornando-a mais consistente.

A implantação do processo de terceirização envolve muitas variáreis. Dentre as

mais importantes é a mudança cultural que deve ser implantada nas empresas

contratadas e contratantes.

O planejamento prévio e o acompanhamento daquilo que foi contratado irão

minimizar possíveis transtornos. A contratante que contrata com base no conceito

pleno da terceirização deverá desenvolver critérios seguros e documentados para a

qualificação e manutenção de parceiros em seu cadastro.

A contratante é que deve estabelecer parâmetros de qualidade de seus serviços,

competitividade, suporte técnico (infra-estrutura e recursos humanos), organização

(documentação e atividades afins), domínio tecnológico e prazos de execução. Tudo

55

§ quais são os equipamentos;

§ quais são os métodos administrativos;

§ índice de reciclagem do pessoal (“turn-over”);

§ nível de treinamento e reciclagem;

§ condições das instalações;

2.11.6. Parceria

A parceria é a essência da terceirização. Perante a contratação tradicional de

serviços, desenvolver parcerias requer mudança radical para um novo modelo de

relacionamento entre contratante e contratada. O sucesso da terceirização está

intimamente ligado ao desenvolvimento de parceria. Desta forma, impõem-se

movimentos de aproximação entre contratante e contratada, que vai além do conceito

de terceiro, procurando sempre estabelecer uma relação de verdadeira parceria, e

esta, é a sua grande diferença em relação à contratação tradicional de serviços.

Na contratação tradicional de serviços o relacionamento é de curto prazo,

enquanto na terceirização, onde deve ocorrer a parceria, este relacionamento é de

longo prazo, pois, a mudança de cultura é o principal empecilho para o

desenvolvimento de parceria. Esta mudança de cultura, tanto por parte da contratante

como da contratada, não ocorre num curto prazo.

A parceria é sinônimo de trabalho com objetivos comuns, onde contratante e

contratado comportam-se como sócios no empreendimento, numa relação de

confiança, dedicação para alcançar as metas, compreensão das expectativas e valores

de cada um, permitindo que os benefícios sejam compartilhados por ambas as partes.

2.11.7. Acompanhamento da realização do contrato

Não basta apenas elaborar um bom contrato ou escolher o prestador de serviços

com bons critérios. Durante a realização dos serviços é necessário que haja um

acompanhamento do desempenho da empresa contratada, visando verificar se as

exigências contratuais estão sendo atendidas. Mesmo que a escolha recaia sobre uma

empresa que utilize os melhores padrões de qualidade, é necessário que haja um

54

definir como deverá ser feita certa tarefa, partindo-se do principio que ela que detém a

tecnologia, já que os serviços prestados é a especialidade da contratada, ou seja, a

sua atividade-fim.

Deverá ficar esclarecido no contrato os indicadores de desempenho e a

necessidade da implantação de procedimentos de serviços por parte da contratada,

enfatizando especialmente a qualidade, atendimento, custo e segurança das

operações. Os objetivos a serem alcançados na contratação precisam estar bem

definidos e quantificados. As metas devem ser fungíveis, portanto, possíveis de serem

atingidas em termos de escala.

O contrato deve ser elaborado de forma que o aprimoramento operacional seja

contínuo, com crescimento dos conhecimentos especializados, melhoria contínua dos

processos e, conseqüentemente, alcançar resultados mais eficazes.

2.11.5. Seleção de empresas

Para sucesso da implementação da terceirização é necessária uma escolha

criteriosa das empresas que apresentarão as propostas, através de uma pré-

qualificação. Nesta fase, deve-se procurar conhecer a cultura das empresas, sua

filosofia de trabalho e os seus clientes. É importante consultar o maior número possível

de empresas no mercado, que reúnam as condições estipuladas na pré-qualificação.

Para isto, dentro do mercado, é necessário definir um lote de empresas que

serão visitadas pelos tomadores de serviços, que, através de um “chek-list” avaliarão

os itens abaixo:

§ gestão de qualidade dos serviços;

§ gestão de meio ambiente e saúde ocupacional;

§ tecnologia utilizada pela empresa;

§ relacionamento com os clientes;

§ estrutura organizacional;

§ quem são e qual o nível decisório;

§ como é composta a sociedade;

§ quais são os recursos financeiros;

§ quais são os recursos humanos;

§ quais são os recursos materiais;

53

do processo de trabalho. É de fundamental importância que a empresa tenha ações

pró-ativas na gestão dos serviços prestados, tais como: acompanhar a evolução dos

custos envolvidos comparando-os aos praticados no mercado, interagir com o parceiro

para estabelecer itens importantes a serem avaliados, parâmetros técnicos de

avaliação, índices esperados de qualidade, freqüência de processo de auditagem e

para desenvolver programa de avaliação de índice de satisfação interna.

A gestão de contratos deverá ser provida de um acompanhamento dos serviços

contratados, visando a observação do desempenho do contratado, detectando, no

momento oportuno, as eventuais falhas, corrigindo-as a tempo, evitando resultados

diferentes daqueles almejados.

Destaca-se que esse trabalho de avaliação ao longo do processo é

perfeitamente aceitável e não se caracteriza como uma eventual supervisão ou relação

de subordinação, do contratado para com o contratante.

2.11.4. Elaboração do contrato

Para executar uma gestão de contratos com eficiência e direcionar o

relacionamento visando estabelecer uma futura parceria, é necessária a existência de

um contrato formal. Apesar de ser considerado por alguns como uma forma de

proteção legal, o contrato vai muito além disso. Através do contrato é possível

estabelecer regras, porém, não necessariamente rígidas, que evitam conflitos e

possibilita avaliar o estágio em que se encontra a relação e para onde ele poderá fluir.

O contrato é a base da parceria e, desde que ele seja bem elaborado, as

vantagens serão maximizadas, o que torna a parceria mais atrativa.

Desta forma, a elaboração do contrato é uma das principais fases do processo

de licitação. É nesta fase que o gerente do contrato definirá qual o tipo de relação que

será mantida com o seu contratado, através da definição do tipo de padrão de

qualidade, atendimento, custo, aspectos legais relacionados à proteção ao meio

ambiente e outras condições que atendam ao bem estar do empregado contratado, tais

como direitos trabalhistas, segurança industrial e saúde ocupacional.

Nas exigências referentes às especificações dos serviços o contratante deverá

estipular condições que estabeleçam como fazer o serviço, visando evitar

condicionamento da atividade do contratado. Num processo de terceirização pleno,

onde prevalece a parceria, a contratada deverá ter a especialidade suficiente para

52

direta sobre empregados contratados e, conseqüentemente, torna-se sujeita a assumir

a responsabilidade trabalhista, pelo vínculo de emprego com relação aos empregados

contratados.

2.11.3. Gestão de contratos

A gestão de contratos é a gerência de todo processo de contratação, envolvendo

todas as suas fases, desde a elaboração da minuta do contrato e seus anexos até o

término do prazo contratual.

Para elaboração da proposta metodológica onde procura-se a eficiência na

gestão de contratos é necessário que se tenha pleno conhecimento dos conceitos de

terceirização e como deve ser a sua implementação numa empresa. O gerente do

contrato, que é condutor do processo, tem que procurar ações eficazes que ampliem a

qualidade do serviço, que antes era executado internamente, diminuindo os custos,

preferencialmente de forma radical, ou no mínimo gradual, sem perder de vista a

relação de ganha-ganha que deve existir entre as empresas contratantes e

contratadas.

Assim sendo, o aprimoramento gerencial nas empresas é uma condição

essencial, para que ocorram mudanças sensíveis na direção de um processo de

contratação, buscando-se implementar a terceirização de fato, ou seja, construindo

parcerias e priorizando o equilíbrio de forças entre empresas contratantes e

contratadas, acabando-se com a subordinação.

A implementação da terceirização exige uma mudança radical na empresa, já

que tratam-se de regras novas que estão sendo implantadas. A filosofia exige

modificações na cultura empresarial, onde abandonam-se paradigmas antigos de

contratação de serviços e parte-se para uma relação de ganha-ganha, entre

contratante e contratado. Isto exige uma conscientização dos envolvidos no processo,

principalmente dos responsáveis pela gerência direta do contrato, que deverá ter uma

visão abrangente diante das repercussões, cuja prestação dos serviços poderá causar

no meio ambiente, consumidor, saúde e segurança das pessoas envolvidas.

Desta forma, o gestor do contrato tem que possuir conhecimento que o habilite a

ter uma visão geral sobre terceirização. Não basta apenas concentrar a gestão dos

serviços nos aspectos contratuais, não estabelecendo, desta forma, critérios técnicos

de avaliação de performance e não desenvolvendo ação com o terceiro para a melhoria

51

2.11. Análise crítica dos estudos teóricos

Com base no estudo teórico apresentado no presente capítulo, chega-se aos

seguintes pontos de vista:

2.11.1. Terceirização

A terceirização baseia-se na premissa de que com a competência técnica e grau

de especialização do terceiro, a empresa contratante, obtém, além de economia de

recursos, ganhos de qualidade e produtividade. A terceirização deverá ser

fundamentada em elementos comuns, tais como: parceria, qualidade, mudança,

produtividade, custo, desenvolvimento de novas tecnologias e melhoria contínua.

Definindo-se bem os objetivos com base nos elementos acima, a terceirização trará

benefícios a todos diretamente envolvidos no processo.

Esta visão, aliada a um processo de terceirização bem administrado, através de

uma gestão que possibilite o estabelecimento de um gerenciamento eficaz dos serviços

terceirizados, reforça o caminho para o sucesso da terceirização.

A terceirização é muito dinâmica. A sua implantação numa empresa não tem um

prazo final de término, já que trata-se de um processo de melhoria contínua, sujeito a

avaliações constantes, em função das mudanças de expectativas do mercado (cliente),

quando as empresas vão adquirindo experiência operacional e na gestão de contratos.

2.11.2. A terceirização no Brasil

A terceirização no Brasil foi focada em interesses econômicos. Na grande

maioria das empresas a qualidade e a capacidade ficaram em segundo plano. A

implantação da terceirização não teve os devidos cuidados, sendo pressionada por

momentos de dificuldades econômicas ou ameaças da concorrência. Desta forma, a

maior preocupação esteve em reduzir custos de serviços contratados. Ficou

evidenciado que mão de obra significa custo, quando deveria ser entendido como

investimento. As empresas procuraram uma simples substituição de mão de obra,

considerando que mão de obra contratada é mais barata. Esqueceram-se que assim

procedendo, é necessário estabelecer uma supervisão e direção, que deverá ser

exercida pelo contratante. Assim sendo, o contratante passará a assumir a supervisão

50

2.10. Acompanhamento da execução do contrato

Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) é necessário que haja uma

preocupação quanto ao padrão de qualidade dos serviços prestados. Essa precaução

exige constante acompanhamento do que foi contratado, o que, não constitui ato de

subordinação do parceiro. É que, na realidade, como titular do negócio, a empresa que

contrata é co-responsável pelas obrigações decorrentes da parceria. De nada adianta

pensar apenas em diminuir custos, ambos os contratantes devem cumprir a lei. Mesmo

quando se trata de negócio, não se pode esquecer das pessoas envolvidas.

De acordo com QUEIROZ (1999), o acompanhamento do contratante, do

desenvolvimento de projetos terceirizados, é muito importante e vai proporcionar-lhe a

oportunidade de observar o desempenho do seu fornecedor de serviços e detectar, no

momento oportuno, as eventuais falhas, corrigindo-as a tempo, evitando resultados não

esperados.

Continuando, QUEIROZ afirma que esse trabalho de avaliação ao longo do

processo é perfeitamente aceitável e não se caracteriza como uma eventual supervisão

ou relação de subordinação, do contratado para com o contratante e vice-versa. O

trabalho de acompanhamento deverá ser executado pelo Gestor de Atividades

Terceirizadas, o qual precisa ser um especialista naquelas atividades que estão sendo

administradas por terceiros, para poder analisar e avaliar eficazmente, e sugerir

eventuais correções no projeto. Os ajustes precisam ser efetivados o mais rápido

possível, para que o projeto terceirizado possa ser beneficiado pela eficiência e

eficácia, gerando-lhe competitividade. Na eventualidade de faltar conhecimentos

técnicos, para o contratado, o tomador poderá passar-lhe os seus conhecimentos sobre

o projeto, através de um programa de treinamento, específico, programado e com

prazo determinado para concluir. É preciso salientar que o “treinamento constante”

poderá ser entendido como sendo uma forma de disfarçar a supervisão e então

passará o tomador a assumir a responsabilidade pelo eventual vínculo de emprego.

É sempre importante que o tomador realimente o seu prestador de serviços de

todas as informações a respeito do grau de satisfação, sobre o desenvolvimento do

projeto de terceirização, para que ele possa adotar as medidas necessárias no

atendimento dos níveis de qualidade nos resultados da terceirização.

49

§ custos de equipamentos;

§ montante do material de consumo;

§ uniformização dos empregados;

c ) Custos da segurança do trabalho

§ fornecimento dos EPI (Equipamento de Proteção Individual);

§ instalação dos EPC (Equipamento de Proteção Coletiva);

d ) A fórmula do preço

§ como se compõe;

§ forma de reajuste;

§ periodicidade do mesmo;

e ) Dados técnicos

§ especialização;

§ reciclagem;

§ tecnologias a serem aplicadas;

§ formas de execução;

§ freqüências de execução;

f ) Índices de qualidade

§ forma de avaliar;

§ satisfação do cliente

Dando prosseguimento, QUEIROZ (1992) diz que o item preço é importante e

fundamental, mas deverá ser analisado após o estudo criterioso dos parâmetros

supramencionados. Nesta fase a confiança é indispensável. Pontos obscuros podem

gerar um primeiro impacto negativo que irá dificultar todas as fases da negociação. A

proposta deve pautar-se pela clareza de intenções, ainda que a parte proponente

venha a obter maiores vantagens.

48

2.9. Avaliação da proposta do prestador de serviços

Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), é aspecto importante que o

contratante tenha uma idéia clara e bem fundamentada dos custos básicos de cada

conjunto de atividades terceirizáveis. Antes da terceirização de cada atividade, deve

ser realizada uma profunda análise dos custos diretos e indiretos. O estudo deve levar

em consideração todos os fatores envolvidos na execução dos serviços (infra-estrutura,

depreciação dos equipamentos e instalações, recursos humanos com a qualidade

necessária para executar as atividades e o lucro).

O contratante deve ter em mente que levar em consideração somente o fator

financeiro na hora da contratação é uma atitude inadequada. Nenhum parceiro tem o

dom de ser mágico. Portanto, entusiasmar-se ingenuamente com um orçamento baixo,

muito distante dos valores apresentados pelo mercado, sem analisar o “know-how” do

candidato e a tecnologia a ser empregada, pode gerar decisão temerária e mais

onerosa a curtos e médios prazos.

Segundo QUEIROZ (1992), é na fase de avaliação dos preços propostos que os

eventuais erros na determinação dos custos contratuais podem causar grandes

problemas no futuro. Logo, é importante, nesta fase, a participação do futuro gestor do

contrato, onde deverá procurar dirimir quaisquer dúvidas que poderão afetar o bom

andamento do contrato. Para proceder a avaliação, na fase do planejamento,

adequadamente a viabilidade de uma proposta comercial, deve-se, acuradamente,

apurar todas as verbas envolvidas, conforme sugere-se abaixo:

a ) Referentes ao quadro básico

§ salários diretos;

§ encargos sociais;

§ salários indiretos;

§ custos dos benefícios;

§ reposição do pessoal;

b ) Despesas com seguros gerais

§ custos de treinamento;

§ custos de instrumentos;

47

sentido de parceria, iniciando por induzir a prestadora a trabalhar com os conceitos da

tomadora, homogeneizando, na medida do possível, a cultura empresarial, mas,

lembre-se, sem se imiscuir no como a fornecedora deve operar. Portanto, ao escolher

o parceiro, devemos estar seguros de sua solidez, capacidade, fornecimento pontual

(ainda um dos aspectos mais problemáticos da terceirização), qualidade, cumprimento

dos dispositivos legais-trabalhistas, remuneração adequada dos empregados e

tratamento de respeito mútuo.

Neste mesmo raciocínio, QUEIROZ (1992) afirma que, a parceria é a essência

da terceirização. Sem um verdadeiro parceiro, prestador de serviços, a contratante não

consegue implantar e nem desenvolver um processo de terceirização eficaz e eficiente,

que venha a atender as suas necessidades e nem chegará a obter os ganhos

esperados de qualidade, especialidade, agilidade, simplicidade e redução nos seus

custos. O estabelecimento da parceria é um fator importantíssimo na prestação dos

serviços. A confiança mútua é uma condição fundamental e indispensável, pois os

recursos são despendidos em conjunto e os dados confidenciais são partilhados entre

os parceiros. Na contratação de terceiros, que podem ser futuros parceiros, é muito

importante uma análise bastante acurada dos pontos abaixo:

§ que vamos fazer;

§ as conseqüências do processo de terceirização;

§ determinar a participação certa de cada parte;

§ conhecer claramente a capacidade de cada um;

§ a qualidade dos serviços;

§ conceito de mercado;

§ relacionamento com outras empresas;

§ interesse na parceria.

Continuando, QUEIROZ (1992) afirma que na verdadeira parceria deverá haver

a identidade cultural e a integração no negócio, sem perdas para nenhuma das partes

participantes. A transparência dos objetivos do tomador e do prestador de serviços, o

amadurecimento das idéias e a concordância mútua sobre as metas a serem atingidas

solidificarão a parceria.

46

Tabela 2.4 – Mudança no relacionamento com fornecedores

FORNECEDOR PARCEIRO

Desconfiança/medo em tudo Confiança

Levar vantagem em tudo Política do ganhar aos poucos

Ganhos de curto prazo Economia de escala

Pluralidade de fornecedores Fornecedor único para a atividade terceirizada

O preço decide Enfoque na qualidade

Antagonismo Cooperação

Postura reativa Postura proativa

Fornecedor como adversário Fornecedor como sócio

Riscos Segurança

A reflexão no entendimento deste quadro está na aceitação do fornecedor de

serviços de que, com a terceirização, as regras do jogo mudaram.

Continuando, GIOSA (1995) afirma que fatores como conceito no mercado,

situação econômico-financeira, mentalidade empresarial adequada ao estabelecimento

de parcerias, experiência e alguns outros precisam ser analisados amiúde.

Ética e confiança são componentes fundamentais para uma parceria profícua.

Não há dúvida de que só se obtém bons resultados em uma parceria quando as partes,

além de estarem empenhadas em conquistar os objetivos, assumam uma conduta

digna, fundada em preceitos éticos e morais.

De acordo com BATES (1994), a parceria está baseada nos seguintes

princípios:

a ) Confiança e respeito mútuo entre contratantes e contratados;

b ) Alcance de metas comuns, para solucionar problemas, e, conseqüentemente

obter “ganha-ganha” nas relações;

c ) Métodos de comunicação efetiva;

d ) Novas atitudes e padrões de comportamento.

A atuação da empresa contratante tem que ser bastante abrangente, conforme

diz SILVA (1997), afirmando que ela tem que procurar estabelecer com o fornecedor,

uma relação de respeito às “conquistas” trabalhistas, tais como remuneração

adequada, assistência médica e outros benefícios, controle e combate ás causas de

doenças profissionais, fornecimentos de EPI’s, segurança e outras providências que

resguardem obrigações legais e de convenções coletivas de trabalho. Estimule o

45

Segundo FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), o turn-over de prestadores

de serviço denuncia inadequação de conduta da empresa contratante, tal qual na

empresa de alta rotatividade de empregados.

Desta forma, aponta dois cenários existentes na relação entre empresas

contratadas e contratantes:

Tabela 2.3 – Relação entre empresas no processo de terceirização

ANTES

CENTRO DE LUCRATIVIDADE CENTRO DE CUSTO

Uma mínima relação externa Concentração de renda

Energia loteada e enfraquecida gradualmente Atividades meio desenvolvidas amadoristicamente

Relação primária com o cliente -

DEPOIS

CENTRO DE LUCRATIVIDADE CENTRO DE CUSTO

Máxima relação com o externo – parceria Redistribuição de renda

Energia concentrada Atividades meio realizada por especialista

Aprofundamento da relação empresa e cliente -

A parceria, conforme afirma GIOSA (1995), é o novo estágio em que a empresa

fornecedora de serviços deve alcançar e, é sobremaneira importante para o sucesso da

terceirização. Numa colocação extrema, a terceirização só irá dar certo se as empresas

contratantes tiverem ao seu lado prestadores de serviços totalmente aliados e

integrados às suas necessidades. Quando for contratar uma prestadora de serviços, a

empresa contratante deverá buscar quem lhe ofereça um serviço igual ou melhor do

que executa internamente.

Para ALVAREZ (1996), a parceria sugere um envolvimento e uma interação

maior entre contratantes e contratadas, que supera os limites da simples formalização

do contrato, onde se define preço, qualidade e prazo de entrega. Essa relação é

norteada pela convergência de interesses, onde as partes se comportam como sócios

do mesmo empreendimento.

Logo, segundo GIOSA (1995), ALVAREZ (1996) e QUEIROZ (1992), existe uma

grande diferença entre os conceitos do que é fornecedor e parceiro. Na tabela 2.4, a

seguir, estão as principais características na mudança de relacionamento referentes a

fornecedores e parceiro:

44

principal da empresa. Verifica-se no discurso de autores, empresários, executivos e

dirigentes de governo, que estimular parcerias é condição para a transição do enfoque

tradicional para um novo modelo de gestão: entretanto, pouco se fala sobre os

contornos desse modelo, bem como são escassas as informações que conduzam a

uma definição objetiva do que seja parceria.

Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), a não prática da parceria é

usualmente fundamentada pela inexistência ou falta de qualificação dos parceiros. Na

realidade, quando o empresário desenvolve parcerias, incentiva a dinâmica evolução

social e estimula outras organizações a também evoluírem administrativa e

tecnologicamente, com efeitos óbvios no desenvolvimento social. A verdade é que o

medo, exposto na forma de paternalismo e conservadorismo, segue fortemente

enraizado nas empresas nacionais, pois, seus dirigentes receiam a perda do poder.

Como se o poder estivesse embutido na absoluta geração e controle de tudo, mesmo

daqueles detalhes mais supérfluos.

Segundo ZINN (1998), muitos gerentes, conscientes de que o termo está na

moda, referem-se à parceria da mesma forma como se referiam a qualquer outro tipo

de negócio. Muda só o termo, mas a forma de transação fica inalterada. Isto desgasta o

conceito e, conseqüentemente, dificulta a implementação de parcerias. Parceria exige

um relacionamento de longo prazo. Uma vez feito o investimento, o prestador de

serviços precisa manter o cliente pelo menos até que recupere o investimento. Isto cria

grande incerteza e constitui um dos principais motivos para a dissolução de parcerias.

ZINN (1998) coloca o seguinte questionamento: Como administrar esta

incerteza? As duas formas principais são a escolha do parceiro e o uso de contratos de

parcerias. O primeiro passo é escolher cuidadosamente o seu parceiro. De preferência,

que seja uma empresa conhecida, um fornecedor ou cliente antigo com o qual a

empresa tenha um histórico de honestidade e boas práticas administrativas. Como foi o

comportamento desta empresa em crises passadas? O segundo passo é firmar um

contrato consistente.

Para WANKE (1999), avaliar se o parceiro possui as características adequadas

para a formação da parceria, é a etapa mais crítica do processo de análise, pois as

características do parceiro não podem ser mudadas ou desenvolvidas em curto prazo,

limitação que compromete a possibilidade de sucesso no futuro caso seja feita a

escolha equivocada do parceiro.

43

e ) Da mesma forma, evitam-se as firmas individuais, que trazem riscos

consideráveis na esfera trabalhista;

f ) Evitam-se empresas formadas com desequilíbrio de forças, como aquelas onde

um sócio tem 99,99% do capital e o outro apenas 0,01%;

g ) Igualmente não são recomendáveis empresas sem empregados, onde são os

sócios que realizam as atividades.

GIOSA (1995), ressalta que a empresa contratante deverá tomar todos os

cuidados na escolha do fornecedor/parceiro e ainda atentar para os problemas que

poderão ocorrer com seus fornecedores:

a ) Querer levar vantagem em todas negociações;

b ) Quando o fornecedor mente de todas as maneiras para conquistar o pedido do

contratante, sem ter condições e capacidade para cumpri-lo;

c ) Com o contrato assinado, o fornecedor não consegue desvencilhar-se dos seus

problemas internos para cumpri-los e os repassa ao cliente, no meio do

caminho, irresponsavelmente;

d ) fornecedor, ao tentar realizar a atividade para a qual foi contratado, se vê

impossibilitado de prosseguir ou desenvolver outra etapa, por incompetência

administrativa e/ou técnica, ou, mesmo cumprindo-a, sua avaliação não atinge

os graus de qualidade e exigências definidos.

A solução para os problemas acima está na própria profissionalização,

necessária e fundamental, das empresas prestadoras de serviços. Por fim, deve-se

contratar, preferencialmente, empresas idôneas e já constituídas.

2.8. Parceria

Conforme ALVAREZ (1996), para muitos, terceirizar representa a tendência de

comprar fora tudo o que não fizer parte do negócio principal. A considerar essa

afirmação, nem sempre o terceiro poderá ser tido como um parceiro, mas uma mera

contratada, aquela que fornece produtos e serviços que não façam parte do negócio

42

Para isso, as empresas devem apresentar informações abaixo, que possibilitam

melhor avaliação:

a ) Contrato social registrado na Junta Comercial ou Cartório de Títulos e

Documentos;

b ) Composição societária (responsabilidade dos sócios, capital social, bens

patrimoniais e apólices de seguro);

c ) Todas as certidões públicas (municipais, estaduais e federal);

d ) Patrimônio operacional do prestador (equipamentos e instrumentos);

Na fase de escolha da seleção do futuro prestador de serviços, o contratante

deverá estar ciente da necessidade do desenvolvimento de processos de auditoria nos

prestadores de serviços, para diagnosticar eventuais problemas.

ALVAREZ (1996), cita alguns cuidados ao se contratar um terceiro, com base no

ponto de vista de LEIRIA:

a ) Uma sociedade constituída por cônjuges pode ser aceita desde que demonstre

estabilidade mercadológica, sob pena de ser alegada a constituição forçada,

agravada pelo fato de, em caso de insolvência, confundirem-se patrimônios

pessoais de ambos sócios para pagamento das dívidas da sociedade;

b ) Os mesmos cuidados devem ser tomados com sociedades constituídas sem

patrimônio relevante entre pais e filhos, com a atenuante de que mais facilmente se

encontram patrimônios independentes;

c ) Não devem ser contratadas empresas inidôneas ou que não possuam situação

contábil adequada;

d ) Devem ser descartadas empresas que fazem de tudo, sem especialidade

definida, inclusive no contrato social;

41

Para ALVAREZ (1996), a escolha dos fornecedores é definida a partir de um

grupo de fornecedores potenciais existentes no mercado, passa-se à fase de seleção

daqueles que poderão vir a ser parceiros, Devem-se considerar alguns aspectos na

avaliação do fornecedor: qualidade do produto, capacidade instalada, tecnologia

empregada, seu conceito de mercado, seu relacionamento com os clientes e

concorrentes, a situação econômico-financeira, preços praticados e, sobretudo, seu

interesse na parceria.

QUEIROZ (1992), cita a má escolha do contratado, as dificuldades de

equalização das culturas da contratante e contratada e os erros na avaliação do perfil

da contratada, como alguns fatores que podem comprometer a terceirização.

A escolha do prestador de serviços dever basear-se em critérios que possam

informar o posicionamento das empresas no mercado onde atuam, o seu conceito

profissional, a lista de clientes, a sua eficiência, o nível de especialização, o interesse

dos seus dirigentes no negócio, no aperfeiçoamento das suas técnicas, nos seus

instrumentos de trabalho e nos seus equipamentos disponíveis. As possíveis

prestadoras de serviços deverão estar estabelecidas regularmente no mercado.

Nesse processo de seleção deveremos observar e tentar constatar o potencial

das empresas existentes no mercado. Não havendo no mercado prestador com

qualidades e perfil exigidos, procurar convencê-los a melhorar as suas condições para

que possa ser competente.

Na fase da pré-qualificação deve-se procurar conhecer a cultura das empresas,

sua filosofia de trabalho e os seus clientes. Deles deverá obter todas as referências

possíveis. O bom e o mau conceito devem ser devidamente justificados. É importante

que se consulte o máximo de empresas disponíveis no mercado, que reúnam as

condições estipuladas. Recomenda-se identificar empresas que apresentem novas

idéias e inovações tecnológicas, bem como, devem-se avaliar os seguintes itens dos

possíveis prestadores de serviços:

§ capacidade técnica;

§ condições operacionais;

§ situação jurídica;

§ situação administrativa;

§ situação trabalhista.

40

Conforme diz ALVAREZ (1996), a prática de o contratado apresentar à

contratante respectivos comprovantes de quitação de suas obrigações fiscais é

bastante difundida, tradicionalmente na área de engenharia e construções, talvez por

ser um setor produtivo já amadurecidos e consagrados no mercado brasileiro. Contudo,

torna-se importante acentuar a necessidade de um cuidado maior com esse aspecto,

tendo me vista os riscos envolvidos. A terceirização de qualquer tipo de serviço deve

ter como pré-requisito a apresentação rotineira desses documentos, devendo,

inclusive, constar no pacto formal condicionada à liberação dos pagamentos a que faz

jus o contratado.

Resumindo, ALVAREZ (1996) afirma que terceirizar sugere atenção especial aos

cuidados mencionados, sob o risco de ter que enfrentar os malogros que o processo

oferece e que serão imediatamente abordados.

2.7. Seleção de empresas

Se o processo de terceirização foi bem feito, conforme afirma SILVA (1997), a

prestadora escolhida detém os requisitos adequados para levar a cabo o serviço

terceirizado. Por que estabelecer processos paralelos de controle? A resposta só pode

ser uma: não confiamos nos nossos próprios processos de terceirização e não estamos

procurando parceiros, mas sim acompanhando aquilo que a literatura nos dita como

modernidade: estamos simplesmente terceirizando porque esta é a tendência.

No entanto é altamente incômodo verificar que as empresas tomadoras não têm

ainda medidas eficazes para aferir valores antes da contratação, o que leva a maioria a

optar pela experiência indiscriminada, com base nos preços.

Em conseqüência ao disposto acima, verifica-se a troca de parceiros, a

rotatividade das prestadoras, ganhando e perdendo contratos, contratando e demitindo

empregados. Muitas delas, pela insegurança quanto à manutenção dos contratos, têm

optado, com a complacência das tomadoras, por burlar a lei, estabelecendo com seus

empregados contratos temporários, períodos de experiência mais longos e até mesmo

o subemprego, sem registros e garantias. Tudo em nome da competição.

No contrato, deve ser tudo estabelecido, o que, o porque fazer, mas jamais

como fazer. Assim, fundamentalmente que, ao se escolher a prestadora, o nível de

confiança em sua capacidade operacional seja fator determinante de sua escolha.

39

formando-se o vínculo empregatício diretamente com a contratante, exceto

nos casos previstos nas leis já citadas.

De acordo com QUEIROZ (1999), os riscos legais latentes em projetos de

terceirização abrangem, praticamente, todas as áreas do Direito, ou seja: a trabalhista,

previdenciária, civil, penal e comercial, além de relacionar-se com a tributária. Na área

trabalhista deve-se evitar a subordinação direta na forma econômica, quando o

contratante é o único remunerador de todo efetivo do fornecedor, não permitindo que

este tenha outro cliente e a forma operacional, quando a contratada não tem

instrumentos e nem equipamentos próprios e utiliza os do fornecedor. Nos dois casos a

empresa contratada não tem autonomia operacional e nem da gestão administrativo-

financeira da sua empresa e depende do contratante para obter os seus resultados.

Na área previdenciária o risco ocorre a partir da falta de diligenciamento da

contratante para evitar a sonegação previdenciária. Havendo o não recolhimento da

contribuição do INSS, o contratante assume subsidiariamente esse recolhimento.

Na área civil, o aspecto mais importante neste risco refere-se ao acidente de

trabalho, considerando que a contratada desenvolve as suas atividades dentro das

instalações da contratante. Neste caso a contratante é solidária com a contratada nas

indenizações, face aos danos físicos causados aos empregados da contratada,

oriundos de acidente de trabalho.

O risco penal ocorre em duas circunstâncias: na ocorrência de acidente do

trabalho por culpa, gerada pela negligência da contratante, referente às condições

inseguras da sua instalação, uma vez que, neste caso, a contratada está prestando

serviços dentro das instalações da contratante. Há ainda a prática de violência ou

frustração de direitos trabalhistas, garantidos por Lei, Convenção ou Acordo Coletivo

do trabalho.

A responsabilidade comercial do contratante neste tipo de risco é apenas

comportamental e poderá comprometer os resultados da terceirização, pela

contratação de uma empresa sem a devida especialidade, não obtendo os resultados

qualitativos e nem quantitativos esperados e desejados. Neste caso risco que poderá

levar a contratante para a esfera trabalhista é a responsabilidade pela má escolha da

contratada, sem necessária capacidade técnica, operacional e econômica para assumir

o serviço. Assim sendo, poderá inviabilizar-se economicamente e transferir para a

contratante a responsabilidade do ônus trabalhista dos seus empregados, que estão

atuando dentro das instalações da contratante.

38

posicionamento jurisprudencial, para condenar a contratação de serviços em

tese.

c ) O problema é que a terceirização muitas vezes não passa de um

mascaramento de contrabando de mão-de-obra, com empresários

inescrupulosos utilizando-se da fachada de empreiteiras que se eximem das

responsabilidades legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço, recolhimento para a Previdência Social, etc) para com seus

empregados. Não raras vezes, esses simplesmente desaparecem num

determinado momento para em seguida, em tempo e local mais convenientes

para seus interesses, reaparecerem com outra razão social. Dentro desse

quadro, é óbvio que o Judiciário Trabalhista considere ilegal a prática que não

pode ser confundida com a verdadeira terceirização.

d ) Salienta-se que o Judiciário não pode ser visto como inimigo. Ele apenas

espelha reação ao comportamento da sociedade empresarial e seu

preconceito contra a terceirização só ocorre em função dos maus contratos

que ainda existem em grande número e viajam até o Judiciário em busca de

solução. É sempre justo lembrar que os casos de sucesso não vão ao

Judiciário. Por isso, é natural que a maioria dos juizes olhem, uns com cautela

outros com reserva, tal estilo de administração.

e ) Quando o contrato de terceirização está calçado em seus verdadeiros

princípios filosóficos (modernidade, qualidade, produtividade, parceria,

competitividade), bem como não existindo lesão econômica ao empregado do

parceiro e sendo atendidos os direitos trabalhistas, é natural que ele não sofra

a incidência das normas protetivas do Direito do Trabalho. É que fica

caracterizado, então, um contrato de natureza civil, plenamente válido como

ato jurídico perfeito.

f ) Verifica-se na legislação, especificamente nas leis nº 6.019/74 e 7.102/83, o

pleno consentimento para o trabalho temporário e para a contratação de

serviços de vigilância e transporte de valores. Nesses casos, o risco da

ilegalidade está definitivamente afastado. Entretanto, o embate judicial não é

raro quando se trata de outros tipos de serviços. Outro óbice jurídico para a

terceirização é o Enunciado da Súmula 256 do Tribunal Superior do Trabalho.

Ela dispõe ser ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta,

37

uma questão ideológica, mas legal, moral, ética e, sobretudo, mercadológica. Não é à

toa que se tenha tornado item de alta prioridade na lista de preocupações,

especialmente das grandes empresas, conforme ponto de vista de ALVAREZ (1996).

Continuando, ALVAREZ (1996) afirma que o advento da globalização trouxe

uma nova realidade para as grandes empresas: se sua empresa polui, suas chances

de vender no exterior são consideradas próximas a zero. Os importadores,

principalmente os europeus, já deram mostras que não estão para brincadeiras. A

adoção da ISO 14000 como requisito para fornecimento é uma prova inequívoca de

seus propósitos. A distinção dos ecologicamente corretos é bastante simples: nada de

negócios com empresas que emporcalham o ambiente. Sem falar nas pressões

exercidas por governos e comunidades, mesmo no Brasil.

2.6.1.3. Obrigações legais

LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) apresentam as seguintes considerações

sobre a necessidade do cumprimento das obrigações legais pela contratada, que

deverão constar em um contrato:

a ) a empresa que terceiriza com o intuito apenas de reduzir custos, sem levar

em conta os trabalhadores que estão envolvidos no processo, sem

estabelecer uma cadeia de qualidade, sem preocupar-se com resultados a

médio e longo prazos, vai acabar, cedo ou tarde, pagando a conta. Na

grande maioria das vezes, o que estimula a interferência do Judiciário

Trabalhista é a contratação indevida. Enfim, a contratação entre empresas

não tem sentido se não for segura do ponto de vista jurídico.

b ) Com exceção dos casos de que tratam as leis 6.019/74 e 7.102/83, que

prevêem o trabalho temporário e os serviços de vigilância e transporte de

valores, a intermediação de mão-de-obra é um item controvertido e, embora

antiga (já estava prevista no código penal francês do século XIX), ainda é

mal interpretada no Brasil. Sem a idéia básica de parceria em sua essência

e, conseqüentemente, apresentando, não raras vezes, uma prática

completamente equivocada, há muito que a contratação de terceiros existe

no país. E, justo por ser inúmeras vezes inadequadamente executada,

apenas para reduzir custos, sonegar obrigações legais, em detrimento da

correta administração dos recursos humanos, é que o Judiciário consolidou

36

Os vínculos entre contratantes e contratadas superam as questões mais

próximas, especialmente as de cunho comercial, passando a envolver a qualidade

como requisito da relação, ou seja, seu segundo elemento componente.

Contudo, a instauração e manutenção da qualidade exigem a adoção de

processos onerosos, especialmente quando se tem em vista a obtenção da certificação

ISO 9000. Sabe-se, também, que os casos de terceirização, em sua maioria, ocorrem

entre grandes e pequenas empresas. Nesse contexto, o terceiro, diante de um

programa da qualidade do contratante, vê-se obrigado a arcar com investimentos

iniciais elevados. Dele é exigida uma preparação para agregar valor ao cliente, uma

adequação de requisitos de fornecimento que conduz a pesados encargos. Nessa

perspectiva, recupera-se a importância da parceria: a contratante precisa apoiar as

iniciativas do terceiro. Além disso, diante da fragilidade econômica, comum aos

pequenos negócios, necessita-se da mútua compreensão dos riscos decorrentes

desses investimentos e, por conseqüência, maior solidariedade entre as partes, o que

faz o relacionamento transcender as tradicionais cláusulas contratuais.

Continuando, ALVAREZ (1996) entende que é necessário averiguar, antes

mesmo da contratação, os padrões de qualidade que um terceiro pode oferecer e em

quais circunstâncias ajudará para afastar possíveis quedas de qualidade na prestação

dos serviços.

Depois de celebrado o contrato, visando a monitoração do processo de

qualidade da contratada, é preciso realizar freqüentes auditorias de qualidade nas

empresas fornecedoras e, inclusive, prestar-lhes consultoria nessa área quando

necessário. A terceirização não deve ocorrer senão forem possíveis indicadores de

performance do fornecedor. Idealmente, o contrato deverá contemplar cláusulas que

estabeleçam padrões mínimos de performance, de tal maneira que incentivem

melhorias progressivas em certos intervalos de tempo.

Em resumo, terceirização, parceria e qualidade fundem-se em um único

conceito.

2.6.1.2. Aspecto ambiental

A preservação ecológica, ainda considerada como modismo por algumas

pessoas e organizações, ascendeu ao status de necessidade primária. Hoje, a

preocupação com os impactos ecológicos da produção de bens e serviços é não só

35

§ Reparação de eventuais danos - como fazê-los

• foro - a discussão das lides

§ As assinaturas - a data

§ As testemunhas - duas no mínimo (art 135 do Código Civil Comercial)

2.6.1. Principais aspectos a serem contemplados na elaboração de contratos

Com base nas abordagens de LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), GIOSA

(1993) e QUEIROZ (1999) os contratos deverão ter os seguintes aspectos

incorporados no seu escopo:

2.6.1.1. Qualidade

LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) ressalta o depoimento do diretor-

superintendente da Riocell, Aldo Sani, grande responsável pela implantação do

processo de terceirização na empresa e reconhecido como precursor da terceirização

em termos de prática no país: “já de início, a empresa que pretende ser moderna deve

romper com conceitos pré-estabelecidos, inclusive a máxima de que o seu objetivo é o

lucro. Pelos novos padrões, a meta deve ser o cliente. E é pelo cliente, pelo homem,

pela sociedade como um todo, que o empreendimento precisa mudar. A boa colocação

no mercado e o lucro são conseqüências naturais”.

Segundo ALVAREZ (1996), hoje o conceito de qualidade já possui certa

universalização, principalmente, em razão da adoção disseminada do padrão ISO

9000, como referencial da qualidade. Qualidade é um processo irreversível e

inquestionável - ou a organização se adequa aos novos imperativos ou simplesmente

perde a oportunidade de lutar em um mercado cada dia mais ávido por resultados

qualitativamente melhores.

A qualidade prioriza a agregação de valor à cadeia produtiva, que culmina na

geração de valor para clientes e usuários. Quando se terceiriza, anéis dessa cadeia

são da incumbência do parceiro; portanto, a relação entre as partes tem como principal

interesse a adequabilidade das contribuições do terceiro para satisfação dos clientes e

usuários do contratante.

34

d ) A descrição detalhada das operações no contrato submete o prestador às

condições do tomador, funcionando como se este fosse um departamento

disfarçado;

e ) É sempre bom incluir no contrato uma cláusula prevendo o risco do tomador de

vir a ser interpelado judicialmente por uma obrigação trabalhista não cumprida

pelo prestador. Neste caso, o tomador deverá assumir a responsabilidade pela

indefinição. Mas nesta cláusula, deverá estar expresso que, em caso dessa

ocorrência, o tomador acionará na esfera civil o prestador para que haja o

ressarcimento dos prejuízos;

f ) Na preparação do contrato, recomenda-se aos tomadores evitarem levar

vantagem sobre o prestador. Nesta hipótese, quem acaba perdendo é o

trabalhador do prestador. O Direito do Trabalho, nestes casos, protege o

funcionário, garantindo-lhe os seus direitos trabalhistas e responsabilizando o

prestador e o tomador. Assim, o contrato estará viciado e não terá validade, pois

estará causando prejuízos ao trabalhador.

Conforme GIOSA (1995), um contrato deve ter a seguinte estrutura e itens

específicos:

§ Introdução - objetivo e partes envolvidas

§ Obrigações - a participação das partes

§ Prazo de vigência

§ Preço no período

§ Condições de reajuste

§ Forma de pagamento

§ Execução de tarefas - as técnicas, o uso da tecnologia, o treinamento e

desenvolvimento e os parâmetros de medição da qualidade

§ Itens de controle/auditoria operacional

§ Forma de rescisão

§ Garantias

§ Riscos

§ Responsabilidades das partes

33

§ contrato que rege o relacionamento deve prever um acordo preliminar quanto ao

sistema e aos procedimentos a serem utilizados, em caso de divergências, para

chegar a acordos amigáveis.

WANKE (1999) diz que os instrumentos gerenciais e operacionais são

ferramentas desenvolvidas em conjunto para lidar com diversas questões presentes

nos curtos e longos prazos do relacionamento. Definição de indicadores de

desempenho e de procedimentos e métodos constituem exemplos de instrumentos

operacionais enquanto que a política de investimentos e o grau de formalização

contratual constituem exemplos de instrumentos gerenciais.

Conforme diz GIOSA (1995), as relações entre os fornecedores/parceiros

refletirá na prestação dos serviços contratados, dando ênfase especial à qualidade.

Esta nova relação deverá estar suportada por um contrato que preveja cláusulas de

cumprimento de aspectos legais, operacionais e que, através de um chek-list, todos os

itens de controles sejam contemplados, exatamente para garantir a qualidade da

prestação dos serviços;

Com a prática da terceirização, a formalização contratual se torna um

instrumento de apoio e suporte á operação, responsabilizando o prestador de serviços,

estabelecendo regras de relacionamento, e dando uma base juridicamente adequada à

relação.

Continuando, GIOSA (1995) aponta alguns pontos básicos que deverão ser

observados na caracterização deste documento, que expomos a seguir:

a ) É importante se observar o contrato social do prestador para verificar a

compatibilidade com a finalidade do tomador. É necessário conhecer-se

detalhadamente as atividades-fim de ambos, as quais, têm que ser diferentes

para evitar a presunção do vínculo empregatício;

b ) posicionamento das partes deve ser equilibrado para não haver a submissão de

uma parte à outra e vice-versa. Havendo a subserviência haverá a

subordinação, e com isso o vínculo;

c ) Deve-se evitar detalhar as cláusulas contratuais. A autonomia da operação pelo

prestador de serviços precisa ser garantida;

32

Um outro papel do contrato é resolver conflitos. Conflitos são inevitáveis. O

objetivo deve ser administrar conflitos para melhorar a parceria e não viver na

expectativa quase infantil de que o conflito não vai aparecer.

ZINN (1998), conclui as colocações acima, afirmando que o contrato de parceria

deve ser visto como uma ferramenta de trabalho e uma forma de garantir que as partes

mantenham uma perspectiva de longo prazo.

Para ALVAREZ (1996), o instrumento formal que regula a relação entre

parceiros é de vital importância para o êxito do negócio. São poucas as chances de

sucesso de uma parceria assente em um contrato mal articulado. Um cuidado especial

é o de não se fazer os primeiros contratos com prazos longos, para que não se perca a

oportunidade de correção de rumos. Quando não forem possíveis contratos com

prazos curtos, indica-se a utilização de cláusulas de aviso prévio e regras de

dissolução do acordo.

O contrato precisa, também, explicitar elementos que garantam certo padrão de

qualidade e segurança. Podem-se firmar contratos com prazos e quantidades mínimas

e, em contrapartida, que se exijam investimentos contínuos em qualidade pelo terceiro.

QUEIROZ (1992), diz que o desleixo contratual pode comprometer a

terceirização, ou seja, a falta de cuidado e bastante critério da contratante na discussão

e no preparo do contrato de prestação de serviços, principalmente no que diz respeito

às condições, nas quais os serviços serão prestados. Devemos sempre ter em mente

que no processo de terceirização, o contratado não pode ser subordinado à

contratante. Sob nenhuma hipótese, a contratante deverá estabelecer o como fazer,

pois se assim o fizer, estará condicionando a atividade do contratado. Poderá apenas

indicar o que fazer, onde, porque e quando fazer. A determinação do como fazer gera a

presunção do vínculo empregatício.

MERLI (1998), afirma a necessidade do contrato, quando, entre os dez

princípios do relacionamento, ele cita dois referentes a contratos, conforme a seguir:

§ cliente e fornecedor, antes de iniciar o seu relacionamento, devem formalizar um

contrato amplamente discutido relativo à qualidade, quantidade, preços, prazos

de entrega e formas de pagamento.

31

as partes convencionaram e pelo segundo, devem ambas cumprir fielmente o que

avençaram e prometeram reciprocamente.

No direito privado a liberdade de contratar é mais ampla e informal, salvo as

restrições da lei e as exigências especiais de forma para certos ajustes, ao passo que

no direito público a Administração está sujeita a limitações de conteúdo e a requisitos

formais para a realização e execução de seus contratos, mas, em contrapartida, dispõe

sempre dos privilégios administrativos para a fixação e alteração das cláusulas de

interesse público e até mesmo para por fim ao ajuste em meio de sua execução.

Segundo ZINN (1998), o contrato, juntamente com a parceria, é uma das formas

de administrar as incertezas para as empresas contratantes. O objetivo de firmar um

contrato de parceria não é necessariamente proteger-se legalmente. Apesar disto

também ser importante, o objetivo principal do contrato é criar um documento de

trabalho.

Continuando o autor afirma que oponentes de contratos lembram que parcerias

sem contrato são mais flexíveis e que o contrato muitas vezes impede empresas de

ajustarem-se a novas situações. O contrato firmado entre contratante e contratada visa,

sobretudo, direcionar a parceria com o objetivo de orientar investimentos e estabelecer

regras de trabalho que permitam as parcerias manter um processo de melhoramento

contínuo. Este processo visa administrar as vantagens e desvantagens das parcerias.

Um bom contrato maximiza as vantagens e minimiza as desvantagens, tornando a

parceria cada vez mais atrativa para ambas as partes.

Como pode um contrato maximizar as vantagens e minimizar as desvantagens

de uma parceria? A dependência, por exemplo, é uma das principais desvantagens.

Ela pode ser minimizada através da escolha cuidadosa do parceiro e, principalmente

através do uso da informação. Um gerente que receba aviso antecipado sobre um

atraso de término de um serviço pode tomar uma contramedida. Outra cláusula que

pode administrar a dependência é o estabelecimento de multas pesadas por atraso,

para garantir que o número dessas ocorrências seja pequeno. Sempre que possível, o

contrato deverá estabelecer planos de contingência para situações inesperadas.

O melhoramento contínuo de uma parceria depende de reuniões de trabalho que

semanalmente revisem os erros cometidos na semana anterior e criem equipes

compostas por membros das duas empresas para resolver problemas e sugerir

melhoramentos.

30

produção e comercialização de produtos e serviços; sobretudo, é preciso que elas

entendam seu campo visual muito mais que suas funções tradicionais e levem em

consideração as repercussões que suas atividades provocam no meio ambiente, no

consumidor, na saúde e segurança de seus empregados e em uma série de questões

éticas que se entrecruzam com elementos de natureza cultural. No entanto,

testemunham-se que o desempenho desse papel tem estado muito aquém,

principalmente em decorrência de suas impossibilidades e limitações.

GIOSA (1995) diz que quanto à ação específica, o gestor de contratos deverá

desenvolver procedimentos que tenham como fim:

a ) a auditagem constante do contrato para garantir a sua plena execução;

b ) cumprimento das regras e condições estipuladas no contrato;

c ) cumprimento dos objetivos desta operação;

d ) acompanhamento das cláusulas que prevêem o reajuste de preços;

e ) acompanhamento das cláusulas que indicam o período de vigência e eventuais

denúncias quanto à inabilitação do prestador de serviços.

QUEIROZ (1992) diz que se o tomador dos serviços exercer má administração

do contrato, poderão advir sérias conseqüências futuras, que podem inviabilizar a

continuidade do processo de terceirização.

2.6. Elaboração de contratos

De acordo com MEIRELLES (1991) a instituição do contrato é típica do direito

privado, baseada na autonomia da vontade e na igualdade jurídica dos contratantes,

mas é utilizada pela Administração Pública, na sua pureza originária (contratos

privados realizados pela Administração), ou com as adaptações necessárias aos

negócios públicos (contratos administrativos propriamente ditos). Desta forma, que os

princípios gerais dos contratos tanto se aplicam aos contratos privados (civis e

comerciais), quanto aos contratos públicos dos quais são espécies os contratos

administrativos, os convênios e consórcios executivos, e os acordos internacionais.

Todo contrato, privado ou público, é dominado por dois princípios: o da lei entre

as partes e o da observância do que pactuaram. Pelo primeiro torna-se imutável o que

29

empresas para repassar algumas de suas atividades, acessórias e de apoio, a

terceiros, com os quais se procura manter uma relação de parceria, para que as

mesmas possam concentrar-se mais fortemente no negócio em que atuam, em busca

de maior competitividade. Tudo feito através de um processo cuidadosamente

gerenciado.

Conforme diz LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) a prática de contratar parceiros

para executar quaisquer tarefas que não sejam a verdadeira vocação da empresa

exige uma mudança radical.

A contratação de parceiros pressupõe um jogo negocial com regras novas,

adaptadas caso a caso, mas onde sempre sejam contempladas modificações na

cultura empresarial, aprimorando-se o conhecimento e a informação, reconhecendo-se,

efetivamente, que o saber adquire supremacia em larga escala.

Continuando, os autores afirmam que no modelo de contratação tradicional,

contratantes (usuários) e contratadas (prestadores de serviços) assumem posições

opostas. O jogo não é aberto, tem como regra a equivocada Lei de Gérson de tirar

vantagem de tudo e, deste modo, uns perdem e somente um ganha. Com a

terceirização, ao contrário do que se verifica na maioria dos contratos clássicos, todos

os lados devem ganhar, e na prática realmente ganham. É o chamado modelo ganha-

ganha, com as empresas contratantes posicionando-se lado a lado. Talvez esteja aí o

maior desafio da terceirização, pois isso implica mudanças radicais na forma de

enfocar a atividade empresarial.

Conforme diz ALVAREZ (1996), é impossível eliminar todos os riscos inerentes a

uma iniciativa do porte da terceirização, no entanto, eles podem ser diminuídos, com a

conscientização dos envolvidos, de suas possibilidades da ocorrência. Do mesmo

modo, não há como afastar definitivamente prováveis rupturas no processo,

provenientes, em sua maioria, de questões relacionadas com a cultura empresarial,

com o hermetismo das tecnologias empregadas, com a pouca ou nenhuma experiência

no assunto dos envolvidos no processo, com as contendas judiciais e com a baixa

qualidade, muito embora esses malogros possam ser minimizados pela adoção de uma

política de pleno engajamento.

Não há dúvidas de que os últimos anos impuseram um novo papel à grande

empresa, cabendo aqueles responsáveis pelo processo de terceirização conduzir as

empresas para a referida mudança. Não é preciso grande esforço para perceber que

na atualidade se espera das grandes empresas muito mais do que desenvolvimento,

28

São fortes os indícios de que esses resultados observados no Brasil decorram,

principalmente, da inexperiência das empresas com a terceirização. Muitas vislumbram

reduzir de imediato seus custos o que nem sempre ocorre. Talvez por isso a

terceirização lhes pareça dispensável.

O imediatismo é um grave problema para a consolidação da terceirização no

Brasil. Ele se mostra através do desejo manifesto dos executivos brasileiros, frente a

pressões econômicas, por resultados financeiros em curto prazo.

Acostumados à obtenção de retorno financeiro a curto prazo em seus

empreendimentos, uma boa parte dos executivos brasileiros palpita na hora de

escolher alternativas que requeiram tempo para maturação. Talvez não pudesse ser

diferente, se considerados os aspectos imanentes ao cenário no qual atuam esses

executivos: contínuas recessões entremeadas por hiperinflações espasmódicas.

Contudo, as recentes pressões por qualidade e preços menores vêm exigindo

uma nova atitude da classe executiva brasileira: rever sua inclinação para o curto

prazo. Os resultados com a qualidade e a consolidação de parcerias apresentam seus

índices maiores nos médios e longos prazos. Não é possível incorporar a filosofia da

qualidade ou conquistar a confiança de parceiros da noite para o dia. Há que se investir

em tempo, acima de tudo.

Sob o ponto de vista de ALVAREZ (1996), é ingênuo pensar que se dispõe de

regras liberais e que o Brasil é um país moderno, considerando a perspectiva de um

novo capitalismo emergente. Sabe-se que o conservadorismo faz parte da tradição

empresarial brasileira. Portanto, qualquer iniciativa voltada para difundir uma

mentalidade de parceria encontra resistentes barreiras.

Muitas pedras hão de ser removidas até que as empresas instaladas no Brasil,

principalmente as grandes empresas brasileiras, admitam que um terceiro e menor

possa fazer melhor que elas.

A terceirização, a partir de suas novas características, exige modificações na

cultura empresarial, especialmente na crença de que uma pequena empresa não

consegue fazer melhor que uma grande companhia.

2.5. Gestão de contratos

Conforme estipulado por GIOSA (c.1993), LEIRIA & SARATT (1995), QUEIROZ

(1992) e DAVIS (1992), a terceirização é uma técnica administrativa utilizada pelas

27

Setor de atuação: 41% do setor industrial, 27% comercial e 32% serviços

Tabela 2.2 – Pesquisa sobre terceirização

PESQUISA CENAM – Centro Nacional de Modernização

Situação das empresas

93% já tinham ouvido falar em terceirização

90% entendem que a terceirização é uma tendência mundial do processo de modernização dos negócios

18% somente já participaram de algum evento (fórum, seminário, palestra) sobre terceirização

48% já aplicaram ou aplicam algum tipo de serviço terceirizado

38% introduziram a terceirização por iniciativa própria

10% introduziram a terceirização por intermédio de consultorias

Principais áreas

implantadas

Áreas que gostariam de

implantar imediatamente

Das empresas que já terceirizaram (48%)

Limpeza Limpeza 27% com ex-

funcionários

70% tiveram sucesso

absoluto

10% estão tendo

uma visão

estratégica

Manutenção Mão de obra 73% através

de terceiros

20% tiveram sucesso

parcial

Segurança/vigilância Informática (processamento

de dado)

- 10% não tiveram

sucesso

90% estão fazendo

esporadicamente

por área

- Segurança/vigilância - - -

- Manutenção - - -

- Administração de

restaurantes

- - -

VANTAGENS DESVANTAGENS

Qualidade do serviço Dificuldade de encontrar o parceiro ideal

Transferência de tecnologia Dificuldade de efetivar um contrato de parceria

Revisão estrutural e cultural da empresa Problema com o corpo funcional

Melhores resultados no conjunto da empresa Desconhecimento da legislação trabalhista

Menor custo Dificuldade no convencimento da alta administração

Melhoria no ambiente de trabalho Dificuldade no controle do custo interno com a parceria

- Dificuldade no relacionamento/envolvimento com os

sindicatos

GIOSA (1995) informa que uma pesquisa realizada pela Price Waterhouse

revela que seis em cada dez empresas pesquisadas não têm a menor vontade de

transferir, para terceiros, parte de suas atividades. Do universo pesquisado, 5%

entregaram parte de sua produção a terceiros e estão satisfeitas; no entanto, apenas

15% admitem que obtiveram os resultados esperados.

26

ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e produtividade nos serviços

que vinham sendo prestados.

Nos anos 90, com a abertura de mercado e a globalização da economia, a

terceirização ganhou mais destaque, já que as empresas foram obrigadas a

desenvolverem estratégias competitivas, visando alcançar maior produtividade e

qualidade, aliados a preços menores, fatores que buscavam atender as necessidade e

expectativas dos clientes.

As empresas prestadoras de serviços também não se preocupavam em

melhorar os serviços que prestavam e apenas se atinham a manter os seus

empregados nas instalações dos contratantes, sem nenhum incremento profissional.

Os seus equipamentos e instrumentos eram mais simples e rudimentares possíveis. O

conceito e a idoneidade das empresas prestadoras de serviços era sofrível, pois não se

preocupavam com a sua especialização, melhoria da qualidade e nem de

competitividade.

Segundo ALVAREZ (1996), a terceirização, em sua concepção moderna (não

aquela prestação de serviços tradicional), freqüenta constantemente a mídia

especializada; entretanto, no meio empresarial brasileiro ainda é menos difundida do

que parece, embora seja bastante oportuna para a criação de empregos e geração de

riquezas através do fortalecimento das pequenas empresas.

Apesar de todos os benefícios proporcionáveis pela terceirização, ela encontra

no Brasil um poderoso inimigo: o imediatismo da maioria dos executivos. Sabe-se que

ela oferece resultados em curto prazo; contudo, seus maiores benefícios só são

realmente percebidos nos médios e longos prazos.

Apesar de todas as barreiras impostas pelo tradicionalismo e pela resistência a

mudanças, a terceirização vem ampliando seu espaço no Brasil. Não só as atividades

de apoio têm sido repassadas a terceiros, mas, em muitos casos, parcelas

significativas das atividades-fim.

GIOSA (1995), mostra uma pesquisa que busca refletir a realidade da

terceirização no Brasil realizada pelo CENAM - Centro Nacional de Modernização -

período da pesquisa 11/92 à 03/93 de empresas localizadas nos Estados de Santa

Catarina, Ceará e São Paulo, conforme tabela 2.2 – Pesquisa sobre terceirização.

Quantidade de empresas pesquisadas: 2.350 - 31% (730) grande porte, 40%

(940) médio porte e 29% (680) de pequeno porte;

25

2.3. A terceirização no mundo

A terceirização originou-se nos Estados Unidos, logo após o início da II Guerra

Mundial, diante da necessidade das indústrias bélicas, que tinham como desafio,

concentrar-se no desenvolvimento da produção de armamentos, delegando algumas

atividades de suporte a empresas prestadoras de serviços, mediante contratação,

segundo dados fornecidos por GIOSA (1995), e, LEIRIA, SOUTO & SARATT (1995),

sendo que sua consolidação deu-se após o término da Guerra.

Nos países desenvolvidos a terceirização surgiu diante da necessidade das

empresas tornarem-se cada vez mais ágeis no mercado, buscando resultado com

competitividade e qualidade.

Conforme diz FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), as empresas dentro

desta nova realidade, viram-se obrigadas a questionar suas formas de administrar.

Diversas teorias e práticas surgiram para buscar a excelência organizacional. Temas

até então pouco discutidos como o uso da informática, a automação industrial, a

qualidade, a produtividade e a administração dos Recursos Humanos, passaram a

fazer parte da pauta do dia, assumindo uma nova importância. Ainda assim, as

oportunidades eram escassas, e os mercados cada vez mais competitivos.

2.4. A terceirização no Brasil

No Brasil, a terceirização se introduziu sob outro prisma, tendo a recessão como

pano de fundo, que levou as empresas refletirem sobre a sua atuação, como diz

GIOSA (1995).

Conforme diz FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), no Brasil, devido à

constante crise político-econômica e ao fechamento da economia para intercâmbio com

mercado externo, o capital estrangeiro deixou de fazer investimento em nosso território.

As empresas nacionais tiveram que repensar a sua realidade.

Segundo QUEIROZ (1992), no Brasil, a terceirização foi gradativamente

implantada com a vinda das primeiras empresas multinacionais, principalmente as

automobilísticas. Dessa época até aproximadamente o início dos anos 90, a

terceirização era conhecida como contratação de serviços de terceiros, com aplicação

exclusivamente para reduzir o custo da mão-de-obra. Este recurso simplesmente para

obter alguma economia em atividades pouco significativas, sem preocupação em gerar

24

Tabela 2.1 - Vantagens e desvantagens da terceirização

VANTAGENS DESVANTAGENS

Focalização dos negócios da empresa na sua área de atuação Risco de desemprego e não absorção da mão-de-obra na

mesma proporção

Diminuição dos desperdícios Resistências e conservadorismo

Redução das atividades-meio Risco de coordenação dos contratos

Aumento da qualidade Falta de parâmetros de custos internos

Ganhos de flexibilidade Demissões na fase inicial

Aumento da especialização do serviço Custo de demissões

Aprimoramento do sistema de custeio Dificuldade de encontrar a parceria ideal

Maior esforço de treinamento e desenvolvimento profissional Falta de cuidado na escolha dos fornecedores

Maior agilidade nas decisões Aumento do risco a ser administrado

Menor custo Conflito com os sindicatos

Maior lucratividade e crescimento Mudanças na estrutura do poder

Favorecimento da economia de mercado Aumento da dependência de Terceiros

Otimização dos serviços Perda do vínculo para com o empregado

Redução dos níveis hierárquicos Desconhecimento da legislação trabalhista

Aumento da produtividade e competitividade Dificuldade de aproveitamento dos empregados já treinados

Redução do quadro direto de empregados Perda da identidade cultural da empresa, a longo prazo, por

parte dos funcionários

Diminuição da ociosidade das máquinas -

Maior poder de negociação -

Ampliação do mercado para as pequenas e médias empresas -

Possibilidade de crescimento sem grandes Investimentos -

Economia de escala -

Diminuição do risco de obsolência das máquinas, durante a

recessão

-

Para SILVA (1997), a terceirização somente será válida se houver seriedade na

análise, planejamento e objetivos bem definidos: produtividade, qualidade, custo e

especialidade comprada da contratada, devendo ser esta capaz de utilizar

metodologias e tecnologias que a contratante não detém.

Complementando o disposto acima, GIOSA (1995) diz que é fundamental

preservar, na terceirização, a qualidade e garantir a melhoria contínua. Se houver

qualquer possibilidade de que a qualidade dos serviços venha a ser comprometida ou

sofrer prejuízos a terceirização não é racional.

Afirmando o dinamismo da terceirização, GIOSA (1995) diz que a terceirização

não tem limites. Desde que a empresa se dedique mais à sua vocação e à sua missão,

seus esforços tendem a se concentrar menos na execução e mais na gestão, exigindo

qualidade, preço, prazo e inovações.

23

capaz de permitir uma ampla visão de todo o processo, seu desenvolvimento no

conjunto interno das empresas, dos recursos envolvidos (materiais, equipamentos e

financeiros) , e dos talentos humanos nas empresas, que deverão ser fortemente

reorientados para a nova visão empresarial que a organização deseja proceder.

De forma errônea, entretanto, alguns administradores pretendem com o

processo, exclusivamente, o ganho imediato com a redução de custos. Com isto,

diminuir o quadro de pessoal e escolher fornecedores usando o menor preço, via de

regra, coloca sob forte ameaça o futuro da empresa, conforme FONTANELA,

TAVARES & LEIRIA (1994).

A terceirização que busca resultados apenas em razão do custo está praticando

um ato que pode ser qualificado de qualquer coisa, menos de terceirização, no sentido

que esta decisão apoia-se em princípios éticos, técnicos e de busca de melhoria de

qualidade e produtividade, conforme diz SILVA (1997).

Continuando, SILVA (1997) afirma que, quando um processo de terceirização,

mediante cotação de preços, acolhe como um feito de performance o menor custo,

pura e simplesmente, não é e nunca será terceirização: é um desserviço à

competitividade da empresa, pois preço jamais poderá ser o determinante exclusivo em

processo sério de terceirização, e os efeitos negativos aparecerão rapidamente. Custo,

embora importante, não pode ser o único ou principal fator determinante da

terceirização. Ela pressupõe, antes de tudo, ganho de qualidade ou, no mínimo,

manutenção da qualidade aliada a ganho nos custos.

Para FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), é inegável que o conceito e a

prática da terceirização estão vinculadas também à redução de custos, mas não

somente a isto. A terceirização objetiva o aumento da competitividade (equalizando a

qualidade), servindo-se de melhores tecnologias, buscando o desperdício zero e a

conseqüente redução de custos fixos.

A terceirização, como qualquer modelo de gestão, apresenta vantagens e

desvantagens para a empresa. Na tabela 2.1 – Vantagens e desvantagens da

terceirização, estão os itens mais relevantes, do ponto de vista de GIOSA (1995), GEIA

(1992), HENDRY (1997), LEIRIA & SARATT (1992), VANCA (1994) e BEZERRA

(1994).

22

e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e ganhando

competitividade.

Reforçando o conceito de terceirização, ELLISON & MILLER (1995) dizem que,

em vez da empresa fazer todas as coisas a todos os clientes, a tendência hoje nos

negócios é determinar o que eles fazem melhor, e, então, concentrar-se para superar

só as áreas de sua competência.

Conforme ALVAREZ (1996), a gestão moderna, em alguns casos, gera

modismos oriundos de pesquisas metódicas e cientificamente aceitas. No entanto,

seus resultados são utilizados de modo distorcido, como vem ocorrendo, por exemplo,

com a questão da terceirização.

Não raro, observam-se na mídia especializada, declarações de que a

terceirização seja instrumento gerencial maior. Outras declarações mais enfáticas

acentuam que o que não for vocação de uma empresa deve ser entregue a

especialistas e que a prática da terceirização, quando bem administrada, traz

benefícios a todos os diretamente envolvidos.

O universo de opiniões que envolvem o tema, mesmo conformado por

divergências e convergências, deixa à mostra alguns elementos comuns: parceria,

qualidade e mudança. A maioria dos discursos, independentemente da opinião,

menciona esses elementos, bem como a vantagem competitiva advinda de uma

estratégia bem plantada, decorrente de um saudável relacionamento entre cliente e

fornecedor.

Segundo GIOSA (1995), hoje, no entanto, a terceirização se investe de uma

ação mais caracterizada como sendo uma técnica moderna de administração e que se

baseia num processo de gestão, que leva a mudanças estruturais da empresa, a

mudanças de cultura, procedimentos, sistemas e controles, capilarizando toda a malha

organizacional, com um objetivo único quando adotada: atingir melhores resultados,

concentrando todos os esforços e energia da empresa para a sua atividade principal.

Com enfoque claro na qualidade e com redução de custos, as empresas, com a

aplicação da terceirização, se transformam, concentrando todas as suas energias e

esforços em sua atividade principal, e, com isso, gerando mais resultados, favorecendo

a eficácia, com a otimização da gestão. As experiências comprovadas de

operacionalização da terceirização no ambiente empresarial brasileiro e dos países do

primeiro mundo, levam à conclusão de que o sucesso obtido só foi possível quando se

encarou a terceirização não como modismo, mas sim, como um enfoque estratégico,

21

econômica ou serviço de interesse coletivo outorgado ou delegado pelo Estado.

Revestem a forma das empresas particulares, admitem lucro, e regem-se pelas normas

das sociedades mercantis, com as adaptações impostas pelas leis que autorizarem a

sua criação e funcionamento.

Embora paraestatal, a sociedade de economia mista ostenta estrutura e

funcionamento da empresa particular, porque isto constitui, precisamente, a sua própria

razão de ser. A forma usual de sociedade de economia mista tem sido a anônima,

obrigatória para a União.

Os atos e contratos da sociedade de economia mista regem-se pelas normas do

direito privado, especialmente na parte das obrigações, igualando-se aos das

empresas particulares, mas a entidade ficará sempre sujeita às exigências

administrativas específicas que a lei instituidora ou norma especial lhe impuser.

2.2. Conceito de terceirização

Apresentam-se abaixo os conceitos de terceirização, na visão de alguns autores,

visando ter a base para analisar e comparar como a sua implantação foi feita no Brasil:

§ GIOSA (1995) diz que é um processo de gestão pelo qual se repassam algumas

atividades para terceiros – com os quais se estabelece uma relação de parceria

– ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao

negócio em que atua.

§ Conforme QUEIROZ (1992), é uma técnica administrativa que possibilita o

estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das

atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas, que é a sua

atividade-fim, permitindo a esta concentrar-se no seu negócio, ou seja, no

objetivo final.

§ SILVA (1997) conceitua como sendo a transferência de atividades para

fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que

tenha esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora

para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando

20

outorga ou delegação e com o seu apoio oficial na formação do patrimônio e na

manutenção da entidade, que pode revestir variadas formas: empresa pública,

sociedade de economia mista, etc.

Como pessoa jurídica de direito privado, a entidade paraestatal exerce direitos e

contrai obrigações em seu próprio nome, responde por seus débitos, enquanto tiver

recursos para saldá-los. Isto, porém, não impede a intervenção estatal, quando ocorrer

desvirtuamento de seus fins, improbidade de sua administração ou impossibilidade

financeira para o atingimento dos objetivos da entidade paraestatal, na forma

estatutária.

As entidades paraestatais não gozam dos privilégios estatais (imunidade

tributária, foro privativo, prazos judiciais dilatados, etc.), salvo quando concedidos

expressamente em lei.

A Constituição submete às normas do direito privado a atividade empresarial das

entidades estatais, que não pode afastar-se das normas civis, comerciais, trabalhistas

e tributárias pertinentes, para que não se faça concorrência desleal à iniciativa privada.

É perfeitamente permitido ao Poder Público que estruture e organize suas

empresas públicas e sociedades de economia mista diferentemente das sociedades

particulares, ou adapte-as para o desempenho dos objetivos econômicos de interesses

coletivos, ou de seus próprios serviços públicos. Assim sendo, é admissível que o

Estado faça verificações em seus negócios e determine a prestação de contas dessas

empresas ao Tribunal competente, mesmo que revistam a forma de sociedade

anônima, e tenham o controle societário de seus conselhos fiscais.

As empresas paraestatais normalmente executam uma atividade econômica

empresarial, revestindo-se na forma de empresa pública ou sociedade de economia

mista criada em caráter suplementar da iniciativa privada, devendo operar sob as

mesmas normas e condições das empresas particulares congêneres para não lhes

fazer concorrência, como dispõe expressamente a Constituição da República (art. 173

e seus parágrafos).

Considerando o interesse do presente trabalho, dentre as espécies de entidades

paraestatais, será focalizada somente a de sociedade de economia mista, onde se

insere a PETROBRAS.

Continuando MEIRELLES (1991), conceitua as sociedades de economia mista

como pessoas jurídicas de direito privado, com participação do Poder Público e de

particulares no seu capital e na sua administração, para a realização de atividade

19

Capítulo 2

PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO

As empresas vêem buscando, através da terceirização, a redução dos custos,

aliada a competência, que é requestada pelo mercado cada vez mais exigente e em

constantes mudanças nos requisitos de qualidade dos produtos ou serviços. Mas, para

que o processo de terceirização seja efetivamente implementado é necessário que haja

uma mudança na cultura na empresa, já que vários fatores estão envolvidos neste

processo de mudança. Dentre estes fatores, está a gestão de contratos dos serviços

terceirizados, onde os gerentes responsáveis pela contratação deverão atentar para

vários aspectos que deverão ser considerados na elaboração do contrato, na seleção

das empresas prestadoras de serviços, nas ações gerenciais durante a fase de

acompanhamento dos serviços e no encerramento do contrato. Conforme QUEIROZ

(1999), o aprimoramento desta visão é necessário para que o resultado final do

processo de terceirização atenda às expectativas do cliente dos serviços terceirizados,

das empresas contratantes e contratada e dos empregados envolvidos.

Neste capítulo serão apresentadas algumas bibliografias que abordam os

conceitos de terceirização e os aspectos necessários para sua eficiente implementação

numa empresa, divididos em tópicos que fazem parte do processo de contratação, que

servirão de referência para fundamentar a elaboração da proposta metodológica

constante do presente trabalho.

2.1. Conceito de entidades paraestatais – Sociedade de Economia Mista

Conforme MEIRELLES (1991), entidades paraestatais são pessoas jurídicas de

direito privado, cuja criação é autorizada por lei, com patrimônio público ou misto, para

realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob normas e controle

do Estado.

Estas entidades prestam-se a executar atividades impróprias do Poder Público,

mas de utilidade pública, de interesse da coletividade, e, por isso, fomentadas pelo

Estado, que autoriza a criação de pessoas jurídicas privadas para realizá-las por

18

No Capítulo 1 foi feita uma descrição do problema geral do trabalho, dos

objetivos, bem como um resumo de todos os capítulos.

No Capítulo 2 será feita uma revisão bibliográfica sobre o assunto, envolvendo

os aspectos teóricos da terceirização, com as abordagens utilizadas por alguns

autores, em publicações disponíveis, sobre os processos de terceirização,

complementado com uma análise crítica.

O Capítulo 3 apresenta como o processo de terceirização foi desenvolvido no

âmbito da PETROBRAS-UN-ES, com posterior análise crítica, comparando-o às

abordagens conceituais apresentadas no Capítulo 2.

No Capítulo 4 será apresentada uma proposta metodológica de gestão do

processo de terceirização para a PETROBRAS-UN-ES.

No Capítulo 5 serão feitas as conclusões e recomendações do trabalho,

elaborada a partir da análise teórica e, com base no cenário previsto no planejamento

estratégico da PETROBRAS, a utilização prática da proposta metodológica.

17

d ) É necessário avaliar a eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos

dos serviços terceirizados;

1.6. Limitações do trabalho

O presente trabalho, além de partir do princípio que a adoção da terceirização na

PETROBRAS-UN-ES é fato, ou seja, não buscará avaliar a vantagem e desvantagem

de sua implantação na companhia, terá as seguintes limitações:

a ) Abordará a gestão de contratos de serviços terceirizados somente no âmbito

da PETROBRAS-UN-ES;

b ) Abordará somente as licitações cujo processo de licitação seja através de

Convite;

c ) Não abordará a análise dos preços das propostas comerciais das empresas

prestadoras de serviços. Por considerar a análise da proposta comercial da

prestadora de serviços, um aspecto importante para o desenvolvimento da

terceirização, o trabalho apresentará um item com abordagens de alguns

autores sobre o assunto;

O trabalho apresenta uma proposta onde procura-se lançar uma contribuição

importante para a implantação da terceirização, no âmbito da PETROBRAS-UN-ES,

considerando seus aspectos conceituais plenos, buscando, ao mesmo tempo,

proporcionar o desenvolvimento de parcerias com empresas contratadas. Por

considerar um processo dinâmico, não pretende-se esgotar o assunto. Procura-se,

neste trabalho, focar os pontos fundamentais da terceirização, com orientações

baseadas na prática do autor, de forma direta e clara.

1.7. Organização do trabalho

O presente trabalho está estruturado em 5 capítulos, cujos resumos de seus

conteúdos estão discriminados a seguir:

16

empregados de empresas contratadas. O número de empresas contratadas pela

PETROBRAS-UN-ES gira em torno de 50 (cinqüenta).

O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 não evidencia a política

sobre a contratação de serviços de terceiros, mas pelos números apresentados acima,

verifica-se uma forte tendência pelo direcionamento para esta alternativa.

1.5. Hipóteses

1.5.1. Hipótese geral

A hipótese básica do presente trabalho está fundamentada no seguinte pressuposto:

- É necessário que haja um gerenciamento eficiente de todo processo de

contratação, desde a elaboração do processo licitatório até o término do

contrato, para garantir o sucesso da terceirização.

1.5.2. Hipóteses específicas

Consideram-se como válidos os seguintes pressupostos necessários ao sucesso

da terceirização no âmbito da PETROBRAS-UN-ES:

a ) É fundamental elaborar um processo de licitação, envolvendo o Convite e

seus anexos, onde constem todas as exigências de forma transparente e

com mínimo de incertezas, para que os preços propostos estejam

condizentes com as referidas exigências contratuais;

b ) É necessário que haja uma seleção eficiente de empresas que garanta a

participação na licitação daquelas que estejam investindo no aprimoramento

de suas técnicas de trabalho e com a cultura voltada para os aspectos de

segurança, meio ambiente e saúde ocupacional;

c ) É necessário que haja um padrão de qualidade na prestação dos serviços.

Isto exige um constante e eficiente acompanhamento dos serviços que foi

contratado;

15

1. 4. Importância do trabalho

As transformações rápidas ocasionadas pela abertura de mercado no Brasil e o

processo de globalização da economia impõem às empresas a criar uma estrutura que

possibilite a sua competitividade, tanto em nível nacional quanto internacional.

Segundo ALVAREZ (1996), a terceirização de serviços tem sido uma das

ferramentas para que as empresas enfrentem essa concorrência com competitividade.

Quando não encarada como um modismo, mas sim como uma revolução a partir de

novo conceito de relacionamento comercial, onde ocorre uma mudança significativa de

postura na condução de relacionamentos entre empresas contratantes e contratadas, a

terceirização reverte para as empresas verdadeiros ganhos em qualidade e

produtividade.

Conforme será apresentado no Capítulo 3 deste trabalho, na PETROBRAS-UN-

ES, apesar de ter havido uma evolução significativa no processo de contratação de

serviços de terceiros, ainda não se pratica os conceitos de terceirização em sua

plenitude. Isto é reflexo do modelo de implantação da terceirização que ocorreu no

Brasil, conforme descrito no subitem 1.1 deste capítulo, bem como, dos impedimentos

legais de contratação em que ela esteve e está sujeito, embora, atualmente, com

menor intensidade de restrição.

A aprovação da Lei nº 9.478, de 06/08/97, extinguiu o monopólio do petróleo no

Brasil, exercido pela PETROBRAS, que inseriu-se, definitivamente, no cenário de

competição globalizada, principalmente em nível nacional. No cenário internacional, a

sua atuação, através da BRASPETRO (subsidiária internacional), ainda era discreta,

sem condições de desdobrar para o resto da corporação a cultura da competição

globalizada existente em outros países mais desenvolvidos. Diante deste novo desafio,

a PETROBRAS revisou o seu planejamento estratégico e sua estrutura organizacional.

O planejamento estratégico está com a visão mais voltada para a área de negócio da

empresa e, desta forma, a terceirização exercerá, cada vez mais, um papel

fundamental para que os objetivos do novo modelo sejam alcançados.

Conforme Boletim RH em foco, Informativo do Serviço de Recursos Humanos da

PETROBRAS-SEREC (1999-2000), a PETROBRAS possui uma lotação de 39.189

empregados. Este contingente, há 10 anos atrás, foi de aproximadamente 60.000

empregados. A PETROBRAS-UN-ES possui 459 empregados próprios e cerca de 1000

14

Verifica-se através das abordagens do Curso de Contratação, constantes da

apostila editada pelo Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da

PETROBRAS, na PETROBRAS o processo de terceirização não foi muito diferente das

condições citadas acima. Apesar de ter havido uma evolução significativa na

elaboração do processo de contratação, houve fortes limitações para que a

terceirização fosse implementada de forma plena. Inicialmente pela obrigação de

atender a legislação sobre licitações. A Lei nº 8.666, de 21/06/93, foi o principal

obstáculo, restringindo bastante a possibilidade do desenvolvimento de parcerias. Com

a aprovação do Decreto nº 2.745, de 24/08/98, que regulamentou o procedimento

simplificado licitatório para a PETROBRAS-UN-ES, ocorreu certa abertura no caminho

para o estabelecimento de parcerias.

1.2. Objetivo geral

Elaborar uma proposta metodológica de gestão de contratos de serviços

terceirizados, com aplicação no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, compreendendo

todas as fases do processo de gerenciamento dos serviços, desde a elaboração do

contrato até seu encerramento, visando definir critérios para obter resultados uniformes

nas ações gerenciais e desenvolver a cultura de qualidade de serviços nas empresas

contratadas (terceirizadas), possibilitando o estabelecimento de futuras parcerias.

1.3. Objetivos específicos

a ) Proceder um levantamento bibliográfico e uma análise crítica sobre o

processo de terceirização e desenvolvimento de parcerias;

b ) Proceder um levantamento da prática de terceirização e uma análise crítica

no âmbito da PETROBRAS-UN-ES;

c ) Com base na análise dos dados constantes nas alíneas supramencionadas,

estabelecer uma proposta metodológica para a sistematização da gestão de

contratos na PETROBRAS-UN-ES;

13

Conforme abordagens de GIOSA (1995) e SILVA (1997), no Brasil a

terceirização introduziu-se com outro enfoque. Diferentemente de como ocorreu nos

países do primeiro mundo, a recessão foi o principal fator para o início da terceirização.

Com a restrição do mercado, as oportunidades foram diminuindo, o que possibilitou

que novas abordagens fossem aplicadas para buscar a minimização de perdas. Assim,

não foi o mercado que institucionalizou a terceirização e, sim, a crise econômica.

Houve necessidade de mudanças rápidas na maioria das organizações, onde

procurou-se, através da terceirização, dar maior importância à redução de custo, em

detrimento ao seu caráter estratégico. Desta forma, e interpretada até como modismo,

o objetivo principal da terceirização não foi contemplado e as empresas dedicaram-se

mais intensamente para a atividade-fim, ficando as atividades terceirizadas, em sua

maioria, como a de apoio, relegadas ao segundo plano, já que o gerenciamento da

condução dos serviços por terceiros não foi acompanhado por um controle de

qualidade eficiente na seleção de empresas, no acompanhamento dos serviços

executados, na redução de desperdício e na prevenção de retrabalho por parte das

empresas contratadas.

Concluindo, os autores supramencionados ressaltam que, como o enfoque

estava voltado para a redução de custo, encontraram-se dificuldades para que se

alcançasse o resultado almejado pela terceirização, que é encontrar um parceiro ideal

(empresa contratada), em condições de conduzir eficientemente as atividades de apoio

da empresa contratante.

Com base nas informações do Capítulo 2 deste trabalho, verifica-se que a

quantidade de empresas que conseguiram implantar a terceirização utilizando a sua

verdadeira filosofia, ainda é pequena, pois a implementação do seu conceito nas

organizações não foi precedida de uma avaliação de mercado. As empresas

contratantes não têm experiência suficiente para a contratação de serviços e as

contratadas não estão preparadas para o atendimento às exigências do mercado.

Aliados aos fatores supramencionados, é necessário atender a um mercado

globalizado e bastante competitivo, com exigências cada vez mais intensas, baseadas

em normas internacionais de qualidade do produto, proteção ao meio ambiente,

segurança e qualidade de vida dos empregados próprios e contratados. Estas normas

analisam as empresas considerando todo seu processo produtivo e de apoio, avaliando

as empresas, bem como as suas contratadas, que são consideradas como parte

integrante dos processos das tomadoras dos serviços.

12

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

Terceirização é um assunto que recebe destaque na atenção das organizações.

Em função do aumento da competitividade proveniente da globalização, as empresas

têm, cada vez mais, direcionado o seu enfoque para o seu negócio principal. Para

tornarem-se cada vez mais ágeis, as empresas vêm modificando suas estruturas,

saindo do modelo vertical para horizontal, transferindo as atividades que está fora do

seu foco para outra empresa especialista em atividades específicas. Para alcançar

esse objetivo a terceirização torna-se uma poderosa ferramenta, desde que a gestão

dos contratos existentes, tanto por parte dos contratantes como das contratadas, seja

executada com bastante eficiência.

Conforme QUEIROZ (1999), para alcançar os resultados esperados com a

terceirização, é necessário que as empresas estejam preparadas para implantação de

projetos de terceirização, que deverão ser planejados, após uma análise prévia de sua

viabilidade e aplicabilidade. Desta forma, o desenvolvimento dos projetos de

terceirização não podem ser implantados de forma precipitada e improvisada. Sua

implementação deve ser feita por um grupo de profissionais altamente competentes e

que conheçam profunda e detalhadamente os conceitos de terceirização.

1.1. Justificativa

Conforme Silva (1997), a terceirização surgiu no mundo em função da

necessidade das empresas buscarem atender mais as exigências do mercado, de

forma a tornarem-se mais ágeis a partir da redução de níveis hierárquicos, permitindo

alcançarem resultados com competência e qualidade. A crescente disputa por fatias de

mercado fizeram com que as empresas buscassem o aumento da produtividade, do

nível de qualidade e, simultaneamente, a redução de custos, e uma das fortes

alternativas para alcançar este objetivo foi a terceirização de serviços, que tornou-se

uma tendência atual e irreversível, visando a sobrevivência das empresas, num

ambiente de alta competitividade.

ABSTRACT

The following work presents a methodological proposal that aims to make the

actions of contract managers (inspectors and controlling of contract) more efficient,

seeking after the implement of the outsourcing process in PETROBRAS-UN-ES, in a

more reliable way, establishing the available bibliography as theoretical support and

some practices already used and analyzed in the ambit of our company. In such a

manner, derive the procedures that serve as base to the decisions of contract managers

in regard to the effective implementation of these contracts in PETROBRAS-UN-ES.

The implementation of an effective contract administration of the present

methodological proposal is characterized by four basic stages: 1 – elaboration of the

rough draft of the auction process, involving the invitation and its enclosures; 2 –

promotion of a company selection process that guarantees the participation of those

that are investing in the improvement of quality and safety aspects, environment and

health; 3 – observance and evaluation of the contractor performance continually; 4 –

verification of the efficiency and effectiveness of contracted out service. For each stage

above, procedures are defined aiming a process with objective actions, achieving

efficient results. The methodological proposal seeks to attend to the new scenario that

begins in PETROBRAS-UN-ES, with the approval of the new corporate strategic

planning of the company 2000/2010. Its implementation seeks to make the company

most agile, optimizing its resources and focusing at its main business.

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma proposta metodológica que visa tornar mais

eficientes as ações dos gestores de contratos (fiscais e gerentes de contrato),

buscando implementar o processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES, de forma

mais confiável, tendo como base a bibliografia disponível como suporte teórico e

algumas práticas já utilizadas e analisadas no âmbito da empresa. Desta forma,

origina-se os procedimentos que servem como base para as decisões dos gestores de

contratos na implementação efetiva da terceirização na PETROBRAS-UN-ES. A

implementação de uma gestão eficaz de contratos da presente proposta metodológica

se caracteriza por quatro etapas básicas: 1 – elaborar a minuta do processo de

licitação, envolvendo o Convite e seus anexos; 2 – promover um processo de seleção

de empresas que garanta a participação daquelas que estejam investindo no

aprimoramento da qualidade e aspectos de segurança, meio ambiente e saúde; 3 –

acompanhar e avaliar continuamente o desempenho da contratada; 4 – verificar a

eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos de serviços terceirizados. Para

cada etapa acima são definidos procedimentos que buscam tornar o processo com

ações objetivas, alcançando resultados eficientes. A proposta metodológica busca

atender ao novo cenário que se inicia na PETROBRAS-UN-ES, com a aprovação do

novo planejamento estratégico corporativo da empresa 2000/2010. A sua

implementação visa tornar a empresa mais ágil, otimizando seus recursos e

direcionando o foco para seu negócio principal.

4.5.2.17. Situação financeira da contratada ...............................................................

4.5.2.18. Início do processo de licitação ....................................................................

4.5.2.19. Averiguação dos valores da rescisão dos empregados ..............................

4.5.2.20. Encerramento do contrato ...........................................................................

4.5.2.21. Emissão de atestado de execução de serviços ..........................................

4.6. Etapa 4 – Avaliação dos gestores de contrato ....................................................

Capítulo 5 – Conclusões e recomendações ......................................................

5.1. Conclusões ..........................................................................................................

5.1.1. Quanto à aplicação da proposta metodológica ................................................

5.1.2. Quanto às hipóteses ........................................................................................

5.1.2.1. Hipótese geral ...............................................................................................

5.1.2.2. Hipóteses específicas ...................................................................................

5.1.3. Quanto aos objetivos ........................................................................................

5.1.3.1. Objetivo geral ................................................................................................

5.1.3.2. Objetivos específicos ....................................................................................

5.2. Recomendações para trabalhos futuros .............................................................

Bibliografia .........................................................................................................

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4.2.1.2. Fluxograma das etapas .................................................................................

4.3. Etapa 1 – Elaboração da minuta do processo de licitação .................................

4.3.1. Objetivo ............................................................................................................

4.3.2. Apresentação ...................................................................................................

4.3.3. Anexo IV – Especificações dos Serviços .........................................................

4.3.4. Anexo V – Critérios de Medição .......................................................................

4.3.5. Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada ...........................................

4.3.5.1. Boletim de avaliação de desempenho (BAD) ................................................

4.3.5.2. Determinação das metas de desempenho para a contratada ......................

4.4 - Etapa 2 - Como selecionar as empresas licitantes ............................................

4.4.1. Seleção de empresas com utilização do cadastro de empresas corporativo ..

4.4.2. Seleção de empresas com a utilização de escolha alternativa ........................

4.5. Etapa 3 – Acompanhamento dos serviços contratados ......................................

4.5.1. Visita técnica ....................................................................................................

4.5.2. Acompanhamento dos serviços contratados ...................................................

4.5.2.1. Comportamento dos gestores de contrato ...................................................

4.5.2.2. Autorização de serviços (AS) ........................................................................

4.5.2.3. Reunião para assinatura do contrato ............................................................

4.5.2.4. Reunião para mobilização .............................................................................

4.5.2.5. Organização da pasta do contrato ................................................................

4.5.2.6. Cumprimento das obrigações trabalhistas, segurança industrial,

meio ambiente e saúde ocupacional .............................................................

4.5.2.7. Saldo contratual x prazo ...............................................................................

4.5.2.8. Aplicação de multa e ressarcimento de custo ...............................................

4.5.2.9. Inspeção de equipamentos e base da contratada ........................................

4.5.2.10. CIPA ............................................................................................................

4.5.2.11. Participação de cipeiros contratados em reuniões da CIPA

da PETROBRAS ...........................................................................................

4.5.2.12. Reunião dos gestores do contrato com empregados contratados ..............

4.5.2.13. Resumo estatístico mensal (REM) ..............................................................

4.5.2.14. Cursos exigidos ...........................................................................................

4.5.2.15. PCMSO e PPRA .........................................................................................

4.5.2.16. Planos de contingência ...............................................................................

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3.11.7. Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas ...................

3.12. Seleção de empresas ........................................................................................

3.12.1. No período de vigência do Decreto-lei nº 2.300, de 21/11/86 ........................

3.12.2. No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93 ....................................

3.12.3. A partir da vigência do Decreto nº 2.745/98, de 24/08/98 ..............................

3.12.3.1. Cadastro de empresas da PETROBRAS ....................................................

3.13. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 ...............................

3.13.1. Conteúdo do Plano Estratégico Corporativo ..................................................

3.13.1.1. Direcionamento Estratégico da PETROBRAS ............................................

3.13.1.2. O ambiente de negócios .............................................................................

3.14. Parceria .............................................................................................................

3.15. Qualidade ..........................................................................................................

3.16. Segurança, meio ambiente e saúde ocupacional ............................................

3.17. Análise crítica dos estudos sobre o processo de terceirização na

PETROBRAS-UN-ES ........................................................................................

3.17.1. Terceirização na PETROBRAS ......................................................................

3.17.2. O Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC).....

3.17.3. Modalidades e tipos de licitação e contratações diretas – práticas na

PETROBRAS-UN-ES ........................................................................................

3.17.4. Gestão de contratos .......................................................................................

3.17.5. Elaboração de contratos ................................................................................

3.17.6. Seleção de empresas .....................................................................................

3.17.7. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 ............................

3.17.8. Parceria ..........................................................................................................

3.17.9. Qualidade .......................................................................................................

3.17.10. Considerações gerais ...................................................................................

Capítulo 4 – Processos de terceirização – Uma proposta metodológica para a

PETROBRAS-UN-ES ........................................................................

4.1. Justificativa ..........................................................................................................

4.2. Descrição geral da proposta metodológica .........................................................

4.2.1. Etapas da proposta metodológica ....................................................................

4.2.1.1. Pessoal envolvido em cada etapa .................................................................

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3.9.2. Atribuições básicas do fiscal de contratos .......................................................

3.10. Partes integrantes de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES .......

3.11. Elaboração das etapas de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES.

3.11.1. Convite ...........................................................................................................

3.11.2. Contrato ..........................................................................................................

3.11.2.1. Preâmbulo ...................................................................................................

3.11.2.2. Objeto ..........................................................................................................

3.11.2.3. Prazo ...........................................................................................................

3.11.2.4. Preços e valor .............................................................................................

3.11.2.5. Reajustamento de preços ...........................................................................

3.11.2.6. Multas ..........................................................................................................

3.11.2.7. Documentos complementares .....................................................................

3.11.2.8. Foro .............................................................................................................

3.11.3. Anexo I – Condições Gerais Contratuais .......................................................

3.11.3.1. Obrigações da contratada e da PETROBRAS ............................................

3.11.3.2. Prazo ...........................................................................................................

3.11.3.3. Preços e valor .............................................................................................

3.11.3.4. Forma de pagamento ..................................................................................

3.11.3.5. Reajustamento de preços ...........................................................................

3.11.3.6. Multas ..........................................................................................................

3.11.3.7. Fiscalização .................................................................................................

3.11.3.8. Aceitação .....................................................................................................

3.11.3.9. Rescisão ......................................................................................................

3.11.3.10. Cessão ......................................................................................................

3.11.3.11. Incidências fiscais .....................................................................................

3.11.3.12. Sigilo ..........................................................................................................

3.11.3.13. Medição .....................................................................................................

3.11.3.14. Responsabilidade e Força maior ...............................................................

3.11.3.15. Subcontratação .........................................................................................

3.11.4. Anexo II - Planilha de Preços Unitários ..........................................................

3.11.5. Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde .....................

3.11.6. Anexo IV – Especificações dos Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e

Anexo VI – Desempenho e Metas para a Contratada ...................................

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2.10. Acompanhamento da execução do contrato ...................................................

2.11. Análise crítica dos estudos teóricos ................................................................

2.11.1. Terceirização .................................................................................................

2.11.2. A terceirização na Brasil ................................................................................

2.11.3. Gestão de contratos .......................................................................................

2.11.4. Elaboração do contrato ..................................................................................

2.11.5. Seleção de empresas .....................................................................................

2.11.6. Parceria ..........................................................................................................

2.11.7. Acompanhamento da realização do contrato ...............................................

2.11.8. Considerações gerais .....................................................................................

Capítulo 3 – Estudo sobre o processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES

3.1. Situação da PETROBRAS-UN-ES ......................................................................

3.2. A terceirização na PETROBRAS ........................................................................

3.2.1. Normatização da atividade de contratação na PETROBRAS ..........................

3.3. O Decreto nº 2.745/98 ........................................................................................

3.4. Manual de Procedimentos Contratuais (MPC) ....................................................

3.5. Definições estabelecidas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual de

Procedimentos Contratuais (MPC) .....................................................................

3.6. Modalidades de licitação .....................................................................................

3.6.1. Concorrência ...................................................................................................

3.6.2. Tomada de preços ...........................................................................................

3.6.3. Convite ............................................................................................................

3.7. Tipos de licitação ................................................................................................

3.7.1. Melhor preço ....................................................................................................

3.7.2. Técnica e preço ................................................................................................

3.7.3. Melhor técnica ..................................................................................................

3.8. Contratações diretas ...........................................................................................

3.8.1. Dispensa de licitação .......................................................................................

3.8.2. Inexigibilidade de licitação ................................................................................

3.9. Gestão de contratos ............................................................................................

3.9.1. Atribuições básicas do gerente de contrato .....................................................

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SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

Capítulo 1 – Introdução .................................................................................................

1.1. Justificativa ..........................................................................................................

1.2. Objetivo geral ......................................................................................................

1.3. Objetivos específicos ..........................................................................................

1.4. Importância do trabalho .......................................................................................

1.5. Hipóteses ............................................................................................................

1.5.1. Hipótese geral ..................................................................................................

1.5.2. Hipóteses específicas ......................................................................................

1.6. Limitações do trabalho ........................................................................................

1.7. Organização do trabalho .....................................................................................

Capítulo 2 – Processos de terceirização ............................................................

2.1. Conceitos de entidades paraestatais – Sociedade de Economia Mista .............

2.2. Conceito de terceirização ....................................................................................

2.3. A terceirização no mundo ....................................................................................

2.4. A terceirização no Brasil ......................................................................................

2.5. Gestão de contratos ............................................................................................

2.6. Elaboração de contratos .....................................................................................

2.6.1. Principais aspectos a serem contemplados na elaboração de contratos ........

2.6.1.1. Qualidade ..................................................................................................

2.6.1.2. Aspecto ambiental ........................................................................................

2.6.1.3. Obrigações legais ......................................................................................

2.7. Seleção de empresas ....................................................................................

2.8. Parceria ........................................................................................................

2.9 . Avaliação da proposta do prestador de serviços ................................................

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AGRADECIMENTOS

A minha família, minha esposa Helena e meus filhos Laércio e Amanda, que

entenderam a necessidade da minha dedicação a este trabalho, deixando de usufruir

de alguns momentos junto a eles.

Aos meus pais, Graciano e Léa Morêto, que me ensinaram a ter persistência

para alcançar os objetivos desejados.

Ao colega de trabalho Bento Daher Junior, pela indicação e oportunidade de

realização do mestrado.

Ao meu orientador, Professor Doutor Rogério Cid Bastos, pela orientação,

paciência e, principalmente, pelo otimismo, palavras de apoio e de reconhecimento que

me encorajaram na condução e término deste trabalho.

Ao colega de trabalho Leandro Leme Junior que com seus conselhos me

permitiu ter uma visão otimista no desenvolvimento deste trabalho.

Aos colegas de trabalho, Elizeu, Reginaldo e Auxiliadora, que sempre estiveram

encorajando e acreditando na qualidade do presente trabalho.

A todos professores que ministraram o curso e contribuíram para a base do

desenvolvimento do presente trabalho, e particularmente, ao Professor Doutor Carlos

Manoel Taboada Rodrigues, pelo seu empenho, hospitalidade e experiência passada

para os alunos.

Laércio Morêto

Gestão eficaz de contratos: suporte para implantaçãoda terceirização de serviços – Caso na PETROBRAS

UN-ES

Esta dissertação foi julgada adequada e aprovada paraobtenção do título de Mestre em Engenharia deProdução no Programa de Pós-Graduação em

Engenharia de Produção da Universidade Federal deSanta Catarina

Florianópolis, 28 de dezembro de 2000.

Prof. Ricardo Miranda Barcia, Ph. D.Coordenador do Curso

BANCA EXAMINADORA

_____________________________Prof. Rogério Cid Bastos

Orientador

_____________________________ Prof. Álvaro Borges de Oliveira

_____________________________ Prof. Lia Caetano Bastos

_____________________________ Prof. Álvaro Guillermo Rojas Cezana

Laércio Morêto

GESTÃO EFICAZ DE CONTRATOS: SUPORTE PARA A

IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS – CASO NA

PETROBRAS-UN-ES

Dissertação apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Engenharia de

Produção da Universidade Federal de

Santa Catarina, sob orientação do

Professor Doutor Rogério Cid Bastos,

para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia de Produção

Florianópolis

Dezembro de 2000

Universidade Federal de Santa CatarinaPrograma de Pós Graduação em Engenharia de Produção

Gestão eficaz de contratos: suporte para a implantação daterceirização de serviços – Caso na PETROBRAS UN-ES

Dissertação de Mestrado

Laércio Morêto

Florianópolis2000