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168
As recomendações propõem estender a proposta metodológica para outras
unidades, bem como aumentar o grau de abrangência na análise de serviços
terceirizados com a implementação de uma estrutura de orçamentação. Considerando-
se que, com base no exposto no trabalho, a implantação da presente proposta
metodológica poderá ser validada e as recomendações supramencionadas revelam
seu aperfeiçoamento, garantindo notável área de ganho para a PETROBRAS.
167
c ) Foi estabelecida uma proposta metodológica de sistematização da gestão de
contratos para a PETROBRAS-UN-ES, baseada nas informações e análises
supramencionadas.
Considerando o disposto acima, permite-se concluir que os objetivos fixados no
Capítulo 1 do presente trabalho de dissertação foram plenamente alcançados.
5.2. Recomendações para trabalhos futuros
A terceirização na PETROBRAS é fato e sua implementação, seguindo os seus
conceitos reais, torna-se extremamente necessária, principalmente agora, diante do
novo cenário de concorrência que a empresa se encontra, onde a questão da
competitividade ganhou maior destaque. Para enfrentar essa nova realidade a
PETROBRAS elaborou seu plano estratégico decenal e, também, promoveu a
reestruturação do seu organograma.
Para alcançar os objetivos do plano estratégico é necessário que haja uma
radical mudança de cultura na empresa, já que é necessário, cada vez mais, que as
atenções gerenciais fiquem concentradas no negócio principal da empresa. Para isto
ocorrer, a implementação eficiente da terceirização é primordial, para que a empresa
torne-se cada vez mais ágil e flexível.
Diante do exposto, recomenda-se que a partir do estudo realizado neste
trabalho, sejam desenvolvidos outros. A seguir, serão apresentadas algumas
sugestões para trabalhos futuros:
a ) Estabelecer a presente proposta metodológica para as outras unidades da
PETROBRAS, considerando as particularidades de cada região.
b ) Criar uma proposta metodológica para as outras modalidades licitação
(concorrência e tomada de preços).
c ) Criar uma metodologia de análise comercial das propostas das licitantes,
considerando que os preços de serviços terceirizados devem ser
constantemente analisados, para que seja alcançado um dos objetivos da
terceirização que é a redução de custo.
166
licitante, durante a visita técnica, e durante todo o decorrer do prazo contratual, até seu
encerramento. A hipótese mostra-se correta.
d ) É necessário avaliar a eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos
dos serviços terceirizados.
A gestão eficiente de contrato, voltada para os conceitos de uma verdadeira
terceirização, requer mudança radical na cultura gerencial na forma de enfocar a
atividade terceirizada, exigindo o aprimoramento do conhecimento e informação sobre
a terceirização. Esta avaliação da atuação dos gestores do contrato deve ser contínua
quando se deseja mudar a cultura existente. Isto confirma a hipótese feita.
5.1.3. Quanto aos objetivos
Além das hipóteses, no Capítulo 1, foram estabelecidos os objetivos do presente
trabalho. Os referidos objetivos serão analisados a seguir:
5.1.3.1. Objetivo Geral
Pode-se afirmar que o objetivo geral do presente trabalho foi atingido, uma vez
que a proposta metodológica apresenta uma rotina para ajudar na gestão de contratos,
provendo os gestores, de uma ferramenta, cuja utilização permite obter resultados
uniformes nas ações gerenciais, desenvolvendo a cultura de qualidade de serviços nas
empresas prestadoras de serviços, direcionando as partes contratantes para um
relacionamento de parceria, que é a essência da terceirização.
5.1.3.2. Objetivos Específicos
a ) Foi realizado levantamento do material bibliográfico e uma análise crsobre o
processo de terceirização e desenvolvimento de parcerias;
b ) Foi feito um levantamento da prática e uma análise crítica da terceirização no
âmbito da PETROBRAS-UN-ES;
165
com mínimo de incertezas, para que os preços propostos estejam
condizentes com as referidas exigências contratuais.
O objetivo principal do contrato é criar um documento de trabalho que servirá
para direcionar a parceria e estabelecer regras da prestação de serviços, visando obter
um processo de melhoria contínua. Como foi visto nas abordagens conceituais, os
procedimentos da proposta metodológica apresenta critérios que permite uma
uniformização da elaboração de contratos, bem como que sejam dirimidas todas as
dúvidas das licitantes, antes da apresentação de sua proposta comercial. Isto valida a
hipótese.
b ) É necessário que haja uma seleção eficiente de empresas que garanta a
participação na licitação daquelas que estejam investindo no aprimoramento
de suas técnicas de trabalho e com a cultura voltada para os aspectos de
segurança, meio ambiente e saúde ocupacional.
A garantia da qualidade dos serviços prestados e a facilidade de relacionamento
entre as partes contratantes, inicia-se pela seleção de empresa. Selecionar bem as
empresas é escolher aquelas que possuem os requisitos de qualidade necessários
para executar os serviços, em consonância com a cultura da empresa contratante. Os
critérios da proposta metodológica, considerando as disposições conceituais,
direcionam a seleção de empresas para uma relação de parceria, onde deve haver
qualidade de serviços, tecnologia empregada, conceito no mercado e situação
econômica-financeira. Isto valida a hipótese.
c ) É necessário que haja um padrão de qualidade na prestação dos serviços.
Isto exige um constante e eficiente acompanhamento dos serviços que foi
contratado.
De acordo com as abordagens conceituais, conclui-se que para conseguir os
resultados desejados com a terceirização, é imprescindível que haja acompanhamento
contínuo dos serviços realizados e uma avaliação no desempenho dos serviços
prestados. Esta avaliação deve ocorrer desde o primeiro contato com a empresa
164
c ) Indica a necessidade de que sejam realizados treinamento nos gestores de
contratos, visando a mudança de filosofia do enfoque tradicional de contratação
de mão de obra, atualmente predominante, para o enfoque de terceirização
verdadeira, onde a empresa contratada torna-se parceira da contratante;
d ) Requer o envolvimento contínuo do gerente e fiscal de contratos (gestores de
contratos) nas etapas constantes do Capítulo 4, para que os procedimentos
tenham resultados positivos e, conseqüentemente, o processo de terceirização
tenha consistência;
Diante do exposto, verifica-se que a proposta metodológica favorece e facilita a
implementação da terceirização legítima na PETROBRAS-UN-ES, de forma uniforme,
tornando as decisões gerenciais mais consistentes, e, dentro do novo cenário que se
encontra a empresa, contribuirá de forma significativa na sua gestão, permitindo que se
concentre todos os seus esforços e energia na sua atividade principal.
5.1.2. Quanto às hipóteses
5.1.2.1. Hipótese Geral
A hipótese geral foi formulada da seguinte forma: é necessário que haja um
gerenciamento eficiente de todo processo de contratação, desde a elaboração do
processo licitatório até o término do contrato, para garantir o sucesso da terceirização.
Esta conjetura descreve, sucintamente, toda a proposta metodológica do presente
trabalho, refletindo, de fato, a implementação de um procedimento de gestão de
contratos, que busca atender aos conceitos básicos de terceirização.
5.1.2.2. Hipóteses específicas
Reportando-se às hipóteses específicas, tem-se:
a ) É fundamental elaborar um processo de licitação, envolvendo o Convite e
seus anexos, onde constem todas as exigências de forma transparente e
163
Capítulo 5
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Diante da mudança de cultura em que se encontra a PETROBRAS-UN-ES,
agora inserida num mercado bastante competitivo, após a quebra do monopólio da
exploração de petróleo, há a necessidade de aproveitar melhor seus recursos, visando
aumentar sua produtividade. Perante este cenário é que surge a necessidade da
implementação de uma verdadeira terceirização de serviços contratados,
abandonando-se os procedimentos tradicionais de contratação de serviços, visando
tornar a empresa mais ágil, em condições de enfrentar os desafios e atingir as metas
estabelecidas no seu planejamento estratégico.
5.1. Conclusões
Com base no seu suporte teórico e prático, o presente trabalho permite a
obtenção de várias conclusões, conforme demonstrado a seguir:
5.1.1. Quanto a aplicação prática da proposta metodológica
Partindo do cenário onde a questão competitividade torna-se vital para a
sobrevivência da empresa, conclui-se que a implantação da proposta metodológica:
a ) Irá auxiliar a PETROBRAS-UN-ES no cumprimento das metas que serão
provenientes do desdobramento do planejamento estratégico corporativo, onde
exige-se uma empresa ágil, competitiva, com custos reduzidos e qualidade nos
serviços;
b ) Apresenta os procedimentos que foram baseados nos conceitos constantes do
capítulo 2 deste trabalho, enfatizando o como fazer para atender uma eficiente
implementação da terceirização, logo, espera-se resultados concretos com a
sua implementação;
162Tabela 4.10 – Auditoria do Cronograma de Acompanhamento de Contrato
AUDITORIA DO CRONOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE CONTRATOSCONTRATADA CONTRATO Reuniã
o inícioIndicaçprepôs
AS Carteiraprofiss
Escaltrab
Examemédico
Inspeçequipam.
Inspbase
CIPA AtaCIPA
Uniforme EPI
FGTS GPS BAD REM PCMSO
PPRA Planosconting
Situação finan
Inícioprocess
Organizpasta
Índice (%)Conformidade
LEGENDA: NOTA NOTACE – Ação com evidência – ação planejada, registrada como realizada e evidenciado por escrito (ata, RO, etc...) 10 FE – Ação com falta de evidência – ação planejada, registrada como realizada, mas falta evidência 7NR – Não realizada – ação planejada e não realizada 4NP – Não planejada – ação não planejada 0
O índice de Conformidade é apurado somando-se todas as notas obtidas, por contrato, dividindo-se o valor encontrado, pelo produto da quantidade de itens avaliados por 10,Multiplicando-se o resultado por 100: IC = soma notas obtidas x 100 nº itens avaliados x 10
161
4.6. Etapa 4 – Avaliação dos gestores de contrato
Esta etapa estipula o procedimento para auditar as ações dos gestores dos
contratos, buscando verificar se as etapas constantes da tabela 4.7 – Cronograma de
Acompanhamento do Contrato, estão sendo acompanhadas com eficiência e eficácia,
conforme previsão inicial. A tabela 4.10 – Auditoria do Cronograma de
Acompanhamento do Contrato apresenta o procedimento a ser adotado pelo auditor.
O resultado final varia entre 0 a 100%, definindo-se em que estágio está a
eficiência do fiscal no acompanhamento da execução dos serviços pela contratada.
160
Tabela 4.9 – Avaliação da base da contratada
AVALIAÇÃO DA BASE DE APOIO DA CONTRATADA 2/2
CONTRATADA: Data: / /1 - 2 -Equipe visitante:3 - 4 -
AVALIAÇÃO DA ÁREA OPERACIONAL
PONTUAÇÃOASSUNTO O QUE AVALIAR3 5 7 9 10
OBSERVAÇÕES
1Descarte de objetossem serventia
Existe procedimento paradescarte de objetos. Asferramentas e parafusos semuso, luvas e desenhos sãodescartados corretamente
2Organização daoficina
Existe local determinado paracada tipo de objeto (quadro deferramentas e instrumento)
3Acesso ao local detrabalho
Os corredores sãoidentificados. As passagenssão livres
4Acesso aoequipamento deemergência
Os extintores estão facilmenteacessíveis e bem identificados
5 Atendimento alegislação
Existe mapa de risco na área e
6Estado da oficina Existe poeira, sujeira, óleo ou
vazamento de óleo ou gases
7Limpeza da área Existe pessoal de limpeza. A
área é varrida ao final doexpediente. Existe local parajogar o lixo
8Conforto da área A área é ventilada. A
luminosidade é boa.9 Saúde dos
empregadosOs empregados preocupam-secom a aparência. Os uniformesestão em bom estado
10Segurança industrial Todos empregados estão com
os EPIs adequados e em bomestado
11 Ergonomia Existe equipamentos demovimentação de cargas
12 Aspecto geral daárea
O aspeto geral da área é bom.Tem plantas, vasos, quadros,etc
LEGENDA:
- Pontuação até 3 - Péssimo- Pontuação de 3 a 5 - Insuficiente- Pontuação de 5 a 7 - Regular- Pontuação de 7 a 9 - Bom- Pontuação de 9 a 10 - Excelente
159
Tabela 4.8 – Avaliação da base da contratada
AVALIAÇÃO DA BASE DE APOIO DA CONTRATADA 1/2
CONTRATADA: Data: / /1 - 2 -Equipe visitante:3 - 4 -
AVALIAÇÃO DA ÁREA DE ESCRITÓRIO
PONTUAÇÃOASSUNTO O QUE AVALIAR3 5 7 9 10
OBSERVAÇÕES
1Guarda de objetonão utilizados paradeterminado trabalho
Observar se existem objetosnão utilizados no local detrabalho
2
Informações e dadosatualizados
Verificar as pastas de políticade SMS, PCMSO, PPRA,planos de contingência, pastade contratos
3Extintor de incêndio Verificar se está identificado,
data de vencimento da carga ese alguém está habilitado ausá-lo
4Organização dasmesas
Os objetos de uso imediatoestão sobre as mesas emquantidade mínima
5 Organização dassalas
As mesas, arquivos eprateleiras estão ordenados
6Organização dequadros e de guardade documentos
Verificar se as políticas de SMSou outra está em local visível,se as pastas do item 2 estãoem local adequado
7Estado de limpezadas salas
As mesas, cadeiras e armáriossão limpas diariamente. Existepessoal de limpeza
8Conforto da sala A ventilação e iluminação são
adequadas. As normas deergonomia são atendidas.
9 Atendimento àspessoas
Existe sala de recepção e estáadequada
10 Atendimento ásnormas
Existe sanitários separadospara cada sexo
11 Aspecto geral doescritório
O aspecto do escritório é bom.Tem plantas, quadros, etc...
158MESES
Item Atividade Como Responsável SIT J F M A M J J A S O N D ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
17 Início processo licitação SAC FISCAL PR
18 Averiguação dos valores da rescisão REUNIÃO FISCAL PR
19 Verificar se as metas foram cumpridas pa- Pra efeito de continuação contratual R
PRP
RPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPR
P: PREVISTO R + REALIZADO
157Tabela 4.7 – Cronograma de Acompanhamento do Contrato
OBJETO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________
CONTRATADA: _________________________________________________________________________________________ INÍCIO: ___/___/___ TÉRMINO: ___/___/___
Endereço da matriz: __________________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________
Endereço base de apoio: ______________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________
Preposto: _____________________________ Endereço do preposto: _________________________________________________________ Telefone: ___________
Fiscal:________________________________ Endereço do fiscal: ____________________________________________________________ Telefone: ___________MESES
Item Atividade Como Responsável SIT J F M A M J J A S O N D ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
1 Reunião para início do contrato. ATA FISCAL PR
2 Indicação do preposto/Endereço contratada CARTA FISCAL PR
3 Autorização de serviços (AS). REUNIÃO FISCAL PR
4 Carteira Profissional. COMPROVANTE FISCAL PR
5 Escala de trabalho REUNIÃO FISCAL PR
6 Exame médico (Admissional e Periódico) COMPROVANTE FISCAL PR
7 Inspeção nos equipamentos VISITA FISCAL PInspeção da Base R
8 Constituição de CIPA REUNIÃO FISCAL PAta de reunião da CIPA (*) COMPROVANTE FISCAL R
09 Uniformes e EPI REUNIÃO FISCAL PR
10 FGTS COMPROVANTE FISCAL PR
11 GRPS COMPROVANTE FISCAL PR
12 Emissão de BAD BDC FISCAL PR
13 Resumo Estatístico Mensal (REM) COMPROVANTE FISCAL PR
14 PPRA / PCMSO (apresentação e acompanhamento) COMPROVANTE FISCAL PR
15 Plano de Contingência CONFORME FISCAL PCHECK-LIST R
16 Situação financeira CONSULTA FISCAL PDIVIN R
P: PREVISTO R + REALIZADO
156
4.5.2.21. Emissão de atestado de execução de serviços
O atestado de execução de serviços só poderá ser fornecido à contratada após
assinatura do respectivo TRD. O atestado deverá ser assinado pelo representante
maior do órgão (Ex.: gerente geral) ou quem ele der competência.
155
4.5.2.18. Início do processo de licitação
Deverá constar no plano de acompanhamento o mês de início do comentário da
minuta para o novo processo licitatório, que substituirá o contrato em andamento. Fazer
a previsão com 04 (quatro) meses, em média, de antecedência, atentando para o
acompanhamento no BM, verificando se o percentual de realização do prazo e valor
estão coerentes.
4.5.2.19. Averiguação dos valores da rescisão dos empregados
Deverá ser solicitada que a contratada apresente, no prazo de 10 (dez) dias
antes do encerramento do contrato, a lista de todos empregados e os respectivos
valores, separadamente, dos direitos referentes à rescisão do contrato de trabalho (13º
salário, férias proporcionais, etc...). Esta medida busca evitar que haja futuros passivos
trabalhista, onde a PETROBRAS poderá ser indiciada judicialmente como subsidiária
em ações trabalhistas em relação à contratada.
4.5.2.20. Encerramento do contrato
O contrato será encerrado através da assinatura do Termo de Recebimento
Definitivo (TRD), cujo documento será emitido pelos gestores do contrato (através do
Banco de Dados de Contratos - BDC), assinado pelo gerente do contrato e
encaminhado à contratada para assinatura do seu representante legal.
O TRD deverá ser emitido/formalizado no prazo máximo de 90 (noventa) dias
após a data de término do contrato.
Antes da assinatura do TRD, deverá ser verificado se não há nenhuma
pendência da contratada junto a PETROBRAS, tais como: equipamento da
PETROBRAS em poder da contratada, ressarcimento de custo ou multas pendentes,
passivo obrigações trabalhistas, devolução de crachá, etc... . Considerando que o fiscal
do contrato é o envolvido diretamente nos serviços, em condições de ter as referidas
informações com maior facilidade, ele assinará como uma das testemunhas, como
fórmula de dar o ciente e confirmar nas declarações do TRD.
154
4.5.2.15. PCMSO e PPRA
Ao receber os programas, os fiscais deverão analisar conjuntamente com a área
de segurança industrial e de saúde ocupacional. Para melhor acompanhamento dos
planos, os gestores do contrato deverão programar as datas de verificação e elaborar
um “check-list” para facilitar o acompanhamento.
4.5.2.16. Planos de contingência
Os planos de contingência constante do subitem 2.3 do Anexo III do Contrato
deverão ser analisados pelos gestores do contrato, no qual se basearão para fazer as
cobranças contidas.
4.5.2.17. Situação financeira da contratada
Visando evitar problemas referentes às pendências da empresa contratada
perante seus empregados, empresas fornecedoras e outras entidades que mantém
ligações comerciais com ela, deverá ser feita uma investigação sobre a situação
financeira da contratada, visando tomar providências prévias, quando necessárias,
para que a PETROBRAS não seja apanhada de surpresa, principalmente no final do
prazo do contrato, quando a contratada, de uma forma geral, transfere-se da região
onde presta serviços.
Nesta ocasião é necessário que a situação financeira da contratada esteja
saudável para se garantir que sejam quitados os encargos trabalhistas, bem como
outras obrigações perante a comunidade, para que a PETROBRAS não seja envolvida
num processo judicial como solidária ou subsidiária nas obrigações das contratadas.
Para averiguação utilizar-se-á a estrutura da Divisão de Informações da
PETROBRAS fazendo-a, para os contratos com prazo acima de 365 dias,
semestralmente e nos últimos três meses que antecedem o encerramento e,
semestralmente, para os contratos com 365 dias de prazo.
153
4.5.2.11. Participação de cipeiros contratados em reuniões da CIPA da
PETROBRAS
Visa obter maior integração entre as CIPAS e demonstrar para as contratadas o
nível de atenção que a PETROBRAS dispensa para a prevenção de acidentes. Este
procedimento incentivará a troca de experiências entre as CIPAS e integrará os
empregados contratados no programa de SMS da PETROBRAS.
4.5.2.12. Reunião dos gestores do contrato com empregados contratados
Objetiva repassar para os empregados das contratadas o compromisso que a
PETROBRAS tem com as metas estabelecidas, bem como para reforçar que a
contratada tem que ser solidária com a PETROBRAS para que sejam alcançados os
objetivos estipulados. A reunião poderá ter uma periodicidade de realização entre 01 a
03 meses, de acordo com a necessidade, que será avaliada pelos gestores do contrato
(Ex.: metas de TFCA, implantação da política de SMS, etc...).
4.5.2.13. Resumo Estatístico Mensal (REM)
Deverá ser apresentado pela contratada até o 3º (quinto) dia útil do mês
subseqüente. Os dados contidos no REM servirão de base para cálculo do TFCA.
Os gestores do contrato deverão conferir se a quantidade de empregados está
de acordo e encaminhar à área de segurança industrial, meio ambiente e saúde
ocupacional.
4.5.2.14. Cursos exigidos
Os gestores do contrato deverão atentar para a data dos vencimentos da
reciclagem exigida no contrato (geralmente 02 anos), para os cursos de seus
empregados (direção defensiva, produtos perigosos, combate a incêndio, etc...).
152
detalhada, constando data, local, equipamento ou outra informação julgada
importante. A mora deverá ser notificada se ficar evidente que trouxe
problemas operacionais ou prejuízos à PETROBRAS ou reincidência.
§ Ressarcimento de custo - a cobrança de ressarcimento de custo, cujo
expediente será emitido pela área de contratação e assinada pelo gerente do
contrato, deverá ser precedida por uma reunião com a contratada que dará o
ciente e concordância do ressarcimento. Esta reunião é para dar condição de
defesa a contratada e amparar a PETROBRAS de futuros questionamentos
da contratada.
Ao encaminhar a solicitação para a área de contratação deverão ser informados
os códigos de custo, nos quais será creditado o valor do ressarcimento.
4.5.2.9. Inspeção de equipamentos e da base da contratada
A periodicidade da inspeção dependerá do tipo de serviços, podendo ser,
inicialmente, numa periodicidade maior, diminuindo com o decorrer do prazo contratual,
em função da maior utilização do equipamento.
Para equipamentos maiores é necessário que se faça um “check-list” para
facilitar a inspeção.
A base da contratada deverá ser inspecionada a cada trimestre, utilizando-se o
modelo constante da tabela 4.8 e 4.9 – Avaliação da base da contratada.
4.5.2.10. CIPA
A contratada deverá apresentar a ata de formação de CIPA e o cronograma
anual de reuniões. Os gestores do contrato deverão solicitar a apresentação mensal
das atas de reuniões, bem como agendar a previsão da mudança da CIPA para os
contratos acima de 365 dias corridos.
151
g ) Salários
Os gestores do contrato deverão estar atentos quanto ao valor do salário pago
pela contratada, bem como se a data do seu pagamento está de acordo com a
legislação.
h ) Segurança industrial, meio ambiente e saúde ocupacional
Deverão ser atendidos os prazos constantes no anexo contratual pertinente, que
serão abordados na ata de reunião para início dos serviços. As principais exigências
referem-se ao ROA (Relatório de Ocorrência Anormal), RAL (Relatório de Acidente
com Lesão), REM (Resumo Estatístico Mensal), comprovante de formação de CIPA,
PPRA (Programa Prevenção de Riscos Ambientais), PCMSO (Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional) e os planos de trabalho referente ao SMS, conforme
previsto no anexo em questão.
4.5.2.7. Saldo contratual x prazo
Os gestores do contrato deverão estar atentos à época de emissão do Boletim
de Medição (BM), quanto ao acompanhamento da realização do saldo contratual, que
deverá estar condizente com a do prazo. Caso não ocorra esta linearidade, deverá
fazer uma análise criteriosa para verificar a causa do problema.
4.5.2.8. Aplicação de multa e ressarcimento de custo
§ Multa - a aplicação de multa é precedida por uma carta à contratada
(notificação de mora), emitida pela área de contratação e assinada pelo
gerente do contrato, onde se concede um prazo de 15 (quinze) dias corridos
para a contratada se justificar. Após aplicada a multa, a contratada dispõe de
um prazo de 05 (cinco) dias úteis de direito de recurso.
Antes de encaminhar a solicitação para a área de contratação emitir o
expediente de notificação de mora, os gestores do contrato, deverão fazer
uma análise da ocorrência que deu origem ao problema, para que se evite
desgaste junto à contratada. A descrição da ocorrência da multa deverá ser
150
a ) FGTS
A apresentação deverá ser mensal. A contratada deverá apresentar a guia de
recolhimento (GFIP) juntamente com a folha de pagamento. De preferência, conferir o
recolhimento por empregado. Outra alternativa é calcular sobre o valor bruto.
Em ambos os casos, o cálculo é feito aplicando-se 8% (oito por cento) sobre o
valor bruto do salário (deduzido do salário família).
b ) Carteira Profissional
Deverá ser exigida no início do contrato, após acordo coletivo e na entrada de
empregado novo.
c ) GPS (Guia da Previdência Social)
A apresentação deverá ser mensal, juntamente com o comprovante de
recolhimento de FGTS, que deverão ser anexadas aos documentos de cobrança e ao
BM.
d ) Uniformes e EPI
Deverá ser observado o prazo de reposição constante do contrato ou a
necessidade de troca, que dependerá do seu estado de conservação.
e ) Escala de Trabalho
Deverá ser fornecida escala de trabalho no início do contrato ou quando houver
alguma modificação. A escala deverá ser autenticada pelo órgão público oficial
(Delegacia Regional do Trabalho).
f ) Exames médicos
Deverá ser obrigatório, dependendo do tipo de serviço prestado, conforme
definido no PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional).
149
4.5.2.5. Organização da pasta do contrato
A pasta deverá estar organizada de maneira que facilite a consulta para os
usuários. O índice deverá seguir a ordem de arquivamento abaixo:
01 - Contrato
02 - AS
03 - BAD
04 - Multa
05 - Reunião de Início
06 - Indicação do preposto
07 - Carteira Profissional
08 - Escala de Trabalho
09 - Exame médico
10 - Inspeção de equipamentos/base
11 - CIPA/REM
12 - PPRA/PCMSO
13 - Situação financeira
14 - Correspondência
15 - Ata
16 - GRPS
17 - Relatório
18 - BM
4.5.2.6. Cumprimento das obrigações trabalhistas, segurança industrial, meio
ambiente e saúde ocupacional
Deverão ser observados os prazos de apresentação dos comprovantes
conforme discriminado a seguir:
148
representantes da mesma, visando detectar desvios das condições adequadas
de trabalho, quando se definirão responsabilidades e prazos de correção dos
mesmos, caso evidenciados;
d ) informar sobre a obrigatoriedade de cumprimento do disposto nas normas de
segurança industrial, meio Ambiente e saúde para Contratadas da
PETROBRAS;
e ) Informar que todo acidente com ou sem lesão pessoal ou que afete ao meio
ambiente deverá ser encaminhado à fiscalização da PETROBRAS através de
um relatório, no prazo de até 03 (três) dias úteis após a ocorrência. No
relatório, deverá conter o tipo de acidente, local, data e hora da ocorrência, tipo
de lesão por empregado e as ações corretivas para evitar reincidência;
f ) Informar que a contratada deverá encaminhar mensalmente para a fiscalização
da PETROBRAS o Anexo A - “Resumo Estatístico Mensal” de acidentes de
trabalho, até o 3º (terceiro) dia útil de cada mês;
g ) Informar que a contratada deverá apresentar até 30 (trinta) dias após o início
do contrato o comprovante de formação de CIPA, se for o caso, ou documento
análogo que comprove atendimento da Norma Regulamentadora pertinente;
h ) Informar que a contratada deverá apresentar mensalmente a ata de reunião da
CIPA, até o 5º (quinto) dia útil após a sua realização;
i ) Receber da contratada e encaminhar para a área de segurança industrial, meio
ambiente e saúde ocupacional, a lista de participantes do curso de Permissão
do Trabalho (PT).
j ) Informar que deverá ser elaborada Análise Preliminar de Risco (APR) para toda
execução de serviços considerada como de risco, devendo efetuar o
treinamento para os empregados envolvidos.
147
Instrução de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, 5 (cinco) dias úteis antes
do início dos serviços;
e ) Informar que antes no primeiro dia de prestação dos serviços, os gestores do
contrato, farão uma reunião com todos os empregados da contratada,
utilizados na prestação dos serviços, quando será apresentada a PETROBRAS
e os aspectos SMS vigentes;
f ) Informar que na avaliação de desempenho da contratada, através do Boletim
de Avaliação de Desempenho (BAD), ressaltando a necessidade de
cumprimento das metas estipuladas no Anexo VI – Desempenho e Metas da
Contratada;
g ) Apresentação da contratada, seus trabalhos, áreas de atuação, seus planos e
expectativas em relação ao contrato e outras informações que ela julgar
pertinentes;
h ) Assinatura do contrato.
4.5.2.4. Reunião para mobilização
Deverá ser feita reunião, com o preposto da contratada, 5 (cinco) dias úteis
antes do início dos serviços, quando serão abordados os aspectos SMS a seguir:
a ) Solicitar a apresentação dos planos previstos no item 2.3 do Anexo III, para
ser encaminhado à análise da área de segurança industrial, meio ambiente e
saúde ocupacional;
b ) Reiterar que todos os técnicos da contratada alocados ao contrato deverão ser
registrados nas entidades de classe;
c ) Informar que as áreas de segurança, meio ambiente e de saúde ocupacional
realizará periodicamente, Inspeções de Segurança e Saúde do Trabalho, nos
postos de trabalho da contratada, as quais deverão ser acompanhadas por
146
4.5.2.2. Autorização de Serviço (AS)
Documento que define a data de início e término do contrato e designa o
empregado encarregado pela fiscalização do contrato. É assinada pelo gerente do
contrato e pelo representante legal da contratada.
O prazo entre a emissão da AS e o do início do serviço deverá estar de acordo
com o concedido pela PETROBRAS na carta de declaração/credenciamento, constante
do SUPLEMENTO B do Convite, emitida e apresentada pela contratada na ocasião de
apresentação da proposta técnica.
A AS deverá ser emitida em 03 (três) vias, sendo a original para a contratada e as
restantes para a gerência do contrato e área de contratação. Geralmente é entregue à
contratada no ato da assinatura do contrato, aproveitando-se a presença do (s)
representante (s) legal (is) da empresa.
4.5.2.3. Reunião para assinatura do contrato
Esta reunião ocorrerá com a presença dos representantes legais da contratada e
da PETROBRAS, devendo, de preferência, contar com a presença do preposto.
Serão abordados os assuntos abaixo:
a ) Apresentar a PETROBRAS, suas atividades, áreas de atuação, perspectivas;
b ) Apresentar a Política SMS da PETROBRAS e aspectos locais
(recomendações do EIA – Estudo de Impacto Ambiental, relacionamento com
superficiários, etc.);
c ) Informar à contratada, que o seu preposto deverá ser designado e se
apresentar ao Gerente do Contrato com uma antecedência de no mínimo a
metade do prazo de mobilização, e no máximo de 1 (um) mês, quando será
feita a “reunião de mobilização” do contrato;
d ) Informar que a contratada deverá apresentar ao Gerente do Contrato, os
planos de trabalho relativos a SMS solicitados no item 2.3 do Anexo III -
145
4.5.2. Acompanhamento dos serviços contratados
Os serviços contratados serão acompanhados através de um cronograma de
acompanhamento de contrato, onde constam a previsão (P) e a realização (R),
conforme modelo constante da tabela 4.7 – Cronograma de Acompanhamento do
Contrato, onde constam as principais exigências do contrato.
Os gestores do contrato, antes do seu início, faz a previsão, no cronograma, das
principais exigências contratuais, estipulando a data para a cobrança. Este cronograma
possibilitará aos gestores uma visão sistêmica da condução do contrato pela
contratada, e seu acompanhamento subsidiará na avaliação do desempenho da
contratada através do BAD.
A seguir serão apresentadas as exigências a serem acompanhadas, indicando-
se as ações que os gestores do contrato deverão proceder.
4.5.2.1. Comportamento dos gestores do contrato
Os gestores do contrato deverão evitar comportamento que demonstre
intimidade de relacionamento com o pessoal de empresas contratadas, visando
não levantar dúvidas quanto a sua atuação na fiscalização de contrato, bem como
não abusar dos poderes inerentes a sua função, primando sempre pela
transparência dos seus atos.
No acompanhamento dos serviços, no decorrer do prazo contratual, o fiscal
deverá estar atento em não infringir a isonomia da licitação. Existem vários exemplos
que podem ilustrar o disposto supramencionado.
a ) Aumento significativo de serviços no início do contrato em relação ao
quantitativo estabelecido no edital;
b ) Equipamentos com especificação diferente ao do edital;
c ) Não cumprimento do prazo de início dos serviços, previamente estabelecido na
declaração constante do edital;
d ) Inclusão de item de planilha cujo serviço não seja àquele contratado.
144
4.6 – Visita Técnica da Licitante
VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 4/4
ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS
8 ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS
8.1Esclarecimentos
Deverão ser detalhados os principais
pontos que constam deste anexo. Os
esclarecimentos deverão ser feitos
seguindo a ordem estipulada na tabela 4.1
do presente trabalho
9 ANEXO V – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
9.1 Esclarecimentos
Informar como serão medidos os serviços
item a item, com base na planilha de
preços unitários e, se for o caso, o que
deverá ser considerado no preço de cada
item de planilha.
10 ANEXO VI – DESEMPENHO E METAS DA CONTRATADA
10.1 Esclarecimentos
Informar como serão avaliados os
serviços, o sistema de conseqüência
e o condicionante, referente à média
mínima, para a contratada ter direito a
continuar prestando serviços,
conforme subitem 4.3.5.2 do presente
trabalho.
10 ANEXO VII – INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA INTERNA PARA CONTRATADAS
10.1Esclarecimentos
Informar que este anexo estipula como
deverá proceder a contratada para a
confecção de crachás, instruções gerais
sobre segurança interna e de trânsito no
âmbito da PETROBRAS-UN-ES
11 FORNECIMENTO DE ATESTADO DE VISITA
Ao final da visita deverá ser fornecido à empresa o atestado de visita, que é um dos
documentos a ser apresentado, conforme exigência do Convite.
143
Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante
VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 3/4
ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS
Informar que a medição dos serviços
executados será efetuada entre o dia 26
do mês anterior 25 do mês seguinte
6.2 MediçãoInformar que a PETROBRAS emitirá o
Boletim de Medição (BM) e entregará a
contratada a partir do 1º dia útil do mês
seguinte ao da medição
6.3 Prazo
Informar que o contrato poderá ser
prorrogado, mediante acordo prévio entre
as partes contratantes (verificar se o
contrato tem esta previsão)
6.4 Preços e valor
Informar que o valor total do contrato é
meramente estimativo, não obrigando a
PETROBRAS solicitar serviços até o
referido valor
6.5Forma de
pagamento
Informar que o pagamento será
efetuado no 30º dia após a data final
do período de medição dos serviços,
desde que a contratada apresente os
documentos de cobrança, até o 4º dia
útil do mês seguinte à medição
6.6 Rescisão Informar os principais casos que poderão
levar as partes a pedir rescisão contratual
6.7 Cessão
Informar que a cessão do contrato
somente poderá ocorrer quando
autorizado por escrito pela PETROBRAS
6.8Subcontratação
Informar que a contratada somente
poderá subcontratar os serviços desde
que previamente autorizada pela
PETROBRAS
7 ANEXO III – INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE
7.1
Obrigações de
SMS
Deverá ser esclarecida para acontratada sobre a importância desteanexo e a obrigatoriedade decumprimento dos prazos previstospara apresentação das exigências deSMS;Ressaltar que a PETROBRAS écertificada na ISO 14001 e ocumprimento das exigências desteanexo está integrado a estacertificação
142
Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante
VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 2/4
ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS
4 SUPLEMENTO C – Demonstrativo de formação de preços
4.1
Preenchimento
do Suplemento C
Encaminhar o representante da licitante a
atividade de orçamentação para
esclarecimento sobre o preenchimento
deste anexo
5 CONTRATO
5.1Prazo
Informar o prazo contratual e, se for o
caso, a condicionante do contrato terminar
na metade do prazo, em função do não
cumprimento das metas estabelecidas
5.2Preço e valor
informar que o valor total do contrato será
definido através do produto dos preços
unitários pela quantidade constante da
planilha de preços unitários .
5.3
Reajustamento de
preços
Informar que será anual conforme a
fórmula do contrato, se o prazo
contratual for acima de 01 (um) ano.
5.4Multas
Ressaltar que o contrato bem conduzido
pela contratada, certamente não vai
acarretar em multas e que só será
aplicada, se a contratada não demonstrar
interesse em conduzir o contrato
satisfatoriamente
6 ANEXO I – CONDIÇÕES GERAIS CONTRATUAIS
6.1Obrigações
trabalhistas
Ressaltar sobre a obrigatoriedade de
atender aos encargos decorrentes
das Leis Trabalhistas e da
Previdência social (Ex.: férias, 13º
salário, adicionais, carteira
profissional atualizada, recolhimento
de FGTS e GRPS, etc...);
A jornada de trabalho deverá estar de
acordo com a Legislação Trabalhista
(Ex.: intervalo de 11 horas entre uma
jornada e outra, escala de trabalho
acordada com o Sindicato da classe
e/ou Ministério do Trabalho, etc,...).
141
Tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante
VISITA TÉCNICA DA LICITANTE VISITA TÉCNICA DA LICITANTE 1/4
ITEM DO CONVITE ESCLARECIMENTOS QUESTÕES LEVANTADAS
1 CONVITE1.1 Objeto Fazer comentário sucinto a respeito do
objeto do contrato
1.2
Data e horário da
licitação
Informar o dia, hora e local da licitação
1.3Apresentação da
proposta
Informar que deverá ser entregue por
pessoa credenciada e com declaração
formal. Informar que a falta de quaisquer
documentos solicitados no Convite poderá
desclassificar a licitante
1.4 Envelopes Informar a quantidade de envelopes que
deverão ser apresentadas e o seu
conteúdo
1.5 Habilidade
técnica
Informar, se for o caso, a necessidade da
apresentação das solicitações referentes
à habilidade técnica da licitante
1.6
Esclarecimentos
de dúvidas do
convites
Informar que o prazo para
esclarecimentos de dúvidas do Convite,
feitas por escrito, com 5 (cinco) dias úteis
antes da entrega da proposta
2 SUPLEMENTO A – Declaração/credenciamento
2.1
Prazo para início
dos serviços
Informar o prazo para início dos serviços,
conforme item 3 deste anexo, após ordem
da PETROBRAS, por escrito,
2.2
Sindicato da
categoria
profissional
Informar que a licitante deverá informar o
sindicato da categoria, para efeito de
análise financeira da proposta
2.3
Salários
praticados no
contrato
Informar que o salário considerado no
Suplemento C é o que deverá ser
praticado e constar na Carteira
Profissional
3 SUPLEMENTO B – Planilha de Preços Unitários
3.1Preenchimento
do Suplemento B
Informar a licitante como deverá ser
preenchido o referido anexo, atentando-se
para as unidades de medição dos
serviços e a sua quantidade estimada
140
O procedimento constante da tabela 4.6 – Visita Técnica da Licitante tem como
objetivo detalhar as ações que deverão ser seguidas durante a visita técnica das
proponentes, visando disponibilizar informações uniformes, bem como obter propostas
de preços equalizadas e compatíveis com as exigências contratuais.
No momento da visita técnica, os gestores do contrato deverão solicitar o nome
e função do representante da empresa visitante e abordar os comentários dos pontos
constantes da tabela 4.6, abaixo, para o preposto da empresa adquirente do Convite.
139
4.5. Etapa 3 – Acompanhamento dos serviços contratados
Esta etapa é uma das mais importantes do processo de terceirização, já que vai
permitir a PETROBRAS-UN-ES acompanhar e observar o desempenho da contratada,
detectando no momento oportuno, as eventuais falhas referentes ao não cumprimento
do prazo, de especificações dos serviços, de exigências quanto às leis trabalhistas, de
segurança industrial, meio ambiente, saúde ocupacional, bem como outros requisitos
constantes do contrato, que sejam importantes para obter-se os resultados desejados
com a terceirização.
O objetivo desta etapa é definir os procedimentos que deverão ser observados
pelos gestores de contratos (gerentes e fiscais de contrato) para acompanhamento das
exigências contratuais, que será feito através do modelo constante da tabela 4.7
Cronograma de Acompanhamento do Contrato, permitindo-lhes uma visão abrangente
das principais obrigações contratuais e proceder uma avaliação bem fundamentada,
conforme tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas, deste capítulo.
O acompanhamento inicia-se a partir da visita técnica, etapa do processo de
licitação, prevista no Convite, quando ocorre a apresentação à licitante do local onde
serão desenvolvidos os serviços. A seguir será apresentado o procedimento que
deverá ser seguido durante a visita técnica e o acompanhamento dos serviços
contratados, que tem como objetivo equalizar as informações entre as licitantes, sobre
as exigências contratuais.
4.5.1. Visita técnica
A visita técnica é o momento que a contratada deverá dirimir as dúvidas
existentes no Convite. É imprescindível que o preposto da contratada, que vai efetuar a
visita, já tenha conhecimento do conteúdo do Convite e, de preferência, esteja
envolvido com a área de orçamentação.
Desta forma, deverá constar no Convite que o preposto da licitante, que realizará
a visita técnica, deverá ser um empregado que esteja diretamente envolvido com a
área operacional e de orçamento, visando obter-se da licitante, uma proposta comercial
condizente com as exigências constantes do escopo do Convite, evitando
desvirtuamento dos preços propostos.
138
Tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas
VISITA TÉCNICA VISITA TÉCNICA 2/2
Empresa:
Endereço:
Contato: Função: Tel/e-mail
AVALIAÇÃO (%)
ÁREAS ABORDADAS N I R B O
6 EQUIPAMENTOS 0 25 50 70 100
OBSERVAÇÕES
6.1 Inerentes a prestação dos serviços Verificar quantidade e condições de operação
6.2 Referentes as outras atividades Verificar quantidade e condições de operação
7 INSTALAÇÕES
7.1 Estado das instalações
7.2 Pratica-se o 5 “S”
8 PROGRAMA SMS
8.1 Política de SMS Verificar se existe
8.2 Segurança industrial Conscientização, mapa de risco, CIPA, etc
8.3 Estado dos EPIs
8.4 Meio ambiente Existe conscientização
8.5 Saúde ocupacional Existe programa de ação
9 CERTIFICAÇÃO
9.1 ISO 9002
9.2 ISO 14001
9.3 Outros
LEGENDA:
N – Não possui
I – Insuficiente- pouca evidência (25%)
R – Regular – alguma evidência (50%)
B – Bom – significativa evidência (70%)
O – Ótimo – plena evidência (100%)
137
Tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas
VISITA TÉCNICA VISITA TÉCNICA 1/2
Empresa:
Endereço:
Contato: Função: Tel/e-mail
AVALIAÇÃO (%)
ÁREAS ABORDADAS N I R B O
1 CONTRATO SOCIAL 0 25 50 70 100
OBSERVAÇÕES
1.1 Contém serviços objeto da licitação
1.2 Composição societária (n° sócios) Verificar o número de sócios
1.3 Responsabilidade dos sócios Verificar se está bem distribuída
1.4 Capital social (distribuição) Verificar se está bem distribuído
1.5 Bens patrimoniais Verificar se a quantidade é significativa
1.6 Tempo atuação no mercado Até 5 anos – 50%
Acima de 5 anos – acima de 50%
1.7 Certidões negativas públicas FGTS, INSS, municipal, estadual e federal
2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
2.1 Nível decisório Tem organograma e nível decisório claros
3 GESTÃO DA QUALIDADE
3.1 Política de qualidade Existe e está bem difundida
3.2 Padrões gerenciais Existe e está bem difundido
3.3 Padrões de execução Existe e está bem difundido e treinado
3.4 Programa 5 “S” Existe e está bem difundido e praticado
4 RELACIONAMENTO COM CLIENTES
4.1 Principais clientes Trata-se de clientes reconhecidos no mercado
4.2 Atestados de serviços prestados Verificar as avaliações
5 PESSOAL
5.1 Número de empregados Verificar se está condizente com serviços
5.2 Salário praticado Verificar se está de acordo com o mercado
5.3 Nível de treinamento (hh no ano)
5.4 Turn-over Verificar o índice anual
136
a ) Define-se o tipo de serviço e as empresas consideradas em condições de
executá-los, após pesquisa de mercado (no âmbito da PETROBRAS, em
outras empresas da região, através de consulta a dossiês apresentados,
etc...);
b ) De posse da relação de empresas faz-se a seguinte pesquisa:
§ Caso a empresa seja cadastrada na PETROBRAS, verifica-se através do
sistema BDC as avaliações das empresas em outras unidades onde ela
presta serviços;
§ Faz-se um levantamento econômico-financeiro das empresas, visando
verificar se ela é devedora da união (cadastro no CADIN), bem como a
situação financeira (títulos protestados, concordatas, falências, etc...);
§ Efetua-se uma visita à empresa, fazendo-se o levantamento da sua
situação conforme tabela 4.5 – Visita Técnica às Empresas, escolhendo-
se somente aquela que ultrapassem a média percentual de 70% (setenta
por cento);
c ) Procede-se a uma nova seleção, considerando as restrições com base nas
informações constante da alínea “b”.
Pode-se utilizar de uma outra alternativa para a seleção de empresas,
integrando-se os critérios adotados nos subitens 4.4.1 e 4.4.2 acima.
135
Desta forma, na definição do critério deverá ser levado em consideração os
fatores acima, observando a necessidade de garantir a participação de um número
adequado de empresas, visando manter a competitividade da licitação.
Na modalidade de Convite a escolha das empresas licitantes pode ser feita de
acordo com a necessidade da companhia, observados os fatores acima, logo, pode-se
utilizar o seguinte procedimento:
§ Utilizar o cadastro corporativo de empresas;
§ Utilizar escolha alternativa, desde que obedecidos critérios pré-estabelecidos.
4.4.1. Seleção de empresas com utilização do cadastro de empresas corporativo
Utiliza-se esta alternativa, principalmente, quando se está diante de contratações
que envolvem valores significativamente altos e serviços de maior nível de
especialidade. O procedimento segue conforme abaixo:
a ) Define-se o tipo de serviço, o grupo (A, B ou C) e a pontuação constante em
cada grupo;
b ) De posse da relação de empresas faz-se a seguinte pesquisa:
- Verifica-se através do sistema BDC as avaliações das empresas em
outras unidades onde ela presta serviços;
- Faz-se um levantamento econômico-financeiro das empresas, visando
verificar se ela é devedora da união (cadastro no CADIN), bem como a
situação financeira (títulos protestados, concordatas, falências, etc...).
c ) Procede-se a uma nova seleção, considerando as restrições com base nas
informações constante da alínea “b”.
4.4.2. Seleção de empresas com a utilização de escolha alternativa
Escolhe-se esta alternativa quando os fatores apresentados no subitem 4.4.1
acima, não sejam muitos significativos. Seleciona-se as empresas da região que
executam os serviços requisitados e adota-se o seguinte procedimento:
134
Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 4/4
SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO
541 – Resultado de segurança
Resultado da Taxa de
Freqüência de Acidentes com
Afastamento (TFCA)
TFCA = 0 - nota 10
TFCA até 3 - nota 7
TFCA até 5 - nota 5
TFCA > 5 - nota 0
542 – Preservação de meio
ambiente
Número de ocorrências de
agressão ao meio ambiente
Ocorrência – Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 7
Oc > 1 - nota 0
540
Segurança e
meio ambiente
543 – Resultado de saúde
ocupacional
Cumprimento do PCMSO Integral - nota 10
Acima de 70% - nota 7
Abaixo de 70% - nota 0
551 – Desempenho
administrativo
Número de ocorrências de
inadimplência junto à
comunidade
Ocorrência – Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 7
Oc > 1 - nota 0550
Desempenho
administrativo e
financeiro552 – Desempenho financeiro
Número de títulos protestados
(outras ocorrências prevalecerão
sobre estas. Ex: pendência
injustificada no CADIN,
concordata, etc...)
Ocorrência – Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 7
Oc > 1 - nota 0
4.4. Etapa 2 – Como selecionar as empresas licitantes
Conforme apresentado no Capítulo 3 – ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE
TERCEIRIZAÇÃO NA PETROBRAS-UN-ES, subitem 3.12.3.1, a PETROBRAS
mantém um registro cadastral de empresas interessadas na prestação de serviços.
Este cadastro tem um critério, onde as empresas são avaliadas sobre vários aspectos
e, logo após, são classificadas em vários grupos, segundo a sua especialidade.
O critério a ser escolhido para a seleção de empresas dependerá de vários
fatores, dentre eles:
§ Valor da contratação;
§ Prazo da contratação;
§ Porte e nível de especialidade dos serviços;
§ Local de realização dos serviços.
133
Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 3/4
SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO
411 – Adequação
Atualização do plano de
acompanhamento de elaboração
de padrão
Ocorrência - Oc
Oc = atualizado - nota 10
Oc = não atualizado -
nota 0410
Sistema de
qualidade
412 - Treinamento
Percentual de padrões de
execução existentes em que os
empregados foram treinados
Ocorrências - Oc
Oc = 0% - nota 0
Oc até 80% - nota 5
Oc > 80% - nota 10
421 – Qualidade
Atualização do plano de
acompanhamento dos padrões
Ocorrência - Oc
Oc = atualizado - nota 10
Oc = não atualizado -
nota 0
422 – Quantidade
Quantidade de padrões atende a
prestação dos serviços
Atende - nota 10
Parcialmente - nota 5
Não atende - nota 0
420
Instrumento de
controle da
qualidade
423 – Aferição/calibração Não aplicável
510
Planejamento511 – Adequação
Elaboração e atualização do
plano de acompanhamento do
contrato – Ocorrência - Oc
Oc = atualizado - nota 10
Oc = não atualizado -
nota 0
520
Prazos521 – Cumprimento
Número de ocorrências de não
cumprimento dos prazos
contratuais por trimestre
Ocorrência - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 7
Oc > 1 - nota 0
531 – Resultado qualidade
Percentual de serviços rejeitados
por trimestre
Ocorrência – Oc
Oc = 0 % - nota 10
Oc = 10% - nota 7
Oc > 10% - nota 0
532 – Índice de retrabalho
Percentual de serviços rejeitados
por trimestre
Ocorrência – Oc
Oc = 0 % - nota 10
Oc = 10% - nota 7
Oc > 10% - nota 0
530
Qualidade dos
serviços533 – Tratamento não-
conformidade
O sistema de tratamento de não
conformidade atende
Atende - nota 10
Parcialmente - nota 5
Não atende - nota 0
132
Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 2/4
SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA CONCEITO
210
Supervisão e
gerência
213 – Liderança
Quantidade de indicadores
apresentados pelo preposto
(produtividade, turn-over,
qualidade, atendimento,
segurança e meio ambiente) por
trimestre – Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 0
Oc = 4 - nota 7
Oc > 4 - nota 10
221 – Qualificação
Percentual de padrões de
execução existentes e que os
empregados foram treinados
Ocorrências - Oc
Oc = 0% - nota 0
Oc até 80% - nota 5
Oc > 80% - nota 10
220
Execução222 – Quantidade
Ocorrência de falta de
empregados sem substituição
Ocorrência - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 7
Oc > 1 - nota 0
231 – Qualificação
Percentual de inspetores
(segurança, qualidade) qualifica-
dos - Ocorrência - Oc
Oc = 0% - nota 0
Oc até 80% - nota 8
Oc > 80% - nota 10230
Inspeção232 – Quantidade
Quantidade de inspetores
existentes por função
Ocorrência - Oc
Oc = 0% - nota 0
Oc = 1 - nota 10
241 – Apoio logístico
Não conformidade verificada por
deficiência, por trimestre, de
apoio logístico - Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0240
Condições de
Trabalho242 – Relações trabalhistas
Não conformidade verificada por
não cumprimento, por trimestre,
de exigências legais
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
311 – Organização
312 – Condições SMS310
Laboratórios 313 – Conservação
Não aplicável para os contratos celebrados na
PETROBRAS-UN-ES
321 – Organização
322 – Condições de SMS
320 – Oficinas,
almoxarifados,
ferramentaria 323 – Conservação
Nota correspondente a auditoria realizada na base da
contratada, de acordo com os parâmetros constantes na
tabela 4.9 do presente trabalho
331 – Organização
Nota correspondente auditoria realizada na base da contra-
tada, de acordo com parâmetros constantes na tabela 4.8
do presente trabalho330
Administrativas332 – Conservação
Nota correspondente auditoria realizada na base da contra-
tada, de acordo com parâmetros constantes na tabela 4.8
do presente trabalho
131
Tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA 1/4
SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO OCORRÊNCIA TRIMESTRE CONCEITO
111 – Qualidade
Apresentação de equipamento
fora da especificação
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
112 – Quantidade
Parada dos serviços por falta de
equipamento ou ferramenta
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
113 – Condições de funcionamento
Falta de equipamento ou
ferramenta
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
110
Equipamentos e
ferramentas
114 – Manutenção/preservação
Equipamento trabalhando sem
limpeza, lubrificação, etc
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
121 – Qualidade
Produto químico entregue não
conforme com a legislação
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
122 – Quantidade
Parada dos serviços por falta de
produto químico
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0120
Produtosquímicos
123 – Armazenamento/manuseio
Produto químico armazenado ou
manuseado não conforme com a
legislação - Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
131 – Qualidade
Apresentação de material fora da
especificação
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
132 – Quantidade
Parada dos serviços por falta de
material
Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0130
Materiais
133 – Armazenamento/preservação
Material armazenado ou
manuseado não conforme com a
legislação - Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 10
Oc = 1 - nota 6
Oc > 1 - nota 0
211 – Qualificação
Quantidade de cursos de
desenvolvimento gerencial por
trimestre – Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 5
Oc = 1 - nota 8
Oc > 1 - nota 10210
Supervisão e
gerência212 – Quantidade
Quantidade de visitas feitas pelo
gerente imediato do preposto por
trimestre – Ocorrências - Oc
Oc = 0 - nota 5
Oc = 1 - nota 8
Oc > 1 - nota 10
130
Tabela 4.3 – Estrutura do BAD
ESTRUTURA DO BAD 2/2
GRUPOS SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO
541 – Resultado de segurança
542 – Preservação de meio ambiente
540 – Segurança e meio
ambiente
543 – Resultado de saúde ocupacional
551 – Desempenho administrativo500 – EFICÁCIA
550 – Desempenho
administrativo e financeiro 552 – Desempenho financeiro
Os conceitos do BAD estão divididos nos seguintes faixas de notas:
CONCEITOS FAIXA DAS NOTAS
Péssimo De 0 a 2,00
Insuficiente De 2,10 a 4,50
Regular De 4,60 a 6,50
Bom De 6,60 a 8,50
Excelente De 8,60 a 10,00
4.3.5.2. Determinação das metas de desempenho para a contratada
Na tabela 4.4 – Metas de Desempenho Para as Contratadas estão estipuladas
as metas para cada subitem a ser avaliado dos subgrupos apresentados na tabela 4.3
acima, atreladas às respectivas notas que serão apropriadas no Boletim de Avaliação
de Desempenho (BAD).
As metas assinaladas na tabela 4.4 servem como uma abordagem geral, porém,
podem ser incrementadas outras, que irão depender do tipo de contrato que se está
elaborando.
Deve ser estipulado, no contrato, que a contratada deverá apresentar, na
metade do prazo contratual, a média no conceito de desempenho igual ou superior que
7,5 (sete vírgula cinco), para que a mesma tenha direito a continuidade da prestação
dos serviços para o restante do prazo contratual.
129
Tabela 4.3 – Estrutura do BAD
ESTRUTURA DO BAD 1/2
GRUPOS SUBGRUPOS ITENS DE AVALIAÇÃO
111 – Qualidade
112 – Quantidade
113 – Condições de funcionamento
110 – Equipamentos e
ferramentas
114 – Manutenção/preservação
121 – Qualidade
122 – Quantidade120 – Produtos químicos
123 – Armazenamento/manuseio
131 – Qualidade
132 – Quantidade
100 – EQUIPAMENTOS E
FERRAMENTAS
130 - Materiais
133 – Armazenamento/preservação
211 – Qualificação
212 – Quantidade210 – Supervisão e gerência
213 – Liderança
221 – Qualificação220 - Execução
222 – Quantidade
231 – Qualificação230 – Inspeção
232 – Quantidade
241 – Apoio logístico
200 – RECURSOS HUMANOS
240 – Condições de trabalho
242 – Relações trabalhistas
311 – Organização
312 – Condições SMS310 - Laboratórios
313 – Conservação
321 – Organização
322 – Condições de SMS
320 – Oficinas, almoxarifados,
ferramentaria
323 – Conservação
331 – Organização
300 – INSTALAÇÕES
330 – Administrativas
332 – Conservação
411 – Adequação410 – Sistema de qualidade
412 – Treinamento
421 – Qualidade
422 – Quantidade
400 – QUALIDADE420 – Instrumento de controle
da qualidade 423 – Aferição/calibração
510 - Planejamento 511 – Adequação
520 – Prazos 521 – Cumprimento
531 – Resultado qualidade
532 – Índice de retrabalho
500 – EFICÁCIA530 – Qualidade dos serviços
533 – Tratamento não-conformidade
128
4.3.5. Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada
Neste anexo constarão os requisitos que servirão de base para monitorar o
desempenho da contratada, em relação às exigências contratuais e às solicitações da
PETROBRAS, referente à execução dos serviços, desdobrando-se em metas com
índices de qualidade dos serviços, de prazo de atendimento, de segurança, meio
ambiente e saúde ocupacional.
Este anexo está integrado ao Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD), que
é emitido trimestralmente pela PETROBRAS, via terminal, onde se avalia o
desempenho da contratada na prestação dos serviços. As metas constantes neste
anexo visam obter uma avaliação com base em dados mensuráveis, permitindo
eliminar a subjetividade nas avaliações constantes do BAD.
4.3.5.1. Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD)
O BAD é o instrumento que a PETROBRAS utiliza para efetuar a avaliação do
desempenho da contratada. Sua emissão pode ser mensal, bimestral ou trimestral. Na
PETROBRAS-UN-ES, utiliza-se, com mais freqüência a emissão trimestral.
A sua importância é muito grande, já que, com base nos resultados nele
colhidos, os gestores de contratos definirão o rumo da condução da prestação dos
serviços.
Visando definir o procedimento para elaboração do Anexo VI - Desempenho e
Metas da Contratada, a tabela 4.3 – Estrutura do BAD, apresenta a estruturação do
BAD. Não é necessário utilizar todos os subgrupos na avaliação dos serviços da
contratada. Os itens a serem avaliados dependerão do tipo de serviços que está sendo
prestados, aliados às exigências constantes no contrato e seus anexos.
O procedimento visa estabelecer metas para cada item de avaliação, através de
índices, atreladas a intervalos de conceitos. Na ocasião da avaliação procede-se o
levantamento do índice e é estabelecido o conceito para a contratada, que varia de 0
(zero) a 10 (dez) para cada item do subgrupo.
127
4.3.4. Anexo V – Critérios de Medição
No anexo referente ao Critério de Medição, os gestores do contrato deverão
definir, detalhadamente, como serão medidos os serviços, bem como fazer a previsão
dos insumos que compõem cada item de preço.
Este anexo está integrado com o Anexo II – Planilha de Preços Unitários, que
servirá de base para medição e pagamento dos serviços executados. A tabela 4.2 –
Conteúdo do Critério de Medição apresenta algumas considerações que deverão ser
incluídas no referido anexo.
Tabela 4.2 – Conteúdo do Critério de Medição
ANEXO V – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOITENS CONTEÚDO
1 – Disposições
Gerais
1.1 - Fazer referência que a medição e pagamento dos serviços serão efetuados com base
no Anexo II – Planilha de Preços Unitários;
1.2 - Informar que para efeito de medição de fração do mês ou desconto por dia por falta de
empregado ou equipe, o mês será considerado como de 30 (trinta) dias;
1.3 – Informar que para a composição dos preços que a contratada incluiu todos os custos
referentes aos insumos necessários à realização dos serviços, tais como: mão de obra,
transporte (exceto o que for encargo da PETROBRAS), alimentação, ferramentas,
instrumentos, material de consumo, equipamentos de proteção individual e coletiva,
uniforme, supervisão, despesas com as leis sociais, impostos, licenças e demais despesas,
incluindo lucro;
2.1 – Listar os serviços de acordo com a ordem estabelecida no item 3 da Tabela 4.1 do
presente capítulo;
2.2 – Quando se tratar de serviços envolvendo mão de obra, utilizar a unidade “equipe” por
oferecer maior flexibilidade nas alterações para aumentar ou diminuir equipe;
2.3 – Quando se tratar da medição de serviços utilizando-se veículo, considerar a medição
com valor fixo mensal e definir a quilometragem mensal que o veículo irá percorrer, visando
evitar controle de quilometragem, otimizando o uso da mão de obra de fiscalização da
PETROBRAS.
2 – Medição dos
Serviços
2.4 – Considerar o item “desmobilização visando dar cobertura aos custos provenientes da
rescisão contratual do trabalho entre a contratada e seus empregados;
126
Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços
ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 3/3
ITENS CONTEÚDO
4 – Recursos e
insumos de
responsabilidade
da contratada
4.6 - Serviços de apoio operacional
4.6.1 - Informar a necessidade de veículo de apoio ao preposto ou à atividade operacional;
4.6.2 - Informar a necessidade de fornecimento de alimentação e combustível no campo;
4.6.3 – Informar a necessidade de fornecimento de equipamentos de informática, que
deverão ser compatíveis com o sistema de informática da PETROBRAS;
4.6.4 - Informar outros tipos de serviços de apoio operacional necessários.
5.1 - Equipamentos, ferramentas e instrumentos
5.1.1 - Informar os equipamentos, ferramentas e instrumentos que poderão ser fornecidos ou
disponibilizados pela PETROBRAS;
5.2 - Salas e galpões
5.2.1 - Informar se a PETROBRAS disponibilizará galpões e salas equipadas com móveis e
equipamentos de informática;
5.3 - Transporte e alimentação
5.3.1 - Informar se a PETROBRAS disponibilizará transporte e alimentação, aproveitando
uma estrutura existente.
5 – Recursos e
insumos de
responsabilidade
da PETROBRAS
5.4 – Treinamento
5.4.1 - Informar se a PETROBRAS efetuará algum tipo de treinamento para o pessoal da
contratada.
125
Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços
ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 2/3
ITENS CONTEÚDO
4.2 – Veículos
4.2.1 – Especificar o tipo de veículo (ano de fabricação, capacidade de passageiro ou carga,
potência, rádios de comunicação, etc) colocando-se sempre a capacidade mínima de cada
especificação, dividindo o tipo de veículo por cada equipe que irá utilizá-lo;
4.2.2 - Informar as exigências quanto à manutenção, limpeza e para os casos de
substituição dos veículos titulares;
4.2.3 – Informar se é necessário caracterizar o veículo com a descrição “a serviço da
PETROBRAS”
4.3 – Equipamentos, ferramentas e instrumentos
4.3.1 – Definir o que se entende por equipamentos, ferramentas e instrumentos;
4.3.2 – Deve-se evitar a informação de marcas e a expressão “similares”, bem como,
especificar equipamentos especiais de disponibilidade restrita no mercado;
4.3.3 – Definir quem ficará com a guarda dos equipamentos, ferramentas e instrumentos;
4.3.4 – Informar a necessidade de serem de fabricação de qualidade comprovada e mantê-
las em perfeito estado de funcionamento;
4.3.5 – Informar e dimensionar, se necessário, separadamente, os tipos de equipamentos,
ferramentas e instrumentos necessários à execução dos serviços, constando ano de
fabricação, potência, acessórios, dimensões, capacidade, prazo e épocas de substituição,
estado de conservação, etc... (caso seja necessário, separar por equipe que prestará os
serviços);
4.4 – Material de consumo
4.4.1 – Informar e dimensionar, caso necessário, o material de consumo que será fornecido
pela contratada, ressaltando que deverá ser de qualidade reconhecida;
4.4.2 – Informar que o fornecimento do material de consumo estará condicionado a prévia
aprovação da PETROBRAS.
4 - Recursos e
insumos de
responsabilidade
da contratada
4.5 – Base de apoio da contratada
4.5.1 – Analisar, sobre o aspecto de custo x benefício, a necessidade de exigir a base
de apoio da contratada;
4.5.2 – Definir a distância da base de apoio até a base da PETROBRAS, área mínima,
necessidade de galpão, etc... Ressaltar que ela não poderá ser instalada em áreas de riscos
de agressão ambiental ou de segurança industrial;
4.5.3 – Definir que a base de apoio deverá ter os requisitos para atender as exigências de
segurança, meio ambiente e saúde ocupacional;
4.5.4 – Informar os requisitos necessários para agilizar a comunicação com a PETROBRAS
(telefone, rádio, correio eletrônico, etc...).
4.5.5 – Informar que a PETROBRAS poderá fazer auditorias de segurança industrial, meio
ambiente e saúde ocupacional na base da contratada.
124
Tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços
ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS 1/3
ITENS CONTEÚDO
1.1 – Objeto: descrito de forma detalhada. Deverá conter a descrição pormenorizada dos
serviços que se pretende obter, com indicação complementar, sempre que for o caso, de
especificações, modelo de execução, desenhos e cálculos a serem obedecidos;
No caso de serviços de engenharia, deverá fazer referência à existência do projeto de
engenharia aprovado, com seus elementos devidamente qualificados e quantificados,
tornando possível a elaboração de orçamento parcial ou total dos serviços;
Indicar também, caso necessário, a existência de cronograma físico-financeiro de
execução dos serviços, de acordo com o projeto de engenharia indicado acima, devendo o
cronograma ser expresso em preços básicos.
1.1.1 – Identificação do local de realização dos serviços, delimitando a região onde a
contratada atuará
1 – Introdução
1.1.2 – Possibilidade de realização dos serviços em outros locais
2.1 – Atendimento às normas, especificações e leis – indicar as leis e normas que deverão
ser atendidas pela contratada, bem como as especificações técnicas
2.2 – Atendimento aos prazos – indicar os prazos de atendimento às normas, especificações
e legislação2 – Disposições
Gerais2.2 – Relacionamento com a comunidade – informar qual o comportamento da contratada
perante a comunidade da cidade, das propriedades rurais, etc...
3.1 – Fazer a descrição geral dos serviços a serem efetuados
3 – Descrição dos
serviços
3.2 – Quando houver vários tipos de serviços a serem realizados, dividir a descrição por
cada etapa, detalhando-as
4 – Recursos e
insumos de
responsabilidade
da contratada
4.1 – Pessoal
4.1.1 – Descrever o perfil do preposto, sua formação escolar, necessidade de apresentação
de currículo, de permanecer na cidade onde ocorrerá a prestação dos serviços, uso de
celular e outras informações, caso sejam necessárias;
4.1.2 – Fazer a descrição geral do restante do pessoal, indicando a jornada de trabalho,
comprovação de experiência em carteira profissional e a necessidade de residir no local
onde ocorrerá os serviços;
4.1.3 – Experiência profissional das equipes - fazer a descrição das habilidades técnicas por
equipe que prestará os serviços (cursos ministrados por entidade oficial, experiência
comprovada em carteira, etc);
4.1.4 - Dimensionar a equipe, se for necessário, por tipo de serviço a ser executado,
obedecendo a descrição conforme subitem 3.2 acima. Neste caso quando tratar-se de
muitas equipes, com especificações diferentes, a experiência profissional, jornada de
trabalho, etc..., poderá ser especificada neste subitem.
4.1.5 – Informar a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e de
proteção coletiva dos empregados (EPC) e a periodicidade de sua troca;
4.1.6 – Informar a necessidade de uso de uniforme e a periodicidade de sua troca;
4.1.7 – Informar a necessidade da realização de curso visando melhorar a capacitação dos
empregados contratados;
123
1 - Introdução
2 - Disposições Gerais
2.1 - Atendimento às normas, especificações e leis
2.2 - Atendimento aos prazos
2.3 - Relacionamento da contratada com a comunidade
3 - Descrição dos Serviços
4 - Recursos e insumos de responsabilidade da contratada
4.1 - Pessoal
4.2 - Veículos
4.3 - Equipamentos, ferramentas e instrumentos
4.4 - Material de consumo
4.5 - Base de apoio
4.6 - Serviços de apoio operacional
5 - Recursos e insumos de responsabilidade da PETROBRAS
Além dos tópicos acima, poderão ser inseridos outros, para contratos com
objetos mais específicos, porém, a disposição acima visa atender a maioria dos
contratos celebrados na PETROBRAS-UN-ES.
122
4.3.2. Apresentação
Os gestores do contrato, de posse das minutas citadas no item anterior, iniciam
os comentários, atentando para todos os pontos que poderão influenciar na
interpretação das exigências, devendo ficar esclarecidos detalhes sobre insumos e
parâmetros que irão influenciar no valor proposto.
Nos casos serviços de continuidade, onde um contrato substitui o outro, durante
a vigência do prazo contratual, poderão ocorrer situações ou ocorrências, não previstas
no contrato em andamento. Neste caso, se as mudanças acarretarem melhorias, os
gestores do contrato deverão anotá-las no contrato, visando sua implementação na
ocasião da substituição do contrato, na época do início do processo licitatório. As
orientações para elaboração de cada anexo estão discriminadas a seguir:
Conforme disposto no subitem 3.10 do Capítulo 3, o Convite, o Contrato e os
Anexos I, II, III e VII estão padronizados e o detalhamento de cada um consta no
subitem 3.11 do mesmo capítulo, portanto, são iguais para todos os tipos de contratos.
Logo, serão abordados, com mais detalhamento, os seguintes anexos:
§ Anexo IV – Especificações dos Serviços;
§ Anexo V – Critérios de Medição;
§ Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada.
4.3.3. Anexo IV – Especificações dos Serviços
O anexo contratual que está direcionado para execução dos serviços é o da
Especificações dos Serviços, que é utilizado pelos gestores do contrato para o
acompanhamento diário dos serviços. Este acompanhamento permitirá aos gestores do
contrato proporem as mudanças que permitam a melhoria contínua na prestação dos
serviços, atenuando os fatores que provocam riscos e incertezas. Na elaboração da
minuta deste anexo deverá ser dada ênfase para os insumos assinalados na tabela 4.1
– Conteúdo das Especificações dos Serviços, deste capítulo.
Visando a elaboração do referido anexo, bem como provê-lo de uma estrutura
que permita uma visão sistêmica do seu conteúdo, facilitando a consulta e sua
compreensão, a tabela 4.1 – Conteúdo das Especificações dos Serviços, apresenta o
procedimento para sua elaboração, seguindo a divisão conforme disposto abaixo:
121
4.3. Etapa 1 – Elaboração da minuta do processo de licitação
4.3.1. Objetivo
Detalhar os procedimentos para elaboração da minuta do Convite e seus anexos
(Contrato, Condições Gerais Contratuais, Planilha de Preços Unitários, Instruções de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde e Especificações dos Serviços, Critérios de
Medição e Desempenho e Metas da Contratada), visando disponibilizar um processo
de licitação com mínimo de duplicidade de interpretação, para que seja facilitada a
orçamentação e equalização das informações para as proponentes.
Visita Técnica
ETAPA 3 – ACOMPANHAMENTODOS SERVIÇOS CONTRATADOS
Tabela 4.6 – Visita Técnicada Licitante
Acompanhamento dosserviços contratados
Tabela 4.7 – Cronogramade Acompanhamento deContratos
Tabela 4.8 e 4.9 –Avaliação da Base deApoio da Contratada
Avaliação da eficiência eeficácia da fiscalização
ETAPA 4 - AVALIAÇÃO DOSGESTORES DO CONTRATO
Tabela 4.10 – Auditoria doCronograma deAcompanhamento do
Fluxograma da Etapa 3
Fluxograma da Etapa 4
120
Elaboração do Anexo IVEspecificações dos
Serviços
ETAPA 1 – ELABORAÇÃO DAMINUTA DO CONTRATO
Tabela 4.1 – Conteúdodas Especificações dosServiços
Elaboração do Anexo VCritérios de Medição
Tabela 4.2 – Conteúdodo Critério de Medição
Elaboração do Anexo VIDesempenho e Metas da
Contratada
Tabela 4.4 – Meta deDesempenho para asContratadas
Utilizar cadastrocorporativo daPETROBRAS
Especificações dos
ETAPA 2 – SELEÇÃO DEEMPRESAS LICITANTES
Cadastro do SEJUR
Escolha alternativa Tabela 4.5 – VisitaTécnica às Empresas
Fluxograma da Etapa 2
Fluxograma da Etapa 1
119
As etapas acima têm funções conjuntas do gerente e fiscal de contrato (gestores
do contrato), porém, algumas são específicas dos fiscais do contrato, que, em alguns
casos, deverão reportar-se ao gerente.
A Etapa 3 possui uma ação muito abrangente, envolvendo um planejamento da
atuação do fiscal do contrato desde o início do contrato, com a emissão da Autorização
de Serviços (AS) até o encerramento definitivo, através da assinatura do Termo de
Recebimento Definitivo (TRD).
A Etapa 4 constitui uma avaliação da atuação dos gestores do contrato,
principalmente a do fiscal, onde verifica-se o grau de eficiência e eficácia de suas
ações.
4.2.1.1. Pessoal envolvido em cada etapa
Para cada etapa há sempre um conjunto de funções específicas envolvidas para
tomar decisões ou atuar em uma das 4 etapas que englobam o processo de gestão de
contratos de serviços terceirizados:
a ) As Etapas 1 e 2 envolvem as funções de gerente e fiscal de contratos no
processo de elaboração do contrato e seleção das empresas licitantes, porém, a
aprovação da minuta final do contrato e da seleção de empresas é feita pela
gerência cujo valor está no seu limite de competência;
b ) A Etapa 3 é onde a atuação do fiscal de contrato é mais significativa, porém,
com assessoria direta do gerente de contrato;
c ) A Etapa 4 envolve a ação do gerente de contrato, que avaliará se o fiscal do
vem atuando eficientemente, acompanhando o desempenho da contratada com
base nas obrigações constantes no contrato.
4.2.1.2. Fluxograma das etapas
Os fluxogramas abaixo servirão de referências para a consulta de cada etapa e
seus respectivos procedimentos constantes nas tabelas que fazem parte do presente
capítulo:
118
Desta forma, verifica-se que os resultados vantajosos, provenientes da
terceirização, não estão sendo alcançados. Tais ocorrências são originadas pela falta
de conhecimento, por parte dos gestores de contratos, do processo de terceirização na
sua forma integral. Com base nessa premissa é que justifica-se o desenvolvimento do
presente trabalho, cujas contribuições mais relevantes estão contidas em uma proposta
metodológica que visa implantar na PETROBRAS-UN-ES procedimentos com ações
gerenciais que atendam aos requisitos dos conceitos de terceirização.
Além do disposto acima, ao desenvolver e implementar o presente trabalho,
simultaneamente, estar-se-á proporcionando, também, mudança estruturais, culturais e
de procedimentos nas empresas contratadas, que serão obrigadas a seguir este novo
conceito implantado. Desta forma, o trabalho permite a PETROBRAS-UN-ES conduzir
as empresas de menor porte para as referidas mudança, desenvolvendo, assim, um
dos seus papéis como empresa de grande porte, considerando o impacto que suas
atividades provocam no meio ambiente, no consumidor, na comunidade onde está
instalada e na saúde e segurança dos empregados envolvidos em suas operações.
4.2. Descrição geral da proposta metodológica
A seguir serão apresentadas as etapas da proposta metodológica, assim como
suas características mais relevantes.
4.2.1. Etapas da proposta metodológica
Considerando as observações apresentadas anteriormente, o presente trabalho
formula propostas de soluções para as seguintes questões:
Etapa 1: Como elaborar um processo ideal de licitação, envolvendo o Convite e seus
anexos, que atenda os princípios esperados com a terceirização?
Etapa 2: Como selecionar empresas licitantes visando futuras parcerias?
Etapa 3: Como executar o acompanhamento eficiente dos serviços contratados?
Etapa 4: Como avaliar a atuação dos gestores do contrato?
117
Capítulo 4
PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO – UMA PROPOSTA
METODOLÓGICA PARA A PETROBRAS-UN-ES
Após análise das abordagens conceituais verificadas no Capítulo 2 -
PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO e comparadas com o estágio atual que se
encontra as contratações de serviços no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, conforme
apresentado no Capítulo 3 - ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO
NA PETROBRAS-UN-ES, no presente capítulo será apresentada uma proposta
metodológica, que foi desenvolvida buscando efetivar as ações gerenciais, visando
implementar a terceirização na PETROBRAS-UN-ES, em conformidade com as bases
conceituais.
4.1. Justificativa
Apanhando-se como base os conceitos que foram estudados no Capítulo 2 –
PROCESSOS DE TERCEIRIIZAÇÃO, pode-se concluir que a terceirização, apesar de
ser considerada uma técnica de gerenciamento de empresas, amplamente
desenvolvida, que proporciona melhores resultados, no Brasil e na PETROBRAS-UN-
ES ela esteve focada no caminho dos interesses econômicos, buscando resultados de
curto prazo.
Essa postura equivocada, contrária aos conceitos de terceirização, tem levado
as empresas a elaborarem contratos leoninos, sem clareza e quesitos de qualidade,
selecionarem as empresas contratadas sem os devidos cuidados, independentemente
de sua qualificação, competência ou capacidade, dando ênfase ao menor preço de
proposta. Aliados a esta postura verifica-se a falta de controle no desempenho da
contratada, por falta de um acompanhamento do seu desempenho, tanto na parte
técnica como administrativa, visando verificar se as exigências contratuais (técnica-
operacionais, trabalhistas, segurança, meio ambiente e saúde ocupacional, etc) estão,
de fato, sendo cumpridas.
116
Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES
SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 4/4Não existe no âmbito da PETROBRA-UN-ES parceria de serviços terceirizados e nem há
uma cultura ou política que a estimulePARCERIAAtualmente o relacionamento entre PETROBRAS e contratada é de curto prazo, o que
dificulta a formação de parceria
Não existe na PETROBRAS-UN-ES uma atividade de orçamentação onde seria centralizada
as avaliações equalizadas das propostas comerciais, comparando-as com os custos de
substituição de uma atividade própriaAVALIAÇÃO DA
PROPOSTA DO
PRESTADOR DE
SERVIÇOS
Visando fundamentar as decisões de preços propostos inexeqüíveis, que costumam gerar
processos referentes a recursos de empresas inabilitadas, seria necessário uma estrutura de
orçamentação que elaborasse critérios bem definidos na avaliação das propostas de preços
Não existe um procedimento de controle do acompanhamento dos serviços contratados
visando manter o padrão de qualidade dos serviços prestados e atendimento às outras
obrigações contratuais
A avaliação do desempenho das contratadas é feita trimestralmente através do Boletim de
Avaliação de Desempenho (BAD), porém, o processo é subjetivo e não existe o
procedimento de discussão da avaliação com as contratadas
ACOMPANHA-
MENTO DE
CONTRATOS
Não existe um procedimento de ajuste dos pontos considerados problemáticos, provenientes
da avaliação do desempenho verificadas no BAD
115
Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES
SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 3/4Em muitos contratos existem a descrição detalhada da operação. Em poucos casos é dada
autonomia de operação para a contratante
Na preparação do contrato existe a predominância de uma unilateralidade da PETROBRAS
com a existência de vantagem sobre a contratada
A qualidade implantada por iniciativa da contratada ainda não existe. A maior parte utilizam
padrões de serviços já elaborados pela PETROBRAS
Não existe caso de Inclusão de necessidade de certificação da ISO 9000, visando não
restringir o mercado, já que são poucas que possuem esta certificação
A questão ambiental e de segurança estão sendo bem infocados nos contratos, através do
Anexo III, porém, a atuação gerencial no sentido do cumprimento do referido anexo é
pequena
Apesar da PETROBRAS-UN-ES possuir ser certificada na ISO 14000, ainda não exigiu esta
certificação para as suas contratadas
O acompanhamento das obrigações das contratadas no cumprimento das responsabilidades
legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, recolhimento da
Previdência Social, etc) vem sendo feito de forma muito tímida por alguns gerentes
Existe casos de interferência do judiciário, principalmente em ações trabalhistas, movidas
pelos empregados contratados, tendo a PETROBRAS como subsidiária nas ações
ELABORAÇÃO DECONTRATOS
Sem o acompanhamento eficiente do contrato vem aumentando os riscos legais na
terceirização, abrangendo, principalmente, as seguintes áreas do direito: trabalhista,
previdenciária, civil e penal
Apesar de existir um cadastro de empresas, existe forte possibilidade da escolha de
empresas que não possuem os requisitos necessários para executar os serviços
terceirizados, principalmente quando as empresas escolhidas não estão no cadastro (caso
de convite), já que não existe um padrão para esta seleção
As contratantes ainda não têm medidas eficazes para aferir valores antes da contratação
Predominância de constante troca de contratadas, rotatividade das prestadoras, ganhando e
perdendo contratos, contratando e demitindo empregados
Não existe um procedimento que selecione a prestadora de serviços que garanta um nível
de confiança na sua capacidade operacional, administrativa e na equalização da cultura da
contratada com a PETROBRAS (aspecto de qualidade dos serviços, situação jurídica,
capacidade instalada, tecnologia empregada, conceito no mercado, relacionamento com
clientes, situação econômica-financeira, preços praticados, equipamentos disponíveis)
Não existe um processo de auditoria prévia nas empresas proponentes
SELEÇÃO DE
EMPRESAS
A maioria das empresas disponíveis não está profissionalizadas para atender os requisitos
exigidos conforme preceitua a terceirização. Existe a necessidade de desenvolvê-las na
referida cultura
114
Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 2/4
Existe uma leve expectativa de mudança na cultura das contratadas em função das
imposições feitas pela PETROBRAS
Existe uma leve expectativa de mudança na cultura das contratadas em função das
imposições feitas pela PETROBRAS
Gestão ineficiente de contratos: necessidade de mudança na cultura gerencial na forma de
enfocar a terceirização, encarando-a como forma de obter-se ganho de qualidade,
produtividade e competitividade
Cultura a implantar: terceirizar é fazer parceria
Modelo de contratação tradicional existente: perde-ganha
Necessidade de encarar a terceirização como uma relação de ganha-ganha, mantendo-se
as empresas contratantes lado a lado com a PETROBRAS
Em função do pouco envolvimento dos gestores de contratos aumenta o risco provenientes
da terceirização
GESTÃO DECONTRATOS
Ocorrência de casos de administração ruim de contrato que causaram sérias
conseqüências, principalmente trabalhistas, para a PETROBRAS
Contratos elaborados com pouca visão de parceria, pouca transparência que aumentam as
incertezas para as contratantes
Contratos com forte ênfase na parte jurídica e pouca preocupação na parte operacional
(especificações dos serviços)
Contratos sem direcionamento para formação de futuras parcerias
Contratos com forte dependência da contratante em relação a PETROBRAS, causando
pouca flexibilidade para a contratada
Os planos de contingência existentes nos contratos estão mais voltados para acidentes
envolvendo pessoas ou meio ambiente. Necessidade de se estabelecer um plano de
contingência para situações inesperadas de operação
Tímida existência de reuniões periódicas de trabalho visando revisar os erros e facilitar a
implantação das melhorias
Não existe estudo detalhado sobre o impacto dos prazos nos aspectos contratuais
Existência tímida de elementos que garantam certo padrão de qualidade e segurança. Os
investimentos sobre a manutenção da qualidade e segurança, ainda são pequenos
Existe, em muitos casos, a subordinação da contratante em relação a PETROBRAS
Na maioria dos contratos é estabelecido o que, onde, porque, quando fazer e como fazer
Poucos contratos exigem da contratada estabelecimento dos procedimentos (padrões) e
sistema a serem utilizados na prestação de serviços. A maior parte dos padrões são
especificados pela PETROBRAS
Nos contratos não são previstos check-list de cumprimento de aspectos legais e
operacionais de modo que todos itens de controle sejam contemplados, visando garantir a
qualidade da prestação dos serviços
ELABORAÇÃO DE
CONTRATOS
A definição dos indicadores de desempenho e de procedimentos e métodos está numa fase
inicial
113
Tabela 3.1 – Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES
SÍNTESE COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 1/4Introduziu-se tendo como pano de fundo a recessão. Em decorrência à constante crise
político-econômica em função da falta de investimento do capital estrangeiro no Brasil.
Pouco difundida no meio gerencial. O conhecimento existente, na maior parte é somente
com referência a prestação de serviços tradicional
Não existe uma contratação onde a especialidade é comprada da contratada, já que na
maioria das contratações a PETROBRAS informa o que e como fazer
Não existe relação de parceria. Existe uma relação de contratação de mão de obra, sendo
as exigências impostas unilateralmente pela PETROBRAS, independente da especialidade
da prestadora de serviços
Na aprovação do Decreto nº 2.745/98 houve um avanço significativo em relação a Lei
8.666/93
Apesar da edição da Lei nº 9.478 que estabeleceu que a PETROBRAS atuaria num novo
cenário de livre competição (quebra do monopólio do petróleo) com outras empresas, e a
aprovação do Decreto nº 2.745/98, que regulamenta os processos licitatórios para o
referido cenário, constata-se que existe algumas restrições quanto a liberdade de contratar,
deixando, desta forma, a PETROBRAS afastada do universo da livre concorrência e, em
conseqüência, com algumas dificuldades de implementar a terceirização de forma plena.
As contratadas não são totalmente especializadas, detentoras de tecnologia própria e
moderna. A maior parte da tecnologia, operacional e administrativa, são adquiridas após a
contratada tornar-se vencedora da licitação ou é repassada pela PETROBRAS
As contratações não estão sendo acompanhadas na íntegra, havendo somente uma
preocupação maior na fiscalização da parte operacional
Necessidade de implantar a terceirização de fato
- não existe a parceria;
- qualidade ainda é imposta pela PETROBRAS, não fazendo parte da cultura
das empresas;
- Enfoque no custo, onde ocorre a maior preocupação de ambas as partes;
- necessária a implementação de mudanças (estruturais, de cultura, de
procedimentos, de sistemas e controles na empresa)
Predominância da resistência e conservadorismo, de inexperiência em coordenação dos
contratos, falta de parâmetros de custos internos e de encontrar parceiro ideal
Apesar de atualmente estar em menor escala, houve por muito tempo a predominância da
cultura do imediatismo . Falta de visão de ganho a longo prazo. Cultura impregnada em
função da imposição da legislação de contratação e pela modismo que predominava na
época e por falta de conhecimento da base conceitual sobre terceirização.
Existência de inexperiência gerencial com referência a terceirização
TERCEIRIZAÇÃO
NA PETROBRAS-
UN-ES
Em função de pouca perspectiva e de uma cultura implantada, que perdura há muito tempo,
as empresas prestadoras de serviços não se preocupam em melhorar os serviços que
prestam. As empresas ainda mantêm seus empregados nas instalações dos contratantes,
sem nenhum incremento profissional (equipamentos rudimentares, sem bom conceito de
idoneidade, sem especialização e competitividade)
112
b ) As empresas contratadas, em sua maioria, não estão especializadas nos
serviços prestados, dependem muito do apoio técnico e administrativo da
PETROBRAS para alavancarem seus processos;
c ) A cultura de contratação predominante existente é a de prestação de serviços
tradicional (contratação de mão de obra);
d ) A relação existente entre a PETROBRAS-UN-ES e contratada é de curto prazo,
em média os prazos contratuais são de 02 (dois) anos, e, em sua maioria, é
difícil a permanência da empresa após este término.
e ) Para efetivar um aditivo duplicando prazo e valor contratual, o gerente, por
imposição de norma e atender as obrigações de isonomia da licitação
(impessoalidade, moralidade e igualdade previstos no Decreto nº 2.745/98), tem
que justificar o desempenho satisfatório da contratada durante a vigência original
do contrato, aliado a uma avaliação criteriosa dos preços vigentes no contrato. A
falta, no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, de um acompanhamento contínuo de
avaliação de desempenho da contratada e de uma estrutura de orçamentação,
que analise criteriosamente os preços da contratada em relação ao mercado,
contribuem para dificultar a formação de parcerias, que estabelece
relacionamento de longo prazo.
Na tabela 3.1- Síntese sobre a terceirização na PETROBRAS-UN-ES, a seguir,
será apresentado uma síntese dos pontos mais importantes constantes no Capítulo 3 –
ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO NA PETROBRAS-UN-ES, que
serão comparados e integrados com a base conceitual verificada no Capítulo 2 –
PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO e com as conclusões do II Encontro de Gerentes
e Fiscais de Contratos de Serviços (1997), para o desenvolvimento da proposta
metodológica do presente trabalho.
111
3.17.10. Considerações gerais
Comparando-se as informações constantes dos Capítulos 2 e 3, constata-se que
a terceirização foi iniciada na PETROBRAS, com bastante antecedência em relação às
outras empresas no Brasil.
Através do Capítulo 3 permite-se ter uma visão mais abrangente desse processo
na PETROBRAS-UN-ES, definindo-se como ela evoluiu ao longo da existência da
unidade operacional, bem como apresenta as limitações que ela esteve sujeita, face às
normas e legislação que foi obrigada a seguir.
Em conseqüência ao disposto acima, verifica-se que não há uma cultura de
parceria com empresa prestadoras de serviços, ou seja, há predominância de
comportamento gerencial que não permite a integralização do processo da contratada
com o da PETROBRAS, caracterizando-se como processos independentes, em função
de falta de conscientização das vantagens que existe numa relação ganha-ganha.
Esta análise prática demonstra que ainda existe uma maneira equivocada por
parte de alguns gerentes de contrato na gestão de serviços contratados, principalmente
quanto se considera a terceirização como uma forma de reduzir custos ou,
simplesmente, considerando como contratação de mão de obra.
Verifica-se que no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, como nas grandes
organizações de países desenvolvidos, que a terceirização é um processo que veio
para ficar, pois nas empresas em que está implantada, a maioria delas, ainda pretende
estendê-la a outros serviços.
Outro ponto de destaque é que o processo de terceirização não basta apenas
entregar os serviços a outra empresa, ele envolve uma ação bem mais ampla do que
se imagina, é necessário que atente-se para uma gestão completa do processo
abrangendo todas as fases necessárias para contratação e acompanhamento do
desempenho de uma empresa.
Em resumo, identifica-se que, atualmente, as maiores barreiras para a
implantação do processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES, são as seguintes:
a ) Falta de conscientização dos gestores de contratos para os benefícios da
terceirização. Necessidade de disseminar os conceitos reais de terceirização;
110
Considerando que para desenvolvimento de parceria não basta somente fazer
uma boa escolha do prestador de serviços, sendo necessária, também, uma relação de
longo prazo, o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC) permite a prorrogação do
prazo de vigência do contrato, exigindo como requisitos mínimos:
§ celebração anteriormente ao encerramento do prazo original do contrato;
§ necessidade de prosseguimento da contratação;
§ existência ou previsão de recursos orçamentários alocados ou a alocar no
contrato.
Da mesma forma, além da prorrogação do prazo, o Decreto 2.745/98 permite,
também, a celebração de aditivos que envolvem acréscimos, substituição ou
decréscimos de serviços. Assim, possibilita que a PETROBRAS tenha maior
dinamismo na gestão de contratos, o que facilita consideravelmente o estabelecimento
de parcerias, em relação às legislações anteriores.
3.17.9. Qualidade
O mercado globalizado, uma realidade da economia atual, trouxe novas formas
de negociar. Para garantir a aceitação dos produtos de acordo com os padrões
internacionais, surgiu a necessidade de estabelecer normas que regulem a qualidade
em seus diversos aspectos. Estas normas são firmadas, em consenso mundial, por
meio de certificações, como a ISO 9000, que trata dos projetos e processos de uma
empresa. Conforme dados da SUSEMA (Superintendência de Meio Ambiente,
Qualidade e Segurança Industrial) da PETROBRAS, a empresa é a que detém maior
número de certificados de ISO 9000 no país.
A PETROBRAS-UN-ES ainda não possui a certificação da ISO 9000, porém,
possui um programa de gestão da qualidade que a direciona para este fim. Desta
forma, é necessário que se elabore os contratos com as exigências focadas nesta
direção e que haja um acompanhamento dos requisitos de qualidade constante no
contrato.
109
§ expandir as atividades internacionais para diversificar riscos, reduzir custo de
capital e assegurar o crescimento.
Estas estratégias visam consolidar a liderança no mercado brasileiro de petróleo,
dentro das novas regras de concorrência do setor, e expandir a atuação internacional
da PETROBRAS.
Liderança e competitividade exigem uma empresa enxuta e focada no seu
negócio. O Planejamento Estratégico já indicou para a necessidade da referida
mudança cultural, através das metas já estipuladas e desdobradas para as unidades
operacionais, dentre elas a PETROBRAS-UN-ES. A Missão, a Visão 2010 e os
Valores apresentados no subitem 3.13.1.1 deste trabalho indicam o caminho para a
referida diretriz.
Desta forma, a terceirização tem uma grande contribuição neste novo cenário
que vive a PETROBRAS, pois passando para terceiros as atividades não relacionadas
com o negócio da empresa, a companhia estará mais ágil e em condições de conseguir
alcançar o objetivo almejado no Planejamento Estratégico.
3.17.8. Parceria
Analisando os dados da apostila do Curso de Contratação e comparando-os
com as abordagens dos autores, contidas no Capítulo 2 do presente trabalho, verifica-
se que a terceirização na PETROBRAS-UN-ES seguiu o mesmo caminho da maioria
das empresas no Brasil, ou seja, visando, principalmente, a redução de custo. Não foi
possível estabelecer ou desenvolver parcerias, já que não havia uma relação de
ganha-ganha. Aliado a esta cultura destaca-se, também, as condições limitantes das
normas implantadas e leis que a PETROBRAS obrigatoriamente teve que seguir. A Lei
nº 8.666/93, principalmente, contribuiu, de forma significativa, para que não houvesse
qualquer desenvolvimento de ação neste sentido.
Com a aprovação do Decreto nº 2.745/98, e a possibilidade de efetuar-se
licitação através da modalidade por Convite, sem limitação de valor, facilitou,
significativamente, a possibilidade de desenvolver parcerias, se comparado com a Lei
nº 8.666/93. Conforme subitem 3.6.3 deste capitulo, a modalidade de licitação por
Convite permite, a PETROBRAS-UN-ES, escolher as empresas que participarão do
processo licitatório, desde que definidos, previamente, os critérios para a referida
escolha das empresas.
108
3.17.6. Seleção de empresas
Conforme previsto no subitem 3.12 deste capítulo, o procedimento de seleção de
empresas na PETROBRAS sofreu modificações constantes, de acordo com as leis
vigentes nas respectivas épocas.
Existe um cadastro corporativo de empresa na PETROBRAS, onde são
efetuadas análises em vários quesitos previamente apresentados pelas empresas
interessadas. Porém, apesar de satisfazer, de alguma forma, as exigências dos
gerentes de contratos, segundo informação da área de contratação e prática vivida pelo
autor do trabalho, existe um distanciamento muito grande entre o órgão cadastrador,
localizado na Sede da empresa, e os interessados na contratação dos serviços, que
são as unidades operativas. No processo de terceirização, onde deve prevalecer a
parceria, exige maior afinidade entre o contratante e o futuro prestador de serviços,
logo, além da escolha com base no referido cadastro, para efeito de contratação
visando uma parceria, é necessário adotar outras ações que minimizem os riscos de
distanciamento existente entre a PETROBRAS-UN-ES com as empresas cadastradas.
3.17.7. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010
Conforme comentário do SEJUR, a Lei 9.478, de 06/08/1997, encerrou o ciclo de
exclusividade da PETROBRAS como executora do monopólio sobre as atividades de
petróleo. Marcou o início de uma nova fase do setor petróleo no País e, como não
poderia deixar de ser, também uma nova fase da PETROBRÁS: a questão da
competitividade ganhou maior destaque nos novos tempos e passou a ser uma
constante na análise de suas atividades.
Em junho de 1999, a PETROBRAS iniciou a elaboração do seu Plano
Estratégico 2000/2010, que foi aprovado pelo Conselho de Administração em outubro
do mesmo ano. Nele ficou definido como alicerce, a rentabilidade e três grandes linhas
estratégicas de atuação:
§ aumentar as reservas, elevar a capacidade de produção de óleo, assegurar a
sua colocação e expandir a comercialização de derivados;
§ criar mercados para assegurar a colocação da produção do gás natural;
107
processo de contratação, permitindo adotar ações que busquem uma eficiente e eficaz
condução no processo de terceirização de serviços contratados.
3.17.5. Elaboração de contratos
Baseado nas abordagens dos autores, constantes no Capítulo 2 do presente
trabalho, verifica-se que quanto maior for a participação dos gestores de contratos nas
fases que antecedem a elaboração do contrato, melhor será a ferramenta a ser
utilizada por eles. Essa situação é importante, já que os gestores irão gerenciar o
contrato com o conhecimento da filosofia que norteou a contratação e estarão bastante
familiarizados com as disposições do contrato, que deverá retratar a sua expectativa
quanto à prestação dos serviços. Na PETROBRAS-UN-ES esta participação conjunta
não está disseminada. Há a predominância do envolvimento individual dos gestores
(gerentes ou fiscais de contratos) o que freqüentemente causa sérios problemas
durante a condução dos serviços, pela falta de conhecimento, de uma das partes, do
conteúdo do contrato.
Na PETROBRAS-UN-ES a elaboração do convite e seus anexos estão bem
estruturados, principalmente, na sua parte jurídica (Contrato e os Anexos I, III e VII),
que segue um padrão estabelecido pela área de contratação e, qualquer modificação
neste padrão, deverá ser comentado pelo Serviço Jurídico da empresa. Porém, é
necessário implantar uma cultura de elaboração dos contratos voltada para o
entendimento da contratada, no que se refere aos Anexo IV – Especificação dos
Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e Anexo VI – Desempenho e Metas da
Contratada, o que não está ocorrendo atualmente.
Os referidos anexos servem de base para a contratada conhecer os insumos
que compõem o contrato, os critérios de medição dos serviços e a qualidade
requisitada pela PETROBRAS, que deverá estar atrelada a um sistema de avaliação.
Com base nestes requisitos a contratada apresentará os preços dos serviços. Caso
não haja uma definição exata daquilo que se deseja, os preços poderão ser
dimensionados com diferenças razoáveis, para mais ou menos, em relação aos
esperados.
106
por “inexigibilidade de licitação” são restritas a casos específicos, que necessitam de
justificativas plausíveis.
Por estas razões e aquelas constantes no item 3.17.2 acima, na PETROBRAS-
UN-ES está sendo dada preferência a modalidade de contratação por Convite, que
dispõe de menor restrição na seleção das empresas que participarão da licitação. Isto
já é um passo inicial para que se implante a terceirização seguindo os seus conceitos
básicos.
Na maioria das licitações, a PETROBRAS-UN-ES tem utilizado o tipo de licitação
por melhor preço.
3.17.4. Gestão de contratos
Conforme verificado no subitem 3.9 do presente trabalho, as atribuições do
gerente e fiscal de contratos estão bem definidas, porém, não há procedimento que
faça com que os gestores atuem de acordo com as referidas atribuições. Elas dispõem
o que os gestores devem fazer, porém, não define como fazer.
Conforme informação da área de contratação, baseada nas conclusões do II
Encontro de Gerentes e Fiscais de Contratos de Serviços (1997), no âmbito da
PETROBRAS-UN-ES, verifica-se que a maioria dos gerentes e fiscais de contratos
ainda continuam com as visões muito focadas na redução de custo. Apesar de alguma
evolução, os processos de licitação estão, predominantemente, voltados para a
contratação de mão-de-obra, onde, na maioria dos casos, a PETROBRAS-UN-ES
indica o que e como fazer os serviços.
A mudança de cultura dos gerentes de contratos, através da conscientização do
verdadeiro objetivo da terceirização, é o primeiro passo, porém, ainda não é suficiente
para que se consiga uma eficiente gestão de contratos. Sente-se a falta de uma
proposta metodológica que indique o que e como fazer para se alcançar este objetivo.
Aliado ao disposto acima, existe, ainda, as limitações impostas pela legislação
referente ao processo de licitação. Desta forma, os gestores de contratos deverão usar
de muita criatividade para que todo o processo de contratação de serviços fique o mais
próximo possível dos fundamentos pertinentes à terceirização.
O presente trabalho é mais uma ferramenta para implementação desta mudança
e apresenta uma proposta metodológica que abrange todo o processo de contratação,
visando demonstrar para o gerente de contrato, uma visão sistêmica de todo o
105
atividade de contratação de bens e serviços, pois é essa a forma adotada num regime
de livre competição, subordinado às condições de mercado. No entanto, o que se
constata é que o Decreto 2.745/98 ainda estabelece algumas restrições a essa
liberdade de contratar, o que se apura, por exemplo:
§ da exigência de publicação de avisos para tomadas de preços, o que atrasa o
processo de contratação e não traz nenhuma vantagem em termos de controle
da moralidade;
§ de regras rígidas de recurso, outro fator de retardamento do processo de
contratação;
Esses exemplos deixam ver o quanto afastada estará a PETROBRAS do
universo de empresas com que haverá de se defrontar, em “livre competição”, que, na
verdade, só é livre quando os oponentes dispõem das mesmas condições para
competir.
Segundo o SEJUR, não se pode negar que há um avanço em relação as
disposições da Lei nº 8.666/93, que era absolutamente incapaz de regular as
sociedades de economia mista que desempenhavam atividades econômicas, motivo
pelo qual há muito o SEJUR sustentou a sua inconstitucionalidade em relação a
PETROBRAS.
O que se espera é que os procedimentos estabelecidos no Decreto nº 2.745/98,
sejam seguidos de normas que tragam efetividade nos compromissos de gestão, com o
estabelecimento de metas a serem cumpridas, orçamentos menos sujeitos a
imprevistos e liberdade de atuação gerencial, seja para contratação de pessoal, seja
para estabelecimento de níveis remuneratórios compatíveis com a competitividade que
se anuncia no mercado.
3.17.3. Modalidades e tipos de licitação e contratações diretas – práticas na
PETROBRAS-UN-ES
Conforme comentários do SEJUR, constante no MPC, apesar da edição do
Decreto nº 2.745/98, ainda existe uma dificuldade muito grande de desenvolver uma
terceirização plena no âmbito da PETROBRAS-UN-ES. Haja vista que as contratações
diretas, conforme disposto no capítulo anterior, tanto por “dispensa de licitação” como
104
3.17.1. Terceirização na PETROBRAS
De um modo geral, a maioria das empresas nacionais ainda se contenta em
obter ganhos com o processo de terceirização de suas atividades, através da simples
redução de seu custo operacional, principalmente, a redução do custo de mão-de-obra.
Verifica-se que a PETROBRAS não está muito diferente do quadro predominante no
país, que, por exigência de lei de licitações federais, como é o caso da Lei 8.666/93,
cuja aplicação perdurou por cerca de 6 anos, influenciou na formação cultural de seus
gestores de contratos, em contratar prevalecendo a filosofia de menor preço.
Apesar do disposto acima, a PETROBRAS, conforme apresenta o capítulo
anterior, tem tradição em contratação de serviços, considerando-se que seus
procedimentos formais vem sendo elaborados desde 1986.
3.17.2. O Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC)
Conforme o SEJUR (Serviço Jurídico da PETROBRAS), em comentários
constantes no Manual de Procedimento Contratuais, a referência ao art. 173, § 1º da
Constituição Federal, que serve base para edição do Decreto nº 2.745/98, não é
gratuita. Por ela se quis dizer que o legislador constituinte realmente fez uma opção
pela diferenciação de tratamento legal entre as empresas estatais prestadoras de
serviços públicos (via contratos de concessão, que no fundo, licenças para exploração
e produção de atividades econômicas monopolizadas) e as executoras de atividades
econômicas – empresas paraestatais de sociedade de economia mista - (via
intervenção no domínio econômico, em igualdade de condições com as empresas
privadas).
O Decreto 2.745/98 prevê que a licitação destina-se a selecionar a proposta
mais vantajosa para a realização da obra, serviço ou fornecimento pretendido pela
PETROBRAS e será processada e julgada com observância dos princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da igualdade, bem como
da vinculação ao instrumento convocatório, da economicidade, do julgamento objetivo
e dos que lhes são correlatos.
Continuando, o SEJUR comenta que a Lei nº 9.478 estabeleceu que a
PETROBRAS atuaria em um novo cenário de “livre competição com outras empresas
em função das condições de mercado”, o que pressupunha total liberdade em sua
103
§ buscar as expectativas dos órgãos governamentais, ONGs e comunidades,
enfim, de toda sociedade, e fazer com que estas expectativas sejam estímulos à
dinâmica interna da empresa;
§ alavancar o desenvolvimento de tecnologias que confiram à PETROBRAS
processos produtivos dignos de uma empresa que pretende ser, referência
internacional na área de energia, sendo exemplo a ser seguido, tanto pelo
segmento de petróleo, quanto pelos demais segmentos produtivos;
§ atuar a curto prazo com visão de longo prazo.
Assim sendo, a PETROBRAS pretende fazer convergir, para o foco do
desenvolvimento sustentável, os vários conflitos de interpretação de normas e
procedimentos legais aplicáveis, sistematizando as ações em torno deste objetivo
comum, de forma a preservar a empresa e a sociedade que dela faz uso.
Conforme Plano de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional,
lançado em 15 de maio de 2000, todas as unidades operacionais da PETROBRAS
deverão estar certificadas na ISO 14001 (Certificação em gestão ambiental) e BS 8800
(certificação em gestão de segurança industrial e saúde ocupacional dos empregados).
Ressalta-se, também, que dentre os valores da PETROBRAS pode-se destacar
uma grande preocupação com o meio ambiente, quando estipula o “Respeito e
preservação ao meio ambiente”.
Na PETROBRAS-UN-ES esta preocupação foi disseminada entre os
empregados próprios e contratados. Após várias ações a PETROBRAS-UN-ES foi
certificada, em dezembro de 1998 com diploma da ISO 14001 (Meio Ambiente) e BS
8800 (Segurança e Saúde Ocupacional).
3.17. Análise crítica dos estudos sobre o processo de terceirização na
PETROBRAS-UN-ES
Com base no estudo sobre o processo de terceirização na PETROBRAS
constante do presente capítulo, chega-se aos seguintes pontos de vista:
102
3.15. Qualidade
De acordo com o Plano Estratégico decenal do Sistema PETROBRAS, 2000 a
2010, a qualidade de serviços fica evidenciada, pois a mudança na sua estrutura, visa
modernizá-la, procurando, torná-la mais forte, mais rentável, com foco voltado para o
cliente. Só com um programa de qualidade consistente a companhia estará pronta para
enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada e se manter como líder no Brasil e
uma das maiores do mundo.
O mercado globalizado, uma realidade da economia atual, trouxe novas formas
de negociar. Para garantir a aceitação dos produtos de acordo com os padrões
internacionais, surgiu a necessidade de estabelecer normas que regulem a qualidade
em seus diversos aspectos. Estas normas são firmadas, em consenso mundial, por
meio de certificações, como a ISO 9000, que trata dos projetos e processos de uma
empresa.
A ISO, Organização Internacional de Normalização, certifica, por intermédio da
ISO 9000, as empresas competentes para atender aos requisitos dos clientes, de modo
especial para os mercados internacionais. Diante da quebra do monopólio do petróleo,
a PETROBRAS precisa garantir parcelas de mercado no exterior e essa certificação é
de vital importância para o alcance do referido resultado.
3.16. Segurança, meio ambiente e saúde ocupacional
O Plano Estratégico da PETROBRAS ressalta a necessidade de manter a
liderança de mercado e atuação internacional, significando a necessidade de
excelência empresarial, que se faz através da soma das competências internas,
ofertando para a sociedade onde ela atua, os melhores serviços e produtos. Tudo isso
de forma responsável e com cidadania, o que implica excelência nas questões de
segurança, saúde e meio ambiente. Dessa forma, a proposta da Gerência Corporativa
de Segurança, Meio Ambiente e Saúde é a seguinte:
§ estimular a interação e, conseqüentemente, a geração de padrões corporativos;
§ facilitar o exercício da lateralidade na atividade da PETROBRAS, compondo um
cenário no qual a empresa possa potencializar o uso de suas competências,
nesse momento especial em que a integração das várias partes do negócio fará
a empresa atuar em bloco, com diferencial competitivo;
101
VALORES
Valorização dos principais públicos de interesse da PETROBRAS: acionistas, clientes,
empregados, sociedade, Governo e as comunidades em que a empresa atua;
Valorização das competências tecnológicas e aprimoramento contínuo dos produtos e
serviços;
Respeito e preservação ao meio ambiente;
Busca permanente da excelência empresarial;
Foco na obtenção dos resultados;
Espírito empreendedor e de superar desafios.
3.13.1.2. O Ambiente de Negócios
O cenário adotado para o Plano Estratégico da PETROBRAS incorpora o
processo de globalização, a continuação da abertura econômica do país e a
intensificação da concorrência.
3.14. Parceria
O Decreto nº 2.745/98 permite a formação de parcerias, consórcios e outras
associativas, somente para as atividades fim da PETROBRAS, não havendo licitação
para a escolha de parceiro.
Durante o processo de licitação o Decreto nº 2.745/98, admite a negociação com
as empresas concorrentes, mesmo após a sua classificação, de forma a realmente
obter-se a proposta mais vantajosa, como ocorre na iniciativa privada, ou como a que
permite a dispensa de licitação na hipótese de competitividade mercadológica, entre
outras, vieram dar aos procedimentos de contratação um aspecto de modernidade,
necessários a tornar mais ágil a contratação, possibilitando o desenvolvimento de
parceria, sem prejuízo da economicidade e da seriedade de todo o processo, sujeita,
ainda, a fiscalização interna ao controle do Tribunal de Conta da União (TCU).
100
MISSÃO
“ Atuar de forma rentável nas atividades da indústria de óleo e gás, e nos
negócios relacionados, nos mercados nacional e internacional, fornecendo
produtos e serviços de qualidade, respeitando o meio ambiente, considerando os
interesses dos seus acionistas, e contribuindo para o desenvolvimento do país”
VISÃO 2010
“ A PETROBRAS será uma empresa de energia com atuação internacional e líder
na América Latina, com grande foco em serviços e a liberdade de atuação de uma
corporação internacional.”
Desta forma a PETROBRAS pretende consolidar a liderança no mercado
brasileiro de petróleo, dentro das novas regras de concorrência do setor, e expandir a
sua atuação internacional.
Até 2005 a PETROBRAS tem como objetivo um aumento significativo de receita
e rentabilidade. Um dos seus objetivos é ser reconhecida pela sociedade brasileira
como a empresa de maior contribuição para o país, e nos mercados internos e
externos, pela sua tecnologia e pela qualidade de seus produtos e serviços.
Conforme previsto no Direcionamento Estratégico a realização da missão da
PETROBRAS exigirá a integração de sua estratégia com os valores de sua
organização, e a adoção de comportamentos alinhados com a sua visão para a
próxima década.
99
3.13. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010
Neste item será analisado o Planejamento Estratégico da PETROBRAS, onde
serão apresentados os principais pontos que o alicerçam e cujo sucesso no alcance de
seus objetivos sofrem influência significativa de um processo eficiente de terceirização.
Estes pontos a serem apresentados são aqueles que, somente com a
implantação da terceirização na sua plenitude, poder-se-á alcançar os objetivos
esperados.
O Plano estratégico estabeleceu metas específicas até o ano de 2005 que
garantirão a chegada da PETROBRAS em 2010 como uma empresa de energia
integrada, com crescente atuação internacional.
3.13.1. Conteúdo do Plano Estratégico Corporativo
O Plano Estratégico Corporativo da PETROBRAS está baseado nas seguintes
premissas:
§ Direcionamento Estratégico da PETROBRAS
§ Ambiente de Negócios
§ Objetivos e Estratégias dos Negócios
§ Recursos Necessários
§ Projeções Financeiras
§ Agenda de Mudança Organizacional
Do conteúdo acima, o Direcionamento Estratégico e o Ambiente de Negócios
são os que mais poderão receber contribuição do processo de terceirização, conforme
mostrado a seguir:
3.13.1.1. Direcionamento Estratégico da PETROBRAS
Conforme consta na sua missão, a PETROBRAS continuará direcionando suas
ações para o atingimento de sua visão para a próxima década, conforme mostra
abaixo:
98
Para composição dos pontos acima são considerados os seguintes graus, de
acordo com critérios estipulados previamente pelo serviço jurídico:
§ Tradição – 2, 4 ou 6 pontos;
§ Capacidade técnica – 3, 6 ou 9 pontos;
§ Situação econômica/financeira – 2, 4 ou 6 pontos.
A nota final a ser atribuída a cada empresa será obtida pela soma dos graus
médios conferidos a cada um dos conceitos (tradição, capacidade técnica e situação
econômico-financeira).
Uma empresa poderá ser cadastrada em mais de um tipo de serviço, com a
mesma ou diferente classificação, pertencendo, simultaneamente, a mais de um grupo.
Não será cadastrada a empresa que, a critério da comissão, não satisfaça os
requisitos exigidos, embora haja apresentado a documentação formalmente correta.
Na ocasião da seleção de empresa para participar da licitação, a escolha deverá
ser criteriosa, abrangendo empresas do mesmo porte (mesmo grupo) e cadastradas
nos mesmos itens, salvo algumas exceções.
Na escolha das participantes do processo de licitação deverá ser considerados
os seguintes aspectos:
§ Volume de contratos em andamento com a PETROBRAS-UN-ES em relação a
capacidade administrativa e financeira da empresa;
§ A últimas avaliações de desempenho da empresa selecionada, em serviços já
realizados;
§ As empresas devem estar adequadas ao porte dos serviços e a importância dos
mesmos, visando prevenir futuros problemas;
§ Não comparecimento em licitações anteriores, sem quaisquer justificativas,
poderá ser fator de exclusão.
A seleção de empresas deverá ser fundamentada em critérios que não poderá
ser contestável, e o número a serem convidadas deve assegurar o comparecimento
efetivo de proponentes objetivando uma satisfatória competitividade.
Ressalta-se que a seleção de empresas é confidencial, visando preservar a
isonomia da licitação.
97
algumas situações. Destaca-se as situações abaixo, que estão intimamente ligadas a
um possível desenvolvimento de parcerias:
§ satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;
§ garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;
§ busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da
eficiência.
3.12.3.1 – Cadastro de Empresas da PETROBRAS
Conforme o Decreto em pauta, a PETROBRAS manterá registro cadastral de
empresas interessadas na realização de obras, serviços ou fornecimento para a
Companhia.
Para efeito de organização e manutenção do Cadastro de Licitantes, a
PETROBRAS publicará, periodicamente, aviso de chamamento das empresas
interessadas, indicando a documentação a ser apresentada, que devera comprovar:
§ habilitação jurídica;
§ capacidade técnica, genérica, especifica e operacional;
§ qualificação econômico-financeira;
§ regularidade fiscal.
As empresas cadastradas serão classificadas por grupo, segundo a sua
especialidade, sendo que os registros cadastrais são atualizados periodicamente, pelo
menos uma vez por ano.
O cadastro de empresas é composto de diversos itens de serviços onde as
empresas classificadas são inscritas nos três grupos abaixo, de acordo com as notas
obtidas quando da análise da documentação apresentada:
§ Grupo A – 17 a 22 pontos;
§ Grupo B – 12 a 16 pontos;
§ Grupo C – 7 a 11 pontos.
96
Desta forma, pode-se dividir os procedimentos seguidos para seleção de
empresas em três fases:
§ No período de vigência do Decreto-lei n° 2.300, de 21/11/86;
§ No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93;
§ A partir da vigência do Decreto n° 2.735, de 24/08/98.
3.12.1. No período de vigência do Decreto-lei n° 2.300, de 21/11/86
Nesta fase as contratações na PETROBRAS eram regidas pelo Manual Geral de
Contratação, cujo teor era aprovado pelo Governo Federal, através do Ministério da
Minas e Energia.
O procedimento licitatório seguido era a Tomada de Preços, que consistia na
seleção de empresas através de um Cadastro Geral de Empresas, organizado e
gerenciado pelo Serviço Jurídico (SEJUR) da PETROBRAS.
3.12.2. No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93
Nesta fase a escolha das empresas para participar do processo licitatório na
PETROBRAS-UN-ES mudou drasticamente, quando adotou-se a concorrência como
forma para as contratações. A concorrência não permitia a escolha direta das
empresas que participariam da licitação. O edital de convocação para a licitação era
publicado e a participação das empresas ficava em aberto, ou seja, qualquer empresa
que atendesse as exigências nele contidas, poderia participar da licitação.
3.12.3. A partir da vigência do Decreto n° 2.745, de 24/08/98
Neste Decreto foram mantidas as modalidades de licitação que havia na Lei nº
8.666/93, porém, houve uma modificação na modalidade por Convite, que não é
necessário a extensão a cadastrados interessados, ou seja, somente participa da
licitação aquelas empresas que forem convidadas, devendo ser no mínimo três
empresas.
Ressalta-se que nesta legislação, a escolha da modalidade não esta mais sujeita
a valores estipulados em lei, como ocorre na Lei nº 8.666/93, mas na caracterização da
95
Trata-se de um anexo padronizado. A emissão do Convite está condicionada a
aprovação da minuta de todo processo pelas Assessorias de Segurança e Meio
Ambiente, bem como da Atividade de Saúde Ocupacional.
3.11.6. Anexo IV – Especificações dos Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e
Anexo VI – Desempenho e Metas para a Contratada
Estes anexos não estão padronizados, pois irão depender do tipo de serviços a
contratar.
Estes anexos serão objetos de elaboração de um procedimento visando a
padronização do seu formato, bem como o que deverá conter em cada tópico que o
compõe. Desta forma, eles serão objetos do Capítulo 4 – PROCESSO DE
TERCEIRIZAÇÃO – UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A PETROBRAS-UN-
ES.
3.11.7. Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas
Este anexo contém os procedimentos básicos de segurança interna a que estão
sujeitas as empresas contratadas no decorrer da execução dos serviços.
Nele estão contidas as instruções quanto aos seguintes tópicos:
§ Identificação de pessoal da contratada;
§ Trânsito de pessoal na área da PETROBRAS;
§ Trânsito de viaturas;
§ Estacionamento de veículos;
§ Sanções disciplinares quanto às infrações por desrespeito as condições acima;
§ Trânsito de material.
3.12. Seleção de empresas
Conforme consta na apostila do Curso de Contratação, no decorrer do processo
de terceirização na PETROBRAS, ocorreram modificações na sistemática de escolha
das empresas participantes das licitações, em função das alterações das leis de
licitação que a PETROBRAS obrigava-se a seguir.
94
3.11.4. Anexo II – Planilha de Preços Unitários
Neste anexo constam os itens de serviços que serão executados. Durante a
licitação ele é denominado Suplemento B, onde as proponentes apresentam os preços
dos serviços a serem executados.
Ele é formado pelos campos:
§ Item – numeração dos serviços a serem executados;
§ Código do serviço – refere-se ao código de identificação do serviço que será
cadastrado no Banco de Dados de Contrato (BDC), para efeito de medição;
§ Serviço – descrição sucinta dos serviços a serem executados;
§ Unidade – unidade de medição dos serviços a serem medidos;
§ Quantidade estimada – quantidade de serviços estimados a serem realizados
durante o prazo contratual;
§ Preço unitário – valor dos preços por unidade de serviço.
Para definição do quantitativo da Planilha de Preços Unitários, os gestores do
contrato se basearão nas previsões informadas pelos usuários dos serviços e nos
quantitativos realizados no contrato em andamento, tendo como base a média dos
últimos 6 (seis) meses, verificando-se neste período, se houve ocorrência de redução
ou incremento temporário no quantitativo medido, para que não haja discrepância entre
o percentual realizado de prazo e valor do futuro contrato.
3.11.5. Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
Este anexo estipula as obrigações da contratada quanto ao cumprimento das
instruções para atendimento a legislação vigente referente à proteção de pessoal e
equipamentos da PETROBRAS e contratada, evitar danos a terceiros, à comunidade e
ao meio ambiente.
Nele a PETROBRAS fixa exigências mínimas de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde para a contratada, com base na legislação vigente e normas internas.
As exigências contidas neste Anexo abrangem a necessidade da contratada
apresentar a política de SMS, planos de contingência de SMS e operacional, programa
de treinamento em SMS e outros.
93
3.11.3.13. Medição
A cláusula Medição deverá mencionar os critérios de medição de serviços, se
por evento ou por período.
Nesta cláusula deverá constar ainda que a PETROBRAS entregará o Boletim de
Medição (BM) até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da medição.
Informa que o período de medição dos serviços executados será de 26 (vinte e
seis) do mês anterior até o dia 25 (vinte e cinco) do mês de competência.
A assinatura da contratada por seu representante junto a PETROBRAS,
implicará no reconhecimento da exatidão do BM e/ou do Boletim de Reajustamento,
para efeito de faturamento.
3.11.3.14. Responsabilidade e Força Maior
A cláusula Responsabilidade deverá conter item estipulando que a
responsabilidade decorrente de perdas e danos, por inadimplemento de qualquer
cláusula ou condição legal e/ou contratual será considerada em cada caso em
particular.
A cláusula deverá mencionar que a PETROBRAS e a contratada não serão
responsáveis pelo cumprimento de suas respectivas obrigações, no caso de evento
que caracterize o caso fortuito ou força maior, previsto no Artigo 1058 do Código Civil
Brasileiro.
Qualquer suspensão de execução dos serviços em decorrência dos fatos
assinalados neste item será limitada ao período durante o qual tal causa ou suas
conseqüências persistirem. Esse período será acrescido ao prazo contratual previsto.
3.11.3.15. Subcontratação
A cláusula Subcontratação indicará claramente a parte dos serviços que poderá
ser subcontratado, mediante autorização, por escrito, da PETROBRAS, ressaltado que
a contratada manterá integral responsabilidade pela prestação dos mesmos.
92
Os casos acima são aplicáveis com exceção de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra.
3.11.3.10. Cessão
A cláusula Cessão deverá conter as hipóteses em que o Contrato ou os créditos
dele decorrentes poderão ser parcial ou totalmente cedidos ou caucionados, mediante
prévia e expressa autorização da PETROBRAS, devendo dela constar que a
PETROBRAS opõe ao cessionário dos créditos as exceções que lhe competirem,
mencionando-se expressamente que os pagamentos ao cessionário estão
condicionados ao cumprimento pelo cedente de todas as obrigações contratuais.
É previsto nesta cláusula que caberá ao cedente informar ao cessionário todos
os acertos contratuais.
Esta cláusula deverá ressalvar a necessidade de responsabilidade solidária
entre cedente e cessionária.
3.11.3.11. Incidências fiscais
A cláusula Incidências fiscais deverá mencionar que todos os tributos devidos
foram considerados pela contratada em sua proposta, de acordo com a legislação
vigente, para cumprimento das obrigações contratuais.
Se durante o prazo de vigência do contrato, se ocorrer qualquer alteração do
tributo, os preços serão revistos a fim de adequá-los às modificações havidas.
3.11.3.12. Sigilo
Nesta cláusula consta que a contratada obriga-se a manter em sigilo todas as
informações que lhe forem transmitidas pela PETROBRAS, num prazo de 20 (vinte)
anos, podendo, como conseqüência pelo seu descumprimento, ocasionar a rescisão
contratual, responsabilidades por perda e danos, aplicação de multa compensatória e
aplicação de penalidades jurídicas pela legislação vigente.
91
3.11.3.7. Fiscalização
A cláusula Fiscalização definirá a competência para exercê-la e os modos pelos
quais será feita, tendo em vista a proteção dos interesses da PETROBRAS. Será
ressalvado, obrigatoriamente, que a ação ou omissão, total ou parcial, da fiscalização
em nada diminui a total responsabilidade da contratada.
3.11.3.8. Aceitação
A cláusula Aceitação fixará as condições e o modo de recebimento, provisório ou
definitivo, dos serviços, bem como será determinado que o ato de recebimento não
exime a contratada das responsabilidades que lhe são cometidas pela legislação em
vigor e pelo Contrato.
A formalização da aceitação será feita através da assinatura do documento
Termo de Recebimento Definitivo (TRD), que não eximirá a contratada das
responsabilidades que lhe são cometidas pela legislação em vigor e pelo Contrato, nem
exclui as garantias legais e contratuais, as quais podem ser argüidas pela
PETROBRAS a qualquer tempo.
3.11.3.9. Rescisão
A cláusula Rescisão determinará expressamente os casos em que poderá ser
rescindido o Contrato, sem que caiba à outra parte contratante direitos a indenização
ou de retenção.
Nesta cláusula deverá constar ainda que: "Rescindido o Contrato, a
PETROBRAS, a seu exclusivo critério, poderá adjudicar os serviços objeto do mesmo a
quem bem entender, sem que caiba à contratada qualquer consulta ou interferência,
reclamação e/ou indenização, seja a que título for, ficando a contratada sujeita às
penalidades legais e contratuais além de responder pelas perdas e danos que a
PETROBRAS venha a sofrer".
É dado o direito de rescisão por parte da contratada, nos casos de suspensão
dos serviços, por ordem da PETROBRAS, por mais de cento e vinte dias ou em caso
de atraso de pagamento com prazo superior a 90 (noventa) dias.
90
serviços, mediante a apresentação da respectiva fatura ou outro documento
de cobrança, ao órgão pagador responsável pela sua liquidação;
§ A contratada deverá apresentar fatura correspondente ao BM até o 4º
(quarto) dia útil seguinte ao último dia do período de medição ou execução
dos serviços, sendo que o descumprimento deste prazo acarretará a
postergação do pagamento por tantos dias quanto corresponder ao atraso;
§ Nas licitações internacionais, quando for permitido ao licitante estrangeiro
cotar em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante nacional.
Neste caso, o pagamento ao licitante nacional será efetuado em moeda
corrente brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente
anterior a data do efetivo pagamento.
3.11.3.5. Reajustamento de preços
Esta cláusula informa em quais situações ocorrerá o reajustamento, onde
constará a fórmula de reajustamento e a descrição dos índices da referida fórmula,
bem como os procedimentos no caso de complementação de pagamento de índices
provisórios.
3.11.3.6. Multas
Nesta cláusula deverá constar que os valores básicos das multas serão
reajustados pelos fatores de reajustamentos de preços vigentes no mês em que cessar
o motivo que lhe deu origem, sendo deduzidos das faturas que se seguirem.
Nela está definido que a contratada deverá ter o prazo de 15 (quinze) dias
corridos para defesa da notificação de mora, salvo na hipótese de inadimplemento de
obrigações trabalhistas, previdenciárias ou tributárias
Em função das características da contratação e com vistas à boa execução do
Contrato, o montante correspondente à soma dos valores básicos das multas será
limitado, a critério do órgão interessado, a um percentual entre 5% (cinco por cento) e
30% (trinta por cento) do valor global do contrato ou do valor total estimado, quando se
tratar de preços unitários.
89
escrita da PETROBRAS, com antecedência (fixar a antecedência), e com o acordo
entre as partes, mantidas as condições de preços mais vantajosas para a
PETROBRAS.
A prorrogação estabelecida no item anterior só será aplicada, se prevista no
instrumento convocatório.
3.11.3.3. Preços e valor
Esta cláusula informa que os valores a serem pagos à contratada serão os
resultantes da aplicação do preço unitário, constante da Planilha de Preço Unitário,
sobre a quantidade de serviços executada. Esclarece que não cabe a contratada
quaisquer reivindicações a título de revisão de preços por conta outras obrigações que
surgirem no decorrer dos serviços, com exceção dos casos fortuitos.
Nesta cláusula deve constar que o contrato será automaticamente encerrado
quando atingido o seu valor total.
Quando se tratar de preços unitários, deverá constar disposição esclarecendo
que as quantidades constantes da planilha de preços são estimadas, podendo variar
para mais ou para menos, não havendo obrigação da PETROBRAS em atingi-las.
Nesta cláusula deverá constar ainda que a contratada declara que os preços
contratuais levaram em conta o lucro e todos os custos, insumos, despesas e demais
obrigações legais para o cumprimento integral das disposições contratuais até o termo
final do Contrato, não cabendo, pois quaisquer reivindicações a título de revisão de
preços ou reembolso, seja a que título for, ressalvado o disposto na cláusula de
Incidências Fiscais e os reembolsos expressamente previstos;
3.11.3.4. Forma de pagamento
A cláusula Forma de pagamento deverá mencionar a forma e prazo de
pagamento, com indicação da moeda e local de pagamento.
Nesta cláusula deverá constar ainda que:
§ Os pagamentos previstos no contrato serão efetuados pela PETROBRAS à
contratada 30 (trinta) dias após o último dia do período de execução dos
88
3.11.3. Anexo I - Condições Gerais Contratuais
Esta parte visa detalhar e complementar as informações contidas no contrato,
discriminando, detalhadamente, as cláusulas abaixo:
§ Obrigações da contratada;
§ Obrigações da PETROBRAS;
§ Prazo;
§ Preços e valor;
§ Forma de pagamento;
§ Reajustamento de preços;
§ Multas;
§ Fiscalização;
§ Aceitação;
§ Rescisão;
§ Cessão;
§ Incidências fiscais;
§ Sigilo;
§ Medição;
§ Responsabilidade e força maior;
§ Subcontratação.
3.11.3.1. Obrigações da contratada e da PETROBRAS
As obrigações mútuas serão relacionadas em cláusulas específicas Obrigações
da contratada e da PETROBRAS expressando, em itens destacados, a contribuição e
responsabilidade de cada uma das partes para a execução do objeto.
Na cláusula Obrigações da contratada estão relacionados os tópicos referentes
às responsabilidades legais quanto ao pessoal e a execução dos serviços.
3.11.3.2. Prazo
Nesta cláusula consta que as contratações de serviços de demanda continuada
e repetitiva poderão contemplar a prorrogação de seu prazo, mediante manifestação
87
Na hipótese de o preço contratual não estar sujeito a reajustamento, tal
circunstância deverá constar expressamente no Contrato.
3.11.2.6. Multas
A cláusula Multas deverá mencionar as penalidades pecuniárias aplicáveis por
atraso na entrega dos serviços ou em razão de outros motivos que as justifiquem.
As multas poderão ser estipuladas tanto em percentual incidente sobre o va lor
global ou estimado do Contrato, da Autorização de Serviço ou de determinado item
contratual, como em valores básicos previamente fixados, com o devido reajustamento.
Os percentuais de multa deverão ser estabelecidos de maneira que o valor da
multa não ultrapasse a 75 % (setenta e cinco por cento) do valor da diária a ser
recebida pela contratada.
3.11.2.7. Documentos Complementares
A cláusula Documentos Complementares relacionará os anexos que comporão o
Contrato, tais como Condições Gerais Contratuais, Planilha de Preços Unitários,
Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, Especificações dos Serviços,
Critérios de Medição, Desempenho e Metas da Contratada e Instruções de Segurança
Interna para Contratadas.
3.11.2.8. Foro
A cláusula Foro determinará o local onde serão decididas as eventuais
pendências judiciais decorrentes da execução do instrumento contratual.
Nos Contratos firmados no exterior, ou quando a outra parte contratante for
domiciliada em país estrangeiro, será previsto o foro brasileiro, salvo nos casos
previstos em lei. Verificada a inviabilidade de tal procedimento, adotar-se-á, de
preferência, o Juízo Arbitral, instaurado no Brasil, na conformidade da lei brasileira.
Após a cláusula referente ao Foro é dado o Fecho. É a última parte do Contrato
onde informa-se o local, data do contrato e onde deverá ser assinada pela
PETROBRAS e pela contratada, e ainda por duas testemunhas, devidamente
identificadas.
86
do convite ou da dispensa/inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às cláusulas
contratuais e o enquadramento legal.
3.11.2.2. Objeto
A cláusula Objeto deverá conter, de forma genérica, a descrição dos serviços
que se pretende obter.
3.11.2.3. Prazo
A cláusula Prazo indicará o prazo do Contrato, contados em dias corridos,
conforme estipulado na Autorização de Serviços.
Para os contratos que prevêem a condição de alcance de metas para
continuidade da prestação dos serviços, deverá ser estipulado o prazo no qual serão
avaliadas as metas. Essa avaliação definirá se a contratada terá a concessão do
restante do prazo contratual.
3.11.2.4. Preços e Valor
A cláusula Preços e Valor deverá conter o valor do Contrato que será expresso
em moeda corrente nacional, ou em moeda estrangeira, se for caso. Quando a
contratação for a preço global, deverá ser expresso em quantia certa representativa do
valor total do Contrato. Quando a contratação for por preços unitários, deverá ser
mencionado o valor total estimado do Contrato.
3.11.2.5. Reajustamento de preços
A cláusula Reajustamento de preços definirá, explícita e nomeadamente, as
condições em que será permitido o reajustamento dos preços contratuais, com a
indicação da fórmula e índices aplicáveis.
Os percentuais de cada índice que compõe a fórmula de reajustamento deverão
refletir os pesos dos principais insumos que compõem os preços contratuais. Logo,
deverá haver uma análise da referida fórmula em conjunto com a atividade de
orçamentação, visando não haver distorções nos reajustes dos preços contratuais.
85
3.11.2. Contrato
Conforme Estatuto Social, a PETROBRAS é uma empresa paraestatal do tipo de
sociedade de economia mista e seus contratos regem-se pelas normas do direito
privado.
Consultando o SINPEP, verifica-se que não existe, no âmbito da PETROBRAS-
UN-ES, um procedimento que estabeleça diretrizes para a elaboração de contrato,
exceto para as partes já padronizadas, conforme informado no item 3.10 deste capítulo.
Conforme disposto no MPC, o contrato é o instrumento a ser utilizado em
contratações precedidas de uma licitação na modalidade de Concorrência, Tomada de
Preços ou Convite, podendo também ser utilizado na Dispensa/Inexigibilidade,
observado, nestes casos, o limite de enquadramento.
As disposições do contrato deverão ser divididas em cláusulas, itens, subitens e
alíneas. As cláusulas serão numeradas de forma ordinal e por extenso, os itens e
subitens por algarismos arábicos e as alíneas por letras do alfabeto.
Deverão constar em cláusula própria, discriminadamente e em ordem de
numeração crescente, os anexos porventura existentes, bem como a declaração de
que não prevalecerão sobre o Contrato.
O Contrato contém as seguintes partes e cláusulas:
§ Preâmbulo;
§ Objeto;
§ Prazo;
§ Preços e valor;
§ Reajustamento de preços;
§ Multas;
§ Documentos complementares;
§ Foro.
3.11.2.1. Preâmbulo
A parte inicial ou Preâmbulo constarão, obrigatoriamente, a designação,
qualificação, representação e domicílio das partes, a finalidade, a indicação do edital,
84
• o Demonstrativo de Formação de Preços será rubricado apenas pelos
membros da Comissão de Licitação e não será mostrado aos Licitantes, por
tratar-se de documento sigiloso;
§ a abertura das propostas ocorrerá na data, hora e local fixados no Convite,
em ato público, sendo facultada a remessa daquelas pelo Correio, desde que
sejam protocoladas no órgão em tempo hábil e tal possibilidade conste do
instrumento convocatório;
Convocar, pelo envio do convite, à no mínimo 3 (três) empresas cadastradas ou
não, escolhidas pelo órgão interessado na contratação dos serviços.
§ Não poderão ser convidadas as empresas que tenham sido suspensas ou
excluídas do Cadastro da PETROBRAS, pelo prazo da decisão que
determinou a suspensão ou exclusão, ou que tenham sido julgadas
impossibilitadas de contratar com a PETROBRAS.
Afixar em local apropriado, o resumo do Convite.
A Comissão de Licitação, antes da divulgação da classificação das propostas,
deve consultar o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados, sobre a primeira
colocada no certame. Caso essa empresa tenha débitos não quitados em Órgãos e
Entidades Federais será convocada a dar as explicações que tiver sobre o assunto,
ficando a critério da autoridade que autorizou a licitação, aceitar ou não as explicações
dadas.
• Caso a primeira colocada não apresente ou não sejam aceitas as suas
explicações, ela será desclassificada e a segunda colocada será submetida
ao CADIN, sendo contratada, se for o caso, desde que com os preços
apresentados pela empresa desclassificada.
83
m ) a licitante vencedora deverá apresentar, como condição para assinatura da
Carta-Contrato, o Certificado de Regularidade de Situação (CRS), emitido
pela Caixa Econômica Federal, válido na data de sua apresentação,
comprovando sua regularidade junto ao F.G.T.S;
No que se refere à forma de apresentação das propostas, o Convite deverá
mencionar, ainda, que:
§ as propostas deverão ser entregues diretamente a Comissão, por
representante credenciado, no local, dia e hora estabelecidos no Convite,
sendo facultada a permanência desse representante nos atos públicos que
compuserem o processo licitatório ou se previsto no convite poderão ser
recebidas e abertas as propostas que chegarem à Comissão de Licitação,
até 2 (duas) horas antes da estabelecida para abertura das propostas;
§ a proposta e a declaração do licitante deverão ser datilografadas, ou
impressas em processador de texto, rubricadas, em todas as suas folhas,
datadas e assinadas pelo seu representante legal;
§ as propostas deverão ser apresentadas em um único envelope, devidamente
fechado;
§ a apresentação de propostas com emendas, rasuras ou entrelinhas implicará
a inabilitação ou desclassificação do licitante;
§ a apresentação de propostas de preços, fora do original da planilha
nominativa, rubricada e fornecida pela PETROBRAS, devidamente
preenchida, datada e assinada pelo licitante, implicará a sua
desclassificação;
• o envelope da proposta comercial deverá conter a planilha de preços,
rubricada e fornecida pela PETROBRAS, e se a Comissão julgar necessária,
o Demonstrativo de Formação de Preços;
82
e ) a indicação de que quaisquer esclarecimentos sobre o convite e seus anexos
deverão ser solicitados, por escrito, no prazo de até 3 (três) dias úteis antes
da data prevista para a apresentação das propostas e que a resposta dada a
quaisquer dos licitantes será transmitida aos demais sem a identificação do
consulente, também por escrito, sob pena de ficarem sujeitas a interpretação
da PETROBRAS, por ocasião da análise e julgamento ou durante a execução
dos serviços;
f ) a indicação do(s) item(ns) do Cadastro de Empresas Prestadoras de Serviços
da PETROBRAS;
g ) disposição de que a apresentação de documentação e das propostas deverá
ser feita por pessoa credenciada, por escrito, em papel timbrado do licitante,
devendo ser apresentado à Comissão, antes da entrega dos envelopes;
h ) menção de que a não assinatura da Carta-Contrato, por desistência do
licitante vencedor ou outro motivo a ele atribuível, importará na aplicação de
sanções, tanto no âmbito da administração da PETROBRAS, como as legais
cabíveis, que poderão ir até o cancelamento da inscrição da empresa faltosa
no Cadastro de Empresas da PETROBRAS, se cabível, ou a proibição de
participar de licitações no Sistema PETROBRAS, no primeiro caso, e a
reivindicação de perdas e danos, no último;
i ) o local, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância
em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos
à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao
cumprimento de seu objeto;
j ) instruções e normas para os recursos previstos na lei;
l ) a afirmação de que a PETROBRAS não permitirá a participação, na mesma
licitação, de empresas que possuam dualidade de cotistas, quer majoritários
ou minoritários, empresas em consórcio ou associações e, ainda, empresas
do mesmo grupo econômico (de direito ou de fato);
81
Neste capítulo, ao definir-se como é constituído cada parte acima, verificar-se-á
que algumas cláusulas constantes do Contrato e do Anexo I – Condições Gerais
Contratuais têm a mesma denominação. A diferença existente é que no Anexo I as
cláusulas e seus termos são iguais para todos os contratos e no Contrato o prazo, valor
contratual, fórmula de reajustamento e percentuais de multas, variam de acordo com o
objeto do Contrato.
3.11. Elaboração das etapas de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES
Conforme padrão da Gerência Setorial de Contratos da Unidade de Negócio do
Espírito Santo, constante do Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da
PETROBRAS (SINPEP), as etapas do processo de licitação seguem o disposto abaixo:
3.11.1. Convite
A minuta do Convite e seus anexos, sempre acompanhada da minuta de Carta-
Contrato e seus anexos, que deverá conter:
a ) a descrição sucinta e clara do objeto da licitação, com a menção de que ele
se acha devidamente especificado na minuta de Carta-Contrato e, quando for
o caso, em seus anexos, nome da Unidade da PETROBRAS, o respectivo
prazo contratual e a lei que a rege;
b ) indicação do local, data e hora para recebimento da proposta;
c ) quando julgado conveniente, acrescentar que as propostas poderão ser
recebidas e abertas se chegarem à Comissão de Licitação, em envelope
fechado, até 2 (duas) horas antes da estabelecida para abertura das
propostas;
d ) caso as empresas optem por participar da forma acima estabelecida devem
renunciar ao direito de vista aos demais processos, bem como concordarem
com as decisões da Comissão de Licitação;
80
e ) Emitir, trimestralmente, a partir do início da execução dos serviços e ao final do
instrumento contratual, os Boletins de Avaliação de Desempenho (BAD);
f ) Exigir que a contratada mantenha as condições e procedimentos de segurança e
higiene, utilizados na prestação de serviços, dentro dos padrões estabelecidos
nos instrumentos contratuais;
g ) Cadastrar no Banco de Dados de Contrato - BDC as multas porventura
ocorridas.
3.10. Partes integrantes de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES
Neste subitem abordar-se-á somente o processo de licitação por Convite,
conforme está previsto no Capítulo 1, no subitem 1.6 – Limitações do Trabalho, do
presente trabalho.
Conforme padrão da Gerência Setorial de Contratos da Unidade de Negócio do
Espírito Santo, constante do Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da
PETROBRAS (SINPEP), o processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES está
composto pelas seguintes partes:
§ Convite;
§ Contrato;
§ Anexo I – Condições Gerais Contratuais;
§ Anexo II – Planilha de Preços Unitários;
§ Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde;
§ Anexo IV – Especificações dos Serviços;
§ Anexo V – Critérios de Medição;
§ Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada;
§ Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas.
A disposição acima está padronizada, em sua maioria, para todos processos de
licitação.
O Convite, o Contrato e os Anexos I, II, III e VII são padronizados, portanto, são
iguais para todos os tipos de contratos.
79
§ Adotar decisões bem definidas e coerentes para a solução dos impasses que
surgirem;
§ Fazer uso do bom senso na análise das ocorrências relativas ao instrumento
contratual;
§ Agir de forma rígida e criteriosa na aplicação das sanções previstas no contrato,
evitando que fatos importantes deixem de ser registrados;
§ Sensibilizar os diversos usuários do contrato sobre a necessidade de otimizar a
utilização dos recursos disponíveis;
3.9.2. Atribuições básicas do fiscal de contratos
a ) Inteirar-se de todas as cláusulas e condições do instrumento contratual e seus
anexos, de forma que sejam cumpridos todos os seus dispositivos, consultando,
se necessário, o órgão de contratação;
b ) Fiscalizar a execução física do contrato, no sentido de exigir da contratada:
• cumprimento das normas e procedimentos de segurança, meio ambiente e
saúde ocupacional da PETROBRAS;
• cumprimento das obrigações contratuais, inclusive quanto à qualidade
técnica dos serviços, dentro dos padrões estabelecidos no projeto e suas
especificações, bem como o atendimento dos aspectos de quantidade,
qualificação e desempenho relativos a pessoal e equipamentos da
contratada.
§ Proceder, diária ou semanalmente, conforme previamente definido, ao
registro das ocorrências julgadas importantes.
c ) Consolidar os serviços executados dentro do período de medição, de forma a
possibilitar a emissão do Boletim de Medição (BM), através do Banco de Dados
de Contratos (BDC);
d ) Emitir o Boletim de Medição - BM e atestar no mesmo a execução dos serviços;
78
m ) Notificar à contratada da aplicação de quaisquer penalidades previstas
contratualmente.
n ) Assinar Termo de Recebimento Definitivo, obtendo assinatura da contratada e
enviando ao órgão de contratação.
o ) Controlar a fiscalização da execução física do contrato, orientando e
coordenando os fiscais, no sentido de exigir da contratada:
p ) cumprimento das normas e procedimentos de segurança da PETROBRAS;
q ) cumprimento das obrigações contratuais, inclusive quanto à qualidade técnica
dos serviços, dentro dos padrões estabelecidos no projeto e suas
especificações, bem como o atendimento dos aspectos de quantidade,
qualificação e desempenho relativos a pessoal e equipamentos da contratada.
r ) Colaborar com a contratada sugerindo-lhe melhores métodos de trabalho;
exercendo controle preventivo, de preferência ao corretivo; e providenciando
pronto atendimento a consultas técnicas, através de reuniões periódicas.
s ) Articular-se com os órgãos de segurança no sentido de estabelecer normas e
procedimentos relativos à segurança de pessoal, higiene industrial e proteção ao
meio ambiente a serem aplicados aos instrumentos contratuais.
u ) Emitir, quando solicitado pela contratada, o Atestado de Serviços Realizados.
v ) Manter-se informado de todos os serviços executados ou a executar, em sua
área de atuação.
Além das atribuições acima, deve-se destacar outros fatores importantes, referentes
à postura que o gerente deverá adotar perante a contratada:
§ Manter perante a contratada uma postura sempre firme e adequada à situação;
77
especificações, desenhos, memorial descritivo, bem como a planilha de preços
devidamente codificada.
c ) Proceder o rateio do valor total do contrato em função das respectivas previsões
de dispêndio, quando se tratar de serviço que englobe mais de uma Unidade
Operativa ou mais de uma Gerência, informando valor com respectivos códigos
de aplicação ao órgão de contratação, para efeito de cadastramento no BDC.
d ) Fornecer ao órgão de contratação a relação nominal de fiscais e, quando for o
caso, de Gerentes Regionais do Contrato para efeito de cadastramento no BDC.
e ) Conferir o cadastramento do contrato no Banco de Dados de Contrato BDC, feito
pelo órgão de contratação atentando para a exatidão de todos os dados, bem
como para a respectiva alocação o rçamentária.
f ) Acompanhar o saldo contratual, em função da verba orçamentária alocada.
g ) Conferir e assinar os documentos de obrigação da Companhia (BM, BR, DR,
etc), emitidos e atestados pela fiscalização.
h ) Exigir da fiscalização o registro (diário ou semanal) das ocorrências julgadas
importantes em livro próprio ou outro documento que o substitua, com a
assinatura do preposto da contratada.
i ) Providenciar o cumprimento, em tempo hábil, das obrigações contratuais da
PETROBRAS.
j ) Solicitar ao órgão de contratação a formalização de inclusões e/ou exclusões de
serviços, previstas contratualmente.
l ) Exigir da contratada documentação comprobatória do adimplemento de suas
obrigações trabalhistas, inclusive contribuições previdenciárias e depósitos do
FGTS, para com seus empregados vinculados ao instrumento contratual.
76
c ) Para formação de parcerias, consórcios e outras formas associativas de
natureza contratual, objetivando o desempenho de atividades compreendidas no
objeto social da PETROBRAS;
3.9. Gestão de contratos
Conforme previsto na apostila do Curso de Contratação – PETROBRAS-
SEREC/SENOR, a gerência do contrato é exercida pelo profissional designado pelo
signatário do contrato. Por sua vez, o fiscal de contratos é indicado pelo gerente de
contrato, através do documento Autorização de Serviço (AS). É de fundamental
importância, para o bom acompanhamento dos serviços, que ambos tenham pleno
conhecimento da amplitude de suas atribuições.
A preocupação dos dois não deve estar voltada somente com os aspectos
técnicos da contratação, mas também com a conscientização de que são os
representantes da PETROBRAS-UN-ES perante a empresa contratada, devendo zelar,
sob todos aspectos, pelos interesses da Companhia e pelo cumprimento de todas as
obrigações contratuais pela empresa contratada.
Ressalta-se que a equipe do gerente deve estar dimensionada criteriosamente,
de forma que atenda ao porte dos serviços contratados, sem o que a fiscalização ficará
completamente prejudicada, pois o acúmulo de tarefas poderá acabar afastando os
gestores da obrigação mais importante de acompanhamento do instrumento contratual.
O gerente deve atentar para que os fiscais a ele subordinados tenham pleno
conhecimento da postura da PETROBRAS-UN-ES perante às contratadas, definindo
de forma bem clara as atribuições dos mesmos junto a estas empresas.
3.9.1. Atribuições básicas do gerente de contrato
a ) Promover reunião inicial com a contratada, registrando em ata, assinada por
todos os presentes, juntamente com os fiscais para estabelecer procedimentos
relativos ao relacionamento PETROBRAS/contratada, durante o
acompanhamento e fiscalização dos serviços;
b ) Participar efetivamente de todas as fases da elaboração do instrumento
contratual, providenciando os elementos técnicos necessários, tais como
75
c ) Quando não acudirem interessados à licitação anterior, e esta não puder ser
repetida sem prejuízo para a PETROBRAS, mantidas, neste caso, as condições
preestabelecidas;
d ) Quando a operação envolver concessionário de serviço público e o objeto do
contrato for pertinente ao da concessão;
e ) Quando a operação envolver exclusivamente subsidiárias ou controladas da
PETROBRAS, aquisição de serviços a preços compatíveis com os praticados no
mercado, bem como com pessoas jurídicas de direito público interno, sociedade
de economia mista, empresas públicas e fundações ou ainda aquelas sujeitas ao
seu controle majoritário, exceto se houver empresas privadas que possam
prestar os serviços, hipótese em que todos ficarão sujeitos a licitação; e quando
a operação entre as pessoas antes referidas objetivar o fornecimento de
serviços sujeitos a preço fixo ou tarifa estipulada pelo Poder Público;
f ) Na contratação de remanescentes de obras e serviços desde que aceitas as
mesmas condições do licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido e mediante ampla consulta a empresas do ramo,
participantes ou não da licitação anterior;
3.8.2. Inexigibilidade de licitação
A inexigibilidade de licitação ocorrerá quando houver inviabilidade fática ou
jurídica de competição, em especial (principais e relacionadas a prestação de serviços):
a ) Para contratação de serviços técnicos, de natureza singular, com profissionais
ou empresas de notória especialização;
b ) Para contratação de serviços em situações atípicas de mercado em que,
comprovadamente, a realização do procedimento licitatório não seja hábil a
atender ao princípio da economicidade;
74
3.7.2. Técnica e preço
Será utilizada sempre que fatores especiais de ordem técnica, tais como
segurança, operatividade e qualidade do serviço, devam guardar relação com os
preços ofertados.
3.7.3. Melhor técnica
Será utilizada para a contratação de serviços em que a qualidade técnica seja
preponderante sobre o preço.
3.8. Contratações diretas
Conforme previsto no Decreto 2.745/98, verificada a necessidade de contratação
e estando consubstanciada hipótese permissiva de contratação direta, serão realizadas
as negociações pertinentes, considerando-se as estimativas da PETROBRAS, as
condições de mercado e as praxes comerciais.
As contratações diretas poderão ser por:
§ Dispensa de licitação;
§ Inexigibilidade de licitação.
3.8.1. Dispensa de licitação
A dispensa de licitação ocorrerá quando é possível realizar a licitação, porém,
existem fortes motivos que impossibilite a sua realização, tais como (principais e
relacionadas a prestação de serviços):
a ) Guerra, grave perturbação da ordem ou calamidade pública;
b ) Casos de emergência, quando caracterizada a urgência de atendimento de
situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens;
73
O órgão deve utilizar-se de meios que garantam a prova de convite a no mínimo
03 (três) empresas, para fins de realização do procedimento licitatório.
Entre o efetivo recebimento do Convite e apresentação das propostas será
garantido aos licitantes prazo não inferior a 03 (três) dias úteis.
O convite será convocado por carta expedida pelo Presidente da Comissão de
Licitação ou pelo servidor especialmente designado, às firmas indicadas no pedido da
licitação, em número mínimo de três, selecionadas pelas unidades requisitantes dentre
os do ramo pertinente ao objeto, inscritos ou não no registro cadastral de licitantes da
PETROBRAS.
3.7. Tipos de licitação
Os tipos de licitação estão previstos no Decreto nº 2.745/98. De acordo com a
complexidade e especialização do serviço, as licitações poderão ser dos seguintes
tipos:
§ Melhor preço;
§ Técnica e preço;
§ Melhor técnica
3.7.1. Melhor preço
Quando não houver fatores especiais de ordem técnica que devam ser
ponderados e o critério de julgamento indicar que a melhor proposta será a que
implicar o menor dispêndio para a PETROBRAS.
O critério de julgamento das propostas constará, obrigatoriamente, do edital
(Concorrência ou Tomada de Preços) ou convite (Convite). Na sua fixação levar-se-ão
em conta, dentre outras condições expressamente indicadas no ato de convocação, os
fatores de qualidade e rendimento do serviço, os prazos de execução, os preços e as
condições de pagamento.
72
nestas modalidades, a dificuldade de se estabelecer parcerias, dificultando a
implementação da terceirização em sua plenitude, justificando a referida limitação.
3.6.1. Concorrência
É a modalidade de licitação em que será admitida a participação de qualquer
interessado que reúna as condições exigidas no edital. A publicação do edital deve ser
realizada em período não inferior a 30 (trinta) dias anteriores à data designada para
recebimento da documentação e propostas.
Uma vez adotada a modalidade de Concorrência, para fins de licitação, esta
deverá ser convocada mediante edital.
O aviso de convocação indicará, de forma resumida, o objeto de concorrência,
os requisitos para a participação, a data e o local de apresentação das propostas e o
local onde poderão ser adquiridos o edital e os demais documentos da licitação.
3.6.2. Tomada de Preços
É a modalidade de licitação entre pessoas físicas ou jurídicas previamente
cadastradas e classificadas na PETROBRAS, no ramo pertinente ao objeto. No Edital
devem constar o objeto da licitação, o local para obtenção do edital, os itens cadastrais
em que eventuais licitantes devam estar registrados na PETROBRAS, a data e o local
de entrega dos documentos e propostas.
Uma vez adotada a modalidade de Tomada de Preços, para fins de licitação a
ser realizada visando a contratação para compras ou execução de serviços, ela deverá
ser convocada mediante edital, cujo aviso de resumo far-se-á publicar no Diário Oficial
da União e em jornal de circulação nacional.
A publicação do edital deve ser realizada em período não inferior a 15 (quinze)
dias anteriores à data designada para recebimento da documentação e propostas.
3.6.3. Convite
Uma vez adotada a modalidade de Convite, a Comissão de Licitação convidará,
no mínimo, 03 (três) empresas, cadastradas ou não, para apresentação de propostas.
71
Tomada de Preços – modalidade de licitação cuja participação fica restrita a pessoas
físicas ou jurídicas previamente cadastradas como prestadores de serviços;
3.6. Modalidades de licitação
As modalidades de licitação estão previstas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual
de Procedimentos Contratuais. Serão focadas somente as modalidades pertinentes à
licitação para prestação de serviços.
As modalidades de licitação são as seguintes:
§ Concorrência;
§ Tomada de preços;
§ Convite.
A escolha da modalidade de licitação não está sujeita a valores estipulados em
lei, como anteriormente era previsto na Lei nº 8.666/93, mas na caracterização das
seguintes situações:
a ) Necessidade de atingimento do segmento industrial, comercial ou de negócios
correspondentes ao serviço a ser contratado;
b ) Participação ampla dos detentores da capacitação, especialidade ou
conhecimento pretendidos;
c ) Satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;
d ) Garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;
e ) Velocidade de decisão, eficiência e presteza da operação industrial, comercial
ou de negócios pretendida;
f ) Peculiaridades da atividade e do mercado de petróleo;
g ) Busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da
eficiência;
Apesar do disposto no item 1.6 - Limitações do Trabalho do presente trabalho,
onde consta que será abordado somente a licitação por convite, serão incluídos
pequenos comentários sobre as outras modalidades de licitação, visando apresentar,
70
Órgãos de cadastramento – estruturas formais internas responsáveis pela atividade
de cadastramento de prestadoras de serviços;
Parceria – forma associativa que visa convergência de forças para a realização de
uma oportunidade de negócio;
Partes contratuais – todos os signatários do instrumento contratual e que por tal razão
sejam titulares de direitos e obrigações;
Preço global – valor que representa o custo total de proposta, pré-aprovado, que
define os aspectos atinentes ao objeto e a consecução de um Convênio ou Termo de
Cooperação;
Preço unitário – valor certo de unidades determinadas;
Relevação de multa – ato de reconsideração da aplicação de multa, em razão de
solicitação ou de interesse negocial, cuja competência se apura em função dos limites
de competência;
Representante legal – pessoa a quem são outorgados poderes de representação nos
limites do instrumento de mandato;
Resumo estatístico mensal (REM) – relatório emitido mensalmente pela contratada e
apresentado à PETROBRAS, onde consta o número de acidentes mensal;
Taxa de administração – remuneração efetuada a alguém em troca da prática de
determinado ato, geralmente em percentual sobre o valor econômico do ato praticado;
Termo de recebimento definitivo (TRD) – documento gerado via terminal pela
PETROBRAS que determina o encerramento definitivo do contrato, cessando a
responsabilidade das partes contratantes.
Titular do órgão – maior autoridade do órgão;
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Escopo – aspectos atinentes ao objeto contratual como especificações, local e
metodologia de execução;
Fator de julgamento – fator de ponderação de preços previsto no ato convocatório da
licitação que permite o estabelecimento de um valor presente para a proposta
comercial ou de preços;
Fiscal de contrato – empregado encarregado do acompanhamento físico da execução
do contrato, sob coordenação e designado pelo Gerente do Contrato;
Gerente do Contrato- empregado designado pela PETROBRAS, encarregado do
planejamento, coordenação e controle da execução do contrato, para ser cumprido
exclusiva e especificamente na sua respectiva área de atuação;
Licitante – todo aquele que, tendo adquirido o Edital ou sido convidada a participar de
licitação, teve seu (s) envelope (s) de documentação e/ou proposta (s) efetivamente
recebido (s) pela Comissão de Licitação;
Limite de competência – competência para autorizar a celebração de contratos, de
atos de renúncia e de transações para prevenir litígios, através de limites de valor;
Multa contratual – penalidade pecuniária prevista contratualmente, com fim de obter
indenização ou ressarcimento, para situações que evidenciem o descumprimento total
ou parcial de obrigações contratuais (compensatória) ou que gerem atraso no
cumprimento de obrigações contratuais (moratória);
Objeto contratual – meta a ser alcançada através do contrato de forma a atender
necessidade efetiva do contratante;
Orçamento detalhado – documento hábil a demonstrar a formação dos preços a partir
do detalhamento de todas as parcelas monetárias (custos, insumos ...) que compõe,
consoante critérios do Licitante;
68
Concorrência – modalidade licitatória garantidora de ampla participação a quem
demonstre habilitação suficiente à celebração de contrato;
Contratação direita – contratação celebrada sem realização de procedimento
licitatório prévio;
Contratada – pessoa física ou jurídica que tenha celebrado contrato na condição de
prestadora de serviços;
Contratante – pessoa física ou jurídica que tenha celebrado contrato na condição de
tomadora de serviços;
Contrato – instrumento jurídico pelo qual formaliza-se o negócio jurídico, originando
direitos e obrigações aos seus signatários;
Convite – modalidade licitatória na qual a PETROBRAS convida, a seu critério, o
mínimo de 03 (três) pessoas físicas ou jurídicas que desempenhem atividade
compatível com o objeto da Licitação;
Demonstrativo de formação de preços – documento hábil a demonstrar a formação
dos preços a partir do detalhamento de todas as parcerias monetárias (custos,
insumos...) que o compõe dentro de parâmetros previamente exigidos pela
PETROBRAS;
Edital – ato convocatório de Concorrências e Tomadas de Preços;
Empreitada integral – forma de execução contratual, quando o empreendimento é
contratado em sua integralidade, compreendendo todas as etapas da obra, serviço e
instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada, até a sua entrega
ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos aos requisitos
técnicos e legais para a sua utilização em condições de segurança estrutural e
operacional, bem como com as características adequadas às finalidades para que foi
contratada;
67
Autoridade competente – autoridade detentora de competência estatutária ou de
limite de competência para aprovar a contratação e/ou firmar contratos e assumir
obrigações;
Autorização de Serviços (AS) – documento emitido pela PETROBRAS, onde se
determina o dia de início e término dos serviços e onde é indicado o fiscal do contrato;
Autoridade superior – autoridade responsável pela constituição de Comissão de
Licitação, a quem esta fica vinculada; além daquela que, no caso de contratação por
dispensa ou inexigibilidade, recebe a comunicação da autoridade competente
aprovando a contratação.
Boletim de Avaliação de Desempenho (BAD) – documento emitido via terminal,
podendo ser mensal, bimestral ou trimestral, onde se efetua a avaliação dos serviços
executados pelas contratadas.
Banco de Dados de Contrato (BDC) – sistema corporativo de banco de dados onde
são gerados o boletim de medição (BM), boletim de avaliação de desempenho (BAD) e
termo de recebimento definitivo (TRD).
Boletim de Medição (BM) – documento gerado via terminal onde a PETROBRAS
procede a medição mensal dos serviços executados pela contratada.
Capacidade técnica específica – é a aptidão conferida por atestado de desempenho
anterior e pela existência de aparelhamento e pessoal adequados para execução do
objeto da licitação;
Capacidade técnica genérica – é a aptidão para atender às características requeridas
pelo objeto contratual, conferida pelo registro profissional da pessoa, física ou jurídica,
em seu órgão de fiscalização;
Capacidade técnica operacional – é a aptidão para atender às características
requeridas à execução do objeto contratual, certificada pela disponibilidade dos
recursos humanos e materiais do interessado;
66
3.4. Manual de Procedimentos Contratuais (MPC)
O MPC foi elaborado pelo Serviço Jurídico (SEJUR) da PETROBRAS, visando
complementar a disciplina contida no Regulamento do Procedimento Licitatório
Simplificado da PETROBRAS, na forma do item 10.1 do Decreto 2.745/98, servindo
como meio de orientação para as contratações da PETROBRAS.
Conforme está previsto em seu texto, os instrumentos jurídicos negociais
firmados pela PETROBRAS serão regidos pelas normas de direito privado, pelo
princípio da autonomia das vontades, bem como pelas regras procedimentais contidas
no referido Manual.
Visando obter-se um tratamento mais detalhado e direcionado para a atividade
de exploração e produção, o seguimento E&P elaborou o seu MPC, que também foi
analisado pelo Serviço Jurídico (SEJUR), para que não haja pontos discordantes do
MPC corporativo.
O MPC do E&P foi elaborado visando a uniformização dos procedimentos
relativos à atividade de contratação de serviços e obras, no âmbito do seguimento
E&P, observadas as disposições na legislação vigente, através da análise do Serviço
Jurídico da PETROBRAS.
O SEJUR salienta que por se tratar de atividade dinâmica, sujeita a constantes
alterações legais e normativas, bem como daquelas decorrentes da utilização do
Manual em questão, deverão ser consideradas, após a sua implantação, todas as
mudanças que vierem a contribuir para o seu aperfeiçoamento e atualização.
3.5. Definições estabelecidas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual de
Procedimentos Contratuais
Para uniformização dos termos utilizados no presente trabalho, estão
estabelecidas, no Regulamento e no MPC, as seguintes definições:
Aditivo – instrumento jurídico pelo qual efetivam-se alterações nas estipulações
contratuais originariamente estabelecidas;
Ato de renúncia – ato pelo qual abre-se mão do exercício de um direito ou faculdade;
65
No momento em que a atividade petrolífera tornou-se concorrencial, foi
necessário revogar grande parte da legislação citada, visando adaptar a atividade da
companhia aos novos tempos que virão. Isto ocorreu com a promulgação da Lei n°
9.478, de 06/08/97, que abriu o mercado de exploração e produção de petróleo no
Brasil e, desta forma, foi necessário elaborar um novo procedimento licitatório para a
PETROBRAS, através do Decreto n° 2.745, de 24/08/98.
3.3. O Decreto nº 2.745/98
Conforme Manual de Procedimentos Contratuais, comentado pelo Serviço
Jurídico da PETROBRAS (SEJUR), no novo contexto econômico do país, a nova
regulamentação do setor petróleo norteou-se por princípios constitucionais afetos à
ordem econômica (competitividade, livre iniciativa, livre concorrência, ...). Desta forma,
a Lei nº 9.478/97 ofereceu um novo papel a ser desempenhado pela PETROBRAS no
mercado, o qual impõe a ela não mais o exercício do monopólio estatal do petróleo,
mas a participação como agente econômico de mercado com atuação empresarial
plena.
Para o efetivo cumprimento da nova missão, a Lei nº 9.478, de 06/08/97
determinou, através do artigo 67, a aplicação a PETROBRAS de procedimentos
licitatórios simplificados, que foi aprovado através do Decreto nº 2.745, de 24/08/98.
O Decreto nº 2.745/98, editado nos termos da Lei n° 9.478/97 e do art. 173, § 1º
da Constituição, com a redação dada pela Emenda n° 19 de 04/06/98, disciplina o
procedimento licitatório a ser realizado pela PETROBRAS, para contratação de obras,
serviços, compras e alienações.
Conforme previsto no item 10.1 do Decreto 2.745/98, a disciplina estabelecida
nele, poderia ser complementada, quanto aos aspectos operacionais, por ato interno da
Diretoria Executiva da PETROBRAS, previamente publicado no Diário Oficial da União,
inclusive quanto a fixação das multas a que se refere a alínea “g” do subitem 7.1.3.
Cumprindo o estabelecido no disposto acima, o Decreto n° 2.745/98 foi
complementado pelo Manual de Procedimentos Contratuais (MPC), que será
apresentado a seguir.
64
operacional e respeito ao meio ambiente, bem como será importante instrumento para
a PETROBRAS atingir as metas no Plano Estratégico, citado no subitem 3.13 do
presente capítulo, marcando um novo desafio diante do mercado altamente competitivo
da indústria energética.
3.2. A terceirização na PETROBRAS
3.2.1. Normatização da atividade de contratação na PETROBRAS
De acordo com a apostila do Curso de Contratação, editado pelo PETROBRAS-
SEREC/SENOR, a PETROBRAS elaborou as suas primeiras regras para normatizar a
atividade de contratação em 1964, através do Manual de Contratação, quando não
havia a obrigatoriedade de licitar, como, de resto, assim se estendeu, mesmo após a
edição do Decreto-Lei nº 200/67, uma vez que tal diploma legal se referia,
especificamente, à administração indireta e autárquica.
A obrigação de licitar veio apenas com o Decreto-lei nº 2.300, de 21/11/86, mas
é preciso notar, fora essa obrigação, as entidades da administração indireta, devotada
à atividade econômica, só deveriam sujeitar-se aos princípios básicos da licitação, de
vez que, mais uma vez, o legislador havia elaborado uma lei que tinha como
destinatárias apenas as entidades da administração indireta e autárquica, o que, não
fora referência expressa nesse sentido, se extrairia com facilidade dos seus diversos
artigos, que tratavam o tempo todo de contratos administrativos, ou seja, de contratos
de direito público, fundados em conceitos, terminologia, modelos e princípios diferentes
dos adotados na celebração de contratos de direito privado, baseados no direito civil e
comercial, adotados pela iniciativa privada nas suas relações contratuais.
Em substituição ao Decreto nº 2.300, a partir de 1993, a PETROBRAS passou a
subordinar as suas licitações à Lei nº 8.666/93, de 21/06/93.
A PETROBRAS conta com uma série de leis especiais para regular suas
atividades, diante do papel que lhe foi atribuído de exercer o monopólio da pesquisa e
lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outras atividades expressamente
mencionadas no art. 177 da Constituição Federal. Tais leis se referem, por exemplo, à
garantia do abastecimento nacional de combustíveis, à construção de dutos e
polidutos, à adição de álcool à gasolina, à importação e comercialização de petróleo e
derivados, à exploração e pesquisa da plataforma continental brasileira, etc.
63
Capítulo 3
ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO NA
PETROBRAS-UN-ES
Após o estudo da terceirização do ponto de vista teórico, conforme Capítulo 2 do
presente trabalho, é necessário buscar informações com base prática, através da
análise do que realmente ocorre no âmbito da PETROBRÁS-UN-ES em relação ao
processo de terceirização. Será apresentado como o processo de terceirização foi
implantado na PETROBRAS, bem como parte do Plano Estratégico da PETROBRAS e
qual a importância e contribuição do processo de terceirização para que se alcance os
objetivos nele almejados.
Ressalta-se que, em alguns tópicos, quando for utilizado o termo PETROBRAS,
refere-se ao processo de terceirização no âmbito corporativo, que tem validade para a
PETROBRAS-UN-ES, já que, neste caso, o procedimento que ocorre na corporação é
desdobrado para as unidades operacionais.
3.1. Situação da PETROBRAS-UN-ES
De acordo com Informativo de Agenda de Mudança (2000), no novo modelo de
organização aprovado em 20/10/00 pelo Conselho de Administração da PETROBRAS,
a companhia passa a funcionar com quatro áreas de negócio - Exploração e Produção
(E&P), Abastecimento, Gás e Energia e Internacional - duas áreas de apoio –
Financeira e Serviços – e as unidades corporativas ligadas diretamente ao presidente.
A estrutura incorpora o conceito de unidades de negócio, já adotado pelas maiores
companhias de petróleo e energia do mundo. Foram criadas 40 unidades vinculadas às
áreas de negócio. Dentre estas unidades, o seguimento E&P conta com nove unidades
de negócios. A unidade de negócios PETROBRAS-UN-ES, com sede localizada em
Vitória, é uma das nove unidades de negócios criadas no seguimento E&P.
Esta nova estrutura organizacional visa modernizar a companhia e tem como
objetivo aumentar os resultados, rentabilidade e produtividade, com segurança
62
Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização
RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 5/5Parceria significa contratar uma prestadora de serviços que ofereça um serviço igual ou
melhor do que executada internamente pela contratante
A parceria sugere um envolvimento e uma interação maior entre contratante e contratada
que supera os limites da simples formalização de contrato, sendo uma relação de
convergência de interesses, onde as partes se comportam como sócios
A atuação da empresa contratante tem que ser abrangente estabelecendo junto à
contratante uma relação de respeito às conquistas trabalhistas (remuneração adequada,
assistência médica e outros benefícios), prática de saúde ocupacional, fornecimento de EPI,
segurança e providências que resguardem as obrigações legais e convenções coletivas do
trabalho
A parceria é a essência da terceirização. Sem um verdadeiro parceiro, a contratante não
consegue implantar e nem desenvolver um processo de terceirização eficaz e eficiente. Não
haverá ganhos de qualidade, especialidade, agilidade, simplicidade e redução nos seus
custos
PARCERIA
Na verdadeira parceria deverá haver identidade cultural e a integração no negócio, sem
perdas para nenhuma das partes participantes
É importante que o contratante tenha uma idéia clara e bem fundamentada dos custos
básicos de cada conjunto de atividades terceirizáveis
Orçamento com valores baixos tem que ser analisados criteriosamente, considerando-se em
contrapartida o “know-how” e a tecnologia a ser empregada pela contratada
É na fase de avaliação dos preços propostos que os eventuais erros na determinação dos
custos contratuais podem causar grandes problemas no futuro
AVALIAÇÃO DA
PROPOSTA DO
PRESTADOR DE
SERVIÇOSNesta fase os pontos obscuros deverão ser esclarecidos, devendo preservar-se a confiança
nas negociações
É necessário que haja uma preocupação quanto ao padrão de qualidade dos serviços
prestados e atendimento às outras obrigações contratuais. Isto exige constante
acompanhamento visando verificar se o que foi contratado está sendo atendido.
O acompanhamento dos serviços permite a contratante a oportunidade de observar o
desempenho da contratada e detectar, no momento oportuno, as eventuais falhas,
corrigindo-as a tempo, evitando resultados não esperados
Este trabalho de avaliação não caracteriza uma eventual supervisão ou relação de
subordinação
O trabalho de acompanhamento deverá ser executado pelo gestor da atividade terceirizada
Os ajustes precisam ser efetivados o mais rápido possível, visando a eficiência e eficácia da
terceirização
Eventuais falta de conhecimento técnico por parte da contratada deverá ser compensada
com o treinamento realizado pela contratante
ACOMPANHA-
MENTO DE
CONTRATOS
A avaliação geral dos serviços prestados realizados deverá ser efetuada com freqüência
pela contratada, para que ela possa adotar medidas preventivas visando adequar o
atendimento na qualidade esperada
61
Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização
RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 4/5Ao selecionar a prestadora de serviços é fundamental que o nível de confiança em sua
capacidade operacional e administrativa seja fator determinante na escolha
Alguns aspectos a serem considerados na avaliação do prestador de serviços: qualidade
dos serviços, capacidade instalada, tecnologia empregada, conceito de mercado,
relacionamento com clientes e concorrentes, situação econômico-financeira, preços
praticados, equipamentos disponíveis e interesse na parceira
Fatores que podem comprometer a terceirização: má escolha da empresa contratada,
dificuldade de equalização das culturas da contratante e contratada e erros na avaliação do
perfil da contratada
Não havendo no mercado prestador de serviços com a qualidade e perfil exigidos, deve-se
procurar convencê-los a melhorar as suas condições visando alcançar a competência
exigida
Na fase de seleção de empresa deve-se procurar conhecer a cultura das empresas, sua
filosofia de trabalho e os seus clientes, atentando-se para a avaliação dos seguintes itens:
capacidade técnica, condições operacionais, situação jurídica, administrativa, financeira e
trabalhista
As seguintes informações deverão ser apresentadas pelas empresas: contrato social
devidamente registrado, composição societária, certidões públicas e patrimônio operacional
(equipamentos e instrumentos)
Na fase de escolha do prestador de serviços é indicado, sempre que possível, desenvolver
processos de auditoria nos futuros prestadores de serviços
Devem ser evitadas as seguintes empresas: sociedade constituídas por cônjuges, sem
patrimônio relevantes entre pais e filhos, que não possuam situação contábil adequada,
empresas que fazem tudo, firmas individuais, que tenham desequilíbrio de forças entre
sócios e empresas sem empregados, onde os sócios realizam as atividades
SELEÇÃO DEEMPRESAS
Para implantar-se a terceirização de fato é necessário e fundamental a profissionalização
das empresas contratadas
Parceria é a transição de enfoque tradicional para o novo modelo de gestão, embora pouco
se fala sobre os contornos desse modelo
Estimular parceria é incentivar a dinâmica evolução social, estimulando outras organizações
a evoluírem administrativa e tecnologicamente, trazendo efeitos positivos no
desenvolvimento social
Parceria exige um relacionamento de longo prazo
Parceria envolve dois aspectos: escolher cuidadosamente o prestador de serviços e firmar
um contrato consistente
Caso a escolha do parceiro seja equivocada o processo de terceirização fica crítico, pois as
suas características não podem ser mudadas ou desenvolvidas a curto prazo
PARCERIA
A parceria é o novo estágio que a prestadora de serviços deverá alcançar, para o sucesso
da terceirização.
60
Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização
RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 3/5No contrato deve-se evitar a descrição detalhada da operação. Deverá ser dada autonomia
de operação para a contratante
Na preparação do contrato deverá ser evitado que o contratante leve vantagem sobre o
prestador de serviços, visando evitar que a contratada repasse as conseqüências para o seu
empregado
Considerando que a qualidade é um processo irreversível e inquestionável, o contrato
deverá estabelecer claramente os quesitos de qualidade desejados na prestação dos
serviços
Qualidade agrega valor a cadeia produtiva. A contratada faz parte do anel da cadeia e a
qualidade dos seus serviços contribuirá para a satisfação dos clientes e usuários dos
serviços
Incluir de imediato no contrato a necessidade de certificação da ISO 9000 restringe o
mercado e é oneroso para aqueles que visam a sua obtenção, logo, o processo de
encaminhamento para esta certificação tem que ser desenvolvido moderadamente
A questão ambiental não é somente ideológica, mas legal, moral, ética e, principalmente,
mercadológica, logo, tem se tornado prioridade, nas grandes empresas, tornado-se evidente
a necessidade de constar como exigência contratual.
A adoção da ISO 14000 vem tomando cada vez mais força na distinção de produtos
A terceirização somente tem sentido, dentre outras, a obrigação de contratar com segurança
sobre o ponto de vista jurídico. Desta forma não haverá interferência do Judiciário,
principalmente o Trabalhista. Não é admitida na terceirização, a sonegação de obrigações
legais
Na terceirização não pode haver o contrabando de mão de obra, quando as empresas
eximem-se das responsabilidades legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço, recolhimento da Previdência Social, etc)
Quando maior for o comportamento indevido da comunidade empresarial, maior será a
interferência do judiciário, o que pode provocar sérios problemas para a contratante
(responsabilidade subsidiária ou solidária)
Terceirização calcada em seus verdadeiros princípios filosóficos (modernidade, qualidade,
produtividade, parceria, competitividade) sem lesão econômica ao empregado da
contratada, não tem interferência de atos jurídicos
ELABORAÇÃO DECONTRATOS
Os riscos legais na terceirização abrangem as seguintes áreas do direito: trabalhista,
previdenciária, civil, penal e comercial, além de relacionar-se com a tributária
Selecionar bem as empresas é escolher aquelas que possuem os requisitos
necessários para executar os serviços terceirizados
As contratantes ainda não têm medidas eficazes para aferir valores antes da
contratação
SELEÇÃO DE
EMPRESAS
Seleção indevida leva a troca constante de parceiros, rotatividade das prestadoras,
ganhando e perdendo contratos, contratando e demitindo empregados.
59
Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização
RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 2/5Gestão eficiente de contratos: mudança radical na cultura gerencial na forma de enfocar
atividade empresarial
Gerente de contrato: necessidade de aprimorar o conhecimento e informação sobre a
terceirização
Cultura a implantar: terceirizar é fazer parceria
Modelo de contratação tradicional: perda-ganha
Terceirização: relação de ganha-ganha. Empresas contratantes lado a lado com as
contratadas
Quanto maior o envolvimento dos gestores de contratos menor é o risco proveniente da
terceirização
GESTÃO DECONTRATOS
Administração ruim de contrato: sérias conseqüências futuras
Contrato aliado a parceria: diminuem as incertezas para as contratantes
Contrato: não é somente uma proteção legal. É um documento de trabalho
Contrato: serve para direcionar a parceria e estabelecer regras de trabalho, visando obter
um processo de melhoria contínua
Contrato: ferramenta de trabalho e uma forma de garantir que as partes mantenham uma
perspectiva a longo prazo
Um bom contrato maximiza as vantagens e minimiza as desvantagens da parceria
Um bom contrato minimiza a dependência da contratante em relação à contratada
Um bom contrato deve estabelecer um plano de contingência para situações inesperadas
Reuniões periódicas de trabalho: revisar os erros e facilitar a implantação das melhorias
Contrato: serve para administrar os possíveis conflitos
Evitar fazer os primeiros contratos com prazos longos, para não se perder a oportunidade de
correção dos erros
O contrato precisa explicitar elementos que garantam certo padrão de qualidade e
segurança (exigir investimentos contínuos em qualidade e segurança)
No preparo do contrato deve-se evitar que a contratada fique subordinada à contratante.
No contrato deverá ser estabelecido o que, onde, porque e quando fazer e não como fazer
O contrato deve estabelecer os procedimentos e sistema a serem utilizados na prestação de
serviços
O contrato deverá prever cláusulas de cumprimento de aspectos legais e operacionais
através de check-list, de modo que todos itens de controle sejam contemplados, visando
garantir a qualidade da prestação dos serviços
O contrato é um instrumento de apoio e suporte à operação, estabelecendo regras de
relacionamento, servindo como uma base jurídica adequada à relação
ELABORAÇÃO DE
CONTRATOS
O contrato deverá ter a definição dos indicadores de desempenho e de procedimentos e
métodos
58
Tabela 2.5 – Resumo com pontos relevantes sobre terceirização
RESUMO COM PONTOS RELEVANTES SOBRE TERCEIRIZAÇÃO 1/5Técnica moderna de administração que se baseia num processo de gestão
Empresa concentrada na atividade fim, e especialidade comprada, referente a sua atividade
de apoio, da empresa contratada. Empresa contratante dedicando-se mais à sua vocação, à
sua missão, concentrando esforços mais na gestão do que na execução.
Relação de parceria. Relação saudável entre contratante e contratada
Atividade de apoio transferida para terceiros especializados, detentores de tecnologia
própria e moderna
Quando bem administrada, traz benefícios aos envolvidos, com vantagem competitiva para o
contratante, atingindo melhores resultados (empresa com maior flexibilidade e agilidade nas
decisões)
Elementos comuns na terceirização: parceria, qualidade, produtividade, custo, mudanças
(estruturais, de cultura, de procedimentos, de sistemas e controles na empresa)
Enfoque na qualidade e com redução de custos, garantindo a melhoria contínua. Forma
errônea de visualizar a terceirização: ganho imediato com redução de custo.
Não pode ser encarada como modismo e sim como enfoque estratégico.
CONCEITO DETERCEIRIZAÇÃO
Principais riscos: resistência e conservadorismo, de coordenação dos contratos, falta de
parâmetros de custos internos, de encontrar parceiro ideal, aumento na dependência de
terceiros
Introduziu-se tendo como pano de fundo a recessão. Em decorrência à constante crise
político-econômica em função da falta de investimento do capital estrangeiro no Brasil.
Pouco difundida no meio empresarial brasileiro. O conhecimento existente é somente com
referência a prestação de serviços tradicional
Cultura predominante de imediatismo do empresariado. Retorno financeiro dos
investimentos com resultados a curto prazo, sendo que seus maiores benefícios é a longo
prazo. Cultura impregnada em função da falta de confiança na política econômica do
governo
Os resultados negativos no Brasil decorrem, principalmente, em função da inexperiência das
empresas com a terceirização
Anos 90: empresas prestadoras de serviços não se preocupavam em melhorar os serviços
que prestavam, apenas mantinham seus empregados nas instalações dos contratantes, sem
nenhum incremento profissional (equipamentos rudimentares, sem bom conceito de
idoneidade, sem especialização e competitividade)
TERCEIRIZAÇÃO
NO BRASIL
Ganhou maior destaque nos anos 90 com a abertura de mercado e a globalização da
economia, quando as empresas foram obrigadas a desenvolver estratégias competitivas
(maior produtividade, pressões por qualidade e menores preços)
57
isto para poder quantificar a qualificação dos prestadores de serviços. Outros fatores,
como conceito no mercado, situação econômico-financeira, mentalidade empresarial
para parcerias, etc..., precisam ser exaustivamente analisados e negociados na
performance dos futuros fornecedores. Da mesma forma, realizar auditorias eventuais,
inclusive contábeis e de qualidade torna-se fator fundamental para manter um
constante acompanhamento a serviços contratados.
Diante do exposto, conclui-se que todo suporte teórico discutido ao longo deste
capítulo serve de base para a seguinte consideração:
§ A eficiência da gestão de contratos de serviços terceirizados tem que ser
precedida por uma conscientização sobre o verdadeiro conceito do que é a
terceirização. É necessário entender a essência da terceirização, onde
procura-se, não somente, a redução de custo, mas condições para tornar a
empresa mais ágil e eficiente. Para alcançar este objetivo é necessário que
os serviços contratados sejam considerados como uma atividade integrada a
empresa, ou seja, eles têm que ser executados pela contratada com a
qualidade igual ou superior ao da empresa que está contratando os serviços.
Para que isto ocorra a participação do gerente do contrato é fundamental.
Logo, a presente proposta metodológica objetiva orientar os gerentes na
condução do processo de contratação, buscando alcançar o objetivo a que
se propõe a terceirização.
Na tabela 2.5 – Resumo com Pontos Relevantes Sobre Terceirização, a seguir,
será apresentada uma síntese dos pontos mais importantes de cada tópico constante
no Capítulo 2 – PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO, que servirão de base conceitual
para o desenvolvimento da proposta de metodológica do presente trabalho.
56
acompanhamento com intuito de encontrar-se áreas de melhorias, tanto para o
contratante como para a contratada.
Nesta fase é que fica evidente a participação da empresa contratada, que não
pode ser vista como algo a parte do processo da contratante. Para o sucesso da
terceirização deve haver necessariamente uma interdependência entre a contratada e
contratante.
A contratante deverá definir procedimentos para acompanhamento do
cumprimento das exigências contratuais que deverão abranger a qualidade dos
serviços, prazo de atendimento, obrigações para preservação ambiental, trabalhistas,
segurança, saúde ocupacional, bem como outras exigências constantes do contrato.
É indicado que a contratante treine ou dê apoio ao treinamento do pessoal da
contratada, principalmente em conceitos básicos de administração. De preferência, que
esse treinamento seja realizado no local de trabalho, pois estando ele localizado nas
instalações da contratante, facilitar-se-á a absorção dos padrões de qualidade e a
familiarização com os procedimentos dessa última.
2.11.8. Considerações gerais
A apresentação dos conceitos constantes do Capítulo 2 – PROCESSOS DE
TERCEIRIZAÇÃO servem como base para o desenvolvimento da proposta
metodológica e são complementados com as práticas usuais do autor. A fusão dos dois
aspectos origina os fundamentos necessários para o desenvolvimento da proposta
metodológica, tornando-a mais consistente.
A implantação do processo de terceirização envolve muitas variáreis. Dentre as
mais importantes é a mudança cultural que deve ser implantada nas empresas
contratadas e contratantes.
O planejamento prévio e o acompanhamento daquilo que foi contratado irão
minimizar possíveis transtornos. A contratante que contrata com base no conceito
pleno da terceirização deverá desenvolver critérios seguros e documentados para a
qualificação e manutenção de parceiros em seu cadastro.
A contratante é que deve estabelecer parâmetros de qualidade de seus serviços,
competitividade, suporte técnico (infra-estrutura e recursos humanos), organização
(documentação e atividades afins), domínio tecnológico e prazos de execução. Tudo
55
§ quais são os equipamentos;
§ quais são os métodos administrativos;
§ índice de reciclagem do pessoal (“turn-over”);
§ nível de treinamento e reciclagem;
§ condições das instalações;
2.11.6. Parceria
A parceria é a essência da terceirização. Perante a contratação tradicional de
serviços, desenvolver parcerias requer mudança radical para um novo modelo de
relacionamento entre contratante e contratada. O sucesso da terceirização está
intimamente ligado ao desenvolvimento de parceria. Desta forma, impõem-se
movimentos de aproximação entre contratante e contratada, que vai além do conceito
de terceiro, procurando sempre estabelecer uma relação de verdadeira parceria, e
esta, é a sua grande diferença em relação à contratação tradicional de serviços.
Na contratação tradicional de serviços o relacionamento é de curto prazo,
enquanto na terceirização, onde deve ocorrer a parceria, este relacionamento é de
longo prazo, pois, a mudança de cultura é o principal empecilho para o
desenvolvimento de parceria. Esta mudança de cultura, tanto por parte da contratante
como da contratada, não ocorre num curto prazo.
A parceria é sinônimo de trabalho com objetivos comuns, onde contratante e
contratado comportam-se como sócios no empreendimento, numa relação de
confiança, dedicação para alcançar as metas, compreensão das expectativas e valores
de cada um, permitindo que os benefícios sejam compartilhados por ambas as partes.
2.11.7. Acompanhamento da realização do contrato
Não basta apenas elaborar um bom contrato ou escolher o prestador de serviços
com bons critérios. Durante a realização dos serviços é necessário que haja um
acompanhamento do desempenho da empresa contratada, visando verificar se as
exigências contratuais estão sendo atendidas. Mesmo que a escolha recaia sobre uma
empresa que utilize os melhores padrões de qualidade, é necessário que haja um
54
definir como deverá ser feita certa tarefa, partindo-se do principio que ela que detém a
tecnologia, já que os serviços prestados é a especialidade da contratada, ou seja, a
sua atividade-fim.
Deverá ficar esclarecido no contrato os indicadores de desempenho e a
necessidade da implantação de procedimentos de serviços por parte da contratada,
enfatizando especialmente a qualidade, atendimento, custo e segurança das
operações. Os objetivos a serem alcançados na contratação precisam estar bem
definidos e quantificados. As metas devem ser fungíveis, portanto, possíveis de serem
atingidas em termos de escala.
O contrato deve ser elaborado de forma que o aprimoramento operacional seja
contínuo, com crescimento dos conhecimentos especializados, melhoria contínua dos
processos e, conseqüentemente, alcançar resultados mais eficazes.
2.11.5. Seleção de empresas
Para sucesso da implementação da terceirização é necessária uma escolha
criteriosa das empresas que apresentarão as propostas, através de uma pré-
qualificação. Nesta fase, deve-se procurar conhecer a cultura das empresas, sua
filosofia de trabalho e os seus clientes. É importante consultar o maior número possível
de empresas no mercado, que reúnam as condições estipuladas na pré-qualificação.
Para isto, dentro do mercado, é necessário definir um lote de empresas que
serão visitadas pelos tomadores de serviços, que, através de um “chek-list” avaliarão
os itens abaixo:
§ gestão de qualidade dos serviços;
§ gestão de meio ambiente e saúde ocupacional;
§ tecnologia utilizada pela empresa;
§ relacionamento com os clientes;
§ estrutura organizacional;
§ quem são e qual o nível decisório;
§ como é composta a sociedade;
§ quais são os recursos financeiros;
§ quais são os recursos humanos;
§ quais são os recursos materiais;
53
do processo de trabalho. É de fundamental importância que a empresa tenha ações
pró-ativas na gestão dos serviços prestados, tais como: acompanhar a evolução dos
custos envolvidos comparando-os aos praticados no mercado, interagir com o parceiro
para estabelecer itens importantes a serem avaliados, parâmetros técnicos de
avaliação, índices esperados de qualidade, freqüência de processo de auditagem e
para desenvolver programa de avaliação de índice de satisfação interna.
A gestão de contratos deverá ser provida de um acompanhamento dos serviços
contratados, visando a observação do desempenho do contratado, detectando, no
momento oportuno, as eventuais falhas, corrigindo-as a tempo, evitando resultados
diferentes daqueles almejados.
Destaca-se que esse trabalho de avaliação ao longo do processo é
perfeitamente aceitável e não se caracteriza como uma eventual supervisão ou relação
de subordinação, do contratado para com o contratante.
2.11.4. Elaboração do contrato
Para executar uma gestão de contratos com eficiência e direcionar o
relacionamento visando estabelecer uma futura parceria, é necessária a existência de
um contrato formal. Apesar de ser considerado por alguns como uma forma de
proteção legal, o contrato vai muito além disso. Através do contrato é possível
estabelecer regras, porém, não necessariamente rígidas, que evitam conflitos e
possibilita avaliar o estágio em que se encontra a relação e para onde ele poderá fluir.
O contrato é a base da parceria e, desde que ele seja bem elaborado, as
vantagens serão maximizadas, o que torna a parceria mais atrativa.
Desta forma, a elaboração do contrato é uma das principais fases do processo
de licitação. É nesta fase que o gerente do contrato definirá qual o tipo de relação que
será mantida com o seu contratado, através da definição do tipo de padrão de
qualidade, atendimento, custo, aspectos legais relacionados à proteção ao meio
ambiente e outras condições que atendam ao bem estar do empregado contratado, tais
como direitos trabalhistas, segurança industrial e saúde ocupacional.
Nas exigências referentes às especificações dos serviços o contratante deverá
estipular condições que estabeleçam como fazer o serviço, visando evitar
condicionamento da atividade do contratado. Num processo de terceirização pleno,
onde prevalece a parceria, a contratada deverá ter a especialidade suficiente para
52
direta sobre empregados contratados e, conseqüentemente, torna-se sujeita a assumir
a responsabilidade trabalhista, pelo vínculo de emprego com relação aos empregados
contratados.
2.11.3. Gestão de contratos
A gestão de contratos é a gerência de todo processo de contratação, envolvendo
todas as suas fases, desde a elaboração da minuta do contrato e seus anexos até o
término do prazo contratual.
Para elaboração da proposta metodológica onde procura-se a eficiência na
gestão de contratos é necessário que se tenha pleno conhecimento dos conceitos de
terceirização e como deve ser a sua implementação numa empresa. O gerente do
contrato, que é condutor do processo, tem que procurar ações eficazes que ampliem a
qualidade do serviço, que antes era executado internamente, diminuindo os custos,
preferencialmente de forma radical, ou no mínimo gradual, sem perder de vista a
relação de ganha-ganha que deve existir entre as empresas contratantes e
contratadas.
Assim sendo, o aprimoramento gerencial nas empresas é uma condição
essencial, para que ocorram mudanças sensíveis na direção de um processo de
contratação, buscando-se implementar a terceirização de fato, ou seja, construindo
parcerias e priorizando o equilíbrio de forças entre empresas contratantes e
contratadas, acabando-se com a subordinação.
A implementação da terceirização exige uma mudança radical na empresa, já
que tratam-se de regras novas que estão sendo implantadas. A filosofia exige
modificações na cultura empresarial, onde abandonam-se paradigmas antigos de
contratação de serviços e parte-se para uma relação de ganha-ganha, entre
contratante e contratado. Isto exige uma conscientização dos envolvidos no processo,
principalmente dos responsáveis pela gerência direta do contrato, que deverá ter uma
visão abrangente diante das repercussões, cuja prestação dos serviços poderá causar
no meio ambiente, consumidor, saúde e segurança das pessoas envolvidas.
Desta forma, o gestor do contrato tem que possuir conhecimento que o habilite a
ter uma visão geral sobre terceirização. Não basta apenas concentrar a gestão dos
serviços nos aspectos contratuais, não estabelecendo, desta forma, critérios técnicos
de avaliação de performance e não desenvolvendo ação com o terceiro para a melhoria
51
2.11. Análise crítica dos estudos teóricos
Com base no estudo teórico apresentado no presente capítulo, chega-se aos
seguintes pontos de vista:
2.11.1. Terceirização
A terceirização baseia-se na premissa de que com a competência técnica e grau
de especialização do terceiro, a empresa contratante, obtém, além de economia de
recursos, ganhos de qualidade e produtividade. A terceirização deverá ser
fundamentada em elementos comuns, tais como: parceria, qualidade, mudança,
produtividade, custo, desenvolvimento de novas tecnologias e melhoria contínua.
Definindo-se bem os objetivos com base nos elementos acima, a terceirização trará
benefícios a todos diretamente envolvidos no processo.
Esta visão, aliada a um processo de terceirização bem administrado, através de
uma gestão que possibilite o estabelecimento de um gerenciamento eficaz dos serviços
terceirizados, reforça o caminho para o sucesso da terceirização.
A terceirização é muito dinâmica. A sua implantação numa empresa não tem um
prazo final de término, já que trata-se de um processo de melhoria contínua, sujeito a
avaliações constantes, em função das mudanças de expectativas do mercado (cliente),
quando as empresas vão adquirindo experiência operacional e na gestão de contratos.
2.11.2. A terceirização no Brasil
A terceirização no Brasil foi focada em interesses econômicos. Na grande
maioria das empresas a qualidade e a capacidade ficaram em segundo plano. A
implantação da terceirização não teve os devidos cuidados, sendo pressionada por
momentos de dificuldades econômicas ou ameaças da concorrência. Desta forma, a
maior preocupação esteve em reduzir custos de serviços contratados. Ficou
evidenciado que mão de obra significa custo, quando deveria ser entendido como
investimento. As empresas procuraram uma simples substituição de mão de obra,
considerando que mão de obra contratada é mais barata. Esqueceram-se que assim
procedendo, é necessário estabelecer uma supervisão e direção, que deverá ser
exercida pelo contratante. Assim sendo, o contratante passará a assumir a supervisão
50
2.10. Acompanhamento da execução do contrato
Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) é necessário que haja uma
preocupação quanto ao padrão de qualidade dos serviços prestados. Essa precaução
exige constante acompanhamento do que foi contratado, o que, não constitui ato de
subordinação do parceiro. É que, na realidade, como titular do negócio, a empresa que
contrata é co-responsável pelas obrigações decorrentes da parceria. De nada adianta
pensar apenas em diminuir custos, ambos os contratantes devem cumprir a lei. Mesmo
quando se trata de negócio, não se pode esquecer das pessoas envolvidas.
De acordo com QUEIROZ (1999), o acompanhamento do contratante, do
desenvolvimento de projetos terceirizados, é muito importante e vai proporcionar-lhe a
oportunidade de observar o desempenho do seu fornecedor de serviços e detectar, no
momento oportuno, as eventuais falhas, corrigindo-as a tempo, evitando resultados não
esperados.
Continuando, QUEIROZ afirma que esse trabalho de avaliação ao longo do
processo é perfeitamente aceitável e não se caracteriza como uma eventual supervisão
ou relação de subordinação, do contratado para com o contratante e vice-versa. O
trabalho de acompanhamento deverá ser executado pelo Gestor de Atividades
Terceirizadas, o qual precisa ser um especialista naquelas atividades que estão sendo
administradas por terceiros, para poder analisar e avaliar eficazmente, e sugerir
eventuais correções no projeto. Os ajustes precisam ser efetivados o mais rápido
possível, para que o projeto terceirizado possa ser beneficiado pela eficiência e
eficácia, gerando-lhe competitividade. Na eventualidade de faltar conhecimentos
técnicos, para o contratado, o tomador poderá passar-lhe os seus conhecimentos sobre
o projeto, através de um programa de treinamento, específico, programado e com
prazo determinado para concluir. É preciso salientar que o “treinamento constante”
poderá ser entendido como sendo uma forma de disfarçar a supervisão e então
passará o tomador a assumir a responsabilidade pelo eventual vínculo de emprego.
É sempre importante que o tomador realimente o seu prestador de serviços de
todas as informações a respeito do grau de satisfação, sobre o desenvolvimento do
projeto de terceirização, para que ele possa adotar as medidas necessárias no
atendimento dos níveis de qualidade nos resultados da terceirização.
49
§ custos de equipamentos;
§ montante do material de consumo;
§ uniformização dos empregados;
c ) Custos da segurança do trabalho
§ fornecimento dos EPI (Equipamento de Proteção Individual);
§ instalação dos EPC (Equipamento de Proteção Coletiva);
d ) A fórmula do preço
§ como se compõe;
§ forma de reajuste;
§ periodicidade do mesmo;
e ) Dados técnicos
§ especialização;
§ reciclagem;
§ tecnologias a serem aplicadas;
§ formas de execução;
§ freqüências de execução;
f ) Índices de qualidade
§ forma de avaliar;
§ satisfação do cliente
Dando prosseguimento, QUEIROZ (1992) diz que o item preço é importante e
fundamental, mas deverá ser analisado após o estudo criterioso dos parâmetros
supramencionados. Nesta fase a confiança é indispensável. Pontos obscuros podem
gerar um primeiro impacto negativo que irá dificultar todas as fases da negociação. A
proposta deve pautar-se pela clareza de intenções, ainda que a parte proponente
venha a obter maiores vantagens.
48
2.9. Avaliação da proposta do prestador de serviços
Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), é aspecto importante que o
contratante tenha uma idéia clara e bem fundamentada dos custos básicos de cada
conjunto de atividades terceirizáveis. Antes da terceirização de cada atividade, deve
ser realizada uma profunda análise dos custos diretos e indiretos. O estudo deve levar
em consideração todos os fatores envolvidos na execução dos serviços (infra-estrutura,
depreciação dos equipamentos e instalações, recursos humanos com a qualidade
necessária para executar as atividades e o lucro).
O contratante deve ter em mente que levar em consideração somente o fator
financeiro na hora da contratação é uma atitude inadequada. Nenhum parceiro tem o
dom de ser mágico. Portanto, entusiasmar-se ingenuamente com um orçamento baixo,
muito distante dos valores apresentados pelo mercado, sem analisar o “know-how” do
candidato e a tecnologia a ser empregada, pode gerar decisão temerária e mais
onerosa a curtos e médios prazos.
Segundo QUEIROZ (1992), é na fase de avaliação dos preços propostos que os
eventuais erros na determinação dos custos contratuais podem causar grandes
problemas no futuro. Logo, é importante, nesta fase, a participação do futuro gestor do
contrato, onde deverá procurar dirimir quaisquer dúvidas que poderão afetar o bom
andamento do contrato. Para proceder a avaliação, na fase do planejamento,
adequadamente a viabilidade de uma proposta comercial, deve-se, acuradamente,
apurar todas as verbas envolvidas, conforme sugere-se abaixo:
a ) Referentes ao quadro básico
§ salários diretos;
§ encargos sociais;
§ salários indiretos;
§ custos dos benefícios;
§ reposição do pessoal;
b ) Despesas com seguros gerais
§ custos de treinamento;
§ custos de instrumentos;
47
sentido de parceria, iniciando por induzir a prestadora a trabalhar com os conceitos da
tomadora, homogeneizando, na medida do possível, a cultura empresarial, mas,
lembre-se, sem se imiscuir no como a fornecedora deve operar. Portanto, ao escolher
o parceiro, devemos estar seguros de sua solidez, capacidade, fornecimento pontual
(ainda um dos aspectos mais problemáticos da terceirização), qualidade, cumprimento
dos dispositivos legais-trabalhistas, remuneração adequada dos empregados e
tratamento de respeito mútuo.
Neste mesmo raciocínio, QUEIROZ (1992) afirma que, a parceria é a essência
da terceirização. Sem um verdadeiro parceiro, prestador de serviços, a contratante não
consegue implantar e nem desenvolver um processo de terceirização eficaz e eficiente,
que venha a atender as suas necessidades e nem chegará a obter os ganhos
esperados de qualidade, especialidade, agilidade, simplicidade e redução nos seus
custos. O estabelecimento da parceria é um fator importantíssimo na prestação dos
serviços. A confiança mútua é uma condição fundamental e indispensável, pois os
recursos são despendidos em conjunto e os dados confidenciais são partilhados entre
os parceiros. Na contratação de terceiros, que podem ser futuros parceiros, é muito
importante uma análise bastante acurada dos pontos abaixo:
§ que vamos fazer;
§ as conseqüências do processo de terceirização;
§ determinar a participação certa de cada parte;
§ conhecer claramente a capacidade de cada um;
§ a qualidade dos serviços;
§ conceito de mercado;
§ relacionamento com outras empresas;
§ interesse na parceria.
Continuando, QUEIROZ (1992) afirma que na verdadeira parceria deverá haver
a identidade cultural e a integração no negócio, sem perdas para nenhuma das partes
participantes. A transparência dos objetivos do tomador e do prestador de serviços, o
amadurecimento das idéias e a concordância mútua sobre as metas a serem atingidas
solidificarão a parceria.
46
Tabela 2.4 – Mudança no relacionamento com fornecedores
FORNECEDOR PARCEIRO
Desconfiança/medo em tudo Confiança
Levar vantagem em tudo Política do ganhar aos poucos
Ganhos de curto prazo Economia de escala
Pluralidade de fornecedores Fornecedor único para a atividade terceirizada
O preço decide Enfoque na qualidade
Antagonismo Cooperação
Postura reativa Postura proativa
Fornecedor como adversário Fornecedor como sócio
Riscos Segurança
A reflexão no entendimento deste quadro está na aceitação do fornecedor de
serviços de que, com a terceirização, as regras do jogo mudaram.
Continuando, GIOSA (1995) afirma que fatores como conceito no mercado,
situação econômico-financeira, mentalidade empresarial adequada ao estabelecimento
de parcerias, experiência e alguns outros precisam ser analisados amiúde.
Ética e confiança são componentes fundamentais para uma parceria profícua.
Não há dúvida de que só se obtém bons resultados em uma parceria quando as partes,
além de estarem empenhadas em conquistar os objetivos, assumam uma conduta
digna, fundada em preceitos éticos e morais.
De acordo com BATES (1994), a parceria está baseada nos seguintes
princípios:
a ) Confiança e respeito mútuo entre contratantes e contratados;
b ) Alcance de metas comuns, para solucionar problemas, e, conseqüentemente
obter “ganha-ganha” nas relações;
c ) Métodos de comunicação efetiva;
d ) Novas atitudes e padrões de comportamento.
A atuação da empresa contratante tem que ser bastante abrangente, conforme
diz SILVA (1997), afirmando que ela tem que procurar estabelecer com o fornecedor,
uma relação de respeito às “conquistas” trabalhistas, tais como remuneração
adequada, assistência médica e outros benefícios, controle e combate ás causas de
doenças profissionais, fornecimentos de EPI’s, segurança e outras providências que
resguardem obrigações legais e de convenções coletivas de trabalho. Estimule o
45
Segundo FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), o turn-over de prestadores
de serviço denuncia inadequação de conduta da empresa contratante, tal qual na
empresa de alta rotatividade de empregados.
Desta forma, aponta dois cenários existentes na relação entre empresas
contratadas e contratantes:
Tabela 2.3 – Relação entre empresas no processo de terceirização
ANTES
CENTRO DE LUCRATIVIDADE CENTRO DE CUSTO
Uma mínima relação externa Concentração de renda
Energia loteada e enfraquecida gradualmente Atividades meio desenvolvidas amadoristicamente
Relação primária com o cliente -
DEPOIS
CENTRO DE LUCRATIVIDADE CENTRO DE CUSTO
Máxima relação com o externo – parceria Redistribuição de renda
Energia concentrada Atividades meio realizada por especialista
Aprofundamento da relação empresa e cliente -
A parceria, conforme afirma GIOSA (1995), é o novo estágio em que a empresa
fornecedora de serviços deve alcançar e, é sobremaneira importante para o sucesso da
terceirização. Numa colocação extrema, a terceirização só irá dar certo se as empresas
contratantes tiverem ao seu lado prestadores de serviços totalmente aliados e
integrados às suas necessidades. Quando for contratar uma prestadora de serviços, a
empresa contratante deverá buscar quem lhe ofereça um serviço igual ou melhor do
que executa internamente.
Para ALVAREZ (1996), a parceria sugere um envolvimento e uma interação
maior entre contratantes e contratadas, que supera os limites da simples formalização
do contrato, onde se define preço, qualidade e prazo de entrega. Essa relação é
norteada pela convergência de interesses, onde as partes se comportam como sócios
do mesmo empreendimento.
Logo, segundo GIOSA (1995), ALVAREZ (1996) e QUEIROZ (1992), existe uma
grande diferença entre os conceitos do que é fornecedor e parceiro. Na tabela 2.4, a
seguir, estão as principais características na mudança de relacionamento referentes a
fornecedores e parceiro:
44
principal da empresa. Verifica-se no discurso de autores, empresários, executivos e
dirigentes de governo, que estimular parcerias é condição para a transição do enfoque
tradicional para um novo modelo de gestão: entretanto, pouco se fala sobre os
contornos desse modelo, bem como são escassas as informações que conduzam a
uma definição objetiva do que seja parceria.
Conforme LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), a não prática da parceria é
usualmente fundamentada pela inexistência ou falta de qualificação dos parceiros. Na
realidade, quando o empresário desenvolve parcerias, incentiva a dinâmica evolução
social e estimula outras organizações a também evoluírem administrativa e
tecnologicamente, com efeitos óbvios no desenvolvimento social. A verdade é que o
medo, exposto na forma de paternalismo e conservadorismo, segue fortemente
enraizado nas empresas nacionais, pois, seus dirigentes receiam a perda do poder.
Como se o poder estivesse embutido na absoluta geração e controle de tudo, mesmo
daqueles detalhes mais supérfluos.
Segundo ZINN (1998), muitos gerentes, conscientes de que o termo está na
moda, referem-se à parceria da mesma forma como se referiam a qualquer outro tipo
de negócio. Muda só o termo, mas a forma de transação fica inalterada. Isto desgasta o
conceito e, conseqüentemente, dificulta a implementação de parcerias. Parceria exige
um relacionamento de longo prazo. Uma vez feito o investimento, o prestador de
serviços precisa manter o cliente pelo menos até que recupere o investimento. Isto cria
grande incerteza e constitui um dos principais motivos para a dissolução de parcerias.
ZINN (1998) coloca o seguinte questionamento: Como administrar esta
incerteza? As duas formas principais são a escolha do parceiro e o uso de contratos de
parcerias. O primeiro passo é escolher cuidadosamente o seu parceiro. De preferência,
que seja uma empresa conhecida, um fornecedor ou cliente antigo com o qual a
empresa tenha um histórico de honestidade e boas práticas administrativas. Como foi o
comportamento desta empresa em crises passadas? O segundo passo é firmar um
contrato consistente.
Para WANKE (1999), avaliar se o parceiro possui as características adequadas
para a formação da parceria, é a etapa mais crítica do processo de análise, pois as
características do parceiro não podem ser mudadas ou desenvolvidas em curto prazo,
limitação que compromete a possibilidade de sucesso no futuro caso seja feita a
escolha equivocada do parceiro.
43
e ) Da mesma forma, evitam-se as firmas individuais, que trazem riscos
consideráveis na esfera trabalhista;
f ) Evitam-se empresas formadas com desequilíbrio de forças, como aquelas onde
um sócio tem 99,99% do capital e o outro apenas 0,01%;
g ) Igualmente não são recomendáveis empresas sem empregados, onde são os
sócios que realizam as atividades.
GIOSA (1995), ressalta que a empresa contratante deverá tomar todos os
cuidados na escolha do fornecedor/parceiro e ainda atentar para os problemas que
poderão ocorrer com seus fornecedores:
a ) Querer levar vantagem em todas negociações;
b ) Quando o fornecedor mente de todas as maneiras para conquistar o pedido do
contratante, sem ter condições e capacidade para cumpri-lo;
c ) Com o contrato assinado, o fornecedor não consegue desvencilhar-se dos seus
problemas internos para cumpri-los e os repassa ao cliente, no meio do
caminho, irresponsavelmente;
d ) fornecedor, ao tentar realizar a atividade para a qual foi contratado, se vê
impossibilitado de prosseguir ou desenvolver outra etapa, por incompetência
administrativa e/ou técnica, ou, mesmo cumprindo-a, sua avaliação não atinge
os graus de qualidade e exigências definidos.
A solução para os problemas acima está na própria profissionalização,
necessária e fundamental, das empresas prestadoras de serviços. Por fim, deve-se
contratar, preferencialmente, empresas idôneas e já constituídas.
2.8. Parceria
Conforme ALVAREZ (1996), para muitos, terceirizar representa a tendência de
comprar fora tudo o que não fizer parte do negócio principal. A considerar essa
afirmação, nem sempre o terceiro poderá ser tido como um parceiro, mas uma mera
contratada, aquela que fornece produtos e serviços que não façam parte do negócio
42
Para isso, as empresas devem apresentar informações abaixo, que possibilitam
melhor avaliação:
a ) Contrato social registrado na Junta Comercial ou Cartório de Títulos e
Documentos;
b ) Composição societária (responsabilidade dos sócios, capital social, bens
patrimoniais e apólices de seguro);
c ) Todas as certidões públicas (municipais, estaduais e federal);
d ) Patrimônio operacional do prestador (equipamentos e instrumentos);
Na fase de escolha da seleção do futuro prestador de serviços, o contratante
deverá estar ciente da necessidade do desenvolvimento de processos de auditoria nos
prestadores de serviços, para diagnosticar eventuais problemas.
ALVAREZ (1996), cita alguns cuidados ao se contratar um terceiro, com base no
ponto de vista de LEIRIA:
a ) Uma sociedade constituída por cônjuges pode ser aceita desde que demonstre
estabilidade mercadológica, sob pena de ser alegada a constituição forçada,
agravada pelo fato de, em caso de insolvência, confundirem-se patrimônios
pessoais de ambos sócios para pagamento das dívidas da sociedade;
b ) Os mesmos cuidados devem ser tomados com sociedades constituídas sem
patrimônio relevante entre pais e filhos, com a atenuante de que mais facilmente se
encontram patrimônios independentes;
c ) Não devem ser contratadas empresas inidôneas ou que não possuam situação
contábil adequada;
d ) Devem ser descartadas empresas que fazem de tudo, sem especialidade
definida, inclusive no contrato social;
41
Para ALVAREZ (1996), a escolha dos fornecedores é definida a partir de um
grupo de fornecedores potenciais existentes no mercado, passa-se à fase de seleção
daqueles que poderão vir a ser parceiros, Devem-se considerar alguns aspectos na
avaliação do fornecedor: qualidade do produto, capacidade instalada, tecnologia
empregada, seu conceito de mercado, seu relacionamento com os clientes e
concorrentes, a situação econômico-financeira, preços praticados e, sobretudo, seu
interesse na parceria.
QUEIROZ (1992), cita a má escolha do contratado, as dificuldades de
equalização das culturas da contratante e contratada e os erros na avaliação do perfil
da contratada, como alguns fatores que podem comprometer a terceirização.
A escolha do prestador de serviços dever basear-se em critérios que possam
informar o posicionamento das empresas no mercado onde atuam, o seu conceito
profissional, a lista de clientes, a sua eficiência, o nível de especialização, o interesse
dos seus dirigentes no negócio, no aperfeiçoamento das suas técnicas, nos seus
instrumentos de trabalho e nos seus equipamentos disponíveis. As possíveis
prestadoras de serviços deverão estar estabelecidas regularmente no mercado.
Nesse processo de seleção deveremos observar e tentar constatar o potencial
das empresas existentes no mercado. Não havendo no mercado prestador com
qualidades e perfil exigidos, procurar convencê-los a melhorar as suas condições para
que possa ser competente.
Na fase da pré-qualificação deve-se procurar conhecer a cultura das empresas,
sua filosofia de trabalho e os seus clientes. Deles deverá obter todas as referências
possíveis. O bom e o mau conceito devem ser devidamente justificados. É importante
que se consulte o máximo de empresas disponíveis no mercado, que reúnam as
condições estipuladas. Recomenda-se identificar empresas que apresentem novas
idéias e inovações tecnológicas, bem como, devem-se avaliar os seguintes itens dos
possíveis prestadores de serviços:
§ capacidade técnica;
§ condições operacionais;
§ situação jurídica;
§ situação administrativa;
§ situação trabalhista.
40
Conforme diz ALVAREZ (1996), a prática de o contratado apresentar à
contratante respectivos comprovantes de quitação de suas obrigações fiscais é
bastante difundida, tradicionalmente na área de engenharia e construções, talvez por
ser um setor produtivo já amadurecidos e consagrados no mercado brasileiro. Contudo,
torna-se importante acentuar a necessidade de um cuidado maior com esse aspecto,
tendo me vista os riscos envolvidos. A terceirização de qualquer tipo de serviço deve
ter como pré-requisito a apresentação rotineira desses documentos, devendo,
inclusive, constar no pacto formal condicionada à liberação dos pagamentos a que faz
jus o contratado.
Resumindo, ALVAREZ (1996) afirma que terceirizar sugere atenção especial aos
cuidados mencionados, sob o risco de ter que enfrentar os malogros que o processo
oferece e que serão imediatamente abordados.
2.7. Seleção de empresas
Se o processo de terceirização foi bem feito, conforme afirma SILVA (1997), a
prestadora escolhida detém os requisitos adequados para levar a cabo o serviço
terceirizado. Por que estabelecer processos paralelos de controle? A resposta só pode
ser uma: não confiamos nos nossos próprios processos de terceirização e não estamos
procurando parceiros, mas sim acompanhando aquilo que a literatura nos dita como
modernidade: estamos simplesmente terceirizando porque esta é a tendência.
No entanto é altamente incômodo verificar que as empresas tomadoras não têm
ainda medidas eficazes para aferir valores antes da contratação, o que leva a maioria a
optar pela experiência indiscriminada, com base nos preços.
Em conseqüência ao disposto acima, verifica-se a troca de parceiros, a
rotatividade das prestadoras, ganhando e perdendo contratos, contratando e demitindo
empregados. Muitas delas, pela insegurança quanto à manutenção dos contratos, têm
optado, com a complacência das tomadoras, por burlar a lei, estabelecendo com seus
empregados contratos temporários, períodos de experiência mais longos e até mesmo
o subemprego, sem registros e garantias. Tudo em nome da competição.
No contrato, deve ser tudo estabelecido, o que, o porque fazer, mas jamais
como fazer. Assim, fundamentalmente que, ao se escolher a prestadora, o nível de
confiança em sua capacidade operacional seja fator determinante de sua escolha.
39
formando-se o vínculo empregatício diretamente com a contratante, exceto
nos casos previstos nas leis já citadas.
De acordo com QUEIROZ (1999), os riscos legais latentes em projetos de
terceirização abrangem, praticamente, todas as áreas do Direito, ou seja: a trabalhista,
previdenciária, civil, penal e comercial, além de relacionar-se com a tributária. Na área
trabalhista deve-se evitar a subordinação direta na forma econômica, quando o
contratante é o único remunerador de todo efetivo do fornecedor, não permitindo que
este tenha outro cliente e a forma operacional, quando a contratada não tem
instrumentos e nem equipamentos próprios e utiliza os do fornecedor. Nos dois casos a
empresa contratada não tem autonomia operacional e nem da gestão administrativo-
financeira da sua empresa e depende do contratante para obter os seus resultados.
Na área previdenciária o risco ocorre a partir da falta de diligenciamento da
contratante para evitar a sonegação previdenciária. Havendo o não recolhimento da
contribuição do INSS, o contratante assume subsidiariamente esse recolhimento.
Na área civil, o aspecto mais importante neste risco refere-se ao acidente de
trabalho, considerando que a contratada desenvolve as suas atividades dentro das
instalações da contratante. Neste caso a contratante é solidária com a contratada nas
indenizações, face aos danos físicos causados aos empregados da contratada,
oriundos de acidente de trabalho.
O risco penal ocorre em duas circunstâncias: na ocorrência de acidente do
trabalho por culpa, gerada pela negligência da contratante, referente às condições
inseguras da sua instalação, uma vez que, neste caso, a contratada está prestando
serviços dentro das instalações da contratante. Há ainda a prática de violência ou
frustração de direitos trabalhistas, garantidos por Lei, Convenção ou Acordo Coletivo
do trabalho.
A responsabilidade comercial do contratante neste tipo de risco é apenas
comportamental e poderá comprometer os resultados da terceirização, pela
contratação de uma empresa sem a devida especialidade, não obtendo os resultados
qualitativos e nem quantitativos esperados e desejados. Neste caso risco que poderá
levar a contratante para a esfera trabalhista é a responsabilidade pela má escolha da
contratada, sem necessária capacidade técnica, operacional e econômica para assumir
o serviço. Assim sendo, poderá inviabilizar-se economicamente e transferir para a
contratante a responsabilidade do ônus trabalhista dos seus empregados, que estão
atuando dentro das instalações da contratante.
38
posicionamento jurisprudencial, para condenar a contratação de serviços em
tese.
c ) O problema é que a terceirização muitas vezes não passa de um
mascaramento de contrabando de mão-de-obra, com empresários
inescrupulosos utilizando-se da fachada de empreiteiras que se eximem das
responsabilidades legais (férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço, recolhimento para a Previdência Social, etc) para com seus
empregados. Não raras vezes, esses simplesmente desaparecem num
determinado momento para em seguida, em tempo e local mais convenientes
para seus interesses, reaparecerem com outra razão social. Dentro desse
quadro, é óbvio que o Judiciário Trabalhista considere ilegal a prática que não
pode ser confundida com a verdadeira terceirização.
d ) Salienta-se que o Judiciário não pode ser visto como inimigo. Ele apenas
espelha reação ao comportamento da sociedade empresarial e seu
preconceito contra a terceirização só ocorre em função dos maus contratos
que ainda existem em grande número e viajam até o Judiciário em busca de
solução. É sempre justo lembrar que os casos de sucesso não vão ao
Judiciário. Por isso, é natural que a maioria dos juizes olhem, uns com cautela
outros com reserva, tal estilo de administração.
e ) Quando o contrato de terceirização está calçado em seus verdadeiros
princípios filosóficos (modernidade, qualidade, produtividade, parceria,
competitividade), bem como não existindo lesão econômica ao empregado do
parceiro e sendo atendidos os direitos trabalhistas, é natural que ele não sofra
a incidência das normas protetivas do Direito do Trabalho. É que fica
caracterizado, então, um contrato de natureza civil, plenamente válido como
ato jurídico perfeito.
f ) Verifica-se na legislação, especificamente nas leis nº 6.019/74 e 7.102/83, o
pleno consentimento para o trabalho temporário e para a contratação de
serviços de vigilância e transporte de valores. Nesses casos, o risco da
ilegalidade está definitivamente afastado. Entretanto, o embate judicial não é
raro quando se trata de outros tipos de serviços. Outro óbice jurídico para a
terceirização é o Enunciado da Súmula 256 do Tribunal Superior do Trabalho.
Ela dispõe ser ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta,
37
uma questão ideológica, mas legal, moral, ética e, sobretudo, mercadológica. Não é à
toa que se tenha tornado item de alta prioridade na lista de preocupações,
especialmente das grandes empresas, conforme ponto de vista de ALVAREZ (1996).
Continuando, ALVAREZ (1996) afirma que o advento da globalização trouxe
uma nova realidade para as grandes empresas: se sua empresa polui, suas chances
de vender no exterior são consideradas próximas a zero. Os importadores,
principalmente os europeus, já deram mostras que não estão para brincadeiras. A
adoção da ISO 14000 como requisito para fornecimento é uma prova inequívoca de
seus propósitos. A distinção dos ecologicamente corretos é bastante simples: nada de
negócios com empresas que emporcalham o ambiente. Sem falar nas pressões
exercidas por governos e comunidades, mesmo no Brasil.
2.6.1.3. Obrigações legais
LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) apresentam as seguintes considerações
sobre a necessidade do cumprimento das obrigações legais pela contratada, que
deverão constar em um contrato:
a ) a empresa que terceiriza com o intuito apenas de reduzir custos, sem levar
em conta os trabalhadores que estão envolvidos no processo, sem
estabelecer uma cadeia de qualidade, sem preocupar-se com resultados a
médio e longo prazos, vai acabar, cedo ou tarde, pagando a conta. Na
grande maioria das vezes, o que estimula a interferência do Judiciário
Trabalhista é a contratação indevida. Enfim, a contratação entre empresas
não tem sentido se não for segura do ponto de vista jurídico.
b ) Com exceção dos casos de que tratam as leis 6.019/74 e 7.102/83, que
prevêem o trabalho temporário e os serviços de vigilância e transporte de
valores, a intermediação de mão-de-obra é um item controvertido e, embora
antiga (já estava prevista no código penal francês do século XIX), ainda é
mal interpretada no Brasil. Sem a idéia básica de parceria em sua essência
e, conseqüentemente, apresentando, não raras vezes, uma prática
completamente equivocada, há muito que a contratação de terceiros existe
no país. E, justo por ser inúmeras vezes inadequadamente executada,
apenas para reduzir custos, sonegar obrigações legais, em detrimento da
correta administração dos recursos humanos, é que o Judiciário consolidou
36
Os vínculos entre contratantes e contratadas superam as questões mais
próximas, especialmente as de cunho comercial, passando a envolver a qualidade
como requisito da relação, ou seja, seu segundo elemento componente.
Contudo, a instauração e manutenção da qualidade exigem a adoção de
processos onerosos, especialmente quando se tem em vista a obtenção da certificação
ISO 9000. Sabe-se, também, que os casos de terceirização, em sua maioria, ocorrem
entre grandes e pequenas empresas. Nesse contexto, o terceiro, diante de um
programa da qualidade do contratante, vê-se obrigado a arcar com investimentos
iniciais elevados. Dele é exigida uma preparação para agregar valor ao cliente, uma
adequação de requisitos de fornecimento que conduz a pesados encargos. Nessa
perspectiva, recupera-se a importância da parceria: a contratante precisa apoiar as
iniciativas do terceiro. Além disso, diante da fragilidade econômica, comum aos
pequenos negócios, necessita-se da mútua compreensão dos riscos decorrentes
desses investimentos e, por conseqüência, maior solidariedade entre as partes, o que
faz o relacionamento transcender as tradicionais cláusulas contratuais.
Continuando, ALVAREZ (1996) entende que é necessário averiguar, antes
mesmo da contratação, os padrões de qualidade que um terceiro pode oferecer e em
quais circunstâncias ajudará para afastar possíveis quedas de qualidade na prestação
dos serviços.
Depois de celebrado o contrato, visando a monitoração do processo de
qualidade da contratada, é preciso realizar freqüentes auditorias de qualidade nas
empresas fornecedoras e, inclusive, prestar-lhes consultoria nessa área quando
necessário. A terceirização não deve ocorrer senão forem possíveis indicadores de
performance do fornecedor. Idealmente, o contrato deverá contemplar cláusulas que
estabeleçam padrões mínimos de performance, de tal maneira que incentivem
melhorias progressivas em certos intervalos de tempo.
Em resumo, terceirização, parceria e qualidade fundem-se em um único
conceito.
2.6.1.2. Aspecto ambiental
A preservação ecológica, ainda considerada como modismo por algumas
pessoas e organizações, ascendeu ao status de necessidade primária. Hoje, a
preocupação com os impactos ecológicos da produção de bens e serviços é não só
35
§ Reparação de eventuais danos - como fazê-los
• foro - a discussão das lides
§ As assinaturas - a data
§ As testemunhas - duas no mínimo (art 135 do Código Civil Comercial)
2.6.1. Principais aspectos a serem contemplados na elaboração de contratos
Com base nas abordagens de LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992), GIOSA
(1993) e QUEIROZ (1999) os contratos deverão ter os seguintes aspectos
incorporados no seu escopo:
2.6.1.1. Qualidade
LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) ressalta o depoimento do diretor-
superintendente da Riocell, Aldo Sani, grande responsável pela implantação do
processo de terceirização na empresa e reconhecido como precursor da terceirização
em termos de prática no país: “já de início, a empresa que pretende ser moderna deve
romper com conceitos pré-estabelecidos, inclusive a máxima de que o seu objetivo é o
lucro. Pelos novos padrões, a meta deve ser o cliente. E é pelo cliente, pelo homem,
pela sociedade como um todo, que o empreendimento precisa mudar. A boa colocação
no mercado e o lucro são conseqüências naturais”.
Segundo ALVAREZ (1996), hoje o conceito de qualidade já possui certa
universalização, principalmente, em razão da adoção disseminada do padrão ISO
9000, como referencial da qualidade. Qualidade é um processo irreversível e
inquestionável - ou a organização se adequa aos novos imperativos ou simplesmente
perde a oportunidade de lutar em um mercado cada dia mais ávido por resultados
qualitativamente melhores.
A qualidade prioriza a agregação de valor à cadeia produtiva, que culmina na
geração de valor para clientes e usuários. Quando se terceiriza, anéis dessa cadeia
são da incumbência do parceiro; portanto, a relação entre as partes tem como principal
interesse a adequabilidade das contribuições do terceiro para satisfação dos clientes e
usuários do contratante.
34
d ) A descrição detalhada das operações no contrato submete o prestador às
condições do tomador, funcionando como se este fosse um departamento
disfarçado;
e ) É sempre bom incluir no contrato uma cláusula prevendo o risco do tomador de
vir a ser interpelado judicialmente por uma obrigação trabalhista não cumprida
pelo prestador. Neste caso, o tomador deverá assumir a responsabilidade pela
indefinição. Mas nesta cláusula, deverá estar expresso que, em caso dessa
ocorrência, o tomador acionará na esfera civil o prestador para que haja o
ressarcimento dos prejuízos;
f ) Na preparação do contrato, recomenda-se aos tomadores evitarem levar
vantagem sobre o prestador. Nesta hipótese, quem acaba perdendo é o
trabalhador do prestador. O Direito do Trabalho, nestes casos, protege o
funcionário, garantindo-lhe os seus direitos trabalhistas e responsabilizando o
prestador e o tomador. Assim, o contrato estará viciado e não terá validade, pois
estará causando prejuízos ao trabalhador.
Conforme GIOSA (1995), um contrato deve ter a seguinte estrutura e itens
específicos:
§ Introdução - objetivo e partes envolvidas
§ Obrigações - a participação das partes
§ Prazo de vigência
§ Preço no período
§ Condições de reajuste
§ Forma de pagamento
§ Execução de tarefas - as técnicas, o uso da tecnologia, o treinamento e
desenvolvimento e os parâmetros de medição da qualidade
§ Itens de controle/auditoria operacional
§ Forma de rescisão
§ Garantias
§ Riscos
§ Responsabilidades das partes
33
§ contrato que rege o relacionamento deve prever um acordo preliminar quanto ao
sistema e aos procedimentos a serem utilizados, em caso de divergências, para
chegar a acordos amigáveis.
WANKE (1999) diz que os instrumentos gerenciais e operacionais são
ferramentas desenvolvidas em conjunto para lidar com diversas questões presentes
nos curtos e longos prazos do relacionamento. Definição de indicadores de
desempenho e de procedimentos e métodos constituem exemplos de instrumentos
operacionais enquanto que a política de investimentos e o grau de formalização
contratual constituem exemplos de instrumentos gerenciais.
Conforme diz GIOSA (1995), as relações entre os fornecedores/parceiros
refletirá na prestação dos serviços contratados, dando ênfase especial à qualidade.
Esta nova relação deverá estar suportada por um contrato que preveja cláusulas de
cumprimento de aspectos legais, operacionais e que, através de um chek-list, todos os
itens de controles sejam contemplados, exatamente para garantir a qualidade da
prestação dos serviços;
Com a prática da terceirização, a formalização contratual se torna um
instrumento de apoio e suporte á operação, responsabilizando o prestador de serviços,
estabelecendo regras de relacionamento, e dando uma base juridicamente adequada à
relação.
Continuando, GIOSA (1995) aponta alguns pontos básicos que deverão ser
observados na caracterização deste documento, que expomos a seguir:
a ) É importante se observar o contrato social do prestador para verificar a
compatibilidade com a finalidade do tomador. É necessário conhecer-se
detalhadamente as atividades-fim de ambos, as quais, têm que ser diferentes
para evitar a presunção do vínculo empregatício;
b ) posicionamento das partes deve ser equilibrado para não haver a submissão de
uma parte à outra e vice-versa. Havendo a subserviência haverá a
subordinação, e com isso o vínculo;
c ) Deve-se evitar detalhar as cláusulas contratuais. A autonomia da operação pelo
prestador de serviços precisa ser garantida;
32
Um outro papel do contrato é resolver conflitos. Conflitos são inevitáveis. O
objetivo deve ser administrar conflitos para melhorar a parceria e não viver na
expectativa quase infantil de que o conflito não vai aparecer.
ZINN (1998), conclui as colocações acima, afirmando que o contrato de parceria
deve ser visto como uma ferramenta de trabalho e uma forma de garantir que as partes
mantenham uma perspectiva de longo prazo.
Para ALVAREZ (1996), o instrumento formal que regula a relação entre
parceiros é de vital importância para o êxito do negócio. São poucas as chances de
sucesso de uma parceria assente em um contrato mal articulado. Um cuidado especial
é o de não se fazer os primeiros contratos com prazos longos, para que não se perca a
oportunidade de correção de rumos. Quando não forem possíveis contratos com
prazos curtos, indica-se a utilização de cláusulas de aviso prévio e regras de
dissolução do acordo.
O contrato precisa, também, explicitar elementos que garantam certo padrão de
qualidade e segurança. Podem-se firmar contratos com prazos e quantidades mínimas
e, em contrapartida, que se exijam investimentos contínuos em qualidade pelo terceiro.
QUEIROZ (1992), diz que o desleixo contratual pode comprometer a
terceirização, ou seja, a falta de cuidado e bastante critério da contratante na discussão
e no preparo do contrato de prestação de serviços, principalmente no que diz respeito
às condições, nas quais os serviços serão prestados. Devemos sempre ter em mente
que no processo de terceirização, o contratado não pode ser subordinado à
contratante. Sob nenhuma hipótese, a contratante deverá estabelecer o como fazer,
pois se assim o fizer, estará condicionando a atividade do contratado. Poderá apenas
indicar o que fazer, onde, porque e quando fazer. A determinação do como fazer gera a
presunção do vínculo empregatício.
MERLI (1998), afirma a necessidade do contrato, quando, entre os dez
princípios do relacionamento, ele cita dois referentes a contratos, conforme a seguir:
§ cliente e fornecedor, antes de iniciar o seu relacionamento, devem formalizar um
contrato amplamente discutido relativo à qualidade, quantidade, preços, prazos
de entrega e formas de pagamento.
31
as partes convencionaram e pelo segundo, devem ambas cumprir fielmente o que
avençaram e prometeram reciprocamente.
No direito privado a liberdade de contratar é mais ampla e informal, salvo as
restrições da lei e as exigências especiais de forma para certos ajustes, ao passo que
no direito público a Administração está sujeita a limitações de conteúdo e a requisitos
formais para a realização e execução de seus contratos, mas, em contrapartida, dispõe
sempre dos privilégios administrativos para a fixação e alteração das cláusulas de
interesse público e até mesmo para por fim ao ajuste em meio de sua execução.
Segundo ZINN (1998), o contrato, juntamente com a parceria, é uma das formas
de administrar as incertezas para as empresas contratantes. O objetivo de firmar um
contrato de parceria não é necessariamente proteger-se legalmente. Apesar disto
também ser importante, o objetivo principal do contrato é criar um documento de
trabalho.
Continuando o autor afirma que oponentes de contratos lembram que parcerias
sem contrato são mais flexíveis e que o contrato muitas vezes impede empresas de
ajustarem-se a novas situações. O contrato firmado entre contratante e contratada visa,
sobretudo, direcionar a parceria com o objetivo de orientar investimentos e estabelecer
regras de trabalho que permitam as parcerias manter um processo de melhoramento
contínuo. Este processo visa administrar as vantagens e desvantagens das parcerias.
Um bom contrato maximiza as vantagens e minimiza as desvantagens, tornando a
parceria cada vez mais atrativa para ambas as partes.
Como pode um contrato maximizar as vantagens e minimizar as desvantagens
de uma parceria? A dependência, por exemplo, é uma das principais desvantagens.
Ela pode ser minimizada através da escolha cuidadosa do parceiro e, principalmente
através do uso da informação. Um gerente que receba aviso antecipado sobre um
atraso de término de um serviço pode tomar uma contramedida. Outra cláusula que
pode administrar a dependência é o estabelecimento de multas pesadas por atraso,
para garantir que o número dessas ocorrências seja pequeno. Sempre que possível, o
contrato deverá estabelecer planos de contingência para situações inesperadas.
O melhoramento contínuo de uma parceria depende de reuniões de trabalho que
semanalmente revisem os erros cometidos na semana anterior e criem equipes
compostas por membros das duas empresas para resolver problemas e sugerir
melhoramentos.
30
produção e comercialização de produtos e serviços; sobretudo, é preciso que elas
entendam seu campo visual muito mais que suas funções tradicionais e levem em
consideração as repercussões que suas atividades provocam no meio ambiente, no
consumidor, na saúde e segurança de seus empregados e em uma série de questões
éticas que se entrecruzam com elementos de natureza cultural. No entanto,
testemunham-se que o desempenho desse papel tem estado muito aquém,
principalmente em decorrência de suas impossibilidades e limitações.
GIOSA (1995) diz que quanto à ação específica, o gestor de contratos deverá
desenvolver procedimentos que tenham como fim:
a ) a auditagem constante do contrato para garantir a sua plena execução;
b ) cumprimento das regras e condições estipuladas no contrato;
c ) cumprimento dos objetivos desta operação;
d ) acompanhamento das cláusulas que prevêem o reajuste de preços;
e ) acompanhamento das cláusulas que indicam o período de vigência e eventuais
denúncias quanto à inabilitação do prestador de serviços.
QUEIROZ (1992) diz que se o tomador dos serviços exercer má administração
do contrato, poderão advir sérias conseqüências futuras, que podem inviabilizar a
continuidade do processo de terceirização.
2.6. Elaboração de contratos
De acordo com MEIRELLES (1991) a instituição do contrato é típica do direito
privado, baseada na autonomia da vontade e na igualdade jurídica dos contratantes,
mas é utilizada pela Administração Pública, na sua pureza originária (contratos
privados realizados pela Administração), ou com as adaptações necessárias aos
negócios públicos (contratos administrativos propriamente ditos). Desta forma, que os
princípios gerais dos contratos tanto se aplicam aos contratos privados (civis e
comerciais), quanto aos contratos públicos dos quais são espécies os contratos
administrativos, os convênios e consórcios executivos, e os acordos internacionais.
Todo contrato, privado ou público, é dominado por dois princípios: o da lei entre
as partes e o da observância do que pactuaram. Pelo primeiro torna-se imutável o que
29
empresas para repassar algumas de suas atividades, acessórias e de apoio, a
terceiros, com os quais se procura manter uma relação de parceria, para que as
mesmas possam concentrar-se mais fortemente no negócio em que atuam, em busca
de maior competitividade. Tudo feito através de um processo cuidadosamente
gerenciado.
Conforme diz LEIRIA, SOUTO & SARATT (1992) a prática de contratar parceiros
para executar quaisquer tarefas que não sejam a verdadeira vocação da empresa
exige uma mudança radical.
A contratação de parceiros pressupõe um jogo negocial com regras novas,
adaptadas caso a caso, mas onde sempre sejam contempladas modificações na
cultura empresarial, aprimorando-se o conhecimento e a informação, reconhecendo-se,
efetivamente, que o saber adquire supremacia em larga escala.
Continuando, os autores afirmam que no modelo de contratação tradicional,
contratantes (usuários) e contratadas (prestadores de serviços) assumem posições
opostas. O jogo não é aberto, tem como regra a equivocada Lei de Gérson de tirar
vantagem de tudo e, deste modo, uns perdem e somente um ganha. Com a
terceirização, ao contrário do que se verifica na maioria dos contratos clássicos, todos
os lados devem ganhar, e na prática realmente ganham. É o chamado modelo ganha-
ganha, com as empresas contratantes posicionando-se lado a lado. Talvez esteja aí o
maior desafio da terceirização, pois isso implica mudanças radicais na forma de
enfocar a atividade empresarial.
Conforme diz ALVAREZ (1996), é impossível eliminar todos os riscos inerentes a
uma iniciativa do porte da terceirização, no entanto, eles podem ser diminuídos, com a
conscientização dos envolvidos, de suas possibilidades da ocorrência. Do mesmo
modo, não há como afastar definitivamente prováveis rupturas no processo,
provenientes, em sua maioria, de questões relacionadas com a cultura empresarial,
com o hermetismo das tecnologias empregadas, com a pouca ou nenhuma experiência
no assunto dos envolvidos no processo, com as contendas judiciais e com a baixa
qualidade, muito embora esses malogros possam ser minimizados pela adoção de uma
política de pleno engajamento.
Não há dúvidas de que os últimos anos impuseram um novo papel à grande
empresa, cabendo aqueles responsáveis pelo processo de terceirização conduzir as
empresas para a referida mudança. Não é preciso grande esforço para perceber que
na atualidade se espera das grandes empresas muito mais do que desenvolvimento,
28
São fortes os indícios de que esses resultados observados no Brasil decorram,
principalmente, da inexperiência das empresas com a terceirização. Muitas vislumbram
reduzir de imediato seus custos o que nem sempre ocorre. Talvez por isso a
terceirização lhes pareça dispensável.
O imediatismo é um grave problema para a consolidação da terceirização no
Brasil. Ele se mostra através do desejo manifesto dos executivos brasileiros, frente a
pressões econômicas, por resultados financeiros em curto prazo.
Acostumados à obtenção de retorno financeiro a curto prazo em seus
empreendimentos, uma boa parte dos executivos brasileiros palpita na hora de
escolher alternativas que requeiram tempo para maturação. Talvez não pudesse ser
diferente, se considerados os aspectos imanentes ao cenário no qual atuam esses
executivos: contínuas recessões entremeadas por hiperinflações espasmódicas.
Contudo, as recentes pressões por qualidade e preços menores vêm exigindo
uma nova atitude da classe executiva brasileira: rever sua inclinação para o curto
prazo. Os resultados com a qualidade e a consolidação de parcerias apresentam seus
índices maiores nos médios e longos prazos. Não é possível incorporar a filosofia da
qualidade ou conquistar a confiança de parceiros da noite para o dia. Há que se investir
em tempo, acima de tudo.
Sob o ponto de vista de ALVAREZ (1996), é ingênuo pensar que se dispõe de
regras liberais e que o Brasil é um país moderno, considerando a perspectiva de um
novo capitalismo emergente. Sabe-se que o conservadorismo faz parte da tradição
empresarial brasileira. Portanto, qualquer iniciativa voltada para difundir uma
mentalidade de parceria encontra resistentes barreiras.
Muitas pedras hão de ser removidas até que as empresas instaladas no Brasil,
principalmente as grandes empresas brasileiras, admitam que um terceiro e menor
possa fazer melhor que elas.
A terceirização, a partir de suas novas características, exige modificações na
cultura empresarial, especialmente na crença de que uma pequena empresa não
consegue fazer melhor que uma grande companhia.
2.5. Gestão de contratos
Conforme estipulado por GIOSA (c.1993), LEIRIA & SARATT (1995), QUEIROZ
(1992) e DAVIS (1992), a terceirização é uma técnica administrativa utilizada pelas
27
Setor de atuação: 41% do setor industrial, 27% comercial e 32% serviços
Tabela 2.2 – Pesquisa sobre terceirização
PESQUISA CENAM – Centro Nacional de Modernização
Situação das empresas
93% já tinham ouvido falar em terceirização
90% entendem que a terceirização é uma tendência mundial do processo de modernização dos negócios
18% somente já participaram de algum evento (fórum, seminário, palestra) sobre terceirização
48% já aplicaram ou aplicam algum tipo de serviço terceirizado
38% introduziram a terceirização por iniciativa própria
10% introduziram a terceirização por intermédio de consultorias
Principais áreas
implantadas
Áreas que gostariam de
implantar imediatamente
Das empresas que já terceirizaram (48%)
Limpeza Limpeza 27% com ex-
funcionários
70% tiveram sucesso
absoluto
10% estão tendo
uma visão
estratégica
Manutenção Mão de obra 73% através
de terceiros
20% tiveram sucesso
parcial
Segurança/vigilância Informática (processamento
de dado)
- 10% não tiveram
sucesso
90% estão fazendo
esporadicamente
por área
- Segurança/vigilância - - -
- Manutenção - - -
- Administração de
restaurantes
- - -
VANTAGENS DESVANTAGENS
Qualidade do serviço Dificuldade de encontrar o parceiro ideal
Transferência de tecnologia Dificuldade de efetivar um contrato de parceria
Revisão estrutural e cultural da empresa Problema com o corpo funcional
Melhores resultados no conjunto da empresa Desconhecimento da legislação trabalhista
Menor custo Dificuldade no convencimento da alta administração
Melhoria no ambiente de trabalho Dificuldade no controle do custo interno com a parceria
- Dificuldade no relacionamento/envolvimento com os
sindicatos
GIOSA (1995) informa que uma pesquisa realizada pela Price Waterhouse
revela que seis em cada dez empresas pesquisadas não têm a menor vontade de
transferir, para terceiros, parte de suas atividades. Do universo pesquisado, 5%
entregaram parte de sua produção a terceiros e estão satisfeitas; no entanto, apenas
15% admitem que obtiveram os resultados esperados.
26
ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e produtividade nos serviços
que vinham sendo prestados.
Nos anos 90, com a abertura de mercado e a globalização da economia, a
terceirização ganhou mais destaque, já que as empresas foram obrigadas a
desenvolverem estratégias competitivas, visando alcançar maior produtividade e
qualidade, aliados a preços menores, fatores que buscavam atender as necessidade e
expectativas dos clientes.
As empresas prestadoras de serviços também não se preocupavam em
melhorar os serviços que prestavam e apenas se atinham a manter os seus
empregados nas instalações dos contratantes, sem nenhum incremento profissional.
Os seus equipamentos e instrumentos eram mais simples e rudimentares possíveis. O
conceito e a idoneidade das empresas prestadoras de serviços era sofrível, pois não se
preocupavam com a sua especialização, melhoria da qualidade e nem de
competitividade.
Segundo ALVAREZ (1996), a terceirização, em sua concepção moderna (não
aquela prestação de serviços tradicional), freqüenta constantemente a mídia
especializada; entretanto, no meio empresarial brasileiro ainda é menos difundida do
que parece, embora seja bastante oportuna para a criação de empregos e geração de
riquezas através do fortalecimento das pequenas empresas.
Apesar de todos os benefícios proporcionáveis pela terceirização, ela encontra
no Brasil um poderoso inimigo: o imediatismo da maioria dos executivos. Sabe-se que
ela oferece resultados em curto prazo; contudo, seus maiores benefícios só são
realmente percebidos nos médios e longos prazos.
Apesar de todas as barreiras impostas pelo tradicionalismo e pela resistência a
mudanças, a terceirização vem ampliando seu espaço no Brasil. Não só as atividades
de apoio têm sido repassadas a terceiros, mas, em muitos casos, parcelas
significativas das atividades-fim.
GIOSA (1995), mostra uma pesquisa que busca refletir a realidade da
terceirização no Brasil realizada pelo CENAM - Centro Nacional de Modernização -
período da pesquisa 11/92 à 03/93 de empresas localizadas nos Estados de Santa
Catarina, Ceará e São Paulo, conforme tabela 2.2 – Pesquisa sobre terceirização.
Quantidade de empresas pesquisadas: 2.350 - 31% (730) grande porte, 40%
(940) médio porte e 29% (680) de pequeno porte;
25
2.3. A terceirização no mundo
A terceirização originou-se nos Estados Unidos, logo após o início da II Guerra
Mundial, diante da necessidade das indústrias bélicas, que tinham como desafio,
concentrar-se no desenvolvimento da produção de armamentos, delegando algumas
atividades de suporte a empresas prestadoras de serviços, mediante contratação,
segundo dados fornecidos por GIOSA (1995), e, LEIRIA, SOUTO & SARATT (1995),
sendo que sua consolidação deu-se após o término da Guerra.
Nos países desenvolvidos a terceirização surgiu diante da necessidade das
empresas tornarem-se cada vez mais ágeis no mercado, buscando resultado com
competitividade e qualidade.
Conforme diz FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), as empresas dentro
desta nova realidade, viram-se obrigadas a questionar suas formas de administrar.
Diversas teorias e práticas surgiram para buscar a excelência organizacional. Temas
até então pouco discutidos como o uso da informática, a automação industrial, a
qualidade, a produtividade e a administração dos Recursos Humanos, passaram a
fazer parte da pauta do dia, assumindo uma nova importância. Ainda assim, as
oportunidades eram escassas, e os mercados cada vez mais competitivos.
2.4. A terceirização no Brasil
No Brasil, a terceirização se introduziu sob outro prisma, tendo a recessão como
pano de fundo, que levou as empresas refletirem sobre a sua atuação, como diz
GIOSA (1995).
Conforme diz FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), no Brasil, devido à
constante crise político-econômica e ao fechamento da economia para intercâmbio com
mercado externo, o capital estrangeiro deixou de fazer investimento em nosso território.
As empresas nacionais tiveram que repensar a sua realidade.
Segundo QUEIROZ (1992), no Brasil, a terceirização foi gradativamente
implantada com a vinda das primeiras empresas multinacionais, principalmente as
automobilísticas. Dessa época até aproximadamente o início dos anos 90, a
terceirização era conhecida como contratação de serviços de terceiros, com aplicação
exclusivamente para reduzir o custo da mão-de-obra. Este recurso simplesmente para
obter alguma economia em atividades pouco significativas, sem preocupação em gerar
24
Tabela 2.1 - Vantagens e desvantagens da terceirização
VANTAGENS DESVANTAGENS
Focalização dos negócios da empresa na sua área de atuação Risco de desemprego e não absorção da mão-de-obra na
mesma proporção
Diminuição dos desperdícios Resistências e conservadorismo
Redução das atividades-meio Risco de coordenação dos contratos
Aumento da qualidade Falta de parâmetros de custos internos
Ganhos de flexibilidade Demissões na fase inicial
Aumento da especialização do serviço Custo de demissões
Aprimoramento do sistema de custeio Dificuldade de encontrar a parceria ideal
Maior esforço de treinamento e desenvolvimento profissional Falta de cuidado na escolha dos fornecedores
Maior agilidade nas decisões Aumento do risco a ser administrado
Menor custo Conflito com os sindicatos
Maior lucratividade e crescimento Mudanças na estrutura do poder
Favorecimento da economia de mercado Aumento da dependência de Terceiros
Otimização dos serviços Perda do vínculo para com o empregado
Redução dos níveis hierárquicos Desconhecimento da legislação trabalhista
Aumento da produtividade e competitividade Dificuldade de aproveitamento dos empregados já treinados
Redução do quadro direto de empregados Perda da identidade cultural da empresa, a longo prazo, por
parte dos funcionários
Diminuição da ociosidade das máquinas -
Maior poder de negociação -
Ampliação do mercado para as pequenas e médias empresas -
Possibilidade de crescimento sem grandes Investimentos -
Economia de escala -
Diminuição do risco de obsolência das máquinas, durante a
recessão
-
Para SILVA (1997), a terceirização somente será válida se houver seriedade na
análise, planejamento e objetivos bem definidos: produtividade, qualidade, custo e
especialidade comprada da contratada, devendo ser esta capaz de utilizar
metodologias e tecnologias que a contratante não detém.
Complementando o disposto acima, GIOSA (1995) diz que é fundamental
preservar, na terceirização, a qualidade e garantir a melhoria contínua. Se houver
qualquer possibilidade de que a qualidade dos serviços venha a ser comprometida ou
sofrer prejuízos a terceirização não é racional.
Afirmando o dinamismo da terceirização, GIOSA (1995) diz que a terceirização
não tem limites. Desde que a empresa se dedique mais à sua vocação e à sua missão,
seus esforços tendem a se concentrar menos na execução e mais na gestão, exigindo
qualidade, preço, prazo e inovações.
23
capaz de permitir uma ampla visão de todo o processo, seu desenvolvimento no
conjunto interno das empresas, dos recursos envolvidos (materiais, equipamentos e
financeiros) , e dos talentos humanos nas empresas, que deverão ser fortemente
reorientados para a nova visão empresarial que a organização deseja proceder.
De forma errônea, entretanto, alguns administradores pretendem com o
processo, exclusivamente, o ganho imediato com a redução de custos. Com isto,
diminuir o quadro de pessoal e escolher fornecedores usando o menor preço, via de
regra, coloca sob forte ameaça o futuro da empresa, conforme FONTANELA,
TAVARES & LEIRIA (1994).
A terceirização que busca resultados apenas em razão do custo está praticando
um ato que pode ser qualificado de qualquer coisa, menos de terceirização, no sentido
que esta decisão apoia-se em princípios éticos, técnicos e de busca de melhoria de
qualidade e produtividade, conforme diz SILVA (1997).
Continuando, SILVA (1997) afirma que, quando um processo de terceirização,
mediante cotação de preços, acolhe como um feito de performance o menor custo,
pura e simplesmente, não é e nunca será terceirização: é um desserviço à
competitividade da empresa, pois preço jamais poderá ser o determinante exclusivo em
processo sério de terceirização, e os efeitos negativos aparecerão rapidamente. Custo,
embora importante, não pode ser o único ou principal fator determinante da
terceirização. Ela pressupõe, antes de tudo, ganho de qualidade ou, no mínimo,
manutenção da qualidade aliada a ganho nos custos.
Para FONTANELLA, TAVARES & LEIRIA (1994), é inegável que o conceito e a
prática da terceirização estão vinculadas também à redução de custos, mas não
somente a isto. A terceirização objetiva o aumento da competitividade (equalizando a
qualidade), servindo-se de melhores tecnologias, buscando o desperdício zero e a
conseqüente redução de custos fixos.
A terceirização, como qualquer modelo de gestão, apresenta vantagens e
desvantagens para a empresa. Na tabela 2.1 – Vantagens e desvantagens da
terceirização, estão os itens mais relevantes, do ponto de vista de GIOSA (1995), GEIA
(1992), HENDRY (1997), LEIRIA & SARATT (1992), VANCA (1994) e BEZERRA
(1994).
22
e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e ganhando
competitividade.
Reforçando o conceito de terceirização, ELLISON & MILLER (1995) dizem que,
em vez da empresa fazer todas as coisas a todos os clientes, a tendência hoje nos
negócios é determinar o que eles fazem melhor, e, então, concentrar-se para superar
só as áreas de sua competência.
Conforme ALVAREZ (1996), a gestão moderna, em alguns casos, gera
modismos oriundos de pesquisas metódicas e cientificamente aceitas. No entanto,
seus resultados são utilizados de modo distorcido, como vem ocorrendo, por exemplo,
com a questão da terceirização.
Não raro, observam-se na mídia especializada, declarações de que a
terceirização seja instrumento gerencial maior. Outras declarações mais enfáticas
acentuam que o que não for vocação de uma empresa deve ser entregue a
especialistas e que a prática da terceirização, quando bem administrada, traz
benefícios a todos os diretamente envolvidos.
O universo de opiniões que envolvem o tema, mesmo conformado por
divergências e convergências, deixa à mostra alguns elementos comuns: parceria,
qualidade e mudança. A maioria dos discursos, independentemente da opinião,
menciona esses elementos, bem como a vantagem competitiva advinda de uma
estratégia bem plantada, decorrente de um saudável relacionamento entre cliente e
fornecedor.
Segundo GIOSA (1995), hoje, no entanto, a terceirização se investe de uma
ação mais caracterizada como sendo uma técnica moderna de administração e que se
baseia num processo de gestão, que leva a mudanças estruturais da empresa, a
mudanças de cultura, procedimentos, sistemas e controles, capilarizando toda a malha
organizacional, com um objetivo único quando adotada: atingir melhores resultados,
concentrando todos os esforços e energia da empresa para a sua atividade principal.
Com enfoque claro na qualidade e com redução de custos, as empresas, com a
aplicação da terceirização, se transformam, concentrando todas as suas energias e
esforços em sua atividade principal, e, com isso, gerando mais resultados, favorecendo
a eficácia, com a otimização da gestão. As experiências comprovadas de
operacionalização da terceirização no ambiente empresarial brasileiro e dos países do
primeiro mundo, levam à conclusão de que o sucesso obtido só foi possível quando se
encarou a terceirização não como modismo, mas sim, como um enfoque estratégico,
21
econômica ou serviço de interesse coletivo outorgado ou delegado pelo Estado.
Revestem a forma das empresas particulares, admitem lucro, e regem-se pelas normas
das sociedades mercantis, com as adaptações impostas pelas leis que autorizarem a
sua criação e funcionamento.
Embora paraestatal, a sociedade de economia mista ostenta estrutura e
funcionamento da empresa particular, porque isto constitui, precisamente, a sua própria
razão de ser. A forma usual de sociedade de economia mista tem sido a anônima,
obrigatória para a União.
Os atos e contratos da sociedade de economia mista regem-se pelas normas do
direito privado, especialmente na parte das obrigações, igualando-se aos das
empresas particulares, mas a entidade ficará sempre sujeita às exigências
administrativas específicas que a lei instituidora ou norma especial lhe impuser.
2.2. Conceito de terceirização
Apresentam-se abaixo os conceitos de terceirização, na visão de alguns autores,
visando ter a base para analisar e comparar como a sua implantação foi feita no Brasil:
§ GIOSA (1995) diz que é um processo de gestão pelo qual se repassam algumas
atividades para terceiros – com os quais se estabelece uma relação de parceria
– ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao
negócio em que atua.
§ Conforme QUEIROZ (1992), é uma técnica administrativa que possibilita o
estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das
atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas, que é a sua
atividade-fim, permitindo a esta concentrar-se no seu negócio, ou seja, no
objetivo final.
§ SILVA (1997) conceitua como sendo a transferência de atividades para
fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que
tenha esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora
para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando
20
outorga ou delegação e com o seu apoio oficial na formação do patrimônio e na
manutenção da entidade, que pode revestir variadas formas: empresa pública,
sociedade de economia mista, etc.
Como pessoa jurídica de direito privado, a entidade paraestatal exerce direitos e
contrai obrigações em seu próprio nome, responde por seus débitos, enquanto tiver
recursos para saldá-los. Isto, porém, não impede a intervenção estatal, quando ocorrer
desvirtuamento de seus fins, improbidade de sua administração ou impossibilidade
financeira para o atingimento dos objetivos da entidade paraestatal, na forma
estatutária.
As entidades paraestatais não gozam dos privilégios estatais (imunidade
tributária, foro privativo, prazos judiciais dilatados, etc.), salvo quando concedidos
expressamente em lei.
A Constituição submete às normas do direito privado a atividade empresarial das
entidades estatais, que não pode afastar-se das normas civis, comerciais, trabalhistas
e tributárias pertinentes, para que não se faça concorrência desleal à iniciativa privada.
É perfeitamente permitido ao Poder Público que estruture e organize suas
empresas públicas e sociedades de economia mista diferentemente das sociedades
particulares, ou adapte-as para o desempenho dos objetivos econômicos de interesses
coletivos, ou de seus próprios serviços públicos. Assim sendo, é admissível que o
Estado faça verificações em seus negócios e determine a prestação de contas dessas
empresas ao Tribunal competente, mesmo que revistam a forma de sociedade
anônima, e tenham o controle societário de seus conselhos fiscais.
As empresas paraestatais normalmente executam uma atividade econômica
empresarial, revestindo-se na forma de empresa pública ou sociedade de economia
mista criada em caráter suplementar da iniciativa privada, devendo operar sob as
mesmas normas e condições das empresas particulares congêneres para não lhes
fazer concorrência, como dispõe expressamente a Constituição da República (art. 173
e seus parágrafos).
Considerando o interesse do presente trabalho, dentre as espécies de entidades
paraestatais, será focalizada somente a de sociedade de economia mista, onde se
insere a PETROBRAS.
Continuando MEIRELLES (1991), conceitua as sociedades de economia mista
como pessoas jurídicas de direito privado, com participação do Poder Público e de
particulares no seu capital e na sua administração, para a realização de atividade
19
Capítulo 2
PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO
As empresas vêem buscando, através da terceirização, a redução dos custos,
aliada a competência, que é requestada pelo mercado cada vez mais exigente e em
constantes mudanças nos requisitos de qualidade dos produtos ou serviços. Mas, para
que o processo de terceirização seja efetivamente implementado é necessário que haja
uma mudança na cultura na empresa, já que vários fatores estão envolvidos neste
processo de mudança. Dentre estes fatores, está a gestão de contratos dos serviços
terceirizados, onde os gerentes responsáveis pela contratação deverão atentar para
vários aspectos que deverão ser considerados na elaboração do contrato, na seleção
das empresas prestadoras de serviços, nas ações gerenciais durante a fase de
acompanhamento dos serviços e no encerramento do contrato. Conforme QUEIROZ
(1999), o aprimoramento desta visão é necessário para que o resultado final do
processo de terceirização atenda às expectativas do cliente dos serviços terceirizados,
das empresas contratantes e contratada e dos empregados envolvidos.
Neste capítulo serão apresentadas algumas bibliografias que abordam os
conceitos de terceirização e os aspectos necessários para sua eficiente implementação
numa empresa, divididos em tópicos que fazem parte do processo de contratação, que
servirão de referência para fundamentar a elaboração da proposta metodológica
constante do presente trabalho.
2.1. Conceito de entidades paraestatais – Sociedade de Economia Mista
Conforme MEIRELLES (1991), entidades paraestatais são pessoas jurídicas de
direito privado, cuja criação é autorizada por lei, com patrimônio público ou misto, para
realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob normas e controle
do Estado.
Estas entidades prestam-se a executar atividades impróprias do Poder Público,
mas de utilidade pública, de interesse da coletividade, e, por isso, fomentadas pelo
Estado, que autoriza a criação de pessoas jurídicas privadas para realizá-las por
18
No Capítulo 1 foi feita uma descrição do problema geral do trabalho, dos
objetivos, bem como um resumo de todos os capítulos.
No Capítulo 2 será feita uma revisão bibliográfica sobre o assunto, envolvendo
os aspectos teóricos da terceirização, com as abordagens utilizadas por alguns
autores, em publicações disponíveis, sobre os processos de terceirização,
complementado com uma análise crítica.
O Capítulo 3 apresenta como o processo de terceirização foi desenvolvido no
âmbito da PETROBRAS-UN-ES, com posterior análise crítica, comparando-o às
abordagens conceituais apresentadas no Capítulo 2.
No Capítulo 4 será apresentada uma proposta metodológica de gestão do
processo de terceirização para a PETROBRAS-UN-ES.
No Capítulo 5 serão feitas as conclusões e recomendações do trabalho,
elaborada a partir da análise teórica e, com base no cenário previsto no planejamento
estratégico da PETROBRAS, a utilização prática da proposta metodológica.
17
d ) É necessário avaliar a eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos
dos serviços terceirizados;
1.6. Limitações do trabalho
O presente trabalho, além de partir do princípio que a adoção da terceirização na
PETROBRAS-UN-ES é fato, ou seja, não buscará avaliar a vantagem e desvantagem
de sua implantação na companhia, terá as seguintes limitações:
a ) Abordará a gestão de contratos de serviços terceirizados somente no âmbito
da PETROBRAS-UN-ES;
b ) Abordará somente as licitações cujo processo de licitação seja através de
Convite;
c ) Não abordará a análise dos preços das propostas comerciais das empresas
prestadoras de serviços. Por considerar a análise da proposta comercial da
prestadora de serviços, um aspecto importante para o desenvolvimento da
terceirização, o trabalho apresentará um item com abordagens de alguns
autores sobre o assunto;
O trabalho apresenta uma proposta onde procura-se lançar uma contribuição
importante para a implantação da terceirização, no âmbito da PETROBRAS-UN-ES,
considerando seus aspectos conceituais plenos, buscando, ao mesmo tempo,
proporcionar o desenvolvimento de parcerias com empresas contratadas. Por
considerar um processo dinâmico, não pretende-se esgotar o assunto. Procura-se,
neste trabalho, focar os pontos fundamentais da terceirização, com orientações
baseadas na prática do autor, de forma direta e clara.
1.7. Organização do trabalho
O presente trabalho está estruturado em 5 capítulos, cujos resumos de seus
conteúdos estão discriminados a seguir:
16
empregados de empresas contratadas. O número de empresas contratadas pela
PETROBRAS-UN-ES gira em torno de 50 (cinqüenta).
O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 não evidencia a política
sobre a contratação de serviços de terceiros, mas pelos números apresentados acima,
verifica-se uma forte tendência pelo direcionamento para esta alternativa.
1.5. Hipóteses
1.5.1. Hipótese geral
A hipótese básica do presente trabalho está fundamentada no seguinte pressuposto:
- É necessário que haja um gerenciamento eficiente de todo processo de
contratação, desde a elaboração do processo licitatório até o término do
contrato, para garantir o sucesso da terceirização.
1.5.2. Hipóteses específicas
Consideram-se como válidos os seguintes pressupostos necessários ao sucesso
da terceirização no âmbito da PETROBRAS-UN-ES:
a ) É fundamental elaborar um processo de licitação, envolvendo o Convite e
seus anexos, onde constem todas as exigências de forma transparente e
com mínimo de incertezas, para que os preços propostos estejam
condizentes com as referidas exigências contratuais;
b ) É necessário que haja uma seleção eficiente de empresas que garanta a
participação na licitação daquelas que estejam investindo no aprimoramento
de suas técnicas de trabalho e com a cultura voltada para os aspectos de
segurança, meio ambiente e saúde ocupacional;
c ) É necessário que haja um padrão de qualidade na prestação dos serviços.
Isto exige um constante e eficiente acompanhamento dos serviços que foi
contratado;
15
1. 4. Importância do trabalho
As transformações rápidas ocasionadas pela abertura de mercado no Brasil e o
processo de globalização da economia impõem às empresas a criar uma estrutura que
possibilite a sua competitividade, tanto em nível nacional quanto internacional.
Segundo ALVAREZ (1996), a terceirização de serviços tem sido uma das
ferramentas para que as empresas enfrentem essa concorrência com competitividade.
Quando não encarada como um modismo, mas sim como uma revolução a partir de
novo conceito de relacionamento comercial, onde ocorre uma mudança significativa de
postura na condução de relacionamentos entre empresas contratantes e contratadas, a
terceirização reverte para as empresas verdadeiros ganhos em qualidade e
produtividade.
Conforme será apresentado no Capítulo 3 deste trabalho, na PETROBRAS-UN-
ES, apesar de ter havido uma evolução significativa no processo de contratação de
serviços de terceiros, ainda não se pratica os conceitos de terceirização em sua
plenitude. Isto é reflexo do modelo de implantação da terceirização que ocorreu no
Brasil, conforme descrito no subitem 1.1 deste capítulo, bem como, dos impedimentos
legais de contratação em que ela esteve e está sujeito, embora, atualmente, com
menor intensidade de restrição.
A aprovação da Lei nº 9.478, de 06/08/97, extinguiu o monopólio do petróleo no
Brasil, exercido pela PETROBRAS, que inseriu-se, definitivamente, no cenário de
competição globalizada, principalmente em nível nacional. No cenário internacional, a
sua atuação, através da BRASPETRO (subsidiária internacional), ainda era discreta,
sem condições de desdobrar para o resto da corporação a cultura da competição
globalizada existente em outros países mais desenvolvidos. Diante deste novo desafio,
a PETROBRAS revisou o seu planejamento estratégico e sua estrutura organizacional.
O planejamento estratégico está com a visão mais voltada para a área de negócio da
empresa e, desta forma, a terceirização exercerá, cada vez mais, um papel
fundamental para que os objetivos do novo modelo sejam alcançados.
Conforme Boletim RH em foco, Informativo do Serviço de Recursos Humanos da
PETROBRAS-SEREC (1999-2000), a PETROBRAS possui uma lotação de 39.189
empregados. Este contingente, há 10 anos atrás, foi de aproximadamente 60.000
empregados. A PETROBRAS-UN-ES possui 459 empregados próprios e cerca de 1000
14
Verifica-se através das abordagens do Curso de Contratação, constantes da
apostila editada pelo Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da
PETROBRAS, na PETROBRAS o processo de terceirização não foi muito diferente das
condições citadas acima. Apesar de ter havido uma evolução significativa na
elaboração do processo de contratação, houve fortes limitações para que a
terceirização fosse implementada de forma plena. Inicialmente pela obrigação de
atender a legislação sobre licitações. A Lei nº 8.666, de 21/06/93, foi o principal
obstáculo, restringindo bastante a possibilidade do desenvolvimento de parcerias. Com
a aprovação do Decreto nº 2.745, de 24/08/98, que regulamentou o procedimento
simplificado licitatório para a PETROBRAS-UN-ES, ocorreu certa abertura no caminho
para o estabelecimento de parcerias.
1.2. Objetivo geral
Elaborar uma proposta metodológica de gestão de contratos de serviços
terceirizados, com aplicação no âmbito da PETROBRAS-UN-ES, compreendendo
todas as fases do processo de gerenciamento dos serviços, desde a elaboração do
contrato até seu encerramento, visando definir critérios para obter resultados uniformes
nas ações gerenciais e desenvolver a cultura de qualidade de serviços nas empresas
contratadas (terceirizadas), possibilitando o estabelecimento de futuras parcerias.
1.3. Objetivos específicos
a ) Proceder um levantamento bibliográfico e uma análise crítica sobre o
processo de terceirização e desenvolvimento de parcerias;
b ) Proceder um levantamento da prática de terceirização e uma análise crítica
no âmbito da PETROBRAS-UN-ES;
c ) Com base na análise dos dados constantes nas alíneas supramencionadas,
estabelecer uma proposta metodológica para a sistematização da gestão de
contratos na PETROBRAS-UN-ES;
13
Conforme abordagens de GIOSA (1995) e SILVA (1997), no Brasil a
terceirização introduziu-se com outro enfoque. Diferentemente de como ocorreu nos
países do primeiro mundo, a recessão foi o principal fator para o início da terceirização.
Com a restrição do mercado, as oportunidades foram diminuindo, o que possibilitou
que novas abordagens fossem aplicadas para buscar a minimização de perdas. Assim,
não foi o mercado que institucionalizou a terceirização e, sim, a crise econômica.
Houve necessidade de mudanças rápidas na maioria das organizações, onde
procurou-se, através da terceirização, dar maior importância à redução de custo, em
detrimento ao seu caráter estratégico. Desta forma, e interpretada até como modismo,
o objetivo principal da terceirização não foi contemplado e as empresas dedicaram-se
mais intensamente para a atividade-fim, ficando as atividades terceirizadas, em sua
maioria, como a de apoio, relegadas ao segundo plano, já que o gerenciamento da
condução dos serviços por terceiros não foi acompanhado por um controle de
qualidade eficiente na seleção de empresas, no acompanhamento dos serviços
executados, na redução de desperdício e na prevenção de retrabalho por parte das
empresas contratadas.
Concluindo, os autores supramencionados ressaltam que, como o enfoque
estava voltado para a redução de custo, encontraram-se dificuldades para que se
alcançasse o resultado almejado pela terceirização, que é encontrar um parceiro ideal
(empresa contratada), em condições de conduzir eficientemente as atividades de apoio
da empresa contratante.
Com base nas informações do Capítulo 2 deste trabalho, verifica-se que a
quantidade de empresas que conseguiram implantar a terceirização utilizando a sua
verdadeira filosofia, ainda é pequena, pois a implementação do seu conceito nas
organizações não foi precedida de uma avaliação de mercado. As empresas
contratantes não têm experiência suficiente para a contratação de serviços e as
contratadas não estão preparadas para o atendimento às exigências do mercado.
Aliados aos fatores supramencionados, é necessário atender a um mercado
globalizado e bastante competitivo, com exigências cada vez mais intensas, baseadas
em normas internacionais de qualidade do produto, proteção ao meio ambiente,
segurança e qualidade de vida dos empregados próprios e contratados. Estas normas
analisam as empresas considerando todo seu processo produtivo e de apoio, avaliando
as empresas, bem como as suas contratadas, que são consideradas como parte
integrante dos processos das tomadoras dos serviços.
12
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
Terceirização é um assunto que recebe destaque na atenção das organizações.
Em função do aumento da competitividade proveniente da globalização, as empresas
têm, cada vez mais, direcionado o seu enfoque para o seu negócio principal. Para
tornarem-se cada vez mais ágeis, as empresas vêm modificando suas estruturas,
saindo do modelo vertical para horizontal, transferindo as atividades que está fora do
seu foco para outra empresa especialista em atividades específicas. Para alcançar
esse objetivo a terceirização torna-se uma poderosa ferramenta, desde que a gestão
dos contratos existentes, tanto por parte dos contratantes como das contratadas, seja
executada com bastante eficiência.
Conforme QUEIROZ (1999), para alcançar os resultados esperados com a
terceirização, é necessário que as empresas estejam preparadas para implantação de
projetos de terceirização, que deverão ser planejados, após uma análise prévia de sua
viabilidade e aplicabilidade. Desta forma, o desenvolvimento dos projetos de
terceirização não podem ser implantados de forma precipitada e improvisada. Sua
implementação deve ser feita por um grupo de profissionais altamente competentes e
que conheçam profunda e detalhadamente os conceitos de terceirização.
1.1. Justificativa
Conforme Silva (1997), a terceirização surgiu no mundo em função da
necessidade das empresas buscarem atender mais as exigências do mercado, de
forma a tornarem-se mais ágeis a partir da redução de níveis hierárquicos, permitindo
alcançarem resultados com competência e qualidade. A crescente disputa por fatias de
mercado fizeram com que as empresas buscassem o aumento da produtividade, do
nível de qualidade e, simultaneamente, a redução de custos, e uma das fortes
alternativas para alcançar este objetivo foi a terceirização de serviços, que tornou-se
uma tendência atual e irreversível, visando a sobrevivência das empresas, num
ambiente de alta competitividade.
ABSTRACT
The following work presents a methodological proposal that aims to make the
actions of contract managers (inspectors and controlling of contract) more efficient,
seeking after the implement of the outsourcing process in PETROBRAS-UN-ES, in a
more reliable way, establishing the available bibliography as theoretical support and
some practices already used and analyzed in the ambit of our company. In such a
manner, derive the procedures that serve as base to the decisions of contract managers
in regard to the effective implementation of these contracts in PETROBRAS-UN-ES.
The implementation of an effective contract administration of the present
methodological proposal is characterized by four basic stages: 1 – elaboration of the
rough draft of the auction process, involving the invitation and its enclosures; 2 –
promotion of a company selection process that guarantees the participation of those
that are investing in the improvement of quality and safety aspects, environment and
health; 3 – observance and evaluation of the contractor performance continually; 4 –
verification of the efficiency and effectiveness of contracted out service. For each stage
above, procedures are defined aiming a process with objective actions, achieving
efficient results. The methodological proposal seeks to attend to the new scenario that
begins in PETROBRAS-UN-ES, with the approval of the new corporate strategic
planning of the company 2000/2010. Its implementation seeks to make the company
most agile, optimizing its resources and focusing at its main business.
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma proposta metodológica que visa tornar mais
eficientes as ações dos gestores de contratos (fiscais e gerentes de contrato),
buscando implementar o processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES, de forma
mais confiável, tendo como base a bibliografia disponível como suporte teórico e
algumas práticas já utilizadas e analisadas no âmbito da empresa. Desta forma,
origina-se os procedimentos que servem como base para as decisões dos gestores de
contratos na implementação efetiva da terceirização na PETROBRAS-UN-ES. A
implementação de uma gestão eficaz de contratos da presente proposta metodológica
se caracteriza por quatro etapas básicas: 1 – elaborar a minuta do processo de
licitação, envolvendo o Convite e seus anexos; 2 – promover um processo de seleção
de empresas que garanta a participação daquelas que estejam investindo no
aprimoramento da qualidade e aspectos de segurança, meio ambiente e saúde; 3 –
acompanhar e avaliar continuamente o desempenho da contratada; 4 – verificar a
eficiência e eficácia do gerenciamento dos contratos de serviços terceirizados. Para
cada etapa acima são definidos procedimentos que buscam tornar o processo com
ações objetivas, alcançando resultados eficientes. A proposta metodológica busca
atender ao novo cenário que se inicia na PETROBRAS-UN-ES, com a aprovação do
novo planejamento estratégico corporativo da empresa 2000/2010. A sua
implementação visa tornar a empresa mais ágil, otimizando seus recursos e
direcionando o foco para seu negócio principal.
4.5.2.17. Situação financeira da contratada ...............................................................
4.5.2.18. Início do processo de licitação ....................................................................
4.5.2.19. Averiguação dos valores da rescisão dos empregados ..............................
4.5.2.20. Encerramento do contrato ...........................................................................
4.5.2.21. Emissão de atestado de execução de serviços ..........................................
4.6. Etapa 4 – Avaliação dos gestores de contrato ....................................................
Capítulo 5 – Conclusões e recomendações ......................................................
5.1. Conclusões ..........................................................................................................
5.1.1. Quanto à aplicação da proposta metodológica ................................................
5.1.2. Quanto às hipóteses ........................................................................................
5.1.2.1. Hipótese geral ...............................................................................................
5.1.2.2. Hipóteses específicas ...................................................................................
5.1.3. Quanto aos objetivos ........................................................................................
5.1.3.1. Objetivo geral ................................................................................................
5.1.3.2. Objetivos específicos ....................................................................................
5.2. Recomendações para trabalhos futuros .............................................................
Bibliografia .........................................................................................................
154
155
155
155
156
161
163
163
163
164
164
164
166
166
166
167
169
4.2.1.2. Fluxograma das etapas .................................................................................
4.3. Etapa 1 – Elaboração da minuta do processo de licitação .................................
4.3.1. Objetivo ............................................................................................................
4.3.2. Apresentação ...................................................................................................
4.3.3. Anexo IV – Especificações dos Serviços .........................................................
4.3.4. Anexo V – Critérios de Medição .......................................................................
4.3.5. Anexo VI – Desempenho e Metas da Contratada ...........................................
4.3.5.1. Boletim de avaliação de desempenho (BAD) ................................................
4.3.5.2. Determinação das metas de desempenho para a contratada ......................
4.4 - Etapa 2 - Como selecionar as empresas licitantes ............................................
4.4.1. Seleção de empresas com utilização do cadastro de empresas corporativo ..
4.4.2. Seleção de empresas com a utilização de escolha alternativa ........................
4.5. Etapa 3 – Acompanhamento dos serviços contratados ......................................
4.5.1. Visita técnica ....................................................................................................
4.5.2. Acompanhamento dos serviços contratados ...................................................
4.5.2.1. Comportamento dos gestores de contrato ...................................................
4.5.2.2. Autorização de serviços (AS) ........................................................................
4.5.2.3. Reunião para assinatura do contrato ............................................................
4.5.2.4. Reunião para mobilização .............................................................................
4.5.2.5. Organização da pasta do contrato ................................................................
4.5.2.6. Cumprimento das obrigações trabalhistas, segurança industrial,
meio ambiente e saúde ocupacional .............................................................
4.5.2.7. Saldo contratual x prazo ...............................................................................
4.5.2.8. Aplicação de multa e ressarcimento de custo ...............................................
4.5.2.9. Inspeção de equipamentos e base da contratada ........................................
4.5.2.10. CIPA ............................................................................................................
4.5.2.11. Participação de cipeiros contratados em reuniões da CIPA
da PETROBRAS ...........................................................................................
4.5.2.12. Reunião dos gestores do contrato com empregados contratados ..............
4.5.2.13. Resumo estatístico mensal (REM) ..............................................................
4.5.2.14. Cursos exigidos ...........................................................................................
4.5.2.15. PCMSO e PPRA .........................................................................................
4.5.2.16. Planos de contingência ...............................................................................
119
121
121
122
122
127
128
128
130
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135
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149
151
151
152
152
153
153
153
153
154
154
3.11.7. Anexo VII – Instruções de Segurança Interna para Contratadas ...................
3.12. Seleção de empresas ........................................................................................
3.12.1. No período de vigência do Decreto-lei nº 2.300, de 21/11/86 ........................
3.12.2. No período de vigência da Lei nº 8.666, de 21/06/93 ....................................
3.12.3. A partir da vigência do Decreto nº 2.745/98, de 24/08/98 ..............................
3.12.3.1. Cadastro de empresas da PETROBRAS ....................................................
3.13. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 ...............................
3.13.1. Conteúdo do Plano Estratégico Corporativo ..................................................
3.13.1.1. Direcionamento Estratégico da PETROBRAS ............................................
3.13.1.2. O ambiente de negócios .............................................................................
3.14. Parceria .............................................................................................................
3.15. Qualidade ..........................................................................................................
3.16. Segurança, meio ambiente e saúde ocupacional ............................................
3.17. Análise crítica dos estudos sobre o processo de terceirização na
PETROBRAS-UN-ES ........................................................................................
3.17.1. Terceirização na PETROBRAS ......................................................................
3.17.2. O Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais (MPC).....
3.17.3. Modalidades e tipos de licitação e contratações diretas – práticas na
PETROBRAS-UN-ES ........................................................................................
3.17.4. Gestão de contratos .......................................................................................
3.17.5. Elaboração de contratos ................................................................................
3.17.6. Seleção de empresas .....................................................................................
3.17.7. O Planejamento Estratégico da PETROBRAS 2000/2010 ............................
3.17.8. Parceria ..........................................................................................................
3.17.9. Qualidade .......................................................................................................
3.17.10. Considerações gerais ...................................................................................
Capítulo 4 – Processos de terceirização – Uma proposta metodológica para a
PETROBRAS-UN-ES ........................................................................
4.1. Justificativa ..........................................................................................................
4.2. Descrição geral da proposta metodológica .........................................................
4.2.1. Etapas da proposta metodológica ....................................................................
4.2.1.1. Pessoal envolvido em cada etapa .................................................................
95
95
96
96
96
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99
99
99
101
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111
117
117
118
118
119
3.9.2. Atribuições básicas do fiscal de contratos .......................................................
3.10. Partes integrantes de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES .......
3.11. Elaboração das etapas de um processo de licitação na PETROBRAS-UN-ES.
3.11.1. Convite ...........................................................................................................
3.11.2. Contrato ..........................................................................................................
3.11.2.1. Preâmbulo ...................................................................................................
3.11.2.2. Objeto ..........................................................................................................
3.11.2.3. Prazo ...........................................................................................................
3.11.2.4. Preços e valor .............................................................................................
3.11.2.5. Reajustamento de preços ...........................................................................
3.11.2.6. Multas ..........................................................................................................
3.11.2.7. Documentos complementares .....................................................................
3.11.2.8. Foro .............................................................................................................
3.11.3. Anexo I – Condições Gerais Contratuais .......................................................
3.11.3.1. Obrigações da contratada e da PETROBRAS ............................................
3.11.3.2. Prazo ...........................................................................................................
3.11.3.3. Preços e valor .............................................................................................
3.11.3.4. Forma de pagamento ..................................................................................
3.11.3.5. Reajustamento de preços ...........................................................................
3.11.3.6. Multas ..........................................................................................................
3.11.3.7. Fiscalização .................................................................................................
3.11.3.8. Aceitação .....................................................................................................
3.11.3.9. Rescisão ......................................................................................................
3.11.3.10. Cessão ......................................................................................................
3.11.3.11. Incidências fiscais .....................................................................................
3.11.3.12. Sigilo ..........................................................................................................
3.11.3.13. Medição .....................................................................................................
3.11.3.14. Responsabilidade e Força maior ...............................................................
3.11.3.15. Subcontratação .........................................................................................
3.11.4. Anexo II - Planilha de Preços Unitários ..........................................................
3.11.5. Anexo III – Instruções de Segurança, Meio Ambiente e Saúde .....................
3.11.6. Anexo IV – Especificações dos Serviços, Anexo V – Critérios de Medição e
Anexo VI – Desempenho e Metas para a Contratada ...................................
79
80
81
81
85
85
86
86
86
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90
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93
93
94
94
95
2.10. Acompanhamento da execução do contrato ...................................................
2.11. Análise crítica dos estudos teóricos ................................................................
2.11.1. Terceirização .................................................................................................
2.11.2. A terceirização na Brasil ................................................................................
2.11.3. Gestão de contratos .......................................................................................
2.11.4. Elaboração do contrato ..................................................................................
2.11.5. Seleção de empresas .....................................................................................
2.11.6. Parceria ..........................................................................................................
2.11.7. Acompanhamento da realização do contrato ...............................................
2.11.8. Considerações gerais .....................................................................................
Capítulo 3 – Estudo sobre o processo de terceirização na PETROBRAS-UN-ES
3.1. Situação da PETROBRAS-UN-ES ......................................................................
3.2. A terceirização na PETROBRAS ........................................................................
3.2.1. Normatização da atividade de contratação na PETROBRAS ..........................
3.3. O Decreto nº 2.745/98 ........................................................................................
3.4. Manual de Procedimentos Contratuais (MPC) ....................................................
3.5. Definições estabelecidas no Decreto nº 2.745/98 e no Manual de
Procedimentos Contratuais (MPC) .....................................................................
3.6. Modalidades de licitação .....................................................................................
3.6.1. Concorrência ...................................................................................................
3.6.2. Tomada de preços ...........................................................................................
3.6.3. Convite ............................................................................................................
3.7. Tipos de licitação ................................................................................................
3.7.1. Melhor preço ....................................................................................................
3.7.2. Técnica e preço ................................................................................................
3.7.3. Melhor técnica ..................................................................................................
3.8. Contratações diretas ...........................................................................................
3.8.1. Dispensa de licitação .......................................................................................
3.8.2. Inexigibilidade de licitação ................................................................................
3.9. Gestão de contratos ............................................................................................
3.9.1. Atribuições básicas do gerente de contrato .....................................................
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SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 1 – Introdução .................................................................................................
1.1. Justificativa ..........................................................................................................
1.2. Objetivo geral ......................................................................................................
1.3. Objetivos específicos ..........................................................................................
1.4. Importância do trabalho .......................................................................................
1.5. Hipóteses ............................................................................................................
1.5.1. Hipótese geral ..................................................................................................
1.5.2. Hipóteses específicas ......................................................................................
1.6. Limitações do trabalho ........................................................................................
1.7. Organização do trabalho .....................................................................................
Capítulo 2 – Processos de terceirização ............................................................
2.1. Conceitos de entidades paraestatais – Sociedade de Economia Mista .............
2.2. Conceito de terceirização ....................................................................................
2.3. A terceirização no mundo ....................................................................................
2.4. A terceirização no Brasil ......................................................................................
2.5. Gestão de contratos ............................................................................................
2.6. Elaboração de contratos .....................................................................................
2.6.1. Principais aspectos a serem contemplados na elaboração de contratos ........
2.6.1.1. Qualidade ..................................................................................................
2.6.1.2. Aspecto ambiental ........................................................................................
2.6.1.3. Obrigações legais ......................................................................................
2.7. Seleção de empresas ....................................................................................
2.8. Parceria ........................................................................................................
2.9 . Avaliação da proposta do prestador de serviços ................................................
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AGRADECIMENTOS
A minha família, minha esposa Helena e meus filhos Laércio e Amanda, que
entenderam a necessidade da minha dedicação a este trabalho, deixando de usufruir
de alguns momentos junto a eles.
Aos meus pais, Graciano e Léa Morêto, que me ensinaram a ter persistência
para alcançar os objetivos desejados.
Ao colega de trabalho Bento Daher Junior, pela indicação e oportunidade de
realização do mestrado.
Ao meu orientador, Professor Doutor Rogério Cid Bastos, pela orientação,
paciência e, principalmente, pelo otimismo, palavras de apoio e de reconhecimento que
me encorajaram na condução e término deste trabalho.
Ao colega de trabalho Leandro Leme Junior que com seus conselhos me
permitiu ter uma visão otimista no desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas de trabalho, Elizeu, Reginaldo e Auxiliadora, que sempre estiveram
encorajando e acreditando na qualidade do presente trabalho.
A todos professores que ministraram o curso e contribuíram para a base do
desenvolvimento do presente trabalho, e particularmente, ao Professor Doutor Carlos
Manoel Taboada Rodrigues, pelo seu empenho, hospitalidade e experiência passada
para os alunos.
Laércio Morêto
Gestão eficaz de contratos: suporte para implantaçãoda terceirização de serviços – Caso na PETROBRAS
UN-ES
Esta dissertação foi julgada adequada e aprovada paraobtenção do título de Mestre em Engenharia deProdução no Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da Universidade Federal deSanta Catarina
Florianópolis, 28 de dezembro de 2000.
Prof. Ricardo Miranda Barcia, Ph. D.Coordenador do Curso
BANCA EXAMINADORA
_____________________________Prof. Rogério Cid Bastos
Orientador
_____________________________ Prof. Álvaro Borges de Oliveira
_____________________________ Prof. Lia Caetano Bastos
_____________________________ Prof. Álvaro Guillermo Rojas Cezana
Laércio Morêto
GESTÃO EFICAZ DE CONTRATOS: SUPORTE PARA A
IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS – CASO NA
PETROBRAS-UN-ES
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção da Universidade Federal de
Santa Catarina, sob orientação do
Professor Doutor Rogério Cid Bastos,
para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia de Produção
Florianópolis
Dezembro de 2000