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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA/MAPA Exercício: 2014 Município: Brasília - DF Relatório nº: 201503604 UCI Executora: SFC/DRAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201503604, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pelo Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 06/05/2015 a 22/05/2015, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir das peças que compõem o processo de contas da Unidade auditada, apresentadas via eletrônica ao Tribunal de Contas da União - TCU, e em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Frisa- se que nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União TCU. Registra-se que, os Achados de Auditoria apresentados neste Relatório foram estruturados, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos.

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1

Unidade Auditada: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA/MAPA

Exercício: 2014

Município: Brasília - DF

Relatório nº: 201503604

UCI Executora: SFC/DRAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

_______________________________________________ Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201503604, e

consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01,

de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de

contas anual apresentada pelo Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 06/05/2015 a 22/05/2015,

por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do

exercício sob exame e a partir das peças que compõem o processo de contas da Unidade

auditada, apresentadas via eletrônica ao Tribunal de Contas da União - TCU, e em

estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Frisa-

se que nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos

Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de

Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em

subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da

União – TCU.

Registra-se que, os Achados de Auditoria apresentados neste Relatório foram

estruturados, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em

títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam

diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não

estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos.

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2

2. Resultados dos trabalhos

De acordo com o escopo de auditoria firmado, por meio da Ata de Reunião,

assinada em 12/12/2014, entre SFC/DRAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área

de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Controle Externo da

Agricultura e Meio Ambiente - SECEXAMB, foram efetuadas as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item considerou-se

as seguintes questões de auditoria: (i) A Unidade Jurisdicionada elaborou todas as peças

a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2014?

(ii) As peças contemplam os formatos e conteúdos estabelecidos em normas do TCU?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu na verificação da

compatibilidade dos itens que compõem o Relatório de Gestão e do Rol de

Responsáveis com as normas do TCU, especialmente com o disposto na Portaria

SECEXAmbiental/TCU nº 05/2014.

A Unidade encaminhou o Rol de Responsáveis e o Relatório de Gestão

referentes ao exercício de 2014 ao Sistema e-Contas

(http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/ comunidades/contas/e-Contas).

Quanto ao rol de responsáveis, observou-se a necessidade de ajustes relativos ao

cargo, período de efetiva gestão, substitutos, datas de designação para o cargo, os quais

foram devidamente realizados pela Unidade.

Dessa forma, entende-se que tanto o formato quanto o conteúdo do rol de

responsáveis do INMET encontram-se adequados.

Em relação ao Relatório de Gestão referente ao exercício de 2014, identificaram-

se inadequações no que tange ao conteúdo na versão preliminar, sendo sugeridos ajustes

que foram implementados na versão final encaminhada ao TCU.

Assim, foi verificado que os itens do Relatório de Gestão contemplaram os

formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da Portaria-SECEXAmbiental nº 05, de

16 de dezembro de 2014, que consubstancia a DN TCU nº 134/2013 e DN/TCU nº

140/2014, as quais dispõem sobre orientações ao Instituto Nacional de Meteorologia

(INMET) quanto à elaboração e à forma de apresentação dos conteúdos do Relatório de

Gestão referente ao exercício de 2014.

#/Fato##

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3

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item consideraram-

se as seguintes questões de auditoria: Os resultados quantitativos e qualitativos da

gestão, planejados ou pactuados para o exercício, foram cumpridos? As discrepâncias

ocorridas entre os resultados previstos e os realizados foram esclarecidas e providências

foram adotadas para os ajustes necessários? Os indicadores de resultado e processo dos

objetivos estratégicos selecionados são mensuráveis? Os indicadores de resultado são

úteis?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise da Ação de Governo

de maior materialidade da UJ (responsável por 46,60% da execução financeira da

Unidade, e por 4,05% da execução financeira das demais Ações no âmbito do Programa

2014 – Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização).

Desta forma, diante da análise efetuada foram elaborados os seguintes quadros:

Quadro – Meta Física da Ação 2161 – Produção e divulgação de informações meteorológicas e

climatológicas

Previsão Execução Execução/ Previsão

(%)

8.098 5.192 64,11

Fonte: SEPRO/INMET (Relatório de Gestão/2014)

Quadro – Meta Financeira da Ação 2161 – Produção e divulgação de informações meteorológicas

Fixação (dotação

final/atualizada) (em R$) Despesa Liquidada (em R$)

Despesa

Liquidada/

Fixação (%)

RAP

liquidados /

dotação fixada

(%)

Exercício RAP Exercício RAP Exercício 6,87

40.982.883,00 2.893.136,00 29.910.396,00 2.814.964,00 72,98

Fonte: SEPRO/INMET (Relatório de Gestão/2014)

Verifica-se que, conforme dados apresentados no Relatório de Gestão 2014, a

Unidade não obteve êxito na execução da meta física (64,11%). Em relação à execução

financeira, observa-se que o valor liquidado foi inferior à dotação fixada, sendo

informado que foi inscrito em Restos a Pagar o montante de R$ 2.814.964,00

correspondendo a 6,87% da dotação fixada, indicando que a execução financeira

poderia ser maior.

Sobre a diferença entre os percentuais de execução das metas; para a meta

orçamentaria/financeira a execução foi de 72,98% e para a meta física a execução foi de

64,11%, a Unidade se manifestou por meio da Informação nº 003/2015 nos seguintes

termos:

“A diferença entre o previsto e o executado encontra-se em restos a pagar, a

exemplo do recurso voltado para o Concurso Público, empenhado em 2014 e em

execução no exercício de 2015.

[...]

Dentro da Ação 2161 – Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas

e Climatológicas existem 3 (três) Planos Orçamentários com produtos e unidades

diferenciados, cujos valores globais são expressos em Quantitativo de Boletins

Emitidos, sendo:

- Coordenação e gestão dos Serviços Meteorológicos (custeio),

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- Digitalização do Acervo Histórico dos dados meteorológicos (Documentos do

acervo atualizados no bando de Dados Meteorológicos), e

- Produção de Informações Climatológicos emitidos para a sociedade em geral

e atividades de custeio).

Tal fato trata-se de uma distorção identificada e informada quando da definição

do PPA 2012-2015, que esperamos seja resolvida quando da definição e planejamento

do novo PPA 2016-2019.

[...]

Conforme informação da SEPRO/CAO, entendemos que, com a sugestão da

nova estrutura da Tabela relacionada ao presente item 3.2.4, somada ao entendimento

dado no item c), acima, por tratar-se a Ação 2161 de unidade consolidadora de três

PO’s distintos e com unidades diversas, a questão de ausência de proporcionalidade na

execução das Metas fica automaticamente entendida e explicada.”

Portanto, diante da explicação quanto à problemática da composição da unidade

de medida da meta física da Ação 2161, verifica-se a não correlação direta entre a meta

física e a meta financeira.

E ainda, foram apresentados indicadores temáticos no Relatório de Gestão 2014.

Todavia, a Unidade não os considerou como indicadores de gestão propriamente ditos,

tendo informado o que segue por meio da Informação nº 012/2015:

“A definição dos indicadores de desempenho relacionados com o processo de

gestão corporativa do instituto encontra-se pendente devido à ausência de pessoal em

quantidade e qualificação, sendo que, o cronograma desta atividade será definido logo

após o ingresso dos novos recursos (242 cargos) a serem contratados via concurso

público, ora em andamento, que se encontra na etapa de publicação da segunda

retificação do Edital, para definição do período de inscrições e de realização das

provas.”

Assim, tendo em vista a ausência de indicadores de gestão na Unidade, não foi

possível analisar a mensurabilidade e utilidade dos mesmos.

Ademais, em análise ao item 3 do Relatório de Gestão, que traz informações

sobre o atingimento dos objetivos e metas físicas e financeiras das Ações de Governo

sob a responsabilidade da UJ, e após realizar consulta no SIOP referente ao exercício de

2014, verificou-se as seguintes diferenças:

Quadro 4 – Comparativo entre Informações do Rel. Gestão e do SIOP/Ação 2161

Fonte Dotação Despesa Liquidada

Despesa

Liquidada/

Fixação (%)

Rel. de Gestão/2014 40.982.883,00 29.910.396,00 72,98

SIOP 46.646.338,00 38.221.520,69 81,93

Fonte: SEPRO/INMET (Rel. de Gestão/2014 e SIOP)

A Unidade esclareceu que a diferença dos R$ 38.221.520,69 para R$

29.910.396,00 está no valor a liquidar e no saldo. Quanto ao valor da dotação final, a

diferença entre os R$ 40.982.883 para R$ 46.646.338,00 está no valor da soma da LOA

com o valor autorizado, perfazendo um montante de R$ 10.388.100,00, o qual no

cálculo final da LOA com os adicionais perfaz o total de R$ 46.646.338,00.

Por fim, não foram identificados gastos não compatíveis com a finalidade da

Ação.

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2.3 Planejamento Estratégico do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET

O Instituto Nacional de Meteorologia – INMET emitiu em 2015 o seu primeiro

Plano Estratégico estabelecido para o período de 2015 a 2024, o qual pode ser

encontrado na página do Instituto no caminho Sobre o Inmet > Planejamento

Estratégico.

Metodologia de formulação dos objetivos estratégicos e dos resultados

associados

Os objetivos estratégicos do INMET foram formulados apoiando-se na

metodologia Balanced Scorecard (metodologia empregada pelo Ministério da

Agricultura – MAPA - e compatível com as recomendações da Organização

Meteorológica Mundial – OMM). De acordo com o Instituto, a Missão, a Visão de

Futuro e os Valores identificados para o INMET, bem como a análise (SWOT) de seus

pontos fortes e fracos, dos riscos e oportunidades observados, balizaram o

estabelecimento dos oito objetivos estratégicos a serem conquistados em um horizonte

decenal. Entretanto, não se encontra explícito no documento os resultados dessa análise

SWOT.

Para cada um dos objetivos foram então identificadas as ações necessárias para a

sua consecução e também foram identificados os Projetos e Iniciativas que servirão para

a implementação das ações selecionadas.

O cumprimento dos objetivos estabelecidos no Plano Estratégico do INMET será

verificado por meio de indicadores ainda não definidos. A meta do instituto é definir os

Indicadores durante o processo de elaboração do Plano Operativo a partir de 2015, que

indicará as atividades e métodos de monitoramento e implementação do Plano

Estratégico, principalmente, com o apoio da nova equipe a ser contratada via Concurso

Público.

Alinhamento entre o Plano Estratégico do INMET e o Plano Estratégico do MAPA

O desenvolvimento do Plano Estratégico do MAPA contou com a participação

ativa dos dirigentes do INMET, tendo isso influenciado na formulação da Missão, Visão

e Valores, bem como dos Objetivos Estratégicos do Plano Estratégico do INMET.

De acordo com o Instituto, o Plano estratégico do INMET e o Plano estratégico

do MAPA estão alinhados, podendo-se observar isso, por exemplo, no Objetivo 2:

“Oferecer produtos e serviços de alta qualidade, continuamente aprimorados, que

atendam as necessidades reais dos usuários.”, ação (a): “Priorizar a oferta de produtos

e serviços para apoio ao setor agropecuário do país”.

Com relação a um possível desalinhamento entre esses planos em razão do plano

do MAPA (2006 a 2015) finalizar neste exercício e o do INMET (2015 a 2024) se

iniciar neste exercício, o INMET afirma que o Plano Estratégico elaborado é um

instrumento dinâmico e poderá ser facilmente alinhado ao novo Plano Estratégico do

MAPA.

Participação do INMET, por meio de suas ações ou seus objetivos estratégicos, na

obtenção dos indicadores definidos pelo MAPA e, eventualmente, definidos por outros

Órgãos.

De acordo com o Instituto, as ações e objetivos do INMET contribuem direta ou

indiretamente para indicadores definidos pelo MAPA, pois, encontram-se

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necessariamente alinhados com uma das principais atividades do Instituto para com a

sociedade, qual seja, a Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e

Climatológicas, resultante da enorme capacidade de desenvolvimento de produtos e

serviços diuturnamente disponibilizados via Portal Institucional. Entretanto, não foi

explicitado pela Unidade quais seriam esses indicadores de ações do MAPA que são

apoiados pelo INMET.

Quanto à participação do INMET na obtenção de indicadores definidos por

outros órgãos além do MAPA, não houve comentários da Unidade.

Atuação e o envolvimento da alta direção do Instituto na formulação do Plano

Estratégico

A formulação do Planejamento Estratégico foi resultado de um esforço

institucional iniciado no segundo semestre de 2013 e retomado em outubro de 2014,

envolvendo o Diretor do Instituto, os principais assessores e os Coordenadores-Gerais,

culminando com a frequente circulação de versões preliminares para análise e

aperfeiçoamento. Esse trabalho foi intensificado no mês de outubro/2014, com alocação

de um grupo permanente de trabalho em reuniões semanais, com a produção da versão

final do documento formalizada na Reunião de Gestão Anual com a participação do

Diretor, dos Coordenadores-Gerais da Sede e dos Coordenadores/Chefes dos 10

Distritos de Meteorologia, na cidade de Recife-PE, em 06/11/2014.

Fato## ##/Fato##

2.4 Avaliação da Gestão de Pessoas

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU, foram

consideradas as seguintes questões de auditoria: A UJ realizou estudos quanto à

suficiência quantitativa e qualitativa do quadro de pessoal frente aos objetivos, metas e

estratégias da Unidade? A UJ realizou estudos ou iniciativas para sistematização dos

processos de trabalho para gestão operacional visando continuidade do negócio?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu no levantamento do quantitativo

da força de trabalho ao final do exercício de 2014, verificação do posicionamento da

Unidade quanto à suficiência do quadro de pessoal, se houve estudos para fundamentar

a opinião e se foram adotadas providências adotadas às necessidades da UJ frente às

suas atribuições?

Estudos sobre a força de trabalho

Em consulta ao SIAPE e com base nas informações extraídas do Relatório de

Gestão de 2014, verificou-se que o quadro de pessoal do INMET estava assim

constituído no final do exercício de 2014:

Quadro - Força de Trabalho da UJ – Situação apurada em 31/12/2014

Tipologia dos Cargos

Servidor de

carreira

vinculada ao

órgão

(1) = (2) + (3)

Servidores

requisitados de

outros órgãos e

esferas

(2)

Servidores sem

vínculo com a

administração

pública

(3)

Força de

Trabalho

Lotação Efetiva 492 0 7

Ingressos em 2013 0 0 0

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7

Egressos em 2014 13 1 0

Cargos

Comissionados

e Funções

Gratificadas

Cargo em comissão 19 0 7

Funções Gratificadas 57 0 0

Distribuição

da Lotação

Efetiva

Área Meio 153 0 5

Área Fim 339 0 2

Fonte: Relatório de Gestão

Estudos anteriores elaborados pelo INMET foram demonstrados via Notas

Técnicas formalmente encaminhadas para a Secretaria-Executiva do MAPA, para o

MPOG e para os órgãos de controle (TCU e CGU), cujas ações para a recomposição

integral do quadro de servidores do Instituto prevê a execução em 3 etapas, totalizando

899 vagas.

Desta forma, o INMET informa que realizou estudos sobre a suficiência da força

de trabalho para adequação às atribuições do órgão, verificando a necessidade de

recompor seu quadro de pessoal. Para tanto, solicitou a realização de concurso público

(Edital nº de 06/04/2015, autorizado pela Portaria MPOG nº 435/2014) para 242 vagas.

Contudo, mesmo com a ocupação destas vagas, a força de trabalho continuará

insuficiente para atender plenamente à suas atribuições, de acordo com as projeções

realizadas. O quadro a seguir apresenta a quantidade de servidores ideal por etapa

Quadro - Recomposição integral do quadro de servidores do INMET

Etapas

Cargos Total

por

Etapa

Priorização Pesqui-

sador

Analista

em C&T

Tecnologist

a em C&T

Assistente

em C&T

Técnic

o

Etapa

I*

34 44 52 38 74 242 A substituição

PARCIAL dos

recursos alocados

via Convênios e

Contrato de

Terceirização,

conforme

orientações da

Egrégia Corte

(TCU)

Etapa

II**

- 50 50 100 115 315 A substituição

TOTAL dos

recursos alocados

via Convênios e

Contrato de

Terceirização e o

fortalecimento da

área meio e de

apoio às Estações

Meteorológicas

Etapa

III**

- 29 - 150 163 342 O apoio às

Estações

Meteorológicas

Fonte: Informação/INMET nº 15/2015.

*Etapa está atendida por meio da Portaria MPOG nº 435 de 17/11/2014.

** pendente de atendimento.

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Quanto a estudos ou iniciativas para sistematização dos processos de trabalho, de

modo que recursos tecnológicos e organizacionais sejam utilizados para suprir a

insuficiência da força de trabalho visando à continuidade do negócio e à adequada

gestão operacional do INMET, o órgão informou que não existem estudos ou iniciativas

formais para sistematização dos processos de trabalho no âmbito do Instituto. No

entanto, na área de RH, foi executada a digitalização de todas as pastas funcionais dos

Servidores do INMET, apoiada via aplicativo desenvolvido internamente - “Sistema de

Pessoal”. Outra iniciativa foi a execução de projeto piloto “Tom”, que visa automatizar

o processo de preenchimento e envio das informações da Caderneta de Dados

Meteorológicos preenchidas em campo. Ressalta-se que esses projetos embora não

compensem a falta de pessoal, procuram prover maior qualidade e agilidade ao envio e

ao acesso aos dados.

Ademais, quanto ao cumprimento da legislação sobre admissão, remuneração,

cessão, requisição de pessoal, concessão de aposentadorias, reformas e pensões, foram

realizadas análises, por meio das quais se chegou aos seguintes resultados:

Quadro – Ocorrências quanto à Remuneração

Descrição da ocorrência

Quantidade de

servidores

relacionados

Quantidade de

ocorrências acatadas

totalmente pelo gestor

Faltas - Desconto na Folha sem Registro no Cadastro 02 02

Fonte: SIAPE Fato##

#/Fato##

2.5 Avalição da Situação das Transferências Voluntárias

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU,

consideraram-se as seguintes questões de auditoria: A estrutura de pessoal e tecnológica

para a gestão das transferências é adequada? A análise da prestação de contas dos

convenentes ou contratados foi adequada? A fiscalização da execução do objeto da

avença da transferência está sendo realizada, inclusive quanto à utilização de

verificações físicas e presenciais? Os controles internos administrativos instituídos pela

UJ relacionados à gestão das transferências possuem a qualidade e a suficiência

necessárias?

A metodologia de avaliação deste item consistiu em selecionar as transferências

de maior materialidade, vigentes no exercício de 2014. Assim foram selecionados para

análise:

Quadro – Transferências Voluntárias no exercício de 2014

Nome Favorecido Nº do

Convênio Número Processo Valor

Convênio

Instituto Brasileiro de Pesquisa e

Desenvolvimento Institucional

Aplicado - IDAP

SIAFI 633641 21160.000301/20

08-36 R$ 8.508.649,97

Acordo de

Cooperação

Técnica

Inst. Interamericano de Cooperação

para a Agricultura - IICA SIAFI 599902

21160.001151/20

06-16 R$ 1.487.059,66

Acordo de

Cooperação

Técnica

Organização Meteorológica Mundial-

OMM SIAFI 668115

21160.000791/20

11-76 R$ 3.805.720,00

Fonte: SIAFI

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Quanto à estrutura de pessoal e tecnológica para a gestão das transferências, o

INMET entende que os recursos disponíveis e alocados para o acompanhamento das

transferências voluntárias sob sua gestão, inclusive o quantitativo de pessoal, são

adequados, considerando a reduzida quantidade de Transferências.

Para gestão de cada transferência voluntária em vigor na UJ, são disponibilizados 3

servidores, considerando todas as atividades (analise das propostas, fiscalização, analise

das prestações de contas, etc.), conforme o quadro a seguir:

Quadro – Estrutura de Pessoal para a Gestão de Transferência

Acordo de Cooperação Técnica OMM

Acordo de Cooperação Técnica IICA

Convênio IDAP

Diretor do Convênio (CGA) Diretor do Convênio

(CDP) Gestor Técnico do Convênio (CGA)

Gestor Fiscal (SEAD) Gestor Fiscal (SEAD) Gestor Fiscal (SEAD)

Assessor do Gabinete do

Diretor (GAB) Assessor da CAO Assessor da CAO

Fonte: Informação/INMET nº 005/2015.

Não existe área física nem setor especifico exclusivos para a gestão de

transferências voluntárias no INMET, sendo que todos os recursos materiais utilizados

pelas pessoas envolvidas são os mesmos utilizados para a execução das demais

atividades sob a responsabilidade desses gestores.

Quanto à análise da prestação de contas dos convenentes ou contratados, no

INMET não existe normativo interno que especifique prazos para análise das prestações

de contas parciais e avaliações técnicas da execução física dos objetos pactuados, no

entanto, existem rotinas para as transferências em vigor. Conforme estipulado pelas

instituições parceiras, as prestações de Contas das Transferências efetuadas à OMM e ao

IICA deve ser enviadas mensalmente para os Gestores do INMET efetuarem suas

analises e atualizações no SIGAP/ABC, sem necessidade de cobranças extras por parte

do Instituto. No caso do convênio com o IDAP, as Prestações de Contas Parciais –

PCP’s do Convênio são enviadas trimestralmente para os Gestores Técnico e Financeiro

do INMET efetuarem suas analises e posteriormente emitirem os respectivos Pareceres.

No INMET não existe nenhum processo formalizado ou praticado de supervisão

sobre a qualidade do trabalho de análise das prestações de contas dos convenentes.

Quanto à fiscalização da execução do objeto da avença da transferência está no

que tange à utilização de verificações físicas e presenciais, no INMET não existe

planejamento com cronogramas estabelecidos de visitas técnicas nos locais de execução

dos objetos avençados nas transferências voluntárias. As visitas são efetuadas de maneira

não procedimental, embora observando sempre os contratos e a legislação pertinente.

Quanto aos controles internos mantidos para verificação da implementação das

metas físicas previstas nos Acordos de Cooperação Técnica Internacional, o INMET

efetua todo o planejamento e o acompanhamento da execução das metas por meio do

Sistema de Informações Gerenciais de Acompanhamento de Projetos (SIGAP), o qual

tem por objetivo organizar as informações em uma estrutura orientada a tomada de

decisões estratégicas, fornecendo ampla visão sobre o assunto e viabilizando o

aprimoramento da área, por meio de ações regidas por maior agilidade e precisão.

Desta forma, destacam-se os seguintes aspectos quanto ao gerenciamento dos

projetos:

- Os dados globais de planejamento são lançados pela equipe de apoio

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técnico da Agencia Brasileira de Cooperação - ABC/MRE, no inicio da vigência

e a cada revisão aprovada dos Projetos, na base de dados estão registrada as

atividades e o cronograma de execução.

- Os dados de execução financeira dos Projetos devem ser encaminhados

mensalmente pelo IICA e OMM. Esses dados então são devidamente conferidos,

ajustados - caso necessário - e lançados no SIGAP.

- Os registros dos progressos físicos são realizados pelos Diretores dos

Projetos, semestralmente, por meio do modulo RPE - Relatório de Progresso

Eletrônico - do SIGAP. Nesses lançamentos são informadas as atividades dos

Projetos desenvolvidas no período, bem como, as dificuldades encontradas e as

respectivas soluções de contorno.

- Por meio de reuniões tripartites, com participação do INMET, ABC e o

organismo internacional (IICA ou OMM), são avaliados o progresso, a

necessidade de ajustes, as dificuldades e a indicação de melhorias. De acordo

com o Instituo, essas reuniões ocorrem sem periodicidade definida.

Em que pese este gerenciamento, foram verificadas falhas referentes a: desvio de

finalidade no Convênio SIAFI 599902, falhas nos lançamentos dos gastos no sistema

SIGAP e baixo desempenho operacional do Convênio 668115, conforme detalhado em

ponto específico deste Relatório.

Quanto a Indicadores de desempenho associados a esses Acordos de Cooperação

Técnica, o INMET afirmou não existirem, entretanto o Instituto espera poder definir e

implementar até o ano de 2016 tais indicadores, a partir do ingresso de recursos

humanos capacitados por meio do provimento de vagas, visto está previstas 242 para

novos servidores via Concurso Publico, que está sendo realizado.

##/Fato##

2.6 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU,

considerou-se a seguinte questão de auditoria: Os processos licitatórios e as

contratações e aquisições feitas por inexigibilidade e dispensa de licitação foram

regulares?

A metodologia de avaliação deste item consistiu em selecionar amostra dos

processos licitatórios de acordo com o critério de materialidade, relevância e criticidade.

Assim, não foram selecionados para análise os processos de dispensa que não se

enquadraram nos referidos critérios, por sua vez foram selecionados 6 processos de

pregão e inexigibilidade, tendo os respectivos pagamentos no exercício de 2014

totalizado R$ 53.024.119,11, ou aproximadamente 87,51% das despesas da Unidade

com contratos, distribuídos da seguinte forma:

Quadro – Aquisições por Modalidade de Licitação

Tipo Qtde.

Avaliada

Volume Total

de Recursos

(%)

Volume de

Recursos

Avaliados

(R$)

Quantidade

em que foi

Detectada

Alguma

Irregularid

ade

Volume dos

Recursos em

que foi

Detectada

Alguma

Irregularidade

(R$)

Pregão 4 71,18 43.129.911,28 2 34.732.811,66

Inexigibilidades 2 16,33 9.894.207,83 2 9.894.207,83

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11

Fonte: SIAFI 2014

A execução das principais atividades envolvidas na realização de licitações,

dispensa e inexigibilidade está apoiada pelo Procedimento da Qualidade SEAD.PQ-

7.4.006 de 26/04/10 -Rev. 03 referente ao "processo para aquisição e verificação do

produto ou serviço adquirido" e Listas de Verificações.

O INMET dispõe de controle de todos os processos licitatórios realizados no

exercício devidamente atualizado e também dispõe de planilha de controle das

informações sobre a disponibilidade orçamentária e financeira, e utiliza para subsidiar o

processo de contratação e respectivos aditivos contratuais.

Planejamento da Contratação

As contratações da Unidade originam-se a partir de documento assinado pela

unidade interna demandante, explicitando a necessidade de contratação e formalizando

oficialmente a demanda, contribuindo para a regularidade e segurança do processo

licitatório.

O Instituto não normatizou os critérios para realização de pesquisa de preços

prévia a realização das licitações, dispensas e inexigibilidade, mas existe uma rotina de

pesquisa estabelecida. O INMET também não padronizou as especificações que são

mais comuns (limpeza, vigilância, telefonia, microcomputadores, etc.) para aquisição

por meio de processos licitatórios.

As contratações diretas não são elaboradas com os mesmos artefatos necessários

para as contratações por meio de licitação como estudos técnicos preliminares, plano de

trabalho, com exceção do Termo de Referência. Sendo constatada falha no Termo de

Referência referente a aquisições efetuadas junto à empresa Autotrac. Isso se deve em

parte pelo fato da Unidade não dispor de rotinas de revisão e aprovação dos artefatos do

planejamento.

Seleção do Fornecedor

O INMET utiliza editais-padrão disponibilizados no site da Advocacia-Geral da

União em suas licitações e submete à apreciação prévia da assessoria jurídica as minutas

dos editais de licitação e seus anexos.

Em todos os processos há designação formal de equipe técnica para auxiliar a

CPL na análise da documentação de habilitação e propostas de preços. Entretanto os

limites legais para a composição das comissões entre os servidores efetivos e

comissionados não são rigorosamente observados, mas o INMET tem conhecimento da

necessidade e está adotando providências para o cumprimento do estabelecido na

legislação.

O Instituto realiza consultas ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e

Suspensas - CEIS, ao Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Atos de

Improbidade Administrativa - CNJ e a Lista de Inidôneos do TCU durante o certame e

anexa o resultado da consulta no processo licitatório com o intuito de verificar a

ocorrência de registro de penalidades que impedem as empresas de licitar e contratar.

Gestão do Contrato

O Órgão designa formalmente os servidores que devem atuar na gestão do

contrato e esses possuem tempo suficiente para executar suas atividades. No entanto,

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12

nem sempre os servidores designados para atuar na gestão contratual possuem adequada

capacitação para exercer seus papéis.

A Unidade consulta o SICAF antes de cada pagamento a ser efetuado para a

contratada, verificando se mantém as condições de habilitação, porém, não existe

evidência de ações em caso de irregularidade, previstos no art. 3º, §4º, da IN-SLTI

4/2013, isso porque, segundo o INMET, não foi detectada nenhuma ocorrência

relacionada às empresas contratadas.

Assim, de forma geral, os processos de aquisição se apresentaram regulares.

Sendo que o INMET demonstra possuir controles internos administrativos para a gestão

de aquisições de bens e contratação de serviços, consubstanciados em procedimento

definido pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade; regramentos constantes no seu

Regimento Interno e ainda em manuais e modelos de documentos disponíveis na

Intranet do Órgão. Observou-se uma boa organização processual em que os pagamentos

relativos a um contrato são tratados em processos separados, uma boa prática que

facilita a recuperação da informação no processo. No entanto, evidenciou-se a

necessidade de aprimoramento dos mecanismos de acompanhamento das atividades

relacionadas a compras, de forma a assegurar que todos os passos constantes do

procedimento definido sejam efetivamente executados, evitando a ocorrência das falhas

apontadas no presente Relatório de Auditoria.

2.7 Avaliação dos Controles Internos Administrativos

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item, considerou-se

a seguinte questão de auditoria: (i) A estrutura e os procedimentos de Controles Internos

Administrativos em Nível de Entidade adotados pela UJ asseguram o atingimento dos

seus objetivos estratégicos?

A metodologia da equipe de auditoria avaliar a qualidade e a suficiência dos

controles internos administrativos instituídos pela unidade jurisdicionada com vistas a

garantir que seus objetivos estratégicos sejam atingidos, considerando os seguintes

elementos do COSO do sistema de controles internos da UJ:

Ambiente de Controle:

Consta do Regimento Interno do INMET a definição das competências, das

vinculações técnicas existentes e da estrutura administrativa, incluindo a forma de

hierarquia criada, suas atribuições e responsabilidades. O Regimento pode ser acessado

no link: http://www.inmet

.gov.br/portal/index.php?r=home/page&page=regimento_interno e o Organograma

completo da estrutura funcional da unidade está disponível para visualização em:

http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r= home/page&page=quem_e_quem.

O Instituto observa o Decreto n° 1.171, de 22 de junho de 1994, que definiu o

Código de Ética Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal,

contudo sem definir códigos formais de conduta complementar ao referido Decreto. No

âmbito do INMET, não existe Comissão de Ética ou órgão equivalente que efetivamente

desenvolva o papel de promover a ética e conduzir a sua gestão, nos termos do art. 2º e

Parágrafo Único do Decreto nº 1.171/94 e inciso XVI de seu anexo e arts 5º e 8º, II do

Decreto. 6.029/2007. E, também, não há comunicações ou instrumentos de divulgação

relacionados aos códigos e a política de gestão de ética.

O INMET possui diversos procedimentos da Qualidade, elaborados e

monitorados pelo Sistema de Gestão da Qualidade, formalizados e que definem os

principais processos e rotinas operacionais administrativas e técnicas, que estão

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13

disponíveis para consulta na Intranet. No entanto, não existem procedimentos

elaborados ou formalizados voltados para processos de autorizações, aprovações ou

linhas de autoridade.

O INMET não possui um canal formal próprio para recebimento de denúncias. O

canal formal para recebimento de denuncias é o Sistema de Ouvidoria do MAPA, que

pode ser acessado por meio do link: http://mapa.ctis.com.br/

SDMOUVIDORIA/SDMCR/login.asp. Como pode ser observado, o link para

recebimento de denúncias não pertence ao domínio do Ministério da Agricultura

(agricultura.gov.br) e sim da empresa terceirizada contratada pelo MAPA (ctis.com.br)

A Unidade avalia que a atual estrutura organizacional do Instituto não está

apropriada frente ao tamanho e a natureza de suas operações. Isso se deve em função da

evolução dos seus processos e desenvolvimento de novas atividades de gestão

corporativa, principalmente voltadas para a área de tecnologia, comunicação,

atendimento e divulgação de informações de dados meteorológicos.

Uma proposta de nova estrutura organizacional para o INMET encontra-se em

estudo quanto a sua viabilidade de implementação. Essa nova estrutura espelharia

melhor as aspirações do Instituto, com o novo perfil de uma instituição vinculada à

carreira de ciência e tecnologia. Essa proposta foi elaborada em um trabalho conjunto da

CAO/INMET com a Coordenação de Planejamento - CGPLAN/MAPA.

A Coordenação-Geral de Pessoas - CGP/MAPA é quem define, acompanha e

orienta sobre os procedimentos relacionados à contratação, orientação, capacitação,

avaliação, promoção, disciplina e demissão de servidores que integram o quadro de

pessoal Instituto, devido a sua vinculação estrutural e organizacional ao MAPA.

Avaliação de Risco

A definição de instrumento normativo que contemple os processos de gestão

corporativa de riscos do Instituto encontra-se pendente devido à ausência de pessoal em

quantidade e qualificação sobre o assunto

O Instituto ainda não elaborou normativo que trate das atividades de guarda,

estoque e inventário de bens e valores sob responsabilidade da Unidade.

Atividades de Controle

De acordo com o INMET, as atividades de controle descritas nos manuais de

politicas e procedimentos são efetivamente aplicadas e por meio do Procedimento de

Auditoria Interna da Qualidade - CDQ.PQ.8.2.2.012 12/01/2015 - Rev. 05 - é

estabelecido a sistemática para programação, coordenação e a execução do controle de

qualidade, levando-se em consideração a situação e a importância dos processos das

áreas a serem auditadas, assim como os resultados de auditorias anteriores.

De acordo com o INMET, os gestores da UJ, em todos os níveis de atividades,

examinam relatórios de desempenho, analisam tendências e mensuram os resultados em

relação às metas, porém isso ocorre de maneira não procedimental, dessa forma, não

existem registros comprobatórios formais que evidenciem tais atividades.

A definição de indicadores de desempenho relacionada à gestão do INMET

como um todo (áreas administrativa, financeira, recursos humanos, etc.) encontra-se

pendente devido à restrição de pessoal em quantidade e em qualificação necessária.

Informação e Comunicação

No INMET não existe procedimento formalizado que considere as atividades de

comunicação institucional interna e externa do Instituto.

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A Unidade divulga em sua página na internet informações de interesse geral ou

coletivo, tais como registro das competências e estrutura organizacional, endereços e

telefones das unidades e horários de atendimento ao publico; Essas informações estão

disponibilizadas no Portal do INMET por meio do link: http://www.inmet.

gov.br/portal/index.php?r=home/page&page =enderecos, além de muitas outras de

interesse geral da sociedade. Porém, encontra-se pendente de implementação a

divulgação daquelas referentes a registros das despesas, informações concernentes a

procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a

todos os contratos celebrados. Também não são disponíveis registros de quaisquer

repasses ou transferências de recursos financeiros, assim como a perguntas

frequentes/SIC.

Monitoramento

No âmbito da UJ, não existe estrutura de controle interno próprio. O órgão

submete-se aos procedimentos da área de controle administrativos do MAPA, mas, de

acordo com o INMET, não existe por parte daquele Ministério qualquer sistemática de

acompanhamento formalizado.

2.8 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU

O Órgão de Controle Interno optou por incluir a avaliação do cumprimento dos

Acórdãos para a UJ considerando a seguinte questão de auditoria: Caso haja uma

determinação específica do TCU à CGU para ser acompanhada junto à UJ, ela foi

atendida?

A metodologia consistiu no levantamento dos Acórdãos em que haja

determinação para o INMET e para os quais tenha havido determinação expressa do

TCU para acompanhamento pelo Controle Interno.

Após pesquisa no Portal do TCU, verificou-se que, no exercício de 2014, no

âmbito do INMET, não houve determinação específica à UJ para ser acompanhada pela

CGU.

2.9 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU,

considerou-se a seguinte questão de auditoria: A Unidade Jurisdicionada mantém uma

rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações da CGU?

Com base nas informações registradas no Plano de Providências Permanente -

PPP, no Relatório de Gestão, e àquelas prestadas durante os trabalhos de campo,

verificou-se que a Unidade não mantém rotina razoável de acompanhamento e

atendimento das recomendações da CGU. Além disso, algumas ações apresentadas no

Plano de Providências relativas à implementação das recomendações, segundo

manifestação do gestor, são dependentes de novos servidores a serem oriundos do

Concurso Público em andamento.

Cabe mencionar, que as recomendações relacionadas à Tecnologia da

Informação em sua maioria continuam pendentes, como Plano Diretor de TI

desatualizado, assim como fragilidades com a Política de Segurança da Informação e

com a Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI.

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15

Contudo, no geral, denota-se que a Unidade está se empenhando em atender às

recomendações, notadamente no que diz respeito à implantação do Planejamento

Estratégico Institucional e à publicação na intranet do órgão de listas de verificação

atualizadas no que tange à realização de pesquisa de preços para aquisições por

inexigibilidade, por dispensa de licitação ou por Sistema de Registro de Preços.

2.10 Avaliação do CGU/PAD

Por meio da Portaria nº 281, de 26/12/2014, da Secretaria Executiva do MAPA, foram

designados como cadastradores do Sistema CGU-PAD no Instituto Nacional de

Meteorologia - INMET os servidores de Matrículas/SIAPE n°s 1328 e 1112818, titular

e substituto, respectivamente.

No Relatório de Gestão, referente ao exercício 2014, o INMET informa que nos anos de

2013 e 2014 não foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar - PAD ou

Sindicância no âmbito do Instituto. Entretanto, mediante a Informação nº 02/2015 o

Instituto informou que foram instaurados os processos nºs 21000006268201277, em

24/07/2013 e 210000086861380, em 30/09/2013.

Ao confrontar a lista de processos do Relatório extraído do CGU-PAD com a relação de

processos administrativos apresentada pelo INMET, observou-se que os registros no

referido Sistema estão de acordo com o que preceitua a Portaria CGU nº 1.043/2007 em

relação aos prazos estabelecidos e demais orientações.

Desta forma verificou-se que a estrutura de pessoal e tecnológica é suficiente para

gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados para utilização do Sistema CGU-

PAD.

##/Fato##

Fato## 2. 11 Ocorrências com dano ou prejuízo

Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando

identificadas, foram devidamente tratadas e as providências corretivas a serem adotadas

serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado

pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação

aplicável, submetemos o presente Relatório à consideração superior, de modo a

possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Brasília/DF, de agosto de 2015.

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_______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201503604

1 Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização

1.1 Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e Climatológicas

1.1.1. ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO

1.1.1.1. INFORMAÇÃO

Informação básica da Ação de Governo 2161 - Produção e Divulgação de

Informações Meteorológicas e Climatológicas

FATO

Trata-se da Ação 2161 - Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e

Climatológicas, que tem por finalidade a coleta de dados, produção e divulgação de

boletins e alertas, contendo as informações meteorológicas e climatológicas, bem como

a operacionalização do Instituto Nacional de Meteorologia e a digitalização do acervo

histórico dos dados meteorológicos, com a finalidade de prover os tomadores de decisão

na área de agropecuária e afins, no âmbito governamental ou privado, e a sociedade de

modo geral, de informações sobre o comportamento observado e previsto do tempo e do

clima, bem como outras informações e produtos derivados, subsidiando ações que

minimizem os impactos de eventos meteorológicos extremos, variabilidade e mudanças

climáticas.

A implementação da Ação se dá de forma direta pela UG, por meio da produção e

divulgação de informações pela equipe técnica do Instituto.

Esta Ação representou 98,58% do total das despesas executadas pelo INMET no

contexto do Programa de Governo 2014 - Agropecuária Sustentável, Abastecimento e

Comercialização.

1.1.2 CONTRATOS SEM LICITAÇÃO

1.1.2.1 CONSTATAÇÃO

Falhas em documentos relacionados ao Contrato de aquisição e ao Contrato de

suporte da solução, ambos celebrado com a empresa Autotrac Comércio e

Telecomunicações S/A.

Fato

Em análise aos Processos de Inexigibilidade n°s 21160.000486/2014-27 e

21160.000520/2014-63, que originaram os Contratos n° 08/2014 e n° 10/2014 entre o

INMET e a Empresa Autotrac Comércio e Telecomunicações S/A., nos valores de R$

3.770.868,00 e R$ 463.700,00, respectivamente, tendo o primeiro como objeto “a

prestação de serviços de comunicação bidirecional de dados baseado no Sistema

Omnisat, constituídos de antena de transmissão e recepção por satélite e celular,

unidade de processamento e controle, receptor GPS (global positioning system) e

terminal com tela de cristal liquido e teclado, necessários a expansão do sistema de

comunicação de dados e controle das estações meteorológicas automáticas e viaturas

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18

das equipes de manutenção do INMET com abrangência nacional” e o segundo a

“aquisição de 80 Mobile Communication Terminals - MCT's e de 50 Unidades de

Comunicação Celular - UCC's”, verificou-se os seguintes fatos:

- No Contrato n° 08/2014 (prestação de serviços de comunicação bidirecional

de dados baseado no Sistema Omnisat): a Nota Fiscal emitida pela empresa

Autotrac descrevia que o serviço a ser pago pelo INMET era: "serviço de

comunicação na modalidade de monitoramento e rastreamento de veiculo e

carga", não condizendo com o serviço prestado;

- No Contrato n° 10/2014 (aquisição de terminais) foi verificada a ausência de

especificação dos equipamentos adquiridos no Termo de Referência.

##/Fato##

Causa

Fragilidade nos controles de formalização do contrato/termo de referência em contratos

sem licitação e recebimento de bens e serviços, sendo efetuado o atesto sem verificar a

descrição do documento fiscal.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação/INMET nº 007/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“O INMET contratou e utiliza a plataforma disponibilizada para o serviço de

"monitoramento rastreamento de veículos e carga" adaptada para a coleta de

informações meteorológicas de pontos imóveis (Estações Meteorológicas Automáticas e

veículos das Equipes de Manutenção). Utiliza-se o meio de comunicação

disponibilizado para enviar os dados horários coletados para o banco de dados do

INMET, para processamento local.”

“Considerando tratar-se de processo de inexigibilidade devido a ser a empresa

Autotrac única representante e fornecedora exclusiva do Objeto contratado; E

tratando-se de processo recorrente, a solução e de conhecimento de todas as áreas do

Instituto (solicitante, gestores e área de compras), esta Administração, por um

equívoco, deixou de inserir no processo as especificações técnicas dos equipamentos

normalmente apresentadas em folder's enviados pela empresa, pelo que, se

compromete a efetuar neste momento e, em caso de novo processo, fazer isto na etapa

correta, qual seja, anexa ao Termo de Referência.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A Unidade, em sua resposta, informa que o serviço de comunicação na

modalidade de monitoramento e rastreamento de veiculo e carga, é o tipo de serviço

oferecido pela Empresa Autotrac e que o INMET o utiliza de um modo diferenciado

como um meio de comunicação para disponibilizar o envio dos dados meteorológicos.

No entanto, o INMET deve exigir, ao realizar o atesto, que seja efetuada a correção da

Nota Fiscal de modo que os bens/serviços que estejam sendo recebidos tenha a

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19

descrição correspondente no documento fiscal. Com relação ao quantitativo contratado,

cabe destacar que o INMET tem um controle adequado sobre o serviço prestado e o

valor cobrado na fatura mensal.

Quanto à ausência de especificação dos equipamentos adquiridos no Termo de

Referência, o INMET reconhece o equívoco e se prontifica a corrigir esse erro.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Exigir da contratada a correta descrição do que está sendo pago nas

Notas Fiscais dos Contratos do Instituto.

Recomendação 2: Especificar os itens a serem adquiridos no Termo de Referência,

independente da modalidade de licitação.

1.1.2.2 CONSTATAÇÃO

Aquisição de balões meteorológicos e radiossondas em quantidade inferior à

prevista no respectivo Termo de Referência e no Contrato

Fato

Em análise ao Processo nº 21160.000355/2014-40, Inexigibilidade de Licitação

com fundamentação no art. 25, inciso I, todos da Lei nº 8.666/93, que originou o

Contrato n° 15/2014 entre o INMET e a Empresa HOBECO Sudamericana Ltda., no

valor anual de R$ 1.993.752,26, que tem como objeto “Contratação de empresa

especializada para fornecimento de material de consumo com sistema para realização

de previsões meteorológicas, composto de Radiossondas Modelo Digicora III modelo

RS92-SGP e balão meteorológico modelos TA 350 ou CR 350, na quantidade de 3.890

Radiossondas e 3.890 Balões”, verificou-se que no Termo de Referência, datado de

23/05/2014, há indicação da necessidade da aquisição de 4400 balões meteorológicos e

radiossondas, mas no Contrato, assinado em 01/12/2014, é firmada a compra de

somente 3890. Entretanto no atesto de recebimento de 02/04/2015, consta somente

3.865 conjuntos (balões meteorológicos e radiossondas), sem a devida justificativa no

processo dessas alterações.

##/Fato##

Causa

Falhas no planejamento da aquisição, no momento da orçamentação.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação/INMET nº 004/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“O principal motivo da diferença foi a variação do dólar no período entre a

estimativa de 4.400 kit's via TR, em 18/6/2014, e a efetiva emissão da Ordem Bancaria

para a empresa Hobeco em 19/1/2015 conforme valores:

Cotação em 18/6/14: 1U$ = R$ 2,253, para uma estimativa de R$

2.003.189,76;

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Cotação em 19/1/15: 1U$ = R$ 2,625, isto e, uma perda de 16,5%

no valor de compra, implicando no decréscimo do quantitativo conforme abaixo:

4.400 kit's - 0,165 % = 3.674 Kit's.

Porém, como o recurso recebido foi de R$ 2.086.670,70, superior ao

originalmente previsto, foi possível custear a taxa de emissão da Carta de Credito pelo

BB no valor de R$ 40.964,18 e a compra de 3.865 kit's.”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“Esta Administração adota mecanismos de planejamento pertinentes e

adequados, porém, para considerar o efeito das variações cambiais, fará constar em

seus próximos processos de aquisição em moeda estrangeira, das avaliações de

realização de contrato tipo HEDGE de cambio junto ao BB, conforme prática já

realizada anteriormente, que serão aplicados sempre que a avaliação custo-benefício

indicar sobre sua efetividade.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A fundamentação apresentada pela Unidade esclarece o motivo das alterações no

quantitativo de kits (balões meteorológicos e radiossondas), no entanto não justifica a

ausência dessa informação no processo. Dado que a variação cambial é um fator de

risco nas aquisições desse objeto, o Instituto pode avaliar uma espécie de operação de

hedge cambial, como um meio de proteção contra oscilações inesperadas nos preços do

dólar.

A falta de previsão da variação cambial para obtenção do valor adequado da

Carta de Crédito pelo Banco do Brasil no momento da elaboração do orçamento para a

compra dos equipamentos implicou redução dos kits que vieram a ser efetivamente

adquiridos.

A Unidade informou no Ofício nº 236/2015 que já realizou operação de hedge

cambial no passado e que passará a incluir essa possibilidade nos planejamentos das

futuras aquisições desse objeto.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Aprimorar os mecanismos de planejamento das aquisições,

principalmente considerando a variação cambial e o prazo previsto para realização da

compra no exterior e manter em processo todos os esclarecimentos necessários ao seu

entendimento.

1.1.3 OPORTUNIDADE DA LICITAÇÃO

1.1.3.1 CONSTATAÇÃO

Execução de itens do contrato de digitação de documentos, no valor de R$ 20,7

milhões, em proporção distinta da composição licitada, influenciando o equilíbrio

econômico-financeiro da execução contratual.

Fato

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21

Trata-se do Contrato n° 02/2013, decorrente dos Processos n°

21160.000643/2012-32, Pregão nº 09/2012, celebrado entre o Instituto Nacional de

Meteorologia – INMET e a Empresa FLEXDOC Tecnologia da Informação Ltda. - ME,

no valor de R$ 20.728.800,00, o qual tem por objeto a prestação de serviços

continuados de análise, validação e transcrição de dados e eventos atualmente

registrados em imagens e documentos que integram o acervo do Instituto Nacional de

Meteorologia - INMET, contemplando serviços de digitação e fornecimento de solução

tecnológica informatizada, visando à atualização do Banco de Dados Meteorológico.

De acordo como o processo licitatório a licitante vencedora seria a que

apresentasse o menor preço global para digitação de cadernetas e para digitação de

livros. Assim, foram apresentadas as seguintes propostas:

Quadro - Comparativo de propostas /Pregão nº 09/2012

Participante do

Certame Item Quantidade

Valor

Unit.

Valor Total por

Item Valor Global

FLEXDOC Caderneta 2.720.000 5,34 14.524.800,00

20.728.800,00 Livros M1 200.000 31,02 6.204.000,00

Data Easy Caderneta 2.720.000 3,81 10.363.200,00

22.415.200,00 Livros M1 200.000 60,26 12.052.000,00

SOS Caderneta 2.720.000 4,13 11.233.600,00 23.501.600,00

Livros M1 200.000 61,34 12.268.000,00

PA

Caderneta 2.720.000 4,68 12.729.600,00 28.541.600,00 Livros M1 200.000 81,78 15.812.000,00

Fonte – INMET.

Observa-se que a Empresa FLEXDOC ofertou um valor para digitação de

caderneta maior que as demais concorrentes. Por outro lado, o valor apresentado para

digitação de livros foi ofertado em um patamar consideravelmente menor, o que gerou à

FLEXDOC vantagem competitiva suficiente para sagrar-se vencedora do certame.

Assim, para se manter a vantajosidade obtida no processo licitatório deveria ser

mantida a proporção de 13,6 (2.720.000/200.000) cadernetas digitadas para cada livro,

entretanto foi verificado que no período de 2013 a 2014 esta relação foi de 88,92

cadernetas digitadas para cada livro. Em consequência, os pagamentos realizados vêm

privilegiando o item (Caderneta) em que à empresa contratada cotou o maior preço em

detrimento do item (Livro M1) em que cotou o menor preço:

Quadro - Comparativo Quantidade Licitada X Quantidade Digitada

Situação Item Quantidade Valor % em Relação

ao Valor Total Proporção

Licitada

Caderneta 2.720.000 14.524.800,00 70% 13,6 cadernetas

digitadas para cada

livro Livros M1

200.000 6.204.000,00 30%

Realizada*

Caderneta 1.560.623 8.333.726,82 94% 88,92 cadernetas

digitadas para cada

livro Livros M1 17.550 544.401 6%

* Quantidade digitada no período de 2013 a 2014.

Fonte: Contrato n° 02/2013 e Pagamentos realizados nos anos de 2013 e 2014

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22

Desta forma, foi solicitado à Unidade esclarecer o seguinte:

a) Motivo de a licitação não ter sido realizada por item, dividida de forma a aproveitar

as peculiaridades do mercado.

b) Execução contratual dos itens licitados de forma desproporcional à estabelecida na

licitação, privilegiando o item em que a Empresa Vencedora apresentou o maior valor.

##/Fato##

Causa

Priorização pelo INMET do item “Caderneta” em relação ao item “Livros M1”,

quando comparada com a proporção entre a digitação dos documentos estabelecida na

licitação.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação nº 009/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

a) “O Objeto do Pregão nº 09/2012 referiu-se às atividades de atualização do banco de

dados meteorológicos à partir da digitação das informações contidas no acervo

meteorológico já digitalizado em etapa anterior. O Tipo adotado foi o “MENOR

PREÇO GLOBAL” pelos motivos abaixo enumerados:”

“Menor Custo: tratando-se de atividade comum a ambos os itens – digitação –

independente do tipo de documento, se Caderneta ou Livro M1, o processo a ser criado

e executado pelas licitantes seria o mesmo, dentro de uma mesma infraestrutura

(imóvel, hardware, software, mobiliário, sistema de segurança, etc.), com uma mesma

equipe técnica e administrativa (digitadores, coordenador técnico, meteorologista,

administração, porteiro, etc.). Caso o Pregão fosse dividido em itens sagrando-se

vencedoras licitantes distintas, o custo total com a infraestrutura e equipe técnica e

administrativa seriam bem superiores, onerando assim a execução dos contratos;”

“Segurança: a opção adotada mitigou os riscos e as questões relacionadas à segurança

do acervo meteorológico do Instituto, cujo processo de transporte que considera o

envio em mídia digital (CD’s) para o local de desenvolvimento das atividades da

empresa licitante – devidamente avaliado e aprovado previamente em termos de

segurança – o manuseio e retorno ao Instituto para o local de sua guarda definitiva no

Edifício Centro de Documentação Meteorológica do INMET;”

“Outra condição essencial para a opção adotada foi a garantia da qualidade do dado

meteorológico digitado, pois, as informações resultantes de todo o processo são

utilizadas pela sociedade e por uma gama ampla de instituições organizações

nacionais e internacionais e, em função da pouca disponibilidade de pessoal do INMET

para realizar o controle da qualidade do dado retornado – existem apenas 02 pessoas

para realizar essa tarefa – a participação de mais de uma empresa no processo seria

um fator complicador;”

b)“Foram 2 (dois) os motivos que levaram o Instituto a orientar que a empresa

Contratada priorizasse as atividades relacionadas ao item Caderneta:

a) A necessidade de se completar os intervalos – ausência- de dados existentes na

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23

série histórica no Banco de Dados Meteorológico à partir de 1960, faixa esta

que recebe a maior parte das solicitações de empresas e instituições que

operam com base em dados climáticos recentes. Os Dados do LIVROS M1 são

relativos ao período da fundação do INMET até aproximadamente 1950, e

Devido à característica das atividades – digitação da Caderneta e do Livro M1 – que

confere maior dificuldade técnica e operacional de digitação do Livro M1, que por

possuir um quantitativo bem inferior, se tornou menos prioritária.”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, realizada em 17/08/2015, a

Unidade, por meio do Ofício n.º 236/2015/GAB/INMET de 20/08/2015, encaminhou

informações adicionais, nos seguintes termos:

“Foi ação estratégica do Instituto, priorizar inicialmente a execução dos serviços que

disponibilizassem em menor espaço de tempo o maior volume de dados meteorológicos

históricos a serem digitados e relativos ao período de maior demanda de solicitações

pela sociedade em geral, qual seja, a partir de 1961, cujos registros encontram-se tão

somente lançados em formato tipo Caderneta.

Ressaltamos que, em 07/10/2014, conforme reunião de trabalho realizada com a

empresa contratada, foi revisado o Plano de Produção de 2014 e elaborado um novo

Plano para os exercícios de 2015 e 2016, que já considerou a necessidade do

incremento da digitação dos Livros M1.

Neste sentido, os gráficos abaixo demonstram o histórico de evolução do

contrato onde a partir de 2015 a execução das Ordens de Serviços já enfatizaram – em

quantidade e valor - a digitação de dados meteorológicos dos Livros M1,

paralelamente às Cadernetas, cujos procedimentos foram reiterados recentemente com

a empresa executora.

Gráficos:

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24

O que se pode observar é que a projeção da execução da digitação das

Cadernetas e Livros M1, conforme planejamento do período 2013-2015, em quantidade

e valores, converge no sentido de que os resultados a serem obtidos até 2016

corroboram a estratégia adotada.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

a) A fundamentação apresentada pela Unidade esclarece porque a licitação não foi

realizada por item, restando instruir o processo adequadamente, juntando todas as

informações necessárias ao entendimento de seu conteúdo.

b) Não obstante a necessidade da Unidade de priorizar o item Caderneta para fins

gerenciais, tal estratégia não respeitou os ditames da licitação transcritos em Contrato,

uma vez que a proporção de digitação de Cadernetas e Livros deveria ter sido mantida

quando da execução, principalmente quando se verifica que os valores unitários dos

Livros trouxeram vantagem competitiva à Empresa FLEXDOC em detrimento das

demais concorrentes.

O argumento de que a digitação dos Livros se tornou menos prioritária por

possuir maior dificuldade técnica e operacional não é aceitável, visto que tal priorização

deveria ter sido proposta quando justificativa para licitação, oferecendo a todas

licitantes o conhecimento das peculiaridades do serviço que seria prestado.

Cabe mencionar que nos exercícios de 2013 e 2014 o valor pago à FLEXDOC

foi de R$ 8.878.127,82, valor superior ao que seria pago às demais concorrentes caso

fosse realizada digitação na mesma proporção que está ocorrendo na execução

contratual, conforme tabelas elucidativas:

FLEXDOC - Empresa Vencedora do Certame

Proposta Execução Contratual

Item Qtde.

Prevista

Valor

Unit. Valor Total % Qtde Realizada Pagtos. em 2013/2014

Caderneta 2.720.000 5,34 14.524.800,00 70% 1.560.623 8.333.726,82

Livros M1 200.000 31,02 6.204.000,00 30% 17.550 544.401,00

Total 20.728.800,00 100% - 8.878.127,82

DATA EASY – Licitante

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25

Proposta Execução (Projeção)

Item Qtde.

Prevista

Valor

Unit. Valor Total % Qtde Realizada Pagtos. em 2013/2014

Caderneta 2.720.000 3,81 10.363.200,00 46% 1.560.623 5.945.973,63

Livros M1 200.000 60,26 12.052.000,00 54% 17.550 1.057.563,00

Total 22.415.200,00 100% - 7.003.536,63

SOS – Licitante

Proposta Execução (Projeção)

Item Qtde.

Prevista

Valor

Unit. Valor Total % Qtde Realizada Pagtos. em 2013/2014

Caderneta 2.720.000 4,13 11.233.600,00 48% 1.560.623 6.445.372,99

Livros M1 200.000 61,34 12.268.000,00 52% 17.550 1.076.517,00

Total 23.501.600,00 100% - 7.521.889,99

PA – Licitante

Proposta Execução (Projeção)

Item Qtde.

Prevista

Valor

Unit. Valor Total % Qtde Realizada Pagtos. em 2013/2014

Caderneta 2.720.000 4,68 12.729.600,00 45% 1.560.623 7.303.715,64

Livros M1 200.000 81,78 15.812.000,00 55% 17.550 1.435.239,00

Total 28.541.600,00 100% - 8.738.954,64

Fonte: Contrato n° 02/2013 e Pagamentos realizados nos anos de 2013 e 2014.

Como se observa, diante dos quadros apresentados, o valor pago pelo mesmo

volume de trabalho executado nos anos de 2013 e 2014 poderia ser reduzido em até R$

1.874.591,19. Portanto, a gestão financeira do contrato não foi adequada devido à

antecipação do fluxo financeiro, de igual forma a manutenção do equilíbrio econômico-

financeiro da execução contratual, haja vista que para item (Livro), que a Contratada

apresentou o menor preço, a realização não chegou a 9% da quantidade total prevista no

contrato, enquanto para o item (Caderneta), que a empresa cotou o maior valor, a

execução já alcançou 57% do total previsto.

Em atenção ao Ofício n.º 236/2015/GAB/INMET de 20/08/2015, cabe

mencionar que, embora a priorização do item Caderneta fosse ação estratégica do

INMET para o atendimento das demandas de informações meteorológicas, tal fato

deveria ter sido esclarecido em momento anterior à apresentação das propostas dos

licitantes concorrentes, a fim de que os partícipes do certame tivessem ciência da

estratégia adotada posteriormente ao término da licitação.

Ademais, uma vez que a Unidade adotou providências no sentido de equalizar o

fluxo financeiro da execução do contrato com Plano de Produção para os exercícios de

2015 e 2016, faz-se necessário que seja estabelecido o devido monitoramento da

Produção até o final do período do contrato.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Monitorar as providências para equalização do fluxo financeiro e do

equilíbrio da execução contratual, com vistas a assegurar a proporcionalidade de

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26

realização dos itens contratados, em cumprimento à previsão de cronograma para

digitação dos Livros M1.

##/Fato##

1.1.4 CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS

1.1.4.1 CONSTATAÇÃO

Emissão de ordens bancárias, via SIAFI, por terceirizado em favor da própria

empresa pela qual é contratado.

Fato

O Contrato n° 04/2009, decorrente do Processo n° 21160.000673/2008-61,

Pregão nº 10/2008, celebrado com a Empresa AVAL Empresa de Serviços

Especializados Ltda., no valor de R$ 24.340.697,66, tem por objeto a contratação de

pessoa jurídica para prestação de serviços nas áreas de apoio operacional e serviços

técnicos-especializados, considerados essenciais para o suporte técnico administrativo e

operacional, necessários ao funcionamento do Instituto Nacional de Meteorologia -

INMET.

Em análise aos processos de pagamento relacionados ao Contrato em comento

foi verificado que as Ordens Bancárias n.º 2014OB800086, 2014OB 800088,

2014OB800175, 2014OB800213, 2014OB800252, 2014OB800310, 2014OB800352,

2014OB800420, 2014OB800485, 2014OB800589, 2014OB800636 e 2014OB800683,

tendo como favorecido a Empresa AVAL Empresa de Serviços Especializados Ltda.

(CNPJ: 24.9303.150/001-04), foram emitidas no SIAFI por funcionário (CPF nº

***.659.871-**) da própria Empresa.

Outrossim, cabe mencionar que foram identificados outros terceirizados (CPF

nºs ***.068.541-** e ***.402.921-**) que operam o Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI na Unidade.

##/F

Causa

Fragilidade nos controles administrativos, haja vista a inobservância de

segregação da função, quando se verifica que as ordens bancárias são emitidas por

funcionário da própria empresa favorecida e falta de formalização adequada para

operacionalização do Sistema por terceirizados.

##/Cau1

Manifestação da Unidade Examinada

A Unidade por meio da Informação nº 013/2015, se manifestou nos seguintes

termos:

“Em função da disponibilidade numérica de servidores no Instituto, 03 (três)

colaboradores terceirizados – contrato de apoio operacional - foram alocados na área

financeira (SEPRO/CAO). É meta do Instituto substituir estes funcionários pela nova

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27

equipe a ser contratada via Concurso Público, cujo processo encontra-se em

andamento, na fase de retificação nº 2 do Edital publicado. Segue (Anexo I) a

formalização de autorização de funcionário terceirizado para acessar o SIAFI.”

“Conforme informação anterior, em função da indisponibilidade numérica de

servidores do Instituto, 03 (três colaboradores) contratados terceirizados – contrato de

apoio operacional – foram alocados na área financeira (SEPRO/CAO), sendo um deles

o corresponsável pela emissão de ordens bancárias relativas a pagamentos. É meta do

Instituto substituir estes funcionários pela nova equipe a ser contratada via Concurso

Público, cujo processo encontra-se em andamento, na fase de retificação nº 2 do Edital

já publicado.”

Além disso, a Unidade apresentou documento com a formalização de

autorização do funcionário terceirizado para acessar o SIAFI.

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“Será editada Portaria/INMET para orientar e disciplinar, com base na

legislação existente, a utilização do SIAFI por servidores e terceirizados lotados na

área administrativa e financeira da unidade Sede e dos Distritos.”

##/ManifestacaoUnidadeExamina

Análise do Controle Interno

O SIAFI deve ser acessado, preferencialmente, por servidores públicos

vinculados diretamente ao órgão responsável pelos lançamentos no Sistema ou por

servidores pelo INMET requisitados e somente em casos excepcionais usuários

terceirizados poderão ser cadastrados no referido Sistema.

Nesse sentido, a Unidade apresentou documento com a formalização de

autorização para que os funcionários terceirizados tenham acesso ao SIAFI, entretanto

sem motivar a situação de excepcionalidade.

Em relação aos pagamentos efetuados via SIAFI por funcionário da própria

empresa favorecida, verificou-se que não houve a devida segregação da função de

pagamento, denotando falha de controles internos pela Unidade.

Tal segregação mitiga o risco de que ocorra pagamento indevido durante a

execução das operações, visto que evita que a mesma pessoa que efetua os pagamentos

à empresa tenha acesso à respectiva escrituração contábil, o que caracterizaria a fraude

caso aquela fosse adulterada.

Em relação a esse tema, a Instrução Normativa nº 01, de 06 de abril de 2001, a

qual define diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas técnicas para a atuação do

Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, define segregação de funções

da seguinte forma:

“IV. Segregação de funções – a estrutura das unidades/entidades deve prever a

separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução,

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28

controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha

competências e atribuições em desacordo com este princípio;”

Portanto, conclui-se que a segregação de funções é importante para otimizar a

segurança dos controles internos administrativos da Unidade.

A Unidade informou no Ofício nº 236/2015/GAB/INMET que editará portaria

para orientar e disciplinar esse assunto no Instituto.

##/AnaliseControleIntern

Recomendações:

Recomendação 1: Estabelecer instância de confirmação da exatidão dos lançamentos

realizados por terceirizados no SIAFI em relação aos valores aprovados, garantindo que

todos estão suportados pelas faturas correspondentes, avaliando a implantação de

limites de alçada não acessíveis aos terceirizados e realizando o pagamento das

respectivas empresas apenas por servidor.

Recomendação 2: Adequar o formulário de autorização de acesso ao SIAFI a

funcionário terceirizado aos limites de alçada e vedações estabelecidas na

recomendação anterior, motivando a adoção dessa medida administrativa excepcional.

1.1.5 AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS

1.1.5.1 INFORMAÇÃO

Convênio SIAFI nº 633641 - celebrado entre o INMET e o Instituto Brasileiro de

Pesquisa e Desenvolvimento Institucional Aplicado - IDAP

Fato

O Convênio nº 633641, celebrado entre o INMET e o e o Instituto Brasileiro de

Pesquisa e Desenvolvimento Institucional Aplicado - IDAP, no valor de R$

33.481.320,00, com vigência de 01/09/2013a 01/09/2015, tem por objetivo apoiar e dar

subsidio a consecução do Programa de aperfeiçoamento e desenvolvimento institucional

do INMET, desenvolvimento e execução do sub-projeto da área 1. Projetos e Ações

específicos na área finalística em especial a execução da Fase 1 - Desenvolvimento e

Pesquisa ao suporte

Os responsáveis pelo acompanhamento do Convênio são o Diretor e Gestor do

Convênio (Coordenador-Geral de Agrometeorologia – CGA) e o Gestor Financeiro

(SEAD/CAO).

No Plano de Trabalho do Convênio existem, para cada meta definida, duas

importantes interconexões de projeto com a concedente: Relatório Técnico Preliminar

(PRT) e o Relatório Fim de Fase (AFF). A rotina de verificação do cumprimento do

objeto contratado é realizada por meio do acompanhamento direto resultante do contato

entre as equipes técnicas dos dois Institutos e também por meio das Prestações de

Contas Parciais - PCP's. No acompanhamento direto há um compartilhamento de

informações e dados relativos ao desenvolvimento do projeto e ao atingimento das

metas, enquanto que as PCP's (Prestações de Contas Parciais) permitem ao INMET

realizar o acompanhamento técnico e financeiro das metas do Plano de Trabalho. A

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29

cada PCP entregue formalmente pelo IDAP, o 1º volume trata das informações

financeiras do Convênio sendo encaminhado ao Gestor Financeiro/INMET e os demais

volumes são repassados para o Gestor Técnico/INMET. Este separa os produtos por

assunto e os encaminha para as respectivas Coordenações responsáveis no Instituto.

Cada Coordenação avalia os resultados dos produtos segundo o Plano de Trabalho e

posteriormente retorna essa avaliação ao Gestor Técnico. Com os posicionamentos de

cada Coordenação quanto aos resultados, o Gestor técnico aprova a PCP.

As PCP's são apresentadas pelo IDAP trimestralmente, antecipando-se assim ao

prazo fixado pela legislação de Convênios.

Da análise efetuada foi verificado que os repasses não são realizados conforme o

cronograma previsto no Plano de Aplicação (que integra o Plano de Trabalho). De

acordo com o INMET, isso ocorre devido a frequente indisponibilidade de recursos

financeiros, do MAPA para o INMET, seja em decorrência de limitações, de cortes,

bem como de contingenciamentos orçamentários levados a efeito pelo Governo Federal.

Conforme consta do Relatório de Gestão, o referido Convênio somente seria prorrogado

caso fosse imprescindível para o cumprimento das atribuições do INMET, e apenas pelo

prazo necessário a realização de concurso público para recomposição dos quadros do

Instituto. Após autorização para a realização de concurso público e o provimento de 242

cargos do Plano de Carreiras para a Área de Ciência e Tecnologia, do quadro de pessoal

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para o Instituto Nacional de

Meteorologia (Inmet), por meio da Portaria nº 435, de 17 de novembro/MPOG, em 27

de novembro de 2014, o Instituto publicou no DOU nº 230 o Aviso de Licitação

objetivando a contratação de empresa/instituição especializada para a prestação de

serviços técnico-especializados de organização e realização do referido concurso.

A Consulplan Concursos, instituição vencedora do pregão nº 9/2014, já divulgou o

Edital do Concurso com estimativa para a posse dos aprovados até fim do exercício de

2015.

1.2 Ampliação da Rede Nacional de Monitoramento Meteorológico

1.2.1. ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO

1.2.1.1 INFORMAÇÃO

Informação básica da Ação de Governo 147S - Ampliação da Rede Nacional de

Monitoramento Meteorológico

FATO:

Trata-se da Ação 147S - Ampliação da Rede Nacional de Monitoramento

Meteorológico que tem por finalidade a ampliação da capacidade de coleta de dados de

observação meteorológica com: a duplicação da rede de observação automática

existente, o incremento de 75% da rede de boias oceânicas para a observação marinha, a

modernização da rede de observação de altitude e a ampliação da rede de radares em

operação no Brasil.

O INMET fará a aquisição dos equipamentos e serviços relacionados, com a finalidade

de fortalecer a Vigilância Meteorológica Nacional e a capacidade de Previsão de Tempo

e Clima, estando previstas as seguintes etapas de ampliação:

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30

Quadro – Etapas da Ampliação da Rede Nacional de Monitoramento Meteorológico

Etapa Objeto Início Término Valor (R$)

I Processo de aquisição de estações meteorológicas

automáticas 1/2012 12/2014 25.000.000,00

II Recebimento das estações meteorológicas

automáticas 1/2012 12/2015 0,00

III Instalação das estações meteorológicas automáticas 1/2012 12/2016 5.000.000,00

IV Processo de aquisição de radares 1/2014 12/2015 18.000.000,00

V Instalação de radares 1/2014 12/2016 6.000.000,00

VI Aquisição de boias fixas para o programa nacional

de boias 1/2014 12/2015 2.400.000,00

VII Aquisição de estações de radiossondagem 1/2012 12/2012 850.000,00

VIII Instalação de estações de radiossondagem 1/2013 12/2013 0,00

Total 57.250.000,00

Fonte: Cadastro de Ações do Orçamento 2014

A implementação da Ação se dá de forma direta pela UG, através de aquisições, por

meio de licitação pública, seguidas pela instalação e operação/manutenção pelo INMET

Sede e pelos Distritos de Meteorologia.

Esta Ação representou 1,42 % do total das despesas executadas pelo INMET no

contexto do Programa de Governo 2014 - Agropecuária Sustentável, Abastecimento e

Comercialização.

1.2.2 AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS

1.2.2.1 CONSTATAÇÃO

Baixo desempenho e falta de demonstrativos orçamentários e financeiros do

Projeto de Cooperação Técnica Internacional - BRA/OMM/011001 011/001 OMM

(SIAFI 668115)

Fato

O Projeto de Cooperação Técnica Internacional - PCT (Projeto

BRA/OMM/011/001) celebrado entre o INMET e a Organização Meteorológica

Mundial - OMM (SIAFI nº 668115), no valor de R$ 19.111.634,00, com vigência de

26/10/2011a 26/10/2015, tem por objetivo “Desenvolver ações e atividades de inovação

e aplicação de novas técnicas de assimilação de dados para suporte à modelagem

numérica da atmosfera, além da reestruturação e complementação das atividades

desenvolvidas pelo INMET.”

Em análise ao referido Projeto foi verificado que dos 30 resultados esperados

para o ano de 2014 (20 associados ao objetivo 1 e 10 associados ao objetivo 2), 15 deles

obtiveram 0% de índice de realização técnica, 12 deles obtiveram 50% e somente 3

tiveram 100% de realização indicando um baixo desempenho técnico-operacional.

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31

Além disso, foi verificado que os dados financeiros não estavam disponibilizados no

Sistema de Informações Gerenciais de Acompanhamento de Projetos –

SIGAP/ABC/MRE, e tampouco foram apresentados no Relatório de Progresso,

dificultando a análise dos gastos realizados para atendimento aos objetivos do PCT. ##/Fato##

Causa

Ausência de Escritório da OMM no Brasil. Aparente baixo interesse da OMM no

Convênio.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação nº 14/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“Segundo informação do Diretor Nacional do PCT, grande parte das atividades

previstas para desenvolvimento foram executadas pela atual equipe alocada na

Coordenacao-Geral de Modelagem Numérica - CMN, sem a necessidade de apoio do

Projeto. Cabe ressaltar que o Produto 1.7, que previu a aquisição de Estações

Meteorológicas Automáticas, teve 50% da sua execução via OMM, com a aquisição dos

referidos equipamentos, e os outros 50% serão executados pelas Equipes de

Manutenção do INMET com os recursos da OMM, que devera proceder à instalação

das estações no transcorrer de 2015-2016. Por ultimo, justificando a baixa execução dos

demais itens, conclui informando sobre a grande dificuldade em atrair/manter em

Brasília o perfil de especialista necessário para o desenvolvimento das demais

atividades previstas no PCT.”

“A solicitação de envio dos dados de execução financeira/2014 foi feita em dez/2014

para o Escritório Regional da OMM no Paraguai. Este, por sua vez, repassou a solicitação

para a Sede da OMM em Genebra, que informou que haveria demora no atendimento,

justificando sobre a realização do Congresso Mundial de Meteorologia no período de

26/maio a 10/junho/2015 e que todo o esforço de contabilidade estava direcionado para

preparar a contabilidade global da instituição, visto que, a Secretaria Geral da OMM terá

que apresentar suas contas em plenário - composto por 194 países - para discussão e

aprovação das contas do ultimo mandato. Após reiteradas solicitações, a OMM finalmente

enviou em 4/5/2015 o relatório financeiro do PCT, motivo pelo qual a atividade de inclusão

dos dados no SIGAP teve início a partir de 14/05, após efetuar a conversão de todos os

valores em outras moedas (Dólar e/ou Francos Suíços) para Real e da autorização para

abertura formal do sistema no período de 2014 pela equipe técnica da ABC/MRE.”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“Esta Administração considera ser de total interesse a continuidade do Projeto de

Cooperação Técnica BRA/OMM/011001 celebrado entre o INMET e a Organização

Meteorológica Mundial – OMM, considerando os resultados obtidos no primeiro período de

2002 a 2008, que resultou em economia da ordem de 40 milhões de reais, à época.

O segundo período do Projeto, de 2011 a 2016, vem apresentando execução abaixo

do planejamento original, em função, principalmente, do atraso da conclusão do processo

licitatório realizado pela OMM para aquisição de Estações por Genebra. Além disso, no

tocante a contratação de consultoria especializada, o projeto encontrou dificuldade na

identificação de profissionais da área de modelagem numérica, computação de alto

desempenho e tecnologia da informação com conexões em telecomunicações. Exemplo disto

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foi a dificuldade de montar equipe para implementar o projeto internacional GISC – Global

Information System Center no campus do INMET, já aprovado pela OMM, em andamento.

Com referência aos dados orçamentários e financeiros do Projeto

BRA/OMM/011001 – exercício 2014 – comunicamos que, após envio pela OMM Genebra, já

foram devidamente lançados no SIGAP e se encontram à disposição para análise e avaliação

por meio do Relatório de Progresso Anual - 2014, e ser emitido à partir da opção “SIGAP -

Relatórios de Acompanhamento”/Internet.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A Unidade, em sua resposta, informa que realizou várias solicitações para a

OMM quanto à prestação de contas relativa ao exercício de 2014. Quanto ao baixo

desempenho técnico-operacional do PCT, o INMET informou que grande parte das

atividades previstas foi executada por equipe no próprio Instituto, sem a necessidade de

apoio do Projeto.

O baixo desempenho técnico-operacional do PCT, aliado a demora da OMM em

enviar a prestação de contas de 2014, indica baixa capacidade operacional da OMM em

atender aos compromissos acordados nesse Projeto. Em razão disso, cabe avaliar a

possibilidade de suspensão deste PCT, conforme prevê o Título XIII - Suspensão, art.

20.1, letra “d”.

A Unidade, por meio do Ofício nº 236/2015, acrescentou que o PCT, apesar do

exposto acima, ainda se mantém interessante. Em razão disso, faz-se necessário uma

avaliação quanto ao redimensionamento deste PCT quanto aos seus objetivos e

resultados de modo que os resultados definidos possam ser alcançados e a prestação de

contas realizada na forma e no período acordados.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Avaliar, o redimensionamento desse PCT quanto aos seus objetivos e

resultados, o Projeto de Cooperação Técnica BRA/OMM/011001 celebrado entre o

INMET e a Organização Meteorológica Mundial - OMM.

Recomendação 2: Elaborar os demonstrativos orçamentários e financeiros exigidos, de

modo a refletir a situação do Projeto BRA/OMM/011001 e permitir análise sobre o

desempenho e o controle dos gastos realizados.

1.2.2.2 CONSTATAÇÃO

Demora na operacionalização de estações meteorológicas adquiridas por meio do

convênio com a Organização Meteorológica Mundial

Fato

O Projeto de Cooperação Técnica Internacional- PCT (Projeto

BRA/OMM/011/001) celebrado entre o INMET e a Organização Meteorológica

Mundial - OMM (SIAFI nº 668115), no valor de R$ 19.111.634,00, com vigência de

26/10/2011a 26/10/2015, tem por objetivo “Desenvolver ações e atividades de inovação

e aplicação de novas técnicas de assimilação de dados para suporte à modelagem

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33

numérica da atmosfera, além da reestruturação e complementação das atividades

desenvolvidas pelo INMET.”

Em análise ao referido Projeto, especialmente à Atividade 1.7 (Aprimorar as

redes de observação meteorológica, oceânica e ambiental, para a melhoria das

previsões de tempo e clima), a qual prevê a aquisição de 118 estações meteorológicas,

foi verificado que as estações foram adquiridas por intermédio da OMM, ao custo

unitário de R$ 158.133,08, totalizando R$ 2.846.395,47, entretanto nenhuma das 118

unidades foi instalada.

De acordo com os termos de recebimentos das estações, 100 unidades foram

recebidas em novembro de 2014 e outras 18 em março de 2015. O planejamento de

instalação de 110 (visto que 8 unidades serão mantidas como reserva técnica) estações

automáticas adquiridas tem previsão de início a partir do segundo semestre de 2015,

cujo cronograma deverá ser executado na medida em que os Acordos de Cooperação

Técnica - ACT junto a instituições parceiras (Aeronáutica, Exército, Marinha,

Universidades, Prefeituras, etc.) forem concluídos. O cronograma estimado, entregue

após a Solicitação de Auditoria, é apresentado a seguir:

Quadro - cronograma de instalação (Mês/Equipe/n° Estações)

Período

(mês/ano)

Equipe 1

(Sede)

Equipe 2

(Sede)

Equipe 3

(3°Disme)

Equipe 4

(5° Disme)

Equipe 5

(7° Disme)

Equipe 6

(8° Disme) ago/15 2 2 2 2 - 2

set/15 2 2 2 2 2 -

nov/15 2 2 2 - 2 2

fev/16 - 2 2 2 2 2

mar/16 2 2 - 2 2 2

mai/16 2 2 2 - 2 2

jun/16 2 2 2 2 - 2

ago/16 2 2 2 2 2 -

set/16 - 2 2 2 2 2

out/16 2 - 2 2 2 2

nov/16 2 2 - 2 2 2

Fonte: Informação/INMET nº 14/2015

Assim, o cronograma de instalação dessas estações meteorológicas está sujeito a

alterações conforme disponibilidade de recursos técnicos, financeiros, humanos,

logísticos e dos Acordos de Cooperação Técnica, não se evidenciando que estas

variáveis tenham sido consideradas no planejamento de instalação e operacionalização

das referidas estações.

##/Fato##

Causa

Fragilidade do planejamento quanto à avaliação e definição das necessidades de

recursos (financeiros, humanos e logísticos) necessários à implantação dos

equipamentos.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

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34

Por meio da Informação/INMET nº 14/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“A definição do cronograma de instalação das unidades automáticas (com

comunicadores GOES, UCC's ou MCT's) depende principalmente do resultado do

mapeamento - em andamento - de áreas seguras junto aos parceiros do instituto no

sentido de receber/manter - via celebração de Acordo de Cooperação técnica/ACT -

esse tipo de equipamento em operação ininterrupta.

Convém ressaltar que a instalação das estações automáticas deve ocorrer em

áreas seguras, evitando que fiquem a mercê de vandalismo e, por isso, a necessidade de

realização destes ACT's. Assim, o resultado deste processo e que definirá efetivamente

o plano de instalação das novas unidades, previsto para 2015 e 2016.

Outros fatores não menos importantes que impactam a definição e execução do

cronograma de instalação é a disponibilidade de recursos financeiros para as equipes

de manutenção (diárias, sobressalentes e combustíveis), bem como, de pessoal

(técnicos).”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“Os contatos para a celebração de novos Acordos de Cooperação Técnica –

ACT´s com vistas à instalação de Estações Meteorológicas Automáticas no território

nacional, bem como, para a manutenção e prorrogação dos instrumentos em curso,

fazem parte da rotina diária do instituto.

Ressaltamos o fato de que o processo demanda inicialmente a identificação de

locais propícios para a instalação das Estações Automáticas e, na sequencia, a

identificação de Instituições parceiras para a celebração do ACT. Neste sentido, as

tratativas que tem permitido as recentes instalações via ACT tiveram início há mais de

2 anos, pois trata-se de processo que depende da agilidade dos parceiros envolvidos,

incluindo análise jurídica.

Conforme informação recente da área responsável (SEGER/CGSC), encontra-se

assim o planejamento de instalação em execução (curto prazo):

Período (mês/ano) Quantidade de instalações

Ago/set/15 10

out/15 10

nov/15 10

Portanto, das 118 (cento e dezoito) unidades recentemente adquiridas, para o

exercício de 2015, encontra-se prevista a instalação de 30 (trinta) unidades, ficando

para o exercício de 2016 a instalação das demais unidades.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A Unidade, em sua resposta, apresenta os motivos para instalação das estações

meteorológicas adquiridas somente a partir do 2º semestre de 2015. O Instituto sinaliza

que os equipamentos serão instalados somente após a realização de Acordos de

Cooperação Técnica/ACT.

Esta situação denota riscos quanto à guarda e à obsolescência, por se referir a

equipamentos de alta tecnologia. Além disso, o INMET deixa de usufruir de imediato

dos recursos proporcionados pelas novas estações meteorológicas.

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35

Em análise conjunta dos termos de recebimentos das estações e do cronograma

de instalação, observa-se um tempo médio de 16,8 meses da data do recebimento até a

data prevista para instalação de uma estação meteorológica.

A Unidade informou no Ofício nº 236/2015/GAB/INMET que as tratativas para

identificação de locais propícios para a instalação das Estações dependem de agilidade

dos parceiros envolvidos nos ACTs incluindo a análise jurídica. Informou também que

o cronograma para instalação das estações em 2015 continua com a previsão de

instalação de 30 (trinta) unidades. Desta forma corrobora-se a necessidades de antecipar

contatos com parceiros para cumprir o cronograma estabelecido.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Antecipar os contatos para realizar os acordos necessários à

instalação das estações meteorológicas, estabelecendo mecanismo de priorização para

assegurar o cumprimento do cronograma apresentado na Informação/INMET nº

14/2015, de modo que os equipamentos disponíveis sejam aproveitados

tempestivamente para o cumprimento das atribuições do INMET.

2 Segurança Alimentar e Nutricional

2.1 Dessalinização de Água - Água Doce - Plano Brasil sem Miséria.

2.1.1. ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO

2.1.1.1 INFORMAÇÃO

Informação básica da Ação de Governo 8695 - Dessalinização de Água - Água Doce

- Plano Brasil sem Miséria

FATO:

Trata-se da Ação 8695 - Dessalinização de Água - Água Doce - Plano Brasil sem

Miséria, que tem por finalidade a recuperação e instalação de sistemas de dessalinização

de águas subterrâneas, captadas por meio de poços tubulares e associá-los à implantação

de sistemas produtivos locais sustentáveis onde as condições o permitirem. Esses

sistemas possuem como base o aproveitamento múltiplo do concentrado resultante deste

processo, com base nos princípios da economia popular, solidária e sustentável,

aumento de renda e segurança alimentar. Entretanto, onde não for possível o

aproveitamento múltiplo, esse concentrado será submetido a tratamento, de modo a não

comprometer o meio ambiente.

Do ponto de vista operacional, a ação está estruturada em núcleos estaduais - formados

por representantes do poder público e da sociedade civil - sob coordenação dos órgãos

de recursos hídricos estaduais e por núcleos locais das comunidades beneficiadas,

gestores dos sistemas implantados.

O desenvolvimento da ação seguirá o estabelecido nos Planos Estaduais de

implementação do Programa Água Doce, construídos de forma descentralizada e

participativa. Objetiva-se, com isso, coordenar, promover e disciplinar a instalação, a

recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização de água, ambiental e socialmente

sustentáveis, com tratamento e aproveitamento do rejeito e gestão comunitária, visando

o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa

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qualidade para consumo humano, usando essa e outras tecnologias alternativas, em

especial para as populações de baixa renda residentes em localidades difusas do

semiárido brasileiro.

A implementação do projeto dar-se-á numa parceria entre o Ministério do Meio

Ambiente e os governos de estados integrantes do projeto, tendo como ponto de partida

os planos estaduais do Projeto Água Doce - PAD, elaborados pelos Núcleos Estaduais,

sob a coordenação dos órgãos estaduais de recursos hídricos, tendo como referência as

diretrizes e critérios de prioridade definidos pela metodologia do Programa, constante

do Documento Base do PAD, disponível no sítio do MMA.

A sustentabilidade da gestão será garantida pela participação da comunidade local

beneficiada, por meio dos acordos locais de gestão, produto do componente mobilização

social. Ressalta-se a importância do componente capacitação na sustentabilidade da

gestão local.

A implementação da Ação se dá de forma direta e descentralizada pela UG, mediante

detalhamento de cada Plano Operacional por meio de: Plano de trabalho, celebração de

convênio, celebração de contratos de cessão de uso, análise dos relatórios

técnicos/fotográficos e visitas "in loco", quando necessário.

O Programa Água Doce se relaciona com a Política Nacional sobre Mudança do Clima,

por reduzir as vulnerabilidades no que diz respeito ao acesso à água no Semiárido, o

Programa Água Doce é considerado uma medida de adaptação às mudanças climáticas

indo ao encontro das competências e objetivos do INMET, que tem como missão prover

informações meteorológicas confiáveis à sociedade brasileira e influir construtivamente

no processo de tomada de decisão, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do

País. Esta missão é alcançada por meio de monitoramento, análise e previsão de tempo e

de clima, que se fundamentam em pesquisa aplicada, trabalho em parcela e

compartilhamento do conhecimento, com ênfase em resultados práticos e confiáveis.

Por meio do Termo de Cooperação Nº DRB/05/2013, assinado em 06/12/2013, cujo

objeto é o “apoio às ações do Programa Água Doce e ao fortalecimento de ações

agrometeorológicos(sic) do Instituto Nacional de Meteorologia.”, o Ministério do Meio

Ambiente - MMA, por intermédio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente

Urbano – SRHU acordou com o INMET a transferência de créditos orçamentários para

este órgão, por meio dessa Ação.

Esta Ação representou despesas realizadas pelo INMET, no exercício de 2014, no

montante de R$ 1.856.077,58, correspondente a 3,98% do total executado pela Unidade

100% no contexto do Programa de Governo 2069 - Segurança Alimentar e Nutricional

nesta UJ.

2.1.2 AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS

2.1.2.1 CONSTATAÇÃO

Desvios de finalidade na execução do Projeto de Cooperação Técnica Internacional

nº 06/004 (PCT BRA/IICA/06/004)

Fato

O Projeto de Cooperação Técnica nº 06/004 (PCT BRA/IICA/06/004), celebrado

entre o INMET e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA),

SIAFI nº 599902, no valor de R$ 14.816.760,00, com vigência de 15/12/2006 a

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09/12/2016, tem por objetivo “Contribuir para o fortalecimento de ações

agromeotorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em apoio ao

agronegócio”.

O INMET também é partícipe, juntamente com Ministério do Meio Ambiente -

MMA, por intermédio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano - SRHU,

do Termo de Cooperação Nº DRB/05/2013, assinado em 06/12/2013, por meio do

Processo nº 02000.003055/2013-20, cujo objeto é o “Projeto de apoio às ações do

Programa Água Doce e ao fortalecimento de ações agrometeorológicos(sic) do

Instituto Nacional de Meteorologia.” Em razão desse Termo de Cooperação, o INMET

recebeu do MMA R$ 1.856.077,58 no ano de 2013 e repassou esse recurso

integralmente para o PCT BRA/IICA/06/004 por meio dos documentos abaixo:

Quadro – Valores repassados pelo Termo de Cooperação DRB/04/2013 para o PCT

BRA/IICA/06/004

Nota de Empenho Ordem bancária Favorecido Valor

2013NE000070 2014OB800161 Instituto Interamericano de Cooperação

para a Agricultura (IICA) 144.451,02

2013NE000071

2014OB800162 Instituto Interamericano de Cooperação

para a Agricultura (IICA) 431.235,00

2014OB800163 Instituto Interamericano de Cooperação

para a Agricultura (IICA) 1.280.391,56

Total 1.856.077,58

Fonte: SIAFI

No âmbito do Projeto BRA/IICA/06/004 foi verificada a realização de gastos em

ações do Programa Água Doce, o qual é conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente –

MMA. Os gastos executados pelo PCT em prol do Programa Água Doce estão

relacionados, dentre outras, as seguintes atividades:

Atividade de coordenação e supervisão de implantação de sistemas de

dessalinização;

Apoio na orientação de equipes estaduais no planejamento de ações apropriadas

para a convivência com o semiárido;

Palestras realizadas para técnicos locais sobre a convivência com o Semiárido;

Supervisão e Coordenação de ações do componente mobilização social;

Apoio a atividades de campo do Programa Água Doce quanto à implantação e a

operação dos Sistemas Produtivos, dos Sistemas de Dessalinização e das Obras

Civis;

Desta forma, diante da documentação apresentada pela Unidade, não foram

identificados elementos que permitam relacionar alguns dos gastos/atividades realizados

em favor do Programa Água Doce, de forma objetiva, clara e precisa com os resultados

almejados pelo Projeto BRA/IICA/06/004, caracterizando situações de desvios de

finalidade na aplicação de recursos da cooperação técnica Internacional. ##/Fato##

Causa

Acompanhamento e supervisão insuficientes para inibir atividades fora do escopo do

PCT

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38

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação nº 16/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“O INMET coordena o PCT BRA/IICA/06/04 que visa o Fortalecimento de

Ações Agrometeorológicas, com Objetivos Imediatos e Produtos que estão diretamente

relacionados aos Objetivos do Programa Água Doce/MMA. Além dos indicados

(Objetivo 1, Produto 1.4 e Objetivo 2, Produto 2.3), o principal Objetivo/Produto do

PCT que se encontra aliado ao Programa Agua Doce é:

- OBJETIVO IMEDIATO 1/Produto 1.7: Estudos sobre riscos, ameaças e

vulnerabilidades dos setores produtivos relacionados à mudança climática global, as

variabilidades climáticas e meteorológicas (seguro agrícola, zoneamento

Agroclimatológico, infraestrutura urbana x eventos severos, hidroenergia, cheias e

inundações, etc.) desenvolvidos.

Como sabemos, o Programa Agua Doce - PAD é uma ação do Governo Federal,

coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições

federais, estaduais, municipais e sociedade civil, dentre as quais, o INMET, que visou

estabelecer uma politica publica permanente de acesso a água de qualidade para o

consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de aguas subterrâneas,

incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização,

com estreita relação com a Politica Nacional sobre Mudança do Clima.

Assim, o grande benefício gerado pelo Programa Agua Doce ao PCT 06/004

refere-se à implementação de uma das atuais medidas do governo federal de adaptação

às mudanças climáticas efetuadas a partir do provimento de informações

meteorológicas, missão institucional do INMET que, no caso, influenciou

construtivamente no processo de tomada de decisão que vem tornando possível o

acesso a agua pela população do Semiárido Brasileiro e, assim, contribuindo para o

desenvolvimento sustentável desta parcela da sociedade.”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“Comunicamos que a constatação será formalmente encaminhada via Ofício ao

IICA e à ABC/MRE com vistas à realização de reunião tripartite para avaliação,

conforme orientação, cujo resultado será oportunamente encaminhado para esta

Coordenação/CGU.

Adicionalmente, informamos que o Apoio ao Programa Água Doce/SRHU/MMA

constou formalmente do documento de Revisão nº 2 do PCT BRA IICA/06/004 - que

prorrogou o PCT por 24 meses até dez/2016 - como parte das ações em curso que

necessitavam de continuidade no contexto das políticas nacionais de enfrentamento à

seca, portanto, foi tema discutido em reunião tripartite ocorrida em 28/03/2014,

avaliado e aprovado pela Equipe de Projetos/ABC/MRE.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A Unidade, em sua resposta, defende que as ações desenvolvidas pelo PCT

06/004 em apoio Programa Água Doce estão relacionadas aos resultados 1.4 – “Atender

novas demandas de uso de informações meteorológicas e climatológicas identificadas”,

1.7 – “Estudos sobre riscos, ameaças e vulnerabilidades climáticas e meteorológicas

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desenvolvidos” e 2.3 – “Usuários capacitados a utilizar adequadamente as informações

oferecidas pelo INMET e conscientizados sobre os benefícios econômicos obtidos pelo

uso estratégico dessas informações” do referido Projeto. No entanto, isso não ficou

evidente na documentação analisada, na qual os produtos só faziam referência genérica

aos resultados 1.4 e 2.3. Em que pese haver no documento de Revisão nº 2 do PCT

BRA IICA/06/004 menção ao apoio deste Projeto ao Programa Água Doce, não se

evidencia com clareza como as ações de apoio ao Programa Água Doce (PAD)

colaboram para a consecução dos objetivos do Projeto BRA/IICA/06/004.

Além disso, não foram identificados registros de gastos no Sistema de

Informações Gerenciais de Acompanhamento de Projetos – SIGAP/ABC/MRE

referentes ao Programa Água Doce associados aos resultados 1.7 e 2.3 Projeto

BRA/IICA/06/004.

O dispêndio de recursos do Projeto em atividades incompatíveis com os

objetivos acordados, além de ser uma prática vedada devido ao desvio da finalidade

original, impede que atividades precipuamente vinculadas ao Projeto sejam realizadas

em razão da limitação de recursos.

A Unidade informou no Ofício nº 236/2015/GAB/INMET que informará ao

IICA e à ABC/MRE a situação apresentada nesse Relatório, providência convergente

com a recomendação efetuada.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Encaminhar o texto dessa constatação ao IICA e à ABC/MRE,

solicitando a inclusão na pauta da próxima reunião tripartite, para que avaliem

conjuntamente a pertinência dos gastos realizados com o Programa Agua Doce à conta

do orçamento do Projeto BRA/IICA/06/004, promovendo a adequação da prestação de

contas e o reembolso de recursos, conforme o caso.

2.1.1.2 CONSTATAÇÃO

Falta de transparência quanto aos gastos efetuados no âmbito do Projeto de

Cooperação Técnica Internacional nº 06/004 (BRA/IICA/06/004)

Fato

O Projeto de Cooperação Técnica nº 06/004 (PCT BRA/IICA/06/004) celebrado

entre o INMET e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA),

SIAFI nº 599902, no valor de R$ 14.816.760,00, com vigência de 15/12/2006 a

09/12/2016, tem por objetivo “Contribuir para o fortalecimento de ações

agromeotorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em apoio ao

agronegócio”.

Em análise aos dados registrados no Sistema SIGAP para o referido Projeto,

foram verificadas as seguintes falhas:

a) Pagamento efetuado à Empresa “Fazendo Mais Tecnologia Avançada para Eventos

Ltda. ME” no valor de R$ 233.620,10, entretanto o CNPJ informado corresponde ao do

IICA (00.640.110/0001-18), conforme registro no SIGAP.

b) Pagamento efetuado à Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano -

SRHU/MMA (37.115.375/0003-79) no valor de R$ 950.000,00, conforme registro no

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SIGAP, entretanto no campo “Finalidade do pagamento” do Relatório de Progresso

consta “Contratação de serviços de terceiros para apoio às ações do Programa Água

Doce”, não mencionando a ação/atividade que foi realizada.

c) Falta de associação, no Relatório de Progresso, de gastos aos respectivos resultados

esperados pelo Convênio IICA, conforme apresentado no quadro a seguir:

Quadro – Relação entre pagamentos realizados em 2014 e realização técnica por resultado do PCT

Resultado

Total de

Pagamentos do

Resultado no

ano (R$)

Índice de

Realização

Técnica

1.3 Metodologias de base estatística para elaboração e aperfeiçoamento de prognóstico e previsões climáticas formuladas, desenvolvidas e implantadas.

90,00%

1.4 Atender novas demandas de uso de informações meteorológicas e climatológicas - relacionadas à agricultura, à minimização de riscos do agronegócio, à gestão de recursos hídricos e da energia, à saúde pública e à defesa civil - identificadas.

500.000,00 100,00%

1.6 Ferramentas de sensoriamento remoto empregadas no aperfeiçoamento e complementação de estudos de zoneamento agroclimático e agroecológico desenvolvidas.

100,00%

1.7 Estudos sobre riscos, ameaças e vulnerabilidades climáticas e meteorológicas (seguro agrícola, zoneamento Agroclimatológico, infraestrutura urbana x eventos severos, hidrenergia, cheias e inundações, etc.) desenvolvidos.

100,00%

2.2 Técnicos do INMET capacitados para atuar em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços. 100,00%

2.3 Usuários capacitados a utilizar adequadamente as informações oferecidas pelo INMET e conscientizados sobre os benefícios econômicos obtidos pelo uso estratégico dessas informações (utilização das previsões no processo de tomada de decisão, turnos de regas, otimização da aplicação da irrigação x requerimentos hídricos, etc.).

100,00%

2.4 Intercâmbios realizados e promovidos com instituições nacionais e estrangeiras em experiências bem sucedidas, relacionadas aplicações da meteorologia e climatologia.

8.259,84 100,00%

3.1 Sistema de informação meteorológica ampliado e modernizado, por meio da aquisição e implementação de sistemas, estações, equipamentos, aplicativos e instrumentações.

794.861,12 100,00%

3.3 Meios e processos de coleta, tratamento, armazenamento e processamento de dados e informações meteorológicas aperfeiçoadas.

100,00%

4.2 Mecanismos de difusão da informação agrometeorológica aos usuários finais elaborados e aplicados.

100,00%

4.3 Programa de popularização da meteorologia nas escolas desenvolvido.

100,00%

4.5 Sítios do INMET na INTERNET atualizado e modernizado para melhor atendimento aos usuários em geral.

100,00%

Fonte: Relatório de Progresso Anual/SIGAP

Como se observa do quadro anterior, todos os resultados alcançaram os 100% de Índice

de Realização Técnica (com exceção do resultado 1.3). No entanto, ao se observar cada

Resultado alcançado, não foi informado o gasto associado, o que denota falha ao efetuar

registros no Sistema de Informações Gerenciais de Acompanhamento de Projetos -

SIGAP/ABC/MRE.

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41

d) Realização de atividades típicas da Agência Executora do Projeto (INMET) por

terceiros, conforme o quadro a seguir:

Quadro – Pagamentos efetuados em atividades exclusivas das Agências Partícipes do PCT

Objetivo e

Resultado Finalidade do pagamento Favorecido

Data de

Pagamento

Valor do

Pagamento

Objetivo

1,

Resultado

1

Produto 1: “Elaboração de Proposta de

Plano Operativo Anual – 2015, para

aprovação da Instituição Nacional

Executora;”, que viabilizará as atividades de

monitoramento e avaliação do PCT

BRA/IICA/06/004, bem como das demais

ações a serem realizadas no período de

janeiro a dezembro/2015.

Fazendo Mais

Tecnologia

Avançada

Para Eventos

Ltda. Me

23/02/2015 R$

152.400,00

Objetivo

2,

Resultado

4

Produto 1: “Elaboração de Proposta de

Plano Operativo Anual – 2015, para

aprovação da Instituição Nacional

Executora;”, que viabilizará as atividades de

monitoramento e avaliação do PCT

BRA/IICA/06/004, bem como das demais

ações a serem realizadas no período de

janeiro a dezembro/2015.

Secretaria de

Recursos

Hídricos e

Ambiente

Urbano -

SRHU/MMA

23/02/2015 R$

834.422,00

Fonte: SIGAP

Como se observa do quadro anterior, as atribuições típicas da Agência Executora

do Projeto estão sendo realizadas por terceiros. Com o agravante de o mesmo produto

(Elaboração de Proposta de Plano Operativo Anual – 2015), ter sido pago a favorecidos

(num total de R$ 986.822,00), embora relacionados a Objetivos/Resultados distintos.

##/Fato##

Causa

Fragilidade nos controles sobre os gastos, no que de refere à identificação dos

favorecidos a associação entre os gastos e os resultados e atribuições estabelecidas no

Documento de Projeto.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação nº 16/2015 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

“Apos observação detalhada dos lançamentos dos relatórios financeiros

mensais no SIGAP, percebemos que alguns custos não foram alocados de acordo com

os Objetivos e Resultados previamente estabelecidos no Plano Operativo Operacional,

portanto, tais lançamentos deverão ser revistos para a perfeita sintonia destes

instrumentos. Esta Administração efetuará a revisão dos lançamentos logo apos a

conclusão do presente processo de auditoria, uma vez identificados os respectivos

itens/meses em questão, ao solicitar/receber autorização para abertura do Sistema pela

Equipe ABC/MRE para adequação dos dados mensais.”

Após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a Unidade por meio do Ofício nº

236/2015/GAB/INMET, de 20/08/2015, acrescentou que:

“a) (...) a Equipe SIGAP/ABC informou que a questão de alocação de lançamentos na

Empresa “Fazendo Mais Tecnologia Avançada para Eventos Ltda. ME” em lugar do

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“IICA” era indevida e foi identificada/corrigida como sendo “problema de sistema”. O

resultado desta ação corretiva pode ser observado no Relatório de Progresso Anual de

2014 e 2015, via opção “SIGAP - Relatórios de Acompanhamento”/Internet.

b) Após verificação com a Equipe IICA e Equipe SIGAP, o Responsável/INMET pelos

lançamentos mensais da execução do PCT BRA/06/004 no SIGAP constatou que a

instituição Recursos Hídricos e Ambiente Urbano - SRHU/MMA foi indevidamente

cadastrada no SIGAP como sendo uma Agência Implementadora, quando a única

Agência é o próprio IICA.

Tal cadastramento e lançamentos indevidos levaram à incorreta demonstração no

Relatório de Execução Anual - 2014 da SRHU/MMA como entidade recebedora de

recursos, sendo que o correto seria o IICA, como executor das atividades de

consultoria. A necessidade de ajuste já foi identificada e a sua correção - já autorizada

pela Equipe/ABC - será efetuada tão logo sejam identificados os períodos em que

ocorreram, quando haverá abertura dos dados do sistema para ajustes, sem qualquer

impacto à sua integridade, visto que os valores serão mantidos.

c) Quanto aos registros de gastos no Sistema de Informações Gerenciais de

Acompanhamento de Projetos – SIGAP/ABC/MRE referentes ao Programa Água Doce,

associados aos Objetivos/Resultados 1.4 e 2.3 do PCT BRA/IICA/06/004, após

observação detalhada dos lançamentos dos relatórios financeiros mensais, constatou-se

que alguns custos não foram alocados de acordo com os Objetivos/Resultados

previamente estabelecidos, portanto, tais lançamentos serão corrigidos para a perfeita

sintonia destes instrumentos. Tal correção já foi autorizada pela Equipe

Técnica/SIGAP bastando para isto, que sejam indicados os períodos (mês/ano) para

abertura do sistema, sem prejuízo de sua integridade, visto que os valores serão

mantidos.

d) Foram apresentados os mesmos argumentos das letras “a” e “b”.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

A Unidade, em sua resposta, reconhece que houve falhas relacionadas aos

lançamentos presentes no SIGAP referentes a este PCT. Os lançamentos no SIGAP

apresentados de forma imprecisa ou incompleta, como a associação do CNPJ do IICA a

Empresa “Fazendo Mais Tecnologia Avançada para Eventos Ltda. ME” que vem

ocorrendo desde 2010, não colaboram para a transparência dos gastos do Projeto

BRA/IICA/06/004.

A ausência de detalhamento dos gastos, como o ocorrido com os lançamentos

destinados a SRHU/MMA, prejudica a verificação da correta destinação dos recursos e

facilita a ocorrência de desvios. Ressalta-se que em análise a documentação solicitada

pela CGU diretamente ao IICA quanto aos pagamentos realizados pelo Projeto no dia

23/02/2015 (apresentados no quadro dessa constatação), não há a identificação dos

beneficiários.

A reduzida associação dos gastos do Convênio IICA com os respectivos

resultados esperados dificulta a verificação da efetividade do planejamento desses

gastos.

A Unidade informou no Ofício nº 236/2015/GAB/INMET que os lançamentos

de gastos destinados a SRHU/MMA e a efetiva alocação dos gastos aos respectivos

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resultados do PCT já foi autorizada pela Equipe Técnica do SIGAP e serão corrigidos

assim que houver a abertura do Sistema para este fim. Quanto aos lançamentos de

gastos destinados a Empresa “Fazendo Mais Tecnologia Avançada para Eventos Ltda.

ME”, a Unidade informou que o beneficiário já foi alterado para o IICA. No entanto,

isso ainda não atende a transparência esperada dos gastos, pois não foram informados os

consultores beneficiários dessas quantias no ano de 2014. Ressalta-se que a Unidade

não informou sobre os lançamentos a essa Empresa entre os exercícios de 2010 a 2013. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Aprimorar os controles sobre os gastos, identificando os reais

favorecidos pelos pagamentos, realizando a correta associação entre os gastos e os

resultados e evitando pagar à terceirizada para realizar atribuição que estrategicamente

devem ser realizadas pela Agência Executora em parceria com o Organismo

Internacional.

3 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

3.1 MOVIMENTAÇÃO

3.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL

3.1.1.1 INFORMAÇÃO

Situação dos Recursos Humanos

Fato

A força de trabalho do INMET está composta por 492 servidores. A

Coordenação-Geral de Apoio Operacional - CAO/INMET, responsável pela gestão de

pessoas, informou que dispõe de estrutura material e pessoal insuficiente para realização

dos trabalhos sob sua responsabilidade, dada a acentuada perda de servidores,

principalmente na área técnica e de suporte operacional e a necessidade de colaboradores

terceirizados alocados na área.

A execução das principais atividades envolvidas na gestão de pessoas está

apoiada no procedimento da Qualidade SCQ.PQ.6.2.004 de 15/08/14 - Rev. 04 cujo

objetivo é estabelecer procedimentos que assegurem que os servidores/colaboradores que

executam atividades que afetam a qualidade do produto são competentes, com base em

educação, treinamento, habilidade e experiência apropriados, cujos resultados são

submetidos às políticas e aos procedimentos de Pessoal definidas e mantidas pela

Coordenação-Geral de Administração de Pessoas - CGAP/SPOA/MAPA. O acesso a

Manuais e check-list que apoiam atividades relacionadas à gestão de pessoas está

disponível na Intranet do INMET ou via internet do MAPA.

São realizadas verificações internas sistemáticas na verificação de conformidade

no pagamento de direitos, que contribuem para a regularidade dos processos de gestão de

pessoas.

Desde 2008, existe um sistema de controle de frequência biométrico em operação

no Instituto para controlar e acompanhar o cumprimento das jornadas de seus servidores,

conforme Portaria/INMET n° 60 de 10/10/2008.

A Unidade oferece programas de treinamento e desenvolvimento de

competências de liderança, mas, de acordo com o Instituto, as atividades não vêm

atendendo as reais necessidades e podem ser aprimoradas.

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A Unidade possui rotinas de monitoramento estabelecidas sobre a força de

trabalho. No entanto não há indicadores para aferição da área.

Atividades dependentes do MAPA

O INMET fundamenta os processos de reconhecimento de determinado direito

na área de pessoal, buscando e mencionando o devido embasamento legal, normativo ou

judicial que fundamentam a concessão do direito. Todas as informações sobre direitos e

deveres dos servidores são encaminhadas pela Seção de Pagamento de Pessoal do

INMET para a execução dos procedimentos de pagamento pela Coordenacao-Geral de

Administração de Pessoas-CGAP/SPOA - MAPA.

A UJ possui processo para verificação periódica de possível acumulação

indevida de cargos, empregos e funções públicas dos servidores estatutários da

instituição, mas esse processo apresenta fragilidades que demandam aprimoramento,

haja vista que não possui acesso integral a sistema corporativos da Administração

Pública. Quando são identificadas eventuais acumulações de cargos relacionadas a

servidores do Instituto, estas informações procedem da CGU ou da

CGAP/SPOA/MAPA, que recebe informações de auditoria da SEGEP/Ministério do

Planejamento.

Quanto à cessão e requisição de servidores, existe processo formalizado e

executado mensalmente para verificação da situação dos servidores cedidos e

requisitados, cujos resultados são enviados para a CGAP - Coordenação Geral de

Administração de Pessoas/SPOA/MAPA, para processamento. Esse processo ainda

apresenta fragilidades que demandam aprimoramento, a exemplo da dificuldade de

acompanhar a situação de servidores cedidos para órgãos que não utilizam o SIAPE;

A Unidade estabelece responsabilidade clara pelo planejamento, aprovação,

execução e avaliação das práticas de gestão de pessoas, mas, de acordo com o Instituto,

apresentam fragilidades e necessitam de aprimoramento; dado que atividades definidas

e apoiadas pela CGAP/MAPA e pela CGDP/MAPA não vêm atendendo as reais

necessidades do INMET.

Embora as políticas voltadas à capacitação de pessoal sejam definidas e

mantidas pela Coordenação-Geral de Desenvolvimento de Pessoas-CGDP/SE - MAPA,

o INMET possui processo para identificação das necessidades e promoção de

treinamento da equipe de RH na legislação de pessoal atualizada, por meio

procedimento da Qualidade SCQ.PQ.6.2.004 de 15/08/14 - Rev. 04.

Fragilidades

A Unidade não desenvolve processo sucessório para posições de liderança,

assim como não possui um plano de capacitação específico para os servidores

responsáveis pela atividade de gestão de pessoas da UJ. A Unidade não verifica a

opinião dos colaboradores quanto ao ambiente de trabalho, no entanto estuda adotar

rotina com essa finalidade para utilizar os resultados como orientadores de eventuais

mudanças. A Organização não executa processo de acompanhamento da vigência das

decisões judiciais concessivas de direito/vantagem na área de pessoal, mas a Unidade

está desenvolvendo controle com essa finalidade.

Conformidade dos atos de pessoal

A Unidade dispõe de lista de verificação com a finalidade de efetuar a

conformidade dos atos de pessoal com a legislação, a qual contribui para a regularidade

da atividade de gestão de pessoas. Essa lista está disponibilizada na Intranet do INMET

por meio de link específico.

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201503604

Unidade Auditada: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

Ministério Supervisor: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA

Município/UF: Brasília/DF

Exercício: 2014

1. Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01/01 e 31/12/2014 pelos

responsáveis das áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução

Normativa TCU nº 63/2010.

2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho

informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas, em atendimento à legislação federal

aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de

controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

3. As seguintes constatações subsidiaram a certificação dos agentes do Rol de

Responsáveis:

- Desvios de finalidade na execução do Projeto de Cooperação Técnica Internacional nº 06/004

(PCT BRA/IICA/06/004). (item 2.1.2.1)

- Falta de transparência quanto aos gastos efetuados no âmbito do Projeto de Cooperação

Técnica Internacional nº 06/004 (BRA/IICA/06/004). (item 2.1.1.2)

4. Diante dos exames realizados e da identificação de nexo de causalidade entre os atos

de gestão de cada agente e as constatações mencionadas, proponho que o encaminhamento das

contas dos integrantes do Rol de Responsáveis, seja conforme indicado a seguir:

CPF do Agente

Público Cargo ou Função

Avaliação do

Órgão de Controle

Interno

Fundamentação da Avaliação

do Controle Interno

***.916.938-**

Coordenador-

Geral de

Desenvolvimento

e Pesquisa – CDP

Regular com

ressalvas

Itens 2.1.2.1e 2.1.2.2 do

Relatório de Auditoria nº

201503604

Certificado de Auditoria

Anual de Contas

CPF do Agente

Público Cargo ou Função

Avaliação do

Órgão de Controle

Interno

Fundamentação da Avaliação

do Controle Interno

Demais

integrantes do

Rol de

Responsáveis

Regularidade

Considerando o escopo do

Relatório de auditoria, não

foram identificadas

irregularidades com

participação determinante

destes agentes.

Brasília/DF, 28 de agosto de 2015.

Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Parecer: 201503604

Unidade Auditada: Instituto Nacional de Meteorologia - INMET

Ministério Supervisor: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA

Município/UF: Brasília/DF

Exercício: 2014

Autoridade Supervisora: Kátia Abreu

Tendo em vista os aspectos observados na prestação de contas anual do exercício de

2014, do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, expresso a seguinte opinião acerca dos

atos de gestão com base nos principais registros e recomendações formulados pela equipe de

auditoria.

Os resultados finalísticos alcançados, associados às políticas públicas executadas pelo

INMET estão relacionados, principalmente, à Ação de Governo 2161 – “Produção e divulgação

de informações meteorológicas e climatológicas”. No âmbito da Unidade, a execução das metas

físicas e financeiras da referida Ação não atingiram a sua integralidade (64,11% e 72,98%

respectivamente). A diferença entre o previsto e o executado se deve à inscrição em Restos a

Pagar, a exemplo do recurso voltado para o Concurso Público, empenhado em 2014 e em

execução no exercício de 2015.

Dentre as constatações relevantes efetuadas pela equipe de auditoria no presente

trabalho, destaca-se a execução de itens do contrato de digitação de documentos em proporção

distinta da composição licitada, influenciando o equilíbrio econômico-financeiro da execução

contratual e a emissão de ordens bancárias por terceirizado em favor da própria empresa pela qual

é contratado via SIAFI. Contudo, ainda à época da auditoria, a Unidade iniciou providências para

sanar as impropriedades. Além disso, foi verificada a falta de transparência quanto aos gastos

efetuados no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional nº 06/004 (PCT

BRA/IICA/06/004) além de desvios de finalidade na execução deste Projeto.

As causas das constatações identificadas pela equipe quanto à digitação de documentos

são priorização pelo INMET do item “Caderneta” em relação ao item “Livros M1”, quando

comparada com a proporção entre a digitação dos documentos estabelecida na licitação. Além

disso, a fragilidade nos controles administrativos ocasionou a inobservância de segregação da

função, quando se verifica que as ordens bancárias são emitidas por funcionário da própria

empresa favorecida. Além disso, com relação ao Projeto com o IICA, as causas identificadas são

fragilidade nos controles sobre os gastos, no que se refere à identificação dos favorecidos, à

associação entre os gastos e os resultados e a atribuições estabelecidas no documento do PCT

BRA/IICA/06/004, além de acompanhamento e supervisão insuficientes para inibir atividades fora

do escopo deste PCT.

Diante disso, foram expedidas recomendações para que o INMET equalize o fluxo

financeiro e o equilíbrio da execução contratual, com vistas a assegurar a proporcionalidade de

realização dos itens contratados, em cumprimento à previsão de cronograma para digitação dos

Livros M1; e o estabelecimento de instância de confirmação da exatidão dos lançamentos

realizados por terceirizados no SIAFI, além de adequar o formulário de autorização de acesso ao

SIAFI a funcionário terceirizado aos limites de alçada. Já com relação ao Projeto de Cooperação

Técnica Internacional, foi recomendado aprimorar os controles sobre os gastos do PCT,

identificando os reais favorecidos pelos pagamentos, realizando a correta associação entre os

gastos e os resultados e evitando pagar à terceirizada para realizar atribuição que estrategicamente

deve ser realizada pela Agência Executora em parceria com o Organismo Internacional, além de

encaminhar o texto dessa constatação ao IICA e à ABC/MRE, solicitando a inclusão na pauta da

próxima reunião tripartite, para que avaliem conjuntamente a pertinência dos gastos realizados à

conta do orçamento do PCT, promovendo a adequação da prestação de contas e o reembolso de

recursos, conforme o caso.

Sobre o Plano de Providências Permanente, cabe informar que, no exercício de 2013, a

CGU não emitiu recomendações ao INMET. Dos trabalhos de auditoria voltados a exercícios

anteriores, verificou-se que 72% das recomendações foram implementadas. Embora a Unidade

tenha se empenhado para cumpri-las, foi informado pela Unidade que, para atendimento pleno, há

necessidade do ingresso de novos servidores oriundos do Concurso Público em realização.

Com relação à qualidade e suficiência dos controles internos, cabe destacar o

componente Ambiente de Controle, para o qual a Unidade possui diversos procedimentos

voltados à qualidade, elaborados e monitorados pelo Sistema de Gestão da Qualidade, embora

caiba aperfeiçoamento por meio da formalização de processos de autorizações, aprovações ou

linhas de autoridade, além da criação de estrutura para promoção da ética.

Sobre práticas administrativas positivas realizadas pelo INMET, destaca-se a

manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, que define procedimentos para os principais

processos e rotinas operacionais administrativas e técnicas da Unidade, assim como a boa

organização processual, facilitando o acesso a documentação comprobatória das licitações e

contratações realizadas.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º

8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da

IN/TCU/N.º 63/2010 e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no

Certificado de Auditoria. Desse modo, o Ministro de Estado supervisor deverá ser informado de

que as peças sob a responsabilidade da CGU estão inseridas no Sistema e-Contas do TCU, com

vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e

posterior remessa ao Tribunal de Contas da União por meio do mesmo sistema.

Brasília/DF, 28 de agosto de 2015.