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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano X – nº 225 – Porto Alegre, terça-feira, 20 de outubro de 2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 1356/2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 7ª E 8ª TURMAS DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 701

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  • DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃOAno X – nº 225 – Porto Alegre, terça-feira, 20 de outubro de 2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    PUBLICAÇÕES JUDICIAIS

    SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1356/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 701

  • 00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0027089-25.2005.4.04.7000/PRRELATOR : Des. Federal LEANDRO PAULSENAPELANTE : JOEL GAUNSZERADVOGADO : Rodrigo Caffaro e outroAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTADIREITO PENAL. CRIME MATERIAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA.ART. 1º, INCISO II, DA LEI 8.137/90. AUTORIA E PARTICIPAÇÃO.1. As infrações que constituem crime material contra a ordem tributária dãoensejo, de um lado, ao lançamento do tributo e de multa de ofício, e, de outro, àresponsabilização penal, forte no que dispõe a Lei 8.137/90.2. A participação, que pode ser moral ou material, é sempre uma atividadeacessória, dependente da principal. Aquele que pratica diretamente a atividadecriminosa, ostentando amplo e total domínio dos fatos, não poderá ter a penaabrandada com fundamento no art. 29, §1º, do Código Penal.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo defensivo, e, por maioria, vencido o Desembargador Federal Victor Luizdos Santos Laus, de ofício, condenar o réu ao pagamento de honorários advocatícios emfavor da União Federal, no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), vencido em parte oDesembargador Federal João Pedro Gebran Neto, quanto à aplicação de sanção processual aodefensor constituído, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 30 de setembro de 2015.00002 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0001769-37.2005.4.04.7011/PRRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : WILSON DOS SANTOS MACHADOADVOGADO : Celso Hideo MakitaAPELADO : (Os mesmos)APELADO : ADEMIR DAMINELLIADVOGADO : Jose Carlos FurtadoAPELADO : ROGER NAKAD MARREZADVOGADO : Valdir Judai

    : Jose Teodoro AlvesAPELADO : EDSON LUIZ PRIMAKADVOGADO : Hamidy Omar Safadi KassmasAPELADO : FABIO RICARDO DOS SANTOS

    MACHADOADVOGADO : Celso Hideo Makita

    EMENTA

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 2 / 701

  • PENAL. PROCESSO PENAL. LICITAÇÕES. ARTIGOS 90 E 96 DA LEINº 8.666/93. ELEVAÇÃO ARBITRÁRIA DE PREÇOS. PREJUÍZO AOERÁRIO. SUPERFATURAMENTO. COMPROVAÇÃO. SUPRESSÃO DECONCORRÊNCIA. PRÉVIO AJUSTE. DOLO ESPECÍFICO DEVANTAGEM INDEVIDA. NÃO-DEMONSTRAÇÃO. DOSIMETRIA DASPENAS. VALOR MÍNIMO DE REPARAÇÃO DO DANO.

    1. Havendo provas de que um dos acusados fraudou licitação, elevandoarbitrariamente, em proposta e posteriormente em contrato, os preços dos equipamentosmédicos alienados ao ente estatal, causando-lhe prejuízos, há que ser mantida a condenaçãopelo delito previsto no artigo 96, inciso I, da Lei 8.666/93.

    2. Não havendo nos autos provas quanto ao pretenso ajuste prévio com o fito defrustrar o caráter competitivo da licitação, assim como ausente a demonstração de que aelaboração deficiente do edital visava a fraude ou frustração do certame, merece ser mantidaa absolvição dos réus quanto à imputação pelo crime do artigo 90 da Lei de Licitações, atéporque ausente comprovação quanto ao alegado intuito de obter, para si ou para outrem,vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, fim especial exigido para aconfiguração do referido delito.

    3. A fixação de valor mínimo para reparação do dano pressupõe que haja pedidona peça incoativa, sob pena de imputar-se um ônus ao acusado, sem que se lhe tenhaoportunizado a defesa. Ausente o pedido na denúncia, é de ser afastada a condenação.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento à apelação da acusação e, por maioria, dar parcial provimento à apelaçãodefensiva, vencida parcialmente a Desembargadora Federal Cláudia Cristina Cristofani, nostermos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000563-95.2008.4.04.7006/PRRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS

    LAUSAPELANTE : BERTOLDO CELESTINO PIRESADVOGADO : Luiz Antonio Camara e outros

    : Camila Rodrigues Forigo: Gianne Caparica Camara e outro

    APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTA

    PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME MATERIAL CONTRA AORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º, INCISO II, DA LEI 8.137/90.SONEGAÇÃO. CONDIÇÃO DE PUNIBILIDADE. LANÇAMENTO.PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO, CUJOVALOR CONSOLIDADO SUPERA R$20.000,00 (VINTE MIL REAIS).INAPLICABILIDADE. ILICITUDE, MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLOCOMPROVADOS. JUÍZO CONDENATÓRIO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 3 / 701

  • 1. Considerando-se que os crimes materiais contra a ordem tributária apenas seaperfeiçoam com o lançamento (Súmula Vinculante 24), e tendo em conta que com oencerramento do processo administrativo-fiscal torna-se definitivo o crédito revisado deofício (artigo 201 do CTN), a persecução do delito de sonegação está autorizada assim quetranscorrido o prazo regulamentar concedido em sede administrativa para pagamento dodébito, após o esgotamento da via recursal.

    2. O princípio da insignificância, como excludente de punibilidade/tipicidade, éaplicável quando a lesão ao bem juridicamente tutelado for irrisória, o que, na espécie, ocorrequando o valor consolidado do crédito tributário for inferior a R$20.000,00 (vinte mil reais).

    3. No que tange a essa grandeza (valor consolidado), nela estão compreendidoso principal evadido, cujo quantum é identificado por ocasião do lançamento, e acrescido dosseus respectivos acessórios (multa e os juros de mora - artigo 20, caput, da Lei 10.522/2002,com redação dada pela Lei 11.033/2004, não sendo, portanto, aquele que tiver apurado amodo individualizado (conforme o exercício financeiro), nas hipóteses em que a fraude tenhaocorrido em distintos ou sucessivos anos-calendários. Precedentes.

    4. Comprovadas a ilicitude, materialidade e autoria dos atos de evasão, estandodemonstrado o elemento subjetivo, que, na hipótese, é o dolo genérico, o juízo condenatórioé medida impositiva.

    5. No delito previsto no artigo 1º da Lei 8.137/1990, o dolo é genérico (STF, AP516, Tribunal Pleno, Rel. Ministro Ayres Britto, DJe 03-12-2010; STJ, REsp 480.395, 5ªTurma, Rel. Ministro José Arnaldo da Fonseca, DJU 07-4-2003). Por conseguinte, sendoprescindível um especial fim de agir na conduta do agente, o elemento subjetivo nela insertodecorre da evidente intenção de suprimir o pagamento de tributos, o que restou, à evidênciada materialidade e autoria delitivas, comprovado na espécie, descabida a alegação de queteria ocorrido simples equívoco no enquadramento pela sistemática do lucro presumido.

    6. É inviável a aplicação analógica de instituto civil que verse sobreinadimplemento de obrigações civis, de vez que a presente ação se destina a apurarresponsabilidade penal por delito tipificado na Lei 8.137/90, isto é, questões relativas aeventuais dificuldades no cumprimento do parcelamento são estranhas à matéria penal.

    7. A negativação da vetorial da conseqüência do crime deve ser afastadaporque, de fato, o valor sonegado, R$30.300,06 (fls. 02/05, ação penal) revela-se insuficientepara causar lesão ao erário que justifique a elevação da pena-base.

    8. Apelação parcialmente provida.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, vencido oDesembargador Federal Leandro Paulsen, decretar o segredo de Justiça e dar parcialprovimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre - RS, 30 de setembro de 2015.00004 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0001298-41.2007.4.04.7208/SCRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : JOÃO IBRAHIM JABURADVOGADO : Walter Barbosa BittarAPELANTE : IZABEL CRISTINA RAMOS MARTINS DO CARMOADVOGADO : Pedro Francisco Dutra da Silva

    : Marcelo Jose Schiessl

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 4 / 701

  • : Elaine Sayonara Gracher MarquesAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTAPENAL E PROCESSUAL PENAL. DESCAMINHO. ARTIGO 334, CÓDIGO

    PENAL. DESPACHANTE ADUANEIRA. AUSÊNCIA DE DOLO. ABSOLVIÇÃO.MODIFICAÇÃO DO FUNDAMENTO LEGAL. ARTIGO 66, DO CÓDIGO DE PROCESSOPENAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. ART. 334 DO CÓDIGO PENAL.EMPRESÁRIO. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. CONSTITUIÇÃODEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE. PRINCÍPIO DAESPECIALIDADE. ART. 304 DO CÓDIGO PENAL. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.DESCABIMENTO. PENA.

    Para a admissibilidade de qualquer recurso é necessário que haja legítimointeresse do recorrente (art. 577, parágrafo único, do Código de Processo Penal).

    Somente há interesse recursal na alteração do fundamento legal da sentençaabsolutória quando houver possibilidade de evitar eventuais repercussões na esfera cível, oque não ocorre quando a existência do fato resta incontroversa (artigo 66 do CPP).

    Apesar de haver indícios de que a ré, despachante aduaneira, pudesse terconhecimento das fraudes, não há provas de dolo, militando em favor dela a presunção deinocência, forte princípio in dubio pro reo.

    Autoria, materialidade e dolo comprovados pelo contexto probatório em relaçãoao réu, administrador da empresa, importador e exportador das mercadorias, e responsávelpelas operações que embasam a denúncia.

    O delito de descaminho tem como bem jurídico a Administração Pública, oerário, a saúde, a moral, a ordem pública; enquanto o delito previsto na Lei nº 8.137/90 tutelaa Ordem Tributária, ou seja, o interesse do Estado em arrecadar tributos. Portanto, o crime dedescaminho é especial em relação ao crime do art. 1º da Lei nº 8.137/90, pois combate asonegação específica dos tributos de importação e exportação.

    Não se aplica o princípio da consunção entre os crimes do art. 334 e 304 doCódigo Penal, pois, além de ofender a bens juridicamente protegidos diversos, a falsidade dasdeclarações de importação não se exauriu na ilusão de tributos no ato de importação,abarcando a interposição de empresas criadas com o escopo de facilitar a fraude denunciada.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não conhecerdo apelo de Izabel Cristina Ramos Martins do Carmo, negar provimento ao apelo doMinistério Público Federal e ao apelo do réu João Ibrahim Jabur, bem como reconhecer aextinção da punibilidade do réu João Ibrahim Jabur pela prescrição retroativa da pretensãopunitiva, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.00005 QUESTÃO DE ORDEM NA APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000315-80.2009.4.04.7108/RSRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : GILBERTO JOSE DA SILVA

    : JACÓ HENRIQUE POHREN

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 5 / 701

  • ADVOGADO : Carlos Henrique Ribeiro D Avila e outros: Benoni Jesus dos Santos Junior

    APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINTERESSADO : PEDRO SILVINO POHRENADVOGADO : Carlos Henrique Ribeiro D Avila e outros

    : Benoni Jesus dos Santos Junior

    EMENTA

    PENAL. PROCESSUAL PENAL. QUESTÃO DE ORDEM. EMBARGOSDE DECLARAÇÃO OPOSTOS NA ORIGEM. ATRIBUIÇÃO DE EFEITOSINFRINGENTES. AGRAVAMENTO DA PENA. VISTA À PARTEADVERSA, OPORTUNIZANDO-SE SUA MANIFESTAÇÃO.NECESSIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.

    1. É pacífica a jurisprudência dos Tribunais Superiores no sentido de que aatribuição de efeitos infringentes aos embargos de declaração para o fim de modificar adecisão objeto do recurso pressupõe a prévia intimação da parte adversa para que esta,querendo, se manifeste.

    2. Nas hipóteses de ofensa ao contraditório e da ampla defesa, o julgamentopadece de nulidade absoluta, especialmente quando, como no presente caso, o efeitomodificativo atribuído em razão do acolhimento dos declaratórios opostos na origem tenhaacarretado evidente prejuízo (incremento das penas) àquele a quem não fora dada,previamente, a oportunidade de falar sobre as razões do recurso que almejava a alteração dojulgado embargado.

    3. Hipótese em que, mesmo tendo havido solicitação da parte-embargante nessesentido, não foi oportunizada à defesa a manifestação sobre as razões dos embargos opostospela acusação, os quais pretendiam a atribuição de efeitos infringentes à decisão embargadapara que se majorassem as penas impostas aos acusados, consequência que se viuconcretizada na decisão cuja anulação ora se impõe.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, solverquestão de ordem para anular a sentença que julgou os embargos de declaração opostos naorigem, e determinar a baixa dos autos àquele juízo para as providências cabíveis,prejudicado, por ora, o exame das razões de apelação, nos termos do relatório, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00006 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0003428-40.2007.4.04.7002/PRRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : GIOVANE ANTONIO PEREIRAADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoAPELADO : (Os mesmos)

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 6 / 701

  • EMENTA

    PENAL. PROCESSO PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DEMUNIÇÕES (ARTIGO 18, LEI Nº 10.826/2003): TENTATIVA.CORRUPÇÃO DE MENORES (ARTIGO 244-B, LEI 8.069/90):MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. DOSIMETRIA:CRITÉRIO PARA FIXAR A FRAÇÃO DA MINORANTE DE TENTATIVA.SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENASRESTRITIVAS DE DIREITOS: POSSIBILIDADE. GRATUIDADE DEJUSTIÇA: JUÍZO DA EXECUÇÃO.

    1. Comprovados a materialidade, a autoria e o dolo para o delito previsto noartigo 18 da Lei nº 10.826/2003, bem como ausentes causas de exclusão da culpabilidade ouda ilicitude, mantém-se a condenação do réu pela prática do referido crime.

    2. Havendo prova da ciência do réu acerca da condição de menoridade do outroagente, deve ser imposta a condenação do réu quanto ao delito previsto no artigo 244-B daLei nº 8.069/90.

    3. No cálculo da pena-base, é impossível a consideração de condenaçãotransitada em julgado correspondente a fato posterior ao narrado na denúncia para valorarnegativamente os maus antecedentes, a personalidade ou a conduta social do agente.

    4. Ocorrendo a apreensão das munições adquiridas no Paraguai, semautorização da autoridade competente, na chamada zona primária de fiscalização (PonteInternacional da Amizade), trata-se de tráfico internacional de munições (artigo 18 da Lei nº10.826/2003) na forma tentada.

    5. Quanto à fixação da fração na tentativa, deve-se levar em conta o percursointentado, ou seja, os atos que chegaram a ser praticados pelo agente, de forma que, havendopercorrido parcela considerável do iter criminis, mas não tão próxima da consumação, deveser reduzida em metade a redução aplicada.

    6. Ausente recurso específico da acusação e preenchidos os requisitos legais,deve ser mantida a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas dedireitos.

    7. O pedido de gratuidade de justiça deve ser formulado perante o Juízo daExecução. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento à apelação de GIOVANE ANTONIO PEREIRA, a fim de reduzir a pena privativade liberdade definitivamente imposta quanto ao crime do art. 18 da Lei nº 10.826/2003, e darparcial provimento à apelação do Ministério Público Federal, a fim de condenar o réuGIOVANE ANTONIO PEREIRA pelo crime previsto no art. 244-B da Lei nº 8.069/90, nostermos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.

    Boletim

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 7 / 701

  • Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1361/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 2005.70.00.016536-0/PRRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : ANSELMO BITTENCOURT MICHELOTTOADVOGADO : Defensoria Pública da União

    : Fabio Henrique Negrao Ferreira DiasAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTAPENAL. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. ART. 168-A DO CÓDIGO

    PENAL. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO. PROVA. INEXIGIBILIDADE DECONDUTA DIVERSA. INOCORRÊNCIA. READEQUAÇÃO DA PENA.

    Comprova-se a materialidade do delito de apropriação indébita previdenciária(artigo 168-A, § 1º, inc. I, do Código Penal) pelo procedimento administrativo-fiscalinstaurado pelo INSS, que apurou o crédito tributário, corroborado pelas demais provasproduzidas durante a instrução processual.

    Comete o crime previsto no artigo 168-A, § 1º, I, do Código Penal, quem tem odever legal de recolher a contribuição previdenciária ao INSS, e conscientemente, se omitede fazê-lo.

    Não se acolhe a alegação de dificuldades financeiras como excludente daculpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa, em relação ao crime previsto no art.168-A do Código Penal, quando a prova dos autos demonstra que o réu ampliou o seu ramosde atividade, passando a prestar outros serviços educacionais.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 8 / 701

  • Redimensionada a pena privativa de liberdade, cumpre reformar também a penade multa, observada a proporcionalidade com a pena privativa de liberdade.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do réu Anselmo Bittencourt Michelotto, para reduzir a pena privativa deliberdade e a pena de multa, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0005991-94.2004.4.04.7201/SCRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : LUIZ CARLOS SELHORSTADV. (DT) : Neal Adams SchneiderAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTAPENAL. ART. 171, §3º, DO CÓDIGO PENAL. ESTELIONATO. PRESCRIÇÃO.

    SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. NÃOOCORRÊNCIA. SAQUE DE BENEFÍCIO DE PESSOA FALECIDA. MATERIALIDADE,AUTORIA E DOLO COMPROVADOS.

    1. O crime de estelionato previdenciário, em relação ao beneficiário da fraude, écrime permanente, de forma que cessa a atividade delitiva com o fim da percepção dasprestações.

    2. Nos termos do artigo 117, inciso I, do Código Penal, o curso da prescrição seinterrompe pelo recebimento da denúncia.

    3. Incabível a concessão do benefício de suspensão condicional do processo aoestelionato majorado (artigo 171, § 3º, do CP), uma vez que a pena mínima cominada ésuperior ao limite legal de um ano previsto no artigo 89 da Lei 9.099/1995. Nesse contexto, aexigência de reparação integral do dano para a concessão do benefício de suspensãocondicional do processo quando imputado ao réu o crime de estelionato majorado configurapressuposto à outorga da suspensão. Com efeito, apenas com a reparação do dano e aincidência, em tese, da atenuante do arrependimento posterior, reduz-se o aumentodecorrente da majorante, tornando-se viável a concessão do benefício.

    4. Mantém-se a condenação pela prática do delito de estelionato, previsto noartigo 171, § 3º, do Código Penal, quanto aos réus em relação aos quais a prova produzidademonstra a materialidade, a autoria e o dolo na realização de saque de benefícioprevidenciário de pessoa falecida, mediante fraude, mantendo o órgão pagador do benefícioem erro.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 9 / 701

  • Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0014265-30.2007.4.04.7108/RSRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : MARCELO DA SILVEIRAADVOGADO : Domingos Dal MoroAPELANTE : CARINA DA SILVEIRA DA ROCHAADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTAPENAL E PROCESSO PENAL. ARTIGO 313-A DO CÓDIGO PENAL.

    MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. ART. 171, §3º, DO CÓDIGOPENAL. PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO. ABSOLVIÇÃO. ARTIGO 386, VII, DO CÓDIGO DEPROCESSO PENAL. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.

    1. Comprovados a materialidade, a autoria e o dolo do réu na inserção deinformações falsas no sistema de dados do Ministério do Trabalho e Emprego, com o fim deobter, para outrem, vantagem indevida, consistente em recebimento de parcelas do seguro-desemprego maiores que o devido, confirma-se a condenação às penas do artigo 313-A doCódigo Penal.

    2. O réu se defende dos fatos que lhe são imputados, de modo que o Juiz, aoproferir a sentença, segundo o princípio da correlação, fica adstrito à conduta típica atribuídaao réu na denúncia. Em relação à corré denunciada, não havendo prova de que tenhapraticado a conduta correspondente ao verbo-núcleo do tipo que lhe foi imputado nadenúncia, impõe-se a absolvição, com base no art. 386, VII, do Código de Processo Penal.

    3. Não ensejam exasperação da pena-base as consequências do crime que nãoextrapolam a normalidade.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo de Marcelo da Silveira, para reduzir as penas, e dar provimento ao apelode Carina da Silveira da Rocha, para absolvê-la com base no art. 386, VII, do Código deProcesso Penal, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 10 / 701

  • Boletim Nro 1362/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0011574-58.2007.4.04.7200/SCRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : JONECIR OSTROWSKI LUKASZEWSKIADVOGADO : Rodrigo Indalêncio Vilela Veiga e outrosAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINTERESSADO : AZIZO ANTONIO COELHOADVOGADO : Samuel Machado Fretta

    EMENTAPENAL. PROCESSO PENAL. ART. 304 C/C ART. 297, DO CÓDIGO PENAL.

    USO DE DOCUMENTO FALSO. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO. COMPROVADOS.Comete o crime de uso de documento falso quem utiliza, juntando em processo

    judicial, um documento criado mediante montagem, resultando na produção de umdocumento novo, materialmente falso.

    O processo eletrônico é um importante veiculo tecnológico para a viabilizaçãoda prestação jurisdicional, no qual a Justiça e demais operadores do direito necessariamentedevem confiar no comportamento da contraparte, no sentido que documentos "escaneados',indisponíveis à pronta conferência física, representem a correta imagem de documentosefetivamente existentes. A abertura de permissões para manipulação de imagens que nãocorrespondem a documentos reais tem o potencial efeito de levar a prática a níveisinsuportáveis de insegurança, trazendo intranqüilidade na apreciação, por todos osenvolvidos, de processos dessa natureza.

    Materialidade e autoria e dolo do crime do art. 304, do Código Penalcomprovada nos autos, considerando, especialmente, a confissão do corréu e os depoimentosprestados pelas testemunhas, além da prova documental acostada à ação penal.

    Comprovados materialidade, autoria e o dolo no cometimento do crime de usode documento falso, mantém-se a condenação.

    ACÓRDÃODIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 11 / 701

  • ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0023769-50.2008.4.04.7100/RSRELATOR : Juiz Federal MARCELO MALUCELLIAPELANTE : ANGELO LUIGI PATIESADVOGADO : Diogo Brittes da LuzAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTA

    PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA.ARTIGO 1º, I, DA LEI Nº 8.137/90. MATERIALIDADE .AUTORIA. DOLO. PROVA. 1.Comprovados a materialidade, a autoria e o dolo no cometimento do crime previsto no art. 1º,I, da Lei 8.137/90, mantém-se a condenação do réu como incurso nas respectivas penas.2. Oresponsável pela administração da empresa responde pelos crimes contra a ordem tributáriadecorrentes da sonegação fiscal atribuída à pessoa jurídica. A imputação de responsabilidadeao contador, sem provas nesse sentido, não se sustenta, constituindo mera alegação a fim detentar escapar da reprimenda penal.2. O elemento subjetivo é o dolo genérico, não seexigindo prova de especial fim de agir.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0001017-29.2009.4.04.7010/PRRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : CLOVIS FREDERICO DE AVILA NUNESADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTAPENAL. ESTELIONATO EM DETRIMENTO DE ENTIDADE DE DIREITOPÚBLICO. FALSIFICAÇÃO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. ARTIGO 171,§ 3º, C/C ARTIGO 61, II, ALÍNEA "G", AMBOS DO CÓDIGO PENAL.MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. AGRAVANTE DOARTIGO 61, INCISO II, ALÍNEA "E" DO CÓDIGO PENAL. NÃO INCIDÊNCIA.1. Pratica o crime do art. 171, § 3º, do Código Penal aquele que obtém vantagem

    ilícita em prejuízo de entidade de direito público.2. Fraude realizada por meio de contrato de empréstimo com a falsificação

    grosseira de assinatura da ex-esposa do acusado, que tinha completo desconhecimento da

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 12 / 701

  • transação, indicam a existência de elementos que provam a obtenção de vantagem ilícita emprejuízo à instituição financeira, mediante fraude.

    3. O delito de estelionato foi praticado contra entidade financeira, não tendo aesposa do réu, sequer sofrido prejuízos financeiros. Ademais, mesmo que a ex-esposa do réufosse reconhecida como sujeito passivo indireto do delito, a incidência da agravante genéricaprevista no art. 61, II, "e", do CP ainda seria incabível, pois o legislador afastou apunibilidade do cônjuge nos crimes contra o patrimônio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento às apelações e, de ofício, minorar a pena privativa de liberdade, nos termos dorelatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00004 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000183-34.2006.4.04.7106/RSRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZAPELANTE : RODOLFO RODRIGUEZADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTADIREITO PENAL. MOEDA FALSA. ARTIGO 289, § 1º, DO CÓDIGO PENAL.FALSIFICAÇÃO GROSSEIRA. INOCORRÊNCIA. MATERIALIDADE,AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE.MÍNIMO LEGAL. PENA PROVISÓRIA. ATENUANTE. REDUÇÃO.INVIABILIDADE. SÚMULA 231, STJ.1. Atestando o laudo pericial ser apta a cédula para iludir o homem médio, bem

    como não se constatando de seu exame a olho nu qualquer elemento apto a denunciar suainautenticidade, tem-se inviabilizado o acolhimento de tese de falsificação grosseira.

    2. Materialidade, autoria e dolo comprovados a partir contexto probatório pelaprática da conduta tipificada no artigo 289, § 1º, do Código Penal.

    3. Para o tipo penal em debate, inexiste possibilidade material de se produzirampla prova do dolo, devendo o Magistrado se orientar pelo conjunto das evidências,atendo-se aos indicativos externos que expressam a vontade do agente para aferir a presença,ou não, do elemento subjetivo.

    4. É de se ter por comprovado o dolo, no crime de moeda falsa, quando oconjunto indiciário indica que o agente sabia ser inautêntica a moeda.

    5. Estando a pena-base fixada no mínimo legal, tem-se inviabilizada a reduçãoda pena por força da incidência de circunstância atenuante, nos termos da Súmula 231 doSuperior Tribunal de Justiça.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 13 / 701

  • provimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00005 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000861-56.2009.4.04.7005/PRRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZAPELANTE : OSEIAS ALVES DE ALMEIDAADVOGADO : Paulo Cesar Vieira de Araujo

    : Valdir Alves de AlmeidaAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTA

    APELAÇÃO CRIMINAL. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DAINSIGNIFICÂNCIA. ABSOVIÇÃO PELA ATIPICIDADE. POSSIBILIDADE.

    1.Tratando-se de pequena quantidade de medicamentos internalizada em solopátrio sem a regular documentação e autorização da ANVISA impõe-se a reclassificaçãofático-jurídica do delito para o crime de contrabando (art. 334, do CP).

    2. Sendo ínfima a quantidade de fármacos introduzidos, a importação mostra-seincapaz de causar lesão à saúde pública e ao erário, daí porque cabível a aplicação doprincípio da insignificância.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, dar provimento àapelação nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00006 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0028292-71.2009.4.04.7100/RSRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUSREL. ACÓRDÃO : Des. Federal JOÃO PEDRO GEBRAN NETOAPELANTE : ANNA MARIA ZILZ

    : CARLOS ZILZADVOGADO : Defensoria Pública da União

    : Carmen ReyAPELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTA

    PENAL. SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ART.337-A DO CÓDIGO PENAL. MATERIALIDADE E AUTORIA.DEMONSTRADAS. DOSIMETRIA DA PENA. CONFISSÃOESPONTÂNEA. RECONHECIMENTO. CONTINUIDADE DELITIVA.

    1. A consumação do delito tipificado no art. 337-a do Código Penal se dá com olançamento definitivo do crédito tributário, aplicando-se o entendimento exposto na SúmulaVinculante nº 24.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 14 / 701

  • 2. Comete o delito tipificado no art. 337-a, III, do Código Penal o agente queomite fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias relativas ao custeio daaposentadoria especial nas declarações prestadas à Previdência Social (GFIP), suprimindo opagamento do correspondente tributo

    3. O sujeito ativo dos delitos cometidos no âmbito de uma pessoa jurídica é, emregra, o seu administrador: a pessoa que detém o poder de gerência, o comando, o domíniosobre a prática ou não da conduta delituosa. Figurar formalmente no estatuto/contrato socialou outro documento como administrador ou gerente constitui indício de que o indivíduoexerce essa função e de que tem o domínio do fato delitivo. Porém, é preciso que essacondição se confirme no curso da ação penal.

    4. "A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial.O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamenteobjetivas para a fixação da pena" (STF, HC 107.409/PE, 1.ª Turma, Rel. Min. Rosa Weber,un., j. 10.4.2012, DJe-091, 09.5.2012).

    5. Se a confissão do réu foi utilizada para corroborar o acervo probatório efundamentar a condenação, deve incidir a atenuante prevista no art. 65, III, d, do CódigoPenal, ainda que tenha sido parcial ou que tenha havido posterior retratação.

    6. A aplicação da causa de aumento da continuidade delitiva no crime desonegação de contribuição previdenciária deve ser realizada, preferencialmente, de acordocom os parâmetros já consagrados nessa egrégia Corte para os casos de apropriação indébitaprevidenciária: até 9 fatos, 1/6; de 9 a 18 fatos, entre 1/5 e 1/4; de 18 a 24 fatos, entre 1/4 e1/3; de 24 a 30 fatos, entre 1/3 e 1/2; de 30 a 33 fatos, entre 1/2 e 2/3; acima de 33 fatos, 2/3.

    7. Apelação criminal improvida.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, negar provimentoà apelação, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 30 de setembro de 2015.

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1365/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 15 / 701

  • Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0009481-71.2006.4.04.7002/PRRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUSEMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FLS. 836-862INTERESSADO : CLÁUDIO CÉSAR DOS ANJOS OLIVEIRAADVOGADO : Oswaldo Loureiro de Mello Junior e outros

    : Vanessa das Neves Picouto

    EMENTA

    PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.INOCORRÊNCIA. REDISCUSSÃO MERITÓRIA EPREQUESTIONAMENTO. IMPROVIMENTO.

    1. A via declaratória tem o objetivo específico de provocar novopronunciamento judicial de caráter integrativo e/ou interpretativo nas hipóteses deambiguidade, omissão, contradição ou obscuridade, a teor do artigo 619 do Código deProcesso Penal, ou então, por construção pretoriana integrativa, quando constatado erromaterial no julgado.

    2. Desatendidos tais requisitos, não devem ser providos os embargosdeclaratórios que apenas visam à rediscussão do mérito da causa ou ao prequestionamento damatéria.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declaração nos termos do relatório, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre - RS, 22 de setembro de 2015.00002 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0012664-04.2007.4.04.7200/SCRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : ROGERIO LUIS GONÇALVES

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 16 / 701

  • ADVOGADO : Victor Emendorfer Neto e outroAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTAPENAL E PROCESSO PENAL. LAVAGEM DE ATIVOS. ARTIGO 1º, INCISOS

    V E VII, E § 4º, DA LEI Nº 9.613/98. SENTENÇA. OMISSÃO. NÃO OCORRÊNCIA.APELAÇÃO DO RÉU. NÃO CONHECIMENTO. ABSOLVIÇÃO. ARTIGO 386, VII, DOCÓDIGO DE PROCESSO PENAL. MANUTENÇÃO.

    1. Não ocorre omissão na sentença que, diante da destinação dos bens emdecisão anterior proferida durante o trâmite da ação penal, apenas menciona essa destinaçãojá efetuada.

    2. Apelação do réu que sustenta omissão da sentença, que não ocorreu, nem foiarguida em embargos de declaração, não deve ser conhecida.

    3. Ausente um dos elementos caracterizadores do crime de lavagem de ativos,isto é, a consciência quanto à origem ilícita dos valores que justificavam a movimentaçãofinanceira, deve ser mantida a absolvição do réu nos termos do artigo 386, VII, do Código deProcesso Penal.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não conhecerda apelação do réu e negar provimento à apelação do Ministério Público Federal, nos termosdo relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1366/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 17 / 701

  • JULGAMENTOS

    5ª E 6ª TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005602-71.2015.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : BENEDITA RODRIGUES DE SANTANA e outrosADVOGADO : Neusa Rosa Fornaciari Martins e outrosEMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO CÍVEL Nº 2008.71.99.002040-2/RSRELATORA : Des. Federal VÂNIA HACK DE ALMEIDAAPELANTE : LEONIL ANTONIO CELSOADVOGADO : Ivo Signor e outroAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIÇÃO/SERVIÇO. REQUISITOS. ATIVIDADE RURAL. INÍCIODE PROVA MATERIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. LAUDO POR

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 18 / 701

  • DE PROVA MATERIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. LAUDO PORSIMILARIDADE.

    1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado portestemunhas.

    2. Para a utilização do tempo de serviço rural visando à expedição de certidãopara contagem recíproca (aproveitamento de tempo laborado em um regime de previdênciapara obtenção de benefício em regime diverso), é imprescindível o recolhimento dasrespectivas contribuições previdenciárias.

    3. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.

    4. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio deprova (exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível oenquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição aagentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então, por meio deformulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.

    5. Admite-se a prova técnica por similaridade (aferição indireta dascircunstâncias de labor) quando impossível a realização de perícia no próprio ambiente detrabalho do segurado. Precedentes da Terceira Seção desta Corte.

    6. Hipótese em que o laudo pericial é hábil a comprovar o exercício de atividadesujeita a condições nocivas nos períodos de 02-08-1973 a 07-07-1975, 01-09-1975 a 24-02-1976, 02-01-1985 a 30-06-1985, 01-11-1986 a 28-02-1988, 01-10-1988 a 30-04-1989, 01-06-1989 a 31-08-1992, 08-09-1992 a 01-02-1993 e 01-09-1993 a 31-05-1994, tendo em vistaque as atividades profissionais foram informadas pelo demandante e corroboradas pelastestemunhas ouvidas em juízo.

    7. No tocante aos períodos de 01-11-1979 a 30-05-1980, 01-07-1980 a 30-11-1984 e 01-03-1986 a 30-11-1986, o laudo pericial, realizado por similaridade, tomou porbase exclusivamente as informações prestadas pelo autor acerca das suas atividadesprofissionais, o que inviabiliza o reconhecimento da especialidade.

    8. O tempo de serviço reconhecido (rural e especial) deve ser averbado parafutura concessão de benefício previdenciário.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, dar parcialprovimento às apelações, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0022014-14.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO

    JÚNIORAPELANTE : TERESA FAGUNDESADVOGADO : Mathias Felipe Gewehr e outroAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 19 / 701

  • PREVIDENCIÁRIO. PARCELAS RECEBIDAS DE BOA-FÉ.IRREPETIBILIDADE.

    1. Não foi comprovada a má-fé da parte da autora na percepção do benefício depensão após a maioridade de seu filho, que deveria ser o único beneficiário, tendo em vistaque o equívoco na inscrição de seu nome como beneficiária (e não o de seu filho) foicometido pela autarquia previdenciária, sem que aquela autora tenha concorrido para isso.Ademais, seu filho atingiu a maioridade 15 anos após a concessão do benefício, quando aautora contava 67 anos de idade, e o já longo período de percepção da pensão, bem como ofato de não ter sido cessada pelo INSS, pode perfeitamente ter induzido a demandante, pessoade poucas luzes e analfabeta, a acreditar que também era beneficiária, pois o instituidor dobenefício era seu companheiro. Assim, não é possível afirmar que a autora estivesse ciente dairregularidade da sua situação, e, portanto, não há prova inequívoca de sua má-fé.

    2. Em face de sua natureza eminentemente alimentar, são irrepetíveis asparcelas indevidas de benefícios previdenciários recebidas de boa-fé. Precedentes daTerceira Seção desta Corte.

    3. Honorários advocatícios fixados em 10% do valor atualizado da causa.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, negar provimentoà apelação do INSS, dar parcial provimento à remessa oficial, e dar provimento à apelação daparte autora, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00004 APELAÇÃO CÍVEL Nº 2008.71.00.021230-4/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAAPELANTE : ARY CARVALHO DA ROSAADVOGADO : Daisson Silva PortanovaAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REEXAME DE RECURSO.ART. 543-B, §3º, DO CPC. DECADÊNCIA. ART. 103 DA LEI 8.213/91.REPERCUSSÃO GERAL. RE Nº 626.489.

    1. No REsp 1309529, admitido como representativo de controvérsia, o STJentendeu que incide o prazo de decadência do art. 103 da Lei 8.213/1991, instituído pelaMedida Provisória 1.523-9/1997, convertida na Lei 9.528/1997, no direito de revisão dosbenefícios concedidos ou indeferidos anteriormente a esse preceito normativo, com termo aquo a contar da sua vigência (28-06-1997).

    2. Segundo decisão do Plenário do Egrégio STF (RE nº 626.489), o prazo de dezanos (previsto no art. 103, caput, da Lei nº 8.213/91) para a revisão de benefíciosprevidenciários é aplicável aos benefícios concedidos antes da Medida Provisória nº 1.523-9/1997, que o instituiu, passando a contar a partir do início de sua vigência (28-06-1997), oua contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 20 / 701

  • 3. Hipótese em que ocorreu a decadência do direito à revisão da renda mensalinicial do benefício.

    4. A readequação da renda mensal aos novos tetos não se trata de revisão do atode concessão e, portanto, a questão não se enquadra nos contornos da decisão do STF.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, em juízo deretratação, dar parcial provimento ao apelo, nos termos do relatório, votos e notastaquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00005 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0024918-07.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : MARIA DA LUZ SANTOS GONÇALVESADVOGADO : Claudio Toshio Mori

    EMENTA

    EMBARGOS DECLARATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSERECURSAL. ERRO MATERIAL.

    1. O INSS não possui interesse recursal na oposição de embargos de declaração,quando a decisão da Turma foi no mesmo sentido de suas alegações.

    2. O acolhimento das razões de apelação do INSS e da remessa oficial pelo votocondutor demonstra a existência de erro material no seu dispositivo e no acórdão, o qual secorrige de ofício.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não conhecerdos embargos de declaração e corrigir, de ofício, o erro material existente no dispositivo dovoto e no acórdão, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013176-82.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : FRANCISCO DE ASSIS DIAS DA ROSAADVOGADO : Fernando da Silva Goulart e outro

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 21 / 701

  • EMENTA

    EMBARGOS DECLARATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSERECURSAL.

    1. O INSS não possui interesse recursal na oposição de embargos de declaração,quando a decisão da Turma foi no mesmo sentido de suas alegações.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não conhecerdos embargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0007388-14.2014.4.04.0000/PRRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : REGINA IRENE CONSTANTINO MILANIADVOGADO : Sonia Maria Bellato Palin e outro

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração.

    2. É dispensável a declaração expressa das disposições legais em que sefundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentos jurídicos.

    3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00008 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0004706-28.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 22 / 701

  • EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : NAIR TERESINHA DE LIMAADVOGADO : Eunice Cristiane GarciaREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANTO

    AUGUSTO/RS

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0005082-09.2013.4.04.0000/RSRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : FRANCISCO BRAND e outrosADVOGADO : Flavio Belmonte Rodrigues da Silva

    : Pedro Alexandre Muller

    EMENTA

    QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DEINTIMAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE CONTRARRAZÕES.NULIDADE ABSOLUTA.

    Suscitada questão de ordem para anular o julgamento do agravo de instrumento,por ausência de intimação do defensor do agravado para o oferecimento das contrarrazões,tendo em vista cerceamento de defesa.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 23 / 701

  • Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, suscitarquestão de ordem para anular o julgamento do agravo de instrumento, nos termos dorelatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00010 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0009062-37.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : HILDA ANA STEFFENADVOGADO : Jose Lucio Costa da Silveira

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00011 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0006509-17.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASINTERESSADO : LIVINO STEINBRENNERADVOGADO : Andre Luis Anschau MielkeREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE PORTO

    XAVIER/RSAPENSO(S) : 0007833-37.2011.404.0000

    EMENTAPROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DASHIPÓTESES ENSEJADORAS DO RECURSO. PREQUESTIONAMENTO.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 24 / 701

  • 1. A acolhida dos embargos declaratórios só tem cabimento nas hipóteses deomissão, contradição ou obscuridade. 2. Estando evidenciada a tese jurídica em que sesustenta a decisão proferida nesta Instância, não é necessário declarar os dispositivos legaisem que se fundamenta. 3. Desnecessária a menção a todas as teses invocadas pelas partes eque não foram consideradas significativas para o desate da lide. 4. Embargos de declaraçãoprovidos em parte para efeitos de prequestionamento.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento aos embargos de declaração para dar por prequestionados os artigosreferidos, inalterado o resultado do julgamento, nos termos do relatório, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00012 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000107-12.2011.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASINTERESSADO : ZELMIRO POLETTOADVOGADO : Alvaro Arcemildo Bamberg e outros

    EMENTAPROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DASHIPÓTESES ENSEJADORAS DO RECURSO. PREQUESTIONAMENTO.1. A acolhida dos embargos declaratórios só tem cabimento nas hipóteses de

    omissão, contradição ou obscuridade. 2. Estando evidenciada a tese jurídica em que sesustenta a decisão proferida nesta Instância, não é necessário declarar os dispositivos legaisem que se fundamenta. 3. Desnecessária a menção a todas as teses invocadas pelas partes eque não foram consideradas significativas para o desate da lide. 4. Embargos de declaraçãoprovidos em parte para efeitos de prequestionamento.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento aos embargos de declaração para dar por prequestionados os artigosreferidos, inalterado o resultado do julgamento, nos termos do relatório, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.00013 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0001393-30.2013.4.04.9999/RSRELATORA : Des. Federal VÂNIA HACK DE ALMEIDAAPELANTE : IVANIL LUCIA MENONADVOGADO : Paulo Afonso Colombelli

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 25 / 701

  • APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

    ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL.REQUISITOS. ATIVIDADE RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.INÍCIO DE PROVA MATERIAL COMPLEMENTADA POR PROVATESTEMUNHAL. CUMPRIMENTO IMEDIATO DO ACÓRDÃO.

    1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado portestemunhas.

    2. Implementado o requisito etário (55 anos de idade para mulher e 60 anos parahomem) e comprovado o exercício da atividade agrícola no período correspondente àcarência (art. 142 da Lei n. 8.213/91), é devido o benefício de aposentadoria por idade rural.

    3. Determinado o cumprimento imediato do acórdão no tocante à implantaçãodo benefício, a ser efetivada em 45 dias, nos termos do art. 461 do CPC.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, dar provimento àapelação e determinar o cumprimento imediato do acórdão no tocante à implantação dobenefício, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00014 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013143-29.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAAPELANTE : MARIA OSSENIA DE SA FAGUNDESADVOGADO : Alfredo Ambrosio JuniorAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL.REQUISITOS. ATIVIDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL.BOIA-FRIA. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL.IMPOSSIBILIDADE. CONJUNTO PROBATÓRIO INSUFICIENTE.

    1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, quando comprovadomediante início de prova material corroborado por testemunhas.

    2. Consoante orientação firmada pelo Superior Tribunal de Justiça no Resp n.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 26 / 701

  • 1.321.493-PR, aplica-se a Súmula 149/STJ ("A prova exclusivamente testemunhal não basta àcomprovação da atividade rurícola, para efeitos da obtenção de benefício previdenciário")aos trabalhadores rurais denominados "boias-frias", sendo imprescindível a apresentação deinício de prova material.

    3. No caso em apreço, a parte autora não demonstrou, através de início de provamaterial, que exerceu a atividade rurícola como boia-fria, motivo pelo qual não há comoconceder o benefício pleiteado.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, negar provimentoà apelação, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00015 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0002849-15.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAAPELANTE : ANDRESSA MARTINS LEMESADVOGADO : Tatiane Bisognin e outrosAPELANTE : SIMONE FRIEDRICHADVOGADO : Elton dos Santos AlmeidaAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. NÃO COMPROVAÇÃO DAUNIÃO ESTÁVEL. EXCLUSÃO DE BENEFICIÁRIO. RESTITUIÇÃO.VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. IMPOSSIBILIDADE. CARÁTERALIMENTAR.

    1. Não comprovada a união estável da corré com o segurado falecido,instituidor da pensão, resta confirmada a sentença no que toca à sua exclusão da lista debeneficiários.

    2. Incabível a restituição dos valores recebidos de boa-fé pela corré a título depensão por morte, tendo em vista o caráter alimentar.

    3. Não obstante, evidenciado o equívoco da autarquia na concessão, para o qualnão concorreu a autora, deve o INSS pagar a ela as diferenças devidas desde a data do óbito.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, dar provimento àapelação da parte autora e dar parcial provimento à apelação da corré Simone e à remessaoficial, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 27 / 701

  • 00016 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0003667-20.2015.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAAGRAVANTE : MARGARETE SILVA DA ROSAADVOGADO : Edward Nunes Machry e outroAGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO. ANTECIPAÇÃODA TUTELA. PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA.DEMONSTRAÇÃO DA INCAPACIDADE. PERIGO NA DEMORA.

    1. A perícia médica realizada pelo INSS possui presunção de legitimidade e sópode ser afastada por prova robusta em sentido contrário. 2. Caso em que, embora o pedidode antecipação da tutela tenha sido formulado initio litis, conclui-se pela verossimilhança dodireito alegado, visto que a parte requerente apresentou documentos e demais elementossuficientes para comprovar a incapacidade para o trabalho. 3. O fundado receio de danoirreparável está configurado no fato de a parte segurada estar incapacitada para o exercíciode atividade laborativa, o que a faz necessitar do benefício para prover seu sustento.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, darprovimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficasque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00017 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0007035-71.2014.4.04.0000/PRRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : JUDITE ALVES DE OLIVEIRA LOPESADVOGADO : Gilberto Julio Sarmento

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração.

    2. É dispensável a declaração expressa das disposições legais em que sefundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentos jurídicos.

    3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que se

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 28 / 701

  • socorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00018 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0000249-50.2015.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : NEIDE NEGHERBONADVOGADO : Adriane Claudia Bertoldi ZanellaREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE

    TIMBO/SC

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00019 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0008307-42.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : CLARICE TERESINHA STOFFELADVOGADO : Elaine Wilde Classmann

    EMENTADIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 29 / 701

  • EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00020 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0003221-90.2015.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : JOSÉ VIEIRA DE MORAISADVOGADO : Flavio Rodrigues dos SantosREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    LOANDA/PR

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 30 / 701

  • 00021 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0009021-41.2011.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHOEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : SELENITA PASINATOADVOGADO : Bibian dos Reis Saccon

    : Denise Paula Marcante GiottoREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE SAO JOSE DO

    OURO/RS

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.00022 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0015219-89.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAEMBARGANTE : GENUINO JOSE DELLAZERIADVOGADO : Jorge Calvi e outrosEMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIADE QUALQUER DOS DEFEITOS QUE PODERIAM MOTIVAR AOPOSIÇÃO. PREQUESTIONAMENTO.

    1. Se o acórdão não apresenta omissão, contradição ou obscuridade, não cabe aoposição de embargos de declaração. 2. É dispensável a declaração expressa das disposiçõeslegais em que se fundamenta a decisão, quando esta se sustenta em evidentes fundamentosjurídicos. 3. Não se obriga o órgão colegiado a enfrentar todos os argumentos de que sesocorrem as partes na ação, se não são imprescindíveis à solução do litígio.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 31 / 701

  • ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar osembargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre (RS), 14 de outubro de 2015.

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1367/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1ª, 2ª, 3ª E 4ª TURMAS

    00001 AGRAVO REGIMENTAL EM CORREIÇÃO PARCIAL Nº 0003201-26.2015.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal FERNANDO QUADROS DA SILVAAGRAVANTE : INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇAO DA BIODIVERSIDADE -

    ICMBIO e outro.PROCURADOR : Procuradoria-Regional Federal da 4ª RegiãoINTERESSADO : JUÍZO SUBSTITUTO DA 9A VF DE PORTO ALEGREAGRAVADA : DECISÃO DE FOLHAS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 32 / 701

  • EMENTA

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CORREIÇÃOPARCIAL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. DESCABIMENTO.

    1. Os atos impugnados não se caracterizam como causadores de tumultoprocedimental, não se enquadrando entre aqueles caracterizados como hipóteses previstaslegalmente para o cabimento da correição parcial.

    2. Agravo regimental desprovido.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.04.01.023178-4/PRRELATOR : Juiz Federal SÉRGIO RENATO TEJADA GARCIAAPELANTE : EDVIN STORCK e outroADVOGADO : Jair Antonio Wiebelling e outroAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA -

    INCRAADVOGADO : Marcelo Ayres Kurtz

    : Joao Carlos Bohler e outro

    EMENTAADMINISTRATIVO. QUESTÃO DE ORDEM. IMPEDIMENTO DE

    MAGISTRADO. NULIDADE DO JULGAMENTO.Constatada a participação no julgamento do recurso de apelação de magistrado

    impedido para exercer suas funções no feito, termos do art. 134, II, do CPC, deve ser anuladoo acórdão para que, após a devida intimação das partes, novo julgamento seja proferido.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, suscitarquestão de ordem para anular os acórdãos de fls. 452 a 458 e fls. 472 a 474, para que, sanadoo problema com a substituição do magistrado impedido, seja proferido novo julgamento, nostermos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0011980-43.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal SÉRGIO RENATO TEJADA GARCIAAPELANTE : DANIEL DE OLIVEIRA MINUTOADVOGADO : Dagoberto Oliveira das VirgensAPELADO : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 33 / 701

  • RENOVÁVEIS - IBAMAPROCURADOR : Procuradoria-Regional Federal da 4ª Região

    EMENTA

    ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. IBAMA. MANUTENÇÃO EMCATIVEIRO DE PÁSSAROS SILVESTRES SEM LICENÇA AMBIENTAL.NULIDADES DO AUTO DE INFRAÇÃO. INEXISTÊNCIA.INSTRUMENTO INDISPENSÁVEL AO EXERCÍCIO DE PROFISSÃO.IMPENHORABILIDADE.

    1. Conforme prevê o art. 26, § 3º, da Lei 9.784/99, no processo administrativofederal a intimação pode ser feita por via postal com aviso de recebimento. O dispositivo nãoexige aviso de recebimento em mão própria, de forma que se presume feita a intimação com aentrega do documento no endereço correto do intimado, à pessoa presente no local.

    2. A Lei nº 9.605/1998 confere a todos os funcionários dos órgãos ambientaisintegrantes do SISNAMA o poder para lavrar autos de infração e instaurar processosadministrativos, desde que designados para as atividades de fiscalização, o que, para ahipótese, ocorreu com a Portaria nº 11/2009.

    3. A aplicação da pena de multa simples na seara administrativa não tem comorequisito a cominação prévia de advertência ao autuado.

    4. Não restaram configuradas quaisquer das eivas alegadas, que representariamnulidades do procedimento administrativo.

    5. A impenhorabilidade do instrumento de trabalho, preconizada no art. 649, VI,do CPC, é uma cláusula protetiva, cuja finalidade é preservar o trabalhador autônomo, pessoafísica, que tem na profissão o seu sustento e de sua família.

    6. Havendo elementos a corroborar a alegação de que o automóvel e o reboquepenhorados são indispensáveis ao exercício profissional, deve ser desconstituída aconstrição operada.

    7. Na esteira da Súmula 168 do extinto TFR e do entendimento reiterado tantodo TRF 4ª Região quanto do STJ, o encargo de 20% do Decreto-Lei nº 1.025/69 é sempredevido nas execuções fiscais propostas pela União e substitui, nos embargos, a condenaçãodo devedor a título de honorários advocatícios.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.00004 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013533-28.2015.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal SÉRGIO RENATO TEJADA GARCIAAPELANTE : ANTONIO FRANCISCO RUY E CIA/ LTDA/ MEADVOGADO : Eodes Aparicio Proenca AraujoAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA -

    INMETROADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4ª Região

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 34 / 701

  • EMENTA

    ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INOVAÇÃOPROCESSUAL.

    Não se conhece do recurso que aborda matéria não ventilada anteriormente, sobpena de incorrer em supressão de instância.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não conhecerdo apelo, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 06 de outubro de 2015.

    Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1368/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0068238-06.2002.4.04.7000/PRRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZ

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 35 / 701

  • APELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : EDSON BOTTI

    : ANNA LUIZA BORNSCHEIN: EVERSONG PAULO ZUBA: MARCOS ANDRE KRZIZANOWSKI

    ADVOGADO : Rodrigo Sanchez Rios: Daniel Laufer: Luiz Gustavo Pujol

    APELANTE : NAUM RUBEM GALPERINADVOGADO : Marcelo Henrique de Carvalho SilvestreAPELADO : (Os mesmos)APELADO : CHRISTIAN VIRMOND GALPERINADVOGADO : Rodrigo Sanchez Rios

    : Daniel Laufer: Luiz Gustavo Pujol

    EMENTA

    PENAL. PROCESSO PENAL. PRESCRIÇÃO REGULADA PELA PENAEM ABSTRATO. NULIDADE DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS.NÃO OCORRÊNCIA. ARTIGO 288 DO CP. QUADRILHA OU BANDO.ARTIGOS 16 E 22, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 7.492/86. ARTIGO 1º,VI §§ 1º, I E II, E 2º, I, DA LEI 9.613/98. MATERIALIDADE E AUTORIACOMPROVADAS. DOSIMETRIA DAS PENAS. PRESCRIÇÃOREGULADA PELA PENA CONCRETAMENTE APLICADA.SUBSTITUIÇÃO DAS PENAS. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA.

    1. Tendo em vista que a ré contava com mais de 70 (setenta) anos de idade nadata da sentença condenatória, incide na espécie a regra insculpida no artigo 115 do CP,reduzindo pela metade os prazos prescricionais e ensejando o reconhecimento da prescriçãoda pretensão punitiva do Estado, regulada pela pena abstratamente cominada, quanto aoscrimes previstos no artigo 288 do Código penal e 16 da Lei 7.492/86.

    2. As decisões que decretaram as interceptações telefônicas, bem como aprorrogação da medida, estão em consonância com os requisitos legais, encontrando-seadequadamente motivadas, tendo apontado de forma suficiente os indícios de autoria eparticipação em infração penal punível com pena de reclusão e a indispensabilidade damedida.

    3. É lícito ao magistrado, ao proferir decisão acerca da prorrogação deinterceptação telefônica, reportar-se às razões explicitadas em decisões anteriores, quepassam a compor sua fundamentação.

    4. A duração das interceptações telefônicas foi analisada de formaindividualizada, observando a necessidade da situação específica apresentada nainvestigação, sendo que as prorrogações se deram sempre através de decisão judicialdevidamente motivada, não se mostrando excessiva.

    5. Demonstrado nos autos que os réus, de forma voluntária e consciente, fizeramoperar instituição financeira de câmbio sem a devida autorização do Banco Central do Brasil,impõe-se a condenação nas sanções previstas no artigo 16 da Lei 7.492/86.

    6. A entrega de moeda estrangeira no exterior em contrapartida a préviopagamento em reais no Brasil, denominada operação "dólar-cabo", configura o crime deevasão de divisas, ensejando a condenação dos réus nas penas previstas no artigo 22,

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 36 / 701

  • parágrafo único, da Lei 7.492/86.7. Comprovada a dissimulação da natureza e origem de bens e valores

    provenientes da prática de crime contra o sistema financeiro nacional, impõe-se acondenação dos réus às penas previstas no artigo 1º, inciso VI, e §§ 1º, I e II, 2º, I, da Lei9.613/98.

    8. Comprovada a associação estável de 03 (três) ou mais pessoas para o fim decometer crimes, cumpre a condenação dos réus às penas previstas no artigo 288 do CódigoPenal.

    9. Tendo a investigação dos réus se estendido por curto período de tempo, nãohavendo provas contundentes acerca de sua participação anterior na empreitada delituosa,mostra-se indevida a exasperação da pena-base em razão da longa duração do esquemacriminoso, posto que caracterizaria responsabilização penal objetiva.

    10. A utilização de contas bancárias mantidas no exterior é inerente à prática deoperações de dólar-cabo, caracterizadora do delito de evasão de divisas, não servindo àelevação das penas cominadas aos demais delitos imputados, tendo em vista a vedação do bisin idem.

    11. Reconhecida a extinção da punibilidade, condicionada ao trânsito emjulgado para a acusação, em virtude da prescrição regulada pelas penas concretamenteaplicadas aos réus.

    12. Diante da condenação a penas privativas de liberdade não superiores a 04(quatro) anos, não tendo os crimes sido cometidos com violência ou grave ameaça econsiderando as circunstâncias objetivas dos delitos e pessoais dos agentes, entendosuficiente a substituição da sanção carcerária por duas penas restritivas de direitos.

    13. Quanto ao valor da prestação pecuniária, o julgador, dentre os parâmetrosestabelecidos pelo artigo 45, § 1º, do Código Penal, deve estabelecê-la de modo a não torná-la tão diminuta a ponto de mostrar-se inócua, nem tão excessiva de maneira a inviabilizar seucumprimento.

    ACÓRDÃOVistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    Egrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, declarar, deofício, a ocorrência da prescrição, com base na pena abstratamente cominada, para a réANNA LUIZA BORNSCHEIN, quanto aos delitos de que tratam os artigos 288 do CódigoPenal e 16 da Lei nº 7.492/86; julgar prejudicada, em parte, a apelação da ré ANNALUIZA BORNSCHEIN e, na parte remanescente, negar-lhe provimento; dar parcialprovimento às apelações do Ministério Público Federal e dos réus MARCOS ANDRÉKRZIZANOWSKI, EVERSONG PAULO ZUBA e EDSON BOTTI; negar provimento àapelação de NAUM RUBEM GASPERIN e reduzir a pena que lhe foi aplicada, pelaprática do delito capitulado no artigo 16 da Lei nº 7.492/86; declarar extinta apunibilidade, com base na pena concretamente imposta à ré ANNA LUIZABORNSCHEIN, quanto ao delito de que trata o artigo 22, p.u., primeira parte, da Lei nº7.492/86; declarar extinta a punibilidade, com base nas penas concretamente impostasaos réus MARCOS ANDRÉ KRZIZANOWSKI, EDSON BOTTI, NAUM RUBEMGASPERIN e EVERSONG PAULO ZUBA, quanto aos delitos de que tratam o artigo 288do Código Penal e os artigos 16 e 22, p.u., primeira parte, da Lei nº 7.492/86, nos termosdo relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte do presente julgado.

    Porto Alegre, 14 de outubro de 2015.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 37 / 701

  • Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1369/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    4ª SEÇÃO

    00001 REVISÃO CRIMINAL Nº 0007876-03.2013.4.04.0000/SCRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUSREQUERENTE : SERGIO DE ARRUDA reu presoADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoREQUERIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    EMENTA

    REVISÃO CRIMINAL. AMPLA DISCUSSÃO DO MÉRITO DACONDENAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES DE AJUIZAMENTOENUMERADAS DE FORMA TAXATIVA. MATÉRIAS SUSCITADASCUJO EXAME TOCA AO JUÍZO DA EXECUÇÃO. NÃOCONHECIMENTO. CONDENAÇÃO CONTRÁRIA À EVIDÊNCIA DOSAUTOS. INOCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 158 DO ESTATUTOPROCESSUAL PENAL. NÃO VERIFICAÇÃO. REITERAÇÃO DEARGUMENTOS JÁ RECHAÇADOS NA SENTENÇA E NO ACÓRDÃOCONDENATÓRIOS. IMPOSSIBILIDADE. CONHECIMENTO PARCIALDA REVISIONAL. JULGAMENTO DE IMPROCEDÊNCIA, NA PORÇÃO

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 38 / 701

  • DA REVISIONAL. JULGAMENTO DE IMPROCEDÊNCIA, NA PORÇÃOCONHECIDA.

    1. Do que se depreende da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, éinadmissível, em sede de revisão criminal, rediscutir, de forma ampla e irrestrita, o mérito dacondenação, porquanto esta ação não pode ser utilizada como um novo recurso de apelação.Precedentes.

    2. A Quarta Seção desta Corte tem afirmado que as hipóteses que autorizam arevisão criminal estão previstas de forma taxativa no artigo 621 do Código de Processo Penal(RVCR 0004922-52.2011.404.0000, Rel. Desembargador Federal Paulo Afonso Brum Vaz,D.E. 27-6-2011; RVCR 0006026-79.2011.404.0000, Rel. Juiz Federal Sebastião Ogê Muniz,D.E. 27-7-2011; RVCR 2009.04.00.025956-4, Rel. Desembargador Federal Victor Luiz dosSantos Laus, D.E. 02-9-2011; e RVCR 5004780-55.2014.404.0000, Rel. Juiz Federal JoséPaulo Baltazar Junior, D.E. 26-5-2014).

    3. As alegações relativas à forma de cumprimento da sanção carcerária e àdetração devem ser levadas à apreciação do Juízo da execução, a teor do artigo 66, inciso III,alíneas b e c, inciso V, alínea a, e inciso VI, da Lei 7.210/84; quanto ao indeferimento deautorização para trabalho externo, o meio adequado de impugnação seria o agravo deexecução, na forma do artigo 197 da Lei 7.210/84. Não conhecimento da ação revisional, emrelação a tais pontos.

    4. No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, verifica-se que a Quinta e a SextaTurmas, às quais toca a competência criminal, têm manifestado posições divergentes acercado alcance do conceito de sentença condenatória contrária à evidência dos autos. Os julgadosproferidos pela Quinta Turma veiculam entendimento restritivo, no sentido de que acondenação será incompatível com o conjunto probatório apenas nos casos em que se apurara inexistência de uma prova sequer que lhe dê suporte, sendo insuficiente a mera fragilidadeou precariedade dos elementos que embasaram a decisão (Nessa linha: REsp 1.173.329, 5ªTurma, Rel. Ministro Gilson Dipp, DJe 20-3-2012; e AgRg no AREsp 14.228, 5ª Turma, Rel.Ministro Jorge Mussi, DJe 11-6-2013). De outro lado, a Sexta Turma tem prestigiado umainterpr