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DEPARTAMENTO DA POLíCIA CIVIL CONSELHO DA POlÍCIA CIVIL DELlBERACÃO N° 592/2011 o CONSELHO DA POLíCIA CIVIL, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo Artigo 47, § 2°, da Constituição Estadual, com fundamento no que dispõe o Artigo 6° da Lei Complementar nO14, de 26 de maio de 1982, com suas alterações posteriores, apreciando Protocolo nO 862111/CPC - Proposição apresentada pelo Conselheiro Dr. Paulo Ernesto Araújo Cunha, para que sejam procedidas alterações na Instrução Normativa nO 02/2009, em razão das modificações introduzidas pela Lei n° 12.403/2011, em sessão ordinária realizada em data de trinta de agosto do corrente ano, DELIBEROU Por unanimidade de votos dos Senhores Conselheiros presentes, pela APROVAÇÃO das alterações da Instrução Normativa nO02/2009, na forma em que apresentadas. CONSELHO DA POLÍCIA CIVIL, em 30 de agosto de 2011. 8- 6 - LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA 5 - BENÊDIT~~N?ALVE~ NE~~ 'v- \ \'\ \ \ 7 - JULIO CE?:~R D~ REIS \ wp ~. 3-

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Page 1:  · Nos casos de crimes afiançáveis na esfera policial, a Autoridade Policial, em ... Aplicam-se, para fins dos cálculos acima, os percentuais que mais aumentem

DEPARTAMENTO DA POLíCIA CIVILCONSELHO DA POlÍCIA CIVIL

DELlBERACÃO N° 592/2011

o CONSELHO DA POLíCIA CIVIL, no uso de suas atribuiçõeslegais conferidas pelo Artigo 47, § 2°, da Constituição Estadual, com fundamento no quedispõe o Artigo 6° da Lei Complementar nO14, de 26 de maio de 1982, com suas alteraçõesposteriores, apreciando Protocolo nO 862111/CPC - Proposição apresentada peloConselheiro Dr. Paulo Ernesto Araújo Cunha, para que sejam procedidas alterações naInstrução Normativa nO 02/2009, em razão das modificações introduzidas pela Lei n°12.403/2011, em sessão ordinária realizada em data de trinta de agosto do corrente ano,

DELIBEROU

Por unanimidade de votos dos Senhores Conselheiros presentes, pela APROVAÇÃOdas alterações da Instrução Normativa nO02/2009, na forma em que apresentadas.

CONSELHO DA POLÍCIA CIVIL, em 30 de agosto de 2011.

8-

6 - LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

5 - BENÊDIT~~N?ALVE~ NE~~'v- \ \'\\ \

7 - JULIO CE?:~RD~ REIS \wp ~.

3-

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ALTERAÇÕES DAS NORMAS PROCEDIMENTAIS DE POLÍCIA

JUDICIÁRIA E INVESTIGATIVA

CAPÍTULO V

Seção IX

Arf. 92. A carta precatória deverá conter a síntese do fato apurado e os esclarecimentospretendidos e será instruída com a documentação necessária ao seu pleno cumprimento.

Arf. 95. A carta precatória será autuada e registrada em livro próprio na unidade deprecada.

Seção X

Arf. 106. Em qualquer fase do inquérito policial, a Autoridade Policial deverá examinar aconveniência de representar pela prisão preventiva, regulada nos arts. 311 a 316 do Cpp] 6.

CAPÍTULO VI

DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Arf. 123. A Autoridade Policial que presidir Auto de Prisão em Flagrante Delito deveráincrementá-lo com todas as informações possíveis para a efetiva aplicação da Lei Penal e,quando entender necessário, representar fundamentadamente pela conversão da prisão emflagrante em preventiva ou em outra medida cautelar cabível, observando os requisitosprevistos nos incisos I e 11do art. 282 do Cpp19-A.

Arf. 129. A Autoridade Policial comunicará imediatamente a prisão ao Juiz competente, aoMinistério público e à família do preso ou pessoa por ele indicada.§ 10• Em até 24 (vinte e quatro) horas após a prisão, deverá ser encaminhada cópia integral dorespectivo Auto de Prisão em Flagrante ao Juiz competente e à Defensoria Pública, caso oautuado não informe o nome de seu advogado.§ 2°. No mesmo prazo do § 1°, será entregue ao preso, mediante recibo, a Nota de Culpa.(art.306 do Cpp)22.

CAPÍTULO X

DA CONCESSÃO E DO RECOLHIMENTO DA FIANÇA

Arf. 151. Nos casos de crimes afiançáveis na esfera policial, a Autoridade Policial, emconformidade com o art. 322 do CPP, arbitrará a fiança independentemente de requerimento,

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desde que não haja qualquer das restrições previstas nos arts. 323 e 324 do referido diplomalegal3o•

Parágrafo único. A fiança somente poderá ser prestada na unidade policial até o momento do

encaminhamento da cópia do auto prisional ao Poder Judiciário.

Art. 152. Quando do exame da concessão de fiança, a Autoridade Policial deverá também

atentar para as causas de aumento e diminuição da pena, hipóteses de concurso formal ematerial, e crime continuado.

Parágrafo único. Aplicam-se, para fins dos cálculos acima, os percentuais que mais aumentemou que menos diminuam a pena.

Arf. 154. A decisão que conceder ou denegar a fiança será devidamente fundamentada no autoprisional.Parágrafo único. O valor arbitrado, em conformidade com o art. 325, I, e seu § 1°, II e III doCpp31, deverá ser justificado fundamentadamente segundo o art. 32632 do mesmo diplomalegal.

Arf. 157. Juntar-se-á aos autos do inquérito policial a cópia ou certidão autenticada do termode fiança e o seu comprovante do recolhimento.

16 Código de Processo Penal- Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de oficio, se no curso da ação penal, ou a requerimento do

Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.(Redacão

dada pela Lei n° 12.403, de 2011 ).Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica,

por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da

existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá serdecretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidascautelares (art. 282, § 40). (Redação dada pela Lei nO12.403, de 2011).

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - noscrimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 11- se tiver sido

condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do

caput do art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crimeenvolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com

deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; IV (revogado). Parágrafo único.Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou

quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-Ia, devendo o preso ser colocadoimediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da

medida. (Redação dada pela Lei n° 12.403, de 2011).

Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos

autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, 11 e III do caput do art. 23 doDecreto-Lei nO 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.(Redação dada pela Lei n° 12.403, de 2011)

Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.(Redaçãodada pela Lei nO12.403, de 2011).

Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para

que subsista, bem como de novo decretá-Ia, se sobrevierem razões que ajustifiquem.

19-A Código de Processo Penal- Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas

observando-se a: I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou instrução criminal e, nos

casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 11 - adequação da medida à

gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Redação dada

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pela Lei n° 12.403, de 2011).

22 Código de Processo Penal -Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão

comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa porele indicada. § 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz

competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópiaintegral para a Defensoria Pública. § 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota deculpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.

(Redação dada pela Lei nO 12.403, de 2011).

30 Código de Processo Penal - Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de

infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nosdemais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dadapela Lei n° 12.403, de 2011).Art. 323. Não será concedida fiança: I - nos crimes de racismo; II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; III - nos crimes cometidospor grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; W­(revogado); V (revogado) (Redação dada pela Lei n° 12.403, de 2011).Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança

anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts.327 e 328 deste Código; II - em caso de prisão civil ou militar;III (revogado); IV - quando presentes os

motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei n° 12.403,de 2011).* Com esta alteração a Autoridade Policial não poderá mais conceder fiança nos crimes apenados com

detenção em que a pena máxima seja superior a 4 anos.

31 Código de Processo Penal. Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nosseguintes limites: a) revogada); b (revogada); c) (revogada). I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos,

quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro)

anos; § 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser: II - reduzida até omáximo de 2/3 (dois terços); ou III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Redação dada pela Lei n° 12.403,de 2011).

32 Código de Processo Penal - Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração

a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias

indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo, até finaljulgamento.