manual bastão policial

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ESTADO DE MATO GROSSO POLÍCIA MILITAR CENTRO DE CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO E PESQUISA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR COSTA VERDE MANUAL BÁSICO DE BASTÃO POLICIAL MP – 02 -07 - PM 2007

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Page 1: Manual Bastão Policial

ESTADO DE MATO GROSSO POLÍCIA MILITAR

CENTRO DE CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO E PESQUISA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR COSTA VERDE

MANUAL BÁSICO DE

BASTÃO POLICIAL

MP – 02 -07 - PM

2007

Page 2: Manual Bastão Policial

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ALBERTO DE BARROS NEVES – MAJ PM

MANUAL BÁSICO DE

BASTÃO POLICIAL

MP – 02 -07 - PM

POLÍCIA MILITRAR DO ESTADO DE MATO GROSSO

ACADEMIA DE POLICIA MILITAR COSTYA VERDE

Page 3: Manual Bastão Policial

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PORTARIA

Portaria Nº xxx/xxx/xx, de xx / xx/xxxx

O Coronel PM Comandante Geral da Polícia Militar do Estado Mato Grosso, no uso

de suas atribuições legais;

Resolve:

Art. 1º - Aprovar o Manual de Bastão Policial de autoria do Maj PM – Alberto

Barros Neves, autorizando a publicação e determinando sua adoção no âmbito da PMMT.

Art. 2º- O presente Manual passa a ter classificação MP – 02 – 07 - PM

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º- Revogam-se as disposições em contrário.

Publique-se, cumpra-se.

Quartel, em Cuiabá-MT, xx de xxxx de 2007

Antonio Benedito Campos Filho – Cel PM

Comandante Geral da Polícia Militar

Page 4: Manual Bastão Policial

3

PREFÁCIO

Este trabalho é fruto de pesquisas e de mérito, por que é um Manual que na sua maior

parte, incursiona em assuntos práticos, vivenciado no dia a dia da profissão policial, mas que

ninguém, este Oficial, tivera a iniciativa de escrever.

Os policiais mais velhos e experientes, que tiveram o aprendizado haurido da tradição

e dos conflitos do cotidiano, transmitem os princípios do conhecimento empírico aos mais

novos. Porém, não havia nada escrito, um guia para o inicio da aprendizagem, para pesquisa,

e onde procurar os assuntos de natureza dos nossos manuais.

Temos por objetivo, padronizar o nivelamento do conhecimento da tropa nas áreas de

Policiamento Ostensivo; Ordem Unida; Armamento, Munição e Explosivos; Bastão policial;

Redação Oficial; Cerimonial e Protocolo; e a reedição do Manual de Educação Física Policial

Militar.

Procurou-se nestes manuais, observar a realidade da tropa, a realidade criminal de

nosso Estado, bem como o “Modus Operandi” de nossa Instituição, razão pela qual os

instrutores da Academia de Policia Militar Costa Verde, imbuídos de conhecimento,

experiência pessoal e profissional que labutam na preservação da Ordem Pública. A riqueza

de conteúdo é de utilidade incontestável policial militar.

Minhas congratulações ao Ten Cel PM Sampaio; Ten Cel PM Wilquerson; Ten Cel

PM Otomar; Ten Cel PM Chaves; Ten Cel PM Celso; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Setúbal;

Maj PM Cezar Gomes; Maj PM Alberto; Ten PM Wangles; Ten PM Luiz Prado; Ten PM

Lavor; pela ousadia de escrever e que continuem nessa trajetória.

Cuiabá, 02 de agosto de 2007

Antonio Benedito Campos Filho – Cel PM

Comandante Geral da Polícia Militar

Page 5: Manual Bastão Policial

4

AGRADECIMENTOS

Este Manual foi confeccionado pela Academia de Polícia Militar Costa Verde e

submetido a apreciação crítica e avaliação do Conselho de Coronéis que tiveram a

oportunidade de oferecer sugestões e subsídios, a realidade de nossa Polícia Militar de Mato

Grosso.

Sua realização só foi possível graças ao empenho dos Oficiais instrutores que

lecionam, escrevem, estudam, pesquisam e acompanham a evolução do conteúdo de suas

disciplinas na Academia de Polícia Militar Costa Verde:

- Ten Cel PM Sampaio; Ten Cel Wilquerson; Ten Cel PM Otomar; Ten Cel PM

Chaves; Ten Cel PM Celso; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Alberto; Maj PM Setubal; Maj PM

Cezar Gomes , Ten PM Wangles, Ten Luiz Prado; Ten Lavor.

- Ao Ten Cel PM Catarino, Comandante da Academia de Polícia Militar Costa Verde

por fomentar o conhecimento dentro dos preceitos científicos e de fornecer aos Policiais

Militares os meios necessários para o saber.

- A Prof MSC Lucia Regina de Souza por conduzir estes Manuais dentro de uma

leitura cientifica e de normatização técnica.

- Aos Soldados PM Padovezi, Natalino e Aparecida pela digitação e compreensão da

realização e da importância deste trabalho para a Polícia Militar.

Cuiabá, 22 de agosto de 2007

Victor Hugo de Metello de Siqueira- Cel PM

Diretor do Centro de capacitação, Desenvolvimento e Pesquisa

Page 6: Manual Bastão Policial

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 09 1. CONDUTA TÉCNICA E LEGAL NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR.... 11 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ....................................................................... 11 1.2 USO CRESCENTE (ESCALONADO) DE FORÇA ......................................... 12 1.3 HISTÓRICO DA TONFA .................................................................................... 13 2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS ............................................................................. 18 2.1. ARMAS NATURAIS .............................................................................................. 18 2.2 ARMAS AUXILIARES .......................................................................................... 19 2.3 ARMAS BRANCAS ............................................................................................... 19 2.4 ARMAS QUÍMICAS .............................................................................................. 19 2.5 ARMAS DE FOGO ................................................................................................. 19 3. NOMENCLATURA DO BASTÃO POLICIAL ..................................................... 20 3.1 DESCRIÇÃO DO BASTÃO POLICIAL .............................................................. 21 3.2 TREINAMENTO .................................................................................................... 22 4 TÉCNICAS PREVENTIVAS.................................................................................... 27 4.1 TÉCNICAS DE BASE ........................................................................................... 27 4.2 FORMA DE JÓQUEI OU CAVALEIRO ............................................................ 27 4.3 FORMA DE ARCO E FLECHA OU ARQUEIRO ............................................. 27 4.4 FORMA DO FELINO OU GATO ......................................................................... 28 4.5 FORMA AJOELHADO .......................................................................................... 28 4.6 FORMA DE RASTEIRA ....................................................................................... 28 4.7 TÉCNICAS DE GUARDAS E ESQUIVAS ........................................................... 29 4.7.1 ANDAR .................................................................................................................. 29 4.7.2 VIRAR ................................................................................................................... 29 4.7.3 RODAR ................................................................................................................. 29 4.7.4 ESQUIVAR ............................................................................................................ 30 4.8 TÉCNICAS DE ROLAMENTO ............................................................................. 30 4.8.1 Rolamento frontal ....................................................................... ......................... 30 4.8.2 Rolamento de costas .................................................................. ........................... 31 4.8.3 Rolamento progressivo ............................................................... ......................... 31 4.8.4 Rolamento regressivo ................................................................. ......................... 31 4.8.5 Rolamento com salto em altura .................................................. ........................ 32 4.8.6 Rolamento com salto em distância ............................................ ......................... 32 4.8.7 Rolamento em mergulho ............................................................ ......................... 32 4.9 ROTINA DE APLICAÇÃO .......................................................... ......................... 33 4.10 TÉCNICAS DE PRESSÃO NO CORPO HUMANO ........................................ 36 4.10.1 Nível de trauma por áreas vitais e vulneráveis ...................... ......................... 36 4.10.2 Pontos de pressão no corpo humano ...................................... ......................... 37 4.11 TÉCNICAS DE SAQUE E EMPUNHADURA........................... ........................ 38

Page 7: Manual Bastão Policial

6

4.11.1 Saque ......................................................................................... ......................... 38 4.11.2 Empunhadura ..................................................................................................... 39 5 TÉCNICAS DEFENSIVAS....................................................................................... 40 5.1 FAIXAS DE PROTEÇÃO ...................................................................................... 40 5.2 POSIÇÕES DE DEFESA COM O BASTÃO ....................................................... 41 5.3 DEFESAS SIMPLES E DUPLAS COM O BASTÃO........................................... 42 5.3.1 Defesa alta .............................................................................................................. 43 5.3.2 Defesa baixa................................................................................ ............................ 44 5.3.4 Defesa lateral para fora ...................................................................................... 45 5.3.5 Defesa lateral para dentro .................................................................................... 46 6 TÉCNICAS OFENSIVAS........................................................................................... 47 6.1 TÉCNICAS BÁSICAS COM O BASTÃO ............................................................ 47 6.1.1 Contra ataque alto ................................................................................................ 47 6.1.2 Contra ataque baixo .............................................................................................. 48 6.1.3 Contra ataque duplo ............................................................................................. 48 6.1.4 Bloqueio de braço (quebramento) ...................................................................... 49 6.1.5 Bloqueio de perna (chute) .................................................................................... 50 6.1.6 Contra ataque na virilha ...................................................................................... 51 6.1.7 Rasteira .................................................................................................................. 51 6.1.8 Plexo ......................................................................................... ............................. 52 6.1.9 Traquéia .................................................................................. .............................. 53 6.2 ROTINA DE APLICAÇÃO DO BASTÃO ........................................................... 53 6.3 APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS EM LUTA COMBINADA ............................... 56 6.4 TÉCNICAS DE CHAVE DE BRAÇO SEM O BASTÃO .................................... 57 6.4.1 Primeira chave ....................................................................................................... 58 6.4.2 Segunda chave ....................................................................................................... 58 6.4.3 Terceira chave ....................................................................................................... 59 6.4.5 Quarta chave ......................................................................................................... 59 6.4.6 Quinta chave .......................................................................................................... 60 6.5 TÉCNICAS DE SAÍDAS DE CHAVE .............................. ................................... 61 6.5.1 Saída da primeira chave ....................................................................................... 61 6.5.2 Saída da segunda chave ............................................................ ............................ 62 6.5.3 Saída da terceira chave ............................................................. ............................ 62 6.5.4 Saída da quarta chave .......................................................................................... 62 6.5.5 Saída da quinta chave ........................................................................................... 63 6.6 TÉCNICAS DE CHAVE DE BRAÇO COM O BASTÃO ................................. 63 6.6 .1Primeira chave ....................................................................................................... 64 6.6 .2 Segunda chave ........................................................................... .......................... 64 6.6.3 Terceira chave ....................................................................................................... 64 6.6.4. Quarta chave .............................................................................. ........................ 65 6.6.5 Quinta chave .............................................................................. ........................... 66 6.6.6 Sexta chave ................................................................................ ........................... 66 6.6.7 Sétima chave .............................................................................. ........................... 67 6.7 TÉCNICAS DE PROJEÇÃO ........................... ........................... ......................... 68 6.7.1 Contra ataque puxando na diagonal .......................................... ........................ 68 6.7.2 Segurando o pescoço, arremessando com o quadril .......................................... 69

Page 8: Manual Bastão Policial

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6.7.3 Travando o cotovelo, calçar a perna e avançar ......................... ........................ 70 6.8 TÉCNICAS DE ESTRANGULAMENTO ........................... ................................ 70 6.8.1 Primeiro estrangulamento ........................................................... ........................ 70 6.8.2 Segundo estrangulamento .................................................................................... 72 6.9 TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO E CONDUÇÃO ........................................... 73 6.9.1 Pressão na nuca ......................................................................... ........................... 73 6.9.2 Pressão na traquéia ................................................................... ........................... 74 6.9.3 Estrangulamento ........................................................................ ......................... 74 6.9.4 Chave-de-braço ..................................................................................................... 74 6.9.5 Pressão na axila ......................................................................... ........................... 75 7 TÉCNICAS DIVERSAS COM O BASTÃO POLICIAL..................... ............... 76 7.1 CONDUÇÃO DE VÍTIMAS ........................... ........................... ........................... 76 7.1.1. Primeiros socorros ............................................................................................... 76 7.1.2 Sinais vitais ........................................................................................................... 76 7.1.3. Ferimentos ............................................................................................................ 77 7.1.4. Fraturas ................................................................................................................. 77 7.1.5 Técnica de mobilização com o bastão policial .................................................... 77 7.2 ARREMESSO DO BASTÃO POLICIAL ............................................................ 78 7.3 TIPOS DE BASTÕES E ACESSÓRIOS........................... ................................... 78 7.3.1 Bastões de madeira .................................................................... ........................... 78 7.3.2 Bastões de policarbonato ............................................................ ......................... 79 7.3.4 Bastões telescópicos .................................................................. ........................... 80 7.3.4 Outros bastões (curiosidades) .................................................... ......................... 80 7.3.5 Porta bastões ......................................................................................................... 83 8 ORDEM UNIDA COM O BASTÃO POLICIAL................................................ 87 8.1 POSIÇÕES COM O BASTÃO EMBAINHADO .................................................. 87 8.1.1 Descansar ................................................................................... ........................... 87 8.1.2 Sentido ........................................................................................ ........................... 88 8.1.3 Cobrir ..................................................................................................................... 88 8.2 DESEMBAINHAR E EMBAINHAR O BASTÃO ............................................... 89 8.2.1 Desembainhar o bastão ........................................................................................ 89 8.2.2 Embainhar o bastão .............................................................................................. 90 8.3 POSIÇÕES COM O BASTÃO DESEMBAINHADO .......................................... 91 8.3.1 Descansar ................................................................................... ........................... 91 8.3.2 Sentido ........................................................................................ ........................... 92 8.3.3 Cobrir .................................................................................................................... 92 8.3.4 Ombro-arma, partindo do sentido ...................................................................... 93 8.3.5 Apresentar-arma, partindo do sentido ........................................ ...................... 94 8.3.6 Cruzar-arma, partindo do sentido ............................................... ...................... 95 8.3.7 Ombro-arma, partindo do apresentar-arma ................................ ..................... 96 8.3.8 Ombro-arma, partindo do cruzar-arma ....................................... ..................... 97 8.3.9 Apresentar-arma, partindo do ombro-arma ................................ ..................... 98 8.3.10 Cruzar-arma, partindo do ombro-arma ..................................... ..................... 98 8.3.11 Descansar-arma, partindo do ombro-arma ............................... ..................... 98 8.3.12 Descansar-arma, partindo do apresentar-arma ........................ ..................... 99

Page 9: Manual Bastão Policial

8

8.3.13 Descansar-arma, partindo cruzar-arma .................................... ...................... 100 8.3.14 Arma-na-mão ............................................................................ ......................... 100 8.3.15 Ao solo-arma ........................................................................................................ 102 8.3.16 Apanhar-arma ........................................................................... ......................... 103 8.9 VOLTAS E DESLOCAMENTOS ..................... ..................... ..................... ........ 103 8.9.1 Rompimento da marcha ............................................................. ......................... 103 8.9.2 Passo ordinário ........................................................................... .......................... 104 8.9.3 Sem cadência ............................................................................. ............................ 105 8.9.4 Acelerado ................................................................................... ........................... 105 8.9.5 Alto ............................................................................................. .......................... 105 8.9.6 Voltas a pé firme ......................................................................... ......................... 105 8.9.7 Voltas em marcha ....................................................................... ......................... 105 8.9.8 Mudanças de posição em marcha .............................................. ......................... 105 8.9.9 Fora de forma ............................................................................. .......................... 105 9 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 105 REFERÊNCIAS ....................................................................... ..................................... 107

Page 10: Manual Bastão Policial

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INTRODUÇÃO

FINALIDADE DO MANUAL

Este manual visa estabelecer normas que padronizem a utilização técnica do bastão

policial na atividade policial militar, tendo em vista a missão e os objetivos legais da Polícia

Militar.

O policial militar deve saber manejar corretamente todo o armamento e equipamento

que conduz, pois, constantemente, vê-se em situações onde é obrigado a entrar em conflito

com indivíduos infratores da lei.

Portanto, o policial militar deve, como primeira medida, tentar negociar, mediar e/ou

persuadir esses indivíduos a cessarem suas ações. Comunicação é o caminho preferível para

se alcançar os objetivos da aplicação da lei.

Porém, os objetivos da legítima aplicação da lei não podem sempre ser atingidos pelos

meios da comunicação, permanecendo basicamente duas escolhas: ou a situação é deixada

como está, e o objetivo da aplicação da lei não é atingido, ou o policial decide usar a força

para alcançar tal objetivo.

Quando o policial militar vê-se obrigado a fazer “Uso da força”, ou até mesmo da

“Arma de fogo”, não deve deixar de observar os princípios da Ética, da Legalidade, da

Necessidade e da Proporcionalidade, a fim de obedecer o conceito do uso crescente

(escalonado) de força.

Para tanto, a Polícia Militar deve desenvolver e fazer uso de técnicas, equipamentos e

armas, as mais amplas possíveis, permitindo um uso diferenciado de força e de armas

incapacitantes não-letais, restringindo, assim, o uso de meios capazes de causar a morte ou

ferimentos graves.

Page 11: Manual Bastão Policial

10

A utilização do bastão policial, então, significa considerável redução da necessidade de

uso de armas letais, de maneira que o policial militar possa cumprir sua missão constitucional,

respeitando os direitos humanos, retirando pessoas nocivas do meio da sociedade e as

entregando à justiça.

Da mesma forma, verificamos que a prática da defesa pessoal no meio policial militar é

necessária, assim como a utilização do bastão, enquanto arma do Kung Fu, pois já vimos que

essa é uma arte militar e, como as artes marciais em geral, proporciona coordenação motora e

humildade e dota o policial militar de equilíbrio e autoconfiança para desempenhar suas

ações.

OBJETIVOS GERAIS

- Proporcionar ao policial militar conhecimentos gerais sobre defesa pessoal,

priorizando o emprego técnico do bastão policial;

- Aprimorar as técnicas de defesa pessoal, de modo a capacitar o policial militar a

utilizar-se do bastão, com autoconfiança, eficiência e equilíbrio;

- Desenvolver atitudes e habilidades necessárias ao desempenho das atividades policiais

militares; e

- Estimular o policial militar a utilizar o bastão em defesa própria e de outrem,

substituindo ou antecedendo o emprego da arma de fogo, baseado no conceito do uso

crescente (escalonado) de força.

Page 12: Manual Bastão Policial

11

1 CONDUTA TÉCNICA E LEGAL NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR

1.1. Princípios fundamentais

O policial militar somente deve recorrer ao uso da força quando todos os outros meios

para atingir um objetivo legítimo tenham falhado, portanto, o uso da força se justifica quando

comparado com o objetivo legítimo.

O policial militar deve ser moderado no uso da força e armas de fogo e agir em

proporção à gravidade do delito cometido.

a. Ética – a ação deve obedecer um conjunto de regras e padrões de conduta pessoais, de

grupo e profissionais.

b. Legalidade – o poder ou a autoridade utilizados em uma determinada situação deve ter

fundamento na legislação nacional.

c. Necessidade – o exercício desse poder e/ou autoridade deve ser determinado por uma

situação em que fica plenamente caracterizado que sem a utilização da força e/ou de armas de

fogo, os objetivos legítimos da lei não seriam alcançados.

Conduta correta nas atividades

policiais militares

ÉTICA

PROPORCIONALIDADE

NECESSIDADE LEGALIDADE

Page 13: Manual Bastão Policial

12

d. Proporcionalidade – o poder ou a autoridade utilizados devem ser proporcionais à

seriedade do delito e o objetivo legítimo de aplicação da lei a ser alcançado. Portanto, a

reação do policial deve ser proporcional à ação oponente e evitando-se os excessos, bem

como essa reação deve ser dirigida especificamente contra os agressores e nunca

indiscriminadamente.

1.2. Uso crescente (escalonado) de força

Este conceito é baseado em aspectos técnicos, profissionais e legais, escalonando-se o

emprego dos meios que o policial militar deve utilizar para subjugar o infrator da lei,

dependendo do tipo de perigo que esse oferece.

A escala obedece a seguinte ordem:

a. Presença física – a simples presença do policial militar faz com que o infrator não

ofereça resistência;

b. Comandos verbais – o policial militar mostra ao infrator que está em condições de

empregar armas para quebrar a resistência, ficando em posição de utilizar a arma necessária,

ao mesmo tempo em que ordena, com voz clara e firma, que o infrator se coloque em posição

para ser revistado e/ou algemado;

c. Uso de força física – se a situação for favorável, ou seja, o infrator não estiver armado

e/ou seu porte físico for inferior aos dos policiais militares, e esses estiverem em

superioridade numérica e tiverem o treinamento apropriado em técnicas de defesa pessoal,

pode-se tentar utilizar a força física para dominar o infrator;

d. Armas não-letais de contato indireto – são as armas que evitam o contato físico

imediato entre o policial militar e o infrator, podendo ser utilizadas a alguns metros de

distância. Ex.: Espargidores de gás lacrimogêneo, tasers, granadas de efeito moral ou de

agentes químicos, munições de impacto e de borracha;

Page 14: Manual Bastão Policial

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e. Armas não-letais de contato direto – são as armas em que há necessidade de contato

físico entre o policial militar e o infrator, exigindo-se distâncias relativamente curtas para o

seu emprego. Ex.: Bastões policiais (tonfa, cassetete, bastão telescópico); e

f. Uso de força letal – é a utilização de armas de fogo, das quais o policial militar pode

fazer uso para fazer cessar uma agressão contra si ou contra outras pessoas, desde que os

recursos anteriores não possam ser utilizados ou, quando utilizados, não obtiveram êxito.

1.3 HISTÓRICO DA TONFA

A Tonfa tem origem oriental, sendo usada em moinhos de cereais como o arroz e o

milho. Portanto, a Tonfa é uma adaptação de um instrumento agrário sendo utilizado como

instrumento de defesa.

A seguir, apresentamos gravuras de moinhos originários da China, em que se observa a

utilização da tonfa.

Como se vê nas gravuras anteriores, a tonfa era utilizada de duas formas, conforme a

necessidade (debulhar, descascar etc.) e o cereal para o qual estava sendo empregada no

moinho. Veja os diagramas a seguir:

Page 15: Manual Bastão Policial

14

Obs.: As nomenclaturas da tonfa com terminologias japonesas ou chinesas estão descritas no

anexo deste manual.

A China é herdeira de uma civilização com mais de 4 mil anos de história, porém,

somente no século XIII começou a manter contato com o Ocidente, por intermédio de

mercadores como o veneziano Marco Polo.

A Tonfa era chamada de Kwai na antiga China (ou Tonkuwa no chinês falado na ilha

de Okinawa). Durante a Invasão japonesa na China, o Imperador japonês confiscou todas as

armas que estivessem em mãos dos chineses, a fim de evitar possíveis rebeliões.

Até a segunda metade do século XIX, o Japão resiste ao imperialismo ocidental. Em

1874, o Japão envia tropas contra Taiwan, porém, por pressão do Reino Unido os japoneses

retiram suas tropas da China.

O expansionismo japonês volta a se manifestar em 1879 com a anexação das ilhas

Ryukyu, sob protesto chinês. O principal objetivo do Japão, porém, é a Coréia, que ocupa

posição estratégica e possui grandes reservas minerais, especialmente de carvão e ferro. A

China, também busca consolidar sua influência nessa região. Surgem confrontos armados

entre facções coreanas pró-China e as favoráveis ao Japão. Os dois países enviam tropas para

conter o conflito. Os japoneses insistem em permanecer na Coréia, o que a China considera

uma agressão a seus interesses.

A guerra começa em agosto de 1894 com o bombardeio de barcos japoneses pelas

forças navais chinesas. O Japão contra-ataca derrotando o adversário. No início de 1895

invade também a Manchúria e a província de Chan-tung, toma porto Arthur e controla o

acesso marítimo e terrestre a Pequim. A China sofria basicamente um processo de escravidão,

tudo que se produzia naquele país era para benefício do Japão.

Moinho de mão com empunhadura no “Tsuka”.

Moinho de mão com empunhadura no “Monouchi”.

Page 16: Manual Bastão Policial

15

Um dia um jovem agricultor chinês foi

agredido em praça pública por um ocupante

japonês, cansado de apanhar, não teve outra

escolha a não ser tomar a Tonfa das mãos de

uma das mulheres que batiam arroz para se

defender do “Nunchaco” e do “bo”, usado

naquela época pelos xoguns japoneses.

Brilhantemente o rapaz conseguiu se defender do ataque. Foi um fato que jamais saiu da

mente dos que presenciaram a cena. Nascia para os chineses que se refugiavam nas lavouras,

a esperança de serem livres. Os chineses passaram a se utilizar de várias outras ferramentas

agrárias, tais como a vara longa, o tridente, e enxada, além dos remos dos barcos dos

pescadores e até mesmo o Nunchaco, como armas para se defenderem dos japoneses.

A seguir, apresentamos gravuras de outros instrumentos agrícolas que passaram a ser

utilizados como armas de defesa:

1. Bo – bastão longo usado para carregar, pendentes de suas extremidades, grandes bandejas

de cereais ou baldes de água.

2. Kai ou Eku-Bo – remo.

3. Kama – foice usada na agricultura. 4. Nunchaku – pequenos bastões unidos

por correntes ou fios resistentes usados para

debulhar cereais.

Page 17: Manual Bastão Policial

16

O Japão vence a China na Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), em que disputava o

controle da Coréia. A paz é selada em 1895 pelo Tratado de Shimonoseki e a China é

obrigada a reconhecer a independência coreana e a pagar indenização ao Japão, além de ceder

territórios e abrir portos ao comércio japonês. Com a vitória militar, recebe as ilhas de Taiwan

(Formosa) e dos Pescadores. Por manter o interesse na Coréia, o Japão entra em guerra com a

Rússia (1904-1905) e sai vitoriosos.

Devido a vitória do Japão na Guerra Sino-Japonesa, muitos chineses e coreanos

imigraram para o Japão, levando consigo a bagagem do conhecimento das artes marciais e

também a história do rapaz que havia vencido um soldado xogun com uma Tonfa.

Durante a Segunda Guerra Mundial o governo militarista japonês alia-se à Alemanha e

à Itália em 1940 e ocupa a Indochina francesa no ano seguinte. A expansão militar coloca o

Japão em choque com os EUA.

Em dezembro de 1941, os japoneses realizaram um ataque-surpresa e destruíram a

esquadra norte-americana ancorada em Pearl Harbor, no Hawaí. O Japão toma o sudeste da

Ásia e a maior parte do Pacífico Ocidental, mas é derrotado pelas forças aliadas e retira-se das

áreas ocupadas. A rendição só acontece em setembro de 1945, após a explosão das bombas

atômicas jogadas pelos EUA nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Os norte-americanos ocupam o Japão até abril de 1952 e impõem uma Constituição e

um sistema de governo nos moldes das democracias ocidentais. O Japão assina em 1954 um

tratado de defesa mútua com os EUA, que inclui a instalação de bases militares norte-

americanas.

Com o fim da guerra, muitos chineses e muitos japoneses imigraram para a tão sonhada

América, dentre eles, os grandes mestres das artes marciais que levaram consigo muitos

conhecimentos sobre as artes marciais. Nascia a partir do fim da Segunda Guerra a febre das

artes marciais.

Page 18: Manual Bastão Policial

17

O cinema passou a criar vários filmes nos quais, tinham-se como heróis os dragões das

artes marciais, os ninjas, os combates mortais, os grandes torneios, o qual trouxe a grande

fascinação de todos por este encantado mundo das artes marciais.

Os grandes mestres foram os maiores responsáveis pela difusão da defesa pessoal e da

Tonfa nos Estados Unidos. Um grande exemplo disto foi o lendário Bruce Lee.

Os EUA foi o primeiro país a utilizar a Tonfa na segurança. É muito fácil notar em

todas as mobilizações policiais nos EUA, o uso da Tonfa pelos policiais, bem como também

nos filmes.

Após alguns anos em teste a Tonfa ganhou um novo nome, um manete aperfeiçoado, e

devido a avançada tecnologia ganhou um material mais resistente do que a madeira, ou seja,

um material sintético, como por exemplo a fibra de carbono e o polietileno.

Finalmente nos anos 70, a Tonfa substituiu definitivamente o cassetete e passou a ser

conhecida como Monadnock, ou Cassetete Americano, iniciando seus primeiros passos pelo

mundo da segurança.

Nos anos 80, a Tonfa passou a ser difundida na Europa, como Inglaterra, Alemanha,

Dinamarca, França, dentre outros. Os países europeus foram os primeiros a instituírem uma

legislação sobre a utilização da Tonfa. Hoje já existem Tonfas fabricadas com diversos tipos

de matérias-primas, as mais usadas são fibra de carbono e polietileno.

Em 1985, a Tonfa finalmente chegou ao Brasil, porém com um tamanho que não se

adequava aos padrões de altura dos brasileiros, pois o comprimento dela era de

aproximadamente 80 cm, o que tornava impossível alguns movimentos. Para que a Tonfa

tenha um tamanho eficiente ela deve ficar aproximadamente de 06 a 08 cm abaixo do

cotovelo, dessa forma ela teve a necessidade de ser adaptada aos padrões de altura do

brasileiros, passando a ter aproximadamente 60 cm.

Page 19: Manual Bastão Policial

18

2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS

Existem basicamente cinco classes de armas:

2.1 Armas Naturais – as partes do corpo humano.

A- Costas da cabeças B- Fronte C- Cotovelo

D- Antebraço E- Juntas estendidas F- Cartilagem

G- Borda do punho H- Dedos (Faca da mão) I- Calcâneo da mão

J- Joelho L- Dedos, sola e borda do pé e calcanhar

Page 20: Manual Bastão Policial

19

2.2. Armas auxiliares

Arma auxiliar é todo o objeto criado ou adaptado para maximizar os potenciais defensivo

e/ou ofensivo do corpo humano e que não se enquadram como armas brancas, de fogo ou

químicas. Algumas armas auxiliares são: varas, correntes, cordas, bastões etc.

2.3. Armas brancas

Arma branca é todo objeto constituido de lâmina com capacidade de perfurar ou cortar.

Algumas armas brancas são: canivete, faca, facão, navalha, estilete, tesoura, chave-de-fenda,

florete, espada, sabre, maça, machado, mangual, punhal etc.

2.4. Armas químicas

Armas químicas são agentes, mais utilizados em controle de distúrbios civis e que podem

afetar muitas funções humanas, provocando, choro, náusea, vômito, e algumas vezes dor, na

forma de uma sensação de queimadura. Devido a seus longos nomes, são designados

simplesmente por duas letras, como Cloroacetofenona (CN) ou Ortoclorobenzilmalononitriolo

(CS). Estes agentes podem ser espargidos como vapor ou misturados com água e, embora

sejam tóxicos, não se acredita que podem causar dano à saúde em suas limitadas aplicações de

pouca persistência. Os sintomas normalmente desaparecem dentro de 24 horas de exposição.

Algumas armas químicas são: espargidores de gás lacrimogêneo ou fumígenos, gás pimenta

etc.

2.5. Armas de fogo

Arma de fogo é um artefato utilizado para propulsão de projéteis sólidos por meio de uma

rápida expansão de gases obtidos pela queima controlada de um propelente, geralmente

sólido, que na maioria dos casos é a pólvora, contido em uma câmara fechada por todos os

lados exceto por aquele que conduz o projétil (munição) através de um orifício cilíndrico

denominado cano ou tubo. Algumas armas de fogo são: revólver, pistola, fuzil, carabina,

garrucha etc.

Page 21: Manual Bastão Policial

20

I

II

III C

B

A

2

3

1

CONCEITO: Pode-se definir armas não letais como: sistemas de armas explicitamente

desenvolvidos e primariamente empregados a fim de incapacitar pessoas e materiais,

enquanto que ao mesmo tempo minimizam mortes, invalidez permanente e danos indesejáveis

à propriedade e ao meio ambiente.

3 NOMENCLATURA DO BASTÃO POLICIAL

Bases ou Extremidades do Bastão Policial:

1. Base de Estocar ou Cabeça do bastão.

2. Base de Apoio ou Martelo do bastão.

3. Base de Corte ou Ponta do bastão.

Partes Rígidas ou Empunhaduras do Bastão Policial:

I. Cabo ou Empunhadura Auxiliar Superior do bastão.

II. Empunhadura ou Empunhadura Principal do bastão.

III. Bastão ou Empunhadura Auxiliar Inferior do bastão.

Áreas de Impacto do Bastão Policial:

A. Área interna do bastão.

B. Área externa do bastão.

Page 22: Manual Bastão Policial

21

C. Área lateral do bastão.

3.1 DESCRIÇÃO DO BASTÃO

O bastão policial pode ser confeccionado de várias maneiras, como madeira, plástico,

borracha e até mesmo alumínio, de maneira que irá variar o seu peso, resistência e poder de

absorção de impactos. O bastão policial descrito a seguir é de policarbonato, material muito

resistente, leve e com grande poder de absorção de impactos.

Confeccionado de forma maciça, por extrusão, na cor preta, com uma haste em corpo

único de 60 cm, arredondado nas pontas e com diâmetro de 3,5 cm e peso entre 500 e 600

gramas.

Empunhadura auxiliar superior anatômica à mão, medindo 14 cm, com 15 ou 16 sulcos

transversais formando ressaltos conjugados um ao outro, proporcionando conforto e firmeza

na empunhadura.

Empunhadura principal (martelo do bastão) com 12,5 cm de comprimento e 3,5 cm de

diâmetro, anatômica aos dedos da mão para melhor manuseio do bastão, sendo que a

extremidade possui maior diâmetro (4,5 cm) para evitar que escape da mão, fixado ao corpo

do bastão à aproximadamente 16 cm da extremidade da empunhadura auxiliar superior, com 5

sulcos transversais formando quatro ressaltos conjugados um ao outro, proporcionando

conforto e firmeza na empunhadura.

Gravado com letras em baixo relevo, sentido longitudinal da ponta da empunhadura

auxiliar inferior para a superior, a inscrição: POLÍCIA MILITAR (com 1 cm de altura) e logo

abaixo ESTADO DE MATO GROSSO (com 0,5 cm de altura).

10,5 cm 14,0 cm

60 cm

2,0 cm

12,5 cm

4,5 cm

3,5 cm DIÂMETRO

Page 23: Manual Bastão Policial

22

3.2 TREINAMENTO

Assim como qualquer atividade física, o treinamento das técnicas apresentadas neste

manual deverá ser precedido do devido aquecimento, prevenindo, assim, possíveis lesões

musculares e tendinosas e preservando a saúde do policial militar, permitindo, a esse, atingir

padrões de desempenho técnico (físico e psicológico) compatível com a funcionalidade

operacional desejada na Polícia Militar. É dividido em 03 (três) fases:

Aquecimento – Conjunto de atividades que visam preparar física e psicologicamente o

policial militar para uma atividade física mais intensa na execução do trabalho principal. O

aquecimento divide-se em 03 (três) fases:

Alongamento – Esta fase deverá ter a duração de 03 (três) a 05 (cinco) minutos, sendo que os

exercícios deverão ser realizados de forma lenta, constante e sem balanceios; a respiração

deve permanecer natural; e deve-se permanecer de 15 (quinze) a 20 (vinte) segundos em cada

posição, com a musculatura tencionada.

01 02 03 04

Page 24: Manual Bastão Policial

23

01 – Hiper-extensão do tronco;

02 – Flexão lateral do tronco;

03 – Extensão do tríceps;

04 – Extensão dos ombros;

05 – Hiper-extensão dos ombros;

06 – Flexão do tronco a frente;

07 – Extensão do quadríceps;

08 – Extensão dos flexores e extensores das coxas;

09 – Extensão da panturrilha;

10 – Flexão e extensão da parte interna da perna;

11 – Extensão da virilha;

12 – Inclinação para trás com joelhos dobrados.

Exercício de efeitos localizados – São realizados de forma rítmica e constante,

sincronizando-se com a respiração, sendo executados de 04 (quatro) a 08 (oito) repetições,

priorizando-se as articulações.

01 – Pescoço

05 06 07 08

09

10 11 12

Page 25: Manual Bastão Policial

24

02 – Ombros

03 – Cotovelos

04 – Pulsos

Circundução Flexão e Extensão

Circundução dos braços para

frente Circundução dos braços para trás

Antebraços fixos na horizontal.

Circundução dos braços.

Circundução dos pulsos.

Page 26: Manual Bastão Policial

25

05 – Coluna – Flexão e Extensão do Tronco

06 – Cintura – Rotação de Tronco

07 – Quadril – Inclinação lateral de Tronco

08 – Pernas

Page 27: Manual Bastão Policial

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09 – Joelhos

10 – Tornozelos

Corrida – É realizada num ritmo lento à moderado, com duração de 02 (dois) a 03 (três)

minutos.

Trabalho principal – É a fase do treinamento em que são desenvolvidas as qualidades físicas

correspondentes a cada uma das técnicas apresentadas neste manual.

Circundução dos tornozelos.

Posição inicial. Circundução para a esquerda.

Circundução para a direita.

Page 28: Manual Bastão Policial

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Volta a calma – É a fase do treinamento em que são realizados exercícios (caminhadas e

alongamentos) suaves, visando o retorno gradual do ritmo respiratório e da freqüência

cardíaca à normalidade. Portanto, deve ser realizado de 05 (cinco) a 10 (dez) minutos, de

maneira que a intensidade sofra um decréscimo progressivo, evitando-se paradas bruscas.

Page 29: Manual Bastão Policial

28

4 TÉCNICAS PREVENTIVAS

As técnicas preventivas visam aprimorar e manter a aptidão técnica de bases, guardas e

esquivas e rolamentos a fim de defender a integridade pessoal do praticante ou de outrem,

desenvolvendo atitudes favoráveis à prática de prevenção pessoal e dar ao policial militar o

vigor técnico necessário ao desempenho de suas funções.

4.1 TÉCNICAS DE BASE

As bases, como já diz o nome, são as posições básicas, posturas corretas e

fundamentais, que antecedem os movimentos de ataque e defesa, proporcionando ao policial

militar a segurança, a firmeza e o equilíbrio necessário para a utilização das demais técnicas.

4.2 Forma de Jóquei ou Cavaleiro – corpo ereto, deixando a coluna reta, pernas abertas e

flexionadas numa distâncias igual a duas vezes a largura dos ombros. Apoio central no

quadril, proporcionando proteção lateral.

4.3 Forma de Arco e Flecha ou Arqueiro – corpo voltado para um dos lados e inclinado

para frente com a coluna reta. Perna da frente flexionada e a de trás esticada, pisando com

força, empurrando o peso do corpo para frente.

Page 30: Manual Bastão Policial

29

4.4 Forma do Felino ou Gato – corpo ereto, perna traseira flexionada, servido como ponto

central de equilíbrio; perna dianteira flexionada sem apoiá-la ao solo.

4.5 Forma ajoelhada – utilizada para fuga, principalmente para treinar equilíbrio e aumentar

a flexibilidade da perna.

4.6 Forma de rasteira – esta posição facilita na fuga e aproximação com aplicação de

rasteira ou início para se aplicar uma tesoura de solo.

Page 31: Manual Bastão Policial

30

4.7 TÉCNICAS DE GUARDAS E ESQUIVAS

As Guardas e Esquivas são movimentos de ataque e defesa, educando o policial militar

a se comportar em um conflito, sempre partindo de uma Base.

4.7.1 Andar – partindo da posição do gato, alternando pernas e braços, sendo que os

pés não se elevam do solo e sim deslizam por ele, parando novamente na posição do gato após

cada passo.

4.7.2. Virar – partindo da posição do gato, vira para trás, mudando a perna que estava à

frente e o braço, sempre protegendo o centro do corpo.

Page 32: Manual Bastão Policial

31

4.7.3. Rodar – partindo da posição do gato, a perna dianteira bate firme com o pé mais

a frente; a perna traseira gira por trás da dianteira, parando novamente na posição do gato,

voltado para o sentido contrário, com a mesma perna a frente.

Page 33: Manual Bastão Policial

32

4.7.4. Esquivar – partindo da base do gato, o pé dianteiro bate firme a frente; com um

salto a perna traseira gira pela frente da dianteira, parando novamente na posição do gato,

voltado para o sentido contrário do que partiu, com a outra perna a frente.

4.8 TÉCNICAS DE ROLAMENTO

Os rolamentos são movimentos aplicados basicamente para amortecer as quedas,

evitando-se ferimentos ou fraturas mais graves.

4.8.1 Rolamento frontal – rolar para frente, no sentido longitudinal do corpo e em

linha reta.

Page 34: Manual Bastão Policial

33

4.8.2. Rolamento de costas – rolar para trás, no sentido longitudinal do corpo e em

linha reta.

4.8.3. Rolamento progressivo – rolar para frente, obliquamente ao corpo, por sobre um

dos ombros. Para treinamento costuma-se rolar alternando-se o ombro.

4.8.4. Rolamento regressivo – rolamento idêntico ao progressivo, modificando apenas a

posição final.

Page 35: Manual Bastão Policial

34

4.8.5. Rolamento com salto em altura – deslocando-se para frente, saltar e, ao cair,

efetuar o rolamento frontal ou progressivo. Normalmente utilizado a fim de superar

obstáculos verticais.

4.8.6. Rolamento com salto em distância – deslocando-se para frente, saltar e, ao cair,

efetuar o rolamento frontal ou progressivo. Normalmente utilizado a fim de superar

obstáculos horizontais.

4.8.7. Rolamento em mergulho – deslocando-se para frente, saltar e, ao cair, amortecer

com os braços e o quadril, acabando o movimento na posição deitado.

Page 36: Manual Bastão Policial

35

4.9 ROTINA DE APLICAÇÃO

A rotina de aplicação destina-se à um treinamento eficiente das técnicas de bases e

guardas e esquivas. Todos os movimentos simulam a defesa e o contra ataque, por isso devem

ser realizados com rapidez e energia.

03 01 02

06 04 05 -

Page 37: Manual Bastão Policial

36

01) Caichi – posição inicial, corpo ereto, calcanhares unidos e pontas dos pés ligeiramente

separados (como na posição de sentido). Os braços ligeiramente flexionados, com as

mãos fechadas e coladas ao lado da cintura;

02) Plexo – posicionar-se na base arco e flecha, à esquerda, esticar o braço esquerdo, com a

mão aberta e a palma para frente, atingindo o opositor na altura do plexo; o braço

direito para trás, com a mão fechada;

10 11 12 -

13 14 15

Page 38: Manual Bastão Policial

37

03) Defesa baixa – com um passo com a perna direita, rodar o corpo, posicionando-se na

base cavaleiro, defendendo, com a mão esquerda, um ataque na altura do quadril (o

braço direito simula o ataque), vindo da direita;

04) Defesa alta – adotar a base arco e flecha à direita, defendendo, com o braço direito

flexionado e a mão fechada, um ataque na altura do peito ou cabeça (a mão esquerda

segura o braço direito simulando o atingimento do braço do opositor na defesa), vindo

da direita;

05) Plexo – com um passo com a perna esquerda, rodar o corpo, posicionando-se na base

arco e flecha, adotando a mesma posição dos braços da 1ª posição de “Plexo” (Tempo

2);

06) Contra ataque no queixo – Girar o braço direito duas vezes, No 1º giro o braço bate na

mão esquerda, simulando a retirada da pegada do opositor, no 2º giro a mão esquerda

pára o movimento do braço, simulando golpe no queixo desse;

07) Chute – desferir um chute com a perna direita (que está atrás), na altura do abdômen do

opositor. Ao mesmo tempo a mão esquerda vai a frente, a fim de defender qualquer

tentativa de reação, e a direita vai para o lado da cintura;

08) Defesa baixa – retornar com a perna que deu o chute e posicionar-se na base cavaleiro,

defendendo um ataque como no Tempo 3;

09) Defesa alta – proceder da mesma forma como no tempo 4;

10) Plexo – idem ao tempo 5;

11) Contra ataque no queixo – idem ao tempo 6;

12) Chute – idem ao tempo 7;

Page 39: Manual Bastão Policial

38

13) Soco – avançar com a perna que deu o chute (direita), posicionando-se na base arco e

flecha, desferindo um ataque (soco) com a mão direita. A esquerda posiciona-se ao lado

da cintura;

14) Rasteira – saltar e cair na base rasteira, com a perna esquerda esticada;

15) Caichi – retornar a posição inicial.

4.10 TÉCNICAS DE PRESSÃO NO CORPO HUMANO

As técnicas de pressão no corpo humano, também denominada “Chin-Na”, foram

desenvolvidas pelos monges de Shaolin. Chin-Na é a técnica de conhecimento dos pontos de

pressão do sistema nervoso para bloqueio temporário do raciocínio, facilitando a imobilização

e a condução de detidos.

O “Fen Jin” (divisões musculares) e o “Tsuo Kuo” (deslocamentos ósseos) ocasionam

torções e pressões nas articulações, em grupos musculares e nos tendões.

4.10.1. Nível de trauma por áreas vitais ou vulneráveis

De acordo com a figura a seguir, o corpo humano é escalonado em três áreas vitais ou

vulneráveis, conforme o trauma decorrente de aplicação de pressão ou de golpe com ou sem o

bastão:

1) ÁREA VERDE

Trauma de nível baixo. Os ferimentos tendem a ser leves e com rápida recuperação,

podendo, excepcionalmente, perdurar por tempo moderado.

2) ÁREA AMARELA

Page 40: Manual Bastão Policial

39

Trauma de nível médio. Os ferimentos tendem a perdurar por mais tempo, porém,

também temporários.

3) ÁREA VERMELHA

Trauma de nível alto. Os ferimentos tendem a ser sérios e de longa duração, podendo,

conforme a intensidade do golpe aplicado, ocasionar a inconsciência, a lesão grave ou, em

casos extremos, a morte.

4.10.2. Pontos de pressão: (página a seguir)

23

22

24 25

26

29

28

27

01

03

02

04

06

07 08

05

09 10

11

13

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12

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16

17

18

20

19

21

Page 41: Manual Bastão Policial

40

01 – Estenóide 11 – Externo 21 – Tibial Anterior (Canela)

02 – Maxilar 12 – Flutuantes 22 – Trapézio

03 – Etimoidal 13 – Mediano 23 – Axilar

04 – Traquéia 14 – Ilíaco 24 – Nervos Periféricos da Mão

05 – Jugular (Carótida) 15 – Cubital 25 – Tabaqueira

06 – Subclávia 16 – Radial 26 – Ciático

07 – Fúrcula External 17 – Testículos 27 – Fabela

08 – Plexo 18 – Femural 28 – Tibial Posterior

(Panturrilha)

09 – Peitoral 19 – Cutâneo 29 – Tendão de Aquiles

10 – Ulnar 20 – Patela

4.11 TÉCNICAS DE SAQUE E EMPUNHADURA DO BASTÃO

4.11.1. Saque

Este movimento visa aprimorar a técnica de sacar e embainhar o bastão em curto espaço

de tempo e, por razões de ordem unida do meio militar, é executado em quatro tempos.

Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03 Fig. 04 Fig. 05

Page 42: Manual Bastão Policial

41

Tempo 1 – Segurar com a mão forte a empunhadura principal (Fig. 02);

Tempo 2 – Sacar, girando num ângulo de 360º de sua esquerda para direita,

permanecendo com o bastão ao lado direito do corpo, na altura da cintura e

paralelo ao solo;

Tempo 3 – Sem girar o bastão, direcionar sua base de corte ao porta bastão e o

embainhar, ainda empunhando-o (Fig. 04);

Tempo 4 – Soltar o bastão e retornar a posição inicial (Fig. 05).

4.11.2. Empunhadura

Este exercício visa dominar o manuseio do bastão após o saque e embainhá-lo com

eficiência, precisão, facilidade e agilidade.

Tempo 1 – É o saque. Com a mão direita, segurar a empunhadura

principal do bastão e sacar, girando-o, da esquerda para

a direita, uma única vez, levando-o ao lado do corpo

(Fig. 06 – Seta de baixo);

Tempo 2 – É a Empunhadura propriamente dita. Girar o bastão

duas vezes, da direita para a esquerda (Fig.06 – Seta de

cima) e introduzir a extremidade da base de corte no

porta bastão;

Tempo 3 – Embainhar o bastão, permanecendo com a mão direita

na empunhadura principal (Fig. 04);

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

Fig. 06

Page 43: Manual Bastão Policial

42

5 TÉCNICAS DEFENSIVAS

As técnicas defensivas visam capacitar o policial militar a evitar ou bloquear golpes do

adversário, portanto, o bastão policial tem um papel relevante para a manutenção da

integridade física de que o porta.

5.1 FAIXAS DE PROTEÇÃO

O bastão policial, com sua resistência e poder de absorção de impactos, maximiza a

defesa, de forma que o policial militar deve adotar a concepção de faixas ou zonas de proteção

(círculos ou meias-luas) a fim de impedir ou repelir qualquer ataque.

Faixa1 – até 3m, é a faixa da integridade física, na qual o policial militar com

movimentos de guardas e esquivas e técnicas básicas defensivas e de chaves e

estrangulamentos apresentados nos itens anteriores, consegue desviar-se, bloquear ou ainda

contra-atacar um golpe.

Faixa 1

Faixa 2

Fig. 07

Page 44: Manual Bastão Policial

43

Faixa 2 – até 7m, é a faixa do controle psicológico, na qual o policial militar deve

manter-se alerta, procurando estar consciente do que ocorre a sua volta e pronto para adotar

medidas defensivas.

5.2 POSIÇÕES DE DEFESA COM O BASTÃO

Estas posições visam condicionar o ato de se defender em todas as direções, acrescendo

as técnicas de bases e guardas e esquivas e, por razões de ordem unida do meio militar, é

executado em tempos..

Tempo 1 – É a Empunhadura (item 14.2), com a diferença de que, na execução dos dois

giros (Fig. 06), o bastão passa da mão forte para a mão fraca;

Tempo 2 – Defesa alta, com o bastão protegendo a cabeça e o corpo na base cavaleiro

(Fig. 08);

Tempo 3 – Esquivar para a direita, defendendo um ataque lateral a sua esquerda,

finalizando na base de gato (Fig. 09);

Tempo 4 – Esquivar para a esquerda, defendendo um ataque lateral a sua direita,

passando para a base de gato invertida (Fig. 10);

Fig. 11 Fig. 12 Fig. 10 Fig. 09 Fig. 08

Page 45: Manual Bastão Policial

44

Tempo 5 – Recuar a perna direita, se posicionando na base arco e flecha, com defesa

baixa (defender a perna) (Fig. 11);

Tempo 6 – Voltar com a perna direita para frente, posicionando-a como na posição

inicial; a mão esquerda trás o bastão ao peito; e a mão direita segura na

empunhadura auxiliar superior;

Tempo 7 – A mão esquerda solta a empunhadura principal e segura a extremidade da

empunhadura auxiliar inferior, mantendo o bastão cruzado em frente ao peito

(Fig. 12);

Tempo 8 – A mão esquerda solta o bastão e segura o porta bastão; a mão direita introduz a

extremidade da base de corte no porta bastão;

Tempo 9 – Embainhar o bastão, permanecendo com a mão direita na empunhadura

principal (Fig. 04);

Tempo 10– Retornar a posição inicial (Fig. 05).

5.3 DEFESAS SIMPLES E DUPLAS COM O BASTÃO

Para as técnicas defensivas, deve-se partir de uma posição inicial, conforme mostrado

nas figuras ao lado:

Posição Inicial para Defesa

Simples

Posição Inicial para Defesa

Dupla

Page 46: Manual Bastão Policial

45

5.3.1. Defesa Alta

Na defesa alta simples o bastão policial é posicionado por sobre o braço do praticante,

protegendo-o. A mão que está empunhando o bastão executa um movimento ascendente a fim

de parar um ataque por cima. A outra mão auxilia na defesa, não envolvendo o bastão com os

dedos, mas com a palma da mão estendida apoiada na base de estocagem.

Na defesa alta dupla o bastão é posicionado como extensão do braço que o empunha,

sendo preso pela outra mão, sem envolvê-lo, mas sim apoiando com a mão espalmada a base

de corte. Nas defesas altas (simples e dupla), o praticante deve ter o cuidado de afastar a

cabeça da extremidade da base de apoio do bastão.

Defesa Alta Simples.

Defesa Alta Dupla.

Fig. 13 Fig. 14

Fig. 15

Fig. 16

Fig. 18

Page 47: Manual Bastão Policial

46

5.3.2. Defesa Baixa

Na defesa baixa simples, como já foi visto na alta, o bastão policial é posicionado por

sobre o braço do praticante, protegendo-o. A mão que está empunhando o bastão executa um

movimento descendente a fim de parar um ataque por baixo. A outra mão auxilia na defesa,

não envolvendo o bastão com os dedos, mas com a palma da mão estendida apoiada na base

de estocagem.

Na defesa baixa dupla o bastão é posicionado como extensão do braço que o empunha,

sendo preso pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior. A flexão das

pernas nas defesas baixas (simples e dupla) auxilia na defesa, pois diminui a silhueta do

praticante e facilita o bloqueio de golpes abaixo da linha da cintura.

Defesa Baixa Simples.

Fig. 17

Fig. 19

Fig. 20

Fig. 22

Page 48: Manual Bastão Policial

47

5.3.3. Defesa Lateral para Fora

Na defesa lateral para fora simples, o bastão policial é posicionado por sobre o braço

do praticante, protegendo-o. Esse braço executa um movimento enérgico de dentro para fora,

tendo como base o corpo do praticante, bloqueando um ataque. O bastão policial deve

permanecer o mais próximo possível da vertical. A outra mão do praticante pode permanecer

em posição que possibilite um contra-ataque ou auxiliar a mão que empunha o bastão.

Na defesa lateral para fora dupla, o bastão é segurado pela mão forte na empunhado

principal e pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior, sendo que o

bastão deve permanecer o mais próximo possível da posição vertical. Como na defesa lateral

simples, deve-se executar um movimento enérgico de dentro para fora, tendo como base o

corpo do praticante, bloqueando um ataque.

Defesa Lateral Simples

(para fora)

Defesa Baixa Dupla.

Fig. 21

Fig. 23

Fig. 26

Page 49: Manual Bastão Policial

48

5.3.4. Defesa Lateral para Dentro

Na defesa lateral para dentro simples, o bastão policial é posicionado por sobre o braço

do praticante, protegendo-o. Esse braço executa um movimento enérgico de fora para dentro,

tendo como base o corpo do praticante, bloqueando um ataque. O bastão policial deve

permanecer o mais próximo possível da vertical. A outra mão do praticante pode permanecer

em posição que possibilite um contra-ataque ou auxiliar a mão que empunha o bastão.

Na defesa lateral para dentro dupla, o bastão é segurado pela mão forte na empunhado

principal e pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior, sendo que o

bastão deve permanecer o mais próximo possível da posição vertical. Como na defesa lateral

simples, deve-se executar um movimento enérgico de fora para dentro, tendo como base o

corpo do praticante, bloqueando um ataque.

Defesa Lateral Dupla

(para fora)

Defesa Lateral Simples

(para dentro)

Fig. 25

Fig. 28

Fig. 27

Fig. 30

Page 50: Manual Bastão Policial

49

6 TÉCNICAS OFENSIVAS

As técnicas ofensivas visam aprimorar a capacidade do policial militar, após uma defesa,

revidar a ação de um opositor, utilizando técnicas ofensivas de contra-ataque, de chave-de-

braço, de estrangulamento ou de projeção, a fim de possibilitar a sua imobilização e/ou a

condução.

6.1 TÉCNICAS BÁSICAS COM O BASTÃO

As técnicas a seguir visam o treinamento e o aprimoramento do policial militar quanto ao

uso e manejo do bastão. No treinamento das técnicas, não se deve olhar para o porta bastão ao

sacar ou embainhar o bastão, a fim de não se perder de vista eventual opositor.

A fim de criar rotina de treinamento das técnicas, essas são apresentadas com tempos

para a sua execução e os movimentos iniciam e terminam na posição de descansar (Fig. 01),

sendo que em cada técnica o “Tempo 1” corresponde à técnica anterior e o “Tempo 2”

corresponde à técnica em exercício no momento.

6.1.1. Contra Ataque Alto

Técnica de manuseio do bastão, executando-se dois golpes cortantes diagonais, da

clavícula à cintura do agressor, formando um “X”.

Defesa Lateral Dupla

(para dentro)

Fig. 29

Page 51: Manual Bastão Policial

50

Tempo 1 – Sacar o bastão, executando um contra ataque,

com movimento diagonal, da esquerda para

direita e de cima para baixo, iniciando na

clavícula direita do opositor; adiantar a perna

direita, posicionando-se na base arco e

flecha;

Tempo 2 – Executar um contra ataque, com movimento

diagonal, da direita para a esquerda e de cima

para baixo, iniciando na clavícula esquerda

do opositor. A extremidade da base de corte é

introduzida no porta bastão.

Tempo 3 – Embainhar o bastão, permanecendo na base arco e flecha e com a mão direita

na empunhadura principal;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.2. Contra Ataque Baixo

Esta técnica é para a fuga de um ataque, contra atacando as pernas do opositor, na altura

da canela e do joelho.

Tempo 1 – Sacar, contra atacando ao mesmo tempo em

que assume a base de joelho, direcionando o

bastão na canela do agressor, da esquerda

para a direita;

Tempo 2 – Contra atacar, da direita para a esquerda, em

direção à patela do agressor;

Fig. 31

Page 52: Manual Bastão Policial

51

Tempo 3 – Embainhar o bastão ainda na base de joelho;

e

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.3. Contra Ataque Duplo

Contra atacar a base do agressor e seguindo um ataque ao plexo.

Fig. 32

Page 53: Manual Bastão Policial

52

Tempo 1 – Sacar, contra atacando a base do agressor, na base de joelho (Fig. 33);

Tempo 2 – Passando da base de joelho para a arco e flecha, atacar o plexo do agressor

(Fig. 34);

Tempo 3 – Ainda na base arco e flecha, embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar à posição inicial (Fig. 05).

Obs.: Os exercícios a seguir visam facilitar as técnicas de imobilização com a

possibilidade de um deslocamento das articulações. Observando que o policial militar, além

de utilizar as técnicas com o bastão, paralelamente utilizará as técnicas de chave, sendo o

bastão, apenas uma arma auxiliar.

6.1.4. Bloqueio de Braço (Quebramento)

Fig. 33 Fig. 34

Page 54: Manual Bastão Policial

53

Tempo 1 – Executar o saque (Fig. 35), parando na base arco e flecha;

Tempo 2 – Defender um ataque (soco) com a mão esquerda, agarrando o braço que o

agressor utilizou para atacar, na altura do pulso, e o torcendo, procurando

deixar o cotovelo do agressor para cima (Fig. 36). Puxar para sua retaguarda,

na base arco e flecha invertido, pressionando o braço do agressor com o

bastão, na altura do cotovelo (Fig. 37);

Tempo 3 – Voltar à base arco e flecha do Tempo 1 e embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.5. Bloqueio de Perna (Chute)

Tempo 1 – Executar o saque (Fig. 38), parando na base arco e flecha, como no exercício

anterior;

Fig. 35 Fig. 36 Fig. 37

Fig. 38

Fig. 39

Fig. 40

Page 55: Manual Bastão Policial

54

Tempo 2 – Defender um chute do agressor, passando para a base de arco e flecha

invertido e batendo com bastão em sua perna (Fig. 40);

Tempo 3 – Voltar a base de arco e flecha do Tempo 1 e embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.6. Contra Ataque na Virilha

Tempo 1 – Executar o saque na base de arco e

flecha, como nos exercícios anteriores;

Tempo 2 – Girar o bastão, de cima para baixo, e

desferir um ataque em direção à virilha

do agressor (Fig. 41);

Tempo 3 – Embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial.

6.1.7. Rasteira

Fig. 41

Fig. 42 Fig. 43

Page 56: Manual Bastão Policial

55

Tempo 1 – Executar o saque na base de arco e flecha;

Tempo 2 – Girar 180º o bastão, a base de corte, que está para trás, passa para frente, como

um prolongamento do braço (Fig. 42). Girar o bastão por sobre a mão (seta

da Fig. 42), passando da empunhadura principal para a empunhadura auxiliar

inferior. Dar um passo a frente com a perna esquerda, passando para a base

cavaleiro (Fig. 43), encaixando a base de apoio do bastão na perna direita do

agressor, por trás do joelho e puxando-a, de baixo para cima, ao mesmo

tempo em que a mão esquerda empurra o peito do agressor de cima para

baixo, a fim de levá-lo ao solo;

Tempo 3 – Voltar com a perna esquerda para trás, na base arco e flecha inicial, e

embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.8. Plexo

Tempo 1 – Executar o saque na base de arco e flecha,

como nos exercícios anteriores;

Tempo 2 – Girar o bastão como no exercício anterior,

segurando na empunhadura auxiliar

inferior. Dar um salto e cair na base de

joelho, segurando com a mão esquerda a

empunhadura auxiliar inferior e a direita

passando para a empunhadura auxiliar

superior, desferindo um golpe no plexo do

agressor caído (Fig. 44);

Fig. 44

Page 57: Manual Bastão Policial

56

01 02 03

Tempo 3 – Voltar com a perna esquerda para trás, na base arco e flecha inicial, e

embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.1.9. Traquéia

Tempo 1 – Executar o saque na base de arco e flecha;

Tempo 2 – Girar o bastão como no exercício anterior,

segurando na empunhadura auxiliar

inferior. Saltar e cair na base de joelho

invertida, pressionando com a mão

esquerda a empunhadura auxiliar inferior

e com a direita a superior, prendendo com

a ponta do pé esquerdo a base de corte do

bastão, ficando o pescoço do opositor

(traquéia) preso entre a base de apoio e a

de corte (Fig. 45);

Tempo 3 – Voltar com a perna esquerda para trás, na base arco e flecha inicial, e

embainhar o bastão;

Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).

6.2 ROTINA DE APLICAÇÃO DO BASTÃO

A rotina de aplicação do bastão destina-se, além do treinamento das bases e guardas e

esquivas, ao manuseio do bastão. Todos os movimentos simulam o ataque, por isso devem ser

realizados rápida e energicamente.

Fig. 45

Page 58: Manual Bastão Policial

57

01) Cruzar arma – posição inicial. Mão direita na empunhadura auxiliar superior do bastão,

na altura do ombro, e mão esquerda na auxiliar inferior, na altura da cintura;

07 08 09 -

10 - 11 12

04 05 06

Page 59: Manual Bastão Policial

58

02) Ataque queixo – avançar a perna direita, posicionando-se na base arco e flecha; girar o

bastão, movendo a base de corte, de trás para a frente, atingindo o queixo do opositor,

de baixo para cima;

03) Ataque clavícula – girar o corpo, posicionando-se na base de arco e flecha invertido;

girar o bastão, atingindo a clavícula do opositor;

04) Defesa chute – avançar com a perna de trás (direita), posicionando-se na base cavaleiro,

segurando as duas empunhaduras auxiliares do bastão, defendendo um chute do opositor

na região da virilha;

05) Ataque costelas – ainda na base cavaleiro ou passando para a base arco e flecha

(esticando a perna direita), golpear a região das costelas do opositor com a extremidade

da base de corte do bastão;

06) Bloqueio chute – recuando a perna direita, posicionar-se na base de joelho e bloquear

um chute do opositor;

07) Rasteira – tirando o joelho direito do chão e esticando a perna esquerda por detrás do

agressor, girar o bastão, segurando na empunhadura auxiliar inferior, e golpear a região

da canela ou patela, derrubando o opositor;

08) Plexo solar – voltar para a base de joelho e, segurando a empunhadura auxiliar superior,

estocar o plexo do opositor, que está no solo;

09) Contra ataque – levantar, posicionando-se na base arco e flecha, realizando um

movimento de defesa com o bastão na mão esquerda, da direita para a esquerda,

posicionando-o ao lado do corpo e contra atacando com um soco com a mão direita;

10) Em guarda – realizar um movimento em “X” com o bastão, parando novamente ao lado

do corpo, e, em seguida, um movimento na diagonal com o braço direito, de cima para

baixo e da esquerda para a direita;

Page 60: Manual Bastão Policial

59

11) Ataque plexo – atacar o plexo do agressor, com a base de estocar do bastão, ao mesmo

tempo em que retorna com a mão direita para o lado do corpo;

12) Cruzar arma – voltar à posição inicial.

6.3 APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS EM LUTA COMBINADA

A aplicação da rotina com o bastão possibilita um ótimo treinamento das técnicas

básicas, anteriormente ensinadas, dando ao policial militar uma noção do poder defensivo e

ofensivo do emprego das técnicas com o bastão.

02 01

04

03

06 05

Page 61: Manual Bastão Policial

60

01) Saque - O opositor, em um primeiro golpe, ataca com a mão direita em direção a

cabeça. Sacar o bastão, posicionando-se na base arco e flecha, contra atacando o golpe;

02) Defesa - O opositor, em um segundo golpe, ataca com a mão esquerda a cabeça.

Defender com a mão esquerda;

03) Quebramento - Puxar o braço do opositor, posicionando-se na base arco e flecha

invertida, e aplicar a técnica de quebramento com o bastão, imobilizando o opositor;

04) Defesa chute - O opositor ataca chutando com a perna direita. Girar o bastão de cima

para baixo e defender um chute do opositor, permanecendo na base arco e flecha

invertida;

05) Contra ataque na virilha - Passar para a base arco e flecha inicial e contra atacar a

virilha (região escrotal) do opositor;

06) Rasteira - Girar o bastão por sobre a mão, segurando na empunhadura auxiliar inferior;

dar um passo para frente e, na base cavaleiro, aplicar a técnica de rasteira com o bastão;

07 08

Page 62: Manual Bastão Policial

61

07) Plexo - Com o opositor caído, aplicar a técnica de plexo com o bastão na base

ajoelhado; e

08) Traquéia - Invertendo o joelho, aplicar a técnica de traquéia com o bastão.

6.4 TÉCNICAS DE CHAVE-DE-BRAÇO SEM O BASTÃO

As técnicas de chave-de-braço sem o bastão possibilitam a imobilização e/ou condução

de agressores, conforme a necessidade. As chaves podem ser aplicadas de pé, possibilitando a

condução ou a derrubada do opositor, como podem ser aplicadas com o agressor já deitado,

para imobilizá-lo e levantá-lo para condução.

6.4.1. Primeira Chave – defesa de um soco, esquivando-se para frente do corpo do

opositor (para dentro), defendendo o soco com a mesma mão que o opositor utilizou para

atacar; segurando e torcendo o pulso do opositor; utilizando as técnicas dos pontos de pressão;

fazendo com que o braço do opositor seja forçado para frente do corpo e, por conseqüência,

também gire o corpo; imobilizando o opositor de pé; reforçando a pressão sob o pulso com a

outra mão (Fig. 46); ou podendo projetá-lo ao solo para imobilizá-lo ou algemá-lo (Fig. 47).

6.4.2. Segunda Chave – defesa de soco, esquivando-se para o lado do corpo do

opositor (para fora), defendendo o soco com o braço contrário a que o opositor utilizou para

atacar, segurando e torcendo, com esse braço, o pulso do opositor (Fig. 48) e, com a outra

mão o cotovelo, na região do ponto de pressão mediano ou cubital, forçando o pulso do

Fig. 46

Fig. 47

Page 63: Manual Bastão Policial

62

opositor para baixo a para trás e o cotovelo para cima e para frente, dando um passo em

direção do opositor e forçando-o a ir ao solo (Fig. 49), a fim de imobilizá-lo ou algemá-lo.

Tanto essa chave, quanto a 1ª, ao levar o agressor ao solo não se deve dobrar a coluna e sim

ajoelhar, mantendo a coluna sempre reta.

Page 64: Manual Bastão Policial

63

6.4.3. Terceira Chave – defesa de um soco, esquivando-se para a frente do corpo do

opositor (para dentro), defendendo o soco com o braço contrário a que o opositor utilizou para

atacar, segurando e torcendo com esse braço o pulso do opositor e, com a outra mão

segurando o cotovelo por cima e puxando-o para frente e, em conseqüência, o corpo do

opositor, dobrando o braço puxado e levando-o para trás do corpo, forçando-o para cima. Se o

opositor estiver de pé, a mão que está segurando o cotovelo pode soltá-lo e passar a segurar o

trapézio ou a traquéia do agressor a fim de conduzi-lo (Fig. 50). Se o opositor estiver deitado

a mão continua no cotovelo, pressionando um dos pontos de pressão dessa região (Fig. 51),

imobilizando-o ou auxiliando a algemá-lo.

Fig. 48

Fig. 50 Fig. 51

Fig. 49

Page 65: Manual Bastão Policial

64

6.4.4. Quarta Chave – defesa de um soco, esquivando-se para frente do corpo do

opositor (para dentro), defendendo com o braço contrário a que o opositor utilizou para atacar,

segurando e torcendo, com esse braço, o pulso do opositor e, com o outro braço, bater e

encaixar sua região mediana na mesma região do braço do opositor (Fig. 52), fazendo com

que os dois braços dobrem e que o braço do opositor seja virado para trás do corpo, a mão de

seu braço que está encaixado com o do agressor segura e pressiona o trapézio do opositor e

sua outra mão solta o braço do agressor e segura e pressiona o outro trapézio ou a carótida do

opositor, a fim de conduzi-lo (Fig. 53).

6.4.5. Quinta Chave – defesa de um soco, esquivando-se para trás e para o lado do

corpo do opositor (para fora), defendendo o soco com o braço contrário que o opositor

utilizou para atacar, a defesa é feita batendo-se e segurando a região do cotovelo do agressor;

dando-se um passo em frente e em direção do opositor, o outro braço desfere um golpe no

queixo do opositor, de baixo para cima e com a sola da mão (calcâneo); após o golpe, essa

mesma mão segura a nuca e pressiona a carótida do opositor com as pontas dos dedos.

Lembrando que o braço passa por baixo do braço do opositor; dando-se outro passo a frente

coloca-se atrás do opositor, passando o outro braço por baixo do braço do opositor e

cruzando-se os dedos das mãos atrás da nuca do opositor, imobilizando-o (Fig. 54) ou

derrubando-o (Fig. 55)

Fig. 52 Fig. 53

Page 66: Manual Bastão Policial

65

.

6.5 TÉCNICAS DE SAÍDA DE CHAVE

As técnicas de saída de chave capacitam o policial militar a desvencilhar-se de um

opositor, no momento em que esse está lhe aplicando uma chave, a fim de evitar um

confronto ou partir para um contra-ataque. As saídas de chave devem ser utilizadas antes que

o agressor complete a chave-de-braço.

6.5.1. Saída da primeira chave – O

opositor aplica a chave (Fig. 56). O policial

militar, antes do agressor completar a

chave, executa um rolamento frontal se

desvencilhando das mãos do opositor

(figuras seguintes).

Fig. 54

Fig. 55

Fig. 56

Page 67: Manual Bastão Policial

66

6.5.2. Saída da segunda chave – O

opositor aplica a chave (Fig. 58). O policial

militar, antes do opositor completar a chave,

executa um rolamento de costas, se

desvencilhando das mãos do opositor (Fig.

59).

6.5.3. Saída da terceira chave – O

opositor aplica a Chave (Fig. 60). O policial

militar, antes do opositor completar a chave,

gira o seu corpo no mesmo sentido em que o

opositor o está forçando a girar, ficando

praticamente de frente para esse e, com a mão

livre, aplica um golpe no opositor,

pressionando o ponto de pressão da traquéia.

Fig. 58

Fig. 60

Fig. 57

Fig. 59

Page 68: Manual Bastão Policial

67

6.5.4. Saída da quarta chave – O

opositor aplica a 4ª Chave (Fig. 62). O policial

militar, antes do opositor completar a chave e

ao ter seu braço encaixado com o desse, passa

a tentar aplicar a mesma chave no opositor.

6.5.5. Saída da quinta chave – O

opositor aplica a quinta chave (Fig. 64). O

policial militar, antes do opositor completar a

chave, solta seu peso sobre seu corpo,

procurando sentar-se e, ao mesmo tempo, junta

as suas mãos a frente de seu corpo, como se

fosse “rezar”.

6.6 TÉCNICAS DE CHAVE-DE-BRAÇO COM O BASTÃO

As técnicas de chave-de-braço com o bastão, assim como as sem bastão, possibilitam a

imobilização e/ou condução de agressores, conforme a necessidade. As chaves são aplicadas

de pé, possibilitando a condução ou a derrubada do opositor, a fim de imobilizá-lo e levantá-

lo para condução.

Demonstraremos, a seguir, 06 (seis) chaves-de-braço com o bastão, sendo que a posição

inicial é a mesma para todas elas, assim como, também para todas, a ação inicial é a defesa de

um soco, esquivando-se diagonalmente para frente e para esquerda, defendendo o soco com o

bastão, que está na mão direita, segurado na parte mediana da empunhadura auxiliar inferior,

com a empunhadura principal para frente (Fig. 66), batendo o bastão, da esquerda para direita,

na região do pulso do braço que o opositor utilizou para atacar.

Fig. 62

Fig. 64

Page 69: Manual Bastão Policial

68

6.6.1. Primeira Chave – é utilizada na defesa de um soco da mão direita do opositor. O

policial militar, partindo da posição inicial e após a adoção da ação inicial já citada, com a

mão esquerda empunha a empunhadura principal do bastão, passando-se o braço esquerdo por

cima do braço direito, prendendo, assim, o braço do opositor entre o bastão e suas duas mãos

(Fig. 67), levando-o ao solo (Fig. 68).

6.6.2. Segunda Chave – semelhante à primeira chave, esta é a defesa de um soco da

mão esquerda do opositor; novamente parte-se da posição inicial e adota-se a ação inicial; o

braço esquerdo do opositor é preso como na primeira chave (Fig. 69) e, esse, é levado ao solo.

A diferença desta chave para a primeira é que o opositor cai de costas (Fig. 70).

Fig. 66

Fig. 67

Fig. 68

Fig. 69 Fig. 70

Page 70: Manual Bastão Policial

69

6.6.3. Terceira Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é

utilizada para defender um soco da mão direita do opositor. O braço desse é preso como na

primeira chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é

apoiada na região da articulação de seu braço esquerdo (região do ponto de pressão mediano).

A mão direita, que empunhava o bastão, passa a segurar o braço direito do opositor,

pressionando o ponto de pressão cubital ou mediano (Fig. 71). Esta chave pode ser utilizada

para conduzir o opositor ou para levá-lo ao solo (Fig. 72 e 73).

6.6.4. Quarta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é

utilizada para defender um soco da mão esquerda do opositor. O braço desse é preso como na

segunda chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é

apoiada na região da articulação de seu braço esquerdo (região do ponto de pressão mediano),

como na terceira chave. A diferença é que a mão direita, que empunhava o bastão, passa a

pressionar o braço esquerdo do opositor, na altura do cotovelo, forçando para baixo e agindo

no ponto de pressão cubital. Esta chave pode ser utilizada para conduzir o opositor ou para

levá-lo ao solo (Fig. 74 e 75).

Fig. 71

Fig. 73

Fig. 72

Page 71: Manual Bastão Policial

70

6.6.5. Quinta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é

utilizada para defender um soco da mão direita do opositor. O braço desse é preso como na

primeira chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é

apoiada na região da articulação de seu braço direito (região do ponto de pressão mediano). A

mão direita, que empunha o bastão, passa a segurar o braço direito do opositor, pressionando

o ponto de pressão cubital ou mediano, como na terceira chave (Fig. 76). Esta chave é

utilizada, basicamente, para conduzir o opositor (Fig. 77).

6.6.6. Sexta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é utilizada

para defender um soco com a mão esquerda do opositor. O braço desse é preso como na

segunda chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é

apoiada na região da articulação de seu braço direito (região do ponto de pressão mediano)

(Fig. 78).

A mão direita, que empunhava o bastão, passa a segurar o braço esquerdo do opositor,

na altura do cotovelo, pressionando o ponto de pressão cubital e forçando o braço do agressor

Fig. 74

Fig.75

Fig. 76

Fig. 77

Page 72: Manual Bastão Policial

71

para baixo do bastão (Fig. 78). Esta chave pode ser utilizada para conduzir o opositor

ou levá-lo ao solo (Fig. 79).

6.6.7. Sétima Chave – inicia-se segurando o bastão na empunhadura principal (Fig.

80); com a outra mão, defender um golpe do opositor e ao mesmo tempo girar o bastão, de

maneira que a base de corte fique para frente como um prolongamento do braço (Fig. 81);

ainda segurando o braço do opositor, golpear com o bastão a região mediana do braço,

fazendo-o dobrar (Fig. 82); ao dobrar o braço do opositor, torcê-lo para trás do corpo,

mantendo-o preso pelo bastão (Fig. 83); finalizando, pode-se travar a extremidade da base de

corte do bastão com seu próprio braço, a fim de conduzir o opositor (Fig. 84), ou continuar

com o movimento de torção do braço e levá-lo ao solo a fim de imobilizá-lo (Fig. 85).

Fig. 78

Fig. 79

Fig. 80 Fig. 81

Page 73: Manual Bastão Policial

72

Fig. 82

Fig.83

Page 74: Manual Bastão Policial

73

6.7 TÉCNICAS DE PROJEÇÃO

6.7.1. Contra ataque puxando na diagonal

Tempo 1 – Defender um ataque (soco) com o braço oposto ao que o opositor utilizou,

segurando-o na altura do pulso (Fig. 86);

Tempo 2 – Com sua outra mão, segurar a região do ombro do outro braço do opositor

(Fig. 86);

Tempo 3 – Puxar o braço, de baixo para cima, e empurrar o ombro, de cima para baixo,

desequilibrando o opositor. A perna pode ser usada para auxiliar no

desequilíbrio, dando uma rasteira no opositor;

Fig. 84

Fig. 85

Fig. 86

Fig. 87

Page 75: Manual Bastão Policial

74

Tempo 4 – Na queda, soltar o ombro do opositor e segurar seu braço que já está seguro

pela outra mão, imobilizando-o no solo (Fig. 87).

6.7.2. Segurando o pescoço, arremessando com o quadril

Tempo 1 – Defender como no exercício anterior;

Tempo 2 – Com seu outro braço, envolver o pescoço do opositor (Fig. 88).

Tempo 3 – Encaixar o quadril no quadril do opositor com as pernas flexionadas;

Tempo 4 – Esticar as pernas, dobrar o quadril e puxar o braço do opositor, tirando-o do

chão e fazendo-o girar por sobre seu corpo, projetando-o ao solo (Fig. 89).

Pode-se ajudar com a perna, dando uma rasteira no opositor, por fora ou por

entre as pernas desse (Fig. 90).

Fig. 88 Fig. 89 Fig. 90

Page 76: Manual Bastão Policial

75

6.7.3. Travando o cotovelo, calçar a perna e avançar

Tempo 1 – Defender como no exercício anterior;

Tempo 2 – Segurar, com a outra mão, a região da axila do opositor (Fig. 91);

Tempo 3 – Empurrar a mão do opositor para trás, ao mesmo tempo em que puxa o

ombro, fazendo-o deslocar para frente e dar um passo;

Tempo 4 – Calçar a perna que o opositor utiliza para dar o passo, fazendo-o desequilibrar

e cair (Fig. 92).

6.8 TÉCNICAS DE ESTRANGULAMENTO

6.8.1. Primeiro Estrangulamento – O opositor ataca com a mão direita.

Fig. 91

Fig. 92

Page 77: Manual Bastão Policial

76

Tempo 1 – Sacar o bastão policial, esquivar o corpo para a esquerda e defender o golpe

do opositor (Fig. 93);

Tempo 2 – Com a mão esquerda segurar na altura do pulso direito do opositor e,

deslizando o bastão policial por sobre o braço desse, encaixá-lo na altura da

traquéia (Fig. 94);

Tempo 3 – Soltar o pulso do opositor, dar um passo posicionando-se atrás desse e segurar

a extremidade da empunhadura inferior (base de corte) do bastão policial, por

trás do pescoço do opositor (Fig. 95);

Page 78: Manual Bastão Policial

77

Tempo 4 – Soltar a empunhadura principal (base de apoio), passar o braço por baixo do

bastão policial e encaixar a mão na nuca do opositor, imobilizando-o (Fig.

96).

6.8.2. Segundo Estrangulamento – O opositor ataca com a mão esquerda.

Tempo 1 – Esquivar para a direita e defender o golpe do opositor (Fig. 97);

Fig. 97

Fig. 98 Fig. 99

Fig. 100

Page 79: Manual Bastão Policial

78

Tempo 2 – Com a mão esquerda segurar na altura do pulso esquerdo do opositor e,

deslizando o bastão policial por sobre o braço desse, encaixá-lo na altura da

traquéia (Fig. 98);

Tempo 3 – Soltar o pulso do opositor, dar um passo posicionando-se atrás desse e segurar

a extremidade da empunhadura inferior (base de corte) do bastão policial, por

trás do pescoço do opositor (Fig. 99);

Tempo 4 – Com uma pressão um pouco maior, encaixar o pescoço do opositor entre o

bastão policial, na traquéia, e os dois braços se cruzando na nuca,

posicionando-se na base do arqueiro, com as costas do opositor pressionada

pelo joelho (Fig. 100), imobilizando.

6.9. TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO E CONDUÇÃO

As técnicas de imobilização e condução com o bastão policial consistem na utilização

desse como arma auxiliar para as técnicas de mãos livres, durante a condução de um

indivíduo.

26.1. Pressão na nuca – com uma das

mãos, aplicar uma torção no pulso do

conduzido; com a outra, empunhar o bastão

policial na empunhadura auxiliar inferior e

encaixar a empunhadura principal na nuca do

conduzido. Caminhar para frente, forçando-o a

andar para trás (Fig. 101).

Fig. 101

Page 80: Manual Bastão Policial

79

6.9.2. Pressão na traquéia – com uma das mãos, aplicar uma

torção no pulso do conduzido; com a outra, empunhar o

bastão policial na empunhadura principal e encaixar a base de

corte logo abaixo da traquéia (fúrcula external) do conduzido.

Caminhar para frente, forçando-o a andar para trás (Fig. 102).

6.9.3. Estrangulamento – aplicar a

técnica do primeiro estrangulamento deste

manual. Caminhar para frente, forçando o

conduzido a andar para frente (Fig. 103).

6.9.4. Chave-de-braço – com uma das

mãos, aplicar uma torção no pulso do

conduzido; com a outra, empunhar o bastão

policial na empunhadura auxiliar superior,

encaixando o outro braço do conduzido na

empunhadura principal e com a base de corte

pressionando a coluna desse. Caminhar para

frente, forçando-o a andar para frente (Fig.

104).

Fig. 102

Fig. 103

Fig. 104

Page 81: Manual Bastão Policial

80

6.9.5. Pressão na axila – com uma das

mãos, aplicar uma torção no pulso do

conduzido; com a outra, empunhar o bastão

policial na empunhadura principal e encaixar a

base de corte na axila do conduzido. Caminhar

para frente, forçando-o a andar para trás (Fig.

54).

Fig. 54

Page 82: Manual Bastão Policial

81

7 TÉCNICAS DIVERSAS COM O BASTÃO POLICIAL

7.1 CONDUÇÃO DE VÍTIMAS

7.1.1. Primeiros Socorros

Primeiros Socorros na Polícia Militar são, primordialmente, uma questão humanitária. É

a tentativa do ser humano de evitar maiores danos ao seu semelhante. Por isso, o policial

militar deve prestar ajuda às vítimas no local de uma ocorrência. Essa ajuda será tão eficiente

e precisa quanto maior for o conhecimento de quem a praticar, conhecimento esse que é

possível por meio de leituras, cursos, palestras e filmes, os quais evitarão que, na tentativa de

ajudar, cometa-se danos as vezes irreparáveis às vítimas.

Portanto, o policial militar ao prestar Primeiros Socorros deverá ter conhecimento

prévio do assunto; manter a calma; assumir o comando; reconhecer prioridades; saber avaliar

riscos (para si e para a vítima); e ter noções de responsabilidade civil.

7.1.2. Sinais Vitais

São sinais que indicarão a presença ou não de vida, sendo representados principalmente

por:

) Reflexos – que dizem respeito à movimentação, respostas a chamamentos e nível de

consciência;

2) Respiração – observada pelo nariz, boca e movimentos do peito;

3) Pulso – é a sensação obtida pelo tato (palpação) por meio das pulsações arteriais. Podem

ser fortes (bom sinal), leves ou ausentes (parada cardíaca). A freqüência normal é entre

70 e 80 batimentos por minuto; e

4) Pupilas – “menina dos olhos”, a pupila também é um forte indicador de gravidade da

situação quando fica imóvel ou quando abre demais (midríase) ou fecha demais (miose).

Page 83: Manual Bastão Policial

82

7.1.3. Ferimentos

São lesões em qualquer parte do corpo que causam dor e que podem, dependendo da

gravidade, comprometer a vida da vítima. O policial militar, nesses casos, deve: confortar a

vítima; estancar a hemorragia (se necessário, com torniquete); limpar e enfaixar o local do

ferimento; imobilizar o órgão atingido e só então transportá-la cuidadosamente com o bastão

policial.

7.1.4. Fraturas

São lesões causadas em qualquer osso do organismo, quando acontece ruptura de sua

estrutura, podendo ser fechadas (com ou sem desvios) ou expostas. O policial militar, nesses

casos, deve: não tentar endireitar o local da fratura; imobilizar o local (nas articulações acima

e abaixo da fratura); estancar a hemorragia (se for o caso); e só então transportar a vítima

cuidadosamente com o bastão policial.

7.1.5. Técnica de mobilização com o bastão policial

Mobilização é o ato de movimentar uma vítima para retirá-la de uma situação de perigo

ou para iniciar sua remoção para o atendimento especializado e deve ser executada quando a

vítima estiver sem condições de movimentar-se por si só ou inconsciente. A condução deve

ser iniciada quando já estiver estancada a hemorragia e/ou imobilizada as lesões, se for o caso.

A mobilização com o bastão policial será realizada por 05 (cinco) policiais militares,

sendo 04 (quatro) com o bastão policial, nas posições demonstradas na figura abaixo

(espáduas, costas, coxas e panturrilhas) e 01 (um) segurando a cabeça da vítima.

A posição da empunhadura principal do bastão policial é para cima (está de lado

somente para ilustração), dessa forma ela impede que o corpo deslize para fora dos bastões.

Page 84: Manual Bastão Policial

83

Cada policial militar segura na empunhadura principal de seu bastão e na extremidade

da base de corte do bastão de seu companheiro que está do outro lado da vítima.

7.2 ARREMESSO DO BASTÃO POLICIAL

Essa técnica permite levar ao solo um indivíduo em atitude suspeita que empreenda

fuga à ordem de parar. Consta do lançamento do bastão policial, em movimento giratório e

paralelamente ao solo, na altura das panturrilhas ou dos calcanhares desse indivíduo,

provocando uma queda.

Page 85: Manual Bastão Policial

84

7.3 TIPOS DE BASTÕES E ACESSÓRIOS

7.3.1. Bastões de Madeira

Utilizado no treinamento de técnicas de artes marciais do Japão (aikido, kempo, karatê-

do e Kobudo), da China (kung fu e wushu), da Coréia e das Filipinas, geralmente em pares.

O bastão possui diversas denominações, dentre elas: Tonfa, Tunfa, Tuifa, Tunqua,

Tonfwa, Tonkwa, Tunkuwa, Kwai.

O bastão divide-se nas seguintes partes:

(1) Zento / Zen Atama / Gedan Tsukagashira (2) Enigiri / Tsuka

(3) Egashira / Tsukagashira (4) Monouchi Zoki

(5) Jomen / Shomen (6) Sokumen / Soko

(7) Koto / Ushiro Atama / Ushiro Tsukagashira (8) Monouchi

7.3.2. Bastões de Policarbonato

Este tipo de bastão é o mais utilizado pelas forças policiais, sendo que existem diversos

fabricantes, porém com pouca diferenciação entre os modelos. Abaixo, apresentamos dois

modelos mais comumente encontrados:

Page 86: Manual Bastão Policial

85

Por ser empregado basicamente no policiamento ostensivo, o bastão é utilizado

juntamente com outros equipamentos e armamentos, compondo o cinto de guarnição do

policial, sendo fixado, nesse, por um porta-bastão.

7.3.3. Bastões Telescópicos

Como variação do bastão utilizado pelas forças policiais, algumas instituições adotaram

o bastão telescópico, feito de metal, que possui uma parte expansível para o seu emprego, a

qual permanece embutida para diminuir o seu tamanho e facilitar a sua condução.

Page 87: Manual Bastão Policial

86

7.3.4. Outros Bastões (Curiosidades)

Bastão articulado

Modelo confeccionado com inspiração no nunchaku.

Bastão Curvado

Modelo de bastão policial em testes por forças policias americanas.

Bastão com lanterna

Modelo de bastão, composto por lanterna em uma de suas extremidades, disponível em

empresas especializadas em artigos militares e/ou policiais.

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87

Bastão com lançador de munição

Modelo de bastão composto, em sua base de corte, por um lançador de munição cal.12,

com o objetivo de disparar munições não-letais químicas ou de impacto controlado

(mecânicas).

Page 89: Manual Bastão Policial

88

7.3.5 Porta Bastões

O bastão deverá possuir o respectivo porta bastão para ser fixado ao cinto de guarnição.

No mercado existem diversos modelos, sendo que a exigência é que o porta bastão seja

confeccionado em material resistente (preferencialmente do mesmo material e cor do cinto de

guarnição ou dos demais equipamentos nele pendentes), com sistema passante para esse cinto

(aproximadamente 50 mm) e presilha de fixação da empunhadura principal (martelo do

bastão). A seguir apresentamos modelos de porta bastão:

Porta Bastão com argola e presilha

DE COURO

Verso

Frente

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Porta Bastão com argola e ressalto

Porta Bastão articulado

Frente

De Plástico

De Nylon

DE NYLON

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90

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Porta Bastão com presilha

Porta Bastão com suporte adaptável

Porta Bastão axilar

Para uso velado, especialmente

utilizado por agentes de segurança de

dignitários.

Page 93: Manual Bastão Policial

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Porta Bastão para tropas de choque

Utilizado no escudo de proteção individual.

Porta Bastão para tropas táticas

Utilizado no colete tático / balístico.

Costas

Frente

Page 94: Manual Bastão Policial

93

8 ORDEM UNIDA COM O BASTÃO

A Ordem Unida caracteriza-se por uma disposição individual e consciente, objetivando

a obtenção de padrões coletivos de uniformidade e sincronização, além de praticar e

demonstrar a hierarquia e a disciplina administrativa, sustentáculos de qualquer organização

que aspire à eficiência e à eficácia em prol do bem comum.

A Ordem Unida objetiva desenvolver o sentimento de coesão a fim de permitir que os

policiais militares apresentem-se em público com postura marcial e enérgica, demonstrando

que as atitudes individuais devem subordinar-se às atitudes positivas do grupo.

8.1 POSIÇÕES COM O BASTÃO EMBAINHADO

8.1.1 Posição de Descansar

Ao comando de “DESCANSAR”:

1) Desloca-se o pé esquerdo para a esquerda,

aproximadamente 30 cm, elevando ligeiramente o corpo

sobre a planta do pé direito, para não arrastar o pé

esquerdo.

2) O braço direito fica caído naturalmente ao lado do

corpo, com a palma da mão voltada para trás.

3) A mão esquerda segura na empunhadura auxiliar inferior

do bastão (que está embainhado e na vertical), imediatamente

Page 95: Manual Bastão Policial

94

abaixo da empunhadura principal (que está presa no porta-

bastão e voltada para trás), de maneira que o polegar fique

para trás e os demais dedos unidos e distendidos à frente do

bastão.

4) Nesta posição, o peso do corpo fica igualmente distribuído sobre as duas pernas.

8.1.2. Posição de Sentido

Ao comando de “SENTIDO”:

1) Deve-se unir os calcanhares com energia, ao mesmo tempo em que se bate com a

mão direita à coxa, como na posição de “Sentido” sem armas.

2) A mão esquerda e o bastão permanecem como na posição de “Descansar” com o

bastão.

8.1.3 Posição de Cobrir

Ao comando de “COBRIR”:

Page 96: Manual Bastão Policial

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1) Partindo da posição de “Sentido”, deve-se estender o braço direito à frente e encostar

a ponta dos dedos no ombro de quem está a frente.

2) Se está na “Testa” do grupamento, deve-se estender o braço direito para a direita e

encostar no ombro de quem está à direita, com exceção de quem estiver a direita (que

permanecerá na posição de “Sentido”).

8.2 DESEMBAINHAR E EMBAINHAR O BASTÃO

Os comandos de “DESEMBAINHAR (EMBAINHAR) - ARMA” serão dados com o

praticante na posição de “Descansar” e olhando para frente. Sua execução processar-se-á às

vozes de “TEMPO UM”, “TEMPO DOIS” e “TEMPO TRÊS”, nos três tempos descritos a

seguir.

8.2.1. Desembainhar o Bastão

Page 97: Manual Bastão Policial

96

Tempo 1 – ao comando de “DESEMBAINHAR-ARMA – TEMPO UM”, o praticante

inclinará o bastão para frente, segurando na empunhadura auxiliar superior com a mão direita,

com as costas da mão para cima.

Tempo 2 – ao comando de “TEMPO DOIS”, o praticante

retirará o bastão do porta-bastão, com energia, cruzando-o a

frente do corpo e posicionando a extremidade da base de

estocagem na altura do ombro direito e a extremidade da base

de corte na altura da cintura (lado esquerdo). Simultaneamente

a mão esquerda segura a empunhadura principal do bastão,

com a base de apoio ficando na diagonal, voltada para o ombro

esquerdo.

Tempo 3 – ao comando de “TEMPO TRÊS”, o

praticante soltará a empunhadura auxiliar superior do

bastão e posicionará o braço direito ao lado do corpo,

solto naturalmente como na posição de “Descansar”

com o bastão embainhado. Simultaneamente o braço

esquerdo, que está empunhando a base de apoio do

bastão, será posicionado ao lado do corpo, também

solto naturalmente, com o bastão permanecendo atrás

do braço.

8.2.2. Embainhar o Bastão

Page 98: Manual Bastão Policial

97

Tempo 1 – ao comando de “EMBAINHAR ARMA – TEMPO UM”, o praticante cruzará o

bastão a frente do corpo, com a mão esquerda na empunhadura principal ao mesmo tempo em

que segurará a empunhadura auxiliar superior com a mão direita. Mesma posição do Tempo 2

do “Desembainhar Arma”.

Tempo 2 – ao comando de “TEMPO DOIS”, o praticante soltará a empunhadura principal e

segurará, com a mão esquerda, o porta-bastão, a fim de auxiliar no embainhamento do bastão.

Simultaneamente a mão direita introduzirá o bastão no porta-bastão, permanecendo

empunhando a base de estocagem. Mesma posição do Tempo 1 do “Desembainhar Arma”.

Tempo 3 – ao comando de “TEMPO TRÊS”, o praticante soltará a empunhadura auxiliar

superior do bastão e posicionará o braço direito caído naturalmente ao lado do corpo.

Simultaneamente a mão esquerda voltará com o bastão, já embainhado, para a posição vertical

ao lado do corpo.

8.3 POSIÇÕES COM O BASTÃO DESEMBAINHADO

8.3.1. Posição de Descansar

Ao comando de “DESCANSAR”, o praticante afastará o pé esquerdo do direito como

na posição de “Descansar” sem arma. O braço direito ficará caído naturalmente ao lado do

corpo, com a palma da mão voltada para trás. O braço esquerdo ficará caído naturalmente ao

lado do corpo, com a mão segurando a empunhadura principal do bastão, de maneira que,

esse, permaneça atrás do braço e paralelo ao corpo.

Page 99: Manual Bastão Policial

98

8.3.2. Posição de Sentido

Ao comando de “SENTIDO”, o praticante juntará os calcanhares e baterá a mão direita

na cocha como na posição de “Sentido” sem arma. A mão esquerda, segurando na

empunhadura principal, levantará o bastão, mantendo-o inclinado em um ângulo de

aproximadamente 45º em relação à vertical, de modo que a base de estocagem do bastão

permaneça ligeiramente voltado para baixo; o cotovelo permanecerá colado ao lado do corpo.

Essa posição é a mesma do “Descansar-arma”, partindo-se das posições de “Ombro-arma”,

“Apresentar-arma” ou “Cruzar-arma”.

8.3.3. Posição de Cobrir

Page 100: Manual Bastão Policial

99

Ao comando de “COBRIR”, que é dado com o praticante na posição de “Sentido”, esse

estenderá o braço direito para frente, com os dedos unidos e a palma da mão voltada para

baixo, tocando levemente o ombro de quem estiver a frente e colocando-se exatamente atrás

dele.

Page 101: Manual Bastão Policial

100

8.3.4. Posição de Ombro-arma, partindo do “Sentido”

Ao comando de “OMBRO-ARMA”, o praticante levantará vivamente o bastão,

deixando-o paralelo ao solo. As pernas e o braço direito permanecerão imóveis, na mesma

posição de “Sentido”.

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8.3.5. Posição de Apresentar-arma, partindo do “Sentido”

Ao comando de “APRESENTAR-ARMA”:

Tempo 1 – a mão esquerda levantará

energicamente o bastão, de modo que fique

na vertical, perpendicular à linha dos

ombros, ficando a mão esquerda na altura

do ombro esquerdo.

Tempo 2 – a mão direita, num movimento

enérgico, irá colocar-se na altura do ponto de

intersecção da empunhadura principal com as

empunhaduras auxiliares, com os dedos unidos

Page 103: Manual Bastão Policial

102

e a palma da mão voltada para baixo. O ante-

braço direito ficará paralelo ao solo.

8.3.6. Posição de Cruzar-arma, partindo do “Sentido”

Ao comando de “CRUZAR-ARMA”:

Tempo 1 – a mão esquerda levantará

energicamente o bastão, de modo que fique

na diagonal e na frente do corpo, com a

mão esquerda na altura do ombro direito.

Tempo 2 – a mão direita segurará na

empunhadura auxiliar superior do bastão,

na altura do ombro direito, com as costas da

mão para a frente.

Page 104: Manual Bastão Policial

103

Tempo 3 – a mão esquerda soltará a

empunhadura principal do bastão e passará

a segurar a extremidade da empunhadura

auxiliar inferior, com as costas da mão para

a frente.

8.3.7. Posição de Ombro-arma, partindo do “Apresentar-arma”

Ao comando de “OMBRO-ARMA”:

Page 105: Manual Bastão Policial

104

Tempo 1 – a mão direita baterá com

energia à coxa, como na posição de

“Sentido”.

Tempo 2 – a mão esquerda baixará

energicamente o bastão, deixando-o

paralelo ao solo.

8.3.8. Posição de Ombro-arma, partindo do “Cruzar-arma”

Ao comando de “OMBRO-ARMA”:

Page 106: Manual Bastão Policial

105

Tempo 1 – a mão esquerda soltará a

empunhadura auxiliar inferior do bastão e

segurará a principal, com as costas da mão

para a frente.

Tempo 2 – a mão direita soltará a

empunhadura auxiliar superior do bastão e

baterá energicamente à coxa.

Tempo 3 – a mão esquerda baixará

energicamente o bastão, deixando-o

paralelo ao solo.

8.3.9. Posição de Apresentar-arma, partindo do “Ombro-arma”

Idêntico à posição de Apresentar-arma partindo do “Sentido” (item 30.5).

Page 107: Manual Bastão Policial

106

8.3.10. Posição de Cruzar-arma, partindo do “Ombro-arma”

Idêntico à posição de Cruzar-arma partindo do “Sentido” (item 30.6).

8.3.11. Posição de Descansar-arma, partindo do “Ombro-arma”

Ao comando de “DESCANSAR-ARMA”, a mão esquerda baixará o bastão,

inclinando-o, de modo que a base de estocagem fique ligeiramente voltada para baixo

(aproximadamente 45º com relação à vertical). As pernas e o braço direito permanecerão

imóveis.

8.3.12. Posição de Descansar-arma, partindo do “Apresentar-arma”

Ao comando de “DESCANSAR-ARMA”:

Page 108: Manual Bastão Policial

107

Tempo 1 – a mão direita baterá com energia à coxa, como na posição de “Sentido”.

Tempo 2 – a mão esquerda baixará energicamente o bastão, deixando a base de

estocagem ligeiramente voltada para baixo (45º com a vertical).

8.3.13. Posição de Descansar-arma, partindo do “Cruzar-arma”

Ao comando de “DESCANSAR-ARMA”:

Tempo 1 – a mão esquerda soltará a empunhadura auxiliar inferior do bastão e segurará a

principal, com as costas da mão para a frente.

Tempo 2 – a mão direita soltará a empunhadura auxiliar superior do bastão e baterá

energicamente à coxa.

Tempo 3 – a mão esquerda baixará energicamente o bastão, deixando-o com uma inclinação

de 45º com relação à vertical.

8.3.14. Posição de Arma-na-mão

Page 109: Manual Bastão Policial

108

O comando de “ARMA-NA-MÃO, SEM CADÊNCIA” é dado com o praticante na

posição de “Sentido”:

Tempo 1 – a mão esquerda levantará energicamente o bastão,

de modo que fique na diagonal e a frente do corpo, com

a mão esquerda na altura do ombro direito. Simultaneamente, a

mão direita segurará na empunhadura auxiliar superior do

bastão, na altura do ombro direito, com as costas da mão para a

frente.

Tempo 2 – a mão esquerda soltará a empunhadura principal do bastão e passará a segurar a

parte mediana da empunhadura auxiliar inferior (logo abaixo da empunhadura principal),

imediatamente após um pequeno giro do bastão, realizado pela mão direita, posicionando a

empunhadura principal para frente.

Page 110: Manual Bastão Policial

109

Tempo 3 – a mão direita soltará a

empunhadura auxiliar superior do bastão e

baterá energicamente à coxa, como na posição

de “Sentido”. Simultaneamente, o braço

esquerdo cairá naturalmente ao lado do corpo,

com o bastão paralelo ao solo e a

empunhadura principal voltada para baixo.

Ao comando de “MARCHE”, o praticante romperá a marcha no passo “Sem cadência”.

Ao comando de “ALTO”, o praticante procederá de forma inversa, finalizando na

posição de “Descansar-arma”.

8.3.15. Posição de Ao Solo-arma

O comando de “AO SOLO-ARMA” será dado com o praticante na posição de

“Sentido”:

Page 111: Manual Bastão Policial

110

Tempo 1 – o praticante dará um passo em

frente com a perna direita e se abaixará,

ajoelhando com o joelho esquerdo e batendo

com a mão direita na coxa direita. O bastão

será colocado sobre o solo, com a base de

estocagem para frente, a de apoio para fora

(esquerda) e o ponto de intersecção da

empunhadura principal com as auxiliares na

altura do joelho esquerdo. Durante todo esse

movimento o praticante permanecerá olhando

para frente.

Tempo 2 – o praticante se levantará, voltando com a perna direita para trás, e adotará a

posição de “Sentido”.

8.3.16. Posição de Apanhar-arma

O comando de “APANHAR-ARMA” será dado com o praticante na posição de

“Sentido”:

Page 112: Manual Bastão Policial

111

Tempo 1 – o praticante ajoelhará como no Tempo 1 da posição “Ao Solo-arma” e segurará a

empunhadura principal do bastão, mantendo-o sobre o solo. O praticante permanece olhando

para frente.

Tempo 2 – o praticante se levantará, como no Tempo 2 da posição “Ao Solo-arma”, e adotará

a posição de “Sentido” com o bastão desembainhado.

8.9 VOLTAS E DESLOCAMENTOS

8.9.1. Rompimento da Marcha

O rompimento da marcha é realizado sempre com o pé esquerdo, partindo-se da posição

de “Sentido” e ao comando de “ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO-DE-ESTRADA

ou ACELERADO) MARCHE”.

Estando-se na posição de “Descansar”, ao ser dado o comando, tomar-se-á a posição de

“Sentido” e romper-se-á a marcha à voz de “MARCHE”.

Estando o bastão policial embainhado, nas voltas e deslocamentos, proceder-se-á como

se desarmado estivesse.

8.9.2. Passo Ordinário

Ao comando de “ORDINÁRIO, MARCHE”, romper-se-á a marcha e se manterá a

atitude marcial no deslocamento. Os pequenos deslocamentos serão realizados com o bastão

policial na posição de “Descansar-arma”, já os grandes deslocamentos, além da posição de

Page 113: Manual Bastão Policial

112

“Descansar-arma”, poderão ser realizados nas posições de “Ombro-arma” e de “Cruzar-

arma”.

Nesse passo, poderá ser comandado “MARCAR PASSO” no momento em que o

praticante assentar o pé esquerdo no solo, esse dará mais dois passos, um com o pé direito e

outro com o esquerdo, e permanecerá marchando no mesmo lugar, com o bastão policial

permanecendo na mesma posição em que estava sendo utilizado para o deslocamento.

Para prosseguir o deslocamento, será comandado “EM FRENTE” quando o pé esquerdo

assentar no solo, o praticante dará, ainda, um passo com o pé direito e romperá a marcha com

o esquerdo, prosseguindo o deslocamento.

8.9.3. Sem cadência

Ao comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE”, o bastão policial, desembainhado,

será conduzido na posição de “Arma na mão”.

8.9.4. Acelerado

Ao comando de “ACELERADO, MARCHE”, o bastão policial, desembainhado, será

conduzido na posição de “Cruzar-arma”.

8.9.5. Alto

Ao comando de “ALTO”, o policial militar voltará a posição de “Sentido”.

8.9.6. Voltas a pé firme

Para as voltas a pé firme, o policial militar poderá executá-las com o bastão policial nas

posições de “Descansar-arma (Sentido)”, “Ombro-arma” ou “Cruzar-arma”, se

desembainhado, e como se estivesse desarmado se o bastão policial estiver embainhado.

8.9.7. Voltas em marcha

Page 114: Manual Bastão Policial

113

Nas voltas em marcha, o bastão policial permanecerá na posição em que estiver sendo

utilizado nos deslocamentos.

8.9.8. Mudanças de posição em marcha

No passo ordinário o bastão policial poderá ser trocado de posição, dentre “Descansar-

arma”, “Ombro-arma” e “Cruzar-arma”, da mesma forma como se estivesse parado, sendo

que cada tempo será executado quando o pé esquerdo chocar-se com o solo.

8.9.9. Fora de forma

O comando de “FORA DE FORMA, MARCHE” será executado com o bastão na

posição de “Descansar-arma (Sentido)”.

9 CONCLUSÃO

Ao concluirmos este manual, esperamos ter apresentado a grande importância e a

diversidade de técnicas de emprego do bastão policial, enquanto arma não-letal de contato

direto, as quais, empregadas corretamente, maximizam a eficiência do policial militar no

desempenho de suas atividades diárias.

Procuramos confeccionar o manual com explicações simples, acompanhadas de

ilustrações, no sentido de facilitar o entendimento e a compreensão das técnicas.

Esperamos que cada policial militar procure se aprimorar cada vez mais no emprego do

bastão policial, tornando-se potencialmente apto para fazer frente à situações críticas durante

a atividade policial militar, sem necessidade de recorrer às armas de fogo.

Page 115: Manual Bastão Policial

114

Page 116: Manual Bastão Policial

115

REFERÊNCIAS

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Aguiar Kuoshu Association. 1ª Edição.

03. Bastão de Defesa Policial Militar – TONFA. Manual Policial Militar. Cuiabá, 3ª Seção

do Estado Maior Geral da PMMT, 1996. 1ª Edição.

04. C 20-20 – Manual de Campanha – Treinamento Físico Militar – Estado Maior do

Exército, 1990. 2ª Edição.

05. C 22-5 – Manual de Campanha – Ordem Unida – Estado Maior do Exército, 1ª Parte –

1980.

06. CORREA FILHO, Albano Augusto Pinto (Cap PMMG QOR). Manual de Ataque e

Defesa. (MP-6-1-PM). Belo Horizonte, Academia de Polícia Militar da PMMG, 1986.

1ª Edição.

07. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, 1986. 2ª Edição, revista e ampliada, 15ª Impressão. Rio de Janeiro – RJ –

Editora Nova Fronteira.

08. MAGNUM, Revista. Edição n.º 73 – Armas Não-Letais (pág. 28 a 34). São Paulo – SP,

abril / maio 2001. Editora Magnum Ltda.

Page 117: Manual Bastão Policial

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09. Manual de Ordem Unida com Bastão Perseguidor – BP-60, Polícia Militar do Estado do

Amazonas.

10. OSTERNACK, Gilson Macedo. Manual Básico do Bastão TONFA – B/PP20 e B/PP24

(Ostensivo e Velado) e B/PP07 (pequeno defensor).

11. ROVER, Cees de. Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças

Policiais e de Segurança. Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Genebra, 1998.

12. SANDES, Wilquerson Felizardo (Cap PMMT) & BARBOZA, Celso Henrique Souza

(Cap PMMT). Educação Física Policial Militar – Uma proposta de vida saudável.

Manual Policial Militar. Cuiabá, Diretoria de Ensino da PMMT, 1999. 1ª Edição.

13. SHIKANAI, Ichitami & COSTA, Alcino Lagares Côrtes (Maj PMMG). Manual técnico

de emprego de bastões policiais (MTP-11-6-PM). Belo Horizonte, Academia de Polícia

Militar da PMMG, 1987. 1ª Edição.

14. UNIMED. Primeiros Socorros - Medicina do trabalho. Sua empresa cumprindo a lei.

15. www.tonfa.com.br