tribuna policial #1

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Informativo mandato Sargento Regina | Volume 1 | Nº 1 | Setembro/2012 Segurança Pública tem representante na Câmara Fiscalizar o gestor público é fazer oposição responsável Sargento Regina narra sua luta pela categoria policial Sargento Regina combate toda forma de preconceito e injustiça Sargento Regina (PDT) agradece à categoria que a elegeu e afirma que ja- mais abandonou a tropa. Conheça a trajetória po- lítica desta guerreira e saiba o que ela fez, está fazendo e o que ainda pode fazer pela segurança pública potiguar. [ Pág. 5 ] Sargento Regina criou CEI dos Contratos para apurar denúncias de corrupção na prefeitura, que desencadeou o movimen- to “Fora Micarla” e a Operação Assepsia. [ Pág. 4 ] Nesta entrevista Sargento Regina narra sua luta na presidência da Associação de Sub- tenentes e Sargentos da PM e mostra como a união levou a categoria à vitória. Fala das injustiças sofridas e das dificuldades que enfrenta como vereadora de oposição. [ Pág. 6 ] Vítima ela própria de descriminação, preconceitos e injustiças desde a infância, Sargen- to Regina é intransigente no combate a qualquer forma de violação dos Direitos Hu- manos. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Natal, ela criou, em agosto de 2009, a Frente Parlamentar de Combate ao Preconceito e a Discriminação (projeto 374/09). [ Pág. 2 ] Sargento Regina, na Associação, resgatou o respeito e a dignidade da categoria militar [ Pág. 8 ] ENTREVISTA DIREITOS HUMANOS CEI DOS CONTRATOS Mulheres reconhecem ações da Sargento Regina por elas [ Pág. 9 ] AÇÃO FEMININA Educação pública de qualidade é prioridade [ Pág. 3 ] EDUCAÇÃO Vereadora exige respeito para com a saúde do povo [ Pág. 3 ] SAÚDE

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Jornal informativo do mandato da vereadora Sargento Regina, lançado durante a campanha para reeleição de 2012 em Natal.

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Page 1: Tribuna Policial #1

Tribuna PolicialInformativo mandato Sargento Regina | Volume 1 | Nº 1 | Setembro/2012

Segurança Pública tem representante na Câmara

Fiscalizar o gestor público é fazer oposição responsável

Sargento Regina narra sua luta pela categoria policial

Sargento Regina combate toda forma de preconceito e injustiça

Sargento Regina (PDT) agradece à categoria que a elegeu e afirma que ja-mais abandonou a tropa. Conheça a trajetória po-lítica desta guerreira e saiba o que ela fez, está fazendo e o que ainda pode fazer pela segurança pública potiguar.

[ Pág. 5 ]

Sargento Regina criou CEI dos Contratos para apurar denúncias de corrupção na prefeitura, que desencadeou o movimen-to “Fora Micarla” e a Operação Assepsia.

[ Pág. 4 ]

Nesta entrevista Sargento Regina narra sua luta na presidência da Associação de Sub-tenentes e Sargentos da PM e mostra como a união levou a categoria à vitória. Fala das injustiças sofridas e das dificuldades que enfrenta como vereadora de oposição.

[ Pág. 6 ]

Vítima ela própria de descriminação, preconceitos e injustiças desde a infância, Sargen-to Regina é intransigente no combate a qualquer forma de violação dos Direitos Hu-manos. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Natal, ela criou, em agosto de 2009, a Frente Parlamentar de Combate ao Preconceito e a Discriminação (projeto 374/09).

[ Pág. 2 ]

Sargento Regina, na Associação, resgatou o respeito e a dignidade da categoria militar

[ Pág. 8 ]

EntrEvista

DirEitos Humanos

CEi Dos Contratos

Mulheres reconhecem ações da Sargento Regina por elas

[ Pág. 9 ]

ação FEminina

Educação pública de qualidade é prioridade

[ Pág. 3 ]

EDuCação

Vereadora exige respeito para com a saúde do povo

[ Pág. 3 ]

saúDE

Page 2: Tribuna Policial #1

Tribuna PolicialPág. 2 | Setembro/2012

DirEitos Humanos

Sargento Regina combate toda forma de preconceito e injustiça

ítima ela própria de descriminação, preconceitos e injustiças desde a infância, Sargento Regina é intransigente no combate a qualquer forma de violação dos Direitos Humanos.

Como presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Natal, ela criou, em agosto de 2009, a Frente Parlamentar de Combate ao Preconceito e a Discriminação (pro-jeto 374/09).

V

Goretti Gomes, Presidente do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes (GAMI) e secretária da Frente Parlamentar de Combate ao Preconceito e a Discriminação, considera a Frente, a maior fonte de denúncias e proposições desses movimentos. Lembra que a Frente começou com apenas 4 organismos e, hoje, apesar de contar com cerca de 29, ainda encon-tra dificuldades.

Goretti enfatiza que o movimento de mulheres considera a Frente Parlamentar um espaço impor-tante de monitoramento e controle social das polí-ticas públicas de Natal. Para comprovar isto, cita a criação da Secretaria Municipal da Mulher, o Dia

Municipal da Visibilidade Lésbica de Natal, o Dia de combate a Homofobia, o Dia da Visibilidade das Tra-vestis e o Dia da Visibilidade Afro Ameríndia, entre outros. “Não podemos falar de resultados sem citar as grandes conquistas”, frisa.

“O que temos percebido é que falta vontade política da prefeita de Natal. É necessário priorizar ações plane-jadas pela Secretaria, pelo Conselho Municipal da Mu-lher, e as realizadas pelos movimentos femininos que não recebem apoio do Município e tampouco reconhe-cimento. Temos que continuar cobrando a autonomia da Semul para que possa, através das ações, transformar a vida das mulheres da nossa cidade.” , concluiu Goretti.

Ações ParlamentaresComo presidente da Comissão de Direitos Hu-manos, a Sargento Regina (PDT) apresentou ain-da os seguintes projetos de lei:

• 029/2010, que regulamenta a atividade de guar-dador e lavador autônomo de veículos automo-tores, em reconhecimento ao trabalho dos fla-nelinhas, tão importante no cotidiano da cidade;

• 215/2009, que disciplina o acesso de obesos e gestantes em transportes coletivos sem a obri-gatoriedade de passar pela roleta;

• 162/201, que cria a Comissão Especial da Ver-dade, para investigar abusos contra os direitos humanos durante a ditadura, em Natal.

12º Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, em Brasília

Expediente:

Informativo do Mandato da Vereadora Sargento ReginaVolume 1 | Nº 1 | Setembro/2012CNPJ da candidatura: 16.237.905/0001-10

Editor: Emanoel Amaral - DRT/RN 313

Jornalista Responsável: Andréa Pinho MTB/RN - 1734

Revisão: Paulo César Alves MTB/RN - 275

Projeto Gráfico: Alessandro Amaral

Fotografias: Acervo Assessoria Sargento Regina

Impressão: Matropolitano Gráfica - CNPJ: 07.379.516/0001-38

Tiragem: 20.000 exemplares

Emails para contatos: [email protected] / [email protected]: @regina12192 | Facebook: /regina12192Blog: sargentoregina.blogspot.com | regina12192.blogspot.com

“Não podemos falar de

resultados sem citar as

grandes conquistas”

Page 3: Tribuna Policial #1

Tribuna PolicialSetembro/2012 | Pág. 3

EDuCação

saúDE

Educação pública de qualidade é prioridade

Vereadora exige respeito para com a saúde do povo

Educação sempre foi priorida-de nº um para o PDT, partido

da Sargento Regina. Ela se orgulha de ter participado da votação que construiu a carreira dos Educadores Infantis, no início do seu mandato.

Como fiscal vigilante e cuidadosa dos serviços públicos oferecidos à população, a vereadora Sargento Re-gina visitou todos os Postos de Saúde da cidade para conhecer as questões estruturais das Unidades. Viu as pés-

ASargento Regina conversa com educadoras do CMEI

Visita à Unidade de Pronto Atendimento Infantil Drª Sandra Celeste

Dentre diversas atividades, o seu mandato fiscalizou todas as escolas da rede pública municipal e esteve presente em momentos decisivos lutando por uma Educação Pública de qualidade.

simas condições de trabalho ofereci-das aos profissionais e a inexistência de medicamentos e insumos. E o mais grave, constatou a falta de assis-tência à população, principalmente aos mais necessitados.

Ações ParlamentaresComo vice-presidente da Comissão de Educa-ção e preocupada com o bem estar dos profis-sionais da área, a vereadora criou os seguintes projetos:

Ações ParlamentaresCom voz firme, subiu à tribuna da Câmara Mu-nicipal para relatar o que viu. Exigiu do Exe-cutivo Municipal respeito para com a saúde dos natalenses, além de condições de trabalho dignas e melhores salários para os profissionais

• PL Nº 238/2010: “autoriza a Secretaria Mu-nicipal de Educação (SME) a treinar alunos, em parceria com o Corpo de Bombeiros, para criação de Brigadas de Incêndio em toda rede pública municipal de ensino”.

de Urgência - SAMU.

• PL nº 004/2012: que obriga contratações de Terapeutas Ocupacionais nas instituições de longa permanência, destinadas aos idosos do município de Natal.

• Projeto de Decreto Legislativo 240/2010: “autoriza o Executivo Municipal a instituir um Centro de Reabilitação dos profissionais de Educação da Rede Municipal de Ensino, para tratamento de doenças profissionais”;

da área. Apoiou as reivindicações da categoria e propôs projetos, entre os quais: • PL nº 148/2011: que dispõe sobre aplicação

de multas para os praticantes de trote telefô-nico contra o Serviço de Assistência Médica

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Tribuna PolicialPág. 4 | Setembro/2012

CEi Dos Contratos mantaDo ParlamEntar

Fiscalizar o gestor público é fazer oposição responsável

Trabalhadora incansável pelo bem público

Sargento Regina vem cumprindo com responsabilidade seu papel de

fiscal atuante da gestão pública, como aconteceu no caso da Comissão Especial de Investigação – CEI dos Contratos, criada por sua iniciativa.

Trabalhadora incansável e sempre atenta à demandas das comu-nidades, a vereadora Sargento Regina levou à Câmara Municipal importantes discussões de interesse popular. Autora de 33 Audi-ências Públicas, ela debateu junto com a sociedade civil importan-tes temas para a cidade de Natal.

A

Sargento Regina entrega seus encaminhamentos da CEI à Procuradora da República e Coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção, Caroline Maciel da Costa, no Ministério Público Federal

Sargento Regina e o Movimento Fora Micarla foram importantes para a instalação da CEI dos Contratos

Ela revela que, em abril de 2009, detectou que o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Município (SEMDES), à época, Dr. Sérgio Le-ocádio, não comprava nada. Alugava tudo. O que mais chamava atenção eram as inúmeras contrata-ções com dispensa de licitação. “Examinei cuida-dosamente todos os contratos de aluguéis realiza-dos pela prefeitura e fiquei desconfiada.” lembra.

Sargento Regina tentou repetidamente, sem sucesso, instaurar na Câmara Municipal, uma CEI, para analisar os contratos suspeitos. Deste-mida e perseverante, não se calou, até que a sua voz surtiu efeito na opinião pública. Estudantes universitários acamparam no pátio interno da CM, em defesa da sociedade, exigindo transpa-rência nas contas municipais. Graças a persis-tência da Sargento Regina, à pressão popular e a mídia, foi criada a CEI dos Contratos.

No dia 7 de março de 2012, em Sessão Ordi-nária na Câmara Municipal, 17 vereadores apro-varam o relatório, elaborado pelo vereador Bispo Francisco de Assis (PSB), que tinha dentre outras recomendações o seu envio ao Ministério Públi-

co/RN. Sargento Regina votou contrariamente, por entender que o relatório não apontava os cul-pados e os ilícitos praticados, todos identificados pelo trabalho investigativo da CEI. Sendo assim, fez um relatório paralelo e encaminhou aos Mi-nistérios Público Estadual e Federal, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao Tribunal de Con-tas da União (TCU), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Movimento Marcco.

“Nos debruçamos diante daquilo que tínha-mos conhecimento. Detectamos pagamentos de aluguéis de casas que estavam fechadas. Vimos casas deterioradas, cujos aluguéis não estavam sendo pagos, dando prejuízo aos proprietários. Descobrimos prédios, para abrigar programas sociais da prefeitura, sem condições estruturais. Constatamos pagamentos aviltantes a jornalis-tas, blogueiros e folhetins de bairro, além de outras irregularidades que pudemos apurar. Foi essa a nossa intenção ao propor a CEI. Mostrar à sociedade natalense o que estava acontecendo na prefeitura de Natal e que era necessário ser investigado o mais rápido possível”, afirmou a vereadora Sargento Regina.

Ações Parlamentares Sem medo de abordar qualquer assunto, Sargento Regina discu-tiu e diagnosticou os mais diversos problemas, dentre os quais:

• Pensar uma Natal Com a Melhor Idade;

• Uma Melhor Saúde para a Polícia Militar;

• O Sistema Prisional no Município do Natal;

• A criminalidade no município de Natal;

• O esporte como Ferramenta na Saúde Preventiva;

• Criação de um Plano Anual de Políticas para as Mulheres den-tro da PPA;

• Os “Problemas nos Estacionamentos Públicos na Cidade e a Regulamentação da Cooperativa dos Operadores dos Estacio-namentos Públicos”;

• O Retrato da Segurança Pública no Município de Natal;

• O Enfrentamento à Feminização da AIDS no Município de Na-tal;

• Assuntos sobre o Corpo de Bombeiro Militar Frente a Copa Mundial de 2014;

• A revitalização do Rio Doce.

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Tribuna PolicialSetembro/2012 | Pág. 5

sEgurança PúbliCa

Sargento Regina é grata à categoria que a elegeuom 19 anos de experiência na Polícia Militar, a Sargento Regina (PDT) se

considera mais sargento que vereadora e diz ter enorme gratidão à categoria que a elegeu com 5. 498 votos. “Ao contrário do que alguns dizem, jamais abandonei a tropa. Todos conhecem a minha histó-ria. Desde o dia que entrei na corpora-ção, nunca aceitei injustiça contra mim

C

Mesmo sem poder legislar em defesa dos PMs, pois isso é prerrogativa da Assembléia Legislativa Es-tadual, a Sargento Regina vem usando a tribuna da Câmara Municipal para denunciar abusos e injusti-ças contra a sua classe. Através de uma Emenda, por exemplo, ela propôs a criação da Secretaria Muni-cipal de Defesa Social e Direitos do Cidadão (SEM-DES); da Academia de Formação e Aperfeiçoamento de Operadores de Segurança Municipal e da Corre-gedoria e Ouvidoria da Guarda Municipal, dentre outros.

Representante dos policiais e bombeiros reconhece a luta da Sargento Regina em benefício da categoria

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sar-gentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM/RN), Sargento Eliabe Marques, reconhece o trabalho da Sargento Regina em bene-fício da sua categoria. Para ele, a Sargento Regina tem superado limitações e, constantemente, levado as demandas dos policiais e bombeiros militares, para serem discutidas no parlamento municipal. Segundo Eliabe isso tem surtido efeito, pois já foram realiza-das mais de 14 audiências públicas com temas impor-tantes, como: a situação de saúde física, psicológica e de trabalho dos PMs e BMs; as instalações nos pre-sídios e a condições oferecidas aos profissionais que neles trabalham; a situação do hospital da PM; dentre outros.

“A sargento Regina também tem mantido o canal do diálogo com os policiais e bom-beiros, através de visitas às unidades militares, con-tribuindo na realização de eventos da categoria. Vale ressaltar, que o histórico da vereadora Sargento Regi-na é de muita luta em defesa dos policiais e bombei-ros militares do RN” lembra Eliabe.

“Temos a certeza que a modernização da nossa legislação, que é anterior à Constituição Federal, também proporcionará valorização profissional. Só assim poderemos ser uma categoria mais satisfeita e motivada. Discutir segurança pública e envolver a sociedade civil organizada nessa discussão é uma ne-

ou qualquer um dos meus companheiros. Lideramos conquistas que beneficiaram a todos, por isso fomos perseguidos e injus-tiçados pelo comando da PM. Mas, o que dói mais é quando a injustiça vem daqueles que a gente julgava ser nossos amigos e que hoje nos detratam.” recorda, acrescentan-do que, apesar disso, continua trabalhando pela área de segurança.

Audiência Pública sobre a Guarda Municipal

cessidade, pois a violência está crescendo a cada dia e devemos encontrar uma solução antes que seja tarde demais.” afirma Eliabe Marques.

Eliabe diz que os programas de investimentos priorizam aquisição de armas, viaturas e munições, esquecendo-se que o maior patrimônio da seguran-ça pública é o ser humano: homens e mulheres que integram a polícia militar e o Corpo de bombeiros. As principais demandas para satisfazer a categoria, segundo ele são: reforma do Estatuto que data de 1969; o plano de carreira dos praças; o Código de Ética para substituir o atual RDPM de 1982 e a regu-lamentação da carga horária.

Para Eliabe a categoria avançou nos últimos 10 anos, fruto de muita luta e sacrifício de todos. Reco-nhece que a Sargento Regina participou ativamente das mobilizações em defesa da valorização profissio-nal. “A última conquista dos militares estaduais foi o subsídio – salário (Lei complementar nº 463, de 3/1/2012), em vigor desde 1º de julho de 2012. Tal-vez, ainda não tenhamos a dimensão do que repre-senta essa conquista” diz e exemplifica:

“A remuneração por subsídio acaba com a redu-ção salarial dos que ingressam na reserva e garante o mesmo tratamento entre ativos, reservas e pensio-nistas. Respeita o princípio da hierarquia e do esca-lonamento vertical. Garante a revisão anual (art. 37, inciso X da CF) e define os valores salariais, com base nos índices definidos a partir das graduações, dentre outras vantagens” concluiu Eliabe.

“O histórico da

vereadora Sargento

Regina é de muita

luta em defesa

dos policiais

e bombeiros

militares do RN”

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Tribuna PolicialPág. 6 | Setembro/2012

EntrEvista

Sargento Regina revela detalhes da sua luta pela Polícia Militar do RN

Como se iniciou a sua atuação no movi-mento sindical da PM?A nossa participação no Movimento Sindical deu-se a partir do início de 2003. Como vice–presidente da Associação dos Subtenentes e Sar-gentos da Polícia Militar E Bombeiros Militares - ASSPMBM/RN - percebíamos o desrespeito das autoridades políticas com a categoria. Tínhamos de amadurecer um projeto político. O nome da vez era o do Sargento Siqueira, expulso da PM no governo Garibaldi, Por ter veiculado na im-prensa uma nota com o titulo “Patrão Ruim a gente demite”. A categoria estava ansiosa e do-minada pelo medo de fazer uma paralisação, pois o resultado da última (92) tinha sido desastroso.

Analisávamos o limite da categoria e perce-bíamos a cada dia, que os maiores penalizados eram os cidadãos, atendidos por um Policial es-tressado, sem condições de trabalho, ganhando mal e sem perspectiva de ascensão profissional. Começamos a criar nossas células ideológicas. Acreditávamos que somente assim poderíamos expandir a idéia de lutar pelos nossos direitos. O momento era difícil. Além dos nossos proble-mas, ainda tínhamos perdido a gratuidade nos transportes coletivos e precisávamos adquirir um reajuste, pois nossos salários estavam con-gelados há anos. Nada sensibilizava o Coman-dante Coronel Balbino. A simples possibilidade de uma paralisação, já fazia com que ele fizesse ameaças à categoria.

Algumas unidades estavam firmes, outras não. Precisávamos de tempo, o que não era pos-sível, diante da situação. Foi quando, em uma as-sembléia da categoria, realizada na ASSPMBM/RN, - a primeira unificada acontecida na Policia Militar - reunimos todos os praças interessados em resolver as nossas questões. Levamos e man-tivemos na assembléia, do inicio ao fim, cerca de 1.500 Pms. Na mesma hora, na cidade de Mos-

soró, também estava sendo realizada uma assem-bléia com a mesma finalidade. Com a paralisação feita na Capital, não restou ao interior do Estado outra alternativa, a não ser seguir as nossas reco-mendações, de também paralisar as atividades. Fizeram isso em forma de assembléias, sem ar-mas, todos fardados.

Iniciamos com 1.000 pms da Capital parados e cerca de 250 homens na cidade de Mossoró. Aos poucos, as adesões foram acontecendo. Os companheiros do Alto Oeste não paralisaram as atividades, mas não foram reforçar o policia-mento em Mossoró. Os do Seridó e das outras regiões, só em parte aderiram à greve. Assim, estava feita a primeira paralisação organizada, planejada, e executada de forma ordeira, pací-fica, e extremamente determinada. Na pauta, pedíamos um reajuste em torno de 21%, o Au-xilio Transporte e mais algumas reivindicações. Finalizávamos o texto pedindo anistia, pois nada de errado havíamos feito, a não ser gritar por socorro, para uma tropa disciplinada, que exe-cutava todas as ordens com zelo e que não estava sendo valorizada. Diante de um quadro desses, conseguimos mais adesão ao movimento, crian-do força e resistência. Recebemos apoio do Sar-gento Denis, à época, Deputado Estadual da Pa-raíba e, até da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que durante anos foi atacada pela PM em todo Brasil. Foi um momento ímpar, quando recebemos em nossa assembléia, Santino, à épo-ca, presidente da CUT - RN.

Ao chegar à Câmara Municipal de Natal, quais as dificuldades enfrentadas?Quando chegamos à Câmara Municipal, nos-so compromisso com a categoria era agir sem-pre com lealdade, defendendo seus interesses e ampliar nosso espaço político na perspectiva de chegar a uma cadeira na Assembléia Legisla-

tiva. Muitos se levantaram contra nós no meio do caminho. Pessoas que vinham ao nosso lado, mas que não tiveram a paciência de esperar a sua vez. Foram ambiciosas a ponto de vender a sua moral, a sua honra e a sua consciência. Lutamos contra tudo e contra todos que se levantaram contra nosso projeto político. Poucos perma-neceram firmes ao nosso lado. Conseguíamos contá-los nos dedos. Alguns se renderam às be-nesses, muito mais do que pudéssemos imaginar. Outros resolveram ser rebeldes sem causa, bus-cando deturpar nossas intenções e tramar contra nossos objetivos políticos. Tornaram-se, invo-luntariamente, inimigos de nossos ideais.

Resumimos nossa história de lutas na Câma-ra Municipal, buscando Respeito, Cidadania e Dignidade para todos, independentemente de gênero, preferência sexual, cor ou religião. Tra-balhamos para tornar Natal mais habitável e o seu povo auto-sustentável, sem que precise das migalhas do executivo. Fiscalizamos os recursos empregados e pedimos explicações da forma como eram aplicados. Fomos opositores de uma gestão cuja credibilidade nunca referendamos. Mantivemos nossa coerência, mesmo diante do assédio natural do Executivo. Sempre agimos com responsabilidade e compromisso. Aprova-mos projetos que entendíamos ser importantes para Natal e desaprovamos os que acreditávamos ser desfavoráveis.

Marcha em prol da aprovação da PEC-300

“Como vice–

presidente da

ASSPMBM/RN

percebíamos o

desrespeito das

autoridades

políticas com a

categoria”

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Tribuna PolicialSetembro/2012 | Pág. 7

Quais as dificuldades em fazer parte da bancada de oposição?Existem momentos em que fica totalmente difí-cil trabalhar. Você não é recebido pelos secretá-rios. Seus pedidos não são atendidos. Suas reivin-dicações e requerimentos, aprovados na CMN, ficam literalmente nas gavetas. Seus projetos e emendas favoráveis à Cidade são vetados e você não consegue trabalhar com tranquilidade para melhorar a vida dos seus concidadãos.

O que lhe motivou a candidatar-se a De-putada Estadual e quais os problemas en-frentados?Imagine uma mulher que chega à CMN, sem qualquer aliança política, sem dever a qualquer político do Estado e sem dever a empresários! Pensou? Essa foi a Sargento Regina. Eleita com 5. 498 votos conquistados de graça, pela cidade do Natal. Uma candidata referendada pela categoria da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado, onde inúmeros trabalharam sem ônus para eleger sua representante. Perigosa? Imagine aí!

Pois bem, essa mesma mulher ia chegar à As-sembléia Legislativa, sem amarras e sem qual-quer dívida política. Lógico! Seria uma dor de cabeça tremenda para muita gente de poder em nosso Estado. Infelizmente, a ambição de alguns colegas deu aos nossos adversários a oportunida-de que desejavam para desequilibrar uma vitória já anunciada, por todos que fazem a política em nosso Estado. E, com a mesma velocidade que chegamos ao mais alto patamar de visibilidade, vimos, do dia para a noite, as portas se fecharem,

sob a ameaça de até mesmo perder o mandato, por puro egoísmo e ambição de pessoas peque-nas. Lutar contra tudo isso foi muito mais difícil do que enfrentar as oligarquias do RN e daqueles que são abastados.

Mesmo com todos os ataques, nos sentimos vitoriosos, pois, ao final de tudo, ainda conquis-tamos 18.889 votos em todo o Estado. Aumen-tamos nossa votação na Capital e fomos para o corpo a corpo com nossos opositores, que em momento algum conseguiram nos tirar da mili-tância das ruas.

Quais são os seus objetivos políticos hoje?Nossos objetivos políticos continuam os mes-mos. Acreditamos na força de nossa categoria e achamos que amadurecemos muito politicamen-te depois da campanha para Deputado Estadu-al. A maior prova disso é que estamos hoje com candidaturas postas em quase todos os municí-pios do RN.

Observamos que as entidades representativas também cresceram com tudo o que aconteceu. Hoje, sabem perfeitamente que nem sempre os fins justificam os meios e que a nossa construção é lenta, não pode ser atropelada.

Em cada atropelamento perdemos muito e ficamos à margem do cenário político. Colar os cacos mais uma vez foi uma tarefa difícil. Mas, para alguém que lutou contra “os poderosos” do sistema, não recuamos e fortalecemos o dese-jo de ampliar nossas bases políticas, o que deve acontecer em todo RN nessas eleições.

Companheiros comprometidos com a causa, que desejam mudanças na segurança pública, ha-bilitaram seus nomes e foram referendados pela categoria. Dessa forma, chegaremos ao nosso objetivo. Mas, apenas com União e Força. E isso, a própria categoria sabe diferenciar. Estamos sempre à disposição para a luta. Mas, pelo histó-rico que temos, não podemos estar à mercê da vontade de outros, para que isso se concretize.

E o seu retorno para a PM é um sonho ou você acredita nisso?O nosso retorno à Corporação é uma questão de tempo. Acreditamos muito nisso, porque já pro-

vamos a nossa inocência. Não acreditamos que Ministro algum condene uma pessoa inocente. Ganhamos no Tribunal de Justiça do RN e iremos ganhar também no Supremo Tribunal de Justiça. Afinal, trata-se do nosso emprego. Quando fo-mos expulsa (12 de setembro de 2007—dia do meu aniversário), tínhamos 19 anos de policia, de serviços prestados à sociedade e à própria corporação de modo geral. Não apenas, através dos movimentos, mas nas operações e ações po-liciais executadas ao longo dos anos. Temos fé em Deus que esse dia está próximo!

O que pensa dos inúmeros candidatos a vereador que estão se habilitando na corporação?Penso que são candidaturas legítimas, como mui-tas outras que já apareceram ao longo do tempo. Mas creio que o PM e BM sabe perfeitamente separar o que é uma candidatura de um projeto político coletivo e às candidaturas personalistas, vaidosas, impostas, que já aconteceram no pas-sado e não foram à frente. Infelizmente, não se chega a lugar nenhum com divisão.

O que parece ser fácil torna-se muito mais difícil com a divisão e com as manobras, muitas vezes criminosa. O direito de disputar é legíti-mo, mas, devemos disputar com honestidade, seriedade, projetos e trabalho. Sem isso, torna--se improdutiva qualquer candidatura. Gosta-ríamos de encerrar nossa opinião dizendo a se-guinte frase: “Todo mundo quer ser, mas poucos querem pagar o preço”.

Entrevista ao Programa O Poder, da TV União

Audiência sobre Segurança Pública

“O direito

de disputar

é legítimo.

Mas, devemos

disputar com

honestidade,

seriedade,

projetos e

trabalho”

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Tribuna PolicialPág. 8 | Setembro/2012

Reunião com barraqueiros

Visita as obras do Posto de Saúde do Guarapes

Visita as obras do Posto de Saúde do Guarapes

Visita a 12ª delegacia de polícia

Visita à comunidade do Canto do Mangue

Visita à comunidade do Salgado

Visita à comunidade do Salgado

Visita à comunidade do Passo da Pátria

ação Comunitária

Qual é o trabalho do vereador?Sargento Regina resgatoua dignidade da polícia militar

m representante do povo para desempenhar bem suas funções, deve estar antenado com o que ocorre no seio da população. Por essa ra-

zão, Sargento Regina fiscaliza pessoalmente os atos do gestor público.Como presidente da Associação dos subtenentes e Sargentos da Polícia Militar, a Sargento Regina conquistou a dignidade da tropa. Quando ela assumiu seu mandato encontrou a associação praticamente falida. O prédio do Clube Tiradentes estava entregue ao abandono, Existiam muitas dívidas e questões judiciais. Com dinamismo e competência, contando apenas com dinheiro das mensalidades dos associados, em pouco tempo ela reformou completamente o prédio da sede, trans-formando um sonho em realidade.

U

Graças a sua persistência e garra, a entidade implantou um departamen-to jurídico que realmente funcionava nas três esferas: cível, administrativa e criminal. Os sócios passaram a contar com uma liderança atuante e se uniram a ela na luta por melhores condições de trabalho e salário justo para a categoria.

Valorização da família dos associadosRegina valorizou os sócios e suas famílias dentro da entidade. No plano social, eles passaram a ter assistência médica odon-tológica e a participarem de inúmeros eventos de confraternização e lazer.

Aguerrida e destemida, Sargento Re-gina representou a entidade muito bem, dentro e fora do estado. Foi a primeira mulher a dirigir uma entidade militar e a primeira presidente da entidade a ter seu mandato prorrogado por mais um ano por seus associados.

Conquistas em benefício da catego-ria dos policiais• 2003 – 31% de aumento nos salários

dos policiais militares;• 2005 – Equiparação do risco de vida

de R$ 89 para R$ 320;• 2006 – Acordo firmado com o go-

verno para pagamento das gratifica-ções de auxílio-moradia, auxílio far-damento e gratificação de função;

• 2008 – Aprovação da Anistia para os policiais acusados de deserção e re-alização de audiência pública com a Comissão de Segurança Pública e de Combate ao Crime Organizado.

Sargento Regina denuncia corrupção na PM e é expulsa da tropaAlém de ter lutado em benefício da sua categoria, Sargento Regina teve a coragem de denunciar desvios de ver-bas públicas dentro da Polícia Militar, mostrando o descaso das autoridades para com a tropa. Por isso, sofreu inú-meras injustiças. Foi perseguida, presa, ameaçada e sofreu atentados contra a sua vida. Nada disso a intimidou. Con-tinuou firme e fiel aos seus ideais, até ser excluída da Polícia Militar, após ter prestado 17 anos de bons serviços. O processo que move para voltar aos qua-dros da corporação ganhou em todas em instâncias e se encontra atualmente no Supremo Tribunal de Justiça.

O Comando da PM, sob a acusação de indisciplina, mandou prender mais de 1500 soldados e expulsou vários da corporação. Graças à garra e persis-tência da Sargento Regina, que viajou à Brasília para buscar justiça a nível federal, a maioria já retornou à tropa, beneficiados pela anistia.

Page 9: Tribuna Policial #1

Tribuna PolicialSetembro/2012 | Pág. 9

Ação FemininA

Bandeira de Luta

riar Políticas Públicas para as mulheres é uma das bandeiras de luta da Sargento Regina. Nesse sentido, ela procurou criar um

projeto onde essas políticas tivessem garantias da estrutura organi-zacional e dotação orçamentária própria. Para embasar o projeto, viajou a Londrina (PR), onde conheceu a primeira Secretaria Muni-cipal da Mulher criada no Brasil, em abril de 2009. Dessa iniciativa e após muitas reuniões e audiências públicas com os movimentos femininos organizados, e com emendas à Reforma Administrativa de 2009, a Sargento Regina conseguiu criar a Secretaria da Mulher em Natal.

C

A integrante do Fórum de Mulhe-res e Coletivo Leila Diniz, Ana Cláu-dia Mendes, fala da importância da criação da SEMUL e das dificuldades.

A Secretaria da Mulher – SEMUL tem como propósito desenvolver pla-nos e programas visando o enfrenta-mento das desigualdades e a defesa

Como presidente da Frente Parlamentar Municipal de Esporte, Cultura e Lazer, Sargento Regina tem lu-tado incansavelmente pela construção de praças, qua-dras e pelos esportistas da cidade, como os skatistas carentes de espaço próprio. “Natal é a única capital que não tem uma pista própria para os 10 mil praticantes dessa modalidade de esporte.

Na maioria dos bairros de Natal faltam quadras, pistas de skate bicicross, dentre outros espaços para a prática de atividades físicas. Para atender essa deman-da, a Sargento Regina criou o Conselho Municipal do Esporte – CME (Projeto de Lei nº 88/2011c). Propôs ainda garantia de auxílio orçamental para a criação do Largo de Iemanjá, que mesmo com os recursos garan-tidos não foi efetivado pela prefeitura.

Na área de esporte, cultura e lazer, a vereadora do PDT apresentou e aprovou os seguintes projetos: • PL 256/2009, que cria o Fundo Municipal do Espor-

te e o PL 358/2009 para promover o esporte, como o programa “Adote um atleta, forme um cidadão”, de apoio aos desportistas do município de Natal. Apesar destes dois projetos terem sido aprovados pela Câmara foram vetados pela Prefeita Micarla.

• Final dos Jogos de Basquete de Rua no bairro Santa Catarina

• Reunião da Frente Parlamentar de Esporte, Cultura e Lazer

• Audiência Pública sobre a cria-ção do Largo do Samba

• Skatistas na reunião da Frente Parlamentar de Esporte, Cultu-ra e Lazer

dos direitos das mulheres. Objetiva também a articulação com setores da sociedade civil e órgãos públicos e privados, incorporando a transversa-lidade de gênero nas políticas públicas estaduais e municipais.

O que acompanhamos, apesar do esforço das conselheiras da sociedade civil no Conselho da Mulher de mo-

Audiência Pública para debater a criação da Secretaria da Mulher

Reunião da Frente Parlamentar de Esporte, Cultura e Lazer

Skatistas na reunião da Frente Parlamentar de Esporte, Cultura e Lazer

Por iniciativa da Sargento Regina, a Câmara Municipal de Natal aderiu ao Outubro Rosa

Ações ParlamentaresPara o público feminino, a Sargento Regina, além da criação da Secretaria da Mulher, garantiu para o Con-selho Municipal dos Direitos da Mulher, verba de R$ 300 mil, através de emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA). A Prefeitura, no entanto, posteriormente, re-duziu este valor para R$ 150 mil.

• Propôs projeto que Dispõe sobre a concessão de va-gas para as mulheres nas empresas contratadas pelo Município (PL 081/2011);

• É autora do projeto que disciplina o acesso de pes-soas obesas e de gestantes, em transportes coletivos, sem a obrigatoriedade de passar pela roleta. (PL 215 /2009) oferecendo conforto e dignidade à população.

EsPortE, Cultura E lazEr

Atividades pelo bem da saúde

nitorar, é uma total irresponsabilidade administrativa no uso do recurso pú-blico. Uma visão utilitária da SEMUL como aparato político e não como es-trutura de uma demanda social, nesse caso as mulheres do município.

O fato de ser uma mulher a admi-nistrar o Estado e outra a Prefeitura não nos garante avanços nas políticas públicas para as mulheres. O fato de serem mulheres, não representa se-rem sensíveis ou comprometidas com as questões de gênero.

Temos duas representantes mulheres em nosso estado sensíveis aos interesses patrimonialistas , monetários e privados de sua classe: a elite do RN. Estar na ges-tão pública para elas é manter o status quo da política moralista que há muitos anos acompanhamos.

A demanda das mulheres para as tais representantes são “estratégias políticas” de sensibilização para as menos favorecidas. Estamos às vés-peras de novas eleições e temos que ter memória para saber e alterar as estruturas da política nesse Estado e no município. A Cidade não poderia estar pior e nós mulheres menos pro-tegidas.

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Palavra abErta

ota, como é mais conhecido, en-trou na polícia em 2001 e de lá

para cá participou de praticamente todos os movimentos reivindicató-rios da categoria. Em conseqüência disso, sofreu inúmeras represálias: prisões, atentados e expulsão da PM. Posteriormente, foi reintegrado por decisão judicial.

J

O que um vereador pode fazer pela categoria policial? Mais de uma dezena de candidatos a vere-ador, nas eleições deste ano, garantem ter apoio dos profissionais da área de seguran-ça. Para conseguir o voto dos policiais, al-guns, em vez de mostrarem ações e propos-tas, preferem acusar a Sargento Regina de não estar trabalhando pelo segmento que a elegeu e de ter se afastado da tropa. Para falar a sobre este assunto, a Tribuna Policial convidou o soldado Jackson Lima, o Jota,

um dos militantes mais conhecidos e res-peitados dentro da PM, pela sua história de lutas em benefício da categoria.

“Sargento Regina não abandonou a tropa”Para Jota, é preciso conhecer as atribuições de um vereador na Câmara Municipal e o que ele pode fazer, além delas, pela cate-goria militar. “Sargento Regina não abando-nou a tropa. Pelo contrário. Na Câmara, ela vem, cumprindo integralmente o seu papel de vereadora, defendendo e dando visibili-dade à nossa categoria, mas também lutan-do pelo outros segmentos sociais, além de fiscalizar os atos administrativos da Prefei-ta, visando uma Natal melhor para nós e nossas famílias. Mas, nem todo praça acom-panha este tipo de trabalho. Quem conhece

Jackson “Jota” LimaSabemos das limitações de um ve-

reador para representar a policia mi-litar, pois ele só pode legislar a nível municipal. Como a PM é uma força estadual, as demandas que envolvam questões estruturais, trabalhistas e salariais só podem ser resolvidas pela Assembléia Legislativa e pelo Gover-no do Estado.

a história da Sargento Regina, confia seu voto nela, sem medo de errar”, afirma.

Jota garante que Sargento Regina jamais traiu a sua categoria. “Alguém, que até hoje se questiona quem, cortou a própria carne. Pensando fazer mal a ela, fez mal à própria categoria. Não se cresce mostrando as falhas do outros, mas mostrando o próprio trabalho” explica.

Segundo Jota Lima “É preciso acordar para a realida-de, não se deixar enganar por palavras bonitas ditas em momentos oportunos. Não podemos nos ludibriar com falsos profetas. A história fala por si só. Por isso, meu voto é dela, porque nós é nós” concluiu.

“Sargento Regina não

abandonou a tropa”Jota Lima

Sargento Regina sempre representou a categoria na Câmara Municipal de Natal e defende até hoje os interesses da corporação.

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artigo

O Governo do Estado tem que cumprir a lei e pagar o subsídio aos inativos e às pensionistas da PM e do Corpo de BombeirosSargento Regina*

Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.

( Darcy Ribeiro)

A Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, san-cionou em 4 de janeiro deste ano, a Lei Complementar nº 463, de 03 de janeiro de 2012, que dispõe sobre o subsídio dos Militares do Estado, estendendo todas as vantagens aos inativos e pensionistas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Ela não assinou por ser boazinha, não. A Lei é uma conquista da categoria policial, fruto de negociação do Governo do Estado com os respectivos Comandos das Corporações Militares do Estado, bem como representantes da categoria militar de Praças e Oficiais. O que eu estou que-rendo saber, é porque, apesar de estar pre-visto na lei, os inativos e pensionistas não estão recebendo o subsídio?

No dia 2 de agosto, denunciei, na Câ-mara Municipal, o descumprimento da Lei Complementar nº 463 e cobrei à go-vernadora Rosalba Ciarlini providências imediatas no sentido de pagar aos inativos e pensionistas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte.

Por que me excluíram do processo de negociação?As entidades representativas me tiraram do processo de negociação, inclusive não me dando direito à fala nas assembléias da categoria, alegando que eu estaria ali presente para fazer política. Ora, minha categoria me elegeu para ser política. Eu tinha que estar ao lado da categoria no

momento em que ela estava em processo de negociação, porque entendo que o meu mandato é para abrir as portas políticas.

Será que meus companheiros se es-queceram das vitórias que conquistamos juntos com tantos sacrifícios e sofrimen-tos? Alguns talvez sim, mas a maioria com certeza conhece a minha história e sabe que eu sempre estive, estou e estarei com a minha categoria.

Os maiores prejudicados estão sen-do os inativos e pensionistasSe não participei do processo de negocia-ção foi porque me impediram. Resultado: o subsídio chegou. Mas, não está sendo pago aos inativos e às pensionistas e não existe nenhuma garantia para eles venham a receber. A lei está sendo descumprida. Tentaram calar a minha voz, porque sabem que não me calo diante de injustiças. Talvez tenha sido esse o grande motivo pelo qual me excluíram. A quem interessa isso? Mais uma vez, os mistérios pairam sobre um processo de negociação da nossa categoria!

Agora estamos correndo atrás do pre-juízo que tiveram as nossas pensionistas e a nossa reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

O problema exige uma solução rápida. Para isso, nosso mandato está à disposição do sargento Filgueira, presidente da Asso-ciação dos Policiais Inativos e Pensionistas do RN, para unirmos forças. Só com sa-crifícios e união de todos os interessados é que chegaremos à vitória.

Os inativos e pensionistas estão in-dignados, e com razãoO 3º Sargento PM César Costa de Souza trabalhou 18 anos na polícia e por moti-vos de saúde foi colocado na reserva. No dia 23 de julho, ele escreveu um depoi-mento intitulado: “Valor de ser polícia”, amplamente divulgado nas mídias sociais da internet. As palavras do Sargento César expressam de forma exata o sentimento e a indignação de todos os inativos e pensio-nistas para com a atitude da Governadora do Estado: “[...] posso dormir com a cons-

ciência tranqüila. Não sei se a nossa go-vernadora poderá dormir bem, sabendo que desonrou os que honraram, com suas vidas, o compromisso assumido perante a sociedade do Rio Grande do Norte” disse ele.

Contra fatos não há argumentos! O companheiro passa trinta anos trabalhan-do na polícia militar, vai para a reserva e é esquecido. Completamente esquecido, como se não existisse. Isso é um crime! Eu sou contrária a isso e irei usar, como sempre usei, o mandato que me foi dado pela categoria, para cobrar a sensibilidade da senhora governadora Rosalba Ciarlini no sentido de pagar o que é de direito ao pessoal da reserva e às pensionistas da Po-lícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar.

Aqueles que estavam à frente das ne-gociações esqueceram que, ao se deixar excluir os companheiros da reserva e as pensionistas, deram um tiro no pé. Ama-nhã, serão eles e talvez suas companheiras, que estarão passando o mesmo, receben-do menos do que aqueles que se encon-tram na ativa.

Embora admire, enquanto mulher, a sua trajetória política, a Governadora do Estado, Dra. Rosalba Ciarline Rosado, cometeu um ato imperdoável. Neste mo-mento, deixo de lado minha admiração pessoal e fico ao lado dos meus compa-nheiros, lutando como sempre fiz, nas ruas ou, agora, na tribuna da Casa do Povo de Natal. Mesmo estando vereadora, con-tinuo policial militar e não fujo à luta. To-dos sabem e conhecem minha trajetória.

Vamos à luta, companheiros. A vitória depende da nossa união!

*Sargento Regina é vereadora por Natal

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trabalHo ParlamEntar

Representatividade e honestidade na CMN em nome dos interesses coletivos da população

vereadora Sargento Regina (PDT), em 03 anos e 04 meses de mandato, apresen-

tou à Câmara Municipal de Natal, em defesa da Cidade, 426 requerimentos, 08 emendas ao PPA, com ênfase nas políticas públicas para as mulheres, 09 emendas à LOA, 47 emen-das a projetos-de-lei, além de uma importante participação, através de 11 emendas à reforma administrativa do Município em 2009, onde conseguiu transformar a Guarda Municipal em Secretaria adjunta da SEMDES. Além dis-so, a Sargento Regina apresentou ainda 43 projetos-de-lei, 05 projetos-de-decreto-le-gislativo. Realizou 33 audiências públicas e 18 sessões solenes em homenagem a instituições e figuras importantes da nossa Cidade

A

Sessão Solene em homenagem a “Religiosidade Afro Ameríndia”

Sessão solene em homenagem aos 92 anos de fundação do Corpo de BombeirosSessão Solene em Homenagem aos 74 anos da ASSPMBM/RN