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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO ENSINO FUNDAMENTAL TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Marechal Cândido Rondon 2010

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Page 1:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Marechal Cândido Rondon

2010

Page 2:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

ÍndiceA Escola...........................................................................................................................01I - APRESENTAÇÃO...................................................................................................02

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Identidade no Exercício da Autonomia.....02II - IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................05

2.1.1 Denominação ....................................................................................................052.1.2 Endereço............................................................................................................052.2 Nossa Escola, Nossa História...............................................................................052.3 Por que Monteiro Lobato?....................................................................................062.4 A Escola e Seus Ambientes..................................................................................072.5 Laboratório de Informática...................................................................................102.6 Cursos, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Aluno .................................102.7 Organograma Estrutural........................................................................................112.7.1 Composição do Conselho Escolar.....................................................................112.7.2 Composição da APMF.......................................................................................122.7.3 Quadro Administrativo......................................................................................122.7.4 Quadro de Funcionários/Serviços Gerais...........................................................122.7.5 Quadro de Professores.......................................................................................132.7.6 Equipe Pedagógica.............................................................................................132.7.7 Direção...............................................................................................................13

III – OBJETIVOS GERAIS........................................................................................14IV – Marco Situacional..................................................................................................16

4.1 Descrição da Sociedade Brasileira........................................................................164.2 Do Paraná..............................................................................................................184.3 Do Município........................................................................................................184.4 Analisando Nossa Escola......................................................................................194.5 Perfil da Comunidade Escolar .............................................................................214.5.1 Perfil dos Funcionários e Professores ...............................................................224.5.2 Perfil da Comunidade .......................................................................................23

V – MARCO CONCEITUAL.....................................................................................325.1 Sociedade .............................................................................................................325.1.1 Mundo ...............................................................................................................335.1.2 Mundo Familiar ................................................................................................335.1.3 Mundo Escolar ..................................................................................................355.1.4 Mundo do Trabalho ...........................................................................................375.1.5 Mundo Religioso ...............................................................................................385.1.6 Mundo Comunitário...........................................................................................405.1.7 O Mundo Político, Econômico e Globalizado...................................................415.2 O Homem..............................................................................................................425.3 Conhecimento.......................................................................................................455.4 Educação/Escola...................................................................................................465.5 Avaliação..............................................................................................................485.6 Ensino...................................................................................................................535.7 Aprendizagem.......................................................................................................545.8 Igualdade...............................................................................................................545.9 Qualidade..............................................................................................................575.10 Viva a Escola......................................................................................................595.11 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada...............................605.12 Conselho Escolar ...............................................................................................635.13 Conselho de Classe.............................................................................................645.14 Grêmio Estudantil...............................................................................................665.15 APMF..................................................................................................................665.16 Valorização Profissional Necessidade de Formação Continuada.......................67

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5.17 Currículo.............................................................................................................685.18 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ....................................................705.19 História do Parana ..............................................................................................715.20 Educação Ambiental...........................................................................................715.21 Estágio.................................................................................................................735.22 Educação Especial .............................................................................................745.23 Avaliação............................................................................................................75

VI – MARCO OPERACIONAL.................................................................................796.1 Plano de Ação.......................................................................................................796.1.1 Plano de Ação: Equipe Pedagógica ..................................................................866.1.2 Plano de Ação: Equipe Administrativa..............................................................886.1.3 Plano de Ação da Direção..................................................................................896.2 Linha de Ação: Gestão Democrática....................................................................906.2.1 Gestão Democrática: Conselho Escolar.............................................................906.2.2 Gestão Democrática: Conselho de Classe..........................................................916.2.3 Gestão Democrática: APMF..............................................................................926.2.4 Gestão Democrática: Representante de Turma..................................................926.2.5 Gestão Democrática: Grêmio Estudantil...........................................................936.2.6 Gestão Democrática: Participação dos pais.......................................................946.3 Proposta Pedagógica.............................................................................................956.3.1 Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta das Disciplinas – Ensino fundamental.................................................................................................956.3.2 Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta das Disciplinas – Ensino Médio...........................................................................................................966.4 Proposta Pedagógica – Prática Avaliativas..........................................................976.5 Proposta Pedagógica: Recuperação de Estudos/em processo/paralela.................986.6 Proposta Pedagógica: Reunião Pedagógicas.........................................................996.7 Proposta Pedagógica: Hora Atividade..................................................................996.8 Linha de Ação: Formação Continuada...............................................................1006.8.1 Formação Continuada: Participação em cursos/eventos/grupo de estudo.......1006.9 Formação Continuada: Formação de Grupos de Estudo: pais, alunos, funcionários...............................................................................................................1016.10 Linha de Ação: Qualificação dos Equipamentos e espaços .............................1026.10.1 Qualificação dos Equipamento e Espaços – Identificação dos recursos já existente....................................................................................................................1026.10.2 Qualificação dos Equipamentos e Espaços: Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e ambientes.......................................................1036.11 Linha de Ação – Outras especificidades...........................................................1046.11.1 Outras Especificidades Participação em feiras, Exposições..........................1046.12 Outras Especifidades – Atividades esportivas/culturais, articulação da escola com outros eventos estaduais e locais.......................................................................1046.13 Outras Especificidades – Participação no Fera, Com ciências, Agenda 21, Jogos Escolares, Fórum do meio Ambiente, PPGA...........................................................105

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................106PPC Inglês.................................................................................................................108PPC Língua Portuguesa...........................................................................................124PPC Matemática........................................................................................................140PPC Ciências.............................................................................................................152PPC Geografia..........................................................................................................168PPC Artes..................................................................................................................196PPC Educação Física................................................................................................213PPC História..............................................................................................................229PPC Ensino Religioso...............................................................................................241

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A Escola

Escola é...

o lugar onde se faz amigos,

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém,

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz.

Paulo Freire

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I - APRESENTAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Identidade no Exercício da

Autonomia

O termo Projeto Político Pedagógico passou a ser amplamente utilizado

na educação brasileira no final do século XX para designar propostas de

planejamento educacional fundamentada em bases críticas e democráticas

voltadas para a melhoria da qualidade do ensino. Usado em sentido similar, o

termo pressupõe um projeto global para as instituições escolares, projeto esse

que abarca evidentemente o currículo-eixo vertebralizador do trabalho

educativo.

O PPP compreende um projeto coletivo, com o propósito de superar a

desarticulação e a fragmentação observadas constantemente na prática

educativa, orientando a organização, a gestão e o funcionamento da escola na

diversidade de suas estruturas e funções.

Segundo VASCONCELOS:

“O Projeto Educativo é o Plano Global da instituição. Pode ser

entendido como a sistematização, nunca definida, de um

processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e

se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de

ação educativa, que se quer realizar. É um instrumento

teórico metodológico para a transformação da realidade. É

um elemento de organização e integração da atividade

prática da instituição neste processo de transformação”.

(1995, p.145).

Isso significa dizer, que ele compreende um instrumento de reflexão

sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado

de forma refletida e principalmente, coletiva. O seu grau de legitimidade estará

ligado ao tipo de participação de todos os envolvidos com o processo educativo

da escola, o que requer continuidade de ações.

Vale chamar atenção para o que destaca a nova Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional – LDBEN - nº 9.394/96, previsto no artigo 12, inciso I,

onde descreve que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas

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comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e

executar sua proposta pedagógica”, tendo todos os envolvidos a

responsabilidade de refletir sobre sua intencionalidade educativa.

Portanto, a participação de todos os envolvidos (professores, gestores,

equipe pedagógica, funcionários, alunos e pais) é o princípio básico que

recupera, no plano das organizações, concepção e execução resgatando o

sentido humano e valorativo do planejamento.

O ato de planejar significa antecipar mentalmente uma ação a ser

realizada. Trata-se, pois de uma ação consciente pela qual o indivíduo concebe

uma coisa futura e motivado pelo desejo e a vontade de se esforçar pela sua

realização. Planejar implica definições claras sobre o que fazer, para quê, como

e para quem. O ato de planejar torna-se o momento de decisão sobre a

construção de um futuro, retratando uma necessidade humana.

Elaboração coletiva do PPP compreende, desta forma, um instrumento de

transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do grupo

com uma caminhada definida em conjunto, que tem como principais

finalidades:

● Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;

● Ser um canal de participação efetiva de todos os segmentos da escola;

● Dar um referencial de conjunto para a caminhada escolar;

● Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola;

● Ser um instrumento de transformação da realidade;

● Colaborar e incentivar a formação continuada;

● Orientar um processo de gestão democrática.

Analisando o PPP, dentro de uma visão política, pode-se dizer que ele é

um instrumento real de transformação social, que viabiliza a construção de

uma escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania,

contrapondo-se a modelos geradores de desigualdades e exclusão social que

impera nas concepções educacionais neoliberalistas, não permitindo, desta

forma, ser visto como um agrupamento de planos de ensino e atividades

diversas, formuladas burocraticamente, com fim de documentar práticas que

não condizem com a realidade.

O PPP deve ser uma ação intencional e integrada, com sentido explícito,

com compromisso definido coletivamente, que vem possibilitar a efetivação

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desta intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo,

responsável, compromissado, crítico e criativo. Portanto, o papel da escola é

bem mais amplo do que apenas passar conteúdos.

Para que realmente o PPP seja uma construção consciente, intencional e

coletiva é necessário que sejam compreendidos os marcos do seu processo de

elaboração: marco situacional, marco conceitual e o marco operacional.

O marco situacional está relacionado com a percepção global dos

problemas, desafios e esperanças; compreende os valores, as opções sobre a

formação e a sociedade que se pretende construir; posiciona-se em relação às

grandes linhas de ação.

O marco conceitual retrata os aspectos teóricos, as concepções

relacionadas à visão de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino

e aprendizagem. O estudo destes aspectos em consonância com análise do

real e ideal (marco situacional) fundamenta as finalidades/objetivos que serão

reforçados, priorizados ou até relegados se necessário for.

Isso propiciará, sempre que preciso, a revisão do trabalho pedagógico

desenvolvido pela atividade de investigação e reflexos sobre a ação.

Já o marco operacional orienta a realização das ações. Retrata o aspecto

prático do PPP, as tomadas de decisões coletivas para atingir as

finalidades/objetivos e metas propostas.

Somente levando em consideração as reflexões, baseadas nos marcos já

descritos, é que poderemos dizer que o PPP e sua construção constitui-se no

resultado de um compromisso político e pedagógico planejado coletivamente.

“O ato planejar, como todos os outros atos humanos, implica

escolha e, por isso, está assentado numa opção axiológica. É

uma atividade-meio, que subsidia o ser humano no

encaminhamento de suas ações e na obtenção de resultados,

portanto, orientada por um fim. O ato de planejar se assenta

em opções filosófico-políticas; são elas que estabelecem os

fins de uma determinada ação. E esses fins podem ocupar um

lugar tanto no nível macro como no nível micro da sociedade.

Situe-se onde se situar, é um ato axiologicamente

comprometido”. Cipriano Luckesi

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II – IDENTIFICAÇÃO

2.1.1 - Denominação

Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental/séries finais.

2.1.2 - Endereço

Travessa Cuiabá, n. º 199,

Jardim Primavera,

Marechal Cândido Rondon, - Paraná.

85960-000

Fone/fax: (45) 3254-4970

E-mail: [email protected]

Site : <www.mrhmonteirolobato.seed.pr.gov.br>

2.2 - Nossa Escola, Nossa História.

A Escola Estadual Monteiro Lobato obteve sua autorização de

funcionamento no dia vinte e dois de dezembro de 1986, sob a Resolução n.º

5.293/86, sendo que a mesma iniciou suas atividades no ano de 1987.

O dia doze de novembro de 1990 foi uma data muito importante para

este estabelecimento de ensino, pois sob a Resolução n.º 3.460/90, ele foi

oficialmente reconhecido.

A primeira diretora foi à professora Roseli Pacheco em 1987, sendo que

em 1990 ocuparam o cargo de diretor o Professor Alceu Pedro Hansel e o

Professor Saturnino Vieira Vasconselos Neto. Em 27 de março de 1991

assumiu a direção o Professor Ário Pedro Martiny, reeleito em 1995, atuando

até 1997, com mais uma reeleição em 1997, este mandato foi até março de

2000, sendo prorrogado até dezembro de 2001. Em janeiro de 2002 assume a

direção a Professora Neusa Anklam Stiehl atuando até 2003, momento em que

foi eleita e deu prosseguimento nas atividades da direção da escola até 31 de

dezembro de 2005. Já em janeiro de 2006, assume a direção a professora

Clélia Regina da Silva em 2008 a professora Dirse Madalena Martiny , e no

ano de 2009, foi eleito o atual diretor Cloecir dos Santos Ribeiro.

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Após um período de cinco anos ofertando aulas no período matutino, no

ano de 2006 passou-se a ofertar o ensino fundamental regular noturno,

contando com duas turmas contabilizando 33 alunos, matriculados na 7ª e 8ª

séries. Em 2009, a escola ofertou três turmas no período noturno,atendendo

6ª, 7ª e 8ª séries, contemplando um total de 78 alunos. Atualmente, 2010,

atende um total de 64 alunos, abrangendo turmas de 6ª, 7ª e 8ª séries.

A escola funciona em dualidade com a Escola Municipal, sendo que o

espaço é cedido pela Prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola

Estadual, enfrentando-se deficiência de espaço físico. Por outro lado, desde

abril de 2006 estão tramitando os papéis para a doação do terreno para a

construção de prédio próprio para o Estado, o que proporcionará um melhor

atendimento a toda a comunidade escolar.

No ano de 2009, o município fez o repasse dos terrenos, de acordo com

as medidas solicitadas pelo governo Estadual. Atualmente o processo

encontra-se no Setor de Planilhas e Orçamentos, para cálculos necessários

para encaminhamento do processo licitatório e concretização da estrutura

escolar.

2.3 – Por que Monteiro Lobato?

Foi escolhido o nome deste célebre escritor ”Monteiro Lobato” para

nominar nossa escola por ele ter sido um defensor insubordinável dos

interesses nacionais.

Lobato nasceu numa família de fazendeiros da cidade de Taubaté, São

Paulo. Dedicou-se a diferentes carreiras, negócios e campanhas. Quando

estudante já demonstrava seu talento como escritor. Em suas obras buscou

sempre valorizar um mundo caipira brasileiro, mesmo quando a literatura vivia

com os olhos voltados para a Europa.

Como Lobato, acredita-se numa escola que, analogamente, seja um

pouco do “sítio do Pica-pau amarelo”, que priorize a educação sobre o ensino,

que possua uma especificidade metodológica.

Uma escola menos “cimento” e mais natureza, que permita ao educando,

o convívio com o que lhe é, naturalmente, mais próximo.

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Uma escola que garanta a articulação saudável entre o antigo e o novo,

entre os valores do passado, a história, as convenções e a cultura,

questionados sem que sejam destruídos, à semelhança da convivência das

crianças do “Sítio do Pica-pau-amarelo” com Dona Benta, Visconde , Tia

Nastácia....

Uma escola que busque, como na utopia de Lobato, um modelo

democrático de sociedade, porquanto esse autor, ao substituir, no Sítio, a

figura dos pais pela da avó, quis, simbolicamente, substituir o próprio

autoritarismo sufocante do adulto, pela compreensão empática das

descobertas e invenções infantis.

Enfim, uma escola cheia de “Emílias” - a criança brasileira criada por

Lobato – ou, de “Emílios” – a criança idealizada por Rosseau, no seu ensaio

pedagógico, publicado no século XVII.

A distância temporal entre ambos não nos impede de aproximá-los, se

buscarmos no seu pensamento filosófico, político e literários os princípios de

liberdade e de democracia, como fundamento das relações educativas e

sociais.

“Emílias ou Emílios” ou alunos inteligentes, curiosos, questionadores,

criativos; alunos nos quais o princípio de prazer e o princípio da realidade

estejam harmonizados de forma a garantir o equilíbrio entre a razão e a

emoção, entre o real e o imaginário, entre o aprender e o ensinar.

Utópico? Sonhador? Quem Sabe!?

Mas com certeza, o sonho de todos os profissionais da educação.

2.4 – A Escola e Seus Ambientes

Sabe-se que ambientes físicos escolares de qualidade são espaços

educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com

arborização, móveis e equipamentos e materiais didáticos adequados à

realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de

qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de

trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.

A estrutura física da Escola Estadual Monteiro Lobato é compartilhada

com a realidade de uma Escola Municipal, ou seja, o prédio escolar sendo

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municipal e nossa escola funcionando em paralelo, com outra escola do

município. Infelizmente, o espaço físico existente atualmente não contempla

todos os aspectos, porém busca-se: o bom aproveitamento dos recursos

existentes; uma organização do espaço disponível que favoreça o convívio

entre as pessoas; que seja flexível e conte com as condições suficientes para o

desenvolvimento das atividades de ensino aprendizagem; qualidade dos

recursos (cuidado/organização/ manutenção).

Para a Escola Estadual foram cedidas cinco salas de aula, equipadas com

móveis suficientes para o atendimento aos alunos, sendo que elas são

razoavelmente adequadas em relação ao tamanho, ventilação e iluminação .

O espaço físico destinado ao funcionamento da secretaria é insuficiente

para comportar o material (computadores 3, arquivos, telefone(fax) telefone

sem fio, mesas, etc.) além de materiais de expediente necessários para o bom

andamento das atividades. Atualmente a secretaria possui dois computadores

(Paraná digital) ligados a internet.

A biblioteca está adaptada em um espaço não adequado. Este mesmo

espaço serve de sala da direção , sala da equipe pedagógica,e laboratório de

informática, dificultando desta forma, a qualidade de atendimento, pois quando

pais e/ou professores e alunos precisam conversar com a orientadora ou com a

direção , fica impossibilitada a troca de livros, assim como vice e versa, quando

está ocorrendo troca de livros é necessário buscar outro espaço para os

atendimentos necessários.

Em relação ao acervo bibliográfico, busca-se sempre a atualização com

novos títulos literários e faz-se presente o incentivo à prática de leitura através

de aulas de leitura e empréstimos das obras a alunos, professores, funcionários

e pais. Em 2010, com a inclusão da Escola no Programa de Superação, houve

investimento em novas obras literárias, melhorando a qualidade do acervo

bibliográfico da escola.

Este acervo bibliográfico está catalogado em livro próprio, organizados

pelos diferentes tipos de gêneros literários. O empréstimo é registrado em

livro próprio e realizado semanalmente. A partir de 2010, a escola vem

trabalhando em cima do processo de catalogação digital, o que facilitará o

controle e o acesso ao conhecimento das obras disponibilizadas na biblioteca

deste educandário.

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A biblioteca não é utilizada para a realização de pesquisas, no contra–

turno, por vários motivos, entre eles podemos destacar: instalações

inadequadas; pequeno acervo bibliográfico para pesquisas; o não

funcionamento da escola no período vespertino; falta de profissional para

atendimento em contra turno entre outros.

A coletânea de mapas existente na escola encontra-se desatualizada e

seu estado atual é bastante precário necessitando reformulação urgente. Em

2010, através da verba do Programa Superação, a escola investiu na compra

de 10 Atlas do IBGE, priorizando a atualização das pesquisas geográficas.

Em relação à aparelhos eletrônicos , áudio – visual, a escola possui uma

televisão 20’, uma 29’, dois vídeos cassete, um DVD, uma câmera fotográfica

digital, dois aparelhos de som com CD , um aparelho 2 em 1e 4 televisores

com pendrive. Em 2010 foi adquirido um aparelho data show, uma filmadora e

mais uma câmera digital, ampliando as possibilidades de registros e

entretenimento escolar.

Analisando-se o acervo da videoteca, a escola deixa a desejar, pois o

material disponível é desatualizado e defeituoso por razões técnicas e

ambientais, uma vez que não há local adequado para seu condicionamento.

Em contra partida, a escola recebeu do MEC, uma coletânea de DVD(s) da

TVESCOLA, material muito rico para utilização em sala de aula, o qual, por

vezes, fica esquecido por não ter local adequado para a sua acomodação e

visualização.

A sala dos professores está subdividida com a biblioteca, sala de

informática, sala da direção e da pedagoga, não sendo uma adaptação

coerente, pois deixa de atender as especificidades de cada área, além de

comprometer a qualidade do trabalho de ambos: professores e merendeiras.

Existe um banheiro único para professores e funcionários e dois

banheiros para os alunos, sendo um para os meninos e o outro para as

meninas, podendo ser destacado que o número de banheiros não está

compatível com o número de educandos.

O espaço para o ensino e a prática de esporte é inadequado, impróprio,

não respondendo as necessidades da escola. Existe uma quadra de esporte

áspera, sem pintura, sem cobertura e muito próxima das salas, o que prejudica

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o bom andamento das aulas, pois é preciso controlar o volume das vozes,

músicas etc.

Inexiste uma área coberta para realização de práticas esportivas e

culturais nos dias de muito frio ou chuva, tendo os alunos que permanecerem

em suas salas.

2.5-Laboratório de Informática

A tecnologia é uma necessidade que além de contribuir com a educação

prepara o jovem para um futuro competitivo. As escolas necessitam preparar

seus alunos para a vida cotidiana e para exercer atividades que propiciem o

uso da tecnologia nos dias atuais.

Segundo a opinião dos professores, a inserção de tecnologia na prática

pedagógica pode ser muito importante na formação dos alunos da rede. Neste

sentido, como se trata de um processo iniciado recentemente, acredita-se que

com assistência que vem ocorrendo e capacitações frequentes será possível

desenvolver boas atividades, dando condições a todos os profissionais, mesmo

aqueles que terão o primeiro contato com a informática , à atuarem de forma

dinâmica e vinculada a uma nova realidade da escola estadual que é a

informatização do seu processo de ensino aprendizagem, trazendo às aulas

metodologias avançadas e ilustrativa aos conteúdos a serem contemplados.

2.6 – Curso, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Alunos.

A Escola Estadual Monteiro Lobato oferta curso a nível de ensino

fundamental, séries finais, 5ª a 8ª séries, no período matutino e 6ª, 7ª e 8ª

séries no período noturno.

A escola atende a:

– 5ª série “A” com 34 alunos

– 6ª série “A” com 20 alunos

– 6ª série “B” com 20 alunos

– 6ª série “C” com 12 alunos

– 7ª série “A”com 31 alunos

– 7ª série”B”com 22 alunos

- 8ª série “A” com 26 alunos

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– 8ª série “B” com 27 alunos

Perfazendo desta forma, atendimento em dois turnos (matutino e

noturno) as oito turmas acima citadas, contabilizando 192 alunos regularmente

matriculados.

2.7 - Organograma Estrutural

2.7.1 - Composição do Conselho Escolar

- Presidente - Cloecir dos Santos Ribeiro;

- Representante da Equipe Pedagógica - Mirna Zenker Johansson Wissmann

Suplente: Rosiglê Schneider ;

-Representante dos Professores - Heiderose Liessem Meyer

Suplente: Marlene Scherer;

- Representante do corpo discente: Juliane Tamara de Oliveira Gomes

Suplente: Natália Ferdinande Daniel;

Conselho Escolar

Diretor / gestor

APMF

Merendeiras

Zeladoras

Secretária

Bibliotecária

Equipe PedagógicaPais

Professores

Alunos

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-Representante dos Segmentos Organizados da Sociedade: Clélia Regina da

Silva, Rosane Aparecida Gonçalves, Aparecido Rigolin, Angélica Lizzoni

Schmitt, Osvanir Ferreira e Adailton Gonçalves Dias;

-Representante da Equipe Administrativa: -Janete Maria Heck Ross

Suplente: Jaqueline Valeska Targanski;

-Representante dos Funcionários e Agente de Apoio: -Catarina Shutz

Suplente: - Albertina Bertan Soares

-Representante da Associação dos Pais, Mestres e Funcionários: Alberto Wilsen

Suplente: Roque Dilkin

-Representante dos Pais: Nelson Martins

Suplente: Margareth Terezinha Bach da S. Rubenich.

2.7.2 - Composição da APMF

-Presidente: Roque Dikin

-Vice-Presidente: Alberto Wilsem

-Secretária: Mirna Zenker Johansson Wissmann

-Vice-secretária: Janete Maria Heck Ross

-Tesoureiro: Alcides Alves Lemos

-Vice-tesoureira - Juliana Alexandre Dilkin

-Diretora sócio – cultural - esportivo - Suzana Terezinha dos Santos Machado e

Marlene Scherer

-Conselho fiscal – Celso Antunes, Albertina Bertan Soares, Heiderose Liessen

Meyer, Nelson Martins, Ivete Leoni Allig, Jair Francisco Rodrigues Gomes,

Aurio Antonio Allig, Marlei Terezinha Valer.

2.7.3- Quadro Administrativo

- Janete Maria Heck

- Roberto Augusto Ludke

- Selônia Bade

2.7.4- Quadro de Funcionários/Serviços Gerais:

- Albertina Bertan Soares

- Rosa Clemilda Zimke

- Catarina Shutz

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- Edeltraud Brun

2. 7.5 – Quadro de Professores

professores GRADUAÇÃO HORAS VÍNCULO

Ana Maria Welter POS-GRADUAÇÃO 15 SCO2

Alceu Pedro Hansel POS-GRADUAÇÃO 05 SCO2

Carlos Luiz Harnisch POS-GRADUAÇÃO 40 QPM

Cheila Tatiane Behling POS-GRADUAÇÃO 05 REPR

Clélia Regina da Silva LICENCIATURA 13 REPR

Gilberto Guimarães Teixeira POS-GRADUAÇÃO 04 REPR

Gildair Artmann POS-GRADUAÇÃO 20 QPM

Guilherme Felipe Kotz LICENCIATURA 15 SCO2

Heiderose Liessem Meyer POS-GRADUAÇÃO 32 QPM/SCO2

Keli Adriana Vidarenko da Rosa POS-GRADUAÇÃO 05 REPR

Leandro Dalcin Castilha LICENCIATURA 12 REPR

Lucas Rafael B. Schaedler LICENCIATURA 17 REPR

Marco Junior Xavier Teles POS-GRADUAÇÃO 03 SCO2

Marlene Scherer POS-GRADUAÇÃO 20 QPM

Osório Inácio Seidel POS-GRADUAÇÃO 40 QPM/SCO2

Roberta Cantarela POS-GRADUAÇÃO 7 REPR

Rosane Zuse Patino Cruzatti POS-GRADUAÇÃO 20 REPR

SadiHardt POS-GRADUADO 07 REPR

Suzana T. dos S. Machado POS-GRADUAÇÃO 20 QPM

2.7.6 - Equipe Pedagógica

- Mirna Zenker Johansson Wissmann

- Rosiglê Schneider

2.7.7– Direção

– Cloecir dos Santos Ribeiro

Page 17:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

14

III - OBJETIVOS GERAIS

Nos termos do Art. 32 da LDB nº 9394/96 são os seguintes os objetivos

do Ensino Fundamental:

I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista

a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e

valores;

IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Portanto é função da escola formar o cidadão, assegurando ao estudante

o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a

instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e as

práticas de convivência democrática.

Para tanto a escola precisa construir / instruir de forma coletiva,

alternativas que possibilitem a concretização desta função, pois a própria Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe que “educação básica tem

por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe meios para progredir

no trabalho e em estudos posteriores” (artigo 22).

A educação básica / fundamental deve preconizar a possibilidade de

acesso ao conhecimento científico, cultural e socialmente construído pela

humanidade, para todos, possibilitando ainda, diferentes formas, tempos e

espaços de aprendizagem. Deve garantir ao estudante a permanência na

escola e sua promoção escolar, com condições necessárias ao seu

desenvolvimento. Valorizar a individualidade, partindo da compreensão das

possibilidades de cada um, levando em consideração que a heterogeneidade

marca a espécie humana e entendendo que existem diferentes ritmos e

processos particularizados de aprendizagem e de convivência. Dessa forma

destacam-se os objetivos sociais da escola, baseando-se nos princípios

emanados na Constituição Federal, Estadual e na LDB, que constam:

Page 18:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

15

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,

vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a

arte e o saber;

III – gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de

qualquer natureza:

IV – valorização dos profissionais de ensino;

V – gestão democrática e colegiada da escola.

Partindo destes pressupostos, podemos dizer que os princípios

norteadores da educação como Política da Igualdade, Ética da Identidade,

Estética da Sensibilidade, Autonomia e Diversidade, uma vez instituídos

através de uma proposta oficial, devem se fazer presentes na escola pela

reflexão dos sujeitos envolvidos na ação educativa.

Para finalizar, aos professores cabe a consciência de sua ação - a

reflexão sobre a causa, a finalidade e os efeitos – a compreensão de que sua

prática não pode estar limitada à transmissão de um saber sistematizado,

sendo necessário que essa ação esteja contextualizada à realidade e

constantemente em processo de análise crítica. E aos alunos, a compreensão

de que se constituem como sujeitos ativos no processo educacional. Sujeitos

ativos porque é na ação e na decisão consciente do aluno que se dá à relação

ensino-aprendizagem.

Page 19:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

16

IV - MARCO SITUACIONAL

4.1 - Descrição da Sociedade Brasileira

A Lei Federal nº 9394/06, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, conhecida como Lei Darcy Ribeiro, estabelece que a

“Educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e

nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”.

Estabelecendo-se um paralelo entre a análise da conjuntura mundial e a

conjuntura brasileira, pode-se dizer, em linhas gerais que: neste início de

milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações

econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços na cultura e

na educação transcorrem de forma bastante lenta. Em função de uma

economia dependente, não se desenvolveu uma cultura e um sistema

educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar para a

auto-suficiência.

Ao lado de uma enorme ampliação dos recursos de comunicação e

informação especialmente nos grandes centros, a solidariedade é pouco vivida

nas comunidades, assim como são pouco cultivados os bens culturais locais.

Por outro lado, a degradação dos ambientes intensamente urbanizados, nos

quais se insere a maior parte da população brasileira e nos quais a fome, a

miséria, a injustiça social, a violência e a baixa qualidade de vida estão

facilmente presentes.

Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira

para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra as

exclusões, contribuindo para a promoção e integração da cidadania, não como

meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.

Estabeleceu-se como linha de ação prioritária da Secretaria de Estado da

Educação – SEED, a retomada da discussão coletiva sobre o que está sendo

vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas. Adotou-se algumas referências

para o processo de discussão: o compromisso com a redução das

desigualdades com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da

Page 20:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

17

sociedade, a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de

qualidade como direito fundamental do cidadão, a articulação de todos os

níveis e modalidades de ensino, e a compreensão dos profissionais da

educação como sujeitos epistêmicos.

De acordo com o MEC, mais de 53,2 milhões de matrículas foram feitas

em 2008, contra cerca de 53 milhões no ano anterior. A alta foi puxada pela

educação profissional -com um aumento de 14,7% no número de inscritos- e

pelas matrículas em creches, que cresceram 3,2%. A educação profissional

junto ao ensino médio teve aumento de 19,6%. Já a educação profissional

subsequente – oferecida aos estudantes que já concluíram o ensino médio –

experimentou aumento de 10,5% no número de matrículas. Segundo o ministro

da Educação, Fernando Haddad, o crescimento se deu especialmente por

causa da oferta maior de educação profissional feita pelas redes estaduais.

O número de matriculados ainda em 2008 não recuperou a queda de

5,2% do censo de 2007, quando dados do ano anterior foram comparados. Em

2006, 55,9 milhões de alunos estavam matriculados. Segundo o MEC, a queda

no período aconteceu, em parte, por causa da queda na natalidade e na

redução da população na faixa etária relativa, principalmente, ao ensino

fundamental.

Houve uma queda de 0,1% nas matrículas no ensino fundamental. O

índice do ensino médio se manteve praticamente estável. Atualmente, só o

ensino fundamental é obrigatório, para crianças entre sete e 14 anos.

O número de alunos que já fizeram a transição para o sistema de nove anos do

ensino fundamental também é maior que os ainda matriculados no modelo

antigo. Já são 16,6 milhões (51,83% do total) cursando até a 9ª série, contra

15,45% (48,17%) no esquema de oito anos. Segundo o MEC, a transição estará

completa em 2010, quando também a idade mínima para ingresso no ensino

fundamental cai para seis anos.<http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/

conteudo.phtml?tl=1&id=847392&tit=Parana-tem-o-maior-numero-de-

matriculados-em-2008-no-Sul-do-pais>Acesso em: 23 jun.2009.

Espera-se que a sociedade brasileira demanda uma educação de

qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de

cidadãos autônomos, críticos e participativos capazes de atuar com

competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na

Page 21:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

18

qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e

econômicas.

4.2 – DO PARANÁ

No Paraná temos a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos

na faixa de 9,5%. Taxa de distorção idade séries Ensino Fundamental séries

iniciais-8,5% , Ensino Fundamental séries finais 23,7% e no Ensino

médio-33,6%. A taxa de Evasão no ensino Fundamental- séries iniciais 2,95,

Ensino Fundamental –5ª a 8ª série-8,3% e no Ensino Médio 8,0%. A taxa de

reprovação no Ensino Fundamental séries iniciais 12,5% , Ensino Fundamental

5ª a 8ª séries, 17,9 % e no ensino Médio 23,4%. Total de alunos de 5ª a 8 ª

série do Ensino Fundamental no Estado 798.220, total de alunos de 5ªa 8ª

série na rede pública estadual 713.389. Total de alunos de Ensino Médio no

Estado 467.730; alunos da rede pública estadual 410.174.

Com princípios da política pública adotada e já amplamente divulgada

estão :a Educação como direito de todos/ cidadão, a valorização do professor e

de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão

democrática em todos os níveis institucionais; e o atendimento ás diferenças e

a diversidade cultural.

4.3 – DO MUNICÍPIO

O município conta atualmente com 223 professores que atendem a 4160

educandos distribuídos a 19 escolas e 4 centros de e Educação Infantil ,

compreendendo, 448 alunos de 0 a 5 anos nas modalidades de creche e pré-

escola, 589 alunos na Educação Infantil (6 anos) , 2955 nos anos iniciais de 1ª

a 4ª série, 114 alunos na educação de jovens e adultos e 54 alunos na Classe

Especial.

As escolas são constituídas de Direção e Equipe Pedagógica que

respondem respectivamente pela parte administrativa e assessoramento

pedagógico interno da escola. A Equipe Pedagógica que acompanha o

desenvolvimento do aluno, auxiliando o professor no trabalho paralelo de

orientação, recuperação de conteúdos e atividades diversificadas. O município

Page 22:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

19

oferece também aos professores formação continuada e aos alunos o projeto

viagem de Estudo, a Informática Educacional, a Classe de apoio e o trabalho da

Equipe Multidisciplinar que tem seu trabalho voltado à prevenção assumida

com prioridade e em algumas práticas de orientação com a finalidade de

auxiliar, diagnosticar e encaminhar para atendimentos específicos os discentes

da rede pública municipal.

4.4 - Analisando Nossa Escola:

Como todos vivemos num mesmo país, num mesmo tempo histórico, é

provável que compartilhemos muitas noções gerais sobre o que é uma escola

de qualidade. A maioria das pessoas concorda com o fato de que uma escola

boa é aquela em que os alunos aprendem coisas essenciais para sua vida,

como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os

colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas quem pode definir bem e

dar vida às orientações gerais da qualidade na escola, de acordo com os

contextos socioculturais locais, é a própria comunidade escolar. Não existe um

padrão ou uma receita única para uma escola de qualidade. Cada escola deve

ter autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade da educação.

Percebemos que os pais dos nossos alunos estão, na maioria, satisfeitos

com o atendimento educacional proporcionado a seus filhos. A convivência

cotidiana com os alunos indica o grau de satisfação com a identidade escolar

em relação aos gestores, professores, funcionários e encaminhamentos

metodológicos. Porém, nota-se o desagrado em relação ao espaço físico. Este

representa um indicador negativo em relação à qualidade da nossa escola.

O espaço físico não é o mais apropriado para o funcionamento de uma

escola estadual, pois além de estar inserida num prédio cedido pela Prefeitura

Municipal onde não se pode fazer alterações nas estruturas prediais, ainda

compartilha esse espaço com uma escola municipal.

Desta forma, existe uma constante preocupação em relação à estrutura

física, a fim de possibilitar um atendimento de melhor qualidade possível.

Uma grande angústia é a falta de uma sala específica para a biblioteca.

Temos um acervo literário razoável, porém, deficiência em relação ao

atendimento ao público leitor, pois, a mesma funciona em um canto da sala

Page 23:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

20

também ocupada pela direção e equipe pedagógica. Isso quer dizer que

quando a direção e/ou a orientação estão desenvolvendo suas atribuições, a

biblioteca deixa de funcionar e vice-versa.

Abordando ainda o aspecto físico a escola não está preparada para a

inclusão, pois não apresenta em sua estrutura vias de acesso para pessoas

com necessidades especiais, bem como banheiros adaptados e as salas de

aula com difícil acesso a pessoas com deficiência, especialmente física.

Conforme prevê a deliberação nº 02/03 – CEE, os alunos que apresentam

características diferenciadas (necessidades especiais) condições sócio culturais

e econômicas desfavoráveis, terão direito de receber apoio para sua integração

no contexto da escola regular. Este ponto de vista, sinaliza a necessidade da

revitalização dos PPP e das provisões de recursos materiais humanos, técnicos,

financeiros e tecnológicos ofertados pelo Sistema de Ensino.

Temos que lembrar também, que a qualidade da escola aumentará a

partir da aprovação de leis que reduzam efetivamente o número de alunos por

sala de aula, proporcionando um atendimento individualizado, a integração dos

iguais e a exploração da diversidade existente entre os mesmos.

Sabe-se que o planejamento e o plano de aula bem estruturados trarão

um melhor resultado pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, seria interessante a redução da carga horária do professor em sala

de aula e o aumento da carga horária da hora atividade, podendo, desta forma,

atender esta meta educacional.

Em relação ao acesso e permanência na escola, compreende-se que a

dificuldade encontra-se no primeiro item, pois teríamos condições de atender e

receber um número mais expressivo de alunos, já que o bairro conta com

novos loteamentos e outros em planejamento, porém, voltamos ao aspecto

físico: não há mais salas disponíveis.

Na nossa escola ocorrem muitas evasões, principalmente no período

noturno e sempre que acontecem, buscamos fazer levantamento dos motivos e

incentivamos o retorno, o que nem sempre acontece.

A gestão/direcionamento da Escola Monteiro Lobato dá-se de forma

democrática. Sempre que possível e necessário, busca-se o envolvimento de

toda comunidade escolar nas decisões, bem como, aceita-se e analisa-se as

Page 24:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

21

opiniões, buscando um consenso que traga um resultado qualitativo e que

favoreça principalmente os alunos.

Na questão avaliativa, prioriza-se o acompanhamento da evolução do

aluno, incentivando-o e orientando-o durante todo o ano letivo, a fim de que

ele possa superar suas dificuldades e avançar no processo de ensino-

aprendizagem. Nesse aspecto, leva-se em conta a diversidade cultural, social e

econômica, não com a finalidade de distinção, mas o intuito de realizar uma

avaliação mais coerente.

Percebe-se que apesar dos esforços dos profissionais da educação há um

desinteresse por parte dos alunos e responsáveis em relação ao estudo. A

escola e os professores buscam constantemente práticas educativas

inovadoras e contato com os pais, informando-os acerca das dificuldades de

seus filhos (aprendizagem e disciplina), com objetivo de fortalecer o

acompanhamento do potencial do aluno.

4.5 - Perfil da Comunidade Escolar

“Primeiro de tudo, a educação não é uma propriedade individual, mas

pertence por essência à comunidade. O caráter da comunidade imprime-se em

cada um dos seus membros e é no homem... fonte de toda a ação e de todo o

comportamento. Em nenhuma parte o influxo da comunidade nos seus

membros tem maior força que no esforço constante de educar, em

conformidade com o seu próprio sentir, cada nova geração” (BRANDÃO, 1995).

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação

são motivos de ampla discussão na sociedade atual. Urge empreender um

esforço coletivo para vencer as barreiras (que não estão exclusivamente

dentro da escola) e entraves que inviabilizam a construção de uma escola

pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja

instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a

aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual

modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas

educacionais de inspiração neoliberal.

A sociedade contemporânea tem passado por expressivas

transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações

Page 25:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

22

originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que

têm norteado as políticas governamentais.

Partindo do pressuposto de que o projeto político pedagógico é o fruto da

interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que

estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma

nova realidade, precisamos fazer um trabalho que exige comprometimento de

todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica,

alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

4.5.1 - Perfil dos Funcionários e Professores

No trabalho escolar, embora os alunos constituam o centro da

aprendizagem é de destacada importância o papel exercido pelos professores

e todos os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.

As mudanças que surgiram no ensino a partir do desenvolvimento

tecnológico a da consequente globalização, vem produzindo uma visível

alteração na forma de educar, o que incentiva os professores à busca

constante de formação e aprimoramento.

Os dezenove professores da Escola Estadual Monteiro Lobato são

profissionais habilitados ao nível de graduação, de acordo com a área de

atuação, sendo que destes, dezenove são pós-graduados.

Quanto ao vínculo empregatício temos a seguinte organização: seis

professores do quadro próprio do magistério (QPM); seis com aulas

extraordinárias (SCO2); um PSS e nove contratados (REPR).

Em relação ao quadro administrativo e pedagógico a escola contempla

na direção um professor com formação superior, possuindo vínculo

empregatício QPM, atuando 40 horas semanais;

Na Equipe Pedagógica: uma professora com formação superior e pós-

graduada possuindo vínculo empregatício QPM, atuando 20 horas semanais no

período noturno e outra professora também com formação superior e pós-

graduada, com 20 horas semanais extraordinárias atuando no período

matutino ;

Na Secretaria: uma secretária com formação no Ensino Médio, com

vínculo empregatício QPPE, atuando 40 horas semanais. E dois técnicos

administrativos, QPPE;

Page 26:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

23

Nos serviços gerais a Escola conta com uma funcionárias, vínculo

empregatício efetivo (QPPE) com 40 horas semanais, duas funcionárias com

vínculo PSS e uma funcionária com vínculo CLT, no estabelecimento

4.5.2 - Perfil da Comunidade.

A pesquisa realizada para a coleta de dados sobre a realidade vivenciada

por cada família dos alunos também pretende mostrar como a construção de

um projeto político-pedagógico pode contribuir para estabelecer novos

paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição

escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de

inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos

anseios de todos os que participam do cotidiano escolar. Essa prática não só

levanta dados estatísticos da comunidade como um todo, como também

percebe cada indivíduo dentro do coletivo, respeitando a história de cada ser.

Dos cento e trinta e seis alunos devidamente matriculados no período

matutino da Escola, cinquenta e nove responderam ao questionário sócio-

econômico onde constatou-se que a maioria dos alunos da Escola mora na

área urbana e uma pequena parte na área rural.

Percebe-se pelo gráfico 1, que a maior distância percorrida por alunos é

de 2.000 a 2.500 metros até a escola, isso porque são alunos da área rural, e

portanto, somente 3 alunos utilizam o transporte escolar. O

georreferenciamento contribui para que os alunos estudem na escola próxima

a sua casa, evitando dessa forma, longos percursos, trazendo maior segurança

aos alunos e familiares.

Gráfico 1: Distância até a escola

em branco 100m a 300m 400m a 600m 800m a 1.500m 2.00m a 2.500m 5 m a 50m

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

9

1718

10

23

Page 27:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

24

Quanto à habitação (gráfico 2) 44 possuem casa própria, e 11 pagam

aluguel, emprestada 2 e financiada 1.

Gráfico 2: Habitação

Questionados sobre com quem residem (gráfico 3), a maioria, 35 dos

entrevistados ,responderam morar com os pais, 9 com a mãe e o padrasto, e 7

com a mãe.

Gráfico 3: Família

Quanto ao número de pessoas que compõe cada família (gráfico 4)

constatou-se que dos 49 alunos que responderam a questão, os seguintes

índices: 19 das famílias são compostas por 4 integrantes, 14 das famílias são

compostas por 3 integrantes, 11 das famílias são compostas por 5 integrantes,

7 das famílias são compostas por 6 integrantes, 3 famílias são compostas por 7

integrantes, 2 famílias são compostas por 9 integrantes e 3 famílias são

compostas por 2 integrantes.

Gráfico 4: Composição familiar

PRÓPRIA ALUGADA EMPRESTADA FINANCIADA EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

5044

11

2 1 1

2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas 6 pessoas 7 pessoas 9 pessoas

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

3

14

19

11

7

32

Page 28:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

25

Quanto ao número de filhos (gráfico 5) constatou-se que em 27 dos casos

há 2 filhos na família, em 14 há 1 filho na família, em 11 há 3 filhos na família,

e em 2 casos há 6 filhos na família. Percebendo-se que as famílias cada vez

estão menores, devido a fatores fatores: trabalho da mulher, questões

econômicas, etc.

Gráfico 5: Número de filhos

Com relação à religião das respectivas famílias (gráfico 6) constatou-se

que 31 das famílias são Católicas, 24 são Evangélicos (Lutheranos,

Congregacional, Adventistas e Testemunha de Jeová), sendo que 49 são

praticantes , 2 não, e 8 não responderam a questão.

Gráfico 6 – Religião

Referente a quantas pessoas trabalham em cada família (gráfico 7),

constatou-se que em 32 famílias pelo menos 2 pessoas trabalham, em 12

famílias uma pessoa trabalha e mantém a casa, e em 9 famílias 3 pessoas

trabalham, sendo que a maioria das mães trabalham como zeladora e

doméstica (25), e as outras nas mais variadas profissões ( lavadeira,

costureira, balconista, manicure, serviços gerais, embaladeira, professora,

1 fi lho 2 fi lhos 3 fi lhos 4 fi lhos 6 fi lhos EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

14

27

11

32 2

CATÓLICA EVANGÉLICA EM BRANCO

0

5

10

15

20

25

30

35 31

24

4

Page 29:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

26

auxiliar de inspeção, manicure, agente educacional, balconista, comerciante,

operadora de caixa), sendo que 7 permanecem em casa fazendo as atividades

domésticas. Quanto aos pais, 7 trabalham como motoristas, 5 em serviços

gerais, 4 como pedreiros, 6 não responderam, e os outros nas mais variadas

profissões (mecânico, eletricista, auxiliar de produção, encarregado, gráfico,

porteiro, operador de máquina, operador de caldeira, comerciante, autônomo,

bombeiro, frentista, servente, entregador de bebidas, marceneiro, operador de

equipamentos e auxiliar de lavanderia).

Gráfico 7: Emprego

Quanto à escolaridade do pai (gráfico 8), percebe-se que a maioria possui

Ensino Fundamental incompleto e completo, sendo que nem um é analfabeto.

Gráfico 8: Escolaridade do pai

Quanto a escolaridade da mãe (gráfico 9), 18 possuem o Ensino

Fundamental incompleto e 18 completaram o Ensino Médio enquanto que dos

pais somente 10 possuem o Ensino Médio completo.

1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 5 pessoas 4 pessoas em branco

0

5

10

15

20

25

30

35

12

32

9

2 2 2

EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. ALFABETIZADO

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

8

4

16

14

6

10

1

Page 30:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

27

Gráfico 9: Escolaridade da Mãe

Com relação à renda familiar (gráfico 10) 19 famílias vivem com até 3

salários mínimos, 14 com até 4 salários mínimos, 11 com até 5 salários

mínimos, 9 com até 2 salários mínimos e 3 com 1 salário mínimo. Sendo que

dessas famílias 5 recebem Pensão Alimentícia, 3 recebem Bolsa Família, 2

Pensão do INSS, e uma ajuda do governo do Programa do Leite.

Gráfico 10: Renda familiar

Com relação aos bens (gráfico 11), constatou-se que 41 famílias

possuem imóveis, 33 tem carro e 19 tem moto.

EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. SUP.INC. SUP.COM.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

4 4

18

8

6

18

1 1

1 SAL. MIN. ATÉ 2 ATÉ 3 ATÉ 4 ATÉ 5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

3

9

19

14

11

Page 31:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

28

Gráfico 11: Bens materiais

Quanto aos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (gráfico 12) que as

famílias possuem, foi constatado que somente 1 respondeu não ter celular, e 3

deixaram em branco o restante possui celular, alguns até 3 ou 4; quanto a

televisão 4 não responderam, os outros 55 possuem tv em casa, alguns até 3.

Computador, 25 responderam ter em casa, mas somente 13 estão conectados

à internet.

Gráfico 12: Eletrônicos

Com relação às atividades praticadas pela família (gráfico 13) os pais

posicionaram-se da seguinte forma: 27 preferem passeios na casa de amigos e

familiares, 6 pescar e 5 irem em pizzaria.

IMÓVEIS CARRO MOTO

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45 41

33

19

COMP. REV. INT. TV PARAB. CEL.

0

10

20

30

40

50

60

25

2

13

55

34

55

Page 32:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

29

Gráfico 13: Lazer

Quanto ao meio que a família mais utiliza para manter-se informado

sobre os acontecimentos atuais, em primeiro lugar destacou-se a televisão, em

segundo lugar ficou a opção do rádio, terceiro lugar jornais e quarto e último

lugar revistas.

As famílias foram questionadas sobre possíveis problemas que possam

ter e que estejam demandando gastos extras, sendo que 25 famílias

responderam que sim, 11 que não e 23 não responderam. Dessas 25 famílias,

11 citarem gastos extras com doenças na família, 4 com dívidas e o restante

com (pagamento de funeral , filho autista ( apresenta crises e necessita de

atendimento especializado e medicação não fornecido pela farmácia básica) e

mecânica do carro). Questionados se alguém da família apresenta problemas

com alcoolismo e drogadição, 5 responderam afirmativamente , 48 que não e 6

deixaram em branco. Quanto a medidas sócio educativas, 49 responderam que

não tiveram casos na família, 7 não responderam e 3 disseram ter familiares

que já pagaram medidas sócio educativas por infrações cometidas.

Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre

os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece,

através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade.

O trabalho na escola exige necessariamente comprometimento de todos os

envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus

pais e a comunidade como um todo. Para isso, precisa-se saber qual é a

EM BRANCO PASSEIOS

CHURRASCOVIAJAR,PRAIA

FESTASASSOC.

PIZZARIAPESCAR

TVNENHUM

0

5

10

15

20

25

30

9

27

3 3

12

56

21

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30

realidade vivida (determinações sócio/econômicas/histórico/culturais) de cada

grupo específico.

Foram enviados questionários para os pais dos alunos do noturno, sendo

que somente 5 retornaram.

Percebe-se a ausência dos pais na educação formal dos filhos no período

noturno. Muitos alunos dizem abertamente que somente estão estudando pois

são obrigados por lei, ou estão cumprindo ordem judicial.

Os problemas noturnos são muitos, partindo pela dificuldade que os

professores tem em dar andamento e continuidade ao processo ensino-

aprendizagem, uma vez que a maioria dos alunos são faltosos.

Por ser a única escola que oferta 6ª a 8ª série no período noturno, os

alunos se deslocam de grandes distâncias para chegarem à escola.

Devido a esses e vários outros fatores a escola apresenta um baixo

índice do Ideb, o que a coloca entre as escolas do Programa Superação.

Page 34:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

31

V – MARCO CONCEITUAL

5.1 - Sociedade

Desde criança percebemos que as pessoas com as quais convivemos

todos os dias formam um grupo especial denominado família. Observando o

mundo ao redor, percebemos que as pessoas só vivem em grupos, estudando

a evolução da humanidade. Os pesquisadores concluíram que o homem

sempre viveu assim, desde que apareceu na Terra.

Por mais que consigamos recuar no tempo, veremos os homens vivendo

em grupos, reunidos à beira do fogo, abrigando-se em cavernas, caçando ou

vagando em bandos de um lugar para outro. Inúmeras pesquisas demonstram

que viver em sociedade faz parte da natureza humana.

Verificando em livros, rádio, televisão, Internet e outros meios de

comunicação, ficamos sabendo que em outras regiões do planeta Terra vivem

pessoas de aparência e costumes diferentes dos nossos. Mas, embora

diferentes em muitas coisas, também vivem em sociedades como nós.

A sociedade existe para que o homem possa:

– sobreviver e fazer adulto, pois é fraco e indefeso e morre facilmente, se não

for protegido e se não receber cuidado;

Page 35:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

32

– satisfazer suas necessidades, pois, mesmo depois de adulto, depende dos

outros para alimentar-se, vestir-se, abrigar-se, para promover suas

necessidades espirituais, afetivas e tantas outras para viver

adequadamente, enfim;

– aprender a viver como gente, pois estudos e casos verídicos, como o do

menino lobo na Índia, comprovam que a vida em sociedade é fundamental

para que se adquiram certas características humanas, sem as quais não se

comportará como ser humano que é;

– compartilhar a evolução humana, pois todo progresso humano parece só ser

possível com a vida em sociedade. A história já mostrou que o convívio em

sociedade possibilitou num processo coletivo muitos avanços e

aperfeiçoamentos.

Porém, atualmente nossa sociedade está marcada por práticas sociais

excedentes e por uma educação dominante, que controla os indivíduos. Esta

sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de

caráter social, político e econômico, sendo originadas nos pressupostos

neoliberais e na globalização da economia que tem norteado as políticas

governamentais.

Busca-se, através da educação uma formação que leve em consideração

a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo-intelectual e moral, e que seja

capaz de interpretar as condições históricas/culturais da sociedade em que

vive de forma crítica e reflexiva, impondo as suas próprias ações, deixando,

desta forma, de ser um indivíduo manipulado e controlado.

5.1.1– Mundo

Partir-se-a da concepção da existência de vários mundos. Dessa forma

citaremos os principais:

-mundo familiar;

-mundo escolar;

-mundo do trabalho;

-mundo religioso;

-mundo comunitário;

-mundo político/econômico /comunicações

Page 36:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

33

Assim, tem-se esses exemplos citados, inclusos num mundo maior,

globalizado e integrado e é claro que “nunca” iremos poder citar todas as

formas de mundo, seria impossível. Mas procuraremos trabalhar com o

enunciado anterior que julgamos ser os mais importantes e próximos do que

vivenciamos.

5.1.2-Mundo familiar

Todo mundo tem família e ela é a mais velha instituição da sociedade.

Mas, se formos examinar nossa história, veremos que, diferentemente de uma

família ideal, congelada em padrões, tivemos, em nosso passado, famílias, no

plural. E que diferentes tipos se constituíram, ao sabor de conjunturas

econômicas ou culturais.

Inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da

personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de todas.

É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio são

adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É

instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua

própria felicidade.

Os membros integrantes da família (pais, irmãos, avós etc) moldam o ser

humano, contribuindo para a formação do futuro adulto. Não foi por acaso que

um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, já afirmara

que "o menino é pai do homem".

O grupo familiar tem sua função social e é determinado por necessidades

sociais. Ele deve garantir o provimento das crianças, para que elas, na idade

adulta, exerçam atividades produtivas para a própria sociedade, e deve educá-

las, para que elas tenham uma moral e valores compatíveis com a cultura em

que vivem . Tanto assim que a organização familiar muda no decorrer da

história do homem, é alterada em função das mudanças sociais .

Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas uma instituição de

origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos caracteres

culturais e sociais.

Page 37:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

34

Trata-se, em verdade, da celula mater da sociedade, do seu núcleo

inicial, básico e regular. É um microssistema social, onde os valores de uma

época são reproduzidos de modo a garantir a adequada formação do indivíduo.

O papel do pai (gênero) moderno não se limita apenas ao simples

pagamento dos gastos da sua prole ao final do mês. É inegável que o

pagamento das diversas despesas é indispensável à sobrevivência dos

menores, mas ele não é a única função dos pais, sequer a mais importante, até

porque poderia ser facilmente preenchida por um orfanato ou outra instituição

de caridade qualquer, talvez até com maior eficiência.

É o acompanhamento psicológico, educacional e mesmo espiritual, o

diálogo exercitado cotidianamente, a transferência de maturidade e de lições

de vida, a participação efetiva na escolha do colégio, do esporte, da academia

de balé, é estar sempre se renovando e se conhecendo para acompanhar as

gradativas mudanças dos filhos, enfim, é preparar um ser humano

intelectualmente equilibrado e certo dos seus valores para a vida em

sociedade que define o verdadeiro papel do pai contemporâneo.

Os filhos, de outro lado, ganharam o espaço necessário à participação no

processo educacional: saíram da condição de meros objetos deste processo

para alcançarem o status de sujeitos com direito à voz naquilo que lhes

interessava diretamente. Dessa forma, os filhos deixaram de ser simples

repetidores de ordens dos seus pais, o que aumentou em muito o contato

(verdadeiro) entre eles.

A família deixou de ser um instituto fechado e individualista para ser

definida modernamente como uma comunidade de afeto e entreajuda, local

propício à realização da dignidade da pessoa humana e, por isso mesmo,

caracterizada como um ente voltado para o próprio homem, plural como ele

mesmo é, democrática, aberta, multifacetária, não discriminatória, natural e

verdadeira.

É neste contexto que se inicia o mundo de todos nós, na falta deste,

poderá trazer consequências as quais limitarão ou deixará sequelas para a

inclusão nos mundos posteriores.

Page 38:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

35

A presença e o apoio dos pais na educação de seus filhos é primordial

para a formação intelectual e social da criança. Esta por sua vez, sentindo –se

amada e valorizada, mas também aprendendo limites, terá grandes chances

de engajar –se com sucesso nos demais mundos.

5.1.3-Mundo escolar

Aqui inicia–se o lançamento da criança para a convivência e

aprendizagem. Descobrir um mundo novo para muitos é um desafio, o qual

deverá ser vencida com paciência, dedicação, vontade de aprender e por que

não dizer ‘crescer '. é claro que muitos alunos vão à escola com medo, fato

este que tem a consequência da superproteção dos pais, deixando–o inseguro.

O mundo escola é amplo, deve ser democrático, preparar o aluno não apenas

para o mercado de trabalho, mas também para a vida.

A assimilação de conceitos não-espontâneos torna-se predominante na

adolescência e em indivíduos que passam pelo processo de escolarização. Essa

assimilação permite relacionar os atributos do novo conceito em sua estrutura

cognitiva, de modo distanciado da percepção imediata do objeto ou fenômeno.

O papel do professor na facilitação da Aprendizagem Significativa de

conceitos é imprescindível, pois é ele o agente que deve atuar como

organizador prévio na criação de possibilidades de aprendizagem do aluno, e

que, segundo Moreira (1999, p. 162) envolve quatro tarefas fundamentais:

- Identificar os princípios unificadores, inclusivos, mais gerais, que possam

construir a ponte entre os conhecimentos prévios e o conhecimento escolar.-

- Identificar quais os subsunsores relevantes à aprendizagem do conteúdo a ser

ensinado, que o aluno deveria ter em sua estrutura cognitiva.

- Diagnosticar aquilo que o aluno já sabe.

- Auxiliar o aluno a assimilar a estrutura da matéria de ensino e organizar sua

própria estrutura cognitiva, nesta área do conhecimento, por meio da aquisição

de significados claros, estáveis e transferíveis. E sendo assim, é preciso

Page 39:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

36

considerar a estrutura conceitual e estrutura cognitiva do aluno no início da

instrução e tomar as providências adequadas se a estrutura cognitiva do aluno

não for adequada.

Segundo Pozo (1998), a assimilação é o processo pelo qual o sujeito

interpreta as informações que provém do meio, em função de seus esquemas

ou estruturas conceituais disponíveis, possibilitando, desta forma, aquilo que

Piaget conceitua como " integração de elementos exteriores e estruturas em

evolução ou já acabadas no organismo" (Pozo, 1998 p. 178) e este processo

requer do aluno o enfrentamento de desafios e problemas.

Dessa forma, a acomodação pressupõe não somente uma modificação

dos esquemas prévios em função da informação assimilada, mas também uma

nova assimilação, ou reinterpretação dos dados ou conhecimentos anteriores

em função dos novos esquemas construídos. Os processos de assimilação e

acomodação são indissociáveis no processo de aquisição de conhecimento

(POZO, 1998).

5.1.4-Mundo do trabalho

Entre as grandes transformações resultantes do advento da sociedade

informacional, temos a re conceitualização do trabalho humano. Desde a

Grécia Antiga, passando pela Idade Média, na visão dos protestantes, dos

economistas clássicos ou no entendimento crítico de Hegel e Marx, o

conceito/entendimento de trabalho tem sofrido profundas alterações, as quais

expressam as mudanças econômicas e as formas de produção próprias de cada

contexto. Tomando-se como base a concepção fordista-taylorista responsável

pela organização científica do trabalho, temos a característica que mais

contrasta com a forma atual de conceber o trabalho, ou seja, a desvalorização

do conhecimento e do saber desenvolvido com a formação e a experiência. De

acordo com Gramsci, "a qualificação (aqui) é medida a partir do desinteresse

do trabalhador, da sua "mecanização"; esta concepção reduzia as operações

produtivas apenas ao aspecto físico maquinal, negando a participação ativa da

inteligência, da fantasia e da iniciativa do trabalhador.

Page 40:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

37

Neste paradigma, o controle, a prescrição e a limitação dos movimentos,

praticamente anulavam a importância do "saber-fazer" dos trabalhadores,

ignorando com isso a capacidade que os mesmos possuíam no sentido de

aperfeiçoar os sistemas técnico-organizacionais. Sobre isto, o exemplo dos

amanuenses dado por Gramsci para ilustrar essa situação sobre o taylorismo e

a mecanização do trabalhador, é bastante interessante. Segundo ele, para os

amanuenses a adaptação à mecanização seria bem mais difícil do que para

outro trabalhador, pois os mesmos teriam que ignorar ou não refletir sobre o

conteúdo intelectual do texto que estavam reproduzindo para evitar que

interferissem e modificassem o texto.

Porém, a nova organização flexível do trabalho coloca em questão esses

pressupostos tradicionais. Na era das novas tecnologias de comunicação e

informação, o conteúdo qualitativo do trabalho passa a ser privilegiado,

transformando-se, assim, sua concepção. O trabalho passa a ser uma série de

aplicações de conhecimentos, onde os indivíduos voltam suas capacidades

para a programação e o controle, e isto traz como exigência se pensar a

formação dos indivíduos para o trabalho com base em pressupostos pós-

fordistas, sob os quais novas habilidades estão sendo demandadas. Temos

hoje um aumento das exigências de aptidões para o trabalho, considerando-se

uma base de conhecimentos mais amplos, exigência de capacidade para

resolução de problemas, exigência para tomada de decisões autônomas,

capacidade de abstração e comunicação escrita e verbal. Somando-se a isto, o

trabalhador deve ser polivalente, e com maior nível de escolaridade.

Polivalente no sentido de multi-qualificado, isto é, aquele que é capaz de

desenvolver e incorporar diferentes APRENDIZAGENS , CONHECIMONTOS e

repertórios profissionais. Desta forma, a partir dos conhecimentos

aprendidos na escola e na família, o indivíduo busca inserir-se no mercado de

trabalho.

Saber respeitar os colegas de trabalho e seus superiores, desenvolver as

atividades de forma criativa, com precisão e êxito, são consequência daquilo

que a pessoa aprende nos mundos “anteriores”.

Um fator primordial para o sucesso do trabalhador é o trabalho em

grupo. Sem ele nada funciona ou não funciona como deveria.

Page 41:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

38

O mundo do trabalho busca funcionários criativos, de boa convivência

social, dinâmicos e polivalentes.

5.1.5-Mundo religioso

O direito de liberdade de consciência e de crença deve ser exercido

concomitantemente com o pleno exercício da cidadania.

Qualquer tentativa no sentido de pressionar o poder público na

elaboração de leis civis que tenham em conta o dever ou a obrigação de

santificar qualquer dia com o "Dia do Senhor", representa um retrocesso

histórico inaceitável e um atentado contra o direito de liberdade religiosa.

A lei a todos obriga, sejam cristãos, muçulmanos, judeus, católicos,

protestantes, hindus, budistas, etc., tenham eles religião ou não.

A utilização geral de uma lei pelo Poder Público para impor à todos os

cidadãos determinados valores religiosos e doutrinários, ligando a Religião ao

Estado, é a principal fonte de intolerância religiosa ao longo da história.

A Organização das Nações Unidas – ONU -, na sua célebre DECLARAÇÃO

UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, assim dispôs:

"ARTIGO 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência

e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a

liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo

culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em

particular".

Para tornar esse dispositivo ainda mais claro, a mesma Organização das

Nações Unidas – ONU, fez editar a DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE

TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS EM

RELIGIÃO OU CRENÇA (Resolução n.º 36/55). Desse documento extraímos os

seguintes trechos:

"Art. 1º. Ninguém será sujeito à coerção por parte de qualquer Estado,

instituição, grupo de pessoas ou pessoas que debilitem sua liberdade de

religião ou crença de sua livre escolha".

Neste sentido também é a Convenção Americana sobre Direitos

Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ingressa no sistema pátrio nos

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39

termos do Decreto n.º 678, de 06 de novembro de 1992, cujo art. 12, alínea 2,

explicita:

"Artigo 12. Liberdade de Consciência e de Religião

Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua

liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião

ou de crenças.".

Garante, ainda, o artigo 26 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos:

"Artigo 26. Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem

discriminação alguma, a igual proteção da lei. A este respeito, deverá proibir

qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e

eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua,

religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,

situação econômica, nascimento ou qualquer opinião.".

Ajuda na reflexão e espiritualidade, ajuda na convivência da família, escola e

trabalho.

Acreditar num ser maior e poderoso ou em forças “extramundo” pode

fixar um diferencial numa situação difícil de resolver.

Muitas vezes recorremos às religiões para tomarmos decisões

importantes em nossas vidas.

5.1.6-Mundo Comunitário

Na literatura do desenvolvimento comunitário o conceito de comunidade

é ambíguo, muito pela quantidade de definições utilizadas para a definir. É

frequente ouvirmos ou lermos o termo aplicado para designar pequenos

agregados rurais (aldeias, freguesias) ou urbanos (quarteirões, bairros), mas

também a grupos profissionais (comunidade médica, comunidade cientifica), a

organizações (comunidade escolar), ou a sistemas mais complexos como

países (comunidade nacional), ou mesmo o mundo visto como um todo

(comunidade internacional ou mundial).

Nas ciências sociais estão identificados alguns tipos de comunidades.

Existe uma distinção entre duas formas de usar o termo comunidade. A

primeira, prende-se com a noção territorial ou geográfica. Neste sentido,

comunidade pode ser entendida como uma cidade, uma região, um pais, um

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40

bairro, o prédio, ou a vizinhança. O Sentimento de Comunidade implica um

sentimento de pertença com uma área particular, ou com uma estrutura social

dentro dessa área. A segunda, tem um carácter relacional, que diz respeito à

rede social e à qualidade das relações humanas dentro da localização de

referência .

Para que exista uma comunidade é necessário que os seus membros

possuam um sentimento de consciência partilhada de uma forma de vida, com

referências comuns, um grupo de pessoas com os quais interage e que através

destas relações, proporciona uma sensação de estimulação e de acolhimento.

O sentimento de pertença ao tecido social, com fortes laços, supõe por um lado

a obtenção de apoio social e por outro a disposição de recursos com os quais

pode minimizar os efeitos de situações de stress ao longo das suas vidas.

A abordagem ideal a uma comunidade será o de realçar e incentivar as

capacidades e qualidades dos indivíduos em vez de sobre-enfatizar os défices

dos indivíduos ou da própria comunidade. Caso esta atitude não seja tomada,

os sistemas sociais que se criam retiram a possibilidade dos sistemas naturais,

como a vizinhança, as associações locais e os recursos já existentes na

comunidade desempenharem um papel relevante na resolução dos problemas

existentes.

O mundo comunitário consiste no envolvimento da sociedade como um

todo: escola, família, trabalho e lazer.

5.1.7 -O Mundo Político, Econômico e Globalizado.

Podemos comparar o mundo político globalizado com uma pequena

comunidade qualquer.

O contexto seria praticamente o mesmo: diferenças exorbitantes de

renda per capita, má distribuição da renda, pluralidade religiosa e étnica,

diferentes tipos de graus de instrução, competição, desemprego, luta das

pessoas para sobreviver.

O fator que diferencia o mundo de uma pequena comunidade é apenas a

“amplitude”.

É a interligação do mundo. No século XX, surgiram novas tecnologias,

como a internet que permite a troca rápida de informações entre pessoas de

todas as partes do planeta. O que acontece na globalização é a invasão de

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41

mercadorias, serviços, tecnologias, pessoas, etc., de várias partes do mundo

em diversos lugares e vice e versa.

A expressão "globalização" tem sido utilizada mais recentemente num

sentido marcadamente ideológico, no qual assiste-se no mundo inteiro a um

processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo, caraterizado

pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos

mercados, pelas privatizações das empresas estatais, e pelo abandono do

estado de bem-estar social. Esta é uma das razões dos críticos acusarem-na, a

globalização, de ser responsável pela intensificação da exclusão social (com o

aumento do número de pobres e de desempregados) e de provocar crises

econômicas sucessivas, arruinando milhares de poupadores e de pequenos

empreendimentos.

Não é possível entender a sociedade humana sem as dimensões da

política. Pois, todas as ações dos indivíduos são orientadas por ela, consciente

ou inconsciente. O pensar a política está ligada a condição antropológica do

homem. Eles racionalmente dão configuração as idéias que vão servir de

referencial p-ara o processo histórico. E os que não se inserem ou se ocupam

de fazer isto, serão comandados por quem pensa e faz valer suas concepções e

princípios, através das relações de poder.

Viver politicamente é reconhecer-se como sujeito histórico, ter

consciência que a história é feita por homens e mulheres no processo de viver

em sociedade. São formas de perceber e sentir o mundo, formas de relações

com o tempo, proporcionar associação de ideias e recria-las de acordo com a

pertinência da época, para dar conta das demandas prementes. Ver o mundo

pelo viés político é fundamentar ideias que indicam procedimentos, solidificar

entendimentos complexos e melhorar a compreensão das pessoas sobre seu

lugar no contexto da globalização.

Neste sentido, o homem consciente de sua característica política

estabelece vínculos entre suas ideias e as que fazem parte da visão dominante

no seu tempo. Tem entendimento que há grupos que procuram manter as

estruturas e os processos sociais, culturais e econômicos e outros que desejam

e lutam para transformá-los.

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42

5.2- O Homem

“O que é o Homem?”

A dificuldade ou mesmo a impossibilidade de se elaborarem respostas

definidas sobre a natureza humana, longe de ser um dado negativo, é o que

impulsiona os educadores a elucidarem as diversas questões acerca da

essência do homem.

Podemos conceituar o homem como um ser material. Significa dizer que

possui um corpo, ou seja, é matéria viva complemente organizada e, como tal,

sujeito às mesmas leis que governam outras matérias. Possui mobilidade e

possibilidade de se aperfeiçoar até certo ponto. É dotado de instintos e

impulsos relativos a sua vida não consciente. Como ser material e corpóreo é

determinado pelo meio físico e cultural em que vive.

Como todo o ser vivo, o homem age sobre a natureza com a finalidade de

sobreviver como espécie. No entanto, enquanto nos outros animais a atuação

sobre a natureza é resultado de um código genético, cronologicamente

determinado para cada espécie, no homem ela ocorre de forma intencional e

planejada, ou seja, o homem tem consciência de que está transformando a

natureza para adaptá-la as suas necessidades. Nesse sentido ele difere dos

demais seres vivos porque possui vida própria, consciente, auto determinada e

auto determinante.

Outra forma de ver o homem é com um ser racional. A posse e o uso da

razão caracterizam o homem distinguindo-se dos outros animais. É capaz de

refletir, emitir Juízos, dominar e modificar a natureza por meio de suas

conquistas tecnocientíficas bem como elaborar conceitos e ideias. É dotado de

um poder de conhecimento ilimitado: compreende a si mesmo e as coisas que

o cercam o que lhe permita alterar consciente e intencionalmente as

circunstâncias do meio em que vive.

Este homem racional se indaga acerca dos valores morais, sociais,

políticos, culturais que cultiva. Como ser racional busca seus fins a partir de

seus valores: torna-se efetivamente humano, isto é, torna-se pessoa.

O pensamento e a inteligência permitem ao homem resgatar o passado

para melhor compreender o presente e planejar o futuro de forma mais

adequada e promissora. Como ser inventivo e criativo que é, essa apropriação

Page 46:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

43

do passado não se faz de maneira predeterminada e repetitiva. Os

conhecimentos são constantemente renovados, o que permite e garante o

avanço e o progresso de cada geração em relação a seus antepassados.

O homem deve também ser visto como um ser psíquico. O ser humano,

dotado de uma personalidade exclusiva, necessita de afeto, compreensão,

aceitação, auto-estima e auto-respeito. Ao mesmo tempo, nutre diferentes

sentimentos pelos demais indivíduos e pelas coisas que fazem parte do seu

estar no mundo. O sentimento é um dos elementos integrantes da estrutura

humana e faz o homem ter aspirações, desejos e necessidades.

Este homem destaca-se como um ser social e político. O indivíduo não

existe como ser humano fora do convívio social. A coexistência e a cooperação

entre os indivíduos e grupos são necessárias para a constituição e

desenvolvimento das diferentes instituições sociais e políticas que, por sua vez,

garantem o bem-estar individual e coletivo.

A sociabilidade é inerente ao ser humano e garante a perpetuação de sua

história. A convivência social permite-lhe compartilhar experiências e vivências

passadas e presentes, bem como projetar realizações futuras mediadas pelo

uso contínuo que faz da linguagem.

A linguagem é um fenômeno eminentemente social, resultado da

convivência humana, que possibilita a comunicação escrita e oral entre os

homens. Por meio da linguagem é possível a transmissão da cultura, a

conservação do passado, o registro do presente e a construção do futuro. A

comunicação pessoal e social é intermediada pelo uso que os homens fazem

da linguagem nas suas mais variadas formas.

O homem intervém no curso da história, ele é um ser da praxis. Renova e

inova sua existência pessoal e coletiva, transformando o mundo e

transformando-se a si mesmo por meio de suas ações, que se fundamentam na

racionalidade, na liberdade e na intencionalidade da consciência, que lhe é

própria.

Este homem destaca-se como um ser ético e estético. Como ser moral, o

homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade e é

compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade. Como ser

estético é permanentemente atraído pelo belo. O homem é o único ser vivo

capaz de experiências emoções estéticas e compreender o belo. Em virtude

Page 47:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

44

dessas características peculiarmente humanas, ele se enfeita, cria a moda e

faz objetos sem qualquer finalidade utilitária, mas somente para se deleitar e

se contentar.

Por tudo isso, podemos dizer que o homem é um ser finito, perfectível e

inacabado. Ele é o único ser que tem consciência de sua finalidade. Sabe que

sua vida tem começo, meio e fim: “é um ser para mente”. Desta maneira, ele

não se satisfaz com o que é ou com aquilo que possui. Está continuamente

buscando algo mais. Aspira ao infinito e deseja alcançá-lo. Ao mesmo tempo

está consciente de seus limites: é um ser finito que procura a perfeição e o

absoluto.

5.3 - Conhecimento

O nome conhecimento é dado a relação estabelecida entre a consciência

(sujeito cognoscente) e um objeto. Nesse sentido, todo conhecimento

pressupõe dois elementos em relação:

- Ao sujeito que quer conhecer;

- Ao objeto a ser conhecido.

Assim, o conhecimento é o ato, o processo pelo qual o sujeito se coloca

no mundo e estabelece uma ligação com ele. O mundo torna possível o

conhecimento na medida em que se oferece a um sujeito apto a conhecê-la.

Esse mesmo sujeito pode tornar-se objeto de seu próprio conhecimento.

Também é dado o nome de conhecimento ao saber acumulado pela

humanidade através dos tempos. Nessa perspectiva o conhecimento é tratado

como produto, que tanto pode ser utilizado como transmitido.

O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. O conhecimento que

temos de um amigo, por exemplo, é concreto. O conhecimento que temos de

um ser humano, num enfoque mais universal, é abstrato. Dessa forma, o

conceito de ser humano é muito mais extenso do que o do amigo.

O conhecimento abstrato nos ajuda a organizar e compreender mais

amplamente, mas nos afasta da realidade concreta. Desse modo, podemos

chamar de verdadeiro o conhecimento que se dá no processo dialético entre o

abstrato e o concreto. Esse é um processo infinito, que desvenda o mundo

humano na sua riqueza e diversidade.

Page 48:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

45

O conhecimento implica transformação, tanto do sujeito quanto do

objetivo. Isso porque o sujeito se transforma quando sabe; e o sujeito se

transforma porque o conhecimento lhe confere sentido.

Tradicionalmente, diz-se que várias são as formas de conhecer: o mito, o

senso comum, a ciência, a filosofia, a religião e a arte. Diz-se também que

essas formas diferem de acordo com a postura do sujeito frente ao objeto. Essa

postura distinta gera diferentes enfoques e metodologias. Por exemplo: a

ciência procura estruturar saber por meio do método científico, que tem por

eixo básico a experimentação e a formulação de hipóteses. A filosofia procura

conhecer através da reflexão rigorosa, sistemática e radical, numa abordagem

globalizante. A religião, através da fé, busca dar sentido transcendente ao

mundo e a vida humana. A arte, principalmente por meio da instituição e da

sensibilidade, propõe sua leitura de mundo, sua forma de conhecê-lo e

interpretar esse conhecimento. O senso comum é resultante das várias formas

de conhecimento amalgamadas na herança do grupo cultural ao qual

pertencemos e das experiências de cada um de nós.

Desta forma, a escola deve ser um espaço de produção, resistência e

transgressão de conhecimentos, possibilitando a formação de indivíduos não

conformados, construidores de um mundo de lutas, buscas, relações, diálogos,

práticas, confrontos e desafios.

Nesse processo de conhecer a escola deverá possibilitar a formação da

autonomia, da criatividade e da criticidade, respeitando as diversidades

existentes entre os seres, valorizando o cotidiano e construindo coletivamente

novos conhecimentos, conscientizando-os das contradições da sociedade.

5.4- Educação/Escola

A educação para o entendimento político nas relações pressupõe criar

condições para que o educando consiga buscar o sentido da existência humana

e da essência delas como resultado de intencionalidade sócio-culturais. Nossa

postura política se manifesta sempre que refletimos, discutimos formas de

sociabilidades, serviços públicos que não cumprem a efetiva função social,

argumentamos a respeito das relações dos homens com a natureza e

atribuímos e defendemos valores éticos para afirmar nosso propósito de

sociedade.

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46

O educador é fundamental neste processo de politização da educação,

como mediador entre os sujeitos do conhecimento e as formas de

interpretação e desvelamento das dimensões, às vezes, ocultas do contexto

social, cultural ou econômico.

A educação que tem como finalidade a emancipação do sujeito precisa

ter como objetivo o empoderamento político do sujeito do processo educativo.

A humanização constante permite a cada nova geração o conhecimento,

adaptação e a absorção do que a humanidade construir, possibilitando também

a transformação e a reconstrução dessa geração e, consequentemente, dessa

sociedade.

A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os

instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade, realizar

escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que deve estar

implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem, questão esta já formulada

por Kant “as relações de educação no seu sentido mais amplo, têm que ter em

mente o estado futuro da humanidade. O homem deve fazer a si mesmo

melhor do que já é”.

A ação educativa consiste em oferecer ao homem condição de

discernimento e superação dos problemas, a fim de estabelecer escolhas a

partir dos próprios interesses, valores e ideais.

A escola se configura como um espaço definido para o desenvolvimento

do ensino, ou seja, como um espaço organizado, planejado e instituído para

promover a apreensão do conhecimento sistematizado e universalizado. Mas,

ainda é importante considerar que a escola possibilita também, em função de

uma condição histórico-cultural, o desenvolvimento implícito e/ou explícito da

ação educativa numa abordagem mais ampla. Como esclarece Antônio

Cândido (1985, p.11): “existe um sistema de relações, de papéis, de valores,

determinado no ensino manifestando-se principalmente na escola, concebida

não apenas como agência de instrução, mas como um grupo social complexo,

num dado contexto social.”

A escola, compreendida como uma unidade social responsável pela

educação, definem atitudes, comportamentos, posições, papéis. Possui uma

dinâmica própria e sem desconsiderar as relações estabelecidas pela

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47

sociedade, de onde recebe valores, normas e obrigações, não pode ser

entendida apenas como reflexo desta sociedade, devendo ter consciência da

sua responsabilidade singular de reflexão e criação. Assim, a escola se revela

também como um espaço onde os protagonistas da ação educativa, inspirados

por princípios fundamentais para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento

humano, podem sobrepujar as mazelas e contradições presentes nesta mesma

sociedade.

Ao desencanto da constatação de que na ação educativa ainda se

perpetuam princípios e práticas de submissão e controle é vital que se

contraponha o desejo por uma escola livre, criativa, autônoma, crítica,

sustentado na consciência de que para sua realização é preciso que se proceda

a redescoberta dos verdadeiros significados da Política, da Ética e da Estética.

Por outro lado, a escola tem potencializado o surgimento de um novo

papel, principalmente entre aqueles que vislumbram na sua existência um

campo de possibilidades para realização de um projeto de vida. A escola

adquire, então, a dimensão do encontro, é vista também como um espaço

social que permite o aprendizado da convivência em grupo, oportuniza a

relação com a diversidade e possibilita a experiência do “conflito”. Essa

dimensão ocorre, na maioria das vezes á revelia da própria escola.

Na trilha desta dinâmica socializadora da escola, tem surgido com uma

certa frequência à preocupação por parte dos educadores, de se investir no

potencial de criatividade, curiosidade e inquietação, presentes nos alunos.

Nestes casos, o espaço interessante, que oportuniza uma relação mais

prazerosa com o conhecimento. A escola, dessa forma, passa a provocar

significações que podem despertar no jovem o verdadeiro sentido de aprender.

5.5 – Avaliação

Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos

específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação.

Avaliação, portanto, não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o

momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que estamos

analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos desenvolveram. Vale

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48

dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, não só sobre o rendimento

escolar.

A avaliação é responsável pelo acompanhamento do rendimento do

estudante, mediante instrumentos previstos no regimento escolar e

observadas as diretrizes da lei. Esse é um aspecto que constitui um

permanente desafio para os educadores. De acordo com a legislação vigente,

podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que

prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os

resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando

adotados.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática

pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do

conhecimento. De fato, pode-se por meio dos procedimentos e mecanismos de

avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção do

conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação concorre, entre

outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção do

estudante.

A avaliação faz parte do processo de ensino, aprendizagem não para

excluir o aluno, mas para verificar em que medidas o conhecimento

apreendido permite organizar, interpretar, compreender a realidade que o

cerca, e também para verificar em que medida as escolhas que o professor faz

estão adequadas a este processo. Compreender isto significa ir além da

avaliação formal, que se presta muito mais a satisfazer as necessidades

burocráticas da instituição escolar. É importante verificar como podemos

avançar e melhorar nos nossos instrumentos, mas não é esse o nó principal do

processo educacional. Isso precisa vir no conjunto das transformações das

ações que se dão em sala de aula e na Escola. Se não invertermos a pedagogia

da avaliação pela pedagogia do ensino-aprendizado, não vamos alterar o

processo educacional.

Na concepção de J. Gimeno Sacristán, avaliar é perceber através de

qualquer processo algumas características do aluno, analisando suas condições

de aprendizado e julgando o que seja relevante para a educação. Entendemos

que avaliar não é somente dar atenção e analisar as condições de aprendizado

do aluno, suas características e outros pontos, mas também é preciso avaliar

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49

as práticas pedagógicas do professor e seu diálogo com o aluno. Desta forma,

a avaliação não deve ser feita apenas através de prova escrita ou trabalho,

mas, realizada no decorrer de debates em sala de aula, avaliando o

amadurecimento intelectual dos alunos e suas respostas aos estímulos dados

pelo professor.

Uma das primeiras formas do sistema avaliativo apareceu na China do

século II a.C., quando foi realizada uma prova oral para selecionar funcionários.

Mas a avaliação não era algo corrente. Mais tarde, nas universidades

medievais a avaliação cristalizou-se em forma da disputatio, exposição de um

aluno com seus professores. Através da pedagogia jesuítica e sua

competitividade, a avaliação foi posta como meio de medir o aprendizado de

forma escrita. Com a universalização deste sistema educativo a avaliação,

como prática de estímulo e controle, desenvolveu-se e perdeu a relação

individual entre professor e aluno e passou a ser coletiva. Para Sacristán, a

prática da avaliação evidencia a servidão e o controle de conduta.

A partir da reflexão de algumas trajetórias e concepções do processo de

avaliação o autor afirma ter ocorrido um afastamento da perspectiva da

avaliação enquanto sinônimo de mediação de estados do aluno para dar

ênfase ao diagnóstico da aprendizagem, à explicação das causas e ao

julgamento de valor do processo de aprendizagem.

As influências positivistas e as preocupações científicas fizeram a

didática passar a preocupar-se em registrar, no formato de testes, os

processos avaliativos. Nas décadas de 1960 e 1970, a teoria condutista de

Tyler passou a considerar como efeitos educativos somente os que causavam

mudanças de conduta observáveis por meio de técnicas objetivas de avaliação.

Esta proposta foi fortalecida pela contribuição da psicologia cognitiva que

postulava “...a necessidade de dispor de planos de sequências de instrução

muito estruturadas que explicitassem a concatenação de passos de

aprendizagem que é preciso seguir para o domínio de uma determinada

unidade de conteúdo, de modo que se possa ir comprovando o progresso e as

falhas concretas na cadeia.” (SACRISTÀN, 1998, p. 301). A pretensão de se

fazer uma pedagogia mais científica “tecnificou” os procedimentos de

avaliação.

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50

Foi a partir da incorporação do enfoque ambientalista em psicologia e na

educação, no entanto, que a necessidade de se considerar as circunstâncias

sociais e psicológicas do aluno no processo de aprendizagem foi vista. A partir

desta ampla perspectiva, Sacristán argumenta que a avaliação serve para se

ter consciência sobre o curso dos processos e dos resultados educativos,

levando em conta questões técnicas, éticas. É necessário, dessa forma,

dialogar sobre os métodos com os alunos, pais e a sociedade, bem como

expressar os resultados para os alunos.

Sacristán define alguns passos fundamentais do processo de avaliação.

Primeiro, analisar o mundo em que os alunos vivem; depois, selecionar uma

condição social mais geral, sem ignorar as outras; terceiro, elaborar um

julgamento padronizado a partir destas observações, recolhendo informações

pertinentes e apreciando o valor a ser dado para a realidade analisada; por

último, expressar o valor atribuído a esta avaliação.

Três pontos nos parecem centrais à avaliação:

● A avaliação deve contar com a formação adequada, para que as

categorias postas nela sejam significativas e cheias de conteúdo.

Este item é interessante por que, na prática pedagógica, o professor

deve estar atento para os diferentes níveis de aprendizado dos alunos e

preparar a avaliação de acordo com o geral, ou seja, sendo acessível a

todos e não somente para poucos.

● A seleção de aspectos da personalidade e rendimentos do aluno na área

tratada deve ser relevante.

Observar as aptidões dos alunos é fundamental para o processo de

avaliação. Muitas vezes, uma prova escrita não dá conta de medir o

aprendizado de determinado aluno, enquanto uma exposição oral daria conta

devido à aptidão do aluno. Por isso, o professor deve estar atento ao grupo e

às especificidades de cada indivíduo.

● Por fim, a informação coletada deve ser útil para orientar os métodos

educativos, a dinâmica da aprendizagem etc.

No processo avaliativo não devem ser eleitos conteúdos que não tenham

nada de relevante ou útil para o amadurecimento e vida prática do aluno, ou

seja, dar sentido e significado à matéria é algo fundamental para o bom

desempenho das funções do professor enquanto educador.

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51

De acordo com o pensamento de Michel Foucault, quando o aluno

aprende a ver-se, expressar-se, confessar-se, julgar-se e dominar-se, ele

cresce enquanto indivíduo. Sendo assim, a auto-avaliação nos parece algo

positivo, mesmo quando os alunos não são honestos, por que os leva a

conhecerem-se e a julgarem o que estão fazendo. Além disso, o processo de

auto-avaliação deve ser continuamente realizado pelo próprio professor, pois

avaliar sua prática pedagógica é algo fundamental para a análise e

reformulação de muitas questões centrais para sua atuação enquanto

educador.

As funções da avaliação, para Sacristán, estão divididas em alguns itens,

enumerados a seguir:

• Definição dos significados pedagógicos e sociais: a avaliação é a base

para manifestar as desigualdades que são construídas entre os

sujeitos. É a própria instituição que dota de significado a realidade

educativa e seus procedimentos.

• Funções sociais: as funções sociais que a avaliação cumpre são as

bases de sua existência como prática escolar, fornecem títulos,

selecionam para o ingresso em cursos de graduação, selecionam e

hierarquizam os níveis escolares, democratizam o acesso à

escolaridade. “Esta mentalidade se projeta no uso da avaliação como

recurso para obter-se o controle sobre o aluno/a nas instituições

educativas. A função seletiva e de graduação passa a ser um

instrumento de poder da instituição sobre os indivíduos que regula as

relações interpessoais”. (SACRISTÀN, 1998, p. 326).

• Funções pedagógicas: a legitimação da avaliação e de sua realização.

Ela atua como criadora do ambiente escolar determinando a relação

entre alunos e professores; a avaliação é vista como um diagnóstico

do processo de aprendizagem dos alunos, seu conhecimento,

conscientização, estado final como aluno e suas qualidades de aluno.

Sua finalidade é formativa e vista como aquela que se realiza com o

propósito de melhorar algo.

• Recurso para a individualização: a avaliação oferece o meio pelo qual

o professor vai diagnosticar o ritmo de aprendizado de determinado

aluno e como deve ser seu tratamento.

Page 55:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

52

• Garantia de aprendizagem: oferece a forma do professor analisar a

prática pedagógica desenvolvida até aquele momento e modificá-la,

se necessário.

• Função orientadora: muito semelhante a anterior, detecta as

qualidades do aluno e direciona o professor de como deve ser o

trabalho escolar.

• Base de prognósticos: serve com um guia para uma análise individual

dos alunos, que conduta deve ser desenvolvida e o que esperamos

dela.

• Ponderação do currículo e socialização profissional: é a avaliação dos

conteúdos e aprendizagens selecionadas, uma forma de filtro que

define os possíveis significados que os conteúdos possam ter para os

alunos.

• Funções de organização escolar: a avaliação organiza os níveis

escolares, com currículos organizados, possibilita a previsão de

espaços escolares para níveis secundários e superiores.

• Projeção psicológica: é a avaliação das formas de repercussão

psicológica que o processo avaliativo tem sobre o aluno,

determinando o que ele irá gostar mais ou menos, diante das suas

dificuldades ou facilidades.

• Apoio da investigação: avaliar qualitativamente o ensino, as escolhas

das técnicas, os procedimentos, as condições de trabalho, e outros.

A avaliação deve ser mais humanizada, globalizada, para abranger toda

a personalidade do aluno, mas, certos cuidados devem ser tomados diante do

contexto em que será praticada, uma vez que a avaliação compreensiva e

globalizadora exige uma mudança ideológica nas posturas seletivas do

processo educativo.

5.6 - Ensino

Para podermos conceituar o que vem a ser ENSINO precisamos relacioná-

lo com o termo educação. A educação está intimamente ligada a valores e o

ensino, a conteúdos.

Page 56:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

53

Embora se saiba que, nas relações de ensino, não se deve perder de

vista a educação e, por outro lado, ao se educar, se utilize, muitas vezes, os

conteúdos de ensino como meios, uma confusão conceitual dessa natureza

pode implicar, no âmbito escolar, uma confusão metodológica, motivo pelo

qual devemos insistir na importância dessa discussão.

Assim, se priorizarmos essencialmente o ENSINO, iremos predeterminar

uma programação para as diferentes áreas do conhecimento, buscar livros

didáticos que tragam esses conteúdos, procurar ensina-los ao longo do ano

letivo e criar momentos de avaliação, nos quais serão verificadas as

aprendizagens do aluno.

Por outro lado, se acreditarmos que o objetivo básico da escola é a

educação, toda nossa metodologia estará atenta aos valores e ao

desenvolvimento do aluno, caso em que o conteúdo programático passaria à

categoria de meio, subordinado a um fim maior.

5.7 - Aprendizagem

Ao se tratar da aprendizagem na escola verifica-se que, numa concepção

de educação em que a transmissão de conhecimentos é o único objetivo e a

manutenção da realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor é

simplesmente aquele que detém o conhecimento e, portanto, o transmite para

os estudantes. A capacidade de ver o outro, de captar a aprendizagem já

existente no estudante, tende a não ser considerada pelo professor. De outro

lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade,

o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva e, assim, o

professor é mais do que o mero “ensinante” e o processo de ensino-

aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo. Nessa

percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-

aprendizagem é uma seta de mão dupla; de um lado, o professor ensina e

aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético,

isto é permeado de contradições e mediações.

O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento

próprio de idas e vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as

variáveis que interferem nesse processo, tais como as condições materiais e as

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54

relações simbólicas. É toda essa complexidade que deve ser compreendida e

trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano escolar.

5.8- Igualdade

A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu título II, art. 2

estabelece que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício

da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sob este prisma são

estabelecidos alguns princípios que norteiam o ensino. Dentre esses princípios

destaca-se, inicialmente, o da igualdade, que deve primar pelo acesso e a

permanência do aluno na escola.

Historicamente são conhecidos diversos fatores que dificultavam o

acesso do indivíduo à educação como: falta de escolas; professores;

dificuldades de locomoção; situação sócio-econômica das famílias que

retiravam os filhos da escola para com seu trabalho contribuir para o sustento

da casa; ignorância a respeito da importância da educação, etc.

Atualmente, frente ao avanço tecnológico e cultural, a função da escola

torna-se imprescindível para a formação do indivíduo a fim de que ele se torne

sujeito de sua história inserindo-se no seu tempo e espaço históricos.

Nesse panorama o acesso ao ensino deve ser facilitado para todos os

sujeitos, cabendo à escola conhecer as necessidades educativas da

comunidade em que está inserida. Para tanto algumas atitudes são indicadas

para facilitar o acesso do maior número possível de pessoas destacando-se:

• Campanhas junto à comunidade visando a matrícula de todos que

estejam fora da escola;

• Atendimento aos jovens e adultos analfabetos ou que não têm o

ensino fundamental completo;

• Encaminhamento para outros estabelecimentos de ensino a

demanda que a escola não consegue atender;

• Oferecimento de outras oportunidades educativas para a

comunidade;

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55

• Possuir e utilizar o livro de demanda escolar.

Contudo não é suficiente garantir o acesso à escola. Torna-se necessário

à permanência dos indivíduos na mesma. Fazer com que adolescentes e jovens

permaneçam na escola e consigam concluir os níveis de ensino em idade

adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos

atendidos é um dos principais desafios atuais enfrentados.

Para a escola obter êxito em manter os alunos e oferecer boas

oportunidades de aprendizagem para todos precisa, necessariamente,

conhecer alguns dados importantes como:

• O número total e a causa das faltas dos alunos e a busca de solução

para esse problema;

• Saber se todas as crianças em idade escolar da comunidade

frequentam a escola regularmente;

• Conhecer o número e compreender as causas do abandono e evasão

escolar;

• Adotar medidas para trazer de volta alunos que se evadiram;

• Oferecer atenção especial aos alunos com defasagem de

aprendizagem.

Neste último item torna-se necessária à ação direta dos professores que

devem dar atenção individual aos alunos com dificuldades em aprender. A

escola deve oferecer oportunidades especiais aos alunos que têm dificuldades

como: lições extras, grupos de apoio, aulas extras, entre outros. Também é

importante que a comunidade escolar conheça a quantidade de alunos que são

reprovados a cada ano e quais são as disciplinas que mais reprovam para

nortear a tomada segura e eficiente de decisões que revertam esse quadro e

garantam a permanência do aluno na escola.

Ainda inserida no princípio da igualdade é notório destacar a questão da

inclusão escolar que assegura a oferta de atendimento educacional

especializado aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais

decorrentes de:

a) Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

b) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e

psiquiátricos e

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56

c) Superdotação/altas habilidades.

Convém destacar que “especiais” devem ser considerados os

procedimentos que a prática pedagógica precisa assumir para garantir a

aprendizagem e participação de todos os alunos. Desta forma não só os alunos

que apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de

deficiências, mas, também, de condições socioculturais diversas e econômicas

desfavoráveis terão direito a receber apoios diferenciados daqueles

normalmente oferecidos no contexto da escola regular.

Isso implica na necessidade de provisão de recursos humanos, materiais

e técnicos nas escolas. É preciso criar mecanismos que permitam a integração

educacional, social e emocional do aluno com seus colegas e professores e

com os objetos de conhecimento e da cultura. O processo de inclusão

educacional deve ser efetivo garantindo os apoios e serviços especializados

para que cada aluno aprenda respeitando-se suas singularidades.

Outro aspecto relevante no tocante à igualdade no ambiente escolar é o

respeito à diversidade cultural, econômica e política dos sujeitos pessoais e

sociais participantes do processo educacional.

Esse é outro desafio a ser enfrentado pela comunidade escolar: aprender

a construir uma forma de lidar com as diferenças que marcam os sujeitos que

estão envolvidos no processo educativo, garantindo não somente o respeito a

esses diferenças, mas abrindo espaço para que cada um possa demonstrar e

ser atendido nas suas necessidades e potencialidades.

Neste âmbito são enquadradas as diferentes etnias, origens, preferências

culturais e grupos sociais.

O respeito à diversidade de opiniões , posturas, aspirações e outras

demandas dos sujeitos deve ser o eixo central das relações na escola.

Respeitar a pluralidade é garantia de um ambiente escolar efetivamente

democrático.

5.9-Qualidade

Uma das premissas básicas da educação é a qualidade do ensino. Alguns

entendem a qualidade na educação apenas como um repasse eficiente de

conteúdos. No entanto, o conceito de qualidade não é estático. É dinâmico e

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57

deve buscar adequação ao ambiente escolar. Essa adequação não reside

apenas na figura do professor. Precisa transpor os limites da sala de aula e

alcançar toda comunidade escolar.

O senso comum conceitua a qualidade da escola com base no

aprendizado dos alunos sobre as coisas essenciais para sua vida, como ler e

escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os colegas, respeitar

regras, trabalhar em grupo. Mas, como já mencionado, quem pode definir bem

e dar vida às orientações gerais sobre a qualidade na escola, de acordo com os

contextos socioculturais locais é a própria comunidade escolar. Como

qualidade é um conceito para ser reconstruído constantemente, cada escola

tem autonomia para refletir , propor e agir na sua busca.

No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a

solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos

e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência,

desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.

Para orientar a comunidade escolar a avaliar e melhorar a qualidade da

educação são apresentados alguns indicadores que revelam aspectos da

realidade e podem qualificar algo.

Entre esses indicadores qualitativos destacam-se a amizade e a

solidariedade entre todos, a alegria, o respeito, o combate à discriminação e a

disciplina.

Um ambiente escolar de qualidade deve propiciar ao indivíduo com

problemas pessoais (alunos ou funcionários) a ajuda necessária na escola. Os

funcionários e alunos precisam gostar de trabalhar e frequentar suas

dependências. Os pais devem Ter envolvimento no cotidiano escolar auxiliando

a direção a transformar o ambiente escolar em um local tranquilo e motivador.

O respeito mútuo na escola e o combate a qualquer forma de

discriminação bem como a disciplina com regras de convivência bem definidas

também são indicadores de qualidade na educação.

Todos esses fatores aliados a uma prática pedagógica responsável e

consciente agregam qualidade à educação. Desenvolver no aluno a concepção

de mundo, sociedade, educação e do seu papel como cidadão contribui para o

desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes com que o

indivíduo vai se relacionar com o ambiente em que vive e consigo mesmo.

Page 61:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

58

Desse modo a educação qualitativa é aquela que contribui com a formação dos

estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para

o desempenho de seu papel de cidadão no mundo.

Diante disso são identificados alguns atributos de uma escola de

qualidade:

● Ser pluralista, admitindo correntes de pensamento divergentes com

respeito à diversidade, ao diferente;

● Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo

educativo;

● Ter consciência de seu papel político como instrumento para a

emancipação, combate às desigualdades social e a desalienação dos

trabalhadores.

Uma escola de qualidade precisa desenvolver o indivíduo em todas as

suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho e da produção

de bens e serviços); na cultural (apropriação, desenvolvimento e

sistematização da cultural popular e cultura universal); na política

(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e partícipe ativo

na construção do destino do grupo social ao qual pertence).

5.10-Viva a Escola

O programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas

realizadas na escola como complementação curricular vinculadas ao PPP, a fim

de atender às especificidades da formação do aluno e sua realidade.

Este programa tem como objetivo oportunizar diferentes atividades

pedagógicas envolvendo os alunos da escola no contra turno; promover o

envolvimento e a integração na comunidade escolar; viabilizar soluções para

as necessidades educacionais a partir da valorização de habilidades, buscando

a complementação curricular.

O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:

*Expressivo-Corporal

*Científico-Cultural

*Apoio à Aprendizagem

*Integração Comunidade e Escola

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59

5.11-Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada

A gestão da educação, hoje, ultrapassou formas estritamente racionais e

mecânicas que a caracterizaram durante muitos anos, sem contudo prescindir

de alguns destes mecanismos, enquanto instrumentos necessários ao seu bom

desenvolvimento e ao “bom funcionamento da escola”, mas, apenas enquanto

instrumentais, a serviço dos propósitos decididos coletivamente e expressos no

projeto político pedagógico da escola que cumpre, desta forma, sua função

social e seu papel político-institucional.

Gestão democrática, participação dos profissionais e da comunidade

escolar, elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, autonomia

pedagógica e administrativa são, portanto, os elementos fundamentais na

construção da gestão da escola.

Os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 de “ estabelece as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional” apontam, de maneira enfática , a importância da

gestão democrática para a educação, tornando parceiros, nesta empreitada,

estabelecimentos de ensino (art. 12), docentes (art, 13) e sistemas de ensino

(art. 14). É, portanto, uma determinação política da Carta Magna da Educação

que foi resultado de uma longa construção política dos segmentos da

sociedade civil que reivindicaram e lutaram por tornar a nova LDB uma Lei

comprometida com a democracia e com a cidadania.

A gestão democrática vem garantir a política educacional e a qualidade

de ensino. Nesse sentido, esta gestão é, ao mesmo tempo, transparência e

impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,

representatividade e competência, podendo ser vista/compreendida como uma

gestão de autoridade compartilhada.

A Constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime

normativo e político, plural e descentralizado onde se cruzam novos

mecanismos de participação social com um modelo institucional corporativo

que amplia o número de sujeitos políticos capazes de tomar decisões.

Cooperação que exige entendimento mútuo e participação que supõe a

abertura de novas discussões, de deliberações e de novas decisões. E, assim, o

Page 63:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

60

campo educacional propugnou a inclusão do princípio da gestão democrática

na constituição.

É esta gestão compartilhada que será responsável por garantir a

qualidade da educação, entendida como “processo de mediação no seio da

prática social global”, por se constituir no único mecanismo de hominização do

ser humano e a formação humana do cidadão. Seus princípios são princípios da

educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma educação

comprometida com os conteúdos que habilitem ao mundo do trabalho,

comprometida com a sabedoria de viver juntos respeitando as diferenças,

comprometida com a construção de um mundo mais justo e humano para

todos os que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção

de vida.

A organização da escola, indispensável para promover o desenvolver e a

aprendizagem dos alunos, implica um compromisso dos membros da equipe

escolar com a clientela que frequenta a escola.

“É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em torno

de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como

cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o

gestor. E a partitura, o PPP da escola, um arranjo sob medida para os

alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002, p.88)”.

Trata-se de um trabalho compartilhado pela equipe escolar, uma

construção coletiva. Assim concebido, o projeto pedagógico traduz valores do

grupo, suas intenções, seus objetivos compartilhados. Estabelece prioridades,

define caminhos. E, será um eixo condutor do trabalho da escola, esculpindo-

lhe a feição própria.

A construção do PP é gradativa: passo a passo ele vai se estruturando e

ampliando, ganhando corpo e consistência. É um processo que, coordenado

pelo gestor, deve contar com a colaboração de todos os segmentos envolvidos

na vida da escola, passando por conflitos e divergências, até que consensos

sejam alcançados. Sua formulação é um momento oportuno para a equipe

identificar os diferentes aspectos da vida escolar que requerem reflexão para

serem modificados. Cada escola deve pensar e implementar o que é melhor

para assegurar o sucesso de seu projeto, de acordo com suas possibilidades e

Page 64:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

61

limites. Portanto, é importante estabelecer prioridades e atacar os problemas

mais graves em primeiro lugar.

O sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do “saber fazer”

pedagógico dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode conduzir o

grupo. É tarefa do líder propor atividades instigantes, provocadoras e ao

mesmo tempo, viáveis, para transmitir confiança e imprimir uma perspectiva

de sucesso, é preciso acionar todos os conhecimentos e habilidades, além de

manter a persistência para despertar o interesse e a vontade de todos.

Algumas dessas responsabilidades podem ser compartilhadas com o

conselho escolar, como auxiliar de direção, com o coordenador pedagógico ou

até mesmo com os professores. Para receber ajuda e realizar um trabalho

compartilhado, é importante desencadear um processo de mobilização que

faça as coisas acontecerem. A atuação do gestor é fundamental na

transformação da escola em um espaço vivo e atuante, no qual o foco central

seja o aluno.

Nesta perspectiva, a compreensão democrática vai conquistando seu

lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e co-participativo na

construção de todas as formas grupais e societárias.

A gestão democrática deve, portanto, se assentar no conceito de

participação: participação é conquista, um processo no sentido legítimo do

termo, infindável e constante vir a ser, sempre se fazendo, sempre se

construindo. Assim, a participação é em essência autopromoção e existe

enquanto conquista processual.

A comunidade escolar, portanto, pode e deve participar de todas as

instâncias colegiadas da escola e as modalidades de participação serão

definidas as partir dos princípios e formas de trabalho especificadas no PPP. O

Projeto Político Pedagógico articula as dimensões da intencionalidade com as

de efetividade e possibilidade para ser viável, exequível e poder ser assumido

coletivamente pelo grupo, ou seja, pelos vários segmentos da comunidade

escolar. Todavia, nem todos os elementos podem participar de todas as

decisões. A concretização do PPP no âmbito da gestão democrática da escola

não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira permanente para

tomar decisões. É necessário buscar formas representativas e, às vezes,

operativas, que permitam oportunamente a tomada de decisões.

Page 65:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

62

Por isso, é necessário criar órgãos de gestão que garantam, por um lado,

a representatividade e, por outro, a continuidade e consequentemente a

legitimidade. O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais,

Mestres e Funcionários, o Grêmio Estudantil são formas colegiadas de

participação que devem ser organizadas pelo coletivo da escola com a

representatividade necessária à tomada de decisões democráticas, porém

assegurando a direção estabelecida no PPP que foi construído coletivamente e

que será o “instrumento” condutor da política educacional em ação na escola.

A gestão da escola se desenvolverá no sentido de “obedecer” o PPP a fim de

assegura a qualidade do ensino e da educação e a formação da cidadania,

“passaporte” indispensável à participação na ampla sociedade e que todos os

alunos e alunas buscam adquirir na escola.

Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de

distinguir, de pensar que supõe assumir o mundo, a realidade histórica como

uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita sua maior

compreensão e intervenções deliberadas. Da escola, se espera o

fortalecimento dos sujeitos que, capazes de elaborar conhecimentos,

contingências e estruturas, possam imaginar outros mundos ainda não

concretizados e neles investir com paixão para construir tempos e lugares que

ampliem as alternativas de realização humana e social.

Este é o compromisso da gestão democrática da educação que necessita

expressar e construir políticas públicas educacionais comprometidas com a

formação da cidadania e a felicidade de todos os cidadãos.

5.12-Conselho Escolar

O Conselho Escolar constitui uma forma colegiada da gestão

democrática, onde os segmentos escolares e a comunidade local se

congregam, para juntos construírem uma educação de qualidade .

Sua função básica e primordial é o de conhecer a realidade e indicar

caminhos que levem à realidade desejada. O papel do Conselho Escolar é o de

ser o órgão consultivo, deliberativo, fiscal e mobilizador sobre questões

político-pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.

Page 66:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

63

DELIBERATIVAS - Quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e

outro assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas ,

garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas do

sistema de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das

escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.

CONSULTIVAS - Tem um caráter de assessoramento , analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando

sugestões e soluções que poderão ser acatadas pela direção da escola.

FISCAL - (acompanhamento e avaliação) Quando acompanham a

execução das ações pedagógicas , administrativas e financeiras avaliando e

garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social do

cotidiano escolar.

MOBILIZADORAS - Quando promovem a participação de forma integrada

dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas

atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e

para melhoria da qualidade social da educação, sendo parceira em todas as

atividades que se desenvolvem no interior da escola.

Portanto, um bom gestor deve ser um líder e agregar as seguintes

atitudes:

- estar sempre preocupado com os resultados da aprendizagem;

- participar do planejamento e fazer o acompanhamento do trabalho docente;

- conversar com os alunos/funcionários/professores/pais para detectar

problemas e níveis de satisfação e ouvir sugestões;

- ser um condutor de consensos, mas estar sempre aberto às novas idéias e à

diversidade, aceitando opiniões e novas propostas;

- ser audacioso o suficiente para fazer as mudanças necessárias visando

sempre melhorar a qualidade do ensino;

- manter as questões administrativas em dia.

5.13-Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em

assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe deste

Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

Page 67:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

64

aprendizagem na relação professor aluno e os procedimentos adequados a

cada caso.

Segundo o regimento escolar o Conselho de Classe tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o trabalho

do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo

plano curricular; Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos e de ensino dos professores bem como diagnosticar seus resultados e

atribuir-lhes valor ou conceito; Analisar os resultados da aprendizagem na

relação com o desempenho da turma, com a organização de conteúdos e o

encaminhamento metodológico; Utilizar procedimentos que assegurem a

comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,

evitando a comparação dos alunos entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica

e por todos os professores que atuam na escola, podendo ser convidados à

participar representantes dos alunos e pais.

A Presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua

falta ou impedimento, será substituído pelo professor pedagogo.

O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em cada bimestre, em

datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que um

fato relevante assim o exigir. Destaca-se que os resultados observados e os

procedimentos enumerados, por este conselho de classe, são registrados

através de atas, elaborada em momento presencial, pela secretária da escola

e assinada por todos os participantes.

O Conselho de Classe tem as seguintes atribuições: Emitir parecer sobre

assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a

consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; Analisar as informações

sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de

avaliação que afetem o rendimento escolar; Propor medidas para melhoria do

aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos alunos; Estabelecer

planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o plano

curricular deste Estabelecimento de Ensino.

Outra atribuição do Conselho de Classe é colaborar com a Equipe

Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos

transferidos, quando se fizer necessário.

Page 68:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

65

Poderá ser aprovado, por decisão do Conselho de Classe o aluno que

tenha demostrado melhoria de aproveitamento após estudos de recuperação

paralela e capacidade de avanço no processo de ensino-aprendizagem,

demonstrado em aptidões pessoais e interdisciplinares, tendo o mímimo de

presença exigido legalmente no ano letivo. Todos os conselheiros assinarão a

ata do Conselho de Classe, não havendo mais possibilidade de reconsideração

dos resultados.

Nesse sentido, o Conselho de Classe – enquanto grupo capacitado para

avaliação - faz a análise regular da atuação do aluno e professor na escola.

Partindo desses pressupostos, o Conselho de Classe está inserido no plano do

educandário, permitindo reavaliação e reestruturações, quando necessárias, do

processo avaliativo como um todo (aluno, educandário, professores, gestores,

metodologias, etc.).

5.14 -Grêmio Estudantil

É agremiação civil, representando o corpo discente do Colégio, de

duração indeterminada, com objetivos culturais, esportivos, sociais e de classe.

Defende os interesses e direitos do corpo discente e de cada estudante

em particular, nos diversos setores da vida estudantil, auxiliando na formação

cívica, moral e intelectual do educando.

Promove a união da classe, fortalece os sadios princípios de coordenação

e disciplina, de iniciativa e liderança, colaborando intimamente com a Direção

do Estabelecimento e com os poderes constituídos, em todas as iniciativas que

visem a melhoria e a expansão do Ensino, em particular, o enriquecimento das

oportunidades de Educação em geral.

Realiza intercâmbios de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo e

social, com entidades congêneres, sem quebra do estatuto.

5.15-APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é o órgão destinado

a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores, funcionários

e a Direção do Estabelecimento e propor medidas que visem o aprimoramento

do ensino ministrado e assistência, de modo geral, ao corpo discente. A APMF

Page 69:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

66

visa discutir ações buscando a integração dos segmentos da comunidade

escolar.

Dirigida por diretoria própria, a Associação de Pais, Mestres e

Funcionários está vinculada a Direção do Estabelecimento, a quem cabe

homologar, os atos ordinários da entidade.

A organização e o funcionamento da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários estão definidas em estatutos próprios elaborados pela primeira

diretoria, aprovados em Assembleia e homologados pelo Diretor.

De conformidade com a legislação em vigor, Lei n. 10.406/2002, os

Estatutos da Associação de Pais, Mestres e Funcionários estão registrados, no

Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas, sob n. 2050, a folha 162 v. do

livro “A-12”, homologado em 30 de junho de 2005.

5.16 -Valorização Profissional – Necessidade de Formação Continuada

A modificação das condições de ensino é urgente. Precisamos de

professores que tenham certeza do que querem, estabeleçam metas com

segurança e saibam como atingi-las. Isto só poderá acontecer quando houver a

conscientização da necessidade de estudar mais, de sermos mais esclarecidos,

de construir e aprofundar nossos conhecimentos científicos, participando

ativamente de todas as oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Apoiado pelas exigências das novas tecnologias o novo século exige um

redimensionamento da função do professor. A nova dimensão é mais nobre e

muito mais complexa. Ele não é o mestre distante e autoritário. Não é o mero

técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis.

O professor deve ser um profundo conhecedor de uma área do

conhecimento e das áreas correlatas. Deve ter uma visão de conjunto do que é

sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e

ética.

Conhecer os processos mentais pelos qual o aluno passa é a condição

básica para ser um professor competente. O professor que ensina a trabalhar

em conjunto é também alguém que trabalha com os demais professores na

construção de projetos em parceria com diferentes áreas e com diferentes

agentes sociais.

Page 70:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

67

Se há décadas bastava ser competente em uma habilidade descrita,

agora a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de técnicas

inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte de sua

rotina de trabalho. Nesse sentido, o professor é mais importante do que nunca

no processo de aprendizagem. Imaginar que o computador é algo que

dispensará o professor pela quantidade e qualidade dos softwares que virão a

existir é uma ideia superada que veio à luz num momento da história da

educação em que não se conheciam exatamente as possibilidades da máquina.

Muito menos se sabia qual era a mais nobre função do professor educador: um

criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando.

Por isso, a necessidade e a importância de uma formação continuada,

que envolva a realização de cursos, seminários, simpósios e encontros

pedagógicos/educacionais, não é passível de discussão.

5.17– Currículo

Há algumas décadas o tema currículo tem sido alvo de inúmeras

reflexões e debates revelando um variado conjunto de ideias e pensamentos

acerca da educação.

A ideia mais generalizada de currículo vincula plano de estudo em dois

sentidos:

1º) Currículo entendido como estudo a realizar: é o conhecimento tratado

pedagogicamente pela escola que deve ser aprendido pelo aluno. Esta

concepção suscita algumas reflexões:

Quais conhecimentos devem conter um currículo?

Como organizar um currículo?

2º) Currículo entendido como estudos já realizados: são as experiências

já vividas proporcionadas pelas instituições escolares; conjunto de matérias ou

disciplinas que consiste nas etapas de aprendizagens que os alunos devem

percorrer ou já percorreram no seu processo formativo. Essa concepção é

etimologicamente fiel ao termo (verbo latino) currículo como itinerário, como

caminho a percorrer ou já percorrido.

Ao analisar as duas concepções percebemos que as principais diferenças

residem no enfoque dado aos elementos que constituem o currículo. No

Page 71:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

68

entanto, tanto uma como a outra abordam o currículo como centro da relação

educativa, sendo a expressão das relações que se dão na escola.

Analisando-o como formal constitui-se num documento oficial prescritivo

ou guia orientador do trabalho escolar que pode estar centrado nos conteúdos

ou nos objetivos de ensino.

Desta forma seria apenas visto como um plano para a aprendizagem, um

plano geral dos conteúdos ou matérias específicas de ensino que a escola

oferecerá aos alunos com objetivo de prepará-los para a sua graduação e

ingresso no mundo profissional ou vocacional.

Porém, analisando-o como real ele corresponderá às experiências a

serem desenvolvidas na escola. É uma concepção ainda propositiva, ou seja,

dirigida por um documento que diz o que deve fazer. Está centrada,

prioritariamente, nos processos e não nos produtos/resultados.

A partir dos anos 70, o currículo passou a ser visto como instrumento de

compreensão do trabalho pedagógico. Começou a ser entendido como

instrumento de descrição e melhoria das classes como as turmas de alunos.

Deixou de ser uma concepção propositiva (documento diz o que se deve fazer)

e converteu-se num filtro analítico do que realmente ocorre nos processos de

ensino. Enfim, o currículo sob esta forma representa um instrumento que

permite revisar as práticas específicas de cada turma de alunos. O importante

nesta concepção não é aquilo que o currículo, enquanto documento, preconiza,

mas como é implementado em situações concretas.

O chamado currículo oculto passa a ser mencionado, e é visto como

valores implícitos nos programas, aqueles que não estão literalmente descritos

e, muitas vezes, nem fazem parte das intenções conscientes, mas são

efetivamente transmitidos. O conceito de currículo oculto aponta para o fato de

que o aprendizado incidental, durante o curso, pode contribuir mais para a

socialização do estudante que o conteúdo ensinado no curso.

O currículo deve ser concebido como um processo que culmina numa

prática pedagógica (ensino) que ocorre num sistema escolar concreto, dirigido

a determinados professores e alunos. Para ser um projeto coerente deve

considerar, no seu planejamento e implantação, decisões oriundas de

determinantes culturais, econômicos, políticos e pedagógicos.

Page 72:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

69

Para um currículo ser valorizado precisa atender as necessidades, as

condições reais e específicas da escola e da clientela, somente desta forma

dar-se-á a operacionalização do mesmo.

5.18- HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

A lei nº 11.645 de 10 de março de 2008 que altera a Lei nº 9.394 de 20

de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003,

institui como obrigatoriedade o estudo da história e cultura afro-brasileira e

indígena nos conteúdos programáticos em todo o currículo escolar, em especial

nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.

Segundo a Agência Folha, depois de cinco anos e mais de R$ 10 milhões

gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga escolas

públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura afro-brasileira

-uma das primeiras medidas do governo Lula- não saiu do papel.

"Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão de

professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer

discutiram a temática",

O objetivo é combater a discriminação e dar à escola "uma nova

identidade na área didático-pedagógica". "Alunos negros não conseguem se

ver na escola, já que não existe nada que os identifique." diz Leonor Araújo,

coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC.< Fonte: Presidência da

República http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em:

24 jun.2009.

A Lei 10.639, de 2003 estabelece a inclusão no currículo oficial da rede

de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira",

coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos

negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade

nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica

e política pertinentes à história do Brasil.

A Lei nº 11.645, de 2008 mantém todos os dispositivos anteriores, mas

inclui também a obrigatoriedade da temática indígena no currículo.<Fonte:

Presidência da República

Page 73:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

70

http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em: 24

jun.2009.

“Somente o conhecimento da História da África e do negro poderá

contribuir para se desfazer os preconceitos e estereótipos ligados ao segmento

afro-brasileira, além de contribuir para o resgate da auto-estima de milhares de

crianças e jovens que se vêem marginalizados por uma escola de padrões

eurocêntricos, que nega a pluralidade étnico-cultura de nossa formação”

(Oriá,2004:101).< http://74.125.47.132/search?

q=cache:9IwoiJwUpS4J:www.proex.ufu.br/formacaocontinuada/New/eixo1/E1_ar

quivos/apresentacao/Lei%252010.639.pps+10.639+hist

%C3%B3ria+e+cultura+afro+brasileira&cd=1&hl=pt-

BR&ct=clnk&gl=br>Acesso em: 24 jun.2009.

5.19- HISTÓRIA DO PARANÁ

A Lei 13381 de 18/12/2001 Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do

Paraná, incluídos os conteúdos sobre a Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná,

sendo que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do Paraná

se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas comemorações

festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.

5.20– EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O surgimento e desenvolvimento da Educação Ambiental está

relacionado ao movimento ambientalista, pois é fruto da conscientização da

problemática ambiental. A ecologia como ciência global trouxe a preocupação

com os problemas ambientais, surgindo á necessidade de se educar no sentido

de preservar o meio ambiente.

Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente realizada em 5 a 16 de

junho de 1972 em Estocolmo, Suécia, que surgiu em âmbito mundial a

preocupação com os problemas ambientais , recomendando-se a necessidade

do desenvolvimento de uma educação ambiental, recomendando-se o

estabelecimento de programas neste sentido. Dessa forma, surgiu a EA como

Page 74:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

71

uma nova ciência preocupada principalmente em apresentar soluções aos

problemas ambientais mundiais.

A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi,

Rússia, 1977, apresentou 41 recomendações com as diretrizes necessárias, as

quais mostram a importância de se conhecer a interdependência dos fatores

econômicos, sociais, políticos e ecológicos e necessidade se conscientizar

todos os segmentos da sociedade, para que agindo em conjunto possam

elaborar planos de ação em busca de soluções globais para a problemática

ambiental.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento, a Rio 92, por sua vez , em sua Agenda 21, capítulo 36,

reforçou as recomendações de Tbilisi, propondo entre outras medidas a

promoção do ensino, da conscientização e do treinamento. Nesta conferência

foi proposta a reorganização do ensino e a Educação Ambiental foi

incorporada definitivamente como processo indispensável no caminho do

desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 21, uma agenda de

diretrizes para o século 21. Porém, as soluções esperadas só poderão ser

conseguidas em havendo programas ambientais desenvolvidos com toda a

seriedade e técnicas exigidas ao fim que se pretende.

Apesar de não ser um documento jurídico na sua maior expressão, a

Agenda 21 é sem sombra de dúvida o mais importante documento a dar base

às legislações dos países ligados à ONU, pois ali estão as recomendações e os

princípios necessários à implantação de leis que refletem os anseio mundiais

sobre a matéria.

Em termos jurídicos, vimos que no Brasil A Constituição Brasileira de

1988 expôs, de maneira clara, sobre o meio ambiente. O artigo 225, diz com

clareza,” Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem

de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações."

Deste modo, o direito ao meio ambiente sadio é norma

constitucionalmente prevista, sendo que, o dispositivo supracitado impõe o

dever, tanto ao Poder Público, como a coletividade de preservá-lo.

Page 75:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

72

Mas, apesar desta previsão constitucional, pouco era feito no Brasil para

a sua implantação concreta no ensino. O que existia era fruto dos esforços de

alguns professores e educadores, sendo necessário a publicação da Lei 9.795,

de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a

Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

A lei 9.795 define a Educação ambiental como “os processos por meio

dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade (art.1º).

No Capítulo II art. 6ª é instituída a Política Nacional de Educação

Ambiental.

A Lei também dispõe sobre a obrigatoriedade do Poder Público em seu

artigo 16 “ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua

competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e

critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da

Política Nacional de Educação Ambiental.

Portanto, a Educação Ambiental é um processo educacional criado ao

longo de muitos anos através de estudos de especialistas, que tem uma visão

global das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objetivo

comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres do

planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as

regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e implantação de

programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na

tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.

Somente assim poderemos tentar melhorar a qualidade de vida de todos

e, conseqüentemente, cumprirmos o disposto no art.225 de nossa Constituição

Federal, onde diz, em poucas palavras, que o meio ambiente sadio é um direito

de todos.

<http://www.aultimaarcadenoe.com/podereduca.htm>Acesso em: 26 jun.2009.

5.21- ESTÁGIO

Page 76:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

73

Cabe a escola também de acordo com a lei 11.788 de 25 de setembro de

2008 e Decreto nº 3207 de 12 de agosto de 2008, formar para o mundo do

trabalho, cumprindo sua função social de dar acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de proporcionar

ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual

e operacional, relacionando e operacionalizando a teoria e prática para além

da forma técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se

compreender o processo de produção em sua totalidade, permitindo ao

estudante, futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma mais

autônoma, consciente e crítica.

A referida Lei em seu art. 1º define estágio como sendo um ato educativo

escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à

preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando

o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional , de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do

ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e

adultos. E em seu & 1º e 2º classifica o estágio obrigatório e não obrigatório.

No Capítulo II a lei se refere as obrigações das instituições de ensino; no

Capítulo III dispõe sobre a parte Concedente; no Capítulo IV sobre o estagiário;

Capítulo V da Fiscalização e no Capítulo VI sobre as Disposições Gerais.

5.22– EDUCAÇÃO ESPECIAL

A LDB 9.394/96 em seu capítulo V coloca que a educação dos portadores

de necessidades especiais deve se dar de preferência na rede regular de

ensino, o que traz uma nova concepção na forma de entender a educação e

integração das pessoas com necessidades especiais, o Art. 58 da referida Lei

diz que entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar,

oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos

portadores de necessidades especiais, e em seu § 1º - que haverá, quando

necessário, serviços de apoio, especializado, na escola regular, para atender às

peculiaridades da clientela da educação especial – e § 2º que o atendimento

educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre

que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

Page 77:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

74

integração nas classes comuns de ensino regular. E em seu § 3º que a oferta

de educação especial é dever constitucional do Estado e tem início na faixa

etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Através da Portaria nº 1.679 de dezembro de 1999 o Ministro de Estado

da Educação dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas

portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de

reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições.

A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, Institui as

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de

conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da Lei 4.024, de 20 de

dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de novembro de

1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58 a 60 da Lei 9.394, de

20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CNE/CEB 17/2001,

homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação em 15 de agosto de

2001.

A Deliberação nº 730/03 aprovada em 02 de junho de 2003 pelo

Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, Delibera sobre as

Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos

com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do

Paraná.

5.23– Avaliação

Ao longo da história da educação e da prática educativa, a avaliação

escolar vem sendo realizada por meio de provas e exames, apenas com os

objetivos de classificação, aprovação ou reprovação. Isso ocorre até

naturalmente, já que o próprio sistema de ensino tem interesse nos

percentuais de aprovação; os pais desejam que os filhos avancem para as

séries seguintes; os alunos estão sempre na expectativa da aprovação e os

professores necessitam utilizar-se de um instrumento específico para medir a

aprendizagem, até por uma exigência social.

É necessária uma reflexão sobre este tipo de avaliação. Não é correto

que os profissionais da educação tenham uma atitude de acomodação diante

desse quadro e, muito menos, uma atitude de acusação. Como responsáveis,

Page 78:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

75

também, pela qualidade de ensino, é importante que se busque alternativas

para a mudança gradativa desta situação. Sabe-se que falta esclarecimentos

para que uma nova prática de avaliação se efetive: falta clareza do que fazer

para saber se o aluno se apropriou ou não dos conhecimentos necessários. O

que se propõe nesta instituição de ensino vem de encontro ao que estabelece

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, em seu

artigo 24, inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do rendimento

escolar: a) “Avaliação e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais”. Dessa forma sugere-se que os

professores não abandonem o que vêm praticando até agora, mas que reflitam

sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de concluir se não estão sendo

meramente classificatórias ou até punitivas.

A partir de trabalhos de pesquisadores na área de avaliação escolar,

pode-se afirmar que a avaliação precisa ser algo que possa subsidiar o

educador, visando atender as necessidades de seus alunos. A avaliação não

pode estar limitada a um período determinado, e sim num processo que

acompanha o ato de aprender e ensinar. Enfim, deve ser uma prática contínua

e mediadora.

Se esse processo for uma mudança é preciso que seja gradativo e

assumido coletivamente na escola. Não é possível mudar um sistema de

avaliação numa atitude isolada.

Desta forma, a avaliação mediadora é aquela que leva o professor a

analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de

aprendizagem, para acompanhar as hipóteses que vêm formulando a respeito

de determinados assuntos, em diferentes áreas do conhecimento, de forma a

exercer uma ação educativa que lhes ofereça a descoberta das melhores

soluções ou a confirmação de hipóteses preliminarmente formuladas. Esse

acompanhamento visa o acesso gradativo do aluno a um saber competente na

escola e, portanto, a outras séries e graus de ensino.

Para uma avaliação eficaz, o professor deverá se inteirar do que o aluno

já sabe e determinar seus objetivos. É necessário que o acompanhamento seja

sistemático, possibilitando ajustes constantes. A avaliação deve contemplar a

Page 79:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

76

observação de avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada em relação

aos objetivos previamente definidos.

Por outro lado, as avaliações deverão ser somativas, considerando-se um

total de 10,0 (cem) pontos no bimestre, subdivididos em várias partes como:

provas, trabalhos, pesquisas, participações em aula, testes, discussões,

debates e outros.

A Escola Estadual Monteiro Lobato, através do projeto de recuperação

paralela, oferece oportunidades aos seus alunos para aprender melhor,

oferecendo vários tipos de atividades, para auxiliar na compreensão de

conteúdos, nas quais não obtiveram rendimento satisfatório.

O processo de recuperação paralela acontecerá de forma contínua e

priorizará o atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,

buscando uma metodologia que valorize todas as suas individualidades,

oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no

processo de aprendizagem.

Cada professor buscará, em sua área e de acordo com as necessidades

individuais dos educandos, formas de efetivar esse processo, estimulando,

motivando e conscientizando os alunos de suas potencialidades.

O Ato Administrativo nº 88/03, de 28 de abril de 2003, trata da

aprovação do Regimento Escolar da nossa Escola, destaca no capítulo III o

processo de verificação do rendimento escolar. Cabe citar que houve alteração

quanto à seção III, no item que abordará a promoção, referente à média

escolar para aprovação, segundo parecer nº 038/05 de 01 de fevereiro de

2005, que será apresentado na versão atual:

A partir do ano letivo de 2005, a Escola Estadual Monteiro Lobato altera

em seu Regimento Escolar, a média de aprovação, de acordo com a Resolução

nº 3794/04 de 23 de dezembro de 2004:

Ao final do ano letivo será calculada a média final do aluno, através da

seguinte fórmula:

MF = 1º B + 2 B + 3º B + 4º B = 6,0

4

Será considerado aprovado o aluno que:

● Apresentar frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas,

e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

Page 80:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

77

Ao aluno que não atingir o limite mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) de

frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas, será considerado

reprovado.

VI – MARCO OPERACIONAL

Page 81:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

78

6.1 - Plano de Ação

PLANO DE AÇÃO: ESCOLA

PLANO DE AÇÃO ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

Tópicos Discutidos

Problemas Levantados

Ações da Escola em 2010

Período Responsável

Projeto Político-Pedagógico

Necessidade de revisão do marco situacional

Avaliação do documento e revisão e alteração do mesmo em momentos oportunos

2010 Reuniões pedagógicas e Jornadas pedagógicas

Direção e Equipe Pedagógica e professores

Regimento Escolar

Falta de uso no cotidiano escolar, conhecimento e leitura, fazer atualizações

Revisar, atualizar e grupos de estudo e leitura na hora-atividade

2010 Direção, Equipe e toda a comunidade escolar

Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil/ APMF/ Conselho Escolar

A não existência do Grêmio Estudantil na escola

O incentivo para a criação deste segmento e auxílio para sua efetivação

2010 Direção, equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade escolar como um todo.

Entidades Externas

Desconhecem a escola

Fazer parcerias com empresas da comunidade para a melhoria do ambiente escolar nos aspectos físicos, sociais, pessoais, culturais entre outros

2010 Direção e toda a Comunidade escolar

Planejamento Participativo

Dificuldade para reunir os professores, pois a maioria está fixado em outros estabelecimentos de ensino e a dificuldade da

Permitir a participação dos professores em outros estabelecimento, oportunizando a troca com os colegas da sua disciplina, tendo

2009 Todo o corpo Docente, administrativo e agentes educacionais

Page 82:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

79

incorporação dos combinados no dia a dia.

eles o compromisso de apresentar declaração de frequencia para a escola e adaptar os conhecimentos adquiridos as necessidades locais. Seguir o planejamento a risca e conscientizar-se da necessidade do trabalho em equipe, principalmente no comprometimento das decisões coletivas.

Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas-aula

Faltas sem justificativas comprovadas por documentos (atestados/declarações/outros), professores pss

Plano de reposição das aulas, projetos, evitar as faltas e avisar com antecedência caso precisar faltar ao seu compromisso de sala de aula.

2010 Direção,Equipe Pedagógica e Professores

Relação Escola-Comunidade

Desinteresse, pouca participação dos pais na escola

Reuniões mais atrativas, palestras e orientações para os pais através de ações específicas com profissionais autonômos, conforme a necessidade.

2010 Equipe , Direção e profissinais na área da saúde física e emocional, advogados, psicólogos, médicos, assistentes sociais, entre outros

Programa Paraná Alfabetizado

Demora para repasse das bolsas aos profissionais que trabalham no projeto.Falta de empenho dos

Mais atenção e acompanhamento pedagógico para os profissionais que atuam no projeto. Pontualidade e seriedade no

2010 Responsáveis pelo Projeto; Profissionais envolvidos, sociedade civil e instâncias

Page 83:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

80

próprios, para em conjunto com a escola, na divulgação do projeto, resultando em pouca participação.Falta de autorização para a oferta do projeto em locais alternativos.Falta de empenho da sociedade civil organizada no incentivo aos alfabetizandos através de simples “recompensa” pelo esforço.

repasse das bolsas aos profissionais, incentivando um atendimento de qualidade aos alfabetizandos.Seminários de atualização e capacitação.Possibilidade de utilização de espaços alternativos.Divulgação do projeto para a sociedade civil, objetivando a formação de parcerias.

superiores.

Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente

Falta de Trabalho em conjunto por disciplina, pois como nossa escola possui um ou no máximo dois professor de cada disciplina, não tem como promover um espaço de discussão específico por área de atuação/disci-plina. Descomprometimento com a entrega dos PTD nas datas fixadas pelo educandário.

Hora Atividade Concentrada e união das escolas que as realidades se aproximam. Comprometimento dos professores com a organização do PTD e entrega nos prazos previstos

2010 Equipe pedagógica, direção, professores.

Avaliação Escolar Trabalhos e tarefas não

Proporcionar, na medida do

2010 Equipe e Professores

Page 84:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

81

entregues, falta de interesse na realização das atividades propostas

possível a realização dos trabalhos avaliativos em sala em sala,registrando em livro próprio a não entrega. Buscar estratégias coletivas de motivação para realização dos mesmos.

Conselho de Classe

Dificuldade em reunir os professores, pois no calendário escolar a data do conselho é igual para todas as escolas da rede estadual

Novas estratégias visando a busca de soluções pedagógicas para o enfrentamento das dificuldades apresentadas pelos alunos e adequação do dia e horário com o objetivo de atingir a maioria dos professores

bimestral Equipe pedagógica, direção, professores

Hora- atividade Local impróprio e falta de oportunidade para troca de experiências

Hora atividade concentrada e adequação do espaço (realizar esporadicamente em outra escola possibilitando a troca com seus pares)

Anual Equipe pedagógica, direção e professores das disciplinas

Recuperação de estudos

Visão distorcida por parte dos alunos, explicando : o aluno deixa de fazer ou faz de qualquer jeito porque sabe que terá uma segunda “chance”

Esclarecimento do processo de recuperação paralela e elaboração de critérios para a sua aplicabilidade. Conscientização e seriedade no processo de recuperação

Anual Equipe pedagógica e professores

Registro e acompanhamento de alunos

Falta de espaço para abrir demanda para

Uma escola com estrutura para atendimento

2011 Instâncias Superiores

Page 85:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

82

incluídos profissionais/ educação especial atenderem na escola

Reuniões Pedagógicas/ Semanas Pedagógicas

Calendário escolar com datas iguais par todas as escolas, impossibilidade de dispensar aula para realização das mesmas

Reuniões utilizando momentos de convocação para tratar assuntos específicos da escola quando se fizer necessário, revisão e adaptação do calendário escolar, chamamento do concurso público para fixação de padrão e dobra de padrão para a formação de uma equipe de profissionais efetivados e fixados na escola.

2010 Equipe pedagógica, direção e professores , instâncias convidadas e políticas públicas adequadas.

Enfrentamento à Evasão

Endereços e telefones desatualizados, fichas e cadastros preenchidos pela metade,desorganização e falta de atualização da pasta de documentação dos alunos. Os pais mudam de endereço e de telefone e não comunicam à escola,ficando impossível a comunicação

Além do endereço e telefone oficial registrado no ato da matrícula, pelo menos acrescentar mais dois números para recados e contato. Revisão e atualização anual, no ato de matrícula ou rematrícula, da documentação necessária na pasta do aluno. Atualização bimestral de telefones.

2010 Agentes educacionais 2

Jornadas Pedagógicas

Indisponibilidade, devido ao

Negociação para liberação

2010 Equipe e Direção

Page 86:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

83

trabalho em outras entidades

Grupo de Estudos Horários e dias impróprios,sábados, único dia de acesso ao comércio para os professores

À distância, com poucos encontros presenciais e envio do material pela internet

anual Professores das áreas afins

NRE Itinerante Falta de tempo para para rever e adaptar a realidade da escola, dificuldade em organizar a hora atividade coletiva ( escola pequena, professores PSS)

Tentativa de organização do horário, seguindo a orientação do quadro de horas atividades coletivas, organizado pelo NRE

2010 Professores, equipe pedagógica, direção

Simpósios/ Seminários/ Encontros/ Cursos

Participação, comprometi-mento com os eventos ofertados

Proposta da Hora-Atividade do professor, troca de experiência nos encontros promovidos.

2010 SEED

PDE/ GTR Informações desencontra-das, falta de motivação para a participação

Reuniões específicas de esclarecimento e procedimentos necessários para participar do PDE/GTR

Antes do processo

professores capacitados à participação e NRE

Produção de Material(Folhas/OAC)

Sobrecarga de horário e escolas de atuação

Hora atividade concentrada como incentivo ao desenvolvimento deste material, conciliando-o com seu planejamento; a dobra de padrão fixando os professores em menos escolas; sugestão de um período curto( 1

anual NRE e instâncias superiores; equipe pedagógica e professores

Page 87:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

84

semana) de afastamento remunerado, estilo PDE

Projeto Viva a Escola

Falta de Espaço físico e de profissionais na escola para acompanhar o período de realização, dando suporte administrativo ao profissional contratado para a efetivação do projeto

Luta continua para a efetivação da construção da nova escola, já que estamos em prédio cedido pelo município, onde divide-se espaço com o ensino municipal e suprimento da falta de funcionários estaduais. Aplicabilidade dos Projetos Viva Escola, aprovados: Coral; Teatro e Jornal Virtual

2009 Direção, Equipe e Professores

Semana cultural e esportiva

Profissionais em quantidade limitada para organização, dificuldade em relação a espaço físico, escola em dualidade

Planejamento coletivo , busca de parcerias. Repensar e promover outros momentos

2010 Direção, Equipe e Professores

Programas institucionais da SEED: FERA/ ComCiência/ JOCOPS/ CELEM

Organizar no início do ano as atividades.

2009 Direção Equipe e Professores

Educação do Campo

Não existe esta demanda em nossa escola

Grupos de estudo, aproximando o planejamento da realidade

2010 Direção Equipe e Professores

Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental,sexualidade, enfrentamento à

Acúmulo de função

Priorizar o currículo e incorporar estes desafios ao dia a dia escolar

2010 Direção, Equipe e Professores

Page 88:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

85

violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, História e cultura Afro-brasileira e Africana

Materiais e ambientes didático-pedagógicos: Laboratório de Ciências e de Informática/ TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo da biblioteca, Livro Didático Público

Espaço físico Continuar lutando pela nova escola

2010 Comunidade escolar

Recursos Financeiros: Fundo Rotativo/ PDDE

Falta de autonomia para investimento destes recursos conforme necessidade da escola

Maior autonomia, via argumentação da necessidade

2009 Comunidade escolar e políticas públicas

6.1.1 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE PEDAGÓGICA.

● Atualização do Projeto Político Pedagógico;

● Implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola;

● Organização do espaço e do tempo escolar. Organizar turmas,

calendários letivos, distribuição de aulas, horário semanal de aulas, horas

atividades e recreio;

● Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de

recuperação dos estudos;

● Acompanhar a hora atividade do professor, sugerindo possíveis ações e

práticas pedagógicas; trocando ideias e sugestões; assessorando no

planejamento, seleção de conteúdos e metodologias;

● Auxiliar na organização de atividades culturais;

● Organizar jornadas pedagógicas e conselhos de classe

Page 89:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

86

● Atendimento a pais, alunos, professores, funcionários e comunidade em

geral;

● Acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos

professores; implementando a proposta curricular da escola;

● Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas

educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais do

CNE;

● Elaborar projetos de intervenção da atualidade da escola para melhorias

do processo educativo;

● Assessorar o professor (a), no planejamento, quanto à seleção de

conteúdos, e transposição didática em consonância com os objetivos

expressos no PPP;

● Formação continuada do coletivo de profissionais da escola;

● Relação entre escola e a comunidade;

● Avaliação do trabalho pedagógico;

● Colaborar com as relações interpessoais (pais, professores, alunos e

funcionários);

● Ter conhecimento dos principais documentos da escola (Organograma,

Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular...)

para atualizá–los as novas exigências e necessidades emergentes da

comunidade;

● Seleção de referencial teórico, para reflexão, estudo, sensibilização,

relatos de experiências para intercâmbio e atividades pedagógicas para

os professores;

● Acompanhamento de alunos com desempenho insatisfatório ou

dificuldades de aprendizagem observando junto ao professor a realização

da recuperação paralela;

● Observar se os projetos propostos pela escola estão sendo desenvolvidos

de acordo com os seus objetivos;

● Coordenar junto com a Direção os conselhos de classe e planejar formas

de intervenção no processo ensino-aprendizagem;

● Verificar os livros de chamada, acompanhando os conteúdos trabalhados,

os avanços das turmas, observando a organização do professor, os

registros realizados e a clareza da avaliação;

Page 90:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

87

● Proporcionar as relações interpessoais entre os segmentos da escola,

através de reuniões, desenvolvimento de projetos, encontros, etc;

● Acompanhar o desempenho dos alunos, realizando análise de resultados,

conversa individuais com alunos, professores e pais sempre que

necessário;

● Divulgar o regimento interno, com o objetivo de destacar os direitos e

deveres de cada um, bem como o acompanhamento de sua efetivação

no cotidiano escolar;

● Mediar as relações conflituosas decorrentes de problemas disciplinares e

educacionais, fazendo o levantamento e registro do fato acontecido,

intervindo como mediadora a fim de solucionar a problemática.

6.1.2 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE ADMINISTRATIVA

AÇÃO: Organização de arquivos ativos.

OBJETIVOS: Organizar as pastas e arquivos separados por série e em ordem

alfabética.

DETALHAMENTO: Organizar as pastas individuais dos alunos, separando-os por

série e ordem alfabética.

CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos; pastas individuais dos alunos.

RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.

CRONOGRAMA: Todo ano letivo.

AÇÃO: Organização do arquivo inativo.

OBJETIVOS: Organizar a pasta individual dos alunos inativos.

DETALAMENTO: Organizar o arquivo morto, com pasta dos alunos concluintes,

transferidos, desistentes ou falecidos, em ordem alfabética.

CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos e pastas individuais.

RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.

CRONOGRAMA: Todo o ano letivo.

6.1.3 -PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Page 91:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

88

Os princípios orientadores do Plano de Ação de Direção do

Estabelecimento de Ensino são:

● Qualidade – A qualidade, aqui pretendida é a de possibilitar ao educando

escolher um caminho de vida próprio, de poder ser respeitado nessas

escolhas e de poder viver de modo digno e satisfatório em qualquer

alternativa, de acordo com as próprias aptidões, desejos e valores;

● Igualdade – A identidade se constrói com a valorização das qualidades de

cada um dos estudantes; através de uma prática inclusiva educacional,

social e racial;

● Democracia – O desafio de transformar a escola num espaço de vivência

compartilhada implica na prática permanente do planejamento

participativo, na adoção de estratégias para atendimento aos alunos com

deficiências na aprendizagem, zelando para que não haja fragmentação

nas ações desenvolvidas no contexto escolar.

OBJETIVOS

● Compartilhar com todos os segmentos da Escola a Execução do Projeto

Político Pedagógico;

● Propiciar a integração entre os estudantes, os professores, os

funcionários, a família e a equipe pedagógica visando a melhoria de

qualidade de ensino, baseado na qualidade de vida no ambiente escolar;

● Possibilitar ações conjuntas entre a Direção do Estabelecimento de

Ensino Estadual e a Direção da Escola Municipal, a APMF, o Conselho

Escolar, o Grêmio Estudantil, os Formandos e a Comunidade em Geral,

para o sucesso de todos os projetos e/ou promoções.

6.2.- LINHAS DE AÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para que haja uma gestão democrática na escola, é fundamental garantir

a participação da Comunidade interna e externa para juntos construirmos uma

educação de qualidade.

Page 92:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

89

6.2.1- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO ESCOLAR

AÇÃO

Apresentação do P.P.P. e o Plano de Ação aos membros do Conselho

Escolar e sua especificidade;

Estudo, análise e reflexão do papel do Conselho de Escolar;

Reuniões ordinárias.

OBJETIVO

Instrumentalizar os membros do Conselho Escolar afim de que exerçam sua

função pedagógica e possa deliberar de acordo com a realidade da

comunidade escolar;

Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho

Escolar;

Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como

instrumento de gestão democrática colegiada.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Participação na Semana Pedagógica;

Reuniões ordinárias para definir metas com agenda de ações a serem

desenvolvidas;

Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do Conselho

Escolar no contexto de atuação pedagógica.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P. Plano de Ação da Escola;

Sala para reuniões;

Cópias dos documentos e textos;

Retroprojetor;

Agenda do espaço a ser utilizado para as reuniões.

RESPONSÁVEL

Diretor, Equipe pedagógica;

Membros do Conselho escolar.

CRONOGRAMA

Fevereiro à dezembro; sendo uma reunião mensal ordinária e se

necessário, extraordinárias.

Page 93:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

90

6.2.2- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO DE CLASSE

AÇÃO

Processo do Conselho de Classe conforme Projeto Político Pedagógico.

OBJETIVO

Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do

Conselho de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de

todos os alunos;

Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização

do Conselho de Classe.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Organização do Conselho de Classe: estudos,, agenda, instrumentos de

registros;

Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e

respectivos registros das informações;

Análise dos problemas e tomada de decisões;

Planejar as ações a ser encaminhadas após o Conselho de Classe para as

turmas;

Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;

Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de

encaminhamentos contemplando a busca de soluções coletivas de

encaminhamentos com ênfase a melhoria do processo de ensino-

aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Disponibilidade do horário no calendário;

Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento

interno, papeis, regimento, legislações.

RESPONSÁVEL

Diretor e equipe pedagógica

CRONOGRAMA

Nos bimestres do ano letivo;

Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.

6.2.3- GESTÃO DEMOCRÁTICA – APMF

Page 94:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

91

AÇÃO

Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da

mesma e conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola;

OBJETIVO

Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito e efetivar as ações

propostas no PPP.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Reuniões (assembleias) debates; leituras; grupo de estudos;

explanações.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Estatuto da APMF, palestrante; salas, transparências, cópias de

documentos.

RESPONSÁVEL

Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF

CRONOGRAMA

Fevereiro/ Março

6.2.4 GESTÃO DEMOCRÁTICA – REPRESENTANTE DE TURMA

AÇÃO

Formação de liderança – perfil de um líder;

Escolha dos representantes de turma;

Preparo e acompanhamento dos alunos para o exercício de liderança;

Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os conceitos

de representação, democracia, cidadania, liderança e outros que contemplam

gestão democrática;

Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio

estudantil.

OBJETIVO

Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;

Vivenciar a prática da democracia de seu exercício através de

representante

Page 95:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

92

de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa, representatividade,

mobilização, criatividade e outros componentes da prática da gestão

democrática.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Além do conselheiro e vice líder sugere-se a contribuição de dois

conselheiros que discutirão com o (a) líder as ações a serem desenvolvidas

pela turma.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Previsão de horário e dias para realização das atividades;

Preparo do professor pedagogo;

Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.

RESPONSÁVEL

Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores

das disciplinas.

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo de 2006 a 2010

6.2.5- GESTÃO DEMOCRÁTICA - GRÊMIO ESTUDANTIL

AÇÃO

Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola;

Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;

Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2006 a

2010;

Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos alunos.

OBJETIVO

Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e

propício à aprendizagem;

Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que

percebem a importância de suas ações para a escola;

Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola

visando divulgar produções dos alunos;

Page 96:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

93

Orientar os alunos integrantes do Grêmio Estudantil para que realizem um

diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos estudantes,

entre outras.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a

comunidade escolar;

Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos da

sociedade;

Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula,

trabalho de conscientização, fiscalização e conservação;

Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais segmentos

da sociedade;

Promoções;

RESPONSÁVEL

Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo e no horário de contra-turno e em alguns horário de

aulas pré-agendados.

6.2.6- GESTÃO DEMOCRÁTICA - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

AÇÃO

Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo

educativo;

OBJETIVO

Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação do

prédio e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais

complementares ao processo educativo.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes,

(pais, alunos, professores e funcionários);

Page 97:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

94

Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates, estudos,

atividades esportivas, confraternização, etc.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;

Espaço físico, espaços da comunidade.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica;

Conselho Escolar;

Representantes de pais e dos alunos.

CRONOGRAMA

Em fevereiro e Março de cada ano letivo.

6.3 - PROPOSTA PEDAGÓGICA

6.3.1 - PROPOSTA PEDAGÓGICA – Organização e Implantação da

Proposta das Disciplinas – Ensino Fundamental

Ação

Tomar conhecimento através de leitura do documento: Orientações

Curriculares do ensino Fundamental para discussões, proposição e

elaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;

Elaboração e implantação da proposta pedagógica das disciplinas do Ensino

Fundamental.

Objetivo

Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares

contidos na proposta;

Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o

atendimento das necessidades da clientela escolar;

Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz

curricular do Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do

Estado do Paraná, considerando os aspectos estruturantes: objeto de estudo,

pressupostos teóricos, critérios de seleção dos conteúdos e práticas

avaliativas;

Page 98:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

95

Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada

disciplina, série e turmas.

Detalhamento da Ação

Estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada para a

realidade;

Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;

Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro

organizador.

Condições/Recursos

Cadernos das Orientações Curriculares do Estado do Paraná e experiências

do corpo docente, tendo como apoio livro.

Responsável

Direção, equipe pedagógica e professores.

Cronograma

1ª Parada Pedagógica.

6.3.2-Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta

das Disciplinas – Ensino Médio

Ação

Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.

Objetivo

Elaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da

SEED, adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura e análise do P.P.P, orientações curriculares e planejamento do

ano anterior;

Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos

para a realidade do estabelecimento de ensino e série.

CONDIÇÕES/RECURSOS

PPP;

Cadernos das Diretrizes Curriculares;

Planejamento dos anos anteriores;

Livros Didáticos.

Page 99:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

96

RESPONSÁVEL

Direção, equipe pedagógica e professores.

CRONOGRAMA

1a Parada Pedagógica.

6.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA – PRÁTICAS AVALIATIVAS

AÇÃO

Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação;

Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no

PPP e as práticas de avaliar;

Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas

diferentes disciplinas.

OBJETIVO

Repensar o processo avaliativo inserida na prática pedagógica;

Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a

compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a

prática;

Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas

avaliativas entre os professores e as respectivas disciplinas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura e reflexão do sistema de avaliação;

Estudo do texto de avaliação presente no PPP respondendo: para que

serve? Como avaliar?

Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-

aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Textos do PPP e sobre avaliação;

Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Page 100:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

97

Reunião Pedagógica inicial em fevereiro 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010

a cada Conselho de Classe e prever outras datas no decorrer do ano conforme

necessidade.

6.5- PROPOSTA PEDAGÓGICA: RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/EM

PROCESSO/ PARALELA

AÇÃO

Leitura do PPP no início do ano letivo, referente a recuperação de

estudos, após a leitura combinar coletivamente a sistematização.

OBJETIVO

Desenvolver o plano de recuperação;

Proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa aos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu

rendimento escolar.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas,

contando com ajuda do Pedagogo se for necessário.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Sala de aula;

Estagiários;

Sistema de monitoria;

Contra-turno.

RESPONSÁVEL

Professores de cada disciplina conforme necessidade.

CRONOGRAMA

Durante todo o ano letivo.

6.6- PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS

AÇÃO

Socialização de conhecimentos e informações.

OBJETIVO

Page 101:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

98

Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos

professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar

experiências afim de melhorar suas ações educativas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;

Relatos e depoimentos;

Registro das informações.

CONDIÇÕES / RECURSOS

Textos, papel, caneta, retroprojetor. Giz, quadro (lousa), TV, Vídeos,

DVDs, CDs.

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica;

CRONOGRAMA

Conforme datas previstas no calendário.

6.7- PROPOSTA PEDAGÓGICA – HORA ATIVIDADE

AÇÃO

Socialização de conhecimentos e informações;

OBJETIVO

Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação;

Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar

experiências afim de melhorar as ações pedagógicas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Leitura, análise e discussão dos textos.

Relatos e depoimentos;

Registros das informações.

CONDIÇÕES / RECURSOS

Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro (lousa).

RESPONSÁVEL:

Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

Page 102:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

99

Conforme as datas previstas no calendário escolar. (Conforme

distribuição de aulas no período escolar.)

6.8-LINHA DE AÇÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA

6.8.1- FORMAÇÃO CONTINUADA – PARTICIPAÇÃO EM

CURSOS/EVENTOS E GRUPOS DE ESTUDOS

AÇÃO

Grupo de Estudos.

OBJETIVO

Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus

conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando mais

qualidade

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e

resultados finais;

Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação da

aprendizagem na escola;

Formação de grupo de estudos

Organização do período estudo

CONDIÇÕES/RECURSOS

Salas do Colégio e reprodução do material

RESPONSÁVEL

Direção e equipe pedagógica

CRONOGRAMA

Os docentes em suas Horas Atividades estudarão e discutirão o texto em

pequenos grupos e haverá reuniões para apresentação do estudo.

6.9 FORMAÇÃO CONTINUADA - FORMAÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO:

PAIS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS.

Page 103:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

100

AÇÃO

Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo cada

comunidade escolar.

Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as

necessidades da realidade escolar e do grupo a se reunir.

OBJETIVO

Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar

Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes

Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos,

funcionários)

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Formação de grupos para estudo por segmento

Escolha de temas segundo a necessidade da escola

Discussão troca de experiências e busca de soluções para os mesmos

Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos

participantes

CONDIÇÕES/RECURSOS

Textos diversificados para leituras e estudos

Recursos audiovisuais

Profissionais especializados na área de interesse

RESPONSÁVEL

Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário

Escolar.

6.10- LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E

ESPAÇOS

6.10.1 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –

IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS JÁ EXISTENTES: QUALIFICAÇÃO

AÇÃO

Page 104:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

101

Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições de

uso

OBJETIVO

Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no

estabelecimento para enriquecer as aulas

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas

reais condições de uso

Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos

Adequar os espaços

Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis

CONDIÇÕES/RECURSOS

Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os

espaços e avaliando os recursos;

Verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.

RESPONSÁVEL

Direção, equipe pedagógica e professores das áreas afins

CRONOGRAMA

No mês de Março (levantamento)

Durante o ano todo fazer o uso e manutenção dos materiais.

6.10.2 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –

Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e

ambientes....

AÇÃO

Disponibilizar materiais de pesquisa para professores

OBJETIVO

Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada

Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente da

escola

Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica

Page 105:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

102

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do

conhecimento que precisam de materiais didáticos pedagógicos.

Análise e seleção do acervo bibliográfico

Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos

mesmos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola

Análise desses recursos

Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição

mantenedora e outros departamentos como a Secretaria Estadual de

Educação e aos órgãos competentes a esta função.

RESPONSÁVEL

Equipe Pedagógica e Direção

CRONOGRAMA

As atividades, citadas especificados nos objetivos, serão realizados

durante o ano letivo, com enfoque maior nos inícios dos semestres.

6.11. LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES

6.11.1 OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação em Feiras, Exposições.

AÇÃO

Exposição: Mostra de Trabalhos

OBJETIVO

Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas

do conhecimento

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração,

apresentação e na avaliação dos resultados

CONDIÇÕES/RECURSOS

Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico, biblioteca,

materiais didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar parcerias na

comunidade e entidades

RESPONSÁVEL

Page 106:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

103

Toda a comunidade escolar

CRONOGRAMA

1º Bimestre – Apresentação, discussão e pesquisa.

2º Bimestre – Definição elaboração dos trabalhos

3º Bimestre – Apresentação para averiguação e aprofundamento dos

trabalhos

4º Bimestre – Apresentação para a comunidade escolar

6.12- OUTRAS ESPECIFICIDADES – ATIVIDADES

ESPORTIVAS/CULTURAIS, ARTICULAÇÃO DA ESCOLA COM OUTROS

EVENTOS ESTADUAIS E LOCAIS

AÇÃO

Gincana Cultural Esportiva.

OBJETIVO

Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a

integração.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Em conjunto com os professores, grêmio, representantes de turmas,

elaborar as atividades referentes a gincana, procurando garantir a

heterogeneidade nas equipes.

CONDIÇÕES/RECURSOS

Espaço físico (quadra esportiva);

Materiais didático - pedagógicos;

Materiais recicláveis.

RESPONSÁVEL

Equipe Pedagógica – Grêmio – Professores e Funcionários.

CRONOGRAMA

Em datas pré-determinadas em Reuniões.

6.13 - OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação no FERA, COM

CIÊNCIA, Agenda 2l, Jogos Escolares, Fórum do Meio Ambiente, PPGA

AÇÃO

Page 107:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

104

Reunião com palestra para a comunidade escolar informando sobre a

agenda 2l

OBJETIVO

Sensibilizar a Comunidade Escolar para os problemas ambientais, sociais

e humanos, valorizando a qualidade de vida.

Mobilizar os envolvidos buscando soluções através de planos de ação

DETALHAMENTO DA AÇÃO

Reunião por segmentos da escola: pais, professores, alunos, APMF,

funcionários, Conselho Escolar.

Pesquisa de campo. Questionários, fotografia, entrevistas.

Tabulação de dados

Apresentação dos dados e elaboração dos projetos

CONDIÇÕES/RECURSOS

Papel, textos, vídeos.

RESPONSÁVEL

Equipe Pedagógica, Direção e Professores.

CRONOGRAMA

No decorrer do ano letivo.

7 - Referências Bibliográficas.

POZO, Juan Ignacio (Org.) A solução de problemas: aprender a resolver,

resolver para

aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33 ed. – São Paulo: Brasiliense,

1995.

BRASIL, Constituição Federal. São Paulo. 37 ed. Saraiva, 2005.

CÂNDIDO, Antonio. Tendências no desenvolvimento da sociologia da educação.

In: Pereira, Luis, Foracchi, Marialice M (Orgs). Educação e Sociedade. São

Paulo: Nacional, 1985.

DEMO, P. Participação é conquista. São Paulo: Cortez, 1999.

FERREIRA, N.S.C. Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos

desafios. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FERREIRA, N.S.C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 3 ed.

São Paulo: Cortez,2001.

Page 108:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

105

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Summus, 1988.

GADOTTI, M. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez, 1992.

HOFFAMANN, J. M.L. Avaliação: mito e desafio – Uma perspectiva construtivista.

Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991.

LDB: Lei de Diretrizes e bases da Educação: lei n. 9.394/96/apresentação

Esther Grossi. – 3 ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

REGIMENTO ESCOLAR: Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental:

Ato Administrativo n. 88/03.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Avaliação no ensino. IN: - Compreender e transformar o

ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. Pg295-351.

SAVIANI, D. A Nova Lei da educação: LDB, trajetórias, limites e perspectivas.

Campinas: Autores Associados, 1997.

VASCONCELOS, C.S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:

Liberdade, 1995.

VEIGA, I. Perspectivas para a reflexão em torno do projeto político pedagógico.

In: Veiga, I: Rezende, L.M. Escola: espaço do projeto político pedagógico. 2 ed.

Campinas: Papirus, 1998.

VIEIRA, S. Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

<www.cefetsp.br/edu/sinergia/index.html> José Luís Salmaso e Raquel Maria

Bortone Fermi. Artigo publicado sob o título “Projeto Político Pedagógico: uma

perspectiva de identidade no exercício da autonomia”.

MOREIRA. M. A & MASINI, E. F. Salzano. (1982) Aprendizagem

Significativa: teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes.

POZO, J. I. (1998) Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas.

Page 109:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

106

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

INGLÊS

Page 110:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

107

Marechal Cândido Rondon

-2010-

JUSTIFICATIVA

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código linguístico: é heterogênea, ideológica e

opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a

língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e

estabelece entendimentos possíveis.

É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que

dizemos e ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço

para ampliar o contato com outras formas de conhecer procedimentos

interpretativos de construção da realidade.

De modo geral, os objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna

– INGLÊS estão alicerçados em uma proficiência linguístico-comunicativa

voltada para situações diversas, tais como viagens, negócios, situações reais

de comunicação, dentre outras. Assim, ao final do ensino Fundamental, espera-

se que o aluno:

Page 111:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

108

– seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e

escrita;

– vivencie, na aula de Língua Inglesa, formas de participação que lhe

possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

– compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

– tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

– reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, “toda língua é uma

construção histórica e cultural em constante transformação”, o Ensino de

Línguas é justificado pela necessidade de saber lidar com ideologias e culturas

diferentes.

Ao ensinar uma língua, sempre deve-se perceber, como Bakthin (1988)

ressalta, que qualquer enunciação envolve a presença de no mínimo duas

pessoas que são ativas no processo ilocutório. Isso indica que a significação de

uma enunciação se dá no processo da comunicação e não somente pela frase/

estrutura em si.

Como o ambiente escolar não é propício para o ensino de todas as

habilidades escrita, estrutura, fala e leitura, objetivar-se-á enfatizar a

habilidade de leitura, possibilitando ao aluno ler e compreender um texto com

sua respectiva carga ideológica e cultural de diversos gêneros textuais, a

saber, texto narrativo, jornalístico, linguagem de cinema, carta, etc.

O uso da gramática não será dispensado pois como Dolz bem analisa que:

Trata-se, portanto, de desenvolver nos alunos capacidade de análise que lhes permitam melhorar esses conhecimentos. Para tanto, é essencial reservar tempo para um ensino específico de gramática, no qual o objeto principal das tarefas de observação e manipulação é o funcionamento da língua. (DOLZ et al, 2004, p. 116)

Page 112:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

109

Portanto, no ensino de língua será abordado a gramática, mas com o

intuito de análise e compreensão dos textos, pois entendendo as estruturas

básicas, de sintaxe, semântica ou morfologia, acabam se tornando uma útil

ferramenta na compreensão dos textos.

2. CONTEÚDOS

2.1 Conteúdos estruturantes

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos:

os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim

como os conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e

escrita. De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas

Estrangeiras Modernas (2006, p. 38), os conteúdos básicos são formados pelos

gêneros discursivos e pelos conteúdos pertencentes às práticas da leitura,

oralidade, escrita e da análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados

a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana,

científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo,

publicitária, midiática e jurídica. Caberá ao professor selecionar um texto

significativo pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua

esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros trabalhados e

mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo

professor. Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries,

respeitando-se o princípio da complexidade crescente. Vale ressaltar que os

gêneros indicados não se esgotam nesse quadro, assim como a escolha dos

gêneros não deve se ater exclusivamente a uma esfera. Para selecionar os

conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo de ensino e o

gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em quadrinhos será levada

para sala de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e

suas marcas lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um trabalho de

intertextualidade; ora para fruição, ou seja, dependerá da intenção, do objetivo

que se tem com esse gênero.

Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas

serão abordadas, por exemplo: no Ensino Médio é possível levar a fábula

Page 113:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

110

contemporânea para trabalhar a prática de leitura, não sendo necessário que o

aluno produza uma fábula. É necessário considerar que a abordagem teórico-

metodológica e a avaliação estão inseridas na tabela para compreensão da

proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a

disciplina de Língua Estrangeira Moderna deve propiciar ao aluno:

➔ Entender o Discurso como interação verbal, espaço de produção de sentidos

e relação de poder;

➔ Compreender a organização linguística (fonético-fonológico, léxico-

semântico e de sintaxe);

➔ Perceber como se dá a construção de significados por meio do engajamento

discursivo e não somente pela estrutura linguística.

2.2 Conteúdos Básicos

Nos conteúdos básicos tem-se os elementos que fazem parte de um

Discurso, a saber, as condições de produção de discurso, o texto em si, o

interdiscurso relacionado a esse texto, como também o intradiscurso,

percebendo a cultura e ideologia envolvida, e tudo isso por meio da leitura,

oralidade e escrita, lembrando a enfase na leitura da presente proposta.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – 5ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,

nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a

Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

Page 114:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

111

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica da Língua Inglesa;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Page 115:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

112

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição, recursos semânticos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – 6ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a

seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político

Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

documento

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem).

ESCRITA

Page 116:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

113

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

Acentuação gráfica da Língua Inglesa;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias,

repetição, semântica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – 7ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a

seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político

Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Page 117:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

114

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

documento

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,

figuras de linguagem.

Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no

texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

Léxico.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Page 118:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

115

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

– expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral

e o escrito

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – 8ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

Page 119:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

116

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a

seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político

Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

ema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no

texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e

humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem);

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Page 120:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

117

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no

texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e

humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica da Língua Inglesa;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de

Page 121:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

118

conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral

e escrito.

METODOLOGIA

Liberali (2004), no texto intitulado As linguagens das reflexões , reflete

sobre as várias abordagens reflexivas que o professor pode adotar em sala de

aula, a saber: a reflexão técnica, que consiste em descrever, explicar e

argumentar sobre um tema em que o interlocutor se demonstre autônomo em

relação ao professor, isto é, o conteúdo é exposto ao aluno; a reflexão prática

que procura interagir com o interlocutor descrevendo ações e explicando o seu

uso e, por fim, temos a reflexão crítica, que preza tanto pela exposição como a

narração, isto é, nessa reflexão há uma argumentação a partir da descrição,

explicação e descrição das ações. Esse tipo de reflexão busca interagir tanto

nas questões da própria estrutura gramatical como nas suas devidas situações

de uso.

Na presente proposta, buscar-se-á a reflexão crítica, pois ela abrange o

que é proposto pelas DCE, concebendo o discurso como uma forma de

interação e onde estão imbricados, por todo o seu processo de produção, as

questões ideológicas e culturais.

Sob esse ponto de vista a gramática não se constitui um problema, pois

Trata-se, portanto, de desenvolver nos alunos capacidade de análise que lhes permitam melhorar esses conhecimentos. Para tanto, é essencial reservar tempo para um ensino específico de gramática, no qual o objeto principal das tarefas de observação e manipulação é o funcionamento da língua. (DOLZ et al, 2004, p. 116)

Com isso percebe-se que o ensino da gramática é essencial, mas não

deve ser a única forma de abordagem. Faz-se necessário outros meio de

aproximação que levem em conta não somente a reflexão técnica, mas

também a reflexão crítica, de forma que “relacionam teoria e prática, numa

crítica da forma de agir frente às necessidades de aprendizagem dos alunos”

(LIBERALI,2004, p. 102).

Page 122:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

119

Adotar-se-á, também, sob essa perspectiva, a abordagem

sociointerativa. Parte-se, portanto, do pressuposto de que a natureza humana

só pode ser entendida a partir da perspectiva do desenvolvimento

sociocultural. Isso significa que o ensino não é o simples passar conhecimento,

mas trabalhar levando em conta a cultura individual, o meio social que o aluno

vive, e de como os conteúdos aprendidos em sala de aula o auxiliarão, de uma

forma ou de outra, a compreender melhor o mundo.

Ao dissertar sobre a importância do contexto escolar no ensino de

língua, Magalhães (2004, p. 60) afirma que se deve compreender a escola

“como um espaço cultural, social e político e não apenas como um local de

transmissão de conhecimentos neutros e desvinculados do contexto particular

de ação e da sociedade mais ampla”, isto é, compreender que a linguagem é

um espaço “para reflexão e negociação” (MAGALHÃES, 2004, p. 60). Portanto,

os planejamentos das aulas devem levar em conta não somente o conteúdo a

ser trabalhado, mas verificar o contexto escolar com as suas diversidades de

indivíduos, de forma que o conhecimento aprendido seja relevante para a

compreensão do mundo e não se torne algo neutro e sem utilidade para o

aluno.

Portanto, busca-se perceber como funciona o contexto escolar para

que, como afirma Liberali (2004, p.109), “o ensino das capacidades de

linguagens das ações da reflexão crítica como um instrumento [...] orientado

para atividade interna, para a organização do comportamento humano e

criação de novas relações com o ambiente”. Assumir essa postura não pode

ser erroneamente compreendido de forma que não se deva ensinar a

estrutura/gramática aos alunos, priorizando a simples e pura reflexão crítica do

meio social. Mas, isso significa que a linguagem, não somente no seu sentido

imediato, é um reflexo de uma visão de mundo, de forma que ela revele uma

maneira de pensar e compreender a realidade. Com esse entendimento, o

aluno passa a ampliar os seus horizontes culturais, possibilitando um

pensamento crítico mais profundo sobre as diversas realidades.

É relevante, pois, a constatação de que o “domínio de uma sintaxe

mais elaborada não está ligado a um gênero preciso. Ele passa pela

Page 123:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

120

compreensão e apropriação de regras gerais que dizem respeito à organização

da frase” (DOLZ et al, 2004, p 116) e, por outro lado, não contradizendo, mas

complementando, “não se pode isolar a comunicação verbal da comunicação

global” (BAKHTIN, 1997, p. 124), isto é, de sua situação concreta. Em

conseqüência disso, conclui-se que a estrutura organizacional sintática de uma

frase é essencial para o aprendizado, como também a sua situação de

comunicação numa realidade concreta. A junção desses dois aspectos faz com

que o aprendizado se dê de forma mais integral e completa.

Sob a perspectiva dessa concepção, o planejamento das aulas se dá

enfatizando tanto a situação concreta de uso, isto é, uma situação

comunicativa coerente com a realidade do aluno, e, também, abordando a

questão estrutural, de forma a explicar metalingüisticamente o que já foi feito

no uso, ou seja, refletindo sobre a própria prática em sala de aula.

AVALIAÇÃO

A avaliação antes de “dar nota”, é um processo utilizado para nortear o

trabalho do professor, dando ferramentas a ele para identificar até que ponto o

aluno o aluno avançou dentro da proposta pedagógica como também ajuda ao

aluno compreender se próprio processo de aprendizagem.

As DCE citam Luckesi (1995, p. 166), em que esse afirma que “a

avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-

sucedida”.

Isso significa que a avaliação não pode e não deve ser um elemento

“traumatizante” para o aluno, mas um instrumento a mais para ser utilizado na

consolidação do conhecimento. Portanto, a avaliação nessa proposta, buscará

atender esse objetivo: perceber como o aluno está se desenvolvendo em sala

Page 124:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

121

de aula como também será mais uma ferramenta para a consolidação do

conteúdo apresentado.

Os critérios e instrumentos de avaliação elencados no PPP englobam

diversas atividades bimestrais (mínimo de três), organizadas e executadas a

critério do professor, todas com nota de 0 a 100, sendo feita, ao final do

bimestre, a média aritmética das notas conquistadas pelo aluno. Do mesmo

modo, uma das notas poderá ser atribuída à participação do aluno em sala

e/ou fora dela, caso sejam direcionadas atividades extra-classe.

Com relação à recuperação, caso seja necessária, será feita

paralelamente ao ensino da disciplina, de modo que os conteúdos sejam

constantemente recuperados, entretanto a recuperação da nota será uma

consequência direta da compreensão dos conteúdos recuperados, sendo

aplicadas formas substitutivas de avaliação ao longo do bimestre.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Huritec,

1997.

DOLZ, Joaquim et al. “Sequências didáticas para o oral e a escrita:

apresentação de um procedimento” in: Gêneros orais e escritos na escola,

tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP:

Mercado das Letras, 2004.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola. 1970.

LIBERALI, Fernanda Coelho. As linguagens das reflexões. In MAGALHÃES,

M.C.C. (org). A formação do professor como profissional crítico: linguagem e

reflexão. São Paulo: Mercado Letras, 2004

MAGALHÃES, M. C. C., A linguagem na formação de professores como

profissionais reflexivos e críticos In MAGALHÃES, M.C.C. (org). A formação do

professor como profissional crítico: linguagem e reflexão. São Paulo: Mercado

Letras, 2004

Page 125:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

122

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA

Marechal Cândido Rondon

-2010-

Page 126:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

123

Justificativa

Como disciplina escolar a Língua Portuguesa passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XlX,

depois de já há muito tempo organizado o sistema de ensino. Contudo, a

preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve inicio apenas

nos anos 30 do século XX.

No início tratava-se de um ensino retórico, imitativo, elitista e ornamental

visando à construção de uma civilização de aparências com base em uma

educação claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma

ordem patriarcal.

O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir de 1967, “um

processo de democratização” do ensino, com a ampliação de vagas eliminação

dos chamados exames de eliminação entre outros fatores. Como consequência

desse processo de damocratizaç5o, a multiplicação de alunos, as condições

escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a

ser outras bem diferentes. Nesse contexto o ensina de Língua Portuguesa não

poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a

presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então

admitidos na escola.

Os estudos linguísticos centrado no texto e na interação social das

pr5ticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisiç5o da língua

materna chegaram ao Brasil em meados da década de 70 a contribuíram para

fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseada na

memorização. A dimens5o tradicional de ensino da língua cedeu o espaço a

novos paradigmas envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o

texto como unidade fundamental de análise.

No Brasil, esses idéias tornaram corpo, efetivamente, a partir dos anos

80, com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Circulo de

Sakhtin. Deve-se a asses te6ricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos

estudos em tomo da natureza sociológica da linguagem, ou seja, configura um

Page 127:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

124

espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa

interação. Ela mesma, a língua, constitui-se, sobretudo, pelo uso, ou seja, pelos

sujeitos que interagem.

No processo de ensino aprendizagem da língua (as práticas discursivas),

assumem-se o texto verbal-oral ou escrito – e também as outras linguagens,

tendo em vista o multiletramento, como unidade básica, que se manifesta em

enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de modo dinâmico com

experiências reais de uso da língua. Quanto maior o contato com a linguagem,

na diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como

material verbal carregado de intenções e das visões de mundo. Quanto à

prática da oralidade, tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita

fosse A língua, ou como se todos os que nela ingressam falassem da mesma

forma. No ambiente escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de

modo que a oralidade não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite

muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso

da fala a na produção de discursos nos quais os alunos se constituem como

sujeito do processo interativo.

Nas Diretrizes Curriculares de Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná, entende-se a leitura como um processo de produção de

sentido que se dá a partir de interações sociais ou retaç5ea dialógicas que

acontecem entre o texto que se dá a partir de interações ou relações dialógicas

que acontecem entra o texto e leitor. Kleiman (2000) destaca a importância, na

leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios do leitor, que lhe

permitem fazer previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não

apenas recebe um significado global para o texto: ele procura pistas formais,

formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias

baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência sociocultural, seu

conhecimento do mundo. Em relação à escrita, ressalta-se que as condições

em que a produção acontece determinam o texto: quem escreve o que, pra

quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve. Além disso, cada

gênero textual tem suas peculiaridades: a composiç5o, a estrutura e o estilo

variam conforme se produza uma historia, um poema, um bilhete, uma receita,

um texto de opinião ou cientifico, filosófico. Essas e outras composições da

diferentes modelos de textos.

Page 128:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

125

As aulas de Língua Portuguesa e Literatura, nessa perspectiva,

possibilitam aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais a não-

verbais peio contato direto com textos de mais variados gêneros, engendrados

pelas necessidades humanas. A inclusão da diversidade textual deve relacionar

os gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem.

Acrescente-se a isso que o fato de a Língua ser o meio e o suporte de

outros conhecimentos toma o professor de Língua Portuguesa um agente

eficaz, propiciador das relações inter e multidisciplinares.

OBJETIVOS GERAIS DA DISClPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

No processo de ensino-aprendizagem das diferentes séries do ensino

fundamental, espera-se que o aluno amplia o domínio ativo do discurso nas

diversas situações comunicativas, de modo a possibilitar sua inserção efetiva

no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no

exercício da cidadania.Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de

atividades que, progressivamente, possibilite ao aluno:

Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais, na leitura e

produção de textos escritos, de modo a entender a múltiplas demandas

sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos e

considerar as diferentes condições de produção do discurso;

Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,

operando sobre representações construídas em várias áreas do

conhecimento;

Saber como proceder para ter acesso, compreender e fazer o uso de

informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se

organizam em sistemas coerentes e coesivos;

Ser capaz de operar sobre o conteúdo represantacional dos textos,

identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando

roteiros, resumos, índices, esquemas, etc.;

Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,

desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos;

Contrapor sua interpretação da realidade a diferentes opiniões;

Page 129:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

126

Identificar referências intertextuais presentes no texto;

Inferir as possíveis intenções do autor marcadas no texto;

Perceber os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o

interlocutor – leitor;

Conhecer a valorizar as diferentes variedades da língua portuguesa,

procurando combater o preconceito linguístico;

Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social;

Usar os conhecimentos adquiridos por meio da pratica de análise

linguística para expandir sua capacidade de monitoração das

possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise

crítica.

OBJETIVOS ESPEClFICOS DA DISCIPLlNA DE LÍNGUA PORTUGUESA

No trabalho com os conteúdos previstos nas diferentes práticas, a escola

organizará um conjunto da atividades que possibilitem ao aluno desenvolver o

domínio da expressão oral e escrita em situações de uso publico da linguagem,

levando em conta a situação de produç5o social e material do texto (lugar

social do locutor em relação ao(s) destinatário(s) a seu lugar social; finalidade

ou intenção do autor, tempo e lugar material da produção e do suporte} e

selecionar, a partir disso, os gêneros adequados para o produção de texto,

operando sobre as dimensões pragmáticas, semântica e gramatical.

No processo de escuta de textos orais, espera-se que o aluno:

Amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos,

semânticas e gramaticais envolvidos na construção dos sentidos do

texto;

Reconheça a contribuição complementar dos elementos não-verbais

(gestos, expressões faciais, postura corporal);

Utilize a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para

registro, documentação e análise;

Page 130:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

127

Amplie a capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo

capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu

discurso.

No processo de leitura de textos escritos, espera-se que o aluno:

Saiba selecionar textos segundo seu interessa e necessidade;

Leia, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais

tenha construído familiaridade;

Selecionando procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos

e interesses, e a características do gênero e suporte;

Desenvolvendo sua capacidade de construir um conjunto de expectativas

(pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função do

texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre o gênero,

suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais –

recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio, etc.);

Confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a

leitura;

Articulando o maior numero possível da índices textuais e contextuais na

construção do sentido do texto, de modo a:

a) Utilizar inferências pragmáticas, para dar sentido a expressões que não

pertençam a seu repertório linguístico ou estejam empregadas de forma

não usual em sua linguagem;

b) Extrair informações não explicitadas, apoiando-se em deduções;

c) Estabelecer a progressão temática;

d) Integrar e sintetizar informações, expressando-as em linguagem própria,

oralmente ou por escrito;

e) interpretar recursos figurativos tais como: metáforas, metonímias,

eufemismos, hipérboles, etc.:

Delimite um problema levantando durante a leitura e localizando as

fontes da informações pertinentes para resolvê-lo;

Seja receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas,

por meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se

Page 131:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

128

em marcas formais do próprio texto ou em orientações oferecidas pelo

professor;

Troque impressões com outros leitores a respeito dos textos )idos,

posicionado-se diante a critica, tanto a partir do próprio texto como da

sua prática enquanto leitor;

Compreenda a leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a

necessidade de ler e o prazer de ler;

Seja capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça

nos textos que lê.

No processo de produção de textos orais espera-se que o aluno:

➔ Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências

da situação e dos objetivos estabelecidos;

➔ Considere os papeis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à

variedade linguística adequada;

➔ Saiba utilizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção de

textos;

➔ Monitora seu desempenho oral, levando em conta a intenção comunicativa

e a reação dos interlocutores, reformulando o planejamento prévio quando

necessário;

➔ Considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de

elementos de argumentação

No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno:

• Redija diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a

garantir:

a- A relevância das partes e dos tópicos em relação ao tema e propósitos do

texto;

b- A continuidade temática;

c- A explicitação de informações contextuais ou de premissas indispensáveis à

interpretação;

d- A explicitação da relações entra expressões mediante recursos linguísticos

apropriados (retomadas, anáforas, conectivos), que possibilitem a recuperação

da referência por parte do destinatário;

Page 132:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

129

• Realize escolhas de elementos lexicais, sintéticos, figurativos e

ilustrativos, ajustando-os as circunstâncias, formalidade e

propósitos de integração;

• Utilize com propriedade e desenvoltura padres da escrita em

função das exigências do gênero e das condições de produção;

• Analise e revise o próprio texto em função dos objetivos

estabelecidos, da intenção comunicativa do leitor a que se destina,

redigindo tantas quantas forem às versões necessárias para

considerar o texto produzido bem escrito.

No processo de análise linguística, espera-se que o aluno:

➔ Constitua um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem

e sobre o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e

produções de textos;

➔ Aproprie-se dos instrumentos de natureza procedimental e conceituai

necessários para a análise e reftex5o linguistica (delimitação s identificação de

unidades, compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e das

funções discursivas associadas a elas no contexto);

➔ Seja capaz de verificar as regularidades das diferentes variedades do

Português, reconhecendo os valores sociais nelas implicados e,

consequentemente, o preconceito contra as formas populares em oposiç5o às

formas dos grupos socialmente favorecidos.

Para atingir os objetivos propostos trabalhar-se-a em Língua Portuguesa

os conteúdos programáticos distribuídos por séries e bimestre conforme

proposta a Colegio PORTUGUÊS IDEIAS 4 LlMGUAGEMS de Dileta Delmanto e

Maria da Conceição Castro, Editora Saraiva.

02) CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes são os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para

a formação conceituai do educando. Eles se constituem através da história e

são legitimados socialmente, por assumir, como espaço de produção de

Page 133:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

130

sentidos marcado por relações contextuais de poder, o conteúdo estruturante

como Prática Social a tratar de forma dinâmica, por meio da leitura, da

oralidade e da escuta.

Nas teorias do Circulo de Bakhtin, as quais concebem a língua como

discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos, cada palavra

transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda

anunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz

do outro. È no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que

dizemos e ao que somos. Sendo assim a Língua Portuguesa apresenta-se como

espaço para ampliar o contato com outras formas da conhecer, com outros

procedimentos interpretativos da construção da realidade. A ênfase do ensino

recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamante pelo discurso,

sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em

diferentes tipos de texto, considerando a imensa quantidade de informações

que circulam na sociedade. isso significa participar dos processos sociais de

construção de linguagem e da seus sentidos legitimados, e desenvolver uma

criticidade, de modo a atribuir o pr6prio sentido aos textos.

O trabalho em sala de aula deve partir de um texto de linguagem num

contexto em uso, sob a proposta de construção dos significados por maio do

engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas. E

importante que os textos selecionados abordem diversos gêneros discursivos e

que apresentem diferentes graus de complexidade adequados a cada faixa

etária.

Conteúdos da Educação Básica:

_______________________________________________________________________________

Leitura

Tema do texto

Conteúdo temático

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Escrita

Tema do texto

Conteúdo temático

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Oralidade

Tema do texto

Conteúdo temático

Finalidade

Aceitabilidade do

texto Informatividada

Papel do locutor e

Page 134:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

131

Situacionalidade

Temporalidade

Referência textual

Intertextualidade Vozes

sociais presentes no

texto

informações explícitas

Discurso direto e indireto

Situacionalidade

lntertextualidade

Temporalidade

Referência

textual Vozes

sociais

presentes no

texto

Discurso direto e

indireto Elementos

composicionais do

gênero

interlocutor

Elementos

extralinguisticos:

entonação,

expressões facial,

corporal

e gestual, pausas...

Adequação do

discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição.

Elementos semânticos

diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral

e escrito

Elementos

composicionais do

gênero

Repetição proposital de

palavras

Léxico

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito),

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das c)asses

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos {como aspas,

travessão, negrito),

figuras de linguagem.

Concordância verbal e

nominal

Semântica:

operadores

argumentativos,

Page 135:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

132

figuras de linguagem

Semântica: operadores

argumentativos,

ambiguidade,

sentido conotativo de

denotativo das palavras

no texto, expressões que

denotam ironia

e humor no texto

Polissemia

ambiguidade,

significado das

palavras, figuras de

linguagem, sentido

conotativo e

denotativo das

palavras no texto,

expressões que

denotam ironia s

humor no texto.

Relação de causa e

Consequência entre as

partes e elementos do

texto Po1issemia

Processo de formação

das palavras

Ortografia

Concordância

verbal/nominal

03) Metodologia:

A pedagogia critica é o referencial teórico que sustenta este documento

a partir das diretrizes curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem

que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela

apropriação critica e histórica do conhecimento como instrumento de

compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.

Ancorada nos pressupostos da pedagogia critica, entende-se que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos mais necessários para

que não apenas assimilem o saber como resultado, mas aprendam o processo

de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem

o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que

sejam seguidas, mas principalmente pare que possam ser modificadas.

Page 136:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

133

A partir do conteúdo estruturante discurso como Práticas sociais serão

trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmático cultural e decisivo, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita,

As diretrizes assumam uma concepção de linguagem que não se fecha

“na sua condição de sistema da formas”. A linguagem á vista como fenômeno

social que a palavra significa. Ensinar a língua materna requer que se

considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido.

Sob essa perspectiva o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa visa

aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos para que eles

possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de

interagir com esses discursos. Faz-se necessário propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de diferentes esferas sociais serão abordados os

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência

e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Dessa maneira, o ensino

deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto,

abandoná-la. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e

a busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos pare que

desenvolvam uma prática analítica e critica, ampliem seus conhecimentos

linguísticos culturais

e percebam as ampliações sociais, históricas e ideológicas presentes num

discurso, no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valoras.

Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas

linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo

significado, mas são flexíveis e variam conforma o contexto e a situação em

que a prática social de uso da língua ocorre.

As estratégias especificas da oralidade têm coma objetivo expor os

alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na

abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da

língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira embora haja

limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de

gêneros que qualquer uso de linguagem implica a que existe a necessidade de

adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como

Page 137:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

134

ocorra na escrita e em Iíngua Materna. Também é importante que o aluno se

familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.

Com a relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista

como. Uma atividade socio-internacional, ou soja, significativa. É preciso Que o

docente direcione as atividades de produção textual, definindo em seu

encaminhamento qual a objetivo da produção e para quem se escreve em

situações reais de uso. É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja

definido como um sujeito sócio – histórico – ideológico, com quem o aluno vai

produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do seu texto e

de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo

claro. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e (ou não-verbal, o

professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades.

Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b)Aspecto Cultura/Interdiscurso: influência de outras culturas

percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo

e quais outras leituras poderão se feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d)Análise Linguística: será realizada de acordo com a serie. Vale ressaltar

a diferença entre o ensino de gramática e a prática linguística.

ENSlNO DE GRAMATICA PRATICA DE ANALISE LINGUISTICA

Concepção de língua como

sistema, estrutura inflexível e

invariával.

Concepção de língua como ação

interlocutora situada, sujeita às

interferências dos falantes.

Unidade privilegiada: a palavra, a

frase e o período.

Unidade privilegiada: o texto

Preferência pelos exercícios

estruturais, de identificação e

classificação de unidades/funções

morfossintáticas.

Preferência por questões abertas

e atividades de pesquisa, que

exigem comparação e reflexão

sobre adequação e efeitos de

sentidos.

Page 138:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

135

_________________________________________________________________________

04) Avaliação

A avaliação deverá ser continua acumulativa, diagnosticada,

democrática e que prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem. Deve-

se fazer presente tanto como meio de diagnostico quanto como instrumento

da investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão

formadora.

É importante que a mesma aprimore a competência a competência do

aluno na leitura, na fala e na escrita: além disso, deve contribuir para a

compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos com o objetivo

maior de levar o aluno à formação para a cidadania, ao mesmo tempo em que

o domínio de conhecimento do mundo do trabalho vai inseri-la na sociedade

em que vive.

No dia-a-dia, isso significa que:

➔ Diagnosticar o progresso de aprendizagem do aluno, ofertando a ele

recuperação paralela do conteúdo logo que necessário, havendo

retomada dos mesmos em avaliações posteriores.

➔ Estabelecer critérios avaliativos com o conhecimento a aprovação do

aprendiz, no exercício da pr6tica democrática;

➔ Dar oportunidade de auto avaliação ao educando, levando-o a maior

responsabilidade;

➔ Auto-avaliar o trabalho docente, para que haja retomado de atitudes e

atividades, sanando assim as falhas que ocorrerem no ensino-

aprendizagem.

Haverá pelo menos uma avaliação bimestral sem consulta. Tendo os

seguintes passos: fazer revisão do conteúdo antes da prove e aplica – l .

Retomar os conteúdos não apreendidos onda se fizer necessário.

Todas as atividades propostas, de classe e extra-classe, serão avaliadas

quanto a participação, interesse e assimilação dos conteúdos através da:

oralidade, leituras e interpretações textuais, pesquisas, trabalhos individuais

Page 139:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

136

e de grupos, tarefas, jogos, atividades recreativas, dramatizações, testes,

murais, certezas, cartões, dentre outras atividades.

O aluno saberá constantemente de seu progresso na aprendizagem, ter-

se-á nota (média) bimestral que será divulgada ao educando. Esta será

comentada em diálogo franco entre professor e aluno. Momento este (pré-

conselho) que terá também, o intuito de melhorar o ensino-aprendizagem.

Referências Bibliográficas:

DELMANTO,Dileta8 CASTRO, Miaria da Conceição -Português, Ideias8

Linguagens, São Paulo, Saraiva,2007.

FERRElRA,Mauro- Entre Palavras- São Paulo, FTD, 2002.

FIORIN, José L. e Savioli, Francisco Platão- Para Entender o Texto, S o Pauto,

Atica, 1991.

GERALDl, João Vanderley (org)- O Texto na Sala de Aula, Cascavel,

Assoeste,1984.

POSSENTl, Sírio- Por que (não) Ensinar Gramática na Escola?, Campinas,

Mercado de Letras, 1997.

Língua Portuguesa- PEC- Projeto Escola e Cidadania- Editora da Brasil.

Ministério da Educação- O perecer do Conselho Nacional da Educação e as

Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico Raciais e para

História e Cultura Afro- Brasileira e Africana.

Paraná- Secretaria de Educação- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Paraná- Curitiba- SEED, 2008.

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137

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

Page 141:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

138

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Marechal Cândido Rondon

-2010-

JUSTIFICATIVA

A matemática é a ciência que tem por objetivo o estudo das grandezas,

formas, números e álgebra e sua relação, definidas como abstratas

logicamente; geometria e medidas; funções e o tratamento da informação,

incluídas nos currículos escolares pela sua utilidade na resolução de problemas

práticos, de linguagem natural para a prospecção quantitativa e qualitativa da

realidade, bem como, pelo seu efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico

em todos os seus momentos: de análise, abstração, sintese e generalização.

A matemática deve ser entendida como instrumento de compreenção ,

investigação, inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de

modificação do indivíduo, deve proporcionar a contrução do conhecimento de

forma crítica, relacionada com a prática e o uso na vida do ser humano.

Page 142:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

139

No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares

evidenciam, por um lado, as limitações e as insuficiências as disciplinas em

suas abordagens isoladas e individuais e, por outro lado as especificidades

próprias de cada disciplina para compreensão de um projeto qualquer.

As disciplinas escolares, a partir de suas especialidades, chamam umas

às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que

se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em

conta as dimensões científicas, filosóficas e artísticas do conhecimento .

Tal pressuposto descarta uma interdisciplinaridade radical. A matemática

como saber escolar, e o conhecimento matemático, se explicitam nos

conteúdos entre as disciplinas de tradição cirrucular. Destaca-se a importância

dos conteúdos disciplinares e do professor como autor de seu plano de ensino.

A Matemática baseada nas Diretrizes Curriculares tem o papel de

facilitadora para a estruturação e o desenvolvimento do aluno e para a

formação básica de sua cidadania, voltada tanto para a cognição do educando

como para a relevância social do ensino da Matemática, tendo como conteúdos

estruturantes: os números, operações e álgebra; medidas; geometria e

tratamento da informação, os quais ao serem abordados na prática docente

evocam outros conteúdos, priorizando relações e interdependências que,

consequentemente, enriquecem os processos pelos quais acontecem a

aprendizagem em Matemática.

Objetivos Gerais da Disciplina

A proposta para a Matemática defendida nas diretrizes visa:

➔ Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído

historicamente e possibilitar ao aluno ser um conhecedor desse objeto;

➔ Desenvolver a matemática como campo de investigação e de produção

de conhecimento;

➔ Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e

intervenção do real;

➔ Selecionar estratégias de resolução de problemas;

➔ Formular hipóteses e prever resultados;

Page 143:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

140

➔ Interpretar e criticar resultados no contexto do problema;

➔ Resolver problemas nos domínios de outras ciências;

➔ Desenvolver o raciocínio e o pensamento cientifico;

➔ Descobrir relações entre conceitos da Matemática;

➔ Formular generalizações a partir de experiências;

➔ Comunicar, oralmente e por escrito, com precisão e lógica, os

pensamentos e raciocínios que efetuam na resolução de problemas;

➔ Visar o desenvolvimento intelectual do aluno;

➔ Fazer com que o aluno construa, por intermédio do conhecimento

matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação

integral do ser humano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares,

para a educação básica da rede pública estadual são:

Números e Álgebra;

Grandezas e Medidas;

Geometria;

Funções;

Tratamento da Informação;

Conteúdos

5º Série

1º Bimestre

Sistema de numeração decimal

➔ Um pouco da história dos números

➔ Criando símbolos e regras

➔ O sistema de numeração decimal e os algarismos indos-arábicos

➔ Leitura e escrita de números no sistema de numeração decimal

➔ Matemática – Uma grande criação da humanidade

Números naturais

• Os números naturais e os processos de contagem

• A reta numérica e os números naturais

Page 144:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

141

Adição e subtração de números naturais

➔ As ideias de adição e subtração

➔ O cálculo mental nas adições e subtrações

➔ Estimando por arredondamento

2º Bimestre

Multiplicação e divisão de números naturais

➔ As idéias de multiplicação

➔ A divisão

➔ Expressões numéricas

➔ Propriedade distributiva da multiplicação

➔ Resolução de problemas

Potenciação e raiz quadrada de números naturais

➔ Potenciação

➔ Quadrados, cubos e potenciações.

➔ O expoente 0 e o expoente 1

➔ Raiz quadrada

Múltiplos e divisores

➔ Sequencia dos múltiplos de um número

➔ Critérios de divisibilidade – economizando cálculos

➔ Os fatores de um número natural

➔ Quando os múltiplos se encontram

➔ Divisores comuns e o MDC

➔ Jogando com os múltiplos

3º Bimestre

Frações

➔ Inteiro e partes do inteiro

➔ Frações de uma quantidade

➔ Números mistos e frações impróprias

➔ Frações equivalentes

➔ Comparação de frações

➔ Operações com frações

➔ Inverso de uma fração

➔ Potenciação e raiz quadrada de frações

4º Bimestre

Page 145:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

142

Números decimais

➔ A notação decimal

➔ Numerais decimais e o registro de medidas

➔ Números decimais na forma de fração

➔ Comparando números decimais

➔ Adição e subtração de números decimais

➔ Multiplicando e dividindo por 10, 100, 1000.

➔ Multiplicação de números decimais

➔ Divisão de números naturais com quociente decimal

➔ Divisão de números decimais

Porcentagens

➔ O que é porcentagem?

➔ Calculando porcentagens

➔ A forma decimal das porcentagens

6º Série

1º Bimestre

Aprendendo mais sobre frações e números decimais

➔ Fração e divisão

➔ Frações equivalentes

➔ Frações e números decimais na reta numérica

➔ Expressões numéricas

➔ Potenciação e raiz quadrada de números decimais

2º Bimestre

Proporcionalidade

➔ O que é grandeza?

➔ Comparando grandezas

➔ Grandezas diretamente proporcionais

➔ Escalas, plantas e mapas.

Razão e porcentagem

➔ Porcentagem

➔ Da parte para o todo

➔ Cálculo direto de descontos e acréscimos

Page 146:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

143

3º Bimestre

Números negativos

➔ Onde encontramos números negativos?

➔ Comparando números

➔ Reta numérica

➔ Distâncias na reta numérica

➔ Adição e subtração com números negativos

➔ Multiplicação e divisão com números negativos

➔ Potenciação com base negativa

➔ Raiz quadrada

➔ Expressões numéricas

4º Bimestre

Equações

➔ Letras e padrões

➔ Letras e números desconhecidos

➔ Algumas operações com letras

➔ Balanças em equilíbrio e equações

➔ Aplicando o que aprendemos na resolução de problemas

Inequações

➔ Desigualdades – símbolos e propriedades

➔ Inequações

➔ Exercitando a resolução de inequações

7° Série

1º Bimestre

Conjuntos numéricos

➔ Números naturais

➔ Números inteiros

➔ Números racionais

➔ Representação dos números racionais

➔ Números irracionais

➔ Pi – um número irracional

➔ Números reais

➔ Os números reais e as operações

Page 147:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

144

2º Bimestre

Potenciação e notação científica

➔ Expoentes inteiros

➔ Propriedades das potências

➔ Potências de base 10

➔ Notação científica

Radiciação

➔ Aprendendo mais sobre raízes

➔ Raízes exatas

➔ Raízes não-exatas

3º Bimestre

Cálculo algébrico

➔ Variáveis

➔ Expressões algébricas

➔ Monômios e polinômios

➔ Operações e expressões algébricas

➔ Multiplicação de polinômios

Produtos notáveis e fatoração

➔ Produtos notáveis

➔ Fatoração

4º Bimestre

Frações algébricas

➔ Letras no denominador

➔ Resolvendo problemas

➔ Simplificando frações algébricas

➔ Adição e subtração com frações algébricas

➔ Novos problemas e equações

Sistemas de equações

➔ Descobrindo o método de substituição

➔ O método de adição

➔ Dízimas periódicas na forma de fração

Possibilidades e estatísticas

➔ Contando possibilidades

➔ Gráficos de segmentos

Page 148:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

145

8º Série

1º Bimestre

Potenciação e radiciação

➔ Revendo a potenciação

➔ Propriedades das potências

➔ Revendo a radiciação

➔ Expoentes racionais

➔ Propriedades dos radicais

➔ Simplificação de radicais

➔ Adição e subtração de radicais

➔ Cálculos de radicais

➔ Racionalização

2º Bimestre

Equações do 2º grau

➔ Equações

➔ Resolvendo equações do 2º grau

➔ Forma geral de uma equação do 2º grau

➔ Trinômios quadrados perfeitos e equações do 2º grau

➔ Fórmula geral de resolução da equação do 2º grau

➔ Resolvendo problemas

➔ Soma e produto das raízes de uma equação do 2º grau

➔ Equações irracionais

➔ Equações biquadradas

3º Bimestre

Função

➔ Conceito de função

➔ As funções e suas aplicações

➔ Da tabela para a lei de formação de função

➔ Interpretando gráficos

➔ Construindo gráficos de funções

Noções de probabilidade

Qual é a chance?

Page 149:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

146

As probabilidades e a estatística

População e amostra

4º bimestre

Relações métricas nos triângulos retângulos

➔ O teorema de Pitágoras

➔ Teorema de Pitágoras, quadrados e triângulos.

➔ Relações métricas nos triângulos retângulos

Trigonometria no triângulo retângulo

As razões trigonométricas

As razões trigonométricas e os ângulos de 30°, 45° e 60°.

Porcentagem e juro

➔ Revendo porcentagens, descontos e acréscimos.

➔ Juro

Metodologia da Disciplina

É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em matemática

contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados á matemática e a outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o

aluno analisar e transformar questões sociais, políticas, econômicas e

históricas.

Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica. O papel

da teoria científica é oferecer condições para a apropriação dos aspectos que

vão além daqueles observados pela aparência da realidade.

Pretende-se utilizar estratégias diversificadas, para incentivar a

aprendizagem do aluno, com materiais ou referências do cotidiano dos alunos.

Os jogos, os meios visuais e a abordagem histórica sobre a matemática

ou os seus matemáticos, isto tudo deve ser utilizado de forma adequada e no

momento adequado.

Page 150:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

147

Expor e programar atividades que levem a um aperfeiçoamento dos

métodos e técnicas de estudo.

No Ensino Fundamental o aluno será frequentemente solicitado a

justificar processos de resolução, a encadear raciocínios, a confirmar

conjecturas, demonstrar fórmulas e alguns teoremas, também, o aluno será

instigado a encontrar soluções através de estimativas e cálculo mental.

Possibilitar aos alunos o trabalho em grupo, trabalhos exteriores à sala

de aula e projetos.

O professor deverá buscar sempre uma metodologia que valorize todas

as suas individualidades, estimulando, motivando e conscientizando os alunos

de suas potencialidades. Formando-se assim um ambiente de trabalho

agradável, onde a estrutura cognitiva do aluno tenha subsídios para um bom

desenvolvimento. Alcançando assim todos os objetivos.

Critérios de Avaliação

É importante que se busquem alternativas para a mudança gradativa do

tipo de avaliação tradicional, onde apenas o objetivo é classificatório.

Na disciplina de Matemática, procuramos ir de encontro com o que esta

instituição de ensino busca de modo a agir de maneira como pede a Lei de

Diretrizes e Bases de Educação Nacional, Lei nº 9394/96, em seu artigo 24,

inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do rendimento escolar:

“Avaliação cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre

os de eventuais provas finais”.

O professor não pode abandonar o que vem praticando até agora, mas

deve refletir sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de concluir se não

estão sendo meramente classificatórias ou até punitivas.

Page 151:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

148

A avaliação deve atender as necessidades de seus alunos, sendo uma

prática contínua e mediadora. Para que seja eficaz, o professor deverá se

inteirar do que o aluno já sabe e determinar seus objetivos.

Há a necessidade de ajustes constantes, e que a avaliação contemple a

observação de avanços e da qualidade de aprendizagem alcançada em relação

aos objetivos previamente definidos.

Por outro lado, as avaliações devem ser somativas, considerando um

total de cem pontos no bimestre, subdividido em: provas, trabalhos, pesquisas,

participações em aula, testes e outros.

O processo de recuperação paralela acontecerá de forma a priorizar o

atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,

oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no

processo de aprendizagem.

Ao final do ano letivo será calculada a média final: somando-se as médias

de cada bimestre. De modo que, será considerado aprovado o aluno que

apresentar rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), e frequência

igual ou superior a 75 % do total das horas letivas.

O aluno que não atingir a frequência citada anteriormente será

reprovado e se não atingir o rendimento mínimo (média anual igual ou superior

a 60) passará por avaliação do conselho de classe, onde serão analisadas as

condições de avanços e a progressão dos estudos, para então ser tomada a

decisão, coletiva, da aprovação ou reprovação do educando.

Page 152:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

149

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

CIÊNCIAS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

Page 153:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

150

Marechal Cândido Rondon

2010

1. JUSTIFICATIVA

O objeto de estudo da disciplina de Ciências é o conhecimento científico,

ele resulta da investigação da natureza. A Natureza é entendida no ponto de

vista científico como, o conjunto de elementos integrados que constitui o

Universo em toda sua complexidade.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e

coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões

sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. No entanto ela não

revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir

da aplicabilidade de método (s) científico (s). Mas diante da

complexidade dos fenômenos naturais, os modelos são incapazes de

uma descrição de sua universalidade, tendo em vista “que é impossível,

mesmo ao mais completo cientista, dominar todo o conhecimento no

âmbito de uma única especialidade”

Portanto, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma

construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições

num determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico,

tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando creditar seus

resultados a supostos “cientistas geniais”.

Diante disto, a responsabilidade maior ao ensinar ciências está

intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica,

com um conjunto de conhecimentos que facilitariam aos homens e

mulheres uma leitura crítica do mundo em que vive como também o

entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no

âmbito da ciência.

2. OBJETIVO

Page 154:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

151

Proporcionar ao aluno a capacidade de entender a realidade em sua volta,

de situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade, sendo capaz

de compreender criticamente uma notícia, de ler um texto científico, de

entender e avaliar questões de ordem social e política, constituindo

conhecimentos e habilidades mínimas necessárias para que o aluno se sinta

alfabetizado cientificamente e tecnologicamente, proporcionando o

desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva frente às descobertas e os

fatos científicos do mundo real. Mas para isso se faz necessário, no ensino de

Ciências ampliarem os conhecimentos metodológicos para abordar os

conteúdos escolares de modo que os estudantes superem os obstáculos

conceituais oriundos de sua vida cotidiana. Pois no processo de ensino-

aprendizagem a construção de conceitos pelo estudante não difere, em

nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que

traz de sua vida cotidiana.

Para que os alunos possam compreender a natureza como um todo

dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do

mundo em que vivem em relação essencial com os demais seres vivos e outros

componentes do ambiente; saber utilizar conceitos como energia, espaço,

sistema, equilíbrio e vida.

Ter uma visão real do mundo isento de preconceito com uma postura

adequada em relação à natureza, como integrante de uma sociedade que

interage no ambiente que o cerca.

Despertar nos alunos a consciência de uma responsabilidade e capacidade

de alterar os ecossistemas, entender e apropriar-se de tecnologias que o

ajudarão a viver melhor, preservando a sua saúde e o meio ambiente,

fundamental a sobrevivência do ser humano e da biodiversidade.

Proporcionar aos alunos uma visão sobre o corpo humano como um sistema

integrado, que interage com o ambiente e reflete a história de vida de cada

sujeito.

Estando o conhecimento do corpo humano associado a um melhor

conhecimento do seu próprio corpo, por ser exclusivo de cada um e por ser

único, e com o qual o aluno tem a intimidade e uma percepção subjetiva que

Page 155:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

152

ninguém mais pode ter, fica mais fácil e interessante trabalhar e apreender

atitudes de respeito com seu corpo e as diferenças individuais.

Proporcionar aos alunos a capacidade de utilizar conceitos científico

básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo,

sistema, equilíbrio e vida. Tornando este estudo mais interessante através de

experimentos que relacione o conhecimento adquirido com a sua realidade,

tornando assim o conteúdo mais fácil de ser assimilado.

3- CONTEÚDO

5ª Série

1° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Astronomia

➔ Matéria

➔ Energia

Conteúdos Básicos

➔ A Terra: um planeta do Sistema Solar

➔ A estrutura da Terra

Conteúdos Específicos

2 A terra no espaço

3 As estações do ano

4 A Lua

5 A origem do sistema Solar

6 Os planetas do sistema Solar

7 Formação da Terra

8 O interior da Terra

9 A composição da Crosta terrestre;

10 Tipos de Rocha

11 Os fósseis

12 As placas da litosfera e sua movimentação

13 A teoria da Deriva dos Continentes.

Page 156:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

153

2° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

2 Matéria

3 Sistemas Biológicos

4 Energia

Conteúdos Básicos

➔ Conhecendo o solo

➔ A água na Terra

Conteúdos Específicos

➔ O solo

➔ O solo sustenta a vida

➔ Propriedades dos solos

➔ Os solos brasileiros

➔ Desgastes do solo

➔ Manejo adequado do solo

➔ O solo e a saúde

➔ A água nos seres vivos e na Terra

➔ Estados físicos da água

➔ O ciclo da água

➔ Propriedades da água

➔ Tratamento da água

➔ A água e a saúde

3° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

2 Matéria

3 Energia

Conteúdos Básicos

2 O ar na Terra

3 Os materiais se transformam

Conteúdos Específicos

Page 157:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

154

4 A atmosfera

5 Gases da atmosfera

6 Os fenômenos atmosféricos

7 Propriedades do ar

8 O ar em movimento

9 Transformações químicas

10 Transformações físicas

11 Características dos materiais

12 Os estados físicos dos materiais.

4° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Sistemas Biológicos

➔ Energia

➔ Biodiversidade

Conteúdos Básicos

A vida e o ambiente

Variedade de ecossistemas

Conteúdos Específicos

➔ Componentes e Organização do ecossistema

➔ Relações alimentares nos ecossistemas (I) e (II)

➔ Estratégias de vida nos Ecossistemas

➔ Tipos de ecossistemas

➔ As florestas e matas brasileiras (I) e (II)

➔ O cerrado, a caatinga e os pampas

➔ Os ecossistemas aquáticos

➔ O pantanal Mato - Grossense e os manguezais

6ª Série

1° Bimestre

Conteúdos Estruturantes

Astronomia

Page 158:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

155

Matéria

Energia

Biodiversidade

Conteúdos Básicos

1. As interações entre os seres vivos

2. A energia luminosa e os seres vivos

Conteúdos Específicos

➔ As populações

➔ A s relações ecológicas (I) e (II)

➔ Ação humana nos ecossistemas

➔ Formação e renovação dos ecossistemas

➔ O sol e a energia

➔ O calor e os seres vivos

➔ As estratégias dos seres vivos no ambiente.

➔ A luz e os seres vivos

2° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Matéria

➔ Biodiversidade

➔ Energia

Conteúdos Básicos

A organização e a origem dos seres vivos

O registro da diversidade da vida

Conteúdos Específicos

a) A organização dos seres vivos

b) A célula

c) As principais estruturas celulares

d) As células procariontes e eucariontes

e) A terra antes do surgimento da vida

f) A origem e a evolução dos primeiros seres vivos

g) Outras teorias sobre a origem da vida

h) A classificação dos seres vivos

Page 159:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

156

i) Os cinco reinos dos seres vivos

j) Os vírus

k) O reino Monera

l) O ambiente, a saúde e os seres microscópicos

m)O reino Plantae

n) O reino Protoctista

o) O reino Fungo

p) O reino Animal

3° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Sistemas Biológicos

➔ Biodiversidade

Conteúdos Básicos

d) O reino Planta (I)

e) O reino Planta (II)

Conteúdos Específicos

Características das plantas

As células e os tecidos vegetais

A nutrição das plantas

Classificação das plantas

Plantas sem sementes

Plantas com sementes

A raiz

O caule

A folha

O fruto

A semente

4° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

Sistemas Biológicos

Page 160:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

157

Energia

Matéria

Conteúdos Básicos

➔ O reino Animal: os invertebrados

➔ O reino Animal: os vertebrados

Conteúdos Específicos

• O reino Animal

• Poríferos e acnidários

• Platelmintos

• Nematódeos

• Moluscos

• Anelídeos

• Artrópodes

• Equinodermos

• Parasitoses

• Os vertebrados

• Os peixes

• Os anfíbios

• Os répteis

• As aves

• Os mamíferos

7ª Série

1° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

Conteúdos Básicos

O ser humano: evolução e estrutura

A nutrição: alimentos, nutrientes e digestão

Conteúdos Específicos

Page 161:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

158

• O ser humano: Evolução e estrutura

• O desenvolvimento do cérebro

• A comunicação humana

• Os movimentos humanos

• O comportamento humano

• A célula

• O núcleo e a informação hereditária

• O núcleo e a divisão celular

• Os tecidos animais

• A nutrição: alimentos

• As vitaminas e os sais minerais

• Os carboidratos

• Os lipídios e as proteínas

• A energia nos alimentos

• A dieta adequada

• A nutrição: O sistema digestório

• As etapas da digestão (I) e (II)

• Algumas doenças do sistema digestório

2° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Sistemas Biológicos

➔ Energia

Conteúdos Básicos

➔ A nutrição: transporte e circulação do sangue

➔ A nutrição: respiração e excreção

Conteúdos Específicos

➔ Sistema cardiovascular

➔ Sangue e seus componentes

➔ O coração e suas cavidades

➔ A circulação

➔ O sistema linfático

➔ O sistema imunitário

Page 162:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

159

➔ A saúde do sistema cardiovascular

➔ A saúde do sistema linfático

➔ A respiração: o sistema respiratório

➔ Os movimentos respiratórios

➔ A respiração celular

➔ A saúde e a sociedade

➔ A excreção

➔ A formação da urina

➔ As doenças do sistema urinário

3° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Sistemas Biológicos

➔ Energia

Conteúdos Básicos

➔ A coordenação nervosa e hormonal

➔ Os sentidos e a locomoção

Conteúdos Específicos

➔ O sistema nervoso

➔ O sistema nervoso central

➔ O sistema nervoso periférico

➔ O sistema endócrino

➔ Distúrbios neurológicos e desequilíbrios hormonais

➔ As drogas

➔ Os sentidos e a locomoção

➔ Visão; audição

➔ O sistema esquelético

➔ O sistema muscular

➔ As articulações

➔ Lesão nos ossos e músculos

4° BIMESTRE

Page 163:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

160

Conteúdos Estruturantes

• Sistemas Biológicos

• Biodiversidade

Conteúdos Básicos

A reprodução humana

O gene: Herança e evolução

Conteúdos Específicos

Crescimento e mudança no corpo humano

O sistema genital masculino

O sistema genital feminino

O ciclo mestrual

A fecundação

A gravidez, a gestação e o parto

Os métodos anticoncepcionais

Os genes

Genoma e genômica

Os cromossomos e o cariótipo;

Mendel e a origem da Ciência Genética

Hereditariedade humana

Darwin e Wallace

Evolução biológica

Evidências da Evolução

Seleção e adaptação

8ª Série

1° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Conteúdos Básicos

➔ As propriedades dos materiais

➔ As transformações dos materiais

Page 164:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

161

Conteúdos Básicos

➔ A matéria e suas propriedades

➔ Os estados físicos da matéria

➔ Mudanças de estado físico da matéria

➔ Substâncias puras e misturas

➔ Soluções

➔ A separação de misturas

➔ Átomo e elementos

➔ As ligações químicas

➔ As reações químicas

➔ Energia nas relações químicas

➔ A velocidade das reações químicas

➔ Diversidade das substâncias

2° BIMESTRE

Conteúdos estruturantes

Matéria

Energia

Conteúdos Básicos

1) Ciclos dos materiais

2) Energia, calor e temperatura

Conteúdos Específicos

- O ciclo do carbono

- O ciclo do oxigênio

- O ciclo do nitrogênio

- Os compostos orgânicos

- Energia

- Transformações de energia

- Temperatura e calor

- A medida da temperatura

- Transmissão do calor

- Dilatação e contração térmicas

3° BIMESTRE

Page 165:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

162

Conteúdos Estruturantes

➔ Energia

Conteúdos Básicos

➔ Ondas, som e luz

1. A eletricidade o magnetismo

Conteúdos Específicos

➔ As ondas: tipos e características

➔ O som

➔ A propagação do som

➔ A reflexão do som

➔ A luz

➔ Reflexão e refração da luz

➔ As cargas elétricas

➔ A corrente elétrica

➔ O circuito elétrico

➔ O magnetismo

➔ O electromagnetismo

4° BIMESTRE

Conteúdos Estruturantes

➔ Energia

Conteúdos Básicos

➔ Movimentos e forças

➔ Tecnologias de Informação e Comunicação

Conteúdos Específicos

➔ Os movimentos

➔ Forças

➔ Trabalho e máquinas

➔ Princípios da Dinâmica

➔ A inclusão Digital

➔ O computador

➔ A internet

Page 166:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

163

4. METODOLOGIA

Os conteúdos de ciências serão desenvolvidos e expostos para os

educando, através dos seguintes recursos: (textos complementares, livros

didáticos, revistas científicas, jornais, cartazes, mapas, Tv Paulo Freire,

aparelho de DVD, computadores), Esses recursos serão utilizados através de

exposição verbal, aulas no laboratório de informática, atividades de fixação,

aulas audiovisuais, palestras, trabalhos individuais e grupais, visitas de estudos

e observações a locais adequados para o enriquecimento dos conteúdos

trabalhados. E também relacionar a cultura e a história Afro Brasileira ( Lei

10.639/03), e a história e cultura dos povos Indígenas ( Lei 11.645/08) com os

assuntos discutidos no decorrer das aulas de ciências, para que os alunos

possam ter conhecimento da história, da cultura, da religião e da arte de cada

grupo.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através de observações dos diversos processos

cognitivos dos alunos, como: memorização, observação, percepção, descrição,

argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de

hipóteses, entre outros.

Esses processos serão avaliados de forma Individual e coletiva por meio

dos seguintes instrumentos avaliativos: prova oral, prova objetiva, prova

escrita, seminários, exposições de cartazes, maquetes, relatórios e outros

critérios adotados pelo professor, onde 70% da nota serão em avaliações

como: prova escrita, oral, objetiva, testes e trabalhos de pesquisa com

apresentação e 30% de atividades extras, totalizando 10,0%. A recuperação

será feita logo após à avaliação, mas antes será feita a retomada de conteúdo

para que o aluno possa ter a oportunidade de compreender e absorver o

conteúdo não assimilado na avaliação.

6. Referências

Barros, Carlos. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Série 62 ed. São Paulo

Page 167:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

164

Secretária do Estado de Educação; Diretrizes Curriculares da Educação

Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.

Projeto Araribá, Ciências. 5º, 6º, 7º e 8º Série – Manual do Professor, Editora

Moderna. 2008.

Valle, Cecília. Terra e Universo - 5ª Série- Editora Positivo, 2004.

Valle, Cecília. Vida e Ambiente - 6ª Série- Editora Positivo, 2004.

Valle, Cecília. Ser Humano - 7ª Série- Editora Positivo, 2004.

Valle, Cecília. Tecnologia e Sociedade – 8ª Série Editora Positivo, 2004.

Site:www.youtube.com

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

Page 168:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

165

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

2010

JUSTIFICATIVA

A disciplina de Geografia trabalha com quatro eixos de conteúdo: a

dimensão econômica da produção do/no espaço; a dimensão sócio-ambiental;

a dimensão cultural demográfica e a questão geopolítica.

Page 169:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

166

Esses conteúdos subsidiam os alunos a pensar e agir criticamente,

buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo,

preparando-o para uma leitura critica da produção social do espaço.

A leitura e a compreensão do espaço geográfico ocorrem através da

exploração de formas de pesquisa, da linguagem cartográfica, de conceitos

que embasam o estudo do espaço e da análise da realidade e da linguagem

gráfica como meios para compreender o espaço geográfico e seu processo de

construção.

A exploração de conteúdos leva o aluno a analisar e comparar as

relações entre preservação e degradação da vida no planeta, a partir do

conhecimento de sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais,

econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza nas

diferentes escalas: local, regional, nacional e global. Sendo assim oportuniza a

compreensão de que o espaço geográfico resulta da interação entre a

sociedade e a natureza, numa construção que ocorre historicamente, e que

exige uma atitude responsável de cuidado com os meios natural e social,

resgatando com isso, a dignidade humana e possibilitando uma análise critica

da sociedade e uma atitude cidadã.

A cidadania é tratada como participação social e política, bem como, o

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, para o qual é necessário

adotar no cotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as

injustiças, respeitando o outro e conquistando respeito para si.

Os conteúdos permitem ainda perceber que os homens constroem, se

apropriam e interagem com o espaço geográfico de diferentes formas,

propiciando a busca de uma postura critica diante da realidade, de forma a

contribuir pra a formação de uma sociedade justa e verdadeira. Dessa forma

instrumentalizando o desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar,

analisar e avaliar para pensar criticamente a realidade, através da busca dos

determinantes históricos das transformações naturais, sociais, econômicas,

culturais e políticas no seu lugar, comparando, analisando e sintetizando a

Page 170:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

167

densidade das relações e transformações que tornam concreta a realidade

para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de mudanças e

melhorias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

- As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª série

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos.

Page 171:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

168

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico.

- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ª série

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- O comércio em suas implicações socioespaciais.

- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

8ª série

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

Page 172:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

169

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

5º SÉRIE

1º Bimestre 2009

A Geografia e a compreensão do mundo.

Paisagem, espaço e lugar.

. As paisagens e seus elementos. O espaço geográfico. O lugar.

O trabalho e a transformação do espaço geográfico.

. O trabalho humano. As relações entre trabalho e paisagem.

O parque nacional das Nascentes do Rio Parnaíba.

Orientação no espaço geográfico

. A orientação. A orientação pelo Sol. A orientação pela bússola. Os modernos

instrumentos de orientação. A orientação pela lua.

Localização no espaço geográfico.

. Os paralelos e os meridianos. A latitude e a longitude.

O marco Zero.

O planeta terra.

Apresentando o planeta terra.

.A Terra: características gerais. Os movimentos da terra. Os fusos horários. A

linha internacional de mudança de data. Os fusos horários no Brasil.

A origem da terra

. O tempo geológico. A terra por dentro e por fora.

Exploradores batem recordes nas profundezas da Terra.

Como se formaram os continentes da Terra.

. A deriva continental.

Page 173:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

170

Aterra em movimento: placas tectônicas, vulcões e terremotos.

.A teoria das placas tectônicas. Os vulcões. Os terremotos. Dobramentos e

falhamentos.

2º Bimestre 2009

Os continentes, as ilhas e os oceanos.

Os continentes.

.A divisão física e a divisão política das terras emersas. A América. A África. A

Antártida. A Ásia. A Europa. A Oceania.

- Peculiaridades da Cultura Afro descendente – lei 10.639/03

Ilhas oceânicas e ilhas continentais.

. As ilhas e os arquipélagos.

Atol das roscas.

Os oceanos e os mares.

. Os oceanos. Os mares.

A água nos continentes.

.A distribuição da água doce nos continentes. O ciclo da água. Onde esta a

água doce dos continentes?

O aqüífero Guarani.

Relevo e hidrografia.

-As principais formas do relevo terrestre.

. As formas do relevo.

Os processos de formação e transformação do relevo.

. Agentes internos. Agentes externos. Os seres humanos.

O magma endurecido.

- O relevo brasileiro.

. As principais formas de relevo no Brasil.

- A importância dos rios e as hidrografias do Brasil.

. A importância dos rios. As bacias hidrográficas do Brasil.

O Mar Morto.

3º Bimestre 2009

Clima e vegetação

O clima.

. Tempo e o clima. Elementos e fatores climáticos.

Page 174:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

171

Os climas da terra e do Brasil.

. Os climas do Brasil.

Alterações climáticas.

As grandes paisagens vegetais da Terra.

. Tipos de paisagens vegetais.

A vegetação brasileira.

. Tipos de vegetação do Brasil.

Trilha ecológica da Chapada dos Veadeiros.

O campo e a cidade.

O espaço rural e suas paisagens.

. Paisagem rural.

Problemas ambientais no campo.

. A degradação do solo. Impactos ambientais resultantes da irrigação.

Os danos causados pelos inseticidas.

O espaço urbano e suas paisagens.

. Os diferentes tipos de paisagens urbanas.

Os principais problemas urbanos no Brasil.

. Moradias precárias. Transporte urbano. Lixo urbano. Água e esgoto. Ilhas de

calor.

Cidade sufocada.

4º Bimestre 2009

Atividades econômicas I: extrativismo e agropecuária.

Atividades econômicas e recursos naturais.

. O trabalho humano e a exploração dos recursos naturais. Recursos naturais e

fontes de energia. Os recursos naturais no Brasil. Recursos naturais e

atividades econômicas.

O extrativismo.

. A mais antiga das atividades.

O petróleo sai de cena.

A Agricultura.

.As diferenças na produção agrícola mundial. Condições naturais necessárias

para o desenvolvimento da agricultura. Os principais produtos agrícolas.

Page 175:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

172

Sistemas de produção agrícola. Tipos de agricultura. Empresas agrícolas e

agroindústrias. Produtos agrícolas no Brasil.

A pecuária.

. A relação entre a pecuária e a agricultura. Animais criados pela pecuária e

sistema de produção. A pecuária no Brasil.

O sucesso do agro negócio brasileiro.

Da máquina a vapor ao robô.

. Da produção manual às máquinas.

Tipos de indústrias.

. Classificação dos tipos de indústrias.

Japão, o campeão da produção industrial.

O comércio.

.Tipos de comércio.

A prestação de serviços.

. A expansão do setor de serviços. O rápido crescimento do turismo.

A memória da indústria.

.

6ª SÉRIE

1º BIMESTRE:

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

➔ Extensão do território

➔ Os limites territoriais

➔ Expansão territorial

LOCALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

➔ Onde está o Brasil?

➔ Extensão latitudinal e as paisagens do Brasil

➔ As longitudes e os horários no mundo

➔ Extensão longitudinal e horários no Brasil

REGIONALIZAÇÃO DO TERRITORIO

➔ O que é regionalizar

➔ Por que regionalizar

Page 176:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

173

BRASIL: REGIÕES E POLITICAS REGIONAIS

➔ Regionalização do IBGE

➔ Os complexos regionais

➔ Políticas regionais no Brasil

POPULAÇÃO / QUANTOS SOMOS E ONDE VIVEMOS

➔ Pesquisas sobre população

➔ Distribuição da população brasileira pelo território

➔ Mudanças sociais, mudanças no numero da população

➔ Pirâmide etária

➔ População Afro descendente no Brasil – lei 10.639/03

DIVERSIDADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

➔ Os povos indígenas

➔ Os povos africanos

➔ A imigração para o Brasil

➔ Brasil: uma democracia racial.

OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS NO BRASIL

* O que é migração e por que as pessoas migram

* Migração externas e internas

A POPULAÇÃO E O TRABALHO NO BRASIL

➔ População Economicamente ativa (PEA) no Brasil

➔ A PEA e a distribuição da renda

➔ O desemprego e seus fatores

➔ Novas profissões

➔ Os trabalhadores na economia informal

➔ Mapa do trabalho infantil no Brasil

2º BIMESTRE

BRASIL CAMPO E CIDADE

Page 177:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

174

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL

➔ População urbana no Brasil e no mundo

➔ A urbanização e a industrialização brasileira

➔ O inicio da industrialização do Brasil

➔ Concentração e descentralização industrial

REDE URBANA, PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS URBANOS

➔ Rede urbana e centralidade

➔ As regiões metropolitanas

➔ Problemas sociais nas cidades

➔ Problemas ambientais nas cidades.

O USO DA TERRA NO MEIO RURAL BRASILEIRO

➔ Modernização do campo e o uso da terra

A CONCENTRAÇÃO DE TERRAS E OS CONFLITOS NO CAMPO

➔ A concentração de terras

➔ Os conflitos no campo

REGIAO NORTE

APRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS

➔ Amazônia e Região Norte são sinônimos?

➔ A presença da Floresta Amazônica

➔ A região das águas

➔ O clima da Região Norte

➔ Aspectos do Relevo

EXPLORAÇÃO E OCUPAÇÃO D REGIAO NORTE

➔ Exploração econômica e ocupação do território

➔ A integração da Amazônia

➔ Extrativismo mineral

OCUPAÇÃO E DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA LEGAL

Expansão urbana

Page 178:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

175

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E AS COMUNIDADES

TRADICIONAIS

Produzir, consumir, produzir, consumir...,

Desenvolvimento sustentável

As comunidades tradicionais

As reservas Extrativas

3º BIMESTRE

REGIÃO NORDESTE

NORDESTE: ASPECTOS FÍSICOS

O clima e a vegetação do Nordeste

A hidrografia e o relevo do nordeste

A indústria da seca

A transposição das águas do São Francisco

NORDESTE: OCUPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

O espaço colonial o Nordeste

A decadência econômica do Nordeste

AS SUB-REGIÕES DO NORDESTE

O Nordeste e suas sub-regiões

NORDESTE: ESPAÇO GEOGRAFICO ATUAL

O crescimento econômico

Atividades econômicas

Os serviços

Indicadores sociais do Nordeste

REGIÃO SUDESTE

ASPECTOS FÍSICOS

A vegetação original e sua devastação

Page 179:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

176

O clima do sudeste

Relevo e hidrografia da região sudeste

A OCUPAÇÃO DO SUDESTE

A mineração e a ocupação do sudeste

A cafeicultura e a organização do espaço no Sudeste

SUDESTE: ORGANIZAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO

Concentração econômica

Concentração populacional

ECONOMIA DO SUDESTE

As atividades industriais

O setor terciário

O espaço agrário do Sudeste

O extrativismo.

4º BIMESTRE

REGIÃO SUL

ASPECTOS FISICOS

O clima da região sul

A vegetação da região sul

A OCUPAÇÃO DO ESPAÇO SULISTA

A expansão da ocupação na Região Sul

A criação do gado e o caminho dos tropeiros

A imigração consolidou a ocupação

ASPECTOS DA POPULAÇÃO DA RGIAO SUL

Aspectos da população do Sul

Traços europeus na população sulista

Indicadores sociais da região sul

A ECONOMIA DO SUL

Características gerais da economia sulista

Page 180:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

177

A pecuária

A agricultura

O extrativismo

A industrialização da região Sul

As atividades terciárias

REGIÃO CENTO-OESTE

ASPECTOS FÍSICOS

A vegetação original e remanescente

O cerrado

O pantanal

Relevo e hidrografia

Aproveitamento econômico dos rios

IMPACTOS AMBIENTAIS NO CERRADO E NO PANTANAL

Impactos ambientais no cerrado

Impactos ambientais no Pantanal

CENTRO-OESTE: EXPANSÃO DO POVOAMENTO

A ocupação da região

Projetos de colonização, abertura de estradas e expansão da fronteira

agrícola

Brasília: uma estratégia de inteiração

CENTRO-OESTE: CRESCIMENTO ECONOMICO

A atividade pecuária

A produção agrícola

O extrativismo

O turismo

As atividades industriais

7ª SÉRIE

Page 181:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

178

1º BIMESTRE

GEOGRAFIA E REGIONALISAÇÃO DO ESPAÇO

O MUNDO DIVIDIDO: PAISES CAPITAISTAS E SOCIAISTAS

O sistema capitalista

As características do capitalismo

O sistema socialista

A regionalização do mundo em bloco capitalista e socialista

REGIONALIZAÇÃO PELO NIVEL DE DESENVOLVIMENTO

Os países desenvolvidos

Os países subdesenvolvidos

PAISES DO NORTE E DO SUL

Uma nova regionalização

REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O IDH, 30

O índice de desenvolvimento humano

ECONOMIA GLOBAL

A ECONOMIA MUDIAL ATUAL

Características da economia global

A economia e a transformação do espaço geográfico

A economia e o aumento do desemprego

AS TRANSNACIONAIS

A importância das transnacionais na economia global

Transformacionais

concorrência e parceria

Petrobras uma transnacional brasileira

OS FINANCIADORES DA ECONOMIA MUNDIAL

Fundo monetário internacional e o banco mundial

A organização mundial do comércio

Page 182:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

179

OS BLOCOS ECONOMICOS

2º BIMESTRE

O CONTINENTE AMERICANO

A LOCALIZAÇÃO E A REGIONALIZAÇÃO

Características gerais

Regionalização pelo critério físico

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CONTINENTE AMERICANO

A América pré-colombiana

Conquista do continente

A influência da população Africana escravizada na formação histórica do

continente Americano. Lei 10.639/03.

CONTINENTE AMERICANO: RELEVO E HIDROGRAFIA

O relevo

A hidrografia

CLIMA E VEGETAÇÃO

Os fatores do clima

Tipos climáticos

Vegetação

A POPULAÇÃO E A ECONOMIA DA AMÉRICA

POPULAÇÃO DA AMÉRICA

Características demográficas

ATIVIDADES DO SETOR PRIMARIO NA AMÉRICA

Recursos naturais

Agropecuária

O DESENVOLVIMENTO DO SETOR SECUNDÁRIO

Indústria

Page 183:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

180

O CRESCIMENTO DO SETOR TERCEARIO

As transformações do setor terciário

3º BIMESTRE

A AMÉRICA DO NORTE

ESTADOS UNIDOS: POPULAÇÃO E TERRITÓRIO

Formação de território

Expansão para o oeste

O imperialismo

Os aspectos naturais do território

EUA POTENCIA ECONOMICA E MILITAR

A força econômica

Potência militar

Terrorismo contra EUA

CANADÁ, MAIOR PAÍS DA AMÉRICA.

Território e população

Economia

MÉXICO: ENTRE OS PAÍSES RICOS E POBRES

Território e população

Economia

AMÉRICA CENTRAL, AMERICA ANDINA E GUIANAS

AMÉRICA CENTRAL: ISTMICA E INSULAR

América Central ístmica:população e território

América Central insular: território e população

AMÉRICA ANDINA, CHILE BOLIVIA E PERU

América Andina: território, população e economia

AMÉRICA ANDINA, VENEZUELA EQUADOR E COLOMBIA

Page 184:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

181

A Venezuela

O Equador

A Colômbia

GUIANA SURINAMI E GUIANA FRANCESA

Características gerais

4º BIMESTRE

AMÉRICA PLATINA

AMÉRICA PLATINA

Características gerais

O PARAGUAI

Território, população e economia

URUGUAI

Território população e economia

ARGENTINA

História e organização do território

O BRASIL

POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

O que é geopolítica

BRASIL POTENCIA REGIONAL

Relações políticas e econômicas com países visinhos

BRASIL E AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

MERCOSUL

ALCA

O Brasil e a ONU

O Brasil G3 e G20

Page 185:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

182

O BRASIL NO MUNDO GLOBALIZADO

A globalização da economia brasileira

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE:

PAÍSES E CONFITOS MUNDIAIS:

ESTADO, TERRITÓRIO E NAÇÃO.

O mapa do mundo.

O Estado.

A Nação.

O Território.

AS GRANDES GUERRAS E GUERRA- FRIA

O imperialismo europeu.

A primeira guerra.

O expansionismo territorial alemão.

Segunda Guerra Mundial.

Guerra-Fria

OS CONFLITOS ATUAIS: AS RAZOES E OS PRINCIPAIS FOCOS

As razões dos conflitos regionais.

Os conflitos geram refugiados.

TERRORISMO

O que é terrorismo.

Terrorismo na história.

Os movimentos separatistas na Europa.

Os conflitos no Oriente Médio.

Terrorismo no Brasil.

Conflitos entre grupos afro descendentes – lei 10.639/03

A GLOBALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS

A GLOBALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS

O que significa globalização.

Globalização e movimento dos fluxos.

Globalização e desemprego.

As transnacionais na globalização.

Page 186:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

183

Cultura e sociedade de consumo.

GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Problemas ambientais do século XXI.

Modelo econômico/meio ambiente.

ORGANIZAÇÃO POLITICA INTERNACIONAIS E REGIONAIS

ONU

Direitos humanos

Organizações multilaterais.

ORGANIZAÇÕES ECONÔMICAS

Tipos de organização econômica e regionalização.

2º BIMESTRE:

AFRICA

QUADRO NATURAL E REGIONALIZAÇAÕ DA AFRICA

Relevo e hidrografia

Um continente com rica biodiversidade

Regionalização

Distribuição populacional e condições de vida.

A ECONOMIA AFRICANA

O desenvolvimento agropecuário

A economia da mineração

Industrialização tardia e incompleta.

AS FRONTEIRA DA AFRICA

O imperialismo europeu e a fragmentação territorial.

O redesenho do continente.

O apartheid social

A África na nova DIT.

As dificuldades ao acesso as novas tecnologias.

África à margem da globalização.

FOME E DOENÇAS NA AFRICA

Fome doenças: subproduto da pobreza.

A AIDS dá seu alerta.

OCEANIA E REGIOES POLARES

Page 187:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

184

OCEANIA: QUADRO SOCIOAMBIENTAL

Composição do continente

Aspectos naturais

População embranquecida

AUSTRALIA E NOVA ZELANDIA

Formação espacial e modelo econômico

AS REGIOES ARTICA E ANTARTICA: OS EXTREMOS DA TERRA

Territórios hostis e a ocupação humana.

Região ártica

Antártida e o vazio continental

OS DESAFIOS DA CIENCIA NAS REGIÕES POLARES

A atividade científica na Antártida.

3º BIMESTRE

ASIA

UM CONTINENTE DE CONTRASTES

As diversidades asiáticas

Regionalização da Ásia.

A POPULAÇÃO DA ASIA

A distribuição da população

Políticas de controle demográfico.

Crescimento demográfico e as desigualdades sociais.

Urbanização e meio ambiente.

População diversidade, cultura e religião.

A ECONOMIA DO CONTINENTE ASIATICO

A Ásia agrícola

Os recursos minerais

O setor industrial.

AS CIVILIZAÇÃOES ASIATICAS E SUAS RELIGIOES.

A civilização hindu.

O islamismo

A civilização chinesa

Page 188:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

185

RÚSSIA: UM PAÍS EM TRANSIÇÃO

Um país grandioso

População e crise social

Transição econômica

Os desafios do CEI e do G8.

JAPÃO E OS TIGRES ASIÁTICOS

Japão: o império do sol nascente

Os tigres asiáticos.

A CHINA: UM UNIVERSO DENTRO DO MUNDO

Processo de modernização

O desenvolvimento econômico

Recursos minerais e energia

População

Desenvolvimento social

INDIA: TRADIÇAÕ E MODERNIDADE

Imperialismo britânico e independência

A economia indiana

Desigualdades sociais e conflitos étnicos.

4º BIMESTRE

EUROPA:

QUADRO NATURAL E PROBLEMAS AMBIENTAIS DA EUROPA.

Relevo plano

Clima e as paisagens

Rios, eixos do território

Problemas ambientais

Desastre de Chernobyl

POPULAÇÃO EUROPÉIA

Variedade lingüística.

Cristianismo na Europa.

Características demográficas

ECONOMIA EUROPEIA

Tecnologia e produtividade

OS PAISES DA EUROPA

Page 189:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

186

A indústria do Reino Unido

A economia da França

A Alemanha: tradição e modernidade.

Países Mediterrâneos

Portugal, Espanha e turismo da Itália.

EUROPA ORIENTAL E A CRISE DO SOCIALISMO

Leste europeu.

O Histórico.

EUROPA ORIENTAL E A ECONOMIA

A Rússia

As economias do leste europeu.

UNIAO EUROPEIA

A construção da União Européia

As instituições da União Européia

Euro

Políticas comuns da União Européia.

A possível entrada da Turquia na União Européia.

Políticas sociais da União Européia.

CEI ( COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES)

O fim da União Soviética e a formação do CEI.

O socialismo e a reforma agrária.

A burocratizarão e a falta de competitividade.

Comércio entre os países da CEI.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Ensinar Geografia é preparar os alunos para fazerem leitura crítica e

interpretação do espaço geográfico e conseqüentemente da sociedade e do

mundo contemporâneo. O aluno precisa perceber o espaço em que está

inserido e se ver como um ser ativo, com poder de modificar e transformar o

mundo que vive.

Em sala de aula, o aluno vai compreender o espaço geográfico, formular

questões e dar respostas, discutir com professores e colegas as suas idéias,

Page 190:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

187

suas experiências e suas reflexões, compartilhadas e filtradas em forma de

debates.

Ter acesso à tecnologia na escola proporciona conhecimento sobre os

avançados meios de comunicação para se integrar na atual globalização e

saber lidar com essas informações no seu dia-a-dia, tendo noções do poder que

esse meio tem na formação de opinião, no desejo de consumo e de criar

necessidades.

A partir destas metas, os métodos a serem utilizados em sala são:

- Conduzir uma aprendizagem significativa, que só é possível quando os alunos

se defrontam com situações que exijam investigações e trabalho;

- Tornar a apropriação do conhecimento um processo dinâmico, a ser

construído na interação entre sujeitos e entre estes e o objeto de estudo;

- Tornar os alunos agentes do seu processo de aprendizagem, e o professor, o

mediador/articulador entre o conhecimento e os alunos;

- Trabalhar com base na observação e na caracterização dos elementos da

paisagem;

- Sistematizar os conteúdos com base na observação, comparação, análise e

interpretação dos alunos,

- Priorizar o desenvolvimento de habilidades, tais como: leitura e interpretação

de textos, gráficos, mapas e fotografias, estabelecimento de ralações entre

informações, análise e síntese, criticidade, representação do espaço, produção

de gráficos, orientação e localização de fatos e fenômenos.

- Utilizar recursos de multimídia e quadro.

- Aulas expositivas;

- Aulas de multimídia;

Essas habilidades vão facilitar a compreensão e a explicação do espaço

geográfico.

‘’Para se trabalhar bem a Geografia, é fundamental lembrar que ela é

importante na formação intelectual e ética dos jovens, na construção de sua

cidadania e na consciência de sua dignidade humana’’ (Pontuschka, 1998).

AVALIAÇÃO:

Page 191:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

188

A avaliação deve ser considerada como parte integrante do trabalho

realizado em sala de aula, e tem como objetivo principal ajudar os alunos a

aprenderem.

A avaliação formativa deve ser diagnosticada e continuada, pois, dá

ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processo de

aprendizagens diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as

dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a

todo o tempo. Informa, possibilitando assim, que a intervenção pedagógica

aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos),

ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure caminhos para que todos

os alunos aprendam e participem mais das aulas envolvendo-se realmente no

processo de ensino e de aprendizagem.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal, mas sim de

desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de

maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor

deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos, como leitura e interpretação de textos, produção de

textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campo, apresentação de

seminários, construção e análise de maquetes, entre outros. Esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo

de ensino.

Toda e qualquer avaliação realizada no bimestre terá peso 100, tendo no

mínimo três bimestrais, onde uma será realizada obrigatoriamente sem

consulta.

TRABALHOS:

Científicos:

Page 192:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

189

- método científico;

- manuscrito conforme solicitado.

- tamanho 12, títulos destacados.

- texto justificado;

- capa, índice, introdução, fundamentação teórica, resultados obtidos e

bibliografia.

Obs.: Plágios devem ser trabalhados para que o aluno tome conhecimento.

Seminários:

Texto deve ser analisado de forma contextualizada, procurando obter uma

compreensão além do obvio. Para isso o aluno deve ser estimulado a elaborar

uma análise do mesmo para possibilitar clareza no ato da explanação oral.

Trabalho de sala:

- Atividades em grupo; enquetes, pesquisa bibliográfica, questões.

Essas atividades podem ser agrupadas e ter um peso final de 100.

Maquetes:

O uso de maquetes na geografia é muito importante, pois possibilitam uma

visão tridimensional da área representada.

SUGESTÕES DE FILMES:

O JARDINEIRO FIEL;

DUELO DE TITÃS (RACISMO);

FARENHEIT;

O DIÁRIO DE MOTOCICLETA;

AMOR SEM FRONTEIRAS.

DOCUMENTÁRIOS

GRAVAÇAO DE MATÉRIAS DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO E INTENET: ÁGUA,

FONTES DE ENERGIA, IMPACTOS AMBIENTAIS, VULCANISMO,

Page 193:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

190

TERREMOTOS,TSUNAMI, BIOMAS, CLIMAS, URBANIZAÇÃO, MIGRAÇÕES ENTRE

OUTROS.

HOTEL RUANDA

REFERÊNCIAS:

ADAS, M. Geografia: noções básicas de geografia. São Paulo:Moderna,

1994.

ARCHELA, R.S. e GOMES, M.F.V.B. – Geografia para o ensino médio –

Manual de Aulas Práticas. Londrina: Ed. UEL, 1999.

CALLAI, H. C. A geografia e a escola: muda a geografia? Muda o ensino?

Revista Terra Livre, n. 16. São Paulo, 2001.

CASTELLAR, Sonia. MAESTRO, Valter. Geografia. 2ªed. São Paulo: Quinteto

Editorial, 2002. Coleção Geografia.

CASTROGIOVANNI, A.C.(org.) – Geografia em sala de Aula, Práticas e

Reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.

GOMES, P.C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,

1997.

GONÇALVES C.W.P. Os (des)Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo:

Contexto, 1999.

LACOSTE, Y. A Geografia – Isso Serve, em Primeiro Lugar para Fazer a

Guerra. Campinas: Papirus, 1998.

LUCCI, E. A. Geografia: homem e espaço. São Paulo:Saraiva, 2002.

MENDES, Ivan L. TAMDJIAN, James O. Geografia Geral e do Brasil: Estudos

para a compreensão do espaço. São Paulo: FTDA, 2004. Coleção Delta.

Page 194:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

191

PONTUSCHKA, N.N. Geografia, representações sociais e escola pública.

São Paulo: AGB, 1998.

Projeto Araribá: geografia/obra coletiva – 1 edição – São Paulo: Moderna, 2006

ROSS, Jurandyr L.S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.

Rua, J; WASZKIAVICUS, F.A; TANNURI, M.R.P; PÓVOA NETO, H. Para ensinar

Geografia: contribuição para o trabalho com 1° e 2° graus. Rio de

Janeiro: Access, 1993.

SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino

Fundamental. Curitiba, 2006.

Page 195:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

192

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

Page 196:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

193

Marechal Cândido Rondon

2010

Justificativa (e objetivos)

A Arte como educação favorece o desenvolvimento da produção

artística e da percepção estética que são construídas de forma reflexiva com a

experiência humana: o educando, através da apropriação de conteúdos,

estimula a sua reflexão, percepção e imaginação, tanto ao criar formas

artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele

e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes sociedades culturais.

O conhecimento da arte propicia aos estudantes, além dos aspectos

históricos, vários indícios da relatividade dos valores que estão enraizados nos

seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para a

valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura à riqueza e à diversidade

da imaginação humana. A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, é aliada no

sentido do “próprio”, já que, por estabelecer no currículo oficial da rede de

ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena”, torna pedagógico o conhecimento que está associado ao modo de

vida da sociedade brasileira.

A obtenção de conhecimento baseia-se principalmente em três pilares,

que de forma orgânica, organiza a relação das quatro áreas – Música, Dança,

Artes Visual e Teatro -, são eles: elementos formais, composição e movimentos

e períodos

Arte é cultura, resgate histórico, alfabetizadora, por meio da qual se

revela os símbolos presentes nas obras, e, principalmente na transformação da

sociedade. Ela estabelece um diálogo musical, visual e teatral entre o

educando e estes objetos. Possibilita um leitor de mundo mais crítico e

eficiente nos seu posicionamento e tomada de atitude, bem como um novo

agente da produção cultural.

Page 197:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

194

O aluno reflete sobre o universo cultural conhecido, experimentando,

conhecendo mais e apreciando produções artísticas: são ações que integram a

fruição. A realização de trabalhos pessoais, assim com a apreciação de seus

trabalhos, dos colegas e a produção de artistas, se dá mediante elaboração de

idéias, sensações, hipóteses e esquemas pessoais que o aluno vai estruturando

e transformando ao interagir com os diversos conteúdos de arte manifestados

nesse processo dialogal.

O conhecimento da arte abre perspectivas para que o educando tenha

um aumento cultural do mundo na qual a dimensão artística esteja presente: a

arte ensina que nossas experiências geram um movimento de transformação

permanente, que é preciso reordenar referências a cada momento, ser flexível.

Isso significa que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é

condição fundamental para aprender.

Ao fazer arte na escola, o jovem poderá integrar os múltiplos sentidos

presentes na dimensão do concreto e do virtual, do sonho e da realidade. Tal

integração é fundamental na construção da sua identidade e consciência, que

poderá compreender melhor sua inserção e participação no cotidiano.

O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e

passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma

sociedade construída historicamente e em constante transformação

Conteúdos

5ª SÉRIE/ 6º ANO 5ª SÉRIE/ 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Page 198:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

195

MÚSICAAltura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromáticaImprovisação

Greco-romanaOrientalOcidentalAfricana

Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da Música.Produção e execução de instrumentos rítmicos.Prática coral e cânone rítmico e melódico.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

ARTES VISUAISPontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCor

BidimensionalFigurativaGeométricaSimetriaTécnicas: Pintura,

Arte Greco-Romana Arte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica

Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento

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196

Luz escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia..

outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.Teoria das Artes Visuais.Produção de trabalhos de artes visuais.

artístico no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

TEATRO

PersonagemExpressões corporais, vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço

Enredo, roteiroEspaço Cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscaras...Gênero:Tragédia, comédia e Circo.

Greco-romanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo das

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

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197

estruturas teatrais:personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos das artes onde se originaram.Teoria do teatro.Produção de trabalhos com teatro.

DANÇAMovimento corporalTempoEspaço

KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis: (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões(pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero:circular

Pré-HistoriaGreco-RomanaRenascimentoDança clássica

Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com os movimentos artísticos no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

Page 201:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

198

de composição em movimentos e períodos da dança.Teoria do teatro.Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

6ª SÉRIE/ 7º ANO6ª SÉRIE/ 7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

MUSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalasGênero: folclórico, indígena,popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Nesta série é importante Relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Perecepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Teorias da música.Produção de trabalhos musicais

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

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199

com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

ARTES VISUAIS

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...

Arte IndígenaArte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimento e Barroco

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.Teorias das artes visuais.Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

TEATROPersonagemExpressões corporais,

Representação. Leitura dramática, cenografia.Técnicas:

Comédia dell’arteTeatro popularBrasileiro e

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no

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200

vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço

jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: rua e arena.Caracterização

ParanaenseTeatro Africano

formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.Teorias do teatro.Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição ´teatrais, presentes no cotidiano.

DANÇAMovimento corporalTempo Espaço

Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso(leve e pesado)Fluxo( livre, interrompido e conduzido).Lento, rápido e moderado.Níveis ( alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: folclórica, popular e étnica.

Dança popularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena

Nesta série,é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.Teorias da dança.Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

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201

7ª SÉRIE/ 8º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES

ABORDAGEM PEDAGÓGIC

A

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

MÚSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal. Modal e a fusão de ambos.Técnicas:Vocal, instrumental e mista

Indústria culturalEletrônicaMinimalistaRapRockTecno

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias,( cinema, vídeo, Tv e computador).Teorias sobre música e indústria cultural.Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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202

ARTES VISUAIS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia,áudio-visual, mista...

Indústria culturalArte no séc XXArte contemporânea

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.Teorias das artes visuais e mídias.Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das artes visuais em diversos no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

TEATROPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Representação no cinema e Mídias.Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria culturalRealismoExpressionismoCinema novo

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção

Compreensão das diferentes formas de representação no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

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203

dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.Teorias da representação no teatro e mídias.Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

DANÇAMovimento corporalTempoEspaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções:( frente, atrás, direita e esquerda).ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria cultural e espetáculo.

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria culturalDança moderna

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.Teorias da dança de palco em diferentes mídias.Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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204

tecnológicos.

8ª SÉRIE/ 9º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

MÚSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mista.Gêneros: Popular, folclórico e étnico

Música engajadaMúsica popular brasileiraMúsica contemporânea.

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer música e sua função social.Teorias da música.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música engajada.

Compreensão da música como fator de transformação social.Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

ARTES VISUAIS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

Bi e tridimensionalFigura-fundoRitmo visualTécnica: Pintura, grafitte, performance

RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-americana

Hip Hop

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e

Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator de transformação social.Produção de

Page 208:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

205

...Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano...

fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.Teorias das artes visuais.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.

trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

TEATROPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro- fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro engajadoTeatro do oprimidoTeatro pobreTeatro do absurdoVanguardas

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.Teorias do teatro.Produção de trabalhos com os modos de organização e

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro enquanto fator de transformação social.Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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206

composição teatral como fator de transformação social.

DANÇAMovimento corporalTempoEspaço

KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedaSaltosGirosRolamentosExtensão( perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance e moderna

VanguardasDança modernaDança Contemporânea

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.Teorias da dança.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Metodologia

O pensamento artístico e pedagógico do ensino da arte baseia-se na

consequencia de uma realidade política e social. Além desse aspecto, também,

fortalecendo a afirmação, tem uma função primordial na valorização dos

sentidos e da estética, assim como na emoção. É por esse ângulo que existe a

necessidade da junção da realidade política e do universo cultural, que é

realizada trabalhando-se com uma metodologia orgânica, que una as áreas

Page 210:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

207

sem distingui-las no contexto, tendo em vista que na disciplina de Arte há

quatro áreas fundamentais (música, artes visual, teatro e dança).

Conforme o DCE (2008), deve-se fazer parte do ensino, tanto juntos

como em ordens diferenciadas, os três momentos da organização pedagógica:

Teorizar, Sentir e Perceber e o Trabalho Artístico.

No ato de Teorizar, o professor poderá repassar aos alunos conceitos

sobre determinado período ou também movimento artístico – Música Barroca,

por exemplo – e analisar aspectos formais que têm semelhanças entre outras

áreas afins. Ele tem a possibilidade e é fundamental levantar, ou até partir, do

conhecimento ou cultura do aluno para fazer a diferenciação de valores, o que

torna a atividade pedagógica mais democrática, pois o educando, além de

entender a sua realidade, também procura compreender o porque da criação

alheia a sua realidade social ou cultural. O mesmo ato serve quando se parte

de conteúdos da cultura mais local, como a Afro-Brasileira, para culturais mais

propagadas na área de ensino.

No ato de Sentir e Perceber é, principalmente, posto a disposição,

experiências concretas com a mediação pedagógica. Quando se trabalha

Indústria Cultural, por exemplo, pode-se pedir para que os alunos tragam, para

apreciação, produtos midiáticos de massa dando preferência ao que ele gosta,

e, dentro de uma forma de aprendizagem, lançar questionamentos sobre o

gosto determinada música. O aluno pode refletir seu gosto e até mesmo

compara-lo, partindo dos conceitos aprendidos, como um gosto da industrial

cultural. É a partir daí que o professor pode passar um histórico das

experiências concretas que venham a afirmar a hipótese do tema.

No ato do Trabalho Artístico, apesar de ser um processo de criação

individual, nada impede que seja trabalhado com critérios pré-estabelecidos,

como exemplo, quando se trabalha o movimento impressionista, pode ser

criada uma representação gráfica baseada no que há de mais comum nas

obras de Monet, fazendo o aluno imaginar espaços conhecidos por ele e passar

a tratá-lo como um espaço impressionista, quando introuzidos à produção

artística.

As diversas práticas explicitadas no Teorizar, no Sentir e Perceber e no

Trabalho Artístico, devem avançar com recursos que viabilizem a metodologia,

sejam eles físicos ou teóricos. A TV Multimídia que aparece como um agente

Page 211:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

208

virtual, que não deixa de ser foco dos conteúdos, mostra-se um instrumento

em que a maioria dos alunos tem intimidade e é útil pela sua força de

armazenamento tanto de imagens, como de sons e vídeos. Com ela, pode-se

passar desde vídeos educativos, como sobre a história do cinema, também

imagens de famosas obras de pintores, assim como clipes musicais em que o

professor possa estar apontando os elementos formais ( altura, timbre,

duração, intensidade, entre outros) para serem reconhecidos. Ela dá a

possibilidade para que professor demonstre cópias de produções que muitas

vezes são difíceis de se adquirir da forma mais concreta. Todas as explicações

em sala devem estar pautadas, principalmente, em bibliografias especializadas

na área de Arte, ou adquirida por meio de intermediários em instituições do

gênero.

Avaliação

Toda forma de ação do professor em sala de aula é automaticamente

uma avaliação. O trabalho do aluno na disciplina de arte é evidenciado como

um todo: é processual. Entretanto, faz-se necessário a valorização de

determinadas formas de apropriação de conteúdos definidos pelo professor e

pautados nos objetivos conforme o Plano de Trabalho Docente que deve dar

ênfase ao contexto social e histórico e não as práticas técnicas e de expressão

que, muitas vezes, interferem na prática criativa e na contextualização de

conhecimento. Quanto aos instrumentos de avaliação, é de fundamental

importância adequá-los aos critérios de objetivos, como quando aplica-se uma

avaliação escrita em que o aluno deve elaborar um texto sobre as pinturas

rupestres passadas em um curta metragem, será avaliado a sua compreensão

histórica acerca do sentido da pintura e a relação que ele consegue fazer com

o a realidade atual, se assim escolhido pelo professor. O estudante necessita

defender de forma clara a sua idéia, enfatizando as razões de suas afirmativas.

Além de diversificar as avaliações que incluem a apropriação de

conteúdos usando os vários sentidos e formas de conhecer e aprender,

também as diferentes habilidades artísticas do diferentes estudantes, a

participação das atividades realizadas é fundamental já que também avalia o

interesse do educando em aprimorar seu conhecimento sistematizado de modo

Page 212:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

209

criativo no sentido de buscar novas afinidades além das de gostos de pessoais;

e sua relação com os colegas.

A recuperação de estudos fica a critério do professor. Ela acontece

constantemente em diversas formas de revisão de conteúdos.

Referências

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino da Arte no Estado

do Paraná. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 2008.

WISNIK, José Miguel. O Som e o sentido. São Paulo: Companhia das

Letras, 1989.

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL

Page 213:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

210

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Marechal Cândido Rondon

-2010-

EDUCAÇÃO FÍSICA

A disciplina de educação física, como parte integrante do processo

educacional, tem o compromisso de estar articulada com o projeto político

Page 214:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

211

pedagógico da escola e comprometida com uma transformação social que

ultrapasse os limites da mesma.

Partindo do pressuposto de que o nosso corpo é ao mesmo tempo, modo

e meio de integração do indivíduo na realidade do mundo, ele é

necessariamente carregado de significado.

Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos, sobretudo o

olhar, exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem

como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa determinada

situação, num determinado contexto.

A Educação Física enquanto ciência tem no corpo em movimento as

suas diferentes formas de manifestações. Entendemos que o movimento

humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo

conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos

saberes sistematizados pela classe dominante sobre esta consciência corporal.

Portanto, é necessário como ponto de partida a concepção do corpo que

a sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se

situarem na contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o

conhecimento de seu corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o

tipo de sociedade onde este saber produzido, proporcionando-lhes condições

de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e consequentemente

reelaboração da consciência e cultura corporal.

A Educação Física , tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura

corporal, que nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...]

representa as formas culturais do movimentar-se humano historicamente

produzidas pela humanidade [...]” apontando a ginástica, esporte a dança, a

luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos estruturantes, que devem ser

abordados com os alunos de forma contextualizada na sua dimensão histórica,

cultural e social.

Esta tem como objetivos:

➔ Integrar a Educação Física no processo pedagógico como elemento

fundamental para o processo de formação humana do aluno,

➔ Propiciar através dos conteúdos da Educação Física, o maior número de

informações, experiências corporais, a fim de auxiliar o aluno a expressar-se

criticamente através das diferentes culturas corporais de movimento.

Page 215:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

212

➔ Superar o caráter da Educação Física, como mera atividade de prática pela

prática, incorporando as noções básicas relacionadas à disciplina; sua

importância, seus conteúdos, cuidados na prática da atividade física,

mudanças fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, benefícios desta

prática.

➔ Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência por

meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE / 6º ANO

Conteúdos

Estruturant

es

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-

Metodológica

Avaliação

ESPORTES COLETIVOS–

Voleibol,

Handebol,

Futsal,

Basquete

INDIVIDUAIS

Atletismo

Tênis de mesa

Pesquisar e discutir

questões históricas

dos esportes como:

sua origem,

evolução, seu

contexto atual.

Propor vivência de

atividades pré-

desportivas no

intuito de possibilitar

o aprendizado dos

fundamentos básicos

dos esportes e

possíveis adaptações

as regras.

Espera-se que os

alunos conheçam:

* O surgimento de

cada esporte, suas

primeiras regras;

* Sua relação com

jogos populares;

* Seus

movimentos

básicos

(fundamentos

específicos de

cada esporte )

JOGOS E

BRINCADEIR

A

Jogos e

brincadeiras

populares

Possibilitar a

vivência de

brinquedos jogos e

brincadeiras com e

Apropriar-se

efetivamente das

diferentes formas

de jogar;

Page 216:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

213

Brincadeiras e

cantigas de

roda

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

cooperativos

sem materiais

alternativos.

Ensinar a disposição

e movimentação

básica dos jogos de

tabuleiro.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a

partir da

construção de

brinquedos com

materiais

alternativos.

DANÇA Danças

folclóricas

Danças

Criativas

Contextualizar a

dança

Vivenciar

movimentos em que

envolvam a

expressão corporal e

o ritmo

Conhecimento das

diferentes danças

Criação e

adaptação tanto

das cantigas de

roda quanto de

diferentes

sequencias de

movimento.GINÁSTICA

Ginástica

Ritmica

Ginástica

Geral

Diferentes

manifestações da

ginástica.

Vivenciar os

movimentos básicos

da ginástica.

Estimular a

ampliação da

consciencia corporal.

Aprendizado de

alguns

fundamentos

básicos da

ginástica.

LUTAS

Lutas de

aproximação

Capoeira

Vivenciar jogos de

oposição

Vivenciar

movimentos

característicos da

luta como: ginga,

Conhecer as

características das

diferentes

manifestações das

lutas assim como

alguns de seus

Page 217:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

214

esquiva. movimentos

característicos.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE / 7º ANO

Conteúdos

Estruturant

es

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-

Metodológica

Avaliação

ESPORTE

COLETIVOS

Voleibol,

Handebol,

Futsal,

Basquete

INDIVIDUAIS

Atletismo

Tênis de

mesa

Origem dos

diferentes esportes,

mudanças ocorridas

com os mesmos, no

decorrer da história.

Regras básicas dos

esportes.

Vivencia dos

fundamentos das

diferentes

modalidades

esportivas.

Discutir o sentido da

competição

esportiva

Conhecer a difusão

e diferença de

cada esporte,

relacionando-as

com as mudanças

do contexto

histórico.

Reconhecer e se

apropriar dos

fundamentos

básicos dos

diferentes

esportes.

Noções básicas

das regras das

diferentes

manifestações

esportivas.

JOGOS E

BRINCADEIR

AS

Jogos e

brincadeiras

populares

Brincadeiras e

cantigas de

roda

Reflexão e discussão

acerca da diferença

entre brincadeira,

jogo e esporte.

Construção coletiva

de jogos, brinquedos

e brincadeiras.

Conhecer jogos e

brincadeiras

populares.

Construir

individualmente ou

coletivamente

Page 218:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

215

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

cooperativos

diferentes jogos

DANÇA

Danças

Criativas

Experimentação de

movimentos

corporais rítmicos e

expressivos.

Criação e adaptação

de coreografias

Criação e

adaptação de

coreografia rítmica

expressiva.

GINÁSTICA

Ginástica

circense

Ginástica

geral

Pesquisar a cultura

do circo

Conhecer alguns

elementos do

malabares através

de vídeosLUTAS

Lutas de

aproximação

Capoeira

Pesquisar a origem

da

Capoeira assim

como suas

mudanças no

decorrer da história.

Vivenciar jogos

adaptados no intuito

de aprender alguns

movimentos

característicos da

capoeira.

Apropriação dos

aspectos históricos

e as características

das diferentes

manifestações da

capoeira.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE / 8º ANO

Page 219:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

216

Conteúdos

Estruturant

es

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-

Metodológica

Avaliação

ESPORTE

COLETIVOS

Voleibol,

Handebol,

Futsal,

Basquete

RADICAIS

Recorte histórico

delimitando tempos

e espaços, no

esporte.

Estudar as diversas

possibilidades do

esporte enquanto

uma atividade

corporal, como:

Lazer, esporte de

rendimento,

condicionamento

físico, assim como os

benefícios e os

malefícios do mesmo

a saúde.

Analisar o contexto

do esporte e a

interferência da

mídia sobre o

mesmo.

Vivencia prática dos

fundamentos das

diferentes

modalidades

esportivas.

Discutir e refletir

sobre as noções de

ética nas

competições

Entender que as

práticas esportivas

podem ser

vivenciadas no

tempo / espaço de

lazer, como

esporte de

rendimento ou

como meio para

melhorar a aptidão

física e saúde.

Compreender a

influência da mídia

no

desenvolvimento

dos diferentes

esportes.

Reconhecer os

aspectos positivos

e negativos das

práticas

esportivas.

Identificar alguns

esportes radicais

praticados em

nossa região.

Page 220:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

217

esportivas.

Pesquisar alguns dos

esportes radicais.

JOGOS E

BRINCADEIR

AS

Jogos e

brincadeiras

populares

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

cooperativos

Pesquisar ,

resgatando

jogos,brinquedos e

brincadeira

populares

Desenvolver

atividades

coletivas a partir

de diferentes jogos

conhecidos,

adaptados ou

criados, sejam eles

cooperativos,

competitivos, de

tabuleiro ou

populares.

DANÇA

Danças

circulares

Danças

Criativas

Recorte histórico

delimitando tempo e

espaço na dança.

Vivenciar algumas

danças circulares

Criação de pequenas

sequências

coreográficas.

Conhecer

diferentes ritmos

de diferentes

culturas.

Criar e vivenciar

atividades de

dança, nas quais

sejam

apresentadas

diferentes criações

coreográficas

realizadas pelos

alunos.

Ginástica

rítmica

Pesquisar sobre a

ginástica e a cultura

de rua (circo,

Conhecer (através

de vídeos), os

elementos da

ginástica ritmica.

Page 221:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

218

GINÁSTICA Ginástica

circense

Ginástica

geral

malabares e

acrobacias).

Vivenciar alguns

movimentos da

cultura de rua.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico

a partir das

atividades

circenses

LUTAS

Lutas de

aproximação

Capoeira

Vivenciar na prática

a roda de capoeira.

Conhecer os

aspectos

históricos,

filosóficos e as

características das

diferentes formas

de lutas.

Visualizar os

elementos da

capoeira,

procurando

compreender a

constituição, ritos

e os significados

da roda.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE / 9º ANO

Conteúdos

Estruturant

es

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-

Metodológica

Avaliação

COLETIVOS

Recorte histórico

delimitando tempo e

Apropriação acerca

das regras de

Page 222:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

219

ESPORTE Voleibol,

Handebol,

Futsal,

Basquete

RADICAIS

espaço.

Análise dos

diferentes esportes

no contexto social e

econômico.

Pesquisar e estudar

as regras oficiais.

Noções básicas de

arbitragem

Vivencia prática Da

diversas

modalidades

esportivas.

Pesquisar sobre

alguns dos esportes

radicais praticados

em nossa região.

arbitragem.

Identificar alguns

esportes radicais

praticados em

nossa região.

JOGOS E

BRINCADEIR

AS

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

cooperativos

Diferenciação entre

jogos cooperativos e

jogos competitivos

Identificar jogos

cooperativos e

jogos

competitivos.

DANÇA

Danças

circulares

Danças

Criativas

Recorte histórico

delimitando tempo e

espaço na dança.

Vivenciar algumas

danças circulares

Criação coreográfica.

Participação no Eron

Arte e Movimento

Reconhecer a

importância das

diferentes

manifestações

presentes nas

danças.

Conhecer

diferentes ritmos

de diferentes

Page 223:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

220

culturas.

Criar e vivenciar

atividades de

dança, nas quais

sejam

apresentadas

diferentes criações

coreográficas

realizadas pelos

alunos.

GINÁSTICA

Ginástica

rítmica

Ginástica

geral

Estudar a origem da

ginástica até o

surgimento da

educação física.

Pesquisar sobre a

ginástica e a cultura

de rua ( circo,

malabares e

acrobacias ).

Análise sobre o

modismo

relacionado a

ginástica.

Analisar a

interferência de

recurso ergogênicos

( doping)

Conhecer as

técnicas de

ginásticas.

Compreender a

relação existente

entre a ginástica

artística e os

elementos

presentes no circo,

assim como a

influência da

ginástica na busca

do corpo perfeito.

LUTAS

Lutas de

aproximação

Capoeira

Pesquisar a origem e

os aspectos

históricos das lutas

Conhecer os

aspectos

históricos,

filosóficos e as

características das

Page 224:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

221

diferentes formas

de lutas

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

.

A Educação Física é a área que contribui para desenvolver no educando o

conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas

capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e

de inserção social, para agir com perseverança na busca do conhecimento e no

exercício de cidadania. Deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam

suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,

A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que se propõe é o

desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da

afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, busca garantir

a todos a possibilidade de usufruir dos esportes, danças, ginásticas jogos e

brincadeiras e lutas, apontados como conteúdos estruturantes da disciplina de

educação física.

Cabe ao profissional desta disciplina, organizar e sistematizar o

conhecimento a ser vivenciado pelos alunos.

,Os conteúdos nas aulas de Educação Física devem ser organizados em 5

momentos distintos:

➔ Leitura da realidade trazida pelos alunos;

➔ Problematização dos conteúdos apresentados aos alunos, buscando as

melhores formas de organização para a execução das atividades a serem

trabalhadas;

➔ Apreensão do conhecimento, fase do desenvolvimento das atividades dos

conteúdos sistematizados;

➔ Fase de assimilação do conhecimento dos conteúdos propostos, através das

práticas corporais vivenciadas nas aulas.

Page 225:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

222

➔ Momento de pensar e repensar os conteúdos propostos a partir da

assimilação dos conhecimentos das diferentes práticas vivenciadas pelos

alunos no decorrer das aulas, possibilitando aos mesmos uma nova leitura

da realidade e conteúdos propostos.

Os conteúdos estruturantes desenvolvidos nas 7 séries e 8 séries terão maior

amplitude, complexidade e aprofundamento.

O encaminhamento metodológico dos conteúdos será flexível, isto é,

podendo ser alterado de acordo com as necessidades e desenvolvimento dos

educandos.

O professor através da observação, trabalhos em grupos, palestras,

pesquisas, apresentações, gincanas, confecção e exposição de painéis, e

cartazes estará atento as práticas por ele proporcionado, o que favorecerá na

intervenção quando os objetivos não forem satisfatórios.

Buscar-se-á meios para garantir a vivência prática da experiência

corporal, incluindo o aluno na elaboração das propostas de ensino e

aprendizagem, considerando sua realidade social e pessoal, a percepção de si

e do outro, suas dúvidas e necessidades de compreensão dessa mesma

realidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador

entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de

construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de

atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos

conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos

e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento

de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades

para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os

alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à

necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes

instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como

forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta

de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,

Page 226:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

223

revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento

estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação,( trabalhos, pesquisas

realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e

teóricas, seminários e debates ), que serão empregados, poderão ser

levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e

subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos

de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do

conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de

conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação

Constante Do Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e

conseqüência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses

individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas

possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades,

desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais,

considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto é, da concepção

de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e aluno

assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa

conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola, a todos os

instrumentos de avaliação será atribuído 100 pontos observando se o

mesmo:

➔ Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando

formas de expressão que favoreçam a integração do grupo, adotando

atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade;

➔ Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,

demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de

todos;

➔ Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal

de movimento;

Page 227:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

224

➔ Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder

controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com

autonomia e, a valorizá-las como recurso para melhoria de sua

aptidão física.

REFERÊNCIAS

DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DARIDO, S. C. Os conteúdos da educação física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física Escolar, Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), p. 05-25, 2001

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado Do Paraná: educação física. Curitiba, 2008.

SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 5. ed. São Paulo: Editora Libertad, 1989

Page 228:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

225

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATOENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Page 229:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

226

Marechal Cândido Rondon -2010-

JUSTIFICATIVA

A história tem como objeto de estudos os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os

sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas

ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas

como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou

de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se

relacionar social, cultural e politicamente.

Deve-se considerar também como objeto de estudos, as relações

dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições

geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais

também se conformam a partir das ações humanas.

Page 230:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

227

Segundo o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos

históricos estão articulados em determinadas relações causais. Os

acontecimentos históricos construídos pelas ações e sentidos humanos em

determinado local e tempo produzem as relações humanas, estas permitem

um espaço de atividade em relação aos acontecimentos históricos, isso

acontece de modo não linear, ou seja, as ações humanas produzem relações e

são as novas relações produzidas que constroem novas ações humanas. Sendo

assim. Os processos históricos são marcados pela complexidade causal, isto é

vários acontecimentos distintos produzem uma nova relação enquanto

diversas relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.

O ensino de História na Educação Básica pode se beneficiar dessas

correntes historiográficas, (História social, cultural, a nova História, História

mentalidades), na medida em que estas valorizam a diversificação dos

documentos (imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na

construção do conhecimento histórico, permitindo também relações

interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.

Da mesma forma, a abordagem local, assim como só conceitos de

representação, prática cultural, apropriação, por um lado, e circularidade

cultural e polifonia, por outro lado, possibilitam aos alunos e aos professores,

tratarem esses documentos através de problematizações mais complexas em

relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência histórica que

leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono

do rigor do conhecimento histórico.

Diversos historiadores passaram a utilizar novos métodos e a fazer

uma releitura das fontes históricas, o que possibilita novos questionamentos

sobre o passado, a partir dos quais têm surgido novos métodos de pesquisa

histórica.

Essa concepção de História, enquanto experiência de homens e

mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizam a

possibilidade de luta e transformação social. Justifica-se assim a concepção de

Page 231:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

228

História que se pretende, a qual não se vincula às teorias deterministas da

estrutura, nem às teorias voluntaristas da consciência que reproduzem a

produção historiográfica à categoria de ficção.

A proposta curricular delineada neste documento de diretrizes

propõe-se a estabelecer articulações entre abordagens teóric0-metodológicas

distintas, resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender

que esse é um caminho possível para o ensino de História, uma vez que

possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos que os

sujeitos dão às mesmas. Por exemplo, a macro-história e a micro-história são

abordagens que podem se combinadas: uma História das experiências ligadas

ao sofrimento e à miséria, sempre injustos, de uma localidade, de uma família,

de um indivíduo mostra pontos de vista e ações de um determinado passado

que permitem uma reavaliação dialética das explicações macro-históricas, as

quais analisam e propõem ações que visam à superação das condições de vida

dos sujeitos do presente, apontando para expectativas futuras.

Para que esta articulação esteja presente na abordagem curricular

de História, estas diretrizes elegem como síntese dessa proposição, a idéia de

consciência histórica. Entende-se que a consciência histórica é uma condição

da existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se

constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do

processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição

humana em toda a sua diversidade.

Toda essa discussão se justifica importante ao educando, pois

através desta perspectiva, a disciplina auxiliará o aluno no desenvolvimento de

estruturas cognitivas e relacionais que possibilitarão uma atuação pessoal e

social consciente, ativa e transformadora.

OBJETIVOS GERAIS

- Propiciar a formação de cidadãos conscientes com capacidade de

analisar, compreender, sintetizar, extrapolar e comparar e outros.

Page 232:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

229

- Despertar no aluno condições subsídios para que possa assumir o

direito de exercer com plenitude a cidadania.

- Entender a sociedade a partir de decisões individuais, coletivas ou

centralizadas amparadas por leis e instituições governamentais ou não, e que

neste contexto de normas e leis ou instituições, o educando possa situar-se

interagir.

- Identificar os diversos sentidos da palavra História e suas aplicações em

situações que, apesar de específicas estão permanentemente relacionadas

_ficção, memória ou conhecimento.

- Compreender os motivos que levaram a ser humano a se interessar

pelo estudo de seu passado e as diferentes formas pelas quais isso foi feito ao

longo do tempo.

METODOLOGIA

Ao planejar as aulas cabe ao professor trabalhar com o acervo de

material oferecido pela Escola, à disposição dos alunos e a proposta político

pedagógico da Escola, na área que envolverá trabalhos em grupos, pesquisas

leitura, trabalho individual, utilização de aparelhos audiovisuais, enfim todas as

maneiras que venham ao encontro no sentido de ajudar o aluno.

Desenvolver no aluno a capacidade de observar, de extrair

algumas características da realidade a sua volta, de estabelecer algumas

ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço e, em certa medida, poder

relativizar questões específicas de sua época.

Crias situações de trocas, de estímulo na construção de relações

entre o estudado e o vivido de integrações com outras áreas de conhecimento,

de possibilidades de acesso dos alunos a novas informações, de confronto de

opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas explicações e de

transformações de suas concepções histórica.

É certo que para adotar este encaminhamento metodológico, o

professor terá que ir muito além do livro didático, uma vez que as explicações

Page 233:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

230

ali apresentadas são limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela

vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica, seja pela

tentativa de abarcar uma grande quantidade de conteúdos, atendendo às

demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático deva ser

abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos,

identificando-se os seus limites e possibilidades para se aprender História.

Implica também na busca de outros referenciais que possam complementar o

conteúdo tratado em sala de aula. Este encaminhamento exige que, o

professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicadas

em livros, revistas especializadas e também voltadas ao público em geral,

muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos.

Para que os alunos possam ampliar o conteúdo apresentado pelos

livros didáticos o uso da biblioteca é fundamental, para tanto é necessário que

sejam orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico, as

obras que poderão ser consultadas ao longo de cada ano letivo, bem como os

procedimentos para se apropriar dos conhecimentos que estão nos livros,

compreendendo os diferentes conteúdos da disciplina. Este procedimento

metodológico deverá se retomado pelo professor de modo que os alunos

possam ir adquirindo autonomia na busca do conhecimento. Nesta perspectiva,

não cabe o modelo de trabalho em História restrito a cópia do que os livros

trazem, tal procedimento exigirá que o professor problematize o que pretende

que os alunos investiguem, com vistas a ampliar, refutar ou validar a análise

de determinado conteúdo trazido no livro didático de História.

Dentro deste processo educacional todos os valores e

conhecimentos trazidos pelo aluno devem ser respeitados e aperfeiçoados

evitando a fragmentação e permitindo articulações ente às várias disciplinas

AVALIAÇÃO

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas

diretrizes objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de

História e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino de

Page 234:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

231

aprendizagem. Nesta perspectiva, avaliação deve estar colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas

avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam

a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu

tratamento conforme as concepções pedagógicas definidas no projeto político

pedagógico da escola, e que acabam materializar, por meio da avaliação, um

modelo excludente de escolarização e de sociedade que a escola pública tem o

compromisso de superar, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e

com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

Assim a concepção de ensino e de aprendizagem explicada nestas

Diretrizes Curriculares, compartilha a ideia de Luckesi a respeito da avaliação

diagnostica, isto é:

(...) para que avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso]

modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a

avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do

estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar

decisões suficientes e satisfatória para que possa avançar no seu processo de

aprendizagem(2002, p.81).

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os

alunos poderão revistar as práticas desenvolvidas até então para identificar

lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica,

sejam melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e

aprendizagem.

Page 235:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

232

Faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e

professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da

avaliação e na necessidade de tomada de decisões a partir do que foi

constatado, seja de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a

avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que

se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise

crítica das práticas que podem se constantemente retomadas e reorganizadas

pelo professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos permite ainda situa-los como

parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com grupo seja assumida

com vistas à aprendizagem de todos. Segundo Giroux “através do diálogo em

grupo, as normas de cooperação e sociabilidade compensam a ênfase do

currículo oculto tradicional na competição e individualismo excessivos” (1997,

p.71).

As propor uma maior participação dos alunos no processo

avaliativo, não se pretende esvaziar o papel do professor, mas ampliar o

significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é

necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de

avaliação.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente

foram tratados em sal de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da

consciência histórica, apresenta-se a seguir alguns apontamentos a serem

observados pelo professor que permitem analisar se:

- os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos

alunos;

- o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das

diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de

ensino;

- os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes

contextos históricos do seu tempo;

- analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões

econômico-social, política e cultural;

Page 236:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

233

- compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em

um método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das

quais o pesquisador produz a narrativa histórica;

- explica o respeito à diversidade ético-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram.

- compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

Estes apontamentos não esgotam todos os aspectos a serem

analisados pelo professor de Historia no processo de ensino e aprendizagem,

são indicativos que poderão ser enriquecidos para orientar em consonância

com estas diretrizes.

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237

COLÉGIO ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

Page 241:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

238

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

2010

EMENTA

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à

diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do sagrado na sociedade,

em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na

diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de

ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa, símbolo e texto sagrado.

OBJETIVOS GERAIS

• Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.

• Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental,

para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos

específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da

pessoa.

• Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em

consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira,

Page 242:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

239

permitindo desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre

a constituição cultural dos grupos sociais e seu relacionamento com o

sagrado.

• Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o

direito constitucional de liberdade de crença e expressão.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

O Ensino Religioso na Escola Pública.

- Orientações legais

- Objetivos

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina Escolar.

I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa

- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

II - LUGARES SAGRADOS

Page 243:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

240

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do

sagrado nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III – TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’ís – Fé Bahá’l, Tradições

Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de

relações com o sagrado.

- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo

(Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),

Taoísmo (Lao Tsé), etc.

6ª SÉRIE

I – UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.

Page 244:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

241

II – RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas

por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de

um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à

preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e

também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações

presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via

sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

III – FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetos

diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup

(Indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

IV – VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

- Reencarnação

- Ressurreição – ação de voltar à vida

- Além Morte

- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes

- Outras interpretações.

Page 245:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

242

METODOLOGIA

A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das

ações que subsidiarão este trabalho onde poderão fomentar o respeito às

diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural

dos alunos.

Tendo como base o estudo do sagrado os conteúdos devem ser tratados

interdisciplinarmente pois constituem partes de outras disciplinas, envolvendo

espaços e culturas diferentes. Poderão ser enriquecidos pelo professor para

contribuir na construção, reflexão e socialização do conhecimento religioso

proporcionando assim conhecimentos que favoreçam a formação integral do

educando. Portanto a linguagem a ser usada é pedagógica e não religiosa.

Oportunizar reflexão e análises através de conteúdos, destacando-se os

aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-

cultural, conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das

diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.

Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário

o processo de pesquisa para que a diversidade de produções seja realmente

oportunizada.

AVALIAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, não se

constitui como objeto de reprovação pois a disciplina é facultativa para o

aluno. Porém, faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao

professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo

aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais

para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno

expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem

opções religiosas diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o

fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade de cada grupo

social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações

religiosas.

Page 246:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

243

Através desta avaliação o professor terá elementos para planejar

as intervenções no processo ensino aprendizagem retomando lacunas

identificadas e dimensionando os níveis de aprofundamento.

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ENSINO RELIGIOSO, capacitação para um novo milênio. Ensino religioso é disciplina integrante da formação básica do cidadão. Caderno 1. _______________________________________________. Ensino religioso na diversidade cultural religiosa do Brasil. Caderno 2.

_______________________________________________. Ensino religioso e o conhecimento religioso. Caderno 3.

_______________________________________________. Ensino religioso e o fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz indígena. Caderno 5.

_______________________________________________. O fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz ocidental. Caderno 6.

_______________________________________________. O fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz africana. Caderno 7.

_______________________________________________. O fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz oriental. Caderno 8.

Page 247:  · Índice A Escola...........................................................................................................................01 I - APRESENTAÇÃO

244

_______________________________________________. O fenômeno religioso e o ethos na vida cidadã. Caderno 9.

_______________________________________________. O fenômeno religioso e os seus parâmetros curriculares nacionais. Caderno 10.

_______________________________________________. O fenômeno religioso na proposta pedagógica da escola. Caderno 11.

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