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,/ Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Agricultura e Abastecimento Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Instituto Agronômico Governador do Estado Geraldo Alckmin Secretáriode Agricultura e Abastecimento João Carlos de SouzaMeirelles . Secretário-Adjunto Lourival Carmo Mônaco " Coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios José Sidnei Gonçalves Diretor Geral do Instituto Agronômico Cândido Ricardo Bastos

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Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Instituto Agronômico

Governador do Estado

Geraldo Alckmin

Secretário de Agricultura e Abastecimento

João Carlos de Souza Meirelles

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Secretário-Adjunto

Lourival Carmo Mônaco

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Coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

José Sidnei Gonçalves

Diretor Geral do Instituto Agronômico

Cândido Ricardo Bastos

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Landell, Marcos Guimarães de Andrade.

A variedade IAC86-2480 como nova opção de cana-de-açúcar

para fins forrageiros: manejo de produção de uso na alimentação

animal/Marcos Guimarães de Andrade Landell; et ai. - Campinas:

Instituto Agronômico, 2002.

39p. : il. - (Série Tecnologia APTA, boletim técnico IAC; 193)

CDD 633.61

A eventual citação de produtos e marcas comerciais, não expressa,necessariamente, recomendações do seu uso pela Instituição.

É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. A reprodução total dependede anuência expressa do Instituto Agronômico.

COMITÊ EDITORIAL DO IAC

CELSO V. POMMER - EDITOR-CHEFE

OLlVEIRO GUERREIRO FILHO

RICARDO MARQUES COELHO

JUAREZ ANTONIO BETTI

CECILIA A. P. MAGLlO

EQUIPE PARTICIPANTE DESTA PUBLICAÇÃO

REVISÃO DE VERNÁCULO: BEATRIZ ELENA MEIRELLES NOGUEIRA

COORDENAÇÃO DA EDITORAÇÃO: APARECIDO VALDIR CABRERA

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA: LulZ NICOLAU MAURO BAPTISTA

FOTOS DA CAPA: HERMANO TEIXEIRA MACHADO

.INSTITUTO AGRONÔMICO

Centro de Comunicação e Transferência do ConhecimentoAvenida Barão de Itapura, 1481

, Caixa Posta 2813001-970 Campinas (SP) - BRASIL

TE L: (19) 3231-5422 (PABX)FAX: (19) 3231-4943

Homepage:

Tiragem: 1.000 exemplares

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4. UTILIZAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR COMO ALIMENTO PARA BOVINOS--194.1. Introdução 19

4.2. Caracterização da cana-de-açúcar como alimento para bovinos 194.3. Capacidade de ingestão de cana-de-açúcar pelos bovinos 204.4. Fatores que afetam a qualidade da cana-de-açúcar como alimento

para bovinos 204.5. Informações práticas necessárias para obtenção de bons resultados

com a utilização de cana-de-açúcar para bovinos 224.6. Preparo da mistura de cana-de-açúcar e uréia 234.7. Cuidados na utilização de cana-de-açúcar e uréia 244.8. Cana-de-açúcar e uréia para recria de bovinos em crescimento 24

4.8.1 Recria de novilhas de gado de leite 244.8.2 Recria de novilhas de gado de corte 24

4.8.2.1. Utilização de cana-de:.açúcar para suplementação denovilhas em pastagens 24

4.8.2.2 Utilização de cana-de-açúcar como único volumoso 254.9. Resultados de produção de leite em dietas com cana-de-açúcar 26

4.9.1. Cana-de-açúcar para vacas em lactação com acesso apastagem 27

4.10. Cana-de-açúcar com único volumoso para vacas em lactação 294.11. Utilização de cana-de-açúcar para gado de corte em confinamento 29

BIBLIOGRAFIA 32

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Boletim técnico, 193, IAC

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Conceitos mais antigos caracterizavam variedades de cana-de-

açúcar para essa finalidade como aquelas que apresentassem alta

proporção de folhas e palmitos em relação à massa verde total. Em

face dos novos conhecimentos na área de nutrição de ruminantes,

verificou-se que os açúcares presentes na cana são os principais

responsáveis pelo fornecimento de energia e, conseqüentemente, pelodesempenho animal (RODRIGUES et al.,2002). A seleção de cana para

essa finalidade considera, além do teor de açúcares e da produtividade

de massa verde, o teor de fibra (FDN). Outras características adicionais

são desejadas, sendo as mais importantes: porte ereto de touceiras;

uniformidade biométrica dos colmos; período de utilização mais longo;

resistência às doenças e pragas de importância econômica. A variedade

IAC86-2480 preenche todos esses quesitos citados. Além de apresentar

boa produtividade de massa verde, mantém alto conteúdo de açúcares

no período maio-outubro, atendendo todo o intervalo da safra forrageira.

O aspecto mais relevante, no entanto, refere-se às vantagens no índice

de conversão alimentar que foi 18% superior ao da variedade RB72454,

a mais cultivada no Brasil. Mostrou ainda boa estabilidade de produção

nos diversos ambientes testados, revelando-se como uma variedade

de alta exigência em relação aos ambientes de produção.

Palavras chaves: cana-de-açúcar, forrageira, produção, nutrição

animal, manejo fitotécnico.

ABSTRACT

The sugarcane has become a preferential forage food use

among the catlle farmer for presenting characteristics, such as: easiness

of its cultivation, forage disposability exactly at the time of dry weather,

self-storage possibility or conservation to field, persistence of the culture

and great production obtained in conditions of the Center-South of Brazil.

Older concepts characterized sugarcane varieties like ones that

presented high proportion of leaves and cane top in relation to the total

green mass. Speaking of the new knowledge in the nutrition area of

ruminant, it was verified that the present sugars in the cane are the

main responsible ones for supplying the energy and, consequently, for

the animal's performance (RODRIGUES et al.,2002). The cane selection

for that purpose considers, besides the sugars content and the

productivity of green mass, the neutral detergent fiber (FDN). Other

additional characteristics are required such as the most important: stool

growth erect habit; stem's biometrical uniformity; longer use period;

resistance to diseases and insects of economic importance. The variety

02 Boletim técnico, 193, IAC

Particular
Particular

M. G. de A. landell et aI.

para a função forrageira. Diversos trabalhos (GOODING,1982; RODRIGUES

et ai., 1997; RODRIGUES et ai., 2001) indicam que isto deve ser considerado

de maneira mais efetiva.O presente trabalho tem como objetivo destacar a variedade de cana-

de-açúcar IAC86-2480, como nova opção para finalidade forrageira, e enfatizar

algumas técnicas culturais que adaptadas a este tipo de exploração poderão

proporcionar canaviais de maiores produtividades e sua utilização racional na

produção de leite e carne.

2. A NOVA VARIEDADE DE CANA FORRAGEIRA: IAC86-2480

2.1. Conceituação de cana-de-açúcar para uso forrageiro

Conceitos mais antigos recomendavam a opção por variedades de

cana-de-açúcar que apresentassem alta proporção de folhas e palmitos em

relação à massa verde total, o que aproximava o ideotipo dessa espécie a

outras forrageiras comumente utilizadas como pastagem (BOIN et ai., 1987).Em face dos novos conhecimentos na área de nutrição de ruminantes, verificou-

se que os açúcares presentes na cana são os principais responsáveis pelo

fornecimento de energia e, conseqüentemente, pelo desempenho animal

(RODRIGUES et ai., 2002). A seleção de cana para essa finalidade considera,

além do teor de açúcares e da produtividade de massa verde, o teor de fibra

(FDN). Outras características adicionais são desejadas, tais como: porte ereto

de touceiras; uniformidade biométrica dos colmos; período de utilização mais

longo; resistência às doenças e pragas de importância econômica.

2.2. Genealogia e processo de seleção

A variedade IAC86-2480 é um híbrido interespecífico resultante de

cruzamento manual feito em 1986, envolvendo o parental US71-399 que

recebeu pólen de variedade desconhecida. Este genótipo, inicialmente, foi

selecionado em 1988, em campo de seedlings instalado em Ribeirão Preto no

ano de 1987. O grupo de genótipos aí selecionado foi multiplicado em parcelas

constituídas de dois sulcos de três metros de comprimento, denominado Fase

de Seleção 2 (FS2), juntamente com variedades comerciais, as quais se

constituíram em tratamentos testemunhas. Dois anos após, selecionou-se na

soca do mesmo campo, elegendo-se os materiais de melhor vigor de brotação

em período de estresse hídrico, alta produtividade agrícola e de melhores

teores de sacarose. Os ensaios de competição denominados regionais foram

realizados nos anos 1993-1997, e os ensaios estaduais desenvolvidos no

período 1998-2001 (LANDELL et ai., 1996).

04 Boletim técnico, 193, IAC

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para a função forrageira. Diversos trabalhos (GOODING,1982; RODRIGUES

et ai., 1997; RODRIGUES et ai., 2001) indicam que isto deve ser considerado

de maneira mais efetiva.O presente trabalho tem como objetivo destacar a variedade de cana-

de-açúcar IAC86-2480, como nova opção para finalidade forrageira, e enfatizar

algumas técnicas culturais que adaptadas a este tipo de exploração poderão

proporcionar canaviais de maiores produtividades e sua utilização racional na

produção de leite e carne.

2. A NOVA VARIEDADE DE CANA FORRAGEIRA: IAC86-2480

2.1. Conceituação de cana-de-açúcar para uso forrageiro

Conceitos mais antigos recomendavam a opção por variedades de

cana-de-açúcar que apresentassem alta proporção de folhas e palmitos em

relação à massa verde total, o que aproximava o ideotipo dessa espécie a

outras forrageiras comumente utilizadas como pastagem (BOIN et ai., 1987).Em face dos novos conhecimentos na área de nutrição de ruminantes, verificou-

se que os açúcares presentes na cana são os principais responsáveis pelo

fornecimento de energia e, conseqüentemente, pelo desempenho animal

(RODRIGUES et ai., 2002). A seleção de cana para essa finalidade considera,

além do teor de açúcares e da produtividade de massa verde, o teor de fibra

(FDN). Outras características adicionais são desejadas, tais como: porte ereto

de touceiras; uniformidade biométrica dos colmos; período de utilização mais

longo; resistência às doenças e pragas de importância econômica.

2.2. Genealogia e processo de seleção

A variedade IAC86-2480 é um híbrido interespecífico resultante de

cruzamento manual feito em 1986, envolvendo o parental US71-399 que

recebeu pólen de variedade desconhecida. Este genótipo, inicialmente, foi

selecionado em 1988, em campo de seedlings instalado em Ribeirão Preto no

ano de 1987. O grupo de genótipos aí selecionado foi multiplicado em parcelas

constituídas de dois sulcos de três metros de comprimento, denominado Fase

de Seleção 2 (FS2), juntamente com variedades comerciais, as quais se

constituíram em tratamentos testemunhas. Dois anos após, selecionou-se na

soca do mesmo campo, elegendo-se os materiais de melhor vigor de brotação

em período de estresse hídrico, alta produtividade agrícola e de melhores

teores de sacarose. Os ensaios de competição denominados regionais foram

realizados nos anos 1993-1997, e os ensaios estaduais desenvolvidos no

período 1998-2001 (LANDELL et ai., 1996).

04 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. Landell et ai.

uma variedade exigente em relação à fertilidade do solo. Apresentoutambém longo período de utilização industrial e/ou forrageiro dadopela manutenção do Pol% em níveis superiores entre os meses demaio a outubro. Outras características favoráveis à manutenção destePol% referem-se à alta resistência a acamamento e hábito decrescimento ereto, associado à ausência de florescimento nas latitudestestadas. Em relação à altitude, esta variedade já foi introduzida emambientes com altitudes que variam de 50m a 1.1 OOm, estando o seucomportamento produtivo correlacionado principalmente à fertilidadedo solo.

2.4. Principais características morfológicasApresenta touceira com hábito de crescimento ereto; altura

de colmo média-baixa; diâmetro de colmo médio (2,3 - 2,8cm) ebastante uniforme; internódio curto; gema pequena e poucoproeminente no plano do colmo, do tipo oval; bainha aderida fracamenteao colmo; número de perfilhos de 12-13/ m linear; ausência de brotões;cor do colmo roxa com anel de crescimento verde bem definido.

2.5. Características biológicas referente à produção

2.5.1. Potencial produtivoNo quadro abaixo, são apresentados os dados de

produtividade agrícola, nos três primeiros ciclos, da variedade IAC86-2480 em relação à variedade RB72454, a cultivar de cana maiscultivada no Brasil e também indicada para fins forrageiros (CARVALHO

et aI., 1993).

Quadro 1. Produtividade agrícola (tonelada de canalha - TCH) da cultivar IAC86-2480 (média de 94 dados) em relação à RB72454.

.

TCH COLHEITAS10 corte 20 corte 30 corte

IAC86-2480 129,9 93,9 94,3

RB72454 143,5 101,6 106,0

Valor relativo (IAC86-2480/RB72454) 0,91 0,89 0,89

06 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. Landell et ai.

Os dados apresentados nos quadros 03, 04 e 06, indicam o grandevalor que esta variedade apresenta para finalidade forrageira quandocomparada ao padrão RB72454. No quadro 04, observamos a relação FDN/POL (Fibra Detergente Neutro/Pol%) bastante favorável para a variedadeIAC86-2480. No quadro 06, as médias dos teores de digestibilidade in vitro da

matéria seca revelam que a IAC86-2480 apresenta valores sempre superioresa 63% nos três períodos observados, a saber, maio, agosto e outubro. Estesdados indicam a grande flexibilidade de manejo que esta cultivar conferedado pelo seu caráter tecnológico. Em outras palavras, a IAC86-2480 preserva

ao longo de 150 dias valores de digestibilidade similares, isso sob regimeclimático característico da região do nordeste paulista.

Sendo assim, o potencial produtivo (TCH), 10% inferior ao padrão,registrado no quadro 01, não é limitante para o aproveitamento da variedadeIAC86-2480 para fins forrageiros. O fato dela se apresentar 18% mais eficienteque o mesmo padrão nos índices de conversão alimentar, indica que com amesma quantidade ingerida de volumoso de cana, os bovinos alimentadoscom essa variedade ganham 18% mais peso que aqueles alimentados com a

variedade RB72454. Essa variedade também agrega valores importantes porpossuir porte ereto e despalha espontânea, o que aumenta a eficiência docorte manual, em até 20% em relação à variedade RB72454, reduzindo o

custo operacional.

2.5.2. Comportamento ou reação às principais pragas e doenças

10 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. Landell et aI.

3. MANEJO FITOTÉCNICO DA CANA-DE-AÇÚCAR

3.1. Plantio

3.1.1. Plantio propriamente ditoAs bases da produtividade são estabelecidas na implantação do

canavial. Sendo assim, a escolha da área (que atenda aspectos logísticos ede produtividade), o preparo e condicionamento do solo (operações mecânicas,uso de corretivos e de fertilizantes químicos e orgânicos), o espaçamento

adotado, a modalidade de colheita a ser aplicada à área são todos fatoresdeterminantes na qualidade e época de geração do volumoso. Resumidamente,

encontram-se relacionadas abaixo, algumas sugestões para a instalação de

um talhão de cana forrageira.

3.1.2. Dimensionamento do talhão forrageiroO dimensionamento do talhão deve ser efetuado,

considerando-se as seguintes variáveis:- produtividade estimada da cana-de-açúcar para o ambiente de

produção em questão- número de animais a serem suplementados- número de dias de suplementação- quantidade diária a ser fornecida por animal

Em relação à produtividade estimada, deve-se tomar como referênciaa produção de massa total obtida nas socas. Isso porque se deve considerarque as socas são responsáveis por aproximadamente, 80% da produção totalde um canavial com longevidade de sete cortes. Assim, evita-se o equívocode dimensionar um talhão imaginando que o volume a ser produzido na cana-planta deva ser repetido nos ciclos posteriores. Sugere-se a utilização daprodutividade estimada para o 3° corte (ou 28 soca). Para exemplificação desse

modelo, pode-se supor a seguinte situação:- número de animais = 100- consumo diário (kg/cabeça) = 15kg (imaginando-se 6% do peso vivo/

cab./dia de massa verde)Assim construímos o quadro da próxima página:

12 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. landell et ai.

que aumenta emissão de brotos secundários e o teor de fibra, reduzindo aqualidade da forragem. Outro aspecto relevante, refere-se à dificuldade decolheita tanto manual como mecânica. Assim, sugere-se que o plantio de umcanavial para fins forrageiro seja do tipo "cana de ano", plantado no início doperíodo chuvoso (setembro - outubro). Esse modelo contorna os problemas

citados, mas apresenta restrição em relação à quantidade e à qualidade dovolumoso que será fornecido aos bovinos de abril a junho, provenientes dessacana de primeiro corte. Isso porque o modelo de crescimento da cana segueuma curva senoidal e, nesse período, o canavial plantado em setembro -

outubro apresenta-se com crescimento do tipo exponencial e, portanto, semestabilização de sua produtividade. A grande vantagem, no entanto, virá

posteriormente, com a cana colhida e fornecida a partir de julho até novembro.Nessa ocasião, teremos associado à facilidade de colheita, uma boa

produtividade já estabilizada e qualidade superior da forragem.

Fonte Instituto Agronômico

Figura 01. Curva fenológica da cana-de-açúcar, com ciclo iniciado em outubro nas condições do

Estado de São Paulo.

14 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. landell et aI.

3.1.3.3. CalagemPara a cana-de-açúcar, recomenda-se a calagem caso a

soma de bases identificada pela análise de solo na profundidade de 20-40cm,atinja saturação de bases inferior a 60%. Aplicar não menos que 1t/ha e nãomais que 5t/ha de corretivo com PRNT =100. Aplicar pelo menos 1 t/ha decalcário dolomítico se o teor de Mg+2 for inferior a 5mmolJdm3 (Boletim 100,IAC, 1996). Calcular a dosagem através da relação:

NC (t/ha) = CTC (V2 - V1)

10 PRNTonde:NC = necessidade de calcário (t/ha)CTC = capacidade de troca de cátionV 1 = saturação de bases indicada pela análise de soloV 2 = saturação de bases desejada para cultivo da cana-de-açúcar: 60%PRNT = Poder Relativo de Neutralização TotaiÉ importante que a cal agem seja feita antes da gradagem para garantir

uma boa incorporação.

3.1.3.4. GessagemQuando a análise de solo na profundidade de 20-40cm

detectar teor de Ca menor que 4mmolJdm3 e/ou saturação de alumínio acimade 40%, aplicar o gesso de acordo com a seguinte fórmula:

NG (kg/ha) = Argila (g/kg) x 6onde:NG = necessidade de gesso em kg/haArgila = Teor de argila do solo em g/kg

3.1.3.5. Adubação química da cana-de-açúcar

3.1.3.5.1. Adubação de plantio. A adubação de plantio é baseada no teor de fósforo

e potássio apresentados na análise do solo. Muito embora poucas respostasconsistentes da produtividade da cana planta à aplicação de nitrogênio tenhamsido observadas, salientamos que respostas ao nitrogênio foram obtidas emsolos onde a cana era plantada pela primeira vez. Portanto, recomenda-se aomenos 30kg/ha de nitrogêni~ no plantio, cuja fonte pode ser fertilizante mineralou orgânico. A adubação fosfatada e potássica segue os quadros 8 e 9.

16 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. Landell et aI.

3.1.3.6. Adubação orgânicaOs fertilizantes orgânicos, além de seu teor em nutrientes,

principalmente N e P e micronutrientes, têm seu efeito principal na melhoriadas propriedades físicas e biológicas do solo. Entretanto, dificilmenteconseguimos suprir todas as exigências das culturas apenas com fertilizantesorgânicos, uma vez que os nutrientes estão desbalanceados e são de liberação

lenta, dependendo da mineralização da matéria orgânica. O quadro 11apresenta a composição química de estercos. Pode-se considerar que 30%

do nitrogênio, 70% do fósforo e 100% do teor de potássio dos fertilizantesorgânicos estarão disponíveis no primeiro ano após a aplicação. A mistura de

adubos fosfatados com os estercos ajuda a minimizar perdas por volatilizaçãode nitrogênio, além de enriquecê-los com fósforo.

Os estercos podem ser utilizados na cana planta ou nas soqueiras. Nacana planta, como fonte de nitrogênio, fósforo e potássio, as dosagensrecomendadas seriam da ordem 6t/ha esterco curtido complementado comfertilizante fosfatado entre 50 e 70 kg P 20/ha, dependendo do solo. Para aadubação de soqueiras unicamente com esterco bovino, as dosagensrecomendadas levando em conta o nitrogênio, seriam muito altas, próximas a

60t/ha de esterco fresco ou 18t/ha de esterco curtido. Por esta razão, maisrazoável seria recomendá-lo com base na adubação potássica, que seria daordem de 8t/ha de esterco curtido (ou 28t/ha de esterco fresco) e complementá-10 com mais 60kg/ha de nitrogênio como fertilizante nitrogenado mineral.

Quadro 11. Compo~ição química do esterco bovino.(Boletim 100, IAC, 1996)

C/N Umidade C N 'p K Ca

g/kg

Esterco 20 620 100 5 2,6 6 2

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bovino curtido

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18 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. landell et aI.

desses materiais pelos bovinos é bé;istante diferente, isto é, enquanto osaçúcares são rapidamente fermentados no rúmen e de fácil aproveitamentopelo animal, o material fibroso (carboidratos estruturais) é utilizado lentamente(PRESTON & LENG 1980). Além destes dois componentes principais, a cana-de-açúcar apresenta baixo teor de proteína e de minerais, principalmentefósforo e enxofre. Considerando-se o baixo teor de proteína da cana-de-açúcare que as bactérias ruminais que degradam a fração fibrosa utilizam o nitrogênioamoniacal como principal fonte de nitrogênio para o seu crescimento, torna-se necessária a suplementação de dietas à base de cana-de-açúcar com fontesde nitrogênio prontamente disponíveis no rúmen como, por exemplo, a uréia.

Devido ao alto teor de carboidratos solúveis (sacarose) da cana-de-açúcar, é necessário utilizar quantidade relativamente elevada de uréia. Essefato gera relações N:S muito largas, aumentando a demanda por uma fontede enxofre (RODRIGUES et ai. 1998a).

4.3. Capacidade de ingestão de cana-de-açúcar pelos bovinosUm animal alimentado à vontade só consegue ingerir quantidade

limitada de cana-de-açúcar. O consumo está diretamente relacionado com oconteúdo de fibra (FDN). Quanto maior o teor de fibra da cana-de-açúcar emenor a digestibilidade da fração fibrosa, menor será o consumo destevolumoso, ou seja, a taxa de digestão da fibra da cana-de-açúcar no rúmen émuito baixa e o acúmulo de fibra não digerida no rúmen limita o consumo.RODRIGUES et ai. (1992a) verificaram baixa digestibilidade dos componentesfibrosos da cana-de-açúcar, embora o pH no líquido ruminal fosse adequadopara a digestão da fibra. Por outro lado, tem sido demonstrado em trabalhoscom cana-de-açúcar para bovinos que a fração de açúcares solúveis é quecontribui com a maior parte da energia que o animal obtém deste alimento.Tendo em vista esses aspectos, torna-se importante conhecer a qualidade dacana-de-açúcar que será fornecida aos animais, em termos de conteúdo defibra, conteúdo de açúcar e relação fibra:açúcar.

4.4. Fatores que afetam a qualidade da cana-de-açúcar como

alimento para bovinosOs principais fatores que afetam a qualidade da cana-de-açúcar como

alimento para bovinos são:a) Cultivar ou Variedade: A variação na composição química de

cultivares de cana-de-açúcar aos dez meses de idade no momento da colheitaé mostrada na quadro 12" podendo-se observar que existem variaçõesconsideráveis no teor de matéria seca (17 a 30%), no teor de fibra emdetergente neutro (43 a 68%), no teor de lignina (4,6 a 8,4%) e no teor de

açúcares totais (32 a 57%).

20 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. Landell et aI.

carboidratos solúveis na planta e, portanto, nessa época o valor nutritivo dacana-de-açúcar é menor. Assim, o período no qual se recomenda utilizá-Ia éna seca, ou seja, quando a cana-de-açúcar apresenta níveis máximos de

açúcares.

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Dias após o plantio

Figura 2. Variação na composição da cana-de-açúcar em função da idade daplanta (PATE, 1977). .

4.5. Informações práticas necessárias para obtenção de bonsresultados com a utilização de cana-de-açúcar para bovinos

a) Em primeiro lugar, devem ser satisfeitas as necessidades dosmicrorganismos' do rúmen, principalmente de nitrogênio. A uréia é a alternativade custo mais baixo para fornecimento de nitrogênio na forma de amôniapara os microrganismos do rúmen. Recomenda-se, de modo geral, 1 % deuréia na cana-de-açúcar picada;

b) É importante fornecer uma fonte de enxofre para maior eficiência deutilização da uréia pelos microrganismos do rúmen. Para atender estaexigência, deve ser fornecido 0,1% de sulfato de amônio, sulfato de cálcio ousulfato de sódio. Dessa forma, a relação uréia:sulfato se manterá em 9:1;

c) A cana-de-açúcar, após a adição de uréia, uma fonte de enxofre e

22 Boletim técnico. 193. IAC

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M. G. de A. Landell et aI.

Para adaptação dos animais à alJmentação com cana-de-açúcar + uréia,deve-se usar 0,5 % da mistura uréia + sulfato de amônio durante os primeiros14 dias de fornecimento, ou seja, 500 gramas de mistura para 100 kg decana-de-açúcar picada, dissolvidos também em três ou quatro litros de água.

4.7. Cuidados na utilização de cana-de-açúcar e uréiaA utilização indevida de uréia na alimentação de bovinos pode ser

fatal. Não são raros os casos de intoxicação de animais. Isso, porém, só ocorredevido ao uso incorreto da tecnologia.

As causas mais freqüentes desses acidentes, quando se utiliza cana-de-açúcar + uréia, são:

a) utilização da uréia em níveis acima do recomendado;b) má homogeneização da uréia na cana-de-açúcar;c) não observância do período de adaptação.

4.8. Cana-de-açúcar e uréia para recria de bovinos em crescimento

4.8.1 Recria de novilhas de gado de leiteCom animais em crescimento (150 a 300 kg de peso vivo),

alimentados com cana-de-açúcar + uréia + uma fonte de enxofre e quantidadede concentrado variando de 1,0 a 2,5 kg por animal por dia, é possível obterganhos de 0,3 a 0,8 kg/animal/dia, dependendo do tipo de suplemento (maisou menos degradável no rúmen), da qualidade da cana-de-açúcar utilizada,do potencial genético do animal e da ocorrência de ganho compensatório(MELO et ai., 1983; MOREIRA et ai., 1987; RODRIGUES et ai., 1992b;RODRIGUES et ai., 1994; AMARAL NETO e RODRIGUES, 1999;RODRIGUES e BARBOSA, 1999). Com base nesses trabalhos e na experiênciados autores, tem sido verificado nas condições tropicais que a variação naintensidade do ganho compensatório é grande.

Estratégias de alimentação de bovinos em crescimento mencionandovárias alternativas e abordando vários aspectos, tais como fontes de alimentos,níveis e qualidade da proteína, ganho compensatório, suplementação debovinos a pasto com cana-de-açúcar, concentrado ou mistura múltipla sãomencionados por RODRIGUES (1997).

4.8.2 Recria de novilhas de gado de corte

4.8.2.1. Utilização de cana-de-açúcar para suplementação denovilhas em pastagens

A suplementação de novilhas cruzadas de diferentesgrupos genéticos durante a época da seca, com cana-de-açúcar mais 1 % da

24 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. landell et aI.

Quadro 13. Teores de matéria seca (MS) de quatro variedades de cana-de-açúcar emédia diária de consumo de matéria seca (CDMS) de dietas com estasvariedades.

Parâmetros Variedades

IAC86-2480 IAC87-3184 RB72-454 RB83-5486

Teor de MS (%) 28,13 31,36 30,69 31,01

CDMS (kg) 6,84 6,60 7,08 7,18

CDMS (% PV) 2,70 2,71 2,79 2,79

Quadro 14. Peso vivo inicial, média diária de ganho de peso vivo (GDPV) e conversão

alimentar (CA) de novilhas alimentadas com dietas contendo quatro

variedades de cana-de-açúcar.

Parâmetros Variedades

IAC86-2480 IAC87-3184 RB72-454 RB83-5486

Peso vivo inicial (kg) 215,5 216,3 221,8 222,8

GDPV (kg/animal/dia) 0,89a 0,65c 0,76b 0,82ab

CA (kg MS/kg de ganho) 7,64 10,18 9,32 8,70

a, b, c Médias na mesma linha seguidas de letras diferentes diferem entre si (P<0,05)

pelo teste SNK.

A utilização das variedades IAC86-2480 e RB83-5486, que possuem

melhores relações FDN/POL e maiores digestibilidades in vitro, devidamente

corrigidas com quantidades adequadas de nitrogênio não protéico, sais minerais

e proteína verdàdeira, permitiu a obtenção de maiores ganhos de peso por

novilhas em crescimento do que a variedade com alta relação FDN/POL.

4.9. Resultados de produção de leite em dietas com cana-de-açúcar

Os trabalhos utilizando cana-de-açúcar na alimentação de vacas

em lactação podem ser divididos em dois grupos, ou seja, aqueles que

utilizaram a cana-de-açúcar como único volumoso Uá descrito no sub item

4.8.2.2) e aqueles que utilizaram a cana-de-açúcar para animais com acesso

a pastagens.

26 Boletim técnico, 193, IAC

A variedade IAC-2480 como nova opção...

4. 9.1. Cana-de-açúcar para vacas em lactação com acesso a

pastagemA suplementação a pasto de vacas mestiças de holandês e

pardo suíço com raça crioula, com cana-de-açúcar mais uréia e 2 kg de

concentrado, permitiu produção de 8 a 9 kg de leite (INFANTE e VilA, 1975),sem perda de peso.

Trabalho semelhante foi desenvolvido na Embrapa em CoronelPacheco, MG. Foram utilizadas vacas mestiças de holandês-zebu,suplementadas com 20 kg/vaca/dia de cana-de-açúcar enriq'uecida com 1 %de uréia (nove partes de uréia para uma parte de sulfato de amônio) no intervalo

entre as ordenhas da manhã e da tarde e O; 2 e 4 kg de concentrado/vaca/dia.Após a ordenha da tarde, as vacas tinham acesso a piquetes de capim-elefante

manejado sob pastejo rotacionado. Todas as vacas encontravam-se no estágioinicial da lactação. O concentrado fornecido tinha a seguinte composição:50% de farelo de algodão, 49% de milho desintegrado com palha e sabugo e1 % de calcário calcítico.

No período de 03/06/85 a 15/11/85, as produções médias de leiteforam de 6,8; 8,7 e 10,0 kg/vaca/dia, para os níveis de O; 2 e 4 kg de

concentrado/vaca/dia.Em outro trabalho realizado no mesmo local, durante a estação seca

de 1993, com manejo semelhante dos animais, comparou-se o desempenhode um grupo de vacas sem suplementação com concentrado (To) com outro

grupo que recebeu 2 kg de concentrado/vaca/dia (T 2). Os resultados deprodução de leite podem ser vistos no quadro 15.

Quadro 15. Média de produção de leite e consumo de cana-de-açúcar por vacas

mestiças com acesso a pastagem de capim-elefante.

Meses Produção de leite Produção de leite Consumo de cana Consumo de cana

(kg/vaca/dia) (kg/vaca/dia) (kg MS/vaca/dia) (kg MS/vaca/dia)

;0 T2 To T2

Julho 8,4 9,5 5,8 5,7

Agosto 7,8 8,9 6,3 6,6Setembro 6,8 8,0 6,0 6,0

Outubro 7,7 9,0 3,8 4,9

Média 7,7 8,9 5,5 5,8

DERESZ (1999).

Boletim técnico, 193, IAC 27

M. G. de A. Landell et a/.

Segundo o autor, parte dos nutrientes parece ter sido direcionado paraganho de peso, uma vez que as vacas que não receberam concentrado,perderam em média 50 gramas por dia e aquelas que receberam 2,0 kg deconcentrado/vaca/dia ganharam em média 140 gramas por dia, durante operíodo de julho a outubro. Considerando-se que a condição corporal é umaspecto importante para a produção de leite na próxima lactação, verifica-seque é possível produzir aproximadamente 8 a 9 litros sem perda de peso,com a utilização de cana-de-açúcar enriquecida com 1 % de uréia suplementadacom 2,0 kg de concentrado/vaca/dia para vacas com acesso a pastagem.Vacas de maior produção (média de 15 a 17 kg/vaca/dia) suplementadas comcana-de-açúcar e acesso a pastagem devem receber quantidade maior deproteína, podendo ser utilizado, por exemplo, o farelo de soja, conforme podeser verificado no quadro 16.

Nestes trabalhos, o acesso à pastagem deve ter permitido pastejosseletivos, proporcionando melhoria no ecossistema ruminal, permitindo maiortaxa de passagem de alimento pelo rúmen, aumentando o consumo total dematéria seca e de nutrientes digestíveis. Em trabalho realizado por BOIN etai. (1983), a associação desse fato ao maior teor de proteína no tratamentocom farelo de soja, aumentou o consumo e evitou perda de peso.

Quadro 16. Efeito da substituição de farelo de soja por uréia na produção deleite para vacas alimentadas com cana-de-açúcar com acesso à

pastagem.

TratamentosAlimentos A B

Consumo de matéria seca

(kg/vaca/dia)Cana-de-açúcar 7,04 5,71

Farelo de soja 1,81-Uréiaa - 0,12Suplemento protéicob - 2,03

ConcentradoC . 3,02 2,80Consumo de Matéria Seca fornecida no cocho 11,88 10,65

Produção de leite kg/vaca/diaSem correção do teor de gordura 17,00 15,70

Corrigido p/4% de gordura 15,90 15,00Variação de peso 0,13 -0,16

Adaptado de BOIN etal., 1983.a - Uréia misturada com cana-de-açúcar na base de 5 gramas de uréia por quilograma de cana-de-açúcar.b - Suplemento protéico com 25% de proteína bruta.c - Concentrado com 13% de proteína bruta fornecido na base de 1 kg de concentrado para cada 2,5

kg de leite acima de 8 kgidia.

28 Boletim técnico, 193, IAC

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M. G. de A. landell et ai.

Quadro 18. Efeito da porcentagem de concentrado na matéria seca da dietade cana-de-açúcar no desempenho de novilhos confinados.

Item Porcentagem de concentrado

23 42 61 80

N° de novilhos 8 8 8 8

Peso vivo inicial (kg) 256 255 258 253

Peso vivo final (kg) 401 411 442 442

Ganho de PV (kg/dia) 1,10 1,17 1,38 1,42

Ganho ajustado 55% 0,86 1,07 1,42 1,59

Ingestão de MS (kg/dia) 7,15 7,41 8,85 8,81

Ingestão em % do PV 2,17 2,22 2,52 2,53

Conversão alimentar 8,29 6,89 6,24 5,50

Peso da carcaça (kg) 204 219 246 256

Rendimento (%) 50,9 53,3 55,6 59,7

PATE (1981).

Ganho de peso de 1,12 kg/dia com novilhos da raça charolesa de 2,5anos de idade e 300 kg de peso vivo inicial foi observado por BRONDANI etai. (1986) em dietas contendo 40% de cana-de-açúcar e 60% de concentrado.A conversão alimentar foi de 8,5 kg de matéria seca por kg de ganho de pesovivo. Ganhos menores foram observados por FERREIRA et ai. (1986) queutilizou níveis de 20; 35 e 50% de concentrado. Os ganhos foram de,respectivamente, 0,82; 0,82 e 1,01 kg/animal/dia.

Ganhos de peso superiores foram observados com a utilização deanimais da raça Canchim (1,35 kg/dia), na Embrapa Pecuária Sudeste, emSão Carlos (ESTEVES et ai. 1993), com dieta contendo a mesma proporçãode cana-de-açú,car e concentrado, ou seja 40:60. Quando se utilizou animaiscom maior proporção de sangue zebu (Y2Canchim + Y2 Nelore), o ganho depeso foi de 1,15 kg/animal/dia.

30 Boletim técnico, 193, IAC

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Particular
Particular

M. G. de A. Landell et a/.

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34 Boletim técnico, 193, IAC

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