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Documento do Banco Mundial SOMENTE PARA USO OFICIAL Relatório N o : 66805-BR DOCUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO SOBRE UM EMPRÉSTIMO PROPOSTO NO MONTANTE DE US$ 20,82 MILHÕES AO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO COM UMA GARANTIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL EM APOIO À TERCEIRA FASE DO EMPRÉSTIMO DE PROGRAMA ADAPTÁVEL (APL) DE US$ 130,88 MILHÕES GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO (PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊ - PROGRAMA MANANCIAIS) - PROJETO SÃO BERNARDO DO CAMPO 1 o de março de 2012 Departamento de Desenvolvimento Sustentável Unidade de Gestão de País - Brasil Região da América Latina e do Caribe Este documento está sendo divulgado publicamente antes das considerações do Conselho de Administração. Isso não implica um resultado presumido. Este documento pode ser atualizado após as considerações do Conselho de Administração, sendo que o documento atualizado será divulgado publicamente de acordo com a Política de Acesso à Informação do Banco Mundial. Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

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Documento do

Banco Mundial

SOMENTE PARA USO OFICIAL

Relatório No: 66805-BR

DOCUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO

SOBRE UM

EMPRÉSTIMO PROPOSTO

NO MONTANTE DE US$ 20,82 MILHÕES

AO

MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

COM UMA GARANTIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

EM APOIO À

TERCEIRA FASE DO EMPRÉSTIMO DE PROGRAMA ADAPTÁVEL (APL)

DE US$ 130,88 MILHÕES

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

(PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊ -

PROGRAMA MANANCIAIS) - PROJETO SÃO BERNARDO DO CAMPO

1o de março de 2012

Departamento de Desenvolvimento Sustentável

Unidade de Gestão de País - Brasil

Região da América Latina e do Caribe

Este documento está sendo divulgado publicamente antes das considerações do Conselho de

Administração. Isso não implica um resultado presumido. Este documento pode ser atualizado

após as considerações do Conselho de Administração, sendo que o documento atualizado será

divulgado publicamente de acordo com a Política de Acesso à Informação do Banco Mundial.

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EQUIVALÊNCIA DA MOEDA

(Taxa de câmbio em vigor em janeiro de 2012)

Unidade monetária = Real

R$ 1,74 = US$ 1

US$ 0,57 = R$ 1,00

EXERCÍCIO FINANCEIRO

1o de janeiro – 31 de dezembro

ABREVIAÇÕES E ACRÔNIMOS

AOP Plano Operacional Anual Annual Operative Plan

APL Empréstimo de Programa Adaptável Adjustable Program Loan

ARSESP Agência Reguladora de Saneamento e

Energia

Energy and Sanitation Regulatory

Agency

BRL Real Brazilian Real

CAS Estratégia de Assistência ao País Country Assistance Strategy

CAT Comitê da Bacia do Alto Tietê Alto Tiete River Basin Committee

CBH Comitê de Bacias Hidrográficas River Basin Committee

CDC Conselho de Coordenadores Committee of Coordinators

CDHU Companhia de Desenvolvimento

Habitacional

e Urbano do Estado de São Paulo

State of São Paulo Urban

Development & Housing Company

CEF Caixa Econômica Federal (CAIXA) Federal Bank

CETESB Companhia de Tecnologia de

Saneamento Ambiental

Environmental Sanitation Technology

Company

CP Contrapartida Counterpart funds

CRH Conselho Estadual de Recursos

Hídricos

State Water Resources Council

CONESAN Conselho Estadual de Saneamento State Water and Sanitation Council

DAEE Departamento de Águas e Energia

Elétrica

São Paulo’s Water and Energy

Department

EIA Estudo de Impacto Ambiental Environmental Impact Assessment

EMP Plano de Gestão Ambiental Environmental Management Plan

ETE Estação de Tratamento de Esgoto Wastewater Treatment Plant

FMA Avaliação da Gestão Financeira Financial Management Assessment

GESP Governo do Estado de São Paulo Sao Paulo State Government

IA Convênio Guarda-Chuva Implementation Agreement

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística

Brazilian Institute of Geography and

Statistics

IBRD Banco Internacional para Reconstrução

e Desenvolvimento (BIRD)

International Bank for Reconstruction

and Development

IDB Banco Interamericano de Inter-American Development Bank

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Desenvolvimento (BID)

MRSP Região Metropolitana de São Paulo

(RMSP)

Metropolitan Region of Sao Paulo

M&E Monitoramento e Avaliação Monitoring and Evaluation

NGOs Organizações não governamentais Non-governmental organizations

O&M Operação e Manutenção Operation and Maintenance

OM Manual Operacional Operational Manual

OP Política Operacional Operational Policy

PAC Programa de Aceleração do

Crescimento

Growth Acceleration Program

PAD Documento de Avaliação do Projeto Project Appraisal Document

PCN Nota Conceitual do Projeto Project Concept Note

PDO Objetivos de Desenvolvimento do

Programa

Program Development Objectives

PDPA Plano de Desenvolvimento e Proteção

Ambiental

Environmental Protection and

Development Plan

PHRD Fundo de Doação Japonês Japan Policy and Human Resources

Development Fund

PMG Prefeitura Municipal de Guarulhos Guarulhos Municipality

PMSBC Prefeitura Municipal de São Bernardo

do Campo

Sao Bernardo do Campo Municipality

PMSP Prefeitura Municipal de São Paulo Sao Paulo Municipality

PMSS Programa de Modernização do Setor de

Saneamento

Water Sector Modernization Project

PP Plano de Licitações Procurement Plan

PPAR Relatório de Auditoria de Desempenho

do Projeto

Project Performance Audit Report

PQA Programa de Controle de Qualidade da

Água

Water Quality Control Program

RAP Plano de Ação para Reassentamento Resettlement Action Plan

RPF Matriz de Política de Reassentamento Resettlement Policy Framework

SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto de

Guarulhos

Guarulhos Water and Sanitation

Autonomous Utility

SABESP

SEA

Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo

Avaliação Ambiental Estratégica

State Water and Sanitation Utility

Strategic Environmental Assessment

SEHAB Secretaria Municipal de Habitação

(Antiga SHAMA)

São Bernardo do Campo’s Secretariat

for Housing and the Environment

(former SHAMA)

SH Secretaria Estadual de Habitação State Secretariat for Housing

SHAMA Secretaria de Habitação e Meio

Ambiente

São Bernardo do Campo’s Secretariat

for Housing and the Environment

SIAFEM Sistema Estadual de Informações

Gerenciais

State Administrative and Financial

System

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SMA Secretaria Estadual de Meio Ambiente State Secretariat for the Environment

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento

National Water and Sanitation

Information System

SP São Paulo Sao Paulo

SSRH Secretaria Estadual de Saneamento e

Recursos Hídricos (Antiga SSE)

State Secretariat for Water Supply,

Sanitation and Water Resources

(Former SSE)

Tbd A ser definido To be defined

ToR Termos de Referência Terms of Reference

UGL Unidade de Gestão Local Local Management Unit

UGP Unidade de Gestão do Programa Program Management Unit

USP Universidade de São Paulo University of Sao Paulo

WRM Gestão de Recursos Hídricos Water Resources Management

WSS Abastecimento de Água e Saneamento

Básico

Water Supply and Sanitation

Vice-Presidente: Hasan A Tuluy

Diretor de País: Makhtar Diop

Diretora de Setor: Ede Jorge Ijjasz-Vasquez

Gerente de Setor: Ellen Hamilton (interina)

Gerente do Projeto: Oscar Alvarado

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BRASIL

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

SUMÁRIO

Página

I. CONTEXTO ESTRATÉGICO E FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA ................................ 1

A. Questões do país e do setor ................................................................................................. 1

B. Fundamentação lógica da participação do Banco Mundial ................................................ 2

C. Objetivos de nível mais elevado para os quais o projeto contribui..................................... 4

II. DESCRIÇÃO DO PROJETO .............................................................................................. 5

A. Instrumento de empréstimo................................................................................................. 5

B. Objetivo e fases do programa ............................................................................................. 6

C. Objetivo de desenvolvimento do projeto e principais indicadores ..................................... 7

D. Componentes do projeto ..................................................................................................... 7

E. Lições aprendidas e refletidas na concepção do programa ................................................. 8

F. Alternativas consideradas e motivos da rejeição .............................................................. 10

III. IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................................... 11

A. Acordos de parcerias ......................................................................................................... 11

B. Disposições institucionais e de implementação ................................................................ 11

C. Monitoramento e avaliação de resultados ......................................................................... 12

D. Sustentabilidade ................................................................................................................ 12

E. Riscos críticos e possíveis aspectos controversos ............................................................. 13

F. Condições de empréstimo/crédito e convênios ................................................................. 16

IV. QUADRO-SÍNTESE....................................................................................................... 17

A. Análises econômica e financeira ....................................................................................... 17

B. Estudos técnicos ................................................................................................................ 18

C. Estudos Fiduciários ........................................................................................................... 19

D. Análise social .................................................................................................................... 20

E. Meio ambiente .................................................................................................................. 21

F. Políticas de salvaguarda .................................................................................................... 22

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G. Exceções políticas e prontidão .......................................................................................... 24

Anexo 1: Histórico do País e do Setor ou do Programa .......................................................... 25

Anexo 2: Principais Projetos Associados Financiados pelo Banco Mundial e/ou por outros

Órgãos .......................................................................................................................................... 32

Anexo 3: Matriz de Resultados e Monitoramento ................................................................... 35

Anexo 4: Descrição Detalhada do Projeto ................................................................................ 46

Anexo 5: Custos do Projeto ........................................................................................................ 55

Anexo 6: Dispositivos de implementação .................................................................................. 57

Anexo 7: Gestão Financeira e Disposições sobre Desembolso ................................................ 61

Anexo 8: Disposições sobre a Aquisição.................................................................................... 68

Anexo 9: Análise Econômica e Financeira................................................................................ 73

Anexo 10: Questões de Política de Salvaguarda....................................................................... 81

Anexo 10A: Análise social ........................................................................................................ 104

Anexo 11: Preparação e Supervisão do Projeto ..................................................................... 113

Anexo 12: Documentos no Arquivo do Projeto ...................................................................... 115

Anexo 13: Demonstrativo de empréstimos e créditos ............................................................ 116

Anexo 14: Visão panorâmica dos países ................................................................................. 119

Anexo 15: Mapas ....................................................................................................................... 122

Anexo 16: Projeto do Município de São Bernardo do Campo.............................................. 123

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BRASIL

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

(PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊ -

PROGRAMA MANANCIAIS) - PROJETO SÃO BERNARDO DO CAMPO

AMÉRICA LATINA E CARIBE

LCSUW

Data: 1o de março de 2012 Gerente do Projeto: Oscar Alvarado

Diretor de País: Makhtar Diop

Gerente/Diretor de Setor: Ellen Hamilton/Ede

Jorge Ijjasz-Vasquez

Setores: Setor de recursos hídricos em geral,

saneamento e proteção contra inundações

(100%)

Temas: Gestão de recursos hídricos (P);

Gestão de poluição e saúde ambiental (P);

Administração e gestão de terras (P); Acesso a

serviços urbanos e habitação (P).

ID do Programa: P006553

ID do Projeto: P125829

Categoria de avaliação ambiental: Avaliação

completa

Instrumento de empréstimo: Quatro

Empréstimos para Investimento Específico por

meio de um Empréstimo de Programa

Adaptável (APL)

Dados do financiamento do programa

[X] Empréstimo [ ] Crédito [ ] Subsídio [ ]

Garantia

[ ] Outros:

Para Empréstimos/Créditos/Outros:

Financiamento Total do Banco Mundial (US$ milhões): 130,88

Termos da proposta:

Projeto PMSBC: Compromisso vinculado a um Empréstimo Flexível do BIRD (IFL), com um

spread variável, denominado em dólares dos Estados Unidos. Todas as opções de conversão são

selecionadas, com os Prêmios de Tetos e Faixas das Taxas de Juros a serem pagos dos próprios

recursos dos Mutuários.

Plano de financiamento (US$ milhões)

Fonte Local Fora

País

Total

Mutuários 107,75 0 107,75

Estado de São Paulo 56,50 0 56,50

SABESP 25,00 0 25,00

Município de São Bernardo do Campo 20,58 0 20,58

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Município de Guarulhos 5,67 0 5,67

Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento (BIRD)

130,56 0,32 130,88

Estado de São Paulo 3,99 0,01 4,00

SABESP 99,75 0,25 100,00

Município de São Bernardo do Campo 20,77 0,05 20,82

Município de Guarulhos 6,05 0,01 6,06

Total do Programa: 238,31 0,32 238,63

Mutuários:

SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Estado de São Paulo

Município de São Bernardo do Campo

Município de Guarulhos

Órgãos Responsáveis: Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Agência Estatal de Habitação,

Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Serviço Estadual de Águas, Município de São Bernardo

do Campo e Município de Guarulhos.

Período de implementação do programa: Início: 30 de outubro de 2009 Término: 31 de maio

de 2015

Data da entrada em vigor: 30 de outubro de 2009

Data de encerramento: 30 de setembro de 2015

O programa afasta-se da Estratégia de Assistência ao País (CAS, sigla em

inglês) em termos de conteúdo ou outro ponto significativo? Ref. PAD I.C [ ] Sim [X] Não

O programa requer quaisquer exceções das políticas do Banco Mundial?

Ref. PAD IV.G Essas exceções foram aprovadas pela Administração do Banco Mundial?

A aprovação do Conselho de Administração é solicitada para alguma exceção

de ordem pública?

[ ] Sim [X] Não

[ ] Sim [X] Não

[ ] Sim [X] Não

O programa inclui quaisquer riscos críticos classificados como "substanciais"

ou "altos"?

Ref. PAD III.E

[ ] Sim [X] Não

O programa atende aos critérios regionais de prontidão para implementação?

Ref. PAD IV.G [X] Sim [ ] Não

A primeira parte deste documento refere-se à Gestão Integrada de Recursos Hídricos no

Programa da Região Metropolitana de São Paulo (P006553), conforme aprovado pelo Conselho

de Administração em 9 de julho de 2009. A terceira fase desse APL pertinente ao projeto São

Bernardo do Campo (P125829) é detalhado no Anexo 16

Objetivo de desenvolvimento do programa Ref. PAD II.C, Anexo Técnico 3

Os objetivos gerais do Programa APL são (i) proteger e manter a qualidade e a confiabilidade

dos recursos hídricos e das fontes de água potável da MRSP; (ii) melhorar a qualidade de vida

das populações pobres que residem nas principais bacias hidrográficas urbanas selecionadas na

MRSP; e (iii) melhorar a capacidade institucional, além da gestão metropolitana e coordenação

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na MRSP na gestão de recursos hídricos, controle da poluição da água, política de uso da terra e

prestação de serviços básicos.

Descrição do programa Ref. PAD II.D, Anexo Técnico 4

O Programa foi organizado em quatro componentes:

O Componente 1 - Fortalecimento da Capacidade Institucional destina-se a apoiar as entidades

executoras por meio do fortalecimento de sua capacidade institucional e promoção da melhoria

da gestão e coordenação metropolitana frente aos principais desafios metropolitanos de gestão

dos recursos hídricos, controle da poluição da água, política de uso da terra e prestação de

serviços básicos, com o apoio das seguintes atividades, inter alia: melhoria da integração do uso

da terra e da gestão dos recursos hídricos na região metropolitana; monitoramento ambiental e da

qualidade da água; educação ambiental e trabalho social; e gestão, monitoramento, avaliação e

divulgação do Programa.

O Componente 2 - Melhoria Urbana destina-se a aperfeiçoar os padrões e as configurações da

ocupação urbana nas bacias selecionadas e a proporcionar melhores condições de vida aos seus

residentes, sobretudo, às comunidades de baixa renda que vivem em assentamentos informais,

por meio de: urbanização das favelas e dos assentamentos irregulares; recuperação de áreas

degradadas e de alto risco; reassentamento involuntário; elaboração de planos habitacionais;

padronização ambiental e urbana da configuração dos assentamentos; e supervisão social e

ambiental das melhorias urbanas e intervenções habitacionais.

O Componente 3 - Proteção e Recuperação Ambiental destina-se a proteger e recuperar os

habitats naturais e as áreas ambientalmente sensíveis e degradadas nas sub-bacias com vistas a

melhorar a qualidade do meio ambiente por meio de: revegetação e reflorestamento; urbanização

das áreas públicas, com a criação de áreas verdes e espaços para lazer de uso comum;

estabelecimento de áreas de proteção ambiental; reabilitação e proteção de reservatórios e

sistemas de produção de água; e controle do transporte de substâncias perigosas na região.

O Componente 4 - Integração do Abastecimento de Água e Saneamento destina-se a reverter os

principais fatores que contribuem para a poluição dos reservatórios e oferecer serviços

integrados de abastecimento de água e saneamento básico (WSS) às populações pobres, por meio

de: melhoria do tratamento de esgoto; melhoria do sistema de abastecimento de água; e melhoria

da gestão de resíduos sólidos.

Que políticas de salvaguarda são acionadas, se houver? Ref. PAD IV.F, Anexo Técnico 10

O programa foi classificado na Categoria Ambiental "A" do Banco Mundial e aciona as

seguintes salvaguardas: OP 4.01 (Avaliação Ambiental); OP 4.04 (Habitats Naturais); OP 4.11

(Recursos Culturais Físicos), OP 4.12 (Reassentamento Involuntário); e OP 4.37 (Segurança das

Barragens).

Condições significativas, não padronizadas, se houver, para a fase 3 da implementação

Ref. PAD III.F

Apresentação do Conselho de Administração: N/A

Eficácia de empréstimo/crédito:

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Os Empréstimos foram registrados no Banco Central do Garantidor.

Convênios aplicáveis à fase 3 de implementação:

Convênios existentes

UGLs nas entidades executoras totalmente dotadas de pessoal até dois meses após a data de

validade do respectivo acordo de empréstimo

Manutenção das UGLs com pessoal e capacidade aceitáveis para o Banco Mundial durante

todo o período de implementação do projeto

Até a conclusão do Projeto, a manutenção do CDC com a composição, os poderes e as

responsabilidades estão definidos no Manual Operacional

Outros Convênios

O Mutuário deve cumprir o “Convênio Guarda-Chuva” com as Entidades Executoras do

Programa. Salvo acordo prévio com o Banco Mundial, o Mutuário não deve emendar,

outorgar, anular, isentar ou por qualquer outro meio, deixar de cumprir o Manual

Operacional ou qualquer disposição do mesmo.

Sem limitar as disposições da Seção 5.10 das Condições Gerais, o Mutuário e as Entidades

Executoras do Programa devem trocar opiniões sobre a implementação do Programa

Mananciais da Região Metropolitana com o Garantidor e o Banco Mundial, uma vez que

pode ser relevante para a implementação bem-sucedida do Programa.

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1

I. CONTEXTO ESTRATÉGICO E FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA1

A. Questões do país e do setor

1. O Brasil tem passado por uma transformação urbana, catalisando inovação e expansão

econômicas, e trazendo, com isso, inúmeros problemas2. As cidades brasileiras atualmente

enfrentam a necessidade de abrigar as populações pobres que vivem na informalidade, controlar

a criminalidade e a violência, oferecer melhores serviços e melhorar a qualidade do meio

ambiente. Como um dos países mais urbanizados do mundo, o Brasil vê sua competitividade e

suas perspectivas de crescimento sustentável dependerem da capacidade das suas grandes

cidades de enfrentar essas pressões. A expansão da Região Metropolitana de São Paulo (MRSP)

é um exemplo emblemático dos desafios urbanos que o Brasil enfrenta. Com 19,3 milhões de

habitantes distribuídos em 39 municípios, em uma área de 8.050 km2, a MRSP responde por 17%

do PIB nacional e 10% da população do país. Contudo, a parcela da MRSP no PIB está recuando

e a rápida urbanização, combinada com um processo de desindustrialização e estagnação da

economia, tem resultado em problemas sociais, como o aumento do desemprego, a persistência

da criminalidade e a expansão das favelas. Atualmente, um em cada seis habitantes do município

de São Paulo3 vive em uma favela, o que representa aproximadamente 400.000 famílias, ou algo

entre 1,6 e 2 milhões de pessoas, que vivem em habitações abaixo do padrão em 1.538

assentamentos que ocupam 30 km2.

2. Os desafios relacionados à água em São Paulo4. Entre os problemas prementes que a MRSP

enfrenta, o equilíbrio entre a oferta e a demanda de água é uma questão crucial para a

competitividade, o crescimento econômico e a sustentabilidade social e ambiental da cidade. A

disponibilidade de água per capita na MRSP é extremamente baixa e comparável à registrada nas

regiões mais áridas da Região Nordeste do Brasil. Metade da oferta de água potável da cidade é

importada de sistemas fluviais adjacentes, o que se transforma em uma situação contenciosa se

considerarmos as demandas de outras conurbações que competem pela mesma água. A outra

metade da oferta de água potável é proveniente de sistemas de cabeceiras de rios-reservatórios

(‘mananciais’) dentro da própria MRSP. A contribuição das represas de Guarapiranga e Billings

é crucial; juntas fornecem água potável para cerca de 28% da população da MRSP (em torno de

5,4 milhões de pessoas). Previsões recentes para a região metropolitana indicam que, até 2010,

haverá um sério risco de a demanda ultrapassar a oferta - com essas projeções baseadas na

hipótese de que os mananciais atualmente em uso na MRSP (Guarapiranga, Billings e outros

sistemas) continuarão sendo plenamente usados ou serão ampliados. Caso as represas de

Guarapiranga e Billings sejam perdidas como corpos de água não tratada para o abastecimento

da cidade, as fontes mais próximas para substituí-las estão a uma grande distância e a água só

1 Este PAD abrangente descreve todo o Programa de Gestão Integrada de Recursos Hídricos em São Paulo,

conforme designado e aprovado pelo Conselho de Administração em 9 de julho de 2009, com a primeira e a segunda

fases deste APL Horizontal (Estado de São Paulo e Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado de São

Paulo). Não existem grandes mudanças neste PAD abrangente e os detalhes do Projeto do Município de São

Bernardo do Campo estão incluídos no Anexo 16. 2 Brazil: Inputs for a Strategy for Cities: A Contribution with a Focus on Cities and Municipalities, Relatório N

o

35749-BR do Banco Mundial (junho de 2006). 3 Estudo do governo municipal de São Paulo e da Aliança das Cidades, 2007.

4 Mônica Porto, ‘Recursos Hídricos e Saneamento na Região Metropolitana de São Paulo: Um Desafio do Tamanho

da Cidade’ Série Água Brasil 3, Banco Mundial (2003).

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2

poderia ser trazida para a MRSP a um custo de bilhões e bilhões de reais. Cerca de 1,9 milhão de

pessoas residem nas bacias hidrográficas de Guarapiranga e Billings; a vasta maioria é de

pessoas pobres, que ocuparam ilegalmente essas áreas em virtude da sua proximidade com o

centro da cidade. Os assentamentos informais/favelas provocam a poluição direta dos

reservatórios, com o despejo de águas residuais e lixo e com o escoamento e assoreamento

causados por temporais, ameaçando assim seu futuro como corpos de água para o abastecimento

de água potável e outros usos. Para enfrentar esse problema, é necessário agir para reunir

intervenções decisivas para empreender melhorias urbanas na esfera local, com iniciativas na

região metropolitana como um todo, em áreas como coleta e tratamento de esgoto, além de

drenagem e gestão de resíduos sólidos; tudo isso no contexto da bacia hidrográfica urbana.

B. Fundamentação lógica da participação do Banco Mundial

3. Envolvimento programático no setor de recursos hídricos de São Paulo. A Estratégia de

Parceria de País (CPS) 2012-2015 do Banco Mundial (Relatório No 63731-BR) abordada pela

Diretoria Executiva em 1o de novembro de 2011 estabelece um programa de apoio contínuo ao

Brasil por meio de quatro pilares de participação: equidade, sustentabilidade, competitividade e

gestão macroeconômica sólida. A CPS afirma que o Brasil continua a falhar na área de

sustentabilidade ambiental, sendo que a escassez de água e a degradação ambiental são

problemas urgentes que impedem o crescimento sustentável do país. A CPS também define que

o Banco Mundial concentrará esforços nas cidades que são fundamentais para o amplo

crescimento econômico, ou seja, a própria definição da MRSP, já que é tão crucial para a

economia brasileira. O Governo de São Paulo (GESP) e o Banco Mundial desejam desenvolver

um envolvimento de caráter programático de 10-15 anos no setor de recursos hídricos para

abordar os principais desafios no estado como um todo na gestão de recursos hídricos,

abastecimento de água e saneamento básico, além de controle da poluição da água. Esse

envolvimento programático inclui iniciativas contínuas de implementação do uso sustentável da

terra e de gestão de recursos hídricos em bacias hidrográficas na zona rural, além da restauração

em larga escala das florestas ribeirinhas nos biomas do Cerrado e da Mata Atlântica, por meio do

programa de Gestão de Terra de São Paulo (P006474) e do projeto GEF - Restauração de

Ecossistemas das Florestas Ribeirinhas (P088009), respectivamente. O projeto Reágua (BR-

P106703), proposto e financiado pelo Banco Mundial, é outra peça importante desse

envolvimento programático, com uma concepção voltada para resultados, com o intuito de fazer

face a questões como recuperação da qualidade da água e conservação da quantidade de água em

todo o estado. O Programa Mananciais proposto, que é tema deste Documento de Avaliação do

Projeto (PAD), representa um instrumento crucial no envolvimento programático do Banco

Mundial com o Estado de São Paulo no setor de recursos hídricos, pois foi concebido para ajudar

os governos estadual e municipais da MRSP a enfrentarem os desafios ligados à qualidade da

água e à informalidade urbana na capital do estado acima descritos. As contrapartes do estado e

dos municípios afirmam que o Banco Mundial desempenha um papel fundamental para levar

esse complexo programa em frente. As contrapartes do Programa também afirmam que sem a

participação do Banco Mundial em sua preparação e implementação, o Programa seria mais

difícil, mais arriscado ou, possivelmente, inviável. Esse envolvimento programático tem criado

uma grande parceria entre o Banco Mundial e o GESP no setor de recursos hídricos na área

urbana nas últimas décadas.

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4. Banco Mundial como catalisador e mobilizador. O Banco Mundial tem um papel único a

desempenhar no âmbito do Programa Mananciais; isto é, reunir os diversos representantes dos

governos estadual e municipais, assim como os atores não governamentais, para enfrentarem os

desafios ligados ao uso da terra e dos recursos hídricos na MRSP. Esse papel de catalisador e

mobilizador foi conseguido no âmbito do projeto anterior, Guarapiranga, financiado pelo Banco

Mundial 5, mas em uma escala menor (para apenas um dos mananciais e com menos atores). O

papel do Banco Mundial como "mediador neutro" ficou patente durante a elaboração do

documento para aprovação do Programa pelo governo federal (carta consulta, CC) - a

considerável façanha de reunir doze entidades estaduais e governos municipais em torno de uma

mesma visão, programa e modus operandi em uma única carta consulta. Essa conquista foi

possível em grande parte devido à presença do Banco Mundial por meio do uso de um Fundo de

Doação Japonês (PHRD) como um instrumento de promoção de tal cooperação. O desafio dos

recursos hídricos e da informalidade urbana pode ser enfrentado e revertido apenas se essa

colaboração horizontal e vertical puder ser mantida e reproduzida no médio e longo prazo. O

Programa oferece a consolidação institucional para essa cooperação e a continuidade essencial

necessárias durante os frequentes ciclos eleitorais. O Programa também alavanca a capacidade de

endividamento estadual e municipal, além de recursos financeiros complementares do Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, para assegurar um impacto mais

amplo e profundo, fornece um quadro de objetivos comuns e planos de ação complementares

para cada ator, além de promover a participação de outros atores desse tipo no futuro.

5. Consolidação de uma agenda inacabada. Conforme refletido no Relatório de Término da

Implementação (ICR) e na revisão do Grupo de Avaliação Independente (IEG) e subsequente

Relatório de Auditoria de Desempenho do Projeto (PPAR)6 para o projeto anterior Guarapiranga,

e conforme refletido na Estratégia para o Setor de Recursos Hídricos de 2003 do Banco Mundial,

é preciso ter persistência, paciência, pragmatismo e flexibilidade para implementar programas

inovadores tal como a operação proposta. Alguns dos principais trabalhos de ponta iniciados no

âmbito do Programa Guarapiranga apenas se transformaram em legislação após o encerramento

do projeto (na forma da lei estadual sobre a cobrança pela água e da nova lei estadual sobre o uso

da terra na Bacia Guarapiranga). O projeto Guarapiranga foi pioneiro no que diz respeito à sua

abordagem híbrida para enfrentar as questões inter-relacionadas de poluição da água na zona

urbana e de pobreza/uso da terra. Os principais executores do projeto, contudo, se omitiram,

pois, no Brasil da década de 1990, não era nada popular sugerir que os assentamentos de baixa

renda e as favelas que estavam sendo atraídos para a área dos reservatórios deveriam ser

consolidados para evitar que os poluíssem, em vez de sujeitá-los à remoção em massa. O

Programa Mananciais proposto representa a continuação de um projeto que fundamentalmente

mudou a forma como o Brasil aborda os recursos hídricos e a gestão do uso da terra nas áreas

urbanas, o controle da poluição e o alívio da pobreza urbana em conurbações grandes e

densamente povoadas, com um grande número de assentamentos informais - uma questão

premente que as cidades em todo o Brasil e nos países em desenvolvimento enfrentam. Os

sistemas estaduais de gestão dos recursos hídricos (WRM) e uso da terra são incipientes, mas

estão evoluindo e entrando em uma etapa crucial (custos de extração da água/poluição devem ser

apresentados na bacia hidrográfica do Alto Tietê até 2010). O Programa proposto auxilia os

5 São Paulo, Paraná and Federal Government Water Quality & Pollution Control Project, Relatório de Avaliação do Corpo Técnico (SAR) nº

BR-28962 (1992); Acordo de Empréstimo BR-3503 (1992). 6 São Paulo, Paraná and Federal Government Water Quality & Pollution Control Project, Relatório ICR nº 28962 (junho de 2004). Avaliação do IEG (setembro de 2004); versão preliminar do IEG - Relatório de Avaliação de Desempenho do Projeto (março de 2007).

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governos estadual e municipais da MRSP a seguirem em frente com a agenda da coordenação

metropolitana, da gestão e planejamento nas áreas de uso da terra, da poluição da água e da

prestação de serviços urbanos e ambientais correlatos - questões que figuram entre os principais

desafios paradigmáticos para as cidades brasileiras hoje em dia.

6. Conhecimento do Banco Mundial. O Banco Mundial está na posição ideal para alavancar a

experiência internacional para ajudar nos diagnósticos e prognósticos das complexas questões

metropolitanas relacionadas aos recursos hídricos e ao uso da terra que o Programa visa resolver.

O Banco Mundial atua como condutor de conhecimento: ele faz com que a experiência e as

lições extraídas no Brasil e nos demais países influencie a implementação do Programa e leva as

lições do Programa para outras cidades brasileiras e para cidades em outros países que estejam

sofrendo uma pressão semelhante. O Banco Mundial também aproveita seus conhecimentos

específicos do setor e sua perícia técnica no Brasil, e no resto do mundo, nas áreas de controle da

poluição da água, gestão dos recursos hídricos em áreas urbanas, melhorias urbanas/de favelas e

prestação de serviços básicos em áreas periurbanas. Finalmente, quando o Banco Mundial

contempla realizar operações semelhantes no futuro, no Brasil ou em outras partes do mundo, o

Programa Mananciais e seus projetos anteriores de PQA ajudarão a orientar a concepção de tais

intervenções híbridas, fornecendo, por exemplo, experiência a um público mais amplo sobre

quando, como e por quanto tempo o apoio do Banco Mundial será necessário para dar andamento

a reformas em terrenos políticos complicados.

C. Objetivos de nível mais elevado para os quais o projeto contribui

7. O programa foi desenvolvido em respaldo à visão de um Brasil mais equitativo, sustentável e

competitivo descrita no Plano Plurianual (PPA) do governo federal. O programa é um exemplo

emblemático dos desafios que se impõem às regiões metropolitanas e às grandes cidades

brasileiras, à medida que buscam enfrentar questões como limitações ao crescimento, inclusão

social, degradação do meio ambiente, além de planejamento e gestão adequados de serviços.

8. Com a posse de 12 a 14% da água de todo o mundo, o Brasil é um país rico em recursos

hídricos. Contudo, mais de 70% da água no Brasil é encontrada no Rio Amazonas e apenas 1,6%

está localizada no Estado de São Paulo, onde quase um quarto da população brasileira reside. A

água é um elemento essencial da estratégia do Brasil para promover um crescimento econômico

sustentável, equitativo e inclusivo. Os progressos no país nos últimos cinquenta anos estão

estreitamente vinculados ao desenvolvimento de seus recursos hídricos e à expansão dos serviços

de Abastecimento de Água e Saneamento Básico (WSS); contudo, muitos desafios ainda

precisam ser enfrentados, tais como escassez de água, controle da poluição e acesso universal a

serviços. O Programa foi desenvolvido para ajudar a MRSP a enfrentar esses desafios e em

respaldo à visão descrita na CPS por um Brasil mais equitativo, sustentável e competitivo.

Apesar de as intervenções do Programa serem concentradas na MRSP, suas lições poderiam ser

aplicadas a outras regiões metropolitanas e às grandes cidades brasileiras, à medida que buscam

enfrentar questões como limitações ao crescimento, inclusão social, degradação do meio

ambiente, além de planejamento e gestão adequados de serviços de WSS.

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II. DESCRIÇÃO DO PROJETO

A. Instrumento de empréstimo

9. O Programa proposto será implementado como uma série de projetos e seus empréstimos

correspondentes no âmbito de um APL Horizontal, implementado ao longo de um período de

seis anos. Os participantes deste APL serão o Governo do Estado de São Paulo (GESP), a

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e os governos municipais

de São Bernardo do Campo (PMSBC) e Guarulhos (PMG), sendo cada participante de um

Empréstimo para Investimento Específico. O Programa APL representa um todo que é maior do

que a soma de suas partes - os impactos cumulativos das intervenções do Programa serão

maiores do que o impacto individual de cada empréstimo. Todavia, cada mutuário elegível pode

começar suas intervenções sem precisar esperar pelo início dos outros empréstimos. Tendo em

conta os atrasos na aprovação de cada pacote de empréstimos, todos os quatro mutuários não

receberam autorização simultânea para fins de negociação. A estrutura do APL Horizontal

destina-se a permitir que empréstimos subsequentes sejam apresentados ao Banco Mundial, uma

vez recebida a autorização necessária para negociação.

10. O projeto do GESP, que era destinado a fornecer a coordenação de todas as outras atividades

do Programa, e o projeto da SABESP, que representa o maior empréstimo e o principal impulsor

do Programa, receberam a aprovação do Conselho de Administração em 9 de julho de 2009 e

entraram em vigor nos meses de março e dezembro de 2010, respectivamente. O desempenho

atual desses projetos é considerado satisfatório.

11. Os critérios de elegibilidade para identificar as entidades e os governos municipais que

podem participar do APL Horizontal como mutuários são os seguintes: (i) localização, ou

operação, na MRSP; (ii) posse de áreas críticas que contribuem para a poluição das cabeceiras

dos rios, e/ou quando suas atividades são cruciais para o controle da poluição nas cabeceiras dos

rios ou para a operação sustentável dos reservatórios das cabeceiras dos rios, e/ou quando seus

sistemas de abastecimento de água apresentam uma grande quantidade de água que não gera

receita; (iii) capacidade suficiente de endividamento para empréstimo no âmbito do APL; (iv) no

caso dos municípios, capacidade de investimento per capita de pelo menos R$ 40,00 (incluindo

transferências constitucionais); (v) capacidade de aquisição e gestão financeira considerada

aceitável para o Banco Mundial; e (vi) acordos subsequentes de empréstimos são negociados

antes de um período de 24 meses, após a assinatura do primeiro acordo de empréstimo sob o

Programa.

12. Apesar de o Programa ser maior do que a soma de suas partes, as análises de preparação do

Programa foram criadas para demonstrar que cada um dos quatro projetos de componentes é

individualmente viável em termos econômicos, financeiros, técnicos e sociais, mesmo se um dos

projetos prosseguir sem os demais. Por exemplo, as análises econômicas e financeiras (e afins)

foram criadas especificamente com essa "autonomia de projeto" em mente: três tipos de análise

foram realizadas - para as atividades de melhoria urbana apenas, para as atividades de WSS

apenas e para o custo geral de oportunidade de perda dos mananciais como fontes de água

potável para a cidade. Os grupos individuais de atividades foram considerados economicamente

viáveis por si só. O custo geral de oportunidade era também economicamente viável, mas não foi

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usado para justificar os investimentos do Programa, uma vez que nem todos os mutuários podem

concretizar seus investimentos, de uma vez ou simultaneamente.

B. Objetivo e fases do programa

13. Os objetivos gerais do Programa APL são: (i) proteger e manter a qualidade e a

confiabilidade dos recursos hídricos e das fontes de água potável da MRSP; (ii) melhorar a

qualidade de vida das populações pobres que residem nas principais bacias hidrográficas urbanas

selecionadas na MRSP; e (iii) melhorar a capacidade institucional, além da gestão metropolitana

e coordenação na MRSP na gestão de recursos hídricos, controle da poluição da água, política de

uso da terra e prestação de serviços básicos. Os objetivos e indicadores específicos para cada um

dos mutuários no âmbito do APL são apresentados no Anexo 3 e nos anexos específicos dos

mutuários (isto é, Anexos 16 e 17 deste PAD).

14. O Programa Mananciais - APL Horizontal destina-se a responder aos desafios de uso da terra

e de recursos hídricos, bem como aos desafios sociais e ambientais descritos no Anexo 1. Esse

Programa está incluído nas quatro cartas assinadas pelos respectivos e possíveis mutuários,

incluindo GESP, SABESP, PMSBC e PMG. O APL é parte de um programa mais amplo de

intervenções por parte dos governos do estado e dos municípios da MRSP com base, inter alia,

nas prioridades identificadas no plano da bacia hidrográfica do Alto Tietê, no Plano

Metropolitano de Desenvolvimento Integrado da Grande São Paulo de 1998, no plano diretor de

abastecimento de água e no plano diretor de gestão de águas residuais da SABESP - esses dois

últimos para a região metropolitana - e no plano diretor de macrodrenagem para a bacia do Alto

Tietê. Conforme descrito no Anexo 1, esse programa geral, conhecido como Programa

Metropolitano Mananciais, abrange outros programas bilaterais e federais importantes

financiados.

15. O GESP terá um papel de coordenação global do Programa Mananciais - APL e

implementará suas próprias atividades no âmbito do APL por meio de três entidades executoras:

a Secretaria Estadual de Habitação (SH) por meio de sua Companhia de Desenvolvimento

Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU); a Secretaria Estadual de Meio

Ambiente (SMA); e a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH, antiga

SSE); esta última será responsável pela coordenação das atividades do GESP no âmbito do APL,

bem como por todo o próprio APL. A Tabela 1 descreve os mutuários e as entidades executoras

sob os quatro projetos e os respectivos recursos alocados a cada um.

Tabela 1 - Mutuários e entidades executoras

Mutuário

Entidade

executora

Total Contraparte BIRD

(Milhões de

US$) (%)

(Milhões de

US$)

(Milhões de

US$)

GESP

SSRH 19,77 8,3 16,77 3,00

SMA 10,13 4,2 9,13 1,00

CDHU SH 30,60 12,8 30,60 0,00

TOTAL DO

GESP 60,50 25,3 56,50 4,00

SABESP SABESP 125,00 52,4 25,00 100,00

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PMSBC PMSBC 41,40 17,3 20,58 20,82

PMG PMG 11,73 5,0 5,67 6,06

TOTAL DO

PROGRAMA 238,63 100 107,75 130,88

C. Objetivo de desenvolvimento do projeto e principais indicadores

16. Os objetivos gerais de desenvolvimento do Programa estão definidos acima. Os objetivos e

indicadores específicos para cada um dos mutuários sob o APL são obtidos dos objetivos gerais

do programa, conforme descrito no Anexo 3 e nos anexos específicos dos mutuários. Os PDOs

do Programa serão medidos por meio dos seguintes indicadores (ou via um subconjunto dos

indicadores de acordo com o mutuário em questão):

Redução das cargas poluentes nos corpos de água em questão; e manutenção da

qualidade de água desses corpos, mesmo com aumentos projetados da população.

Melhorias na qualidade de vida da população selecionada.

Melhorias na capacidade institucional para gerir e coordenar questões no âmbito

metropolitano referentes a gestão de recursos hídricos (WRM), controle de poluição da água,

uso da terra e prestação de serviços correlatos.

D. Componentes do projeto

17. O Programa Mananciais fornecerá um instrumento que reúne intervenções dos governos

estadual e municipais destinadas a reverter a deterioração nos corpos de água denominados

mananciais, melhorar o planejamento e controle do uso da terra, melhorar as condições de vida

das populações pobres periurbanas que residem nas bacias dos reservatórios, e promover a

cooperação metropolitana e o fortalecimento da capacidade institucional nesses campos. Isso

será possível com a experiência adquirida e as lições aprendidas do projeto anterior, Projeto

Guarapiranga, financiado pelo Banco Mundial, e de outras iniciativas pertinentes dos governos

estadual e municipais na MRSP. O APL Horizontal está organizado em quatro componentes: (i)

Fortalecimento da Capacidade Institucional; (ii) Melhoria Urbana; (iii) Proteção e Recuperação

Ambiental; e (iv) Integração do Abastecimento de Água e Saneamento - este último componente

incorpora atividades relacionadas a um conceito mais amplo de integração do abastecimento de

água e saneamento, conforme descrito na lei federal de 2007 de saneamento básico, ou seja,

abastecimento de água, saneamento, drenagem e gestão de resíduos sólidos. Os mutuários do

Programa não realizarão todas as atividades acima listadas sob os quatro componentes do

Programa. Nem cada uma das atividades será realizada em todas as sub-bacias da MRSP. O

Anexo 4 fornece uma descrição mais detalhada dos componentes, suas atividades e custos, bem

como as entidades executoras que estarão realizando os componentes em sub-bacias específicas.

18. Componente 1 – Fortalecimento da Capacidade Institucional (US$ 35,09 milhões no total,

empréstimo de US$ 16,97 milhões). Para alcançar os objetivos do Programa Mananciais e para

garantir sua sustentabilidade a longo prazo, um componente de Fortalecimento da Capacidade

Institucional é incluído para apoiar o GESP e as outras entidades executoras com o

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fortalecimento de sua capacidade institucional e a promoção da melhoria da gestão e

coordenação metropolitana em relação aos principais desafios metropolitanos de gestão de

recursos hídricos, controle de poluição da água, política de uso da terra e prestação de serviços

básicos. O componente apoiará as seguintes atividades: (i) Maior integração do uso da terra e

gestão e coordenação dos recursos hídricos em nível metropolitano, por meio de: (a) apoio para a

preparação e implementação de Planos de Proteção e Desenvolvimento Ambiental das sub-

bacias e suas legislações específicas correspondentes sobre o uso da terra, (b) criação de um

fórum para seminários sobre Governança Metropolitana e Recursos Hídricos na MRSP; (ii)

Realização de estudos sobre: (a) governança metropolitana, (b) perfis de demanda e cenários de

recursos hídricos da MRSP, (c) preparação da política de gestão da demanda de água, (d)

comportamento dos reservatórios de água, (e) melhorias no tratamento de água potável, etc; (iii)

Monitoramento e modelagem da qualidade do meio ambiente e da água; (iv) Educação ambiental

e trabalho social; e (v) Gestão, monitoramento, avaliação e divulgação do programa.

19. Componente 2 – Melhoria Urbana (US$ 62,89 milhões no total, empréstimo de US$ 13,80

milhões). Os objetivos do componente são aperfeiçoar os padrões e as configurações da

ocupação urbana nas sub-bacias selecionadas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que

residem nessas sub-bacias, principalmente as comunidades de baixa renda que vivem em

assentamentos informais, por meio das seguintes atividades: (i) Urbanização das favelas e dos

assentamentos irregulares; (ii) Recuperação de áreas degradadas e de alto risco; (iii) Construção

de unidades habitacionais para reassentamento involuntário; (iv) Preparação de planos

habitacionais; (v) Padronização ambiental e urbana da configuração dos assentamentos; e (vi)

Supervisão socioambiental das melhorias urbanas e intervenções habitacionais. Essas atividades

ocorrerão no Município de São Bernardo do Campo e/ou em outros municípios selecionados na

área do Programa.

20. Componente 3 – Proteção e Recuperação Ambiental (US$ 19,61 milhões no total,

empréstimo de US$ 11,73 milhões). Os objetivos do componente são proteger e recuperar os

habitats naturais e áreas degradadas e ambientalmente sensíveis nas sub-bacias com vistas a

melhorar a qualidade ambiental, com o apoio das seguintes atividades: (i) Revegetação e

reflorestamento; (ii) Urbanização de áreas públicas e a criação de espaços verdes e de lazer para

uso comum; (iii) Estabelecimento de áreas ambientalmente protegidas; (iv) Reabilitação e

proteção de reservatórios e sistemas de produção de água, e (v) Controle do transporte de

substâncias perigosas na região.

21. Componente 4 – Integração do Abastecimento de Água e Saneamento (US$ 119,41

milhões no total, empréstimo de US$ 88,07 milhões). Os objetivos do componente são reverter

os principais fatores que contribuem para a poluição dos reservatórios e fornecer serviços

integrados de WSS às populações pobres, com o apoio a: (i) Melhorias na gestão de águas

residuais; (ii) Melhorias no sistema de abastecimento de água; e (iii) Melhorias na gestão de

resíduos sólidos.

E. Lições aprendidas e refletidas na concepção do programa

22. As principais lições aprendidas e refletidas na concepção do Programa são provenientes do

projeto anterior, PQA Guarapiranga, financiado pelo Banco Mundial (Projeto de Controle da

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Qualidade da Água e Poluição em São Paulo, BR-P006541) e dos projetos de PQA

concomitantes em Curitiba e Belo Horizonte (Projeto de Controle da Qualidade da Água e

Poluição no Paraná, BR-P006541 e Projeto de Controle da Qualidade da Água e Poluição em

Minas Gerais, BR-P006540). As lições apresentadas no Relatório de Término da Implementação

(ICR) dos projetos e também na Revisão do Grupo de Avaliação Independente (IEG) e no PPAR

subsequente foram revisadas e incorporadas na concepção do Programa Mananciais proposto,

conforme descrito abaixo. Além disso, os órgãos estaduais e municipais envolvidos nas

principais atividades de melhoria urbana, proteção e recuperação ambiental e integração das

atividades de WSS no âmbito do Programa proposto têm uma grande experiência em suas

respectivas áreas, a qual também foi usada durante a preparação e ainda mais alavancada durante

a implementação. A experiência das melhores práticas mundiais em termos de governança

metropolitana, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento, tem sido

estudada durante a preparação do Programa para criação de uma base para o desenvolvimento de

iniciativas de gestão e coordenação metropolitanas para a MRSP propostas no âmbito do

Componente 1.

23. O ICR do PQA apresentou as seguintes conclusões e recomendações, entre outras: (i) Os

problemas relacionados à gestão da qualidade da água, ao controle da poluição, à agenda

ambiental marrom e às melhorias urbanas, sobretudo nas bacias hidrográficas das regiões

metropolitanas, são complexos e não é possível resolvê-los nem através de abordagens simples

nem de intervenções em setores isolados; ii) Os objetivos institucionais e ambientais associados

a projetos deste tipo devem ser tratados como metas programáticas de longo prazo e não como

objetivos de projetos de curto a médio prazo; iii) Abordagens integradas à gestão da qualidade da

água e melhorias urbanas podem aumentar os benefícios de uma variada gama de intervenções e

contribuir para o alívio da pobreza; iv) É crucial sanar as deficiências em termos de

planejamento e governança nas metrópoles brasileiras, sendo que projetos do tipo PQA devem

ser usados como instrumentos para reengajar os stakeholders em um debate sobre o

planejamento e a governança nas metrópoles e, assim, ajudar a levar à frente essa agenda; v) É

necessário persistência, paciência e flexibilidade para implementar essas inovações, que devem

estar adaptadas às características únicas de cada bacia; vi) A formação de um consenso, embora

leve tempo, é indispensável para chegar a um acordo sobre a concepção do programa e para

empreender uma reforma institucional e de políticas; vii) O Programa PQA Guarapiranga

demonstrou uma abordagem equitativa para o reassentamento urbano e oferece um modelo útil

em que o reassentamento é visto como parte da solução das melhorias urbanas, contribuindo para

a melhoria da qualidade de vida nas favelas.

24. O PPAR foi extremamente positivo nas suas constatações e recomendações com respeito à

pertinência da primeira geração de programas PQA no Brasil e chegou às seguintes conclusões

sobre esses tipos de programas: (i) Lançaram as bases de uma nova abordagem para a gestão da

qualidade da água em grandes áreas urbanas, rompendo com os moldes convencionais e

representando novos e importantes padrões de política e prática na assistência do Banco Mundial

no setor de água e saneamento básico no Brasil, além de estabelecer os rudimentos das melhores

práticas mundiais na gestão dos recursos hídricos em áreas urbanas com populações pobres; (ii)

Os projetos passaram a enfatizar uma escala que abrange toda a bacia, a fim de alcançar os

objetivos de qualidade e eficiência em áreas urbanas densas; ao mesmo tempo, aprendeu-se que

os desafios referentes à qualidade da água eram inevitavelmente associados às questões da

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pobreza urbana; (iii) A fusão dos componentes da pobreza e das bacias hidrográficas em uma

única abordagem criou uma nova etapa em que os agentes técnicos e políticos puderam resolver

problemas complexos em uma estrutura coerente; (iv) O Brasil ainda está longe de consolidar a

abordagem para a gestão sustentável dos recursos hídricos e do uso da terra nas áreas urbanas,

sendo que essa consolidação pode levar décadas; (v) As desvantagens da abordagem híbrida, por

sua vez, são a complexidade da gestão e os possíveis prós e contras da profundidade e

abrangência da reforma política; (vi) No âmbito do programa, nenhuma abordagem separada,

seja a melhoria das favelas ou o abastecimento de água e o saneamento básico, conseguiu obter

melhores resultados do que as abordagens híbridas do PQA, se considerarmos simplesmente os

objetivos de qualidade da água; (vii) Os projetos contribuíram para um entendimento de como

gerir questões intersetoriais difíceis envolvendo os inúmeros atores nas metrópoles brasileiras;

(viii) Os programas resolveram os dois grandes problemas na governança metropolitana: as

grandes áreas metropolitanas precisam resolver questões técnicas de avaliação e planejamento

econômico e decidir as suas prioridades e orçamentos; (ix) Os projetos do PQA tomaram

importantes medidas com relação à constituição de um teste de viabilidade, uma vez que este

indica que é possível enfrentar em conjunto as questões de política que vinculam a redução da

pobreza, a prestação de serviços básicos e a melhoria do meio ambiente em escala regional; (x)

Os projetos do PQA mostram que empreitadas complexas não precisam ser "árvores de Natal",

mas para evitar que os programas se tornem impossíveis de gerir, são necessários objetivos

claros em termos de política e é necessário um compromisso por parte do Banco Mundial e do

mutuário por várias décadas; (xi) Para evitar que as transições no cenário político e as

perturbações partidárias se tornem pontos cegos, o Banco Mundial pode tomar medidas como

explicações a vários partidos, a fim de orientar os grupos de oposição e o público sobre o

programa; (xii) Um aprendizado mais estruturado pode ser útil durante a preparação e

implementação tanto para as duas unidades do programa como para os comitês das bacias.

F. Alternativas consideradas e motivos da rejeição

25. Um único empréstimo e repasse para entidades executoras Em relação ao projeto anterior,

Guarapiranga, o Banco Mundial efetuou um único empréstimo para o GESP, que repassou os

recursos financeiros para a SABESP e o Município de São Paulo (PMSP). Esse tipo de acordo

foi uma forma eficiente e eficaz de preparar e implementar um projeto multissetorial com

inúmeras entidades executoras e mutuários. Contudo, com a aprovação da Lei Federal de

Responsabilidade Fiscal (FRL) em 2000, tais acordos de empréstimo foram proibidos. Esse

desenvolvimento levou as equipes do estado, dos municípios e do Banco Mundial a avaliarem

abordagens alternativas para a implementação do Programa Mananciais como forma de

acompanhamento multissetorial, multimutuários, multientidades executoras.

26. Projetos e empréstimos individuais Uma abordagem de implementação de projeto

considerada foi a abordagem com um número de produtos individuais, um para cada mutuário,

cada um com seu respectivo PAD e acordo de empréstimo. Esse acordo levaria à preparação de

uma grande documentação adicional para a equipe do Banco Mundial e significaria a realização

de vários empréstimos, grandes e pequenos, separadamente com o Conselho de Administração

Foi considerado que tal abordagem prejudicaria a criação de um programa consolidado

envolvendo uma entidade coordenadora e que causaria dispersão e falta de atenção em relação

aos projetos individuais.

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27. Intermediário financeiro As equipes do Estado e do Banco Mundial exploraram a

possibilidade de uso de um intermediário financeiro para repassar o empréstimo do Banco

Mundial aos diferentes mutuários (algumas entidades federais, tais como Caixa Econômica

Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB), têm permissão para repasse segundo a Lei da

Responsabilidade Fiscal). Questões referentes ao fluxo de fundos, spreads, garantias e questões

de implementação técnica foram discutidas várias vezes com o BB. Foi considerado, porém, que

o spread proposto pelo BB seria uma opção nada atraente para os mutuários finais, e que o BB

tinha capacidades técnicas e de implementação de projeto bastante limitadas para os programas

dessa natureza para a realização do projeto com sucesso como mutuário principal e mutuante do

repasse. Além disso, em uma consulta com a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério

do Planejamento, a equipe do Estado foi informada que tal acordo não foi considerado positivo

ou operacional por parte do governo federal.

28. As considerações acima, juntamente com os motivos adicionais apresentados na Seção E a

seguir, levaram as equipes do GESP e do Banco Mundial a desenvolverem o Programa proposto

dentro da estrutura de um APL Horizontal, sob o qual os primeiros empréstimos são levados ao

Conselho de Administração, assim que autorizados, para fins de negociações por parte do

governo federal, sendo que os empréstimos subsequentes são aprovados de forma

descentralizada pelo Vice-Presidente Regional.

III. IMPLEMENTAÇÃO

A. Acordos de parcerias

N/A

B. Disposições institucionais e de implementação

29. Os participantes no âmbito do APL Horizontal serão GESP, SABESP, PMSBC e PMG,

sendo que cada um será um mutuário sob quatro SILS (Empréstimos para Investimento

Específico) individuais. O GESP terá um papel de coordenação geral do APL e implementará

suas atividades no âmbito do APL por meio de três entidades executoras: a Secretaria Estadual

de Habitação (SH) por meio da sua Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do

Estado de São Paulo (CDHU); a Secretaria Estadual de Meio Ambiental (SMA); e a Secretaria

Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos (Antiga SSE); esta última será responsável pela

coordenação das atividades do GESP no âmbito do projeto do GESP e pela coordenação do

próprio Programa APL geral por meio de uma Unidade de Gerenciamento do Programa (UGP).

Cada entidade executora terá sua própria Unidade de Gerenciamento Local (UGL). As

disposições de implementação do Programa são organizadas por três temas: (i) assessoria

estratégica; (ii) coordenação geral; e (iii) execução/coordenação operacional. As principais

funções de cada um dos órgãos envolvidos nesses três temas estão descritas no Anexo 6 e no

Manual Operacional (OM).

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C. Monitoramento e avaliação de resultados

30. Os indicadores de cada um dos projetos individuais do Programa são suficientes para medir e

substanciar o alcance dos objetivos do Programa. Cada UGL será responsável pelo

monitoramento dos indicadores de resultados associados às suas atividades no âmbito do

Programa, enquanto que a UGP será responsável pelo monitoramento das atividades e

indicadores da SSRH no âmbito do Projeto do GESP e pela consolidação de todos os indicadores

de Monitoramento e Avaliação (M&E) do Programa Mananciais. Dois sistemas ajudarão no

acompanhamento dos indicadores de M&E de cada Projeto e de todo o Programa Mananciais:

O SIAFEM, um sistema existente de informações gerenciais do governo estadual, será

usado para monitorar as atividades diárias do Programa e dos Projetos em termos físicos

e financeiros. Esse sistema será estendido a cada uma das entidades executoras, com

exceção da SABESP, para permitir que elas informem no local os dados de

implementação referentes às suas respectivas atividades do Programa. O SIAFEM estará

em operação na UGP e nas UGLs das entidades executoras antes da assinatura dos

acordos de empréstimos correspondentes. A UGL da SABESP utilizará o próprio projeto

e o sistema de gestão financeira da SABESP; a UGP receberá os dados e as informações

necessárias de seu sistema e assim a UGP poderá consolidá-los no âmbito do SIAFEM

para todo o Programa.

A empresa de gestão a ser contratada pela UGP será responsável pelo desenvolvimento e

pela instalação de um sistema específico para monitoramento e avaliação do progresso da

implementação do Programa consolidado, usando os indicadores apresentados no Anexo

3, para todas as entidades executoras. Esse sistema de M&E será instalado durante o

primeiro ano da implementação do Programa.

31. Todos os dados necessários para o Programa/monitoramento e avaliação do empréstimo, com

exceção das pesquisas de opinião pública, estarão disponíveis antes do período de vigência do

Programa para fins de acompanhamento por parte da UGP, com o apoio de especialistas na

empresa de consultoria em gestão. Contudo, em relação aos indicadores de qualidade da água, a

SABESP será responsável pela coleta desses dados e pelo envio das respectivas informações à

UGP e aos outros participantes do Programa. Os dados das pesquisas de opinião estarão

disponíveis até o final do primeiro ano da implementação do Programa, uma vez que a empresa a

ser contratada para realizar as pesquisas iniciais será contratada no início do período de

implementação. O mesmo se aplica ao indicador IQVU (Índice de Qualidade de Vida Urbana),

que será adaptado ao Programa e terá sua base de referência e metas definidas perto do final do

primeiro ano da implementação do Programa. Além disso, o Componente Fortalecimento da

Capacidade Institucional fornecerá assistência técnica (TA) para ajudar a melhorar os programas

existentes de monitoramento e supervisão do meio ambiente/qualidade da água, incluindo apoio

direto à SABESP, com o objetivo de melhorar sua capacidade para melhor monitorar a qualidade

da água nos rios e reservatórios relevantes da MRSP.

D. Sustentabilidade

32. O Programa Mananciais proposto, e o programa geral de intervenções (o Programa

Metropolitano Mananciais) apoiado pelos governos estadual e municipais e por outros

stakeholders da MRSP envolvidos com o Programa, tem como grande preocupação a

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sustentabilidade da gestão dos recursos hídricos e do uso da terra na região metropolitana no

médio-longo prazo. O Programa tem um componente específico, abrangendo inúmeras

atividades, que enfatiza o fortalecimento da capacidade institucional e o

desenvolvimento/aprimoramento das políticas e das estratégias para fazer face às questões

setoriais de água e uso da terra enfrentadas pela metrópole. Essas atividades serão direcionadas

para os stakeholders (GESP, SABESP, os governos municipais, os comitês e a agência das

bacias hidrográficas), que contribuem diretamente na garantia da sustentabilidade das

intervenções, e que ajudarão a reunir esses órgãos no âmbito de um programa de intervenções

complementares com objetivos comuns. As atividades incluem: (i) a elaboração dos Planos de

Desenvolvimento e Proteção Ambiental (PDPAs) das sub-bacias e das leis específicas sobre o

uso da terra; ii) assistência técnica aos municípios para assegurar a compatibilidade dos planos

diretores urbanos com os PDPAs; iii) assistência técnica aos atores municipais e estaduais

responsáveis pela fiscalização dos padrões de uso da terra; iv) criação de um fórum para discutir

a governança da água na região metropolitana; v) estudos sobre a governança metropolitana;

perfis, cenários e políticas referentes à demanda de água; comportamento dos reservatórios de

água e melhorias no tratamento da água potável; vi) campanhas de educação ambiental e

sanitária e trabalho social para promover questões como a autorregulamentação das comunidades

no controle/fiscalização de padrões de uso da terra adequados; e vii) assistência técnica para fins

de monitoramento e modelagem da qualidade da água e do meio ambiente.

33. No nível das comunidades, os stakeholders do beneficiário estarão envolvidos na concepção

e implementação das intervenções locais e se beneficiarão do trabalho social e das campanhas de

promoção ambiental/sanitária destinadas a incentivar a sustentabilidade das atividades do

Programa nesse nível. As atividades de fortalecimento da capacidade direcionadas para o comitê

e a agência da Bacia do Alto Tietê e para os comitês das sub-bacias, assim como a reformulação

do plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (PBAT), dos respectivos PDPAs e das leis

específicas sobre o uso da terra, foram concebidas de modo a permitir a essas entidades enfrentar

o período inicial que estão atravessando atualmente e passar para um cenário de autogestão

sustentável. Do mesmo modo, os desafios da prestação de serviços sustentáveis às comunidades

periurbanas nas regiões dos mananciais da MRSP serão enfrentados durante a implementação do

Programa, juntamente com os respectivos stakeholders (SABESP, no caso de abastecimento de

água e saneamento básico, e os governos estadual e municipais, no caso dos demais serviços).

E. Riscos críticos e possíveis aspectos controversos

Riscos Medidas de mitigação de risco Classificação

do risco com

a mitigação

Risco de alguns empréstimos não se

tornarem válidos ou não serem aprovados

simultaneamente O Programa representa um

todo que é maior do que a soma de suas partes

- a reunião dos diferentes atores estadual e

municipais como parte de um esforço

conjunto para abordar uma questão

metropolitana premente é um dos principais

objetivos do Programa. Os impactos

cumulativos das intervenções do Programa

serão maiores do que o impacto individual de

cada empréstimo. Todavia, cada mutuário

A concepção do Programa mitiga esse risco

com a apresentação dos empréstimos

individuais como parte de um APL Horizontal.

Os empréstimos para o GESP e a SABESP

serão parte do pacote enviado com o APL

Horizontal para aprovação do Conselho de

Administração. Os demais empréstimos serão

apresentados para aprovação do Vice-

Presidente regional, uma vez que cada um

recebe sua respectiva autorização do governo

federal e é negociada em até 24 meses da

assinatura do primeiro acordo de empréstimo.

Moderado

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pode começar suas intervenções sem precisar

esperar pelo início dos outros empréstimos.

Tendo em conta os atrasos na aprovação de

cada pacote de empréstimos, todos os quatro

mutuários não receberão autorização

simultânea para fins de negociação.

Risco de manutenção da qualidade da água

dos reservatórios Apesar de ser um objetivo

importante do Programa, existe um risco de

que fatores externos além do controle das

entidades executoras poderiam afetar

negativamente a qualidade da água dos

reservatórios durante a implementação (p. ex.,

secas prolongadas, aumento do crescimento da

população, proliferações repentinas de algas

ou eventos de poluição, etc.)

O Programa destina-se a fornecer assistência

técnica específica às entidades executoras

sobre: (i) questões referentes a uma melhoria

em termos de monitoramento e avaliação da

qualidade da água nos reservatórios; (ii) análise

do comportamento dos corpos de água de

reservatórios tropicais, seus afluentes e

camadas de efluentes; e (iii) melhoria das

tecnologias de tratamento existentes de

abastecimento de água - tudo para minimizar o

risco de uma deterioração repentina da

qualidade da água e preparar os stakeholders

para entender, prever e tomar medidas proativas

referentes a esses eventos.

Moderado a

Alto

Continuidade pós-eleição Com a ocorrência

alternada de eleições estaduais e municipais,

esses projetos ficam sujeitos a possíveis

mudanças na administração a cada dois anos.

Isso foi um problema no projeto

Guarapiranga, durante o qual as filiações

políticas dos governos estadual e municipais

de São Paulo nunca eram alinhadas. Essa foi

também a situação durante a preparação da

Carta Consulta do Programa proposto.

A presença do Banco Mundial, como

mobilizador e mediador honesto, é muito

importante na superação dessas transições. O

papel de uma forte UGP, com claras funções

gerais de coordenação, é também importante

nesse aspecto. O Banco Mundial e as equipes

da UGP informarão as novas equipes de

transição que representam mudanças nas

administrações estaduais ou municipais, antes

de assumirem a implementação do Programa,

com o objetivo de minimizar problemas durante

a implementação.

Moderado

Riscos de implementação Projetos com

multiexecutantes, com componentes e

atividades multissetoriais, geralmente

apresentam desafios de implementação.

No âmbito do Programa proposto, esse risco é

mitigado pelos acordos de implementação, com

base na experiência do Projeto anterior

Guarapiranga e na preparação da Carta

Consulta (CC) para esse Programa, e que

também tem como base: (i) uma forte UGP no

governo estadual para fornecer Assistência

Técnica (AT) e supervisão às entidades

executoras, principalmente em relação aos

processos de gestão financeira, aquisições e

salvaguardas do Banco Mundial; (ii) o

Conselho de Coordenadores, com

representantes de cada uma das entidades

executoras que se reunirão periodicamente para

revisar o progresso e as questões de

implementação, além de sugerir medidas para

superar pontos de obstrução ou ainda agilizar a

execução do Programa; e (iii) orientação da

política e estratégia do CAT e dos comitês das

sub-bacias. Tal como ocorre com outros

projetos subnacionais do Banco Mundial, a

questão da disponibilidade dos fundos de

contrapartida também precisará ser monitorada

Moderado

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de perto pelas equipes de supervisão do Banco

Mundial para garantir que esse problema não

cause atrasos em termos de implementação a

qualquer uma das entidades executoras.

Pressão contínua de ocupação ilegal Esse é

um desafio enfrentado pela maioria das

cidades médias e grandes no Brasil, e São

Paulo não é exceção. Ainda existe uma

pressão considerável para novas unidades

habitacionais nas sub-bacias dos mananciais

da MRSP para as famílias que chegam na

região.

Em contraste com os últimos anos, grande parte

das novas unidades habitacionais está agora

surgindo em áreas já urbanizadas e

consolidadas, e não em terrenos com áreas

verdes, de modo que as áreas sujeitas a uma

contínua ocupação urbana já possuem uma

infraestrutura urbana básica ou receberão esses

serviços como parte do programa geral para uso

apropriado da terra e prestação de serviços na

região dos mananciais. Além disso, o Programa

apoiará inúmeras iniciativas para promoção do

desenvolvimento do uso apropriado da terra,

incluindo: (i) a preparação dos PDPAs das sub-

bacias e leis específicas sobre o uso da terra; (ii)

AT aos municípios para promover a coerência

entre seus planos diretores urbanos e os PDPAs;

(iii) AT aos atores municipais e estaduais

responsáveis pela fiscalização dos padrões de

uso da terra; (iv) implementação de espaços

verdes/públicos e outras medidas de controle

em áreas sensíveis que sofrem pressão real ou

uma possível pressão em termos de ocupação

informal; e (v) uma campanha de educação

ambiental e sanitária para promover a

importância das próprias comunidades no

controle/fiscalização de padrões de uso da terra

adequados.

Moderado

Desafio da expansão de serviços de esgoto

para áreas periurbanas, de baixa renda Esse

é um grande desafio enfrentado pelos serviços

públicos de abastecimento de água em todo o

país: sistemas de esgoto são construídos, mas

muitos moradores, principalmente nas áreas

de baixa renda, ficam de fora; a operação e

manutenção dos sistemas de esgoto nas áreas

periurbanas são também mais problemáticas.

O Programa prestará o serviço público estadual

de abastecimento de água e os governos

estadual/municipais farão a revisão das políticas

e estratégias nesse sentido, incluindo: (i) as

questões de subsídios ou financiamento a longo

prazo para moradores referentes ao pagamento

pela conexão da moradia e pelo encanamento

interno necessário para conexão com os canos

do sistema de esgoto; (ii) as tarifas aplicadas a

serviços de esgoto para moradores de baixa

renda; (iii) uma campanha acordada de

educação ambiental e sanitária para promover

conexões com os canos do sistema de esgoto;

(iv) uma revisão dos procedimentos de

fiscalização das leis existentes; e (v) uma

revisão dos procedimentos de O&M adotados

em áreas periurbanas para sistemas de esgoto.

Moderado

Atrasos na obtenção de licenças ambientais

para atividades de subcomponentes

A UGP e as UGLs serão dotadas de

especialistas ambientais com experiência em

navegação nos procedimentos elaborados de

licenciamento ambiental no Brasil. Esses

especialistas revisarão a qualidade da

documentação de licenciamento ambiental e

farão emendas quando apropriado, antes de ser

encaminhada à entidade responsável pela

Moderado

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aprovação. Os especialistas posteriormente

farão um acompanhamento da entidade com

uma certa frequência para incentivar a obtenção

de licenças com antecedência.

Gestão financeira As classificações de risco

da Gestão Financeira (FM) do Programa são

consideradas baixas para GESP e SABESP e

moderadas para PMSBC e PMG. O principal

risco identificado para todos os mutuários é a

disponibilidade oportuna dos fundos de

contrapartida.

A UGP e as UGLs serão dotadas de

especialistas em FM com experiência em Banco

Mundial ou projetos semelhantes; a UGP e as

UGLs (exceto a SABESP) também usarão o

mesmo Sistema Integrado de Administração

Financeira de Estados e Municípios (SIAFEM)

para facilitar a comparação e a consolidação

dos IFRs. A SABESP fornecerá as informações

necessárias à UGP para permitir que esta última

consolide todos os dados do Programa no

âmbito do sistema SIAFEM. A equipe do

Banco Mundial realizará missões e revisões

regulares de supervisão dos IFRs para

acompanhar as questões de FM em geral e para

permitir revisões proativas das questões

referentes aos fundos de contrapartida. Além

disso, a UGP terá o apoio de uma empresa de

gestão de projetos para incluir conhecimento

técnico especializado em gestão financeira de

um modo geral e em gestão financeira do

Banco Mundial de um modo mais específico.

TA e treinamento adicionais serão fornecidos

pela UGP às UGLs sem experiência ou com

experiência limitada em Gestão Financeira do

Banco Mundial.

Baixo

Aquisições. O risco de aquisições para o

Programa como um todo é classificado como

moderado. Existem dois níveis de

familiaridade com aquisições do Banco

Mundial entre as entidades: as entidades com

experiência anterior em Banco Mundial

(SSRH, SABESP e CDHU) e as entidades

com experiência apenas em legislação

nacional (PMSBC, PMG). A capacidade de

aquisições da SMA foi considerada deficiente.

A UGP e as UGLs serão dotadas de

especialistas em aquisições com experiência em

Banco Mundial ou projetos semelhantes. A

UGP terá o apoio de uma empresa de gestão de

projetos para incluir conhecimento técnico

especializado em aquisições de um modo geral

e em aquisições do Banco Mundial de um modo

mais específico. A UGP revisará os

procedimentos de aquisições de todas as

entidades executoras antes de serem

encaminhadas ao Banco Mundial para

aprovação sem objeções. AT e treinamento

adicionais serão fornecidos pela UGP às UGLs

sem experiência ou com experiência limitada

em Gestão Financeira do Banco Mundial.

Moderado

Risco global Moderado

F. Condições de empréstimo/crédito e convênios

Condições de eficácia

34. Um Convênio de Implementação ("Convênio"), assinado por GESP/SSRH (antiga SSE), por

todos os mutuários e pela CDHU em 19 de março de 2010, que detalha os objetivos, o escopo e

as atividades do Programa, além das funções e responsabilidades (inclusive no que se refere a

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requisitos fiduciários e de salvaguarda) das diferentes entidades envolvidas na implementação do

Programa.

Convênios existentes

Dotação da UGP até dois meses após a data da entrada em vigor do primeiro acordo de

empréstimo a ser assinado.

Manutenção da UGP com pessoal e capacidade aceitáveis para o Banco Mundial durante

todo o período de implementação do Programa e seus quatro projetos.

Dotação das UGLs nas entidades executoras até dois meses após a data da entrada em vigor.

Manutenção das UGLs com pessoal e capacidade aceitáveis para o Banco Mundial durante

todo o período de implementação do projeto.

Até a conclusão do Projeto, manutenção do CDC com sua composição, poderes e

responsabilidades definidos no Manual Operacional.

Antes do início da implementação de quaisquer investimentos no âmbito do Componente 2

do Projeto GESP, o GESP fornecerá ao Banco Mundial para sua aprovação os requisitos

técnicos, fiduciários e de salvaguarda para implementação, incluindo os acordos

interinstitucionais celebrados com o Município em questão. O GESP deve assegurar o

cumprimento de todas as disposições e acordos aprovados pelo Banco Mundial.

IV. QUADRO-SÍNTESE

A. Análises econômica e financeira

Análise econômica

35. Uma análise econômica detalhada de custo-benefício foi realizada para o Programa. Os

custos e benefícios do Programa correspondentes a todos os componentes foram incluídos na

análise. A análise incluiu as intervenções complementares a serem realizadas no âmbito mais

amplo do Programa Metropolitano Mananciais, tais como as atividades de melhoria urbana no

Município de São Paulo. Contudo, nem todos os benefícios econômicos esperados foram

quantificados, uma vez que a análise foi concentrada nas intervenções integradas de melhoria

urbana. Uma análise financeira de custo-benefício baseada no custo de oportunidade de

manutenção e melhoria das fontes de água da MRSP, com reduções significativas nos custos de

tratamento de água potável, foi também realizada. Essa análise é baseada nas projeções de custos

fornecidas pela SABESP. Para determinar os custos e benefícios adicionais líquidos, cenários

"com" e "sem" Programa foram criados. Com base nesses cenários, os custos e benefícios

financeiros adicionais líquidos dos programas de investimentos propostos foram avaliados.

36. Os resultados das análises de melhoria urbana mostram que a intervenção proposta produz

um retorno positivo. Com uma taxa interna geral de retorno de cerca de 23% e um valor atual

líquido de R$ 137 milhões, o Programa proposto é economicamente viável. O valor atual líquido

dos benefícios econômicos dos investimentos em melhoria urbana resultantes do aumento em

valores dos imóveis, calculado por meio da função de preço hedônico, é de R$ 114 milhões,

enquanto o valor atual líquido da análise de WSS é de R$ 8 milhões.

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37. Além da análise de custo-benefício para a melhoria urbana e intervenções de WSS nas bacias

selecionadas, os benefícios líquidos de preservação das fontes existentes para abastecer a MRSP

com água potável também foram calculados com a avaliação do custo de oportunidade. Os

benefícios esperados são economias de recursos resultantes do atraso no desenvolvimento de

fontes adicionais e mais dispendiosas de água no futuro próximo, em um cenário "com

Programa", comparados ao não investimento na preservação e melhoria da qualidade da água das

fontes existentes e tendo que desenvolver essas novas fontes com seus custos recorrentes

associados, que foram a base do cenário "sem Programa". Os custos e benefícios adicionais

foram projetados com base no plano de expansão do abastecimento e produção de água da

SABESP, além de serem calculados como resultado da diferença entre os fluxos de caixa

resultantes dos cenários "com" e "sem" Programa em preços econômicos. Os fluxos adicionais

líquidos em valor atual são de R$ 294 milhões, com uma taxa interna de retorno econômico

(EIRR) de 22%, e uma relação custo-benefício de 1,51, mostrando que o Programa deve ter

elevados retornos positivos em termos de economia. Isso sem considerar os impactos ainda

maiores, se as indústrias e outros usuários, especialmente grandes, fossem desenvolver e

expandir ainda mais suas próprias fontes no caso de uma falta de água na área ou de uma

deterioração crítica na qualidade da água.

38. Os resultados da análise de risco e sensibilidade realizada confirmam a robustez da

viabilidade econômica do Programa. Os resultados da análise de risco mostram que com uma

certeza de 93%, o valor atual líquido econômico do Programa será positivo e a taxa interna de

retorno será de 12% ou mais.

Análise financeira

39. Todos os custos de investimento e de operação e manutenção em preços de mercado

(financeiros) foram incluídos na análise financeira. O total da receita financeira que poderia ser

possivelmente gerado pelo Programa é de aproximadamente R$ 1,18 bilhão, do qual os impostos

prediais são a fonte mais importante, seguidos pelos encargos de água e esgoto. Os resultados da

análise mostram que mais de 70% dos custos podem ser recuperados por receita operacional. Os

resultados do fluxo de caixa têm um resultado líquido positivo, uma vez finalizados os

investimentos. Após a subtração dos investimentos, os resultados mostram que o Programa tem,

em 70%, uma elevada taxa de recuperação de custo da receita operacional. Um cenário menos

otimista, que considerou que a coleta de impostos prediais não ocorreria nas favelas e que seria

reduzida em até 50% nos assentamentos irregulares, contudo, mostrou a receita operacional

adicional, permitindo 60% de recuperação dos custos financeiros totais.

B. Estudos técnicos

40. As intervenções nos respectivos componentes do Programa foram identificadas pela adoção

da metodologia analítica descrita no Anexo 4. Estudos técnicos foram também realizados em

apoio às análises econômicas, enfatizando o desenvolvimento dos custos de investimentos,

custos operacionais, custos de manutenção e custos de reposição de cenários "com" e "sem"

Programa, no caso de novas intervenções de fontes de água e do desenvolvimento de um banco

de dados de valores de imóveis nas favelas e nos assentamentos irregulares selecionados em

cenários "com" e "sem" para as intervenções de urbanização.

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C. Estudos Fiduciários

Gestão Financeira

41. As disposições de gestão financeira (FM) para os quatro empréstimos são apresentadas para

cada um dos mutuários no Anexo 7, complementadas por questões específicas de FM nos anexos

dos projetos do GESP e da SABESP. Apesar de o APL Horizontal ser formado por mais de um

empréstimo, para permitir o monitoramento geral do Programa como um todo, todos os

mutuários usarão o mesmo sistema de FM, o Sistema Integrado de Administração Financeira de

Estados e Municípios do Estado de São Paulo (SIAFEM), exceto a SABESP que fornecerá

eletronicamente as informações à SSRH (antiga SSE) para permitir a atualização do SIAFEM. O

GESP, por meio da SSRH, será responsável pela consolidação de todas as informações de FM do

Programa, com a preparação de Relatórios Financeiros (IFRs) consolidados, provisórios e não

auditados a serem enviados ao Banco Mundial a cada trimestre. Todavia, cada mutuário será

responsável pelos aspectos legais e fiduciários de seu respectivo empréstimo. Essa disposição

sobre coordenação/consolidação de FM e as disposições de FM a serem seguidas por cada

mutuário serão mais detalhadas no OM. As disposições da FM proposta atendem aos requisitos

mínimos do Banco Mundial de fornecer, com razoável segurança e precisão, informações

oportunas sobre a situação financeira do Programa. A classificação geral de risco de FM do

Programa é considerada baixa para as secretarias do GESP e da SABESP e moderada para

PMSBC e PMG. O principal risco identificado para todos os mutuários é a disponibilidade

oportuna dos fundos de contrapartida, que deve ser verificada durante as missões e revisões

regulares de supervisão dos IFRs consolidados. Para PMSBC e PMG, a falta de experiência de

trabalho com SIAFEM aumentará a responsabilidade da SSRH/UGP na realização de um

treinamento e de uma supervisão das atividades de FM dos municípios.

Aquisições

42. As aquisições no projeto proposto serão realizadas de acordo com as seguintes diretrizes do

Banco Mundial: “Diretrizes: “Aquisições nos Termos de Empréstimos do BIRD e Créditos da

AID”, com data de maio de 2004 e revisadas em outubro de 2006, e “Diretrizes: Seleção e

Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial”, com data de maio de 2004 e

revisadas em outubro de 2006, sendo as disposições estipuladas nos respectivos acordos de

empréstimos.

43. A preparação do Programa foi coordenada e liderada pela UGP da SSRH com o uso de um

subsídio de PHRD assinado pelos beneficiários. A UGP contratou uma empresa de consultoria

para fornecer apoio técnico durante a preparação. Uma disposição semelhante continuará durante

a implementação do Programa, com um escopo ampliado do trabalho para a empresa que será

contratada para fornecer AT sobre questões específicas do Banco Mundial, incluindo aquisições,

ao GESP durante a implementação. Entre as diferentes entidades executoras do Programa,

existem dois níveis de familiaridade com as aquisições do Banco Mundial. Essas entidades que

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têm experiência com as diretrizes e os procedimentos de aquisições do Banco Mundial são as

entidades que já realizaram projetos do Banco Mundial, isto é, SSRH (antiga SSE), SABESP e

CDHU. Apesar de a SMA ter experiência anterior com as aquisições do Banco Mundial,

concluiu-se que tinha capacidade deficiente nesse caso. O segundo nível de capacidade inclui

PMSBC e PMG, que têm experiência em aquisições conforme legislação nacional (Lei No

8.666), mas que não têm experiência direta no uso de procedimentos do Banco Mundial. Tendo

em vista que haverá uma UGP com pessoal dedicado trabalhando com a ajuda de uma empresa

de gestão de projetos, cujos termos de referência incluirão conhecimento técnico especializado

em aquisições em geral e em aquisições do Banco Mundial em particular, e tendo em vista a

complexidade de um monitoramento e um controle adequados das atividades de aquisição de

todas as entidades executoras, a avaliação dos riscos de aquisições para o Programa como um

todo é classificada como média.

44. O Mutuário preparou um Plano de Aquisições (PP) para a implementação do Programa que

fornece a base para os métodos de aquisição a serem adotados para as diferentes atividades do

Programa; esse plano já foi aprovado pelo Banco Mundial. O PP será informado no MIS do

Programa e estará disponível no website externo do Banco Mundial. O PP será atualizado

anualmente segundo acordado com o Banco Mundial, ou por qualquer outra forma exigida, para

refletir as necessidades reais de implementação do Programa, bem como as melhorias em termos

de capacidade institucional.

D. Análise social

45. A análise social do Programa foi realizada durante a preparação, que incluiu avaliações de:

(i) desafios enfrentados pelo Programa de uma perspectiva de impacto social; (ii) diversidade

social e estrutura institucional dos grupos sociais selecionados; (iii) avaliação dos stakeholders

selecionados; (iv) análise dos mecanismos de participação comunitária; (v) principais

beneficiários e benefícios antecipados do Programa; e (vi) identificação dos principais impactos

sociais, riscos e medidas de mitigação do Programa. Um resumo da análise social é apresentado

no Anexo 10A.

46. O Programa beneficiará diretamente cerca de 3.000 famílias por meio de obras de

urbanização em assentamentos selecionados irregulares e precários e por meio de intervenções

para melhorar a infraestrutura urbana e ambiental em outros assentamentos de baixa renda.

Todas as famílias que vivem em áreas ecologicamente sensíveis e em áreas de risco, bem como

em áreas com necessidade de obras de infraestrutura, receberão novas unidades habitacionais e

mais de 3.000 famílias serão beneficiadas com as melhorias dos serviços de WSS. Além disso, o

Programa beneficiará indiretamente uma população ainda maior que reside na bacia do Alto

Tietê com uma melhor qualidade do abastecimento de água e melhores condições ambientais dos

recursos hídricos da região. A maioria das famílias que vive nas áreas de intervenção são pessoas

pobres, que ganham menos de três salários mínimos por mês (ou menos de US$ 540/mês). As

áreas de intervenção selecionadas do Programa também sofrem de elevadas taxas de

criminalidade e violência. A tensão social identificada nessas áreas é principalmente atribuída às

baixas taxas de emprego, à baixa atividade econômica e às deficiências no acesso a serviços

públicos da região.

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47. Questões de reassentamento. As atividades no âmbito do Componente 2 do Programa

(Melhoria Urbana), que destinam-se a melhorar a qualidade de vida das populações pobres que

vivem em favelas e em assentamentos irregulares, abrangerão o reassentamento das famílias do

Município de São Bernardo do Campo, como parte das atividades de melhoria das favelas a

serem realizadas pela PMSBC.7 O ressentamento de números menores de famílias pode também

ocorrer no caso de atividades adicionais de melhoria urbana precisarem ser incluídas no

Programa em outros municípios elegíveis. O componente financiará atividades para: (i) fornecer

serviços urbanos básicos e, onde necessário, unidades habitacionais seguras nas favelas e em

assentamentos irregulares selecionados no âmbito do Programa; e (ii) realizar uma mobilização

social antes, durante e depois da implementação do Programa para garantir uma participação

comunitária eficaz.

48. Para a aplicação das salvaguardas do Banco Mundial, as operações da PMSBC e PMG

podem ser consideradas subprojetos individuais em todo o Programa Mananciais. Embora as

zonas de impacto de São Bernardo do Campo e, em nível menor, os subprojetos de Guarulhos

sejam conhecidos, ainda não é possível determinar alinhamentos precisos de localização para

eles. Por isso, a Matriz de Política de Reassentamento (RPF) que foi preparada para todo o

Programa se aplica em cada caso. A RPF serve para orientar o processo de reassentamento para

as famílias que vivem em áreas propensas a risco que receberão investimentos. No curso da

implementação de cada subprojeto, planos detalhados de reassentamento serão preparados em

consulta com moradores da área e em conjunto com o processo técnico de planejamento das

intervenções urbanas em cada favela e assentamento irregular. Um resumo executivo da RPF é

apresentado no Anexo 10.

49. Stakeholders. Além das entidades dos governos estadual e municipais diretamente

envolvidas na execução do Programa, a avaliação social também identificou um número de

importantes stakeholdersque participarão da implementação do Programa, incluindo NGOs

ambientais e sociais, além da comunidade e outras associações. No âmbito geral do Programa

Metropolitano Mananciais, a PMSP compromete-se a cooperar e coordenar com as Entidades

Executoras do Programa quando necessário para a implementação bem-sucedida do Programa

50. Consultas Públicas. Durante a preparação do Programa, uma série de consultas públicas e

discussões foi realizada com o comitê e a agência da bacia do Alto Tietê, e com os subcomitês

das sub-bacias Juqueri-Cantareira, Tietê-Cabeceiras, Cotia-Guarapiranga, Billings-Tamanduateí

e Pinheiros-Pirapora. O comitê e os subcomitês são formados por representantes dos governos do

estado e dos municípios, da sociedade civil e do meio acadêmico, entre outros. Além disso,

várias entidades e organizações locais e municipais estiveram envolvidas nessas

consultas/discussões. Uma nova rodada de consultas, após a divulgação do Relatório de

Avaliação Ambiental Estratégica (SEA), foi realizada em junho de 2007, após a missão de pré-

avaliação. A concepção e os objetivos do Programa foram endossados durante essas consultas.

E. Meio ambiente

7 Estudos ainda estão em curso e o número de famílias a serem reassentadas somente será finalizado na conclusão

dos estudos. Para fins orçamentários, foi estimado um número preliminar de 1.200 casas a serem construídas.

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51. As atividades propostas a serem implementadas no âmbito do Programa foram desenvolvidas

durante a preparação para o nível conceitual/hierárquico de concepção. Durante a implementação

do Programa, as respectivas intervenções serão detalhadas nas concepções de engenharia para as

intervenções de obras de construção civil. A abordagem da análise ambiental inclui portanto a

realização de: (i) uma análise antecipada dos resultados/impactos globais ambientais será obtida

pelas intervenções do Programa; e (ii) uma análise ambiental específica de cada atividade

proposta. A análise de impacto e o Plano de Gestão Ambiental (EMP ou PGA) são apresentados

de modo semelhante: primeiro, ao considerar os impactos gerais do Programa e, segundo, ao

revisar os impactos específicos de cada atividade.

52. Os principais impactos ambientais positivos esperados do Programa são descritos em mais

detalhes no Anexo 10, mas incluem: (i) manutenção do controle operacional dos reservatórios;

(ii) melhoria na qualidade da água dos cursos de água que contribuem significativamente para

melhorar a qualidade dos reservatórios; e (iii) controle da ocupação irregular da área do

reservatório e melhoria no uso da terra urbana.

F. Políticas de salvaguarda

53. O projeto proposto recebeu a classificação de Categoria Ambiental A em conformidade com

as respectivas políticas de salvaguarda. A capacidade dos mutuários de sanar as questões

relativas às salvaguardas é boa de modo geral. A SSRH (antiga SSE) liderou a preparação da

avaliação ambiental estratégica da região, da avaliação social e da estrutura de política de

reassentamento para o Programa, em estreita colaboração com a SMA e a SH. Todas as três

secretarias, bem como a SABESP, têm experiência considerável com o Banco Mundial, IDB,

JBIC e outras instituições que financiam programas em que aparecem questões relacionadas ao

meio ambiente e a reassentamentos. Essas três secretarias foram responsáveis pela

implementação do Projeto Guarapiranga, financiado pelo Banco Mundial, de 1992 a 2000, a um

custo total de US$ 400 milhões, dentro do qual foram realizadas atividades ambientais e de

reassentamento semelhantes na sub-bacia Guarapiranga. O Programa aciona e aborda as

seguintes políticas de salvaguarda do Banco Mundial, conforme descrito abaixo e com mais

detalhes no Anexo 10.

54. Avaliação Ambiental (OP 4.01) Uma SEA (Relatório de Avaliação Ambiental Estratégica)

regional foi preparada pelo Mutuário em conjunto com a SMA. As intervenções infraestruturais

vão gerar impactos ambientais negativos de caráter temporário durante os respectivos períodos

de construção, mesmo nos casos em que as intervenções se destinam a mitigar áreas existentes de

degradação e em situação de risco. Portanto, será necessário seguir os critérios e procedimentos

apropriados descritos no Manual Ambiental de Construção (EMC) do SEA. Os impactos

ambientais das intervenções das obras do Programa estão devidamente descritos no SEA e

resumidos no Anexo 10 para cada entidade executora. A lista inclui um grupo de atividades,

estudos e programas para mitigar, atenuar e/ou neutralizar os impactos negativos causados pela

implementação das obras de construção civil, bem como salientar os efeitos positivos esperados

das intervenções. Essas atividades são apresentadas nos anexos do SEA e nos Planos de Gestão

Ambiental de cada entidade executora.

55. Habitats Naturais (OP 4.04) "Áreas de Categoria 1" e "Áreas de Preservação Permanente"

(APPs) (conforme denominado na legislação estadual/federal) estão localizadas ao longo das

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margens dos reservatórios e cursos de água selecionados no âmbito do Programa. Nessas áreas,

há vários trechos degradados pela ocupação urbana irregular, inclusive com moradias construídas

de maneira precária. Também existem áreas de preservação e outras áreas que poderiam ser

recuperadas. As intervenções nessas áreas se concentrarão no remanejamento das famílias e na

posterior recuperação ambiental e paisagística da área degradada em questão. No caso de áreas

parcialmente degradadas ou das que ainda estejam preservadas, a estratégia será proteger e

preservá-las por meio de ações para recuperar e criar uma série de parques (inclusive parques

lineares às margens das Represas Guarapiranga e Billings).

56. Recursos Culturais Físicos (OP 11.03) O Programa incluirá atividades de construção e

escavação para ampliar e substituir infraestruturas; por isso, a SEA incluiu uma triagem para

qualquer propriedade cultural conhecida na área do Programa e incorporou procedimentos para

"descobertas fortuitas", no caso de recursos significativos do ponto de vista cultural serem

descobertos durante a implementação. Além disso, o Brasil tem um quadro legislativo e

normativo bem desenvolvido, que está sob supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (IPHAN) e que será seguido durante a implementação.

57. Reassentamento Involuntário (OP 4.12) Uma Estrutura de Política de Reassentamento (RPF)

para orientar o reassentamento involuntário a ser feito no âmbito do Programa foi preparada de

acordo com as diretrizes e os requisitos de salvaguarda do Banco Mundial. Os Planos de Ação

para Reassentamento (RAPs) para cada intervenção do Programa com previsão de

reassentamento serão elaborados com base nos projetos de engenharia finalizados durante a

implementação do Programa. Cada RAP será enviado ao Banco Mundial para revisão e

aprovação antes da assinatura do respectivo contrato das obras de construção civil.

58. Segurança das Barragens (OP 4.37) O Programa prevê obras de dragagem/desassoreamento

em três dos reservatórios atualmente usados como parte do sistema de abastecimento de água da

MRSP; isto é, os reservatórios de Isolina Superior e Isolina Inferior no sistema Cotia, além do

reservatório Paiva Castro no sistema Cantareira. Essas obras de dragagem/desassoreamento são

programadas para ocorrerem apenas após o segundo ano de implementação. Os reservatórios são

formados por pequenas barragens nos dois primeiros casos e por uma grande barragem no outro

caso (Paiva Castro, que tem 22 metros de altura). Durante a preparação dos projetos de

engenharia para as intervenções de dragagem/desassoreamento para o reservatório da barragem

Paiva Castro no Projeto da SABESP, o Banco Mundial e as equipes de contrapartida avaliarão as

implicações para a OP 4.37 em termos de segurança e manutenção da barragem e, se necessário,

a SABESP fornecerá ao Banco Mundial a documentação correspondente, incluindo um plano de

ação para abordar quaisquer problemas por ocasião da OP, antes do início do processo de

licitação para quaisquer obras relacionadas.

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Políticas de salvaguarda acionadas pelo projeto Sim Não

Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) [X] [ ]

Habitats Naturais (OP/BP 4.04) [X] [ ]

Controle de Pragas (OP 4.09) [ ] [X]

Recursos Culturais Físicos (OP/BP 11.03) [X] [ ]

Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) [X] [ ]

Povos Indígenas (OP/BP 4.10) [ ] [X]

Florestas (OP/BP 4.36) [ ] [X]

Segurança das Barragens (OP/BP 4.37) [X] [ ]

Projetos em Áreas em Disputa (OP/BP 7.60)* [ ] [X]

Projetos em Vias Navegáveis Internacionais (OP/BP 7.50) [ ] [X]

G. Exceções políticas e prontidão

59. Nenhuma exceção política é antecipada e o Programa é considerado pronto para

implementação com base nos seguintes pontos: (i) os recursos financeiros das contrapartes do

projeto do GESP e da SABESP são cobertos por uma garantia e já estão financiando

intervenções contínuas; (ii) as disposições sobre a implementação do projeto e as disposições

fiduciárias foram definidas e estão prontas para se tornarem operacionais com a entrada em vigor

do projeto, sendo que um pessoal qualificado está disponível para dotação da UGP do GESP e da

UGL da SABESP; (iii) um plano de aquisições para os primeiros 18 meses de implementação do

projeto foi aprovado pelo Banco Mundial, e os Mutuários estão antecipando a preparação dos

documentos de licitação; (iv) a avaliação ambiental foi finalizada e divulgada no local e no

InfoShop em agosto de 2007; e (v) as disposições sobre monitoramento e avaliação dos

resultados foram acordadas e estão em vigor.

* Ao apoiar o projeto proposto, o Banco Mundial não visa prejudicar a determinação final das reclamações das partes sobre as áreas EM DISPUTA.

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Anexo 1: Histórico do País e do Setor ou do Programa

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Um relatório com o texto completo do histórico do País e do Setor e do Programa pode ser

encontrado nos Arquivos do Projeto.

1. Cidades brasileiras sob pressão8. Durante os últimos 30 anos, o Brasil sofreu uma

transformação radical na sua estrutura espacial, à medida que as áreas urbanas absorveram

mais de 80 milhões de pessoas e a parcela da população que vive nas cidades cresceu de 56%

para mais de 80%. Hoje, as cidades respondem por 90% do PIB do país e nelas se encontram

a metade dos brasileiros pobres. Após aumentos consistentes da produtividade nas décadas

de 1970 e 1980, as grandes cidades brasileiras registraram um declínio constante do PIB per

capita e da produtividade nos últimos 15 anos. Enquanto as principais cidades do mundo se

posicionam para gerar inovação e expansão na área econômica, as cidades brasileiras

atualmente enfrentam a necessidade de abrigar as populações pobres que vivem na

informalidade, controlar a criminalidade e a violência, oferecer melhores serviços e melhorar

a qualidade do meio ambiente. Como um dos países mais urbanizados e uma das maiores

economias do mundo, o Brasil vê sua competitividade e suas perspectivas de crescimento

sustentável dependerem da capacidade de enfrentamento das suas grandes cidades face a

essas pressões. Os grandes centros brasileiros ainda são, de longe, os mais produtivos na

hierarquia urbana, mas seus problemas exigem respostas decisivas que permitam, a eles,

manter esse dinamismo e, ao país, sustentar o crescimento econômico e a competitividade

internacional. Embora o índice de pobreza no Brasil se tenha mantido relativamente estável

nos últimos anos, entre 28% e 30%, as desacelerações da economia resultaram em elevações

do desemprego, reduções da renda familiar e crescimento da informalidade nas cidades,

sobretudo nas regiões metropolitanas da Região Sudeste. O país agora tem mais pobres na

zona urbana do que na zona rural. As favelas se tornaram parte da paisagem urbana na

maioria das cidades brasileiras. A onipresença desses assentamentos informais, de baixa

renda, impõe às autoridades urbanas desafios consideráveis em áreas como inclusão social e

econômica, prestação de serviços e degradação do meio ambiente.

2. A importância estratégica de São Paulo9 O crescimento desordenado da Região

Metropolitana de São Paulo (MRSP) é um exemplo emblemático dos desafios urbanos que o

Brasil enfrenta. Com 19,3 milhões de habitantes distribuídos em 39 municípios, em uma área

de 8.050 km2, São Paulo é a quarta maior área urbana do mundo, abriga o maior centro

econômico e tecnológico da América do Sul e responde por 17% do PIB nacional e 10% da

população do país. Contudo, a parcela da MRSP no PIB está recuando, na medida em que

predominam deseconomias de escala e a queda da competitividade (a produção per capita

caiu 2% ao ano nos últimos anos). A rápida urbanização e um processo de

desindustrialização e estagnação da economia resultaram em uma região que sofre com

problemas sociais, incluindo o aumento do desemprego, a persistência da criminalidade, e

8 Brazil: Inputs for a Strategy for Cities: A Contribution with a Focus on Cities and Municipalities. Relatório No 35749-BR do Banco Mundial

(junho de 2006). 9 Brazil: São Paulo: Inputs for a Sustainable Competitive City Strategy, Relatório No 37324 do Banco Mundial, 10 de março de 2007.

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com a redução da capacidade para competir com outras regiões do Brasil para atrair

investimento. A cidade de São Paulo enfrenta uma série de desafios para revitalizar sua

economia e recuperar os padrões de prestação de serviços e a qualidade de vida da sua

população - desafios metropolitanos que exigem respostas e a coordenação dos governos

estadual e municipais.

3. Gestão metropolitana É geralmente uma questão complexa nos países da federação. No

Brasil, a estrutura constitucional complica ainda mais a situação, uma vez que os municípios

têm a mesma situação federativa autônoma dos estados, mas não estão subordinados nem aos

estados nem ao governo federal. A descentralização das responsabilidades dos municípios no

âmbito da Constituição de 1988 resultou no aumento do poder dos governos locais e em uma

maior complexidade administrativa e política das regiões metropolitanas. Planejamento

urbano, uso da terra e prestação de serviços locais são questões de jurisdição municipal,

enquanto os governos estaduais são responsáveis pela criação de regiões metropolitanas (e

pela aglomeração urbana e microrregiões), bem como pela coordenação, planejamento e

execução de atividades comuns (compartilhadas). Todavia, existe uma falta de experiência e

de estruturas institucionais adequadas no Brasil e, principalmente na MRSP, na coordenação

de âmbito metropolitano das políticas, planejamento e prestação de serviços, verticalmente

(entre estados e municípios) ou horizontalmente (entre municípios vizinhos e entre setores).

4. Desafios relacionados à água em São Paulo10

Entre os problemas prementes que a MRSP

enfrenta, o equilíbrio entre a oferta e a demanda de água é uma questão crucial para a

competitividade, o crescimento econômico e a sustentabilidade social e ambiental da cidade.

A disponibilidade de água per capita na MRSP é extremamente baixa e comparável à

registrada nas regiões mais áridas da Região Nordeste do Brasil. Metade da oferta de água

potável da cidade é importada de sistemas fluviais adjacentes, o que se transforma em uma

situação contenciosa se considerarmos as demandas de outras conurbações que competem

pela mesma água. A outra metade da oferta de água potável é proveniente de sistemas de

cabeceiras de rios-reservatórios ("mananciais") dentro da própria MRSP. A contribuição das

represas de Guarapiranga e Billings é crucial; juntas fornecem água potável para cerca de

28% da população da MRSP (em torno de 5,4 milhões de pessoas). Previsões recentes para a

região metropolitana indicam que, até 2010, haverá um sério risco de a demanda ultrapassar a

oferta - com essas projeções baseadas na hipótese de que os mananciais atualmente em uso

na MRSP (Guarapiranga, Billings e outros sistemas) continuarão sendo plenamente usados

ou serão ampliados. Caso as represas de Guarapiranga e Billings sejam perdidas como corpos

de água não tratada para o abastecimento da cidade, as fontes mais próximas para substituí-

las estão a uma grande distância e a água só poderia ser trazida para a MRSP a um custo de

bilhões e bilhões de reais.

5. O nexo entre o uso da terra e o meio ambiente Cerca de 1,9 milhão de pessoas residem nas

bacias hidrográficas de Guarapiranga e Billings; a vasta maioria é de pessoas pobres, que

ocuparam ilegalmente essas áreas em virtude da sua proximidade com o centro da cidade. As

áreas industriais e comerciais ao longo das margens do Rio Pinheiros (hoje, a principal região

da cidade em termos de negócios e desenvolvimento econômico) há muito atraem pessoas

10 Mônica Porto, ‘Recursos Hídricos e Saneamento na Região Metropolitana de São Paulo: Um Desafio do Tamanho da Cidade’, Série Água Brasil 3, Banco Mundial (2003).

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em busca de emprego. Esse mercado do emprego e da oportunidade está estrategicamente

próximo dos assentamentos informais de Guarapiranga e Billings, áreas que agora

desempenham um papel importante no tecido econômico da cidade, ao atrair em torno de

14.000 novas famílias por ano. Os assentamentos informais/favelas provocam a poluição

direta dos reservatórios, com o despejo de águas residuais e lixo e com o escoamento e

assoreamento causados por temporais, ameaçando assim seu futuro como corpos de água

para o abastecimento de água potável e outros usos. Para enfrentar esse problema, é

necessário agir para reunir intervenções decisivas e assim empreender melhorias urbanas na

esfera local, com iniciativas na região metropolitana como um todo, em áreas como coleta e

tratamento de esgoto, além de drenagem e gestão de resíduos sólidos; tudo isso no contexto

da bacia hidrográfica urbana. A SABESP, a companhia estadual de água, é o principal ator

em matéria de coleta e tratamento de esgoto na MRSP. A Constituição de 1988 e o Estatuto

da Cidade de 200111

atribuem aos governos municipais a responsabilidade pelo planejamento

do uso da terra, inclusive pela elaboração de planos diretores urbanos e pelo controle do

zoneamento e loteamentos. Além disso, esses governos são responsáveis, na esfera local, pela

drenagem e gestão de resíduos sólidos. Ações verticais e horizontais coordenadas entre os

governos do estado e dos municípios para salvaguardar e aproveitar os recursos hídricos de

importância crucial da cidade constituem um dos principais desafios ao desenvolvimento da

MRSP e uma prioridade dos governos estadual e municipais da região.

6. Gestão dos recursos hídricos no estado de São Paulo De acordo com a lei sobre gestão de

recursos hídricos do estado12

, o modelo de gestão desses recursos (WRM) em São Paulo se

baseia em três princípios: descentralização, integração e participação. Ele adota a bacia

hidrográfica como a base para o planejamento e a gestão, além de reconhecer o valor

econômico da água, com base no princípio de que quem usa/polui deve pagar. A política de

recursos hídricos do estado define três instrumentos para a implementação do modelo: (i) a

emissão de licenças para o uso dos recursos hídricos; ii) a cobrança pelo uso da água; e iii) a

divisão dos custos nas intervenções com múltiplos usuários, as quais resultam em benefícios

coletivos. O modelo de WRM de São Paulo também abrange: a) planos de recursos hídricos

(tanto na esfera estadual como no nível da bacia hidrográfica); b) um sistema institucional de

gestão por meio de órgãos deliberativos tripartites (tanto em âmbito central como na bacia

hidrográfica), com representação do estado, dos municípios e da sociedade civil; e c) um

fundo estadual de recursos hídricos (o FEHIDRO). O plano estadual de recursos hídricos se

baseia nos respectivos planos das bacias hidrográficas e é atualizado periodicamente e

aprovado por lei estadual. Os planos das bacias hidrográficas contêm parâmetros destinados a

orientar a formulação dos planos diretores municipais de acordo com os objetivos mais

amplos de recuperação, proteção e preservação dos recursos hídricos. Nas bacias

hidrográficas densamente urbanizadas do estado, como na MRSP, os desafios à gestão

sustentável dos recursos hídricos exigem respostas multissetoriais de médio e longo prazo

identificadas nos planos, em vez de intervenções independentes, descoordenadas e em um

único setor, como visto no passado. Um dos principais elementos dessas abordagens

integradas, sobretudo em áreas altamente urbanizadas, é a questão crucial da gestão do uso da

terra. Os planos das bacias hidrográficas reconhecem isso e propõem uma forte articulação

11 Lei Federal No 10.257, 10 de julho de 2001. 12 Lei No 7.662 do Estado de São Paulo, 30 de dezembro de 1991.

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com os governos municipais no tocante às suas responsabilidades com relação aos padrões de

uso da terra e à prestação de serviços na esfera local.

7. A Bacia Hidrográfica do Alto Tietê A Bacia do Alto Tietê compreende a área drenada pelo

Rio Tietê, da sua cabeceira em Salesópolis, no extremo leste da MRSP, até a Barragem de

Rasgão, no município de Pirapora do Bom Jesus. Essa bacia se caracteriza pelo baixo nível

de disponibilidade de água em face da substancial demanda da MRSP, bem como pelos

inúmeros conflitos, atuais e em potencial, sobre o uso dessa água. Com uma área de 5.985

km2, a Bacia do Alto Tietê abrange uma área altamente urbanizada, que praticamente

coincide com os limites físicos da MRSP e abrange 35 municípios e uma população de 17,7

milhões de pessoas. As Áreas de Proteção de Mananciais (APRMs) respondem por 54% da

área total da MRSP (4.356 km2) e por 73% da área de drenagem da Bacia do Alto Tietê. As

APRMs abrigam 2,2 milhões de habitantes, três quartos dos quais vivem nas sub-bacias de

Guarapiranga e Billings. O plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (PBAT), que subdivide

a bacia em sete sub-bacias13

, foi elaborado pela primeira vez em 2002 e, no momento, está

sendo atualizado. O nexo entre os recursos hídricos e a gestão da terra é um elemento crucial

dos setores a serem enfocados segundo as recomendações do PBAT.

8. Crescimento urbano e informalidade Várias pesquisas e fontes de dados preveem que a

população da MRSP chegará a cerca de 23 milhões até 2025 (o que representa um

crescimento médio anual entre 0,5% e 1%). Os estudos também indicam o aumento da

migração da população para a periferia e o declínio da população nas áreas mais centrais. Um

em cada seis habitantes do município de São Paulo14

vive em uma favela. Isso significa que

400.000 famílias, ou algo entre 1,6 e 2 milhões de pessoas (o equivalente à população de

Curitiba), vivem em habitações abaixo do padrão em 1.538 assentamentos, ocupando uma

área de 30 km2. Em 2003, cerca de 290.000 famílias (ou 1,3 milhão de pessoas) viviam

nessas condições no município. O aumento dessa população em 38% não se deve ao

agravamento da pobreza, mas sim ao crescimento demográfico. A despeito desse

crescimento, a área ocupada pelas favelas continua a ser praticamente a mesma, o que

demonstra um aumento da densidade urbana e a verticalização das moradias.

9. Abastecimento de água e saneamento no estado de São Paulo A SABESP presta serviços

de abastecimento de água e esgoto em 367 dos 645 municípios do estado. Nos municípios

restantes, 247 usam os serviços de empresas municipais e quatro, de empresas privadas. Dos

35 municípios da Bacia do Alto Tietê, 29 deles (representando 79% da população urbana da

região, ou 39% da população urbana total do estado) recebem os serviços de WSS

diretamente da SABESP. Os outros seis municípios15

recebem água potável da SABESP por

meio de empresas locais, que se encarregam da distribuição e cobrança. Algumas dessas

empresas também enviam as águas residuais coletadas para as estações de tratamento da

SABESP, uma tendência que vem crescendo. A lei federal de 2007 sobre abastecimento de

água e saneamento básico16

finalmente esclarece os aspectos institucionais, regulatórios e de

planejamento e prestação de serviços do setor, além de reconhecer e regulamentar os

prestadores regionais dos serviços. A lei exige, inter alia, que estados e municípios celebrem

13 Alto Tamanduateí, Billings, Cabeceiras, Cotia-Guarapiranga, Juqueri-Cantareira, Penha-Pinheiros e Pinheiros-Pirapora. 14 Estudo do governo municipal de São Paulo e da Aliança das Cidades, 2007 (referência). 15 Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Santo André e São Caetano do Sul 16 Lei Federal No 11.445, 5 de janeiro de 2007.

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contratos entre os prestadores dos serviços e os governos locais, instituam mecanismos

reguladores e de fiscalização, e formulem planos de abastecimento de água e saneamento

básico.

10. Estratégia estadual para a gestão dos recursos hídricos. Apesar dos avanços em WRM no

estado, ainda restam muitos desafios. O governo estadual (GESP) precisa desenvolver,

aprimorar e implementar instrumentos de WRM eficazes e adotar abordagens pragmáticas

visando a formação da capacidade política e organizacional no setor para promover o uso

eficiente da água por todos os stakeholders. É preciso desenvolver opções às ferramentas de

"comando e controle" e adotar abordagens inovadoras, proativas e integradas para garantir a

promoção do uso sustentável e eficiente dos recursos hídricos no estado, inclusive das águas

subterrâneas. É necessário que o modelo estadual de WRM ofereça incentivos palpáveis aos

usuários para que adotem boas práticas de gestão da água, como a definição de preços do

produto e os critérios de elegibilidade para acesso ao FEHIDRO e a outras formas de

financiamento. No intuito de enfrentar os desafios mais prementes em termos de WRM no

estado, a estratégia de gestão dos recursos hídricos do GESP promove uma abordagem

integrada e também a gestão e o planejamento colaborativos e coordenados que envolvem os

governos municipais e outros stakeholders, assim como os comitês das bacias.

11. Estratégia estadual para água e saneamento básico Os principais desafios identificados

pelo GESP no setor de água e saneamento básico no estado foram os seguintes: (i) manter um

elevado nível de cobertura e qualidade dos serviços de abastecimento de água e, ao mesmo

tempo, promover um aumento da eficiência; ii) alcançar a universalidade da coleta de águas

residuais; iii) aumentar o volume de águas residuais tratadas; e iv) cumprir as exigências da

nova lei federal de abastecimento de água e saneamento básico. Para isso, o GESP pretende:

a) desenvolver uma abordagem mais eficaz e cooperativa para a prestação dos serviços de

abastecimento de água e saneamento básico nos municípios; b) promover a articulação do

setor de WSS com o planejamento e a gestão do desenvolvimento urbano, ambiental e dos

recursos hídricos; c) esclarecer as funções e responsabilidades no tocante à formulação de

políticas e ao planejamento, regulamentação e prestação de serviços no setor; d) estabelecer

uma nova agência reguladora estadual; e e) desenvolver e implementar fontes de

financiamento alternativas para o setor, a fim de complementar os mecanismos existentes e

oferecer incentivos em termos de eficiência.

12. Estratégia conjunta para melhorar a qualidade da água e o uso da terra na MRSP Os

principais desafios relacionados ao vínculo entre o uso da terra, a informalidade urbana e o

nexo ambiental na MRSP são: i) melhorar a qualidade da água e garantir a sustentabilidade

do abastecimento de água das bacias e mananciais da região no longo prazo; ii) proporcionar

uma melhor qualidade de vida à população de baixa renda que vive nas favelas e nos

assentamentos irregulares da região; iii) melhorar o desenvolvimento urbano e os

mecanismos de planejamento, gestão e controle do uso da terra; e iv) construir um novo

modelo de governança metropolitana baseado na cooperação entre os stakeholders e na

integração dos setores. Os representantes dos governos estadual e municipais, bem como os

atores não governamentais engajados nessas questões, reconhecem que a consecução da

sustentabilidade socioambiental e da melhoria do desenvolvimento e do uso das terras

urbanas nas áreas mais pobres da MRSP é crucial para controlar a poluição da água e

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30

oferecer melhores condições de vida à população residente. Para alcançar esses objetivos, os

principais stakeholders iniciaram a articulação de uma estratégia conjunta baseada em

intervenções integradas para a oferta de infraestrutura em áreas ambientalmente sensíveis e

para a execução de melhorias urbanas, estimulando assim uma abordagem sistemática e

sustentável para o desenvolvimento e a ocupação urbana nas bacias dos rios por parte das

autoridades públicas.

13. O Programa Mananciais - APL Horizontal destina-se a responder aos desafios de uso da terra

e de recursos hídricos, bem como aos desafios sociais e ambientais aqui descritos. O APL é

parte de um programa mais amplo de intervenções por parte dos governos do estado e dos

municípios da MRSP com base, inter alia, nas prioridades identificadas no plano da bacia

hidrográfica do Alto Tietê, no Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado da Grande

São Paulo de 1998, no plano diretor de abastecimento de água e no plano diretor de gestão de

águas residuais da SABESP - esses dois últimos para a região metropolitana - e no plano

diretor de macrodrenagem para a bacia do Alto Tietê. O programa geral, conhecido como

Programa Metropolitano Mananciais, abrange outros programas bilaterais e federais

importantes financiados, incluindo: Programa Guarapiranga-Billings, que prioriza os

importantes esforços de melhoria urbana nas duas bacias e que é executado pela PMSP com

apoio do PAC do governo federal; Programa Córrego Limpo, que combina os esforços da

PMSP e da SABESP para despoluir os afluentes das bacias Billings e Guarapiranga; Pró-

Billings, uma intervenção por parte da SABESP com apoio japonês na coleta e no tratamento

de águas residuais no município de São Bernardo do Campo; Projeto Orla Guarapiranga,

que a PMSP iniciou para proporcionar mais parques, áreas verdes e oportunidades de lazer e

esportes ao redor do reservatório Guarapiranga. Mais detalhes sobre esses e outros programas

complementares são apresentados abaixo. O Programa Mananciais proposto, financiado pelo

Banco Mundial, é um elemento importante do Programa Metropolitano Mananciais dos

governos estadual e municipais sobre gestão de recursos hídricos e do uso da terra na MRSP.

Programa Guarapiranga-Billings - Um programa de R$ 870 milhões destinado a

melhorar o desenvolvimento urbano e as condições sanitárias nas 45 favelas e

assentamentos ilegais (com uma população total de cerca de 44.000 famílias) no

Município de São Paulo dentro das bacias hidrográficas dos reservatórios Guarapiranga e

Billings. O programa será executado pela PMSP, juntamente com o GESP (por meio da

SSRH, antiga SSE, e CDHU) e a SABESP; o programa PAC do governo federal

contribuirá com R$ 250 milhões. O programa ficará sob a coordenação da Unidade de

Gestão do Projeto (PMU) do Programa Mananciais financiado pelo Banco Mundial.

Programa Córrego Limpo - Um programa em duas etapas, de R$ 440 milhões, da

SABESP-PMSP, para despoluir as águas residuais de 100 riachos e rios por toda a

MRSP, onde cerca de 3,8 milhões de pessoas residem. Sete desses riachos deságuam na

bacia da represa Guarapiranga, de uma área total de drenagem de 26 km2, onde 270.000

pessoas residem (ou 27% da população da bacia).

Pró-Billings - uma iniciativa proposta, financiada pela Agência de Desenvolvimento

Internacional do Japão (JICA), junto ao governo municipal de São Bernardo do Campo e

à SABESP, que investirá US$ 123 milhões na expansão da infraestrutura sanitária no

município para reduzir a poluição do reservatório Billings, e que incluirá a expansão da

infraestrutura de águas residuais, a reparação dos danos ambientais de um aterro sanitário

desativado e a expansão de parques/áreas verdes.

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31

Projeto Orla Guarapiranga - Um programa financiado pela PMSP para proporcionar

parques, áreas verdes e oportunidades de lazer e esportes ao redor do reservatório

Guarapiranga. A criação de cinco parques está prevista no programa, sendo que um deles,

o Parque Nove de Julho, será totalmente financiado pelo GESP e está incluído no

Programa Mananciais. A área total dos cinco parques é de aproximadamente 1 milhão de

m2; os parques serão ligados por um caminho de acesso público, uma passarela de

pedestres e uma ciclovia.

Projeto Tietê - Um programa de US$ 400 milhões com a SABESP financiado pelo BID e

BNDES para expandir a coleta e o tratamento de águas residuais na MRSP, com um

enfoque nas obras de tratamento e infraestrutura dos coletores-tronco do sistema de águas

residuais e na expansão dos serviços em áreas formais da cidade.

Obras de Reparação de Danos de Enchentes - Um projeto de US$ 750 milhões realizado

pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do GESP com financiamento da JBIC, e

incluindo a dragagem/aprofundamento do leito do Rio Tietê, a canalização do Rio

Cabuçu de Cima, além da construção das barragens de Biritiba e Paraitinga.

Conservação Cotia - Um programa da SABESP com o objetivo de proteger e conservar o

manancial Cotia.

Reabilitação Cantareira - Um programa da SABESP para reflorestamento/revegetação

da área de captação do manancial Cantareira.

14. O Programa Mananciais é formado por uma série integrada de iniciativas direcionadas para

problemas de desenvolvimento ambiental, social e urbano nas principais áreas de captação

dos reservatórios das cabeceiras dos rios da MRSP. As áreas de intervenção do Programa

correspondem às principais sub-bacias das cabeceiras dos rios da MRSP usadas para

abastecimento de água da região metropolitana, a saber: Billings, Guarapiranga, Alto Tietê-

Cabeceiras, Juqueri-Cantareira e Alto e Baixo Cotia.

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32

Anexo 2: Principais Projetos Associados Financiados pelo Banco Mundial

e/ou por outros Órgãos

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Questões do setor Projetos Classificações mais recentes de supervisão

(ISR/ICR)17

Progresso da

implementação

Objetivo de

desenvolvimento

Projetos financiados pelo

Banco Mundial

Abastecimento de Água e

Saneamento Básico

Governança Urbana e

BR-P006541 Projetos de

Qualidade da Água e

Controle da Poluição

Hídrica em São Paulo,

Paraná e em nível Federal

BR-P006368 Primeiro

Projeto de Modernização

do Setor de Água

BR-P043420 Segundo

Projeto de Modernização

do Setor de Água

BR-P039199 Empréstimo

para Projeto de Assistência

Técnica do PROSANEAR

BR-P100976 Estudo de

Biodiesel no Brasil (ESW)

BR-P087711 Projeto de

Gestão da Poluição

Costeira e Hídrica do

Espírito Santo

BR-P088009-GEF -

Projeto de Recuperação do

Ecossistema nas Florestas

Ribeirinhas de São Paulo

BR-P006474 – 3o Projeto

de Gestão de Terras - São

Paulo

S (Classificação do ICR)

S (Classificação do ICR)

S

S

Em preparação

S

S

MS

S - Componente urbano

(Classificação do ICR)

S (Classificação do ICR)

S (Classificação do ICR)

S

S

Em preparação

S

S

S

S - Componente urbano

(Classificação do ICR)

17 Fornecer projetos financiados pelo Banco Mundial apenas

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33

Desenvolvimento

Municipal/Metropolitano

BR-P006436 Projeto de

Desenvolvimento Urbano

e Gestão de Recursos

Hídricos do Ceará

BR-P006524 Projeto de

Desenvolvimento

Municipal de Minas

Gerais

BR-P006562 Projeto de

Desenvolvimento e Gestão

de Infraestrutura

Municipal da Bahia

BR-P049265 Projeto de

Melhoria Urbana do

Recife

BR-P091061 Estudo de

São Paulo (ESW)

BR-P097331

Fortalecimento da

Capacidade de

Planejamento no Governo

Municipal de São Paulo

(TA)

BR-P078433 CA: São

Paulo "Bairro Legal”

BR- P051696 Projeto da

Linha 4 do Metrô de São

Paulo

S (Classificação do ICR)

S (Classificação do ICR)

U

Em preparação

Documento entregue ao

cliente

Documento entregue ao

cliente

S

S (Classificação do ICR)

S (Classificação do ICR)

MS

Em preparação

Documento entregue ao

cliente

Documento entregue ao

cliente

S

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34

Outros órgãos de

desenvolvimento

BR-Município de São

Paulo Pro-Centro (IDB)

BR-Rodovias do Estado

de São Paulo - Fase II

(IDB)

BR-Descontaminação do

Rio Tietê - Fase II (IDB)

BR-Estudo sobre Plano

Integrado de Melhoria

Ambiental na Área de

Captação da Represa

Billings na Cidade de

São Bernardo do Campo

(JICA)

BR-Recuperação do Rio

Tietê (JBIC)

BR-Município do Rio de

Janeiro Favela Bairro

(IDB)

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35

Anexo 3: Matriz de Resultados e Monitoramento

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Matriz de resultados

Programa APL 1.0

Objetivos de

Desenvolvimento do

Programa (PDO)

Indicadores de Resultados do Programa Uso de Informações de Resultados do

Programa

a) Para proteger e manter a

qualidade e a

confiabilidade dos

recursos hídricos e das

fontes de água potável da

MRSP

a.1) Redução das cargas poluentes no corpo

de água de Guarapiranga; e

a.2) Manutenção da qualidade da água dos

corpos de água de Guarapiranga e Billings,

mesmo com aumentos projetados da

população.

Medição com os seguintes indicadores:

- IAP18;

- IVA19

- IQA20

Ano 1:

(i) seleção dos principais indicadores;

detalhamento e implementação de uma

metodologia para monitoramento e avaliação

dos resultados;

(ii) consultas públicas com principais

stakeholders sobre resultados esperados.

Ano 4:

(i) avaliação dos resultados pelos stakeholders

nas sub-bacias com base no progresso do

Programa;

(ii) revisão intermediária das estratégias do

Programa e implementação de eventuais

18 IAP - Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de Abastecimento Público (São Paulo State specific Raw Water Quality Index for Public Water Supply); 19 IVA - Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática (São Paulo State specific Water Quality Index for Protection of Aquatic

Life). 20 IQA - Índice de Qualidade das Águas (National Water Quality Index)

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36

b) Para melhorar a

qualidade de vida das

populações pobres que

vivem nas principais

bacias urbanas

selecionadas na MRSP

b) Melhorias na qualidade de vida da

população selecionada com base em:

b.1) Melhoria das mudanças físicas, sociais e

ambientais (medidas por meio de pesquisas

de opinião pública);

b.2) Aumento na valorização dos imóveis

(pesquisas de valores dos imóveis);

b.3) Aumento no acesso a melhor

abastecimento de água, sistema de esgoto,

drenagem e serviços de resíduos sólidos

(cobertura e qualidade de serviços);

Medição com os seguintes indicadores:

- Proporção de moradias com serviços

adequados de WSS21;

- IQVU (Índice de Qualidade de Vida

Urbana22).

b.4) Aumento do número e tamanho de

áreas verdes e de lazer (parques, praças,

outros espaços públicos, etc.).

mudanças.

Ano 6:

(i) avaliação participativa ex-post.

c) Para fortalecer a

capacidade institucional e

melhorar a gestão e a

coordenação

metropolitanas na MRSP

em gestão de recursos

hídricos, controle da

poluição da água, política

de uso da terra e prestação

de serviços básicos.

c.1) PDPA – Planos de Desenvolvimento e

Proteção Ambiental revisados/preparados e

implementação iniciada para cada sub-bacia;

c.2) Versões preliminares de leis específicas

para cada sub-bacia preparadas e enviadas à

Assembleia Legislativa do Estado;

c.3) Estudo comparativo internacional sobre

Governança Metropolitana concluído e

discutido;

c.4) Fórum de Discussão estabelecido e

seminários sobre Governança Metropolitana

e Água na MRSP realizados com ampla

participação destakeholders;

c.5) Estudo sobre perfis e cenários de

demanda de água concluído; política de água

orientada por demanda para MRSP

preparada.

Resultados

intermediários

Indicadores de resultados intermediários Uso de monitoramento de resultados

intermediários

Componente 1:

Fortalecimento da

Capacidade Institucional

(a) PDPAs revisados/preparados e

implementação iniciada para cada sub-bacia;

(b) Versões preliminares de leis específicas

para cada sub-bacia preparadas e enviadas à

Assembleia Legislativa do Estado;

(c) Estudo comparativo internacional sobre

Ano 2-5:

(i) medidas corretas durante implementações de

atividades para garantia de qualidade e

oportunidade de produtos a serem fornecidos;

(ii) revisão intermediária das estratégias do

Programa e implementação de eventuais

21 O indicador é atualmente usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados são disponibilizados e publicados em nível

municipal sob a forma de um censo, e é também definido o significado de “saneamento básico adequado” com a respectiva quantificação. 22 O Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU, Quality of Urban Life Index) é formado por 11 variáveis: comércio e serviços; cultura;

economia; educação; habitação (condições de habitação e WSS); saúde; instrumentos de gestão urbana; participação e organização social e

política; ambiente urbano; segurança pública; e transporte). O cálculo do índice utiliza um modelo matemático que considera o impacto ponderado de um total de 49 variáveis.

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37

Governança Metropolitana concluído e

discutido;

(d) Fórum de Discussão estabelecido e

seminários sobre Governança Metropolitana

e Água na MRSP realizados com ampla

participação destakeholders;

(e) Estudo sobre perfis e cenários de

demanda de água concluído; política de água

orientada por demanda para MRSP

preparada;

(f) Programas de educação ambiental e

sanitária implementados;

(g) Centro de Integração da Cidadania

implementado;

(h) Modelos hidrodinâmicos de

monitoramento de reservatórios

desenvolvidos.

mudanças.

Ano 6:

(i) avaliação participativa ex-post.

Componente 2: Melhoria

Urbana

(a) número de famílias beneficiadas com as

intervenções implementadas para adaptar

infraestrutura para assentamentos,;

(b) número de famílias beneficiadas com as

intervenções implementadas para urbanizar

favelas;

(c) percentual de unidades habitacionais

construídas para reassentamento das

famílias;

(d) reassentamento do percentual de famílias

concluído.

(e) Centro de Ecologia e Cidadania

implementado;

(f) número de famílias que estão se

beneficiando da expansão dos sistemas de

abastecimento de água;

(g) número de famílias que estão se

beneficiando da expansão dos sistemas de

esgoto.

Ano 3-5:

(i) medidas corretas tomadas durante a

implementação de atividades para garantia de

qualidade e oportunidade de produtos a serem

fornecidos;

(ii) revisão intermediária das estratégias do

Programa e implementação de eventuais

mudanças.

Ano 6:

(i) avaliação participativa ex-post;

(i) avaliação ex-post.

Componente 3: Proteção

e Recuperação Ambiental

(a) número de hectares de parques e áreas

públicas gratuitas urbanizadas

implementadas;

(b) número de hectares de áreas degradadas

recuperadas;

(c) número de estações de remoção de cargas

poluentes implementadas.

Ano 2-5:

(i) medidas corretas durante implementação de

atividades para garantia de qualidade e

oportunidade de produtos a serem fornecidos;

(ii) revisão intermediária das estratégias do

Programa e implementação de eventuais

mudanças.

Ano 6:

(i) avaliação participativa ex-post.

Componente 4:

Integração de

Abastecimento de Água e

Saneamento Básico

(a) número de processos de tratamento da

água em ETAs23 otimizadas;

(b) número de famílias que estão se

beneficiando da expansão dos sistemas de

abastecimento de água;

(c) melhoria dos índices de faturamento,

distribuição, perdas lineares e por conexão

em duas áreas focais24;

(d) número de famílias que estão se

beneficiando da expansão dos sistemas de

Ano 2-5:

(i) medidas corretas durante implementação de

atividades para garantia de qualidade e

oportunidade de produtos a serem fornecidos;

(ii) revisão intermediária das estratégias do

Programa e implementação de eventuais

mudanças.

Ano 6:

(i) avaliação participativa ex-post.

23 ETA - Estação de Tratamento de Água (Water Treatment Plant) 24 As duas áreas focais são: Cidade Martins (Zonas Alta e Baixa) e sistema de produção Cabuçu.

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38

esgoto;

(e) Descarte sem controle de resíduos sólidos

no lixão do Alvarenga remediado;

(f) Processo de aquisição de equipamentos

de coleta de resíduos sólidos concluído e

equipamentos em uso.

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39

Disposições sobre monitoramento de resultados

Programa APL 1.0

Indicadores de

Resultados do

Programa

Linha de

referência Meta

Valores-alvo Coleta de dados e relatórios

A1 A2 A3 A4 A5 A6 Frequência e

relatórios

Instrumentos

para coleta de

dados

Responsabilidade pela

coleta de dados unidade unidade unidade unidade unidade unidade

a.1.a) cargas poluidoras de

corpos de água

relevantes reduzidas (mg/l BOD) -

Córrego Tanquinho

/ Guarapiranga;

329 mg/l

(2007) 25 mg/l 329 268 207 147 86 25 Anualmente

Relatório de

Progresso SABESP

a.1.a) cargas poluidoras de

corpos de água relevantes

reduzidas (mg/l

BOD) - Rio das

Pedras /

Guarapiranga;

75 mg/l

(2007) 25 mg/l 75 65 55 49 37 25 Anualmente

Relatório de

Progresso SABESP

a.2) qualidade dos

corpos de água mantida, mesmo

com o aumento da

população. A

qualidade da água

seria medida com o

uso dos seguintes

pontos de monitoramento da

água:

BILL 0210025

(Billings ME) -

IAP26

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

Semestre Relatório de

Progresso SABESP

BILL 02100 (Billings ME) -

IVA27

Ruim Regular Ruim Ruim Ruim Regular Regular Regular

25 O ponto de amostragem BILL 2100 é monitorado pela CETESB e corresponde ao ponto localizado no meio do corpo central do reservatório Billings, na direção do afluente Bororé. O ponto de

amostragem BILL 2500 está também localizado no corpo central do reservatório Billings, embaixo da ponte da Rodovia Imigrantes. O ponto de amostragem GUA 00900 está localizado no reservatório

Guarapiranga, no ponto de entrada de água bruta da SABESP, pela casa de bombas. 26 O indicador IAP (Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de Abastecimento Público) é um produto de ponderação do indicador IQA (Índice de Qualidade das Águas) e do indicador ISTO

(Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas). A classificação do IAP é a seguinte: Ótimo (79 < IAP ≤ 100); Bom (51 < IAP ≤ 79); Regular (36 < IAP ≤ 51); Ruim (19 < IAP ≤ 36); e Péssimo (IAP

< 19). 27 O indicador IVA (Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática) considera a presença e a concentração de contaminantes químicos tóxicos, seu efeito em organismos aquáticos

(toxicidade) e dois dos parâmetros de corpos de água considerados essenciais para a biota (pH e oxigênio dissolvido), sendo que esses parâmetros são agrupados conforme o IPMCA (Índice de Variáveis

Mínimas para a Preservação da Vida Aquática, Mininum Parameter Indicator for the Preservation of Aquatic Life) e o IET (Índice do Estado Trófico do Ambiente, Tophic State Indicator). A

classificação do IVA é a seguinte: Ótimo (≤ 2,2); Bom (2,9 ≤ IVA ≤ 3,2); Regular (3,4 ≤ IVA ≤ 4,4); Ruim (4,6 ≤ IVA ≤ 6,8); e Péssimo (6,8 ≤ IVA ≤ 7,6).

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40

BILL 02100 (Billings ME) -

IQA28

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

BILL 02500

(Billings MD) - IAP

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

BILL 02500 (Billings MD) -

IVA

Ruim Regular

Ruim Ruim Ruim Regular Regular Regular

BILL 02500 (Billings MD) -

IQA

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

GUAR 00900 (Guarapiranga

CAP) - IAP

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

Semestre

Relatório de

Progresso

SABESP

GUAR 00900

(Guarapiranga

CAP) - IVA

Ruim Regular

Ruim Ruim Ruim Regular Regular Regular

GUAR 00900 (Guarapiranga

CAP) - IQA

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

b.) Nível de

satisfação da população com base

em:

b.1) Mudanças físicas, sociais e

ambientais devido

ao Programa (pesquisa de

opinião);

Baixo Alto Baixo - - - - Alto No início e no

fim do

Programa

Pesquisas de Mercado e de

Opinião

UGP e UGLs

b.2) Valorização

dos imóveis29

;

R$

211,00/

m2

R$ 306,00/

m2

R$ 211,00/

m2

- - - - R$ 306,00/

m2

28 O IQA (Índice de Qualidade das Águas) incorpora os seguintes parâmetros: (i) físicos: temperatura, sedimento total e turvação; (ii) químicos: pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de

oxigênio (BOD5,20), nitrogênio total e fósforo total; e (iii) microbiológicos: coliformes termotolerantes. A escala de classificação do IQA é a seguinte: Ótimo (80-100); Bom (52-79); Regular (37-51); Ruim (20-36); e Péssimo (0-19). 29 Para os Projetos do GESP e da SABESP, o aumento do valor do imóvel será medido com o uso do valor médio da residência por metro quadrado (R$/m2), adotando como áreas de amostra as Favelas

do Jardim Cliper (uma área não urbanizada localizada na margem direita de Guarapiranga) e a Favela Jardim Kagohara III (também não urbanizada e situada na margem esquerda de Guarapiranga) no município de São Paulo. Nessas duas áreas, será realizada uma pesquisa por amostragem no final da implementação do Programa para verificar os novos valores dos imóveis (além disso, uma pesquisa

preliminar poderia ser realizada no terceiro ou quarto ano da implementação do Programa). Os valores dos resultados a serem obtidos (R$ 306,06/m2) levam em conta os valores médios das residências

por metro quadrado na Favela Jardim Kagohara I e em parte da Favela Jardim Cliper, sendo que as duas passaram por um processo de urbanização durante o projeto Guarapiranga e em outras intervenções da PMSP. Para o Projeto da PMSBC, o aumento do valor do imóvel será medido com o uso do valor médio da residência por metro quadrado (R$/m2), adotando como amostra áreas de

intervenção no Município de São Bernardo do Campo. Nessas áreas, será realizada uma pesquisa por amostragem no final da implementação do Programa para verificar o valor do imóvel (além disso,

uma pesquisa preliminar poderia ser realizada no terceiro ou quarto ano da implementação do Programa). Os valores alvo e os valores de referência serão definidos até as negociações do empréstimo da PMSBC.

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41

b.3a) Proporção de moradias com

serviços adequados

de WSS30

;

55% 65% 55% 55% 60% 60% 65% 65% Anualmente Relatório de

Progresso UGP e UGL via IBGE

b.3b) IQVU (Índice

de Qualidade de

Vida Urbana)31

;

A ser

definido A ser definido Anualmente

Relatório de

Progresso UGP e UGLs

b.4) Aumento do número de áreas

verdes e de lazer

(parques, praças,

etc.);

-x- 170 ha

- -

42

86

130

170

Semestre

Relatório de

Progresso UGP e UGLs

c.1.a) PDPA - Plano de

Desenvolvimento e

Proteção Ambiental

na Bacia

Guarapiranga

revisado;

-x- 1 1 - - - - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP e UGLs

c.1.b) PDPA - Planos de

Desenvolvimento e

Proteção Ambiental

preparados e

implementação

iniciada para cada

sub-bacia;

-x- 4 - 1 2 4 - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP e UGLs

c.2) Versões preliminares de leis

específicas para

cada sub-bacia

preparadas e enviadas à

Assembleia

Legislativa do

Estado;

1 4 - 2 - 4 - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP

c.3) Estudo

comparativo

internacional sobre Governança

Metropolitana

concluído e

discutido.

-x-

Estudo concluído e

discutido

-

Termos de Referência

preparados

Estudo

preparado

Estudo

concluído Discutido

Estudo concluído e

discutido

Semestre Relatório de

Progresso UGP

30 O indicador é atualmente usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados do censo são disponibilizados e publicados em nível municipal, e um “saneamento básico adequado” é definido e quantificado. 31 O índice IQVU-M varia entre 0 e 1,0 e agrupa os municípios em 5 grupos/classes. A classe I inclui os municípios com a pior qualidade de vida urbana no país, enquanto a classe V inclui os municípios

com a melhor qualidade de vida urbana em âmbito nacional. Os valores de referência e as metas anuais serão definidos durante o primeiro ano da implementação do Programa, em cujo período o índice nacional será adaptado ao Programa Mananciais.

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42

c.4) Fórum de Discussão

estabelecido e

seminários sobre

Governança

Metropolitana e

Água na MRSP

realizados com ampla participação

de stakeholders;

-x-

Fórum estabelecido e

5 seminários

realizados.

Fórum

estabelecido

1o

Seminário

realizado

2o Seminário

realizado

3o Seminário

realizado

4o Seminário

realizado

5o Seminário

realizado Semestre

Relatório de

Progresso UGP

c.5) Estudo sobre perfis e cenários de

demanda de água

concluído; política de água orientada

por demanda para

MRSP preparada.

-x-

Estudo

concluído e

política

preparada.

Termos de

Referência

preparados

Estudo

preparado

Estudo

discutido

Termos de Referência

preparados

para concepção de

políticas

Política

preparada

Política

discutida Semestre

Relatório de

Progresso UGP

Indicadores de

resultados

intermediários

Componente 1: Fortalecimento da

Capacidade

Institucional

(a1) PDPA - Plano

de

Desenvolvimento e

Proteção Ambiental

na Bacia

Guarapiranga

revisado;

-x- 1 1 - - - - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP e UGLs

(a2) PDPAs preparados e

implementação

iniciada para cada

sub-bacia;

-x- 4 - 1 2 4 - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP e UGLs

(b) Versões

preliminares de leis

específicas para

cada sub-bacia

preparadas e enviadas à

Assembleia

Legislativa do

Estado;

1 4 - 2 - 4 - - Anualmente Relatório de

Progresso UGP

(c) Estudo

comparativo

internacional sobre

Governança

Metropolitana

concluído e

discutido;

-x-

Estudo concluído e

discutido

-

Termos de Referência

preparados

Estudo

preparado

Estudo

concluído Discutido

Estudo concluído e

discutido

Semestre Relatório de

Progresso UGP

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43

(d) Fórum de Discussão

estabelecido e

seminários sobre

Governança

Metropolitana e

Água na MRSP

realizados com ampla participação

de stakeholders;

-x-

Fórum estabelecido e

5 seminários

realizados.

Fórum

estabelecido

1o

Seminário

realizado

2o Seminário

realizado

3o Seminário

realizado

4o Seminário

realizado

5o Seminário

realizado Semestre

Relatório de

Progresso UGP

(e) Estudo sobre perfis e cenários de

demanda de água

concluído; política de água orientada

por demanda para

MRSP preparada;

-x-

Estudo concluído e

política

preparada.

Termos de Referência

preparados

Estudo

preparado

Estudo

discutido

Termos de Referência

preparados

para

concepção de

políticas

Política

preparada

Política

discutida Semestre

Relatório de

Progresso UGP

(f) Programas de

educação ambiental

e sanitária implementados;

-x-

60.000 pessoas

envolvidas

20.000 SBC

-

5.000 pessoas

envolvidas

1.000

10.000 pessoas

envolvidas

3.000

20.000 pessoas

envolvidas

6.000

40.000 pessoas

envolvidas

13.000

60.000 pessoas

envolvidas

20.000

Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGLs

(g) Centro de

Integração da

Cidadania

implementado;

-x- 1 CIC - 1 - - - - Trimestre Relatório de

Gestão UGP

(h) Modelos hidrodinâmicos de

monitoramento de

reservatórios

desenvolvidos.

-x- 5 modelos - - 1 2 4 5 Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGLs

Componente 2:

Integração urbana

(a) intervenções implementadas para

urbanizar favelas,

beneficiando

diversa famílias;

-x- 3.000 famílias

- - - 1.200 3.000 3.000 Semestre

Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

(b) percentual de unidades

habitacionais

construídas para

reassentamento das

famílias32

;

-x- 100% - - - - 40% 100% Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

32 Estudos ainda estão em curso e o número de famílias a serem reassentadas somente será finalizado na conclusão dos estudos. Para fins orçamentários, foi estimado um número preliminar de 1.200 casas a serem construídas.

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44

(c) reassentamento do percentual de

famílias concluído

de acordo com as

salvaguardas locais

e do Banco Mundial

apropriadas.

-x- 100% - - - 100% 100% 100% Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

(e) Centro de Ecologia e

Cidadania

implementado;

0

1

- - - 1 1 1 Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

(f) número de

famílias que estão se beneficiando da

expansão dos

sistemas de

abastecimento de

água;

-x-

3.000

- - - - 1.200 3.000 Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

(g) número de

famílias que estão se beneficiando da

expansão dos

sistemas de esgoto.

-x-

3.000

- - - - 1.200 3.000 Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGL/PMSBC

Componente 3:

Proteção e

Recuperação

Ambiental

(a) parques e áreas

públicas gratuitas

urbanizadas implementadas;

-x-

170 ha

implementados

- - 42.

86.

130.

170

Semestre

Relatório de

Progresso UGP e UGLs

(b) áreas

degradadas

recuperadas;

-x- 60 ha

recuperados - -

15

31

46

60

Semestre

Relatório de

Progresso UGP e UGLs

(c) unidades de remoção de cargas

poluentes

implementadas.

1 3 estações - - - 2 3 - Semestre Relatório de

Progresso UGP e UGLs

Componente 4: Integração de

Abastecimento de

Água e Saneamento

Básico

(a) processos de

tratamento da água em ETAs

33

otimizados;

-x- 6 ETAs

otimizadas34

- - 1 3 5 6 Semestre

Relatório de Progresso

UGP e UGL

33 ETA - Estação de Tratamento de Água (Water Treatment Plant) 34 Melhorias estão previstas nas seguintes ETAs operadas pela SABESP: ABV - Alto da Boa Vista; Rio Grande; Casa Grande; Guaraú; e Alto Cotia e Baixo Cotia.

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45

(a1) redução de produtos químicos

usados para

tratamento de água

na ETA ABV

(kg/1.000 m3);

94.5 92.0 94.5 94.5 94.0 93.5 93.0 92.0 Semestre Relatório de

Progresso UGL/SABESP

(a2) redução de produtos químicos

usados para

tratamento de água

na ETA Rio Grande

(kg/1.000 m3);

86.5 79.0 86.5 85.0 83.8 83.0 81.5 79.0 Semestre Relatório de

Progresso UGL/SABESP

(a3) redução média de produtos

químicos usados

para tratamento de

água em todas as

ETAs com apoio do

programa (kg/1.000

m3);

68.8 60.0 68.8 67.4 65.2 64.0 62.6 60.0 Semestre Relatório de

Progresso UGL/SABESP

(b) famílias que estão se

beneficiando da

expansão dos

sistemas de

abastecimento de

água;

-x- 4.210

180

1.450-

3.220

3.760 3.940 4.210 Semestre

Relatório de

Progresso UGL/SABESP/PMG

(c) Estabelecimento de programa de

Perdas de Água

Programa

definido

Programa

adotado

Programa

iniciado

(d) famílias que

estão se

beneficiando da

expansão dos

sistemas de esgoto;

-x- 20.110

1,770

5,425

10.375

14.800 17.455 20.110 Semestre

Relatório de

Progresso UGL/SABESP/PMG

(e) processo de aquisição de

equipamentos de

coleta de resíduos

sólidos concluído e

equipamentos em

uso.

-x- Equipamentos

em uso - - -

Processo de aquisição

concluído e

equipamentos

recebidos

Equipamentos

em uso

Equipamentos

em uso Semestre

Relatório de

Progresso UGP

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46

Anexo 4: Descrição Detalhada do Projeto

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

1. As intervenções sob os respectivos componentes do Programa foram identificadas mediante a

adoção da seguinte metodologia analítica: os atuais padrões de uso da terra nas duas bacias

de reservatórios mais urbanizadas, Guarapiranga e Billings (onde serão investidos 75% dos

recursos do Programa), foram mapeados e carregados em um modelo matemático baseado

em computador de uso da terra/qualidade da água (MQUAL2). Esse modelo foi então

utilizado para identificar as importantes fontes de poluição nos dois reservatórios. Foi

identificada uma correlação muito forte entre as áreas altamente urbanizadas das bacias em

geral e a carga de poluição e entre as áreas densamente ocupadas de modo informal da bacia,

mais especificamente, e as taxas de poluição. O mapeamento identificou também os bolsões

de pobreza nessas duas bacias e estabeleceu sua correlação com as cargas de poluição. O

exercício de mapeamento e modelagem do uso da terra, cargas de poluição e taxas de

pobreza foi então utilizado como base para identificar e priorizar os tipos de intervenção

física a serem realizados nas duas bacias: abastecimento de água; coleta e tratamento de

águas residuais; manejo e descarte de resíduos sólidos; drenagem; melhoria urbana;

intervenções de inclusão social; e áreas de lazer e parques.

2. O Programa empreenderá intervenções físicas em infraestrutura ambiental urbana e melhoria

urbana priorizando atividades naquelas bacias fluviais da MRSP que já são altamente

urbanizadas e degradadas (Guarapiranga e Billings). Para obter uma posição de liderança

com relação ao planejamento de uso da terra e controle da poluição da água, evitando, assim,

que outras áreas se transformem em futuras Guarapirangas ou Billings - como as bacias Alto

Tietê-Cabeceiras, Juqueri-Cantareira e Alto e Baixo Cotia - o Programa planeja adotar ações

nessas bacias que estão fora da cidade e que também estão sofrendo pressão da urbanização

informal. Sob a liderança do GESP, o Programa apoiará também atividades estratégicas para

promover a sustentabilidade das intervenções, além de promover a gestão e a coordenação

em âmbito metropolitano.

3. O APL Horizontal possui quatro componentes: (i) Formulação de Capacidade Institucional;

(ii) Melhoria Urbana; (iii) Proteção e Recuperação Ambiental e (iv) Abastecimento de Água e

Saneamento Integrados. Este último componente incorpora as atividades relacionadas a um

conceito mais amplo de abastecimento de água e saneamento integrados, descrito na Lei

Federal sobre WSS (11.445/2007), a saber: abastecimento de água, saneamento, drenagem e

manejo de detritos sólidos. A Tabela 4.2 apresenta um resumo dos custos do Programa por

componente e a Tabela 4.3, um resumo por sub-bacia. Nem todos os mutuários do Programa

empreenderão todas as atividades dos quatro componentes do Programa listadas acima. Nem

todas as atividades serão realizadas em todas as sub-bacias da MRSP.

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47

Tabela 4.2 Custos do Programa por Componente

Custo do Programa por

Componente

Total

(Milhões

de US$)

% do

Total

BIRD

(Milhões

de US$)

% do BIRD

em cada

componente

Contraparte

(Milhões de

US$)

% da

Contraparte

em cada

comp.

Formulação da capacidade

institucional 35,09 15 16,97 13,0 18,12 16,8

Melhoria urbana 62,89 26 13,80 10,6 49,09 45,5

Proteção e recuperação

ambiental 19,61 8 11,73 8,9 7,88 7,3

Abastecimento de água e

saneamento integrados 119,41 50 88,07 67,3 31,34 29,0

Taxa inicial 0,32 0,1 0,32 0,2 0,00 0,0

TOTAL 237,32 98,9 130,89 100,0 106,43 98,6

Não alocados 1,32 1,1 0,00 0,0 1,32 1,4

TOTAL DO

PROGRAMA 238,64 100,0 130,89 100,0 107,75 100,0

Tabela 4.3 Custos do Programa por Sub-bacia

Custo do programa por sub-bacia

Total (US$

milhões) (%)

BIRD (US$

milhões)

Contraparte

(US$ milhões)

Guarapiranga 42,70 17,9 27,48 21,0

Billings 101,95 42,7 48,80 37,3

Alto Tiete - Cabeceiras 7,93 3,3 6,60 5,0

Juqueri-Cantareira 27,36 11,5 21,42 16,4

Alto e Baixo Cotia 8,80 3,7 3,50 2,6

Geral 34,93 14,6 15,17 11,6

Taxa inicial e contingências 13,65 5,7 7,92 6,1

TOTAL 237,32 99,4 130,89 100,0

Não alocados 1,32 0,6 0,00 0,0

TOTAL DO PROGRAMA 238,64 100,0 130,89 100,0

4. Componente 1 – Formulação de Capacidade Institucional (total de US$ 35,09 milhões,

empréstimo de US$ 16,97). Para alcançar os objetivos do Programa Mananciais e garantir

sua sustentabilidade no longo prazo, foi planejado um componente de Formulação de

Capacidade Institucional para apoiar o GESP e as outras entidades executoras mediante o

fortalecimento da sua capacidade institucional e promoção da melhoria da gestão e

coordenação metropolitanas com relação aos principais desafios metropolitanos de gestão de

recursos hídricos, controle da poluição da água, política de uso da terra e prestação de

serviços básicos.

5. O Programa Mananciais destina-se a dar uma importante contribuição a uma agenda

inacabada que abordará os desafios de uso da terra/informalidade urbana/recursos hídricos

enfrentados pela MRSP, uma agenda que foi inicialmente liderada pelo projeto Guarapiranga

anterior financiado pelo Banco Mundial. Além de ser um veículo para dar continuidade,

ampliar e aprimorar o dinamismo dessa agenda, o Programa Mananciais também responderá

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48

a alguns importantes desafios residuais identificados na avaliação final do Programa

Guarapiranga, como as questões do estudo e desenvolvimento da governança, gestão,

coordenação, planejamento e regulamentação metropolitanas e da disseminação de

informações para os numerosos stakeholders acerca dessas questões e de questões

relacionadas ao programa, promovendo assim a conscientização e combatendo a assimetria

na disponibilidade dessas informações e dados.

6. O principal objetivo do Componente de Formulação de Capacidade Institucional é melhorar a

capacidade institucional e implementar/aprimorar instrumentos técnicos para coordenar, gerir

e promover a sustentabilidade das intervenções do Programa no nível metropolitano,

especialmente para aquelas questões de âmbito metropolitano que são o foco das atividades e

objetivos do Programa.

7. Como os objetivos do Programa abrangem o desenvolvimento de políticas, planos, diretrizes

e atividades de longo prazo, o treinamento da capacidade institucional é sugerido para todos

os stakeholders e não será limitado às entidades executoras. Tendo em vista os objetivos

gerais do Programa - melhoria do uso da terra, preservação e recuperação das massas de água

estratégicas e coordenação do planejamento, gestão e monitoramento do fornecimento de

serviços correlatos - as atividades de formulação de capacidade do Programa para promover

esses objetivos são tão importantes quanto suas intervenções físicas.

8. Para alcançar seu objetivo principal, o Componente de Formulação da Capacidade

Institucional apoiará as atividades destinadas a: (I) melhorar a gestão e coordenação

integrada do uso da terra e recursos hídricos no nível metropolitano; (ii) empreender

monitoramento e modelagem ambiental e da qualidade da água; (iii) implementar a educação

ambiental e as atividades de alcance social; e (iv) gestão, monitoramento, avaliação e

disseminação do Programa de Apoio.

9. A melhoria da gestão e coordenação integrada do uso da terra e recursos hídricos será

promovida por intermédio das seguintes atividades, descritas em mais detalhes abaixo: (i)

Melhoria da gestão da água; e (ii) Apoio ao desenvolvimento de novos mecanismos de

governança metropolitana.

10. Melhoria da gestão da água este componente permitirá uma maior compreensão dos

reservatórios e fontes de água metropolitanos, apoiará a melhoria da qualidade e da

disponibilidade da água, apoiará o desenvolvimento de políticas para a gestão da demanda de

uso da água e fornecerá assistência técnica para permitir que os governos estadual e

municipal e outros stakeholders - tais como o órgão, comitê e subcomitês da bacia -

desenvolvam as mais avançadas tecnologias e abordagens relacionadas aos recursos hídricos

e gestão do uso da terra e campos correlatos. Para tanto, o componente inclui as seguintes

atividades:

realização de estudos sobre os perfis e cenários da demanda de água da MRSP em vez da

disponibilidade de água; e o desenvolvimento de propostas para a política e as estratégias

de gestão da demanda de água (tais como estruturas de incentivo para reduzir a demanda

de água e outras medidas destinadas a aliviar a pressão por meio do adiamento de novos

investimentos para aumentar o abastecimento de água);

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49

desenvolvimento de sistemas de apoio a decisões para a operação integrada dos

reservatórios da MRSP por intermédio de um centro de controle de operações e a

instalação de instrumentos automáticos de monitoramento hidrométrico;

apoio ao GESP no desenvolvimento institucional relacionado ao refinamento e

lançamento das políticas de WSS e WRM do estado com ênfase, inter alia, na

regulamentação dos serviços, planejamento e mecanismos de financiamento inovadores e

focados nos desafios específicos dessas questões na MRSP e suas áreas de nascentes;

preparação de planos e programas para analisar, avaliar e controlar as fontes pontuais e

não pontuais de poluição nas sub-bacias;

realização de pesquisas e análises geotécnicas correlatas para entender e controlar a

erosão, assoreamento e produção de sedimentos em áreas críticas das sub-bacias;

controle do descarte ilegal de detritos sólidos mediante a identificação, avaliação e

mapeamento de sítios e preparação de planos de mitigação para o descarte adequado;

apoio à preparação e implementação de Planos de Desenvolvimento Ambiental das sub-

bacias e suas leis específicas de uso da terra correspondentes;

desenvolvimento e regulamentação de atividades de execução relacionadas à

extração/uso de águas de superfície ou subterrâneas nas bacias hidrográficas da MRSP; e

assistência técnica e formulação de capacidade acerca das questões relacionadas a WRM,

inclusive para o comitê, subcomitês e órgão da bacia hidrográfica do Alto Tietê,

municípios e outros stakeholders.

11. Além disso, o Componente de Formulação de Capacidade Institucional também ajudará os

governos estadual e municipal da MRSP a transferir o desenvolvimento e a compreensão

desses princípios para modelos de gestão metropolitana bem-sucedidos - flexíveis,

responsáveis, duráveis/estáveis para o planejamento e implementação de longo prazo,

sustentáveis (em termos ambientais, econômicos e jurídicos) e socialmente inclusivos - e o

conhecimento das melhores práticas internacionais dos países desenvolvidos e em

desenvolvimento (com foco nos países federativos), com o objetivo de desenvolver uma nova

estrutura de governança metropolitana no tocante à gestão de recursos hídricos urbanos, uso

da terra e assuntos correlatos. O Programa destina-se a atuar como catalizador de modo a

criar um ambiente no qual a informação e o conhecimento possam ser intercambiados em

sigilo entre as partes interessadas sobre assuntos relacionados a modelos de melhores práticas

de gestão dos mananciais e sistemas e serviços urbanos correlatos em um ambiente

metropolitano. Isso será alcançado, inter alia, por intermédio do apoio do componente a

fóruns de discussão e ao desenvolvimento de estudos, propostas e instrumentos e estratégias

de implementação compatíveis com as realidades jurídica, política e administrativa da

MRSP.

12. O apoio ao desenvolvimento de novos mecanismos para a governança metropolitana no

componente da MRSP empreenderá as atividades de assistência técnica, desenvolverá

estudos e propostas e apoiará o diálogo entre os stakeholders a respeito de questões

relacionadas à governança metropolitana com foco específico em recursos hídricos e gestão

do uso da terra. Para tanto, o componente incluirá as seguintes atividades principais:

assistência técnica e transferência de tecnologia e conhecimento aos municípios em

assuntos como plano mestre e planejamento e legislação de uso da terra, prestação de

serviços, etc.

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50

assistência técnica e transferência de tecnologia e de conhecimento para o estado,

município e outros atores na implementação, operação, integração e atualização de

instrumentos de gestão e planejamento, tais como sistemas GIS, uso da terra e PDPAs,

planos diretores municipais, etc.;

a criação de planos de desenvolvimento econômico local, inclusive análises de mercados

de moradias e terras, para a promoção de atividades econômicas apropriadas e padrões de

uso da terra com a finalidade de gerar renda e empregos que enfoquem a proteção

ambiental nas bacias das nascentes;

o desenvolvimento de um sistema integrado de supervisão e controle do uso da terra;

criação de um fórum para seminários sobre 'Governança Metropolitana e Água na

MRSP':

realização de estudos sobre a governança metropolitana; e

análises, workshops e visitas de estudo em apoio à identificação de um modelo adequado

de governança metropolitana para a MRSP e outras regiões metropolitanas do estado por

meio do debate participativo e colaborativo com autoridades públicas, universidades e

outros stakeholders e mediante a utilização da experiência nacional e internacional.

13. O monitoramento ambiental e da qualidade da água e a modelagem dos reservatórios/bacias

hidrográficas e seus tributários, além da facilidade de transformar água bruta em água

potável, são fundamentais para a gestão sustentável dos recursos hídricos da região

metropolitana. O Componente 1 apoiará a melhoria contínua do monitoramento e avaliação

da qualidade das massas de água estratégicas da região por intermédio das seguintes

atividades:

a preparação de planos de monitoramento e supervisão ambientais e a execução do

monitoramento e avaliação (M&E) dos aspectos ambientais das atividades do Programa

de modo coordenado com todas as entidades executoras;

realização de modelagem hidrodinâmica e da qualidade da água dos reservatórios de

Guarapiranga, Rio Grande, Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paiva Castro e Atibainha,

inclusive estudos sobre o comportamento das camadas de lama dos reservatórios;

desenvolvimento de estudos sobre melhorias no tratamento da água potável;

formulação da capacidade do pessoal de meio ambiente das entidades executoras no uso

do sistema M&E ambiental;

o desenvolvimento e implementação de um programa de monitoramento e controle da

qualidade da água para a bacia do Alto Tietê por meio de imagens fornecidas por satélite;

aquisição de equipamentos para a realização de limnologia e outras análises de

laboratório especializadas;

a realização de limnologia e estudos de controle de assoreamento;

a implementação de sistemas de monitoramento automatizados para a supervisão e

controle remotos das estações de bombeamento de águas residuais;

instalação de um pacote de software para auxiliar na coordenação de análises de

laboratório e resultados de programas de monitoramento da qualidade da água;

a implementação de um sistema de M&E de controle de assoreamento; e

atividades para melhorar a eficiência dos centros de controle de M&E da qualidade da

água existentes.

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14. A educação ambiental e o trabalho social são elementos-chave para ajudar o Programa a

alcançar seus objetivos gerais de melhoria da qualidade da água, padrões de uso da terra e

qualidade de vida nos assentamentos de baixa renda no entorno dos reservatórios. O

componente apoiará esses esforços por meio das seguintes atividades:

eventos de formulação de capacidade para agentes ambientais e outros assistentes sociais;

o desenvolvimento de material de educação ambiental e sanitária e de envolvimento com

a comunidade incluindo vídeos, programas de rádio, panfletos, etc.;

a realização de programas de educação ambiental e sanitária para diferentes grupos-alvo;

a preparação de diagnósticos ambientais e sociais para uso no material de envolvimento

com a comunidade do Programa e outras atividades de conscientização;

a realização de pesquisas ex ante e ex post com beneficiários;

apoio às atividades de mobilização social e iniciativas da sociedade civil, inclusive a

implementação de um centro integrado de cidadania do GESP; e

a implementação de centros de educação ambiental e de centros de ecologia/cidadania.

15. A gestão, monitoramento, avaliação e disseminação do Programa serão apoiados no

Componente 1 mediante as seguintes atividades:

desenvolvimento de um sistema de informações gerenciais (MIS) para o monitoramento,

avaliação e controle da implementação do Programa;

treinamento do pessoal da entidade executora no uso do MIS;

realização de atividades de aprendizado e disseminação, inclusive a organização de

seminários e workshops nacionais e internacionais para a troca de experiências sobre as

questões-chave que estão sendo tratadas no Programa;

desenvolvimento de mecanismos de coordenação e participação e capacitação para todos

os participantes como fundamentação para os estudos, discussões, debates e propostas de

água e governança e gestão metropolitana na MRSP;

o desenvolvimento de estratégias de comunicação integradas para o Programa a serem

usadas por todas as entidades executoras do Programa;

a publicação de material acerca das realizações e constatações do Programa;

fornecimento de assistência técnica e aquisição de equipamentos para melhorar a

capacidade da unidade de gestão geral do Programa do GESP e das unidades de gestão

local das entidades executoras; inclusão de especialistas em gestão, aquisição, gestão

financeira, salvaguardas, M&E e outros especialistas técnicos, conforme a necessidade;

realização de auditorias do Programa, etc.;

definição e análise de indicadores de monitoramento de linha de base, de metade do

período e término do Programa; e

avaliação final dos resultados/impacto do Programa.

16. Componente 2 – Melhoria urbana (total de US$ 62,89 milhões, empréstimo de US$ 13,80

milhões). Os objetivos do componente são melhorar os padrões e layouts da ocupação urbana

na PMSBC e outros municípios específicos para que sejam aprovados pelo Banco Mundial

nas bacias em questão e melhorar a qualidade de vida dos moradores dessas bacias,

especialmente as comunidades de baixa renda que vivem em assentamentos informais. O

Componente 2 apoiará as seguintes atividades:

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a. Urbanização das favelas e assentamentos irregulares mediante a preparação de

projetos de engenharia e da execução das consequentes intervenções de obras de

construção civil para a melhoria urbana de assentamentos de baixa renda estratégicos e

favelas em áreas-chave das sub-bacias - a serem definidas de acordo com seus

respectivos PDPAs e para incluir o redesenho do layout urbano, incluindo a

reconfiguração das moradias, melhorias nas vias de acesso, melhorias na drenagem,

acesso a abastecimento de água, sistema de esgoto e serviços de descarte de resíduos

sólidos, criação/melhoria de espaços públicos, etc.

b. Recuperação de áreas degradadas de alto risco por meio de: (i) preparação de projetos

de engenharia e a execução das consequentes obras de construção civil em áreas de alto

risco, tais como aquelas propensas a inundações ou lama/deslizamentos de terra; e (ii)

reassentamento de famílias das áreas de alto risco.

c. Reassentamento involuntário das famílias afetadas pelas intervenções de obras de

construção civil ou reassentadas das áreas de alto risco por meio de: (i) preparação de

planos detalhados de reassentamento (baseada na Matriz de Política de Reassentamento)

juntamente com os respectivos projetos de engenharia das obras de construção civil

associadas e baseados nos respectivos PFPAs; (ii) implementação dos planos de

reassentamento simultaneamente à execução das obras de construção civil associadas;

(iii) monitoramento e avaliação do processo de reassentamento ; e (iv) Trabalho social e

iniciativas de orientação antes, durante e após a execução das obras de construção civil.

d. Padronização do layout ambiental e urbano dos reassentamentos mediante a

preparação de projetos de engenharia e da execução das consequentes intervenções de

obras de construção civil.

e. Intervenções de supervisão socioambiental da melhoria urbana e moradia mediante

a preparação e implementação de planos de supervisão com esta finalidade.

17. Componente 3 – Proteção e recuperação ambientais (total de US$ 19,61 milhões,

empréstimo de US$ 11,73). Os objetivos do componente são proteger e recuperar os habitats

naturais e sensíveis do ponto de vista ambiental e das áreas degradadas nas sub-bacias com

vistas a melhorar a qualidade ambiental. O Componente 3 apoiará as seguintes atividades:

a. Recuperação da vegetação/reflorestamento por meio de: (i) preparação e

implementação de planos diretores para a recuperação da vegetação/reflorestamento da

paisagem urbana em áreas estratégicas das respectivas sub-bacias; e (ii) preparação e

implementação de planos para recuperar as florestas ribeirinhas em áreas estratégicas das

sub-bacias.

b. Urbanização de áreas públicas com a criação de espaços verdes e de lazer para uso

comum mediante a preparação de projetos de engenharia e da execução das consequentes

intervenções de obras públicas em áreas estratégicas das respectivas sub-bacias - a serem

definidas de acordo com os respectivos PDPAs.

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c. Criação de áreas de preservação ambiental mediante a preparação de planos de gestão

em áreas estratégicas das sub-bacias, incluindo os estudos de base conforme necessário,

preparação de projetos de engenharia e projetos correlatos e implementação das áreas

preservadas.

d. Reabilitação e proteção dos reservatórios e sistemas de produção de água por meio

de: (i) preparação de projetos de engenharia e a execução das consequentes obras de

construção civil para terras úmidas construídas e outras abordagens nos cursos d'água

para remover as cargas de poluição dos rios; (ii) preparação de planos de gestão para os

rios Capivari, Claro e Morro Grande; (iii) projeto e implementação de programas para a

remoção de micrófitos, remoção de algas e para aumentar a retenção/remoção de

sedimentos; (iv) Projeto e implementação de parques nas áreas de reservatórios

estratégicos das represas; e (v) preparação do projeto de engenharia e a execução das

consequentes intervenções de obras de construção civil para a melhoria e modernização

da estação de bombeamento de água ESI e a preparação do projeto de engenharia da

tubulação central de transmissão de água do Túnel 6.

e. Controle do transporte de substâncias perigosas na região mediante o

desenvolvimento de estudos, monitoramento e mapeamento e a preparação de planos e

programas para melhorar o controle do seu transporte.

18. Componente 4 – Abastecimento de água e saneamento integrados (total de US$ 119,41

milhões, empréstimo de US$ 88,07). Os objetivos do componente são reverter os principais

fatores de contribuição para a poluição dos reservatórios e prestar serviços integrados de

WSS às pessoas de baixa renda. O Componente 4 apoiará as seguintes atividades:

a. Melhorias na gestão de águas residuais por meio de: (i) preparação do projeto do

Programa e a execução de obras de construção civil para as estações de bombeamento,

expansão dos sistemas existentes e implementação de novos sistemas, preparação de

estudos relacionados ao meio ambiente para fins de licenciamento; e (ii) Aquisição de

equipamentos para o controle operacional e monitoramento, etc.

b. Melhorias no sistema de abastecimento de água por meio de: (i) preparação de

projetos de engenharia e a execução das consequentes intervenções de obras de

construção civil nos municípios de São Bernardo do Campo, Guarulhos e São Paulo; (ii)

implementação de um programa para controlar e reduzir a água que não gera receita

mediante a preparação do programa, aquisição de equipamentos, execução de obras de

construção civil para implantar micrômetros, substituir encanamentos e conexões, etc.;

(iii) melhoria dos processos de tratamento em obras estratégicas de tratamento da água

(as plantas de ABV, Rio Grande, Taiaçupeba, Rio Claro, Guaraú, Alto Cotia e Baixo

Cotia) mediante a preparação de projetos de engenharia e implementação das

consequentes intervenções de equipamentos/obras de construção civil, inclusive sistemas

de controle automatizados; estudos acerca de tecnologias de tratamento alternativas e

avaliações de métodos de controle para minimizar o uso de substâncias químicas no

processo de tratamento, etc.; e (iv) melhorias nos processos de tratamento e descarte de

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lodo e águas residuais nas obras de tratamento da água (as plantas de ABV, Taiaçupeba,

Rio Claro, Guaraú, Alto Cotia e Baixo Cotia) mediante a preparação de projetos de

engenharia e da implementação das consequentes intervenções de equipamentos/obras de

construção civil.

c. Melhorias no manejo de detritos sólidos por meio de: (i) desenvolvimento de estudos e

projetos de engenharia para implementar as atividades relacionadas a detritos sólidos em

áreas-chave das sub-bacias (a ser definido de acordo com os respectivos PDPAs) e a

execução das consequentes intervenções de obras de construção civil; (ii) realização de

estudos, diagnósticos e mapeamento/qualificação de descarte/deposição ilegal de detritos

sólidos e a implementação de planos e intervenções para combater esse comportamento; e

(iii) preparação de um Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos para a região.

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Anexo 5: Custos do Projeto

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

1.0 Custos Totais do Programa

TOTAL

Custo do Programa por Componente

Local Estrangeiro Total

US$ milhões

US$

milhões

US$

milhões

Formulação da capacidade institucional 33,25 0 33,25

Melhoria urbana 59,87 0 59,87

Proteção e recuperação ambiental 18,53

0 18,53

Abastecimento de água e saneamento

integrados 112,01

0 112,01

Total do Custo Inicial 223,66 0 223,66

Contingências físicas 7,73 0 7,73

Contingências de preço 5,60 0 5,60

Custos Totais do Projeto1 236,99 0 236,99

Juros durante a construção 0 0 0

Taxa inicial 0 0,32 0,32

Não alocados 1,32 0 1,32

Total do financiamento necessário 238,31 0,32 238,63

1. O financiamento retroativo está incluído nos acordos de empréstimo para projetos do

GESP e SABESP e está sendo considerado para projetos na PMSBC e PMG. Qualquer

financiamento retroativo seria para desembolsos contra os fundos do respectivo

empréstimo e para pagamentos efetuados após a apreciação e dentro de 12 meses a partir

da data do respectivo acordo de empréstimo, para um montante acumulado de no máximo

10% do montante do respectivo empréstimo. Para quaisquer atividades relacionadas a

esse financiamento retroativo, os procedimentos utilizados para aquisição e o

processamento e compensações afins estarão sujeitos às Diretrizes de Aquisição do

Banco Mundial e só serão efetuados pagamentos contra despesas elegíveis nos termos do

respectivo Projeto.

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2.0 Custos detalhados do programa por mutuário

TOTAL SABESP GESP PMSBC PMG

Custo do Programa por

Componente*

US$

milhões

US$

milhões

US$

milhões

US$

milhões

US$

milhões

Formulação da capacidade institucional 33,25 7,22 19,60 5,63 0,80

Melhoria urbana 59,87 0,00 28,47 31,40 0,00

Proteção e recuperação ambiental 18,53 10,72 4,93 2,88 0,00

Abastecimento de água e

saneamento integrados

112,01 97,86 3,94 0,00 10,21

Total do Custo Inicial 223,66 115,80 56,94 39,91 11,01

Contingências físicas 7,73 4,64 2,03 0,63 0,43

Contingências de preço 5,60 3,04 1,47 0,81 0,28

Custo Total do Projeto 236,99 123,48 60,44 41,35 11,72

Juros durante a construção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Taxa inicial 0,32 0,25 0,01 0,05 0,015

Não alocados 1,32 1,27 0,05

Total do financiamento necessário 238,63 125,00 60,50 41,40 11,73

* Todos os montantes alocados são recursos locais, exceto o montante da taxa inicial, que é estrangeiro.

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Anexo 6: Arranjos de implementação

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

1. O Programa Mananciais proposto será implementado como um APL Horizontal que abrange

quatro mutuários, cada um deles beneficiário de um empréstimo. GESP, SABESP, PMSBC e

PMG serão os mutuários. O GESP implementará o programa por intermédio de três entidades

executoras: SH (por intermédio da CDHU); SMA; e SSRH (antiga SSE) - esta última será

responsável pela coordenação das atividades do GESP nos termos do APL, bem como pelo

próprio APL como um todo. As disposições de implementação para o Programa são

organizadas em torno de três temas: (i) Apoio consultivo estratégico; (ii) Coordenação geral;

e (iii) Execução/coordenação operacional. As principais funções de cada um dos organismos

envolvidos sob esses três temas estão detalhados a seguir.

2. Apoio consultivo estratégico. O Programa receberá apoio consultivo do CDC, que foi

legalmente constituído pelo Decreto Estadual nº 52.663 de 24 de janeiro de 2008 e é formado

por pessoal técnico de todas as entidades executoras. O CDC realizará as seguintes

atividades: (i) Monitorar o alcance dos objetivos e metas do Programa; (ii) Orientar a

Implementação do Programa e analisar os próximos passos; (iii) Analisar e comentar os

resultados e produtos do Programa; (iv) Fornecer apoio/TA (assistência tácnica) aos

coordenadores da UGP e das UGLs; e (v) Monitorar e avaliar o andamento da

implementação de todos os componentes e atividades do Programa. O Comitê da Bacia

Hidrográfica do Alto Tietê (CAT) fornecerá também orientação política e estratégica

periódica às entidades executoras acerca das questões no campo da competência do CAT.

Para o fornecimento dessa orientação, o CAT receberá apoio dos respectivos subcomitês da

sub-bacia do Alto Tietê, a saber, Cabeceiras, Juqueri-Cantareira, Cotia-Guarapiranga,

Billings-Tamanduateí e Pinheiros–Pirapora.

3. Coordenação Geral. A coordenação geral do Programa do APL será fornecida pela SSRH

(antiga SSE) por intermédio de uma UGP criada por Decreto Estadual específico para esse

fim e composta por funcionários do GESP e SABESP e totalmente integrada ao dia a dia das

operações da Secretaria. O núcleo da equipe da UGP, composto por pessoal do GESP e da

SABESP, já está em operação e ganhou experiência considerável durante a preparação do

Programa de APL proposto e da implementação da sua doação do PHRD, bem como - em

alguns casos importantes - durante a implantação do Projeto Guarapiranga anterior. A UGP

será responsável pela orientação, planejamento, coordenação, aprovação técnica, supervisão

e auditoria técnica de todos os aspectos da implementação do Programa, inclusive aqueles de

responsabilidade de outras Entidades Executoras do Programa.

4. Execução/coordenação operacional. Cada um dos mutuários e entidades executoras já havia

criado sua própria UGL antes das negociações. As UGLs serão compostas pelos funcionários

das respectivas entidades executoras e serão totalmente integradas às suas atividades diárias.

A UGL será responsável por, inter alia: (i) Avaliar e aprovar a conveniência do

subcomponente e as propostas e projetos das atividades (do ponto de vista técnico,

financeiro, social, ambiental/de salvaguarda e de reassentamento) antes que sejam

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encaminhados à UGP e ao Banco Mundial; (ii) Revisão e aprovação da documentação

relacionada com a aquisição antes que ela seja encaminhada à UGP e ao Banco Mundial para

a "não objeção"; (iii) Monitoramento e avaliação da implementação de todos os

componentes, subcomponentes e atividades sob o respectivo Projeto; e (iv) Preparação de

relatórios periódicos de progresso.

5. A UGP será formada por funcionários do governo estadual e incluirá a seguinte equipe

principal: (i) Um coordenador geral; (ii) Um coordenador executivo; (iii) Um coordenador

ambiental-social-técnico; (iv) Um especialista em monitoramento/supervisão de obras de

construção civil; (v) Um especialista em aquisições; e (vi) Pessoal de apoio. A UGP será

auxiliada por uma empresa de consultoria em gestão que será responsável por apoiar a UGP

nos aspectos técnico, operacional, administrativo, financeiro, de aquisição, salvaguarda e

M&E da implementação do Projeto do GESP especificamente e do Programa geral de forma

mais ampla. No caso da UGP, o Coordenador Executivo atuará como coordenador geral

adjunto, sendo responsável por atividades semelhantes às do Coordenador Geral e atuando

como principal apoio deste último. Os Coordenadores Geral e Executivo da UGP se reportará

diretamente à Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Energia e Saneamento. Como parte

dessas disposições, a UGP será responsável pela avaliação técnica das propostas do

Programa e de todas as questões de aquisição do Programa - para todas as entidades

executoras - e pela preparação de solicitações de não objeção para serem enviadas ao Banco

Mundial. Além disso, a UGP realizará atividades de monitoramento e avaliação de todos os

componentes do Programa. O CDC e o CAT terão reuniões regulares com a UGP para

discutir e avaliar o andamento da implementação do Programa. Durante as reuniões regulares

dos comitês das sub-bacias, a UGP apresentará o andamento da implementação do Programa

e levantará alguma questão específica que seja importante para discussão. Ademais, a UGP

participará de reuniões específicas quando solicitada pelo CAT ou pelos respectivos comitês

das sub-bacias. O CDC reunir-se-á periodicamente, conforme definido no OM, para discutir

a implementação e avaliação do Programa.

6. Cada UGL será formada por funcionários do governo estadual e incluirá a seguinte equipe

principal: (i) Um coordenador geral; (ii) Um coordenador ambiental-social-técnico; (iii) Um

especialista em monitoramento/supervisão de obras de construção civil; e (iv) Um

especialista em gestão financeira; (v) Um especialista em aquisições; e (vi) Pessoal de apoio.

Cada UGL será auxiliada por consultores independentes especializados, conforme a

necessidade, para apoiar a implementação do projeto acerca de questões que sejam

específicas do Banco Mundial (tais como aquisições, FM e questões de salvaguarda).

7. Um Convênio de Implementação -IA -será assinado pelo GESP/SSRH e todos os mutuários.

Esse Convênio apresenta os detalhes dos objetivos, abrangência e atividades do Programa e

as funções e responsabilidades (inclusive relacionados aos requisitos fiduciários e de

salvaguarda) das diferentes entidades envolvidas na implementação do Programa.

8. Sistema de Informações Gerenciais - O sistema estadual SIAFEM fornecerá informações

oportunas sobre o andamento e a execução do Programa, permitindo que os usuários tomem

decisões rápidas que englobem não apenas os aspectos técnicos qualitativos e quantitativos

dos componentes, subcomponentes e das atividades, como também questões contratuais,

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operacionais, de licitação, administrativas, de contabilidade e financeiras relacionados à

implementação do Programa. As UGLs e a UGP serão responsáveis pela inserção dos seus

dados e por utilizá-los como ferramenta de gestão, exceto a SABESP que utilizará seu

próprio sistema corporativo, mas enviará seus dados à UGP trimestralmente, para permitir

que o SIAFEM seja atualizado. O SIAFEM deve estar em funcionamento em todas as

entidades executoras antes da assinatura do respectivo acordo de empréstimo.

9. Relatórios de Progresso - Aproveitando as informações do SIAFEM, das atividades de

supervisão e dos relatórios de progresso das UGLs, a UGP consolidará as informações sobre

a implementação do Programa na forma de um Relatório de Progresso, em conformidade

com o formato estabelecido no OM, para apresentação ao Banco Mundial a cada semestre.

10. Manual Operacional - O OM do Programa aprovado pelo Banco Mundial em 30 de janeiro

de 2009 contém as normas, procedimentos e diretrizes acordadas pelos mutuários e o Banco

Mundial para serem cumpridas durante a implementação do Programa. O objetivo do OM é

orientar e instruir a gestão e garantir as boas práticas de implementação e desempenho por

parte das entidades executoras. Tem como meta fornecer uma visão clara de todo o processo

de implementação de modo a assegurar a conformidade com as normas, procedimentos,

diretrizes e requisitos relacionados à execução dos respectivos empréstimos. O OM descreve

o conceito, abrangência, objetivos, componentes, financiamento, etc. do Programa. Além

disso, ele conterá um cronograma geral da implementação, detalhes organizacionais

(estrutura e responsabilidades gerenciais), uma revisão dos procedimentos administrativos e

financeiros e os instrumentos a serem adotados no planejamento, execução, monitoramento e

avaliação das atividades do Programa, além de um resumo das instruções para operar o

sistema de informações gerenciais (MIS) em apoio às atividades gerenciais. Um acordo sobre

a atualização do OM é condição para as negociações sobre os empréstimos à PMSBC e

PMG.

11. Plano Operacional Anual (AOP ou POA) - O POA será um instrumento técnico/operacional

fundamental para a gestão e execução do Programa. Ele será preparado pelas UGLs em

conformidade com o OM. O POA será elaborado depois que a entidade executora decidir seu

orçamento anual. Após a aprovação desse orçamento e antes do final de cada ano civil, a

UPG enviará os POAs consolidados ao Banco Mundial para revisão e discussão.

12. Plano de Aquisições - O Plano de Aquisições para todos os projetos foi aprovado pelo Banco

Mundial em 14 de dezembro de 2007. Um acordo sobre a atualização dos Planos de

Aquisições para os projetos da PMSBC e da PMG é condição para as negociações desses

dois empréstimos.

13. Responsabilidades de Supervisão do Banco Mundial - O gerente do Projeto do Banco

Mundial e a própria equipe de trabalho serão responsáveis pela supervisão da implementação

do Programa e pela coordenação do diálogo entre os mutuários e o Banco Mundial durante a

implementação com o apoio da UGP. Além de organizar e participar de reuniões com as

diferentes entidades executoras e órgãos governamentais para discutir aspectos específicos do

Programa, a equipe do Banco Mundial realizará, no mínimo, missões bianuais a cada

entidade executora para supervisionar o Programa e a implementação do Projeto.

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14. Um diagrama representando os procedimentos de implementação do Programa, as

disposições fiduciárias, disposições sobre desembolso e aquisição, divisão de funções e

responsabilidades entre as entidades executoras e as estruturas da UGP e da UGL, podem ser

encontrados nos arquivos do projeto.

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Anexo 7: Gestão Financeira e Disposições sobre Desembolso

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Resumo das Disposições sobre Gestão Financeira 1. As disposições sobre gestão financeira do Programa baseiam-se na Avaliação da Gestão

Financeira realizada pela primeira vez em 200435

e atualizada em fevereiro de 2007 e

janeiro de 200936

com o objetivo de refletir as alterações efetuadas nos procedimentos de

implementação do Programa. Baseiam-se também nas disposições institucionais

apresentadas no Anexo 6 e na descrição do Programa conforme apresentado no Anexo 4.

As disposições gerais da FM para o Programa, junto com as disposições sobre a FM para

cada um dos quatro mutuários, estão resumidas neste anexo.

2. Com base nas diretrizes de FM do Banco Mundial37

,o principal propósito de atualizar as

avaliações foi: (i) confirmar e analisar a adequação da avaliação da FM previamente

acordada no contexto do projeto do Programa revisado; e (ii) acordar os passos a serem

adotados por cada mutuário, inclusive (a) disposições institucionais; (b) um sistema de

gestão financeira, (c) relatórios provisórios e não auditados de gestão financeira; (d) fluxo

de recursos financeiros, (e) disposições sobre auditoria externa e (f) disposições sobre

desembolso.

3. Tendo em vista que o Programa é composto por mais de um empréstimo, para simplificar o

monitoramento geral do Programa, todos os mutuários concordaram em utilizar o mesmo

sistema de gestão financeira, o SIAFEM, exceto a SABESP, que fornecerá suas

informações à SSRH (antiga SSE) por meio eletrônico, para que essas informações possam

atualizar o SIAFEM adequadamente. Contudo, cada mutuário será responsável pelos

aspectos jurídicos e fiduciários do seu respectivo empréstimo. O governo estadual, por

intermédio de sua SSE, será responsável pela consolidação das informações sobre a

implementação de FM do Programa e pela preparação de IFRs para enviar ao Banco

Mundial trimestralmente conforme descrito a seguir. Essas disposições serão especificadas

no Convênio Guarda-Chuva que deverá ser assinado por todas as entidades participantes do

Programa e que, juntamente com OM, fornecerá informações detalhadas sobre as

disposições da FM a serem seguidas por todos os mutuários.

4. O GESP assinará um acordo de empréstimo individual para implementar suas atividades

nos termos do Programa. Entre suas responsabilidades estarão a instalação do MIS geral

para a implementação do Programa e o treinamento do pessoal da UGP e UGL na sua

utilização. Haverá três entidades executoras no GESP: SH, por intermédio da CDHU;

SMA; e SSRH (antiga SSE). Esta última criou uma UGP responsável pela implementação

do empréstimo do GESP e pela coordenação geral e o monitoramento do Programa. A

SSRH também será diretamente responsável por todos os aspectos fiduciários e legais do

empréstimo para o GESP, inclusive desembolsos, preparando IFRs, auditando disposições

e utilizando o SIAFEM para monitorar o empréstimo ao GESP, bem como os aspectos de

FM do programa em geral. Por intermédio de três secretarias, o GESP participará da

35 FMS: Cláudio Mittelstaed, AM datado de 14 de dezembro de 2004 36 Atualizado com as disposições de FM da SABESP, revisado em 14 de janeiro de 2009. 37 Práticas de Gestão Financeira nas Operações de Investimentos Financiadas pelo Banco Mundial em 3 de novembro de 2005.

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implementação de todos os quatros componentes e será responsável pelos desembolsos nos

termos de todas as categorias do Programa.

5. SABESP, PMSBC e PMG assinarão, cada uma delas, um acordo de empréstimo individual

para implementar suas respectivas atividades nos termos do Programa. Embora diretamente

responsável por todos os aspectos fiduciários e jurídicos do empréstimo, tais como

desembolsos, preparação de IFRs ou SOEs (no caso da SABESP) e disposições de

auditoria, cada mutuário utilizará o SIAFEM para implementar seu empréstimo, exceto a

SABESP, que utilizará seu sistema corporativo e fornecerá os dados trimestralmente à

SSRH, permitindo assim que o GESP (por intermédio da SSRH) monitore a implementação

geral do Programa.

Tabela 7.1 Resumo das Disposições sobre Gestão Financeira

Mutuário: Estado de São Paulo - GESP

(SSRH, SMA e SH)

SABESP São Bernardo do

Campo

Guarulhos

Contabilidade SSRH (antiga SSE) e SMA

seguem a legislação federal sobre

contabilidade (Lei 4320/64).

SH/CDHU segue a legislação

federal sobre contabilidade nº

11.638 - Lei das S/As.

Segue a lei 11.638 -

Lei das S/As - segue

USGAAP e

procedimentos

internos da CVM-

BACEM.

Segue a legislação

federal sobre

contabilidade

(4320/64).

Segue a legislação

federal sobre

contabilidade

(4320/64).

sistema FM SIAFEM Sistema corporativo SIAFEM SIAFEM

IFR A ser usado para monitoramento

e desembolsos. SSRH/UGP

ajustarão os relatórios para

monitorar o Programa em geral.

A ser usado para fins

de monitoramento.

A ser usado para

monitoramento e

desembolsos.

A ser usado para

monitoramento e

desembolsos.

Pessoal Pessoal profissional; tem

experiência com os

procedimentos do Banco

Mundial; participou do

treinamento sobre FM e

procedimentos de desembolso

em 2008.

Pessoal profissional;

tem experiência com

os procedimentos do

Banco Mundial;

participou do

treinamento sobre FM

e procedimentos de

desembolso em 2008.

Funcionários do

governo municipal;

têm alguma

experiência anterior

com instituições

financeiras

multilaterais (BID)

Funcionários do

governo municipal

e SAAE; não têm

experiência anterior

com instituições

financeiras

multilaterais.

Treinamento Nenhum Nenhum A ser fornecido pela

SSRH (antiga SSE)

antes da assinatura do

empréstimo.

A ser fornecido

pela SSRH (antiga

SSE) antes da

assinatura do

empréstimo.

Fluxo de fundos Uma Conta do Projeto designada

em US$ e uma Conta

Operacional designada em R$.

Uma Conta do Projeto

designada em US$ e

uma Conta

Operacional

designada em R$.

Uma Conta do Projeto

designada em US$ e

uma Conta

Operacional designada

em R$.

Uma Conta do

Projeto designada

em US$ e uma

Conta Operacional

designada em R$.

Auditoria interna TCE, Secretaria Estadual de

Fazenda.

Auditoria interna,

unidade de

controladoria e

auditoria externa.

Unidade de

controladoria interna,

TCE-SP

Unidade de

controladoria

interna, TCE-SP

Auditoria externa Será contratada uma firma

independente de auditoria.

Será contratada uma

firma independente de

auditoria.

Será contratada uma

firma independente de

auditoria.

Será contratada

uma firma

independente de

auditoria.

Desembolsos Por meio de Relatórios

Financeiros Provisórios não

auditados (IFRs).

Por meio de

Declaração de Gastos

e/ou Folhas de

Resumo (metodologia

tradicional)

Por meio de Relatórios

Financeiros

Provisórios não

auditados (IFRs).

Por meio de

Relatórios

Financeiros

Provisórios não

auditados (IFRs).

Controles

internos

Mediante a segregação de

funções, disposições de auditoria

interna e SIAFRM.

Unidade de controles

internos, segregação

de funções, política de

governança da

Mediante a segregação

de funções,

disposições de

auditoria interna e

Mediante a

segregação de

funções,

disposições de

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SABESP. SIAFRM. auditoria interna e

SIAFRM.

6. Para garantir que o sistema de FM seja aceito pelo Banco Mundial, foram adotadas as

seguintes ações: (i) o Acordo de Implementação entre o GESP e cada entidade executora

foi revisado pelo especialista em FM do Banco Mundial para garantir que as disposições de

FM fossem apresentadas de forma adequada; (ii) o OM foi revisado pelo especialista em

FM do Banco Mundial antes das negociações e a versão atualizada, demonstrando as

alterações feitas nas disposições de FM da SABESP, foi revisada para assegurar que as

disposições de FM fossem apresentadas adequadamente; e (iii) as disposições gerais de

monitoramento e coordenação da FM do Programa, utilizando o sistema corporativo do

SIAFEM e da SABESP, foram validadas pelo especialista em FM do Banco Mundial antes

das negociações. O OM deve ser mantido atualizado durante a implementação do projeto.

7. Conclusões - Tendo em vista o projeto revisado do Programa, tendo em vista o objetivo de

ter uma gestão e monitoramento de FM do Programa eficiente e eficaz no uso de recursos

financeiros e tendo em vista que cada mutuário possui suas próprias disposições específicas

de FM, ficou acordado que cada mutuário utilizará o mesmo sistema de gestão financeira

do SIAFEM para produzir os mesmos IFRs, com exceção da SABESP, que utilizará seu

próprio sistema corporativo, mas enviará trimestralmente, por meio eletrônico, os dados

apropriados à UGP, com o objetivo de atualizar o SIAFEM e que a UGP monitorará o

Programa geral e enviará os IFRs consolidados ao Banco Mundial. As disposições de FM

atendem aos requisitos mínimos do Banco Mundial de fornecer, com garantia e precisão

razoáveis, informações oportunas acerca do status dos aspectos de FM do Programa. Não

há condições para a entrada em vigor relacionadas ao FM.

8. Classificação de Risco da FM - a classificação geral de risco do Programa é considerada

baixa para as secretarias do GESP e para a SABESP e "moderada" para a PMSBC e PMG.

O principal risco identificado para todos os empréstimos é a dependência de fundos de

contrapartida, o que deve ser atenuado mediante missões regulares de supervisão e análises

dos IFRs consolidados. Para a PMSBC e PMG, a falta de experiência em trabalhar com o

SIAFEM aumentará a responsabilidade da UPG pelo treinamento e supervisão das

atividades de FM desses municípios.

Disposições de gestão financeira comuns a todos os mutuários

9. Monitoramento Geral do Programa - A principal responsabilidade fiduciária da SSRH

(antiga SSE), a ser cumprida por intermédio da sua UGP, será consolidar o monitoramento

da implementação geral do Programa, inclusive: (i) coordenação e supervisão da

implementação do Programa; (ii) atividades de planejamento e monitoramento a serem

financiadas pelo Programa por intermédio dos seus empréstimos; (iii) apoio e fornecimento

de assistência técnica às UGLs em questões de FM; (iv) supervisionamento dos recursos

financeiros do Programa em geral; e (v) avaliação dos aspectos financeiros dos

componentes do Programa. Os funcionários da UGP são funcionários públicos do GESP e

da SABESP com experiência prévia na implementação de empréstimos do banco Mundial e

do BID. O diagrama apresentando as disposições de pessoal para a UGP encontra-se no

Anexo 6.

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10. O Sistema de Administração Financeira SIAFEM é o sistema administrativo e financeiro

integrado utilizado pelo Estado de São Paulo para executar seu próprio orçamento. É o

sistema que atende aos requisitos de gestão financeira fiduciária do Banco Mundial. O

sistema deve estar em operação em todas as UGLs, com exceção da SABESP, cujo sistema

corporativo existente deve estar atualizado com o mesmo gráfico do projeto de contas e

IFR no momento da assinatura do contrato de empréstimo da SABESP. O SIAFEM foi

atualizado em 2005 por solicitação do BID. O atual APL Horizontal representa a primeira

vez que um projeto do Banco Mundial em São Paulo utilizará o sistema de FM do estado,

juntamente com um sistema corporativo, para implementar os aspectos de FM de um dos

seus empréstimos. A equipe de FM do Banco Mundial considera que tal abordagem de

"agilização" seja a melhor prática e recomenda que ela seja reproduzida nas operações do

Banco Mundial em outros estados. Os módulos do SIAFEM permitem que a equipe de

gestão do Programa administre os compromissos orçamentários, pagamentos e elaboração

de relatórios de FM, entre outras funções.

11. O sistema corporativo do SIAFEM e da SABESP é capaz de produzir relatórios de gestão

financeira provisórios e não auditados (para monitoramento e/ou desembolsos), relatórios

do status da implementação do Programa e pode ser o sistema usado pelo governo estadual

para monitorar a execução do seu orçamento e decisões gerenciais. Portanto, não será

necessário qualquer sistema paralelo para fins de gestão financeira do Programa. O

Programa38

será representado como um "centro de custos" dentro do orçamento estadual.

Cada mutuário, com exceção da SABESP, utilizará o SIAFEM para administrar seus

respectivos empréstimos em tempo real. Em cada empréstimo, será aberto um centro de

custos específico para o Projeto. O SIAFEM produz relatórios no formato exigido pelo

Banco Mundial. Registrará todas as transações de empréstimo, de acordo com uma tabela

baseada nas suas categorias de custos. Para fins de controle e elaboração de relatórios,

todos os custos incorridos serão acumulados por componentes e atividades conforme

estabelecido na descrição do Projeto. Cada UGL também guardará toda a documentação de

apoio às despesas do Projeto de modo a disponibilizá-la para auditorias internas e externas

e para revisões do Banco Mundial. Todas as informações de FM serão consolidadas pela

SSRH (antiga SSE) por intermédio de sua UGP, que será responsável por enviar

trimestralmente ao Banco Mundial os IFRs 1-A e 1-B. A SSRH (antiga SSE) também

garantirá que o sistema esteja disponível para todos os mutuários e que, no caso da

SABESP, os dados sejam enviados 15 dias após o término de cada trimestre civil para

permitir sua atualização no SIAFEM e que seja fornecido treinamento adequado sobre o

seu uso aos funcionários das UGPs e UGLs.

12. Para adaptar o sistema do SIAFEM, foi contratado um consultor para reproduzir para o

APL Horizontal de Mananciais a estrutura que foi criada para o projeto do BID de

ecoturismo no estado. Esse trabalho compreendeu: (i) preparação do demonstrativo das

contas do SIAFEM para o Banco Mundial e os clientes, englobando todas as atividades

relacionadas aos componentes, subcomponentes e categorias do Programa, bem como o

Plano Operacional Anual para todo o Programa; (ii) criação de relatórios de FM (IFRs) de

fácil compreensão para permitir que o GESP, a UGP e o Banco Mundial gerenciem e

supervisionem o Programa como um todo, bem como cada empréstimo individualmente;

(iii) habilitar o sistema para recuperar as informações de FM de todos os outros executores

e preparar um relatório consolidado para fins de monitoramento e gerenciamento, (iv)

38 Inclusive os quatro empréstimos e permitindo que outros mutuários sejam adicionados ao sistema, se necessário.

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treinamento dos funcionários da UGP e UGL na utilização das ferramentas do SIAFEM,

inclusive os IFRs; e (v) preparação de módulos individualizados a serem utilizados pelos

diferentes mutuários, garantindo que cada UGL possa inserir seus dados relativos ao

empréstimo em tempo hábil. Cada UGL terá uma senha para permitir às entidades

executoras acesso exclusivo para inserir no sistema as respectivas informações sobre o

empréstimo, garantindo, assim, a disponibilidade, integridade e confidencialidade dos

dados.

13. Essas disposições de FM corporativo do SIAFEM e SABESP deverão: (i) fornecer

oportunidades para fortalecer o monitoramento do Programa como um todo, bem como de

cada empréstimo individualmente; (ii) evitar a duplicação pelo uso de sistemas de FM

paralelos para produzir relatórios para o Banco Mundial; (iii) permitir que o GESP

monitore todos os investimentos (físicos e financeiros) no nível do Programa; e (iv)

fornecer um piloto do primeiro sistema integrado de contabilidade administrativa do estado

na carteira do Banco Mundial em São Paulo, permitindo a reprodução futura em outros

estados. O sistema foi validado pelo especialista em FM do Banco Mundial.

14. Elaboração de Relatórios e Monitoramento - o SIAFEM foi projetado de modo a permitir

que cada mutuário somente tenha acesso às informações do seu próprio empréstimo. Cada

mutuário, por intermédio da sua UGL, preparará IFRs trimestrais (1-A e 1-B) (em dólares

dos Estados Unidos) com base em contabilidade de caixa. Os IFRs serão enviados ao

Banco Mundial, por intermédio da UGP, para fins de elaboração de relatórios,

monitoramento e consolidação, em no máximo quarenta e cinco dias após o final de cada

trimestre. Os IFRs demonstrarão os números relativos ás despesas por trimestre, o

acumulado do ano e o acumulado para o empréstimo/Projeto. Quaisquer outros recursos

financeiros e contribuições de contraparte que fizerem parte do Programa serão refletidos

nos IFRs (1-A e 1-B) para permitir um melhor monitoramento de todos os montantes

investidos nos termos do Programa. Os IFRs do quarto trimestre gerados durante o ano,

com os valores acumulados para o período, devem ser enviados aos auditores para revisão

na auditoria externa anual para cada empréstimo a ser preparada por firmas de auditoria

independentes. Para monitorar o Programa, a SSRH, por intermédio da sua UGP, terá

acesso aos dados gerais da FM do Programa no SIAFEM e, no caso da SABESP, será

responsável por carregá-los no SIAFEM, para todas as atividades implementadas por cada

mutuário, permitindo que a UGP prepare IFRs consolidados que serão enviados

trimestralmente ao Banco Mundial.

15. Os desembolsos deverão ser baseados em relatórios provisórios não-auditados (IFRs), com

exceção da SABESP, que fará o desembolso por intermédio de SOEs e/ou Folhas de

Resumo. O modelo de IFR estará disponível no SIAFEM e será preparado e enviado ao

Banco Mundial junto com os outros formulários-padrão do Banco Mundial para

desembolso.39

Os IFRs para fins de desembolso são: (i) 1-A: Fontes e Uso de Fundos por

categoria de desembolso de acordo com o Acordo de Empréstimo; (ii) 1-B: Demonstrativo

de investimentos por componentes e atividades do Projeto; (iii) 1-C: Desembolso real

(anexado ao último Demonstrativo do banco Mundial); (iv) 1-D: Extrato das atividades da

conta designada; e (v) 1-E: Contrato acima dos limiares de desembolso (anexo 4 à carta de

desembolso).

39 LOA para anexar os formulários de desembolso acordados às respectivas Cartas de Desembolso.

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16. Para fins de desembolso, o relatório trimestral completo de IFR (1-A, 1-B, 1-C, 1-D e 1-E)

será preparado por cada UGL em US$ com base em contabilidade de caixa. Os IFRs serão

enviados ao Banco Mundial, por intermédio da UGP em no máximo quarenta e cinco dias

após o final de cada trimestre. O OM precisa ser mantido atualizado de modo a descrever

todas as etapas a serem seguidas por cada mutuário e pela UGP na execução dos

procedimentos de FM acordados. Uma representação diagramática simplificada do fluxo de

fundos é apresentada a seguir.

17. Auditorias Externas - Cada mutuário contratará uma firma de auditoria externa,

observando as diretrizes de auditoria fornecidas à UGP durante a missão de avaliação da

FM. Por motivos de custo-eficácia, a equipe do Banco Mundial sugeriu que, caso cada

empréstimo seja declarado em vigor no segundo semestre do ano civil, mediante solicitação

formal do respectivo mutuário, o primeiro relatório de auditoria cobriria 18 meses (se não

for incluído financiamento retroativo), que é o período máximo que as diretrizes do Banco

Mundial permitem que sejam cobertos pelo escopo do primeiro relatório de auditoria.

Contudo, se algum empréstimo for declarado em vigor no primeiro semestre do ano civil, o

primeiro relatório de auditoria cobriria o período entre a entrada em vigor do empréstimo e

o final do ano civil em questão. Em ambos os casos, o relatório de auditoria deve ser

entregue ao Banco Mundial em até seis meses após o final do ano civil anterior, conforme

definido nas Diretrizes de Auditoria de Gestão Financeira do Banco Mundial (junho de

2003).

18. O escopo de cada auditoria será determinado pelo respectivo mutuário, de comum acordo

com o Banco Mundial, tomando por base as circunstâncias específicas do Programa; os

termos de referência (TOR) da auditoria serão preparados adequadamente e uma lista

resumida de firmas será enviada ao Banco Mundial para sua não objeção. O Banco

Mundial aprovou a versão preliminar dos TOR da auditoria para os empréstimos. Os TOR

devem ser incluídos no OM. O escopo dos TOR de auditoria deve cobrir, entre outras

coisas: (i) revisão completa dos quatro IRFs (para cada ano civil); (ii) revisão da

observância adequada das disposições sobre FM incluídas no OM, este PAD nos

respectivos acordos de contrato, bem como em qualquer outra documentação oficial do

Banco Mundial; (iii) uso apropriado do SIAFEM; (iv) disposições sobre controles internos;

e (v) disponibilidade oportuna de fundos de contraparte.

19. As disposições de FM para o Programa (o sistema de FM, os relatórios provisórios não

auditados de FM, as disposições sobre auditoria, etc.) são as mesmas para todos os

mutuários, exceto para a SABESP. Disposições específicas de FM (inclusive acordos

institucionais e dotação de pessoal, controle e auditoria internos, contabilidade e fluxo de

fundos e desembolsos) estão descritas nos anexos do GESP e SABESP.

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67

DIAGRAMA 7.1 DISPOSIÇÕES TÉCNICAS E FINANCEIRAS

Antecipa recursos

do empréstimo

Envia IFRs e/ou

SOEs e paga

pelo serviço da

dívida (com

cópia para a

UGP

.

.

Contrato

legal

. .

. Envia informações sobre

monitoramento, relatórios do

projeto, processos de aquisição e

seleção para serem pré-aprovados.

.

Paga as firmas e

os consultores

(envia cópia à

UGP)

Transfere fundos

da contraparte

UGP

UGL

Conta designada

do projeto

(NY em US$)

Mutuário:

Fornecedores,

empreiteiros e

consultores

BIRD

Envia não

objeções e

cartas

Conta

operacional do

projeto

(SP e R$)

Transfere recursos

do empréstimo

Envia

solicitações de

não objeção e

Relatórios de

Progresso

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Anexo 8: Disposições sobre a Aquisição

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

A. Aspectos Gerais

1. A aquisição para o Programa proposto será realizada de acordo com as seguintes diretrizes do

Banco Mundial “Diretrizes: Aquisição nos termos dos Empréstimos do BIRD e Créditos da

AID" datadas de maio de 2004 e revisadas em outubro de 2006 e "Diretrizes: Seleção e

Emprego de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial" datadas de maio de 2004 e

revisada em outubro de 2006 e as disposições estipuladas nos respectivos acordos de

empréstimo. A descrição geral de vários itens nos termos das diferentes categorias de gastos

do Programa é apresentada a seguir. Para cada contrato a ser financiado nos termos dos

empréstimos, os diferentes métodos de aquisição ou métodos de seleção de consultores, a

necessidade de pré-qualificação, custos estimados, requisitos anteriores à revisão e

cronograma são acordados entre o Mutuário e o Banco Mundial no Plano de Aquisições. O

Plano de Aquisições será atualizado pelo menos uma vez por ano ou conforme outro tipo de

solicitação, para refletir as necessidades reais de implementação do Programa e as melhorias

na capacidade institucional.

2. Aquisição de Obras - As obras adquiridas nos termos do Programa incluirão: obras para

novas unidades habitacionais, abastecimento de água, estradas e vias de acesso, drenagem,

coleta e tratamento de águas residuais, melhoria urbana e descarte de resíduos sólidos, etc. A

aquisição será realizada mediante o uso dos Documentos Padrão de Licitação (SBD) para

todos os contratos ICB. Os contratos individuais com valores abaixo de US$ 25.000.000,00

podem ser adquiridos mediante o uso de SBD Nacionais, se acordado com o Banco Mundial

ou satisfatório para o Banco. Os contratos individuais com valores inferiores a US$ 500.000

podem ser adquiridos usando-se os procedimentos de Compra. O documento do convite será

acordado e aprovado previamente com o Banco Mundial.

3. Aquisição de Bens - Os bens adquiridos nos termos do Programa incluirão: equipamento de

coleta de resíduos sólidos, equipamentos de TI e software para aprimorar a operação e o

monitoramento do sistema de água, etc. Se possível, os contratos serão agrupados em pacotes

de licitação de mais de US$ 5.000.000 e adquiridos em conformidade com os procedimentos

de Concorrência Pública Internacional (ICB) utilizando os Documentos Padrão de Licitação

emitidos pelo Banco Mundial. Os contratos individuais com valores inferiores a

US$ 5.000.000 podem ser adquiridos em conformidade com os procedimentos de

Concorrência Pública Nacional (NCB) e utilizando os documentos de licitação acordados

pelo Banco Mundial. Os contratos para bens que não puderem ser agrupados em pacotes

maiores de licitação e cujo custo esteja estimado em menos de US$ 100.000 por contrato,

podem ser adquiridos por intermédio dos procedimentos de Compras (Nacionais e

Internacionais) baseados em um modelo de solicitação para cotações satisfatórias para o

Banco Mundial. A aquisição de bens também pode ser realizada em conformidade com o

método conhecido como "pregão eletrônico", conforme previsto na Lei nº 10,520 - Lei do

Pregão - de 17 de julho de 2002, nos termos do “COMPRASNET”, o portal de aquisições do

governo federal, ou conforme qualquer outro sistema de aquisição eletrônica aprovado pelo

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Banco Mundial para contratos cujo custo estiver estimado em menos de US$ 500.000. O

"pregão presencial" pode ser utilizado para a aquisição de bens para contratos com custo

estimado em menos de US$ 100.000.

4. Aquisição de serviços de não consultoria - Os serviços de não consultoria a serem

adquiridos nos termos do Programa incluem: campanhas educativas, logística de treinamento

(serviços de hotelaria, fornecimento de alimentação e bebidas e viagens), workshops, etc. Os

contratos cujo custo estiver estimado em US$ 5.000.000 ou mais, serão adquiridos segundo

os procedimentos de ICB. Os contratos individuais com valores inferiores a US$ 5.000.000

podem ser adquiridos em conformidade com os procedimentos de Concorrência Pública

Nacional (NCB) e utilizando os documentos de licitação acordados pelo Banco Mundial. Os

contratos com custo estimado inferior a US$ 100.000 podem ser adquiridos com base em

cotações obtidas de três empresas qualificados em resposta a um convite enviado por escrito.

5. Seleção de Consultores Os serviços de consultoria de firmas e pessoas necessárias ao

Programa incluem: auditorias financeiras e de aquisições, serviços de consultoria prestados

por consultores individuais, supervisão, treinamento, etc. As listas de pré-seleção de

consultores para serviços cujo custo estimado estiver abaixo do equivalente a US$ 500.000

por contrato, podem ser totalmente formadas por consultores nacionais em conformidade

com as disposições do parágrafo 2.7 das Diretrizes para Consultores.

6. Custos Operacionais - Os custos operacionais foram identificados no plano de aquisições.

Esses custos foram analisados e considerados aceitáveis para o Banco Mundial (inclusive

pagamentos de contas de telefone, serviços de internet, etc.)

7. Outros - Os procedimentos de aquisição e SBDs a serem utilizados para cada método de

aquisição, bem como os modelos de contratos para obras e bens adquiridos, serão incluídos

como anexos ao OM do Programa. Resumo

Categoria de despesa Limiar do valor

do contrato

(milhares de

US$)

Método de

aquisição

Contratos sujeitos a análise prévia

Obras >25.000 ICB Todos os processos

500 ≥ ≤ 25.000 NCB Todos os processos

≤ 500 Compras Dois primeiros contratos de cada ano civil

Bens >5.000 ICB Todos os processos

5.000 ≥ ≤ 100 NCB Todos os processos

≤ 100 Compras Dois primeiros contratos de cada ano civil

Serviços de não

consultoria

(incl. treinamento,

comunicação)

>5.000 ICB Todos os documentos da licitação, relatórios e contratos de

avaliação

100 ≥ ≤ 5.000 NCB Dois primeiros contratos de cada ano civil

≤ 100 Compras Dois primeiros contratos de cada ano civil

Consultoria

(firmas)

>500 QCBS/QBS Todos os processos

500 ≥ <200 QCBS/LCS Todos os processos

100 ≤ 200

≤ 100

QCBS/LCS

CQ/LCS

Todos os contratos de uma única fonte e os dois primeiros

processos de cada ano civil para cada método de seleção.

Consultoria Seção V das Todos os casos acima de US$ 50.000 e todos os contratos

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(individual) Diretrizes de uma única fonte

Contratação direta Todos os casos independentemente dos montantes

envolvidos

Acordos Todos os casos independentemente dos montantes

envolvidos

8. Os limiares serão revistos quando a UGP/UGL obtiver experiência nas regras e regulamentos

do Banco Mundial. Todas as seleções de bens e obras de uma única fonte,

independentemente do montante do contrato, estarão sujeitos a análise prévia do Banco

Mundial.

B. Avaliação da capacidade do órgão para implementar a aquisição

9. A preparação do Programa está sendo coordenada e liderada pela UGP dentro da SSRH

(antiga SSE). Essa unidade contratou uma firma de gestão para prestar suporte durante a

preparação do Programa. Esse sistema continuará durante a implementação do Programa com

um escopo de trabalho ampliado para a firma de consultoria que finalmente será contratada

para substituir a atual. A equipe do Banco Mundial recomendou que a UGP iniciasse esse

processo imediatamente com a publicação de uma solicitação de manifestações de interesse.

Os termos de referência para esse contrato incluirão cuidar da coordenação e monitoramento

das aquisições que deverão ser realizadas por todas as entidades executoras do Programa,

bem como prestar apoio e treinamento em aquisições do Banco Mundial a essas entidades,

conforme a necessidade.

10. Existem basicamente dois níveis de familiaridade com as aquisições do Banco Mundial entre

as entidades. As entidades que têm experiência nas diretrizes e procedimentos de aquisição

do Banco Mundial são aquelas que já realizaram projetos do Banco. São eles: (i) SSRH

(antiga SSE); (ii) SABESP; e (iii) CDHU. Constatou-se que a SABESP possui um sistema

muito robusto de controle e monitoramento de aquisições. Foi recomendado que se

explorasse a possibilidade de implementar esse sistema em todas as entidades participantes.

Embora a SMA tenha experiência anterior com as aquisições do Banco Mundial, sua

capacidade foi considerada insuficiente. No segundo nível, a PMSBC e a PMG têm

experiência em aquisições nos termos da legislação nacional (Lei 8666), mas não têm

experiência direta na utilização dos procedimentos do Banco Mundial. Os funcionários

entrevistados tinham conhecimento sobre aquisições em geral, tornando mais fácil, portanto,

empreender discussões e avaliar qual seria seu desempenho com as responsabilidades

adicionais de implementar aquisições nos termos do Programa. Ademais, todas as entidades

receberão orientação e treinamento da UGP sobre aquisições do Banco Mundial.

11. A UGP na SSRH (antiga SSE) e cada UGL nas outras entidades executora deve ter um

especialista em aquisições totalmente dedicado ao Programa. Em todos os casos é

recomendável que sejam constituídos Comitês Especiais de Licitações para lidar com as

aquisições nos termos do Programa. Dado que haverá uma unidade de gestão do Programa

com funcionários do GESP e da SABESP trabalhando com a assistência de uma firma de

gestão de projetos, cujos termos de referência incluirão perícia em aquisições gerais e

aquisições do Banco Mundial e tendo em vista a complexidade do monitoramento e controle

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das várias entidades executoras, a avaliação do risco para aquisições do Programa como um

todo é classificada como mediana.

C. Plano de Aquisições

12. O Mutuário preparou um Plano de Aquisições (PP) para a implementação do Programa que

oferece a base para os métodos de aquisição. Esse plano foi aprovado pelo Banco Mundial

em 14 de dezembro de 2007. Também será disponibilizado no banco de dados do Programa e

no website externo do Banco Mundial. O PP será atualizado de acordo com a Equipe do

Banco Mundial anualmente (de preferência no mês de novembro de cada ano da

implementação) ou de outra forma solicitada, para refletir as verdadeiras necessidades de

implementação do Programa e as melhorias na capacidade institucional.

Plano de Ação de Aquisições

Ação Cronograma

1 Preparar um Plano Geral de Aquisições para a vida útil do Programa e um Plano

de Ação detalhado para os primeiros 18 meses de implementação do Programa

para cada uma das entidades participantes.

Concluído.

2 Treinar o pessoal de aquisições e o pessoal técnico nas políticas de aquisição do

Banco.

No máximo 2 meses após a entrada

em vigor.

3 Manter perícia em aquisições disponível na unidade de gestão do Programa

durante a vida útil do Programa.

Incluir nos TORs da gestão do

projeto uma firma que dará suporte

ás operações da unidade de gestão

do Programa.

4 Incluir no manual Operacional uma seção sobre aquisições

que contenha a descrição detalhada de todos os métodos de

aquisição permitidos na aplicação da legislação nacional,

especialmente o "pregão eletrônico" e "pregão presencial" e

as restrições ao seu uso.

Concluído.

5 Implementar um sistema de monitoramento de aquisições que inclua todas as

entidades executoras e que seja capaz de captar e consolidar todas as informações

relevantes sobre aquisições.

No máximo 2 meses após a entrada

em vigor.

D. Frequência da Supervisão de Aquisições

13. Além da supervisão da revisão prévia a ser realizada pelos escritórios do Banco Mundial, a

avaliação da capacidade das entidades executoras recomendou missões anuais de supervisão

de campo para visitar o campo e realizar revisões posteriores às ações de aquisição.

E. Detalhes das Disposições de Aquisições que Envolvam Concorrência Internacional

1. Bens, Obras e Serviços de Não Consultoria

(a) Lista de pacotes de contratos a serem adquiridos segundo a ICB e contratação direta:

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72

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Núm

.

Refe

r.

Contrato

(Descrição)

Custo

Estimado

Método

de Aquisição

P-Q

Preferência

doméstica

(sim/não)

Revisão

pelo Banco

Mundial

(Pré/Pós)

Data

Prevista

Abertura das

Propostas

Data

Comentário

s

N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A

(b) contratos por ICB de Obras com custo estimado acima de US$ 25.000.000 por contrato,

contratos por ICB de Bens com custo estimado acima de US$ 5.000.000 por contrato e todas as

contratações diretas estarão sujeitas a análise prévia do Banco Mundial

2. Serviços de Consultoria

(a) Lista de atribuições de consultoria com lista de pré-seleção de firmas internacionais.

1 2 3 4 5 6 7

Núm.

Refer.

Descrição da Atribuição

Custo

Estimado

Seleção

de Seleção

Revisão

pelo

Banco

Mundial

(Pré/Pós)

Data

Prevista

Envio de

Propostas

Data

Comentários

1 Empresa de gestão do

projeto

US$ 56,8

milhões

QCBS Pré 7 de nov.

2 Suporte técnico na

integração, operação e

atualização dos

instrumentos de gestão

US$ 1,8

milhão

QCBS Pré

3 Avaliação da carga e

plano de controle

US$ 640.000 QCBS Pré

4 Projeto de engenharia

para habitação

US$ 840.000 QCBS Pré

5 Apoio à gestão municipal US$ 630.000 QCBS Pré

6 Plano de

desenvolvimento

econômico

US$ 824.000 QCBS Pré

(b) Atribuições da consultoria com uma lista de pré-seleção de firmas internacionais serão

necessárias para todas as designações de consultoria cujo custo estimado seja superior a

US$ 500.000

(c) Os serviços de consultoria cujo custo estimado seja superior a US$ 200.000 para empresas e

US$ 50.000 para consultores independentes por contrato e todas as seleções de fonte única de

consultores (empresas) ou consultores individuais estarão sujeitos à revisão prévia pelo Banco

Mundial.

(d) Listas curtas compostas unicamente de consultores. Para serviços com custo estimado menor

que US$ 500.000 por contrato podem ser inteiramente compostas por consultores nacionais de

acordo com as disposições do parágrafo 2.7 das Diretrizes de Consultoria.

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Anexo 9: Análise Econômica e Financeira

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

A. Análise econômica. O relatório completo da análise econômica está disponível nos arquivos

do projeto. Um resumo da análise é apresentado a seguir. A análise econômica incluiu aquelas

intervenções complementares que devem ser empreendidas dentro do Programa Mananciais da

Região Metropolitana ampliado, tais como as atividades de melhoria urbana no Município de

São Paulo.

1. Dadas as atuais características da área de intervenção, a proteção das fontes de água exige

obras de urbanização, recuperação e infraestrutura, ações sociais e a construção de unidades

habitacionais de baixo custo para uma parcela de baixa renda da população. Se o programa

enfocar a manutenção de um fornecimento de água adequado a essa área metropolitana, a

tentativa de resolver o problema de urbanização seria considerado uma externalidade positiva

dessa intervenção Portanto, foram realizadas duas análises de custo-benefício para o

Programa. A primeira analisou os investimentos em urbanização associados (com benefícios

estimados para: (i) a urbanização de favelas; (ii) o fornecimento de infraestrutura para

assentamentos irregulares; e (iii) os impactos estimados nas áreas de influência das favelas

urbanizadas. A segunda mediu o custo de oportunidade de fazer melhorias nas fontes de

água. Os resultados dessa última análise foram tratados de forma independente dos resultados

da primeira análise.

2. Análise de custo-benefício I: Investimentos em urbanização. Foi realizada uma avaliação

econômica detalhada, com foco nos investimentos em urbanização, para esse Programa de

US$ 130 milhões, do qual o empréstimo proposto do banco Mundial corresponde a 48%

(US$ 130 milhões). Os custos do Programa associados a todos os componentes foram

incluídos nessa análise, assim como os retornos do investimento em desenvolvimento

institucional, participação da comunidade e educação, uma vez que esses elementos são

considerados fundamentais para a sustentabilidade do serviço e são, em última análise,

expressos por meio da melhoria do acesso aos serviços urbanos. Entretanto, nem todos os

benefícios econômicos esperados foram quantificados.

3. Para determinar os custos e benefícios líquidos adicionais foram criados cenários "com" e

"sem" o Programa. Com base nesses cenários, os benefícios financeiros líquidos adicionais e

os custos dos programas de investimento propostos foram avaliados e depois foram ajustados

para o impacto de impostos, subsídios e externalidades para chegar a fluxo econômico dos

custos e benefícios. Os fluxos de caixa foram descontados usando-se uma taxa de 12%, que é

considerada uma representação do custo de oportunidade do capital do Brasil. As próximas

sessões fornecem informações mais detalhadas sobre a estimativa dos benefícios e custos

econômicos. O relatório completo em quatro volumes (em português) para a análise

econômica e financeira encontra-se nos arquivos do Projeto, assim como a versão completa

em inglês deste anexo com todas as tabelas e gráficos.

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4. Benefícios econômicos - Os principais benefícios do Programa incluem: (i) melhoria da

qualidade da água nas principais fontes da região metropolitana; (ii) melhoria da qualidade

de vida das famílias que vivem nas favelas a serem urbanizadas, inclusive a melhoria do

acesso a infraestrutura adequada e ao fornecimento de serviços públicos básicos40

: (iii)

restabelecimento do uso para fins recreativos de algumas áreas dentro das bacias; (iv)

melhoria da qualidade ambiental de toda a área das bacias; (v) fornecimento de serviços

adequados de água e saneamento, embora esses benefícios não tenham sido quantificados; e

(vi) a redução dos custos de tratamento da água e fornecimento de água sustentável para mais

de um milhão de famílias na MRSP que recebem serviços de água das cabeceiras dos rios.

Segundo estudos de viabilidade econômica, o número de beneficiários da melhoria urbana é

de 118.961 habitantes e o número de beneficiários indiretos é de 649.224 habitantes.

Incluindo a preservação da qualidade da água nas fontes, o Programa deverá ter impacto

positivo sobre um total de quatro milhões de habitantes que são servidos com a água das

bacias. A área total a ser urbanizada é de 15.614.074 m2.

5. Para calcular os benefícios econômicos do acesso aos serviços urbanos aprimorados na área

das bacias de Guarapiranga e Billings, foi utilizada a metodologia de precificação hedônica.

A função do preço hedônico baseia-se no mercado imobiliário, no qual as transações podem

ser observadas. O significado de bem-estar da função do preço hedônico vem do fato de as

pessoas estarem revelando o valor marginal de atributos específicos (tais como acesso a

serviços, distância do centro, etc.) que não são vendidos separadamente no mercado, mas

estão embutidos na casa e refletidos nos valores das moradias.

6. O resumo dos resultados do cálculo dos benefícios econômicos para cada uma das áreas

analisadas, baseado no uso de funções de preço hedônico, são apresentados a seguir. Outras

tabelas detalhadas encontram-se nos arquivos do projeto.

7. Custos econômicos - Os custos incluem custos de capital, custos de operações e manutenção,

recuperação, reassentamento, mitigação ambiental e contingências. Para cada componente,

foram levados em conta os custos das ações complementares necessárias para produzir os

benefícios esperados e os níveis de sustentabilidade almejados. Foi considerado necessário

incluir esses custos adicionais se compreender que os benefícios esperados do Programa

serão realmente alcançados. Para o cálculo dos custos econômicos, foram feitos ajustes

específicos para deduzir os impostos embutidos nos materiais e mão de obra dos custos do

investimento, operação e manutenção. Os seguintes fatores de conversão foram utilizados na

análise: mão de obra qualificada, 0,732; mão de obra não qualificada, 0,272; e materiais e

equipamentos locais, 0,887. Depois que todos os custos financeiros foram convertidos em

custos econômicos, os custos adicionais foram calculados com base na comparação dos

cenários "com" e "sem" Programa. Embora os custos totais do Programa tenham sido

utilizados na análise de custo-benefício, os benefícios econômicos foram quantificados

somente para os investimentos na melhoria ambiental das bacias, o que corresponde aos

subcomponentes de melhoria urbana e saneamento Os componentes analisados representam

81% dos custos totais do Programa.

40 Inclui: pavimentação de ruas, água e esgoto, drenagem, proteção de encostas e prevenção contra deslizamentos de terra, além de melhoria das moradias ou reassentamento.

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75

8. Resultados da análise de custo-benefício I - Resultados desta análise, que mediram os

benefícios de: (i) melhoria urbana por intermédio de aumento dos valores das propriedades

com base na função de preço hedônico; (ii) abastecimento de água e saneamento, inclusive

investimentos anuais nos preços econômicos de todas as intervenções nos termos deste

subcomponente e de toda a poupança de recursos para a economia associada à redução dos

custos de produção (custos de produtos químicos); e (iii) em linhas gerais, a agregação dos

resultados da melhoria urbana e dos componentes de WSS - demonstraram que a intervenção

analisada produz um retorno positivo. Com uma taxa geral de retorno econômico interno de

22,7% e um valor presente líquido de R$ 137 milhões, o Programa é economicamente viável.

O valor presente líquido dos benefícios econômicos do investimento em melhoria urbana

derivados do aumento nos valores dos imóveis, calculado mediante uma função de preço

hedônico, é R$ 114 milhões; e daqueles derivados de WSS, R$ 8 milhões. Os resultados são

apresentados na Tabela 9.1.

Tabela 9.1 Resultados da análise custo-benefício (em R$ 000)

Componente NPV EIRR (%) B/C

Melhoria urbana 114.467 20,8 1,26

Saneamento 8.163 14,3 1,15

Total 136.786 22,7 1,31

9. Análise de custo-benefício I: O custo da oportunidade de fazer melhorias nas fontes de água

da MRSP - Além da análise de custo-benefício para as intervenções de melhoria urbana e

saneamento da Bacia, uma análise separada quantificou os benefícios líquidos para a

SABESP de preservar as fontes de água existentes em vez de perder as fontes de água reais e

desenvolver outras novas para abastecer a MRSP. Os benefícios esperados são a economia

de recursos decorrente do adiamento do desenvolvimento de fontes de água adicionais e mais

dispendiosas no futuro próximo no cenário "com Programa" em comparação com não

investir na preservação e melhoria da qualidade da água das fontes existentes e ter que

desenvolver aquelas novas fontes com os custos periódicos associados a elas, que serviram

de base para o cenário "sem Programa".

10. Foram analisadas três alternativas diferentes de expansão: duas (A e B) foram retiradas da

revisão do plano diretor (Revisão e Atualização do Plano Diretor de Abastecimento de Água

da RMSP) e a terceira dos documentos público-privados para o Alto Tietê (Edital da

Parceria Público Privada do Alto Tietê). O terceiro Plano de expansão representa a atual

posição da SABESP e, portanto, foi utilizada como base para esta análise. O programa de

implementação proposto pode ser visto em um gráfico nos arquivos do projeto. As

informações relacionadas aos custos de investimento e custos periódicos associados

(principalmente eletricidade) e o volume de cada fonte de água nova, também podem ser

encontradas nos arquivos do projeto. Com base no plano de expansão do Edital (incluindo

suas projeções de demanda potencial) e as informações sobre investimento e custos

periódicos, foi desenvolvido um cenário "sem Programa". No cenário sem Programa, as

fontes de Guarapiranga e Billings são afetadas e o impacto negativo esperado é que o volume

dessas fontes deve ser reduzido em 16 m3/s. A redução esperada ocorreria em 2015, mas para

compensar essa redução, o Rio São Lourenço precisará ser desenvolvido antes aquela data.

Essa nova fonte aumentaria o fornecimento em 20 m3/s e teria um custo equivalente a 80%

do valor dos investimentos e custos periódicos (eletricidade e produtos químicos) do

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Programa. Os benefícios e custos adicionais foram projetados e calculados como um

resultado da diferença entre os fluxos de caixa resultantes dos cenários com e sem Programa

nos preços econômicos, os fluxos líquidos adicionais e os resultados da análise que são

apresentados na tabela a seguir.

Tabela 9.2 Resultados da análise econômica para a preservação das fontes (R$ 000)

Benefício

s

Investiment

os

O&M

(eletricidade) Produtos químicos

Resultados

líquidos IRR

Razão

B/C

Valor total 2.559.881 680.590 148.380 179.036 1.909.948

Valor presente

dos fluxos (12%) 835.823 540.900 40.606 39.384 293.700 21,9% 1,51

11. Os resultados da análise demonstram que com uma taxa de retorno de 22%, um valor

presente líquido de R$ 294 milhões e uma razão custo-benefício de 1,51, o investimento

proposto é viável para a SABESP, gerando grandes impactos positivos. Esse foi o caso sem

considerar o impacto maior sobre as indústrias, por exemplo, que desenvolvem suas próprias

fontes para a eventualidade de uma escassez de água na área ou de um colapso na qualidade

da água, ambas as quais poderiam afetar a produção industrial. Foi decidido apresentar os

resultados dessa análise, mas não consolidá-los com a melhoria urbana e os resultados de

WSS, pois essa análise de custo de oportunidade foi realizada usando preços financeiros (de

mercado) e é baseada em premissas mais incertas. Como os resultados da abordagem de

melhoria urbana são positivos e o Programa é economicamente viável, foi decidido

apresentar os resultados apenas como parte de um exercício de sensibilidade.

12. Análises de sensibilidade e risco - Foi utilizada uma análise de sensibilidade para testar a

solidez dos resultados a partir da função de preço hedônico. Foram preparadas três análises

de custo-benefício para o componente de melhoria urbana, onde as estimativas de benefícios

basearam-se no aumento do valor dos imóveis por meio da comparação entre as áreas

urbanizadas e as áreas de intervenção propostas, baseando a análise no mercado imobiliário e

em pesquisas na área; a diferença nas três é a área de benefícios indiretos esperados a serem

incluídos na análise: (i) Cenário 1a: estima o aumento dos valores dos imóveis com base na

comparação dos preços do mercado imobiliário na área. Esse cenário leva em conta todas as

propriedades afetadas (área de intervenção mais arredores imediatos (100 m) mais arredores

ampliados (500 m)); (ii) Cenário 1b: estima o aumento dos valores dos imóveis com base na

comparação dos preços do mercado imobiliário na área. Esse cenário leva em conta todas as

propriedades afetadas na área de intervenção mais arredores imediatos (100 m); e (iii)

Cenário 1b: estima o aumento dos valores dos imóveis com base na comparação dos preços

do mercado imobiliário na área. Esse cenário leva em conta somente os imóveis afetados na

área de intervenção mais os arredores imediatos (100 m) e 50% dos imóveis na área ampliada

(500 m).

13. Como pode ser visto na Tabela 9.3, os resultados são amplamente positivos. No caso do

Cenário 1b, o Programa seria marginalmente inviável, mas é muito provável que um

programa desta magnitude teria impacto sobre pelo menos 50% dos arredores das áreas de

favela localizadas até 500 m e, portanto, o cenário mais provável seria o Cenário 1c.

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Tabela 9.3 Resultados da melhoria urbana - método imobiliário (R$ 000)

Cenário NPV (12%) EIRR (%) Razão B/C

1a 840.650 56,3 2,89

1b (5.617) 11,5 0,99

1c 351.942 31,3 1,79

14. Além disso, foi preparada uma análise de sensibilidade tradicional para aumentar a precisão

da análise econômica mediante a incorporação da incerteza do mundo real. A análise de

sensibilidade demonstra que os resultados da análise econômica são sólidos. As variáveis

identificadas como as que representam grandes riscos para o Programa são: o aumento dos

valores dos imóveis e do investimento e o aumento excessivo dos custos de operação e

manutenção. Os impactos dessas variáveis foram analisados nas análises de risco e

sensibilidade. Também foi realizada a análise de risco econômico com a inclusão das

incertezas de todas as variáveis de risco identificadas, o que afetou os resultados

simultaneamente. Foi realizada uma análise de sensibilidade e risco usando as simulações

Monte Carlo, o que consiste em atribuir às variáveis-chave do modelo do fluxo de caixa,

tanto dos benefícios quanto dos custos, a distribuição de probabilidades associadas a cada

uma dessas premissas incertas com o uso de simulações feitas com o software ‘@Risk’ para

obter a distribuição de probabilidades para os resultados do modelo, o EIRR e o NPV. As

distribuições de probabilidades utilizadas são apresentadas nos arquivos do projeto.

15. Para os benefícios relacionados ao aumento dos preços dos imóveis nas favelas e no seu

entorno, bem como nos assentamentos irregulares, foi utilizada uma distribuição normal com

os coeficientes obtidos das funções hedônicas. Para o benefício associado às reduções de

custos no uso de produtos químicos, foi utilizada uma distribuição uniforme com uma

variação de +/- 10%. Com relação aos custos, tanto relacionados aos investimentos quanto à

operação e manutenção, foi utilizada uma distribuição triangular assimétrica com uma

variação de 10% e 15%. A convergência estatística foi alcançada após 800 simulações

utilizando a técnica de Amostragem de Hipercubo Latino (LHS) que aumenta a eficiência das

simulações Monte Carlo. Os resultados dessa análise para o NPV e EIRR estão representados

nos gráficos a seguir. Existe uma probabilidade de 93,3% de que o Programa atenderá aos

requisitos mínimos para viabilidade econômica com um valor presente líquido positivo e uma

taxa interna de retorno de 12%. Finalmente, uma regressão dos resultados vs. as variáveis-

chave ajuda a esclarecer quais variáveis têm mais influência na determinação dos resultados

identificando, assim, as principais fontes de risco do Programa. Os resultados das regressões,

como é possível ver nos gráficos, são coerentes e demonstram que os benefícios associados

aos assentamentos irregulares são a principal variável que afeta o resultado do modelo de

fluxo de caixa econômico, seguido pela valorização das áreas no entorno das favelas e pelos

investimentos.

16. No tocante aos benefícios relacionados aos assentamentos irregulares, o coeficiente de

variação é alto; contudo, existem evidências empíricas que demonstram que o fornecimento

de infraestrutura afeta positivamente os valores dos imóveis nesses tipos de área. O estudo

sobre valorização baseado em observações do mercado imobiliário dá suporte à essa

conclusão. Pode-se dizer o mesmo das áreas que circundam as favelas. Entretanto, neste caso

os resultados estão mais relacionados ao peso do benefício total do que ao coeficiente de

variação. Com relação aos custos, os resultados econômicos não são tão sensíveis às suas

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variações esperadas quanto definido na distribuição de probabilidades que adotou um

máximo de 15% de excesso nos gastos.

17. Os resultados da análise de risco e sensibilidade realizada confirmam a solidez da viabilidade

econômica do Programa. Os resultados da análise de risco demonstram que com 93% de

certeza, o valor presente líquido econômico do Programa será positivo e a taxa de retorno

interna econômica será de 12%. O maior de todos os riscos identificados para o Programa é a

valorização dos assentamentos irregulares, para o qual existe evidência empírica da MRSP.

B. Análise financeira

18. Embora os resultados de uma análise de custo-benefício financeiro não sejam utilizados pelo

Banco Mundial como uma ferramenta de tomada de decisão, uma análise financeira

detalhada fornece informações importantes sobre a sustentabilidade do Programa no longo

prazo, avaliando as necessidades de subsídios durante toda a vida útil do Programa,

assegurando que os custos recorrentes serão efetuados e que os benefícios econômicos

esperados se materializarão.

19. Benefícios financeiros - As seguintes variáveis geradoras de renda associadas ao Programa

foram analisadas e quantificadas: (i) cobrança de taxas nos parques; (ii) multas; (iii)

Contribuição de Melhoria; (iv) aumento do IPTU; (v) paramento de eletricidade nas favelas;

(vi) Taxa de Limpeza; (vii) Taxa de Conservação; (viii) pagamentos de tarifas pelo aumento

do consumo de água; (ix) pagamento pelos serviços de esgoto; e (x) cobrança pelo uso da

água.

20. Custos Foram incluídos todos os custos de investimentos e de O&M a preços de mercado

(financeiro).

21. Resultados A Tabela 9.4 apresenta a estimativa de resultados finais para as atividades de

recuperação de custos, durante a vida útil do Programa. Os detalhes dos cálculos encontram-

se no relatório entre os arquivos do projeto. O rendimento financeiro total que

potencialmente poderia ser gerado pelo Programa é de aproximadamente R$ 1,18 bilhões. É

possível constatar que os impostos prediais são a fonte de renda mais importante para o

Programa, seguido das cobranças de água e esgoto.

Tabela 9.4 Fontes de geração de renda - recuperação dos custos

Fonte de renda Valor (R$ milhões)

Cobrança de entrada nos parques 58,6

Multas adicionais 29,3

Contribuição de melhoria 7,5

IPTU adicional 735,4

Cobrança de detritos sólidos 53,0

Taxa de limpeza 13,3

Cobrança pelo uso da água 13,1

Consumo de água 106,9

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79

Coleta de esgoto 106,9

Pagamentos de eletricidade 55,4

Total 1.179,5

22. A comparação entre o aumento da receita detalhada e os investimentos e custos de operação

e manutenção resultantes desses investimentos encontra-se na Tabela 9.5 que apresenta o

nível de recuperação dos custos resultante. É possível observar que nesse cenário, as receitas

adicionais recuperadas são superiores a 70% dos custos e são um fluxo positivo a partir do

momento em que os investimentos terminarem. Quando são deduzidos os custos de O&M, a

receita adicional a preços atuais recupera 76,8% dos investimentos.

Tabela 9.5 Resultados da análise financeira (em R$ 000)

Receita

financeira

Economia em

produtos químicos

Investimentos

Operação e

manutenção

Fluxos líquidos

Total

1.179.504 226.151 680.589 154.597 570.469

VPL12%

342.089 73.351 540.900 45.311 (170.771)

23. Outro cenário mais realista foi construído quando foram utilizadas as seguintes premissas: A

arrecadação do IPTU nas favelas foi eliminada e nos assentamentos irregulares essa taxa foi

reduzida em 50%. Foi considerado também que durante os 10 primeiros anos, somente 70%

dos usuários na área pagariam as taxas de água e saneamento. Em consequência, a receita

total considerada foi reduzida para R$ 1,02 bilhão. A Tabela 9.6 apresenta os resultados da

análise de custo-benefício nos termos dessa alternativa e de um cenário mais pessimista.

Nesse caso, a receita incremental permite uma recuperação de 59,5% dos custos financeiros

totais.

Tabela 9.6 Análise financeira dos resultados - Cenário pessimista alternativo (R$ 000)

Receita

financeira

Economia em

produtos químicos

Investimentos

Operação e

manutenção

Fluxos líquidos

Total

1.020.293 226.151 680.589 154.597 411.258

NPV (12%)

292.071 73.351 540.900 45.311 (220.789)

C. Avaliação do impacto na distribuição

24. Foi realizada uma avaliação do impacto na distribuição para identificar o impacto líquido do

Programa sobre as partes interessadas mais importantes. É possível fazer uma avaliação do

impacto na distribuição mediante a comparação entre os resultados das análises de custo-

benefício econômico e financeiro. Nesse caso, foi utilizado o fluxo de caixa pessimista

alternativo e os resultados da análise econômica foram apresentados nos arquivos do projeto.

Os resultados da análise apresentada identificam claramente os impactos para as partes

interessadas dos setores público e privado. Os efeitos líquidos sobre o setor possibilitam

identificar o impacto fiscal do Programa. O setor público foi dividido entre os principais

executores, governos estadual e municipal e SABESP. As partes interessadas do setor

privado, juntamente com a mão de obra não qualificada que se beneficia do emprego gerado

pelo Programa, foram as populações identificadas que se beneficiam diretamente das

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intervenções. Os beneficiários diretos foram divididos por nível de renda, permitindo-nos,

assim, quantificar o impacto do Programa sobre a pobreza.

25. Impacto sobre a pobreza - O setor privado retornou benefícios líquidos positivos de cerca de

R$ 253 milhões. Desses, 49,4% foram apropriados pelos segmentos de renda mais baixa

representados pelos setores de mão de obra não qualificada (MONQ) e a população

beneficiada diretamente com renda de até três salários mínimos. Esses resultados

demonstram que a intervenção proposta tem um grande impacto positivo sobre a pobreza. Os

beneficiários do setor privado restantes, com renda entre três e cinco salários mínimos e

aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos, apropriaram respectivamente 26% e

25% dos benefícios líquidos totais acumulados para o setor privado.

26. Impacto fiscal - O setor público, representado pelos governos do estado e do município,

retornou um benefício líquido negativo de R$ 130 milhões, principalmente por causa dos

investimentos feitos, o que é compensado pelo impacto fiscal. O valor do aumento fiscal

soma R$ 335 milhões. A SABESP tem um benefício líquido negativo de R$ 143 milhões,

mas isso precisa ser comparado aos custos da alternativa de substitutos às cabeceiras dos rios,

conforme descrito anteriormente.

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Anexo 10: Questões de Política de Salvaguarda

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Avaliação Ambiental

1. Estratégia adaptada à análise ambiental das atividades do Programa - A avaliação

ambiental realizada durante a preparação do Programa destina-se a cumprir a política

ambiental do Banco Mundial e as políticas de salvaguarda correlatas. Essas análises

abrangentes e mais preliminares serão complementadas pela exigência de estudos de impacto

ambiental que são um requisito obrigatório para a solicitação de licenças ambientais, em

conformidade com a legislação ambiental do Estado de São Paulo. De acordo com a

estratégia desenvolvida para a execução do Programa, os estudos de impacto ambiental serão

empreendidos durante a implementação em paralelo à preparação dos projetos de engenharia

das respectivas intervenções e como parte integrante desses projetos. Os relatórios de

avaliação do impacto ambiental para cada atividade de construção civil serão enviados ao

Banco Mundial para análise e aprovação. As licenças ambientais "preliminar", "de

instalação" e "operacional" relacionadas a cada uma das intervenções de construção civil

também serão enviadas ao Banco Mundial. A apresentação da licença preliminar ao Banco

Mundial será uma condição para o início da licitação das obras correspondentes e o envio da

licença de instalação, uma condição para a assinatura do contrato de obras correspondente.

Essas condições para a implementação serão incluídas no OM do Programa.

Principais impactos ambientais positivos esperados do Programa

2. Manter o controle operacional dos reservatórios - O principal impacto ambiental positivo

esperado é a manutenção do controle operacional dos reservatórios de água potável por meio

do combate ao aumento da deterioração da atual qualidade da água dos reservatórios

garantindo, assim, o uso contínuo das águas como material potável para os moradores da

MRSP. Por meio de exemplo, o gráfico abaixo ilustra os resultados esperados das

intervenções do Programa destinadas a preservar e melhorar a qualidade da água do

reservatório de Guarapiranga mediante o controle das cargas de fósforo que entram na

represa. Todos os números apresentados no gráfico foram calculados com o uso do modelo

de qualidade da água MQUAL 2.0, que estabelece a correlação entre os padrões de uso da

terra, as cargas de fósforo geradas e a qualidade da água resultante.

3. A quantidade de fósforo gerada durante o ano de 2006, tendo em vista o atual tamanho da

população e o consumo de água, é de aproximadamente 580 kg/dia. Isso é 27% menos do que

os 800 kg/dia que se poderia esperar para os dias de hoje, caso o Programa de Guarapiranga

não tivesse sido realizado. Para 2021, é projetada uma carga de fósforo de 725 kg/dia

(supondo-se as projeções regulares da população e os parâmetros de consumo de água) - 275

kg/dia menos do que o cenário "sem Programa" para o Projeto Guarapiranga - e comparado

também com uma carga de 625 kg/dia que seria gerada no caso de o Programa Mananciais

ser executado.

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4. Os cenários apresentados na Figura 10.1 podem variar com as mudanças na bacia de

Guarapiranga devido às variações na eficiência operacional dos sistemas de esgoto ou devido

a um maior crescimento da população das favelas e assentamentos irregulares no entorno do

reservatório. Esses desenvolvimentos sem dúvida alterariam as curvas de projeção de

poluição e teriam um impacto substancial nos resultados da qualidade da água para os

cenários "com" e "sem" Programa, tanto para o Programa Guarapiranga quanto para o

Programa Mananciais de APL Horizontal proposto.

Figura 10.1 Carga de fósforo gerada na bacia hidrográfica de Guarapiranga

400

450

500

550

600

650

700

750

800

850

900

950

1000

2006 2011 2016 2021

Ano

Ca

rga

de

sfo

ro G

era

da

(kg

/dia

)

Sem Programa Guarapiranga Situação Atual Com Progama Manancias

5. Os investimentos feitos nas obras de tratamento de água do Alto Boa Vistam, juntamente

com os efeitos de diluição da transferência de água dos rios Taquacetuba e Capivari/Monos

para o reservatório de Guarapiranga, são fatores cruciais para a posição da SABESP com

relação à manutenção de Guarapiranga como reservatório de água bruta para o sistema de

água potável da cidade, apesar do fato de a carga de fósforo gerada atualmente ser quase o

dobro da quantidade que foi projetada quando a lei sobre uso da terra específica para

Guarapiranga foi preparada. A não execução do Programa Guarapiranga certamente teria

levado a uma situação consideravelmente mais perniciosa no tocante à qualidade da água do

que a que existe hoje.

6. As intervenções sob os respectivos componentes do Programa, descritas em mais detalhes no

Anexo 4, foram identificadas mediante a adoção da seguinte metodologia analítica: os atuais

padrões de uso da terra nas duas bacias de reservatórios mais urbanizadas, Guarapiranga e

Billings (onde serão investidos 75% dos recursos do Programa), foram mapeados e

carregados em um modelo matemático baseado em computador de uso da terra/qualidade da

água (MQUAL2). O modelo foi então utilizado para identificar as importantes fontes de

poluição nos dois reservatórios. Foi identificada uma correlação muito forte entre as áreas

altamente urbanizadas das bacias em geral e a carga de poluição e entre as áreas densamente

Sem o Projeto Guarapiranga Com o Projeto Mananciais Sem Mananciais

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ocupadas de modo informal da bacia, mais especificamente, e as taxas de poluição. O

mapeamento identificou também os bolsões de pobreza nessas duas bacias e estabeleceu sua

correlação com as cargas de poluição. O exercício de mapeamento e modelagem do uso da

terra, cargas de poluição e taxas de pobreza foi então utilizado como base para identificar e

priorizar os tipos de intervenção física a serem realizados nos termos do Programa

Mananciais nas duas bacias: abastecimento de água; coleta e tratamento de águas residuais;

manejo e descarte de resíduos sólidos; drenagem; melhoria urbana; intervenções de inclusão

social; áreas de lazer e parques.

7. Melhorar a qualidade da água dos cursos d'água que contribuem significativamente para

prejudicar a qualidade dos reservatórios - A ampliação da cobertura do sistema de coleta de

águas residuais nas áreas das represas de Guarapiranga e Billing proporcionará a melhoria da

qualidade da água nos cursos d'água que correm para os respectivos reservatórios. As

atividades do Programa que contribuem para esse objetivo são: (i) Urbanização de favelas e

de assentamentos irregulares, o que contribuirá de modo decisivo para a melhoria da

qualidade da água dos cursos de água, levando infraestrutura de águas residuais, drenagem e

detritos sólidos a essas áreas informais; (ii) Urbanização e reassentamento das famílias que

vivem em áreas de risco de deslizamentos e inundações também contribuirão para a melhoria

da qualidade da ocupação urbana e social das bacias das cabeceiras dos rios e,

consequentemente, da qualidade das massas de água nos arredores; e (iii) A recuperação de

áreas degradadas contribuirá para a melhoria da qualidade da água e para a redução do

transporte de sedimentos e do consequente assoreamento dos cursos de água, bem como dos

próprios reservatórios.

8. Controlar a ocupação irregular das áreas do reservatório e melhorar o uso de terras

urbanas - O programa alcançará esse objetivo mediante atividades como: (i) A

implementação de parques urbanos e a recuperação de áreas degradadas, o que desestimulará

novas ocupações irregulares de terras, aumentará a ocupação ordenada de terra e construirá

instalações de lazer a preços mais razoáveis para a população; (ii) A implementação de novos

espaços públicos e áreas de lazer que também aumentarão consideravelmente as

oportunidades de recreação e lazer nas favelas urbanizadas, nos assentamentos irregulares e

nas margens dos reservatórios. Os esportes aquáticos e atividades semelhantes também se

beneficiarão da melhor qualidade da água e da redução dos incômodos causados por

macrófitos e outras plantas aquáticas; (iii) As ações voltadas para o fortalecimento

institucional, formulação de capacidade técnica e tecnológica e treinamento gerencial, aliados

à melhoria do monitoramento e inspeção ambiental, bem como o monitoramento do uso e

ocupação da terra, contribuirão para uma melhor gestão da ocupação humana das bacias, com

ênfase especial no aumento do controle da ocupação irregular; e (iv) Campanhas de

promoção ambiental e de saneamento contribuirão para a conscientização das comunidades

quanto ao desenvolvimento do uso apropriado da terra, a importância de conectar-se aos

sistemas de esgotamento sanitário, comportamento adequado da comunidade com relação ao

descarte de resíduos sólidos e o uso de drenagem e sistemas de esgoto, etc.

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84

Tabela 10.1 Resumo dos impactos ambientais decorrentes das intervenções físicas do Programa

COMPONENTE DO

PROGRAMA IMPACTOS POSITIVOS IMPACTOS NEGATIVOS

1) Formulação da capacidade

institucional (apoio,

acompanhamento, monitoramento e

implementação) e sistemas de gestão

do fortalecimento nas áreas de

intervenção.

Obras planejadas:

Centro de Integração de

Cidadania, Grajaú

(Guarapiranga) Criação do

Centro de Referência em

Educação Ambiental

(Guarapiranga e Billings)

Obras de construção civil

relacionadas à criação de

Centros de Promoção da

Ecologia e Cidadania

Impactos físicos e bióticos:

melhoria da qualidade ambiental e social;

melhoria da limpeza e eliminação de contaminantes nas

áreas circunvizinhas (CIC - Projeto Reciclagem de Atitude,

etc.);

redução da poluição visual e áreas degradadas.

Impactos socioeconômicos:

melhoria do acesso para os cidadãos (especialmente aqueles

dos escalões de rendimento mais baixo) ao sistema de

justiça e outros serviços públicos;

aumento das formas comunitárias de organização;

transformação do espaço urbano resultando em valorização;

melhoria da educação nas comunidades;

melhoria da qualidade da informação e assistência social;

aumento da segurança (Policiamento Comunitário);

aumento do número de eventos socioculturais e de oferta de

oportunidades de melhoria do contato social e bem-estar;

empregos diretos/indiretos e renda gerados pelas obras de

construção civil;

aumento da conscientização da população acerca da

necessidade de proteger as cabeceiras dos rios.

Impactos físicos e bióticos:

acúmulo de resíduos sólidos e efluentes

oriundos dos canteiros de obras;

assoreamento de áreas a jusante (causado pela

construção civil);

poluição sonora e atmosférica (poeira e

partículas);

remoção de vegetação para abrir espaço para

as obras de construção civil;

Impactos socioeconômicos:

desconforto para a população que reside nas

proximidades de obras (problemas de

acessibilidade, etc.)

durante a operação do CIC, movimento

intenso de veículos pesados e de pessoas,

causando desconforto para os habitantes das

áreas circunvizinhas, além de provocar

congestionamento de trânsito no local;

especulação e aumento dos preços relativos às

propriedades destinadas a fins comerciais/de

serviços próximo aos CICs.

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COMPONENTE DO

PROGRAMA

IMPACTOS POSITIVOS

IMPACTOS NEGATIVOS

2) Melhoria urbana

Obras planejadas:

Obras de construção civil

voltadas para a urbanização

de favelas e revitalização

urbana (Guarapiranga e

Billings)

Reassentamento de famílias

das áreas da categoria 1

(Grande Alvarenga)

Obras de recuperação nas

áreas da categoria 1

desocupadas em

consequência do

reassentamento das famílias

(Grande Alvarenga)

Obras de melhoria urbana e

ambiental nos

assentamentos

Obras de construção a

novas Unidades

Habitacionais

Impactos físicos e bióticos:

melhor qualidade da água dos córregos, canais, etc. em

consequência da remoção de águas residuais e cargas de

poluição (do local selecionado e de áreas a jusante);

melhoria das condições de saúde ambiental;

redução da poluição e de outros fatores que causam

degradação da flora e fauna locais;

proteção e recuperação das áreas de Categoria 1 e APPs

(especialmente nas margens dos reservatórios de

Guarapiranga e Billings);

melhoria e monitoramento do escoamento e drenagem da

água para evitar acúmulo de água e lixo;

eliminação de situações de risco geotécnico e ambiental.

Impactos socioeconômicos:

melhoria da acessibilidade, habitabilidade e segurança e

fornecimento de mais oportunidades de contato social;

melhoria dos sistemas de coleta de lixo como resultado do

melhor acesso a localidades que não atendidas

anteriormente;

melhoria das condições de saneamento e qualidade de vida

para a população;

redução da contaminação e de doenças relacionadas à água e

excretos causadas por águas residuais e a redução

concomitante dos custos da saúde;

melhoria da qualidade e distribuição de água potável com

melhor controle dos vazamentos;

redução de insetos e vetores atraídos por água acumulada,

águas residuais e lixo;

ordenamento territorial e urbano, com a consequente

melhoria dos padrões de vida;

valorização dos preços dos imóveis nas áreas selecionadas e

nas circunvizinhanças.

Impactos físicos e bióticos:

escoamento do solo para os cursos de água

minando a qualidade da água durante a etapa

de obras de construção civil; deterioração da

qualidade do ar (poeira e partículas), acúmulo

de lixo e entulho causando poluição visual nas

ruas; remoção ou achatamento da vegetação

para abrir espaço para ruas/estradas;

obstrução das redes de drenagem porque a

terra, lixo ou entulho afetam o sistema de

escoamento de água.

Impactos socioeconômicos:

desconforto para pedestres e população local,

além de acesso restrito para veículos durante a

etapa de obras (tendo em vista a dimensão

estreita das vias de acesso/becos nas favelas);

ruído e vibração durante a fase de obras

causada por equipamentos para movimentação

de terra e outra maquinaria;

odores desagradáveis durante as obras de

construção oriundos das redes de águas

residuais e de poluentes que se concentram em

certos pontos (antes das conexões).

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COMPONENTE DO PROGRAMA IMPACTOS POSITIVOS IMPACTOS NEGATIVOS

3) Proteção e recuperação ambiental

Obras planejadas:

Obras de construção civil e

revitalização urbana e

recuperação de áreas degradadas

(Guarapiranga, Billings e Alto

Tietê)

Obras relacionadas a criação de

parques (Parque Nove de

Julho—Guarapiranga; Parques

Lineares -Billings; Parques

Ribeirão Pires e Rio Grande da

Serra)

Recuperação da vegetação das

margens da Barragem de

Billings

Recuperação das áreas

degradadas e revitalização

urbana

Construção de instalações para a

remoção das cargas de poluição

(Guarapiranga, Billings, Alto

Tietê, Juqueri Cantareira e Alto

e Baixo Cotia)

Criação de terras úmidas nas

áreas férteis inundadas da área

da represa do Rio Parelheiros /

Itaim Guarapiranga

Dragagem dos reservatórios de

Isolina Superior (Cotia) Paiva

Castro (Cantareira)

Infraestrutura para a aplicação

de algicidas no Reservatório

Paiva Castro

Impactos físicos e bióticos:

redução das cargas de poluição que fluem para os

reservatórios de Guarapiranga, Billings, Taiaçupeba e

Paiva Castro (inclusive redução das cargas não

pontuais).

recuperação e reforma das funções ecológicas das áreas

de Categoria 1 e das APPs (Área de Preservação

Permanente) para garantir a melhoria da qualidade

ambiental;

criação de ambientes para auxiliar a manutenção da

biodiversidade;

o valor dos recursos socioeconômicos da área da

represa reconhecido e criação de maior conscientização

da comunidade com relação ao uso sustentável das

áreas das cabeceiras dos rios;

melhoria dos aspectos estético e ambiental da

paisagem;

equilíbrio ecológico alcançado com a ampliação das

áreas verdes permeáveis que contribuem para

minimizar os efeitos da inundação nas estações

chuvosas e para melhorar o ambiente e o ecossistema

do locais;

recuperação das áreas degradadas com o objetivo de

garantir condições naturais equilibradas nas áreas

afetadas;

redução e/ou eliminação da degradação ambiental

(erosão/poluição, etc.)

eliminação de riscos geotécnicos e de inundações com

a realização de obras de construção civil relacionadas à

consolidação geotécnica, à construção de canais (para

auxiliar o fluxo de água nos córregos) ou ao

fortalecimento das margens dos córregos.

Impactos socioeconômicos:

Impactos físicos e bióticos:

escoamento do solo para os cursos de água

minando a qualidade da água durante a etapa

de obras de construção civil;

degradação da qualidade do ar (poeira e

partículas) durante a etapa de obras devido à

presença de veículos pesados para

movimentação de terra e outra maquinaria;

problemas causados pelo acúmulo de lixo e

entulho nas ruas e efluentes oriundos dos

canteiros de obra, inclusive sedimentos de

poluição visual, esterco e fertilizantes que

chegam às estradas/ruas públicas, redes de

drenagem (em consequência do plantio de

árvores nas áreas urbanas) ou à represa de

Billings (em consequência do trabalho de

recuperação da vegetação) no curso do plantio

na área urbana (ex.: calçadas e praças) e nas

áreas de Categoria 1 - APPs, causando a

degradação da qualidade da água, bem como

efeito negativo na qualidade do meio

ambiente.

Contexto socioeconômico:

descontentamento social que surge durante as

obras de contenção (recuperação das áreas

degradadas com possibilidade de

reassentamentos provisórios);

desconforto causado aos moradores e

pedestres e acesso restrito de veículos durante

a fase de obras;

ruído e vibração durante a fase de obras

causados por equipamentos para

movimentação de terra e outra maquinaria que

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modificação dos atuais usos das margens do

reservatório, proporcionando uma melhor

qualidade de vida à população;

renda e empregos diretos/indiretos gerados durante

a fase de obras.

pode danificar a estrutura de imóveis na área

afetada.

Obras de construção civil a

serem realizadas para construir

parques nos arredores dos

reservatórios de Paiva Castro

(Sistema Cantareira) e Isolina

(Sistema Cotia).

Plantio de árvores nas áreas

urbanas de Grande Alvarenga

Obras de construção civil em

Grande Alvarenga para

urbanizar e revitalizar áreas

públicas e construir instalações

de lazer para uso da comunidade

Criação de parques na Área de

Proteção das Cabeceiras- Grande

Alvarenga

Recuperação da vegetação das

margens do Reservatório de

Billings na faixa de 50 metros e

nas áreas habitadas - obras em

Grande Alvarenga para

recuperar áreas degradadas -

Grande Alvarenga

melhoria das condições de saúde humana e ambiental;

melhoria das condições de saúde ambiental;

melhorias urbanas e valorização dos preços dos

imóveis nas áreas de intervenção;

melhoria socioambiental e áreas de recreação e lazer

ampliadas (praças, áreas verdes acessíveis ao público,

etc.);

melhoria do bem-estar social e mais contato social

resultando em níveis mais baixos de criminalidade

urbana;

moradores incentivados a sentirem que pertencem aos

seus bairros e à cidade, criando, dessa forma, laços de

afeição com a área;

possibilidade de criar um sistema integrado de parques

e áreas verdes para lazer, etc., na área das cabeceiras;

reconhecimento pela população local de que os espaços

públicos contribuem para o equilíbrio ambiental

(produzindo boas perspectivas para a sustentabilidade

de longo prazo das intervenções e preservação e

cuidado apropriados dos equipamentos fornecidos para

uso da população).

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COMPONENTE DO

PROGRAMA IMPACTOS POSITIVOS IMPACTOS NEGATIVOS

4) Abastecimento de água e

saneamento integrados

Obras planejadas:

Transformação de lixões em

aterros sanitários no

município de Embu-Guaçu

Correção dos lixões

clandestinos de detritos

sólidos na área da represa

de Billings

Sistema de retenção de

entulho a ser instalado na

Estação de Tratamento de

Água Alto Boa Vista (ETA)

- Reservatório de

Guarapiranga

Implantação de módulos

tubulares nos decantadores;

remoção de lodo das ETAs;

instalações para

armazenamento de cal e

sistemas de reciclagem de

águas de lavagem

Expansão dos sistemas de

águas residuais (redes,

coletores, etc.), ampliação e

melhoria operacional da

ETE Mairiporã (eliminação

de vazamentos,de águas

residuais, etc.)

Expansão e melhorias dos

sistemas de abastecimento

de água (reservatório, redes

de distribuição, etc.) nos

setores Shangri-la e PAT

Impactos físicos e bióticos:

redução significativa das cargas poluidoras dos córregos

com a redução dos níveis de poluição, dos reservatórios,

proporcionando uma melhor qualidade da água para

consumo público (após a criação da infraestrutura de

abastecimento de água e águas residuais);

melhoria da qualidade ambiental e social das áreas situadas

a jusante das estações de remoção de nutrientes;

redução da poluição visual, dos odores e dos demais fatores

que impactam de forma negativa os recursos hídricos das

áreas atendidas;

melhoria das condições físicas, hidrológicas e

hidrodinâmicas dos reservatórios, propiciando a melhoria

das condições operacionais e ampliando a capacidade de

produção de água nas sub-bacias beneficiadas pelas ações

do Programa;

retirada dos sedimentos inertes e/ou matéria orgânica

prejudiciais à captação de água e ao equilíbrio ambiental;

melhores controle da proliferação de algas com a melhoria

da aplicação de algicidas;

ampliação das perspectivas de restauração da vida aquática

nos cursos d’água e melhoria das condições ecológicas

necessárias à manutenção da biodiversidade nos

reservatórios, contribuindo para o equilíbrio ambiental;

menor probabilidade de proliferação das plantas aquáticas e

macrófitas e dos riscos à saúde causados por insetos e

vetores

Impactos socioeconômicos:

melhoria das condições ambientais e de qualidade da água

(manejo adequado do chorume e menor contaminação pelos

resíduos dispostos irregularmente);

Impactos físicos e bióticos:

acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do

canteiro de obras, com prejuízo à paisagem e à

qualidade da água;

assoreamento de partes da área a jusante com

os detritos sólidos dos canteiros de obras

poluição sonora e atmosférica (poeiras e

partículas) causadas pela movimentação de

terra, caminhões, veículos pesados e outros

equipamentos;

vegetação nas margens dos córregos e reforma

da paisagem em consequência do trabalho de

construção e canalização

risco de carreamento do lodo para os córregos

durante as obras, caso não seja

adequadamente removido e transportados para

os aterros sanitários ou outras áreas de

disposição final (estação de remoção de

nutrientes);

risco geotécnico de colapso e risco geológico

de contaminação (remediação do aterro do

Alvarenga e construção do aterros sanitário do

Embu-Guaçu);

degradação e contaminação dos solos

causadas por resíduos nas áreas de descarte

(aterros);

interferência na fauna aquática (peixes e

organismos bentônicos) causada pela retirada

de sedimentos do fundo dos reservatórios

Isolina e Paiva Castro;

aumento temporário dos sólidos em suspensão

e revolvimento da matéria orgânica

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89

Prosanear

COMPONENTE DO

PROGRAMA IMPACTOS POSITIVOS IMPACTOS NEGATIVOS

Obras de remediação para

recuperar a área do Lixão do

Alvarenga

melhoria da aparência da paisagem e da qualidade do ar;

redução da exploração clandestina de resíduos dos lixões e

recuperação, manutenção e monitoramento das instalações

físicas dos aterros sanitários com o objetivo de controlar e

eliminar as fontes de contaminação do solo e poluição da

água;

redução dos custos operacionais e gastos com produtos

químicos para controlar as florações de algas (algicidas

utilizados nos reservatórios e outros produtos para o

tratamento da água bruta);

empregos diretos/indiretos e renda gerados durante a etapa

de obras;

melhoria da saúde humana e ambiental;

alternativas criadas para o manejo apropriado e controlado

de lodo das ETAs selecionadas pelo Programa (ETA ABV,

Rio Grande, Taiaçupeba, etc.);

melhoria da qualidade de vida e contato social resultante de

melhores condições sanitárias (após a remoção e tratamento

das águas residuais);

melhoria dos serviços públicos de água e águas residuais,

particularmente nas áreas de baixa renda (favelas e

assentamentos irregulares);

redução das taxas de morbidade e mortalidade infantil,

gerando economia com serviços médicos;

redução dos riscos de contaminação dos peixes e menor

probabilidade de os pescadores e demais usuários do

reservatório, das várzeas e dos rios (crianças, esportistas,

nadadores, etc.) estarem expostos a doenças associadas à

água e a excrementos;

atração de investimentos para a região graças a novas

oportunidades na área de serviços;

valorização dos terrenos urbanos;

melhoria das condições operacionais na produção e

distribuição de água e na operação dos sistemas de águas

residuais por meio de atualização técnica (impedindo os

alagamentos e reparando defeitos nos sistemas, etc.)

dragagem de sedimentos dos fundos dos

reservatórios, o que afeta a qualidade da água;

geração e acúmulo de resíduos sólidos (lodo)

em consequência da dragagem de sedimentos

dos fundos dos reservatórios, provocando

odores desagradáveis e atraindo insetos

vetores, a menos que o lodo seja coletado e

retirado corretamente durante as obras; o risco

de o lodo entrar nos córregos, a menos que

seja descartado de forma adequada (exe.; mp

ETE Mariporã)

Impactos socioeconômicos:

conforto e bem-estar social da população que

vive nos arredores das obras de construção

civil perturbadas pela dificuldade de acesso;

aumento dos custos operacionais devido à

necessidade de utilizar produtos químicos para

retirar e transportar lodo, custos de

eletricidade, etc.

incômodo causado aos pedestres e ao tráfego

de veículos no local pelas modificações nas

vias de acesso ocasionadas pelas obras;

possibilidade de acidentes de trabalho;

necessidade de áreas de despejo de excedente

de materiais;

aumento dos custos operacionais e de

monitoramento durante a etapa operacional e

de manutenção do aterro sanitário.

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90

C. Conformidade com a política de salvaguardas do Banco Mundial

9. O Programa recebeu a classificação de Categoria Ambiental A em conformidade

com as respectivas políticas de salvaguarda. O programa aciona as seguintes

salvaguardas: OP 4.01 (Avaliação Ambiental); OP 4.04 (Habitats Naturais); OP 4.11

(Recursos Culturais Físicos), OP 4.12 (Reassentamento Involuntário); e OP 4.37

(Segurança das Barragens). Essas políticas são tratadas em detalhe no Relatório de

Avaliação Ambiental do Programa.

Políticas de salvaguarda acionadas pelo projeto Sim Não

Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) [X] [ ]

Habitats Naturais (OP/BP 4.04) [X] [ ]

Controle de Pragas (OP 4.09) [ ] [X]

Recursos Culturais Físicos (OP/BP 11.03) [X] [ ]

Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) [X] [ ]

Povos Indígenas (OP/BP 4.10) [ ] [X]

Florestas (OP/BP 4.36) [ ] [X]

Segurança de Barragens (OP/BP 4.37) [X] [ ]

Projetos em Áreas Controversas (OP/BP 7.60)* [ ] [X]

Projetos em Vias Aquáticas Internacionais (OP/BP 7.50) [ ] [X]

10. Avaliação ambiental (OP 4.01) Foi preparada uma SEA regional pelo Mutuário em

associação com a SMA. As intervenções de infraestrutura gerarão impactos

ambientais negativos temporários durante seus respectivos períodos de construção,

mesmo naqueles casos em que as intervenções tenham o objetivo de mitigar as áreas

de degradação e risco existentes. Será, portanto, necessário aderir aos critérios e

procedimentos adequados contidos no Manual Ambiental para Construção do SEA.

Os impactos ambientais das intervenções de obras do Programa são devidamente

descritos no SEA e estão resumidos na Tabela 10.1 para cada entidade executora. A

lista inclui um grupo de atividades, estudos e programas para mitigar, atenuar e/ou

neutralizar os impactos negativos ocasionados pela implementação das obras de

construção civil, bem como destacar os efeitos positivos esperados das intervenções.

Essas atividades são também apresentadas nos respectivos anexos do próprio SEA e

nos Planos de Gestão Ambiental de cada entidade executora.

11. Habitats Naturais (OP 4.04) As áreas de Categoria 1 e APPs estão localizadas ao

longo das margens dos reservatórios e cursos de água que são objetos do Programa.

Elas contêm faixas que foram degradadas pela ocupação urbana irregular, inclusive

habitações de baixo padrão de construção. Contêm também várias áreas de

preservação, além de outras áreas que podem ser recuperadas. As intervenções

nessas áreas focará a remoção das famílias e, após a transferência, a recuperação

ambiental e paisagística da área degradada em questão. No caso de áreas

parcialmente degradadas ou ainda preservadas, a estratégia será protegê-las e

preservá-las por meio de ações de recuperação e criação de vários parques

(incluindo parques lineares nas margens do reservatório Billings).

12. Recursos Culturais Físicos (OP 11.03) O Programa incluirá as atividades de

construção e escavação para ampliar e substituir infraestrutura, portanto, a SEA

incluiu o rastreamento de qualquer propriedade cultural conhecida na área do

* By supporting the proposed project, the Bank does not intend to prejudice the final determination of the parties'

claims on the DISPUTED areas

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Programa e incorporou procedimentos de "descoberta fortuita" para o caso de serem

descobertos recursos de importância cultural durante a implementação. Além disso,

o Brasil dispõe de uma estrutura legislativa e normativa bem desenvolvida, que está

sob a supervisão do IPHAN, e que será seguida durante a implementação.

13. Reassentamento Involuntário (OP 4.12) - Um RPF para orientar o reassentamento

involuntário que será realizado pelo Programa foi preparado em conformidade com

as diretrizes e requisitos de salvaguarda do Banco Mundial. Planos de Ação de

Reassentamento (RAPs) para cada Intervenção do Programa que implique

reassentamento serão preparados com base nos projetos de engenharia concluídos

durante a implementação do Programa. Todos os RAPs serão enviados ao Banco

Mundial para revisão e aprovação antes da assinatura do contrato de obras de

construção civil.

14. Segurança de Barragens (OP 4.37) O Programa prevê trabalhos de

dragagem/desassoreamento nos três reservatórios utilizados atualmente como parte

do sistema de abastecimento de água da MRSP, a saber, os reservatórios de Isolina

Superior e Isolina Inferior no sistema de Cotia, e o reservatório Paiva castro no

sistema Cantareira. Os trabalhos de dragagem/desassoreamento devem ser

realizados somente após o segundo ano de implementação do Programa. Os

reservatórios são formados por pequenas barragens em dois ou três casos (Isolina

Superior e Isolina Inferior) e por uma grande barragem no outro caso (Paiva castro,

que tem 22 metros de altura). Durante a preparação dos projetos de engenharia para

as intervenções de dragagem/desassoreamento na barragem Paiva Castro segundo o

Projeto da SABESP, o Banco Mundial e as equipes da contraparte avaliarão as

implicações para a OP 4.37 quanto à segurança e manutenção da represa e, se

necessário, fornecerão ao Banco Mundial a documentação correspondente, inclusive

um plano de ação para tratar de quaisquer questões em conformidade com a

solicitação da OP, antes de iniciar o processo de licitação para quaisquer obras

relacionadas.

D. Plano de Gestão Ambiental

15. O Plano de Gestão Ambiental (EMP) da SEA consiste em uma série de medidas

preventivas, de mitigação e compensatórias para neutralizar os possíveis impactos

negativos da implementação do Programa que tenham sido identificados. Todavia, é

preciso ressaltar que o principal impulso do Programa Mananciais consiste em um

grupo de atividades voltadas para a recuperação socioambiental e a correção e

mitigação das situações ambientais e sociais problemáticas e vulneráveis que

tenham sido identificadas nas sub-bacias. P EMP faz referência a todos os

componentes, subcomponentes e atividades do Programa. A Tabela 10.2 apresenta

uma descrição resumida das ações recomendadas pelo EMP (cujos custos estão

incorporados no orçamento do Programa).

16. Partes interessadas (stakeholders) - Além das entidades dos governos estadual e

municipal diretamente envolvidas na execução do Programa (GESP, SABESP,

SSRH (antiga SSE), SMA, SH/CDHU, PMSBC, PMG), a avaliação social

identificou também as principais partes interessadas que participarão da

implementação do Programa, inclusive ONGs ambientais e sociais e associações

comunitárias.

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Tabela 10.2 Descrição do resumo dos programas que compreendem o Plano de Gestão Ambiental

Componentes do

programa Ações incluídas no EMP

Entidade executora: SSRH – Secretaria de Abastecimento de Água, Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (antiga SSE)

Desenvolvimento

de capacidade

institucional

Suporte Técnico para a operação, integração e atualização dos instrumentos de gestão (GIS e PDPA), monitoramento do uso da terra e

ocupação e medidas para garantir que a terra esteja em conformidade com a legislação atual (Itapecerica da Serra, Embu e Embu-

Guaçu); Centro de Integração da Cidadania (CIC); concebendo, desenvolvendo, estruturando e fornecendo o contexto institucional

para as ferramentas técnicas necessárias para garantir suporte aos gerentes na administração municipal local situada nas áreas da bacia

do Juqueri-Cantareira (São Paulo, Guarulhos e Mairiporã), Billings (São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Rio

Grande da Serra e Ribeirão Pires) e Juqueri-Cantareira (São Paulo, Guarulhos e Mairiporã) bacias de captação; educação ambiental,

monitoramento, suporte técnico e operacional após a conclusão das obras de construção civil e acompanhamento com as comunidades

pós-ocupação; gerenciamento de programas; estudos realizados sobre o usuário e população beneficiária, incluindo o uso de um estudo

de amostras em todas as cinco áreas de captação abordadas pelos programas; operações do sistema de gestão; rede de informações no

suporte de gestão; concepção técnica, estruturação e estabelecimento da rede de informações; divulgação pública do sistema de gestão;

realização de seminários internacionais anuais sobre recursos hídricos e desenvolvimento urbano; auditoria ambiental independente;

ampliação da atividade econômica, empreendedorismo e inclusão social, programa de desenvolvimento focado em atividades

econômicas compatíveis; geração de empregos e rendas para direcionar a proteção ambiental; gestão das intervenções do Programa

Mananciais.

Melhoria urbana

Estabelecimento de áreas para uso comunitário — recuperação de áreas degradadas; projeto e obras de construção civil, relacionadas à

revitalização urbana e recuperação de áreas degradadas nas sub-bacias Guarapiranga e Billings.

Abastecimento

integrado de água

e saneamento

Os projetos e obras de construção civil voltados para a construção de um aterro sanitário no município de Embu-Guaçu e uma

avaliação a ser preparada com relação à capacidade operacional e de suporte dos aterros existentes; identificação e avaliação de onde

como os resíduos sólidos clandestinos estão dispostos; aquisição e manutenção de equipamento de limpeza para áreas públicas de

limpeza e para ajudar na coleta de resíduos sólidos urbanos.

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Componentes do

programa Ações incluídas no EMP

Entidade executora: SMA — Secretaria Ambiental do Estado de São Paulo

Desenvolvimento

de capacidade

institucional

A criação de capacidades para agentes ambientais; workshops sobre a criação de capacidades para a nova Legislação do Uso da Terra;

Exposição Itinerante; Centro de Referência em Educação Ambiental; coleção de vídeos educacionais sobre água e meio ambiente;

projeto Antena Verde sobre educação ambiental por meio de transmissões de rádio; implementação de um sistema de cumprimento

ambiental nas bacias de captação Guarapiranga e Billings ligado ao sistema de inspeção integrado da bacia do Alto Tietê; melhoria das

instalações físicas com o objetivo de estabelecer um Sistema de Inspeção Ambiental voltado para o uso da terra e a ocupação humana

nas bacias de captação do Guarapiranga, Billings, Alto Tietê-Cabeceiras e Juqueri-Cantareira; concebendo, desenvolvimento e

executando o Programa de Monitoramento da Ocupação e Uso da Terra empregando imagens de satélite; supervisão de campo e um

Sistema de Comunicações Integrado para facilitar o contato entre agentes de inspeção ambiental; monitoramento de qualidade

ambiental.

Abastecimento

integrado de água

e saneamento

Obras de construção civil para criar o Parque Nove de Julho, abrangendo 26,9 hectares; estudos, designs e obras de construção civil

relacionadas à criação de parques em torno do reservatório Billings nos municípios de São Paulo, Ribeirão Pires e Rio Grande da

Serra, abrangendo uma área de 767.000 m2 (76.7 ha); projetando e executando o reflorestamento dos bancos da represa Billings;

design e obras de construção civil para a recuperação de áreas degradadas e revitalização de áreas urbanas no município de São Paulo

(para cobrir 3,6 hectares); Plano para Controlar o Transporte de Cargas Perigosas (incluindo a cobertura da bacia de Guarapiranga).

Entidade executora: PMSBC— Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo; CDHU—Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano do Estado de São Paulo.

Melhoria urbana

Urbanização de assentamentos irregulares e precários selecionados nas sub-bacias de Guarapiranga e Billings em locais a serem

definidos após a conclusão dos PDPA.

Reassentamento das famílias afetadas pelas intervenções da urbanização ou vivendo em áreas de alto risco ou degradadas (unidades

habitacionais a serem construídas pela CDHU).

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Componentes do

programa Ações incluídas no EMP

Entidade executora: SABESP—Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Desenvolvimento de

capacidade institucional

Desenvolvimento de instrumentos técnicos (para gestão); modelos hidrodinâmicos dos reservatórios de Guarapiranga, Rio

Grande, Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paiva Castro e Atibainha; um sistema para apoiar a tomada de decisões e supervisão

da operação integral do sistema de transmissão dos condutos de alimentação das nascentes da MRSP; educação e

monitoramento ambiental (inclusive após as obras).

Proteção e Recuperação

Ambiental

Usinas de Remoção de Cargas Poluentes; Pântano Parelheiro; retenção de dejetos na área de entrada do sistema de

tratamento de águas do Guarapiranga; planos de gestão (Capivari, Rio Claro, Morro Grande); remoção de macrófitos;

desassoreamento de reservatórios (Paiva Castro e Isolina); infraestrutura instalada para aplicar algicidas; criação de parques

(Paiva Castro, Atibainha, Cachoeirinha e Isolina); melhorias na Estação Elevatória de Santa Inês (ESI).

Abastecimento integrado de

água e saneamento

Melhoria dos processos de tratamento de água - automação das ETA ABV, Rio Grande, Rio Claro, Guaraú, e Alto e Baixo

Cotia, incluindo melhorias e reparos na filtração e nos processos; instalação de sistemas de remoção de sedimentos nas

ETAs; Sistemas de Recuperação de Água para Lavagem; instalação de sistemas de abastecimento de água (PAT

PROSANEAR e Shangri-la); desenvolvimento e/ou ampliação das usinas elevatórias de águas residuais; ampliação da rede

coletora de águas residuais (coletores de rede, linhas de bombeamento etc.); expansão da ETE Mairiporã; Treinamento

Técnico; otimização e modernização operacional (controle); eliminação de transbordamentos.

Entidade executora: PMSBC—Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo

Desenvolvimento de

capacidade institucional

Educação ambiental; monitoramento e inspeção; planejamento integrado; monitoramento de processos erosivos e produção

de sedimentos; programa de desenvolvimento relacionado a atividades econômicas; geração de empregos e de receitas a

serem alocados para proteção ambiental; controle de descarte clandestino de resíduos sólidos.

Urbanização

Preparação de pesquisas e programas relacionados aos usos residenciais/reassentamentos; urbanização de assentamentos

irregulares e precários selecionados; realocação de famílias de áreas de categoria 1 e recuperação das áreas não ocupadas

durante a realocação de áreas de categoria 1; regularização e urbanização/ambiental dos assentamentos; acompanhamento

socioambiental para intervenções urbanas e habitacionais.

Proteção e Recuperação

Ambiental

Sustentabilidade urbana; urbanização de áreas públicas — criação de praças e áreas de lazer; criação de parques e unidades

de conservação; revegetação; recuperação de áreas degradadas (intervenções de custo baixo em encostas, barrancos e áreas

produtoras de sedimentos — área de captação de Rio Grande e Taquacetuba); controle do transporte de cargas perigosas.

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Componentes do

programa Ações incluídas no EMP

Entidade executora: PMG—Prefeitura Municipal de Guarulhos 1.616,18

Desenvolvimento de

capacidade institucional

Estudo com objetivo de ampliar o Programa de Educação Ambiental e aquisição de materiais e equipamentos para o

programa; estudo sobre a criação, regulamentação e introdução da inspeção/execução municipal na bacia de captação do

Cabuçu, para a fonte de água subterrânea e a sub-bacia de Tanque Grande; um estudo sobre o desenvolvimento e a criação

do SIG; aquisição de equipamento e software para o SIG, além de treinamento; aquisição de equipamentos para o

Laboratório Central.

Proteção e Recuperação

Ambiental

Estudo sobre a criação e recomendação da Área de Proteção Ambiental (APA) municipal (sub-bacia do Tanque Grande);

projetos e obras de construção civil para o parque municipal (sub-bacia do Tanque Grande); projetos e obras de construção

civil para o Centro de Educação Ambiental (sub-bacia do Tanque Grande); um estudo para a criação e regulamentação da

APA municipal (sub-bacia de Lagoa Azul/Lavras); projeto e obras de construção civil para o parque municipal (sub-bacia

de Lagoa Azul/Lavras); estudo sobre como ampliar a exploração das fontes de águas subterrâneas.

Abastecimento integrado de

água e saneamento

Projeto sobre a realização de trabalhos voltados para o reparo geral do Tanque Grande ETA; projeto e trabalhos sobre os

sistemas de abastecimento de água de Ururuquara e Lagoa Azul/Lavras; estudos de viabilidade técnica, econômica e

ambiental sobre as sub-bacias Engordador e Borracha; preparação e execução do Programa de Controle de Redução de

Perdas de Lagoa Azul / Lavras; projeto e trabalhos sobre o Sistema de Águas Residuais de Lagoa Azul / Lavras.

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17. Consultas Públicas. Durante a preparação do Programa, várias consultas públicas e

discussões foram realizadas com a comissão e agência da bacia do Alto Tietê, e com as

subcomissões das bacias de Juqueri-Cantareira, Tietê-Cabeceiras, Cotia-Guarapiranga,

Billings-Tamanduateí e Pinheiros-Pirapora. A comissão e as subcomissões são compostas de

representantes do governo municipal e estadual, da sociedade civil e do meio acadêmico,

entre outros. Além disso, várias entidades e organizações municipais e locais participaram

das discussões e consultas. Foi realizada outra rodada de consultas, após a divulgação do

relatório SEA em junho de 2007, após a missão pré-avaliação. O projeto e os objetivos do

Programa foram endossados durante essas consultorias.

18. Durante a preparação e implementação de projetos de engenharia, especialmente aqueles

relacionados à urbanização de favelas e reassentamentos irregulares e à prestação de WSS e

serviços relacionados, o Programa oferece considerável participação social e feedback, como

ocorreu durante a implementação do Projeto Guarapiranga precedente. Além disso, o

Programa proposto inclui atividades para a supervisão geral das intervenções de obras de

construção civil, assim como a realização de pesquisas de opinião pública para registrar e

atenuar quaisquer aspectos insatisfatórios das intervenções do Programa.

19. O Componente 1 do Programa inclui atividades complementares que contribuirão para o

fortalecimento da comunicação e participação social, incluindo: (i) eventos que promovem o

desenvolvimento de capacidade de agentes ambientais; (ii) workshops com participação

comunitária; (iii) desenvolvimento de vídeos e programas de rádio educativos e realização de

programas de educação ambiental para grupos stakeholders; (iv) preparação de diagnóstico

socioambiental para aumentar a conscientização; (v) realização de pesquisas com

beneficiários; (vi) apoio para a mobilização comunitária, extensão social e outras iniciativas

da sociedade civil; e (vii) implementação de centros educacionais ambientais.

20. A distribuição de responsabilidades concernentes às atividades ambientais do Programa entre

as diferentes instituições participativas é apresentada na Tabela 10.3.

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Tabela 10.3 Distribuição de responsabilidades entre instituições participativas para atividades ambientais do Programa Instituições Participação no

Programa

Atividades Ambiente Contribuição para questões

ambientais

Solução de questões ambientais por meio

de documentos legais apropriados

Companhia de

Desenvolviment

o Habitacional e

Urbano do

Estado de São Paulo (CDHU)

Um dos três órgãos

executores do

Estado de São

Paulo.

Construir blocos de

apartamento/conjuntos

habitacionais para

reassentamento fora das

favelas;

Executar obras de melhoria

em uma favela com 1.000

famílias.

Os blocos habitacionais/de

apartamentos serão construídos

em terreno privado adquirido

pela CDHU por meio do mercado

imobiliário e localizado dentro da cidade (mas não nas áreas de

captação de “mananciais”);

A construção desses prédios

causará menos impactos

ambientais como ruídos e poeira.

A Prefeitura Municipal de São

Bernardo do Campo e qualquer outro

município selecionado fornecerão

blocos habitacionais e de

apartamentos às famílias removidas das áreas de risco.

(i) assinarão um Acordo de Implementação

(convênio) com a Secretaria de Finanças do

Estado (Secretaria Estadual de

Abastecimento de Água, Saneamento e

Recursos Hídricos - SSRH), o mutuário que representa o Estado de São Paulo;

(ii) por meio deste convênio se

comprometerá a cumprir o Plano de Gestão

Ambiental;

(iii) enviará para o Banco Mundial para obter

aprovação uma Avaliação e Licença

Ambiental antes de assinar os contratos das obras.

SABESP Mutuário Executar atividades para melhorar os serviços de

abastecimento de água e

saneamento.

A construção será executada em áreas públicas como ruas e em

terrenos que pertencem à

SABESP;

A construção desses prédios

causará menos impactos

ambientais como ruídos e poeira.

A principal contribuição para melhorar as massas de água e o

ambiente geral coletando e tratando

águas residuais atualmente despejados

nas massas de água

(i) assinar um Acordo de Empréstimos; (ii) se comprometerá a cumprir o Plano de

Gestão Ambiental;

(iii) enviará para o Banco Mundial para obter

aprovação uma Avaliação e Licença

Ambiental antes de assinar os contratos das

obras.

Município de

São Bernardo do

Campo

Mutuário Obras de melhorias de favelas. A maioria das favelas fica

localizada ao longo e sobre

correntes de água formalmente classificadas de ‘habitats

naturais’.

Fornecerá infraestrutura básica

integrada apropriada para as favelas

com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e remover águas

residuais não tratadas que são

atualmente despejadas nas massas de

água que formam os reservatórios de

Guarapiranga e Billings.

(i) assinar um Acordo de Empréstimos;

(ii) se comprometerá a cumprir o Plano de

Gestão Ambiental; (iii) enviará para o Banco Mundial para obter

aprovação uma Avaliação e Licença

Ambiental antes de assinar os contratos das

obras de urbanização das favelas.

Município de

Guarulhos

Mutuário Realizará melhorias nos

serviços de abastecimento de

água e serviços de coleta de

resíduos de água.

As atividades não devem gerar

impactos negativos ambientais.

Contribuirão para melhorar os

procedimentos de gestão de água e

também contribuirão para melhorar as

massas de água e o ambiente coletando as águas residuais

atualmente despejadas nas massas de

água.

(i) assinar um Acordo de Empréstimos;

(ii) se comprometerá a cumprir o Plano de

Gestão Ambiental;

(iii) enviará para o Banco Mundial para obter aprovação uma Avaliação e Licença

Ambiental antes de assinar os contratos das

obras de melhoria das favelas.

Secretaria de

Abastecimento

de Água,

Saneamento e

Recursos

Hídricos do Estado de São

Paulo, (antigo

Água e Energia)

Uma das três

entidades

executoras do

Estado de São

Paulo.

Converter o aterro de resíduos

sólidos de Embu Guaçu em

um aterro sanitário

apropriado.

Criação e implementação de parques lineares. Equipamento

de gestão de resíduos sólidos

para apoiar municípios

selecionados.

Nenhum reassentamento

necessário; 40 pessoas (ex-

catadores) já se beneficiaram de

melhores condições de trabalho

na unidade de transferência de

resíduos sólidos.

Contribuirá para a melhoria da gestão

de recursos hídricos.

(i) assinará um acordo legal (convênio) com

a Secretaria de Finanças do Estado, o

mutuário que representa o Estado de São

Paulo;

(ii) por meio deste convênio se

comprometerá a cumprir o Plano de Gestão Ambiental;

(iii) enviará para o Banco Mundial para obter

aprovação uma Avaliação e Licença

Ambiental antes de assinar os contratos das

obras.

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Matriz de política de reassentamento

21. Esta seção apresenta o resumo executivo do RPF para o Programa Mananciais proposto. O objetivo do

RPF é orientar o processo de reassentamento das famílias que vivem em áreas mais propensas ao risco

que receberão investimentos durante o Programa. Atividades do Componente 2 do Programa

(Urbanização Urbana), que visou à melhoria da qualidade de vida da população pobre que vivem em

assentamentos irregulares e precários selecionados. Este componente financiará atividades para: (i)

prestar serviços urbanos básicos, onde necessário, fornecer unidades habitacionais seguras e fora de

favelas e assentamentos irregulares indicados pelo Programa; e (ii) realizar mobilização social antes,

durante e após a implementação do Programa para garantir a participação efetiva da comunidade. As

informações disponíveis indicam o número aproximado de famílias a serem reassentados e as opções

habitacionais disponíveis. Planos de reassentamento precisos serão desenvolvidos em consulta com

residentes da área e em conjunto com o processo de planejamento técnico para melhorias urbanas em

assentamentos irregulares e precários selecionados e serão analisados e aprovados pelo Banco Mundial

antes de serem implementados. A Tabela 10.4 apresenta as atividades do Programa que geram o

reassentamento e distribuição de responsabilidades com respeito às atividades de reassentamento.

22. Princípios e objetivos que regem a preparação e implementação do reassentamento. Cinco

importantes princípios guiarão as atividades de reassentamento do Programa: (i) minimizar o

reassentamento ao identificar casas que possam ser melhoradas por meio de investimentos mínimos

em serviços (ex.; melhor o acesso à eletricidade, abastecimento de água, saneamento,

transporte/acesso); (ii) reassentar famílias que vivem em áreas de alto risco (seja em termos de saúde,

segurança ou sensibilidade ambiental) em unidades habitacionais apropriadas; (iii) construir um

sistema de estradas e calçadas para acomodar em segurança tanto o tráfego de veículos quanto o de

pedestres; (iv) implementação bem-sucedida de serviços urbano-ambientais integrados (abastecimento

de água, drenagem, coleta e descarte de resíduos sólidos) para as áreas indicadas no Programa; e (v)

propor soluções sociais e técnicas sensatas para evitar invasões novas, informais e urbanas em áreas

ambientalmente sensíveis.

23. Descrição do processo de preparação e aprovação do plano de reassentamento Os planos de

reassentamento serão preparados pela entidade executora relevante do Projeto correspondente e

enviada para o Banco Mundial para análise e aprovação como condição para iniciar as obras de

construção civil correspondente e incluirá: (i) informações para censo de linha de base e pesquisa

socioeconômica; (ii) taxas e padrões de compensação específica; (iii) direitos de políticas relacionadas

a qualquer impacto adicional identificados por meio de censo ou pesquisa; (iv) descrições de locais de

reassentamento e programas de melhoria ou restauração dos meios de subsistências e padrões de vida;

e (v) programas de implementação para atividades de reassentamento e estimativas de custo

detalhadas.

24. Deslocamento estimado da população e prováveis categorias das pessoas deslocadas. As atividades

do programa acionam o reassentamento de famílias reassentadas como parte das obras de melhoria em

determinados assentamentos irregulares e precários realizados pela PMSBC. Também pode ser

realizado o reassentamento de um número menor de famílias caso sejam incluídas atividades de

melhoria urbana no Programa em outros municípios elegíveis, aprovadas pelo Banco Mundial.

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Tabela 10.4 Atividades de reassentamento - Distribuição de responsabilidades

Instituições Participação no

Programa

Atividades Reassentamento Solução dos problemas de

reassentamento

Condições e documento legal

Companhia de

Desenvolviment

o Habitacional e

Urbano do

Estado de São

Paulo - CDHU

Uma das três

entidades

executoras do

Estado de São

Paulo.

(i) Fornecer

apartamento/blocos

habitacionais para

reassentamento às famílias

que serão removidas pelo

Município de São Bernardo

do Campo e/ou outros

municípios selecionados na

Área do Programa;

(ii) Obras de melhoria de

favelas em municípios

selecionados na Área do

Programa.

(i) Atividades sob a

responsabilidade da CDHU

para a construção de blocos

habitacionais/apartamentos

não acionariam o

reassentamento.

(ii) Obras de melhoria de

favelas podem gerar

reassentamento dentro e

fora da favela.

(i) Prestar assistência social

às famílias reassentadas

(durante e após o

reassentamento);

(ii) Fornecer 1.000 unidades

de apartamento para

reassentamento (terrenos e

prédios);

(iii) Fornecer hipotecas

altamente subsidiadas

adaptadas às famílias de baixa

renda em favelas.

(i) assinará um Acordo de

Implementação (convênio) com a

Secretaria de Finanças do Estado,

o mutuário que representa o

Estado de São Paulo;

(ii) por meio deste convênio, se

comprometerá a seguir a Matriz de

Política de Reassentamento e os

Planos de Reassentamento (a

serem preparados pelo Município

de São Bernardo do Campo e

outros municípios, se selecionado,

por meio de seu próprio acordo

legal com o Estado).

SABESP Mutuário. Executar atividades para

melhorar os serviços de

abastecimento de água e

saneamento nas áreas com

problemas.

As atividades não acionarão

o reassentamento, mas

exigirão a aquisição de

terrenos para estações de

bombeamento de águas

residuais.

(i) assinar um Acordo de

Empréstimos;

(ii) se comprometerão a cumprir

com a Matriz de Política de

Reassentamento no caso de

qualquer reassentamento

imprevisto ser necessário.

Município de

São Bernardo

do Campo

Mutuário. Obras de melhoria de

favelas.

Famílias afetadas a serem

reassentadas.

(i) Blocos

habitacionais/alojamento de

reassentamento serão

oferecidos pela CDHU;

(ii) Prestará assistência social

às famílias a serem

reassentadas.

(i) assinará um Acordo de

Empréstimos;

(ii) se comprometerá a cumprir a

Matriz de Política de

Reassentamento;

(ii) enviará ao Banco Mundial para

aprovação um Plano de

Reassentamento antes da

assinatura do contrato de obras

correspondente.

Município de

Guarulhos

Mutuário. Realizará melhorias nos

serviços de abastecimento de

água e serviços de coleta de

resíduos de água.

As atividades não

acionariam o

reassentamento.

(i) assinará um Acordo de

Empréstimos;

Secretaria do

Estado de Água

e Energia

Uma das três

entidades

executoras do

Estado de São

Paulo.

Converterá os lixões de

resíduos sólidos de Embu

Guaçu em um aterro

sanitário apropriado.

Não são necessários

reassentamentos. 40

pessoas (ex-catadores de

lixos informais) já se

beneficiaram com as

melhorias das condições de

(i) assinará um Convênio com a

Secretaria de Finanças do Estado.

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100

trabalho na estação de

transferência de resíduos

sólidos de lixões.

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101

25. Cinco alternativas de reassentamento serão oferecidas dentro do Programa: (i) unidades

habitacionais dentro da favela; (ii) unidades habitacionais/blocos de apartamentos em prédios

nas vizinhanças mais bem localizadas dentro da cidade; (iii) cartas de crédito que permitiriam

às famílias comprar uma casa colocada à venda; (iv) trocas de casas dentro da favela

(permitindo que uma família se mude para um apartamento de reassentamento e ofereça sua

casa para uma família que será reassentada, mas não quer se mudar para um apartamento de

reassentamento); e (v) alternativas apropriadas para famílias altamente vulneráveis. As

favelas estão situadas na área periurbana onde unidades habitacionais/blocos de apartamento

de reassentamento geralmente não são permitidas ou não são soluções viáveis. Nas melhores

vizinhanças, somente prédios de apartamentos são viáveis devido aos altos custos dos

terrenos. As unidades habitacionais dentro das favelas são oferecidas para grandes famílias

com rendas baixas sem custo nenhum. Os prédios de apartamentos, assim como as cartas de

crédito, são financiados por empréstimos hipotecários altamente subsidiados.

26. Perfil socioeconômico da comunidade e os critérios de elegibilidade para definir categorias

das pessoas deslocadas. Uma grande parte da população que reside em favelas e

assentamentos irregulares da área do Programa é de renda baixa ou muito baixa, baixos

níveis de desempenho educacional e enfrentam outros desafios sociais. As famílias a serem

reassentadas são aquelas que vivem em áreas de risco, como barracos construídos perto de

rios ou em áreas sujeitas a deslizamentos. A data de corte para a elegibilidade será a data de

encerramento do cadastro do Plano de Reassentamento na favela, e o número de unidades é

limitado. Além disso, desde 1996, a CDHU tem adotado um procedimento interno que

considera a mulher a líder da família durante o processo de reassentamento em novas

unidades habitacionais. O trabalho com as famílias extremamente vulneráveis será feito da

seguinte forma: (i) reassentamento em casas de um piso com acesso facilitado (por exemplo,

sem escadas); ou (ii) ajuda às famílias que permanecem na favela por meio do mecanismo de

"troca de casa”.

27. O contexto jurídico analisa o ajuste entre as leis do mutuário e os requisitos das políticas

do Banco Mundial e reduz os hiatos. O conjunto de leis dos mutuários sobre os

assentamentos de baixa renda requer que o setor público forneça soluções de moradia às

famílias afetadas pelo reassentamento. Não há inconsistências com a política de

reassentamento do Banco Mundial.

28. Método de avaliação de bens. Como a moradia existente seria avaliada a uma taxa baixa no

mercado formal, os bens das populações serão avaliados com base no financiamento para

acessar uma moradia adequada, e as unidades fornecidas seriam altamente subsidiadas para

garantir acessibilidade. A opção de indenização em dinheiro também será oferecida em casos

específicos.

29. Procedimentos organizacionais para a concessão de títulos de propriedade. A PMSBC, ou

qualquer outro município, com o apoio da UGL e UGP seria a responsável por garantir a

concessão de títulos de propriedade para a população afetada. A CDHU será responsável pela

construção das novas unidades habitacionais e por prestar apoio ao processo de

reassentamento. Tanto a PMSBC como a CDHU tem experiência extensa na implementação

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102

do complexo processo de reassentamento – do censo socioeconômico inicial às medidas de

assistência social pós-reassentamento, incluindo a restauração de meios de subsistências de

famílias reassentadas.

30. Um mecanismo de reformulação de queixas. Durante a preparação e implementação dos

planos de reassentamento, o Programa financiará um escritório com equipe de assistentes

sociais treinados para solucionar queixas individuais durante todo o processo de

reassentamento. A equipe será treinada para esclarecer os direitos das famílias afetadas e

trabalhar com elas para resolver suas queixas de forma justa e adequada. O mecanismo

elaborado para resolver queixas inclui vários níveis de tomada de decisões: (i) grande parte

das queixas será resolvida no local, com as próprias famílias, (os principais atores envolvidos

incluem famílias residentes da área - geralmente uma favela - e os trabalhadores sociais,

arquitetos, especialistas urbanos e engenheiros envolvidos no design e implementação do

subprojeto); (ii) quando as queixas não podem ser resolvidas no local por esses atores, a UGL

do município participará; e (iii) as queixas que não podem ser resolvidas pelo município

serão solucionadas pela UGP do GESP.

31. Descrição de acordos para financiamento do reassentamento. As atividades sociais e de

reassentamento habitacional serão financiadas com uma combinação de recursos do governo

municipal participante e da CDHU. Os recursos alocados para a CDHU no Projeto GESP

apoiará a aquisição de terrenos, projetos de engenharia e obras para a construção de cerca de

1.350 unidades habitacionais na PMSBC para receber famílias reassentadas afetadas pelas

intervenções do Projeto da PMSBC. A CDHU apoiará outras atividades de reassentamento

nos municípios selecionados e na MRSP incluindo, inter alia, atividades sociais, renovação e

melhoria urbana Os recursos alocados para PMSBC em seu Projeto apoiarão a renovação

urbana e o desenvolvimento urbano nos assentamentos irregulares e precários, entre outros,

atividades sociais e de reassentamento, construção/melhoria de unidades habitacionais e

recuperação de áreas degradadas.

32. Descrição de mecanismos de participação e consultas com pessoas deslocadas durante

planejamento, implementação e monitoramento. As consultas serão realizadas assim que a

fase de planejamento tiver sido iniciada em cada um dos assentamentos irregulares e

precários. Essas consultas serão realizadas durante a fase de planejamento abrangente e

participativa que é a parte essencial da intervenção na melhoria de favelas. Durante a fase de

planejamento, as soluções de melhoria urbana para a favela serão discutidas com a

comunidade, assim como as alternativas de reassentamento. Quando a comunidade concordar

formalmente com as soluções de melhoria urbana e reassentamento, o Programa fornecerá

autorização para passar para a fase das obras de construção civil. Durante a implementação

das obras de construção civil, será mantida uma comunicação constante por meio de sessões

informativas e departamento de trabalhos sociais que cuidarão de qualquer tipo de queixa.

Após os planos de reassentamento terem sido implementados, o apoio às famílias

reassentadas assim como um acompanhamento abrangente - por meio de entrevistas e

avaliação participativa do processo - seria facilitado por trabalhadores sociais e consultores

treinados que participam durante todo o processo.

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103

33. Acordos de monitoramento estabelecidos pela entidade executora e, se necessário, pelos

monitores independentes Como parte do Plano de Reassentamento, um Plano de

Monitoramento e Aprendizagem será desenvolvido com os seguintes objetivos: (i) Verificar

se as ações propostas estão sendo implementadas no ritmo das obras de construção civil e

propor ações corretivas, se necessário; (ii) Monitorar o funcionamento da infraestrutura e

fazer os reparos necessários; (iii) Identificar dificuldades e impedimentos ao processo e

introduzir adaptações subsequentes para melhorar o processo; (iv) Avaliar os efeitos do

Programa sobre a população beneficiada por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa que

seja disponibilizada ao público para discussão e seja usada pelas partes interessadas e outras

organizações para avaliar os resultados; e (v) Analisar as informações obtidas durante a

implementação realizada para assegurar que as lições sejam incluídas no design de outros

projetos desse tipo.

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104

Anexo 10A: Análise social

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS APL HORIZONTAL

1. O Programa Mananciais terá os seguintes impactos sociais significativos:

As atividades propostas beneficiarão diretamente os segmentos mais pobres da população

na região metropolitana de São Paulo e beneficiarão indiretamente a população da região

como um todo;

As atuais políticas de proteção de bacias fluviais, que definem o contexto jurídico do

Programa, apoiam legalmente a residência continuada da população mais pobre nas áreas

protegidas (desde que sejam prestados os serviços básicos necessários para evitar que

águas residuais não tratadas sejam despejadas nas massas de água), e evitar o

deslocamento em massa de famílias extremamente vulneráveis - uma abordagem que foi

requerida na legislação prévia;

O planejamento urbano e as obras de construção civil em favelas são parte dos

investimentos em infraestrutura que serão financiados pelo Programa, constituindo uma

das iniciativas do Programa com impacto social altamente positivo para os segmentos

mais pobres da população;

As atividades propostas do Programa para melhorar a gestão dos recursos hídricos, das

bacias fluviais e do uso da terra serão realizadas por meio de acordos institucionais

prescritos pela legislação atual, que promove a inclusão social. Os processos de gestão e

planejamento associados exigem a participação substancial da sociedade civil organizada

para tomar decisões políticas e para desenvolver os planos de ação e os programas de

investimentos dos comitês, subcomitês e agências ligadas a bacias fluviais.

2. As avaliações feitas durante a fase de preparação do Programa, juntamente com a avaliação

final do predecessor Projeto Guarapiranga, não encontrou impactos sociais negativos

associados a ações que são comuns em ambos os projetos. Como ocorreu no projeto anterior,

as famílias selecionadas para reassentamento no Programa Mananciais são consideradas um

dos grupos mais beneficiados das intervenções, devido aos impactos sociais positivos obtidos

com o reassentamento. Essas famílias vivem atualmente em situações de extremo risco e o

Programa fornecerá para elas habitação e serviços adequados em um bom local.

3. Os impactos sociais positivos do Programa e sua natureza inclusiva refletem-se das seguintes

formas: (i) o perfil socioeconômico da população nas áreas-alvo da intervenção mostra

rendas baixas, altas taxas de criminalidade e significativos problemas de gênero; (ii) a

abordagem participativa do Programa que envolve as partes interessadas antes, durante e

depois da implementação do Programa; (iii) os benefícios sociais esperados do Programa

incluem, entre outros: (a) melhorias na qualidade de vida; (b) melhorias nos padrões de vida

urbana; (c) capacidade de oferecer moradia adequada para a população que vive em situações

de risco; e (d) mais opções de entretenimento; e (iv) lições-chave aprendidas com

intervenções similares foram fundamentais para ampliar os benefícios sociais no projeto do

componente de melhoria urbana do Programa proposto.

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105

A. O Perfil socioeconômico

4. Informalidade urbana e concentração de população de baixa renda As bacias fluviais

localizadas na área de intervenção do Programa sofrem com a ocupação não planejada.

Essas áreas são parte da região metropolitana onde o investimento em infraestrutura é

anormalmente insuficiente e a qualidade dos serviços públicos é inferior em comparação com

outras regiões dentro da área metropolitana. A pobreza é maior nessas regiões e há também

uma significativa informalidade urbana, com várias favelas e assentamentos irregulares.

5. A renda mensal dessa região é bem inferior à da MRSP: em 2006, a renda mensal média da

região metropolitana era de cerca de BRL 1.200: em comparação, 60% da população na

região selecionada pelo Programa tem uma renda mensal de BRL 600. Os dados mostram a

disparidade entre a renda total da população e a concentração de famílias de renda

extremamente baixa nesta região em particular. Além disso, a taxa de desemprego de 17%

também é uma forte evidência dos níveis de pobreza da região do Programa.

6. Altas taxas de criminalidade A região onde o Programa será implementado tem as mais altas

taxas de criminalidade da MRSP.

7. Questões de gênero A forte presença de ‘chefes de família’ é outro indicador da extrema

vulnerabilidade presente na área do Programa. Na década de 1990, a porcentagem de

mulheres nesta situação aumentou cerca de 40% de acordo com os dados do censo do IBGE.

Nas favelas, onde a taxa de pobreza é extremamente alta, 54% das mulheres são chefes de

famílias. Os dados são baseados em um estudo realizado em favelas que foram urbanizadas

pelos governos locais e estaduais.

B. A Abordagem Participativa do Programa

8. O Programa Mananciais adota uma abordagem altamente participativa que envolve um

grande grupo de atores que participarão das atividades do Programa. O diagrama abaixo

ilustra as principais áreas de foco do Programa.

Desenvolvimento de capacidade institucional

Desenvolvimento

de capacidade

institucional WSS Integrado Urbanização

Proteção e

Recuperação

Ambiental

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106

Tabela 10.5 Participação dos stakeholders nas atividades de desenvolvimento de capacidades institucionais

Atividades previstas -

Programa Mananciais Partes Interessadas

Meios de Participação – Efeito sobre os Resultados do

Programa

Construção do Centro

para Integração do

Cidadão

SSRH/UGP Supervisão Geral; M&E

Secretaria de Justiça do

Cidadão Planejamento, Implementação e operação do CIC

Comunidades Locais Prestação de serviços públicos e assistência social e jurídica no

CIC

Plano de avaliação e

controle das cargas de

comunicação difusas,

drenagem e pantanais

DAEE/SSRH Participação nas discussões relacionadas à preparação de planos

de macrodrenagem –Emissão de direitos à água

SMA/CETESB

Participação em discussões relacionadas à preparação de planos

para o controle de cargas de poluição difusas e para a proteção de

pantanais

Comissão e Subcomissões de

Bacias Fluviais

Participação em discussões relacionadas à compatibilidade com o

Plano da Bacia Alto Tietê

Análise e avaliação de

descargas poluídas

concentradas

SMA/CETESB Participação em discussões concernentes ao monitoramento e

supervisão de cargas poluentes concentradas

Comissão e Subcomissões de

Bacias Fluviais

Acompanhar e supervisionar o progresso; propostas e/ou

viabilidade de ações e medidas para a correção de problemas

verificados

Fortalecimento da

capacidade de agentes

ambientais; Centro

Educacional Ambiental

Referencial

SMA Preparação do programa; execução; operação; M&E, supervisão

ONGs; comunidades e líderes

locais; universidades

Participação na implementação de atividades e na apropriação de

benefícios; ‘controle social’(função de vigilante)

Workshops de

Desenvolvimento de

Capacidades sobre a

Nova Legislação

Específica

SSRH/UGP Elaboração e execução de atividades; coordenação geral; M&E

Comissão e Subcomissões de

Bacias Fluviais

Promoção de eventos; discussões relacionadas à preparação de

workshops; e participação em workshop.

Governos Municipais Participação em workshops de desenvolvimento de capacidades;

mobilização de grupos locais interessados

ONGs; comunidades Participação em workshops

Suporte técnico e

transferência de

conhecimento aos

municípios

SSRH/UGP Execução de atividades; M&E

Comissão e Subcomissões de

Bacias Fluviais Acompanhamento geral

Governos Municipais

(administração direta e

indireta)

Operação e sustentabilidade do sistema, instrumentos,

tecnologias e transferência de conhecimento, M&E

Mobilização e apoio

aos Projetos da

Sociedade Civil

SSRH/UGP Coordenação geral e implementação de ações

ONGs, comunidades, líderes

locais; universidades

Elaboração e implementação de projetos e disseminação de

implementação local/regional; controle social; M&E

Monitoramento e

Supervisão

SMA/CETESB Monitoramento de qualidade ambiental e das águas; supervisão

SABESP Monitoramento da qualidade da água

Governos Municipais Monitoramento e supervisão do uso da terra

Implementação de uma

rede de informações

para apoiar a gestão

SSRH/UGP Coordenação do planejamento e da implementação de

intervenções

Comissão e Subcomissões de

Bacias Fluviais; Governos

Municipais

Participação nas discussões para a concepção e planejamento da

rede de informações; envolvimento na operação da rede

Seminários sobre

recursos hídricos e

desenvolvimento

urbano;

desenvolvimento de um

programa de atividades

econômicas apropriado

SSRH/UGP Planejamento e coordenação da implementação

Comissão e subcomissões de

bacias hidrográficas; entidades

educacionais e de pesquisa;

iniciativa privada

A participação em seminários e a avaliação de resultados; acesso

a publicações; envolvimento em discussões para a elaboração do

Programa de Desenvolvimento Econômico

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107

Desenvolvimento de

instrumentos técnicos

de gestão (modelos

hidrodinâmicos)

SABESP Planejamento e implementação

Universidades e entidades

educacionais e de pesquisa;

iniciativa privada

Parcerias tecnológicas desenvolvimentistas, desenvolvimento de

sistemas, etc.; acompanhamento

Plano de

desenvolvimento

socioeconômico e

geração de renda

PMSBC Preparação de um plano

ONGs; comunidades e líderes

locais; catadores de lixo

Participação na preparação de um plano; apropriação de

benefícios provenientes da implementação de um plano

Urbanização

9. Alguns dos impactos sociais mais substanciais surgem de seu foco na melhoria urbana desde

que englobe a urbanização de favelas, melhoria urbana em assentamentos informais,

reassentamentos e remoções involuntárias - todos eles têm efeitos diretos sobre a comunidade

beneficiada e sobre as normas sociais e urbanas de ocupação. CDHU, SSRH (antiga SSE) e

PMSBC executarão essas ações, permitindo um contínuo envolvimento da comunidade,

incluindo a participação de líderes locais e famílias beneficiadas que estão envolvidas desde

a preparação do Programa até a fase de execução e após as obras. A tabela abaixo mostra as

partes interessadas e sua participação em diferentes projetos e atividades.

Tabela 10.6 Participação das partes interessadas nas atividades de urbanização

Atividades previstas -

Programa Mananciais Partes Interessadas

Meios de Participação – Efeito sobre os Resultados do

Programa

Projetos de urbanização

de favelas e assentamento

informal; remoção e

relocação de famílias de

primeira categoria

PMSBC / SSRH (antigo SSE) Planejamento e execução de intervenções, M&E

Comunidades e líderes locais

Participação na elaboração do projeto de engenharia de

urbanização; discussão de alternativas de urbanização,

remoção e relocação; cadastro; garantia de

sustentabilidade por meio de controle social

Comissão e Subcomissões de Bacias

Fluviais; ONGs Acompanhamento geral

SMA Licenciamento ambiental

Construção de blocos de

apartamento/conjuntos

habitacionais para

reassentamento

CDHU

Planejamento e construção de unidades de

alojamento/blocos de apartamento; apoio social contínuo

durante todas as fases; M&E

Graprohab Aprovar formalmente soluções de moradia

Comunidades e líderes locais Participação no processo de reassentamento;

monitoramento do processo

Proteção e Recuperação Ambiental

10. O terceiro ponto focal do Programa é a proteção e a recuperação ambiental. Isso inclui toda

uma faixa de estudos, subprojetos, obras de recuperação urbana de áreas degradadas, criação

de parques, reabilitação ambiental (especialmente ao longo dos bancos dos reservatórios

Guarapiranga e Billings), a construção de usinas de tratamento do fluxo de entrada para a

remoção de cargas de poluição e o plantio de árvores e revegetação. Essas ações devem

envolver – além de órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento ambiental – atores

públicos e ONGs engajados nos processos de planejamento e supervisão, evitando assim, por

exemplo, a recorrência de degradação ambiental nas áreas recuperadas ou, de outro modo,

melhoradas.

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Tabela 10.7 Participação das partes interessadas nas atividades de proteção e recuperação ambiental

Atividades previstas -

Programa Mananciais Partes Interessadas

Meios de Participação – Efeito sobre os Resultados do

Programa

Renovação e recuperação

urbana de áreas

degradadas; revegetação;

plantio de árvores; parques

urbanos

SSRH / SMA / PMSBC Planejamento e execução de intervenções, M&E

SMA Licenciamento ambiental para construção

Governos Municipais Participação no planejamento e na implementação de

obras de construção civil, apoio e autorização

Comissão e Subcomissões de Bacias

Fluviais Acompanhamento geral

ONGs, associações comunitárias e

líderes locais

Envolvimento na discussão sobre subprojetos e em sua

preparação; controle social de obras de construção civil

contínuas

Estações de remoção de

carga e poluição (flotação

e pantanal) e

desassoreamento de rios

SABESP Elaboração de intervenções, execução e operação; M&E

SMA/CETESB Licenciamento ambiental de intervenções; monitoramento

de qualidade e supervisão ambiental

Comissão e Subcomissões de Bacias

Fluviais Acompanhamento geral

WSS Integrado

11. Atividades integradas de saneamento e abastecimento de água incluem as que são

implementadas pela SABESP e PMG relacionadas aos sistemas de abastecimento de água e

coleta e tratamento de águas residuais, além de melhorias em aterros de resíduos sólidos

(Embu-Guaçu e Alvarenga em São Bernardo do Campo) a serem realizadas pela SSRH e

PMSBC. A tabela a seguir mostra o envolvimento das partes interessadas no saneamento

ambiental.

Tabela 10.8 Participação das partes interessadas nas atividades integradas WWS

Atividades previstas -

Programa Mananciais Partes Interessadas

Meios de Participação – Efeito sobre os Resultados

do Programa

Sistemas de saneamento e

abastecimento de água;

melhoria da tecnologia e

das estações usadas no

tratamento de água;

melhorias no sistema

SABESP/PMG Elaboração de intervenções, execução e operação;

M&E

SMA/CETESB Licenciamento ambiental de intervenção;

monitoramento e supervisão ambiental

Comissão e Subcomissões de Bacias

Fluviais Acompanhamento geral

Comunidades Locais

Participação em obras socioambientais e de

saneamento; verificar funcionamento das estruturas e

sistemas implementados

Melhorias de aterros em

Embu-Guaçu e São

Bernardo do Campo

SSRH Elaboração de intervenções, execução e operação;

M&E

SMA/CETESB Licenciamento ambiental de intervenções;

monitoramento de qualidade e supervisão ambiental

Comunidades locais; catadores de

lixo

Apropriação de benefícios da melhoria de aterros;

melhoria das condições socioeconômicas

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109

C. Benefícios sociais esperados

Desenvolvimento de capacidade institucional

Facilitar o acesso da população em geral (e especialmente a de baixa renda) ao sistema

judiciário e aos serviços de utilidade pública

Melhorias na qualidade de vida da comunidade

Melhorias na disponibilidade de informações e assistência social

Melhorias de segurança (policiamento comunitário)

Maiores oportunidades de participar de mais eventos culturais, refletindo melhorias nas

condições de vida e bem-estar social

Geração de renda e oportunidades diretas e indiretas durante as atividades de construção

Conscientização sobre a importância da proteção das nascentes

Melhoria urbana

Melhorias na acessibilidade, condições de vida e segurança; fortalecimento da

comunidade

Melhorias na coleta de resíduos sólidos, melhorando o acesso aos domicílios

Melhorias sanitárias e melhores padrões de vida

Redução da contaminação e de doenças relacionadas à exposição a águas residuais não

tratadas; menos resíduos sólidos não coletados e melhoria do funcionamento dos sistemas

de drenagem; redução dos custos de saúde

Melhor distribuição e qualidade de abastecimento público de água com maior controle

sobre as perdas

Níveis reduzidos de vetores de transmissões de doenças, cultivados em água acumulada

ou atraídos por ela, assim como em águas residuais e resíduos sólidos

Organização espacial e urbana, além de melhores padrões de vida

Proteção e Recuperação Ambiental

Modificar usos atuais dos bancos dos reservatórios, levando à melhoria no padrão de vida

das populações

Geração de renda e oportunidades diretas e indiretas durante as atividades de construção

Melhores condições humanas e ambientais

Prevenção de invasões na Categoria 1 e áreas APP

Valorização urbana e do mercado imobiliário nas áreas de intervenção

Melhorias socioambientais e extensão das áreas de recreação (praças, áreas florestais,

áreas de lazer, etc.)

Melhor contato social e bem estar, taxas reduzidas da violência urbana

Maior sentido de identificação para a vizinhança e para a cidade, permitindo que sejam

criados vínculos entre a comunidade e o ambiente

Possibilidade de criação, de maneira integrada, de um sistema de parques, espaços verdes

e áreas de recreação nas regiões de águas nascentes

Apreciação de espaços públicos como elementos para o equilíbrio ambiental (com os

benefícios das atividades de intervenção que visam à melhoria das condições de

sustentabilidade e a manutenção e preservação de amenidades públicas)

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110

WSS Integrado

Melhoria das condições ambientais e qualidade da água (evitar a contaminação de águas

de superfície e águas subterrâneas)

Melhorias estéticas e da qualidade do ar

Redução da exploração irregular de aterros sanitários e melhor manutenção e controle de

condições físicas de aterros, para ajudar a controlar e eliminar a poluição concentrada,

incluindo a da água e do solo.

Custos operacionais reduzidos para controlar algas usando produtos químicos (algicidas

nos reservatórios juntamente com os produtos de pré-tratamento de água)

Geração de renda e oportunidades diretas e indiretas durante as atividades de construção

Melhores condições humanas e ambientais

Alternativas adequadas para resíduos sólidos e descarte de sedimentos

Melhoria na vida social e padrões de vida conforme um resultado da coleta e tratamento

de águas residuais

Melhoria no estado dos serviços públicos WSS, especialmente nas áreas de baixa renda

(favelas e assentamentos irregulares)

Taxa de mortalidade reduzida e custos de serviços públicos médicos/de saúde

Risco reduzido de consumir peixe contaminado e uma redução na contaminação e

doenças sofridas por pescadores e outros (crianças, buscadores de lazer, entusiastas de

esportes, etc.) que usam os reservatórios e seus pântanos e afluentes

Atração de investimentos e investidores para a região e um aumento nos concursos

públicos

Valorização de terreno urbano

D. Lições-chave aprendidas com intervenções similares

12. Tabela 10.10 resume as principais melhorias sociais obtidas nas intervenções na melhoria de

favelas em projetos e programas similares ao Programa Mananciais proposto.

Tabela 10.9 Melhorias sociais associadas às intervenções nas melhorias das favelas

Antes Depois

Perdas de investimentos em moradia, móveis,

eletrodomésticos, documentos pessoais, etc.; perdas em dias

úteis e escolares

(i) deslizes de terra/lama e desmoronamento de casas causados

por técnicas e materiais de construção inapropriados; (ii) casas

fabricadas em áreas sujeitas a enchentes frequentes agravadas

quando combinadas com uma variação de marés;

(iii) incêndios frequentes causados pelo uso inapropriado de

fogões a gás, conexão de usina informal (devido à falta de

ruas, os bombeiros não têm acesso às casas)

Perdas em moradia, móveis, etc., investimentos evitados

(i) investimentos comunitários atuais em moradia serão

amplamente compensados pelos empréstimos hipotecários

altamente subsidiados disponibilizados pela CDHU para

populações de baixa renda.

(ii) riscos de desabamentos, desmoronamento de casas e

enchentes serão eliminados pelos investimentos apropriados

em infraestrutura e unidades de alojamento.

Problemas de saúde que causam perdas de produtividade

Altamente expostos aos problemas de saúde causados

especificamente por:

(i) contaminação e outros danos causados pelo derramamento

nas correntes de água altamente contaminadas com águas

residuais não tratadas;

(ii) doenças causadas por ratos, cobras e outros animais que

proliferam na área;

(iii) doenças relacionadas a água e excrementos, que afetam

especificamente os recém-nascidos;

Significativa redução dos problemas de saúde

(i) evitar exposição a problemas de saúde causados pela

contaminação da água, contato com o descarte de resíduos

sólidos inapropriados, contato com animais perigosos, falta de

moradia com ventilação apropriada;

(ii) ambulâncias, caminhões de bombeiros e coleta de resíduos

sólidos terão acesso apropriado a cada domicílio.

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111

(iv) doenças respiratórias causadas pela ventilação

inapropriada da moradia e exposição a um ambiente altamente

contaminado; (v) ambulâncias sem acesso às casas.

Restrições a oportunidades de empregos e escolas

(i) a falta de ruas que permita acesso fácil a domicílios

contribui para altas taxas de criminalidade e violência, o que

estigmatiza a comunidade gerando empregadores potenciais

para evitar a contratação de pessoas que moram lá;

(ii) Crianças que vivem em favelas sofrem com a

discriminação na escola.

Evitar restrições a oportunidades de escola e empregos

(i) os investimentos propostos mudarão dramaticamente o

acesso do reassentamento aos serviços urbanos regulares,

levando à redução no crime e na violência pela presença de

autoridades públicas na área por meio da prestação de serviços

públicos regulares;

(ii) melhorias nos layouts de desenvolvimento urbano

promovem a inclusão da favela na comunidade vizinha.

Altas taxas de criminalidade e violência

(i) a maioria das favelas só pode ser acessada por meio de um

labirinto de redes de calçadas estreitas, favorecendo atividades

ilegais, uma vez que a polícia, os bombeiros e as ambulâncias

não têm acesso à área.

Redução nas taxas de criminalidade e violência

(i) um melhor layout de desenvolvimento urbano contribui a

uma redução nas atividades ilegais que permitem a circulação

apropriada dos carros da polícia pelas ruas, a iluminação

pública disponível, e a presença geral de autoridades públicas

na área.

Acesso precário a serviços urbanos com custos altos

(i) nas favelas, os domicílios não têm acesso regular à água,

saneamento, drenagem, telefone, ruas, iluminação pública, etc.

A água costuma ser fornecida de forma irregular por um

vizinho. que cobra por esse serviço. A eletricidade é acessada

por meio de vizinhos que criam uma rede de cabos elétricos

intricada causando incêndios frequentes e danos ao

equipamento elétrico. Nenhum serviço telefônico fixo está

disponível; quase toda a comunidade usa celulares pré-pagos

com tarifa muito alta.

Acesso garantido aos serviços urbanos regulares

(i) água, saneamento, drenagem, coleta de resíduos, ruas,

creches, telefone, escola de ensino primário, áreas recreativas,

polícia, bombeiros e serviços regulares de ambulância serão

fornecidos;

(ii) medidores de água e eletricidade serão instalados em casas,

eliminando frequentes disputas entre os vizinhos sobre as

contas de água;

(iii) serviço de telefone fixo estará disponível para cada

domicílio, oferecendo muito mais serviços de comunicação

acessíveis do que celulares;

(iii) serviços de internet estarão disponíveis por meio de

telefone ou conexão de cabo.

Incertezas sobre os direitos à moradia

(i) nas condições existentes, os moradores não têm acesso aos

direitos de propriedade formal à moradia, as condições de vida

na área não cumprem os regulamentos.

Direitos à moradia

(i) direitos a terra em áreas urbanizadas estão sendo

progressivamente encaminhados pelos governos municipais

conforme estipulado pelos novos regulamentos ambientais e

urbanos federais e estaduais.

Condições ambientais criticamente ruins

(1) as favelas não têm acesso a serviços básicos como

saneamento, coleta de resíduos sólidos ou limpeza de ruas;

além disso, a água potável é contaminada devido às mudanças

na pressão dentro dos canos, que permitem o influxo de água

contaminada proveniente do solo circundante.

(ii) as condições ambientais críticas depreciam profundamente

os investimentos em moradia na área.

Melhorias ambientais

(i) coleta e descarte apropriados de: água residual e resíduos

sólidos;

(ii) área recreativa disponível;

(iii) densidade urbana reduzida a níveis apropriados;

(v) valor de mercado alto para investimentos habitacionais.

Questões de gênero

(i) a grande presença de acordos domésticos informais nas

favelas resulta em mulheres solteiras como chefes de família, o

que representa uma fonte de vulnerabilidade social e de gênero

Questões de gênero

(i) critérios para a cessão de propriedade habitacional dão

prioridade a mulheres, uma vez que a experiência demonstrou

que elas serão a principal fonte de suporte de dependentes, tais

como crianças e idosos.

13. Principais melhorias sociais resultantes das famílias reassentadas em programas similares

Embora os custos hipotecários constituam um novo compromisso financeiro para a família,

há reduções significativas em custos associados à saúde, riscos evitados tais como deslizes de

terra e enchentes e serviços públicos, incluindo: (i) melhor acesso a oportunidades de

emprego com melhor localização da moradia; (ii) melhorias nos serviços de saúde e

educação; (iii) melhorias na qualidade da moradia; (iv) melhorias significativas em segurança

pública, (v) áreas recreativas e de parques apropriadas; (vi) acesso a serviços de correio e

telefônicos; (vii) melhores alternativos comerciais; (viii) nenhuma mudança significativa nas

relações vizinhas; (ix) melhorias no apartamento de reassentamento (x) devido à grande

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112

incidência de acordos informais entre casais, o direito ao apartamento de reassentamento é

atribuído à mulher, uma vez que a experiência demonstrou que as mulheres fornecem um

apoio mais confiável aos dependentes, como crianças e idosos; e (xi) famílias reassentadas

demonstram um senso de propriedade em relação aos novos apartamentos de reassentamento

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113

Anexo 11: Preparação e Supervisão do Projeto

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS APL HORIZONTAL

Planejado Real

Revisão PCN 21/12/2006 21/12/2006

PID inicial para PIC 22/12/2006 06/02/2007

ISDS inicial para PIC 22/12/2006 07/03/2007

Avaliação 1/8/2007 31/07/2007

Negociações 17/12/2007 26/01/2009

Aprovação Direção/RVP 9/7/2009

Data prevista para entrar em vigor 30/10/2009

Data prevista da análise de médio prazo 30/10/2012

Data de encerramento prevista 30/11/2015

1. As principais instituições responsáveis da preparação do Programa: o governo do estado de

São Paulo; os governos municipais de São Bernardo do Campo e Guarulhos; o Serviço

Básico de Águas do Estado (SABESP) – o anterior realizou suas atividades de preparação

por meio de três entidades executoras: a Secretaria de Estado de Água e Energia (que tem

responsabilidade geral para a coordenação de todo o Programa), a Secretaria Estadual da

Habitação (por meio de sua Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do

Estado); e a Secretaria Ambiental do Estado de São Paulo.

2. Pessoal do Banco Mundial e consultores que trabalharam no Programa:

Nome Título Unidade

Oscar Alvarado

Martin Gambrill

TTL/Especialista Sênior em Recursos Hídricos e Saneamento

Antigo TTL/Engenheiro de Recursos Hídricos Sênior

LCSUW

SASDU

Juliana Garrido Pereira Analista de Operações / Especialista em Infraestrutura LCSUW

Julia Tierney Associado Profissional Junior LCSUW

Alexandra Panman Associado Profissional Junior LCSUW

Paula Pini Especialista em Desenvolvimento Social Sênior LCSUW

Maria Angelica Sotomayor Economista Sênior LCSUW

Luis Prada Especialista em Aquisições Sênior LCSPT

Sinue Aliram

Susana Amaral

Especialista em aquisições

Analista de Gestão Financeira

LCSPT

LCSFM

Marta Molares-Halberg Assessor líder LEGLA

Catarina Portelo

Thadeu Abicalil

Consultor Sênior

Especialista Sênior em Recursos Hídricos e Saneamento

LEGLA

LCSUW

Mila Freire Consultor Sênior FEU

Perla Castillo Assistente de Equipe LCSUW

Karina Marcelino Assistente de Equipe LCSSD

Monica Porto Especialista em gestão de recursos hídricos Consultor

Alexandre Fortes Especialista em Salvaguardas Ambientais Consultor

Soraya Melgaço

Clarisse Dall’acqua

Especialista em Reassentamento

Especialista em Reassentamento

Consultor

LCSEN

Teresa Serra Revisor– Consultor Sênior EAPVP

Tim Campbell Revisor– Presidente, Urban Age Institute Consultor

Catherine Tovey Revisor– Especialista em Águas e Saneamento LCSUW

Fundos do Banco Mundial gastos na preparação do Programa:

1. Recursos do Banco Mundial: US$ 264.190,62

2. Fundos fiduciários (PHRD): US$ 812.802,88 (montante total realmente gasto)

3. Total: US$ 1.076.993,50

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114

Custos estimados com aprovação e supervisão:

1. Custos restantes para aprovação: US$ 25.000

2. Custo de supervisão anual estimada: US$ 120.000

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115

Anexo 12: Documentos no Arquivo do Projeto

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS APL HORIZONTAL

Relatório de avaliação ambiental e anexos

Documento de Informações do Projeto e ISDS (estágio de avaliação)

Documento de Informações do Projeto e ISDS (estágio PCN)

Aide Mémoire de missão da preparação

PCN e Minutas de reuniões da PCN

PAD QER e Minutas da Reunião QER

Resumo executivo da avaliação ambiental

Manual de Operações

“Carta Consulta”

Análise econômica e financeira

Avaliação Institucional

Avaliação Social

Plano de Aquisições

Relatório de reassentamento involuntário

Participação do Banco Mundial no Setor de Águas Urbanas no Estado de São Paulo

Antecedentes do Programa, Setor e País dos Mananciais

Atividades do Componente Mananciais pela entidade executora e sub-bacia

Diagramas de acordos de implementação do programa Mananciais

Acordos de implementação do projeto GESP

Acordos técnicos e financeiros do projeto GESP

Resumo do Projeto GESP dos principais impactos ambientais e de intervenções

Acordos de implementação do projeto SABESP

Acordos técnicos e financeiros do projeto SABESP

Subcomponentes do Projeto SABESP

Decreto nº 50.667, de 30/03/2006, Estado de São Paulo

Decreto nº 12.183, de 29/12/2005, Estado de São Paulo

Decreto nº 51.686, de 22/3/2007, Estado de São Paulo

Decreto nº 55.494, de 26/02/2010, conforme modificado pelo Decreto nº 57.048, de

08/06/2011, Estado de São Paulo

Decreto nº 55.495, de 26/02/2010, conforme modificado pelo Decreto nº 57.048, de

08/06/2011, Estado de São Paulo

Decreto nº 12.233, de 16/1/2006, Estado de São Paulo

Decreto nº 13.579, de 13/7/2009, Estado de São Paulo

Lei nº 11.445/07 – Federal

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116

Anexo 13: Demonstrativo de empréstimos e créditos

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

Montante original em US$ milhões

Diferença entre

desembolsos esperados

e reais

Identidade do Projeto

EF Finalidade BIRD AID SF GEF Cancel. Não desemb.

Orig. De Receb.

P112074 2012 Modernizar e tornar mais verde o projeto do sistema ferroviário urbano

do Rio de Janeiro

600,0 0.00 0.00 0.00 0.00 600,0 0,00 0,00

P126537 2012 Projeto de Recursos Hídricos de

Sergipe

70,3 0.00 0.00 0,00 0,00 70,3 0,00 0,00

P112073 2012 Projeto de fortalecimento do sector de minas e energia do Brasil -

META

49.6 0,00 0,00 0,00 0,00 49,6 0,00 0.00

P106768 2012 Setor de Recursos Hídricos

Integrados Federais do Brasil

107,33 0,00 0,00 0,00 0,00 107,33 0,00 0,00

P101504 2011 PSM/MST Fiscal do Rio de Janeiro 18,67 0,00 0,00 0,00 0,00 18,63 0,66 0,00

P111665 2011 BR Bolsa Família 2 APL 200.00 0,00 0,00 0,00 0,00 200,00 34,99 0.00

P106702 2011 DPL Consolid. Fiscal Munic. do RJ-BR

1.045,00 0,00 0,00 0,00 0,00 500,00 -545,00 0.00

P118540 2011 BR Integr. Financ. Resíduo Sólido & Carbono

50,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50,00 0,00 0.00

P120391 2011 Competitividade rural em Santa

Catarina

90,00 0,00 0,00 0,00 0,00 88,64 -1,13 0.00

P095171 2011 Univ. Federal BR Modernização de

Hospitais

150,00 0,00 0,00 0,00 0,00 150,00 0,26 0.00

P122391 2011 Gestão Água e Saúde Bahia (SWAP)BR (MST)

60,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60,00 15,00 0.00

P108654 2011 DPL Urbano e Habitacional BR-Rio

de Janeiro

485,00 0,00 0,00 0,00 0,00 195,00 -290,00 0,00

P108443 2010 Água Sustentável Pernambuco BR 190,00 0,00 0,00 0,00 0,00 184,38 19,77 0,00

P099469 2010 Des. Rural Sust. e Acesso a Mercados BR SP

78,00 0,00 0,00 0,00 0,00 77,81 17,00 0,00

P106703 2010 Seg. Ambiental Nacional BR (APL2)

24,30 0,00 0,00 0,00 0,00 23,29 -0,95 0,00

P101508 2010 Reagua SP BR 64,50 0,00 0,00 0,00 0,00 64,33 4,33 0,00

P106663 2010 Des. Rural Sustentável RJ-BR 39,50 0,00 0,00 0,00 0,00 29,83 6,32 0,00

P106390 2010 Projeto de Estradas Vicinais de São

Paulo

493,43 0,00 0,00 0,00 0,00 29,23 -307,64 0.00

P104995 2010 LINHA 4 DO METRÔ DE SP

(FASE 2)

130,00 0.00 0,00 0,00 0,00 129,68 0,00 0.00

P114204 2010 APL5 Municipal BR: Santos 44,00 0,00 0,00 0,00 0,00 41,48 20,26 0,00

P116170 2010 Reabilitação de Distribuição ELETROBRAS

495,00 0.00 0,00 0,00 0,00 493,76 0,00 0,00

P113540 2010 Linha 5 do Metrô de São Paulo 650,40 0,00 0,00 0,00 0,00 584,77 -64,00 0,00

P111996 2010 BR AIDS-SUS 67,00 0,00 0,00 0,00 0,00 66,83 8,77 0.00

P118410 2010 Trânsito II em Massa RJ BR 211,70 0,00 0,00 0,00 0,00 163,81 120,18 0.00

P006553 2010 Estrada do Mato Grosso do Sul 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 92,97 -206,28 0,00

P106208 2010 Gest Rec.Híd. Integ. APL SP 104,00 0,00 0,00 0,00 0,00 96,25 51,64 0.00

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117

P106765 2009 Result. e Contab Educ. Pernambuco 154,00 0,00 0,00 0,00 0,00 67,38 15,15 0.00

P107146 2009 Crescimento Inclusivo do Ceará (SWAp II)

240,00 0,00 0,00 0,00 0,00 35,20 17,76 0.00

P107843 2009 Des. Sus. Incl. Econ. Social Acre Social

120,00 0,00 0,00 0,00 0,00 68,55 -2,81 0,00

P110614 2009 Gestão Multissetorial do Distrito

Federal Proj.

130,00 0.00 0.00 0.00 0.00 114.44 75.06 0.00

P099369 2009 BR: Proj. Int. do Estado de Sergipe: Pov. Rural

20,80 0,00 0,00 0,00 0,00 13,02 12,14 0,00

P088716 2009 Desenvolvimento Regional do Ceará 46,00 0,00 0,00 0,00 0,00 43,47 1,05 0.00

P104752 2009 Melhoria da qualidade e formação da rede de saúde BR

235.00 0,00 0,00 0,00 0,00 227,41 75,23 0.00

P094315 2009 Redução da pop. rural da Paraíba 20,90 0,00 0,00 0,00 0,00 18,47 12,29 0.70

P094199 2009 APL4 Municipal BR: São Luís 35,64 0,00 0,00 0,00 0,00 30,86 -3,03 0,00

P089929 2008 BR-(APL) RS (Pelotas) Integr. Mun.

Dev.

54,38 0,00 0,00 0,00 0,00 29,36 16,40 0,00

P089013 2008 Gestão Integrada de Águas Residuais do Estado de RGN

35,90 0,00 0,00 0,00 0,00 20,55 20,04 0.00

P088966 2008 APL4 Municipal BR: Recife 32,76 0,00 0,00 0,00 0,00 28,73 23,68 -2,06

P083997 2008 APL4 Municipal BR: Teresina 31,13 0,00 0,00 0,00 0,00 24,67 15,12 0,00

P095626 2008 Serv. e Sust. Bsc Alto Solimões (MST)

24,25 0,00 0,00 0,00 0,00 9,55 5,72 0.00

P106038 2008 Seg. Ext. de Saúde Família (APL2) 83,45 0,00 0,00 0,00 0,00 56,33 51,74 0,00

P101324 2008 Trens e Sinalização de São Paulo 662,91 0,00 0,00 0,00 0,00 157,75 45,73 0.00

P082651 2008 Segunda Parceria Nacional para o

Desenvolvimento de Minas Gerais

1.437,00 0,00 0,00 0,00 0,00 102,60 -354,80 96,28

P089011 2007 Desenv. Rural Integrado Pará APL 1 BR

60,00 0,00 0,00 0,00 0,00 40,08 40,08 0,00

P095460 2007 APL4 Municipal BR: Uberaba 17,27 0,00 0,00 0,00 0,00 2,44 2,49 0,00

P093787 2007 Gestão Integrada de Rodovias Bahia 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,26 -8,52 0,00

P092990 2006 Pov. Rur. Proj. Integ. Estado da

Bahia

84,35 0,00 0,00 0,00 0,00 20,93 -9,00 0,00

P081436 2006 Projeto de Transporte Rodoviário BR

501,25 0,00 0,00 0,00 59,95 44,09 104,04 0,00

P089440 2006 Desenv. Integ. de Áreas Urbanas Pobres Bahia

49,30 0,00 0,00 0,00 0,00 24,18 24,18 0,00

P006449 2006 BR-Brasília Ambientalmente

Sustentável

57,64 0,00 0,00 0,00 0,00 12,76 12,76 1,62

Total: 9,59,996.32 0.00 0.00 0.00 59.95 5.411,20 -

977.62

133.30

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118

BRASIL

EXTRATO da carteira

em milhões de dólares dos Estados Unidos

mantidos e desembolsados

Comprometido Desembolsado

IFC IFC

Aprovação

no EF

Empresa Empréstimo Capital Quasi Partic. Empréstimo Capital Quasi Partic.

Total da carteira: 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Aprovações Pendente Compromisso

Aprovação no EF

Empresa Emprést. Capital Quasi Partic.

Aprovações Pendente

Compromisso

0.00 0.00 0.00 0.00

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119

Anexo 14: Visão panorâmica dos países

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDIRCOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

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120

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121

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122

Anexo 15: Mapas

BRASIL: GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PROGRAMA MANANCIAIS - APL HORIZONTAL

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Anexo 16: Projeto do Município de São Bernardo do Campo

BRASIL:

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Projeto do Município de São Bernardo do Campo

Dados do financiamento do programa

[X] Empréstimo [ ] Crédito [ ] Subsídio [ ]

Garantia

Outro:

Para Empréstimos/Créditos/Outros:

Financiamento Total do Banco (US$ - milhões): 20,82

Termos propostos: Milhões de dólares dos EUA denominado Compromisso vinculado BIRD

Empréstimo Flexível (IFL) com spread variável. Todas as opções de conversão são selecionadas,

com o prêmio de tetos e faixas de variação das taxas de juros a serem pagos com os próprios

recursos do Mutuário.

Plano de financiamento (US$ milhões)

Fonte Total Estrang

eiro

Total

Mutuário 20,58 0.00 20.58

Banco Internacional de Reconstrução e

Desenvolvimento

20,77 0.05 20.82

Total do projeto: 41.35 0.05 41.40

Mutuário:

Município de São Bernardo do Campo

Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo

Praqa Samuel Sabatini, 50 - Centro

CEP: 09750-700 - São Bernardo do Campo - São Paulo

Brasil

Fax: (55-11) 4122-0123

Órgão Responsável: Município de São Bernardo do Campo

Estimativa de desembolsos (Exercício financeiro do Banco Mundial/US$ milhões)

EF 12 13 14 15 16

Anual 0,86 7,29 6,88 4,35 1.44

Cumulativo 0,86 8,15 15,03 19,38 20.82

Período de implementação do projeto: Início 30 de junho, 2011 Fim: 31 de julho de 2015

Data prevista para entrada em vigor: 1º de maio de 2012

Data prevista para encerramento: 30 de setembro de 2015

O projeto afasta-se da Estratégia de Assistência aos Países (CAS, sigla em

inglês) em termos de conteúdo ou outro ponto significativo? Ref. PAD I.C. [ ]Sim [X] Não

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O projeto requer quaisquer exceções das políticas do Banco Mundial?

Ref. PAD IV.G. Elas foram aprovadas pela direção do Banco Mundial?

A aprovação da Diretoria Executiva está sendo solicitada para alguma exceção

das políticas?

[ ]Sim [X]

Não

[ ]Sim [X]

Não

[ ]Sim [X]

Não

O programa inclui algum risco crítico classificado como “substancial” ou

“alto”?

Ref. PAD III.E.

[ ]Sim [X]

Não

O programa atende aos critérios regionais de prontidão para implementação?

Ref. PAD IV.G.

[X]Sim [ ]

Não

Objetivo do desenvolvimento do projeto Ref. PAD II.C., Anexo Técnico 3

Os objetivos do Projeto EuroLog são: (a) proteger e manter a qualidade e a confiabilidade

das fontes de água potável e dos recursos hídricos da região metropolitana de São Paulo e (b)

melhorar a qualidade de vida das populações pobres que residem nas principais bacias

hidrográficas urbanas da Região Metropolitana de São Paulo.

Descrição do projeto [resumo de uma sentença sobre cada componente] Ref. PAD II.D., Anexo

Técnico 4

O Projeto PMSBC tem três componentes (agrupados em dois subprogramas), que corresponde ao

primeiro, segundo e terceiro componentes do Programa global, embora não haja nenhuma

atividade correspondente ao quarto componente do Programa.

Subprograma A - Fortalecimento e Gestão Institucional (Componente 1);

Subprograma B - Melhoria Urbana Integrada, Regularização de Terras e

Recuperação Ambiental de Assentamentos Irregulares e Precários (Componentes 2 e 3).

Subprograma A: Fortalecimento e Gestão Institucional

Componente 1 - O Desenvolvimento da Capacidade Institucional visa a fortalecer a capacidade

de planejamento e programação de PMSBC para preservar e restaurar as áreas nas cabeceiras dos

rios de partes da sub-bacia dentro de seu território. Isso compreende: (i) melhorar o uso da terra

integrada do município e a gestão e coordenação de recursos hídricos , (ii) a realização de um

programa e de um projeto de educação ambiental relacionado a atividades de alcance social, e

(iii) prestação de assistência técnica para gestão, monitoramento, avaliação e divulgação de

projetos

Subprograma B: Melhoria urbana, regularização de terras e recuperação ambiental de

assentamentos irregulares e precários selecionados.

Componente 2 – A melhoria urbana visa a melhorar a qualidade de vida, melhorando os padrões

de ocupação urbana e reduzindo os riscos de enchentes e deslizamentos de terra por meio de

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intervenções em assentamentos irregulares e precários selecionados , ampliando o acesso a

serviços básicos nas áreas selecionadas ao: (i) realizar melhorias urbanas em assentamentos

irregulares e precários selecionados; (ii) realizar atividades de reabilitação em áreas degradadas e

de alto risco; (iii) realizar o reassentamento involuntário de famílias afetadas pelas intervenções

da melhoria urbana ou que vivem em áreas de alto risco ou degradadas mencionadas acima; (iv)

executar processos de regularização de terras assentamentos irregulares e precários selecionados;

(v) criar um centro de Ecologia e Cidadania na área; e (vi) preparar e implementar um plano de

trabalho social e participação comunitária para apoiar as atividades do projeto e do programa.

Componente 3 - A Proteção e Recuperação Ambiental visa a proteger os recursos naturais e

áreas ambientalmente sensíveis – especialmente as áreas das cabeceiras dos rios – da área de

intervenção da sub-bacia da Billings localizada no município de São Bernardo do Campo. Isso

compreende: (i) preparação e implementação de programas de plantio de árvores em

assentamentos irregulares e precários selecionados; e (ii) urbanização de áreas públicas com

espaços verdes e de lazer para uso comum nos assentamentos irregulares e precários

selecionados.

Que políticas de salvaguarda são acionadas, se houver? Ref. PAD IV.F., Anexo Técnico 10

O projeto recebeu uma classificação de Categoria A Ambiental do Banco Mundial e aciona as

seguintes salvaguardas: OP 4.01 (Avaliação Ambiental); OP 4.04 (Natural Habitats); OP 11.03

(Recursos Culturais Físicos); e OP 4.12 (Reassentamento Involuntário).

Políticas de salvaguarda acionadas pelo projeto Sim Não

Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) (X) [ ]

Habitats Naturais (OP/BP 4.04) (X) [ ]

Controle de Pragas (OP 4.09) [ ] [X]

Recursos Culturais Físicos (OP/BP 4.11) [X] [ ]

Reassentamento involuntário (OP/BP 4.12) [X] [ ]

Povos Indígenas (OP/BP 4.10) [ ] [X]

Florestas (OP/BP 4.36) [ ] [X]

Segurança de Barragens (OP/BP 4.37) [ ] [X]

Projetos em Áreas Controversas (OP/BP 7.60) [ ] [X]

Projetos em Vias Aquáticas Internacionais (OP/BP 7.50) [ ] [X]

Condições significativas e não padrão, se houver, para:

Ref. PAD III.E.

Apresentação da Direção: Nenhuma

Entrada em vigor do empréstimo:

O Empréstimo foi registrado com validade pelo Banco Central do Fiador.

Convenções aplicáveis à implementação do programa:

Convenções datadas

UGL provida integralmente de uma equipe por até dois meses após o projeto entrar

em vigor

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A manutenção da UGL com pessoal e capacidade satisfatória ao Banco Mundial

durante todo o período de implementação do projeto correspondente;

Até a conclusão do Projeto, a manutenção de um representante no CDC com poder e

responsabilidade estabelecidos no Manual de Operações

Outras convenções

O mutuário deve cumprir o "Acordo de Implementação" com os órgãos executores do

programa. Exceto quando o Banco Mundial estipula de outra forma, o Mutuário não

emendará, anulará, isentará ou deixará de cumprir qualquer Acordo de

Implementação ou quaisquer de suas cláusulas.

Suspensão de desembolso, Nenhuma

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Projeto do Município de São Bernardo do Campo

BRASIL - GR SÃO PAULO PROJETO PMSBC

1. CONTEXTO ESTRATÉGICO E FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA

Nota: Esta seção é apresentada em mais detalhes no corpo principal e no Anexo 1 do PAD

do Programa Mananciais APL Horizontal.

1. Desafios das águas de São Paulo Entre os problemas mais críticos da Região

Metropolitana de São Paulo, MRSP, está o equilíbrio entre abastecimento e demanda de água da

região, que afeta a competitividade e o crescimento econômico da cidade, e sua sustentabilidade

social e ambiental. A MRSP, onde 52% da população do estado reside, tem uma disponibilidade

extremamente baixa de água per capita, que é comparável a das áreas mais secas da região

nordeste do Brasil. Meda do abastecimento potável da cidade é importado de sistemas fluviais

vizinhos, que é contencioso devido às demandas de outras conturbações que compete pela

mesma água. O restante vem de sistemas de reservatórios de cabeceiras de rio (‘mananciais’)

dentro da própria MRSP. Os reservatórios Guarapiranga e Billings fazem contribuições cruciais,

além de fornecer água potável para cerca de 25% da população da MRSP (ou cerca de 4,8

milhões de pessoas). Previsões recentes para a região metropolitana indicam que até 2015 haverá

um sério risco de a demanda ser superior à oferta – sendo que essas projeções supõem que os

mananciais da MRSP em funcionamento atualmente (Guarapiranga, Billings e outros sistemas)

permaneçam plenamente utilizados ou ampliados. Caso a Guarapiranga e a Billings sejam

perdidos como massas de água bruta para o abastecimento da cidade, as fontes mais próximas

para substituí-las ficam muito distantes e só poderiam ser trazidas para a MRSP a um custo

muito alto.

2. O nexo ambiental e de uso da terra. Cerca de 2 milhões de pessoas residem nas bacias

fluviais de Guarapiranga e Billings – a grande maioria é pobre, que ocupou ilegalmente essas

áreas devido a sua proximidade do centro urbano. As áreas industriais e comerciais ao longo dos

bancos do Rio Pinheiros (hoje a região líder em desenvolvimento empresarial e econômico) tem

sido há muito tempo um ímã para quem busca emprego. Este mercado de emprego e

oportunidade é estrategicamente próximo dos assentamentos informais de Guarapiranga e

Billings, que se formaram com o tempo em resposta às necessidades de moradia dos grandes

segmentos da população. Esses assentamentos informais em favelas causam poluição direta dos

reservatórios por meio de descarga de lixo e águas residuais, escoamento e assoreamento

causados por temporais, ameaçando assim seu futuro como massas de água para abastecimento

de água potável e outros usos. Para enfrentar esse problema, é necessário tomar uma medida para

reunir intervenções nas principais melhorias urbanas locais e iniciativas de âmbito metropolitano

na coleta e tratamento de águas residuais, bem como na gestão de drenagem e dejetos sólidos,

tudo isso no contexto da bacia do rio urbano. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de

São Paulo (SABESP) é o principal ator no abastecimento de água e de coleta e tratamento de

águas residuais. A Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade de 2001 conferem aos governos

municipais a responsabilidade pelo planejamento do uso das terras, incluindo a elaboração de

planos urbanos-mestre e o controle do zoneamento e desenvolvimento das terras. Além disso,

são localmente responsáveis pela gestão de drenagem e resíduos sólidos. A ação vertical e

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horizontal coordenada entre os governos estaduais e municipais para salvaguardar e capitalizar

os recursos hídricos fundamentais da cidade é um dos principais desafios da MRSP e uma

prioridade do Governo do Estado e dos governos municipais da região.

3. O município de São Bernardo do Campo está totalmente situado na Região Metropolitana

de São Paulo, na qual 746.718 habitantes ocupam uma área de aproximadamente 400 km2(Censo

do IBGE de 2001). Muitos desses residentes vivem em áreas com infraestrutura mínima ou nula,

geralmente em assentamentos precários ou irregulares. A Área de Proteção da Cabeceira de Rio

da Billings responde por 52% ou 210 km2

da área total do município. O reservatório e a área de

proteção diminuiram o ritmo do processo de urbanização em direção à parte estadual da Serra do

Mar, reduzindo a área municipal de uso da terra urbana em até 1/3 de seu tamanho. A ocupação

de assentamentos precários ou irregulares é geralmente incompatível com a manutenção e a

preservação da qualidade de água ou ambiental do Reservatório Billings.

4. O Reservatório do Billings foi construído entre 1925 e 1933 com o objetivo de produzir a

eletricidade que alimentaria a usina Henry Borden em Cubatão. Desde o final da década de 1950,

o reservatório serviu como fonte de abastecimento público de energia para toda a região do ABC.

Foi só na década de 1970, com o crescente poder do movimento ambiental que as leis estaduais

898/75 e 1.172/76 estabeleceram parâmetros para o uso, a ocupação e a proteção das áreas que

circundam o Reservatório. Vale observar que essas leis resultaram em uma gestão centralizada

das cabeceiras dos rios pelo Estado, centralizando o comando e o controle dessas áreas.

5. As áreas de proteção da cabeceira do(s) rio(s) da MRSP sofreram um período de

assentamentos irregulares acelerados durante as décadas de 1980 e 1990 devido à falta de

políticas públicas adequadas, o que tem representado um enorme desafio para o governo atual.

Atualmente, o abastecimento de água da MRSP é um problema crítico, e a região já está

importando água de outras bacias hidrográficas. O governo está tomando medidas urgentes para

reverter esta tendência. Uma medida tomada foi a Legislação Estadual 9.866/97 que estipulou

diretrizes e normas para proteger e restaurar, não somente as bacias hidrográficas das cabeceiras

do(s) rio(s) da MRSP, mas também de todo o estado de São Paulo. Outro aspecto importante é o

sistema de gestão proposto que inclui a participação do estado, dos municípios e da sociedade

civil. A legislação 9866/97 não definiu, contudo, quais áreas são consideradas de interesse para o

abastecimento público de água (Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais, ou APRMs).

6. Em 2009, a Legislação Estadual 13.579 foi promulgada, definindo a Área de Proteção da

Cabeceira do(s) rio(s) da Billings. Esta lei fornece as diretrizes para o uso e a ocupação da bacia

hidrográfica e fornece ferramentas de planejamento e capacidade de gestão para intervir e

redirecionar a ocupação existente. Além disso, o município de São Bernardo do Campo mudou e

adaptou seu Plano Diretor e leis sobre o uso da terra para estar em conformidade com a norma

13579/09 para gerenciar com eficácia este importante pedaço de terra.

7. Mapeamento de habitações precárias e/ou irregulares no município de São Bernardo

do Campo. Em 2009/2010, o governo municipal determinou que a organização de informações

para mapear assentamentos irregulares e precários era de interesse social. O governo identificou

261 centros que continham mais de 82.000 domicílios, representando aproximadamente 30% do

total de municípios do município. Na área da cabeceira do(s) rio(s) da Billings, foram

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identificados 151 assentamentos precários e /ou irregulares (cerca de 60% dos assentamentos

precários e irregulares atuais do município), dos quais 68 são favelas e 82 são subdivisões de

terras irregulares. Mais de 40.000 famílias vivem nesses assentamentos. Esses assentamentos são

registrados como Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS no novo Plano Diretor e são

consistentes com as definições no Ato Específico da Billings (Lei Estadual 13.579) e são

mencionados na Área de Recuperação Ambiental, ou ARA 1. Esse estudo foi a principal linha de

base para a preparação do Plano Local de Habitação de Interesse Social, ou PLHIS, para o

município. Esse Plano é o principal instrumento para o planejamento de ações de médio e longo

prazo para o setor habitacional do município.

8. A prática de mapeamento identificou cinco tipologias de problemas habitacionais urbanos

em assentamentos precários. As áreas de intervenção neste Projeto são definidas como tipologia

4 (assentamentos irregulares precários, que podem ser consolidados e sem nenhuma

infraestrutura), e a solução requer intervenções complexas e de custo elevado e várias famílias a

serem reassentadas.

9. Um caso sério no município é o da comunidade Montanhão (no lado direito da Rodovia

Anchieta), localizado em APRM-Billings, onde favelas e assentamentos ilegais descontrolados

(particularmente os núcleos de Areião/SABESP/Vila dos Estudantes e Monte Sião com cerca de

3.000 famílias) estão invadindo na direção da entrada de água potável da SABESP no afluente do

reservatório do Rio Grande, gerando vários impactos ambientais negativos. Além disso, essas

áreas apresentam um alto risco de deslizamentos de terra (incluindo a morte de algumas pessoas

em experiências passadas) alto risco de enchente; e necessidade de restringir a ocupação

irregular próxima ao reservatório de água e da entrada da SABESP.

10. Apesar de as regras e leis de planejamento urbano do governo local para proteger as

cabeceiras dos riscos regerem formalmente essas áreas de captação ambientalmente frágeis, o

fato é que o ritmo e ilegalidade do processo de ocupação nos últimos anos tem ultrapassado a

capacidade dos governos estaduais e municipais de controlar, supervisionar e monitorar a

situação. Está claro agora para o governo municipal que há uma necessidade urgente de uma

grande intervenção coordenada com o governo do estado e com outras importantes partes

interessadas para atenuar esta situação problemática.

11. Os serviços de abastecimento e saneamento de água em São Bernardo do Campo são hoje

prestados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). A

cobertura de abastecimento de água no município está em 98% e a coleta de águas residuais em

aproximadamente 85%. O índice de tratamento de águas residuais é de cerca de 60%. A

SABESP está implementando atualmente um duto de coleta de águas residuais perto da área do

projeto que beneficiará o projeto.

2. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

Instrumento de empréstimo

12. O Programa proposto será implementado como uma série de projetos e seus empréstimos

correspondentes sob um APL Horizontal, em um período de implementação de seis anos. Os

participantes sob a APL são GESP, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

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(SABESP), e os governos municipais de São Bernardo do Campo (PMSBC) e Guarulhos (PMG),

sob quatro Empréstimos de Investimentos Específicos individuais. O Programa APL representa

um todo que é maior do que a soma de suas partes – os impactos cumulativos das intervenções

do Programa serão maiores do que o impacto individual de cada empréstimo. No entanto, cada

mutuário elegível pode começar suas intervenções sem precisar esperar que os outros

empréstimos sejam iniciados. Devido a atrasos na aprovação de pacotes de empréstimos

individuais, todos os quatro mutuários não receberam autorização simultânea para negociar. A

Estrutura do APL Horizontal é designada para permitir que empréstimos subsequentes sejam

apresentados ao Banco Mundial assim que receberem a autorização exigida para negociar.

13. O projeto GESP, que é designado para fornecer a coordenação de todas as outras

atividades do Programa, e do projeto da SABESP, que representa o maior empréstimo e o

principal incentivador do Programa, são parte do pacote aprovado com o PAD do Programa APL

(o 'PAD do Programa') pela Diretoria em 9 de julho de 2009; entrou em vigor nos dias 21 de

dezembro de 2010 e 24 de março de 2010, respectivamente. O projeto da PMSBC está sendo

apresentado agora como Anexo 16 do Programa PAD.

14. Os critérios de elegibilidade usados para identificar quais órgãos e governos municipais

podem participar do APL Horizontal como mutuários ou entidades coexecutoras são os

seguintes: (i) devem estar situados na área das bacias de captação das cabeceiras do(s) rio(s) ou

operarem tais bacias; (ii) devem conter áreas críticas que contribuem para a poluição das

cabeceiras dos rios, e/ou suas atividades devem ser cruciais para o controle da poluição nas

cabeceiras dos rios ou para a operação sustentável dos reservatórios das cabeceiras dos rios, e/ou

seus sistemas de abastecimento de água apresentam grande volume de água sem receita; (iii)

devem possuir capacidade de dívida suficiente para pedir empréstimo APL; (iv) no caso dos

municípios, devem ter uma capacidade de investimento per capita de pelo menos R$ 40

(incluindo transferências constitucionais); (v) devem ter capacidade de aquisição e gestão

financeira considerada aceitável para o Banco Mundial; e (vi) acordos de empréstimos

subsequentes são negociados dentro de um prazo de 24 meses após a assinatura do primeiro

acordo de empréstimo do Programa (28 de outubro de 2009).

15. Embora o programa seja maior do que a soma de suas partes, as análises da preparação

do Programa foram designadas para demonstrar que cada um dos quatro componentes do

Programa é econômica, financeira, técnica e socialmente viável de forma individual, mesmo que

um dos projetos prossiga sem os demais. As análises econômicas e financeiras (e afins) foram

elaboradas tendo em mente especificamente a “autonomia do projeto”. Foram realizadas três

tipos de análises: exclusivamente das atividades de melhoria urbana, especificamente das

atividades de Abastecimento de Água e Saneamento (WSS), e do custo de oportunidade global

de perder os mananciais como fontes de água potável para a cidade. Os grupos individuais de

atividades foram considerados economicamente viáveis. O custo geral da oportunidade também

era economicamente viável, mas não foi usado para justificar os investimentos do Programa

porque todos os mutuários e a entidade coexecutora (PMSP) não podem realizar seus

investimentos – de uma vez ou simultaneamente.

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3. DESCRIÇÃO DETALHADA DO PROJETO

16. A operação Mananciais APL Horizontal foi criada para responder ao uso da terra, aos

recursos hídricos e aos desafios socioambientais. O APL é parte de um programa mais amplo de

intervenções dos governos estaduais e municipais da MRSP com base, inter alia, nas prioridades

identificadas no plano da bacia fluvial do Alto Tiete, no Plano Metropolitano para o

Desenvolvimento Integrado da Grande São Paulo de 1988, no plano diretor de abastecimento de

água da SABESP – tanto para a região metropolitana – e no plano diretor de macrodrenagem

para a bacia do Alto Tietê. Este programa geral – Programa Mananciais Metropolitanos –

engloba outros programas bilaterais e financiados pelo governo federal. O Programa Mananciais

APL financiado pelo Banco Mundial é a peça chave do Programa Mananciais Metropolitanos.

17. Os objetivos gerais do Programa APL são: (i) proteger e manter a qualidade e

confiabilidade dos recursos hídricos e fontes de água potável da MRSP; (ii) melhorar a qualidade

de vida das populações pobres que residem perto das principais bacias fluviais urbanas na

MRSP; e (iii) melhorar a capacidade institucional, gestão metropolitana e coordenação na MRSP

em gestão de recursos hídricos, controle da poluição da água, política do uso da terra e prestação

de serviços básicos.

18. Os objetivos de desenvolvimento do Projeto PMSBC (PDO) enfatizam e contribuem para

os dois primeiros PDOs do Programa, a saber: (i) proteger e manter a qualidade e a

confiabilidade das fontes de água potável e dos recursos hídricos da região metropolitana de São

Paulo; e (ii) melhorar a qualidade de vida das populações pobres que residem nas principais

bacias hidrográficas urbanas da Região Metropolitana de São Paulo. Os PDOs para a PMSBC

serão avaliados por meio dos indicadores apresentados na Seção 4 deste Anexo.

19. O projeto PMSBC tem três componentes principais: (i) Desenvolvimento de capacidade

institucional, (ii) Melhoria urbana e (iii) Proteção e recuperação ambiental, que corresponde ao

primeiro, segundo e terceiro componentes do Programa Mananciais APL Horizontal. Não há

atividades correspondentes ao quarto componente do Programa.

Tabela 3.1 – Recurso alocado para a PMSBC

Mutuário

Total Contrapartida BIRD

Milhões

de US$

% do total

do APL

do

Programa

Milhões de

US$

Milhões de

US$

PMSBC

41.40

17,4

20,58

20,82

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Tabela 3.2 - Atividades gerais do projeto a serem implementadas pela PMSBC

Componente Valores

(Em US$ milhões)

Financiamento do

Banco Mundial

(Em US$ milhões)

1 - Desenvolvimento de capacidade institucional 5,74 5,70

2 – Melhoria urbana 32,68 13,80

3- Proteção e Recuperação Ambiental 2,94 1,27

TOTAL + (Taxa inicial de US$ 0,05 milhões) 41,40 20.82

20. O Projeto PMSBC foi agrupado nos dois seguintes subprogramas que englobam o

Programa original:

a. Subprograma A - Fortalecimento e Gestão Institucional (Componente 1);

b. Subprograma 2 – Melhoria Urbana Integrada, Regularização de Terras e

Recuperação Ambiental de Assentamentos Precários, agrupando Componentes 2

e 3 e focando todas as atividades nos assentamentos irregulares e precários

selecionados (áreas vizinhas de Areião/SABESP/Vila dos Estudantes e Monte

Sião).

Subprograma 1: Fortalecimento e Gestão Institucional

21. Componente 1 - Desenvolvimento da Capacidade Institucional (Total de US$ 5,74

milhões, empréstimo de US$ 5,70 milhões). Componente 1 - O Fortalecimento da Capacidade

Institucional visa a fortalecer a capacidade de planejamento e programação do município para

preservar e restaurar as áreas dessas partes da sub-bacia dentro do território de PMSBC. Este

componente beneficiaria as quase 231.000 pessoas que vivem na área de proteção da cabeceira

do(s) rio(s) de São Bernardo do Campo.

22. O componente apoiará as seguintes atividades: (i) melhor gestão e coordenação

integrados dos recursos hídricos e do uso da terra, (ii) Programa de educação ambiental e alcance

social; e (iii) gestão, monitoramento, avaliação e divulgação do programa.

23. A descrição detalhadas das atividades é fornecida abaixo:

(i) Melhor gestão e coordenação integrados dos recursos hídricos e do uso da terra. Isso

inclui a preparação do Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental (PDPA) da

PMSBC, incluindo a realização de pesquisas de campo, estudos e eventos para o

desenvolvimento de capacidades, e o desenvolvimento de sistemas de informações e

indicadores de monitoramento, todos designados para ajudar na formulação e

implementação deste plano. O PDPA estabelece os dados de linha de base para a área

usando pesquisa de campo e ferramentas de mapeamento. O PDPA identificará as

áreas ecológicas, sociais e outras áreas de uso da terra em São Bernardo do Campo

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para influenciar as políticas do setor municipal, tais como habitação, saneamento,

gestão de recursos naturais, e instrumentos de avanço que consideram a proteção de

recursos urbanos, ambientais e hídricos. O PDPA incluirá, inter alia:

a. Pesquisa de informações e geração de um banco de dados sobre as APRM-B

em São Bernardo do Campo que inclui: (i) pesquisas de campo que

identificam o status atual da hidrografia, vegetação, fauna e áreas de

preservação permanente, (ii) uma pesquisa do atual uso da terra para

relacionar aos vários tipos de atividades existentes e identifica os impactos

ambientais relacionados a essas atividades, (iii) uma pesquisa e caracterização

de áreas naturais.

b. Preparação de diagnósticos ambientais urbanos sobre as APRM-B em São

Bernardo do Campo que inclui: (i) uma avaliação ambiental de todos os dados

coletados e caracterizando a qualidade ambiental atual da bacia hidrográfica,

(ii) estabelecimento de zonas ambientais para avaliar o potencial e as

restrições existentes na bacia hidrográfica e considerando o uso sustentável de

recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas. O zoneamento ambiental

levará em conta os impactos das atividades antropogênicas e a capacidade

executora do ambiente, (iii) desenvolvimento de um sistema de informações

que correlaciona o uso da terra, qualidade e quantidade do sistema de água

para rastrear e monitorar as metas estipuladas pela Lei 13.579/09.

c. Desenvolvimento de um Plano de Proteção e Desenvolvimento Ambiental da

APRM em São Bernardo do Campo que inclui: (i) diretrizes para programas

de uso sustentável da terra em APRM-Billings, em especial, atividades,

atividades compatíveis com a proteção e recuperação ambiental, (ii) diretrizes

para políticas setoriais relacionadas à habitação, transporte, gestão de recursos

naturais, saneamento ambiental e infraestrutura para promover sua integração

e melhorar a qualidade de recursos hídricos protegidos, (iii) uma proposta para

restaurar áreas naturais existentes e melhorar a qualidade ambiental na bacia,

(iv) definição de procedimentos que avaliem as Áreas de Restauração

Ambiental - ARA e os respectivos Programas de Restauração usando metas

socioambientais definidas, (v) criação de metas de curto, médio e longo prazo

para obter padrões de qualidade ambiental.

d. Identificar indicadores que avaliam a qualidade ambiental da bacia

hidrográfica e monitoram ações propostas no PDPA.

e. Desenvolver eventos de capacitação para treinar equipes de gestão envolvidas

na implementação do PDPA local e apresentar e discutir resultados do PDPA

com a população local.

(ii) Educação Ambiental e Alcance Social Isso inclui a realização de uma avaliação da

situação atual da educação ambiental no território do mutuário; (ii) desenvolvimento

de um programa de educação ambiental e materiais com treinamento de competências

para os líderes comunitários e outras partes interessadas; e (iii) implementação deste

programa. O desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental municipal de

acordo com a Política de São Bernardo do Campo mapeará o estado atual da

educação ambiental, coordenará as ações de vários participantes sociais e

institucionais envolvidos na agenda ambiental da cidade, definirá linhas de

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134

desempenho e os projetos que os compreendem, criará indicadores de monitoramento

e avaliação e metodologias de desempenho em comunidades situadas nas APRM-B.

O Programa de Educação Ambiental incluirá o seguinte:

a. A realização de uma avaliação da situação atual da educação ambiental em

São Bernardo do Campo incluindo: (i) o mapeamento dos atores sociais

(governamentais e não governamentais) que têm um papel na educação

ambiental por meio de uma pesquisa dos objetivos socioambientais,

identificando estruturas organizacionais e sua complexidade, identificando a

base social para deslocamento, os principais projetos que estão sendo

desenvolvidos, e a percepção das partes interessadas com relação a questões

ambientais no município; (ii) o mapeamento de experiências institucionais em

Educação Ambiental desenvolvida ou em desenvolvimento no município.

b. Discussão e consolidação de diagnósticos compartilhados, diretrizes e

estratégias para o Programa de Educação Ambiental Municipal incluindo: (i)

organização de departamentos técnicos com outros órgãos do governo para

consolidar o mapeamento de conhecimentos e estratégias integradas; (ii)

organização do processo de consolidação de conhecimento no item (a) e

apresentação das expectativas e processo para o desenvolvimento do

Programa de Educação Ambiental Municipal; (iii) implementação do Fórum

de Educação Ambiental Municipal, definindo estratégias e ações para o

Programa de Educação Ambiental Municipal entre o governo e a sociedade,

(iv) criação de um comitê de processo de monitoramento para desenvolver o

Programa de Educação Ambiental.

c. Desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental, incluindo: (i)

definição de princípios, diretrizes, objetivos e estratégias que guiam o

Programa; (ii) definição de linhas de desempenho e estratégias usadas para

implementar projetos. As linhas de desempenho seguintes devem ser

consideradas: educação ambiental por meio de educação formal, educação no

processo de gestão ambiental, educação ambiental nas comunidades locais na

bacia hidrográfica da Billings, educação ambiental em comunidades locais na

bacia hidrográfica do Tamanduatei; (iii) desenvolvimento de metas de curto,

médio e longo prazo; (iv) definição de projetos prioritários a serem

desenvolvidos e implementados; (v) definição de indicadores que apoiam a

avaliação de resultados previstos do Programa de Educação Ambiental.

d. Avaliar a Educação Ambiental dada nas comunidades locais na Bacia

Hidrográfica da Billings ao: (i) definir e especificar as ações realizadas nos

assentamentos de moradias, incluindo: defesa e conscientização pública,

estratégias e ferramentas para formar consciência ambiental e direcionar rumo

à recuperação e conservação de recursos naturais, instrumentos e ferramentas

para identificar problemas socioambientais existentes, e instrumentos e

ferramentas para os indicadores de desenvolvimento socioambiental; (ii)

aplicar a metodologia estabelecida nos assentamentos de Areião / SABESP /

Vila dos Estudantes / Monte Sião, incluídos no Componente 2 do Projeto;

e. O desenvolvimento de capacidades de equipes envolvidas na gestão do

Programa de Educação Ambiental por meio da execução do Programa de

Educação Ambiental.

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135

(iii) Gestão de projetos, monitoramento, avaliação e divulgação. Isso inclui a prestação

de assistência técnica conforme necessário para a gestão, monitoramento, avaliação e

divulgação do Projeto. . Isso será realizado por meio da prestação de assistência

técnica para apoiar a unidade de implementação do projeto nas atividades de

implementação do projeto incluindo, entre outras, atividades de aquisição, gestão

financeira, ambientais, sociais e de divulgação. Isso também inclui atividades de

auditoria e avaliações de monitoramento ex-post.

Subprograma 2: Melhoria urbana, regularização de terras e recuperação ambiental de

assentamentos irregulares e precários selecionados.

24. Componente 2 - Melhoria urbana (Total de US$ 32,68 milhões, empréstimo de US$

13,80 milhões). Este componente realizará a melhoria urbana em assentamentos irregulares e

precários selecionados. Os principais objetivos do componente incluem: (i) Melhoria das

normas de ocupação urbana e redução do risco de deslizamentos por meio de intervenções em

assentamentos irregulares e precários selecionados; (ii) melhoria da qualidade de vida para a

população residente (ou seja, redução da pobreza); e (iii) introduzir ordem nos assentamentos

irregulares e precários selecionados promovendo usos da terra compatível com as necessidades

urbanas e ambientais. Os objetivos específicos são os seguintes:

Garantir o direito de adequar e regularizar a habitação das famílias que residem em

assentamentos precários;

Reorganização do espaço urbano na maioria das áreas críticas (a partir de um ponto

de vista social, econômico e ambiental);

Fornecimento de infraestrutura e acessibilidade melhorada, condições de moradia e

desenvolvimento social nas áreas próximas da comunidade;

Melhorias habitacionais, com a remoção e/ou reassentamento de famílias em

situações de risco (risco geotécnicos e ambientais, etc.) e/ou ocupantes de áreas

necessárias ao desenvolvimento urbano;

Redução ou eliminação de situações de risco ambiental;

Trabalho social voltado para a participação pública, educação ambiental e inclusão

social, incluindo atividades de conscientização.

25. Este componente apoiará as seguintes atividades:

f. Urbanização de assentamentos irregulares e precários selecionados (i) realização dos

respectivos projetos de engenharia final; (ii) realização das obras de construção civil

correspondentes para a urbanização de assentamentos irregulares e precários selecionados

em áreas-chave da sub-bacia; (iii) a construção e/ou melhorias de casas para as famílias

afetadas nas favelas e assentamento irregulares em questão; e (iv) a recuperação e/ou

conversão de áreas urbanas degradadas em espaços públicos. A preparação de alguns

projetos de engenharia inicial será 100% financiada com fundos da contraparte.

g. A realização de atividades de reabilitação em áreas urbanas degradadas e de alto risco nos

assentamentos irregulares e precários selecionados, incluindo, inter alia: (i) a realização

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136

de projetos de engenharia final; e (ii) a realização de intervenções em obras de construção

civil correspondentes nas áreas de alto risco, as que são propensas a enchentes ou

deslizamentos de terra/barrancos;

h. Realização de reassentamento involuntário das famílias afetadas pelas intervenções de

melhoria urbana ou que vivem em áreas degradadas ou de alto risco por meio de (i)

preparação de planos de reassentamento detalhados (baseados na Matriz da Política de

Reassentamento do Programa e em cooperação com a CDHU) juntamente com os

projetos de engenharia correspondentes, e com base nos PDPAs respectivos; (ii)

implementação dos planos de reassentamento concomitantemente com a execução das

obras de construção civil associadas (em cooperação com a CDHU); (iii) o

monitoramento e avaliação do processo de reassentamento; e (iv) realização de trabalho

social e participação comunitária e iniciativas de orientação antes, durante e após a

realização das obras de construção civil mencionadas nos parágrafos (a) e (b) acima. As

unidades habitacionais necessárias para o reassentamento deste projeto serão construídas

pela CDHU, conforme estipulado no Empréstimo do Estado de São Paulo e no Acordo de

Implementação (‘convênio’) que estabeleceu acordos de cooperação, implementação e

financiamento para a construção de habitações. A PMSBC selecionará as áreas a serem

usadas para reassentamento e obterá todas as licenças necessárias aprovadas.

i. Realização de processos de regularização de terras em assentamentos irregulares e

precários selecionados incluindo a regularização da posse de terra para fornecer títulos de

proprietário para todas as famílias residentes na área do Projeto. Isso incluiria a

preparação de pesquisas, diagnósticos, estratégia de regularização e cronograma; coleta

de documentos e dados das famílias; preparação de um decreto e um plano de

regularização; solicitação de licenças para entidades estaduais (ex., Ambiental, etc.); etc.

j. Criação de um Centro de Ecologia e Cidadania. Esta atividade incluirá a preparação do

respectivo projeto de engenharia e a realização das obras de construção civil

correspondentes para a construção de um centro de ecologia e cidadania (incluindo

espaços de trabalho e outros espaços para desenvolver atividades de triagem,

classificação, processamento e comercialização de materiais reciclados).

k. Plano de trabalho social e participação comunitária para apoiar atividades do Programa

por meio da preparação e implementação de um plano de trabalho social e participação

comunitária para apoiar atividades do Projeto e do Programa em assentamentos

irregulares e precários selecionados para intervenções prévias e posteriores nas moradias

e na melhoria urbana. Esse plano incluiria: (i) organização e mobilização comunitária;

(ii) assistência social e de apoio durante as obras e atividades de reassentamento; (iii)

programa de educação ambiental e sanitária (seguindo a metodologia definida no

componente 1 deste Projeto); (iv) atividades para a criação de emprego e receita e

integração institucional para o desenvolvimento e a inclusão social também integradas

com o centro de ecologia e cidadania); e avaliação, supervisão e monitoramento pós-

reassentamento.

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137

26. Componente 3 - Proteção e Recuperação Ambiental (Total de US$ 2,94 milhões,

empréstimo de US$ 1,27 milhão). O objetivo deste componente é proteger os recursos naturais e

as áreas ambientalmente sensíveis – especialmente as áreas das cabeceiras dos rios – na sub-

bacia da Billings localizada no município de São Bernardo do Campo, na área de intervenção.

Além disso, para recuperar as áreas degradadas a fim de melhorar a qualidade ambiental e

garantir condições mais sustentáveis nas áreas das cabeceiras dos rios. Os objetivos específicos

incluem o seguinte:

Proteção de regiões ambientalmente sensíveis (Áreas de categoria 1 e áreas de

preservação permanente – APPS);

Extensão de áreas verdes e áreas de vegetação e ambientalmente importantes a fim de

proteger as cabeceiras dos rios;

Melhor monitoramento e supervisão da qualidade ambiental.

27. Este componente apoiará as seguintes atividades:

28. Revegetação/reflorestamento. O projeto apoiará a preparação e a implementação de

programas de cultivo de árvores nos assentamentos irregulares e precários selecionados para a

melhoria da paisagem das áreas ambientalmente protegidas que serão ou estão desocupadas, e

pelas ruas, se viáveis. Esta atividade visa a estender a cobertura verde da área,

especialmente das que foram degradadas pela ocupação humana.

29. Realização da urbanização de áreas públicas com espaços verdes e de lazer para uso

comum. O projeto apoiará a criação de praças a instalação de equipamento de lazer, a criação de

áreas verdes e a expansão de áreas permeáveis dentro dos assentamentos irregulares e precários

selecionados; isso incluirá, inter alia, a preparação de respectivos projetos de engenharia e a

realização de obras de construção civil correspondentes.

30. Componente 4 – Não há atividades no Componente 4 do Programa do Projeto PMSBC.

4. MATRIZ DE RESULTADOS

PDO Indicadores dos resultados do projeto Uso das informações dos

resultados do projeto

a) Proteger e manter a

qualidade e

confiabilidade dos

recursos hídricos e das

fontes de água potável

da MRSP;

a.1) Manutenção da qualidade da água da

massa de água da Billings, mesmo com os

aumentos populacionais projetados;

Mediação usando os seguintes indicadores:

- IAP;

- IVA

- IQA

Ano 1:

(i) seleção de indicadores-chave;

detalhamento e implementação de

uma metodologia para o

monitoramento e avaliação dos

resultados;

(ii) consultas com as principais

partes interessadas sobre resultados

esperados;

Ano 3:

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138

b) Melhorar a

qualidade de vida das

populações pobres que

moram perto das

principais bacias

urbanas da MRSP.

b) Melhorias na qualidade de vida da

população selecionada com base em:

b.1) Mudanças com melhoria física, social e

ambiental (avaliadas por meio de pesquisas

de opinião pública);

b.2) Aumentos na valorização do mercado

imobiliário (por meio de pesquisas dos

preços hedônicos); b.3) Mais acesso a melhores serviços de

abastecimento de água, esgoto, drenagem e

tratamento de resíduos sólidos (cobertura e

qualidade de serviços);

Mediação usando os seguintes indicadores:

- Proporção de residências com serviços WSS

adequados;

- IQVU (Índice de Qualidade de Vida

Urbana -)

b.4) Aumento no número e tamanho das

áreas de lazer (parques, praças, outros

espaços públicos, etc.).

(i) avaliação da parte interessada

dos resultados nas sub-bacias com

base no progresso do projeto;

(ii) análise de médio prazo das

estratégias do projeto e

implementação de mudanças

eventuais; Ano 5:

(i) avaliação participativa ex-post.

Resultados

intermediários

Indicadores de resultados intermediários

Uso monitoramento dos

resultados intermediários

Componente 1: Desenvolvimento

de capacidade

institucional

(a) PDPAs preparados e implementação

iniciada para cada sub-bacia;

(b) programas educacionais ambientais e

sanitários implementados.

Ano 2-4:

(i) medidas corretas tomadas

durante a implementação de

atividades para garantia de

qualidade e oportunidade de

produtos a serem fornecidos;

(ii) análise de médio prazo das

estratégias do projeto e

implementação de mudanças

eventuais; Ano 5:

Ano 5:

(i) avaliação participativa ex-post.

Componente 2: Melhoria urbana

(a) número de famílias benefiadas nas

intervenções implementadas para adaptar a

infraestrutura de assentamentos;

(a) número de famílias beneficiadas nas

intervenções implementadas para urbanizar

favelas;

(b) % unidades habitacionais para

reassentamento de famílias;

(d) reassentamento de % famílias concluído.

(e) Centro de Ecologia e Cidadania

implementado;

(g) número de moradias beneficiadas pela

expansão dos sistemas de tratamento de

esgoto.

(g) número de moradias beneficiadas pela

Ano 2-4:

(i) medidas corretas tomadas

durante a implementação de

atividades para garantia de

qualidade e oportunidade de

produtos a serem fornecidos;

(ii) análise de médio prazo das

estratégias do projeto e

implementação de mudanças

eventuais; Ano 5:

Ano 5:

(i) avaliação participativa ex-post.

(ii) avaliação ex-post .

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139

expansão dos sistemas de tratamento de

esgoto.

Componente 3:

Proteção e

Recuperação

Ambiental

(a) número de hectares de parques públicos

e instalações de lazer planejados e

implementados;

(c) número de sementes plantadas nos

bancos das massas de água incluídos no

Projeto.

Ano 2-4:

(i) medidas corretas tomadas

durante a implementação de

atividades para garantia de

qualidade e oportunidade de

produtos a serem fornecidos;

(ii) análise de médio prazo das

estratégias do projeto e

implementação de mudanças

eventuais; Ano 5:

Ano 5:

(i) avaliação participativa ex-post.

5. ACORDOS DE MONITORAMENTO DE RESULTADOS

Questões Institucionais

31. A Unidade de Gestão Local do Projeto (UGL) está diretamente sob a responsabilidade do

Prefeito de São Bernardo do Campo, que nomeou a Secretaria de Habitação (SEHAB) como

coordenadora. A UGL também é integrada em outras áreas da PMSB, e será responsável pelo

monitoramento dos resultados e dos indicadores dos resultados associados ao Projeto da PMSBC

no Programa APL. Os dois sistemas seguintes ajudarão no acompanhamento dos indicadores do

M&E do Projeto da PMSBC pela PMSBC e no Programa Mananciais geral pelo GESP:

O Sistema Administrativo e Financeiro (Sistema Estadual de Informações Gerenciais

-SIAFEM), um sistema de informações para a gestão do Governo do Estado, será

usado para monitorar as atividades diárias do Projeto, tanto física quando

financeiramente. Este sistema será lançado na PMSBC para ajudá-la a inserir

localmente os dados de implementação relacionados às atividades do Projeto. O

sistema SIAFEM, usando o ORCOM - Sistema de Orçamento e Contabilidade do

Município, será implementado na Unidade de Gerenciamento Local (UGL) antes da

assinatura do acordo de empréstimo.

A firma de gestão a ser contratada pela Unidade de Gerenciamento do Programa

(UGP) será responsável pelo desenvolvimento e instalação de um sistema específico

para monitorar e avaliar o Programa Mananciais APL Horizontal consolidado de

todas as entidades executoras. O sistema M&E será instalado durante o primeiro ano

de implementação do Programa, e as informações serão posteriormente entradas pela

UGL para as atividades relacionadas ao Projeto PMSBC.

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140

Coleta de dados

32. Todos os dados necessários para o monitoramento e avaliação do Projeto, com exceção

das pesquisas de opinião pública e da linha de base do Índice de Qualidade de Vida Urbana

(IQVU), estarão disponíveis quando o projeto entrar em vigor para acompanhamento pela UGL,

com suporte de especialistas da firma de consultoria de gestão. Contudo, com relação aos

indicadores de qualidade da água, a SABEAP será a responsável por coletar esses dados e enviar

as informações relevantes para a UGP e também para outros participantes do Programa. Com

relação às pesquisas de opinião, esses dados estarão disponíveis até o fim do primeiro ano da

implementação do Programa, pois a firma que realizará as pesquisas iniciais será contratada no

início do período da implementação do Programa. O mesmo se aplica ao indicador IQVU, que

será adaptado ao Programa e terá sua linha de base e metas definidas no último trimestre do

primeiro ano da implementação do Programa. Além disso, o Componente de Desenvolvimento

Institucional do Programa prestará assistência técnica para ajudar a melhorar os programas de

monitoramento e supervisão da qualidade ambiental/das águas atual, incluindo suporte para

melhorar a capacidade da SABESP de monitorar a qualidade da água nos rios e reservatórios

relevantes da MRSP.

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141

Acordos de monitoramento de resultados

Indicadores dos

resultados do

projeto

Referênc

ia Meta

Coleta de dados e emissão de relatórios

ANO1 ANO2 ANO3 ANO4 ANO5 Frequênc

ia e

Relatório

s

Instrumento

s de coleta

de dados

Responsabilidad

e pela coleta de

dados Unidad

e

Unidad

e Unidade Unidade Unidade

a.1) Qualidade

das massas

de água

mantida,

mesmo

quando a

população

cresce. A

qualidade da

água seria

medida

usando os

seguintes

pontos de

monitoramen

to das águas:

BILL 02100

(Billings ME) –

IAP

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

Semestre Relatório de

Progresso SABESP

BILL 02100

(Billings ME) –

IVA

Ruim Normal Ruim Ruim Ruim Normal Normal

BILL 02100

(Billings ME) –

IQA

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

BILL 02500

(Billings MD) –

IAP

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

BILL 02500

(Billings MD) –

IAP

Ruim Normal

Ruim Ruim Ruim Normal Normal

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142

BILL 02500

(Billings MD) –

IAP

Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

Ponto PMSBC A ser

definido A ser definido A ser definido Semestre

Relatório de

Progresso UGL

b) Grau de

satisfação da

população

baseado em:

b.1) mudanças

físicas, sociais e

ambientais

resultantes do

Programa

(pesquisa de

opinião);

Baixo Alto Baixo - - - Alto No início

e no fim

do projeto

Pesquisas de

mercado e de

opinião

UGL

b.2) Avaliação

do mercado

imobiliário;

A ser

definido A ser definido - - -

- Proporção de

residências com

serviços WSS

adequados;

55% 65% 55% 55% 60% 60% 65% Anualmen

te

Relatório de

Progresso

UGL por meio do

IBGE

b.3b) IQVU

(Índice de

Qualidade da

Vida Urbana);

A ser

definido A ser definido

Anualmen

te

Relatório de

Progresso UGL

b.4) Aumento

em número de

áreas de lazer e

áreas verdes

(parques, praças,

etc.).

-x- A ser definido - - A ser

definido A ser definido A ser definido Semestre

Relatório de

Progresso UGL

Indicadores

intermediários

resultados

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143

Componente 1: Desenvolviment

o de capacidade

institucional

(a) PDPA Preparado - - - Preparado Preparado Semestre

Relatório de

Progresso UGL

(b) programas

educacionais

ambientais e

sanitários

implementados.

-x- Implementado - - Preparado Implementado Implementado Semestre Relatório de

Progresso UGL

Componente 2:

Melhoria urbana

(a) intervenções

implementadas

para urbanizar

favelas,

beneficiando #

famílias;

-x- 3000 - - - 1.200 3000 Semestre Relatório de

Progresso UGL

(b) % unidades

habitacionais

para

reassentamento

de famílias;

-x- 100% - - - 40% 100% Semestre Relatório de

Progresso UGL

(c)

reassentamento

de % famílias

concluído de

acordo com o

local apropriado

e as salvaguardas

do Banco

Mundial.

-x- 100% - - - 40% 100% Semestre Relatório de

Progresso UGL

(e) Centro de

Ecologia e

Cidadania

implementado;

0 1 - - 1 1 1 Semestre Relatório de

Progresso UGL

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144

(g) # de

moradias

beneficiadas pela

expansão dos

sistemas de

tratamento de

esgoto.

-x- 3000 - - - 1200 3000 Semestre Relatório de

Progresso UGL

(g) # de

moradias

beneficiadas pela

expansão dos

sistemas de

tratamento de

esgoto.

-x- 3000 - - - 1200 3000 Semestre Relatório de

Progresso UGL

Componente 3:

Proteção e

Recuperação

Ambiental

(a) # ha de

parques públicos

e instalações de

lazer planejados

e

implementados;

-x- A ser definido - - A ser

definido A ser definido A ser definido Semestre

Relatório de

Progresso UGL

(c) # de sementes

plantadas nos

bancos das

massas de água

incluídos no

Projeto.

-x- A ser definido - - A ser

definido A ser definido A ser definido Semestre

Relatório de

Progresso UGL

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145

6. CUSTO DO PROJETO PMSBC

PMSBC

Custo do projeto por componente

Total Estrangeira Total

US$

milhões

US$

milhões

US$

milhões

Desenvolvimento de capacidade institucional 5,63 0,00 5,63

Melhoria urbana 31,40 0,00 31,40

Proteção e Recuperação Ambiental 2,88 0,00 2,88

Custo básico total 39,91 0,00 39,91

Contingências físicas 0,63 0,00 0,63

Contingências dos preços 0,81 0,00 0,81

Custo total do projeto 41,35 0,00 41,35

Juros durante a construção 0,00 0,00 0,00

Taxa Inicial 0,00 0,05 0,05

Total do financiamento necessário 41,35 0,05 41,40 1

Impostos e direitos identificáveis são US$ 5,85 milhões e o custo total do projeto, isento de

impostos, é de US$ 35,55 milhões. Portanto, a parcela do custo do projeto isenta de impostos é

de 14,14%.

Alocação de fundos de empréstimos

Categoria

Montante do

empréstimo

Alocado

(expresso em US$)

Percentual de Despesas a serem

financiadas

(incluindo impostos)

(1) Obras da parte II (a), (b) e

(e) do Projeto

11.000.000 45%

(2) Obras (exceto da Parte II (a),

(b) e (e) do Projeto), Produtos,

Treinamento e Serviços de não

consultoria para todas as partes

do Projeto

1.117.950 45%

(3) Serviços de consultores para

todas as Partes do Projeto

8.650.000 100%

(4) Taxa inicial

52.050

Valor a pagar relativo à Seção 2.03

deste Acordo, de acordo com a

Seção 2.07(b) das Condições

Gerais

MONTANTE TOTAL 20.820.000

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33. Nenhuma retirada deve ser feita para pagamentos feitos antes da data do Acordo de

Empréstimos, exceto quando retiradas de um determinado montante agregado que não ultrapasse

o equivalente a US$ 2.082,000 puderem ser feitas para pagamentos dentro dos doze meses

anteriores à data do Acordo de Empréstimos, mas, em ou após 30 de junho de 2011, para

Despesas Elegíveis.

7. ARRANJOS DE IMPLEMENTAÇÃO

34. Com o passar dos anos, o Governo de São Bernardo ganhou experiência em intervenções

em assentamentos precários. Nos últimos dois anos, esta atividade expandiu-se

significativamente, especialmente em parceria com o Governo Federal por meio do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC). Há atualmente 11 contratos assinados por meio do PAC-1,

que respondem por um investimento total de R$ 410 milhões, dos quais R$ 260 milhões provêm

do Governo Federal e R$ 150 milhões da contraparte do município. Esses 11 contratos levaram a

10 projetos que garantem a produção de 5.200 novas unidades habitacionais e a urbanização e

consolidação de 2.429 unidades existentes. Esses projetos beneficiam 15 assentamentos

precários. Desses 10 projetos contratados com PAC, 6 já estão em andamento e outros 4 estão

em processo de licitação. Além desses projetos, em 2010, a SEHAB também trabalhou para

expandir projetos e documentação técnica para contratar novos recursos do Governo Federal por

meio do PAC 2. Esses projetos foram selecionados pelo Governo Federal e estão em fase de

contratação (3 projetos de urbanização integrados que beneficiam 12 assentamentos precários). A

estrutura proposta para coordenação e implementação dos Componentes 2 e 3 segue a norma que

foi adotada no PAC e é considerada apropriada para o Município.

35. Os acordos de implementação para o Programa Mananciais APL Horizontal APL e o

Projeto PSMBC são organizados em torno de três temas: (i) Apoio consultivo estratégico; (ii)

Coordenação geral; e (iii) Coordenação/execução operacional. As principais funções de cada um

dos órgãos envolvidos nesses três temas são detalhadas no PAD do Programa Mananciais APL

Horizontal e no Manual de Operações.

36. No caso do Projeto PMSBC, o município será responsável pela execução/coordenação

operacional de suas atividades do Programa. A PMSBC criou sua própria unidade de gestão de

projeto (UGL) no nível local por decreto municipal A UGL será responsável por, inter alia: (i)

avaliar e aprovar a adequabilidade das propostas e projetos do subcomponentes e das atividades

(de uma perspectiva técnica, financeira, social, ambiental/de salvaguarda e reassentamento) antes

de eles serem encaminhados para a UGP e para o Banco Mundial; (ii) revisar e aprovar a

documentação relacionada à aquisição antes que sejam encaminhadas para a UGP e para o Banco

Mundial para obter o 'nenhuma objeção'; (iii) monitorar e avaliar a implementação de todos os

componentes, subcomponentes e atividades do Projeto; e (iv) preparar relatórios de progresso

periódicos. A UGL também será a responsável por tratar diretamente com o Coordenador Geral

do Programa (UGP) e com o Banco Mundial

37. Além da UGL, os órgãos do governo prestarão suporte técnico para o Projeto e

participarão de ações específicas do projeto. A UGL também terá o apoio da firma de gestão que

ajudarão a administrar o projeto, monitorar e supervisionar as obras, incluindo a supervisão

ambiental. A firma será contratada usando os fundos de contraparte do projeto. Esta UGL atuará

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como principal interlocutor do das informações relacionadas ao projeto e será o responsável pelo

desenvolvimento e implementação integrada de subprojetos.

38. Além disso, a PMSBC nomeará um representante para fazer parte do Comitê de

Coordenadores (CDC) já em funcionamento, e cuidará do pessoal técnico de cada entidade

executora/coexecutora do Programa. O CDC irá operar sob a égide do primeiro tema – apoio

consultivo estratégico.

39. A UGL do PMSBC é composta de funcionários de várias Secretarias relacionadas,

nomeadas pela portaria municipal e coordenada pela Secretaria da Habitação da PMSBC. A

equipe central inclui: (i) um coordenador geral; (ii) um coordenador técnico-social executivo

para apoiar atividades do componente 2; (iii) um coordenador técnico-ambiental executivo para

apoiar os componentes 1 e 3; (iv) um coordenador financeiro administrativo executivo; e (vi)

pessoal administrativo. A UGL da PMSBC também será auxiliada por consultores individuais

especializados, quando necessários, para apoiar a implementação do Projeto da PMSBC em

questões que são específicas do Banco Mundial (como aquisição, Gestão Financeira e questões

de salvaguarda). A estrutura da UGL é apresentada abaixo.

* Para apoiar os componentes 1 e 3: Coordenador Executivo, subcoordenador de planejamento

ambiental; especialista em planejamento urbano e subcoordenador de educação ambiental;

UGL

Coordenação Geral

- Coordenador executivo

- Subcoordenador de controle

financeiro e contabilidade

- Especialista em

monitoramento e avaliação

Coordenação técnica e

socioambiental* **

Coordenação administrativa-

financeira

PMSBC

UGP

SSRH BIRD

Executor

Pessoal técnico, ambiental, administrativo, financeiro, social e de campo

- Coordenador executivo

- Subcoordenador de aquisições

-Especialista em aquisições

- Especialista em orçamento e

planejamento

- Especialista em gestão

financeira

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** Apoiar o componente 2: Coordenador executivo, subcoordenador para planejamento e

projetos; subcoordenador de obras; subcoordenador de posse de terras e subcoordenador de

assistências social.

40. Os três grupos principais de atividades da UGL da PMSBC são: (i) Coordenação geral,

(ii) Coordenação ambiental, social e técnica, e (iii) Coordenação administrativa e financeira. A

coordenação geral é composta da gestão geral do projeto, incluindo a supervisão da

implementação, acompanhamento dos resultados, monitoramento da conformidade e gestão de

recursos. Entre outras responsabilidades, a Coordenação Ambiental, Social e Técnica, e a

Coordenação Administrativa e Financeira oferecem assessoria e assistência para Coordenação

Geral em suas respectivas áreas de especialidade. A descrição detalhada de funções e

responsabilidades é explicada no Manual de Operações.

41. Um Acordo de implementação (convênio) assinado pelo GESP, SSRH (antigo SSE),

CDHU, SABESP e os municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo e Guarulhos no dia 19

de março de 2010, estabeleceu, inter alia, os objetivos, o escopo, sequenciamento e

complementariedade das atividades, assim como as funções e as responsabilidades específicas

(incluindo requisitos fiduciários e de salvaguardas) das entidades envolvidas na implementação

do Projeto PMSBC e Programa relacionado. As atividades que visam garantir que o Governo do

Estado preste serviços de abastecimento de água e o tratamento de águas residuais, assim como a

construção de unidades habitacionais para reassentamento, no Programa, serão realizadas

conforme necessário para apoiar as entidades executoras do Programa.

42. Sistema de Informações de Gestão. O sistema SIAFEM do Estado fornecerá

informações oportunas sobre o progresso e execução do Projeto, permitindo que os usuários

tomem decisões rápidas a respeito não somente de aspectos qualitativos e quantitativos dos

componentes, subcomponentes e atividades, mas também sobre questões contratuais,

operacionais, de licitação, administrativas, contábeis e financeiras relacionadas à execução do

Projeto/Programa. A UGL da PMSBC será responsável pela entrada de dados da PMSBC

juntamente com o ORCOM, sistema orçamentário e administrativo do município. O sistema

SIAFEM deve estar em funcionamento antes da assinatura do Acordo de Empréstimos.

43. Relatórios de Progresso Com as informações do SIAFEM, baseadas nas atividades de

supervisão, a UGL da PMSBC consolidará as informações sobre a implementação do Projeto em

um Relatório de Progresso, de acordo com o formato estabelecido no Manual Operacional, para

apresentar à UGP a cada semestre.

44. Plano Operacional Anual (AOP). O AOP será um instrumento técnico/operacional para

a gestão e execução do Projeto. Será preparado pela UGL da PMSBC de acordo com o Manual

de Operações. A elaboração do AOP será concluída assim que a entidade executora tiver

definido seu orçamento anual. Após a aprovação da carta, e antes do final de cada exercício

financeiro, a UGP apresentará os AOPs consolidados para análise e discussão do Banco

Mundial.

45. Plano de aquisições (PP). Uma versão final do Plano de Aquisições foi apresentada e

aprovada pelo Banco Mundial no dia 29 de dezembro de 2011.

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46. Apresentado abaixo está o diagrama representando os acordos de implementação técnica

e financeira do Projeto PMSBC.

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150

DIAGRAMA 7.1 ACORDOS TÉCNICOS E FINANCEIROS

Recursos

antecipados do

empréstimo

Envia IFRs e

paga pelo

serviço da

dívida (com

uma cópia

para a UGP)

.

. Contrato

legal .

.

. Envia informações de

monitoramento, relatório do

projeto, processos de aquisição

e seleção a serem pré-

aprovados

.

Paga as

firmas e os

consultores

(envia

cópias para a

UGP)

Transfere

fundos da

contraparte

UGP

UGL

Conta designada

para o projeto

PMSBC

Fornecedores,

empreiteiros e

consultores

BIRD

Envia cartas e

declaração de

'nenhuma

objeção'

Conta

operacional do

projeto

Transfere recursos

do empréstimo

Envia

declaração de

'nenhuma

objeção' e

relatórios de

progresso

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8. GESTÃO FINANCEIRA E ACORDOS DE DESEMBOLSOS

Resumo de acordos de gestão financeira

47. Os acordos de gestão financeira do Projeto são baseados na Avaliação de Gestão

Financeira realizada inicialmente em 2004, e atualizada em fevereiro de 2007 e em 16 de

dezembro de 2010 para refletir as alterações feitas nos acordos de implementação do Projeto.

Eles também se baseiam nos acordos institucionais apresentados no Anexo 6 do PAD do

Programa e na Seção 7 deste Anexo e a descrição do projeto descrita no Anexo 4 do PAD do

Programa e na Seção 3 deste Anexo. O Programa Mananciais APL Horizontal foi apresentado

como um APL Horizontal composto de quatro empréstimos. Muito embora tenham sido

preparados ‘mini-PADs’ individuais para cada empréstimo, os Acordos de Gestão Financeira

gerais para o Programa, juntamente com os acordos de FM para cada um dos quatro mutuários,

estão resumidos no Anexo 7 do PAD do Programa.

48. Com base nas diretrizes da FM do Banco Mundial os principais objetivos para a

atualização das avaliações foram: (i) Confirmar e revisar a adequação da avaliação de FM

previamente acordada no contexto do desenho do Projeto revisado; e (ii) Acordar com as

medidas a serem concluídas por cada mutuário, incluindo: (a) acordos institucionais; (b) um

sistema de gestão financeira; (c) relatórios financeiros provisórios não auditados; (d) fluxo de

fundos; (e) acordos de auditoria externa; e (f) acordos de desembolso.

49. Município de São Bernardo do Campo: assinará um Acordo de Empréstimo para

implementar suas atividades no Projeto. Embora seja diretamente responsável por todos os

aspectos fiduciários e legais do empréstimo, incluindo desembolsos, preparar IFRs e auditar

acordos, a PMSBC usará SIAFEM juntamente com o ORCOM (Orçamento e Contabilidade

Pública Municipal) para implementar seu empréstimo, permitindo assim que o GESP (por meio

do SSRH, antigo SSE) monitore a implementação geral do Programa. O montante total do

empréstimo é de US$ 20,82 milhões, 17% do Programa Mananciais APL Horizontal total.

50. PMSBC - Avaliação de Riscos da Gestão Financeira: A tabela abaixo resume e

consolida o Risco de Gestão Financeira relacionado a São Bernardo do Campo garantindo a

coerência com o Contexto da Avaliação de Riscos Operacionais – ORAF, mantendo o formato

usado pelos projetos individuais do GESP e da SABESP.

51. O risco global da FM associado foi classificado como Moderado. Os indicadores de

riscos de controle, que são diretamente associados aos acordos de FM do projeto, representam o

nível de adequação da estrutura de controle atual da PMSBC que será aplicado ao projeto.

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152

Tabela 8.1: Classificação de riscos - PMSBC

Risco Classificação

de riscos

Medidas/Problemas dos riscos

Risco inerente

Nível do país Baixo

Entidade/projeto

específicos

Moderado Os acordos legais e institucionais são adequados. Os

sistemas administrativos e financeiros de FM

(ORCOM) são adequados. A SIAFEM será usada

como a principal ferramenta para o empréstimo e o

pessoal precisará de suporte técnico e treinamento.

Risco de

controle

Preparação do

Orçamento

Baixo O orçamento será claramente definido e refletido no

AOP.

Fluxo de fundos Baixo Todos os fundos passarão pelo Banco do Brasil. Os

acordos atuais sugeridos são apropriados.

Fundos da

contraparte

Moderado O financiamento da contraparte não pode ser

assegurado e está sujeito a restrições das Políticas

Fiscais.

Alocação de

pessoal

Moderado O pessoal tem experiência prévia em empréstimos

IDB, mas deve receber treinamento atualizado em

procedimentos WB e treinamento SIAFEM da UGP.

Procedimentos

de contabilidade

Baixo Os procedimentos de contabilidade são adequados.

ORCOM e SIAFEM são sistemas robustos.

Auditorias

externas

Baixo Auditores independentes a serem contratados.

Tabela 8.2: Resumo de acordos de gestão financeira

Mutuário São Bernardo do Campo

Contabilidade: Após 4320/64

Sistema de FM SIAFEM para fins de monitoramento

IFR A ser usado para monitoramento e desembolsos

Alocação de

pessoal

Governo municipal Pessoal; alguma experiência prévia em Operações

Organizacionais Internacionais (BID)

Treinamento A ser fornecido pela SSRH (antigo SSE) antes de assinar o empréstimo

Fluxo de

fundos

Uma conta designada em reais

Auditoria

Interna

Unidade de controladoria interna, TCE-SP

Auditoria

externa

Será contratada uma firma de auditoria independente

Desembolsos Relatórios financeiros provisórios não auditados:

Controle

interno

Por meio de segregação de funções, acordos de auditoria interna, o

Manual Operacional e por meio do SIAFEM

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52. Conclusão: Os acordos da FM atendem aos requisitos mínimos do Banco Mundial para

fornecer uma garantia razoável, informações exatas e oportunas sobre a situação do projeto. Não

há nenhuma condição de eficácia relacionada a FM.

53. Plano de supervisão: Em vista da classificação Moderada associada ao empréstimo, o

plano de supervisão requer uma missão bianual baseada em pesquisa de campo para revistar seu

desempenho e uso adequado do SIAFEM pela PMSBC. Contudo, durante a implementação do

projeto, se todos os acordos de FM estiverem em vigor, a Missão de Supervisões de Gestão

Financeira (FM SPN) missões poderiam ser realizadas anualmente.

Acordo de Gestão Financeira da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo

(PMSBC)41

:

53. São Bernardo do Campo é um dos quatro mutuários envolvidos no Programa Mananciais

- APL Horizontal. O Manual Operacional a ser atualizado pela SSRH (antiga SSE) detalhará a

responsabilidade da PMSBC de acordo com o Programa de APL Horizontal. A PMSBC

participará do Programa ao assinar seu próprio Acordo de Empréstimo para implementar

atividades específicas.

54. São Bernardo do Campo será responsável por cumprir todas as obrigações fiduciárias

contidas no acordo de empréstimo. A seguir são fornecidas algumas questões específicas de

Gestão Financeira (FM) relativas à PMSBC que, juntamente com os tópicos descritos no início

desta Seção 8, fornecem a avaliação geral de FM e os acordos celebrados pela PMSBC para

implementação do empréstimo.

55. Os objetivos da PMSBC estão descritos na Seção 3. O valor total a ser implementado

pela PMSBC é de US$ 41,40 (US$ 20,58 milhões como contrapartida e US$ 20,82 milhões de

recursos do empréstimo), englobando todos os componentes e categorias.

Disposições Institucionais e Alocação de Pessoal:

56. Existe uma unidade do projeto (UGL) na estrutura da PMSBC para implementar as

atividades e componentes relativos ao empréstimo no Programa de APL Horizontal dos

Mananciais. A UGL é subordinada ao escritório do Prefeito, que indicou o Secretário de

Habitação como coordenador.

57. Embora a PMSBC tenha experiência na implementação de projetos do Banco

Interamericano de Desenvolvimento, os funcionários devem participar de cursos de reciclagem

sobre procedimentos de FM, desembolso e aquisições do Banco Mundial. A equipe da UGL é

formada por funcionários da PMSBC e deve incluir pelo menos um contador profissional. Não

está prevista rotatividade de pessoal durante a implementação do empréstimo. As principais

responsabilidades incluem: a) atualizar o SIAFEM regularmente de forma adequada; b) revisar a

documentação de apoio das despesas do projeto, observando os percentuais de elegibilidade e

das categorias; c) arquivar a documentação corretamente; d) preparar e enviar ao escritório do

41

Toda a documentação de apoio mencionada a seguir está disponível em: www.saobernardo.sp.gov.br

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154

Banco Mundial42

os relatórios financeiros trimestrais não auditados; e) reconciliar regularmente

as despesas dos empréstimos do ORCOM e SIAFEM e as respectivas contas, garantindo um

acompanhamento regular e correto em relação a quaisquer discrepâncias identificadas; e f)

preparar e fornecer a documentação e os relatórios exigidos pelos auditores externos e pelo

pessoal do Banco Mundial. O Coordenador será o principal contato com a SSRH e é o principal

responsável por controlar as questões de compromissos orçamentários e financeiros no SIAFEM.

58. Os acordos operacionais e institucionais relativos ao fluxo de fundos serão conforme

descrito na Seção 7.

59. Auditoria Interna: A auditoria é realizada pelo departamento de controladoria do

município, que é equipado com advogados, contadores, administradores, economistas e

especialistas em TI, contratados por meio de um processo de concorrência e composto

principalmente por funcionários do município. Eles responderão diretamente à Secretaria de

Finanças que, por sua vez, se reporta ao Prefeito. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

(TCE-SP) é responsável pela auditoria externa10

, que é feita anualmente.

60. Sistema de Gestão Financeira: Os fundos do empréstimo serão contabilizados na conta

e no sistema administrativo do município – ORCOM como código de fonte externa. A execução

trimestral será enviada eletronicamente à UGP (SSRH) para ser atualizada no SIAFEM de modo

a permitir a emissão dos relatórios consolidados. Os controles contábeis são sólidos e incluem

assegurar que as despesas sejam vinculadas ao respectivo plano de contas da conta bancária dos

beneficiários de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária. Os pagamentos devem

ser feitos imediatamente após a despesa.

61. O SIAFEM será usado para fins de monitoramento. Ele pode gerar os relatórios

financeiros provisórios e não auditados. Portanto, não será necessário nenhum sistema paralelo

para fins de gestão financeira do Projeto. O Projeto43

será representado como um ‘centro de

custo’ no orçamento estadual. Cada mutuário usará o SIAFEM para gerenciar seus respectivos

empréstimos em tempo real. Será aberto um centro de custo específico para o Projeto para cada

empréstimo. O SIAFEM produz os relatórios no formato exigido pelo Banco Mundial. Ele

registrará todas as transações de empréstimos, de acordo com uma tabela baseada nas categorias

de custo. Para fins de controle e relatórios, todos os custos incorridos serão acumulados por

componentes e atividades, conforme definido na descrição do Projeto. Cada UGL também

manterá toda a documentação de apoio relativa às despesas do Projeto para deixá-la disponível

para auditorias internas e externas, bem como para as análises do Banco Mundial. Todas as

informações de Gestão Financeira (FM) serão consolidadas pela SSRH por meio da sua UGP,

que será responsável por enviar trimestralmente ao Banco Mundial os IFRs 1-A e 1-B

consolidados. A SSRH também assegurará que o sistema esteja disponível a todos os mutuários e

que seja fornecido treinamento adequado ao pessoal da UGL. Caso o SIAFEM não esteja pronto,

esses relatórios poderão ser executados pelo ORCOM.

62. Os acordos de FM supracitados deverão: (i) fornecer oportunidades para fortalecer o

monitoramento do Projeto como um todo, bem como em uma base de empréstimo por

42

Em Brasília, a menos que seja especificado oficialmente de outra forma pelo Banco Mundial. 43

Inclui os quatro empréstimos e permite que outros mutuários sejam adicionados ao sistema, se necessário.

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empréstimo; (ii) evitar a duplicação por meio do uso de sistemas paralelos de FM para gerar os

relatórios de FM do Banco Mundial; e (iii) permitir que o GESP monitore todos os investimentos

(físicos e financeiros) no nível do Projeto. Assim que o sistema esteja pronto para executar os

relatórios de FM, será validado pelo especialista em FM do Banco Mundial.

63. Relatórios e Monitoramento: O SIAFEM está projetado para permitir que a PMSBC e

cada mutuário tenham acesso somente às informações dos seus empréstimos. A PMSBC, por

meio da sua UGL, preparará IFRs trimestrais (1-A e 1-B) (em dólares dos Estados Unidos) em

uma base de contabilidade de caixa. Os IFRs serão enviados ao Banco Mundial para fins de

emissão de relatórios, desembolso e monitoramento, e para a UGP, para consolidação, até

quarenta e cinco dias após o final de cada trimestre. Os IFRs especificarão os números das

despesas por trimestre, acumulados no ano e acumulados para o empréstimo/Projeto.

64. Quaisquer outros fundos e contribuições de contrapartida que façam parte do Projeto, tais

como os do cofinanciador, serão refletidos nos IFRs (1-A e 1-B) para permitir um melhor

monitoramento de todos os valores investidos no Projeto.

65. Os IFRs do quarto trimestre gerados durante o ano, que mostram os números cumulativos

do período, devem ser enviados aos auditores para análise conforme a auditoria externa anual a

ser preparada por firmas de auditoria independentes, para cada empréstimo.

66. A fim de monitorar o Projeto, a SSRH, através da sua UGP, terá acesso por meio do

SIAFEM aos dados de FM de todas as atividades implementadas por cada um dos mutuários,

permitindo a preparação consolidada dos IFRs que também serão enviados trimestralmente ao

Banco Mundial.

67. Os desembolsos da PMSBC deverão se basear nos relatórios provisórios não auditados

(IFRs). O modelo para emissão dos IFRs estará disponível no SIAFEM e será preparado e

enviado ao Banco Mundial juntamente com os outros formulários de desembolsos padrões do

Banco Mundial44

. Os IFRs são:

1-A: Fontes e Uso dos Fundos por categoria de desembolso de acordo com o Acordo de

Empréstimo

1-B: Demonstração de Investimentos por Componentes e Atividades do Projeto

1-C: Desembolso Real (anexado com o último extrato do Banco Mundial)

1-D: Previsão de Desembolsos

1-E: Contrato acima dos Limites de Revisão Prévia (anexado com uma cópia das faturas)

68. O relatório IFR trimestral completo (1-A, 1-B, 1-C, 1-D e 1-E) será preparado pela UGL

em reais em uma base de contabilidade de caixa. Os IFRs serão enviados ao Banco Mundial para

fins de emissão de relatórios, desembolso e monitoramento, e para a UGP, para consolidação, até

quarenta e cinco dias após o final de cada trimestre. O Manual Operacional descreverá todas as

etapas a serem seguidas pela PMSBC para a execução dos procedimentos de FM acordados.

44 A LOA deverá anexar os formulários de desembolso acordados às respectivas Cartas de Desembolso.

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69. Acordos de Auditoria Externa: Uma firma de auditoria externa será contratada pela

PMSBC de acordo com as diretrizes de auditoria fornecidas à UGP, durante a missão de

Avaliação da Gestão Financeira (FMA). O relatório de auditoria deve ser entregue ao Banco

Mundial até seis meses após o fim do ano civil anterior, conforme definido nas Diretrizes de

Auditoria de Gestão Financeira do Banco Mundial (junho de 2003).

70. O escopo de cada auditoria será determinado pela PMSBC em conformidade com o

Banco Mundial, com base nas circunstâncias específicas do Projeto, e os termos de referência

(TOR) da auditoria serão preparados de acordo (uma pequena lista de firmas será enviada ao

Banco Mundial para não objeção). O Banco Mundial fornece a não objeção quanto aos TOR da

auditoria durante o trimestre após a entrada em vigor do empréstimo. Os TOR devem ser

atualizados no Manual de Operações. O escopo dos TOR da auditoria deve englobar, entre outras

coisas: (i) revisão completa dos quatro IFRs (para cada ano civil); (ii) revisão da correta

observação dos acordos de gestão financeira incluídos neste PAD, nos respectivos acordos de

empréstimo, bem como em quaisquer outros documentos oficiais do Banco Mundial; (iii) uso

adequado do ORCOM e SIAFEM; (iv) acordos de controle interno e (v) pronta disponibilidade

dos fundos de contrapartida.

71. Contabilidade: Além de usar o SIAFEM para monitorar o empréstimo, a PMSBC, como

um município, tem o seu próprio sistema administrativo e financeiro ORCOM, que é similar,

mas não integrado ao SIAFEM do Estado de São Paulo. Esse sistema é capaz de processar,

controlar e monitorar o orçamento da PMSBC, que é consolidado e aprovado pela secretaria

municipal de orçamento e contabilidade antes de ser enviado para aprovação legislativa

municipal. Ele segue as políticas de contabilidade predominantes no setor público da Lei

4320/64, observa os limites e as regulamentações do espaço fiscal determinados na Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF) 101/00. O sistema de contabilidade usa valores acumulados para

as despesas e numerário para as receitas. Os empréstimos adotarão o sistema de contabilidade

com base em numerário. Todas as políticas administrativas e as rotinas de gestão financeira

seguem a lei municipal 2240/76, que deve ser observada por todos os funcionários de instituições

municipais. Os ativos são monitorados e existem sanções em casos de fraude, corrupção e uso

indevido dos fundos.

72. Fluxo de fundos e Acordos de Desembolso: O principal método de desembolso do

Banco Mundial será o método de “Adiantamento”. A Secretaria Municipal de Finanças será

responsável por abrir e administrar a Conta Designada (DA) em reais. Essa conta terá um teto

variável. A UGL será responsável por reconciliar as contas mensalmente e enviará ao Banco

Mundial a documentação necessária anexada a cada pedido de saque. Como os desembolsos

serão baseados em relatórios financeiros provisórios não auditados, a UGL será responsável por

monitorizar a implementação e consolidar a programação do fluxo de caixa do empréstimo. O

Projeto também poderia usar os métodos de desembolso de Pagamento Direto e Reembolso, se

necessário. O tamanho mínimo do pedido para pagamentos diretos e reembolsos será equivalente

a US$ 400.000. Toda a documentação de apoio às despesas será mantida na UGL pelo menos

por um ano após o recebimento do relatório de auditoria do período ou dois anos após a Data de

Fechamento, o que ocorrer por último. Todos os registros de despesas estarão disponíveis para

serem examinados pelo Banco Mundial, se necessário.

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73. As principais etapas do Fluxo de Fundos incluem:

(i) A PMSBC abrirá uma única Conta Designada separada em seu nome no Banco do

Brasil (São Bernardo do Campo), em reais, para receber os fundos do empréstimo e

processar os pagamentos. Os fundos de contrapartida serão pagos diretamente da conta

exclusiva do município;

(ii) Antes de ser feita qualquer transferência, a PMSBC garantirá a alocação orçamentária

e a disponibilidade financeira;

(iii) Todos os pagamentos serão feitos por meio de depósitos eletrônicos na conta

bancária de cada beneficiário/consultor;

(iv) Toda a documentação de apoio será mantida e arquivada de forma adequada e

cronológica para as missões de visitas do Banco Mundial e análise dos auditores.

74. Os desembolsos deverão ser feitos por meio de relatórios financeiros não auditados,

conforme descrito na seção de Relatórios e Monitoramento acima.

75. O diagrama 7.1 acima mostra o fluxo de fundos da Implementação do Projeto.

9. DISPOSIÇÕES SOBRE AQUISIÇÃO

A. Aspectos Gerais

76. As aquisições relativas ao Projeto proposto serão realizadas de acordo com as "Diretrizes:

Aquisições nos Termos de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID" do Banco Mundial

(janeiro de 2011), as "Diretrizes: Seleção e Contratação de Consultores por Mutuários do Banco

Mundial" (janeiro de 2011) e as disposições estipuladas no Contrato Legal. Uma descrição geral

dos vários itens em diferentes categorias de despesas é apresentada a seguir. Para cada contrato a

ser financiado pelo empréstimo, os diferentes métodos de aquisições ou de seleção de

consultores, a necessidade de pré-qualificação, custos estimados, requisitos de revisão prévia e

prazos são concordados pelo Mutuário e o Banco Mundial no Plano de Aquisições. O Plano de

Aquisições será atualizado pelo menos uma vez ao ano ou conforme requerido para refletir os

requisitos de implementação do Projeto atual e as melhorias na capacidade institucional.

77. Aquisição de Obras. As obras contratadas no Projeto incluirão: obras de construção civil

para novas unidades habitacionais, abastecimento de água, estradas e vias de acesso, drenagem,

coleta de águas residuais, melhoria urbana, descarte de dejetos sólidos, etc. A aquisição será

realizada com base nos Documentos de Proposta Padrão (SBD) de todos os contratos de

Licitação Competitiva Internacional (ICB). Os contratos individuais com valores inferiores a

US$ 10.000.000 por contrato podem ser realizados por meio de SBDs Nacionais acordados ou

aceitos pelo Banco Mundial. Os contratos individuais com valores inferiores a US$ 300.000

podem ser feitos por meio de procedimentos de Compras. O documento de convite para

licitações deverá ser acordado ou satisfatório para o Banco Mundial.

78. Aquisição de Bens. Os bens adquiridos pelo Projeto incluem: software e equipamentos

de TI e outros bens para uso diário, etc. Os contratos serão agrupados tanto quanto possível em

pacotes de licitações de mais de US$ 1.000.000 e adquiridos de acordo com os procedimentos de

ICB por meio de Documentos de Proposta Padrão fornecidos pelo Banco Mundial. Os contratos

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158

individuais com valores inferiores a US$ 1.000.000 podem ser adquiridos por meio de

procedimentos de Licitação Competitiva Nacional (NCB), usando documentos de licitação

aceitáveis para o Banco Mundial. Os contratos de bens que não possam ser agrupados em

pacotes maiores de licitação e com uma estimativa de custo inferior a US$ 100.000 por contrato

podem ser realizados usando procedimentos de Compras (Nacionais e Internacionais) com base

em um modelo de solicitação de cotação satisfatório para o Banco Mundial.

79. Aquisição de serviços de não consultoria. Os serviços que não são de consultoria a

serem adquiridos no Projeto incluem: campanhas educacionais, logística de treinamento

(serviços de hotel, alimentos e bebidas, viagens, workshops, etc.). Os contratos com custo

estimado de US$ 1.000.000 ou mais serão feitos de acordo com os procedimentos de ICB. Os

contratos com valores inferiores a US$ 1.000.000 podem ser adquiridos por meio de

procedimentos de Licitação Competitiva Nacional (NCB), usando documentos de licitação

aceitáveis para o Banco Mundial. Os contratos com custo estimado inferior a US$ 100.000

podem ser adquiridos com base em cotações obtidas com três empreiteiros qualificados em

resposta a um convite por escrito.

80. Seleção de Consultores. Os serviços de consultoria de firmas e indivíduos requeridos

para o Projeto incluem: auditorias financeiras e de aquisições, serviços de assessoria por parte de

consultores individuais, supervisão, treinamento, etc. Pequenas listas de consultores para

serviços com custo estimado inferior ao equivalente a US$ 500.000 por contrato podem ser

compostas inteiramente por consultores nacionais de acordo com as disposições do parágrafo 2.7

das Diretrizes dos Consultores.

81. Custos Operacionais. Foram identificados custos operacionais no plano de aquisições.

Esses custos foram analisados e considerados aceitáveis para o Banco Mundial (incluindo tarifas

telefônicas, serviços de Internet, etc.).

82. Outros. Os procedimentos de aquisição e SBDs a serem usados para cada método de

aquisição, bem como modelos de contratos de aquisição de bens e obras, serão incluídos como

anexos no Manual Operacional.

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159

Resumo

Categoria de

despesa

Limite de

valor do

contrato

(US$ 000)

Método de

aquisição

Contratos sujeitos à revisão prévia

Obras >10.000 ICB Todos os processos

300 ≥ ≤

25.000

NCB Todos os processos

≤ 300 Compras Primeiros dois processos de cada ano civil

Mercadorias >1.000 ICB Todos os processos

1.000 ≥ ≤ 100 NCB Todos os processos

≤ 100 Compras Primeiros dois processos de cada ano civil

Serviços de não

consultoria

(incl. treinamento,

comunicação)

>1.000 ICB Todos os documentos de licitação, relatórios de

avaliação e contratos

100 ≥ ≤ 1.000 NCB Primeiros dois processos de cada ano civil

≤ 100 Compras Primeiros dois processos de cada ano civil

Consultoria

(firmas)

>500 QCBS/QBS Todos os processos

500 ≥ <200 QCBS/LCS Todos os processos

100 ≤ 200

≤ 100

QCBS/LCS

CQ/LCS

Todos os contratos de fonte única. E os dois primeiros

processos de cada ano civil para cada método de

seleção.

Consultoria

(individuais)

Seção V das

Diretrizes

Todos os casos acima de US$ 50.000 e todos os

contratos de fonte única

Contratação direta Todos os casos independentemente dos valores

envolvidos

Acordos Todos os casos independentemente dos valores

envolvidos

83. Os limites serão revistos quando a UGL ganhar experiência nas regras e regulamentos do

Banco Mundial. Toda a seleção de bens e obras de fonte única, independentemente do valor do

contrato, estará sujeita à revisão prévia pelo Banco Mundial.

B. Avaliação da capacidade do órgão para implementar a aquisição

84. A coordenação geral será fornecida pela SSRH (antiga SSE) por meio de uma UGP

criada por decreto estadual especificamente para esse fim e formada por funcionários do GESP.

A UGP será responsável por direcionar, planejar, coordenar, fornecer aprovação técnica,

supervisionar e fazer auditoria técnica de todos os aspectos da implementação do Projeto,

inclusive dos realizados pelos outros mutuários e pelo cofinanciador.

85. A PMSBC (Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo) tem experiência em

aquisições previstas na lei 8666/93, mas nenhuma experiência direta na utilização dos

procedimentos do Banco Mundial. A PMSBC criará sua própria Unidade de Gestão do Programa

no nível local (UGL - Unidade de Gestão Local), que foi criada usando um instrumento legal

fornecido pelo respectivo Prefeito.

86. A UGL incluirá um especialista em aquisições (Consultor Individual) e será assistida por

uma firma de consultoria gerencial para ser responsável por apoiar a UGP nos aspectos técnicos,

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160

operacionais, administrativos, financeiros, de aquisição e de monitoramento da implementação

do Projeto. É recomendável a formação de Comitês Especiais de Licitação para tratar das

aquisições previstas no Projeto.

87. Desse modo, haverá uma unidade de gestão do projeto com a UGP trabalhando com a

assistência de uma firma de gestão de projetos cujos termos de referência incluirão experiência

em aquisições gerais e no Banco Mundial, e considerando a complexidade do monitoramento e

controle do projeto, a avaliação de risco das aquisições do projeto como um todo é classificada

como SUBSTANCIAL.

Plano de Ação para Aquisições

Ação Prazo

1 Preparar um Plano Geral de Aquisições para todo o ciclo do

Projeto e um Plano de Aquisições detalhado para os

primeiros 18 meses de implementação do Projeto para cada

uma das entidades participantes.

Feito antes das

negociações.

2 Contratar um especialista em Aquisições para a UGL e

treinamento de toda a equipe técnica e de aquisições nas

políticas de aquisições do Banco Mundial.

No máximo 2 meses

após a entrada em

vigor.

3 Incluir uma seção sobre aquisições no Manual de Operações

contendo uma descrição detalhada de todos os métodos de

aquisições permitidos na aplicação da lei nacional,

principalmente o “pregão eletrônico” e restrições ao seu uso.

Feito antes das

negociações.

4 Implementar um sistema de monitoramento de aquisições

capaz de captar e consolidar todas as informações de

aquisições relevantes.

No máximo 2 meses

após a entrada em

vigor.

C. Plano de aquisições

88. O Mutuário preparou um Plano de Aquisições para a implementação do Projeto que

fornece a base para os métodos de aquisições. Esse plano foi acordado pelo Mutuário e a Equipe

do Banco Mundial em 29 de dezembro de 2011 e está disponível nos Arquivos do Projeto.

Também será disponibilizado no banco de dados do Projeto e no website externo do Banco

Mundial. O Plano de Aquisições será atualizado de acordo com a Equipe do Banco Mundial uma

vez ao ano ou conforme requerido, para refletir as necessidades reais de implementação do

Projeto e as melhorias na capacidade institucional.

D. Frequência de supervisão de aquisições

89. Além da supervisão da revisão prévia a ser realizada pelos escritórios do Banco Mundial,

a avaliação das capacidades da entidade executora recomendou missões anuais de supervisão

para visitas de campo a fim de fazer revisões posteriores das ações de aquisições.

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161

E. Detalhes das disposições sobre aquisições envolvendo concorrências internacionais

1. Bens, obras e serviços de não consultoria

(a) Lista de pacotes de contratos a serem adquiridos por meio de ICB e contratação direta:

1 2 3 4 5 6 7

No.

Ref.

Contrato

(Descrição)

Custo

Estimado

(USD)

Método de

Aquisição

Preferência

Interna

(sim/não)

Revisão

pelo Banco

Mundial

(Anterior /

Posterior)

Data

Prevista de

Abertura da

Licitação

1

Obras de melhoria urbana

de determinados

assentamentos precários e

irregulares de baixa

renda, incluindo unidades

habitacionais,

pavimentação, drenagem,

abastecimento de água,

serviços de esgotos e

tratamento de resíduos

sólidos e o Centro de

Ecologia e Cidadania.

26.980.000 ICB Não Anterior Dezembro

de 2012

(b) Os contratos de ICB de Obras com custo estimado superior a US$ 10.000.000 por contrato,

os contratos de ICB de Bens com custo estimado superior a US$ 1.000.000 por contrato e todas

as contratações diretas estarão sujeitas à análise prévia por parte do Banco Mundial.

2. Serviços de Consultoria

(a) Lista de atribuições de consultoria com listas das firmas internacionais selecionadas:

1 2 3 4 5 6

No.

Ref.

Descrição da Atribuição

Custo

Estimado

(USD)

Método

Seleção

Revisão

pelo Banco

Mundial

(Anterior /

Posterior)

Data

Prevista de

Envio das

Propostas

1 Estudos diagnósticos e formulação do

PDPA 2.120.000 QCBS Anterior Jun. 2012

2 Apoio à Gestão do Projeto.

Supervisão de Obras. Supervisão

Ambiental

2.500.000 QCBS Anterior Jun. 2012

3 Regularização das terras de

assentamentos selecionados 590.000 QCBS Anterior Set. 2012

4 Assistência Social para apoiar a

regularização das terras na área do

projeto

2.200.000 QCBS Anterior Set.2012

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162

(b) Serão exigidas Atribuições de Consultoria com uma lista de firmas internacionais pré-

selecionadas para todas as atribuições de consultoria com custo estimado superior a

US$ 500.000;

(c) Os serviços de consultoria com custo estimado superior a US$ 200.000 para firmas e

US$ 50.000 para consultores individuais por contrato e todas as seleções de fonte única de

consultorias (firmas) ou consultores individuais estarão sujeitos à análise prévia pelo Banco

Mundial;

(d) As listas de candidatos pré-selecionados que consistem inteiramente de consultores nacionais

para serviços com custo estimado inferior a US$ 500.000 ou equivalente por contrato podem ser

compostas inteiramente por consultores nacionais de acordo com as disposições do parágrafo 2.7

das Diretrizes dos Consultores.

10. QUESTÕES DE POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS

Análise ambiental

A. Estratégia adotada para a análise ambiental das atividades do Projeto

90. As atividades propostas para serem implementadas no Projeto foram desenvolvidas

durante a preparação até o nível do projeto conceitual. Durante a implementação do Projeto, as

respectivas intervenções serão detalhadas até o nível dos projetos finais de engenharia para as

intervenções de obras de construção civil e até os níveis dos Termos de Referência finais para as

atribuições de consultoria.

91. Em conformidade com a OP/BP 4.01 do Banco Mundial, foi realizada uma Avaliação dos

Impactos Sociais e Ambientais (ESIA) durante a preparação do projeto. O processo da ESIA

compreende: (i) uma avaliação do contexto local das condições ambientais e habitacionais de

São Bernardo do Campo; (ii) uma revisão das estruturas regulatórias e institucionais; (iii) uma

revisão dos planos de investimento, identificando os objetivos e diretrizes de cada intervenção do

projeto, bem como os impactos/resultados ambientais previstos pelas intervenções do Projeto e

medidas de atenuação a serem adotadas; (iv) um EMP – Plano de Gestão Ambiental45

, com um

conjunto de estruturas de salvaguarda para abordar problemas ambientais e sociais durante a

implementação do projeto; e (v) um programa de fortalecimento institucional. As salvaguardas

sociais e ambientais serão abordadas por meio das seguintes abordagens: (i) preparação de

procedimentos e estruturas de salvaguardas; (ii) preparação de ESIAs simplificadas específicas

do local para todos os subprojetos com impactos ambientais e/ou sociais em potencial, bem

como planos de atenuação/compensação de impactos criados conforme a necessidade; e (iii)

supervisão ambiental de obras de construção civil durante o processo de implementação, como

descrito no Manual Operacional (item 4.6 – Procedimentos Ambientais e Sociais).

45

O Plano de Gestão Ambiental foi divulgado no país em 28 de junho de 2011 e divulgado no Infoshop do Banco

Mundial em 19 de julho de 2011.

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163

92. Essas análises preliminares e de caráter geral serão complementadas pelos estudos de

impactos ambientais, requeridos para o processo de licenciamento ambiental, em conformidade

com a legislação ambiental do Estado de São Paulo. De acordo com a estratégia de execução do

Projeto, os estudos dos impactos ambientais serão realizados durante a implementação e serão

uma parte integrante dos projetos de engenharia preliminares das respectivas intervenções.

93. Os Estudos de Impactos Ambientais (EIA) individuais correspondentes serão enviados ao

Banco Mundial para análise e aprovação. As licenças ambientais ‘preliminares’, de ‘instalação’ e

‘operacionais’ de cada intervenção de obras de construção civil também serão enviadas ao Banco

Mundial. O envio da licença preliminar de uma determinada intervenção é necessário para iniciar

o processo de licitação da intervenção correspondente. Do mesmo modo, o envio da licença de

instalação é necessário para a assinatura do contrato da intervenção associada. Essas condições

de implementação serão apresentadas nos respectivos contratos de obras.

94. A escolha da área selecionada para os investimentos é justificada pelos seguintes

critérios: (i) a área está dentro dos sistemas de cabeceiras dos rios-reservatórios (mananciais); (ii)

tem condições ambientais estratégicas, localizada perto do sistema de abastecimento de água

(Sistema Rio Grande); (iii) contém assentamentos precários e em risco, com falta de

infraestrutura e precisando de soluções complexas e dispendiosas de obras de construção civil e

um percentual significativo de reassentamento, classificado pela Tipologia 4; (iv) contém áreas

que concentram habitações deficientes e inadequadas e vulnerabilidade social; (v) contém

organizações sociais ativas; (vi) não há potencial de soluções integradas para a infraestrutura de

esgoto existente operada pela SABESP (a construção do principal coletor de esgoto iniciada pela

SABESP será conectada à estação de tratamento de águas residuais (WWTP) do ABC e (vi)

considera o contexto da legislação local (Lei Estadual 13.579/2009 de proteção da cabeceira da

represa Billings (APRM-Billings), as mudanças em curso para o Plano Mestre Municipal e o

processo de formulação do PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social).

B. Impactos ambientais previstos no Projeto

95. Impactos positivos. As intervenções do projeto gerarão vários impactos ambientais

positivos. Além dos impactos mencionados no Anexo 10 do PAD, a tabela a seguir apresenta um

resumo dos impactos positivos previstos nas intervenções da PMSBC.

96. Impactos negativos. Os impactos negativos das intervenções da PMSBC podem resultar

das obras de construção civil e precisam ser abordados com técnicas e procedimentos de

construção adequados. A ESIA contém o Manual de Construção Ambiental a ser incluído nos

documentos de licitação (obras de construção civil).

97. Além disso, as intervenções podem invadir a faixa de preservação permanente dos

reservatórios e cursos d'água e, caso isso ocorra, deverão ser tomadas medidas apropriadas de

recuperação ambiental e paisagista. Assim, as intervenções deverão envolver a melhoria

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164

habitacional e/ou o remanejamento e reassentamento das famílias afetadas (de um total estimado

de 3.000 famílias). 46

C. Conformidade com a política de salvaguarda ambiental do Banco Mundial

98. O Programa Mananciais - APL Horizontal recebeu a Categoria Ambiental “A” de acordo

com as políticas de salvaguardas ambientais e sociais do Banco Mundial. Entre as políticas de

salvaguardas que foram acionadas pelo Programa global, as intervenções planejadas da PMSBC

ativam as seguintes políticas: OP 4.01 (Avaliação Ambiental); OP 4.04 (Habitats Naturais); OP

4.11 (Recursos Culturais Físicos); e OP 4.12 (Reassentamento Involuntário). Essas políticas são

descritas em detalhes no Relatório da ESIA. A seguir são fornecidos os destaques de cada um

dos itens de salvaguarda descritos no relatório da ESIA.

99. Avaliação Ambiental. Uma ESIA específica da PMSBC foi preparada para as

intervenções locais propostas a fim de assegurar a conformidade com a OP 4.01 do Banco

Mundial e com a legislação ambiental brasileira. Esse relatório identifica os impactos potenciais

associados com os investimentos do Projeto (urbanização, reassentamento e recuperação de áreas

protegidas). O relatório propõe a minimização dos impactos do Projeto, especifica as diretrizes e

os procedimentos a serem usados na avaliação dos impactos ambientais e sociais durante o

estágio de elaboração do subprojeto e fornece orientações sobre a preparação de Planos de

Gestão Ambiental para atender à implementação do subprojeto. O escopo da ESIA específica,

incluindo o Plano de Gestão Ambiental (EMP), compreendia: (i) uma descrição do subprojeto e

uma avaliação de alternativas; (ii) identificação dos impactos do Projeto; (iii) programas de

atenuação; (iv) disposições e um cronograma de consultas; (v) especificação dos mecanismos de

queixas; (vi) responsabilidades institucionais; (vii) cronogramas; (viii) orçamentos; e (ix) um

plano de monitoramento e avaliação. As intervenções de infraestrutura gerarão impactos

ambientais negativos temporários durante a construção, mesmo nos casos em que as intervenções

têm o objetivo de mitigar áreas existentes de degradação e risco. Portanto, será necessário seguir

os critérios e procedimentos adequados no Manual Ambiental de Construção do relatório da

ESIA.

100. Habitats Naturais. As áreas de categorias e as Áreas de Preservação Permanente (APPs),

como denominadas segundo a legislação estadual/federal, ficam localizadas nas margens dos

reservatórios e nos cursos de água selecionados no Projeto. Essas áreas incluem as faixas que

foram degradadas pela ocupação urbana irregular, incluindo habitações mal construídas.

Também contêm áreas de conservação e outras áreas que poderiam ser recuperadas. As

intervenções nessas áreas enfocarão o remanejamento de famílias e a subsequente recuperação

ambiental e paisagística da área degradada. No caso de áreas parcialmente degradadas ou ainda

preservadas, a estratégia será protegê-las por meio do estabelecimento de parques (incluindo

parques lineares nas margens da Represa de Billings).

101. Reassentamento Involuntário: Uma Matriz de Política de Reassentamento47

(RPF) para

orientar o reassentamento involuntário a ser realizado em todo o Programa Mananciais - APL

46 Os estudos ainda estão em andamento e o número de famílias a serem remanejadas só será concluído após o final dos estudos. Para fins orçamentários, foi estimado um número preliminar de 1.200 casas a serem construídas.

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165

Horizontal foi preparado de acordo com as diretrizes e salvaguardas do Banco Mundial. Foi

escolhida uma RPF, em vez de Planos de Ação para Reassentamento (RAPs), uma vez que os

estudos correspondentes para determinar o local e o número exato de todos os reassentamentos

involuntários ainda estão em andamento. Os Planos de Ação para Reassentamento (RAPs) de

cada subprojeto que exige reassentamento serão preparados, juntamente com os projetos de

engenharia, durante a implementação do Projeto. Cada RAP será enviado ao Banco Mundial para

revisão e aprovação antes da assinatura do contrato de obras de construção civil associado.

Conforme descrito no Relatório de Avaliação Ambiental e nas intervenções nos planos de

trabalho referentes a assentamentos precários, incluindo atividades tais como melhorias

habitacionais e construção de novas unidades habitacionais, fornecimento de infraestrutura e

equipamentos sociais, áreas recreativas, estratégia para regularização de terras, atividades de

participação e inclusão social e uma avaliação ex-post. Serão oferecidas várias alternativas de

reassentamento, tais como reassentamento externo em uma nova área na mesma vizinhança,

remanejamento interno e regularização da posse de terras urbanas e também garantia de crédito

para a aquisição de outra opção de moradia. Os critérios de elegibilidade estão bem descritos e

enfocam a remoção de famílias de áreas ambientalmente protegidas (ex., Áreas de Preservação

Permanente), áreas de risco e pessoas que vivem em condições habitacionais precárias.

102. Recursos Culturais Físicos. O Projeto não deverá afetar as áreas de patrimônio histórico

e cultural de São Bernardo do Campo. Contudo, como o projeto englobará atividades de

construção e escavação para expansão e substituição da infraestrutura, a ESIA inclui o exame de

todas as propriedades culturais conhecidas na área do Projeto e incorpora procedimentos de

‘descobertas fortuitas’ caso sejam encontrados recursos culturalmente significativos durante a

implementação. Além disso, o Brasil dispõe de uma estrutura legislativa e normativa bem

desenvolvida supervisionada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(IPHAN) e que será seguida durante a implementação.

D. Plano de Gestão Ambiental

103. O Plano de Gestão Ambiental (EMP) do relatório da ESIA consiste em uma série de

medidas de prevenção, atenuação e compensação para neutralizar os possíveis impactos

negativos da implementação do Projeto. Contudo, deve-se enfatizar que o principal impulso do

Programa Mananciais - APL Horizontal consiste em um grupo de atividades voltadas para a

recuperação socioambiental e para a correção, bem como a atenuação, de situações ambientais e

sociais problemáticas e vulneráveis nas sub-bacias.

104. O EMP faz referência a todos os componentes, subcomponentes e atividades do Projeto.

Uma descrição resumida das ações recomendadas no EMP pela PMSBC é fornecida na tabela a

seguir (os custos dessas ações estão incorporados no orçamento do Projeto). O EMP - PMSBC

detalhado é apresentado no Anexo V.

47

A Matriz de Política de Reassentamento foi divulgada no país em 18 de julho de 2007 e divulgada no Infoshop do

Banco Mundial em 21 de agosto de 2007.

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166

Tabela 10.1 Responsabilidades da PMSBC pelas atividades ambientais do Programa

Instituições Atividades Meio Ambiente Contribuição para as

questões ambientais Abordagem de questões

ambientais por meio de

documentos legais

adequados Prefeitura

Municipal de

São Bernardo do

Campo

Melhoria

das favelas

A maioria das

favelas fica ao

longo dos fluxos de

água formalmente

classificados como

‘habitat natural’.

Fornecerá a

infraestrutura básica

integrada adequada às

favelas a fim de

melhorar a qualidade de

vida e remover as águas

residuais sem

tratamento que

atualmente são

despejadas na represa

de Billings.

(i) Assinar um Acordo de

Empréstimo;

(ii) Comprometer-se a

cumprir o Plano de Gestão

Ambiental;

(iii) Enviar a Licença e a

Avaliação Ambiental para

aprovação do Banco

Mundial antes de assinar os

contratos das obras de

melhoria das favelas.

E. Matriz de Política de Reassentamento

105. Esta seção apresenta um resumo executivo da Matriz de Política de Reassentamento

(RPF) do Programa Mananciais - APL Horizontal proposto. O objetivo da RPF é orientar o

processo de reassentamento das famílias que vivem nas áreas propensas a riscos que serão alvo

de investimentos no Programa.

106. A Tabela 10.2 apresenta as atividades do projeto relativas a reassentamento e a

distribuição das responsabilidades em relação a essas atividades de reassentamento.

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167

Tabela 10.2 Atividades de Reassentamento – Distribuição de responsabilidades

Instituições Participação

no projeto

Atividades Reassentament

o

Abordagem das

questões de

reassentamento

Condições e documentos legais

Prefeitura

Municipal de São

Bernardo do

Campo

Mutuário. Melhoria de

assentamentos

irregulares e

precários

selecionados

Todas as famílias

em áreas de risco

ou de proteção

ambiental deverão

ser reassentadas. 48

Unidades habitacionais para

reassentamento externo serão

oferecidas pela CDHU;

Unidades habitacionais para

reassentamento interno na

área do projeto;

Fornecer assistência social às

famílias a serem reassentadas;

Aluguel Social Temporário,

quando necessário.

(i) Acordo de Empréstimo;

(ii) Comprometer-se a cumprir a

Matriz de Política de

Reassentamento;

(iii) Enviar o Plano de

Reassentamento para aprovação do

Banco Mundial antes da licitação

das obras correspondentes.

Companhia de

Desenvolvimento

Habitacional e

Urbano do Estado

de São Paulo -

CDHU

Uma das três

entidades

executoras do

Projeto do

Estado de São

Paulo.

(i) Fornecer

unidades

habitacionais

para

reassentamento

para as famílias

a serem

removidas pela

Prefeitura de

São Bernardo do

Campo;

(ii) Obras de

melhoria nos

assentamentos

irregulares e

precários

selecionados.

As atividades sob

a

responsabilidade

da CDHU não

ocasionarão

reassentamentos.

(i) Fornecer assistência

social às famílias

reassentadas (durante e

após o reassentamento);

(ii) Fornecer cerca de

1.000 unidades de

apartamentos para

reassentamento (terrenos e

prédios);

(iii) Enviar estudos

geotécnicos da área para

aprovação do Banco

Mundial e da CDHU antes

da aquisição dos terrenos;

(iv) Fornecer hipotecas

altamente subsidiadas

próprias para as famílias de

baixa renda que moram em

favelas.

(i) O mutuário assinou um Convênio

Guarda-Chuva (convênio) e o

Empréstimo 7661-Br com o GESP;

(ii) Através desse convênio e da

assinatura do Empréstimo, o

mutuário se compromete a seguir a

Matriz de Política de

Reassentamento e os Planos de

Reassentamento (a serem

preparados pela Prefeitura

Municipal de São Bernardo do

Campo).

48 Os estudos ainda estão em andamento e o número de famílias a serem remanejadas só será concluído após o final dos estudos.

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168

107. Princípios e objetivos que regem a preparação e a implementação do reassentamento.

Cinco princípios principais orientarão as atividades de reassentamento incluídas no Projeto: (i)

minimização do reassentamento com a identificação de casas que possam ser melhoradas por

meio de investimentos mínimos em serviços (ex., melhoria do acesso à eletricidade,

abastecimento de água, saneamento, transportes/acesso); (ii) reassentamento de famílias que

vivem em áreas de alto risco (tanto em termos de saúde, segurança ou sensibilidade ambiental)

para unidades habitacionais adequadas; (iii) construção de um sistema de estradas e calçadas

para acomodar com segurança o tráfego de veículos e pedestres; (iv) implementação bem-

sucedida de serviços urbano-ambientais integrados (abastecimento de água, drenagem, coleta e

descarte de águas residuais e coleta e descarte de resíduos sólidos) para as áreas selecionadas no

Projeto; e (v) proposta de soluções sociais e técnicas sólidas para evitar novas invasões urbanas

informais nas áreas ambientalmente sensíveis.

108. Descrição do processo de preparação e aprovação do plano de reassentamento. Os

planos de reassentamento serão preparados e enviados como uma condição para o início das

obras de construção civil correspondentes e incluirão: (i) Censo de referência (linha de base) e

informações de pesquisas socioeconômicas; (ii) taxas de compensação e padrões específicos; (iii)

direitos a políticas relativas a qualquer impacto adicional identificado pelo censo ou pela

pesquisa; (iv) descrições de locais de reassentamento e programas para melhoria ou recuperação

dos meios de subsistência e padrões de vida; e (v) cronogramas de implementação para as

atividades de reassentamento e estimativas de custos detalhadas.

109. Perfil socioeconômico da comunidade. Uma grande parte da população que mora nas

favelas e em assentamentos irregulares na área do Programa não tem renda ou tem níveis de

renda inferiores a três salários mínimos por família, tem baixo nível de educação e enfrenta

outras dificuldades sociais, tais como falta de segurança pública, conflitos sociais nas

vizinhanças, desemprego, etc.

110. Serão oferecidas cinco alternativas de reassentamento no Projeto: (i) unidades

habitacionais na favela; (ii) unidades habitacionais em prédios em bairros com melhor

localização na cidade; (iii) uma carta de crédito que permite que a família compre um imóvel no

mercado; (iv) troca de imóveis na favela (permitindo que uma família se mude para um

apartamento de reassentamento e ofereça sua casa para uma família que será reassentada mas não

deseja ir para um apartamento do reassentamento); e (v) alternativas adequadas para famílias

altamente vulneráveis. As favelas ficam localizadas na área periurbana onde normalmente não

são permitidas unidades habitacionais para reassentamento ou que não são soluções viáveis. Nos

bairros melhores, as únicas opções de moradia são prédios de apartamentos devido aos altos

custos dos terrenos. As unidades habitacionais nas favelas são oferecidas para famílias grandes

de baixa renda, sem nenhum custo. Os prédios de apartamentos e as cartas de crédito são

financiados por meio de empréstimos hipotecários com grandes subsídios.

111. Abordagem de domicílios extremamente vulneráveis. O trabalho com essas famílias será

feito por meio de: (i) reassentamento para imóveis no andar térreo com fácil acesso (por

exemplo, sem escadas); ou (ii) ajuda para que as famílias permaneçam na área da favela por

meio do mecanismo de “permuta de imóveis”.

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112. Critérios de elegibilidade para definição das várias categorias de pessoas deslocadas.

As famílias a serem reassentadas são aquelas que moram em áreas propensas a riscos, tais como

em barracos construídos sobre riachos/rios ou em áreas sujeitas a deslizamentos. A data limite

para elegibilidade seria quando o cadastro do Plano de Reassentamento estiver fechado na favela

em questão e o número de unidades for estabelecido. Além disso, desde 1996, a CDHU adotou

um procedimento interno que considera a mulher como chefe de família durante o processo de

reassentamento para uma nova unidade habitacional.

113. Estrutura jurídica para revisão da adequação entre as leis do mutuário e os requisitos

das políticas do Banco Mundial e para redução das lacunas. O conjunto de leis dos mutuários

sobre reassentamentos irregulares de baixa renda exige que o setor público forneça soluções

habitacionais adequadas para as famílias afetadas pelo reassentamento. Não há inconsistências

em relação às diretrizes de reassentamento do Banco Mundial.

114. Método de avaliação dos bens. Como as habitações existentes seriam avaliadas com

taxas extremamente baixas no mercado formal, os bens das populações deverão ser avaliados

com base no financiamento necessário para ter acesso a uma habitação adequada e as unidades

oferecidas deverão ser altamente subsidiadas para garantir a viabilidade. A opção de indenização

em dinheiro com base nessa metodologia de avaliação também será oferecida em casos

selecionados.

115. Procedimentos organizacionais para transferência dos direitos. A Prefeitura Municipal

de São Bernardo do Campo com o apoio de especialistas da UGL e da UGP serão responsáveis

por garantir a transferência de direitos para a população afetada. A CDHU, o órgão habitacional

do estado, será responsável pela construção das novas unidades habitacionais e por apoiar o

processo de reassentamento. Tanto a PMSBC como a CDHU têm grande experiência na

implementação do complexo processo de reassentamento - desde o levantamento

socioeconômico inicial até as medidas de assistência social após o reassentamento, incluindo a

recuperação dos meios de subsistência das famílias reassentadas.

116. Mecanismo de atendimento de reclamações. Durante a preparação e implementação dos

planos de reassentamento, o Projeto deverá financiar um escritório com assistentes sociais

treinados para tratar de reclamações individuais durante todo o processo de reassentamento. A

equipe será treinada para ajudar a esclarecer os direitos das famílias afetadas e trabalhar com elas

para solucionar suas queixas de forma justa e adequada. O mecanismo elaborado para abordar e

resolver as reclamações inclui os seguintes níveis de tomada de decisões: (i) uma grande parte

das reclamações será resolvida no local, com as próprias famílias, tanto durante as fases de

planejamento como de execução; os principais atores envolvidos as famílias moradoras da área

(geralmente em uma favela) e os assistentes sociais, arquitetos, especialistas em urbanismo e

engenheiros envolvidos na elaboração e implementação do subprojeto; (ii) quando as

reclamações não puderem ser resolvidas no nível local por esses atores, será necessária a

participação da UGL da prefeitura municipal; e (iii) as reclamações que não puderem ser

resolvidas pela prefeitura municipal serão tratadas pela UGP do governo do estado na Secretaria

de Saneamento e Recursos Hídricos.

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170

117. Descrição das disposições de financiamento de reassentamentos. As atividades sociais e

habitacionais de reassentamento serão financiadas por meio de uma combinação de recursos do

governo municipal e da CDHU. Os recursos alocados à CDHU no Projeto do GESP apoiarão a

aquisição de terras, os projetos de engenharia e as obras para construção das novas unidades

habitacionais no município de São Bernardo do Campo (conforme descrito na Tabela 10.3) para

receber as famílias reassentadas fora das favelas e dos assentamentos irregulares afetados pelas

intervenções do Projeto da PMSBC. Os recursos alocados da PMSBC no seu Projeto apoiará a

renovação urbana e a melhoria urbana nas favelas e nos assentamentos irregulares, incluindo,

inter alia, as atividades sociais e de reassentamento, a construção/melhoria de unidades

habitacionais e a recuperação de áreas degradadas nas áreas afetadas.

Tabela 10.3 - Atividades de Reassentamento e Recursos Alocados

Descrição Total - milhões de US$

Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo

Projeto de engenharia e RAP 2,47

Melhoria habitacional - 1.800 16,78

Novas unidades habitacionais na mesma área - 200

unidades 6,47

Projeto de engenharia e obras de 1.000 unidades

habitacionais49

4,75

Atividades de reassentamento: assistência social,

regularização de terras, etc. 4,83

TOTAL 35,3

*Nota: Os estudos ainda estão em andamento e o número de famílias afetadas só será concluído após o

final dos estudos. Esses números foram estimados para fins orçamentários.

118. Descrição de mecanismos de consulta e participação das pessoas deslocadas no

planejamento, na implementação e no monitoramento. As consultas ocorrerão assim que a fase

de planejamento for iniciada em cada favela. Isso será feito durante a fase de planejamento

abrangente e participativo, que é uma parte essencial da intervenção de melhoria de favelas.

Durante a fase de planejamento, as soluções de melhoria urbana da favela serão discutidas com a

comunidade, bem como as alternativas de reassentamento. Uma vez que a comunidade concorde

formalmente com as soluções de melhoria urbana e reassentamento, o Projeto fornecerá a

autorização para passar para a fase de obras de construção civil. Durante a implementação das

obras de construção civil, será mantida uma comunicação constante por meio de sessões

informativas e do escritório de trabalho social que também tratará das reclamações. Depois que

os planos de reassentamento tiverem sido implementados, o apoio às famílias reassentadas, bem

como um acompanhamento abrangente (por meio de entrevistas e da avaliação participativa do

processo), será dirigido pelos assistentes sociais e os consultores treinados envolvidos durante

todo o processo.

49 Unidades habitacionais a serem produzidas pela CDHU com base no Acordo de Empréstimo do Estado de São Paulo e no MOU. A aquisição de terras será feita e paga pelos recursos próprios da PMSBC.

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171

119. Disposições para monitoramento pela entidade executora e, se necessário, por monitores

independentes. Como parte do Plano de Reassentamento, será desenvolvido um Plano de

Monitoramento e Aprendizado com os seguintes objetivos: (i) verificar se as ações propostas

estão sendo implementadas juntamente com as obras de construção civil e, se necessário, propor

ações corretivas; (ii) monitorar o funcionamento da infraestrutura e providenciar os reparos

necessários; (iii) identificar, durante a implementação, quaisquer dificuldades e impedimentos no

processo e introduzir as adaptações subsequentes para melhorar o processo; (iv) medir os efeitos

do Projeto na população beneficiária por meio de pesquisas quantitativas e qualitativas que são

disponibilizadas publicamente para discussão e uso pelas partes interessadas e outras

organizações para avaliar os resultados; e (v) analisar as informações obtidas durante a

implementação e as avaliações para assegurar que as lições relevantes sejam incluídas no

desenho de outros projetos desse tipo.

Consultas Públicas

120. Durante a preparação, foram realizadas algumas consultas públicas e discussões com o

comitê e o órgão da bacia do Alto Tietê e com os subcomitês das bacias do Juqueri-Cantareira,

Tietê-Cabeceiras, Cotia-Guarapiranga, Billings-Tamanduateí e Pinheiros-Pirapora. O comitê e os

subcomitês são compostos por representantes dos governos estaduais e municipais, da sociedade

civil e dos círculos acadêmicos, entre outros. Algumas entidades e organizações municipais e

locais também foram incluídas nessas discussões/consultas.

121. Na fase final da preparação do Projeto, o relatório da ESIA e o Resumo Executivo foram

divulgados e uma nova rodada de consultas foi realizada em junho de 2007, após a missão de

Pré-Avaliação. O desenho e os objetivos do Projeto foram endossados durante as consultas.

Conforme mencionado, as consultas para esse projeto serão feitas em cada favela participante

assim que a respectiva fase de planejamento seja iniciada.

122. Durante a preparação e implementação dos projetos de engenharia, principalmente os

relacionados com a urbanização de favelas e assentamentos irregulares e o fornecimento de

serviços de Abastecimento de Água e Saneamento Básico (WSS) e outros serviços relacionados,

o Projeto possibilitou um volume considerável de participação social e feedback. Isso ocorreu,

por exemplo, durante a implementação do Projeto Guarapiranga. Além disso, o Projeto inclui

propostas de ‘visão social’ de intervenções de obras de construção civil e de pesquisas de opinião

pública para registrar e atenuar os aspectos insatisfatórios das intervenções do Projeto.

123. O componente 1 do Projeto engloba atividades complementares que contribuirão para o

fortalecimento da comunicação e da participação social, incluindo: (i) eventos de capacitação

para agentes ambientais; (ii) workshops de participação comunitária; (iii) desenvolvimento de

vídeos educativos e programas de rádio e realização de programas de educação ambiental para

osstakeholders; (iv) preparação de diagnósticos ambientais e sociais para conscientização; (v) a

realização de pesquisas com os beneficiários; (vi) apoio para mobilização da comunidade,

extensão social e outras iniciativas da sociedade civil; e (vii) a implementação de centros de

educação ambiental.

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124. As atividades planejadas da PMSBC também incluirão esforços para fortalecer a gestão

ambiental municipal.

125. Sistema de Gestão Ambiental. No contexto do gerenciamento do Projeto, é planejada a

criação de um sistema de gestão ambiental. Consistirá de uma divisão de coordenação técnica

socioambiental na UGP e de uma divisão socioambiental na UGL da PMSBC, mais uma

Unidade de Supervisão Ambiental de Obras. Essas divisões serão responsáveis, inter alia: (i)

pelos processos que envolvem a desapropriação, remoção, indenização e reassentamento de

famílias como resultado de intervenções de renovação urbana; (ii) pelo plano de gestão e

descarte de resíduos sólidos; (iii) pela coordenação do uso correto do Manual de Construção

Ambiental; (iv) pelo monitoramento e a supervisão de ações ambientais; (v) pela coordenação e

implementação de planos de gestão ambiental; (vi) pela revisão e aprovação da infraestrutura

urbana básica e dos projetos de engenharia de água/esgotos; (vii) por assegurar a conformidade

com os requisitos socioambientais determinados nos contratos com as firmas de construção, nos

estudos de impactos ambientais, na legislação aplicável, nas licenças ambientais e nas diretrizes,

salvaguardas e regras do BIRD; e (viii) por inspecionar, acompanhar e orientar ações ambientais

de acordo com o Manual de Construção Ambiental (MAC) e as medidas de atenuação

determinadas nas licenças ambientais relativas às obras de construção civil.

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Anexo 1: Estrutura Operacional de Avaliação de Riscos (ORAF)

BRASIL: Gestão Integrada de Recursos Hídricos na Região Metropolitana de São Paulo.

Projeto da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo (PMSBC)

1. Riscos dos Stakeholders no Projeto Classificação: Baixa

Descrição: O compromisso do mutuário com o objetivo do Projeto pode mudar se o governo mudar após as eleições municipais

Gestão de Riscos:

√ Trabalhar com a equipe existente ou nova do governo municipal para garantir que as necessidades e os requisitos do projeto tenham a devida prioridade e o tratamento adequado Resp:

- GESP ULG

- Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

- Banco Mundial

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

Em andamento

Situação: ainda

não

implementado

2. Riscos da entidade executora (inclusive fiduciários)

2.1. Capacidade Classificação: Moderada

Descrição: Projeto complexo (reassentamento expressivo, várias instituições envolvidas) que pode representar um desafio à capacidade de implementação.

Gestão Financeira: Nenhuma experiência anterior com sistemas de FM do Banco Mundial ou de outras instituições internacionais

Aquisições: Falta de experiência com outras aquisições do Banco Mundial por parte das duas entidades executoras

Gestão de Riscos:

√ O SBDC deverá criar o operacionalizar uma unidade de gestão local SBDCMU para coordenar e executar a implementação do projeto

√ Disposições de implementação previstas para abordar os problemas de capacidade. √ Equipe a ser treinada quanto a salvaguardas, FM e aquisições √ Finalização do manual de operações √ Apoio a ser fornecido pela ULG e a Gerenciadora √ Contratação e treinamento da equipe de aquisições √ Suporte técnico da Gerenciadora e da UGL da unidade de gestão do Projeto no nível do GESP em salvaguardas, FM e aquisições Resp.:

- Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

- ULG do GESP

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

Em andamento

Situação: ainda

não

implementado

2.2. Governança Classificação: Moderada

Descrição: Funções e responsabilidades das entidades

participantes na implementação do projeto, bem como

jurisdições claramente definidas e não conflitantes. Contudo,

podem surgir problemas em termos de eficácia da coordenação.

Gestão de Riscos:

√ Funções bem-definidas no manual de operações e outros acordos institucionais (Concluído)

√ Função da Gerenciadora e dos Corpos Locais Urbanos (ULB) do GESP na coordenação e

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174

assistência à SBDCCMU

Resp.: Prefeitura

Municipal de São

Bernardo do Campo,

ULG do GESP

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

Em andamento

Situação: Em

andamento

3. Riscos do Projeto

3.1. Desenho Classificação:

Moderada

Descrição:

- A complexidade de ser subordinado a um esquema de APL pode prejudicar a implementação.

- O desenho do projeto de natureza complexa (exige coordenação firme da melhoria urbana, reassentamento de áreas de risco, habitação) impõe desafios administrativos e institucionais.

Gestão de Riscos:

√ Seleção de Gerenciadora experiente

Resp.:

Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

30 de junho de 2012

Situação: ainda não

implementado

Gestão de Riscos: √ O mutuário deve estabelecer a Unidade de Gestão do SBDC (SBDCMU) a ser orientada pelo manual de operações.

√ Treinamento em salvaguardas e dispositivos fiduciários do Banco Mundial. √ A Gerenciadora deverá fornecer orientações para implementação e assistência técnica conforme necessário.

Resp.:

Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

Estágio:

Implementação

Resp.:

Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

Situação: ainda não

implementado

3.2. Aspectos Sociais e Ambientais Classificação:

Moderada

Descrição: O mutuário tem dificuldades na implementação do Projeto ao usar as políticas da salvaguarda acordadas, tais como o reassentamento. O mutuário tem experiência com as salvaguardas, mas é a primeira vez que aplica as normas do Banco Mundial.

Gestão de Riscos:

√ Durante a implementação do Projeto, quando os projetos de engenharia detalhados são finalizados, o Cliente também finalizará o EMP e os RAPs específicos juntamente com as medidas de atenuação após a orientação da Equipe de Consultoria em Salvaguardas do Banco Mundial. O Banco Mundial também orientará o Cliente no processo de consultas e nas políticas de divulgação.

√ O Banco Mundial deverá fornecer treinamento sobre as salvaguardas. Resp.:

- Prefeitura Municipal

de São Bernardo do

Campo

Estágio:

Implementação

Data de vencimento: A

ser definida após a

conclusão dos estudos

de engenharia

Situação: ainda

não

implementado

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- Banco Mundial detalhados

3.3. Programa e Doador Classificação:

Moderada

Descrição:

A CDHU, a instituição habitacional do estado responsável pela

construção de novas unidades habitacionais e pelo processo de

reassentamento falha quanto ao prazo de entrega.

Gestão de Riscos:

√ O acordo de empréstimo contém uma solução para esse caso (possibilidade de suspensão do

empréstimo)

√ Acompanhamento permanente durante a supervisão quanto a essa questão

Resp.: Prefeitura

Municipal de São

Bernardo do Campo,

Banco Mundial

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

31 de dezembro de

2014

Situação: ainda

não

implementado

3.4. Monitoramento da Entrega e Sustentabilidade Classificação: Baixa

Descrição:

- As operações e a manutenção de obras e serviços nas áreas

selecionadas do projeto podem fracassar

- A redução da poluição das massas de água não foi mantida

Gestão de Riscos:

√ Vários estudos e realização de um programa de educação ambiental

Resp.:

Prefeitura Municipal de

São Bernardo do

Campo

Estágio:

Implementação Data de vencimento:

Situação: ainda

não

implementado

3.5. Outros Classificação:

Descrição: Metodologia e plano para medição de melhorias da qualidade da água e resultados não totalmente concluídos.

Gestão de Riscos:

√ A medição da qualidade da água nos Mananciais deverá ser realizada pela unidade de gestão do GESP . Os consultores deverão ser contratados. Resp.: Prefeitura

Municipal de São

Bernardo do Campo

Estágio:

Implementação

Data de vencimento:

31 de dezembro de

2012

Situação: ainda

não

implementado

4. Risco Global Após a Revisão

4.1. Classificação do Risco da Implementação: Moderada