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Ambiente Ambiente Cefir Cefir Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais Regularização já soma 3,6 milhões de hectares na Bahia Informativo bimensal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia o Ano I - N 1 - outubro/novembro 2013 Fiscalização helicóptero auxilia o monitoramento ambiental do estado Programa de Gestão Compartilhada (GAC) o programa tem como objetivo descentralizar a gestão ambiental e fortalecer os orgãos municipais do meio ambiente

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AmbienteAmbiente

CefirCefirCadastro Estadual Florestal de Imóveis RuraisRegularização já soma 3,6 milhõesde hectares na Bahia

Informativo bimensal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da BahiaoAno I - N 1 - outubro/novembro 2013

Fiscalizaçãohelicóptero auxilia o monitoramentoambiental do estado

Programa de Gestão Compartilhada (GAC)o programa tem como objetivo descentralizar a gestão ambientale fortalecer os orgãos municipais do meio ambiente

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Ambiente

Assessoria de Imprensa Ascom: Sema / Inema

Prezados,

É com muita alegria que entregamos o novo exemp la r do i n fo rma t i vo Ambiente, uma publicação que aborda a temática da gestão ambiental nas variadas dimensões que ele comporta. Nesta edição, vamos destacar as ações realizadas pelo Governo do Estado, através da Sema, sempre apontando para os novos rumos e desafios da política ambiental na Bahia, em busca de um desenvolvimento sustentável.Neste número falaremos também sobre o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), instrumento de

regularização dos imóveis rurais desenvolvido pela Secretaria em c o n j u n t o c o m o I n e m a , e q u e proporciona agilidade na fiscalização e monitoramento das atividades florestais no Estado, permitindo que o proprietário rural realize a regularização do seu imóvel pela Internet.Outro destaque é o Programa de Gestão Ambiental Compartilhada (GAC), que tem como objetivo descentralizar a gestão ambiental e fortalecer os órgãos municipais de meio ambiente. A meta é que até 2014 cerca de 200 municípios estejam devidamente estruturados para exercer a competência ambiental estabelecida através da Lei Com-

plementar 140/11. Não podemos deixar de destacar ainda a elaboração de sete Planos de Bacias Hidrográficas no estado, visando a sustentabilidade hídrica na Bahia a curto, médio e longo prazo.Também abordaremos a habilitação de projetos socioambientais através do edital 001/2012 do Fundo Estadual de Recursos Para o Meio Ambiente (Ferfa).Esse informativo foi feito para que você possa conhecer mais de perto algumas ações desenvolvidas pela Sema e Inema.

Boa leitura!

Editorial

Em caso de incêndio

Disque 193

Os incêndios nas matas e nos campos colocam em risco a vida das pessoas, prejudicam a saúde da população e causam muitos prejuízos, além de

reduzir a biodiversidade e aumentar o aquecimento global.As queimadas deixam o solo pobre, provocam

erosões e ainda afastam os turistas.

Cuide e mantenha a riqueza da nossa região.Passe adiante essa ideia.

O que pode causar os incêndios

Fogueiras acesas próximas às matas ou não apagadas completamente;

Queimadas realizadas em dias e horários quentes, secos e com vento ou próximas à

rede elétrica;

Desmatamento;

Queima de lixo ou folhas secas;

Brasas atiradas nas matas, beira de estradas e terrenos

baldios.

Ambiente é uma publicação bimensal da Sema / Inema - Tiragem: 5.000 exemplares

Governo da Bahia Governador: Jaques Wagner Vice-Governador: Otto Alencar

Sema Secretário: Eugênio Spengler Chefe de Gabinete: Adolpho Netto

Inema Diretoria Geral: Márcia Telles Chefe de Gabinete: José Ivaldo

Cerb Diretor-Presidente: Bento Ribeiro

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Lançado projeto Conexão EA

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) lançou, em agosto, o projeto Mov imen to Conexão Educação A m b i e n t a l ( E A ) . O o b j e t i v o é transversalizar a educação ambiental ao propor uma conexão com outras formas e expressões e, ao mesmo tempo, estimular e resgatar valores culturais e sociais da sociedade. Durante o lançamento, realizado na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (Ufba), foi exibido o documentário Janelas do Curuzu, da diretora Isana

Pontes.De acordo com a diretora de Educação Ambiental para Sustentabi l idade (Dieas), da Sema, Zanna Matos, a iniciativa surgiu a partir das atividades desenvolvendo em outro projeto apoiado pela Secretaria, o Pacto pela Vida. “Conhecemos a comunidade do Ca laba r e descob r imos co i sas interessantes, potencialidades locais. A partir daí, surgiu a ideia de socializar outras expressões, levar debates culturais e socioambientais para outros espaços”. Segundo ela, o objetivo é conectar a EA com diversas expressões, seja vídeo, roda de conversa ou expressão cultural. “É importante evidenciar e estimular a reflexão sobre as temát icas soc ioambien ta is ” , destacou.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou os primeiros dados sobre a regeneração de áreas de florestas desmatadas na Amazônia. O levantamento preliminar do Inpe feito para o Amapá, Pará e Mato Grosso mostra que, em média, 20% da floresta derrubada está conseguindo se recompor.

Regeneração da Amazônia

O nordeste brasileiro enfrenta em 2013 a maior seca dos últimos 50 anos, com mais de 1.400 municípios afetados. A seca deste ano já é pior do que a do ano passado, também recorde. Essa realidade, no entanto, não é isolada. A previsão das Nações Unidas é de que até 2030 quase metade da população mundial estará vivendo em áreas com grande escassez de água.

Água

Passeio noturno é oferecido aos visitantes do ZooNova opção de lazer para os visitantes do Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, o projeto Zoo Noturno, inaugurado no mês de março, já levou mais de 800 pessoas às suas instalações. Com objetivo de o ferecer ao púb l ico um passe io inusitado, com novas experiências sobre

a fauna e flora, a visita monitorada está disponível todas as terças e quintas, e c o n t a c o m t o t a l v i g i l â n c i a e acompanhamento de funcionários do Zoo.

Com percurso estimado em uma hora, o Zoo Noturno proporciona ao público o conhecimento de espécies de hábitos noturnos, como o gato do mato, coruja, mão pelada e serpente, além de uma peça teatral voltada à história da sustentabilidade no Brasil, que inicia as a t i v i d a d e s . P a r a g a r a n t i r t o t a l c o m o d i d a d e e s e g u r a n ç a a o s interessados, o coordenador do Parque, Gerson Norberto, explica quais os métodos de precaução que devem ser tomados: “os visitantes são instruídos a andarem em grupos, seguir sempre pelos caminhos orientados pelos guias e fazer o maior silêncio possível", diz. "Além dessas recomendações, o Zoo disponibiliza coletes e lanternas para

melhor identificação do grupo”.Mesmo com todos esses cuidados, o Zoológico de Salvador também conta com equipe de segurança voltada totalmente ao público externo. “Durante o Zoo Noturno uma equipe de vigilantes auxiliam nas atividades, que ocorrem das 18h às 20h", enfatiza Gerson, destacando que a medida visa garantir uma visita tranquila e proveitosa. "Tudo o que os visitantes irão precisar se preocupar é com o espírito de aventura e a vontade de aprender mais sobre o meio ambiente”.

Os interessados em conhecer mais sobre o projeto devem agendar a visita n o t u r n a a t r a v é s d o s i t e www.zoo.ba.gov.br , pe lo e-mai l [email protected], ou pelos telefones 3116-7953 / 3116-7954. Vale ressaltar que só é permitida a entrada de crianças a partir de 10 anos de idade.

Janduari Simões

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Com apoio de aeronave, Inema intensifica

fiscalização e monitoramento ambiental

Buscando aprimorar a fiscalização e o monitoramento ambiental no estado, o Instituto do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (Inema) realizou, no mês de julho, a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de transporte aéreo através de um helicóptero. De acordo com a diretoria de Fiscalização e Monitoramento do órgão (Difim), o equipamento é fundamental nas ações de prevenção e combate a incêndios florestais, à pesca predatória, aos casos de derramamento de óleo em águas interiores e costeiras e de floração de algas tóxicas, além do desmatamento ilegal e da escassez de água.Com pouco mais de um mês em operação, o helicóptero já conseguiu, por exemplo, mapear as áreas de areia no Litoral Norte e identificar as rotas de fuga utilizadas por caminhoneiros que extraiam ilegalmente o material, além de apreender os infratores com o apoio da Companhia de Polícia Ambiental (COPA). Outra ação realizada foi a de combate à pesca predatória com uso de explosivos na Bahia de Todos os Santos. Com a aeronave, a equipe do Inema conseguiu abranger os pontos não a l cançados pe lo mar e i den t i ficou embarcações suspeitas, acionando mais uma vez a Polícia Militar, através da COPA, que auxiliou nas prisões.Para Leandro Anjos, coordenador técnico de Fiscalização Preventiva e de Condicionantes (Cofis), a utilização do helicóptero é de suma importância para que as ações de

fiscalização sejam mais eficientes. “Agora conseguimos ter uma visão mais ampla e monitorar com maior facilidade as áreas remotas, de difícil acesso por terra ou por mar, além de identificar rota de fuga de infratores e até intimidá-los”, explica.Atualmente, a aeronave está sendo usada para o mapeamento da Área de Proteção Ambiental de Joanes/Ipitanga, na região

metropolitana de Salvador. Os sobrevoos buscam identificar ocupações irregulares no local. Outras ações já estão programadas, como o apoio às regiões que sofrem com a escassez de água, com intervenções em corpos hídricos e captações de água em Áreas de Preservação Permanente.

Nivaldo Fortes

O Governo da Bahia, por meio das Secretarias do Meio Ambiente (Sema) e de Planejamento (Seplan), tem a satisfação de apresentar o Zoneamento Ecológico-Econômico -ZEE do Estado da Bahia. A ação é um instrumento da Política Nacional e Estadual de Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/81, Decreto Federal n.º 4297/02 e Lei Estadual nº 10.431/06) que visa orientar o planejamento, a gestão e as decisões do poder público, do setor privado e da

sociedade em geral, considerando as potencialidades e limitações ambientais e socioeconômicas, tendo por objetivo maior o desenvolvimento sustentável. O ZEE Bahia tem por objetivo orientar o planejamento, a gestão, as atividades e as decisões do poder público, do setor privado e da sociedade em geral, relacionadas ao uso e ocupação do território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, biótico e socioeconômico com vistas à

implementação prática do desenvolvimento s u s t e n t á v e l . A a ç ã o p o s s i b i l i t a a incorporação das variáveis ambientais, nos projetos realizados pelo governo, por meio do diálogo com a sociedade, além de desenvolver alternativas de melhor uso dos recursos naturais e propor tecnologias sustentáveis. Confira abaixo a programação do ZEE, e veja onde a iniciativa acontecerá na sua região:

12/11 – Territórios: Irecê/Piemonte da Diamantina /Chapada DiamantinaLocal: Seabra (UNEB)

14/11 – Territórios: Bacia do Jacuípe/Piemonte do Paraguaçu/Portal do Sertão/Vale do JiquiriçáLocal: Feira de Santana (Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão)

19/11 – Territórios: IItaparica/Piemonte Norte do Itapicuru/Sertão do São FranciscoLocal: Juazeiro (UNEB)

20/11- Territórios: Bacia do Rio Corrente/Bacia do Rio GrandeLocal: Barreiras (Hotel Solar das Mangueiras)

21/11 – Territórios: Agreste de Alagoinhas-Litoral Norte/Semi-árido NE II/SisalLocal: Alagoinhas (Hotel Áster)

22/11 – Território: Velho Chico/Bacia do ParamirimLocal: Ibotirama (Hotel Serra do Rio Médio)

25/11 – Território: Médio Rio das Contas/Vitória da Conquista/Médio Sudoeste da Bahia/Sertão Produtivo Local: Jequié (UESB)

27/11 – Território: RMS/Recôncavo/Baixo SulLocal: Salvador (Hotel Sol Bahia)

29/11 – Território: Costa do Descobrimento/Litoral Sul/Extremo SulLocal: Porto Seguro (Centro Cultural e de Eventos do Descobrimento)

Sema e Seplan apresentam Zoneamento Ecológico-Econômico

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O Programa de Gestão Ambiental

Compartilhada (GAC), iniciativa

cr iada pela Secretar ia do Meio

Ambiente do Estado da Bahia (Sema),

tem como objetivo descentralizar a

gestão ambiental e fortalecer os órgãos

municipais de meio ambiente. A adesão

a este programa vem gradativamente

aumentando e a relação dos municípios

aptos ao licenciamento encontra-se no

site da Secretaria. A meta é que, até

2014, cerca de 200 municípios estejam

devidamente estruturados para exercer

a competência ambiental estabelecida

através da Lei Complementar 140/11.

C r i a d o e m 2 0 0 9 , o

programa vem apoiando

o s m u n i c í p i o s n a

o rgan ização da sua

es t ru tu ra de ges tão

ambiental. Segundo o

c o o r d e n a d o r d o

p r o g r a m a , R i c a r d o

Duarte, esta meta é um

compromisso da Sema

a t r a v é s d o P l a n o

Plurianual (PPA). "Hoje

temos 147 municípios

es t ru tu rados para a

gestão de meio ambiente

e licenciamento", explica.

O GAC também apoia os municípios

através do Programa Estadual de

Formação Cont inuada em Meio

Ambien te e Recursos Hídr icos

(Formar), com recursos provenientes

d o B a n c o I n t e r a m e r i c a n o d e

Desenvolvimento (Bid), e é executado

pela Diretoria de Estudos Avançados

de Meio Ambiente (Deama). Serão

5.140 horas de capacitação, sendo que

aprox imadamente , a metade é

destinada aos gestores municipais de

meio ambiente. Envolve temas como

gestão, licenciamento e fiscalização

ambiental, entre outros.

Segundo Ricardo, a lei complementar

140 define que para o município

licenciar deve ter órgão ambiental

capacitado com técnicos próprios ou

em consórcio, devidamente habilitados

e em número compatível com as

principais atividades econômicas

existentes, e conselho municipal de

meio ambiente atuante. "Consta

também do Programa GAC o apoio à

criação do Fundo Municipal do Meio

Ambiente e o desenvolvimento do

Plano Municipal de Meio Ambiente, a

estruturação da legislação ambiental e

o desenvolvimento de estratégias

municipais de educação ambiental".

Consórcios - Outra linha de trabalho do

GAC são os convênios com consórcios

públicos municipais. A Sema celebrou

recentemente o primeiro convênio com

o consórcio do Território do Portal do

Sertão que possui 14 cidades. "O apoio

da SEMA ao municípios contempla

t a m b é m o f o r t a l e c i m e n t o d o s

consórcios municipais que é uma

estratégia do governo do estado para o

fortalecimento da gestão local, em

todas as áreas da estruturação pública",

destaca Ricardo. "Nosso grande

desafio agora é trazer para o Programa

os pequenos e médios municípios que

não têm recurso para ter uma estrutura

adequada ou que não têm demanda de

licenciamento ambiental que justifique

esta estrutura".A Sema prevê a realização de dez

convênios com os consórcios até o fim

de 2014. Ainda em 2013, serão

assinados convênios com a região do

Sisal, Jequiriçá, Itapicuru. O primeiro

consórcio conveniado com a Secretaria

foi o Portal do Sertão, que possui 14

municípios associados. "A parceria

entre Sema e os consórcios prevê o

repasse de equipamentos para gestão,

a cessão de veículos e repasse de

recursos financeiros para custeio e

manutenção da equipe técnica que

deve ser estruturada para atender a

demanda multissetorial e

interdisciplinar", explica.

Os recursos que serão

destinados em apoio à

gestão municipal serão

de R$ 2,5 milhões para os

consórcios municipais, e

outros R$1,8 milhão para

capacitação de técnicos e

gestores municipais e

conselheiros de Meio

Ambiente. Para 2014,

está prevista a assinatura

de mais seis consórcios,

em que cerca de R$2

milhões serão investidos.

Outra ação da coordenação do GAC é

apoiar o processo de organização e

amp l i aç ão da c apac idade dos

municípios para a gestão ambiental,

tendo em vista a estruturação e

implementação do Sistema Estadual de

Meio Ambiente (SISEMA). "A gestão

a m b i e n t a l m u n i c i p a l e s t á e m

crescimento e apresenta dificuldades

localizadas na estrutura, recursos

técnicos, financeiros, capacitação e nas

práticas participativas dos conselhos

ambientais", diz o coordenador. "E a

Sema vem atuando em parceria com os

municípios para equacionar tais

dificuldades", finaliza.

Programa de Gestão Compartilhada (GAC)

Acesse o link http://www.meioambiente.ba.gov.br/upload/Complementar_140_1.pdf e conheça os municípios aptos para licenciar.

Ascom-Sema

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Propriedades rurais de mais de 240 municípios baianos, que somam 3,6

milhões de hectares, já aderiram ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Ru ra i s (Cefi r ) , i n s t r umen to de regularização dos imóveis rurais desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). O sistema, que equivale ao Cadastro Ambiental Rural Federal (Car), proporciona agilidade na fiscalização e monitora-mento das atividades florestais no Estado e permite que o proprietário rural realize a regularização do seu imóvel pela internet.

O secre tá r io es tadua l do Me io Ambiente, Eugênio Spengler, ressalta que a intenção é "ampliar o número de cadastros ambientais por meio de uma série de convênios e parcerias, multiplicando o número de imóveis cadastrados". Além de proporcionar a regulamentação ambiental das áreas de preservação permanentes e das reserva legais, o Cefir permite também o mapeamento de remanescentes florestais e o cadastro de todas as atividades ou empreendimentos que

são desenvolvidos no interior das propriedades rurais.

O sistema contou com investimentos na área de modernização, incrementando o uso de ferramentas tecnológicas de geoprocessamento para melhorar a qualidade da gestão ambiental. "O p rodu to r ru ra l que não es t i ve r cadastrado, num prazo de até cinco anos, não poderá acessar o crédito rural nos bancos. O cadastramento é feito uma única vez e, a cada dois anos, deverá ser atual izado", destaca Spengler.O secretário explica que ao término da

inscr ição do imóvel no Cefir, o proprietário rural terá sua propriedade regularizada ambientalmente. "Para as propriedades em que não há o passivo ambiental, o cadastro emitirá um

certificado de regularidade das ativida-des existentes. Caso o passivo esteja disponível será emitido pelo próprio sistema um termo de compromisso a m b i e n t a l q u e e s t a b e l e c e r á o cronograma e as ações que serão desenvolvidas".

Pioneirismo - Segundo a diretora geral do Inema, Márcia Telles, a Bahia foi o primeiro estado a conseguir integrar os dados com o sistema do Car. “Qualquer licença ou ato autorizativo só será liberado se a propriedade rural estiver previamente cadastrada no Cefir", explica. "O sistema estadual, disponível desde novembro de 2012, já foi testado por muitos produtores. Ao longo desse t e m p o , s o f r e u u m a s é r i e d e modificações, de acordo com as demandas”.

A diretora destaca ainda que, para dar maior agilidade e garantir qualidade no cadastro de propriedades rurais, o I nema d i spon ib i l i za cu rsos de capaci tação e treinamento para proprietários, técnicos, gestores, entidades públicas e privadas. A iniciativa tem intuito também de apresentar o Cefir, e orientá-los quanto

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Cefir: Regularização dos imóveis rurais já somam

ampliar o número de cadastros ambientais por

meio de uma série de convênios e parcerias

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à qualidade das informações que deverão ser declaradas.

O bom desempenho do Cefir é reconhecido pelo presidente nacional do Ibama, Volney Zanardi Junior, que destaca que o modelo de integração dos dados do cadastro da Bahia junto ao CAR: "será a base para a integração dos demais estados que possuem sistema próprio regularização dos imóveis rurais".

Apoio - Com o intuito de garantir o registro no Cefir das propriedades de

até quatro módulos fiscais (agricultura familiar), a Sema/Inema celebrarão convênios com prefeituras municipais, consórcios intermunicipais, entidades não gove rnamen ta i s , Fe tag , e sindicatos de trabalhadores rurais com o propósito de criar uma rede de apoio técnico aos agricultores familiares. Para isso, o governo do estado d i s p o n i b i l i z a r á à s e n t i d a d e s conveniadas recursos pra a execução do cadastro.

Sistema – Além de ser um instrumento de regularização dos imóveis rurais, será possível, por meio do Cefir, o

monitoramento das Áreas de Preserva-ção Permanente, de Reserva Legal, de Servidão Florestal , de Servidão Ambiental e das florestas de produção, necessário à efetivação do controle e da fiscalização das atividades florestais. Servirá ainda para a análise de licenças e autorizações ambientais, outorga do uso de recursos hídricos e possibilitará o cadas t ramento de p lanos de recuperação para áreas degradadas. O cadastro online pode ser efetuado no por ta l do S is tema Es tadua l de Informações Ambientais (Seia), no endereço www.sistema.seia.ba.gov.br.

3,6 milhões de hectares na Bahia

Acesso ao Cefir

O Cefir é um instrumento de regularização dos imóveis rurais. O cadastramento é gratuito e obrigatório para todas as propriedades rurais do estado da Bahia.

Outras informações sobre a utilização e funcionamento do sistema podem ser obtidas na Coordenação de Atendimento Ambiental – Atend, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), pelo telefone (71) 3117-1254.

O Manual de Preenchimento pode ser baixado no portal do Sistema Estadual de Informações Ambientais (Seia), no endereço www.sistema.seia.ba.gov.br.

stock.xchng

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8 Ambiente

Bahia terá importante instrumento de

gerenciamento ambiental

O governo do estado está elaborando uma Lista Estadual de Espécies Ameaçadas de Extinção, com intuito de avaliar o estado de conservação de mais de 2.400 espécies da fauna e da flora. O trabalho é coordenado pela Universidade Estadual de Santa

Cruz (Uesc), e conta com a participação de especialistas das Universidades da Bahia, além dos técnicos da Sema e do Inema e o apoio do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa), Coelba, ICMBio, Instituto Dríades de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

De acordo com a coordenadora da Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais (Dipea) da Sema, Cristiana Vieira, a Lista de Espécies Ameaçadas terá a função de orientar programas e planos de ação para conservação e recuperação da fauna e flora na Bahia. A lista será utilizada, por exemplo, na definição de áreas prioritárias para a biodiversidade, implantação de unidades de conservação. “Servirá também para dar suporte ao licenciamento, bem como na aplicação e orientação de financiamentos a pesquisas científicas”, destacou.

A coordenadora explica que, nas oficinas, é avaliado o estado de conservação das espécies segundo critérios e categorias globalmente utilizados e partir de então as espécies recebem uma classificação, de acordo com seu grau de ameaça. Serão realizadas doze oficinas e em cada uma delas serão avaliadas, em média, 200 espécies de cada grupo taxonômico.

A avaliação segue a metodologia estabelecida pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), organização que elabora a lista global de espécies ameaçadas e pressupõe a realização de oficinas para avaliar o estado de conservação das

espécies segundo critérios e categorias da instituição. A part i r de então as castas recebem uma

classificação de acordo com seu grau de ameaça. A avaliação deverá ser concluído

em 12 oficinas, com a presença de pesquisadores, cientistas e técnicos.

Com a proposta de resguardar os serviços ecossistêmicos que são fundamentais para a qualidade de vida da população e o desenvolvimento de atividades econômicas, a exemplo da oferta de água, o turismo e lazer, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio de recursos oriundos do Fundo Estadual de Recursos do Meio Ambiente (Ferfa), em parceria com as universidades Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Federal da Bahia (Ufba), tem desenvolvido o projeto de valoração de recursos naturais em áreas protegidas.

De acordo com a coordenadora de

projetos socioambientais da Diretoria de estudos e projetos ambientais (Dipea) da Sema, Luciana Matos, o projeto busca identificar e valorar estes serviços, como forma de ampliar a compreensão da população sobre a impor tânc ia das Un idades de Conservação (UCs). Inicialmente, a proposta é estimar o valor econômico dos Parques Estaduais de Sete Passagens, Serra do Conduru e Serra dos Montes Al tos, local izados, respec t i vamente , na Chapada Diamantina, no Sul e Oeste da Bahia.

A coordenadora disse também, que com o repasse do recurso pelo Ferfa,

as atividades foram iniciadas em outubro de 2012, com a previsão de conclusão para abril de 2014. A metodologia do trabalho nos parques seguirá pela valoração econômica, de bens e serviços ambientais, o cálculo de carbono estocado, que irá mensurar a quantidade de carbono que a região consegue estocar e, por último, a qualidade e quantidade de recursos hídricos. “O projeto inclui ainda, a c a p a c i t a ç ã o d e t é c n i c o s d a S e m a / I n e m a , e s t u d a n t e s , pesqu i sado res pa ra que e l es obtenham informação sobre o tema e sejam multiplicadores da iniciativa nas demais Ucs”, finaliza.

Recursos naturais em áreas protegidas recebem

investimento de R$ 232 mil

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Zoo de Salvador recebe a primeira turma para o

curso de Educação Ambiental

Utilizar o Zoológico de Salvador como instrumento de ensino e aprendizado sobre a fauna e flora é o objetivo do curso de Educação Ambien ta l , promovido Parque Zoobotânico Getúlio Vargas. A iniciativa, que aconteceu no dia 28/8, nas instalações do Parque, reuniu professores das mais variadas escolas, que aprenderam sobre as teorias e práticas voltadas ao meio ambiente.Principal ponto discutido durante o evento, o melhor conhecimento ambiental foi trabalhado como espécie de preparação dos cidadãos para que eles sejam mais questionadores, criativos, inovadores e críticos em relação aos cuidados que devem tomar em função da questão ambiental.

De acordo com a bióloga e técnica em Educação Ambiental do Zoo, Amina Razoni, o curso é de suma importância para que os professores possam usar a sustentabilidade como instrumento de ensino em classe. “O objetivo e desafio do curso não é só criar bases para uma visão de conscientização para a p o p u l a ç ã o , m a s s i m o f e r e c e r conhecimento para que as pessoas mudem seu comportamento em relação aos cuidados que devemos ter com o meio ambiente, fazendo com que tenham mais habilidades e participação na área”, disse a bióloga.Segundo Carla Oliveira, uma das participantes dos ensinamentos e professora de ciências da Escola Luz da Infância, em Simões Filho, o

conhecimento sobre a fauna e flora é fundamental. “No decorrer das aulas, meus alunos conhecem um pouco sobre o assunto. Desta forma, pretendo marcar visitas no Zoo e passar mais informações sobre como tratar um animal, como cuidar do meio ambiente e as consequências da falta de informação destes casos”, afirmou a professora.Aos interessados, o curso será realizado durante todas as quartas, das 09h às 17h, no Parque Zoológico. Para agendar os dias de atendimento, os interessados deverão entrar em contato com o Zoo , a t ravés do e -ma i l [email protected] e dos telefones: 3116-7952 e 3116-7953.

Promover um bate papo entre técnicos da Sema, trocando experiências e

conhecimentos. Esse é o objetivo do projeto Bate Papo Ambiental, iniciativa

promovida pela Secretaria. A proposta é que o encontro seja realizado

mensalmente na sala de reunião da SEMA, no turno da tarde.De acordo com o coordenador do GAC, e um dos organizadores do projeto,

Ricardo Duarte - juntamente com Zoltan Romero da Superintendência de Estudos e

Pesquisas Ambientais (SEP) e Edmilson Moreira Leite e Magno Monteiro da

Superintendência de Políticas e Planejamento Ambiental (SPA) -, a proposta surgiu

a partir de uma conversa entre os técnicos, que em função de suas atividades,

possuem uma quantidade de conhecimentos específicos sobres as políticas de

Gestão das Águas, da Gestão Ambiental e da Gestão Florestal, mas que a maioria

do quadro de servidores da Secretaria desconhece. "Esses conhecimentos podem

e devem ser disseminados não só para ajudar nas atividades dos servidores mas

também para discutirmos as questões que envolvem a integraçãodessas políticas", explica.

Bate Papo Ambientaldiscute políticas públicasBate Papo Ambientaldiscute políticas públicas

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Visando formular diretrizes e procedimentos técnicos para restauração florestal, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos

Hídricos - Inema, através da Diretoria de Biodiversidade - Dibio, assinou convênio de implantação do Centro de Referência em Restauração Florestal do bioma Mata Atlântica – CRRF/MA. O acordo, realizado na sede do Instituto, no Monte Serrat, tem como parceira a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB e contou com a presença do secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, da diretora geral do Inema, Márcia Telles, do diretor da Dibio, Leonardo Vasconcelos e do reitor da UFRB, Paulo Nassif.Comemorando mais uma parceria firmada com universidades

baianas, o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, enfatizou o acordo e a relevância do mesmo para a política estadual de gestão florestal. “A importância deste convênio e de outros já firmados com outras instituições são as múltiplas atividades de

estudo de valorização das espécies ameaçadas de extinção e é o fortalecimento da política de restauração florestal que contribui para a regularização dos produtores no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - Cefir", afirmou Spengler. "Esse tipo de trabalho conjunto permite a aproximação tanto do desenvolvimento científico e pesquisa que a universidade desenvolve quando da aplicação no dia a dia da sociedade. Esse elemento de integração é determinante para a criação de políticas públicas para o avanço científico e institucional”.Para a diretora geral do Inema, Márcia Telles, o convênio é fundamental para o crescimento da integração entre o cidadão e o meio ambiente. “Esta parceria com a UFRB é mais uma etapa alcançada pelo Instituto e a Sema na implantação dos Centros de Referência em Restauração Florestal no estado da Bahia. Esperamos que o convênio traga resultados positivos para a população baiana, que será a maior beneficiada”, disse a diretora.O convênio terá a vigência de dois anos e contemplará ações como a implantação da estrutura física (viveiros, laboratório de sementes, etc), realização de inventário florístico, marcação de mat r i zes e exper imentos de res tauração nas á reas demonstrativas, protocolos de restauração florestal, germinação e quebra de dormência, cursos de capacitação para servidores Inema e produtores rurais, com temas relacionados à restauração florestal. Ao final serão lançadas publicações com os resultados do convênio.Destacando a assinatura, o reitor da UFRB, Paulo Nassif, salientou a necessidade de aprimoramento técnico-científico ambiental em regiões como o recôncavo baiano. “Antigamente, era complicado falar de meio ambiente em lugares como o recôncavo, que sofrem constantemente com os efeitos da seca. A partir deste acordo, firmado com a Sema e o Inema, outras regiões também poderão ser exploradas até conseguirmos abranger todo território baiano”, enfatizou o reitor Paulo Nassif.Serão beneficiados com a ação produtores rurais que forem capacitados e que tenham suas áreas restauradas, possibilitando assim a regularização no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - Cefir.

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Bioma Mata Atlântica recebe investimentos para

restauração florestal

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A celebração dos 40 anos do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram) foi marcada por homenagens e plantio de mudas de espécies nativas no Parque Metropolitano de Pituaçu. A cerimônia comemorativa será iniciada no dia 01/11, no Salão Azul da Fundação Luis Eduardo Magalhães (Flem), e contará com a presença do secretário do Meio Ambiente e presidente do Conselho, Eugênio Spengler, além de autoridades e conselheiros ambientalistas.De acordo com Spengler, os 40 anos do órgão representam um símbolo de pioneirismo na Bahia, que criou o Conselho Estadual do Meio Ambiente antes mesmo da criação da Política e Sistema Nacional do Meio Ambiente. “O momento expressa a importância da Bahia no pioneirismo e no avanço para o fortalecimento da gestão da biodiversidade, economia e sociedade”, destacou.“A iniciativa do plantio é bastante oportuna, pois coincide com os 40 anos do parque de Pituaçu que tem também grande valor para Salvador devido à sua importância ambiental, social e cultural”, acrescentou a coordenadora executiva dos Colegiados Ambientais da Secex (Sema), Mariana Mascarenhas. Novas diretrizes – Após a alteração na gestão ambiental do Estado, por meio da aprovação da lei ambiental 12.377/2011, o

Cepram passou a assumir novas diretrizes e competências. Voltado à definição das normas técnicas e procedimentais para licenciamento ambiental, fiscalização e planejamento territorial, o Conselho dispõe de uma estrutura paritária e tripartite (representação equilibrada entre os três segmentos da sociedade, presença de prefeituras na composição, governos Federal e Estadual).Para Mariana Mascarenhas, o esforço tem sido torná-lo um Conselho normatizador e definidor de políticas, das agendas estratégicas de planejamento territorial. “Temos buscado o fortalecimento das Câmaras Técnicas, que têm se voltado a elaborar propostas de resoluções”, pontuou. “Além disso, incluirmos consultas para a construção de importantes instrumentos da Política de Meio Ambiente, a exemplo do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), projeto de lei para o pagamento de serviços ambientais e o decreto para a gestão florestal do Estado”.Cepram - Mais antigo conselho ambiental do país, foi fundado em 04 de outubro de 1973, pela Lei nº 3163. O fórum reúne representantes do poder estadual, setor produtivo e organizações civis voltados a questões em prol do meio ambiente.

Cepram: 40 anos em defesa das causas ambientais

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s projetos habilitados por meio do Oedital 001/2012, do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), receberam a primeira parcela para execução das atividades. Foram repassados mais de R$ 577 mil para os nove projetos conveniados, visando o fortalecimento de ações v o l t a d a s a o e n f r e t a m e n t o d a prob lemát ica soc ioambienta l ou valorização de potencialidades exis-tentes onde serão desenvolvidos.

De acordo com a coordenadora de Gestão de Fundos (Cogef) da Sema, Tatiany Oliveira, a iniciativa pioneira na Bahia representa uma etapa importante no trabalho de democratizar o acesso aos recursos do Ferfa, e em reforçar a parceria entre Estado e sociedade. “ E s s e s p r o j e t o s e x p r e s s a m o enraizamento da Política de Educação Ambiental nos territórios baianos, além de estimular o processo da cidadania”, disse.

Projeto contemplado – A Ong Avante e Educação e Mobilização Social, que atua no Calabar há seis anos, através de um fórum formado por lideranças locais voltados em discutir ações de melhoria da comunidade, recebeu incentivo por parte do edital. Segundo a coordenadora pedagógica do projeto, Margareth Falcão, o grupo já realizava um trabalho socioambiental na comunidade, porém de maneira voluntária.

“Através do recurso, passamos a ter força para tocar tudo que tínhamos idealizado”, expressou Margareth. Dentre as ações previstas estão a real ização de oficinas para criar condições de geração de emprego e renda, a exemplo da produção de papel

reciclado, de móveis a partir de pneu e caixa de frutas, além de um trabalho para revitalização no bairro por meio da utilização de plantas.

Como parte do projeto, será criada também uma cartilha construída por lideranças do bairro contendo instruções de como foi montada a agenda 21 do Calabar. “A ideia é que o relato sirva de instrumento para que outras localidades tenham como parâmetro caminhos para reso l ve r ques tões amb ien ta i s ” , destacou.

Gestão dos resíduos sólidos - Os 40 catadores que trabalham de maneira autônoma no bairro de Amaralina também serão beneficiados por meio do projeto, “Transformando catadores em agentes ambientais”. Segundo o coordenador da iniciativa, Daniel Lima, a proposta é capacitar a categoria para que e les se reconheçam como importantes agentes na gestão dos resíduos sólidos e tenham condições de dialogar com a elaboração de políticas públicas, a exemplo da 4ª Conferencia Nacional de Meio Ambiente que traz o assunto como tema.

“Este apoio é fundamental para a concretização desse trabalho que perpassa por capacitações por meio de noções de cidadania, meio ambiente e sustentabilidade, empreendedorismo”, explica Daniel. Ainda como parte do projeto, será elaborado um vídeo pelos catadores, que funcionará como ferramenta educativa para outros espaços da atividade. Por fim, será desenvolvido um diagnóstico das condições soc ioeconômicas dos catadores, que servirá de base para outras ações de governo.

A região da Chapada Diamantina é outro beneficiado com a criação de um plano de saneamento ambiental para a localidade do Vale do Capão. “Com o recurso é possível v is lumbrar a execução do plano - uma demanda antiga da associação de moradores, que aguarda solução para os problemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos”, afirmou a coordenadora executiva do projeto, Maria Medrado Nascimento.

Para a diretora de Educação Ambiental para a Sustentabilidade da Sema, Zanna Matos, a cr iação de edi ta is e o funcionamento do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa) representam um importante ganho para a sociedade baiana e fortalecimento da gestão ambiental. “A criação de edital se carac te r iza como a fo rma mais republicana e democrática de acesso aos recursos públicos”, destacou.

Atualmente os projetos passam pela fase do acompanhamento, onde a equipe da Sema/Inema realizará visitas in loco para co laborar na execução técn ica , financeira, e no que mais for demando. “Pretendemos não apenas fiscalizar”, explica Zanna. “O trabalho será pautado no processo educador, onde iremos identificar em que podemos colaborar”.

Sobre o edital – Foi lançado em abril de 2012, no valor de R$660 mil para seleção de projetos de educação ambiental não formal. O recurso foi oriundo do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa), vinculado à Sema, criado pela Lei nº 10431/2006, com o objetivo de oferecer suporte financeiro à Política Estadual do Meio Ambiente.

Edital repassa R$ 577 mil para projetos

socioambientais

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“Esses projetos expressam o enraizamento da Política de Educação Ambiental nos

territórios baianos”

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Jornal do Meio : Um modelo de d e s e n v o l v i m e n t o b a s e a d o n a s ampliações de crédito e dinamização do mercado in te rno , sem a dev ida mudança nos processos produtivos e nos padrões de consumo amplia a crise ambiental. Como fica a questão da expansão urbana de uma cidade com quase 3 milhões de habitantes? Qual termina sendo a função dos rios urbanos na cidade de Salvador?

Wilson Rossi: A expansão urbana de Salvador caracter iza-se por ser predominantemente desordenada ou mal planejada. Atrelada à lógica do imediatismo e lucro inconseqüente, aliada ao conhecimento unilateral dos planejadores e gestores municipais sobre o papel e importância ambiental dos rios urbanos para a cidade, esse tipo de expansão acaba por conferir aos corpos hídricos condições de alta deg radação e i nsa l ub r i dade e , consequentemente, de natureza oposta às suas funções ecológicas e aos diversos usos das águas. A maioria dos rios urbanos nessa situação passa a ser receptor de esgotos domést icos ( r e s i d e n c i a i s , l a b o r a t o r i a i s , hospitalares, etc.), de postos de combustíveis, de atividades industriais de pequeno porte, de resíduos sólidos urbanos (entulhos, podas, pneus, etc.). Descaractrizados visualmente, os rios passam para população a imagem de que são canais fétidos, vetores de insetos e péssimo visual paisagístico, desprovidos de matas ciliares. Essa descaracterização faz com que a maioria da população entenda que ali corre um esgoto e não um rio – como deveria ser. Em Salvador, há exemplos, como os rios Camurujipe e Jaguaribe, que cortam áreas urbanas de grande

adensamento populacional e de grande importância econômica e comercial (como a região do Iguatemi, avenida Tancredo Neves, Costa Azul). As águas desses rios, ao desaguarem no mar, comprometem a balneabilidade de praias do seu entorno.

JM : A gestão social si tua-se, na contemporaneidade, em territórios pluridisciplinares. Essa concepção abrangente e inclusiva é assertiva no tocante à poluição dos rios. Quais os d a d o s d a s p r i n c i p a i s b a c i a s hidrográficas de Salvador registrados no artigo “Fontes de Poluição e o Controle da Degradação Ambiental dos Rios Urbanos em Salvador” e como r e l a c i o n á - l o s à g e s t ã o s o c i a l pluridisciplinar?

WR: O conceito de gestão social pluridisciplinar está incorporado ao próprio conceito de desenvolvimento sustentável. Aliás, as Regiões de Planejamento de Bacia Hidrografia – RPGAs-, instituída na Lei das Águas (12.035/10), preveem a utilização de uma visão sistêmica e holística. Daí que o tecido social está naturalmente

agregado à gestão de uma Bacia H id rog ráfica como re fe rênc ia e instrumento de controle e gestão ambiental, já que todas as formas de usos do solo nos limites da RPGAs irão refletir na qualidade de suas águas e no nível de degradação ambiental.

O retrato atual dos nossos rios urbanos vai em direção contrária a todos estes princípios. Não é por falta de normas ou critérios que disciplinem a ocupação u r b a n a e u s o s d o s s o l o s n a s proximidades das margens dos rios que isso ocorre, já que a legis lação ambiental é bastante rigorosa nesses aspectos. É a inaplicabilidade da legislação ambiental e de controle de usos do solo urbano vigentes, a precariedade de fiscalização dos agentes e órgãos públicos que devem ser responsáveis por esse cenário. Outras situações que ratificam esse retrato dos r ios urbanos são as situações sociais incontroláveis - como o êxodo rural e ocupações de áreas frágeis (e sensíveis ambientalmente) por populações de baixa renda e excluídas socialmente.

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O Desafio da Gestão das Águas primeira edição da Revista Interdisciplinar de Gestão Social RIGS, lançada em 2012, contemplou uma coletânea de artigos Ateóricos e tecnológicos sob o tema O Desafio da Gestão das Águas no Século XXI. A Revista é uma publicação acadêmica e

quadrimestral, que contempla três tipos de documentos: textos, fotos e vídeos. Entrevistamos três analistas técnicos do Inema, que contribuíram com o primeiro número do volume 01 da RIGS: Wilson Rossi e Lívia Castelo Branco, e o Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Coordenador de Monitoramento, Eduardo Topázio

e as entrevistas serão transcritas em etapas, cabendo à esta edição a conversa com Wilson Rossi.

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