zine na rede: cultura e meio ambiente no cerrado

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Publicação modelo fanzine realizada de forma colaborativa e participativa por alunos e professores de escolas públicas das regiões de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais do Brasil. Textos e fotografias produzidas pela comunidade escolar para falar sobre questões socioambientais locais. O resultado foi um trabalho em rede, sobre um Brasil que poucos conhecem.

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Page 1: Zine na rede: cultura e meio ambiente no cerrado
Page 2: Zine na rede: cultura e meio ambiente no cerrado

FICHA TÉCNICA

apresentação do material

pedagógico

passo-a-passo do fanzine

poemasentrevistas

humornotícias locais

enquetes

sessão fotográfica

músicapasso-a-passo do processo pin-hole

adivinhação

o que é o que é

recadosreceitasdepoimentos

agradecimentos

CONCEPÇÃO

REALIZAÇÃOPaulo Mário Correia de Araujo

Ivan Soares Telles de Sousa

Patrícia Oliveira

Priscila Barreto

Roberta Guimarães

Ana Luiza Abreu, Fabrício da Costa Alhadas Cavalcanti

Rachel Platenik

Maria Alice Edde

Mariana Costard, Pedro Nascimento e Taís Monteiro

Participantes das oficinas, Ana Luiza Abreu, Fabrício da Costa Alhadas Cavalcanti

Equipe de campo

As imagens, textos e ilustrações aqui apresentados são provenientes de trabalhos de colagem realizados por alunos deescolas localizadas na Área de Influência da LT Interligação Norte Sul III, Trecho 3, dentro do seu Programa deEducação Ambiental. O material aqui apresentado será distribuído para comunidades atingidas por esse projeto, comcaráter meramente educativo, sem fins lucrativos.

Presidente da Ecology and Environment do Brasil

Vice-Presidente da Ecology and Environment do Brasil

Coordenação do Projeto

Coordenação Núcleo de relações comunitárias

Coordenação Geral

Coordenação Pedagógica

Coordenação Núcleo Gráfico

Coordenação Visual

Assistente de arte

Texto

Fotos

Page 3: Zine na rede: cultura e meio ambiente no cerrado

A tn ar ãoçsep �Este fanzine é uma iniciativa da empresa Serra da Mesa Transmissora de Energia LTDA (SMTE), em parceria com a GestoraAmbiental Ecology Brasil. Ele integra o Programa de Educação Ambiental do empreendimento Linha de Transmissão InterligaçãoNorte-Sul III, trecho 3 - 500kv, o qual possui 675km de extensão e passa por 18 municípios dos Estados de Goiás e Minas Geraise 4 regiões administrativas do Distrito Federal.Partindo de orientações do IBAMA, na publicação Programa de Educomunicação Socioambiental, e da publicação Ecopedagogiae Cidadania Planetária (Gutierrez & Prado, Cortez Editora), foi elaborado o Programa de Educação Ambiental “Oficinas defotografia e fanzine”. O público-alvo desse programa foram crianças e jovens de três escolas e um assentamento rural ao longoda Linha de Transmissão. O objetivo central foi desenvolver atividades de caráter educativo, voltadas para a problemáticasocioambiental local, de forma a considerar o protagonismo infanto-juvenil e a interdependência entre o meio natural, osocioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.

Optou-se por utilizar como metodologia a Educomunicação , tendo como temas transversais a biodiversidade do cerrado, odesmatamento, as queimadas e o lixo, as doenças sexualmente transmissíveis e as doenças endêmicas. Contam como materiaisproduzidos, cerca de 120 fotografias em preto e branco e quatro fanzines. A reunião desses instrumentos comunicacionais gerouo “Fanzine na Rede”.

Ele é um instrumento pedagógico e interdisciplinar, e tem o intuito de expor um pouco das quatro experiências e aproximar ascomunidades participantes através do compartilhamento dos saberes e das realidades, incentivando a criação de uma rede decomunicação socioambiental.

Confira no “Fanzine na Rede” uma série de entrevistas, notícias locais, enquetes, músicas, poesias, histórias em quadrinhos eimagens fotográficas.

Fanzine é todo tipo de publicação, que tenha uma temática livre, uma liberdade de expressão e um caráter autoral. O conteúdo

do fanzine é bastante variado, em sua maioria, trazem textos diversos, histórias em quadrinhos, reprodução de poesias,

fotografias, divulgação de bandas, colagens, experimentações gráficas, e tudo o mais que os fanzineiros julgarem interessante.

É importante ressaltar que o fanzine é um material que pode ser utilizado para fins culturais, ambientais, políticos e pedagógicos.

Como material pedagógico ele apresenta um importante espaço para a prática da interdisciplinaridade. Dentro de uma temática

central, professores e alunos podem aprender sobre matemática, geografia, biologia, história, português e artes.

Para fazer um fanzine são necessários materiais utilizados no cotidiano. Observe as etapas do processo logo abaixo.

Um pouco mais sobre o fanz ine :

Materiais necessários:• Jornais e revistas, novos ou usados • Folhas A4 • Bastãode cola • Tesouras • Canetas, lápis-de-cor, giz-de-cera;

� Reúna um grupo interessado e escolha um tema. Exemplo: o meio ambiente;

� Defina com os colegas o que deve conter no fanzine. Por exemplo, ele pode conter músicas,

entrevistas, poesias e depoimentos da comunidade;

� Escolha o tamanho do fanzine. Ele pode ter o formato de uma revista em quadrinhos ou de um jornal;

� Divida as tarefas por duplas;

� Selecione recortes de jornais, revistas, e também textos próprios. Esses podem ser digitados

ou escritos manualmente. Reunir ambas as formas pode imprimir um estilo mais original

à publicação;

� Reúna as informações visuais e escritas;

� Cole o material em folhas (o tamanho fica a critério dos fanzineiros);

� Procure uma fotocopiadora mais próxima e faça o número de cópias necessárias.

Distribua para os colegas e divirta-se!

P ms e u �s Fa dãpa ns a c c noo çs n ed ofo ia za

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ORei

do

Pequi

É uma pena que existam pessoas que năo sabem cuidar das nossas lindaspaisagens, elas só sabem poluir, desmatar e caçar. Mas, as geraçőes

futuras sentirăo o peso de carregar nas costas os erros dos outros. Osfilhos dos seus filhos năo terăo a paisagem que um dia foi tăo linda.

Wallison - aluno de Davinópolis

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Nome: Raimunda Telles

1 – Onde aprendeu a fazer?Com o SENAI, e quando moravano Nordeste, Maranhăo.

2 – Em que ano aprendeu a fazer?Em 1997 a 2003.

3 – Para que aprendeu a fazer?Para sustentar a família.

4 – O que vende?Bolsa, crochę, trançado de fita.

5 – Onde vende?Água Fria, Brasília e toda Regiăo de Goiás.

6 – Quanto custa?De 20 a 25 reais.

Page 6: Zine na rede: cultura e meio ambiente no cerrado

Quando eu tiver setenta anos

Entăo vai acabar essa adolescencia

Vou largar a vida loucaE terminar minha livre-docenciaVou fazer o que meu pai quer

Começar a vida com passo perfeito

Vou fazer o que minha măe deseja

Aproveitar as oportunidades

De virar um pilar da sociedadeEntăo ver tudo em săo conscienciaQuando acabar essa adolescencia.

Autor: Paulo Leminski

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Quantas pessoas sabem o que é? Sim – 7 pessoas Năo – 1 pessoa

Doenças citadas: HIV – 8 pessoas Candidíase – 1 pessoa Síflis – 2 pessoas

Modo de prevençăo: Preservativo – 8 pessoas

ENQUETE 2

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Material necessário:• Revelador para papel preto e branco: 3,8L• Interruptor (ácido Acético): vinagre de cozinha• Fixador universal: 3,8L• Papel fotográfico preto e branco 18 x 24 cm• Fita crepe larga• Fita isolante• Tesoura escolar• Prego grande• Alfinete• Martelo• Pregador de madeira• Lona preta• Papel alumínio para forrar fogão• Caixas pequenas e latas• 1 ou 2 recipientes por participante (opacos, que não permite a passagem da luz)• Papel celofane vermelho• Lâmpada vermelha de 15W• Fio elétrico• Tomada• Interruptor• Boquilha• Cartolina preta• Bandejas: uma 30 x 50 x 10 cm, três 20 x 30 x 5 cm• Pinças fotográficas - 3 unidades• Vasilha para armazenagem do químico diluído de 1L - 2 unidades• Mesa ou suporte que sivra para apoiar as bandejas.

• Alguns materiais geralmente são conseguidos junto àcomunidade: prego, alfinete, martelo e os recipientes paraconstruir a câmera.

Mais informações sobre o assunto estão disponíveis nos sítios:www.latanet.org.brhttp://www.eba.ufmg.br/cfalieri/index.html

Fotografia pin-holeA fotografia pin-hole é um processo alternativo de produzir imagens que não

utiliza lentes ou câmeras fotográficas convencionais. As câmeras pin-hole sãoconstruídas através de um processo artesanal.

Quando a luz penetra no pequeno orifício em um ambiente com ausência de luzprojeta-se na parede oposta. Uma imagem invertida, em relação ao que está

acontecendo do lado de fora da câmara, forma-se em seu interior. Devido às suas características, a fotografia pin-hole é considerada um importante

instrumento de percepção visual, que pode ser desenvolvida trabalhando comtemas relacionados a aspectos educativos, socioambientais, artísticos e lúdicos.

Construção das câmeras:1. Reúna latinhas (como as de achocolatado em pó, ou, de leite em pó).2. Faça um furo no centro da lata, com um prego grande e um martelo. Nabase ou na lateral, é preciso corrigir as imperfeições do furo na lata e na caixa.3. Forre o interior com papel cartão preto fosco, tomando cuidado para nãotampar o buraco já feito. Utilize fita isolante para fazer o acabamento.4. Recorte um pequeno pedaço de papel alumínio - de forma centralizada -cole por cima do furo feito na lata. Utilize fita isolante para fixar o papelalumínio. Com uma agulha faça um pequeno furo, com a ponta do alfinte.5. Recorte uma tira de papel-cartão preto, aproximadamente 15x5 cm. Dobreessa tira ao meio e depois faça uma dobra na ponta. O “obturador” está pronto!6. Fixe essa tira na lata para servir como tampa do furo feito no alumínio.Cole uma tira de fita isolante para abir e fechar a tampa, fazenda uma dobrana ponta da fita.

A sua câmera Pin-Hole está pronta para ser usada.

ATENÇÃO: - Nunca fotografe de frente para o sol. - Deixe sua câmera sempre apoiada em local firme. - Procure cenas bem iluminadas pelo sol, para evitar os tempos muitolongos de exposição. - Revele os negativos sempre com o mesmo tempo (ver tempo indicadopelo fabricante do revelador). - Em dia ensolarado, abra o "obturador" por cerca de 15 a 30 segundos;com tempo nublado, por volta de dois minutos. Se na revelação onegativo ficar claro tire outra foto com um tempo de exposição maior ese ficar escuro um tempo menor. - Se optar for fotografar pessoas, peça que fiquem paradas, para que aimagem não saia tremida. - Ao terminar, mantenha o "obturador" fechado e só abra a lata quandoestiver dentro do laboratório fotográfico, ao abrigo da luz. Tenhacuidado ao fechar o obturador, pois o papel alumínio pode romper.

Construção do laboratório:O banheiro é uma ótima opção. Note que o espaço escolhido para ser o laboratóriodeve ter o teto 100% vedado à luz, com pouca ou nenhuma janela. Fique atento àsfrestas de luz, verificando com a porta fechada se existem pontos de luz. Casoexistam, use lona preta ou papel cartão para vedá-los. É necessário que haja espaço para as bandejas (120 x 80 cm aproximadamente desuperfície), e que a mesa possua altura para trabalhar em pé. Se não for possívelágua corrente dentro do laboratório, após deixar as fotos fixadas de molho nabandeja maior, lave-as por cinco minutos em água corrente em um tanque ou pia.O papel fotográfico deve ser exposto à luz vermelha quando for colocado nacâmera e no momento da revelação. Para faciltar o processo na hora de carregaras câmeras, deixe alguns papéis previamente cortados. Para uma latinha deachocolatado ou de leite em pó, uma folha 18x24 cm pode ser divida em 4 partes.Tome cuidado para não tocar o lado sensível (brilhante) do papel. Para fixar o papelna latinha use um pedaço de fita crepe enrolado. Coloque o papel do lado oposto ao furo, fixando-o com as costas da mão. Antes defixá-la, certifique se sua mão está devidamente seca. Para revelar 100 folhas de papel fotográfico no tamanho 18x24 cm, sãonecessários 3,8 litros. Depois de prontos, os químicos devem ser armazenados aoabrigo da luz. A diluição para uso está descrita na embalagem. O químico deve serutilizado em temperatura ambiente. Depois de reveladas, as imagens podem serexpostas à luz branca. Para iluminação interna, utilize papel cartão preto para fazer um cone. Conecteuma lâmpada vermelha de 15W em uma boquilha. Encaixe o fio no cone (neste fioé preciso um interruptor). Dobre uma folha de papel celofane vermelho 8 vezes efixe na base do cone com fita crepe. O fio deste spot improvisado deve ser osuficiente para ficar aproximadamente 1,5 m de distância das bandejas.

Revelação das fotos:Os químicos necessários na revelação são: REVELADOR, STOP E FIXADOR * Revelador - faz com que a imagem apareça.Tempo de revelação: de 1 ½ min.Obs: quando este escurecer e ficar cor de mate, deve-se substituir.

* Stop - serve para interromper a ação do revelador.Tempo de interrupção: 30 seg.

* Fixador – fixa a imagem permanentemente no papel ou filme.*Tempo de fixação: 5 a 7 min, se já for usado.

Obs:quando começar a branquear. Deve-se substituir.* Lavar por 5 min em água corrente.

Passo-a-passo para fazer as suas fotografias artesanais

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Quantas pessoas sabem o que é? Sim – 8 pessoas Năo – 0 pessoas

Doenças citadas: Malária – 4 pessoas Dengue – 7 pessoas

Doenças de Chagas – 5 pessoas

Febre Amarela – 2 pessoas Leismaniose – 1 pessoa

Quantas pessoas contraíram? Năo – 3 pessoas Sim – 5 pessoas

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“Este recado é para diretora da Escola,e quem está mandando para a diretora se chama Isabela Gonçalves Fernandes.Eu vou mandar para diretora da minha escola Municipal Rural Palma e para minha Tia Marlene.Eu tenho 9 anos e estou no 3º ano.”

ISABELA

“Para minha irmã que sabe o porquê eu escrevo esta carta.Me dedico demais a você. Se você tiver lido esta carta, então

agora cuide desta revista com amor e carinho.DOUGLAS.”

“Oi, meu nome é Lafaiete.Eu quero mandar este recado para todos vocês, principalmente para quem faz sujeira no meio ambiente. Gente, preserve o meio ambiente porque é muito feio ver o meio ambiente sujo. Se quiser ter um bom ambiente, cuide dele, é mais bonito e é bom pra saúde, porque se o meio ambiente estiver sujo faz muito mau pra saúde.PRESERVE O MEIO AMBIENTEO MEIO AMBIENTE É MUITO IMPORTANTE

LAFAIETE”.

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Aos participantes das oficinas,aos professores e aos diretoresda Escola Municipal Casa

Branca, do Colégio EstadualBernardes de Assunçăo, daEscola Rural Palma.

Aos moradores do assentamentoSonho Realizado.

A ar ec m od e stng i

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