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Ribeirão Preto SP Julho - 2014 Ano 7 - Nº 73 R$ 10,00 Evento da CanaMix irá discutir integração do marketing com setor de TI Para melhorar produção, setor sucroenergético aposta em pesquisas que resultem em novas tecnologias para plantio e manejo CADERNO TERRA & CIA: “Favela” promove inclusão de agricultores em quatro estados MUDAS SADIAS Energias: Eletricidade da cana pode compensar falta de água nos reservatórios Novos negócios: Fenasucro lança programa para receber principais compradores Intensidade e foco: 95 mil pessoas movimentam R$ 700 milhões na Agrobrasília CM73.indd 1 26/09/2014 12:43:28

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1REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014

Ribeirão Preto SPJulho - 2014Ano 7 - Nº 73R$ 10,00

Evento da CanaMix irá discutir integração do marketing com setor de TI

Para melhorar produção, setor sucroenergético aposta em pesquisas que resultem em novas tecnologias para plantio e manejo

CADERNO TERRA & CIA: “Favela” promove inclusão de agricultores em quatro estados

MUDASSADIAS

Energias:Eletricidade da cana pode compensar falta de água nos reservatórios

Novos negócios:Fenasucro lança programa para receber principais compradores

Intensidade e foco:95 mil pessoas movimentamR$ 700 milhões na Agrobrasília

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REVISTA CANAMIX | JULHO | 20142

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3REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014

Durante séculos, o setor sucroenergético brasileiro sustentou e conviveu com práticas ar-caicas, como um trabalho extremamente desgastante nas lavouras e as temidas queima-das. Temidas porque, em épocas de tempo seco, como a que estamos vivendo agora,

contribuíam para a ocorrência de problemas respiratórios. A partir das décadas de 70 e 80, passou a ser visto, também, com mais desconfiança,

por causa da polêmica envolvendo a oferta de etanol aos consumidores, que apostaram no pro-duto, trocando seus carros a gasolina por veículos a álcool, e acabaram ficando na mão. Não bastasse isso, os especialistas em economia sempre alertaram para o risco de uma região ba-sear suas atividades agrícolas na monocultura. Uma mexida no cenário financeiro mundial po-deria abalar toda uma estrutura construída.

Pois bem. O setor chegou a um momento em que enfrenta uma das piores crises de sua história, maior do que as críticas por todas essas questões citadas. E “crise” pode ser toma-da, para inúmeros estudiosos, como sinônimo de “oportunidade”, “transformação”. É nas ins-tabilidades que se concebem saídas, já que se torna urgente encontrar alternativas para enfren-tar as adversidades.

Tanto que é possível perceber que os empresários, pesquisadores e outros agentes en-volvidos com a produção de cana-de-açúcar e seus subprodutos nunca se mobilizaram tanto para reposicionar seus negócios. A necessidade de reduzir custos, por exemplo, e aumentar a produtividade são potenciais medidas a serem tomadas para que o setor não dependa tanto das decisões administrativas governamentais. Congressos, encontros e demais iniciativas para reu-nir os representantes do ramo canavieiro têm sido mais agitados, intensos, fervorosos.

Nessa linha de reflexão, esta edição da CanaMix traz um belo exemplo do que pode signi-ficar a tal “oportunidade” ou “transformação”. Tida como divisor de águas no setor, a criação de novos métodos que permitam a utilização de mudas sadias, livres de pragas e doenças, é tema de estudos em universidades e instituições de pesquisa, para que se garanta uma matéria-pri-ma de excelente qualidade.

O tema da reportagem especial, da capa deste exemplar que você tem em mãos, desper-ta, ainda, para a exigência de um trabalho coletivo, colaborativo e contínuo, do setor com a es-fera pública e com a sociedade civil, para que se elaborem não só soluções para os problemas, mas para que seja viável a construção de uma nova história, com uma imagem de total credibi-lidade e sem qualquer desconfiança.

O investimento em pesquisa, em avanço do conhecimento, parece ser uma luz que a sucroenergia demanda para atravessar a turbulência. Se os benefícios não ficarem restritos, se forem estendi-dos a toda sociedade brasileira, não só o setor sairá ganhando, mas uma nação sedenta de novos tempos. Olhando por esse lado, ire-mos agradecer pelo fato de a crise ter provocado a nossa evolução.

Expediente

Diretor: Plínio CésarGerente de Comunicação: Luciana ZunfrilliGerente Administrativo: Paulo Cézar

RedaçãoEditor Chefe: Igor SavenhagoReportagem: Marcela ServanoColaboração: Alexandre Andrade Lima, Marcos Fava Neves, Plínio Nastari e Rafael Bordonal KalakiFoto da capa: Divulgação/BiosevEditor Gráfico: Thiago GalloArte: Daniel Esteves

Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185 [email protected] Fernando Masson (16) 98271 1119 [email protected] Nilson Ferreira (16) 98109 0713 [email protected] Plínio César (16) 98242 1177 [email protected]

Assinaturas:[email protected]

Eventos:[email protected]

Contatos com a redação: [email protected]

[email protected]

ISSN: 2236-3351

Outras publicações do Grupo AgrobrasilGuia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético

Portal CanaMix

Grupo AgrobrasilAv. Independência, 3146

CEP 14025-230 - Ribeirão Preto - SP(16) 3446 3993 / 3446 7574

www.canamix.com.br

Artigos assinados, mensagens publicitárias e ocaderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista

dos autores e não expressam a opinião da revista.É permitida a reprodução total ou parcial

dos textos, desde que citada a fonte.

Carta ao leitor

Igor Savenhago, [email protected]

Construir uma nova história

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Mudas sadias, com garantia de pureza genética, vigor, rastreabilidade e controle de qualidade, estão sendo desenvolvidas para auxiliar no aumento de produtividade

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5REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014

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REVISTA CANAMIX | JULHO | 20146

Guia de Compras SA

PG ÁREA ADMINISTRATIVA

BANCOS - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

5 SICOOB ......................................16 3456 7407

CONSULTORIA -

ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

31 DATAGRO ..................................11 4133 3944

CURSOS E TREINAMENTOS

23 MOURA LACERDA ......................16 2101 1076

ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES

5 SICOOB ......................................16 3456 7407

FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS

27 MULTIPLUS................................16 2132 8936

SISTEMAS - CONTRA INCÊNDIO

15 ARGUS .......................................19 3826 6670

PG ÁREA AGRÍCOLA

CALCÁRIO E CORRETIVOS DE SOLO

35 VOTORANTIM .............................16 3019 8110

COLHEDORAS DE CANA

24 CIVEMASA .................................16 3382 8222

51 TRACAN .....................................16 3456 5400

COLHEDORAS DE CANA - PEÇAS E SERVIÇOS

51 TRACAN .....................................16 3456 5400

PG ÁREA INDUSTRIAL

CAL VIRGEM - HIDRATADA

35 VOTORANTIM .............................16 3019 8110

CLARIFICANTES

17 PROSUGAR ................................81 3267 4759

DESCOLORANTES

17 PROSUGAR ................................81 3267 4759

EMPILHADEIRAS

24 EMPIZA EMPILHADEIRAS ...........19 3571 3000

MEDIDORES, TRANSMISSORES

DE VAZÃO E NÍVEL

7 DWYLER ....................................11 2682 6633

MOTORES ELÉTRICOS

9 PTI .............................................11 5613 1000

MOTORREDUTORES

9 PTI .............................................11 5613 1000

MULTIPLICADORES

9 PTI .............................................11 5613 1000

PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNCIO

15 ARGUS .......................................19 3826 6670

REDUTORES

9 PTI .............................................11 5613 1000

REDUTORES PLANETÁRIOS

9 PTI .............................................11 5613 1000

SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO

15 ARGUS .......................................19 3826 6670

FUNGICIDAS

52 BASF DO BRASIL .......................11 3043 2273

2 DU PONT ....................................11 4166 8041

HERBICIDAS

52 BASF DO BRASIL .......................11 3043 2273

2 DU PONT ....................................11 4166 8041

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

33 AGRIMEC AGRO .........................55 3222 7710

24 CIVEMASA .................................16 3382 8222

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS -

PEÇAS E SERVIÇOS

33 AGRIMEC AGRO .........................55 3222 7710

24 CIVEMASA .................................16 3382 8222

INSETICIDAS

52 BASF DO BRASIL .......................11 3043 2273

2 DU PONT ....................................11 4166 8041

MATURADORES E REGULADORES

DE CRESCIMENTO

52 BASF DO BRASIL .......................11 3043 2273

2 DU PONT ....................................11 4166 8041

PLANTADORAS DE CANA

24 CIVEMASA .................................16 3382 8222

51 TRACAN .....................................16 3456 5400

PULVERIZADORES

51 TRACAN .....................................16 3456 5400

TRANSBORDOS

24 CIVEMASA .................................16 3382 8222

TRATORES

51 TRACAN .....................................16 3456 5400

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Sumário

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Cana

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Espaço Datagro- Clima favorável nos EUA

propicia produção recorde de milho

Energias Renováveis- Contra a falta d’água

Espaço TI- Vitrine para outros setores

Capa- Melhorias na produção

Marketing & Tecnologia- Profissional da gestão

Eventos- Fenasucro: Espaço para compradores

- Herbishow: Controle

das plantas daninhas

- Agrobrasília: R$ 700

milhões em negócios

- Congresso Andav:

Sustentabilidade em debate

Portal CanaMix- Canaoeste e Orplana organizam

encontro de produtores na Fenasucro

- Usina Raízen, em Caarapó, MS, está

há quase dois anos sem acidentes

- Moagem na Usina São José da Estiva

supera recorde registrado em 2013

- Vianorte organiza 1º Encontro sobre

Impactos Ambientais e de Segurança

- Novo Código Florestal será detalhado

em circuito em Não-Me-Toque, RS

Marketing Canavieiro- Valtra apresenta soluções

em tecnologia na Feacoop,

em Bebedouro, SP

- John Deere é a marca agrícola mais

desejada pelos concessionários

- FMC anuncia novo diretor de

vendas para cana-de-açúcar e H&F

- Alltech Crop Science homenageia o

trabalho dos agricultores brasileiros

- Case IH é homenageada como uma

das marcas mais desejadas do país

Agricultura familiar- ‘Favela’ promove inclusão

Pesquisa- Mapa genético do Marota

Artigo- O agro exportou quase

US$ 10 bi em julho

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Clima favorável nos EUA propicia produção recorde de milho

*Plínio Nastari

A estimativa de safra de milho 2014/15 nos EUA, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos

EUA (USDA), aponta para uma produção recorde nesta temporada, fruto das boas condições climáticas durante o ciclo de plantio. A produção deve alcançar 353,95 milhões de toneladas no ano comercial 2014/2015, um pouco acima do ano ante-rior, quando foram produzidas 353,71 mi-lhões de toneladas.

O recorde na produção se deve ao aumento da produtividade no campo, o que ofuscará a queda do plantio. Ao passo que a área colhida caíra 3,9%, para 34,12 mi-lhões de hectares, o rendimento agríco-la crescerá 4,1%, para 10,38 toneladas por hectare. As projeções de estoques fi-nais domésticos na atual temporada e em 2014/15 foram mantidas, respectivamen-te, em 29,11 e 43,84 milhões de milhões de toneladas.

O volume de milho demandado pela indústria de etanol em 2014/15 será o mes-mo que o do ciclo anterior, de 128,28 mi-lhões de toneladas, ou 36,2% da produção

padrão normal de chuvas no Centro-Oes-te dos EUA nos próximos meses, o que deve descartar a possibilidade de calor in-tenso nos meses que antecedem a colhei-ta. Além disso, a expectativa é que a umi-dade irá contribuir para o desenvolvimento das lavouras. Segundo dados do boletim de acompanhamento de safras do USDA, cer-ca de 76% das lavouras de milho estão em boas ou excelentes condições, 20% apre-sentam condições regulares e 4% estão em condições ruins ou muito ruins.

O preço médio do milho CBOT no mês de junho atingiu uma média de US$ 4,478 por bushel, queda de 32,39% em relação ao mesmo período do ano passa-do, quando o milho foi cotado, em média, a US$ 6,623 por bushel. As condições favo-ráveis nas lavouras norte-americanas têm sido o principal fator de pressão sobre os preços de milho na bolsa de Chicago. A tendência é que o clima favorável limite as altas. Porém, oscilações positivas não são descartadas, em virtude de eventuais irre-gularidades climáticas e maior aquecimen-to nas exportações.

*Presidente da Datagro

total, muito embora a última estimativa para 2013/14 tenha sido revisada para cima de-vido à recuperação do ritmo de produção de etanol no país entre setembro de 2013 e abril de 2014.

Em relação aos estoques mundiais de milho para o ano comercial 2014/15, a projeção subiu de 181,7 milhões para 182,62 milhões de toneladas.

Em abril, as chuvas atingiram um vo-lume médio de 103,38 milímetros em todo o cinturão do milho, 35,8% acima da nor-mal histórica para o mês. As chuvas de abril chegaram a atrasar o plantio. De acor-do com dados do departamento norte--americano, o plantio com o milho havia alcançado apenas 6% do planejado para a temporada no mês de abril, enquanto que, na média dos últimos 5 anos, o percentual de área semeada com o grão era é de 28% para o período em questão. Já em maio choveu 79.75 milímetros, 17,31% abaixo da média histórica. Apesar dos contratem-pos quanto ao ritmo do plantio, a combina-ção de chuvas foi considerada pelos espe-cialistas como ideal para uma safra recorde por favorecer o rendimento agrícola.

As previsões climáticas apontam um

Para Plínio Nastari, o recorde na produção se deve ao aumento da produtividade no campo, o que ofuscará a queda do plantio

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Projeções para os estoques mundiais de milho para o ano comercial 2014/15 subiram de 181,7 milhões para 182,62 milhões de toneladas

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Energias Renováveis

A cana-de-açúcar é uma biomassa que pode ser transformada quase que

totalmente em energia elétrica aproveitável através de processos industriais

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Com informações da assessoriade imprensa B2L Investimentos

A crise de abastecimento no país vem se agravando e a demanda por água aumentou muito nos últi-

mos anos. Com isso, o risco iminente de racionamento vem assustando os brasi-leiros. Levantamento da Agência Nacio-nal de Águas (ANA) revela que seis das principais bacias hidrográficas do país sofrem com escassez de chuva, afetan-do cerca de 40 milhões de brasileiros – 20% da população do país –, de nove es-tados, mais o Distrito Federal.

Diante desse cenário e da crise no setor sucroalcooleiro – com a queda no consumo do etanol –, surge como opor-tunidade a produção de energia elétrica oriunda do bagaço da cana-de-açúcar, utilizado como biomassa.

“O Brasil está em um momento de necessidade de diversificar sua matriz energética, hoje concentrada nas hidrelé-tricas, que respondem por 76% de nossa geração. Dados comparativos mostram que, de 2012 para 2013, houve um cres-cimento de 35% da energia gerada pelas usinas à biomassa, que utilizam bagaço de cana, cavaco de madeira e biogás. As usinas de álcool que comercializam ener-gia elétrica estão auferindo uma recei-ta adicional significativa neste momento em que os valores do Preço de Liquida-ção das Diferenças (PLD) estão em alta”, destaca Danielle Limiro, sócia da B2L In-vestimentos S.A, advogada especialista em bioenergias.

A cana-de-açúcar é uma biomassa

que pode ser transformada quase que to-talmente em energia elétrica aproveitável através de processos industriais. Entre abril e novembro – exatamente o perío-do sem chuvas – é quando geralmente as usinas estão moendo a cana para produ-zir açúcar e etanol e, consequentemen-te, podendo gerar energia elétrica através

da cana para produzir energia, juntas po-deriam gerar 15.300 megawatts (MW), o equivalente a mais do que gera a Usina de Itaipu. Porém, a realidade é que, atualmen-te, esse tipo de energia equivale a apenas 5% do total que é consumido no país.

O gerente em bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar

Contra a falta d’águaEletricidade produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar pode compensar

baixas nos reservatórios e também é alternativa à crise do setor sucroenergético

da queima do bagaço. Este recurso po-deria ser mais bem aproveitado, poupan-do água das represas, no período crítico de estiagem, evitando o risco de raciona-mento de energia.

O Brasil tem condições de produ-zir um volume considerável de eletricida-de por meio da biomassa. Se hoje todas as quase 350 usinas utilizassem o bagaço

(Unica), Zilmar de Souza, revela que só em São Paulo a representatividade da bioeletricidade ofertada à rede elétrica pelas usinas paulistas poderia chegar a quase 50%, se houvesse uma política de incentivo para investimentos nessa fon-te. “Se isto ocorresse, nossa oferta para a rede seria quatro vezes superior à rea-lizada na safra passada e tudo isso com

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Diante da crise do setor sucroenergético, produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana surge como oportunidade

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uma biomassa já existente nos canaviais, apenas promovendo o retrofit (reforma) das usinas e o aproveitamento parcial da palha na geração”, explica.

Um ponto importante também a ser considerado é o papel da bioeletricida-de na produção de etanol, como lembra a especialista da B2L Investimentos S.A. “A produção do álcool combustível está em situação temerária. A dívida do setor já ultrapassou R$ 60 bilhões e houve de-missão em massa de 60 mil empregados devido ao fechamento de pelo menos 60 usinas. O congelamento do preço da ga-solina não torna atraente para o consu-midor a compra do álcool combustível”.

Nesta linha, energia elétrica e eta-nol são produtos sinérgicos e uma polí-tica para estimular a produção de eletri-cidade através da cana-de-açúcar pode alavancar a expansão do combustível no país.

Entretanto, segundo Danielle, ain-da falta a união do setor no sentido de se ganhar maior competitividade e buscar novas soluções para um futuro a curto e médio prazos. Há necessidade urgen-te de uma política setorial bem estrutura-da para que o Brasil atinja o pleno poten-cial dessa fonte renovável e sustentável.

“O Governo Federal deve voltar sua atenção para o setor, como aconte-cia há oito, dez anos atrás. É necessá-ria a criação de um programa contendo uma diretriz de longo prazo para a ma-triz de combustíveis, com metas em rela-ção à demanda e oferta das diversas fon-tes de energia”, afirma a consultora, que sugere, ainda, como soluções viáveis, a criação de uma diferenciação tributária

entre os combustíveis renovável e fós-sil, seja através do restabelecimento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) ou por meio da insti-tuição de outro tributo federal de nature-za ambiental para a gasolina; o estímulo à busca de maior eficiência dos motores de veículos flex no uso do etanol hidrata-do como combustível – aumentando as-sim a competitividade do biocombustí-vel em relação à gasolina; a adequação dos leilões de energia elétrica, viabilizan-do a bioeletricidade oriunda da biomas-sa da cana-de-açúcar através da valori-zação dos atributos ambientais, elétricos e econômicos.

“Desde a descoberta do pré-sal, tem prevalecido um desprezo institucio-nal contra o setor sucroalcooleiro, uma incoerência populista, enquanto os bio-combustíveis são cada vez mais levados a sério em mercados mais livres e desen-volvidos. O setor é muito promissor e eu acredito que a união dos produtores é o melhor caminho, seja para cobrar do po-der público maior incentivo, seja para fa-zer uma revolução na gestão agroindus-trial”, conclui Danielle.

Senar assina acordo com Banco Mundial

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) assinou com o Banco Mundial acordo de repasse de US$ 10,6 milhões do Programa de In-vestimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) para o Projeto ABC Cer-

rado. O projeto, uma parceria do Senar com o Ministério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento (MAPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vai incentivar e difundir a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno econômico manten-do o meio ambiente preservado.

A equipe do banco visitou, no final de julho, duas propriedades no inte-rior de Minas Gerais e a sede da Embrapa Cerrado, no Distrito Federal, para co-nhecer as tecnologias que vão ser utilizadas pelo ABC Cerrado. (Com informa-ções da assessoria de imprensa)

Energias Renováveis

Política setorial bem estruturada poderia ajudar o país a atingir o pleno potencial da cana-de-açúcar para a produção de energia elétrica

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Vitrine para outros setoresEspaço TI

*Coordenação do GATUA

O GATUA completa 11 anos de ser-viços prestados ao setor sucro-energético brasileiro e é hoje um

dos grupos mais atuantes, com um rele-vante histórico de ações em prol das usi-nas de açúcar, considerando o uso da informática a favor de seus diversos pro-cessos internos.

Surgiu com a ideia de constituir um espaço que aproximasse os profissionais de TI das usinas para a troca de experi-

Congresso Anual do GATUA, que será em novembro, em Ribeirão Preto, SP, quer mostrar que fórmula do grupo pode servir a outros ramos da economia

tras usinas, de outros grupos.Essa experiência deu tão certo

que hoje começa a ser observada tam-bém por outros setores da economia bra-sileira. Aproximar os profissionais de TI é tão importante, considerando a rápi-da evolução da tecnologia e suas poten-cialidades, que a proposta do GATUA se apresenta como uma excelente oportuni-dade também às demais empresas. “Por que não poderia haver, por exemplo, um GATIF - Grupo das Áreas de Tecnologia das Indústrias Frigoríficas – ou um GA-

grupo –, como o Elvis Evangelista da Sil-va; o Alexandre Plácido; o Rodrigo Soares; o Gilvan Falcão; o Ogler do Vale; o Vinícius Oliveira; o Reginaldo Torres; o Petrúcio Bar-ros; o Josias Correia; o Fernando Wander; o Eder Fantini; o Rommel Agra, e tantos outros ‘heróis’ que abraçaram a causa do grupo e o fizeram crescer tanto, foi deter-minante para que chegássemos onde esta-mos. Queremos agora alçar voos mais al-tos, de resultados mais qualitativos a todas as usinas associadas e a todo o mercado brasileiro de TI”, diz Barros.

Com esse cenário, e visando ex-pandir os serviços prestados pelo GA-TUA, a 10ª edição do Congresso Anu-al GATUA 2014 será, pela primeira vez, aberta também para empresas de outros setores da economia brasileira, que po-derão participar como congressistas ou-

ências e o compartilhamento de conheci-mentos, uma vez que os mesmos viviam no mesmo isolamento que as usinas ex-perimentam, até por questões geográfi-cas – a usina fica em zona rural, distan-te de outras iguais. Sem contar também os aspectos culturais do setor, em que, para muitas usinas, um funcionário seu era praticamente proibido manter conta-tos e relações com funcionários de ou-

TIC – Grupo das Áreas de Tecnologia das Indústrias Calçadistas, nos mesmos moldes do GATUA?” questiona Carlos Barros, coordenador nacional do GATUA.

É claro que nada se faz sozinho. “A sorte que tivemos no GATUA, de poder contar com valiosas atuações de grandes profissionais – cito alguns, na certeza de esquecer pessoas que também trabalha-ram arduamente para o fortalecimento do

Carlos Barros, o Bill: “Temos que entender que a relação entre usina e fornecedor não pode ser vista como um campo de guerra”

Edição do Congresso Anual do GATUA em 2013: grupo tem 11 anos de serviços prestados ao setor sucroenergético

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vintes. “O foco será sempre apresentar o que existe de mais moderno e as tendên-cias de TI voltadas ao setor sucroenergé-tico. Disso, não abrimos mão. Mas que-remos mostrar que o GATUA pode ser uma fórmula a ser copiada pelos demais setores da economia, enquanto agente que reúne os profissionais de TI para a ajuda mútua frente a uma área de tão rá-pida evolução”, enfatiza Bill, como é co-nhecido Carlos Barros.

Outro grande aspecto que se mos-tra cada vez mais fortalecido no trabalho do GATUA é o de agente moderador entre as diversas demandas constantemente geradas pelas usinas e as inúmeras ofer-tas existentes no mercado de TI. O GA-TUA se apresenta como um intermediá-rio que busca defender os interesses das usinas, ajudando-as, inclusive, a enten-derem as suas necessidades para pode-rem apresentá-las claramente, e também acompanhar o desempenho dos fornece-dores, dando a estes um universo de me-lhorias possíveis em seus produtos e ser-viços, sempre baseado no feedback de

seus próprios clientes.“Temos que entender que a relação

entre usina e fornecedor não pode ser vista como um campo de guerra, onde dois lados opostos se confrontam. De-vem ser parceiros que se ajudam, frente a uma necessidade da usina que deve ser bem atendida por uma solução do forne-cedor. A usina, sozinha, sempre se viu em posto de inferioridade, frente a gigan-tes do mercado de TI, mas, unidas em grupo, ganham uma força enorme, hoje já respeitada por esses mesmos fornece-dores”, enfatiza Bill.

O papel do GATUA vem evoluindo neste sentido, buscando na intermedia-ção entre a demanda e a oferta todos os benefícios possíveis a ambos. Fornece-dores fortes deve ser fruto de clientes sa-tisfeitos – esse é o lema do GATUA.

E o Congresso Anual desse ano será um excelente local para que seja evidenciado como essa relação vem me-lhorando e evoluindo, pois está abrindo espaço para produtos e serviços que an-tes não conseguiam penetração no se-

tor sucroenergético, e também oferecen-do oportunidades para que empresas que já possuam usinas como clientes, mas com desconfortos evidenciados, possam apresentar-se com a postura de corrigir os pontos causadores desses desconfor-tos, em um ambiente de melhoria contí-nua benéfico a todos.

“Teremos este ano um grande e ex-celente evento, sem nenhuma dúvida. É um novo tempo que se inicia para o GA-TUA, que cresce também conceitualmen-te rumo a um futuro de liderança nesta prática de unir as pessoas, de construir pontes e derrubar muros” finaliza Bill.

SERVIÇO:10º Congresso Anual GATUA 2014Centro de Convenções TAIWANRibeirão Preto - SPDias: 25, 26 e 27 de novembro de 2014Informações e inscrições: www.congresso.gatua.com.br

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Melhorias na produção

Centros de pesquisas, universidades e empresas têm se esforçado para

desenvolver e aprimorar novas tecnologias para plantio e manejo da cana-de-açúcar

Viveiro da Basf para desenvolvimento do AgMusa, na Estação Experimental Agrícola da

empresa, em Santo Antônio de Posse, SP

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Da Redação

Uma das mais recentes apostas do setor sucroenergético para me-lhorar a produtividade e a sanida-

de da produção canavieira é a criação de novos métodos de plantio e manejo da la-voura, utilizando mudas livres de pragas e doenças. Grandes empresas e impor-tantes centros de pesquisa têm unido for-ças para isso, que está sendo considera-do um divisor de águas na área agrícola. Especialistas do segmento sucroenergé-tico brasileiro, que luta para sair de uma crise estabelecida desde 2009, esperam uma reação que poderá ser sentida a par-tir de 2015. A mudança no conceito de gestão agrícola chega em boa hora. Hora de inovar.

O Instituto Agronômico de Cam-pinas (IAC), da Secretaria de Agricultu-ra e Abastecimento do Estado de São Paulo, é um dos pioneiros nas pesqui-sas referentes ao sistema de mudas pré--brotadas (MPB), que integra o Progra-ma Cana, com estudos desenvolvidos no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Pre-to, SP. A tecnologia é direcionada a au-mentar eficiência e ganhos econômicos na implantação de viveiros, replantio de áreas comerciais e, possivelmente, re-novação e expansão de áreas plantadas com cana-de-açúcar.

O sistema de MPB permite a redu-ção da quantidade de mudas que vai a campo para o plantio. No sistema con-vencional, um hectare de cana consome de 18 a 20 toneladas de mudas. Já no MPB, este volume cai para duas tonela-das. “Isso significa que pelo menos 18 toneladas que seriam enterradas como mudas irão para a indústria produzir eta-nol e açúcar, gerando ganhos”, observa Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do IAC.

O novo conceito de multiplicação da cana-de-açúcar é considerado um marco para o setor canavieiro, que utiliza

o método convencional de plantio desde a chegada das primeiras canas ao Bra-sil, na primeira metade do século XVI, por volta de 1530. No entanto, não basta ape-nas multiplicar. É preciso fazer isso com sanidade. Para Xavier, o MPB restaura os benefícios fitossanitários da formação de mudas em viveiros, procedimento quase esquecido por conta do crescimento do setor. Dentro deste conceito, as gigantes Syngenta e Basf desenvolveram novos produtos e métodos que prometem esta-belecer uma nova era no plantio e mane-jo da cana-de-açúcar.

A Syngenta apresentou, no início do ano, dois novos produtos voltados para a cana-de-açúcar com a marca Ple-ne. Trata-se de um aprimoramento de um conceito que já havia sido lançado pela empresa. O Plene Evolve (mudas desen-volvidas para viveiros pré-primários) e o Plene PB (mudas pré-germinadas) fo-ram desenvolvidos para auxiliar os pro-dutores a aumentarem a produtividade e a qualidade dos plantios, ao proporcio-nar mudas sadias, garantia de pureza ge-nética, vigor, rastreabilidade, controle de qualidade, além do tratamento exclusivo orientado pela companhia.

Para manter os níveis de produtivi-

dade, grande parte dos produtores de ca-na-de-açúcar optou por replantar a cana a cada cinco anos. A maioria dos agri-cultores ainda utiliza grandes volumes de cana para plantio. No entanto, o canavial formado apresenta qualidade insatisfató-ria. O produto oferecido pela Syngenta é, segundo a empresa, mais flexível e efi-ciente, com qualidade superior relevan-te para ajudar os produtores a construí-rem viveiros de alto desempenho e suprir suas áreas comerciais.

O Plene Evolve traz o conceito de uma nova muda que pode ser mecanica-mente transplantada e acelera a renova-ção da variedade por meio de genética de alta qualidade. Ela pode ser direta-mente multiplicada pelo agricultor com o aumento de pureza genética e produ-tividade. Já a Plene PB é uma muda de cana pré-germinada, produzida em vivei-ros pré-primários da Syngenta, decorren-te do próprio Plene Evolve, e desenvol-vida para ser uma mudança decisiva na produtividade e rendimento dos produto-res, com ou sem viveiros estabelecidos.

De acordo com a Syngenta, o pro-cesso de plantio com Plene PB é sim-ples e pode cobrir áreas maiores com a produção de mudas para serem planta-

O novo conceito de multiplicação é considerado um marco para o setor canavieiro, que utiliza o método convencional desde a chegada das primeiras canas ao Brasil

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das em áreas comerciais. Oferece uma taxa de multiplicação superior, com au-mento de produtividade, vigor e qualida-de. Ele também representa uma solução para falhas de plantio, que ocasiona pro-blemas no que diz respeito ao crescimen-to nos canaviais. Vale lembrar que falhas de 20% em um canavial significam 6% de perda em produtividade.

Para o diretor global de cana-de--açúcar da Syngenta, Daniel Bachner, a plataforma Plene criou uma sensibiliza-ção maior entre os produtores de cana--de-açúcar em relação à necessidade de melhorar sua produtividade por meio do investimento. “Seguindo nossos proto-colos integrados, os produtores podem alcançar um aumento de 10% a 20%

nos rendimentos”, afirma. Segundo ele, as tecnologias impulsionarão um avanço em direção ao compromisso da empresa de aumentar a produtividade da cana em 20% até 2020, sem a utilização de mais terras, água ou insumos.

Os investimentos em pesqui-sas para as soluções em cana-de-açú-car da Syngenta são sustentadas pelo in-vestimento anual global da empresa, de US$ 1,4 bilhão em Pesquisa & Desenvol-vimento (P&D). O foco em cana-de-açú-car, incluindo o desenvolvimento de um território comercial dedicado exclusiva-mente à cultura, possibilitou que a Syn-genta construísse uma proximidade ini-gualável com os clientes, que resultou no crescimento de vendas de proteção da colheita, acima dos 50% ao ano nos últi-mos dois anos.

Parceiros – O projeto da Syngenta conta com a participação de importantes empresas e centros de pesquisa e tec-nologia ligados ao agronegócio nacional, como o CTC (Centro de Tecnologia Ca-navieira), Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucro-energético) e IAC (Instituto Agronômico de Campinas). A parceria tornou dispo-níveis os bancos genéticos dessas ins-tituições para toda a base de clientes da Syngenta.

De acordo com o diretor global de marketing da Syngenta, Adriano Vilas Boas, as parcerias permitem que a em-presa tenha à disposição o que ele consi-dera “o melhor e mais completo portfólio de variedades para o plantio de cana-de--açúcar do mercado. Com isso, reforça-mos nossa oferta de soluções integra-das com tecnologia para o aumento de produtividade e qualidade na produção brasileira de açúcar e etanol”, afirma o executivo.

Entre as variedades do CTC, que serão utilizadas exclusivamente no Ple-ne Evolve, estão a CTC21, que confe-re maior tolerância às principais doen-

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Para Vilas Boas, a parceria da Syngenta com CTC, Ridesa e IAC permite que a empresa tenha “o melhor portfólio de variedades para o plantio de cana do mercado”

Plene PB é uma muda de cana pré-germinada, produzida em viveiros pré-primários da Syngenta, decorrente do Plene Evolve

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ças, e a CTC7, apta ao plantio de inverno. As opções do IAC são a IACSP95-5000, que garante alta produtividade e adapta-ção à mecanização, e a IACSP95-5094, com alto teor de sacarose e floresci-mento raro. Já a Ridesa disponibiliza a RB965902, de alto teor de sacarose e excelente sanidade, e a RB928064, com alto teor de sacarose em final de safra e menor florescimento. As variedades do IAC e da Ridesa estão disponíveis tanto para Plene Evolve quanto para Plene PB.

De acordo com o diretor comercial do CTC, Osmar Figueiredo Filho, “a par-ceria é benéfica por fortalecer ainda mais a presença do CTC nos canaviais brasi-leiros, isso porque teremos mais um ca-nal para não apenas multiplicar nossas variedades sadias, como também en-tregá-las aos nossos clientes”. Figueire-do afirma que as novas ofertas possibi-litarão atender os clientes que antes não tinham acesso a tecnologias específicas para suas necessidades, como aque-les localizados em ambientes produtivos mais desafiadores.

Método Intercalar – A Basf tam-bém apresentou, no final do primeiro se-mestre, o aprimoramento de seu concei-to de desenvolvimento de mudas, plantio e manejo da lavoura de cana, que con-siste na formação de viveiros sadios com o sistema de produção denominado Ag-Musa. A tecnologia objetiva o plantio de mudas sadias com o uso de varieda-des nobres, consorciado às culturas de amendoim ou soja pelo plantio em Meiosi

da cana plantada com mudas sadias com outras culturas. Neste sistema de plan-tio, cada etapa tem sua parcela de res-ponsabilidade pelo sucesso produtivo do canavial.

Azenha afirma ainda que a forma-ção de uma lavoura de cana-de-açúcar a partir de mudas sadias elimina a possibi-lidade de levar pragas como Sphenopho-

rus para a área do canavial em for-mação. O mode-lo também garan-te sanidade em relação a doen-ças como raquitis-mo e escaldadura. “A rotação de cul-turas reduz a pres-são de pragas e

“Além disso, a Meiosi possibilita ao pro-dutor um ganho extra com o cultivo in-tercalar e benefícios técnicos relaciona-dos ao uso do solo, já conhecidos por quem utiliza este método de plantio. Ou-tra vantagem é a sinergia com os quími-cos utilizados para o plantio da cultura de ciclo rápido”.

O ciclo AgMusa ocorre em quatro fases. A primeira etapa para o desenvol-vimento de mudas sadias é a obtenção e multiplicação de variedades em viveiros controlados, com práticas adequadas de manejo que garantam sua identidade ge-nética, rastreabilidade e sanidade. Na se-gunda fase, a muda passa por um pro-cesso industrial de multiplicação, através da extração e brotação de sua gema, e re-cebe tratamento exclusivo para se adap-tar às condições reais de plantio.

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(Método Intercalar de Ocupação do Siste-ma), ocorrendo simultaneamente.

Em princípio, não parece haver no-vidade na tecnologia apresentada. No en-tanto, de acordo com o gerente de ne-gócios AgMusa da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil, Antô-nio César Azenha, a inovação neste mo-delo está na ideia de consorciar a cultura

também contribui para a sanidade e sus-tentabilidade do canavial”.

A formação de viveiros e do cana-vial em Meiosi, segundo Azenha, pode in-crementar a rentabilidade do agricultor, já que o custo por hectare formado é menor e o sistema proporciona um incremen-to de produtividade de 20% a 40% do vi-veiro, dependendo da variedade utilizada.

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Antônio César Azenha: “A rotação de culturas reduz a pressão de pragas e também contribui para a sanidade e sustentabilidade do canavial”

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Na terceira etapa, as mudas brota-das seguem das casas de vegetação para o transplantio sob orientação e acompa-nhamento da Basf, com um equipamen-to específico que confere um plantio de alta qualidade e pegamento. Na última fase, considerando que o manejo é feito de forma correta, o produtor passa a con-tar com mudas para formação de um ca-navial de alto potencial de produtividade.

O empresário e produtor rural Is-mael Perina utiliza o novo sistema de plantio AgMusa desde 2013, em Jabo-ticabal, SP. Ele acompanha o processo de desenvolvimento do sistema desde o início e elogia sua evolução. “Consegui-mos trazer mudas de qualidade, isentas

de pragas, doenças e de algumas plan-tas daninhas que vinham sendo propaga-das quando se utilizava o sistema con-vencional. Além disso, na Meiosi se tem uma redução de custo espetacular. Com a produtividade que ela tem mostrado, se usa muito pouco material pra fazer a pro-pagação, e de uma maneira muito mais rápida. O benefício maior é poder fazer um planejamento e executar exatamente igual o que foi planejado, o que não era possível no outro sistema”.

Ridesa/UFSCar é aliada de peso

O sistema de mudas pré-brotadas para a formação de viveiros sa-dios é uma das grandes novida-

des do setor sucroenergético e tem sido acompanhada com grande expectati-va pelos produtores, que enxergam essa tecnologia como um importante caminho

para o aumento da produtividade dos ca-naviais. A formação de mudas de introdu-ções de novas variedades pelo sistema de gema pré-brotada não ocorre apenas no Brasil. No México, os Grupos Piasa, En-genhos Tres Valles e Adolfo López Ma-teos têm estufas para receber as novas

introduções de variedades e, a partir daí, comercializar aos seus fornecedores.

De acordo com o coordenador do Programa de Melhoramento Genéti-co da Ridesa/UFSCar (Rede Interuniver-sitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético da Universidade Federal de São Carlos), Hermann Hoffman, essa nova tecnologia atende uma importan-te demanda do setor: plantio de melhor qualidade. Em diferentes aspectos, como quantidade de muda gasta, disseminação de doença, sanidade dos viveiros e vigor de desenvolvimento da planta, essa me-todologia traz vantagens. “Ela garante a produção de mudas sadias e, consequen-temente, a formação de um canavial com menos falhas, maior longevidade e mais produtivo”.

Segundo Hoffman, é nessa área de plantio em que mais o setor tem de se de-senvolver. Por isso, a Ridesa/UFSCar está aberta a firmar contratos de licenciamen-to com as empresas que visam oferecer mudas sadias às usinas e produtores de

Ismael Perina: “Na Meiosi se tem uma redução de custo espetacular. Usa-se muito

pouco material pra fazer a propagação, e de uma maneira muito mais rápida”

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Segundo Hoffman, a Ridesa/UFSCar está aberta a contratos de licenciamento com as empresas que visam oferecer mudas sadias às usinas e produtores de cana

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cana-de-açúcar. “Dessa forma, estamos colaborando para o desenvolvimento do setor canavieiro em áreas importantes, como formação de viveiros, o que foi dei-xado em segundo plano por muitos pro-dutores nos últimos anos”.

Por ter essa visão, a instituição fe-chou parceria com a Basf e a Syngenta. “É um serviço importante que essas duas companhias estão prestando aos produ-tores canavieiros”. A Ridesa/UFSCar de-verá firmar contrato com outras empre-sas que também possuem sistemas de produção de mudas sadias de cana-de--açúcar. “Quem quiser multiplicar nosso material, respeitando a propriedade inte-lectual e garantindo sanidade, poderá fa-zê-lo”, complementa Hoffman.

O coordenador assegura, também, que qualquer produtor vinculado a asso-ciações conveniadas à Ridesa e que es-teja interessado em formar um viveiro a partir de mudas sadias terá acesso às va-riedades RB, independente do sistema que utilize. A disponibilidade desse mate-rial em todos os sistemas de mudas sa-dias é fundamental porque essas varie-dades são as mais plantadas pelo setor sucroenergético no país.

No último censo varietal realizado pela Ridesa/UFSCar, em 2013, nos esta-dos de São Paulo (maior produtor nacio-nal de cana-de-açúcar) e Mato Grosso do Sul (5º maior produtor nacional), as varie-dades RB são as preferidas dos produto-

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res de cana. Elas ocupam 65,3% da área total de plantio nos dois estados, além de corresponderem a 59,6% da área de corte e a 60,6% da área de cultivo. Nos três levantamentos, estão à frente das va-riedades CTC, SP, IAC e CV. A pesquisa tem amostra significativa, sendo realiza-da com 120 usinas de açúcar e etanol de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Produzindo em casa – “Os siste-mas de mudas sadias de cana para a for-mação de viveiros só trazem vantagens, pois garantem sanidade, confiabilidade na identidade do material entregue e facilitam aos produtores a se atualizarem mais ra-pidamente quanto as novas variedades disponíveis”, explica Hoffman. Ele acre-dita, inclusive, que as usinas e fornece-dores de cana podem ter bons resultados produzindo suas próprias mudas, adotan-

do todas as técnicas preconizadas.“Em matéria de plantio de cana,

acreditamos que essa é a tendência”, diz Roberto Chapola, pesquisador científi-co da Ridesa/UFSCar. “Por isso, preten-demos futuramente entregar os nossos materiais do Programa de Melhoramen-to Genético da Ridesa/UFSCar por esse sistema, como mudas pré-brotadas. As-sim, evitamos disseminação de pragas, de doenças, ganha-se em confiabilidade na identidade do material entregue”.

Segundo ele, é possível que, já em 2015, a Ridesa/UFSCar possa ofere-cer seus materiais para as usinas e pro-dutores através de mudas pré-brotadas. Pensando nesse projeto, alguns investi-mentos em infraestrutura têm sido feitos desde o ano passado, como na monta-gem de estufas. “Em curto prazo, essa tecnologia de plantio de mudas sadias vai tomar corpo, especialmente para a for-mação de viveiros”, diz Chapola. “Mas, para o plantio comercial, deve demorar um pouco mais para essa tecnologia se estabelecer”.

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As mudas pré-brotadas são produzidas a partir de cortes de canas - minirrebolos -, onde estão as gemas. Em seguida, passam por uma seleção visual, são tratadas com fungicida e distribuídas com identificação em caixas de brotação com temperatura e umidade controladas

Chapola: “Com as mudas pré-brotadas, evitamos disseminação de pragas, de doenças, ganha-se em confiabilidade na identidade do material entregue”

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Marketing & Tecnologia

Profissional da gestãoOferta de dados sobre mercados fez surgir um novo profissional, o gestor de tecnologia de marketing, assunto que será discutido em evento da CanaMix

Da Redação

Algumas tendências são tão inten-sas que não transformam apenas uma indústria, mas todo o traba-

lho daqueles que estão inseridos em sua dinâmica. A digitalização do marketing e do consumo é uma dessas tendências e, com a contínua expansão da disponibili-dade de dados sobre mercados e consu-mo, torna o trabalho dos gestores de mar-keting cada vez mais analítico. Opiniões subjetivas sobre o que os clientes dese-jam ou quais estratégias de comunicação irão funcionar estão sendo substituídas

pela análise técnica de massivas quanti-dades de dados.

Todo este cenário fez surgir a ne-cessidade de um novo e multidisciplinar profissional: o gestor de tecnologia de marketing, que o mercado tem chamado de Chief Marketing Technology Officer, ou CMTO.

Em fevereiro deste ano, a mundial-mente conhecida consultoria de negócios GARTNER publicou uma previsão de que, em 2017 os CMOs (Chief Marketing Offi-cer) irão gastar mais em TI do que os pró-prios CTOs (Chief Technology Officer). Na realidade, os orçamentos de marke-

ting para TI já são semelhantes aos or-çamentos exclusivos de TI para a maioria das organizações e estão crescendo rapi-damente. Usualmente, aceita-se o bench-marking de aproximadamente 3,5% de in-vestimento em TI e 10% em marketing de todo o orçamento anual das organizações e, atualmente, aproximadamente 5,5% destes orçamentos já são dedicados a ações de marketing de alta tecnologia.

Muito desse aumento de orçamento está sendo direcionado a tecnologias que ajudem os profissionais de marketing na análise, automação e tomada de decisão. O Quadro 1 mostra como os profissionais

Evento será no Hotel Taiwan, em Ribeirão Preto, SP, e irá debater a integração do marketing com o setor de Tecnologia da Informação

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de marketing estão utilizando a tecnologia em suas organizações:

Todas estas tecnologias requerem

habilidades com números e competências em estabelecer rotinas lógicas e estrutura-das, que tradicionalmente não eram exigi-

das dos profissionais de marketing. É dai que vem a necessidade deste profissional híbrido entre o marketing e a tecnologia da

Quadro 1 – Aplicação da Tecnologia da Informação no marketing das organizações

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informação (CMO/CTO), que está sendo chamado no mercado de CMTO. E, além de esperar que esses profissionais domi-nem toda esta tecnologia, o mercado exi-ge que estes sejam capazes de tomar de-cisões sobre a compra de tecnologias. O Quadro 2 mostra o papel atual, como to-mador de decisão de compra de tecnolo-gia, dos profissionais de marketing.

De forma resumida, o Quadro 2 in-dica que, em média, 30% das tecnologias e serviços relacionados ao marketing são comprados diretamente pelos seus ges-tores e que estes, ao mesmo tempo, in-fluem em pelo menos 50% das decisões.

Isto mostra que não se espera mais que os executivos de marketing sejam apenas tecnologicamente proficientes, mas que eles sejam capazes de guiar es-trategicamente a organização e não mais apenas cuidar da execução operacio-nal, sendo que o nível de responsabilida-de exigido na contratação de fornecedo-res de tecnologia para o marketing já é o mesmo daquele relacionado às mais tra-dicionais funções do marketing nas orga-nizações: gestão de marketing, comuni-cação e gestão dos fornecedores.

De forma pragmática, espera-se que o profissional de marketing possa,

neste momento, atuar decisivamente em dez cenários fundamentais:

1. Gestão das tecnologias disponíveis;

2. Alinhamento dos canais transversais de comunicação;

3. Entrega coordenada de mensagens em canais múltiplos;

4. Entrega mais relevante de anúncios;

5. Medir a performance de marketing;6. Transformar os dados das mídias

sociais em estratégias reais;7. Atender às necessidades

estratégicas da organização;8. Integrar as ações dos

departamentos de marketing e Tecnologia da Informação;

9. Habilitar o marketing ágil;10. Preparar o ambiente interno para

as novas tecnologias que estão em constante desenvolvimento.

Este é um momento de transição e, consequentemente, de desafio, em que a fusão entre o marketing e a tecnologia da informação irá criar novos processos de negócios dentro das organizações, com muito mais abrangência e influên-

cia do que estes departamentos tinham individualmente.

A Agroccom, entendendo este de-safio, está modificando o seu modelo de negócio para atender as demandas espe-cíficas da indústria sucroenergética e de-seja convidá-lo para o evento “O domínio do marketing sobre a Tecnologia da Infor-mação: uma tendência já consolidada e que traz novos desafios e oportunidades profissionais”, com o Prof. Dr. Nelson Ma-rinelli Filho, um profissional com mais de 20 anos de experiência em inovação den-tro da indústria nacional e internacional, que, neste evento, irá contextualizar este cenário de mudança, quais as alternativas de ação seguras e como implementá-las.

SERVIÇO“O domínio do marketing sobre a Tec-nologia da Informação: uma tendên-cia já consolidada e que traz novos de-safios e oportunidades profissionais”Local: Hotel Taiwan – Ribeirão Pre-to, SPDia: 01/10/2014Horário: 16hEncerramento com coquetel

Quadro 2 – O papel dos gestores de marketing na tomada de decisão para alocação de investimentos em Tecnologia da Informação

Marketing & Tecnologia

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Premium Club, lançado pela Fenasucro, facilita negócios, oferece serviços exclusivos e identifica os principais clientes da indústria sucroenergética

Espaço para compradores

Com informações daassessoria de imprensa

Fomentar a geração de negócios, re-ceber de forma diferenciada os visi-tantes que pretendem fechar negó-

cios durante o evento e garantir visitação qualificada são as principais vantagens do Premium Club, programa que a Fena-sucro disponibilizará aos principais com-pradores do setor sucroenergético em sua 22ª edição, que acontece de 26 a 29 de agosto em Sertãozinho, SP. Considerada o maior evento do segmento do mundo, a feira é realizada pelo Centro Nacional do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) e promovida pela Reed Exhibi-tions Alcantara Machado.

dores de alto poder de compras e trazer um público realmente especializado para a feira. Esperamos mais de 300 compra-dores só com o programa”, afirma Ga-briel Godoy, diretor da Fenasucro.

Para facilitar a negociação durante a visita aos estandes, a credencial possui uma cor diferenciada – preta – para que os expositores identifiquem os potenciais clientes para seu negócio.

A 22ª Fenasucro terá cerca de 550 expositores e espera receber mais de 33 mil visitantes. A feira é o maior even-to mundial em tecnologia e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético. Trata-se do prin-cipal encontro que reúne toda cadeira produtiva da cana-de-açúcar, no Pavi-

O Premium Club é um programa mundial da Reed Exhibitions, em que as maiores feiras recebem seus comprado-res de modo especial. Os benefícios para quem integrar o programa são: creden-cial especial e antecipada, entrada exclu-siva, estacionamento gratuito para um dia de evento, acesso exclusivo à ceri-mônia de abertura da Fenasucro, internet gratuita na área reservada a eles, guarda--volumes e área de descanso com servi-ços de alimentos e bebidas.

Todos os convidados receberão sua credencial antecipadamente e serão previamente contatados através de tele-marketing para confirmação de sua pre-sença. “O Premium Club é uma forma de estreitar relacionamentos com compra-

Eventos

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A 22ª Fenasucro terá cerca de 550 expositores, ofertando as novidades em máquinas e implementos para grandes compradores

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lhão de Exposições Zanini.O evento tem como objetivo apre-

sentar as mais novas soluções, tecno-logias e serviços para alavancar a pro-dutividade e elevar a eficiência do setor sucroenergético, nas seguintes áreas: ar-mazenamento, agricultura, produção in-dustrial, caldeiraria, automação, logís-tica, petróleo e gás, construção civil, engenharia, e energias renováveis.

Outras novidades – Neste ano, a infraestrutura do Centro de Eventos Zani-ni foi revitalizada, acompanhando o cres-cimento da Feira de Tecnologia Sucro-

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Cana

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Mais de 33 mil visitantes devem passar pela feira, a maior do mundo em tecnologia e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético

Godoy: “O Premium Club é uma forma

de estreitar relacionamentos

e trazer um público realmente

especializado para a feira”

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energética. A 22ª edição apresentará o Espaço de Conferências Fenasucro, ane-xo ao pavilhão dos expositores, que se-diará a maioria das palestras, debates, conferências, entre outros eventos de conteúdo, e deve atender mais de 1.600 convidados. O local conta com estrutu-ra para coffee break, banheiros, área VIP, deck com paisagismo e credenciamento.

Já o Espaço Orquídeas será dire-cionado para receber os convidados VIPs da feira e dos parceiros. Outro destaque é o Estande das Novidades, onde estarão concentradas as descrições e imagens dos principais lançamentos da Fenasu-cro, facilitando a busca dos comprado-res junto aos estandes dos expositores.

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Eventos

Controle das plantas daninhas13ª edição do Herbishow, em Ribeirão Preto, SP, discutiu estratégias de combate

a essas invasoras dos canaviais, que podem comprometer a produtividade

Com informações daassessoria de imprensa

Promovida pelo Grupo IDEA, a 13ª edição do Herbishow – Seminá-rio sobre o Controle de Plantas Da-

ninhas na Cana-de-Açúcar –, foi realiza-da no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, SP, nos dias 28 e 29 de maio. Em pauta, como tema principal, o controle de plantas daninhas sobre a cultura da cana, um dos principais fatores ligados à pro-dutividade agrícola.

A grande diversidade e adaptabi-lidade dessas invasoras requer alta es-pecialização para conseguir seu efetivo controle e, para tanto, os técnicos e pro-fissionais que militam na área precisam sempre estar atentos e se manter atua-lizados. As trocas de experiências cola-boram para a importância do evento no contexto da cana-de-açúcar.

O Herbishow apresentou, este ano, casos de sucesso no combate a grandes infestações em diferentes ambientes de produção, novas pesquisas com produ-

tos químicos, biologia de plantas dani-nhas, avanços tecnológicos em sistemas de pulverização, além das últimas novi-dades do mercado para o combate às plantas nocivas aos canaviais. O evento é conhecido por apresentar soluções bas-tante práticas para o cotidiano dos pro-fissionais que trabalham no controle das plantas daninhas.

O advento da colheita de cana sem a queima prévia (cana crua) e o impac-to da palha sob os canaviais está favore-cendo a seletividade e o aparecimento de novas plantas infestantes, o que tem ge-rado novidades nesta área todos os anos.

No primeiro dia de evento, além da abertura, que teve o discurso do presi-dente do Grupo IDEA, Dib Nunes Jr, os participantes assistiram às palestras so-bre manejo de plantas daninhas na ca-na-de-açúcar, seletividade de herbicidas, importância da redução do banco de se-

As trocas de experiências colaboram para a importância do Herbishow no contexto da cana-de-açúcar

O Herbishow apresentou, este ano, casos de sucesso no combate a grandes infestações em diferentes ambientes de produção

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mentes para a longevidade dos canaviais, resultados de COACT no manejo de plan-tas daninhas no canavial, soluções da Syngenta para a mato-competição, im-portância de um banco de dados e como explorar, ao máximo, informações sobre matologia, eficiência do Flumyzin, da Iha-ra, no controle de folhas largas e estrei-tas com seletividade para cana de açú-car, manejo e práticas de controle, além da evolução e do posicionamento do her-

bicida Dinamic, da Arysta LifeScience, nos últimos 10 anos.

Já no dia 29, os temas foram ma-nejo de folhas largas de difícil contro-le com o uso do Heat, da Basf, solução inteligente para o manejo de folhas lar-gas e folhas estreitas com aplicação de Plateau, da mesma empresa, atualização no manejo de plantas daninhas na cana de açúcar, gestão estratégica do controle de plantas daninhas, a evolução do Weed

Seeker, da Herbicat, para catação quími-ca na cana-de-açúcar e práticas de su-cesso para manejo e controle de plantas daninhas.

O Herbishow foi encerrado com um debate sobre a ajuda ou não da palha no controle das plantas daninhas, que con-tou com a participação de Edson Baldan Jr. (Grupo São Martinho), Herbert Del Pe-tri (Grupo Noble) e José Cristóvão Mo-messo (Usina Coruripe).

O evento é conhecido por apresentar soluções bastante práticas para o cotidiano dos profissionais que trabalham no controle das plantas daninhas

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Com informações de RafaelWalendorff/Assessoria de Imprensa

Fotos: Tiago Oliveira

Intensidade e foco são palavras que de-finem bem a AgroBrasília 2014, reali-zada de 13 a 17 de maio. Foram cinco

dias de movimentação intensa do públi-co no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, com interesse direto de conhecer novas tecnologias e efetivar negócios. Segundo balanço da organização, 95 mil pessoas visitaram o evento. As compras de má-quinas, equipamentos e insumos agríco-

las movimentaram cerca de R$ 700 mi-lhões, superando as expectativas iniciais da coordenação da feira. Intercâmbios in-ternacionais, seminários técnicos e a agri-cultura familiar foram destaque este ano.

O presidente da Cooperativa Agro-pecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), Leomar Cenci, exaltou os números e afirmou estar surpreso com o total de visitantes e de negócios fecha-dos. Ele ressaltou a qualidade da organi-zação da feira este ano, que acolheu com segurança o público visitante, exposito-res e trabalhadores do evento. “A Agro-

Brasília 2014 foi um sucesso. Mas a fei-ra de 2015 já começa amanhã para nós. A maioria dos expositores já confirmou presença e, para o ano que vem, teremos talvez um problema de falta de espaço”.

O levantamento feito junto às ins-tituições financeiras que participaram (Banco do Brasil, Banco Regional de Bra-sília e Caixa, além das cooperativas de crédito Sicredi e Sicoob) aponta para a efetivação de negócios na ordem de R$ 620 milhões só no decorrer do evento. Nos dias seguintes à Agrobrasília, o vo-lume aumenta, com a concretização de

R$ 700 milhões em negóciosAgrobrasília 2014 recebeu 95 mil visitantes em parque tecnológico e

apresentou novas tecnologias, com destaque para a agricultura familiar

Eventos

Parque Tecnológico Ivaldo Cenci ficou movimentado durante os cinco dias de evento da Agrobrasília 2014

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Sucesso do evento foi atribuído ao governo, aos bancos,aos agricultores e às pessoas que trabalharam na organização

vendas iniciadas na feira, devendo che-gar a R$ 700 milhões. O número de li-berações de financiamentos oficializadas nesses dias, porém, não reflete a movi-mentação total da AgroBrasília, já que muitas empresas possuem bancos pró-prios e alguns produtores negociam de forma diferenciada.

O balanço parcial do Banco Regio-nal de Brasília (BRB) indica a liberação de R$ 9,7 milhões só para a agricultu-ra familiar e mais R$ 280 milhões para agricultores de médio e grande porte. O

diretor de Desenvolvimento, Governo, Crédito Imobiliário e Agronegócio, Ro-naldo Borges de Souza, afirmou que o montante superou a meta, que era de R$ 200 mi. Ele atribui o sucesso a três fato-res principais: ao governo, que tem cria-do linhas de financiamento adequadas e atrativas, aos bancos, que têm liberado o crédito e ampliado sua atuação junto ao setor rural, e ao produtor. “O agricul-tor forma um público cada vez mais es-pecializado, mais antenado, mais interes-sado em investir pesado. Este é o perfil deste segmento e é um dos fatores que movem o setor”, destacou. Souza tam-bém elogiou o crescimento da feira. “A AgroBrasília existe há apenas sete anos,

mas já tem uma força imensa. Isso se deve ao trabalho das pessoas que fazem o evento, organização, empresas, e, cla-ro, o produtor.”

Para Cenci, o empenho dos funcio-nários e associados da Coopa-DF, além de todos os parceiros, contribui significa-tivamente para garantir a grandiosidade da AgroBrasília. “O que plantamos nes-ses dias agora nós colhemos. Reconhe-ço todas as pessoas que se esforçaram pra que a feira acontecesse. Somos pou-cos sócios, mas é uma família que traba-lha; poucas pessoas, mas de uma com-petência fora do sério”.

Principais empresas de máquinas e implementos agrícolas expuseram novidades e prometeram voltar em 2015

Público conheceu a força do agronegócio do cerrado no evento, que chegou ao seu sétimo ano de existência

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Com informações daassessoria de imprensa

O mercado brasileiro de insumos agrícolas, saúde e nutrição ani-mal movimenta 60% do negócio

de proteção de cultivos, com faturamen-to superior a R$ 21 bilhões por ano, em-pregando mais de 10 mil funcionários di-retos, além dos indiretos.

Eventos

Sustentabilidade em debateCongresso da Andav debate reciclagem de embalagens vazias de defensivos

agrícolas, que soma 40 mil toneladas, quase 100% do total usado no país

Este setor, de grande potencial tec-nológico e com olhar voltado para a inova-ção, também prima pela sustentabilidade. Exemplo disso é o sistema de recebimen-to de embalagens de defensivos agrícolas, que hoje recolhe cerca de 40 mil tonela-das, o que representa cerca de 94% do to-tal usado em 25 estados brasileiros.

Os agricultores adquirem os defen-sivos agrícolas em mais de cinco mil dis-

tribuidores e se responsabilizam pela la-vagem e inutilização das embalagens pós-consumo para, então, enviá-las às unidades de recebimento. De lá, as em-balagens seguem para seu destino final, que pode ser a incineração (8%) ou a re-ciclagem (92%).

A sustentabilidade, assim como o desenvolvimento do setor, sua qualifica-ção, soluções logísticas, novas tecnolo-gias em gestão de negócios e de pes-soas, processos de sucessão familiar, grandes cases de fusão e aquisição, en-tre outros temas, serão abordados no IV Congresso ANDAV – Fórum e Exposição, que será realizado entre os dias 18 e 20 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, SP. O evento é uma reali-zação da Associação Nacional dos Distri-buidores de Insumos Agrícolas e Veteri-nários (ANDAV) e da Clarion Events.

SERVIÇO:IV Congresso ANDAV – Fórum e ExposiçãoData: 18 a 20 de agosto de 2014Horários de exposição: Dias 18 e 19, das 10h às 20h, e dia 20, das 10h às 18hHorários do congresso: Dia 18, das 14h às 19h, dia 19, das 7h30 às 19h, e dia 20, das 7h30 às 13h Local: Transamerica Expo CenterEndereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo, SPMais informações: http://www.congressoandav.com.br/index.php.

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Da redação

O XIV Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar, or-ganizado pela Associação dos Plantadores de Cana do

Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) e pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orpla-na), deverá receber mais de 500 agricultores e autoridades no Espaço Conferências Fenasucro, no dia 29 de agosto. O even-to tem o intuito de reunir a classe produtiva do setor canaviei-ro, parlamentares e líderes de classe envolvidos no segmento para debater os mecanismos estratégicos para o futuro da ca-na-de-açúcar e seus subprodutos.

As duas entidades organizadoras do encontro repre-sentam, juntas, cerca de 20 mil fornecedores de cana da re-gião Centro-Sul, sendo a Orplana ligada a 34 associações de fornecedores de cana e a Canaoeste, que tem 12 escritórios regionais, atuação em 78 municípios, tendo 36 unidades in-dustriais envolvidas.

A Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fe-nasucro) será realizada entre os dias 26 e 29 de agosto, em Sertãozinho, SP.

Confira outros destaques do mês no Portal CanaMix.

Usina Raízen, em Caarapó, MS,está há quase dois anos sem acidentes

O setor sucroenergético, assim como outros segmentos da economia brasileira, se mantém em constante evolução

para oferecer produtos e serviços com qualidade e eficiência. Tendo em vista o aumento da produtividade, boas práticas são aplicadas em todos os ambientes de trabalho – do campo ao comércio –, fortalecendo a segurança das operações e dos funcionários da companhia. Diante desta perspectiva é que a Raízen ganha destaque por intermédio da unidade de produ-ção localizada em Caarapó, MS, que se prepara para alcan-çar um ótimo índice neste âmbito – dois anos sem acidentes.

De acordo com Eduardo Willian Rodrigues, engenhei-ro de Segurança do Trabalho da unidade, a companhia con-ta com o comprometimento de todos os seus funcionários para questões de segurança do trabalho e saúde ocupacional e afirma que este índice é resultado da aplicação do Sistema

Integrado de Gestão das Operações (SIGO), uma ferramenta interna que tem como objetivo identificar, mitigar e registrar ações inseguras. “Para a companhia, segurança é um valor e trabalhamos para que ele esteja intrínseco no DNA de cada funcionário”.

Moagem na Usina São José da Estiva supera recorde registrado em 2013

A Usina São José da Estiva registrou novo recorde de moa-gem de cana. A marca de 18.227 toneladas de cana mo-

ídas foi alcançada no dia 10 de agosto, depois de um regis-tro significativo na véspera: 17.840 toneladas. A quantidade de cana moída no dia 10 superou a melhor marca da safra 2013/2014, registrada no dia 16 de agosto do ano passado, que foi de 18.154 toneladas esmagadas.

Segundo Edgar Tsunoda, gerente de Área de Manuten-

Canaoeste e Orplana organizam encontro de produtores na Fenasucro

Tempo firme ajudou a unidade a atingir, no dia 10 de agosto, um total de 18.227 toneladas de cana moídas

Índice se deve ao resultado da aplicação, na unidade,de um sistema integrado para gestão de operações

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Sugestões através do e-mail [email protected]

Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix

ção e Utilidades, vários fatores contribuem para este desem-penho. “Os bons números são resultado de um trabalho de equipes que estão no agrícola, na logística e aqui na indús-tria”, apontou. O tempo firme, que não provoca paradas na re-tirada de matéria-prima da lavoura, também tem ajudado no ritmo de moagem da indústria.

Vianorte organiza 1º Encontro sobre Impactos Ambientais e de Segurança

A busca por ações que previnam, principalmente, acidentes e incêndios nas rodovias e nas suas margens foi um dos

principais aspectos apontados pelos participantes do “1º En-contro Regional sobre Impactos Ambientais e de Segurança, Boas Práticas e Ações dos Envolvidos no Setor Sucroenergé-tico”, como medida para minimizar o impacto do transporte e da produção de cana-de-açúcar. O evento, organizado pela Vianorte (Arteris), foi realizado no dia 12 de agosto, no Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho, SP, e contou com mais de 60 pessoas.

A redução de acidentes envolvendo caminhões cana-vieiros é parte do trabalho desenvolvido pela Vianorte junto às usinas. Os casos diminuíram cerca de 50% nos últimos anos, passando de 33 em 2010 para 16 em 2013. O núme-ro de vítimas fatais também caiu no período, passando de três para um.

“Este encontro teve a função de levantar sugestões de posturas para todos adotarmos. Mas nosso trabalho não ter-

mina aqui. Temos que manter as discussões, estreitar as rela-ções e fazer campanhas, ações, o que avaliarmos necessário para que haja resultados efetivos na prevenção e no combate, seja de acidentes ou de incêndios. O que importa nisso tudo é privilegiar a vida nas rodovias e no campo”, afirmou o gerente de operações da Vianorte, Luciano Louzane.

Novo Código Florestal será detalhado em circuito em Não-Me-Toque, RS

Os efeitos do Novo Código Florestal, aprovado em 2012 e regulamentado este ano, serão sentidos a partir de 2015.

O texto traz uma série de exigências para os proprietários de imóveis rurais, que terão de se adequar às regras até dezem-bro. “É preciso prestar atenção para as obrigações dentro do prazo legal. Do contrário, haverá consequências negativas para quem não cumprir a nova lei”, diz Albenir Itaborai Queru-bini Gonçalves, especialista em Direito Ambiental.

O detalhamento das medidas, principalmente das que tratam sobre Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e dos percentuais mínimos de Reserva Legal (RL), será um dos pontos altos da 5ª etapa do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, que chega em 9 de setembro para os municí-pios do Alto Jacuí, uma das mais importantes regiões produ-toras do Rio Grande do Sul. Promovido pelo Instituto de Edu-cação no Agronegócio (I-UMA), em parceria com lideranças empresariais, o encontro será no auditório Expodireto/Cotrijal, das 13h30 às 17h, em Não-Me-Toque, RS.

Etapa anterior do Circuito de Gestão de Inovação do Agronegócio: em setembro, debate será sobre Novo Código Florestal

Iniciativa da Vianorte teve como objetivo minimizar o impacto do transporte e da produção de cana-de-açúcar

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Marketing Canavieiro

No momento em que o Brasil enfrenta uma alta de preços nos insumos agrícolas, a FEACOOP (Feira de Agronegó-cios Coopercitrus Sicoob Credicitrus) surge como um ca-

minho para o produtor interessado em ter acesso às inovações a fim de aumentar a rentabilidade e diminuir custos operacio-nais. Por isso, a Valtra, marca do grupo AGCO e uma das líde-res no mercado de máquinas agrícolas nacional, leva ao evento soluções e tecnologias que vão aprimorar o trabalho no campo, como é o caso dos tratores da Série A Geração II e dos modelos de segmento estreito, que fazem parte da nova Série A Fruteiro.

Os visitantes que passarem pela feira, que será realizada entre 5 e 7 de agosto de 2014, na Estação Experimental de Ci-tricultura de Bebedouro, SP, vão ter acesso aos lançamentos da Série A Geração II, nas versões A650 (66cv), A750, (78cv), A850 (85cv) e A950 (96cv). Os modelos apresentam sistema de injeção com bomba em linha, que proporcionam menor con-sumo de combustível e baixo custo de manutenção, além de novo sistema de fixação dos radiadores com trilhos, que facili-ta as limpezas periódicas. Outra novidade é a direção regulável, com ajustes de altura e profundidade, ou seja, agora o volante é bem mais ergonômico e garante conforto ao operador.

Também será possível conhecer a nova série A Fruteiro, que está com design mais moderno e arrojado. Ao todo, são quatro novos modelos do segmento estreito. São eles: A650F (66CV),

Valtra apresenta soluções em tecnologia na Feacoop, em Bebedouro, SP

A750F (78cv), A850F (86cv) e o A950F (94cv) – este o mais potente trator da categoria. A Série A Fruteiro também apresen-ta novo sistema de injeção, com bomba em linha, que proporcio-na menor consumo de combustível e baixo custo de manutenção. Uma das novidades dessa nova linha é o sistema de acionamen-to hidráulico da TDP, que garante suavidade na liberação da em-breagem, evitando trancos e aumentando a vida útil dos compo-nentes. Outro item exclusivo é a válvula de fluxo constante de até 58 litros por minuto, única no segmento que está disponível não só para a Linha Fruteiro, mas também para a Série A Geração II.

Já para os canavieiros interessados em tratores de alta potência, a Valtra leva à Feacoop, a Linha BH Geração III, que possui o novo sistema hidráulico HiFlow II, com bomba de va-zão variável de 170 litros por minuto, o maior da categoria. O design moderno, principalmente do novo capô basculante, é um dos diferenciais desta linha, pois facilita a manutenção, melho-rando a rotina do produtor e oferecendo melhor visibilidade no desenvolvimento de suas tarefas. Os modelos também estão disponíveis na versão com cabine HiComfort, que oferecem am-plo espaço interno, menor nível de ruído e novos acionamentos de marchas, ergonomicamente posicionados para exigir menor esforço e movimentação do operador. Ao todo, são 26 novos itens na nova Geração da Linha BH.

Contato: www.valtra.com.br

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Valtra tem tradição em tratores de alta potência para

o setor sucroenergético: novos produtos serão apresentados

na Feira Coopercitrus

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A John Deere foi eleita a marca mais desejada da categoria “Tratores e máquinas agrícolas” no prêmio “A Marca Mais Desejada”, entregue pela Federação Nacional da Distribui-

ção de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, SP.Concessionários de todos os segmentos avaliaram as

marcas de maior destaque em diversas categorias, como auto-móveis e comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus, implementos rodoviários – além do segmento agrícola.

Para a escolha dos vencedores, cada concessionário pôde votar no segmento que representa e também em outras categorias – elencando a primeira, segunda e terceira marcas de sua preferência.

Para Celso Schwengber, diretor de vendas para América La-tina, a vitória em mais este prêmio reforça sentimentos como alta qualidade e vínculo de parceria que a John Deere estabelece com seus clientes. “Ser a mais lembrada mostra o alcance da nossa rede de concessionários, que cobre todas as regiões agrícolas e, claro, presta serviços de qualidade e eficácia e que influenciam na produtividade nos diversos setores em que a empresa atua”.

Com o objetivo de manter o planejamento estratégico de expansão da empresa, de crescer com qualidade e com profissionais capacitados, Marcos Couto Gaio é o mais

novo contratado da FMC Agricultural Solutions e assume a po-sição diretor de vendas para o segmento de cana-de-açúcar e

Marcos Couto Gaio: “Quero contribuir com a minha experiência para alcançar os resultados de crescimento da FMC”

FMC anuncia novo diretor de vendas para cana-de-açúcar e H&F

hortifruti (H&F). No setor de agronegócio, já atua há mais de 25 anos com lideranças de projetos no Brasil e na América Latina.

Gaio é graduado em agronomia pela Universidade Fede-ral de Viçosa, pós-graduado em marketing pela ESPM e pos-sui MBA pela FGV/Ohio University. “Assumi esse novo desafio e atuar com a líder em cana e um dos principais players do mer-cado de H&F, segmentos tão importantes para a companhia, é uma grande oportunidade profissional na minha carreira. Quero contribuir com a minha experiência para alcançar os resultados de crescimento da FMC”.

O diretor geral de Negócios Brasil FMC, Walter Costa, des-taca a importância da contratação do novo diretor. “Para aten-dermos a capacidade de demanda dos nossos clientes e, prin-cipalmente, entender como podemos trazer conveniência com nossas soluções tecnológicas no dia a dia do campo, Gaio será fundamental e contribuirá com a equipe na estratégia de expan-são da companhia”.

Contato: www.fmcagricola.com.br

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John Deere investe cerca de R$ 4 milhões por dia em pesquisas e no desenvolvimento de novos equipamentos e serviços

John Deere é a marca agrícola mais desejada pelos concessionários

Para ser reconhecida, a John Deere investe alto em tec-nologias sustentáveis e fáceis de usar, para que seus clientes obtenham cada vez mais rendimento e eficiência em suas la-vouras, ao mesmo tempo em que preservam os recursos natu-rais do entorno. Globalmente, cerca de US$ 4 milhões por dia são destinados a pesquisas e desenvolvimento, o que resulta na contínua evolução dos equipamentos e serviços.

Contato: www.johndeere.com.br

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Marketing Canavieiro

Em comemoração ao Dia do Agricultor (28 de julho), a All-tech Crop Science presta homenagem à atividade reali-zada por estes verdadeiros heróis do campo, que, diaria-

mente, trabalham para produzir os alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Um trabalho que requer muito sacrifício, dedicação e, acima de tudo, amor pela terra.

Em contato diário com os agricultores em diversas regi-ões do Brasil, a Alltech Crop Science sabe como é a dura roti-na destas pessoas, que não têm fim de semana ou feriados. Por isso, a empresa decidiu realizar uma ação para aumentar o co-nhecimento das pessoas sobre a vida na zona rural. Foram con-vidados três moradores da cidade e que tinham pouco conhe-cimento sobre o trabalho no campo para que visitassem uma propriedade e vivenciassem um dia de agricultor.

A propriedade escolhida foi a do Sr. Onofre Juczoka, 63 anos, produtor de horticulturas em Mandirituba, PR, principal-mente cebola. “Eu trabalho desde os 10 anos na agricultura. A nossa rotina é puxada, são mais de oito horas, às vezes doze horas de trabalho por dia”, diz ele.

Durante a visita, a cebola estava em processo de trans-plante, um trabalho feito de forma totalmente manual por Ono-

A Case IH é homenageada, no segundo ano consecutivo, pela Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) entre as marcas mais desejadas

do Brasil. A revelação dos ganhadores aconteceu na cerimônia de abertura do 24º Congresso Fenabrave, no Expo Unimed, em Curitiba (PR), e posicionou a empresa como segunda colocada na categoria “Tratores e Máquinas Agrícolas”. A condecoração é resultado da votação online feita pela instituição com conces-sionários de todos os segmentos.

A premiação, que foi entregue ao diretor comercial da

Colheitadeira Case IH: pelo segundo ano consecutivo,a marca recebe o reconhecimento em Congresso da Fenabrave

Case IH é homenageada como umadas marcas mais desejadas do país

Case IH no Brasil, César Di Luca, e ao diretor de Marketing para América Latina da empresa, Rafael Miotto, atesta o crescimento da Case IH no mercado nacional, além da preferência de gran-de parte dos empresários atuantes nos mais variados setores da indústria automobilística.

Para César Di Luca, o prêmio é um símbolo de que a empre-sa está no caminho certo. “Ficar entre as empresas mais deseja-das do setor agrícola pelo segundo ano seguido é uma honra muito grande para todo o nosso time e para a nossa rede de concessio-nários. Desde o início, acreditamos que o investimento em tecnolo-gia seria o futuro da agricultura brasileira e, por isso, continuamos crescendo de forma sustentável em toda a América Latina”.

Decidido por voto secreto, o prêmio, que é parte da Pesqui-sa Fenabrave de Relacionamento de Mercado, consiste em cada concessionário escolher as marcas de sua preferência no seg-mento que representa e em todos os demais. Além da catego-ria “Tratores e Máquinas Agrícolas”, os setores de “Automóveis e Comerciais Leves”, “Caminhões e Ônibus”, “Motocicletas” e “Im-plementos Rodoviários” foram anunciados pela Fenabrave.

Contato: www.caseih.com.br

Visitantes da propriedade de Onofre Juczoka, em Mandirituba, PR, colocaram a mão na massa e ajudaram no transplante da cebola

Alltech Crop Science homenageia otrabalho dos agricultores brasileiros

fre e seus filhos e que leva vários dias para ser realizado. Os visitantes tiveram que colocar as mãos na massa e ajudar no processo. Orientados pela família Juczoka, participaram de uma verdadeira aula sobre agricultura e sobre como funciona uma propriedade rural.

Depois de muito suor, o participante Cristian Dieterich, ge-rente de produto, reconheceu como é árduo o trabalho no campo. “Os agricultores fazem isso por amor à terra e ao trabalho. Eles têm de ser valorizados, porque é muito bonito o que eles fazem”.

Contato: www.alltechcropscience.com.br

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‘Favela’ promove inclusão

Mapa genético do Marota

O agro exportou quase US$ 10 bi em julho

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Agricultura Familiar

Com informações da assessoriade imprensa Fundação BB

Uma leguminosa típica do cerrado, conhecida por favela (Dimorphan-dra molles), tem gerado renda e

inclusão social para dois mil agricultores, assentados da reforma agrária, pescado-res, extrativistas e guias turísticos, que vi-vem em 74 municípios dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins.

A favela desperta grande interesse na indústria farmacêutica. De seus frutos, colhidos entre maio e junho, são extraídas substâncias como a rutina, usada no trata-mento do glaucoma e de doenças circula-tórias, e a quercetina, açúcar utilizado em complementos alimentares.

Além de garantir melhora na qualida-de de vida dos agricultores, o projeto Agro-extrativismo Sustentável da Favela, vence-

‘Favela’ promove inclusãoA planta, uma leguminosa muito comum no cerrado, tem sido sinônimo de

renda para agricultores de 74 municípios em quatro estados brasileiros

dor do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social 2007, ajuda a preservar o bioma Cerrado, pois não são utilizados agrotó-xicos no manejo da planta, nem práticas nocivas ao meio ambiente. A tecnologia social foi concebida pelo Centro de Desen-volvimento Agroecológico do Cerrado (Ce-dac) e seus trabalhadores integram a Rede de Comercialização Solidária de Agriculto-res Familiares e Extrativistas do Cerrado (Coopecerrado).

De acordo com a coordenadora do Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac), Alessandra Karla da Silva, o projeto obteve, em 2013, uma su-persafra da favela com quase 300 tonela-das, que correspondem ao rendimento de R$ 367,5 mil. O produto é vendido para empresas do Maranhão e de São Paulo e as substâncias extraídas são exportadas para os Estados Unidos e Bélgica. O Cedac

fez um estudo sobre a estimativa do extra-tivismo da favela e o resultado foi que, só em 2013, o mercado internacional movi-mentou um total de 12 bilhões de dólares.

Com investimento social da Funda-ção BB, o Cedac implementou um centro de formação em agroecologia, em Goi-ânia, GO, que oferece às famílias cursos em manejo de frutos do cerrado, beneficia-mento, produção agroecológica e certifica-ção orgânica. Por ano, mais de 400 pes-soas são capacitadas. A fundação investiu, também, na reaplicação de algumas tec-nologias sociais e na compra de um mi-cro-ônibus, utilizado no transporte dos co-operados durante a realização dos cursos. Além da favela, os agricultores trabalham com outros vegetais do cerrado, como baru, jatobá, pequi e sucupira. No total, são duzentas plantas manejadas, cultivadas e comercializadas pela Coopcerrado.

Da favela, são extraídas a rutina, usada no tratamento de doenças, e a quercetina, que é um complemento alimentar

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Com informações daassessoria de imprensa

Um mapa genético da raça capri-na Marota, que está ameaçada de extinção, será traçado ainda este

ano pela Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte. A ideia desse mapeamento é conhecer o fluxo gênico – passagem de um deter-minado gene de uma geração a outra –, para que os pesquisadores possam con-duzir com mais segurança os trabalhos de melhoramento genético e de conser-vação da raça.

A coleta de material biológico no plantel de conservação de caprinos Ma-rota, formado por 105 animais e manti-do pela Embrapa no município de Cas-telo do Piauí, a 184 quilômetros ao norte de Teresina, PI, começou neste segundo semestre de 2014. Esse rebanho forma o único banco de germoplasma oficial da raça no Brasil. O trabalho está sen-do conduzido pelas pesquisadoras Adria-na Mello e Tânia Leal, o assistente Ozires Barbosa e a estudante de doutorado Jea-ne de Oliveira Moura, da Universidade Fe-deral do Piauí.

O estudo, segundo Adriana, usará

modernas tecnologias de genotipagem, como o BeadChips, que contém mais de 50 mil marcadores moleculares. Esse chip é fabricado pela empresa Illumina Incorporated, de San Diego, na Califór-nia, Estados Unidos. A genotipagem das amostras já coletadas, de acordo com a pesquisadora, vai ser conduzida pelo la-boratório da empresa Deoxi Biotecnolo-gia, com sede em Araçatuba, SP.

Adriana revela que marcado-res moleculares SNPs – Single Nucleo-tide Polymorphism –, como os que se-rão usados na genotipagem dos caprinos Marota, têm como princípio “a variação em base única na cadeia nucleotídica de DNA”. Segundo a pesquisadora, o desen-volvimento de metodologias para genoti-

Caprinos Marota foram introduzidos no país pelos portugueses e são rústicos, com boa adaptação às adversidades do semiárido nordestino

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rteEmbrapa Meio-Norte estuda a raça de

caprinos, ameaçada de extinção, para

traçar estratégias de melhoramento genético

e conservação

Mapa genético do Marota

par milhares de SNPs, em um único en-saio, ampliou o espaço para os estudos em várias áreas. Ela lembra que chips de genotipagem já foram produzidos para humanos, bovinos, ovinos, equinos, su-ínos e caninos.

Rústicos, os caprinos Marota são nativos do Nordeste brasileiro. Eles são descendentes dos caprinos introduzidos no país pelos portugueses, quando por aqui aportaram. Resistente às altas tem-peraturas, o Marota se adapta bem às adversidades do semiárido nordestino. Alimenta-se de forrageiras com baixo po-tencial nutritivo e é resistente a doenças e a verminoses. Existem também exempla-res da raça nos estados da Paraíba, Cea-rá e Pernambuco.

Pesquisa

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Artigo

Seguindo a recuperação de junho no desempenho das exportações do agro, em julho as exportações

(US$ 9,61 bilhões), se comparadas com o mesmo período de 2013 (US$ 9,30 bi), aumentaram 3,3%. O saldo na balança do agro foi de US$ 8,10 bi, um crescimento de 4% em relação a julho de 2013.

O valor exportado acumulado no ano (US$ 58,7 bilhões), por sua vez, teve ligeira queda de 0,3%, quando compara-do com o mesmo período de 2013 (US$ 58,9 bilhões). O saldo positivo acumula-do no ano foi de US$ 48,9 bilhões (0,3% menor que o mesmo período em 2013).

Os demais produtos brasileiros fora do agro tiveram um expressivo au-mento de 16,6% nas exportações (US$ 11,5 bi em 2013, para US$ 13,4 bi em 2014), o que levou a participação do agronegócio nas exportações brasilei-ras a 41,7% em relação às exportações totais do Brasil. Devemos lembrar que aqui tem aquele velho caso de exporta-ção de plataforma de petróleo da Petro-bras, contaminando os números.

Se não fosse o agronegócio, a ba-lança comercial brasileira teria um dé-ficit de US$ 49,8 bilhões acumulados no ano, ou seja, mais uma vez o agro evitou um desastre maior na economia brasileira.

Neste julho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2013 foram, respectivamente: café verde (aumentou US$ 227,2 milhões em rela-ção a julho de 2013), carne bovina in na-tura (US$ 107,6 mi), soja em grãos (US$ 91,2 mi), carne de frango in natura (US$ 69,9 mi), açúcar de cana em bruto (US$ 41,2 mi), couros/peles bovinos prepara-dos (US$ 30,8 mi), carne de frango in-dustrializada (US$ 24,1 mi), leite em pó (US$ 19,2 mi), outros couros/peles bo-

vinos curtidos (US$ 18,8 mi) e celulo-se (US$ 18,6 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproxi-madamente US$ 649 milhões nas expor-tações do agro de julho.

As variações dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: café verde (23%), outros couros/peles bovi-nos curtidos (21,6%), couros/peles bo-vinos preparados (13%), carne bovina in natura (10,1%), carne de frango indus-trializada (6,2%), leite em pó (4,3%), car-ne de frango in natura (3,1%), soja em grãos (-3,6%), açúcar de cana em bruto (-4,1%) e celulose (-12,0%).

No cenário dos mercados de des-tino dos produtos do agro brasileiro, os 10 países que mais cresceram em im-portações foram: Rússia (US$ 179,1 mi-lhões a mais que em julho de 2013), Alemanha (US$ 178,7 mi), Índia (US$ 149,9 mi), Egito (US$ 96,1 mi), Vietnã

(US$ 87,7 mi), Venezuela (US$ 70,2 mi), Japão (US$ 63,2 mi), Taiwan (US$ 55,6 mi), Líbano (US$ 27,9 mi) e Paquistão (US$ 25,3 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram foram responsáveis pelo aumento de US$ 933,7 milhões.

Mantemos um cenário otimista, mesmo com as perdas advindas da seca que impactou as regiões produtoras nes-te verão e com uma anunciada grande safra nos EUA, pois existem chances da China aumentar as compras. Temos grãos armazenados, a safra de cana de açúcar já começou, temos um dólar que parece voltar ao patamar dos R$ 2,30 e existe a grande possibilidade de aumen-to das importações da Rússia devido às sanções econômicas impostas pelos Es-tados Unidos e União Europeia. Talvez com o efeito da Rússia, passemos pela primeira vez dos US$ 100 bilhões em ex-portações neste ano.

O agro exportou quase US$ 10 bi em julho

Marcos Fava Neves é Professor titular de planejamento estratégico e cadeias alimentares da FEA-RP/USP. Autor de 45 livros publicados em oito países. Foi professor visitante da Purdue University (Indiana, EUA) em 2013

Rafael Bordonal Kalaki é Engenheiro Agrônomo e Mestrando em Administração na FEA/USP. Pesquisador Markestrat

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