xvi congresso brasileiro de biblioteconomia e...

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XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 21 a 24 de julho de 2015 Resumo expandido Apresenta a Aromateca, resultado do trabalho desenvolvido por um grupo multidisciplinar de profissionais do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia do Senac (CEAG), voltados para a busca de diferenciais educacionais significativos para os educandos do segmento de gastronomia. Neste contexto de parcerias, mostra o papel da biblioteca e sua contribuição para a implementação desta experiência olfativa, além de outras que estão surgindo, fruto desta boa prática. Em um contexto em que parte do processo de desenvolvimento educacional está associada à leitura e à pesquisa, a Biblioteca ganha destaque como ambiente de disseminação de informações e cultura, de forma dinâmica e criativa, possibilitando aos seus usuários o alcance de novos horizontes. A Biblioteca do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia do Senac, localizada no SCLS 116 Sul, Brasília-DF, tem por finalidade reunir, organizar e disseminar as publicações/informações de interesses dos usuários da Biblioteca. Por meio de seu acervo, serve de apoio à pesquisa, facilita o aprendizado individual e promove o desenvolvimento social e intelectual de seus alunos e funcionários. A metodologia de desenvolvimento por competências coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem. Com isso, a necessidade de instrumentos e ferramentas de geração do conhecimento são necessárias para subsidiar a construção desse aprendizado. A Biblioteca do CEAG caracteriza-se como um dos principais espaços de aprendizagem no local, uma vez que os alunos embasam suas criações e execuções para os Cursos de Cozinha, Confeitaria e de Garçom, por meio de pesquisas em livros e internet. Assim, os professores promovem nesse espaço, discussões e momentos de troca de informações com os grupos para a construção coletiva. Ficou claro para a equipe pedagógica envolvida no processo de desenvolvimento dos educandos, que seria imprescindível proporcionar situações iniciais de aprendizagem em que os alunos conseguissem testar e apurar seus sentidos, pois de acordo com entendimento do grupo, a aprendizagem significativa se consolidaria por meio do encantamento do aluno pela gastronomia. Surgiu, então, a ideia de disponibilizar para os alunos alguns aromas, ervas e especiarias, que permitissem o aguçamento dos sentidos e, em alguns casos, o resgate de memórias

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XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação

21 a 24 de julho de 2015

Resumo expandido

Apresenta a Aromateca, resultado do trabalho desenvolvido por um grupo multidisciplinar

de profissionais do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia do Senac (CEAG),

voltados para a busca de diferenciais educacionais significativos para os educandos do

segmento de gastronomia. Neste contexto de parcerias, mostra o papel da biblioteca e

sua contribuição para a implementação desta experiência olfativa, além de outras que

estão surgindo, fruto desta boa prática.

Em um contexto em que parte do processo de desenvolvimento educacional está

associada à leitura e à pesquisa, a Biblioteca ganha destaque como ambiente de

disseminação de informações e cultura, de forma dinâmica e criativa, possibilitando aos

seus usuários o alcance de novos horizontes.

A Biblioteca do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia do Senac, localizada no

SCLS 116 Sul, Brasília-DF, tem por finalidade reunir, organizar e disseminar as

publicações/informações de interesses dos usuários da Biblioteca. Por meio de seu

acervo, serve de apoio à pesquisa, facilita o aprendizado individual e promove o

desenvolvimento social e intelectual de seus alunos e funcionários.

A metodologia de desenvolvimento por competências coloca o aluno no centro do

processo de aprendizagem. Com isso, a necessidade de instrumentos e ferramentas de

geração do conhecimento são necessárias para subsidiar a construção desse

aprendizado. A Biblioteca do CEAG caracteriza-se como um dos principais espaços de

aprendizagem no local, uma vez que os alunos embasam suas criações e execuções para

os Cursos de Cozinha, Confeitaria e de Garçom, por meio de pesquisas em livros e

internet. Assim, os professores promovem nesse espaço, discussões e momentos de

troca de informações com os grupos para a construção coletiva.

Ficou claro para a equipe pedagógica envolvida no processo de desenvolvimento dos

educandos, que seria imprescindível proporcionar situações iniciais de aprendizagem em

que os alunos conseguissem testar e apurar seus sentidos, pois de acordo com

entendimento do grupo, a aprendizagem significativa se consolidaria por meio do

encantamento do aluno pela gastronomia.

Surgiu, então, a ideia de disponibilizar para os alunos alguns aromas, ervas e especiarias,

que permitissem o aguçamento dos sentidos e, em alguns casos, o resgate de memórias

afetivas. Nasceu aí a Aromateca, tendo como principal objetivo a facilitação do acesso

dos alunos a alguns cheiros, sementes, ervas e especiarias exóticas.

Assim, ao adquirir insumos para as aulas dos cursos, uma pequena parte passou a ser

reservada para a Aromateca, que atualmente conta com 113 itens em seu acervo.

Diante do sucesso da Aromateca e considerando que a base da alimentação do brasileiro

envolve a utilização de diversas farinhas, no ano de 2012 foi implementada a Farinoteca,

cujo objetivo é o de expor diversos tipos de farinhas, os grãos que as originam e suas

derivações. O acervo inicial da Farinoteca está sendo composto basicamente por

derivados da mandioca e milho, pois levou-se em consideração suas importâncias na

alimentação da população do Brasil, suas variedades e valores nutricionais. Atualmente o

acervo desta seção é composto por 29 farinhas

Os processos de aprendizagem nos ambientes do CEAG permitem que o aluno enfrente

problemas concretos, que demandam determinadas competências para sua solução. A

oportunidade que o aluno tem, estimulado pelo instrutor no exercício de seu papel como

mediador, de refletir sobre, suas atuações e experiências profissionais e de voltar a

experimentar de forma renovada, contribui para seu aperfeiçoamento pessoal e

profissional. Neste contexto, a Biblioteca busca o aprimoramento constante de seus

serviços e produtos oferecidos, para melhor atender as demandas apresentadas pelos

usuários. A formação e desenvolvimento do acervo, a capacitação e orientação oferecidas

à Biblioteca no início de seu funcionamento e o aperfeiçoamento dos produtos e serviços

oferecidos, representam ações diversificadas que convergem para o alcance de seus

objetivos maiores, e tornam a Biblioteca do CEAG a melhor, no segmento de

gastronomia, dentro do Distrito Federal.

Palavras-chave: Biblioteca; Aromateca; Experiências olfativas; Encantamento.

AROMATECA: BOA PRÁTICA DA BIBLIOTECA DO CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO EM GASTRONOMIA DO SENAC

Patrícia Garcia Gerente Pedagógica do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia/Senac e-mail: [email protected]

Talita Lins Bibliotecária do Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia/Senac e-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÂO

O Centro de Aperfeiçoamento em Gastronomia (CEAG), administrado pelo

Departamento Nacional do Senac, tem como objetivo, por meio da oferta de cursos de

Formação Inicial e Continuada (FIC) e do estímulo ao desenvolvimento de valores

essenciais (ética, equidade, responsabilidade, senso crítico, flexibilidade) em seus

educandos: promover a inclusão social; incentivar o desenvolvimento de ações voltadas à

experimentação de novas tecnologias educacionais e ao gerenciamento do

conhecimento; fortalecer a marca Senac no segmento gastronômico de Brasília e tornar-

se referência nacional na educação profissional de gastronomia.

A metodologia adotada no CEAG é a de desenvolvimento por competências.

Método este, que coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem, sempre

estimulado por instrutores que atuam como mediadores nas diversas situações de

aprendizagem propostas nos cursos.

Desde o momento da concepção dos programas oferecidos pelo CEAG, a equipe

pedagógica envolvida com o projeto concordou que parte do processo de

desenvolvimento educacional deveria estar associada à leitura e à pesquisa. Neste

contexto, a Biblioteca do CEAG ganhou destaque como ambiente de disseminação de

informações e cultura, de maneira dinâmica e criativa, possibilitando aos seus usuários o

acesso a novos horizontes do universo gastronômico.

Ao longo de alguns meses, um grupo multidisciplinar de profissionais do CEAG se

debruçou sobre o desafio de construir uma proposta de formação profissional para

ocupações do segmento de gastronomia, que tivessem diferenciais significativos para os

educandos.

Buscou-se então, identificar a maneira como cozinheiros, por exemplo, optaram

por seguir carreira nesta área. Todas as conversas apresentaram como denominador

comum o encantamento, desencadeado pelas inúmeras descobertas que a área permite.

2. A BIBLIOTECA DO CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO EM GASTRONOMIA

- CEAG

A Biblioteca do CEAG tem por finalidade: reunir, organizar e disseminar

publicações e informações de interesse de seus usuários. Por meio de seu acervo, apoia

à pesquisa, busca facilitar o aprendizado individual e promove o desenvolvimento social e

intelectual de alunos e empregados do Senac em Brasília.

Com isso, a biblioteca caracteriza-se como um dos principais espaços de

aprendizagem do CEAG, uma vez que os alunos baseiam suas participações e criações

para as aulas, em pesquisas realizadas nos livros e periódicos do acervo, bem como na

internet, sempre orientados e incentivados pelos questionamentos de seus instrutores e

da equipe que atua no espaço.

A biblioteca assume, assim, papel essencial para as discussões e trocas de

informações entre alunos e instrutores, possibilitando, de maneira coletiva, autônoma e

extremamente democrática, o desenvolvimento das competências previstas nos perfis de

conclusão dos cursos.

3. COMO SURGIU A AROMATECA?

Fica claro para a equipe pedagógica envolvida no processo de desenvolvimento

dos educandos, que seria imprescindível proporcionar situações iniciais de aprendizagem

em que os alunos conseguissem testar e apurar seus sentidos, pois de acordo com

entendimento do grupo, a aprendizagem significativa se consolidaria por meio do

encantamento do aluno pela gastronomia.

Durante as discussões sobre as estratégias de aprendizagem que possibilitariam o

alcance dos objetivos estabelecidos, a análise sensorial ganhou destaque como um dos

principais meios para a apuração dos sentidos.

Na organização das situações de aprendizagem envolvendo a análise sensorial,

buscou-se garantir o teste dos cinco sentidos humanos: visão, audição, paladar, tato e

olfato. No entanto, pela natureza das ocupações do segmento gastronômico (cozinheiro,

confeiteiro, sommelier, etc.), paladar e olfato foram os que apresentaram maior

necessidade de exame e desenvolvimento.

Chegou-se à conclusão, portanto, de que bons e experientes profissionais da área

de gastronomia possuem grande capacidade de identificar os ingredientes que compõem

pratos ou bebidas, apenas pelo olfato.

Assim, a preocupação em apurar esse sentido nos educandos do CEAG (ou ao

menos despertar a consciência em relação à necessidade de investimento nesse

desenvolvimento) proporcionaria mais uma condição, além das diversas competências

requeridas pelos perfis profissionais de conclusão dos cursos, para que os egressos

saíssem para o mercado de trabalho com um diferencial significativo.

Nas pesquisas bibliográficas realizadas para fundamentar as percepções

empíricas do grupo, encontramos Corazza (2002, p. 49) que aponta que:

Uma das primeiras associações feitas pelo bebê se deve à sensibilidade

de seu olfato, que o leva a reagir ao cheiro da mãe por reconhecer nela a

fonte de conforto, prazer e alimento. Quando nos conduzimos pelo

coração (ou seja, pelos sentimentos emocionais) em detrimento da

cabeça (isto é, razão), estamos nos regulando pelo sistema límbico, e

não pelo racional. Orientados pelo cérebro racional, os seres humanos

civilizados desenvolveram grande tendência de diminuir a importância

dos sentidos mais sensoriais: toque, sabor e cheiro. A visão e a audição,

nossas formas preferidas de obter informação, trabalham pela análise de

ondas que atingem nossos ouvidos e olhos. Mas os cheiros precisam

reagir quimicamente dentro de nosso corpo para que possamos senti-los,

portanto, o olfato é o nosso sentido mais íntimo e mais diretamente ligado

ao cérebro. Ao contrário dos outros sentidos, não existem pontos de

parada ao longo os nervos olfativos: os sinais recebidos dirigem-se sem

interrupção até a área do cérebro mais intensamente conectada ao

subconsciente.

Concluiu-se também que as experiências olfativas, às quais os alunos seriam

submetidos, poderiam facilitar a identificação de situações vividas no contexto da

gastronomia e, portanto, facilitariam o encantamento dos educandos pela área, pois pela

maneira apontada por Corazza (2001, p.48), “respondermos aos odores é emocional e

intelectual”.

Ainda para o mesmo autor (Corazza, p. 48 e 39), “o olfato é o mais antigo e talvez

mais desconhecido entre os sentidos desenvolvidos pelo homem” e, de todos os cinco

sentidos, é a sensação que temos menos desenvolvida, apesar de sermos capazes de

sentir dez mil cheiros diferentes, “(...) ao passo que o paladar, considerado muito mais

desenvolvido que o olfato, pode avaliar somente cinco gostos distintos”.

Nada mais adequado, portanto, do que proporcionar aos alunos dos cursos de

gastronomia contato diário e constante com os aromas e cheiros da gastronomia, pois

“(...) muito do que geralmente chamamos paladar é realmente olfato” (Corazza, p.48).

Como já exposto, o papel da biblioteca na estrutura e metodologia do CEAG

sempre foi de destaque. Considerou-se coerente, portanto, criar nesse ambiente de

disseminação de informações e desenvolvimento de conhecimento, um nicho para que os

alunos pudessem aprimorar esse sentido tão recrutado nas ocupações do segmento

gastronômico. Surgiu então a ideia de composição de uma Aromateca na biblioteca do

CEAG.

A Aromateca foi criada, portanto, com o objetivo de reunir e disponibilizar

especiarias, ervas, temperos e condimentos para o aperfeiçoamento do senso olfativo dos

frequentadores da biblioteca.

A composição inicial da Aromateca se deu por meio do aproveitamento de parte

das especiarias, ervas, temperos e condimentos, utilizados nos cursos do CEAG, que

passaram a ficar expostos, juntamente com livros e periódicos, no acervo da biblioteca.

Assim, para cada ingrediente utilizado nas fichas técnicas dos cursos, que

apresentava um aroma menos comum/mais acentuado, uma amostra desse insumo era

coletada e direcionada para o acervo da “Aromateca”.

As caixas de aromas (uma nacional e outra importada) adquiridas pelo CEAG, que

inicialmente não tinham um local específico para guarda, também foram incorporadas ao

acervo da Aromateca, contribuindo, cada uma, com 54 aromas distintos e, em alguns

casos, bem inusitados.

Diante da boa aceitação da ideia pelos alunos e demais usuários e visitantes da

biblioteca do CEAG, comprovada pelo elevado número de consultas ao acervo da

Aromateca, decidimos entrar em contato com uma empresa especializada na venda de

temperos e condimentos para verificar se havia interesse em contribuir com doações para

o acervo.

Atualmente a Aromateca conta com 113 tipos de aromas, que podem ser testados

nas ervas, especiarias, temperos e condimentos expostos em potes de vidro vedados,

além de outros 108 aromas das caixas de aroma.

N° AROMAS, ERVAS E ESPECIARIAS

1 Açaí

2 Açúcar Demerara

3 Açúcar mascavo

4 Aipo semente

5 Ajowam

6 Alcaçuz em pó

7 Amburana

8 Amchur (manga em pó)

9 Amêndoa de cacau seca in natura

10 Amêndoas

11 Anis estrelado

12 Apple Pie

13 Arroz arbóreo

14 Arroz bomba

15 Arroz negro

16 Arroz selvagem

17 Arroz verde torrado

18 Assafétida

19 Avelã

20 Baru (semente)

21 Baunilha do cerrado

22 Cacau em pó

23 Cacau torrado

24 Cacau torrado (casca)

25 Café em grão

26 Cardamomo

27 Castanha do Pará /Castanha do

Brasil”

28 Chia

29 Coentro em grão

30 Cominho

31 Cravo em pó

32 Curcuma

33 Curry

34 Endro folha

35 Endro semente

36 Erva Mate

37 Ervila em grão

38 Ervilha

39 Erythroxylum coca

40 Estragão

41 Fava de baunilha

42 Feijão azukí

43 Feno Grego (sementes)

44 Feno Grego pó

45 Fines herbes

46 Flor de sal

47 Folha de ouro

48 Funcho

49 Galanga pó

50 Garam masala

51 Gengibre em pó

52 Grãos do Paraíso picância 4

53 Guaraná

54 Harissa

55 Huacatay

56 Isomalte

57 Jatobá(semente)

58 Kafir lime

59 Kummel

60 Kümmel

61 La Herradura - Mole Rojo Poblano

62 Lentilha

63 Linhaça

64 Macis inteiro

65 Macis pó

66 Mahaleb

67 Manjericão liofilizado

68 Manjerona

69 Menta

70 Miski

71 Mostarda (semente)

72 Mostarda escura (semente)

73 Nibs de cacau

74 Nigela

75 Orégano folha

76 Ottoman Spice - Condimento Turco

77 Pacová

78 Papoula (semente)

79 Páprica defumada

80 Páprica picante

81 Pectina

82 Pimenta Ají

83 Pimenta calabresa

84 Pimenta Cascabel

85 Pimenta Cayena

86 Pimenta Chile Ancho

87 Pimenta Chile de Arbol

88 Pimenta Chipotle Rojo

89 Pimenta Chipotle Verde

90 Pimenta Jamaica

91 Pimenta Japapeño

92 Pimenta Mirasol

93 Pimenta Páprica - peruana

94 Pimenta Pasilla

95 Pimenta Rosa

96 Pimenta Síria

97 Pinoli

98 Pistache

99 Pistilos de açafrão

100 Quinoa

101 Quinoa vermelha

102 Raiz forte

103 Sal de vinho

104 Sal Maldon

105 Sálvia folha

106 Sassafrás

107 Segurelha

108 Sumagre

109 Tomilho folha

110 Trigo em Grão

111 Urucum

112 Zahtar

113 Zimbro

4. A AROMATECA E SEUS FRUTOS

Diante do atestado sucesso da Aromateca e considerando que a base da

alimentação do brasileiro envolve o consumo de farinhas, no final do ano de 2012 criamos

a Farinoteca, cujo objetivo é apresentar diversos tipos de farinhas, bem como suas

derivações.

O acervo inicial da Farinoteca está sendo composto basicamente por derivados da

mandioca e milho, pois se levou em consideração sua importância na alimentação da

população do Brasil, suas variedades e seu rico valor nutricional. Atualmente o acervo é

composto por:

Nº FARINHAS

1 Amaranto

2 Cuscuz marroquino

3 Farinha 7 grãos

4 Farinha crua de mandioca da Bahia

5 Farinha D’água (mandioca)

6 Farinha de Achira

7 Farinha de amêndoa

8 Farinha de Araruta

9 Farinha de Arroz

10 Farinha de arroz integral

11 Farinha de Centeio

12 Farinha de Chocheco

13 Farinha de Milho

14 Farinha de Morretes (mandioca)

15 Farinha de Quinoa

16 Farinha de Sarraceno

17 Farinha de Tapioca (mandioca)

18 Farinha de Trigo

19 Farinha seca (mandioca)

20 Farinha seca de Goiânia

(mandioca)

21 Farinha Uarini (mandioca)

22 Fecúla de batata

23 Flocos de milho

24 Fubá de milho

25 Fubá de Polenta

26 Goma de mandioca

27 Piracuí

28 Puba de mandioca

29 Sagu

5. CONCLUSÃO

A Biblioteca do CEAG realiza um levantamento diário do número de usuários do

espaço, como forma de aferir a frequência ao local. O número médio de atendimentos

mensais, realizados nos últimos 10 meses, atesta a presença de 450 frequentadores no

espaço.

Não há como precisar o número exato de usuários que acessam exclusivamente o

acervo da Aromateca, mas é fato que todas as pessoas que entram na biblioteca acabam

se encantando com a Aromateca e acessando seu acervo. Alguns apenas por

curiosidade... Outros para realmente aguçar sentidos olfativos e, a partir dessa

experiência, aproximar-se de um novo conhecimento.

Contribui também para o sucesso da Aromateca, sua disposição no espaço da

biblioteca, pois sua localização fica próxima da porta de entrada. Ou seja, é quase

impossível não direcionar os olhos para seu acervo.

São frequentes os elogios recebidos pela equipe da biblioteca do CEAG acerca do

acervo e, em especial, da Aromateca, como o apontamento feito pela aluna Cristine

Almeida, do Curso de Aperfeiçoamento em Confeitaria Francesa, que fez questão de

registrar no “formulário de avaliação da qualidade percebida” que: “A Biblioteca CEAG

tem um suporte exemplar, com um acervo muito grande e positivo. Provavelmente a

melhor de Brasília. Com os livros encontrados aqui, nos proporciona um aprendizado a

cada leitura, Além da Aromateca, com um excelente acervo de aromas e revistas

atualizadas. A biblioteca me proporcionou bons conhecimentos durante o curso e também

depois dele, nos proporcionando o uso da mesma sempre que precisamos. Parabéns”.

Com essas práticas adotadas, a Biblioteca do CEAG espera proporcionar aos seus

frequentadores novas e variadas experiências de investigação e desenvolvimento, ao

mesmo tempo em que se posiciona como peça-chave, ao lado de variadas estratégias de

aprendizagem, de laboratórios especializados e das empresas pedagógicas, na formação

de profissionais egressos dos cursos profissionalizantes do Senac.

6. REFERÊNCIA

CORAZZA, Sonia. Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros. São Paulo: Ed. Senac

São Paulo, 2002.