apostila biblioteconomia

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Apostila de Auxiliar de biblioteca – Livro Post by GUSTAVO HENN on 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Apostila atualizada em 22 dezembro 2010. O concurso de auxiliar de biblioteca da UFAL teve 6143 inscritos para 305 5 vagas. Recebi muitos comentários em busca de material. Conheço apenas, especificamente, o livro da Thesaurus que já comentei em outro post. Resolvi aproveitar o feriado de São João para escrever algo sobre cada tópico, a fim de “dar uma luz” sobre o que significa cada um deles, afinal, acredito que a grande maioria dos candidatos não é da área e, talvez, tenha pouco hábito de frequentas bibliotecas. Não sei até que ponto ajudará, mas a idéia é apenas apontar caminhos. De qualquer forma, é bom que fique claro que este texto é básico, geral, e possui omissões. Procurei escrever da forma mais simples e direta possível, e, se ficar bom, pode ser que eu continue desenvolvendo ao longo do tempo. Como as provas para nível fundamental costumam ser mais diretas, uma leitura atenta do enunciado faz muita diferença. Este é o primeiro livro-post deste blog. E irei publicando e atualizando na medida dos acréscimos feitos. Espero terminar antes da prova. Atualizei com o programa do concurso para auxiliar de biblioteca da UEPB. Espero que possa ajudar os candidatos. BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA 1. Bibliotecas: tipos e conceitos;

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Page 1: Apostila Biblioteconomia

Apostila de Auxiliar de biblioteca – Livro Post

by GUSTAVO HENN on 23 DE DEZEMBRO DE 2011

Apostila atualizada em 22 dezembro 2010.

O concurso de auxiliar de biblioteca da UFAL teve 6143 inscritos para 305 5 vagas. Recebi

muitos comentários em busca de material. Conheço apenas, especificamente, o livro da

Thesaurus que já comentei em outro post.

Resolvi aproveitar o feriado de São João para escrever algo sobre cada tópico, a fim de “dar

uma luz” sobre o que significa cada um deles, afinal, acredito que a grande maioria dos

candidatos não é da área e, talvez, tenha pouco hábito de frequentas bibliotecas. Não sei até

que ponto ajudará, mas a idéia é apenas apontar caminhos.

De qualquer forma, é bom que fique claro que este texto é básico, geral, e possui omissões.

Procurei escrever da forma mais simples e direta possível, e, se ficar bom, pode ser que eu

continue desenvolvendo ao longo do tempo.

Como as provas para nível fundamental costumam ser mais diretas, uma leitura atenta do

enunciado faz muita diferença.

Este é o primeiro livro-post deste blog. E irei publicando e atualizando na medida dos

acréscimos feitos. Espero terminar antes da prova.

Atualizei com o programa do concurso para auxiliar de biblioteca da UEPB. Espero que possa

ajudar os candidatos.

BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA

1. Bibliotecas: tipos e conceitos;

Page 2: Apostila Biblioteconomia

Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet

de Lemos, 2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com

o propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também

incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à

expressão “material manuscrito ou impresso”.

É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais

Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação,

Centro de Informação, Centro de Documentação, entre outras denominações.

Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária, Especializada, Pública e

Nacional.

A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola como a instituição de

ensino fundamental e médio, destinada a servir a alunos e professores.

A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos das

universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada ao tripé

Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca

Central e Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI).

A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público específico, também

chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se

as bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa.

A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública Municipal, é aquela

que tem como objetivo servir à coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui

acervos gerais, mais focados em literatura de lazer e fontes de informação como dicionários

e enciclopédias. As Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são

responsáveis pelo depósito legal estadual.

A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a responsável por sua

memória bibliográfica. A Fundação Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e

Page 3: Apostila Biblioteconomia

pela bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi

aberta ao público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale

a visita.

2. Estrutura física da biblioteca;

Aqui, entendo estrutura física como a estrutura organizacional, e a organização funcional

como o que cada setor faz. Como exemplo de estrutura, coloco o organograma abaixo da

UFRRJ.

organograma

É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo acervo.

3. Organização funcional da biblioteca;

A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao usuário e para atender

ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:

Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos humanos,

segurança, finanças, planejamento, controle, correspondências, etc.

Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor,

pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em

geral):

1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca

precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto

quantitativamente.

A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que

busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa.

Page 4: Apostila Biblioteconomia

2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir

os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas:

compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos publicos.

Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca

recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os

livros doados realmente servem para o uso da biblioteca.

Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca.

Cada livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar

a propriedade do exemplar.

PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da

biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar.

Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o

estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-

los ou encaderná-los.

Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É

o primeiro contato do usuário com o a biblioteca.

Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo,

ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência

pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro

pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por

carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação

do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este

serviço vem melhorando por conta dos softwares de automação. Na UFAL, o software usado

é o Pergamum.

Page 5: Apostila Biblioteconomia

4. Acervo:

Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de

Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das

finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é

sinônimo de coleção.

Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa definição é minha

mesmo).

4.1. seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo

de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção,

que irá dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e

necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de

Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de

aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por

compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as bibliotecas

possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de

doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).

4.2 Tratamento técnico:

Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as

técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo

(classificação e indexação).

4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de

um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o

código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação

Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil

pela FEBAB.

Page 6: Apostila Biblioteconomia

Vejamos o exemplo de ficha catalográfica abaixo:

ficha

Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe

autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre

outras informações.

O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.:

Silva, João dos Santos.

Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo nome seguido

do parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho

terá entrada por:

Silva Sobrinho, João dos Santos.

A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer

quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e

secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo

da ficha, são as entradas secundárias.

Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá

ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada

será por Silva, João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL,

que é 581. Logo, o número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira letra da

primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de

Estudar, o cutter será S581a.

Page 7: Apostila Biblioteconomia

4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante

numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto

por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de

classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas

tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador.

Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o

conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E

há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como

sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura,

linguística.

As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.

Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em

869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas

é diferente para cada caso.

O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto

ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de

chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira,

vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será:

869(81)

A481g

O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que

permite a identificação do livro na estante.

Page 8: Apostila Biblioteconomia

4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos

elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em

determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e

podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou

complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre

indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação

representa a parte física, ela descreve.

Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos

como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino (livro aliás que

recomendo toda vida). Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo?

Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua

Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão

usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos

instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados).

4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de

chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade

do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro

receberá um alarme.

A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns

casos, ainda se coloca data de aquisição.

Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como

chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser

entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados.

Aqui vai um link para um bom material de processamento técnico.

5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo;

Page 9: Apostila Biblioteconomia

Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de

ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a

correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca.

Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois

cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3,

Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do

seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de

“fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas

que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que

tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto

específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados

pelo acaso e não pelo assunto.

Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar

comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os

livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando

pela lombada. Entre outros.

6. Catálogos: tipos e referências;

Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for automatizado, então

existirá apenas um. Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.

Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou

internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas.

Os segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.

Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De

nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de

catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo

ideográfico.

Page 10: Apostila Biblioteconomia

Esses catálogos podem ser organizados:

Alfabeticamente

Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo,

chamado de catálogo dicionário.

Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.

Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de

classificação.

Já os catálogos internos podem ser:

De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.

De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.

Catálogo de número de classificação

Catálogo de séries e títulos uniformes

Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à

catalogação.

Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é

organizado pela número de chamada dos livros.

Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de

acesso principal.

Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônimo da biblioteca. Atualmente, a

maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.

7. Serviços aos usuários:

Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam a

biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente

usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a

Page 11: Apostila Biblioteconomia

biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela

oferece vários serviços, a saber.

7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente

aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades

grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de

treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos

e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como

encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer

uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário.

Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os

usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma

biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma

busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está

disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.

É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os

novos alunos.

Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do

catálogo é essencial.

7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e o usuário. O

usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para

alguns autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados

para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.)

Afinal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de

documentos? É preciso de ajuda.

O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar todas

aqui:

Page 12: Apostila Biblioteconomia

1 – Os livros são para usar

2 – A cada leitor o seu livro

3 – A cada livro o seu leitor

4 – Poupe o tempo do leitor

5 – A biblioteca é um organismo em crescimento

Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre a solicitação

do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais

investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro.

O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao

usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar

dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser

chamado de serviço de referência virtual ou digital.

Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento do usuário na biblioteca. É,

de forma simples, a ponte entre o acervo informacional da biblioteca e o usuário que

pretende encontrar alguma informação ali. O primeiro trabalho sobre serviço de referência

data de 1876, nos EUA. A origem do Serviço de Referência está diretamente ligada à

urbanização e à industrialização, que fez com que as grandes cidades recebessem pessoas

sem o mesmo grau de cultura e letramento daquelas que frequentavem bibliotecas até

então. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em como atender

melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.

Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o processo de

referência, a saber:

O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário;

A necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade

de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo;

Page 13: Apostila Biblioteconomia

A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o

processo de referencia, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização

das respostas às questões;(grifo nosso)

A questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para

atender satisfatoriamente a necessidade do usuário;

A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus

conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à

linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos

possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada.

O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de

curso para otimizar a busca;

A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui

o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada;

A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para

finalizar o processo de busca.

7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras de jornais, revistas

e periódicos em geral a fim de selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os

usuários individualmente.

7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribuições mais importantes da

biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui boa parte das solicitações.

Consiste em executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de

informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o

que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca.

Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levantamento

bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema,

incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos.

7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a informação ao usuário,

ou seja, dissemina a informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja receber a

informação.

Page 14: Apostila Biblioteconomia

Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus interesses, e a

biblioteca envia informações selecionadas para ele.

7.6 Empréstimo(Circulação).: É o serviço de circulação dos exemplares (documentos) do

acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema

automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações

necessárias, e leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o

usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no

caso de sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca. E

caso o usuário queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro.

Também aqui, em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio

sistema.

8. Controle bibliográfico ISBN.

Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em 1972, o ISBN – International

Standard Book Number – é um sistema que identifica numericamente os livros segundo o

título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição.

O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta e delega poderes às

agências nacionais. No Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional representa a Agência Brasileira

desde 1978, com a função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país.

A partir de 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de dez para 13 dígitos, com a adoção do

prefixo 978. O objetivo foi aumentar a capacidade do sistema, devido ao crescente número

de publicações, com suas edições e formatos.

livros com edição de 2006 deverão ser editados com ISBN de 10 dígitos e também com de

13 dígitos (ambos deverão constar no verso da folha de rosto);

livros com edição de 2007 só poderão ser editados com ISBN de 13 dígitos.

Deve-se atribuir ISBN:

A cada edição de uma publicação;

A cada edição em idioma diferente de uma publicação;

Page 15: Apostila Biblioteconomia

A cada um dos volumes que integram uma obra em mais de um volume e também ao

conjunto completo da obra (coleção);

A toda reedição com mudança no conteúdo(texto) da obra;

A cada tipo de suporte, tipo de formato, tipo de acabamento e tipo de capa;

As reimpressões fac-similares;

As separatas (desde que apresentem títulos e paginação próprios);

OBS:

A reimpressão pura e simples de um livro NÃO requer outro ISBN;

Mudança na cor da capa, formato de letras e correção ortográfica do texto da obra, NÃO

requer outro ISBN.

As normas também estão disponiveis no Manual do Editor

“A Atribuição do ISBN não implica no depósito legal automático da obra. Depois de ter o

número do ISBN atribuído, um exemplar da obra publicada deve ser encaminhado para o

Depósito Legal da Biblioteca Nacional.”

Uma vez atribuído a uma publicação, um ISBN nunca poderá ser reutilizado para identificar

outra publicação.

Almanaque: publicação normalmente editada todos os anos/anualmente contendo uma

grande variedade de fatos de natureza heterogênea (efemeridade, anedotas, informações

sobre festividades e feriados, informações estatísticas e as vezes um calendário em comum).

Ano de Publicação: indicação do ano, mês e dia, quando houver, quando a obra for

publicada.

Anuário: publicação em série que é editada anualmente, em geral tem caráter estatístico,

contém um resumo de atividades, informações diversassobre assuntos técnicos.

Autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico

de uma publicação.

Autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s),

comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se

dintingue autoria pessoal.

Page 16: Apostila Biblioteconomia

Co-Edição: edição entre duas ou mais editoras;

Copirraite (copyright): proteção legal que o autor ou responsável (pessoa física ou jurídica)

tem sobre a sua produção intelectual, científica, técnica, cultural ou artísitica.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP): conhecida como ficha

catalográfica.É o registro das informações que identificam a publicação na sua situação atual,

no verso da folha de rosto.

Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à

mesma edição de uma publicação todas as sua impressões, reimpressões, tiragens etc,

produzidas diretamente por outros métodos, sem modificações, independentemente do

período decorrido desde a primeira publicação.

Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção

editorial de uma publicação.

Editoração: conjunto de atividades funcionais de um editor, isto é: a seleção, programação, e

comercialização dos originais.

Exemplar: cada unidade impressa de uma publicação;

Folha de Rosto: folha que contém os elementos essenciais à identificação da publicação,

assim como: autor, título, subtítulo, edição, local, editora e data.

Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos, que formam o corpo da

publicação.

Organizador: pessoa física que reune em uma só obra, trabalho de outras pessoas.

Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo, na forma

ou na apresentação da publicação ou seja por mudança de editor.

Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição etc.

Reimpressão: nova impressão da publicação, sem modificação no conteúdo ou na forma de

apresentação (exceto correções de erros de composição ou impressão), não constituindo

nova edição.

edição atualizada / edição revista: permanece o mesmo número de ISBN e também a mesma

edição. edição ampliada / edição aumentada: permanece o mesmo número de ISBN e será a

mesma edição.

anuário: publicação anual destinada ao relato de assuntos, em diversos campos da atividade

humana, no período de 12 meses ( é um periódico e recebe ISSN)

brochura: livro de papel mole

Page 17: Apostila Biblioteconomia

coletânea: conjunto selecionado de obras

capa dura: acoplagem de um papel fino, tecido, percaluz, couro sintético etc. em um cartão

de maior gramatura (acima de 1250g/m2)

Apresentação do ISBN

O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN, a cada segmento separado

por hífen.

EX: ISBN 978-85-333-0946-5

Impressão do número do ISBN

No verso da folha de rosto

No pé da 4ª capa, do lado direito junto a lombada

Um ISBN é como o código postal de um livro. Tem 13 dígitos – antes de 2007 eram 10 – que

precedem a sigla ISBN e pode ler-se na parte inferior da contracapa, junto ao código de

barras, e na primeira página onde se referem todos os dados referentes aos direitos de

autor. Estes dígitos dividem-se em cinco grupos separados através de espaços ou hífenes – o

manual de ISBN recomenda o uso de hífens.

1ª Parte – Group Country Identifier: Diz respeito ao país de origem do livro;

2ª Parte – Publisher Identifier: Código identificativo do editor do livro;

3ª Parte – Title Identifier: Código identificativo do título do livro ou da edição

4ª Parte – Check Digit: Dígito de validação.

O primeiro grupo corresponde ao prefixo Bookland que se representa nos livros como 978.

O segundo grupo corresponde ao identificador do país, área geográfica ou linguística – a

Portugal corresponde o número 972. O terceiro grupo é o prefixo editorial e é um número

atribuído pela agência responsável pela gestão do ISBN num determinado país ou área

territorial. O identificador do título é o grupo seguinte, e a sua função consiste em

determinar um número para uma edição específica de cada publicação. O último grupo é

odígito de controlo, um número que surge através de uma operação matemática e que

garante a individualização perfeita de cada ISBN.

Page 18: Apostila Biblioteconomia

Se escolheres um ISBN do Bubok para o seu livro, terá o prefixo editorial do Bubok.

Se preferir tratar por si do ISBN, a Agência de ISBN irá atribuir-lhe um ISBN de auto-edição.

NBRISO2108: Informação e documentação – Número Padrão Internacional de Livro (ISBN)

9. Controle bibliográfico ISSN.

O ISSN – Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International

Standard Serial Number) é o identificador aceito internacionalmente para individualizar o

título de uma publicação seriada, tornando-o único e definitivo. Seu uso é definido pela

norma técnica internacional da International Standards Organization ISO 3297.

O ISSN é operacionalizado por uma rede internacional, e no Brasil o Instituto Brasileiro de

Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT atua como Centro Nacional dessa rede.

O ISSN identifica o título de uma publicação seriada em circulação, futura (pré-publicação) e

encerrada, em qualquer idioma ou suporte físico utilizado (impresso, online, CD-ROM etc).

O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador, e é representado em dois

grupos de quatro dígitos cada um, ligados por hífen, precedido sempre por um espaço e a

sigla ISSN.

Exemplo: ISSN 1018-4783.

O editor interessado no registro de suas publicações seriadas, poderá obter o formulário e

instruções de solicitação do ISSN nesta home page, ou solicitá-los ao Centro Brasileiro do

ISSN, IBICT.

Os editores não são legalmente obrigados a ter um ISSN mas há muitas vantagens em se ter

um ISSN para suas publicações seriadas.

Como o sistema do ISSN é internacional e cada ISSN é único, um ISSN pode identificar uma

publicação seriada independentemente de seu idioma ou país de origem fazendo a distinção

entre publicações seriadas com o mesmo nome ou títulos semelhantes.

O ISSN é usado onde a informação sobre publicações seriadas necessita ser registrada e

comunicada com precisão (ordens de compra, pesquisas em base de dados, etc.).

Page 19: Apostila Biblioteconomia

O ISSN proporciona um método eficiente e econômico de comunicação entre editores,

fornecedores e compradores de publicações seriadas. Proporciona, também, um ponto de

acesso útil aos catálogos de editores, diretórios comerciais, inventários automatizados,

bibliografias, etc.

O ISSN é amplamente usado em bases de dados automatizadas na organização, recuperação

e transmissão de dados sobre publicações seriadas.

O ISSN é amplamente usado por bibliotecas para identificar, ordenar e processar títulos de

publicações seriadas.

Publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de publicações seriadas mantido pelo

Centro Internacional do ISSN, em Paris.

O que é uma publicação seriada?

Publicação seriada é uma publicação editada em partes sucessivas que pretende ser

continuada indefinidamente. Cada edição de uma publicação seriada tem uma designação

numérica e/ou designação cronológica (volume, número e ano de publicação) distinguindo

cada uma das edições individuais da publicação, com intenção de ser continuada

indefinidamente.

Podem ser publicados em qualquer mídia (impresso, CD-ROM, via internet, etc.). Se uma

publicação seriada for editada em mais de uma mídia, um ISSN é requerido para cada

formato em que a publicação é editada.

Ver também Publicação Seriada

topo

Quais são os tipos de publicações seriadas?

Publicações seriadas incluem periódicos, magazines, jornais, anuários, (tais como livros do

ano, relatórios anuais e diretórios, etc.) memórias, anais de congressos, publicações de

sociedades e séries monográficas.

Para periódicos impressos o local do ISSN é na capa ao alto no canto direito

Para periódicos online deve aparecer na primeira tela da revista, ao alto no canto direito.

Para periódicos em CD-ROM deve aparecer na capa e no rótulo ao alto no canto direito,

além da tela de apresentação.

Page 20: Apostila Biblioteconomia

O ISSN (International Standard Serial Number), Número Internacional Normalizado para

Publicações Seriadas (português brasileiro) ou Número Internacional Normalizado das

Publicações em Série (português europeu), é o identificador de publicações seriadas aceito

internacionalmente. Seu uso é definido pela norma técnica ISO 3297:2007 – Information and

documentation – International standard serial number (ISSN).

10. Circulação do material bibliográfico: empréstimo, devolução, consulta, etc.

Circulação do material bibliográfico entende-se como a circulação do acervo da biblioteca

entre a sua comunidade. Essa circulação se dá através do empréstimo de livros aos

indivíduos da comunidade, com tempo estipulado para ser devolvido para que outros

possam tomá-lo emprestado. Existe uma sequência lógica aqui.

1 – O usuário irá fazer uma consulta ao catálogo da biblioteca. As bibliotecas universitárias,

quase sempre, possuem um sistema de bibliotecas para gestão de seus catálogos, e

oferecem um catálogo em linha (OPAC).

2 – Após encontrar o livro na base, o usuário irá verificar se o livro está disponível para

empréstimo. Se o livro estiver disponível, o usuário irá localizá-lo nas estantes para realizar o

empréstimo (caso o acervo da biblioteca seja fechado, ou seja, sem acesso para os usuários,

o livro deverá ser solicitado no balcão). Se o livro não estiver disponível o usuário deve

identificar a razão. Se o livro não puder ser emprestado, pode ser feita uma consulta local. Se

o livro estiver passando por reparos, o usuário deverá retornar em outro momento. Se o livro

estiver emprestado, o usuário poderá fazer uma reserva do livro.

3 – Com o empréstimo realizado, o usuário deverá ficar atento ao prazo para devolução. Ao

fim do prazo, caso o usuário queira permanecer com o livro, deverá consultar o sistema para

saber se há reservas. Se houver reservas, deverá devolver o livro. Caso não hajam reservas, o

usuário poderá renovar o empréstimo e permanecer com o livro.

É importante saber que existem diferentes prazos de empréstimo a depender do material a

ser emprestado (livros com grande rotatividade geralmente tem menor prazo de

empréstimo), e do tipo de usuário (professores e alunos de pós-graduação normalmente

tem um prazo maior do que alunos de graduação, por exemplo). Também vale lembrar que

é bastante comum a aplicação de multas diárias para os atrados na devolução e, em muitos

casos, a multa é mais alta para livros que estão com reservas.

Page 21: Apostila Biblioteconomia

7. Registro de Periódicos: KARDEX.

Ficha Kardex é uma ficha de registro de periódicos. É usada para registrar cada periódico e

exemplar que entra na biblioteca. Periódicos são publicações seriadas (em série). Possuem

esse nome pois obedecem a uma periodicidade (período de tempo) qualquer. Podem ser

diários (como os jornais de grande circulação), semanais, quinzenais, mensais, bimestrais,

trimestrais, quadrimestrais, semestrais, anuais, bianuais, e assim por diante. Curiosidade:

periódicos de países com estações do ano bem definidas costumam ser trimestrais e trazem

a estação e não os meses.

As publicações seriadas acadêmicas, que são mais utilizadas em bibliotecas universitárias

(também chamadas de bibliotecas acadêmicas), apresentam em geral periodicidade de

mensal em diante. Ao final de um ano, elas mudam o número do ano ou volume, que

indicam quase sempre o tempo de existência da publicação. Por exemplo, Revista Ciência da

Informação, vol. 1, número 3.

O Kardex é muito importante para que sejam identificadas lacunas na coleção (exemplares

que não foram recebidos pela biblioteca) e também duplicatas recebidas.

ficha kardex

Inclusão regular de informações relativas ao controle de recebimento de fascículos das

publicações em série. Basicamente as informações são: número do volume, número do

fascículo, mês (se houver), ano.

O nome Kardex é o nome da empresa que fabricava as fichas e os arquivos para essas fichas.

A empresa ainda hoje existe e atua no mercado de armazenamento de documentos. Apesar

do controle de recebimento de periódicos ser feito em softwares automatizados, ainda se

usa o nome kardex.

Bibliografia

Page 22: Apostila Biblioteconomia

CUNHA, M.B. da; CAVALCANTI, C.R. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília:

Briquet de Lemos, 2008.

FONSECA, E.N. da. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2007.

MEY, E.S.A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.

SILVA, D.A. da; ARAUJO, I.A. Auxiliar de biblioteca: técnicas e práticas para formação

profissional. 5. ed. Brasília: Thesaurus, 2003.

Fundação Biblioteca Nacional

IBICT