xiii congresso nacional “cientistas em ação” · – 11 – xiii congresso nacional...

132
1 XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Upload: others

Post on 22-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 1 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 2: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 2 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 3: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 3 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

XIII CONGRESSO NACIONAL CIENTISTAS EM AÇÃO

Centro Ciência Viva de Estremoz

Pólo de Estremoz da Universidade de Évora

19, 20 e 21 de abril de 2018

Comissão Organizadora: Coordenação Pedagógica – Rui Manuel Soares Dias

Acompanhamento Científico e receção de resumos – Vânia Silva

Produção – Susana Campos

Webdesign – Eduardo Pereira

Colaboradores – Equipa CCVEstremoz: Adriana Batista, Adelina Gomes, Alexis Soares,

André Paiva, Alice Carretas, Eduardo Pereira, Eugénia Pinheiro, Florbela Cebola,

Francisco Nascimento, Isabel Leal Machado, João Paulo Maneta, Mário Silva, Noel

Moreira, Luiseta Mira, Patrícia Pereira, Rui Dias, Rute Canhoto, Sandra Espada, Susana

Campos e Vânia Silva.

Direção do CCVEstremoz - Rui Dias e Isabel Leal Machado

Comissão Científica:

Professor Doutor Galopim de Carvalho – Museu de História Natural

Professor Doutor Rui Dias – Instituto de Ciências da Terra (ICT), Escola de Ciências e

Tecnologia da Universidade de Évora (ECTUÉ), Laboratório de Investigação de Rochas

Industriais e Ornamentais (LIRIO), CCVEstremoz

Mestre Isabel Leal Machado – ECTUÉ, CCVEstremoz

Professora Ana Basaloco – Serviços de Educação do Município de Estremoz

Dra. Anabela Ferreira – Município de Montemor-o-Novo

Professor José João Espadinha – Diretor do Agrupamento de Escolas de Estremoz

Professora Teresa Queijinho – Escola Básica da Mata, Estremoz

Professora Adelina Gomes – Mobilidade do Ministério de Educação no CCVEstremoz

Engenheiro Jorge Canhoto – Eng. Biofísica

Professor Doutor António Ribeiro – Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (UL),

Dep. Geologia da Faculdade de Ciências da UL, Museu Nacional de História Natural e da

Ciência (UL)

Doutor Miguel Potes – Instituto de Ciências da Terra (ICT)

Professora Doutora Rita Fonseca – Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de

Évora (ECTUE), Departamento de Geociências

Comissão de Honra:

Professor Doutor Galopim de Carvalho – Museu de História Natural

Vice-Presidente do Município de Estremoz – Francisco Ramos

Diretor Executivo do CCVEstremoz – Rui Dias

Professor Doutor António Ribeiro – Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (UL),

Dep. Geologia da Faculdade de Ciências da UL, Museu Nacional de História Natural e da

Ciência (UL)

Page 4: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 4 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Índice Nota de Apresentação

PRÉMIO GALOPIM DE CARVALHO – 1.º Ciclo do Ensino Básico

Quem é o Cientista? – Prof. Galopim de Carvalho 10

As Férias da Francisca 15

“O álcool em combustão nem sempre é uma ameaça! ”, Colégio São João de Brito 21

“ANTARcTUINO - CLIC Um desafio robótico na Antártida”, Centro Educativo Alice Nabeiro

22

“Como fazer Slime?”, E.B. Tramaga 26

“Filtro de lama”, E.B. Galveias 27

“Conservar Para a Alimentação Melhorar I”, E.B. Glória 28

“Jardim químico”, E.B. João Pedro Andrade 29

“Lontra europeia”, Centro Educativo Alice Nabeiro 30

“Fazer nuvens”, Colégio Valsassina 33

“Correntes térmicas e densidade – Um caso global”, Colégio São João de Brito 34

“ Um sismo!”, E.B. Glória 35

“A vela que faz a água subir”, E.B. João Pedro Andrade 36

“Poluição do mar”, E.B. Galveias 37

“Kaju – O amigo inseparável”, Centro Educativo Alice Nabeiro 38

“O chá misterioso da Rainha” E.B. Caldeiro 40

“Mensagens Secretas”, E.B. Galveias 42

“Uma Aventura ao Mundo do Iogurte ”, E.B. Glória 43

“Mecânica misteriosa”, Centro Educativo Alice Nabeiro 45

“Explosão de cores”, E.B. Galveias 47

“Conservar para a alimentação melhorar II”, E.B. Glória 48

Page 5: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 5 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

“O ovo que pula”, E.B. Galveias 50

“A água é essencial para as plantas (seres vivos)?”, E.B. Alvito 51

“A água que bebemos”, E.B. Alvito 53

“Extintor de Vinagre e Bicarbonato de Sódio”, E.B. Monte do Trigo 54

“A chuva que cai”, E.B. Alvito 55

“A água até às nossas torneiras”, E.B. Alvito 56

PRÉMIO DOLOMIEU – 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico

Quem foi o Cientista? – Déodat Dolomieu 60

Tira-Teimas 61

“Porque é que o metal é bom condutor da eletricidade?”, Colégio São José 64

“Simular um hovercraft”, E.B. 2,3 Alapraia 66

“Porque é que o sal derrete o gelo?”, Colégio São José 68

“Bioplástico”, E.B. 2,3 Alapraia 70

“O que é a cor?”, Colégio São José 72

“Cristalização”, E.B. 2,3 Alapraia 74

“Jazida da praia do Salgado-pegadas de “galinhas com dentes”?”, Agrupamento de Escolas de Paço d’Arcos

76

“Movimentos (Flutua ou afunda?)”, E.B. 2,3 Alapraia 78

“Reações químicas com coca-cola”, E.B. 2,3 Alapraia 80

“Porque é que os ovos velhos flutuam?”, Colégio São José 82

“Foguetão de CO2”, E.B. 2,3 Alapraia 84

PRÉMIO ANTÓNIO RIBEIRO – Ensino Secundário

Quem é o Cientista? – Prof. António Ribeiro 86

Tira-Teimas 87

“NaturalMENTE”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 90

Page 6: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 6 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

“Avaliação dos níveis de mercúrio de uma população de jovens portugueses entre os 12 e os 18 anos”, Colégio Valsassina

91

“O que os olhos não veem a matemática explica: alguns paradoxos históricos”, Escola Básica e Secundária de Pinheiro

93

“ASTEROIDE APOPHIS: Avaliação de um impacto na minha terra”, Instituto Educativo do Juncal

95

“Simplesmente ADN”, Agrupamento Escolas de Castro Verde 97

“Fueling the future”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 99

“Aproveitamento de resíduos florestais na otimização da produção de PHAs por culturas

microbianas mistas (MMC)”, Colégio Valsassina

101

“Avaliação do impacte do incêndio do Pinhal do Rei: risco geológico e qualidade da água em paredes de vitória”, Instituto Educativo do Juncal

102

“Demonstrando o Metabolismo Celular”, Agrupamento Escolas de Castro Verde 104

“Match Point”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 106

“Como têm variado no tempo os teores em mercúrio nos sedimentos da zona interdital da Foz do Rio Trancão (Estuário do Rio Tejo) ”, Colégio Valsassina

108

“Ecotoxicidade de Fármacos, Detergentes e Produtos de Higiene na Vida Marinha”, Escola Secundária da Boa Nova – Escola Secundária da Boa Nova, Leça da Palmeira

110

“Geoparque Naturtejo, na rota das rochas metamórficas e magmáticas”, Instituto Educativo do Juncal

113

“Think to drink”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 115

“Interpretando a natureza com a sucessão de Fibonacci: desafios e curiosidades”, Escola Básica e Secundária de Pinheiro

117

“Caracterização farmacognóstica das espécies Zanthoxylum zanthoxyloides e anthoxylum lepreieurii: Ação antimicrobiana e antifúngico”, Colégio Valsassina

119

“E se olhássemos atentamente os estratos em Salir do Porto?”, Instituto Educativo do Juncal

120

“Out of shades”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

122

“Estudo da capacidade de adsorção de Crómio através de carbonizados produzidos a partir de resíduos agrícolas”, Colégio Valsassina

124

Page 7: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 7 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

“Sweet smile”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

126

“Estudo de polimorfismos em RASGRF1 associado à miopia numa população de jovens portugueses entre os 15 e os 18 anos”, Colégio Valsassina

127

“The smell that you tell”, Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

129

“Genotipagem dos grupos sanguíneos AB0 por PCR-RFLP numa amostra de 111 alunos do Colégio Valsassina”, Colégio Valsassina

131

Page 8: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 8 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Nota de Apresentação

As ciências e as tecnologias atingiram nos dias de hoje, um papel extremamente importante na

sociedade. Torna-se fundamental que os cidadãos criem e desenvolvam hábitos e

competências no campo das ciências experimentais e das tecnologias, áreas por excelência,

onde se manuseiam materiais, aprendem técnicas e se verifica como os processos naturais se

desenvolvem. As atividades práticas tendem, atualmente, a ocupar um lugar de destaque e

insubstituível, reclamando um espaço próprio nos currículos de ciências. A sua utilização é

vista cada vez mais, como uma estratégia importante e necessária de ensino-aprendizagem.

Por outro lado, tendo em vista a importância fundamental da troca de experiências e ideias

entre as pessoas, a sua discussão e a importância fundamental do poder reconhecer-se que

afinal podemos estar errados, sem que isso constitua um problema, surgiu no ano letivo de

2005/2006 a 1ª edição do que é atualmente o "Congresso Nacional Cientistas em Ação”.

Pretende-se com o Congresso Nacional “Cientistas em Ação” desenvolver o contato e a troca

de ideias entre cientistas, os alunos e professores, promovendo a colocação dessas ideias à

observação dos outros, podendo admitir-se que se está errado... no âmbito da divulgação e

partilha da cultura científica e tecnológica. Com âmbito nacional, pretende-se também

promover o espírito científico dos jovens, através da realização e desenvolvimento de projetos

científicos nos quais o ensino experimental das ciências se revela como uma prioridade.

O presente Livro de Resumos está organizado em três capítulos, correspondente aos três

prémios de dia 19, 20 e 21, respectivamente:

- Prémio Galopim de Carvalho, (1.º Ciclo do Ensino Básico);

- Prémio Déodat Dolomieu, (2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico)

- Prémio António Ribeiro, (Ensino Secundário)

A Comissão Organizadora.

Page 9: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 9 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

XIII Congresso Nacional Cientistas em

Ação

PRÉMIO GALOPIM DE CARVALHO

1.º Ciclo do Ensino Básico

Page 10: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 10 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

QUEM É O CIENTISTA?

Professor Doutor Galopim de Carvalho

Nascido em 1931, António Marcos Galopim de Carvalho é um eborense com obra realizada

nos domínios da ciência e da cultura e, além disso, um cidadão interventor com largas provas

dadas e reconhecidas aos mais variados níveis do Estado, da comunicação social e do público,

em geral.

Como professor leccionou várias disciplinas (era assim no seu tempo) no Departamento de

Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, de 1961 a 2001, Sedimentologia no Instituto de

Geografia da Faculdade de Letras de lisboa, de 1965 a 1981, Sedimentologia na Universidade

dos Açores, de 1990 a 1993, de Geologia de Portugal, na Universidade do Algarve, de 1996 a

1998, e de Mineralogia e Geologia na Cooperativa Arco, na década de 1990.

Como investigador, para além das cerca de oitenta participações (e mais de uma centena de

comunicações) em congressos e outras reuniões científicas no país e fora dele, e do grande

número de artigos científicos que publicou, ressaltam duas obras fundamentais na Geologia e

na Paleontologia portuguesas:

- a tese de doutoramento, sobre a Geologia da Bacia Terciária do Tejo, concluída há 45 anos,

mas de uma actualidade reconhecida pelos seus pares;

- um estudo inovador de Paleontologia sistemática sobre Briozoários do Cenozóico português,

num total de 68 espécies, algumas novas para a ciência. Neste estudo, publicado em 1971,

criou uma metodologia de análise quantitativa para a identificação específica, que foi

adoptada no vol. 68 da Faune de France, publicado em 1966.

Criou e dirigiu uma dezena de projectos de investigação nas áreas da Paleontologia, da

Estratigrafia e da Geologia Marinha. Nesta última, em colaboração com o Prof. Alveirinho Dias,

seu ex-aluno, criou e sedeou no Museu Nacional de História Natural (MNHN), a primeira escola

de Geologia Marinha, em Portugal, na qual se formaram mais de uma dezena de doutores,

Page 11: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço das nossas Universidades e

Laboratórios do Estado.

No domínio da Paleontologia e com o apoio da Câmara Municipal. da Batalha, criou ali um

Laboratório de Paleontologia dos Dinossáurios, como pólo do MNHN, financeiramente

suportado pela autarquia, que assumiu, igualmente, os custos das escavações realizadas no

concelho.

Concebeu e conduziu os estudos que levaram à criação, em Viseu, do projeto do

geomonumento do Monte de Santa Luzia (Prémio Nacional do Ambiente – Autarquias, em

1997) e do Museu do Quartzo – Centro de Interpretação Galopim de Carvalho, único à escala

mundial, inaugurado em 2012 pelo Ministro da Educação.

Além de professor foi geólogo prático, no terreno, sendo um dos poucos docentes

universitários com nome ligado à cartografia geológica do País, com levantamentos nas regiões

de Castelo Branco, Castro Verde, Évora, Monte Trigo, Moura, Ponte de Sor, Santiago do

Cacém, Sines e Tomar. Nesta sua actividade descobriu e estudou as primeiras jazidas

portuguesas de palygorskite e de bentonite, dois tipos de argilas de elevado interesse

económico. Reconheceu e estudou, ainda, as importantes jazidas de areias siliciosas de Coina e

Rio Maior, essenciais à grande indústria vidreira.

Ministrou cursos em diversas universidades portuguesas e proferiu lições e conferências em

todas elas e em numerosas escolas do Continente e das Ilhas e em Macau, do Básico ao

Secundário. Proferiu, ainda, conferências no Rio de Janeiro, Luanda, Madrid, Paris, Bruxelas,

Londres, Estrasburgo, Munchehagen (Hanôver, Alemanha), Toronto e Drumheler (Alberta,

Canadá).

No dia da sua jubilação, em 2001, a Faculdade de Ciências de Lisboa proporcionou-lhe uma

cerimónia que fez história. O grande auditório completamente esgotado nos seus cerca de 800

lugares (como nunca acontecera ou voltou a acontecer e actos semelhantes), tinha gente em

todas as coxias a assistir à sua última lição, “Geologia e Cidadania”. Na primeira fila, o ex-

Presidente Ramalho Eanes, o Ministro da Ciência, Prof. Mariano Gago, o Reitor da

Universidade, Prof. Barata Moura, o Director da Faculdade, Prof. Pinto Paixão, o Presidente da

JNICT, Prof. Ramôa Ribeiro e o Presidente da Fundação da UL Prof. David Ferreira quiseram

testemunhar-lhe o seu apreço.

Como homem de cultura, entrou tarde na literatura, que Natália Correia classificou de

“etnografia ficcional”, com cinco livros publicados, entre 1993 e 2008, e revelou-nos uma sua

faceta menos conhecida, no domínio das artes plásticas, com algumas exposições de desenho,

pintura e escultura, num total de três dezenas de obras.

Page 12: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 12 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Enquanto cidadão, revelou-se um divulgador na área das ciências da Terra. Como tal publicou

uma dezena de livros e numerosos artigos em múltiplos jornais e revistas; proferiu palestras

em todo país (em Bibliotecas Municipais, Centros Culturais, Sociedades Recreativas etc.);

promoveu as mais visitadas exposições, com centenas de milhar de visitantes, e introduziu em

Portugal, em 1998, as feiras anuais de minerais, gemas e fósseis, com 28 edições cumpridas,

sempre frequentadas por milhares de interessados, ávidos e em número crescente.

Ainda como cidadão, foi interventor activo na defesa e valorização do nosso património

geológico e paleontológico, numa luta cívica que fez escola, deu frutos e que conta já com

múltiplos seguidores. Neste domínio de actividade, concebeu e tem vindo a divulgar o conceito

de Exomuseu da Natureza. Os sítios (geomonumentos e geossítios) classificados no âmbito dos

Protocolos que assinou, em nome do MNHN, com as autarquias de Évora, Lisboa, Setúbal e

Viseu, foram aceites por estas como pólos da Universidade de Lisboa nos respectivos

concelhos.

Em reconhecimento da sua actividade nos domínios mencionados o Presidente Mário Soares

distinguiu-o com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada – Ciências,

Artes e Letras.

Nesse mesmo reconhecimento, o Presidente Jorge Sampaio incluiu-o, como representante da

comunidade científica, na comitiva que o acompanhou na sua viagem de Estado ao Brasil, em

1977.

Também o Governo decidiu homenageá-lo, através do Ministério da Educação, dando o seu

nome à Escola Básica 2+3 de Pego Longo (Sintra),em 1999, nome que, em 2002, tornou

abrangente a todo o Agrupamento de Jardins de Infância e Escolas da zona.

O reconhecimento, pela comunicação social, da sua actividade, em prol da divulgação da

ciência mereceu-lhe prémio “Bordalo da Ciência”, em 1994.

A organização ambientalista QUERCUS, conferiu-lhe, em 1995, o Prémio Nacional do

Ambiente.

Pela sua colaboração no processo de candidatura de Sintra a Património Mundial da UNESCO,

a autarquia concedeu-lhe a Medalha de Prata do município.

Évora, a sua terra natal, distinguiu-o, em 2000, com a Medalha de Ouro de mérito municipal.

Em 2003 foi distinguido com o Prémio Prestígio Mais Alentejo (Ciência).

Em 2006, a Associação Portuguesa de Museologia, concedeu-lhe o Prémio APOM (melhor

personalidade do ano na área da museologia).

Page 13: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 13 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Pelo trabalho desenvolvido na musealização da jazida com pegadas de dinossáurios da

Pedreira do Galinha, a Câmara Municipal de Ourém atribuiu-lhe a Medalha de Ouro do

município.

A culminar uma caminhada ao serviço da divulgação científica foi galardoado este ano de

2013, com o Grande Prémio Ciência Viva – Montepio.

LIVROS PUBLICADOS

Dirigidos aos ensinos secundário e superior e à divulgação científica publicou:

1965 – Sedimentologia aplicada à Geomorfologia, edição policopiada do Centro de Estudos

Geográficos da Universidade de Lisboa.

1968 – Contribuição para o Conhecimento Geológico da Bacia Terciária do Tejo, Mem. Serv.

Geol, de Portugal, NS, nº 15, Lisboa

1971 - Briozoários do Terciário Português, edição do Centro de Estudos de Geologia da F.C.U.L.

1977-78 – Geologia, Vols. I, II e III, edição do Ministério da Educação (Ano Propedêutico).

1980 – Geologia, Volume I – A Terra, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O.

Vau e P. Baptista, Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.

1981 – Vol. II – Geodinâmica, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O. Vau e P. Baptista,

Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.

1989 – Dinossáurios, edição da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Colecção Natura.

1991 – A Vida e Morte dos Dinossáurios, em colaboração com Nuno Galopim de Carvalho,

Gradiva.

1991 – Geologia do Arquipélago da Madeira, em colaboração com J. Brandão, edição do

Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa.

1994 – Dinossáurios e a Batalha de Carenque, Editorial Notícias.

1995 – Mineralogia e Cristalografia, edição da Universidade Aberta.

1996 – Morfogénese e Sedimentogénese, edição da Universidade Aberta.

1997 – Petrogénese e Orogénese, edição da Universidade Aberta.

2000 – Guadiana Antes de Alqueva, edição da Direcção Geral do Ambiente, Évora.

2000 – Introdução ao Estudo dos Minerais, com uma 2ª edição em 2002, Âncora Editora.

2002 – Introdução ao Estudo do Magmatismo e das Rochas Magmáticas, Âncora Editora.

2002 – Dinossáurios – Uma Nova Visão, em colaboração com J. P. Barata e Vanda Santos,

Âncora Editora.

2003 – Geologia Sedimentar, Volume I, Sedimentogénese, Âncora Editora.

Page 14: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 14 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

2004 – Geologia Sedimentar, Volume II, Sedimentologia, Âncora Editora.

2006 – Geologia Sedimentar, Volume III, Rochas Sedimentares, Âncora Editora.

2007 – Como Bola Colorida, Âncora Editora.

2008 – Contos da Dona Terra, em colaboração com M. H. Henriques e M. J. Moreno. Comissão

Nacional da UNESCO e C.M. de Cascais. Soc. Industrial Gráfica.

2011 - Dicionário de Geologia, Âncora Editora

2012 – Era uma vez…com Ciência, Âncora Editora.

2012 – Conversas com os Reis de Portugal, Âncora Editora

2014 – Evolução do Pensamento Geológico, nos contextos filosófico, religioso, social e político

da Europa. Âncora Editora.

2015 – As Pedras e as Palavras. Âncora Editora.

2017 – O avô e os netos falam de Geologia

No domínio da literatura de ficção publicou:

1993 - O Cheiro da Madeira, Editorial Notícias, mais duas edições em 1995 e 2002,

Âncora Editora.

1995 - O Preço da Borrega, Editorial Notícias.

1997 - Os Homens Não Tapam as Orelhas, Editorial Notícias.

2002 - Com Poejos e Outras Ervas, Âncora Editora, reeditado pelo Círculo de Leitores,

em 2004.

2008 - Fora de Portas, Memórias e Reflexões, Âncora Editora.

Page 15: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 15 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

AS FÉRIAS DA FRANCISCA

(Uma ficção em apoio da disciplina de Educação Ambiental para crianças)

«A Terra, que aos nossos avós parecia muito grande, quase sem fim, revela-se hoje, desde

que nos habituámos a ver através das imagens colhidas do espaço, como uma pequena bola

perdida num céu negro e sem fundo. A rapidez dos transportes aéreos, a televisão e a

internet estão a mostrar-nos um planeta frágil, no limite da sua resistência às graves

maldades que lhe estamos a fazer». – Terminou a professora de Ciências Naturais do 5º ano,

naquela última aula antes das férias do Natal.

– Aproveitem estas duas semanas para brincar, mas não se esqueçam de fazer os trabalhos

de casa. E portem-se bem!

Ainda cedo, já na casa dos avós, no Monte da Galinholas, a Francisca saltou da cama

e correu feliz, descalça, a caminho da ampla cozinha, uma largueza a que não estava

habituada. Na grande chaminé, o borralho do lume do serão anterior ainda luzia por entre a

cinza, dando calor à cafeteira a ele aconchegada.

- Vou fazer-te chocolate com leite, à nossa maneira. Nada dessas modernices engarrafadas

que vocês têm lá em Lisboa. – Disse a avó Rosa, ao dar-lhe o beijo dos bons-dias.

– Dormiste bem?

- Sim, avó, que nem um anjinho, como diz a minha mãe.

- Estava-se no mês do frio e, no Alentejo interior, andar assim, como ela, de pés descalços,

no chão de ladrilho, era uma aflição para a avó.

- Vai-te lá calçar, anda, enquanto o leite aquece! Ainda me apanhas umas anginas e lá

se vão as férias.

Os pais só chegariam na véspera do dia do Menino, mas ela quisera vir logo que as

aulas terminaram. Levaram-na à Estação do Oriente, entregaram-na ao cuidado do revisor e,

depois de muitos abraços, beijos e recomendações, viram-na partir atrás dos vidros da

carruagem a afastar-se, suavemente. Era a primeira vez que a filha viajava sozinha e, embora

soubessem que o avô estaria à sua espera na estação de Évora, teriam o coração apertado

até ao momento em que o telefone confirmasse a sua chegada em bem.

Page 16: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 16 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A casa do monte, de um único piso, era toda branca, com ombreiras de portas e janelas

pintadas de azul cobalto. E grande! Nada que se comparasse ao “apertamento”, como ela

gostava de dizer, num 3º andar, em que vivia com os pais, na capital. À volta era tudo campo

e, no meio desse campo, a casa dos avós alvejava sob o Sol radioso daquela manhã de

Inverno. Nas traseiras da casa havia um galinheiro, uma coelheira e, mais afastada, uma

pocilga. Tudo isto estava à espera de ser explorado e a sua curiosidade era imensa. Alheia ao

frio, tudo para ela era promessa de satisfação e alegria. Ajudar a avó a tratar da criação,

apanhar erva para os coelhos, brincar com o “Amigão” e a “Mansinha”, um casal de rafeiros

alentejanos, acompanhar o avô nos trabalhos da horta e, apanhar o que por lá descobrisse,

iam encher-lhe as horas e os minutos dos dias que ali passasse.

Enquanto tomava o pequeno-almoço, reparou que a avó tinha, à mão, um balde, onde

deitava cascas de batatas e tudo o que eram sobras da cozinha, e um outro, para receber

papeis, latas, sacos de plástico usados, e tudo o que a pá do lixo apanhasse do chão. Através

do vidro da janela, via o avô junto de uma pequena fogueira, enchendo o ar de fumo. Neste

quadro ambiental, resolveu pôr em prática os ensinamentos aprendidos na escola

Page 17: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 17 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- A avó sabe quantas árvores é preciso cortar para fazer todo o papel que se gasta por

aí? São os jornais aos milhões todos os dias, as caixas e caixinhas de cartão, o papel dos

embrulhos… Tudo isto é feito com um produto que se tira da madeira chamado celulose.

- Julgas que eu não sei? Sei muito bem. E depois? – Perguntou, vaidosa com a

sabedoria da criança.

- Depois, avó, – são milhões e milhões de árvores que se perdem. E o pior é que essas

árvores fazem falta, porque são só elas que produzem o oxigénio que nós respiramos. Por

isso, temos de aproveitar o papel velho para fazer papel novo. Chama-se a isto reciclar. A

avó sabe o que é reciclar?

- Sei, muito bem, sim, minha neta. Vivemos no campo mas não temos os olhos fechados. É

um assunto que sempre me interessou. Vou lendo o que posso e ainda temos a televisão

que, além do futebol, vai ensinando alguma coisita sobre esses assuntos dos lixos, do

ambiente e da poluição. Tudo coisas de que não se precisava falar antigamente, mas que a

gente fazia e, como vês, ainda faz. Olha, Francisca, guardar estas sobras, para dar aos porcos,

é reciclar. É transformar os restos da cozinha e da mesa em boa carne e no paio que estás aí

a comer com o pão. – E a avó continuou. – Fazer uns colarinhos para as camisas do teu avô,

aproveitando parte das mangas, é reciclar. Guardar trapos, latas, garrafas e frascos usados,

para tornarem a servir quando for preciso, também é reciclar. Guarda-se o que se pode

porque há sempre um dia em que terá utilidade. Nunca ouviste dizer que «quem arrecada,

acha?» Podes crer que é bem verdade.

- Já ouvi, sim, avó. O meu pai diz isso muitas vezes e tem, para lá, montes de coisas

que só servem para encher. Mas ele acha que não e que eu, um dia, vou dar-lhe razão.

- Cá no campo, - interrompeu a Dona Rosa – fazemos assim. O que é de aproveitar,

aproveita-se, o que é de guardar, guarda-se, o que não interessa, queima-se ou enterra-se.

Não temos cá esses grandes caixotes, o azul, o amarelo e o verde, que mostram na televisão.

- Os ecopontos! – Exclamou a criança.

- Isso, os ecopontos. – Continuou a avó. E até sei que o azul é para papéis e papelões, o

amarelo para os plásticos e latas e o verde para os vidros. Não penses que somos uns

atrasados que para aqui andam. Não te esqueças que eu e o avô crescemos e estudámos na

cidade. Viver no campo foi uma escolha que fizemos, já o teu pai era crescidinho.

- Muito bem, avó. Já acabei de comer. Posso ir lá para fora?

Page 18: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 18 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- Vai, sim, minha querida, que hoje está um dia lindo, mas agasalha-te, veste esse casacão.

- Anorak! – Emendou a neta, a rir, já a caminho da porta.

- Ou isso. - Riu, também, a Dona Rosa. - Vai ter com o avô e ele que te explique o que está a

fazer.

À porta, esperavam-na a “Mansinha” e o “Amigão” que, correndo e saltando, a

acompanharam até junto do avô Luís, frente a uma pequena fogueira.

- Cuidado com o lume! – Advertiu ele. Não te aproximes muito.

- Mas o que é que o avô está a fazer? – Quis saber a neta, num tom e em gestos de quem

não aprova o que está a ver.

- Estou a queimar mato que é sempre muito. Nada disso pode ficar por aí. Vai-se

queimando sempre, bem antes do tempo dos incêndios. E aproveito para queimar o lixo da

casa, quase só papéis sem qualquer utilidade.

- Mas está a poluir o ar, avô!? Está a libertar dióxido de carbono para a atmosfera.

- Ora, ora, Francisca! O que é este fumo tão pequenino, comparado com o das

fábricas e dos carros nas grandes cidades. A agricultura tradicional não faz mal ao ambiente.

A civilização industrial e a sociedade de consumo é que estão a dar cabo do nosso planeta.

Desenvolvimento, sim, mas sustentado. Sabes o que é que isto quer dizer?

- Mais ou menos, avô. Mas se puder explicar melhor eu agradecia.

- A civilização industrial é, por assim dizer, o modo de viver dos países ricos, ditos

desenvolvidos, que põem a indústria acima de tudo, em que o que é preciso é produzir

muito, consumir muito e ganhar muito dinheiro, sem se olhar para os danos que se estão a

causar ao ambiente e à Natureza, em geral.

- É por isso que se fala em sociedade de consumo?

- É, sim, minha neta. Isto não é desenvolvimento. Chama-se desenvolvimentismo. O

desenvolvimento a sério procura o bem-estar de todos e não o de apenas alguns à custa do

mal-estar de muitos, que é o que está a acontecer nos países ricos. É por isso que as pessoas

preocupadas com o futuro da Terra e da Humanidade falam em desenvolvimento

sustentado.

- E o que é que isso quer dizer, avô?

Page 19: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 19 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- Quer dizer desenvolvimento em equilíbrio com a Natureza, no qual, tudo o que fizermos

não pode ir contra ela, tanto mais que sabemos hoje muito bem quanto esse equilíbrio é

frágil.

- Acho que percebi tudo, avô. É o que dizem os ambientalistas. Não é, avô?

- É, sim Francisca! Afinal já sabes muito! – Alegrou-se o senhor Luís.

A curiosidade da neta era muita e as perguntas alternavam com as correrias e as

brincadeiras com os rafeiros. Quando regressou a casa, à hora de almoço, o apetite era

muito e aquelas sopas de entrecosto aromatizadas com poejos souberam-lhe a um delicioso

manjar, a ela que, em casa, dizia não gostar de sopas de pão.

Levantada a mesa da cozinha, divisão onde se tomavam as refeições e se fazia a

maior parte da vida da casa, foi buscar a mochila da escola, cheia até mais não de livros e

cadernos.

- Meu Deus, tu carregas esse peso todos os dias? - Surpreendeu-se a dona Rosa.

- É assim, avó. Toda a gente reclama mas ninguém faz nada. Vou começar a fazer os

trabalhos de casa. Faço um bocadinho todos os dias e, quando chegar ao fim das férias

tenho tudo acabado.

- Assim é que é falar, linda menina. – Aprovou a avó.

Menos de uma hora volvida, a Francisca deu por findo o trabalho. - Já acabei por

hoje, avó. – Disse, a enfiar o livro e o caderno na mochila. - Vou ver o que o avô anda a fazer.

- Então vai lá para fora respirar ar puro, que é coisa que não tens em Lisboa. Vai ter

com o avô à horta. Tens lá muito com que te entreter. Pede-lhe que te ensine a apanhar

uma alface, que a que cá tinha, já a gastei na salada do almoço.

Com muito cuidado e sob a orientação do avô, a menina cortou o pé da alface que o

avô lhe indicou.

- Porquê esta, avô?

- Porque é a mais crescida. – Explicou ele. – Esta já cresceu o que tinha a crescer. As outras,

só daqui a mais uns dias.

Entusiasmada com aquela sua nova experiência na vida do campo, perguntou:

- Ó avô, como é que nasce uma alface?

Page 20: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 20 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- Não só as alfaces, mas tudo o que trago aí, na horta, couves, nabos, tomate, salsa,

coentros, tudo, até as abóboras, os melões e as melancias. Primeiro - ,começou ele, –

espalha-se uma porção de sementes num viveiro que temos ali ao fundo da horta…

- E o que é um viveiro? – Interrompeu ela.

- Um viveiro é um pedacinho de terra muito boa e regada com todo o cuidado, que faz

nascer tudo o que lá se semeia. É lá que, passados uns dias, despontam, em rebentos muito

pequeninos e quase sempre, muito juntinhos, encavalitados uns nos outros. Deixo passar

uns dias e só então os tiros da terra, com muito jeitinho, e os disponho aqui, bem espaçados

uns dos outros, para que cresçam à vontade. Depois, se não chover, é só deixar passar a

água nestes regos, arrancar as ervas daninhas e esperar que fiquem, assim, como essa que

tens na mão

- E as sementes, avô, como é que se arranjam?

- É muito simples. Deixas crescer uma meia dúzia, seja de alfaces, seja de outra coisa, não as

apanhas e esperas que elas deem umas florzinhas. Esperas mais uns dias e essas florzinhas

dão as sementes que se deixam secar e se guardam para semear quando for tempo disso.

A. M. Galopim de Carvalho

Page 21: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 21 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

O álcool em combustão nem sempre é uma ameaça!

Francisca Sampaio, Baltazar Pires, Francisco Lopes, Mateus Fontes

1 & Inês Fontes, Jorge

Costa, Sílvia Sepúlveda2

1-Alunos do Colégio São João de Brito 2-Docentes do Colégio São João de Brito

Questão-problema: Como proteger o papel da combustão com álcool?

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo sensibilizar para a importância da água na prevenção das combustões. Pretende-se, também, observar o comportamento de diferentes combustíveis na presença de água.

Material: - Álcool etílico - Água - 1 Embalagem de lenços de papel pequenos - 1 Caixa de Petri - 1 Colher de combustão - 1 Pinça metálica grande - 1 Tina pequena - Fósforos compridos - Tesoura

Método: - Cortar um lenço de papel ao meio. - Introduzir álcool na caixa de Petri, em quantidade suficiente para embeber completamente meio lenço de papel, sem o deixar a escorrer. - Cortar um pequeno pedaço de papel, sustentá-lo com a pinça metálica e suspendê-lo sobre a base da caixa de Petri. - Com atenção e cuidado, aproximar um fósforo em chama do pedaço de papel, mantendo-o suspenso sobre a caixa. OBSERVAR e REGISTAR. - Introduzir um pouco de álcool etílico na colher de combustão. - Em segurança, aproximar um fósforo em chama da colher com álcool, mantendo-a afastada das pessoas. OBSERVAR e REGISTAR. - Com a pinça, retirar da caixa de Petri o lenço embebido em álcool, suspendê-lo sobre a tina com um pouco de água e aproximar um fósforo. OBSERVAR e REGISTAR.

Conclusão: O papel e o álcool são materiais combustíveis. No entanto, se o álcool contiver uma apreciável quantidade de água misturada, o papel absorve a água e esta vai proteger o papel, evitando a sua combustão. Enquanto a água não vaporizar com o calor recebido da combustão do álcool, o papel não arde, mesmo rodeado pela chama do álcool. Assim se vê mais um enorme valor da água!

Page 22: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 22 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

ANTARcTUINO - CLIC “Um desafio robótico na Antártida”

Miguel Miranda, Tiago Martins, Eduardo Mursa, Tomás Mafra

1 & Carlos Pepê e Nuno Sidónio

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro 2-Docente do Centro Educativo Alice Nabeiro e Docente do Instituto Politécnico de Beja

Finalidade: O Projeto ANTARcTUINO-CLIC integra-se programa PAEI: Programa Antártico de Educação e Investigação /AREP: Antarctic Research and Education Program. Foi concebido durante o ano de 2017 com duas grandes finalidades: i. Divulgação científica: em tópicos relevantes para o Continente Antártico (Clima e Ambiente, Astronomia, Física, Geofísica, Turismo,…); sensibilização para a questão da ligação entre os pólos (em particular a Antártida) e as restantes regiões da Terra; ii. Literacia Digital: desenvolvimento de competências digitais no campo da programação e da sua relação com as ciências físicas e com a matemática; criação de uma rede de escolas para participarem num programa assente na aprendizagem em torno de projetos e experiências científicas de aplicação da robótica.

Material: Coordenação Nuno Pereira Instituto Politécnico de Beja, Portugal Departamento de Matemática e Ciências Exactas & Laboratório de Física e Instrumentação Escolas Parceiras Portugal: Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior. Externato António Sérgio, Beringel Bulgária: St. George International School, Sofia 49th School (em colaboração com a Robotica Academy), Sofia.

Materiais aplicados ao projeto:

2 Robots mbot da makeblock para treino de programação e pré-testes no CEAN;

2 Robots Ranger da makeblock para montagem final e sua programação. Um deles serviu de protótipo e outro foi montado e programado para testes finais e viajar para a Antártida;

1 PC portátil para programação utilizando a plataforma mblock-based on scratch from MIT media lab (vs. 3.4.11);

Labirintos de teste desenhados no espaço ciência do CEAN;

Camaras frigoríficas dos supermercados Alentejo em Campo Maior para testes de hardware e baterias em temperaturas inferiores a -5 graus;

Caixas estanque para transporte;

Câmara fotográfica e de filmar para seguimento do projeto e registo de evidências.

Método: Na campanha de 2017-18, durante o mês de Fevereiro, no âmbito deste projeto e em parceria com o Instituto Antártico Búlgaro, foi implementado na Base Antártica Búlgara “St. Kliment Ohridki” (Ilha de Livingston, Península da Antártida) o projeto ANTARcTUINO-CLIC, após vários meses de trabalho preparatório que de seguida se descreve. Os alunos do 4º ano do Centro Educativo Alice Nabeiro de Campo Maior representaram Portugal em conjunto com os

Page 23: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 23 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

alunos do Externato António Sérgio de Beringel neste grande desafio que era criar um robot, programar e testar para as condições climatéricas da Antártida. A metodologia aplicada seguiu os seguintes itens:

Montagem dos diversos componentes dos robots de teste MBOT,

Treino de programação em Mbot com recurso a Mblock com linguagem sractch e arduino,

Montagem dos diversos componentes dos robots RANGER (robots que seguirão para Antártida),

Treino em protótipo de Ranger de programação desejada para replicar na Antártida.

Teste em Câmara frigorífica com temperaturas inferiores a -5 graus celsius para validação da resistência do Hardware, programação (eficácia) e ainda as baterias,

Preparação dos ajustes finais do robot Ranger versão final,

Recessão ao Alpinista Português Ângelo Felgueiras (o primeiro Português a chegar a pé ao Polo Sul em Janeiro de 2018) no Centro Educativo Alice Nabeiro onde trocámos ideias e percebemos as dificuldades sentidas durante a sua expedição,

Envio do robot RANGER para a Antártida na pessoa do Professor Nuno Sidónio no inicio de Fevereiro,

Aplicação da programação em solo da Antártida e registo dos resultados,

Regresso a Portugal no final de Fevereiro.

Os membros do nosso clube CLIC do CEAN

Montagem do Robot ranger CLIC

Page 24: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 24 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Testes do robot em temperatura ambiente e dentro de camaras de frio a temperaturas entre os -5 e os -15 graus celsius

Programação em mblock do robot

A entrega do nosso representante ao prf. Nuno Sidónio antes da partida para a Antártida

Page 25: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 25 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Robótica na Antártida: a robótica é uma área transversal que permite desenvolver diversas competências, da matemática à mecânica. Neste projeto, as quatro escolas envolvidas (duas em Portugal e duas na Bulgária) receberam robots oferecidos pela Makeblock, o mBot Ranger, para desenvolverem um programa que foi testado num ambiente extremo, a Antártida; nesta campanha foram sujeitos a testes 4 robots com excelentes resultados. O objetivo principal consistia em montar o robot e programar o robot para se deslocar no gelo resistindo a temperaturas negativas e registando o percurso. São várias as conclusões mas uma das mais relevantes foi que é possível a crianças desta idade criar projetos desta dimensão e assumir um papel relevante em parceria com outros colegas e atingir metas com rigor e exigência a par de dedicação e trabalho. Esperamos que os resultados apresentados possam sensibilizar as pessoas para a importância da Antártida, para as suas ameaças e fragilidade. Chamar a atenção para as alterações climáticas e o papel que as novas tecnologias deverão ter pela positiva ao nível da investigação é uma das nossas metas.

Equipa Portuguesa com o Prf. Nuno Sidónio (e os nossos robots) mais a equipa Búlgara

Registo da viagem no Facebook pelo prof. Nuno Sidónio

Page 26: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 26 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Como fazer Slime?

Afonso Menaia, Leonor Lopes, Beatriz Florindo, Laura Graça1 & Ana Filipe e Teresa Silva

2

1-Alunos da Escola Básica da Tramaga 2-Docentes da Escola Básica da Tramaga

Finalidade: Descobrir como se faz slime, massa viscosa para brincar.

Material: - Cola branca - Bicarbonato de sódio - Líquido das lentes de contato - Corante alimentar ou purpurinas - Recipiente - Colheres - Espátula

Método: - Primeiramente deitar a colar em proporção à quantidade de slime que se quer fazer, seis colheres de sopa de cola mistura-se com uma colher de café de bicarbonato de sódio. Adiciona-se tudo nem recipiente, posteriormente colocam-se quatro gotas do líquido das lentes, amassa-se tudo e vê-se se já está na consistência desejada, se não estiver junta-se mais uma ou duas gotas do líquido das lentes. - Podemos juntar no final, purpurinas ou corante alimentar, sendo este opcional, este é para dar cor mais atraente. - A reação é imediata, fica-se com uma massa muito viscosa para brincar. Conclusão: As substâncias ligam-se porque têm afinidade química. Obtemos um estado coloidal, um colóide, que é uma substância que está num estado intermédio entre o sólido e líquido, fica um material gelatinoso, gel.

Page 27: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 27 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Filtro de Lama

Martim, Mateus, João e Nuno1 & Carmo Silva e Ana Alcaravela

2

1-Alunos do 3º e 4º ano da Escola Básica de Galveias 2-Docentes da Escola Básica de Galveias

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo mostrar como podemos filtrar a água, de modo a evitar a poluição.

Material: - Filtro de água - Garrafa de plástico - Areia - Água - Terra - Filtro de café (de papel) - Colher - Recipientes

.

Método: Experiência: - Primeiro corta-se o topo da garrafa a 10 cm da tampa. Coloca-se o topo contrário dentro da garrafa. - De seguida mete-se o filtro de café dentro do topo da garrafa e com uma colher coloca-se uma camada de areia no filtro. - Deita-se água até deixar a areia molhada. - Mistura-se a terra com a água no recipiente. Despeja-se lentamente a terra enlameada para a areia molhada dentro do filtro. - No fim analisa a água dentro da garrafa.

Conclusão: Na experiência verificou-se que a mistura ao atravessar o filtro de café se deposita no fundo. Ao longo do tempo a água parece boa para consumo. Mas na realidade, não esta boa para consumo, pois não está filtrada. Com isto podemos concluir que a água está impropria para se beber, basta se comparar com a água das torneiras, que é portável. Nesta comparação vamos achar diferenças ligeiras de cor, que pode enganar qualquer pessoa se não forem feitas análises á água.

Page 28: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 28 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conservar Para a Alimentação Melhorar I Mariana Padeiro, Filipa Borralho, João Poeiras e Matilde Vermelho

1 & Maria Vitória Malhadas,

Maria Antónia Parrulas2

1-Alunos do 3º ano de escolaridade da Escola Básica de Glória 2-Docentes da Escola Básica de Glória

Finalidade: Perceber como se conserva a carne, no sal

Questão-Problema: Se antigamente não havia frigoríficos, como é que se conservava a carne?

Material: - Luvas descartáveis - Lupa - Sal grosso - Balança - 2 pedaços de toucinho com 50g - Caixas de plástico

Método: 1º - pesar os 2 pedaços de toucinho; 2º - observar os pedaços(cheiro, aspeto, textura, cor); 3º -colocar um pedaço numa caixa (caixa A); 4º - colocar uma camada de sal no fundo da outra caixa (caixa B), colocar o outro pedaço e cobrir bem com mais sal; 5º - deixar as duas caixas abertas em local seco; 6º- observar e registar as alterações durante uma semana

Observações: Caixa A

• O toucinho ficou com um cheiro mais acentuado; ficou seco nas pontas; apresentava uma cor amarelada e estava mole. Pesava o mesmo.

Caixa B • O toucinho ficou sem cheiro; ficou mais claro e um pouco mais duro. Pesava menos. O

sal estava molhado.

Conclusão: O sal conserva os alimentos porque retira progressivamente a água da carne, desidratando-a. A água pode provocar o aparecimento de fungos e outros decompositores porque estes para viverem, precisam de água líquida. O sal ocasiona uma reação chamada osmose: origina uma diferença de concentração entre o interior das células da carne e o meio exterior, fazendo com que a água se movimente para o exterior das células, desidratando-as.

Page 29: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 29 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Jardim Químico

David Papolinha, Diogo Papolinha, Guido Gomes e Joana Duarte1 & Maria Beatriz Varela e

Paulo Fonseca2

1-Alunos do 1º ano da Escola Básica João Pedro de Andrade 2-Docentes da Escola Básica João Pedro de Andrade

Finalidade: Este trabalho tem como principal finalidade a observação de reações químicas de diversos sais em contacto com a água… Silicato de Sódio, cloreto de níquel, sulfato de cobre, cloreto de cobalto, sulfato ferroso e sulfato férrico.

Material: - Tina com água - Silicato de Sódio - Cloreto de Níquel - Cloreto de sódio - Sulfato de cobre - cloreto de cobalto - Sulfato ferroso - Sulfato férrico

Método: 1ª experiência: Após ter a tina com a água considerada necessária, mais ou menos 3/4 da sua capacidade, dissolver o Silicato de Sódio num pouco de água e juntá-lo à restante água. Elemento a elemento, ir juntando, deitando na tina, sem agitar. 2ª experiência: Esperar que se desencadeiem as reações químicas, dado que os diferentes elementos aumentarão de volume e ramificarão pela tina em diferentes cores.

Conclusão: Após a reações químicas dos diversos elementos com a água e com o silicato de sódio, espera obter-se um pequeno Jardim Químico, colorido.

Page 30: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 30 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Lontra europeia (Lutra lutra) Estudo de caso da bacia do Caia e Xévora

Clarisse Carriço, João Rosário, Diogo Brinca e Guilherme Favita1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro 2-Docente do Centro Educativo Alice Nabeiro

Finalidade: Nos últimos seis anos realizámos diversas caminhadas ao longo dos rios Xévora e seu afluente Abrilongo bem como nas margens da Barragem do Caia onde percebemos a presença da Lontra Europeia. Acompanhámos a sua evolução e tentámos perceber os motivos que levaram ao crescimento do número de indivíduos desta espécie. Tentamos neste trabalho mostrar a importância de fatores como o alimento, a manutenção do habitat, o uso de pesticidas e uso agrícola com os seus pontos fortes e fracos, e ainda a autorregulação que esta espécie cria em determinadas espécies invasoras dos nossos cursos de água mediterrânicos. Todos estes fatores foram estudados nas nossas saídas de campo e apresentamos algumas conclusões.

Material: - Caixas de plástico, - Sacos de plástico, - Régua, - Máquinas fotográficas e câmaras noturnas, - Guias de campo, - Informação e registos de biólogos locais e fotógrafos de natureza como é o caso do Luís Venâncio e Ricardo Lourenço, - Material reutilizado para construção da maquete e ainda material recolhido nas galerias ripícolas.

Método: Ao longo do tempo de estudo que se iniciou em Novembro de 2017 até Março de 2018 as diversas saídas de campo tiveram os seguintes objetivos:

Recolher provas (pegadas, dejetos, zonas de alimentação, zonas de criação, fotografias e vídeos, da existência de lontra europeia nas zonas de estudo ao longo do Rio Xêvora, Rio Caia e ainda Ribeira de Abrilongo,

Falar com especialistas locais sobre as suas experiências com a Lontra europeia no Concelho de Campo Maior,

Marcar e inventariar os locais visitados e onde encontrámos evidências,

Provar a relação entre o número crescente de lontras europeias nos cursos de água do Concelho com a abundância de alimento à base de Lagostim-vermelho-do-Louisiana,

O lagostim-vermelho-do-Louisiana foi inicialmente introduzido em Badojoz (Espanha) nos anos 70 para fins alimentares mas depressa se dispersou pelas bacias hidrográficas da Península Ibérica. Um objetivo deste trabalho é provar que a Lontra conseguiu controlar o avanço do Lagostim que é invasor uma vez que ele é a base da sua alimentação.

Estudar a zona ripícola dos rios e perceber a sua importância na preservação da comunidade de lontra europeia.

Os alunos do CEAN realizaram diversas saídas de campo, nas quais recolheram e registaram dados e amostras e perceberam algumas evidências.

Page 31: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 31 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Membros da equipa de trabalho numa das saídas de campo

Uma das Galerias ripícolas em estudo na Ribeira do Abrilongo

Evidências de dejetos de Lontra Europeia e restos de lagostins na mesma zona, junto a

pegadas na lama da margem. A Lontra possui latrinas fixas.

Conclusão: Com este projeto os alunos divertiram-se muito, sujaram-se, investigaram, andaram no campo, no meio da galeria ripícola, sempre com cuidados redobrados, mas sempre divertidos. Conseguimos partilhar experiências e conhecimento com o Luís Venâncio e o Ricardo Lourenço que nos ajudaram com as suas recolhas de imagens e vídeos e que vinham reforçar as nossas ideias. Percebemos que a Lontra Europeia que já esteve ameaçada no nosso concelho, seguiu sobreviver devido à sua adaptação ao alimento disponível. Ao comer o Lagostim-vermelho-do-Louisiana, conseguiu sobreviver e controlar esta espécie invasora. Outro fator que descobrimos foi a importância da manutenção das galerias ripícolas. Dado que nos últimos anos as margens do Rio Caia a montante da Barragem do Caia, as margens do Rio

Page 32: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 32 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Xévora e Abrilongo não sofreram intervenções, permitiu o habitat ideal para a procriação e sobrevivência.

Page 33: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 33 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Fazer nuvens Maria Augusto, Marta Santos, Tomás Mateus

1 & Andreia Luz, Patrícia Castela, Pedro Alpuim

2

1-Alunos do Colégio Valsassina 2-Docentes do Colégio Valsassina

Finalidade: Este trabalho tem como objetivos identificar os estados físicos da matéria, compreender os processos de mudança de estado e como se formam as nuvens.

Material: - 1 Tina de vidro - 1 Gobelé 100ml - Sal - Gelo picado

Método: - Colocar gelo picado na tina de vidro com um terço de sal; - Introduzir o gobelé vazio na mistura de gelo e sal sem tocar no gelo com os dedos; - Soprar para dentro do gobelé vazio; - Observar e tirar conclusões.

Conclusão: Ao soprar para dentro do gobelé observou-se a formação de pequenas nuvens. As nuvens resultam da condensação das partículas de vapor de água. O gobelé vazio na tina de gelo simula uma atmosfera a baixa temperatura. O sopro contém ar aquecido e humedecido (rico em vapor de água). Ao soprar para dentro do gobelé o ar entra em contato com o ar frio e o vapor de água condensa formando a nuvem. Com esta experiência comprovou-se que as nuvens são compostas por água no estado gasoso.

Page 34: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 34 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Correntes térmicas e densidade – um caso global!

Maria Vasconcelos, Margarida Cruz, Miguel Geada, João Rosário1 & Anabela Marques, Inês

Fontes, Sílvia Sepúlveda2

1-Alunos do Colégio São João Brito 2-Docentes do Colégio São João Brito

Questão-problema: Como se formam as correntes oceânicas?

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo relacionar a temperatura da água com a sua densidade e observar a formação de correntes de energia e massa. Pretende-se, também refletir acerca da circulação oceânica global e da sua dependência do clima da Terra.

Material: - Recipiente retangular transparente (aquário) - Chaleira elétrica - 1 Seringa de 100 mL - 2 Gobelés de 500 mL - 1 Espátula - 1 Vareta - 2 Conta-gotas - Copo de plástico descartável - Corantes alimentares azul e vermelho - Cloreto de sódio - Água - Gelo azul - Papel absorvente

Método: - Introduzir água da torneira no aquário até cerca de 2/3 do seu volume. - Dissolver um pouco de cloreto de sódio nessa água, agitando com a vareta.

Q1: O que se pretende representar com o aquário? Q2: Porque se dissolveu cloreto de sódio na água do aquário?

- Introduzir cerca de 300 mL de água da torneira num gobelé, adicionar 10 gotas de corante azul e agitar com a vareta - foi assim que se preparou o gelo azul… - Introduzir o gelo azul na água contida no aquário. OBSERVAR e REGISTAR. - Aquecer cerca de meio litro de água na chaleira elétrica. - Introduzir a água quente no outro gobelé, adicionar 15 gotas de corante vermelho e agitar. - Encher a seringa com o “chá vermelho”. - Injetar o “chá vermelho” no fundo do aquário. OBSERVAR e REGISTAR.

Q3: Como explicar o que aconteceu com a água azul? Q4: Como explicar o que aconteceu com a água vermelha?

Conclusão: A temperatura afeta a densidade da água. Massas de água a temperaturas diferentes, possuem densidades diferentes, provocando correntes de massa e transporte de energia. Na reflexão acerca das observações, infere-se que, no Oceano, as águas frias tendem a descer, movendo-se em profundidade, e as águas quentes tendem a subir e a deslocar-se superficialmente para junto das águas frias. Ao arrefecerem, a sua salinidade aumenta, o que as torna ainda mais densas, fazendo-as descer. Assim, conclui-se que a corrente oceânica global está relacionada com a diferença de temperatura e de salinidade das suas águas. Conclui-se também que a corrente oceânica global está fortemente relacionada com o clima da Terra.

Page 35: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 35 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Um sismo! Clara Lopes, Rafaela Facadinhas, Ana Sepanas, João Lopes

1 & Maria Vitória Malhadas, Maria

Antónia Parrulas2

1-Alunos do 4º ano de escolaridade da Escola Básica de Glória 2-Docentes da Escola Básica de Glória

Finalidade: Conhecer o comportamento do tipo de solo, na construção de uma casa.

Questão-Problema: Qual será o ubstrato mais adequado para construção numa zona sísmica?

Material: - 3 Copos de plástico - Cascalho - Areia - Água - 6 Moedas

Método: 1ª Experiência: - Colocar num copo areia e enterrar na vertical duas moedas; simular um sismo. 2ª Experiência: - Colocar num copo cascalho, enterrar duas moedas na vertical; simular um sismo. 3ª Experiência: - Colocar num copo areia molhada e enterrar as duas moedas na vertical; simular um sismo.

Observações: No copo com areia, as moedas tombaram. No copo com cascalho, as moedas tombaram ainda mais. No copo com areia molhada, as moedas tombaram pouco.

Conclusão: Concluímos que quanto mais coeso e mais unido for o substrato, melhor será a zona para construir uma casa e evitar grandes desastre em caso de sismos. Observação: Este ano sentimos pela primeira vez um sismo. Estávamos na nossa escola e, seguimos os procedimentos recomendados.

BAIXAR- PROTEGER-AGUARDAR

Page 36: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 36 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A vela que faz a água subir

João Rosa, Manuel Luz, Lara Silva e Gabriela Afonso1 & Ana Filipe

2

1-Alunos da Escola Básica João Pedro Andrade 2-Docente da Escola Básica João Pedro Andrade

Finalidade: Descobrir por que sobe a água dentro de uma garrafa onde está uma vela acesa.

Material: - Um prato covo ou fundo - Uma vela - Corante azul - Água - Isqueiro ou fósforos - Garrafa

Método: Primeiramente colar a vela no centro do prato e depositar a água com corante no fundo do prato. Depois, basta acender a vela e colocar a garrafa de vidro com a boca pra baixo, deixando a vela dentro do recipiente. O que acontece a seguir é que a água começa a entrar na garrafa, ao mesmo tempo em que a chama da vela vai diminuindo, até que se apaga totalmente. Quando isso acontece, a água para de subir na garrafa.

Conclusão: O ar ao aquecer dentro da garrafa, ocupa mais espaço e, por isso, é obrigado a sair. À medida que a chama diminui de tamanho e até apagar, a temperatura diminui passando os gases a ocupar menos volume, logo a pressão dentro da garrafa diminui. A pressão exterior (a força que o ar exerce sobre a água) passa a ser superior à do interior da garrafa e obriga a água a entrar.

Page 37: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 37 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Poluição no Mar

Martim, Mateus, João e Nuno1 & Carmo Silva e Ana Alcaravela

2

1-Alunos do 3º e 4º ano da Escola Básica de Galveias e de Vale de Açor 2-Docentes da Escola Básica de Galveias

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo mostrar como ocorre a poluição do mar, nomeadamente um derrame de petróleo.

Material: - Uma tigela; - Copos de plástico; - Tinta de óleo; - Aguarrás; - Água; - Papel; - Um pau; - Detergente líquido.

Método: Experiência: - Mistura-se as tintas de óleo com as agarras num copo. - Depois fazer o mesmo procedimento de cima paras as várias cores. - Enche-se uma tigela de água e deita-se as tintas de óleo, mexendo com um pau até a tinta fica pegajosa. - Agora deita-se um pouco de detergente na tinta oleosa, volta-se a mexer e retiramos as conclusões da experiência.

Conclusão: Na experiência verificou-se as tintas de óleo das variadas cores, em contato com a água vão formar uma camada pegajosa, símbolo do petróleo e da poluição na água. Com a mistura do detergente líquido, essa formação acaba por desaparecer, pois o óleo é menos denso que a água e flutua sobre esta. Este facto faz com o detergente desfaça a acamada oleosa da tinta e a água volte a não estar poluída. Concluímos que a poluição da água pode ser travada, se cada um de nós não poluir e até mesmo limpar a água.

Page 38: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 38 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

KAJU- O amigo inseparável Nymphicus hollandicus

Joana Meira e Leonor Fatela1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro 2-Dicente do Centro Educativo Alice Nabeiro

Finalidade: Pretende este trabalho apresentar o resultado na ligação dos alunos com o nosso animal de estimação. O grupo de 4º ano do CEAN adotou uma caturra (Nymphicus hollandicus) ainda com 2 meses. Treinaram o Kaju desde Setembro de 2017 e quiseram trazer este projeto ao concurso para provar que a inteligência animal é uma realidade. Querem ainda sensibilizar as pessoas para a necessidade de respeitar os animais de estimação pois é uma enorme responsabilidade dada a sua dependência. A chamada de atenção vai também para o trafico de animais exóticos e a necessidade de controlar a sua extinção nos países de origem. Esta caturra foi adotada, evitando que fosse libertada num habitat que não o seu como acontece com tantas espécies animais que as pessoas abandonam quando se fartam dos seus cuidados.

Material: - Labirinto em K-line e acrílico, - Brinquedos - Som e imagens - Kaju (Nymphicus hollandicus) - Caturra da Emília – “Férias” - Agapornis roseicollis

Método: Este foi um projeto que cresceu livremente ao longo dos últimos meses. Os alunos do projeto são responsáveis pelas aprendizagens do Kaju dado que estão com ele na sala de aula onde anda livremente e vai com eles de fim de semana onde continua as suas aprendizagens. Dado o nível de competências desenvolvidas pelo Kaju, decidimos continuar os desafios e criar um labirinto onde íamos desafiando o Kaju com estímulos diversos e objetivos diversos. A Emília, uma colega da turma também tem uma caturra e decidimos trazer a “Férias” para realizar os mesmos desafios e ver os resultados. Comparámos ainda os resultados com os dum roseicollis e percebemos algumas caraterísticas destas aves exóticas. Foi um trabalho muito divertido onde todos estamos muito felizes por contar com mais um aluno na nossa turma, o KAJU!

Page 39: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 39 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Labirinto do Kaju onde decorreram os testes de competências adquiridas

Conclusão: A melhor conclusão que tirámos foi a alegria da turma ao adotar o Kaju e a forma como se integrou ao longo deste tempo nas nossas rotinas. Aprendeu imenso e tornou o tempo de estudo muito mais divertido para todos. As competências do kaju foram evoluindo e hoje merece um excelente na classificação. Queríamos comparar as suas competências adquiridas com outras aves da mesma espécie e de uma outra (para controlar as variáveis) e foi curioso perceber que ambas as espécies se adaptam rapidamente aos desafios e aprendem as causas e efeitos, tomando decisões acertadas ao fim de poucas tentativas.

Page 40: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 40 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

O chá misterioso da Rainha Beatriz Choças, Carolina Carriço, Guilherme Raminhos e Pedro Martins

1 & Joana Magarreiro e

Silva2

1-Alunos da Escola Básica do Caldeiro 2-Docente da Escola Básica do Caldeiro

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo distinguir substâncias ácidas, neutras ou básicas.

Material: - Cafeteira elétrica - Faca - Tábua de corte - 6 Copos de precipitação - Coador - 2 Funis - 6 Varetas de vidro - 3 Provetas - 1 Medidor de volume (recipiente graduador)

Reagentes:

- Couve roxa - Água - Água destilada - Vinagre - Limão - Limpa Vidros - Detergente Loiça

Método: 1º - Coloca 200 ml de água no jarro elétrico e liga-o; 2º - Parte as folhas da couve em pedaços pequenos; 3º - Mede 100 ml de água quente e verte para dentro do copo que tem a couve roxa; 4º - Mexe com uma vareta até a água ficar arroxeada; 5º - Coloca 25 ml de água fria em quatro copos numerados; 6º - No copo 1 coloca uma rodela de limão e mexe com a vareta de vidro; 7º - Adiciona o indicador preparado com couve roxa; 8º - Observa; 9º - No copo 2 coloca uma 15 ml de vinagre e mexe com a vareta de vidro; 10º - Adiciona o indicador preparado com couve roxa; 11º - Observa; 12º - No copo 3 coloca 10 ml de limpa vidros e mexe com a vareta de vidro; 13º - Adiciona o indicador preparado com couve roxa; 14º - Observa; 15º - No copo 4 coloca um pouco de detergente da loiça e mexe com a vareta de vidro; 16º - Adiciona o indicador preparado com couve roxa; 17º - Observa; 18º - No copo 5 coloca 15 ml de água destilada e mexe com a vareta de vidro; 19º - Adiciona o indicador preparado com couve roxa; 20º - Observa.

Page 41: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 41 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Os indicadores são compostos químicos que adquirem cores diferentes quando estão em presença de soluções ácidas, neutras ou básicas. A couve roxa contém substâncias que são indicadoras, por isso, torna cor-de-rosa todos os ácidos (como o limão e o vinagre) e verde ou azul todas as bases (como o detergente da loiça e o limpa vidros). Quando as substâncias não são ácidas ou básicas são neutras. Os químicos usam indicadores laboratoriais para avaliar se uma solução é ácida ou básica

Page 42: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 42 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Mensagens Secretas

Renato, José Eduardo, Leonardo e Helder1 & Carmo Silva e Ana Alcaravela

2

1-Alunos da Escola Básica de Galveias 2-Docentes da Escola Básica de Galveias

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo mostrar que pode haver uma mensagem para além do que se vê a olho nu.

Material: - Limão - Cotonetes - Folha de Papel e Cartolinas - Secador do Cabelo ( luz para ligar) - Copo de medução - Água - Pipeta - Imaginação

Método: Experiência: - Espremer metade do limão para um copo grande - Com a pipeta adiciona umas gotas de água ao sumo do limão - Molha a cotonete na solução que preparas-te - Com o cotonete molhado, escreve e desenha na folha ou cartolina - Aproxima o secador da folha no local onde escreves-te ou desenhas-te - Observa a mensagem desenhada.

Conclusão: Na experiência verificou-se que o sumo de limão devido as suas caraterística, e estando em contato com o calor mostra a mensagem ou desenho escrito. Em suma, o calor desencadeia uma reação no sumo do limão e a folha com o aquecimento queima a mensagens deixando esta de ser secreta e tornando-se esta visível. Revela-se assim a mensagem secreta!

Page 43: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 43 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Uma Aventura ao Mundo do Iogurte

Duarte Vaqueiro, Mariana Gimbra, Sofia Serrano e Eva Monteiro1 & Maria Vitória Malhadas e

Maria Antónia Parrulas2

1-Alunos do 3º ano de escolaridade da Escola Básica de Glória 2-Docentes da Escola Básica de Glória

Finalidade: Este trabalho tem como principal finalidade descobrir como se faz o iogurte.

Questão-Problema: Como é que se faz o iogurte?

Material: - Uma caixa de resmas de papel - Rolo de folha de alumínio - Lâmpada de 25W - Casquilho de lâmpada - Um termómetro - Marcador, régua, x-ato - Copos de plástico - Colher de café - 1l de leite - 1 Iogurte natural - Jarro elétrico

Método: 1º parte - Construção de uma iogurteira - Com a ajuda de um marcador e uma régua, traçar duas linhas diagonais unido os cantos de uma das faces da caixa. Marcar o centro - Marcar o rebordo do casquilho da lâmpada no centro da face - Recortar o círculo, fazendo um buraco para introduzir a lâmpada dentro da caixa - Forrar o interior da caixa com folha de alumínio - Introduzir o casquilho no buraco e enroscar bem - Enroscar a lâmpada no casquilho - Fixar o termómetro na tampa - Registar a temperatura - Colocar a tampa na caixa, ligar o interruptor e aguardar cerca de meia hora até obter uma temperatura estável (+/- entre 3.C e os 45.C) 2ª parte - Aquecer 1l de leite até 45.C - Colocar em copos de plástico e acrescentar uma colher de chá de iogurte natural a cada copo - Guardar os copos na caixa iogurteira - Fechar a tampa e ligar a lâmpada - Aguardar 12 horas

Conclusão: Passadas as 12h, abriu-se a caixa iogurteira e o leite tinha-se transformado em iogurte. O que aconteceu? O leite transformou-se em iogurte por ação de 2 tipos de bactérias: as Lactobacillus bulgaricus e as Streptococcus thermophillus, através do processo de fermentação. O leite deve ter uma temperatura ideal para que as bactérias não morram. É aos 37.C que elas trabalham melhor. Com temperaturas superiores a 45.C morreriam.

Page 44: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 44 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

São estas bactérias que ajudam a fazer o iogurte. O processo de fermentação do leite é feito pelas bactérias que consomem a lactose (açúcar) e libertam ácido láctico. Este ácido vai provocar a coagulação e formar uma massa no leite. As bactérias libertam também uma goma que vai dar contribuir para a formação do creme do iogurte.

Page 45: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 45 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Mecânica misteriosa Estudo do comportamento do ar em combustões

Miguel Gaião e Matilde Mourão1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do 3º ano do Centro Educativo Alice Nabeiro 2-Docente do Centro Educativo Alice Nabeiro

Finalidade: Neste projeto os alunos do CEAN pretendem desenvolver os seus conhecimentos e redefinir algumas ideias sobre as caraterísticas do ar e suas propriedades com aplicação concreta à mecânica. A indústria automóvel dá grande importância ao ar, enquanto elemento fundamental ao funcionamento dos motores de explosão com queima de combustíveis fosseis como a gasolina. Queremos neste trabalho mostrar a importância do ar e suas caraterísticas e entrar no mundo da mecânica. Os trágicos dias de Pedrogão Grande e as mortes causadas levou os nossos alunos a questionar a dinâmica do fogo e a importância do ar neste caso. Após diversas atividades experimentais, pretende este trabalho mostrar uma das possíveis razões para que os carros carbonizados no incêndio tenham parado, levando ao isolamento no meio do fogo dos seus ocupantes. Este trabalho é um tributo a todos os Portugueses que faleceram vitimas dos incêndios em 2017. A ciência pode e deve dar um contributo e apontamos algumas soluções na área da mecânica e da inovação.

Material: - Kit sobre pressão do ar Kornelson - Sistema de vasos comunicantes construído pelos alunos - Modelo interno dum motor de explosão criado pelos alunos (Câmara de compressão e explosão)

Método: Serão realizadas diversas experiências com o ar tentando provar que:

1. O ar ocupa espaço 2. O ar exerce uma força 3. O ar é composto por partículas 4. A aerodinâmica dos corpos influência a sua eficácia no deslocamento e atrito 5. A combustão e o triângulo do fogo 6. O ar tem peso 7. O ar e a sua compressão 8. Exemplo da compressão e explosão no interior dum motor

Seguindo este conjunto de conceitos e respetivas experiências terminamos na abordagem à combustão e sua aplicação ao mundo da mecânica, bem como sobre a aerodinâmica. Após cada uma das experiências serão tiradas as conclusões respetivas e no final serão apresentadas as conclusões gerais sobre a importância do ar.

Conclusão: Os alunos divertiram-se muito com a diversidade de experiências que tiveram de realizar de forma a provar as qualidades do ar e sua importância no mundo automóvel. O projeto teve inicio na discussão em sala sobre os incêndios de Pedrogão Grande onde muitos carros pararam no meio do incêndio levando à morte de muitas pessoas. A curiosidade dos alunos sobre estes trágicos momentos vividos em Portugal levou-os a pensar na importância e caraterísticas do ar e do fogo. Fomos procurar algumas respostas sobre as caraterísticas do ar e os alunos testaram os itens referidos no método. Percebemos que nos motores de combustão existe uma válvula de admissão do ar e que ele entra no motor apenas numa zona especial, onde ocorre por pressão do ar com mistura do combustível e uma pequena fonte de

Page 46: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 46 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

ignição (a vela) origina uma pressão vinda da explosão (baseada no triângulo do fogo) que empurra por expansão dos gases (monóxido de carbono) produzidos na reação o piston que por sua vez gera movimento no motor que é transportado para as rodas. Nesta viagem misteriosa pelo interior dum motor conseguimos juntar todos os conceitos relevantes sobre o ar e perceber que talvez nos incêndios de Pedrogão dada a envolvente de fogo no exterior das viaturas e a ausência de ar atmosférico (já queimado) tenha levado ao abafamento dos motores por falta de ar e assim as viaturas começaram a parar. Um motor se não tiver admissão de ar significa que não estamos a alimentar o triângulo do fogo com o comburente necessário, logo não temos fogo. Uma alternativa viável a este problema são os novos motores elétricos que para além de não poluírem e serem amigos do planeta, não necessitam de realizar a combustão pois não necessitam queimar combustível, logo em caso de incêndio um motor elétrico nunca iria parar por falta de oxigénio uma vez que tal não lhe é necessário.

Page 47: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 47 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Explosão de cores

Renato, Leonor, Lara e Tomás1 & Carmo Silva e Ana Alcaravela

2

1-Alunos do 3º e 4º ano da Escola Básica de Galveias 2-Docentes da Escola Básica de Galveias

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo mostrar a explosão das cores em contato com o leite e os outros materiais.

Material: - Prato de sopa - Leite - Corante - Palitos - Detergente de loiça

Método: Experiência: Preparação:

1º- Colocar num pouco de leite no prato. Deixa-o repousar alguns minutos para que fique parado. 2º- Com a pipeta, adiciona algumas gotas de corante. 3º- Molha a ponta do palito no detergente. A ideia é que fique mesmo só com uma gota. 4º - Coloca o palito, com o detergente, no meio de uma mancha de corante. 5º - Observa a experiência.

Conclusão: Na experiência verificou-se que o leite e constituído por água, gordura e proteínas. Ao se colocar corante este não se mistura com o leite, e ao colocares o palito com detergente dentro das manchas vai quebrar essas ligações e o leite se misture com as gorduras e crie assim uma explosão de cores.

Page 48: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 48 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conservar Para a Alimentação Melhorar II Rodrigo Barbas, Miguel Mira, Afonso Carapeta e Tomé Deus

1 & Maria Vitória Malhadas e Maria

Antónia Parrulas2

1-Alunos do 4º ano de escolaridade da Escola Básica de Glória 2-Docentes da Escola Básica de Glória

Finalidade: Perceber como se pode conservar um alimento fresco à temperatura ambiente

Questão-Problema: Se antigamente não havia frigoríficos, como se conservavam as cenouras?

Material: - 6 Copos transparentes - Sal - Vinagre - Água - Açúcar - Película aderente - 1 Cenoura

Método: - Cortar a cenoura fresca em 6 rodelas iguais; - Colocar uma rodela em cada copo; - Colocar uma rodela de cenoura no copo A; - Colocar uma rodela de cenoura no copo B e tapar com película aderente; - Colocar uma rodela de cenoura no copo C e adicionar vinagre até à marca; - Colocar uma rodela de cenoura no copo D e adicionar água até à marca; - Colocar uma rodela de cenoura no copo E e cobrir com sal até à marca; - Colocar a rodela de cenoura no copo F e cobrir com açúcar até à marca;

Observações:

Passada uma semana: Copo A – A cenoura ficou mais pequena e mole; Copo B – A cenoura ficou seca e mole; Copo C – A cenoura estava igual; Copo D – A cenoura estava igual; a água tinha uma cor diferente, mais alaranjada; Copo E – A cenoura estava igual mas um pouco mais esbranquiçada. O sal estava ligeiramente húmido; Copo F – A cenoura estava molhada, o açúcar desapareceu e formou-se uma água que cobriu a cenoura; Passada outra semana: Copo A – A cenoura ficou mais pequena, mole e com uma cor preta; Copo B – A cenoura ficou mais pequena, mole e com bolor; Copo C – A cenoura estava igual; Copo D – A cenoura estava mole e a água estava turva com uma espécie de fios brancos (fungos filamentosos; Copo E – A cenoura estava igual mas um pouco mais esbranquiçada e enrugada. O sal estava húmido; Copo F – A cenoura estava quase desfeita, formando uma papa.

Page 49: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 49 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusões: À temperatura ambiente, o copo C que continha o vinagre conservou a cenoura através da acidificação. A acidificação impediu os microrganismos nocivos ao Homem, de se desenvolverem e causarem a decomposição da cenoura. Nos copos E e F o sal e o açúcar retardaram o crescimento de microrganismos porque retiraram água do alimento, por desidratação, impedindo que as bactérias se alimentassem e crescessem. Curiosidades: Antigamente eram feitos xaropes para a tosse com uma cenoura cortada em rodelas e açúcar. Também se faziam picles conservando os vegetais da época como o pepino, a cenoura, a cebola e outros em vinagre.

Page 50: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 50 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Ovo que pula

Margarida, Miriam, João e Nuno1 & José Carlos e Ana Alcaravela

2

1-Alunos do 1º e 2º ano da Escola Básica de Galveias 2-Docentes da Escola Básica de Galveias

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo mostrar como remover a casca de um ovo cru sem o partir.

Material: - Uma caixa - Ovo cru - Copo de vidro - Papel de jornal - Uma lanterna - Água - Vinagre (ácido acético) - Uma pitada de paciência.

Método: Experiência:

- Enche com vinagre metade do volume total de um copo.

- Deita o ovo no copo e adiciona vinagre até cobrir o copo.

- Observa as bolhas de gás a formarem-se na superfície da casca do ovo.

- Observa periodicamente o que acontece nas próximas 24 a 36 horas.

- Ao fim de um dia vais poder constatar que o ovo está completamente nu e que este está maior do que inicialmente.

Conclusão: Na experiência verificou-se que o ovo em contato com a água e o vinagre ao fim de 24 a 36 horas perde a casca. Este fato faz com que o ovo cru e inteiro dentro do recipiente com água e vinagre fique nu. Concluímos que o ovo parece de borracha e perdeu a casca em contato com a água e o vinagre.

Page 51: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 51 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A água é essencial para as plantas (seres vivos)?

Vasco Nascimento, Inês Coelho, João Justino e João Barbosa1 & Carmen Andrade

2

1-Alunos do 3º ano do Agrupamento de Escolas de Alvito 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Alvito

Questão-problema: Os seres vivos vivem sem água?

Finalidade: Descobrir, através da germinação de sementes, que a água é essencial para o desenvolvimento e sobrevivência dos seres vivos.

Material: - 2 Frascos de vidro - 6 Feijões - Algodão - Água

Método: - Colocar algodão e três feijões em cada frasco de vidro; - Regar um dos frascos, marcado, a cada dois dias com a mesma medida de água; - Registar na tabela o observado. Tempo de germinação de uma semente (humidade)

Sementes Recipiente A (com adição de água)

Recipiente B (Sem adição de água)

3 feijões 1.º dia 3.º dia 7.º dia 1.º dia 3.º dia 7.º dia

Tempo médio de germinação Tempo médio de germinação:

Temperatura Temperatura

O que pensamos que vai acontecer? Porquê? Penso que…

Condições em que estão as sementes

As sementes germinam As sementes não germinam

Algodão seco

Algodão húmido

Conclusões: Concluímos que, tal como pensávamos, o feijão não germina sem água, assim como os seres vivos não sobrevivem sem água (não realizamos a experiência com animais, pois tal levaria à sua morte). A água é essencial não só para o desenvolvimento, mas também para a sobrevivência de todos os seres vivos, sendo uma substância encontrada em grandes quantidades nos organismos vivos.

Page 52: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 52 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

1.º dia Duas semanas depois

Page 53: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 53 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A água que bebemos

Cláudia Martins, Alexandre Lucas e Gabriel Serrano1 & Carmen Andrade

2

1-Alunos do 3º ano do Agrupamento de Escolas de Alvito 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Alvito

Questão-problema: Se o planeta tem tanta água porque é que temos que poupar?

Finalidade:

Perceber a diferença entre água potável e água não potável, através das carateristicas da água.

Material: - 1 copo de sumo - 1 copo de café - 1 copo de água salgada - 1 copo de água potável

Método: - Colocar os quatro copos devidamente marcados com A, B, C e D em cima de uma mesa; - O aluno com os olhos vendados deverá excluir um dos copos e explicar porque o excluiu; - Através da observação dos restantes três copo o aluno deverá excluir mais um copo e proceder à explicação; - Por último, através da prova dos dois restantes copos o aluno deverá excluir o copo e explicar porque o fez. - Registar todos os passos na grelha. Caraterísticas da água

Tem cheiro Tem cor Tem sabor

Copo A X

Copo B X

Copo C

Copo D X

Conclusões: Apenas o copo C tem água potável, uma vez que esta não tem cheiro – é inodora, não tem cor – é incolor e não tem sabor – é insípida. Assim, a água para ser potável e a podermos beber tem que ter estas caraterísticas. Ficou em aberto a questão da dissolução, pois todas as amostras foram dissolvidas em água, alterando assim as suas propriedades. Os minerais presentes na água e necessários foram também discutidos.

Page 54: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 54 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Extintor de Vinagre e Bicarbonato de Sódio

Alunos1 & Rosa Campião

2

1-Alunos da Escola Básica de Monte do Trigo 2-Docente da Escola Básica de Monte do Trigo

Finalidade: Como apagar uma vela sem assoprar.

Material: - Copo de medição de 100 ml - Vela - Fósforos - Vinagre - Bicarbonato de sódio - Espátula de plástico

Método: - Fixar a vela à superfície de trabalho, e acender. - Colocar uma colher de bicarbonato de sódio no copo. - Juntar 50 ml de vinagre ao copo. - Aproximar o copo da vela sem verter o líquido. - Registar o que acontece.

Conclusão: O bicarbonato de sódio reage com o vinagre e produz um gás – dióxido de carbono que ao aproximar-se da vela apaga-a.

Page 55: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 55 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A chuva que cai

Leonor Mira, Lucas Guerreiro, Eduardo Parque e Sofia Caldeira1 & Carmen Andrade

2

1-Alunos do 3º ano do Agrupamento de Escolas de Alvito 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Alvito

Questão-problema: De onde vem e para onde vai a água da chuva?

Finalidade:

Perceber o ciclo da água, a sua importância, fases e ter uma noção de como chega a água potável a nossas casas

Material: - 1 Tina de vidro - Candeeiro - Filme transparente - Marcadores - Gelo - Água

Método: - Desenhar na tina de vidro a “terra” com os espaços para os lençóis de água, deixando um espaço para o “mar”; - Colocar água dentro da tina; - Fechar a tina com filme transparente; - Colocar o candeeiro acesso próximo da tina e perto da água; - Observar o que acontece. - Representar o que se observou em desenho/esquema com respetivas legendas.

Conclusões: Após algum tempo foi possível ver o gelo a derreter e a formação de gotículas por toda a tina e estas a caírem novamente quer na terra quer no mar. Apesar de não ser possível ver a nova formação do gelo conseguimos ver a evaporação, condensação e a precipitação e perceber que o ciclo da água é contínuo, por isso chamado ciclo.

Ciclo da água representado pelos alunos

Page 56: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 56 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

A água até às nossas torneiras

Inês Branco, Inês Coelho, Simão Rosado e Afonso Serrão1 & Carmen Andrade

2

1-Alunos do 3º ano do Agrupamento de Escolas de Alvito 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Alvito

Questão-problema: Por onde é que a água passa até às nossas torneiras?

Finalidade: Descobrir por onde passa a água da chuva e o caminha que tem que fazer até chegar às nossas torneiras.

Material: - 3 Frascos - 3 Tipos diferentes de solo em igual quantidade (arenoso, da horta e argiloso) - 50 ml de água - Funil - Tigela grande - Copo pequeno - Filme transparente - Pedras - Água com corante - Passador - Candeeiro

Método: Experiência 1 - Colocar um funil dentro de cada frasco; - Dentro de cada funil colocar um tipo de solo; - Colocar a mesma quantidade de água, ao mesmo tempo, em cada um dos funis; - Observar e preencher a tabela.

Amostras Deixa-se atravessar rápidamente pela água

Sim Não

A

B

C

Experiência 2 - Deixar a água resultante da experiência anterior repousar; - Verificar os sedimentos depositados no fundo; - Registar o observado na grelha.

Tempo de depósito

30 minutos 1 hora 2 horas

Page 57: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 57 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- Quando já se verificar uma grande quantidade de sedimentos no fundo do frasco, sem mexer muito o mesmo retirar a água que for possível; - Com a água que se retirou filtrar através de um funil com filtro para um outro frasco. Experiência 3 - Numa tigela grande colocar alguma água com corante e depositar um copo no centro; - Cobrir com o filme transparente e colocar umas pedras sobre o filme transparente por cima do copo; - Apontar o candeeiro aceso para a água. - Observar e registar na grelha.

A água que está a cair no copo está:

Com corante Sem corante

- Representar em desenho a sua hipótese de como chega a água às nossas torneiras.

Conclusões: A água que provém das chuvas infiltra-se nos solos que podem ser permeáveis, impermeáveis ou semi-permeáveis consoante deixem passar a água, sendo por isso também mais aptos (férteis) para a agricultura ou não, correndo para as barragens, rios ou lençóis de água de onde são captadas. Daí passa pela “fábrica da água” – ETA (Estção de tratamento de águas) onde a água é tratada para ficar capaz de beber, alguns dos procedimentos são a decantação e/ou a filtração, entre outros (investigamos e aprendemos que na ETA também utilizam processos quimicos). A evaporação também é um bom método de retirar impurezas da água. Daí a nossa água vai para os depósitos elevados, onde é armazenada, como é o depósito de Alvito. Chega às nossas casas, potável e sem micróbios, para não fazer mal à nossa saúde. Como é empurrada até às nossas torneiras será a nossa próxima experiências, assim que possível.

Page 58: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 58 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 59: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 59 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

XIII Congresso Nacional Cientistas em

Ação

PRÉMIO DOLOMIEU

2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico

Page 60: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 60 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

QUEM FOI O CIENTISTA?

Déodat Dolomieu (1750-1801)

Dolomieu começou a sua carreira militar na ordem dos Cavaleiros de Malta; o local onde decorre este Concurso é o único Convento que esta ordem religiosa/militar teve em Portugal. Aos 18 anos teve um duelo, onde matou um membro e companheiro da ordem. Por esta infração foi condenado à morte, mas por interceção do Papa Clemente XII, foi libertado um ano depois. Durante uma das suas saídas de campo nos Alpes Tiroleses (Itália), descobriu uma rocha carbonatada que, ao contrário do calcário, não reagia ao ácido. Publicou estas observações em 1791 no jornal de Physique; No ano seguinte, a rocha foi nomeada dolomito. O Dolomito, é uma rocha resistente aos vários tipos de meteorização, tanto física como química; por isto, esta rocha tende a originar relevos que sobressaem da paisagem; por exemplo o castelo de Estremoz, está instalado num relevo devido à existência de dolomitos.

Page 61: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 61 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 62: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 62 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 63: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 63 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 64: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 64 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Mat

eria

is

Condutividade entre

[10 -20] e 107(Ω.m-1)

Condutividade

[10 -20] (Ω.m-1)

Porque é que o metal é bom condutor da eletricidade?

Tomás Santos1 & Ana Isabel Ferreirinho

2

1-Aluno do Colégio de S. José Ramalhão 2-Docente do Colégio de S. José Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a condutividade dos metais e compará-la com a de outros materiais.

Experiência: Material:

Fonte de alimentação de 3V;

Lâmpada;

Fios de ligação;

Diversos materiais (lápis, borracha, espátula, madeira, cobre, alumínio, papel, etc) Método:

Montei o circuito descrito;

Intercalei nos fios de ligação diversos materiais;

Observei e registeis se a lâmpada se acendi ou não;

Fotografei.

Observações:

Os materiais sólidos podem classificados pela facilidade que têm ou não de a corrente elétrica.

CONDUTORES - Metais

SEMI - CONDUTORES - Silicio

MAUS CONDUTORES = ISOLADORES - Borracha, Cerâmica

Page 65: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 65 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Comparando a tabela de resultados com a tabela da condutividade dos materiais posso concluir que os resultados experimentais coincidem com os valores de condutividade encontrados. Através da observação dos valores de condutividade dos metais, verifico que os metais têm valores muito superiores, em comparação com os outros materiais, o que faz com que tenham uma maior facilidade em deixar passar a corrente elétrica.

Page 66: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 66 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Simular um hovercraft

Pedro Fernandes e Tiago Sousa1 & Ana Maria Febrer2

1-Alunos da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: O objetivo deste trabalho é demonstrar como se pode facilitar o movimento a partir da redução do atrito, tal como acontece com um hovercraft.

Material: Experiência 1: -prato de papel ou plástico; -garrafa de água; -balão de borracha; -cola ou fita-cola; -tesoura. Experiência 2 -prato de papel ou plástico; -ventoinha elétrica (caso esta ventoinha tenha pilhas ou baterias, estas devem encontrar-se

fora do “corpo” do hovercraft, devido ao seu peso); -cola ou fita-cola; -tesoura ou x-ato.

Método (o prato deve estar virado para baixo): Experiência 1: •Construção: -cortar o bocal da garrafa de água; -no centro do prato de plástico, fazer um buraco com a tesoura de diâmetro equivalente ao do bocal; -colar o bocal ao prato de plástico, virado para a parte exterior do prato. •Realização da experiência: encher o balão com ar, prendê-lo ao bocal e empurrar o módulo numa superfície plana. Experiência 1: •Construção: - caso a ventoinha contenha uma proteção, tal como as ventoinhas dos computadores, fazer uma abertura centrada no prato do tamanho da ventoinha e colá-la ao mesmo, para que a entrada do ar, quando a ventoinha estiver ligada, apenas seja realizada pela ação da ventoinha; -caso a ventoinha não contenha proteção, prender a ventoinha ao centro do prato, deixando as hélices por dentro, e abrir aberturas (com a tesoura ou o x- ato) por cima destas, para que a ação da ventoinha cause entrada de ar. •Realização da experiência: ligar a ventoinha à fonte de energia e empurrar o módulo numa superfície plana.

Conclusão: Na experiência 1, verifica-se o deslize do módulo perante o esvaziamento de ar do balão. Isto acontece pois a força exercida pelo balão de borracha para libertar o ar, tem como consequência a saída deste do módulo, que se realiza pelas extremidades do prato, virado para baixo. Isto vai criar uma manta de ar, invisível a olho nu, que vai diminuir o atrito entre as extremidades do prato e a superfície, ou seja, o bloqueio habitual ao movimento entre as duas

Page 67: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 67 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

superfícies, permitindo ao prato deslizar enquanto o balão tem ar. Na experiência 2, verifica-se o deslize do módulo perante a ação da ventoinha, que torna a entrada de ar no módulo superior à sua saída, logo, este sai pelas extremidades do prato. Forma-se uma manta de ar (que, dependendo da força da ventoinha, pode mostrar uma “levitação”) que causa a diminuição do atrito entre o módulo e a superfície e permite-o deslizar, tal como acontece na outra experiência, mas nesta, a manta de ar não desaparece após uns deslizes. Estas mantas de ar também existem nos hovercrafts, que se movem pela diminuição do atrito entre si e a superfície.

Page 68: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 68 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Porque é que o sal derrete o gelo?

Carolina Branco e Laura Caneira1 & Mª João Martins

2

1-Alunas do Colégio de S. José Ramalhão 2-Docente do Colégio de S. José Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar se adicionarmos sal ao gelo, este altera o seu estado de sólido a líquido.

Experiência 1: Material:

2 Gobelés de 250 ml; Cuvete de gelo;

Água da torneira; Caneta de acetato;

Sal (cloreto de sódio – NaCl); Termómetro;

Vareta; Frigorífico (congelador). Método:

Verter água da torneira em dois gobelés;

Adicionar sal a um dos gobelés;

Colocar a água salgada e água sem sal na cuvete;

Guardar a cuvete no congelador;

Medir a temperatura do congelador;

Retirar a cuvete do congelador após 1 dia;

Registar os resultados

Experiência 2: Material

2 Gobelés de 100 ml;

Sal (cloreto de sódio – NaCl);

Cubos de gelo;

Placa de aquecimento Método:

Colocar um cubo de gelo, em cada gobelé (2).

Colocar num dos gobelés sal, por cima do gelo;

Posar os gobelés na placa aquecida (49º C);

Guardar, sensivelmente 5 minutos, até os cubos de gelo derreterem;

Registar os resultados

Experiência 3: Material

2 tinas de vidro;

- 2 refrigerantes;

- Sal (cloreto de sódio – NaCl);

- Cubos de gelo;

- Caneta de acetato;

- Termómetro.

Método:

Marcar as tinas A e B;

Adicionar em cada uma 8 a 10 cubos de gelo;

Colocar os refrigerantes nas tinas, de modo a ficarem envolvidos por gelo;

Colocar sal na tina A;

Colocar um termómetro a cada uma das tinas;

Page 69: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 69 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Aguardar 15 minutos;

Registar as temperaturas finais, em cada uma das tinas.

Observações

Figura 1 Figura 2

Figura 3

Figura 4

Conclusão: Com estas atividades conseguimos comprovar a nossa hipótese inicial, isto é, quando juntamos sal (cloreto de sódio) ao gelo, este altera-se, porque o seu ponto de fusão diminui. Na última atividade, conseguimos verificar que o gelo ao derreter mais rápido (na presença de sal – cloreto de sódio) provocou um nível de água maior. Diminuindo a temperatura mais rapidamente.

Fig 1– Maior nível de água na tina com coca-cola em gelo e sal Fig 3– Cuvete com água sem sal e salgada, antes de ir ao congelador. Fig 2– Menor nível de água na tina com coca-cola em gelo Fig 4 – Cuvete após 1 dia no congelador

Page 70: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 70 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Bioplástico Laura Bonifácio, Luísa Cardoso, Miguel Serra e Karen Mor

1 &Filomena Gominho

2

1-Alunos da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo preparar plástico biodegradável, «bioplástico», a partir do amido de milho

Material: - Gobelé 150 mL - Proveta 50 mL - Vareta de vidro - Pipetas de Pasteur - Garrafa de esguicho - 30 mL água - 5 g farinha Maizena - 2 mL glicerina (C3H8O3)

- 3 mL ácido clorídrico (HCℓ 0,1 mol/L) - Hidróxido de sódio (NaOH 0,1 mol/L) - Indicador universal em papel - Manta de aquecimento - Placa de vidro - Balança

Método: 1ª experiência: - Medir 5 g farinha Maizena com auxilio da balança; - Adicionar 30 mL de água e agitar com uma vareta de vidro; - Aquecer a mistura até fervura e continuar agitar; - Adicionar 3 mL de HCℓ e 2mL de glicerina à mistura durante o aquecimento; - Diminuir a temperatura de aquecimento. - Continuar agitar durante aproximadamente 15 minutos mas evitar que a mistura seque demasiado; - Retirar a mistura do aquecimento; - Adicionar umas gotas de NaOH até neutralizar o pH da mistura com auxílio do indicador universal; - Transferir a mistura para uma superfície plana e lisa (ex: placa de vidro ou cápsula de Petri) ; - Deixar a mistura repousar durante 24 horas para a formação de um plástico biodegradável; - Retirar o «bioplástico» do contato com vidro com auxilio de uma espátula. 2ª experiência: -Realizar os mesmos procedimentos da 1ª experiência mas não adicionar a glicerina.

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que: A formação de uma suspensão que é um tipo de mistura formada por várias fases (sólida e liquidas). A consistência da suspensão depende do tempo de aquecimento. A farinha de Maizena é formada por amido de milho. O amido é um polímero natural constituído por longas cadeias de moléculas de glicose. Existem dois tipos de amido, a «amilopectina» e a «amilose», a diferença reside na estrutura sendo «amilopectina» ramificada e a «amilose» linear.

Page 71: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 71 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Ao aquecer a mistura de amido forma-se uma película devido a ligações de hidrogénio entre as cadeias. A formação da película é facilitada na «amilose», pelo facto da «amilopectina» apresentar cadeias ramificadas, dificultando a interação das suas moléculas na formação do «bioplástico». O ácido clorídrico reage com o amido e esta reação permite que ocorra a quebra de ligações covalentes na «amilopectina», transformando-a parcialmente em «amilose». Esta diminuição de ramificações facilita a formação da película, ou seja a formação do «bioplástico». O «bioplástico» apresentou-se transparente, maleável e elástico.

Concluiu-se que o amido foi hidrolisado parcialmente em meio ácido e a temperatura elevada. Na 2ª experiência verificou-se que:

A glicerina tem uma consistência gelatinosa. Pelo facto de não adicionar a glicerina à mistura de amido, originou a formação de uma película quebradiça e frágil. Concluiu-se também que a gelatina é um agente plastificante e que a sua função é tornar o «bioplástico» mais maleável e elástico porque ao ficar entre as moléculas da glicose, diminui as interações entre as mesmas.

Page 72: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 72 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

O que é a cor?

Joana Caetano1 & Ana Isabel Ferreirinho

2

1-Aluna do Colégio de S. José Ramalhão 2-Docente do Colégio de S. José Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar se a cor é uma característica dos

objetos ou depende da luz que incide sobre eles.

Experiência 1: Material:

Luzes LED de diferentes cores (branca, azul, verde e vermelha); Objetos de cores diferentes; Máquina fotográfica.

Método: Apagar as luzes de maneira a que não houvesse a presença de luz branca; Iluminar os vários objetos com luzes de diferentes cores; Fotografar.

Experiência 2: Como podem os objetos apresentar cores diferentes? Material

Taça; Água; Espelho; Luz branca; folha de papel; Máquina fotográfica.

Método:

Apagar todas as luzes de maneira a não haver luz branca;

Colocar água dentro da taça;

Introduzir um espelho dentro da taça com água;

Colocar uma folha branca à frente da taça a fazer de alvo;

Iluminar com a luz o espelho e variando a posição consegui formar o arco-íris;

Fotografar.

Experiência 3: Será a luz branca composta por diferentes cores? Material:

Prisma triangular transparente; Luz branca; Superfície branca; Espectroscópio; CD; LED vermelho, verde e azul; Máquina fotográfica.

Método:

Apaguar todas luzes de maneira a não haver presença de luz branca;

Page 73: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 73 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Colocar o prisma à frente da luz e registei as observações;

Utilizando o espectroscópio observar as três cores primarias da luz;

Apontar a luz branca a um CD e registar as observações;

Apontar os três LED´s de cores azul, vermelha e verde para a mesma zona;

Fotografar.

Observações: Decomposição da luz branca Composição da luz branca

Conclusão: Os objetos não apresentam cor própria, esta depende da luz que os ilumina. Assim como também poderá depender de quem a vê. Iluminados com a luz branca os objetos apresentam uma maior gama de cores pois a luz branca é policromática. As cores primárias da luz são o verde, o vermelho e o azul, pois através da junção destas obtemos a luz branca. Um objeto branco apresenta sempre a cor da luz com que é iluminado.

Page 74: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 74 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Cristalização

Ana Sousa, Beatriz Silva, Bernardo Salgueiro e Guilherme Carneiro1 & Filomena Gominho

2

1-Alunos da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo a formação e o crescimento de cristais.

Material: - Gobelés 150 mL - Balão redondo de fundo plano - Varetas de vidro - Água - Açúcar - Cloreto de sódio - Corante alimentar - Madeira fina - Agrafador - Fio de algodão - Manta de aquecimento - Recipientes de plástico

Método: 1ª experiência: -Construir uma casa em madeira fina. -Dissolver num gobelé o açúcar /cloreto de sódio em água até saturação. -Agitar muito bem a mistura. -Transferir a mistura para o balão redondo de fundo plano e aquecer até iniciar a ebulição numa manta de aquecimento. -Adicionar mais açúcar/cloreto de sódio e dissolver a quente até à sua saturação. -Colocar 3 gotas de corante alimentar, numa das misturas de açúcar com água. -Transferir a mistura para um recipiente de plástico. -Colocar a casa de madeira ou fio de algodão em contacto com a mistura e de seguida passe em açúcar/cloreto de sódio. -Aguardar que a casa de madeira arrefeça e seque. -Manter num ambiente com a presença da luz solar. -Observar a formação e o crescimento dos cristais. 2ª experiência: -Fotografar o desenvolvimento dos cristais. -Registar os resultados obtidos numa tabela.

Identificação da solução (soluto e solvente)

Identificação do processo de formação dos cristais

Fatores condicionantes da formação de cristais

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que: Os componentes da mistura (água e açúcar/cloreto de sódio) não se distinguem a olho nu

Page 75: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 75 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

nem ao microscópio porque o açúcar/cloreto de sódio fica dissolvido na água. Trata-se de uma mistura homogénea ou solução. A formação de uma solução aquosa em que o soluto é o açúcar (ou o cloreto de sódio) e o solvente é água. Obtém-se as seguintes soluções: água doce e água salgada. Ao adicionar mais soluto à solução, esta ficará mais concentrada. Se continuarmos a acrescentar soluto a essa solução, verifica-se que o soluto fica no fundo, não se dissolve mais. Diz-se que a solução ficou saturada. A solubilidade da solução depende da natureza do soluto e aumenta com a elevação da temperatura. Deve-se preparar uma solução saturada para que a cristalização seja eficaz e rápida. A velocidade de arrefecimento da solução ou evaporação do solvente influencia o tamanho e o número de cristais produzidos. Se o arrefecimento for demasiado rápido formam-se pequenos cristais e se o arrefecimento for lento formam-se poucos cristais mas de dimensões maiores. Ao evaporar o solvente da solução, o açúcar/cloreto de sódio volta a cristalizar, formando novos cristais. Esses cristais vão se formar na casa de madeira/cordão porque inicialmente colocou-se estes objetos em contacto com a solução (doce/salgada), depois pelo açúcar/cloreto de sódio e secar. Este processo permite a criação núcleos para que a formação do cristal de açúcar ou cloreto de sódio seja mais rápida. Conclui-se que a formação de novos cristais a partir dos cristais de açúcar e cloreto de sódio não é fácil. O cloreto de sódio apresenta uma pequena variação de solubilidade em água de 0ºC até 100ºC. A dificuldade do açúcar está relacionado com o fato de a altas temperaturas, a solução com água caramelizar. Na 2ª experiência verificou-se que:

A formação e o crescimento dos cristais podem ser obtidos através de processos físicos, resultantes do arrefecimento da solução ou evaporação do solvente. Alguns fatores podem alterar a velocidade de formação do cristal e o seu modo de crescer, como a temperatura, a agitação e o desenvolvimento através de um pequeno cristal.

Page 76: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 76 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Jazida da praia do Salgado-pegadas de “galinhas com dentes”?

Inês Amaral, João Cazalta, Manuel Cabrita e Beatriz Lory1 & Celestino Coutinho

2

1-Alunos do Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos

Finalidade: Em 1996, alunos do nosso Grupo de Paleontologia descobriram uma nova jazida com pegadas de dinossáurios, localizada em três estratos calcários na zona sul da praia do Salgado, concelho de Alcobaça, datados da transição Oxfordiano – Kimmeridgiano (cerca de 155 M.a.). Na altura, procederam aos trabalhos de limpeza, remoção de pedras, mapeamento, recolha fotográfica e descreveram brevemente a amostra encontrada, que atribuíram a bípedes (terópodes e ornotópodes) e a quadrupedes (saurópodes) (a história da icnojazida e as principais inferências encontram-se no site do Grupo de Paleontologia - http://projectos.cienciaviva.pt/pw011/jazidas/salgado.html). Em 2018, decidimos voltar ao local, verificando o estado da amostra e reanalisando as conclusões dos colegas, passados mais de 20 anos de acumulação de conhecimentos. Entre os principais objetivos deste trabalho, está a recolha e análise de fósseis de animais e de plantas presentes, que permitam obter um quadro mais amplo dos habitats frequentados pelos dinossáurios que ali deixaram pistas. A reanálise de várias pegadas e pistas atribuídas pelos nossos colegas a um dinossáurio terópode. E a comparação com pegadas tridátilas descobertas nessa saída de campo.

Material: Material fóssil – somatofósseis e icnofósseis – presentes nos estratos com pegadas da jazida da praia do Salgado.

Método: Recolha e análise dos somatofósseis encontrados nos estratos com pegadas e nos estratos sub e sobrejacentes. Inferências sobre os habitats em que viviam os dinossáurios produtores dos icnitos encontrados. Caraterização das pegadas tridátilas encontradas. Comparação com outros icnitos tridátilos. 1ª experiência: Analisámos as principais caraterísticas das pegadas atribuídas a terópodes avianos Mesozóicos. Durante esse intervalo de tempo e na evolução para os dinossáurios avianos, em relação a características que podem ter ficado registadas nas pegadas e pistas, as dimensões diminuíram, os dígitos alongaram-se, as almofadas falangeais esbateram-se, o ângulo interdigital total (II – IV) aumentou, as garras distais dos dígitos II e IV alteraram a curvatura distal, e o hallux (dígito I) terá alterado a sua posição para se dirigir posteriormente. Outras caraterísticas, como a densidade de pegadas, relação passo / comprimento das pegadas, fósseis associados ou marcas de alimentação ("bicadas”), podem ajudar a distinguirmos pegadas de “verdadeiras” aves e pegadas tridáctilas de pequenos terópodes. Comparámos essas caraterísticas com as encontradas nas pegadas e pistas da praia do Salgado. As pegadas tridátilas da jazida da praia do Salgado apresentam algumas das caraterísticas que parecem sugerir uma origem aviana - grande divergência dos dígitos II - IV, não ocorrência de diferenciação das impressões de almofadas digitais, impressão com curvatura das garras terminais dos dígitos II e IV, impressões dos dígitos muito esguios, não existência de indentição na região posterior do dígito II (por outras palavras, ocorrência de «calcanhar» simétrico), misturadas com algumas caraterísticas que permitem inferir que ainda estamos na presença de autores terópodes «tradicionais» - dimensões relativamente grandes, pequena densidade e não impressão do hallux.

Page 77: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 77 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

2ª experiência O material foi comparado com outros icnotaxa tridátilos atribuídos a terópodes não avianos.

Conclusão: Os fósseis encontrados permitem inferir que os dinossáurios visitavam ambientes com bastantes árvores, encharcados, com aportes de água doce / salobra. Os corais encontrados nos estratos sobrejacentes sugerem transgressão por águas marinhas, pouco profundas e bem agitadas, sempre em clima tropical. A comparação entre as pegadas descobertas em 1996 com os exemplares que observámos em 2018 sugere que a influência dos agentes erosivos no desgaste dos icnitos foi pouco significativa. As pegadas de terópodes, pelas suas caraterísticas morfológicas, angulares e métricas, não devem representar a passagem de dinossáurios avianos. A amostra apresenta várias caraterísticas das pegadas incluídas no icnogénero Magnoavipes, que deve ter sido produzido por um terópode maniraptoriforme ornitomimossaurídeo, o grupo de terópodes semelhantes a avestruzes, as tais “galinhas com dentes”. Se esta inferência estiver correta, as pegadas de terópodes da jazida da praia do Salgado representarão os ornitomimossáurios mais antigos conhecidos, já que, embora a sua origem se deva procurar no Jurássico médio, todos os esqueletos e pegadas Magnoavipes conhecidos datem já do Cretácico.

Page 78: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 78 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Movimentos (Flutua ou afunda?)

Rodrigo de Oliveira Rodrigues, Maria Amélia Pereira Marques1 & Filomena Gominho e Maria

Amália Roque2

1-Alunos da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: Neste trabalho estuda-se o comportamento de alguns objetos, parcial ou totalmente submersos em água. E avalia-se objetos que flutuam e porquê.

Material: - Garrafa “pet” - Tina de vidro - Proveta - Dinamómetro - Balança - Esguicho - Água - Objetos de: alumínio; cobre; plástico; borracha; chumbo

Método: 1.ª experiência: -Construir uma tabela, de 5 colunas, para cada objeto utilizado.

- Encher de água a proveta (temos que ter o cuidado de não encher demasiado, pois ainda temos que mergulhar os objetos na água). - Medir o volume de água adicionado à proveta e registar, na tabela, o valor do volume medido. - Medir, com um dinamómetro, o valor do peso de cada objeto e registar, na tabela, o valor do peso medido. - Medir, com um dinamômetro, o valor do peso aparente do objeto quando este se encontra completamente mergulhado na água da proveta e registar, na tabela, o valor de peso aparente medido. - Medir o volume do conjunto água e objeto quando o objeto se encontra completamente mergulhado no interior da água da proveta e registar, na tabela, o valor do volume medido. - Repetir todo o procedimento anterior para cada um dos objetos escolhidos para a experiência 1. 2.ª experiência: - Escolher um objeto. - Experimentar se o objeto flutua ou afunda. - Analisar a flutuação, dos objetos, modificando a forma. - Experimentar o que acontece com os diferentes objetos, quando colocados na água.

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que:

Page 79: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 79 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Um objeto, parcial ou totalmente submerso na água, fica sujeito a uma força de impulsão vertical, com sentido de baixo para cima. A força de impulsão que atua no objeto não depende do material de que é feito o objeto, mas depende do volume de água que o corpo desloca. Na 2ª experiência verificou-se que: Os objetos, do mesmo material, com reduzida área de contacto afundam e objetos de superior área de contacto flutuam. Uma bola de pingue-pongue flutua e uma bola de golfe afunda.

O valor da força de impulsão que atua no objeto é igual ao valor do peso do volume da água

deslocada pelo objeto isto é, I=m água deslocada pelo objeto X g.

Concluiu-se que: A força de impulsão permite determinar o valor do peso dos objetos. O peso dos objetos parece diminuir quando mergulhados em água. Os objetos, apesar de serem mais densos do que a água, podem flutuar quando têm áreas de contacto grandes. Os objetos, com estrutura côncava, permitem deslocar mais água. Objetos que apresentaram a mesma forma e volume, uns flutuaram outros afundaram, pois têm massas diferentes e, por isso, densidades diferentes, isto é, menor e maiores densidades do que a da água. Este trabalho também permitiu determinar o valor do peso aparente de alguns objetos, dentro da água, através da diferença entre o valor do peso (real) do objeto e o valor da força de impulsão exercida verticalmente de baixo para cima, isto é:

Pa=P-I

Page 80: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 80 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Reações químicas com coca-cola

Matilde Guerreiro e Matilde Leiria1 & Maria Amália Roque

2

1-Alunas da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo avaliar o efeito da coca-cola com alguns alimentos da dieta humana e determinar experimentalmente a quantidade de açúcar na coca-colas.

Material: - Tubos de ensaio - Pipetas - Suporte de tubos de ensaio - Balão de vidro - Gobelés - Garrafa esguicho - Manta de aquecimento - Pipeta conta gotas - Balança - Cronómetro - Suporte universal - Coca-cola - Cinco alimentos da dieta humana

Método: 1ª experiência:

Coca-cola Alimento 1 Alimento 2 Alimento 3 Alimento 4 Alimento 5

- Construir uma tabela para cada alimento utilizado (para cada um dos ensaios). - Colocar, em cada tubo de ensaio, 1 ml de coca-cola, com o auxílio de uma proveta e adicionar o alimento a analisar. - Medir a massa dos produtos da reação sólidos. - Medir o volume dos produtos da reação líquidos. - Medir o volume dos produtos da reação gasosos. - Determinar a velocidade de cada reação química. - Medir o tempo durante o qual ocorre cada reação química. - Registar as observações. - Interpretar os dados e observações. 2ª experiência:

-A partir da leitura dos rótulos, da coca-cola comercial, medir a massa de açúcar. -Apresentar a quantidade de açúcar obtida em cada ensaio. -Interpretar os dados e observações.

Page 81: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 81 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que produtos são obtidos, na reação química da coca- cola, com 5 alimentos da dieta humana. Prever os produtos da reação, os tempos de reação, identificar substâncias, estados físicos e determinar, quantitativamente, os produtos da reação. . Na 2ª experiência mediram-se as massas de açúcar em diferentes coca-colas comerciais.

Concluiu-se também sobre:

A variação aparente de 5 alimentos, da dieta humana, com a coca-cola. Avaliação do efeito dos reagentes na obtenção dos produtos da reação. De que forma varia a velocidade da reacção química e a que se ficou a dever a diferença de velocidades de cada reação.

Page 82: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 82 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

No fundo Na vertical A flutuar

Porque é que os ovos velhos flutuam?

Carlota Appleton e Carolina Silva

1 & Paula Dias Agudo

2

1-Alunas do Colégio de S. José Ramalhão 2-Docente do Colégio de S. José Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a constituição dos ovos e a sua alteração ao longo do tempo.

Experiência:

Material: - Balança - Gobelés - Placa de aquecimento - Água - 6 Ovos

Método:

1º Dia Colocaram-se os ovos dentro de um gobelé com água e observou-se. Pesaram-se os ovos e registaram-se os pesos. Cozeu-se um dos ovos e fotografou-se.

21º dia Colocaram-se de novo os restantes ovos num gobelé com água e observou-se. Pesaram-se de novo os ovos e registaram-se os pesos. Cozeu-se outro ovo e fotografou-se.

40º dia Colocou-se o restante ovo num gobelé com água e observou-se. Pesou-se o ovo e registou-se o peso. Cozeu-se o ovo e fotografou-se.

Observações

Page 83: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 83 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Quanto mais fresco o ovo é, menor é a câmara de ar, pois quase nenhuma água saiu do seu interior. A água existente na clara perde-se por evaporação, através da casca, encolhendo-a, deixando assim mais espaço para a câmara de ar expandir, o que leva à diminuiçao da densidade e do peso do ovo. A densidade total do ovo fresco é maior do que a do ovo mais velho, pois este tem maior volume de gás na câmara de ar, o que faz com que a densidade total baixe. Assim os ovos mais velhos flutuam, porque perdem água e ganham volume de ar.

Page 84: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 84 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Foguetão de CO2

Gonçalo Levy Luís, João Monteiro Infante, Rocha Jesus Martins1 & Maria isabel Ribeiro

2

1-Alunos da Escola Básica 2,3 de Alapraia 2-Docente da Escola Básica 2,3 de Alapraia

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a propulsão de um foguetão.

Material: - Uma garrafa de 1 litro de Coca-Cola - Vinagre (ácido acético) - Bicarbonato de sódio (NaHCO3) - K-line - Fita-cola - Cartão - Rolha de Cortiça

Método: 1ª Experiência: -Recortar o cartão para formar os estabilizadores e colá-los na garrafa. -Recortar o cartão para fazer o cone do foguetão e colá-lo. -Preparado de Bicarbonato de sódio: Colocar duas colheres de bicarbonato de sódio num guardanapo e enrolá-lo com fita-cola e um fio para ficar suspenso na garrafa. -Prender o preparado pelo fio no bocal da garrafa com a rolha. -Colocar 250ml de vinagre na garrafa e virá-la ao contrário e colocá-la na base. 2ª Experiência: -Recortar o K-line para formar os estabilizadores e colá-los na garrafa. -Recortar o cartão para fazer o cone do foguetão e colá-lo. -Preparado de Bicarbonato de sódio: Colocar duas colheres de bicarbonato de sódio num guardanapo e enrolá-lo com fita-cola e um fio para ficar suspenso na garrafa. -Prender o preparado pelo fio no bocal da garrafa com a rolha. -Colocar 250ml de vinagre na garrafa e virá-la ao contrário e colocá-la na base.

Conclusão: O ácido acético reage com o bicarbonato de sódio, formando assim Dióxido de Carbono (CO2). A pressão dentro da garrafa aumenta exponencialmente, forçando a saída da rolha. Quando expelida a rolha, o foguetão é lançado, aplicando assim a III Lei de Newton. Na 1ª experiência verificou-se que: O lançamento foi bem-sucedido, porém, quando o foguetão cai, o cartão fica molhado e, como consequência, no segundo lançamento, o foguetão fica mais pesado, diminuindo a eficácia do lançamento. Na 2ª experiência verificou-se que: Como o K-line é impermeável, após o primeiro lançamento não se molha, o que faz com que o peso do foguetão não aumente, mantendo a eficácia do lançamento.

Page 85: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 85 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

XIII Congresso Nacional Cientistas em

Ação

PRÉMIO ANTÓNIO RIBEIRO

Ensino Secundário

Page 86: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 86 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

QUEM É O CIENTISTA?

Professor Doutor António Ribeiro

O Professor António Ribeiro é, seguramente, um dos geólogos portugueses mais

brilhantes da sua geração, com um curriculum científico e profissional de grande valor,

com inestimáveis serviços prestados à Ciência e à Educação, tanto a nível nacional

como europeu. O seu trabalho de excelência contribuiu e continuará seguramente a

contribuir para a construção desta intrincada malha de que é feita a Ciência.

Da sua profícua e frutificante actividade científica, centrada essencialmente nos

domínios da Tectonofísica de continentes e oceanos, na Sismotectónica e na

Modelação de processos tectónicos, resultaram mais de 300 publicações científicas da

especialidade, incluindo 5 livros e 125 publicações referidas no Science Citation Index,

com 1350 citações. De referir o seu último livro, lançado no mercado em 2002,

intitulado “Soft Plate and Impact Tectonics” e dado à estampa pela conhecida editora

europeia Springer Verlag.

O Professor António Ribeiro foi ainda fundador do Laboratório de Tectonofísica e

Tectónica Experimental (LATTEX) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e

sócio fundador do Grupo de Geologia Estrutural e Tectónica (GGET) da Sociedade

Geológica de Portugal.

Page 87: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 87 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 88: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 88 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 89: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 89 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Page 90: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 90 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

NaturalMENTE

Henrique Castanheira, Francisco Borges, João Tomé e Rute Pegado1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: o objetivo deste projeto é testar a eficácia de antibióticos sintéticos e naturais. As culturas de bactérias, serão cultivadas na presença de um antibiótico comum e de um extrato de uma espécie natural, usada tradicionalmente como antibiótico e mediremos a inibição do crescimento bacteriano.

Material: - Caixas de petri - Meios de cultura - Amostras de plantas - Esguicho - Água

Método: 1ª experiência: Para preparar os extratos etanólicos das espécies vegetais Sonchus oleraceus e Borago officinalis L., foram pesados 2 gramas da amostra e transferidos para um tubo de ensaio, em seguida foram adicionados 50 mL de etanol 70% (v/v), obtendo uma concentração de 40 mg mL

-1 de extrato de planta. A extração foi realizada a 70 °C, em banho de água termostatizado,

por 30 minutos, sob agitação constante. Após essa etapa as amostras foram filtradas e utilizadas nas análises de atividade antibacteriana. 2ª experiência: Para a avaliação da atividade antibacteriana dos extratos etanólicos de cada espécie vegetal foi empregado o teste de difusão em ágar, segundo Blair et al., (1958). Foram aplicados 10 µL dos extratos de Sonchus oleraceus e Borago officinalis L., na forma in natura, cujas concentrações foram de 40 mg mL

-1, respetivamente, em discos de papel de filtro Whatman nº

5 estéreis, dispostos nas placas de Petri, previamente inoculadas. Após a incubação em estufa a 37 °C por 24 horas, a atividade antibacteriana foi determinada através da medida do diâmetro da zona de inibição (mm) ao redor de cada disco.

Conclusão: Na 1ª experiência foram obtidos extratos etanólicos das espécies vegetais Sonchus oleraceus e Borago officinalis L., de concentração 40 mg/mL. Na 2ª experiência verificou-se que tanto o extrato alcoólico da planta Sonchus oleraceus e Borago officinalis L., apresentaram atividade antibacteriana, contra bactérias gram-positivas, do género bacilos thermophilus que normalmente causa de deterioração de produtos alimentares.

Page 91: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 91 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Avaliação dos níveis de mercúrio de uma população de jovens portugueses entre os 12 e os 18 anos

Afonso Mota, Bernardo Alves, João Leal e Miguel Guerreiro

1 & João Gomes

2 & Sofia

Caranova3,

1-Alunos do 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias, Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina 3-Docente de Desenho e Artes Visuais do Colégio Valsassina

Resumo

O elemento mercúrio é um metal, líquido à temperatura e pressão ambiente, de cor branco‐prateada, que apresenta baixa solubilidade em água e lípidos. Pode apresentar‐se em diversas formas e existe num grande número de espécies químicas, nomeadamente como mercúrio elementar, espécies orgânicas e inorgânicas.

Este elemento ocorre naturalmente no ambiente, e pode resultar da erosão de rochas e atividade vulcânica, entre outros processos biológicos. Porém, a maioria do mercúrio presente no ambiente é proveniente de processos relacionados com a atividade humana.

Foi desenvolvido um estudo que procurou avaliar a contaminação ao mercúrio, através da análise dos níveis deste elemento no cabelo humano, uma vez que este é uma matriz validada para monitorizar as concentrações de mercúrio no ser humano. Analisaram-se também produtos de consumo (alimentos; produtos de higiene e cosméticos; material de escritório).

O processo de recolha de amostras biológicas (cabelo) foi aprovado pela Direção Pedagógica do Colégio Valsassina e autorizado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (autorização n.º 12441/2016). Todos os dados recolhidos para este estudo foram codificados e tratados de forma confidencial. A amostra foi constituída por 75 indivíduos (29 do sexo masculino; 46 do sexo feminino), entre os 12 e os 18 anos, com uma idade média de 14,76 anos ± 1,63.

O protocolo experimental seguiu as recomendações expressas pelo projeto COPHES: um projeto europeu que visa a harmonização da recolha e tratamento de amostras para estudos de biomonitorização humana.

Foi recolhida uma amostra de cabelo de cada indivíduo, o qual preencheu também um questionário, com várias questões como data de nascimento, o género, o peso, a altura, os hábitos alimentares, a zona de residência, as características do cabelo e o comprimento deste.

A técnica utilizada para quantificar a concentração de mercúrio nas amostras recolhidas foi a análise direta por decomposição térmica, usando o NIC (Nippon Instruments Corporation) Direct Thermal Decomposition Mercury Analyser MA-3000, que permite analisar a

concentração de mercúrio em amostras sólidas.

As 82 amostras de cabelo analisadas revelaram um teor médio em mercúrio de 1150,10 ± 685,34 ng g

-1. As concentrações variaram entre 12,6 e os 3314,74 ng g

-1.

Comparando com o valor de referência da US EPA para estas análises, que é 1000 ng g-1

, 32 indivíduos, que representam 46% da população estudada, apresentam [Hg] mais elevada que este valor de referência, a partir do qual se considera que podem surgir riscos para a saúde humana. Por sua vez, quando comparado com o valor de referência da WHO, 2000 ng g

-1,

11,42 % (8 indivíduos) apresentam valores superiores ao limite referido.

Procedeu-se também à avaliação da relação entre nível de mercúrio e o sexo, a idade, a área de residência (urbana/rural), tipo de consumo de peixe e IMC.

Os produtos de consumo analisados revelaram níveis de concentração de mercúrio que devem ser analisados com atenção (alimentos: n= 43; média de 95 ng g

-1; produtos de higiene e

cosmética: n=48; média de 0,39 ng g-1

; materiais de escritório: n=4; média foi 3,93 ng g-1

).

Perante os dados obtidos nesta investigação e o seu caráter inovador, uma vez que não há outros estudos semelhantes para esta faixa etária (12 a 18 anos), foram propostas algumas ações. Em destaque, tendo em consideração que a população geral está exposta a mercúrio, designadamente através da ingestão de alimentos contaminados (principalmente peixes predadores), é recomendável a promoção de campanhas de educação e sensibilização para a adoção de comportamentos alimentares corretos, relacionados com a escolha das espécies a

Page 92: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 92 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

consumir e mais estudos de monitorização dos níveis de mercúrio no cabelo dos escalões etários mais baixos.

Palavras-chave: mercúrio, cabelo, bioamplificação, bioacumulação, decomposição química; produtos de consumo.

Page 93: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 93 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

O que os olhos não vêem a matemática explica: alguns paradoxos históricos

Daniel Dias, Duarte Moura, Maria Rosário Martins e Mónica Rocha1 & Paulo Gil

2

1-Alunos da Escola Básica e Secundária de Pinheiro 2-Docente da Escola Básica e Secundária de Pinheiro

Finalidade: Compreender o funcionamento da Terra implica também conhecer o pensamento desenvolvido por filósofos e matemáticos em torno do infinito. Na verdade, o conceito de infinito constitui objeto de estudo de variados pensadores que, com as suas descobertas e invenções, marcaram a história do desenvolvimento deste mesmo conceito. Na Grécia Antiga, é possível encontrar diferentes escolas, sendo a escola pitagórica uma das mais conhecidas. Contemporânea da escola pitagórica existiu um outro centro filosófico, a escola eleata, que se destacou por apresentar uma corrente filosófica que se opôs ao pitagorismo. Enquanto que para os pitagóricos tudo era número, os eleatas tinham como princípio fundamental a unidade e a imutabilidade do ser. A esta escola pertenceu Zenão de Eleia, autor de um livro que apresentava 40 argumentos contra os pitagóricos. Seu objetivo era defender as ideias do seu mestre Parménides, que apresentava o Universo como único, imutável e imóvel, pelo que o movimento, mudança, tempo e pluralidade não seriam mais do que ilusões. Com este trabalho, pretende-se dar a conhecer duas das suas ideias, que hoje são conhecidas pelo paradoxo da dicotomia e paradoxo de Aquiles e da tartaruga, reconhecer o contributo de Galileu no que diz respeito ao infinito, bem como registar algumas curiosidades em torno do infinito.

Material: - folhas de papel com os paradoxos de Zenão: dicotomia e Aquiles e a tartaruga - excerto do tratado de Galileu As duas novas ciências: paradoxo dos inteiros e dos quadrados - folha com o desafio: “O Hotel infinito de Hilbert”

Método: 1.ª experiência: - ler e interpretar os paradoxos de Zenão - resolver os problemas propostos por Zenão 2.ª experiência: - ler e interpretar o paradoxo dos inteiros e dos quadrados de Galileu 3.ª experiência: - resolver o desafio “O Hotel infinito de Hilbert”

Page 94: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 94 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Paradoxo da dicotomia

Paradoxo de Aquiles e a tartaruga

Conclusão: Com a primeira experiência, procedeu-se a uma abordagem histórica sobre duas escolas filosóficas que tiveram grande influência na Grécia Antiga: a escola pitagórica e a escola eleata. Os argumentos da dicotomia e de Aquiles e a tartaruga podem ser interpretados como abordando a questão que hoje seria descrita como a convergência de uma série real, contudo, o pretenso absurdo a que Zenão chega, resulta da possibilidade de decompor uma grandeza limitada numa infinidade de partes. De acordo com os historiadores, Zenão não pretendia mostrar a impossibilidade do movimento, mas reduzir ao absurdo as teses dos pitagóricos que consideravam que tudo era número, ou seja, pretendia mostrar quem a teoria dos pitagóricos era incapaz de explicar o movimento. Embora este tipo de questões não pudessem, no século V a.C., ser compreendidas em profundidade, é interessante registar que colocaram em causa sistemas filosófico-científicos estabelecidos, estimulando, assim, o aparecimento de outros, facto esse, como bem se sabe, faz evoluir a Ciência. Com a segunda experiência, procedeu-se à leitura e análise de um dos paradoxos apresentados por Galileu no seu tratado As duas novas ciências, que abordava questões sobre a dinâmica e a resistência de materiais. Embora não fosse um tratado estritamente matemático, este apresentava diversos pontos em que se fazia apelo à matemática, em particular às propriedades dos infinitamente grandes e infinitamente pequenos, os quais tomavam grande importância para Galileu, pois pareciam-lhe essenciais na sua dinâmica. Embora Galileu considerasse que não era possível com o nosso intelecto finito indagar o infinito, Galileu confrontou-se com aquilo a que se pode chamar paradoxo do todo e da parte, isto é, que a parte de um conjunto infinito pode equivaler ao conjunto todo. Com a última experiência, pretendeu-se resolver um desafio, proposto pelo matemático alemão David Hilbert, envolvendo conjuntos infinitos, recorrendo ao pensamento introduzido por Galileu na resolução do seu paradoxo aritmético: paradoxo dos inteiros e dos quadrados.

Page 95: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 95 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

ASTEROIDE APOPHIS

Avaliação de um impacto na minha terra

Telmo Botelho, Beatriz Coutinho, Pedro Fernandes, Bruna Leal e Sofia Trindade1

& Cláudio Santos2

1-Alunos do Instituto Educativo do Juncal 2-Docente do Instituto Educativo do Juncal

Finalidade: O presente trabalho tem como finalidade conhecer um NEO (Near-Earth Object) designado 99942 APOPHIS, relativamente ao qual não pode ser descartada a colisão com o planeta Terra num futuro próximo. Nesse sentido colocámos a seguinte questão-problema “Quais as consequências do impacto do asteroide APOPHIS, na nossa região?” Os objetivos do trabalho são:

• conhecer as características do asteroide • avaliar a possibilidade de impacto • interpretar o impacto na nossa região • divulgar a importância do estudo dos NEO´s • incentivar o desenvolvimento de missões de estudo

Material: Ferramentas informáticas: - The skylive (1) - Impact Calculator (2) Modelo de impacto: - berlindes de diferentes tamanhos - tabuleiro com areia, cimento e gesso

Método: 1.º Pesquisa de informações sobre o asteroide 99942 APOPHIS 2.º Estudo da orbita no programa The Sky Live 3.º Input de dados no programa Impact Calculator 4.º Simulação de várias situações / variáveis relevantes no programa Impact Calculator 5.º Output de dados do programa Impact Calculator, resultantes de uma possível colisão 6.º Análise dos resultados 7.º Simulação de um modelo de impacto e da formação de uma cratera de impacto O grupo de trabalho decidiu selecionar os seguintes parâmetros no programa Impact Calculator: o diâmetro do projétil 400 metros (APOPHIS tem um valor estimado de 350 metros), a densidade do projétil equivalente a rocha densa (APOPHIS tem um valor estimado de 3,2 g/cm

3), velocidade do projétil 30 km/s (APOPHIS tem velocidade orbital de 30,7km/s),

densidade do alvo equivalente a rocha sedimentar (rocha comum na nossa região) e distância ao local de impacte 100 km (distância Nazaré-Lisboa). Assumimos como ângulo de incidência o valor de 45º, uma vez que não existem dados concretos. A velocidade da Terra não é tida em conta, uma vez que o programa utilizado não permite ter em consideração essa variável. Foram ainda simuladas no programa várias situações para perceber de que modo as diversas variáveis influenciam a ocorrência do impacto. O grupo de trabalho decidiu, também, criar um simulador de impacto constituído por um tabuleiro de material que simula o ambiente sedimentar e berlindes que simulam meteoritos; este modelo permitiu observar as consequências de um impacto, nomeadamente a projeção de materiais e a formação da cratera de impacto recorrendo às variáveis dimensão, altura, inclinação e velocidade do projétil.

Resultados: O impacto do asteroide Apophis na nossa região terá como resultado:

cratera de impacto de cerca de 4000 m de diâmetro e 500m de profundidade

Page 96: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 96 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

sismo de magnitude 7 na escala de Richter

fragmentação ao atravessar a atmosfera

meteoro com cerca de 7 km de comprimento A 100 km de distância ainda são ocorrem os seguintes efeitos:

grande percentagem do corpo sofre queimaduras de segundo grau

papel entra em ignição

árvores de folha caduca entram em ignição

edifícios de madeira cairão quase todos

janelas de vidro irão estilhaçar

até 90% das árvores serão arrancadas; as restantes perdem os ramos e as folhas

Conclusões: O asteroide passará próximo da Terra em abril de 2029, mas está descartada a

possibilidade de impacto;

Devido à aproximação à Terra, o seu campo gravítico poderá alterar de forma imprevisível, a órbita do asteroide;

Poderá ocorrer colisão em abril de 2036, embora para já esteja descartada também essa hipótese;

A colisão teria impacto na nossa região com vários efeitos nefastos na população, seres vivos e infraestruturas;

Quanto maior o diâmetro, o ângulo de colisão, a velocidade e a densidade do corpo impactante maior serão as dimensões da cratera e o grau de destruição;

É muito importante o apoio ao desenvolvimento de missões para vigilância das órbitas de NEO´s, estudo da composição de NEO´s e procurar formas eficazes de defesa;

Existem em curso alguns projetos para estudo de NEO’, como Don-Quijote (ESA) e OSIRIS-REx's (NASA).

Fig1. – Aproximação entre APOPHIS e TERRA em 15 de abril de 2029 (retângulo). Referências bibliográficas: - Apollo11 (2018). Asteroides Próximos. http://www.apolo11.com/asteroides.php - Kaushik, T (2018) Scientist lays asteroid strike theory to rest, Express News Service, http://www.newindianexpress.com/states/karnataka/2018/jan/14/scientist-lays-asteroid-strike-theory-to-rest-1753282.html - Nowakowski, T. (2017). Impact threat from asteroid Apophis cannot be ruled out, https://phys.org/news/2017-06-impact-threat-asteroid-apophis.html - Wikipedia (2018). Apophis. https://pt.wikipedia.org/wiki/Apophis - William. G. (2016) Atlas V begins OSIRIS-REx's round trip to the asteroid Bennu". NASA Spaceflight. https://www.nasaspaceflight.com/2016/09/atlas-v-osiris-rexs-round-trip-asteroid-bennu/ - Programas (1) https://theskylive.com/3dsolarsystem?obj=apophis&h=14&m=16&date=2043-01-26 (2) http://simulator.down2earth.eu/planet.html?lang=pt-PT

Page 97: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 97 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Simplesmente ADN

Cristina Bat, Francisco Saturnino, Inês Gonçalves e Isabel Peixeiro1 & Ana Castro

2

1- Alunos do Agrupamento de Escolas de Castro Verde 2- Professora do Agrupamento de Escolas de Castro Verde

Finalidade: - Otimizar o processo de extração do ADN e purificação de amostras; - Demonstrar que o ADN está presente em vários produtos que consumimos (ainda que em quantidades diferentes).

Material: 1. Biológico: Kiwi, papaia, morangos, ervilhas, banana, fígado de animais, entre outros. 2. Físico/Químico:

Almofariz Bisturi Banho-maria (37ºC) Papel de filtro Espátula Vidro de relógio Vareta de vidro Proveta Pipeta Água destilada

Detergente da loiça Cloreto de Sódio (Sal) Álcool frio (5 °C) Balança Copos de precipitação 100 mL Funil Espectrofotómetro Líquido de limpeza de lentes

de contacto Folhas de gelatina Balança

Método: Procedimento Experimental - extração e purificação do ADN

1. Descascar um Kiwi com um bisturi, cortá-lo em pequenos cubos e triturá-lo.

2. Reservar 150g da massa obtida.

3. Preparar uma solução de cloreto de sódio (NaCl):

- pesar 3 g de sal (NaCl) num vidro de relógio

- colocar 100 mL de água num copo de precipitação

- adicionar o sal à água no copo, agitando de seguida com a vareta de vidro até aquele se dissolver.

4. Adicionar a solução de NaCl às 150g de kiwi esmagado no almofariz.

5. Adicionar, medindo com uma proveta, 5 ml de detergente da louça ao preparado no almofariz.

Continuar a esmagar (com cuidado para não fazer muita espuma).

6. Para purificar o ADN: Adicionar 5 mL de extrato de sumo de papaia / líquido de limpeza de

lentes de contacto.

7. Verter o preparado novamente para o copo de precipitação e colocá-lo em banho-maria (37ºC)

durante 15 min.

8. Colocar um papel de filtro no funil e filtrar a solução anterior, de forma a obter 5ml de líquido

para a proveta de 10mL.

9. Adicionar ao filtrado, lentamente e junto às paredes da proveta, 5 ml de álcool a 96% a 5ºC.

10. Deixar repousar até se observar a ascensão de uma camada gelatinosa.

11. Medir, usando o espetrofotómetro, os valores de absorvância do ADN obtido e comparar os

resultados com valores padrões para ADN purificado.

12. Comparar os resultados com o grupo controle (ADN não submetido ao extrato de sumo de

papaia / líquido de lentes de contacto).

13. Repetir o procedimento para o restante material biológico.

Page 98: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 98 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Notas:

- Preparação do extrato de sumo de papaia: triturar a polpa de uma papaia, adicionar 100 ml de água e

filtrar.

- Grupo controle: aplicar o procedimento descrito anteriormente à gelatina (contém apenas proteínas).

Resultados:

Ainda não totalmente disponíveis.

Hipóteses:

O procedimento usando extrato de papaia / líquido de limpeza permite a obtenção de

valores de absorvância mais aproximados dos valores de referência para o ADN puro.

Diferentes materiais biológicos usados permitem obter diferentes quantidade de ADN

Tópicos para discussão: 1. Qual a função: - do esmagamento do kiwi - da adição de detergente - da adição da solução de cloreto de sódio - do banho maria - da filtração. - da adição de álcool - da adição de extrato de sumo de papaia ou líquido de limpeza de lentes de contacto 2. A massa gelatinosa que ascende na proveta é unicamente ADN? Porque motivo se extraem diferentes quantidades de ADN a partir da mesma quantidade de diferentes materiais biológicos? Será o nº de células o único fator que determina a quantidade de ADN extraído?

Page 99: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 99 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Fueling the Future

Andreia Dinis, José Monteiro, Rute Pegado e Bruno Garcia1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: Já imaginou ficar sem luz em casa, na rua, não poder usar (ou ficar preso no) elevador, estragar a comida no frigorífico, nem mesmo poder assistir um filme, telefonar, ou conectar-se à internet, por falta de energia? Cada vez mais, as cidades deverão garantir um abastecimento a 100% de energia elétrica: os prejuízos causados pela falta de energia serão cada vez maiores, tanto no sector público quanto no privado. Contudo, como ainda não existem fontes inexauríveis de energia elétrica à nossa disposição – e as redes elétricas, como tudo neste mundo estão sujeitas a falhas. Assim, é da nossa responsabilidade gerir os recursos energéticos de que dispomos de forma a não comprometer as gerações futuras. Num esforço global para combater as alterações climáticas, as cidades têm uns dos maiores potenciais para fazer a diferença. Com o crescimento da migração para áreas urbanas, as cidades não tem escolha a não ser apostar em novas fontes de energia, que produzam o mínimo impacto nos ecossistemas. A energia deverá ser o foco principal desse esforço. Desde a expansão de fontes renováveis até a adopção de tecnologias de ponta de eficiência energética e armazenamento, as cidades têm a oportunidade de reduzir drasticamente as suas emissões de carbono. Desta forma, o presente projeto trata da eficiência energética, sustentabilidade e cidades do futuro.

Material: - Caixas de petri - Meios de Cultura - Extratos de plantas - Funil de vidro - Medidor de pH - Papel de filtro - Bureta - Erlenmeyer - Kit de destilação - Computador - Inquéritos - Copos de precipitação - Multímetro - Condensadores - Agar-agar

Método: 1ª experiência: Na área da eficiência energética, iniciámos o projecto, com um inquérito, online e entrevistas à população, sobre a temática, isto é, formas de poupar energia, aparelhos de maior consumo, tarifa bi-horária e tri-horária, leitura e interpretação das faturas de eletricidade, análise de consumos, termo-fixo e termo variável (…). Após a análise dos resultados, comunicámos as principais conclusões, nas redes sociais, em vídeo. Posto isto, elaborámos uma animação sobre eficiência energética e um jogo para telemóvel. 2ª experiência: Na área da sustentabilidade analisámos novas formas de obter energia elétrica e combustíveis do futuro. Sabendo que, no final do século XX, os cientistas demonstraram que os micróbios poderiam produzir eletricidade, que é a base da tecnologia microbiana de células de combustível (ou MFC), isolámos bactérias do solo, e avaliámos o seu comportamento em

Page 100: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 100 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

meios de cultura resultantes de desperdícios urbanos (lixo). Após a análise de resultados, construimos pilhas bacterianas com resíduos urbanos.

Conclusão: No que concerne à primeira atividade foram inquiridos cerca de dezassete pessoas entre familiares diretos, vizinhos e conhecidos dos elementos que compõem a equipa. Os testemunhos foram recolhidos nos concelhos de Tábua (Midões, Póvoa de Midões , Ázere e Tábua) e Oliveira do Hospital (Oliveira do Hospital, Travanca de Lagos, Lagares da Beira e Nogueira do Cravo) entre os dias 27 de Novembro e 5 de Dezembro. Após a análise das entrevistas organizámos as respostas a esta questão por patamares, a saber: de 30€ a 45€ (inclusive), de 45€ a 60€ (inclusive), de 60€ a 75€ (inclusive), de 75€ a 100€ e Mais de 100€. Assim, 52,8 % dos inquiridos paga em média entre 30€ a 45€, 17,7% paga entre 45€ a 60€, 17,7% paga entre 60€ e 75€, 5,9% paga entre 75€ a 100€ e 5,9€ paga mais de 100€. No que concerne à comparação das faturas mensais, cerca de 53,3% dos inquiridos faz a comparação e 46,7% não faz. Dos que fazem a comparação das faturas referem que comparam apenas o preço. No que se refere aos equipamentos que contribuem para um maior consumo de eletricidade, a maioria dos inquiridos, cerca de 41,2%, referiram o forno elétrico, as máquinas de lavar roupa e secar e máquina de lavar loiça, 23,5% os aquecedores elétricos e aparelhos de ar condicionado, 17,6% os frigoríficos e arcas frigoríficas, 5,8 % o forno elétrico e os restantes, cerca de 11,8 não respondeu. Relativamente ao tipo de tarifário, todos os inquiridos têm tarifa simples e apenas 29,4% conhece outros tipos de tarifário. Após a análise desta questão decidimos compilar algumas das respostas que os inquiridos nos forneceram, que refletem as ações que a maioria dos inquiridos faz para poupar energia: “Quando saio de uma divisão tenho o cuidado de apagar as luzes de todos os equipamentos que estejam ligados e não sejam necessários”; “No final da sua utilização desligamos sempre os eletrodomésticos na tomada. Por exemplo como temos duas arcas quando cabe tudo só numa desligamos a outra”; “ Desligar os aparelhos eletrónicos quando saio da divisão da casa e deixam de ser necessários”. Relativamente ao investimento/alteração que os inquiridos fariam para aumentar a eficiência energética da habitação, cerca de 47% investia na energia solar, tanto para aquecimento como para a produção de energia eléctrica, 35,6% respondeu “não sei”. 17,4% refere que optaria por caldeira a biomassa. Na segunda atividade experimental, as bactérias do tipo G. sulfurosa têm sido objeto de estudo, exibindo um comportamento que lhe permite produzir pequenas correntes elétricas. A matéria-prima para estas bactérias é decomposição da matéria orgânica — o material de fossas sépticas. Assim, conseguimos construir uma pilha usando o sedimento do rio Cobral, verificou-se o aparecimento de um biofilme e conseguimos uma intensidade máxima de 9,2 mA. Contudo, dado que não conseguimos encontrar um disco de grafite, para usar como ânodo, usamos como elétrodos o cobre (cátodo) e o zinco (ânodo). Desta forma, dado que, as bactérias reduzem o ião acetato proveniente da fermentação da matéria orgânica, obteríamos um maior rendimento usando um elétrodo de grafite.

Page 101: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 101 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Aproveitamento de resíduos florestais na otimização da produção de

PHAs por culturas microbianas mistas (MMC)

Beatriz Bernardo, Carolina Gomes e Francisco Alves1 & João Gomes

2

1-Alunos do 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina

Resumo Foi desenvolvido um projeto que pretende otimizar o processo de produção de PHAs

(polihidroxialcanoatos), culminando na obtenção de um bioplástico degradável através da

utilização de MMC (culturas microbianas mistas). Os PHAs são poliésteres que são

acumulados pelas bactérias quando existe abundância de carbohidratos e ausência de outros

nutrientes essenciais, como, por exemplo, o nitrogénio.

A produção de PHA nas culturas mistas ocorre em três situações: ausência periódica de um

nutriente essencial (N, Mg ou P), alternância de períodos curtos com fornecimento de carbono

e períodos longos com ausência deste (fome/fartura) e alternância de condições anaeróbicas e

aeróbicas. O processo de produção ocorre em duas fases: uma primeira que consiste na

seleção dos microrganismos a ser utilizados e a segunda na efetiva produção e retenção de

PHA pelas bactérias, utilizando preferencialmente como fonte de carbono ácidos orgânicos

voláteis de cadeia curta. No nosso projeto serão obtidos a partir de resíduos florestais,

promovendo uma lógica de economia circular. Tendo em conta que as reservas globais de

petróleo são finitas, existe a necessidade de encontrar formas de substituir o uso desta matéria,

sendo que os PHAs são uma alternativa aos plásticos de origem petroquímica.

Foi elaborado um design experimental para o desenvolvimento do projeto. A primeira etapa

consistiu na recolha de amostras e registo de valores de pH, concentração de O2, volume e

quantidade de amónia. Na segunda etapa caracterizou-se as amostras, recorrendo a diferentes

métodos analíticos, entre os quais o total de sólidos suspensos (TSS), os sólidos voláteis

suspensos (VSS), carência química de oxigénio (COD), cromatografia gasosa e cromatografia

líquida de alta eficiência (HPLC). Por fim, na terceira etapa, procedeu-se à caraterização da

biomassa presente nas amostras recolhidas, recorrendo a duas técnicas tradicionais de

coloração: Azul do Nilo e FISH.

Em seguida, as amostras foram levadas ao microscópio de florescência, onde foram analisados

os resultados da técnica FISH. Concluiu-se que as amostras contêm principalmente bactérias

beta, algumas gama, azoarcos, LGC e CF.

Após análise das amostras no IQTB, inferiu-se que estas apenas têm PHA e amónia, sendo os

valores de COD e glicogénio baixos. O valor máximo de PHA atingido foi cerca de 14%. Tal

valor é positivo, pois os valores das diárias costumam rondar cerca de 12/13%, podendo-se

relacionar este bom resultado com a maior abundância de bactérias beta, seguidas pelas

gama, que são as com maior capacidade de acumulação do polímero. A meta será atingir

futuramente valores na ordem dos 30-40%, pois tais resultados nunca foram obtidos em

culturas mistas sem substratos definidos, como é o caso do reator utilizado.

O uso de fontes renováveis de carbono, como os resíduos florestais, em conjunção com a

utilização de culturas microbianas mistas (MMC), aparece como uma das alternativas mais

viáveis de modo a não só reduzir significativamente os custos desta estratégia de obtenção de

PHA, mas também de forma a incentivar a limpeza das florestas por todo o país.

Palavras chave: PHAs; polihidroxialcanoatos; culturas microbianas mistas; resíduos florestais

Page 102: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 102 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Avaliação do impacte do incêndio do Pinhal do Rei: risco geológico e qualidade da água em paredes de vitória

Laura Bartolomeu, Tomás Carreira, João Gomes e Camila Silva 1

& Cláudio Santos2

1-Alunos do Instituto Educativo do Juncal 2-Docente do Instituto Educativo do Juncal

Finalidade: O incêndio de Pinhal do Rei de 15 e 16 de outubro de 2017 destruiu uma enorme área florestal, nomeadamente no Vale de Paredes da Vitória. Nesse sentido colocámos a seguinte questão-problema “Qual o impacte do incêndio do Pinhal do Rei ao nível do risco geológico no vale de Paredes e ao nível da qualidade de água da nascente desse mesmo vale?” Os objetivos do trabalho são:

• compreender o impacte dos incêndios nos ecossistemas • avaliar o impacte do incêndio como potenciador de movimentos de massa • avaliar o impacte do incêndio na qualidade da água da nascente • sensibilizar a população para os efeitos diretos e indiretos dos incêndios • propor medidas de recuperação dos ecossistemas afetados por incêndios

Material: - Material de campo: máquina fotográfica, bloco de notas, sacos de plástico e pá para recolha de solo, garrafas para recolha de amostras de água e etiquetas - Material de laboratório de Geologia: cadinhos, balança, funis, copos, pipetas, varetas, caixas de petri, exsicador, estufa, forno, etiquetas, agitador de solos, lupas binoculares, kit de microbiologia de solos, … - Material de laboratório de Química Analítica: medidor de pH e de condutividade e kits de análises de águas para fósforo, azoto e bases de troca (sódio, potássio e cálcio)

Método: Trabalho de campo – saída de campo ao Vale de Paredes:

- registo fotográfico do local de incêndio e do Vale de Paredes - recolha de amostras de solo de zona ardida e não ardida: 4 zonas de amostragem - recolha de amostras de água na nascente e na foz do rio: 2 zonas de amostragem - identificação de fatores condicionantes e desencadeantes de movimentos de massa

Trabalho laboratorial 1 – laboratório de Geologia do IEJ - análise da composição de solo de zona ardida e não ardida: componentes mineral, orgânica, água e ar - análise da fração granulométrica de solo de zona ardida e não ardida: peneiração mecânica com agitador de solos - análise da porosidade de solo de zona ardida e não ardida - análise da permeabilidade de solo de zona ardida e não ardida - análise da capacidade de retenção de solo de zona ardida e não ardida - análise do pH de solo de zona ardida e não ardida - análise da composição biológica do solo zona ardida e não ardida: macroinvertebrados e microrganismos

Trabalho laboratorial 2 – laboratório de Química Analítica de Engenharia do Ambiente da ESTG:

- análise da composição das águas de nascente e de foz do rio: pH, condutividade, fósforo, azoto e bases de troca (sódio, potássio e cálcio)

Resultados: O incêndio destruiu 100 % do coberto vegetal do vale de Paredes da Vitória;

Page 103: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 103 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Até à data do incêndio todo o vale apresentava coberto vegetal com vegetação rasteira, acácia-de-espigas, pinheiro-bravo, pinheiro-manso e junto ao rio surgia a cana e alguma vegetação ripícola;

É bem visível a ocorrência de um movimento de massa de média dimensão bem próximo de habitações, mas sem efeitos destruidores, até ao momento;

Foram identificados, como fatores desencadeantes de movimento de massa, na zona em estudo:o substrato das vertentes do vale serem constituídas por materiais arenosos pouco consolidados, declive das encostas do vale ser pronunciado e existência de um rio que acompanha o perfil do vale;

Foram identificados, como fatores condicionantes de movimento de massa, na zona em estudo: a destruição do coberto vegetal durante o incêndio de outubro, a precipitação de inverno, por vezes forte e persistente e queda de muitos troncos de árvores parcialmente ardidos;

Relativamente aos solos analisados há a referir que o solo de zona ardida, relativamente a zona não ardida, apresenta menor percentagem de água, menor porosidade, menor permeabilidade, maior retenção de água, pH mais básico e menor número de colónias bacterianas;

Relativamente às águas em análise há a referir que, comparando os resultados obtidos na nascente e na foz, os teores analisados são superiores na zona da foz, resultando de escorrência superficial ao longo das vertentes do vale.

Conclusões: O incêndio de outubro apresenta grande impacto na povoação de Paredes de Vitória, a

nível dos ecossistemas dunar e ripícola, a nível paisagístico e a nível da população;

O risco geológico associado à ocorrência de movimentos de massa é muito elevado, com possibilidade de danificar as habitações que existem na base das vertentes e pode por em causa a qualidade de vida e segurança da população que usa a estrada que conduz até à nascente;

Os incêndios florestais têm impacte nas propriedades do solo, devido à alteração da componente orgânica do solo, refletindo-se ao nível da porosidade, permeabilidade, retenção de água, fração granulométrica, pH e biodiversidade do solo;

As alterações verificadas ao nível das propriedades do solo potenciam a ocorrência de movimentos de massa, nomeadamente a falta do sistema radicular das plantas para coesão do solo;

Os incêndios florestais têm impactes na qualidade da água, devido ao transporte de elementos químicos das áreas ardidas (pela água de escorrência superficial) até aos cursos de água superficiais, do qual resulta a alteração química da água;

Como medidas de prevenção de risco geológico salientamos: a restrição de circulação na estrada do vale, aconselhar a população a abandonar as casas especialmente no período de inverno, procurando uma alternativa junto de familiares, assim que possível proceder à aplicação de técnicas de mulching (cobertura morta de solo) e reflorestamento do vale com espécies autóctones e árvores bombeiras.

Fig1. – Vale de Paredes de Vitória (antes do incêndio) – zona de estudo.

Page 104: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 104 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Demonstrando o Metabolismo Celular

Catarina Faustino, Catarina Contente, Diana Lage e Verónica Manuel

1 & Ana Castro

2

1-Alunos do Agrupamento de Escolas de Castro Verde 2-Docente do Agrupamento de Escolas de Castro Verde

Introdução: O pão é um dos alimentos mais antigos que acompanha a história da Humanidade. Conta-se que o homem começou a cozer pão pelo menos 6 mil anos antes de Cristo, sendo que foram os egípcios o primeiro povo a usar fornos de barro para o fazer e os principais responsáveis pela descoberta do fermento, onde se encontram leveduras.

No fabrico do pão ocorre fermentação alcoólica, realizada pelas leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae, com a finalidade de se produzir a energia necessária à sua sobrevivência. Enquanto o pão coze, o etanol produzido evapora e o dióxido de carbono libertado por estes fungos fica contido na massa, o que lhe confere uma textura fofa e macia, como conhecemos e apreciamos nos dias de hoje.

A fermentação alcoólica ocorre apenas na ausência de oxigénio, sendo um dos processos alternativos à respiração celular aeróbia, também passível de ser realizado por leveduras, e que necessita de oxigénio no meio para ocorrer.

Finalidade: Este projeto tem como principais objetivos estudar o processo metabólico do fabrico de pão numa padaria local e otimizar esse mesmo processo . Para tal tentaremos descobrir as condições ideais de temperatura, bem como a concentração certa de farinha (e de leveduras!) que podem tornar o pão igualmente apetitoso mas mais rentável para a padaria com a qual iremos estabelecer a nossa parceria.

Material:

1. Físico e Químico:

Régua; Cronómetro; Banho maria; Copos de precipitação: Vareta; Farinha usada na padaria; Água; Sal.

2. Biológico:

Leveduras (fermento de padeiro). Leveduras ao

M.O.C.

Procedimento: 1. Influência da temperatura no metabolismo das leveduras:

1. Usar 2 copos de precipitação, adicionando a cada um 80mL de água e 4g de leveduras; 2. Adicionar 0,5 g de farinha à suspensão de leveduras existente em cada copo;

Page 105: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 105 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

3. Ferver a suspensão de leveduras contida num dos copos de precipitação durante 5 minutos; 4. Colocar os copos de precipitação em banho maria, a uma temperatura de 35ºC durante 30m; 5. Medir de 10 em 10 minutos a espessura da espuma formada, com o auxílio de uma régua; 6. Repetição dos passos anteriores para diversos valores de temperatura e quantidades de farinha.

2. Influência da quantidade de sal no metabolismo das leveduras:

1. Colocar em 5 copos de precipitação 80mL de água e 4g de leveduras em suspensão; 2. Adicionar, de acordo com os resultados obtidos na experiência anterior, a quantidade

optimizada de farinha aos copos de precipitação; 3. Colocar diferentes quantidades de sal (0g; 7g; 6g,5g; 5g; 15g) em cada um dos copos

de precipitação; 4. Colocar os copos de precipitação em banho maria, à temperatura que julgamos ser a

ideal, durante 30m; 5. Medir de 10 em 10 minutos a espessura da espuma formada, com o auxílio de uma

régua. Nota: Serão efetuados vários ensaios para ambos os procedimentos.

Resultados & Discussão: Não podemos inferir conclusões exatas em relação a este projeto o qual à data de redação deste resumo não está ainda concluído. No entanto sabemos que, relativamente à primeira experiência, na qual as leveduras foram expostas a temperaturas muito altas, a fermentação alcoólica não irá ocorrer pois os fungos morrem. Pressupomos também que o copo com maior espessura de espuma formada (equivalente à libertação de CO2) seja um que tenha sido submetido a uma temperatura intermédia.Em relação à influência da quantidade de sal no metabolismo das leveduras, é provável que o preparado com menor quantidade de sal degrade uma maior quantidade de glucose no menor espaço de tempo, pois o sal é um inibidor químico. Desta forma, com menor teor em sal o processo de fermentação será mais rápido...e produzirá pão mais saudável.

Page 106: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 106 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Match Point

João Prata1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: Este projecto pretende que os alunos, partindo de uma situação real, como por exemplo uma equipa de futebol, hóquei ou o corpo de bombeiros local, aprendam a enviar grandes dados, em tempo real, através de dispositivos móveis usando os seus smartphones. Os alunos serão programadores de Apps, projectando e fazendo as suas próprias aplicações recorrendo ao App Inventor. Os dados em tempo real, serão colectados através da aplicação desenvolvida e, em seguida, enviados para um site de partilha de dados.

Material: - Scratch - Appinventor - Dweet.io - Freeboard

Método: 1ª experiência: Iniciámos o presente projeto com uma pesquisa sobre programação em Scratch e acedemos ao code.org para desenvolvermos pequenos projetos de programação. 2ª experiência:

Abrir o “App Inventor”, clicar em “New Project” e insira um nome para o novo projeto, desta forma, abrirá automaticamente a seção de designer. No lado direito da encontra-se uma lista de propriedades da tela que sepode escolher para projetar o conteúdo da tela. O layout da aplicação foi desenhado da maneira seguinte: Screen1. AlignHorizontal: CENTER; AppName: MATCHPOINT ; Icon: ; Title: DADOS INDIVIDUAIS TableArrangement1. Columns: 2; Rows: 9 Label1.Text. NOME: Label2.Text. NUMERO INTERNO: Label3.Text. NUMERO MECANOGRÁFICO: Label4. Text. NUMERO DE TELEMÓVEL TextBox1. Hint: Introduce your name TextBox2. Hint: Introduce your number; NumbersOnly TextBox3. Hint: Introduce your number; NumbersOnly TextBox4. Hint: Introduce your number Label3.BackgroundColor: Red; Text: Posição GPS Label4.Text. Latitude: Label5.Text. Longitude: Label6.Text.Valor da Latitude: Label7.Text. Valor da Longitude: Label8. FontSize:9; Text.http://dweet.io/dweet/for/matchpoint Button1. FontSize:11; Text: START Button2. FontSize:11; Text: STOP Button3. FontSize:11; Text: Fechar Aplicação Button4. FontSize:11; Text: Alteração do Numero Label9.Text. Alteração do Numero ListPicker1. FontSize:11; Text: SELECT REFRESHING TIME (SECONDS) Image1. Picture: Bombeiros.GIF Clock1.TimerEnabled: NO; Timer Interval: 5000 (every 5

Page 107: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 107 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

seconds) Web1. Url: http://dweet.io/dweet/for/thing (e.g. http:// dweet.io/dweet/for/football; the “thing” is, in this case, “Match Point”,) ¡ LocationSensor1. Time Interval: 1,000 (every 1 second)

Conclusão: Com o projeto MatchPoint pretendeu-se desenvolver uma aplicação, que partindo de uma situação real, como por exemplo uma equipa de futebol, hóquei ou o corpo de bombeiros local, envia grandes dados, em tempo real, através de dispositivos móveis. Até ao momento desenhamos a aplicação, desenvolve-mo-la no \"AppInventor\". Os dados em tempo real, são colectados através da aplicação desenvolvida e, em seguida, enviados para um site de partilha de dados, dweet.io, e apresentados no freeboard.io. Neste momento quando os utilizadores, no caso, elementos do corpo de bombeiros, acedem à aplicação, aparece no \"freeboard.io\" um mapa que regista a posição no terreno (coordenadas GPS), de cada bombeiro.

Page 108: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 108 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Como têm variado no tempo os teores em mercúrio nos sedimentos da zona intertidal da Foz do Rio Trancão (Estuário do Rio Tejo)?

Andreia Gonçalves, Helena Brandão e Tiago Salem1 & João Gomes

2

1-Alunos do 11º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Geologia e Biologia do Colégio Valsassina

Resumo O mercúrio (Hg) é considerado um dos metais mais nocivos para o ambiente. Este, é um metal líquido e inodoro à temperatura ambiente. De uma forma geral, é usado na produção eletrolítica de cloro, em equipamentos elétricos, e como matéria-prima de diversos compostos de mercúrio. É ainda usado em fungicidas, conservantes, medicamentos, elétrodos e outros reagentes, no entanto, o seu uso industrial tem vindo a diminuir devido às preocupações de saúde e ambientais, e à legislação associada.

O Estuário do Tejo é historicamente contaminado por mercúrio industrial particularmente na Cala do Norte (fábrica de soda caustica e cloro) e na zona do Barreiro (Complexo Químico da Quimigal), onde se localizavam industrias que no passado usavam Hg nos seus processos de fabrico. Neste contexto, foi desenvolvido um estudo que procura responder à questão: Como têm variado no tempo os teores em mercúrio nos sedimentos da zona intertidal da Foz do Rio Trancão (Estuário do Rio Tejo).

De referir que os sedimentos são um importante compartimento dos sistemas estuarinos, interatuando com a coluna de água e sendo substrato de fauna e flora. Os sedimentos são essencialmente compostos por uma mistura de materiais orgânicos e inorgânicos, sendo os seus principais componentes: argilas, quartzo, feldspato, carbonatos associados por vezes a hidróxidos de ferro e manganês e matéria orgânica de origem terrestre e marinha.

De uma forma geral, o mercúrio existente nos sedimentos resulta da deposição do existente na matéria particulada. No entanto, se as condições hidrodinâmicas (e.g., correntes, ondulação) forem favoráveis os sedimentos podem ser ressuspendidos. Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma saída de campo, na Foz do Rio Trancão, para recolher um “core” de sedimentos, através de um trado, cujo comprimento foi de 43,5 cm. Em seguida, o core foi protegido com uma manga plástica e transportado para o laboratório. Já no laboratório, este foi limpo, descrito em termos de cor (carta de munsell), presença de conchas e textura, e sub-amostrado de 2 em 2 centímetros,

O passo seguinte envolveu pesagem e a liofilização das amostras, cujo principal objectivo é retirar toda a água existente em cada amostra. Após serem novamente pesadas as amostras foram subdivididas em duas sub-amostras com peso conhecido:1) para a determinação da análise granulométrica; 2) e outra para a determinação da matéria orgânica e dos teores em Hg..

As determinações granulométricas envolveram a peneiração das amostras com 2 peneiros de 2

mm e 63 m, de forma a separar a amostra na fracção gravel (F>2 mm), areia (2 mm>F>63

m) e finos - silte e argila (F<63 m) e calcular a sua percentagem. A percentagem do silte e argila em cada amostra irão ser determinadas no equipamento COULTER, após a remoção da matéria orgânica com Peróxido de Hidrogénio Básico (água oxigenada H2O2 130 vol., com amónia).

A amostra onde serão feitas as determinações dos da matéria orgânica e do Hg será crivada num peneiro de 2mm, e em seguida moída num moinho de ágata. A determinação da matéria orgânica será feita por perda ao rubro (amostra previamente seca a 105ºC e colocada na mufla a 450ºC durante um período de 2 horas), As determinações de Hg são realizadas num analisador de Hg da marca Leco Instruments (modelo AM254).

Com os resultados obtidos da análise do Mercúrio, pretendemos avaliar a evolução dos níveis deste elemento ao longo do tempo, na Foz do Rio Trancão e, desta forma, recolher elementos que possam dar um contributo para o diagnóstico da contaminação nesta região e alertar a comunidade sobre os riscos da mesma.

Palavras-chave: mercúrio; sedimentos; Foz do Rio Trancão; core; análise granulométrica

Page 109: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 109 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

“Core” de sedimentos recolhidos na Foz do Rio Trancão no dia 16 de março de 2018.

Page 110: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 110 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Ecotoxicidade de Fármacos, Detergentes e Produtos de Higiene na Vida Marinha

Sara Oliveira, Sara Pereira e Tatiana Oliveira1 & Abílio Pinto

2 & Marta Correia

3

1-Alunos Escola Secundária da Boa Nova - Leça da Palmeira 2-Docente Escola Secundária da Boa Nova - Leça da Palmeira 3- Investigadora do CIIMAR e Coordenadora do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Vila do Conde

Questão-problema: Será que os Fármacos, Detergentes e Produtos de Higiene serão tóxicos para os ecossistemas marinhos?

Introdução: Ao longo dos tempos, a contaminação química de origem antropogénica tem vindo sucessivamente a aumentar nos ecossistemas naturais, incluindo nos aquáticos. No caso destes últimos é percetível que milhares de químicos continuem a entrar nestes sistemas provenientes dos resíduos de atividades urbanas, agrícolas e industriais. Muitas das substâncias químicas que têm sido detetadas no ambiente aquático fazem parte de produtos que utilizamos regularmente no nosso dia-a-dia (exemplo: fármacos, detergentes domésticos, produtos de higiene pessoal entre outros). Muitas delas são capazes de provocar efeitos tóxicos graves não só no Homem, mas também nos organismos aquáticos, mesmo em concentrações muito baixas, diminuindo a qualidade da água dos ecossistemas e a saúde das espécies que os constituem. A artémia é um pequeno crustáceo de 10 a 15 mm de comprimento bastante sensível à qualidade da água em que vive e às substâncias químicas em geral. Por esta razão é muito utilizada em avaliações de toxicidade.

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar o efeito antrópico na vida marinha, a partir do estudo da toxicidade de fármacos, detergentes e produtos de higiene.

Material: - Balança - Balões volumétricos - Placa de agitação - Microplacas de 24 poços - Sonicador - Artémias - Microscópio ótico - Gobelés - Micropipetas - Paracetamol - Ibuprofeno - Líquido da louça - Gel de banho - Etinilestradiol - Água salgada - Termóstato - Bomba de ar - Tubo de arejamento - Garrafões de plástico - Almofariz e pilão - Pipeta de Pasteur - Magnets

Método: 1ª Experiência:

Page 111: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 111 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

- Começámos por eclodir as artémias colocando uma colher de café de cistos numa garrafa de plástico de 1.5L de água salgada e introduzimos esta num garrafão de 5L de água aquecida por um termostato a uma temperatura de 26ºC.Colocámos um tubo ligado a uma bomba de ar, de forma a fornecer o arejamento necessário às artémias. A suaeclosão foi feita em condições constantes de temperatura e luminosidade durante 48 horas. - Para o paracetamol utilizamos concentrações de 1000mg/L, para o Ibuprofeno utilizamos concentrações de 1600mg/L. - Pesámos e triturámos os diferentes fármacos, para obter as dosagens pretendidas. - Introduzimos os diferentes fármacos em diferentes balões volumétricos de 500ml contendo água salgada, de modo a fazer as diferentes soluções de contaminantes previamente estabelecidas. Para acelerarmos a dissolução colocámos um magnet dentro de cada balão e transferimos cada um, para uma placa de agitação. De forma, a tornar a dissolução mais eficiente transferimos os balões para um sonicador durante 5 minutos. - De seguida, com a ajuda da micropipeta, enchemos 7 poçoscom as seguintes condições a testar: 0% (controlo), 10%, 17%, 26%, 40%, 64% e 100%. - Por fim, colocamos 10 artémias em cada poço com a ajuda de uma pipeta de Pasteur. Contabilizámos a mortalidade às 48 horas e calculámoso LC50, ou seja a concentração de fármaco à qual ocorreu 50% de mortalidade nas condições experimentais utlizadas,ao fim das48 horas. 2ª Experiência: - Analisámos também a toxicidade em detergentes e produtos de higiene. - Para isso, utilizámos dois gobelés. Num dos gobelés colocámos 50ml de água salgada e 1,5ml de líquido da louça e no outro gobelécolocámos 50ml de água salgada e 1,5 ml de gel de banho. Tendo ambas as soluções a concentração de 30 ml de contaminante por 1L de água do mar. - Agitámos lentamente as soluções, de forma a não criar espuma e transferimos as mesmas com a ajuda de uma micropipeta para 7 poços diferentes, pipetando os volumes indicados na Tabela I de modo a obter as seguintescondições a testar: 0% (controlo), 10%, 17%, 26%, 40%, 64% e 100%. - Por fim, colocamos, 10 artémias em cada poço com a ajuda de uma pipeta de Pasteur e contabilizámos a mortalidade aos 45 minutos e calculámos o LC50.

Resultados:

Figura 1: Curvas de Toxicidade do líquido da loiça (30ml/L) e Gel de duche (30ml/L) aos 45 minutos e curvas de Toxicidade do Paracetamol (1000mg/L) e do Ibuprofeno (1600mg/L) às 48 horas.

Page 112: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 112 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Conclusão: Na 1ª experiência realizada com o Paracetamol e com o Ibuprofeno observou-se um aumento da taxa de mortalidade à medida que se aumentou a concentração do tóxico. Comparando estes dois compostos nota-se que o Paracetamol é mais tóxico que o Ibuprofeno, uma vez que apresenta um LC50 às 48h de 9% da concentração de tóxico, que corresponde a uma concentração de 90mg/L, já o Ibuprofeno apresenta um LC50 às 48h de 44% da concentração de tóxico, que corresponde a uma concentração de 704mg/L. Conclui-se desta maneira, que os fármacos são tóxicos e têm efeitos nefastos na vida marinha, mesmo em pequenas quantidades. N 2ª experiência realizada com líquido da Louça e Gel de Duche observou-se um aumento da taxa de mortalidade à medida que se aumentou a concentração do tóxico. Comparando estes dois compostos nota-se que o Líquido da Louça é mais tóxico que o Gel de Duche, uma vez que se atingiu 100% de mortalidade com menor percentagem de tóxico, apresentando este um LC50 aos 45 minutos de6% da concentração de tóxico, correspondente a uma concentração de 1,8 ml/L, já o Gel de Banho nunca atingiu uma taxa de 100% de mortalidade em nenhuma das concentrações, apresentando este um LC50 aos 45 minutos de 10% da concentração de tóxico, correspondente a uma concentração de 3 ml/L. Conclui-se desta maneira, que os detergentes e produtos de higiene são tóxicos e têm efeitos nefastos na vida marinha, mesmo em concentrações muito reduzidas.

Page 113: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 113 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Geoparque Naturtejo, Na rota das rochas metamórficas e magmáticas

Rafael Faria, Rodrigo Pedro e David Sousa1 & Ana Malhado

2

1-Alunos do 11º ano do Instituto Educativo do Juncal 2-Docente do Instituto Educativo do Juncal

Resumo Tendo como ponto de partida uma visita de estudo (de dois dias) ao Geoparque Naturtejo, integrada nos conteúdos da disciplina de Biologia e Geologia, o presente trabalho pretende aprofundar o estudo das principais características geológicas dos vários locais visitados, particularmente o Geomonumento das Portas de Ródão, as Cruziana de Penha Garcia e o Inselbergue Granítico de Monsanto. Sendo que a escola se insere numa região onde predominam as rochas sedimentares, concretamente os calcários do Jurássico (Maciço Calcário Estremenho das Serras d’Aire e Candeeiros), decorrentes dos processos relacionados com a génese da Bacia Lusitânica, e integrados na Orla Mesocenozoica Ocidental, a região visitada possui um contexto geológico completamente diferente e a sua exploração torna-se de extrema importância para aprofundar os conteúdos programáticos da disciplina. O Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional, integra os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, sendo um vasto território de elevado potencial geoturístico, no âmbito da exploração da geodiversidade e na educação para a geoconservação (Cunha, 2009) e para o desenvolvimento sustentável. No primeiro dia houve a oportunidade de visitar o Monumento Natural das Portas do Ródão, as duas imponentes cristas quartzíticas e observar troncos fósseis silicificados, os quais foram provenientes de uma formação sedimentar miocénica, patentes na Casa das Artes e da Cultura do Tejo. Da parte da tarde foi possível efetuar um percurso pedestre onde foi possível observar a dobra da Albarda, na povoação de Sobral Fernando, e realizar uma atividade de garimpagem de ouro no rio Ocreza, de onde se salienta o conhal de Sobral Fernando, na margem do rio, respeitante a uma exploração mineira de ouro, provavelmente, do tempo dos Romanos, da qual são testemunhos os inúmeros amontoados de blocos quartzíticos arredondados (devido a meteorização e erosão ao longo do rio). No segundo dia de visita ao Geoparque houve a possibilidade de explorar a zona de Penha Garcia, destacando-se as casas mais antigas em quartzito e o Castelo Templário do Sec. XIII. Foi efetuada uma caminhada pelo vale do rio Ponsul, a qual permitiu observar litologias formadas há 480 Ma, salientando-se as Cruziana (icnofósseis), vestígios da atividade e comportamento de trilobites que interagiram com o substrato arenoso e que se revelam, atualmente bem preservadas em quartzitos. As Cruziana correspondem a sulcos essencialmente horizontais, bilobados, com uma crista central e com estrias ornamentais, constituindo pistas de alimentação de trilobites, as quais permitem determinar as características e comportamentos e possibilitam a reconstituição de paleoambientes. As rochas magmáticas foram exploradas quando se visitou o Monte-Ilha (Inselberg) de Monsanto, tendo sido possível observar o caos de blocos graníticos, paisagem do tipo barrocal. A visita de estudo revelou-se fundamental para a compreensão e exploração de evidências relativas à génese de icnofósseis e a processos decorrentes da pressão e temperatura, os principais agentes de metamorfismo que condicionam a formação das rochas metamórficas, bem como à meteorização e erosão, patentes nas formas características do caos de blocos graníticos. Palavras-chave: Cruziana; Inselbergue granítico; Quartzito; Rocha magmática; Rocha metamórfica. Agradecimentos Queremos agradecer à Professora de Biologia e Geologia, Ana Sílvia Malhado, aos técnicos do Geoparque Naturtejo, ao João Rodrigues do 12.ºA, pelas fotos cedidas, e à Comissão Organizadora do XIII Congresso Nacional Cientistas em Ação.

Page 114: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 114 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Referências - Amador F. & Cunha P. P. (2010). RTP2, Programa “Geoconservação - Monumento Natural das Portas de Ródão”. Universidade Aberta, disponível em: http://www2.uab.pt/UAbTV/videoDetail.php?Video=53&menu=2 - Cunha, P. P.; Canilho, S.; Pereira, D. I.; Gouveia, J. & Martins, A. A. (2009) - O Monumento Natural das Portas de Ródão. Geonovas, nº 22, pp. 3-13. http://www.apgeologos.pt/index.php?option=com_content&view=category&id=20&Itemid=156; https://issuu.com/associacaoportuguesageologos/docs/apg_geonovas_22 - http://www.naturtejo.com/ficheiros/conteudos/pdf/geoturismo/1.4.pdf, consultado em 12 de janeiro de 2018. - https://www.naturtejo.com/ficheiros/conteudos/pdf/geoturismo/1.3.pdf, consultado em 12 de janeiro de 2018.

Page 115: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 115 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Think to Drink

Gabriel Pereira1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: Bebidas “energéticas” (BE) é a denominação de venda para um grupo de bebidas refrigerantes que contêm elevados teores de cafeína, taurina e glucuronolactona, de inositol, niacina, vitaminas do complexo B e, por vezes, álcool. O fenómeno do consumo de bebidas “energéticas” é relativamente novo e ainda pouco estudado em Portugal. A regulamentação das bebidas “energéticas”, bem como a comunicação do risco seriam um importante passo para a advertência ao consumidor sobre potenciais riscos para a saúde, principalmente quando associadas ao álcool e/ou à atividade física. Assim, o presente projeto visa, traçar o perfil do consumidor, avaliar o efeito das bebidas energéticas na tensão arterial, na atividade cerebral, bem como a quantidade de açucares redutores e cafeínas das principais bebidas consumidas.

Material: - Computador - Amostras de bebidas energéticas existentes no mercado - Régua - Cronómetro - Tensímetro - Medidor de glicémia - Tensímetro - Espectrofotómetro de UV_Visível

Método: 1ª experiência: -Avaliar o risco da exposição a substâncias estimulantes, cafeína, e excesso de açúcares, em jovens portugueses, induzidos pelo consumo de bebidas “energéticas”, através de inquérito online; -Traçar o perfil do consumidor. 2ª experiência: - Extrair e dosear a quantidade de cafeína, presente nestas bebidas e comparar com a rotulagem por espetroscopia UV_Visível. -Analisar a quantidade de açucares redutores. -Avaliar o efeito do consumo destas bebidas na tensão arterial e glicémia; -Investigar o efeito destas bebidas nas atividades mental e física pelo teste da régua e identificação de sequências e símbolos.

Conclusão: No que concerne ao inquérito, foram inquiridos cerca de 158 indivíduos com idades compreendidas entre 13 e 60 anos, 78,1% dos inquiridos situa-se numa faixa etária entre os 15 e 2 4 anos. A maioria é do sexo feminino, cerca de 74% e os restantes são do sexo masculino, 26%. Os consumidores de bebidas energéticas ingerem preferencialmente em casa no dia-a-dia, em festas, bares e outras ocasiões. Normalmente a quantidade que ingerem é de 250 mL. E bebem preferencialmente nas saídas à noite e durante a prática desportiva. Durante as saídas noturnas em geral bebem duas bebidas e durante a prática desportiva ingerem uma. As razões apontadas para o consumo destas bebidas são para “ficarem acordados”, “precisam de energia”, “aumenta a concentração” e “melhora o rendimento físico”. Na 2ª experiência verificou-se que contrariamente ao que seria de esperar, a composição destas bebidas não se prende com a quantidade de cafeína mas, com a quantidade de açúcar, pois, em geral por cada 250 mL ingere-se cerca de 30 g de açúcar, isto é o dobro da quantidade que um adolescente deve ingerir por dia. Este resultado é consistente com a

Page 116: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 116 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

análise da glicémia após a ingestão de cada uma das bebidas, pois a glicémia no sangue, aumentou em cerca de 83% dos indivíduos analisados.

Page 117: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 117 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Interpretando a natureza com a sucessão de Fibonacci: desafios e curiosidades

António Guedes, Catarina Sousa, Inês Azevedo e Gabriel Lopes1 & Paulo Gil

2

1-Alunos da Escola Básica e Secundária de Pinheiro 2-Docente da Escola Básica e Secundária de Pinheiro

Finalidade: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, … é a mais famosa sucessão de números de toda a matemática. Mas qual é a relação desta sucessão de números naturais com o planeta Terra? Na verdade, a sucessão de Fibonacci é um padrão numérico cujos números se podem encontrar presentes em vários seres vivos, surgir associados a diferentes expressões artísticas (arte, arquitetura, música e poesia), ou até mesmo ser fascinantes pelas suas próprias propriedades. Esta sucessão surge na resolução do problema da criação de coelhos proposto por Leonardo de Pisa (Fibonacci) no seu livro Liber Abci (Livro do Ábaco) datado do século XIII: Suponha-se um par de coelhos recém-nascidos, uma fêmea e um macho, colocados num jardim. Os coelhos podem acasalar ao fim de um mês de vida, de tal forma que ao fim do segundo mês pode nascer um novo par de coelhos. Suponha-se ainda que os coelhos não morrem e que, cada mês a partir do segundo mês de vida, cada casal origina um novo casal. Quantos coelhos existirão ao fim de um ano? Embora este problema e a respetiva solução sejam inventados, uma vez que os coelhos não se reproduzem desta forma, a sucessão de Fibonacci ocorre naturalmente em muitos outros contextos. Com este trabalho pretende-se explicar esta sucessão do ponto de vista das suas propriedades e da sua relação com a natureza, apresentando alguns desafios e curiosidades.

Material: - Folha de papel com o problema da criação de coelhos proposto por Fibonacci - Pinha, girassol, jarros, trevos, margaridas - Partitura do quarto andamento do quarteto de cordas número 4 de Béla Bartók - Instrumentos musicais: flauta de bisel, xilofone, jogo de sinos

Método: 1.ª experiência: - ler, interpretar e resolver o problema da criação de coelhos proposto por Fibonacci, reconhecendo que ao se proceder à contagem do número de pares de coelhos adultos por mês se verifica a sequência seguinte: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, … - reconhecer que a sucessão de números de Fibonacci pode ser definida por recorrência, uma vez que cada número é obtido à custa da soma dos dois números anteriores - registar outras sucessões, identificando a respetiva lei de formação 2.ª experiência: - procurar a presença dos números de Fibonacci na natureza, explorando: o número de pétalas das flores, a organização das sementes na coroa das flores, na disposição das folhas de algumas plantas e nas ramificações das mesmas 3.ª experiência: - reconhecer a presença dos números de Fibonacci na música - identificar a presença de números de Fibonacci num trecho musical do quarto andamento do quarteto de cordas número 4 de Béla Bartók - executar uma melodia na escala pentatónica 4.ª experiência: - explorar algumas propriedades matemáticas dos números de Fibonacci

Page 118: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 118 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Número de espirais presentes numa pinha é um número de Fibonacci

Conclusão: Com a primeira experiência, procedeu-se a uma abordagem histórica sob a forma como surgiu a sucessão de Fibonacci, reconhecendo as suas caraterísticas e o contraste desta com outras sucessões já conhecidas. Com a segunda experiência, procurou-se identificar a presença dos números de Fibonacci na natureza, explorando o número de pétalas de determinadas flores, a organização das sementes na coroa de algumas flores a disposição das folhas de algumas plantas, bem como as ramificações das mesmas, reconhecendo, assim, a relação destes números com determinados fenómenos da natureza. Através da terceira experiência, procurou-se identificar os números de Fibonacci em expressões artísticas como o caso da música. A presença destes números pode ser registada em diferentes situações, como por exemplo ao nível das escalas, nas razões de intervalos musicais, na própria composição musical, o que possibilitou a execução de uma pequena peça musical baseada na escala pentatónica. Por fim, com a quarta experiência procurou-se evidenciar algumas curiosidades matemática associadas aos números de Fibonacci. Através deste conjunto de atividades, podemos observar que a partir de um simples problema proposto num livro de matemática, que revolucionou o nosso sistema de contagem, é possível identificar uma sucessão de números naturais que ocorre em diferentes fenómenos naturais e artísticos.

Page 119: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 119 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Caracterização farmacognóstica das espécies Zanthoxylum zanthoxyloides e Zanthoxylum lepreurii: Ação antimicrobiana e

antifúngica

Catarina Morgado, Margarida Rios e Rafael Nóbrega1, João Gomes

2

1-Alunos do 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina

Resumo O presente projeto pretendeu realizar a caracterização farmacognóstica das plantas Zanthoxylum zanthoxyloides (Lam.) Zepern. & Timler e Zanthoxylum leprieurii Guill. & Perr. As amostras estudadas nesta investigação são provenientes da ilha de Orango, no arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau) e foram colhidas em 2016. As populações africanas utilizam estas duas espécies através de métodos empíricos. Desta forma, não têm o controlo, nem o conhecimento total das propriedades das plantas o que pode levar a um desperdício de outros medicamentos que pudessem derivar da mesma. Por outro lado, pode levar à ocorrência de efeitos secundários. Com este estudo pretendemos confirmar de forma científica se as espécies Zanthoxylum zanthoxyloides e Zanthoxylum leprieurii possuem as propriedades farmacognósticas que lhe foram atribuídas pela cultura popular e identificar quais os compostos secundários ativos bem como a sua localização na planta. Deste modo, procurámos determinar quais dos seus extratos químicos podem ser utilizados para fins terapêuticos a partir do estudo dos metabólitos secundários (ou princípios ativos) das plantas em questão. Para determinar quais as finalidades medicinais das espécies em estudo, utilizámos diferentes técnicas laboratoriais como a micromorfologia, a histoquímica e a fitoquímica preliminar. Este projeto é inovador, pois ainda não foram realizados estudos semelhantes. A micromorfologia é o estudo da estrutura da planta a um nível celular através de microscópios óticos e eletrónico. Envolve a medição da largura e do comprimento das células, do limbo e dos estomas das plantas. Nesta área obtivemos uma média de 17,7 μm para o limbo da planta Zanthoxylum zanthoxyloides e uma média de 4.3 μm para o limbo da espécie Zanthoxylum leprieurii. A histoquímica ou citoquímica é a identificação dos produtos químicos das plantas a partir da sua coloração através de fluorescência. Como as plantas em estudo são autofluorescentes, não foi necessário adicionar nenhum composto às plantas para realizar a sua análise histoquímica. Dentro das observações realizadas, os compostos predominantes foram polifenóis, lípidos, clorofilas e estomas. Para a identificação destes compostos, utilizamos filtros de ultra violeta e azul no microscópio ótico de fluorescência. O estudo fitoquímico realizado envolveu a determinação da atividade antimicrobiana da planta. A quantificação da atividade antimicrobiana é determinada pelo seu CMI (concentração mínima inibitória), que por sua vez foi realizada a partir de métodos semi-quantitativos. Na fitoquímica preliminar, os resultados consistem na variação do grau de crescimento das bactérias estudadas (Gram + e Gram -) em diferentes soluções com extrato das duas espécies de planta estudadas, sendo que a bactéria Escherichia coli apresentou os melhores resultados. Palavras-chave: Zanthoxylum zanthoxyloides; Zanthoxylum leprieurii; micromorfologia; histoquímica; fitoquímica preliminar; atividade antimicrobiana; metabolitos.

Page 120: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 120 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

E se olhássemos atentamente os estratos em Salir do Porto?

Beatriz Lindo; Bruna Oliveira; Laura Rosa e Eduarda Sousa1 & Ana Malhado

2

1-Alunas do 11º ano do Instituto Educativo do Juncal 2-Docente do Instituto Educativo do Juncal

Resumo A disciplina de Biologia e Geologia do 11.º ano compreende o estudo das rochas sedimentares e da estratigrafia, pelo que o presente trabalho partiu de uma saída de campo a Salir do Porto, para registo fotográfico e recolha de material geológico, o qual foi posteriormente tratado no laboratório de geologia da escola. Salir e São Martinho do Porto localizam-se na Bacia Lusitaniana, região constituída por terrenos mesozoicos, essencialmente jurássicos e cretácicos. A área em estudo faz parte da Carta Geológica de Alcobaça (Zbyszewski, 1960), em que os esporões que delimitam a “concha” de São Martinho do Porto do lado do mar são formados por alternâncias de calcários e margas do Jurássico. Os referidos esporões constituem o flanco noroeste do vale diapírico das Caldas da Rainha delimitando interiormente a depressão do mesmo. Aí, as acumulações recentes de areias de praia, de aluviões e os depósitos plio-plistocénicos, estendem-se para o interior, cobrindo os terrenos argilosos e evaporíticos da base do Jurássico Inferior, também conhecidos por Margas de Dagorda (Santos, 2012).

A argila e o silte são partículas sedimentares que resultam de fragmentos ou clastos minerais ou líticos (rochosos) subtraídos a outras rochas preexistentes, por meteorização e/ou erosão e, em geral, transportados até ao local de sedimentação, sendo que que a sua génese provém de granitoides (granitos, granodioritos e afins), gnaisses e xistos (Carvalho, 2011). Dada a sua granulometria fina, as partículas de argila são transportadas em suspensão e depositadas em ambientes de baixa energia, como lagos e planícies de inundação fluvial. O gesso forma-se por precipitação de sais de sulfato de cálcio (CaSO4) devido à evaporação de águas marinhas retidas em lagunas, pelo que é classificado como uma rocha sedimentar quimiogénica evaporítica. O trabalho de laboratório incluiu a análise granulométrica das duas camadas de materiais detríticos do perfil estratigráfico representado na figura 1, uma de cor avermelhada e outra acinzentada, que se encontravam intercalados por uma camada de material quimiogénico (gesso). As duas amostras do material detrítico (170g) foram sujeitas a um agitador granulométrico, durante 15 minutos, num ciclo de 7´´on 3’’off, a uma amplitude de 1,5mm, (peneiras de 500µm; 250µm; 125µm; 63µm; 38 µm e 20 µm) e as respetivas frações obtidas foram pesadas e observadas à lupa binocular (40x), com o objetivo de comparar os materiais dos diferentes estratos. Os materiais dos três estratos foram sujeitos ao teste com ácido clorídrico, não tendo ocorrido reação, o que possibilitou confirmar a ausência de materiais carbonatados. A presença de areias de quartzo (teste de dureza entre duas lâminas de vidro) apenas foi registada num dos estratos, nas frações de 250µm e de 125µm, tendo sido observados, à lupa binocular, grãos de quartzo bastante rolados. Os materiais analisados permitiram inferir sobre os paleoambientes que possibilitaram a sua formação, já que para a deposição dos materiais detríticos, como areias e siltes, foi necessário um ambiente aquático de baixa energia e com presença de óxidos de ferro (estrato A), e para a precipitação do gesso (estrato B), as águas estiveram sujeitas a uma forte taxa de evaporação.

Palavras-chave: Argila; Gesso; Rocha sedimentar detrítica; Rocha sedimentar quimiogénica evaporítica; Estratigrafia

Page 121: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 121 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Figura 1 – Perfil estratigráfico sujeito à análise. A – rocha detrítica avermelhada; B – gesso; C – rocha detrítica acinzentada.

Agradecimentos Queremos agradecer à Professora de Biologia e Geologia, Ana Sílvia Malhado, por todo o apoio prestado e à Comissão Organizadora do XIII Congresso Cientistas em Ação. Referências - Carvalho, G. (2011). Consultado em 10 de janeiro de 2018, disponível em: http://www.sulinformacao.pt/2011/10/galopim-de-carvalho-das-rochas-sedimentares-2-rochas-terrigenas/ - Santos, F. (2012). Caracterização Geotectónica na Análise da Estabilidade de Taludes Naturais – o caso de São Martinho do Porto. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Geológica (Geotecnia) Consultado a 10 de janeiro de 2018, disponível em: https://run.unl.pt/bitstream/10362/8299/1/Santos_2012.pdf - Zbyszewski, G. e Almeida, F. M. (1960) Carta Geológica de Portugal, Folha explicativa 26-D, Caldas da Rainha.

A

B

C

Page 122: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 122 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Out of Shades

Ana Abrantes e Cassandra Batista1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: O projecto “OUT OF SHADES” pretende avaliar o efeito dos diferentes comprimentos de onda da radiação visível, “as cores”, nos seres vivos. Material: - Vasos de plástico - Papel celofane azul, vermelho, amarelo e verde - Óculos - Esguicho - Água - Tensímetro - Espectroscópio de emissão por fluorescência - Acetona - Gelo - Almofariz. Método: 1ª experiência: - Colocar óculos, com lentes envolvidas em papel celofane de diferentes cores, a cerca de 20 indivíduos, com idades compreendidas entre os 7 e os 46 anos; - Medir a tensão arterial antes da colocação dos óculos e ao fim de uma hora; - Registar a tensão arterial e o estado e classificar o estado em que o individuo se encontra. 2ª experiência: -Colocar 10 g de sementes de coentros e salsa em vasos iguais com cerca de 1 Kg de substrato. -Envolver os vasos com papel celofane de diferentes cores e colocar num local soalheiro. Deixar germinar por seis semanas. Regar sempre à noite, com igual quantidade de água, - Após a germinação, esmagar (por exemplo, com um almofariz, durante 5 a 10 min) 100 mg de folhas em 10 mL de acetona a 4ºC. Filtrar os extratos.

1 Preparar igualmente um branco de

acetona.2

- As amostras foram todas diluídas 50x, com uma solução de acetona a 10% (v/v), exceto o b ranco e analisadas por espetroscopia de emissão por fluorescência da clorofila a), no Departamento de química da Universidade de Aveiro. Os parâmetros de aquisição foram: - Comprimento de onda de excitação = 614 nm - Comprimento de onda de emissão = 620 – 750 nm - Varrimento = 500 nm/min - Fendas de emissão e excitação = 5 nm

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que a tensão arterial aumentou, em cerca de 90% dos participantes do estudo, quando usaram os óculos vermelhos, e cerca de 80%, revelaram-se

1 O importante é ter no final, após esmagar as folhas, um volume de extrato que possa ser filtrado (por exemplo, papel

de filtro). Na filtração, será conveniente fazer passar mais algum volume de acetona (5- 10 mL) através do filtro, de forma a arrastar/limpar a clorofila que fique retida no filtro e no resíduo. 2 Se possível, antes de avançar para a extração das folhas, efetuar este procedimento de extração apenas com

acetona, e filtrar também no final este suposto “extrato branco”. Na realidade, este procedimento, sem as folhas, irá ser o “branco” da experiência e irá mostrar se o procedimento de filtração contribui (ou não) para a fluorescência dos extratos.

Page 123: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 123 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

“irritados”. Quando usaram óculos amarelos e vermelhos a tensão arterial, em geral, manteve-se e os inquiridos referiram que se sentiam “alegres” no caso em que usaram os óculos amarelos e “descontraídos” e “relaxados” quando usavam óculos verdes. Em geral, quando usaram os óculos azuis, a tensão arterial baixou e os inquiridos, cerca de 65%, referiram que se sentiam sonolentos, e tivemos um caso em que um dos indivíduos adormeceu. Na 2ª experiência verificou-se que a produção de clorofila a) aumentou usando o filtro verde, o que era de esperar. Contudo quando analisámos amostras de agrião colhidas no jardim, a quantidade de clorofila a) diminui. O que nos leva a colocar a hipótese que durante a germinação a quantidade de clorofila a) aumenta, durante o processo de maturação da planta diminui a quantidade de clorofila a) e aumenta a quantidade de clorofila b).

Page 124: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 124 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Estudo da capacidade de adsorção de Crómio através de carbonizados produzidos a partir de resíduos agrícolas

André Serra e Bruno de Lima1 & João Gomes

2

1-Alunos do 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina

Resumo A poluição de sistemas hídricos devido a metais pesados é um problema ambiental a nível mundial, visto que a água constitui um bem essencial para a manutenção de ecossistemas naturais e para todos os seres vivos. A libertação destes metais no ambiente está associada às atividades de mineração, à produção de papel, baterias e fertilizantes, às atividades metalúrgicas, galvanoplastia e curtumes, entre outros setores industriais. A contaminação ambiental com estes metais representa uma ameaça para o ambiente e para a saúde pública, devido à sua toxicidade, persistência nos compartimentos ambientais e às propriedades de bioacumulação e bioamplificação de alguns deles. Metais como o cádmio, o zinco, o cobre, o níquel, o chumbo, o mercúrio e o crómio são frequentemente encontrados nos efluentes daquelas indústrias, sendo necessária a sua remoção.

A remoção destes metais pode ser realizada através de métodos como a precipitação química, a permuta iónica, a separação por membranas, a osmose inversa, o tratamento eletroquímico, a extração por solventes, entre outros processos. Contudo, estas tecnologias nem sempre são eficazes, ou são excessivamente dispendiosas e inadequadas, considerando os grandes volumes de águas residuais a tratar.

Um processo que pode ser utilizado na remoção de metais a partir de águas residuais, tanto urbanas como industriais, é a adsorção por carvão ativado, devido à sua simplicidade, elevada eficiência e possível utilização de uma vasta gama de adsorventes. No entanto, o uso de carvão ativado comercial apresenta um custo relativamente elevado, restringindo assim a sua aplicação.

Dada a importância de se desenvolver processos mais rentáveis para obtenção de novos produtos a partir de diferentes resíduos, estão a ser utilizados, no presente trabalho, materiais carbonizados resultantes da pirólise de diferentes resíduos de biomassa, nomeadamente da casca de arroz (CA) e do carolo de milho (CM) para se estudar a viabilidade da sua aplicação como adsorventes de Cr3+ presente em meio líquido.

O arroz e o milho são duas culturas cerealíferas de grande importância para o sector agrícola. O cultivo e processamento destas culturas gera resíduos que podem ser valorizados por processos termoquímicos, dando origem à produção de carbonizado.

O presente trabalho tem por objetivo o estudo da capacidade de adsorção de Crómio (Cr3+), em meios aquosos, de carbonizados resultantes do processo de pirólise da mistura casca de arroz e carolo de milho.

Nos ensaios de adsorção de Cr3+ com os carbonizados, serão avaliados os seguintes parâmetros: efeito do pH do meio, efeito da massa de material adsorvente, tempo de contacto e concentração inicial de Cr3+.

No final, serão aplicados aos valores experimentais modelos cinéticos de pseudo-primeira e pseudo-segunda ordem, bem como os modelos das isotérmicas de adsorção de Langmuir e Freundlich.

O presente estudo é desenvolvido em duas fases distintas:

- Caracterização dos carbonizados e carvões ativados produzidos a partir de resíduos da cultura e processamento de arroz; utilização de um carvão comercial para referência e comparação;

- Ensaios de adsorção de Cr3+ pelos carbonizados. A realização de ensaios de adsorção com Cr3+ com carbonizados e o carvão ativado permite avaliar a capacidade destes materiais na remoção de uma amostra de água contaminada com crómio.

Page 125: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 125 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Com base na revisão de bibliografia, em particular, a investigação realizada por Ribeiro (2017)3

que desenvolveu um trabalho sobre a Remoção de compostos farmacêuticos de águas residuais por carvões ativados, no qual são produzidos carvões ativados a partir de resíduos da casca do arroz, verifica-se a capacidade dos carvões ativados removerem Cr3+ de águas residuais. Neste sentido, consideramos que será expectável que carbonizados provenientes da co-pirólise, produzidos a partir de carolo do milho e casca de arroz, apresentem capacidade de remoção do metaloide Crómio em massas de água contaminadas.

Palavras-chave: carolo do milho; casca de arroz; carbonizados; pirólise; Crómio; Cr3+.

3 Ribeiro, W. (2017). Adsorção de Crómio III em meios aquosos através de carbonizados provenientes de resíduos de

cultura de arroz. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Química e Bioquímica. Universidade

Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Departamento de Química. Março 2017.

Page 126: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 126 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Sweet Smille

Ana Sofia Costa, Ângela Júlio e Jéssica Pinto1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: O projecto “Sweet Smile” que visa compreender a química dos dentes e responder às seguintes questões:

Por que razão ganhamos cáries?

Será que após a escovagem os nossos dentes estão perfeitamente limpos?

Será que algumas pastilhas “limpam” os dentes?

Existem adoçantes naturais capazes de neutralizar a placa bacteriana?

Existem extractos de plantas que neutralizam a placa bacteriana?

Material: - Caixas de petri - Meios de Cultura - Extratos de plantas - Funil de vidro - Medidor de pH - Papel de filtro - Bureta - Erlenmeyer - Pasta de dentes - Escova - Pastilhas de xilitol e sorbitol.

Método: 1ª experiência: iniciámos o projeto estudando a química dos dentes, posteriormente avaliámos o efeito de algumas bebidas gaseificadas e alimentos nos dentes e na placa bacteriana. Avaliamos o efeito da escovagem e o efeito das pastilhas na placa bacteriana, através do método de difusão em agar, retirando amostras da cavidade bocal, antes, após 15 s, 30 s, 1 min. 1, 5 min e 2 min de escovagem e 30 s, 1 min, 2 min, 4 min e 8 min de mascagem da pastilha. 2ª experiência: Analisamos os extratos de plantas que inibem o crescimento bacteriano. Estudamos as antocianinas de flora e a sua variação da cor com pH do meio e selecionámos a espécie que melhor se adequa a variação do pH da boca, após a ingestão de alimentos; criámos uma pasta de dentes natural, que muda de cor quando os ácidos da boca estão completamente neutralizados.

Conclusão: No que concerne à primeira experiência verificámos que nem a escovagem nem a o uso de pastilhas à base de xilitol inibem o crescimento bacteriano, pois verificou-se crescimento de bactérias tanto durante a escovagem dos dentes como durante a mascagem das pastilhas. Constatou-se que o extrato de hortelã menta e o extrato de alecrim inibem o crescimento bacteriano. Verificou-se ainda que o pH da saliva diminui ligeiramente, entre 5,5 e 6, após a ingestão de alimentos e de bebidas gaseificadas. Relativamente à segunda experiência constatou-se que o extrato mais adequado para usar como indicador na pasta de dentes é o extrato indicador de couve roxa, que na pasta de dentes exibe a cor azul, em contacto com o ácido lácteo, ácido obtido após a ingestão de alimentos, fica rosa e durante a escovagem fica branco, isto é após a neutralização do ácido lácteo.

Page 127: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 127 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Estudo de polimorfismos em RASGRF1 associado à miopia numa população de jovens portugueses entre os 15 e os 19 anos

Berke Santos, Pedro Cortez e Tomás Carneiro1 & João Gomes

2

1-Alunos do 11º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina

Resumo A miopia é um problema ocular, que afeta milhares de pessoas tanto a nível nacional como a mundial. Está relacionada com uma refração incorreta a nível da córnea. As pessoas que sofrem de miopia costumam ter dificuldade em ler e visualizar com clareza, objetos que se encontram à distância. No entanto, ainda não se conseguiu descobrir, até à data, uma causa para a miopia. Nesse sentido, ao longo dos anos, têm sido realizados inúmeros estudos que visam conseguir determinar as causas desta condição. De entre os vários estudos destaca-se o relacionado com a genética.

De acordo com a revisão de bibliografia, um dos genes que está possivelmente associado com a miopia é o RASGRF1, que se encontra no cromossoma 15, na posição q25.1, entre os pares de bases 78959947 e 79090873. Este gene codifica uma proteína, a GEF, que afeta diretamente a ativação das proteínas Ras. Estas proteínas Ras estão associadas a uma família de polipéptidos presentes em todas as células eucarióticas, que recebem sinais para o crescimentoe multiplicação celular.

Deste modo, infere-se que existe uma possível relação entre a função das proteínas GEF com a miopia. Uma vez que, a curvatura da córnea está, possivelmente, relacionada com um aumento do número de células desta parte do olho, podemos pressupor que de alguma forma estas proteínas, nestas células, podem potenciar o processo de mitose e crecimento celular e, consequentemente, levar a um maior encurvamento desta região. Deste modo a revisão de bibliografia leva a sugerir que existe uma possível ligação entre polimorfismos no gene RASGRF1 e a miopia.

Assim, este trabalho tem como objetivo averiguar se um polimorfismo, que consiste numa expressão diferencial de uma proteína, no gene RASGRF1, está associado à miopia, numa população portuguesa de jovens entre os 15 e os 19 anos.

Este estudo tem como fonte principal de inspiração uma investigação realizada numa amostra da população chinesa e japonesa que obteve resultados positivos, mas não suficientes de modo a concluir que existe uma relação direta entre este gene e a miopia. Portanto, este projeto pretende aprofundar o assunto, o qual, segundo a revisão de bibliografia realizada, ainda não parece ter sido abordado em Portugal.

As conclusões do estudo realizado na população chinesa e japonesa foram que o polimorfismo do gene estava associado a casos de alta miopia numa amostra de 5656 indivíduos de uma população chinesa e japonesa. Segundo o estudo, os indivíduos que expressavam o alelo T, associado a este gene, apresentavam um maior risco de sofrerem de miopia ao contrário dos portadores do alelo G. Isto é, os portadores do alelo T, apresentam uma maior predisposição para desenvolverem esta perturbação ótica, numa população asiática.

Perante este contexto, este projeto de investigação, apresenta dois objetivos fundamentais: em primeiro lugar, proceder a uma revisão da bibliografia sobre as funções da proteína codificada pelo gene RASGRF1.

Por outro lado, também pretendemos averiguar, numa população portuguesa de jovens entre os 15 e os 19 anos, se polimorfismos no gene RASGRF1 estão associados à miopia.

Para o desenvolvimento da investigação foi definido um protocolo experimental que se iniciou com o estudo do genoma (recorrendo à base de dados http://www.ensembl.org/index.html), em particular relacionado com a sequência da região em estudo (Gene RASGRF1, região do polimorfismo, rs4778879) e com o desenho de Primers (Primer3Plus).

Seguidamente, a estratégia experimental incluiu: colheita de células da mucosa bucal; a extração de ADN genómico; amplificação por PCR; ensaios de restrição enzimática RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphism); separação dos fragmentos de ADN resultantes da digestão enzimática por eletroforese em gel de agarose e análise dos resultados.

Page 128: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 128 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Para a colheita de células da mucosa bucal foi definida uma amostra, constituída por 84 alunos, com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos (idade média de 16.17 anos).

Em complemento, cada participante procedeu ao preenchimento de um questionário, de modo a fazer o levantamento da idade, sexo e casos de miopia (no participante e na sua família). Todos os dados recolhidos para este estudo foram codificados e tratados de forma confidencial.

Em suma, com este estudo procuramos compreender se, efetivamente, polimorfismos em RASGRF1 estão associados à miopia e, desta forma, dar um contributo para um maior conhecimento das causas que podem estar associadas a este problema ocular.

Palavras-chave: miopia; cromossoma 15; gene RASGRF1; polimorfismo; região do

polimorfismo rs4778879

Page 129: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 129 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

The Smell That You Tell

Ana Rita Henriques, Bruno Coelho e Rosa Abrantes1 & Honorata Pereira

2

1-Alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil 2-Docente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil

Finalidade: Os desodorizantes são produtos cuja função é remover o odor das axilas. Esse odor advém da produção de suor pelas glândulas sudoríparas apócrinas. Estas glândulas produzem o suor que, além de água e sais, contém outros constituintes celulares resultantes dos processos de metabolismo. Quando exposto à ação de bactérias e fungos, esse suor produzirá odores desagradáveis num ambiente húmido e com pouca luminosidade. Assim, o presente projeto tem como finalidade: •Investigar o efeito dos desodorizantes em diferentes tipos de pele, por inquérito; •Selecionar os desodorizantes que provocam efeitos adversos na pele; •Analisar os constituintes químicos dos desodorizantes selecionados; •Investigar os efeitos desses constituintes químicos; •Isolar as bactérias responsáveis pelo odor corporal; •Estudar os meios de cultura e as variáveis que promovem o crescimento bacteriano; •Analisar extractos de plantas que inibem o crescimento bacteriano; •Criar um desodorizante natural para todos os tipos de pele; •Testar o produto em diferentes pessoas, durante quatro semanas; •Analisar os resultados obtidos; •Elaborar um logótipo e criar de uma marca; •Elaborar um modelo de negócio.

Material: -Caixas de petri -Meios de Cultura -Computador -Amostras de desodorizantes existentes nomercado -Extratos de plantas com efeito antibacteriano

Método: 1ª experiência: Iniciámos este projeto avaliando os diversos tipos de desodorizantes, existentes no mercado, e os efeitos que provocam nos diferentes tipos de pele, por inquérito online. Após a análise dos resultados do inquérito, selecionámos as marcas que provocam irritações na pele e analisámos os seus constituintes. Posteriormente, investigaremos o efeito de cada constituinte na pele. 2ª experiência: Isolámos as bactérias responsáveis pelo odor corporal, estudámos os meios de cultura e as variáveis que promovem o crescimento bacteriano. Analisámos extractos de plantas que inibem o crescimento bacteriano. Criámos um desodorizante natural para todos os tipos de pele. Fornecemos amostras de desodorizante aos colaboradores deste estudo e analisámos os resultados obtidos, ao fim de quatro semanas.

Conclusão: No que concerne ao inquérito, foram inquiridos cerca de 30 indivíduos com idades compreendidas entre 16 e os 22 anos, pese embora tenhamos neste momento alargado o estudo, do qual ainda estamos a recolher dados. Dos 30 inquiridos 66% refere problemas de pele devido ao uso de desodorizantes. Entre os problemas apontados indicam eczemas, erupção cutânia, pele seca, ardor e manchas. Depois de analisar a bibliografia verificámos que entre os constituintes mais nocivos para a pele são os sais de alumínio que pode está associado à irritação da pele e por outro lado, os sais de alumínio são absorvidos, por esta,

Page 130: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 130 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

podendo entrar na corrente sanguínea, aumentando a quantidade de alumínio no organismo humano. Na segunda experiência verificou-se que quando transpiramos e surge o mau odor o pH da pele desce ligeiramente, para valores de pH entre 5 e 6. Verificámos igualmente, que as bactérias da pele aumentam quando a temperatura está entre 30ºC a 40ºC e que entre os extratos de plantas com propriedades antibacterianas, como o tomilho, a malva e o alecrim, o extrato hidroglicérico que inibe o crescimento das bactérias da pele é o alecrim. Assim, preparamos uma suspensão de hidróxido de magnésio, com pH=8, com extrato hidroglicérico de alecrim.

Page 131: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 131 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”

Genotipagem dos grupos sanguíneos AB0 por PCR-RFLP numa amostra de 111 alunos do Colégio Valsassina

Catarina Gameiro, Francisca Lopes e Maria Carreira

1 & João Gomes

2

1-Alunas do 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Valsassina 2-Docente de Biologia do Colégio Valsassina

Resumo O objetivo desta investigação prende-se com a genotipagem dos grupos sanguíneos

AB0 por PCR-RFLP numa amostra de 111 alunos do Colégio Valsassina para determinar as percentagens alélicas. Pretende-se igualmente averiguar a existência de uma relação entre o genótipo de um indivíduo e a sua nacionalidade.

A amostra em estudo é constituída por 111 alunos do 10º, 11º e 12º ano, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos.

A questão central do projeto é, assim, “Qual a percentagem de cada alelo do gene AB0 numa amostra de alunos do Colégio Valsassina?”

Para a concretização do objetivo, as metodologias aplicadas consistiram na colheita de células da mucosa bucal e na consequente extração do DNA; na amplificação por PCR (Polymerase Chain Reaction) dos fragmentos dos exões 6 e 7 do gene AB0; na realização de um ensaio de restrição enzimática RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism), para a digestão dos fragmentos dos exões 6 e 7 amplificados através dos enzimas Kpnl e Alul, respetivamente; e na análise dos fragmentos por eletroforese num gel de agarose a 2%.

Os resultados obtidos indicam que 54.96% dos alelos analisados são alelos A; 39.62% são alelos 0 e 5.42% alelos B. Verificou-se também que 48,38% das observações válidas correspondem a indivíduos de fenótipo A; 40.32%, 9.68% e 1.61% a indivíduos pertencentes aos tipos sanguíneos 0, B e AB, respetivamente.

Considerando a questão inicial - “Qual a percentagem de cada alelo do gene AB0 numa amostra de alunos do Colégio Valsassina?”, observou-se que o genótipo 00 é o mais comum – 40.32% -, seguido do genótipo AA – 29.03% -, do A0 – 19.35% -, do B0 – 9.68%-, e do AB – 1.61%. De uma forma geral, os resultados obtidos encontram apoio na bibliografia consultada.

Não se registou nenhum indivíduo com genótipo BB. É de referir que 43 dos 62 indivíduos cujos genótipos foram identificados são homozigóticos e 19 são heterozigóticos.

A análise elaborada relativa à relação entre a nacionalidade e o genótipo foi a possível

dentro dos dados disponíveis e obtidos através das metodologias. Só foi especificada, como tal, a nacionalidade portuguesa; as não portuguesas foram designadas genericamente por “outras”. Palavras-chave: genotipagem, sistema AB0, gene AB0, polimorfismos, PCR-RFLP

Page 132: XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” · – 11 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação” hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço

– 132 – XIII Congresso Nacional “Cientistas em Ação”