xii encontro cientifico / xiv encontro de iniciaÇÃo cientifica unip pibic cnp

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP XII Encontro Científico Digitalização, a mudança de paradigma no processo de produção de cenários televisivos na TV Cultura Autor: Prof. Me. Teder Muniz Morás Orientadora: Profa. Dra. Solange Wajnman 18/10/2012 Teder Muniz Morás 1

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The television market is driven by financial interests, translated into advantages, agility in the production process and monetary savings in the use of digital technolo-gy, especially if compared to the analog paradigm. Technological innovations imply changes not only in the material conditions, but also mainly to making television. Faced with this fact, this study pursuit to highlight the changes of HD (high definition) technology adoption and the digitalization of constructive process in television sets, even in the design of scenic spaces (set physical) or the development of digital environments. As study object and its history as an innovative broadcaster, we chose TV Cultura of São Paulo and the conviviality with their professionals. This immersion, objective also looking for the ideal conditions that enable the emergence of senses in the scenarios regarding to material support, taking in principle the idea of how the materiality of the transmission media influences and to some extent determines the structure of the communication. At the same time, insert relationship of the object to its users, the historical conditions and materials with the own materiality of the object. The theoretical framework is underpinned in authors such as Gumbrecht, JB. Cardoso, Walter Benjamin, McLuhan, Anna Balogh and others, which grounded our acquaintanceship with TV Cultura professionals. As a result, there is the contextualized narrative of the television processes and as theme their scenarios, the methodology to deal with the demands of high-resolution image and the adaptation to an experimental environment, keeping the elements that compose the television language.

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Teder Muniz Morás 1

UNIVERSIDADE PAULISTAUNIP

XII Encontro Científico

Digitalização, a mudança de paradigma no processo de produção de cenários televisivos na

TV Cultura

Autor: Prof. Me. Teder Muniz MorásOrientadora: Profa. Dra. Solange Wajnman

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Tema e seus problemas

• Produção de cenários (físico e virtual) frente às exigências do mercado, telespectadores e elevação dos padrões visuais (imagens em alta definição).

• Todo tipo de cenário (gênero) pode ser virtualizado?

• A desreferencialização dos elementos que compõem um cenário causará um comprometimento da forma?

• A virtualização de um cenário comprometerá a identidade do programa?

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Objetivos

• Identificar, discutir e analisar, estreitando ainda mais as relações entre o meio acadêmico e profissionais de televisão, as mudanças ocorridas na TV Cultura durante o processo de concepção de cenários convencionais considerando as exigências do formato HD e a virtualização de cenários televisivos no tocante:

a. condições de produção,

b. materialização tecnológica , e

c. impacto da (re)configuração das formas e percepção do ambiente na mudança do físico para o virtual.

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Justificativa

• Contribuir de forma teórica e prática visando maior aproximação entre a Academia e profissionais de televisão na discussão, ainda que incipiente, dos processos televisivos.

• Propiciar um ambiente de troca aliando a teoria acadêmica e a prática mercadológica, e tentar contribuir com um maior espectro aos profissionais das duas áreas.

• No caso específico da TV Cultura, identificar quais mudanças no processo de concepção e construção de cenários para programas de televisão, fazendo uso da tecnologia digital.

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Referenciais Teóricos

• Caldado em obras de autores como Gumbrecht (tematização do significante, questões das materialidades e a desreferencialização), Walter Benjamin (técnicas de reprodução), Renato Ortiz (produção televisiva), Pierre Levy (virtualidade), Anne Sauvageot (sociologia dos objetos e de nosso modo de ver), Ana Maria Balogh (processos televisuais) e os trabalhos do pesquisador João Batista Freitas Cardoso, na área de cenografia televisiva nos ofereceu elementos para melhor compreensão do processo produtivo no ambiente da TV Cultura, discorrendo sobre a virtualização de cenários, suas características (texturas, cromia, luz etc.) e as alterações nas concepções de espaço e tempo, assim como nossa convivência com os profissionais da TV Cultura.

• Como resultado construímos uma narrativa contextualizada dos processos televisivos e como mote seus cenários, o modo de lidar com as exigências da imagem em alta resolução e adaptação ao ambiente experimental, mantendo os elementos que compõem a linguagem de televisão.

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Introdução

• O mercado televisivo é movido por interesses financeiros, traduzidos em vantagens, agilidade no processo produtivo e finalmente economia monetária utilizando-se da tecnologia digital, ainda mais se comparada ao paradigma analógico.

• As inovações tecnológicas implicam mudanças não somente dos suportes materiais, mas principalmente do fazer televisivo.

• Diante dessa constatação, este estudo busca evidenciar as mudanças ocorridas em face da adoção da tecnologia HD (alta definição) e da digitalização no processo construtivo de cenários televisivos, seja na concepção de espaços cênicos (set físico) ou elaboração de ambientes digitais.

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TV Cultura

• Como objeto de estudo e pelo seu histórico como emissora inovadora, escolhemos a TV Cultura de São Paulo e o convívio com os seus profissionais. Essa imersão, objetiva ainda buscar as condições ideais que permitam a emergência do sentido nos cenários em relação ao suporte material, tendo por princípio a ideia de como a materialidade do meio de transmissão influencia e até certo ponto determina a estruturação da mensagem comunicacional. Ao mesmo tempo, inserir a relação do objeto com os seus usuários, as condições históricas e materiais com a própria materialidade do objeto.

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Cenário Convencional

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Cenário Virtual

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Análise dos cenários, História e Atualidade

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Formatos Tecnológicos - Tendências

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Considerações Finais

• Através da televisão nos emocionamos. Durante décadas fora o principal instrumento de mobilização social, político e comportamental. Hoje ao lado da internet e de da mobilidade propiciada pela convergência tecnológica, divide com sites de relacionados e canais de conteúdos esse papel. Assistir a televisão deixou de ser um evento social para ser algo desfrutado de forma isolada e individual.

• Verificamos ao longo dos dois anos de convívio com os profissionais da TV Cultura que as questões orçamentárias intensamente impactaram o processo produtivo, e exigiram de sua direção ações ortodoxas na busca de formas experimentais na produção de cenários e novos formatos.

• O resultado foi positivo, e hoje ela solidificou o quinto lugar em audiência. Um trabalho intenso de reformulação da grade, mudança na linguagem visual, incluindo cenários mais comunicativos e nos formatos dos programas, motivou o telespectador ao retorno à TV Cultura.

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Considerações Finais

• Em relação à tecnologia digital, todo o parque de captação, edição, exibição e arquivo está modernizado, habilitando a emissora paulista a enfrentar o paradigma da TV digital.

• Quanto à adoção do cenário virtual, traz facilidades operacionais, oferece baixo custo de produção, pode esteticamente contribuir à narrativa de programas jornalísticos (telejornais e esportivos) propiciando agilidade na inserção de vídeo e elementos gráficos.

• No entanto, verificamos que apesar de toda a tecnologia de simulação ainda há relativa limitação entre o elemento humano na interação com objetos virtuais tridimensionais dentro do espaço cênico.

• Essa convivência diária nos assegura afirmar, pelo menos por enquanto, que a virtualização não substituirá a cenografia convencional, principalmente na dramaturgia.

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Considerações Finais

• A importância da cenografia está solidificada como elemento fundamental e auxiliar dentro da linguagem e narrativa de televisão, e cabe a ela e seus profissionais compreenderem o significado na transmissão da mensagem sem fechar os olhos para as oportunidades de experimentação.

• Os avanços tecnológicos seguirão seu curso. Trata-se de “tsunami cibernético” movido por interesses econômicos, busca por novas linguagens, facilidades e, mesmo de forma maquiada, a sonhada interação realmente participativa.

• Imagens ainda mais definidas, convergência para artefatos portáteis e conectados com as necessidades do dia a dia, ditarão o comportamento das próximas gerações. Apesar disso, somos essencialmente presença, mesmo que na representação nosso eu, e felizmente não somos virtuais.

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