xi workshop resumos - cerat.unesp.br · fca/unesp - campus do lageado ... sócio economia, ......

29
1 XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016 AUDITÓRIO DR. PAULO RODOLFO LEOPOLDO FCA/UNESP - CAMPUS DO LAGEADO BOTUCATU - SP

Upload: vannhan

Post on 13-Feb-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS

22 DE SETEMBRO DE 2016

AUDITÓRIO DR. PAULO RODOLFO LEOPOLDO

FCA/UNESP - CAMPUS DO LAGEADO

BOTUCATU - SP

2

3

APRESENTAÇÃO

O Centro de Raízes e Amidos Tropicais da UNESP realiza em 22 de setembro de

2016 o XI Workshop sobre Tecnologias em Agroindústrias de Tuberosas

Tropicais, o qual tem por objetivo promover um ambiente de integração da

Pesquisa com o setor produtivo e agroindustrial.

Este evento realizado inicialmente anualmente e, a partir de 2008, passando ser

bianual, foi idealizado a partir da observação da necessidade de se estabelecer um

ambiente de discussão onde produtores rurais, técnicos, empresas, estudantes e

pesquisadores pudessem adquirir conhecimento, discutissem os estrangulamentos

de cada setor e, a inovação tecnológica buscada na pesquisa, fosse alcançada

alicerçada em demandas reais.

Este evento tradicional da área e com repercussão nacional tem cumprido com êxito

seu objetivo primário e, nesta edição, abordará temas de interesse nas áreas de

fitotecnia de tuberosas, sócio economia, valorização e tratamento de resíduos

agroindustriais, com palestras de especialistas nas áreas e, também, divulgação de

tecnologias desenvolvidas no CERAT.

O evento também terá espaço para a apresentação na forma de pôsteres de

trabalhos de todos aqueles que atuam na área e, em áreas correlatas, e desejam

divulgar seus resultados neste evento.

O workshop acontecerá no Auditório “Paulo Rodolfo Leopoldo” da Faculdade de

Ciências Agronômicas, UNESP, Campus do Lageado, em Botucatu-SP, a partir das

08 horas.

O CERAT se sente muito honrado com a participação e contribuição de todos.

Prof. Dr. Adalton Mazetti Fernandes

Coordenador Executivo do CERAT

Prof. Dr. Pablo Forlan Vargas

Vice-coordenador do CERAT

4

COORDENAÇÃO GERAL

ADALTON MAZETTI FERNANDES

Coordenador executivo do Centro de Raízes e Amidos Tropicais

PABLO FORLAN VARGAS

Vice-coordenador do Centro de Raízes e Amidos Tropicais

MAGALI LEONEL

Pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais

COMISSÃO DE APOIO

ALESSANDRA LUIZA DA SILVA

DANILO ROSA DE LIMA

ELDER CANDIDO MATTOS

JULIANA APARECIDA MARQUES EBURNEO

LUIZ HENRIQUE URBANO

5

PROGRAMAÇÃO

8:00-8:30 Inscrição e Credenciamento (entrega de material)

8:30-9:00 Cerimônia de Abertura

9:00-9:45 Palestra 1 - Batata-doce: pas-sado, presente e perspectivas de futuro no Brasil

Dra. Larissa P. Castro Vendrame

(EMBRAPA Hortaliças)

9:45-10:10 INTERVALO

10:10-10:55 Palestra 2 - Melhoramento par-ticipativo de batata-doce

Dra. Maria Isabel Andrade

(Centro Internacional de la Papa/ Instituto de Investigação Agrária de Moçambique)

10:55-11:40 Palestra 3 - Segurança alimen-tar através da biofortificação da mandioca e batata-doce

Dr. José Luiz Viana de Carvalho

(Embrapa Agroindústria de alimentos)

11:40-12:10 Discussão Moderador: Dr. Pablo Forlan Vargas

(Vice-coordenador do Cerat)

12:10-14:00 ALMOÇO

14:00-14:45 Palestra 4 - Novas variedades de mandioca de mesa sele-cionadas de forma participativa

Dr. Eduardo Alano Oliveira

(EMBRAPA Cerrados)

14:45-15:30 Palestra 5 - Atualidades no sis-tema de produção de man-dioca para a indústria

Mário Takahashi (IAPAR - Paranavaí)

15:30-16:15 Palestra 6 - Produção de bio-energia a partir de plantas de raízes amiláceas

Dr. Waldir Antônio Bizzo

(UNICAMP)

16:15-16:35 Discussão Moderadora: Dra. Magali Leonel

(Pesquisadora do Cerat)

16:35-17:00 INTERVALO

17:00 Apresentação de pôsteres dos trabalhos enviados para publicação nos anais do evento

6

SUMÁRIO

PRODUTIVIDADE DE CLONES DE BATATA-DOCE EM DUAS ESTAÇÕES DO ANO......................................................... 7

TEORES DE MACRONUTRIENTES NAS RAÍZES TUBEROSAS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA E DAS ÉPOCAS DE COLHEITAS.......................................................................................................................... 8

COLORAÇÃO E FIRMEZA DE BANANAS CV. MAÇÃ EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO COM SUPERFOSFATO TRIPLO ......... 9

BALANÇO DE MASSA DOS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE ETANOL DE RESÍDUOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANDIOCA............................................................................................................................................................................... 10

MORFOLOGIA RADICULAR DA BATATEIRA CULTIVADA EM SOLOS DE TEXTURA ARENOSA E ARGILOSA E NÍVEIS DE FÓSFORO ................................................................................................................................................................................ 11

ABSORÇÃO E EXPORTAÇÃO DE POTÁSSIO PELA MANDIOCA cv. IAC 576-70 CULTIVADA SOB BAIXA E ALTA DISPONIBILIDADE DO NUTRIENTE ........................................................................................................................................ 12

INFLUÊNCIA DO CULTIVO DE ADUBOS VERDES EM ANTECESSÃO A CULTURA DA BATATA-DOCE SOBRE A COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DAS RAÍZES ........................................................................................................................... 13

PROPRIEDADES TÉRMICAS DE SORVETE ENRIQUECIDO COM FIBRAS .......................................................................... 14

CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DE SNACKS OBTIDOS A PARTIR DE FARINHA FERMENTADA DE MANDIOCA ... 15

PARCELAMENTO DO POTÁSSIO AFETANDO A PRODUTIVIDADE E COZIMENTO DA MANDIOCA ................................... 16

IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS, EM BATATA-DOCE, POUCO DISCRIMINANTES .............................................................. 17

CRESCIMENTO INICIAL DA BATATEIRA SUBMETIDA A APLICAÇÃO DE RETARDANTES DE CRESCIMENTO ................ 18

COCÇÃO DE RAÍZES DE MANDIOCA DE MESA IAC 576-70 SOB DEFICIÊNCIA HÍDRICA .................................................. 19

EFEITO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA SOBRE A COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE RAÍZES DE MANDIOCA IAC 576-70 ............................................................................................................................................................ 20

UTILIZAÇÃO DE AMIDO DE MANDIOCA EM MAIOENSE COM REDUZIDO TEOR DE GORDURA ....................................... 21

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS AOS DANOS CAUSADOS POR COLEÓPTEROS DE SOLO E SARNA EM RAÍZES DE BATATA-DOCE ....................................................................................................................................................................................... 22

ACEITABILIDADE DE CHIPS DE BATATAS-DOCE ELABORADOS POR DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO ............... 23

CONCENTRAÇÃO DO MOSTO DE FERMENTAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE MANDIOCA (Manihot esculenta,

Crantz) ...................................................................................................................................................................................... 24

CONSUMO E GANHO DE PESO DE CORDEIROS RECEBENDO SUPLEMENTOS ELABORADOS COM PARTE ÁEREA E RAIZ DE MANDIOCA (Manihot esculenta, Crantz) .................................................................................................................... 25

AMIDO RESISTENTE EM FRUTOS VERDES DE DIFERENTES CULTIVARES DE BANANA ................................................. 26

PODER DE INCHAMENTO E SOLUBILIDADE EM AMIDOS DE RAÍZES TROPICAIS ............................................................ 27

ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS EM RAÍZES DE CENOURA EM CONSEQUÊNCIA DO PROCESSAMENTO MÍNIMO E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO .......................................................................................................................................... 28

ANÁLISE DO PADRÃO ESTACIONAL DE PREÇOS PARA A BATATA-DOCE AMARELA (1996-2015) NA CEAGESP (SÃO PAULO) .................................................................................................................................................................................... 29

7

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

PRODUTIVIDADE DE CLONES DE BATATA-DOCE EM DUAS ESTAÇÕES DO ANO

Adelana Maria Freitas SANTOS1; Adilson PIMENTEL JUNIOR2; Francisco José DOMINGUES NETO3; Ilka South de Lima CANTANHÊDE4; Rumy GOTO5

O clima interfere diretamente sobre o cultivo de batata-doce, uma das plantas alimentícias mais antigas cultivadas no Brasil, sendo importante o estudo de condições distintas de cultivos que venha a expressar o potencial produtivo da cultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de clones de batata-doce em duas estações do ano. Os experimentos foram realizados na fazenda de ensino e pesquisa de São Manuel (22°44’ S e 48°34’ O, altitude de 740 m) em solo do tipo Latossolo Vermelho Amarelo (eutrófico), pertencente a UNESP de Botucatu/SP. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial 8 x 2 com quatro blocos, sendo oito cultivares de batata-doce (BRS Amélia, Beauregard, CNPH 1195, CNPH 1298, CNPH 1358, CNPH 1365, Canadense e Uruguaiana) e duas estações (primavera e verão). Em ocasião da colheita, as raízes foram avaliadas quanto à massa fresca, comprimento e diâmetro da raiz comercial, produtividade total e comercial e raízes refugos. No cultivo de primavera, os clones Uruguaiana e Canadense apresentaram as maiores produtividades comerciais (37 e 39 t ha-

1), diâmetros (7,3 e 7,5 cm), massa fresca de raiz (344 e 361 g) e refugos (17 e 18 t ha-1). O clone Beauregard alcançou o maior comprimento e a menor quantidade de refugo (8 t ha-1). No cultivo de verão, o clone CNPH1298 de polpa alaranjada destacou-se pela produtividade (52 t ha-1), porém com alta quantidade de refugo (22 t ha-1), quando comparada ao clone Beauregard (5 t ha-1). Os clones Beauregard, BRS Amélia, Canadense e Uruguaiana podem ser indicados ao cultivo em ambas às estações.

Palavras-chave: Ipomoea batatas, desempenho agronômico, genótipos

1Pesquisadora da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF), São Luís-MA. E-mail: [email protected]

2Mestrando pelo Departamento de Produção Vegetal-Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 3Doutorando pelo Departamento de Produção Vegetal-Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP,

Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 4Pesquisadora do Departamento de Ensino do Instituto Federal do Maranhão, São Luís-MA. E-mail:

[email protected] 5Profª do Depto. de Produção Vegetal-Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

8

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

TEORES DE MACRONUTRIENTES NAS RAÍZES TUBEROSAS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA E DAS ÉPOCAS DE COLHEITAS

Aline Mendes de Sousa GOUVEIA1; Carla Verônica CORRÊA2; Ana Emília Tavares BARBOSA3; Letícia de Águila MORENO4; Veridiana Zocoler de MENDONÇA5; Antônio

Ismael Inácio CARDOSO6

O manejo adequado da adubação se tornou uma importante estratégia para o desenvolvimento de uma agricultura mais produtiva e sustentável. Diante disso, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de doses de potássio em cobertura e épocas de colheitas nos teores de macronutrientes em raízes tuberosas de batata-doce. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental São Manuel da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP de Botucatu-SP. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos casualizados, com 8 tratamentos no esquema fatorial 4 x 2, sendo quatro doses de potássio em cobertura (0, 60, 90 e 120 kg ha-1); duas épocas de colheitas (120 e 150 dias após brotação das ramas) com cinco repetições. Foram utilizadas oito plantas úteis por parcela da variedade Uruguaiana. A irrigação foi por aspersão e a colheita realizada em 28/07/2014 e 28/08/2014. As raízes foram transportadas para o Departamento de Horticultura da FCA em Botucatu/SP. Para a obtenção dos teores de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) das raízes tuberosas de batata-doce foram amostradas seis raízes por parcela. Assim que coletadas, as amostras foram levadas ao Laboratório de análise química de plantas do Departamento de Solos e Recursos Ambientais da UNESP/Botucatu. Após a remoção do excesso de água utilizada na lavagem, as amostras foram colocadas em saco de papel, identificadas e levadas para secagem em estufa de circulação forçada de ar a 65°C até atingirem massa constante. Posteriormente, com o uso de balança analítica, foi obtida a massa de material seco de cada planta. Em seguida, cada amostra passou pela moagem no moinho tipo Wiley. A digestão sulfúrica foi utilizada para a obtenção do extrato visando à determinação de N. A digestão nítrico-perclórica foi utilizada para a obtenção dos extratos para as determinações dos demais nutrientes (P, K, Ca, Mg e S). Conforme aumentou-se as doses de potássio foi verificado ajuste linear decrescente para os teores de N, com redução de 4,23 g kg-1 de matéria seca para cada 1 kg ha-1 de K2O, linear crescente para os teores de K com acréscimos de 11,77 g kg-1 de matéria seca para cada 1 kg ha-1 de K2O e ajuste quadrático para o P com média de 1,42 g kg-1 de matéria seca na dose máxima estimada de 88,28 kg ha-1 de K2O em cobertura. O potássio foi o macronutriente que apresentou os maiores teores. As épocas de colheitas apenas influenciaram nos teores de K e Mg.

Palavras-chave: Ipomoea batatas L., nutrientes, dias após plantio, potássio

1Doutoranda em Agronomia (Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2Doutoranda em Agronomia (Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 3Doutoranda em Agronomia (Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 4Mestranda em Agronomia (Agricultura) Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: leticia-

[email protected] 5Doutoranda em Agronomia (Energia na Agricultura) Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 6Professor do Departamento de Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected]

9

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

COLORAÇÃO E FIRMEZA DE BANANAS CV. MAÇÃ EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO COM SUPERFOSFATO TRIPLO

Ana Carolina Batista BOLFARINI1; Sarita LEONEL2; Magali LEONEL3; Mauricio Hideki OKADA4

A banana é uma das frutas mais apreciadas no mercado mundial. Tanto a cor, quanto a firmeza são um dos atributos físicos mais determinantes em sua aceitação pelo consumidor. A expressão das características de qualidade dos frutos depende de vários fatores pré-colheita, especialmente do adequado manejo nutricional. Apesar das intensivas pesquisas sobre a influência da fertilização na produção de bananas, são escassos os estudos sobre sua relação com a qualidade, com destaque para a adubação fosfatada. Face ao exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de fósforo no solo sobre a coloração e a firmeza de bananas ‘Maçã’. O cultivo das bananeiras foi realizado na Fazenda Experimental da UNESP, no município de São Manuel-SP. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com seis doses de superfosfato triplo (0, 40, 60, 80, 100 e 120 kg ha-1 de P2O5) e cinco repetições. As doses foram definidas em função do teor inicial de P no solo (16 mg dm-3), sendo parceladas em duas aplicações: a primeira de forma localizada na cova e a segunda em cobertura, 80 dias após o plantio. A aplicação de nitrogênio e potássio também seguiu a recomendação oficial de adubação para o estado de São Paulo. Para as avaliações pós-colheita utilizaram-se as segundas pencas de cada tratamento, que após colhidas foram mantidas à temperatura ambiente até sua completa maturação (equivalente ao estágio 6 de coloração da casca, completamente amarela). A coloração dos frutos foi determinada com auxílio do colorímetro Minolta CR-400 (Konica Minolta Sensing, Inc.). As leituras foram realizadas em quatro pontos da casca dos frutos e os resultados foram expressos em coordenadas de cor no espaço L*a*b. A firmeza foi medida em dois pontos da região central dos frutos com texturômetro (TA. XT Plus Texture Analyser) ponta de prova SMS P/2N e velocidade de penetração de 2,0 mm s-1. A aplicação de P no solo não influenciou significativamente (P>0,05) a coloração da casca dos frutos da bananeira ‘Maçã’. O resultado médio obtido (47,33) para a coordenada b* neste trabalho, a qual expressa a tendência à coloração amarela, permaneceu dentro da média estabelecida para o cultivar (47,50). A firmeza dos frutos aumentou de forma quadrática em função das doses de P, como máximo valor (3,07 N) obtido na dose estimada de 63 kg ha-1 de P2O5, que proporcionou um acréscimo de 14,1% na firmeza quando comparada à testemunha. A coloração das bananas ‘Maçã’ não é modificada em resposta à aplicação de superfosfato simples, contudo, a dose de 63 kg ha-1 de P2O5 otimiza a firmeza dos frutos, com reflexos positivos na durabilidade pós-colheita.

Palavras-chave: Musa spp., fósforo, frutos, qualidade.

1Doutoranda pelo Departamento de Produção Vegetal-Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP,

Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2Profª do Depto. de Produção Vegetal-Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Engenheiro Agrônomo. E-mail: [email protected]

10

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

BALANÇO DE MASSA DOS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE ETANOL DE RESÍDUOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANDIOCA

Ana P. Y. HATA1; Magali LEONEL2

Atualmente, as indústrias de mandioca são um dos principais setores alimentícios estando elas presentes por toda extensão brasileira. Assim, o desenvolvimento de tecnologias viáveis para o aproveitamento de resíduos agroindustriais, promovendo melhorias que ampliem as condições de sustentabilidade do setor e a diminuição dos impactos ambientais, são de extrema importância. Da industrialização da mandioca são obtidos principalmente dois resíduos: a manipueira, um resíduo líquido de elevado potencial poluidor, devido a sua alta demanda química de oxigênio; e o farelo, um resíduo sólido composto por cerca de 2% do material fibroso da raiz e parte do amido que não foi extraído, possuindo elevado poder de absorção de água. Frente ao exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de etanol utilizando a manipueira e o farelo como matérias-primas. Os resíduos coletados em indústrias foram analisados para os teores de umidade, amido, açúcares totais, pH, acidez titulável, cinzas, fibras e proteínas. Após a caracterização foram realizados dois tratamentos: T1=farelo de mandioca e T2=manipueira e farelo de mandioca, onde foram preparadas suspensões para o processo de hidrólise-sacarificação. Nesse processo foram utilizados as enzimas Termamyl 2X (0,5 g/kg de amido, 90ºC, 2hs) e AMG 300L (1,2 ml/kg de amido, 60ºC, 24hs). Decorrido este período, foi realizada a filtração obtendo-se os hidrolisados. Os resíduos sólidos e os hidrolisados foram pesados e submetidos à análise de teor de açúcares totais. Determinou-se a umidade do resíduo fibroso. Para a etapa de fermentação alcoólica, adicionou-se ao hidrolisado 2% da levedura Saccharomyces cereviseae, mantendo-se a 28ºC por 48 horas. O vinho obtido foi analisado em cromatógrafo líquido (HPLC) para os teores de etanol, glicerol e açúcares residuais. Com base nos resultados médios obtidos em cada etapa do processo, realizou-se o balanço de massa. O tratamento 1 (farelo e água) obteve o rendimento de 73%. O processo de fermentação apresentou 52,37% de rendimento, no qual vinho obtido teve 2,01% de etanol, 0,00415% de açúcares residuais e 0,74% de glicerol. Já no tratamento 2 (manipueira e farelo) verificou-se o rendimento na etapa de hidrólise de 91,1%. O processo de fermentação teve rendimento de 59,96%, onde o vinho obtido apresentou 4,81% de etanol, 1,93% de açúcares residuais e 0,76% de glicerol. Desse modo, os resultados obtidos mostram a potencialidade de obtenção de etanol a partir de suspensões de manipueira e farelo de mandioca e de apenas farelo, mas sendo necessários ajustes para melhoria dos rendimentos.

Palavras-chave: etanol, resíduos, manipueira, farelo de mandioca.

1Aluna de Iniciação Científica em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

11

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

MORFOLOGIA RADICULAR DA BATATEIRA CULTIVADA EM SOLOS DE TEXTURA ARENOSA E ARGILOSA E NÍVEIS DE FÓSFORO

Jéssyca Dellinhares Lopes MARTINS1; Rogério Peres SORATTO2; Pedro Henrique Martins DIAS3; Michelyda Silva ALVES1; Giovanna Alencar LUNDGREN4; André Luiz Gomes JOB¹

A batata (Solanum tuberosum L.) é uma das culturas alimentícias de maior importância no Brasil e no mundo, além de ser uma cultura com elevada produtividade por unidade de área. A planta de batata é exigente em adubação e os agricultores utilizam elevadas doses de fertilizantes no solo, dentre eles, destacam-se os fosfatados. Contudo, o sistema radicular da batateira é restrito e tem limitado a eficiência de absorção do fósforo (P) pela cultura, além deste nutriente comportar-se de forma distinta dependendo da textura do solo. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo estudar o efeito de doses de P na morfologia radicular de plantas de batata em solo de diferentes texturas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento experimental em blocos casualizados e esquema fatorial 4 x 2, com cinco repetições. Foram aplicadas quatro doses de P (10, 50, 100, 200 mg dm-3 P), em dois tipos de solo (argiloso e arenoso). O comprimento total e a área superficial radicular não foram influenciados pelas de doses de P e apresentaram valor médio de 415,1 m planta-1 e 3669,7 cm² planta-1, respectivamente, no solo de textura argilosa. No entanto, no solo arenoso, o comprimento e a área superficial radicular apresentaram valores máximos nas doses de 90 e 81 mg dm-3 P, respectivamente. Em solo arenoso as plantas de batata apresentaram maior matéria seca da raiz (2,59 g planta-1) e relação raiz/parte aérea (0,16) em detrimento do acúmulo de matéria seca na parte aérea; contudo, altas doses de P (200mg dm³) reduziram tanto o crescimento radicular quanto a matéria seca da parte aérea, demonstrando que no solo de textura arenosa as plantas não responderam às altas doses de fertilizante fosfatado, as quais restringiram o crescimento da planta. No solo argiloso as raízes de batata apresentaram maior volume (26,03 cm³ planta-1) e diâmetro médio radicular (0,29 mm), em relação ao seu desenvolvimento em solo arenoso (19,86 cm³ planta-1 e 0,26 mm). Independente da textura do solo, a elevação da adubação fosfatada reduziu o volume de raízes e o diâmetro médio radicular. O desenvolvimento da parte aérea e radicular da batateira cultivada em solo argiloso foi menos influenciado pela elevação do nível de P, que das plantas cultivadas em solo arenoso.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, comprimento total radicular, diâmetro radicular, volume de raiz, matéria seca de raiz.

1Doutorando(a) pelo Departamento de Produção Vegetal (Agricultura), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP,

Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2Prof. do Dep. de Produção e Melhoramento Vegetal, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Eng. Agrônomo. E-mail: [email protected]

4Mestranda pelo Departamento de Horticultura (Horticultura), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP.

E-mail: [email protected]

12

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

ABSORÇÃO E EXPORTAÇÃO DE POTÁSSIO PELA MANDIOCA cv. IAC 576-70 CULTIVADA SOB BAIXA E ALTA DISPONIBILIDADE DO NUTRIENTE

Bruno GAZOLA1; Adalton Mazetti FERNANDES2; Jesion Geibel da Silva NUNES1; Gabriela HELLMEISTER3; Jason Geter da SILVA NUNES4

O potássio (K) é o nutriente mais absorvido e exportado pela cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz). Cultivos sucessivos de mandioca na mesma área, sem a adubação de plantio ou doses baixas, pode resultar no esgotamento das reservas de K disponível do solo, tendo em vista que, dependendo da finalidade de uso, essa tuberosa exporta praticamente tudo aquilo que foi absorvido durante o ciclo, ou seja, quase nada do que foi absorvido retorna ao solo sob a forma de resíduos culturais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade, absorção e exportação de K pela mandioca de mesa cultivada em condição de baixa e alta disponibilidade de K no solo. O experimento foi conduzido na Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA-UNESP), em São Manuel - SP. O solo da área experimental apresentava as seguintes características na camada de 0-20 cm: M.O. = 9 g dm-3; pH(CaCl2) = 5,9; P(resina) = 6 mg dm-3; K, Ca, Mg, H+Al e CTC, 0,4, 17, 9, 14 e 40 mmolc dm-3, respectivamente; e V% = 66. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com oito repetições. Os tratamentos foram representados pela condição de baixa e alta disponibilidade de K no solo, nas quais aplicaram-se 45 e 180 kg ha-1 de K2O. Cada parcela experimental tinha 5 linhas de 4 m de comprimento. O plantio foi realizado em 30/10/2014 com a cultivar IAC 576-70, no espaçamento de 1,20 x 0,60 m. A adubação de plantio recebeu 80 kg ha-1 de P2O5 (superfosfato simples) e as doses de 45 e 180 kg ha-1 de K2O, na forma de cloreto de potássio. Aos 45 dias após o plantio (DAP) aplicaram-se 40 kg ha-1 de N em cobertura, na forma de ureia. A colheita da mandioca ocorreu em 30/08/2015. Os parâmetros avaliados foram: acúmulo de matéria seca (MS) na planta inteira, produtividade total de raízes tuberosas e as quantidades de K absorvidas e exportadas pela mandioca. Apenas a produtividade total de raízes tuberosas e as quantidades de K absorvidas foram influenciadas pelos tratamentos, ocorrendo maiores valores no tratamento com alta disponibilidade de K. Conclui-se que o aumento na disponibilidade de K no solo incrementa a produtividade de raízes e as quantidades de K absorvidas sem interferir nas quantidades de K exportadas.

Palavras-chave: Manihot esculenta, nutrição mineral, produtividade de raízes

Apoio financeiro: CAPES.

1Mestrandos em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação Agronomia/Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected]; [email protected] 2Pesquisador do Centro de Raízes e Amidos Tropicais - UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Graduanda em Agronomia, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Graduando em Agronomia, Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), Ourinhos-SP. E-mail: [email protected]

13

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

INFLUÊNCIA DO CULTIVO DE ADUBOS VERDES EM ANTECESSÃO A CULTURA DA BATATA-DOCE SOBRE A COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DAS RAÍZES

Camila Pereira SORROCHE1; Letícia Schorr CALICCHIO2; Lucas Giorgianni CAMPOS3; Adalton Mazetti FERNANDES4; Magali LEONEL5

O cultivo de adubos verdes em antecessão a cultura da batata-doce é uma técnica de manejo que pode contribuir para aumentar a viabilidade econômica e a sustentabilidade do sistema de produção dessa tuberosa, por gerar ganhos de produtividade e reduzir a necessidade de aplicação de N mineral, reduzindo impactos ambientais. Considerando a hipótese de interferência das condições de cultivo sobre a composição nutricional das raízes de batata-doce este trabalho teve por objetivo comparar as composições das raízes cultivadas em áreas de pousio e em sucessão ao cultivo de crotalária, milheto e mucuna. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. As parcelas foram representadas pelo cultivo de milheto, crotalária, mucuna-preta e pousio (vegetação espontânea). O preparo do solo para o plantio dos adubos verdes foi feito mediante aração e gradagem. A adubação de plantio foi realizada mediante a aplicação de doses de P2O5 e K2O definidas com base na análise de solo e nas recomendações para a cultura. Após a aplicação dos fertilizantes no sulco de plantio foram levantadas leiras com cerca de 30 cm de altura sobre os sulcos utilizando sulcador de asas abertas acoplado ao trator. O plantio foi realizado com solo úmido, utilizando uma rama por cova, da cultivar Canadense (ou Londrina), espaçada de 0,80 m entre fileiras x 0,30 m entre ramas na fileira. A adubação nitrogenada de cobertura foi realizada aos 45 dias após o plantio (DAP). A cultura da batata-doce foi conduzida sem irrigação. As médias dos sistemas de cultivo antecessor a batata-doce para cada variável dependente foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). Os resultados obtidos indicaram a interferência dos cultivos antecessores sobre a composição das raízes. As raízes cultivadas em áreas de pousio mostraram maiores teores de fibras e lipídeos. O cultivo de batata-doce em sucessão a outros cultivos promoveu aumento significativo do teor de proteína, evidenciando a contribuição dessas culturas no fornecimento de nitrogênio e, também, para o incremento desse nutriente nas raízes. Considerando a possibilidade de industrialização, maiores teores de matéria seca (menor umidade) são desejáveis, o que foi observado com os cultivos antecessores de crotalária e milheto. O cultivo de crotalária também favoreceu o acúmulo de amido fator interessante para o processamento industrial de batata-doce.

Palavras-chave: batata-doce, adubação, composição

1Aluna de Nutrição- IBB/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica PIBIC/CNPq, E-mail: [email protected]

2Aluna de Nutrição- IBB/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica PIBIC/Reitoria, E-mail: [email protected]

3Aluno de Agronomia-FCA/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica PIBIC/CNPq

4Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: mleonel@cerat. unesp.br

14

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

PROPRIEDADES TÉRMICAS DE SORVETE ENRIQUECIDO COM FIBRAS

Daiana de Souza FERNANDES1; Marília Sbragia DEL BEM2; Emerson Loli GARCIA3; Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS4; Pricila Veiga dos SANTOS5; Magali LEONEL6

Um conhecimento preciso das várias propriedades térmicas do sorvete é essencial para estimar o tempo de congelamento, para simular as variações de temperatura durante o período de armazenamento e para controlar sua qualidade e estabilidade. O objetivo deste estudo foi desenvolver sorvetes, adicionados de 0, 5 e 10% farelo de mandioca como fonte de fibras, e avaliar sua variação de entalpia de fusão (∆H), teor de gelo por grama (% IC), teor de água não congelada (% UFW) e seu ponto de congelamento. O processamento dos sorvetes foi realizado em sistema tipo batelada. Ingredientes líquidos foram previamente misturados, e então acrescidos dos demais. A mistura foi pasteurizada e armazenada a 4°C por 18 (± 2) horas. Após esse período a mistura foi levada a sorveteira (Refrigia), onde passou por agitação e congelamento simultaneamente. O experimento foi realizado em triplicata. Os termogramas foram obtidos em calorímetro Perkin-Elmer (DSC 8500) e software Pyris versão 11.0.0.0449 para Windows. Os sorvetes com 5% de farelo de mandioca mostraram maior requerimento de energia para a fusão (∆H), ou seja, maior resistência ao derretimento, característica desejável em sorvetes. Com 10% de farelo ocorreu decréscimo na ∆H. Nas condições intermediárias de farelo de mandioca também foram observados maiores valores de IC, sorvetes com alto teor de cristais de gelo, são considerados de baixa qualidade. Nas condições extremas opostas de porcentagens de farelo de mandioca são obtidos sorvetes com baixo IC. O farelo contribuiu para um sorvete com menor teor de cristais de gelo, e assim menos gelado e agradável ao paladar. O teor de água não congelada aumentou nas condições de maior teor de farelo, mas não houve diferença significativa. Nas condições de elevada porcentagem de farelo de mandioca o ponto de congelamento dos sorvetes foi menor. O ponto de congelamento é um parâmetro crítico para a produção de sorvetes, uma vez que influencia o tamanho médio inicial dos cristais de gelo formados e também a sua instabilidade termodinâmica, que leva ao seu crescimento gradual. O uso do farelo de mandioca melhorou algumas características do produto, aumentando o tempo de derretimento, ocorrendo menor formação de gelo e aumento do valor nutricional. Portanto, tem potencial para ser usado como ingrediente para enriquecer sorvetes, pois não alterou características importantes de qualidade e tem baixo custo por ser um resíduo agroindustrial.

Palavras-chave: alimento funcional, mandioca, resíduo

1Doutoranda pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 2Doutoranda pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 3Doutorando pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 4Pós doutoranda pelo programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5Professora no departamento de Economia Sociologia e Tecnologia-FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 6Pesquisadora Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP – Botucatu – SP. E-mail: [email protected]

15

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DE SNACKS OBTIDOS A PARTIR DE FARINHA FERMENTADA DE MANDIOCA

Emerson Loli GARCIA1; Luiz Henrique URBANO2; Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS3; Daiana de Souza FERNANDES4; Marília Sbragia DEL BEM5; Magali LEONEL6

A mandioca é uma planta cultivada em mais de 90 países. Embora seja ampla sua forma de aproveitamento, a produção de farinha ainda é a principal forma de beneficiamento. De acordo com as normas vigentes no país, existem três grupos básicos de farinha: seca, d’água e mista. A farinha seca é a mais difundida e consumida, a farinha d’água é produto da fermentação natural de raízes sadias e a mista é a mistura das anteriores em diferentes proporções. A farinha não é um produto muito valorizado, tornando viável o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, como é o caso dos produtos extrusados. Considerando o elevado potencial da farinha d’água para a produção de extrusados, este trabalho objetivou avaliar o efeito de parâmetros de extrusão sobre as propriedades de expansão, índices de solubilidade e absorção de água e amido resistente de snacks expandidos. O processo de extrusão foi realizado em extrusor mono-rosca em delineamento central composto rotacional e tendo como parâmetros variáveis a temperatura na 3ª zona do canhão de extrusão (69 a 120 °C), a umidade inicial da farinha (12,5 a 19,35 % m/m) e a rotação da rosca (240 a 271 RPM). Os resultados demonstraram que os snacks obtidos apresentaram índices consideráveis de amido resistente, absorção e solubilidade em água. A umidade foi o parâmetro de maior influência nas características tecnológicas dos snacks. Contudo, não foi observado influência das condições operacionais sobre o índice de expansão. Tais resultados direcionam para o elevado potencial, ainda não explorado, da farinha fermentada de mandioca como matéria-prima para empresas produtoras de snacks extrusados.

Palavras-chave: Manihot, extrusão, puba

1Doutorando pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 2Assistente de Suporte Acadêmico do Centro de Raízes e Amidos Tropicais

3Pós doutoranda pelo programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Doutoranda pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 5Doutoranda pelo CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais – Programa Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 6Pesquisadora Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP – Botucatu – SP. E-mail: [email protected]

16

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

PARCELAMENTO DO POTÁSSIO AFETANDO A PRODUTIVIDADE E COZIMENTO DA MANDIOCA

Gabriela HELLMEISTER1; Adalton Mazetti FERNANDES2; Bruno GAZOLA3; Jesion Geibel da Silva NUNES4

Entre os nutrientes mais exigidos pela cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) destaca-se o potássio (K), que é o elemento absorvido e exportado em maiores quantidades pela cultura. Porém, como a mandioca apresenta ciclo longo e crescimento inicial lento, pode ser que a aplicação de K apenas na fase de implantação da cultura não seja suficiente para garantir produtividades satisfatórias. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de formas de parcelamento da adubação potássica na produtividade e cozimento da mandioca. O experimento foi conduzido no campo, em São Manuel-SP, no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram representados por 4 formas de parcelamento do K (1- 100% no plantio; 2- 50% no plantio e 50% 45 dias após o plantio (DAP); 3- 50% no plantio e 50% aos 90 DAP; 4- 1/3 no plantio, 1/3 aos 45 DAP e 1/3 aos 90 DAP). Em todos os tratamentos aplicou-se a dose de 90 kg ha1 de K2O. O experimento foi instalado em Outubro de 2014, utilizando-se a variedade de mandioca de mesa IAC 576-70. O solo do local apresentava as seguintes características: M.O.= 13 g dm-3; pH (CaCl2) = 5,2; P(resina) = 5 mg dm-3; K, Ca, Mg, H+Al e CTC, 0,5, 7, 10, 13 e 30,5 mmolc dm-3. Ao final de 10 meses de ciclo, foi realizada a colheita e determinaram-se: produtividade comercial, porcentagem de matéria seca de raiz (MSR), tempo de cozimento, porcentagem de água absorvida pela raiz no cozimento e porcentagem de palitos cozidos. Não foi observado efeito do parcelamento da adubação sobre as variáveis analisadas. Conclui-se que nas condições deste estudo, não há a necessidade de realizar o parcelamento da adubação potássica na cultura da mandioca, porque ele não altera a produtividade dessa tuberosa nem seu cozimento.

Palavras-chave: Manihot esculenta, nutrição mineral, potássio

Apoio financeiro: FAPESP (Proc. nº 2015/11683-7)

1Graduanda em Agronomia, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Mestrando em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação Agronomia/Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 4Mestrando em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação Agronomia/Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected]

17

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS, EM BATATA-DOCE, POUCO DISCRIMINANTES

Jackson da SILVA1; Paulo Vanderlei FERREIRA2; Jadson dos Santos TEIXEIRA3; Maria Márcia Pereira SARTORI4

A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma cultura amplamente cultivada em todo o mundo e, no Brasil, quase todos os Estados da federação cultivam essa hortaliça. Para o melhoramento desta cultura são necessários vários ciclos de seleções, a depender dos objetivos do fitomelhorista, e nessas seleções são levados em consideração vários caracteres, o que encarece e dificulta a interpretação dos resultados tornando a seleção mais demorada. Uma técnica alternativa é o uso da análise de componentes principais, a qual tem como objetivo a simplificação dos conjuntos de dados em poucos componentes independentes entre si, além de reter o máximo da variação originalmente disponível, possibilitando assim selecionar as variáveis de maior e menor variabilidade. Diante do exposto, objetivou-se com a presente pesquisa identificar as variáveis de batata-doce pouco discriminantes. A pesquisa foi desenvolvida na Área Experimental do Setor de Melhoramento Genético de Plantas do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (SMGP/CECA/UFAL), em Rio Largo – Alagoas, no ano de 2014. Foram avaliados 45 genótipos de batata-doce, onde o plantio foi realizado em 10/02/2014 e a colheita com 120 dias após o plantio, sendo avaliado: Produção de Raízes Tuberosas Não Comerciais (PRTNC), em t.ha-1; Produção de Raízes Tuberosas Comerciais (PRTC), em t.ha-1; Produção Total de Raízes Tuberosas (PTRT), em t.ha-1; Número Total de Raízes Tuberosas (NTRT), em u.ha-1; Peso Médio de Raízes Tuberosas Comerciais (PMRTC), em kg. De acordo com os resultados verificou-se que os dois primeiros componentes principais representaram 57,93 e 30,10 % da variância, respectivamente, tendo o somatório de 88,04 % da variação total. Isto demonstra que os dois primeiros componentes discriminam satisfatoriamente os genótipos de batata-doce. Em relação ao grau de importância, as variáveis PTRT e PRTC foram às de maiores pesos nos primeiros autovalores, portanto consideradas de maior importância. Assim, conclui-se que as variáveis PTRT e PRTC possam representar a variação de forma global, sendo estas indicadas para avaliação em novas seleções.

Palavras-chave: Ipomoea batatas, análise de componentes principais, genótipos

1Mestrando Agronomia-Agricultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. Email: jackson.silva.

[email protected] 2Prof. Dr. do Centro de Ciências Agrárias, CECA/UFAL, Rio Largo - AL. E-mail: [email protected]

3Mestrando em Fitotecnia, Universidade Federal de Viçosa/UFV, Viçosa - MG. E-mail: [email protected]

4Profª. Drª. da Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

18

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

CRESCIMENTO INICIAL DA BATATEIRA SUBMETIDA A APLICAÇÃO DE RETARDANTES DE CRESCIMENTO

Jesion Geibel da Silva NUNES1; Adalton Mazetti FERNANDES2; Bruno GAZOLA3; Everton Teruo Mori ICHIKAWA4; Jason Geter da SILVA NUNES5

O crescimento inicial da batateira é caracterizado pela síntese de carboidratos nas folhas e a mobilização destes para os tubérculos. Entretanto, o incremento excessivo da parte aérea pode desfavorecer o desenvolvimento do órgão de interesse, que é o tubérculo. A aplicação de retardantes de crescimento vegetal pode ser uma alternativa para aumentar a alocação de matéria seca (MS) para os tubérculos. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento inicial da cultura da batata submetida a aplicação foliar de retardantes de crescimento vegetal. O experimento foi conduzido no campo, em Taquarituba-SP, no delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2x6, com quatro repetições. Os tratamentos foram representados por dois retardantes de crescimento (proexadiona cálcica e paclobutrazol) e seis doses (0, 25, 50, 100, 200 e 400 g ha-1 i.a.). O plantio da batata, cv. Mondial, foi realizado em 26/05/2016. Foram aplicados 60 e 40 kg ha-1 de N no plantio e aos 30 dias após o plantio (DAP), respectivamente. A aplicação dos retardantes de crescimento ocorreu aos 53 DAP, utilizando-se 200 L ha-1 de calda. Na fase de enchimento dos tubérculos, aos 71 DAP, foram coletadas amostras de plantas e determinaram-se: número de tubérculos por planta, MS da parte aérea, tubérculos e da planta inteira. Houve efeito apenas do fator dose de retardante de crescimento (p≤0,05) sobre as variáveis número de tubérculos por planta, MS de tubérculos e da planta inteira, de modo que o número de tubérculos por planta aumentou (18,2%) até a dose de 100 g ha-1 i.a.. A MS de tubérculos e da planta inteira reduziu linearmente com o aumento das doses. Conclui-se que a utilização de retardantes de crescimento na cultura da batata, apesar de proporcionar um aumento no número de tubérculos por planta, causa redução na MS acumulada nos tubérculos, afetando negativamente.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, proexadiona cálcica, paclobutrazol

Apoio financeiro: FAPESP (Proc. no 2015/22885-0)

1Mestrando em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação Agronomia/Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Mestrando em Agronomia pelo programa de pós-graduação Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 4Graduando em Agronomia, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5Graduando em Agronomia, Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), Ourinhos-SP. E-mail: [email protected]

19

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

COCÇÃO DE RAÍZES DE MANDIOCA DE MESA IAC 576-70 SOB DEFICIÊNCIA HÍDRICA

Laís Fernanda Melo PEREIRA1; Samara ZANETTI2; Adalton Mazetti FERNANDES3; Marcelo de Almeida SILVA4

As variações no tempo de cocção de raízes de mandioca podem estar atribuídas ao genótipo, idade da planta, clima, solo, época de colheita, entre outros fatores. O objetivo do trabalho foi avaliar a cocção das raízes de mandioca de mesa IAC 576-70 submetidas à deficiência hídrica do solo em diferentes fases fenológicas da cultura. O experimento foi conduzido em cultivo protegido na Faculdade de Ciências Agronômicas, Campus de Botucatu, em delineamento experimental inteiramente casualizado. Os tratamentos foram constituídos de três níveis de tensão de água no solo (-10, -40 e -70 kPa) e três fases fenológicas da cultura (de 90 a 180; de 180 a 270 e de 270 a 360 dias após o plantio), com três repetições. As manivas-sementes com 5 a 7 gemas foram plantadas em caixas contendo 320 litros de solo de textura média, sendo o controle da umidade do solo realizado por tensiômetros de punção. As plantas foram diariamente inspecionadas e irrigadas, mantendo-se a umidade do solo próximo à capacidade de campo até o início dos tratamentos. Aos 360 dias após o plantio as raízes foram colhidas. Retirou-se a casca e entrecasca do terço médio das raízes e com um cortador manual obteve-se toletes em forma de palitos. O cozimento foi observado em um cozedor Mattson adaptado, calculando-se a porcentagem de palitos cozidos em até 30 minutos sob água fervente e a porcentagem de água absorvida no processo. Os dados foram submetidos à análise de variância, com posterior comparação de médias utilizando o teste Tukey a 5% de probabilidade. Não houve interação entre os fatores tensão de água no solo e fases fenonógicas. A porcentagem de palitos cozidos foi em média de 14,8% independente da tensão de água no solo. A porcentagem de água absorvida variou de 7,0 a 10,9% em relação ao peso dos toletes. De modo geral, todos os tratamentos apresentaram dificuldade no cozimento, possivelmente influenciados pelo tempo da colheita que depreciou a qualidade das raízes.

Palavras-chave: Manihot esculenta Crantz, estresse abiótico, cozimento

1Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Agricultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP.

E-mail: [email protected] 2Mestranda do Programa de Pós Graduação em Agricultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP.

E-mail: [email protected] 3Pesquisador do Centro de Raízes e Amidos Tropicais, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Prof. Dr. do Depto. de Produção e Melhoramento Vegetal, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

20

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

EFEITO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA SOBRE A COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE RAÍZES DE MANDIOCA IAC 576-70

Letícia Schorr CALICCHIO1; Camila Pereira SORROCHE2; Gabriela HELLMEISTER3; Adalton Mazetti FERNANDES4; Magali LEONEL5

Originária do Brasil, região amazônica, a mandioca é uma planta cultivada na América Tropical a mais de 5.000 anos. Essa cultura, plantada em mais de 90 países é base alimentar de milhões de pessoas e tem importância étnica, cultural e econômica para muitos destes. O potássio (K) é o nutriente absorvido e exportado em maiores quantidades pela cultura da mandioca e tem importante papel nos processos relacionados com a translocação de carboidratos na planta e síntese de proteínas e amido. Frente à importância da mandioca na alimentação dos brasileiros, e da hipótese que a forma de aplicação da adubação potássica possa interferir não somente na produção de raízes, mas também, na composição nutricional destas; este trabalho objetivou avaliar o efeito do parcelamento de adubação potássica sobre a composição química das raízes de mandioca, cultivar IAC 576-70. Antes da instalação do experimento amostras de solo da área experimental da camada de 0-20 cm foram coletadas e analisadas quanto às características químicas e granulométricas. O preparo do solo para o plantio da mandioca foi realizado de forma convencional de acordo com as recomendações para a cultura na região. O plantio foi realizado na segunda quinzena de outubro de 2014. Para o plantio, foram abertos sulcos a 10 cm de profundidade, no espaçamento de 1,0 m entre sulcos. Após a abertura dos sulcos foi feita a aplicação e incorporação dos fertilizantes. A adubação no sulco de plantio constou da aplicação de dose de P2O5, na forma de superfosfato simples, de acordo com a análise de solo e recomendações para a cultura. A dose de 90 kg ha-1 de K2O foi aplicada em quatro formas de parcelamento (1 - 100% no plantio; 2 - 1/2 no plantio e 1/2 aos 45 dias após o plantio (DAP); 3 - 1/2 no plantio e 1/2 aos 90 DAP; 4 - 1/3 no plantio, 1/3 aos 45 DAP e 1/3 aos 90 DAP), além da testemunha sem potássio. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente e foi observado que o parcelamento da dose de adubação não interferiu no teor de umidade, cinzas e proteína das raízes. Contudo, ocorreram diferenças entre os teores de fibras, lipídeos, açúcares totais e amido. O parcelamento da dose levou a obtenção de raízes de mandioca com menor teor de fibras e açúcares totais e maiores teores de amido e lipídeos, fatores interessantes para as aplicações culinárias dessa cultivar.

Palavras-chave: mandioca, adubação, composição

1Aluna de Nutrição-IBB/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica PIBIC/Reitoria, E-mail: [email protected]

2Aluna de Nutrição-IBB/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica PIBIC/CNPq, E-mail: [email protected]

3Aluna de Agronomia-FCA/UNESP, Botucatu-SP. Bolsista Iniciação Científica FAPESP.

4Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

21

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

UTILIZAÇÃO DE AMIDO DE MANDIOCA EM MAIONESE COM REDUZIDO TEOR DE GORDURA

Marília Sbragia DEL BEM1; Daiana de Souza FERNANDES2; Magali LEONEL3

O aumento no consumo de produtos com baixo teor de gordura tem intensificado a busca por ingredientes que possam substituir parcialmente o óleo nos mais diversos produtos. O uso de amido de mandioca ainda tem sido pouco evidente para algumas aplicações em alimentos, sendo de grande interesse das indústrias produtoras o incremento deste mercado. Nesta linha, este trabalho teve por objetivo avaliar o emprego do amido de mandioca no preparo de maionese com reduzido teor de gordura (30%). O trabalho foi desenvolvido no Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP- Botucatu. O amido de mandioca nativo foi concedido pela Lotus Comércio e Indústria de Produtos de Mandioca LTDA., localizada na cidade de Cândido Mota-SP e os demais ingredientes utilizados para a produção da maionese foram adquiridos no comércio local. Foram utilizados os seguintes ingredientes: água, óleo de soja, ovo líquido pasteurizado, amido nativo de mandioca, açúcar, vinagre de álcool, sal, ácido lático, corante beta caroteno, goma xantana, sorbato de potássio, EDTA e aromas de limão e mostarda. Para o preparo da pasta de amido o sorbato de potássio e todos os ingredientes em pó foram adicionados à água. A mistura foi transferida para panela e aquecida à temperatura de 85 °C por 4 minutos. Depois de pronta, a pasta foi resfriada em refrigerador até a temperatura de 15 °C. Transferiu-se a pasta de amido para liquidificador e os outros ingredientes foram adicionados lentamente até a consistência desejada. A maionese foi submetida às análises de pH, acidez titulável, textura e estabilidade da emulsão. Os resultados das análises de pH (3,61) e acidez (0,39) da maionese apresentaram-se dentro da faixa recomendada, estando de acordo com a legislação brasileira, a qual sugere que esse tipo de alimento seja acidificado. Por meio de análise em texturômetro, pode-se observar que a textura da maionese apresentou valor de firmeza de 1,24 N, o mesmo valor encontrado em maioneses com 20% de óleo de soja. A maionese apresentou estabilidade de 100%, indicando que não houve quebra da emulsão devido à resistência das gotículas de óleo dispersas na fase aquosa pela presença do amido. Os resultados obtidos confirmam que o amido de mandioca pode ser utilizado para substituição de gordura em maionese e possui potencial para esse tipo de mercado.

Palavras-chave: Manihot esculenta Crantz, emulsão, textura, estabilidade

1Mestranda pelo Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 2Mestranda pelo Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-

SP. E-mail: [email protected] 3Pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

22

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS AOS DANOS CAUSADOS POR COLEÓPTEROS DE SOLO E SARNA EM RAÍZES DE BATATA-DOCE

Paulo Antonio de Souza GONÇALVES1; Sérgio Dias LANNES2; Gerson Henrique WAMSER3

Os insetos coleópteros principalmente na fase larval, Diabrotica spp., Conoderus sp., Epitrix sp., causam furos ou galerias superficiais nas raízes de batata-doce. As larvas da broca-da-raíz, Euscepes postfasciatus, furam a superfície da película externa da raíz e também a polpa. A sarna da batata-doce é causada pela bactéria, Streptomyces ipomoea (Person & Martin) Waks & Henrici, que danifica as raízes de batata-doce pelo escurecimento da película externa, o que deprecia o produto final para o comércio. O objetivo deste estudo foi avaliar danos causados por coleópteros de solo e sarna em genótipos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Epagri, Estação Experimental de Ituporanga, SC. Dois experimentos foram conduzidos em genótipos obtidos com e sem enxertia, em 2008/2009 e 2009/2010. No sistema com enxertia foram avaliados os seguintes genótipos, com respectivas cores de película, polpa e formato de raiz: 515 (amarela, laranja, alongado); 554 (roxa, amarela, alongado); 564 (rosada, creme, alongado); 661, 662, 666, 688 (creme, laranja, alongado); 659 (creme, laranja, comprido); 685 (amarela, amarela, redondo); 664 (creme, creme, alongado); 680 (creme, amarela redondo). Os seguintes genótipos sem enxertia foram avaliados, com respectivas cores de película, polpa e formato de raiz: 74, 656 (roxa, branca, alongado); 82 (roxa, creme, comprido); 106 (roxa, amarela, redondo); 154 (roxa, amarela, comprido); 232 (roxa, creme, redondo); 332 (rosada, creme, redondo); 445 (roxa, branca, redondo); 491, 503, 591, 653 (roxa, creme, alongado). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com três repetições. O espaçamento foi de 1,2 m entre linhas e 0,3 m entre plantas. As parcelas experimentais foram compostas por três linhas de 2,7 m com nove plantas por linha. A avaliação de danos por coleópteros de solo e sarna foi realizada após a colheita em dez raízes por parcela. As raízes foram avaliadas por uma escala visual com três níveis de danos: baixo, médio e alto. Raízes com nível de dano baixo por coleópteros de solo e ausência de sarna foram consideradas aptas para o comércio. Os genótipos obtidos por enxertia, números 662 e 515 apresentaram maior porcentagem de aproveitamento comercial com relação aos danos por coleópteros de solo e ausência de sarna, respectivamente, 70,0% e 61,7%. Os genótipos sem enxertia não diferiram entre si quanto para a porcentagem de raízes aptas para o comércio.

Palavras-chave: insetos de solo, Ipomoea batatas, Streptomyces ipomoea

1Pesquisador, Epagri, Estação Experimental de Ituporanga-SC. E-mail: [email protected]

2Pesquisador, Fepagro, Vacaria-RS. E-mail: [email protected]

3Pesquisador, Epagri, Estação Experimental de Ituporanga-SC. E-mail: [email protected]

23

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

ACEITABILIDADE DE CHIPS DE BATATAS-DOCE ELABORADOS POR DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO

Priscilla Kárim CAETANO1; Flávia Aparecida de Carvalho Mariano NASSER2; Karina Aparecida FURLANETO3; Veridiana de Mendonça ZOCOLER4; Rogério Lopes VIEITES5

Os consumidores estão cada vez mais exigentes na procura por produtos saudáveis, que apresentem em sua composição algum apelo saudável, mas, que ainda assim seja atrativo sensorialmente em todos os aspectos. Neste contexto, tem-se observado que o mercado de produtos “chips” vem crescendo no mercado nacional, por isso, objetivou-se nesta pesquisa a avaliação da aceitabilidade de chips de três cultivares de batata-doce submetidos a diferentes métodos de preparo. As batatas-doce utilizadas foram casca creme e polpa amarela (TA), casca rosada com polpa amarela (TB) e casca branca com polpa branca (TC). Os chips foram submetidos a fritura em óleo de canola, assamento em forno industrial e fritadeira elétrica sem óleo – air fryer. Os chips das três batatas-doce foram servidos a 60 provadores e avaliou-se quanto aos atributos aparência, aroma, textura, sabor e avaliação geral através do teste afetivo com escala hedônica e intenção de compra do produto. Na realização de um questionário foi observado que a maioria dos provadores eram mulheres com idade entre 17-20 anos, que 90% dos provadores consomem chips de batata pelo menos uma vez a cada 15 dias, mas 55% nunca ouviram falar de chips de batata-doce e 78% nunca degustaram. Os chips das três batatas-doce foram bem aceitos pelos provadores, ressaltando que as melhores notas para cores, aroma, sabor e avaliação geral foram atribuídas aos chips fritos, independente da variedade, recebendo notas no intervalo de 6,86 a 7,43, diferindo do produto assado em forno convencional e air fryer das três variedades de batata-doce que obtiveram notas inferiores variando de 4,33 a 5,76 para os mesmos atributos avaliados. Provavelmente, esses resultados estão ligados diretamente com hábitos alimentares da faixa etária questionada, que tem preferência por alimentos ricos em gordura, doces, salgados, picante e pelo amargo, devido a costumes culturais e experiências familiares. Em relação a intenção de compra, destaca-se o chips de batata-doce frito, em relação a qualidade geral do produto, os provadores “comprariam” independe da variedade, confirmando que a aceitação dos produtos influenciou na atitude de compra e que o produto apresenta potencial de comercialização.

Palavras-chave: Ipomoea batatas, processamento, air fryer, fritura, intenção de compra

1Doutora pelo Departamento de Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2Pós-doutoranda pelo Departamento de Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Doutoranda pelo Programa de Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Doutora pelo Programa de Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5Prof. pelo Departamento de Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

24

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

CONCENTRAÇÃO DO MOSTO DE FERMENTAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE MANDIOCA (Manihot esculenta, Crantz)

Harold Ospina PATINO1; Diogo DEL RÉ2; Bernardo OSPINA3

O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da redução do uso de água no processo de produção de etanol a partir de farinha mandioca sobre a produção de álcool e de vinhaça. Foi utilizada uma micro-usina com capacidade para produzir 20 l/h com 6 dornas de fibra de vidro (1000 l cada). O sistema de destilação utilizado foi duas torres com sistema de pratos, com mosto pré-aquecido, e utilizando vapor gerado numa caldeira alimentada por lenha, mantendo uma pressão no sistema de aproximadamente 2 kgf/cm2. A farinha mandioca utilizada foi obtida do híbrido CM 7951 – 5 (88% MS e 29,5% amido) após trituração, secado ao sol e refinação (Ø 100 micras). Em cada uma das formas de fermentação foram utilizados: 150 kg de farinha de mandioca + 714 g de enzima (STARGEM TM 001) + 350 g de ureia agrícola + 500 g de levedura (Saccharomyces cerevisiae) (EthanolRed®). Os tratamentos avaliados consistiram na adição de água nas dornas: T1: 800 l de água; T2: 700 l de água e T3: 500 l de água. A fermentação teve uma duração de 72 h após o qual o conteúdo das dornas foi destilado, sendo avaliado o rendimento de etanol (l/ton) e a relação vinhança/etanol (l/l). Foi utilizado um delineamento completamente casualizado repetido no tempo com 4 repetições por tratamento, sendo as medidas comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A diminuição de 37,5% na quantidade de água utilizada (800 vs 500 l) aumentou em 33% o rendimento de etanol (268,8 vs 357,5 l/ton) (P<0,05) e diminuiu em 44% a relação vinhaça/etanol (25,3 vs 14,1 l/l) (P<0,05). Com base nos resultados, podemos concluir que é possível diminuir o nível de água convencionalmente utilizado na produção de etanol de mandioca em micro-usinas, melhorando o rendimento de etanol e diminuindo a quantidade de vinhaça gerada.

Palavras-chave: mandioca, etanol, vinhaça, micro-usina

1Zootecnistas, Docente do Curso de Zootecnia - UFRGS, Porto Alegre–RS, Brasil. E-mail: [email protected]

2Aluno do PPG – Zootecnia – UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

3Diretor Executivo de CLAYUCA – CIAT – Palmira,Valle del Cauca, Colômbia

25

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

CONSUMO E GANHO DE PESO DE CORDEIROS RECEBENDO SUPLEMENTOS ELABORADOS COM PARTE ÁEREA E RAIZ DE MANDIOCA (Manihot esculenta,

Crantz)

Elisa Cristina MODESTO1; Harold Ospina PATINO2; Rodrigo Vergílio FERREIRA3

O experimento foi realizado com o objetivo de avaliar o consumo e ganho de peso de ovinos recebendo suplementos elaborados com parte aérea e raiz de mandioca (Manihot esculenta Crantz). As dietas avaliadas foram: T1, feno + suplemento convencional (milho, farelo de soja e ureia) e T2, feno + suplemento alternativo (farinha de parte aérea e raiz de mandioca e ureia). Como volumoso foi utilizado feno de azevém (Lollium perenne) e os suplementos utilizados foram isoprotéicos. O experimento teve duração de 70 dias e foi utilizado um delineamento em blocos casualizados, com 12 ovinos machos castrados da raça Texel com peso médio de 31 kg alojados em baias individuais de 60 x 140 cm, com cochos de madeira de 40 x 25 x 30 cm de comprimento, largura e profundidade, respectivamente. O suplemento foi ofertado num nível equivalente a 1,13% do peso vivo. O volumoso foi ofertado numa quantidade que permitisse uma sobra de 15% do oferecido. As sobras de suplemento e de volumoso foram pesadas diariamente, sendo a oferta de volumoso ajustada pela porcentagem de sobras. Os animais passaram por um período pré-experimental de sete dias para adaptação às baias e às dietas fornecidas. A cada 21 dias os animais foram pesados em jejum completo de 12 horas. Os cordeiros suplementados com mandioca tiveram consumo de MS 13,77% inferiores (1441,2 vs 1242,7 g/dia), ganhos de peso 69,6% inferiores (79 vs 24 g/dia) e custo diário da suplementação 19,9 % menores (2,11 vs 1,69 R$/dia) do que os apresentados pelos cordeiros suplementados com milho e farelo de soja (P<0,05). Os menores desempenhos produtivos apresentados pelos cordeiros suplementados com mandioca podem ser explicados pelo elevado teor de FDN encontrado na parte aérea da mandioca. A inclusão de coprodutos da planta de mandioca em suplementos para ruminantes é competitiva, porém, é sugerido que na sua elaboração seja utilizado o terço final da parte aérea da planta.

Palavras-chave: mandioca, folha, raiz, consumo, ganho de peso

1Zootecnistas, Docentes do Curso de Zootecnia - UFRGS, Porto Alegre-RS. E-mail: [email protected]

2Zootecnistas, Docentes do Curso de Zootecnia - UFRGS, Porto Alegre-RS. E-mail: [email protected]

3Aluno do curso de Agronomia - UFRGS

26

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

AMIDO RESISTENTE EM FRUTOS VERDES DE DIFERENTES CULTIVARES DE BANANA

Camila B. MESQUITA1; Ana Carolina B. BOLFARINI2; Sarita LEONEL3; Magali LEONEL4

Cultivada de norte a sul do Brasil, a banana tem grande expressão econômica e elevada importância social como fonte barata de energia, minerais e vitaminas. Contudo, o país, um dos grandes produtores mundiais, apresenta como um dos principais problemas na comercialização o elevado desperdício pós-colheita. Uma possibilidade de incremento na cadeia produtiva da banana no país seria a valorização do fruto no estádio verde como matéria-prima industrial. O amido resistente atua no organismo humano como fibra dietética, pois não é hidrolisado pelas enzimas do trato gastrintestinal e é fermentado no intestino grosso. O mercado alimentício tem buscado e valorizado muito produtos com elevado teor de amido resistente, o que tem ampliado significativamente o interesse na banana verde como fonte desse tipo de amido. Nesta linha, este trabalho objetivou avaliar o teor de amido resistente em frutos verdes de diferentes cultivares de banana. Foram avaliados os cultivares 'Nanicão', 'Grand Naine', 'Maçã', 'Prata-Anã' e 'FHIA 18' cultivados em São Manuel-SP (22° 46' S de latitude, 48° 34' W de longitude e 740 m de altitude), onde o clima é temperado mesotérmico (Cfa), a temperatura média do mês mais quente é superior a 22 °C e a precipitação média anual é de 1377 mm. O solo da área é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. O cultivo seguiu as orientações de plantio e condução para a região. Os frutos de cinco plantas centrais da parcela no estádio 1 de maturação (casca totalmente verde e sem quinas) foram colhidos e, os frutos das pencas centrais foram analisados para o teor de umidade, amido total, amido resistente e amido digerível. A análise dos dados mostrou que o teor de umidade dos frutos variou de 58,05 a 65,65%, sendo que os frutos da cultivar ‘Prata-Anã’ tiveram o maior teor de matéria seca (41,95%). O teor de amido total nos frutos variou de 23,82 a 34,35%, sendo que o menor teor foi observado nos frutos de ‘Nanicão’. Os frutos de ‘Prata-Anã’, juntamente com os de ‘Grand Naine’, apresentaram os maiores teores de amido resistente (29,46 e 30,71%, respectivamente). As maiores porcentagens de amido digerível nos frutos verdes foram observadas para os cultivares ‘Maçã’ e ‘FHIA 18’ (8,86 e 8,06%, respectivamente). Os resultados obtidos estão próximos aos relatados na literatura para frutos verdes de banana e confirmam o elevado conteúdo de amido resistente e a variação entre cultivares, o que é bastante interessante ao se considerar o uso destes frutos como matérias-primas para a indústria alimentícia.

Palavras-chave: banana, matéria seca, amido resistente

1Mestre em Agronomia-Energia na Agricultura. E-mail: [email protected]

2Doutoranda em Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Docente Depto. de Produção Vegetal, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

27

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

PODER DE INCHAMENTO E SOLUBILIDADE EM AMIDOS DE RAÍZES TROPICAIS

Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS1; Magali LEONEL2; Célia Maria Landi FRANCO3; Daiana de Souza FERNANDES4; Emerson Loli GARCIA5

Os amidos de diferentes fontes botânicas durante o aquecimento em água passam por vários estágios de absorção de água até a desintegração granular, característica de grande importância para a aplicabilidade destes. O poder de inchamento (PI) indica a capacidade de penetração da água em grânulos de amido. As áreas cristalinas dos grânulos mantêm a integridade permitindo o inchaço, mas não a dispersão completa das macromoléculas. Já as áreas amorfas, rapidamente, absorvem água permitindo o inchamento. Dessa forma, a mobilidade das moléculas de amido aumenta com a temperatura, o que enfraquece as forças de ligação. Assim, a lixiviação dos componentes solúveis é aumentada o que melhora a solubilidade (S) do amido. Frente ao exposto, este trabalho teve por objetivo avaliar o poder de inchamento e a solubilidade de amidos de batata-doce, mandioca e mandioquinha-salsa, visando obter informações úteis para o uso destes por diferentes setores industriais. O amido de mandioca foi doado pela indústria Flor de Lotus, Cândido Mota - SP, e os amidos de batata-doce e mandioquinha-salsa foram extraídos de raízes cultivadas no Campo Experimental do CERAT. Os amidos foram analisados quanto ao poder de inchamento e solubilidade, nas temperaturas de 55 e 95 °C. A análise dos dados evidenciou menor capacidade de inchamento do amido de batata-doce na temperatura mais baixa (4,43 g g-1). O amido de mandioquinha-salsa teve o maior PI na temperatura de 95 °C (59,44 g g-

1). O amido de mandioca não diferiu do amido de batata-doce com PI de 37,81 g g-1 a 95 °C. As diferenças observadas entre os diferentes amidos são principalmente decorrentes do tipo de estrutura cristalina e evidenciam que o amido de batata-doce tem forças associativas mais fortes. O aumento da solubilidade com a gelificação é a base para a confecção de alimentos pré-preparados e os resultados mostraram que o amido de mandioca e de mandioquinha-salsa tiveram maiores solubilidades a 95 °C (30,13 e 26,92 %), sendo que o amido de batata-doce não diferiu do de mandioquinha-salsa (24,45 %).

Palavras-chave: amido, batata-doce, mandioca, mandioquinha-salsa

1Pós doutoranda pelo Programa Energia na Agricultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA – Centro de raízes e amidos

tropicais/CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2Pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3Profª do Depto. de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, IBILCE/UNESP, São José do Rio Preto/SP. E-mail:

[email protected] 4Aluna de doutorado pelo Programa Energia na Agricultura/Agronomia, FCA/CERAT/UNESP, Botucatu-SP, E-mail:

[email protected] 5Aluno de doutorado pelo Programa Energia na Agricultura/Agronomia, FCA/CERAT/UNESP, Botucatu-SP, E-mail:

[email protected]

28

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS EM RAÍZES DE CENOURA EM CONSEQUÊNCIA DO PROCESSAMENTO MÍNIMO E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO

Veridiana Zocoler de MENDONÇA1; Carla Verônica CORRÊA2; Aline Mendes de Sousa GOUVEIA3; Regina Marta EVANGELISTA4

A cenoura pertence ao grupo das raízes tuberosas, sendo a principal raiz comercializada na forma de produto minimamente processado. É utilizada como matéria prima para indústrias processadoras de alimentos, que a comercializam seja como mini-cenoura, em cubos, ralada ou rodelas. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a qualidade pós-colheita de cenouras minimamente processadas submetidas a diferentes cortes e períodos de armazenamento. As cenouras foram cultivadas no município de São Manuel - SP, sendo utilizado o híbrido Bangor, no espaçamento de 25 cm entre linhas e 5 cm entre plantas após desbaste. Os tratos culturais utilizados foram os recomendados para a cultura, além da capina e irrigação por aspersão. A colheita foi realizada aos 94 dias após a semeadura. As raízes recém-colhidas foram transportadas para o Laboratório de Pós-colheita de Frutas e Hortaliças - FCA/UNESP, Botucatu-SP. As cenouras foram lavadas em água corrente, colocadas em banho de hipoclorito de sódio com 2,5% de cloro ativo (8 mL L-1 por 15 minutos) e então eliminadas as extremidades das raízes, descascadas e fatiadas manualmente em cubos, rodelas e palitos, todos os cortes com dimensão de 1 cm. Após o corte, as cenouras permaneceram por mais 15 minutos em solução com 2,5% de cloro ativo (2 mL L-1), em seguida lavadas em água corrente e dispostas sobre uma bancada forrada com papel toalha para retirada do excesso de água. Após esta etapa, foram embaladas com cerca de 200 g em bandejas de poliestireno expandido recobertas com filme plástico de policloreto de vinila (PVC - 0,020 mm) e armazenados em câmara fria (5 ± 1 °C e 90 ± 5 % UR) durante 10 dias e as avaliações realizadas em dias alternados. O experimento seguiu o delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial com três repetições. As análises físico-químicas realizadas foram perda de massa, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, açúcares redutores, totais e sacarose. O período de armazenamento e os tipos de cortes influenciaram as características físico-químicas das raízes de cenoura. As cenouras minimamente processadas apresentaram potencial de comercialização até 10 dias de armazenamento refrigerado. O corte tipo palito apresentou maior perda de massa enquanto as cenouras submetidas ao corte tipo cubo a menor, bem como menor consumo de carboidratos de reserva durante o armazenamento, sendo este o corte recomendado para este tipo de produto.

Palavras-chave: Daucus carota L., vida de prateleira, pós-colheita, carboidratos, perda de massa

1Doutoranda em Agronomia (Energia na Agricultura), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2Doutoranda em Agronomia (Horticultura), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 3Doutoranda em Agronomia (Horticultura), Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 4Professora pelo Departamento de Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected]

29

XI WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS 22 DE SETEMBRO DE 2016

CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS ISBN 978-85-98917-20-7

ANÁLISE DO PADRÃO ESTACIONAL DE PREÇOS PARA A BATATA-DOCE AMARELA (1996-2015) NA CEAGESP (SÃO PAULO)

Luis Carlos Ferreira de ALMEIDA1; Pablo Forlan VARGAS2

A CEAGESP é o principal entreposto de comercialização dos produtos hortícolas consumidos em de São Paulo, os quais se inclui a batata-doce em suas diversas variedades. Os dados de comercialização da batata-doce, no período de 1996 a 2015, mostram uma mudança substancial no padrão do consumo deste produto. Em 1996, o volume médio mensal de comercialização da batata-doce amarela foi de 1.591,5 t, por sua vez o da batata-doce rosada alcançava 47,0 t, já em 2015, e batata-doce rosada alcança uma média mensal de 4.762,9 t, com tendência de crescimento, enquanto a batata-doce amarela apresenta média mensal de 184,4 t. Os preços dos produtos agrícolas, dada as características da produção que se dá de forma atomizada, são sensíveis à variação da oferta do produto, neste sentido, uma vez que é possível identificar dois períodos distintos, quanto ao volume de comercialização, o primeiro, situado entre 1996 e 2004, e o segundo, que se inicia em 2005 este trabalho teve como objetivo obter padrões estacionais de preços e quantidades comparando-os entre si para verificar se ocorreram mudanças estruturais nos mesmos. A metodologia utilizada para obter os padrões estacionais consistiu, tanto para preços quanto para quantidades, de extrair os padrões determinísticos das séries para os períodos em estudo, os quais uma vez extraídos obtêm-se os índices estacionais livres da tendência. A partir das séries dos padrões estacionais foram estimados os padrões estacionais mensais os quais, uma vez convertidos em porcentagem indicam o quanto estes se afastam dos valores médios da série. Os resultados mostram que, no período anterior a 2005, a relação sazonal, tanto para preço quanto para quantidade é bem definida no momento da safra, nos quais as quantidades para os meses de março, abril e maio apresentam, respectivamente, índices de 107,2%, 137,5%, e 115,7% com os índices de preços de 84,6%, 90,% e 95,2%; o mesmo ocorrendo, em sentido contrário para os meses de baixa produção (entre agosto e fevereiro). As amplitudes de preço e quantidades são de, respectivamente, 23,0% e 74,4%. Para o segundo período, o padrão de estacional para quantidades permanece o mesmo (amplitude de 74,4%), no entanto a amplitude dos preços é sensivelmente reduzida (amplitude de 11,7%). As duas curvas de preços para os dois períodos apresentam diferenças significativas (p-valor 0,014) indicativo este que houve uma mudança estrutural no padrão estacional preços. Conclui-se ainda que no período 2005/2015 os preços de comercialização não são afetados pela quantidade comercializada.

Palavras-chave: Ipomoea batatas, comercialização, análise de preços

1Prof. do Campus Experimental de Registro/UNESP, Registro, SP. E-mail: [email protected]

2Prof. do Campus Experimental de Registro/UNESP, Registro-SP. E-mail: [email protected]