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XBRL GIS – INTEGRATING GEOGRAPHIC INFORMATION IN XBRL DOCUMENTS

Marcio Alexandre Pereira da Silva (Universidade Salvador, Bahia, Brasil) [email protected] Caetano da Silva (Universidade Salvador, Bahia, Brasil) [email protected] Alberto Prado de Campos (Universidade Salvador, Bahia, Brasil) - [email protected]

Geographic Information Systems deal with the location of objects and concepts of the real world. These systems have their own methods of analysis and visualization that can be exploited in several areas of knowledge. The combination of geographic information with business entities contained in XBRL documents opens a new field of research for the development of computational tools to visualize and support decision-making in business analysis’ processes. This paper proposes the integration of location information of business data expressed in GML and XBRL languages, respectively, to georeference entities of financial reports exchanged in the Internet.

Keywords: XBRL, Financial Reports, Web GIS, GML, Geographic Information Systems.

XBRL GIS: INTEGRANDO INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS EM DOCUMENTOS XBRL

Sistemas de informações geográficas lidam com a localização de objetos e conceitos do mundo real. Estes sistemas possuem métodos de análise e visualização particulares que podem ser explorados nas mais diversas áreas do conhecimento. A adição de informações geográficas às entidades de negócios contidas em documentos XBRL possibilita o desenvolvimento de ferramentas computacionais para a visualização e suporte a tomadas de decisões nos processos de análise de negócios. Este artigo propõe a integração das informações de localização e dados de negócios expressos nas linguagens GML e XBRL, respectivamente, para o georeferenciamento das entidades contidas nos relatórios financeiros que trafegam na internet.

Palavras Chave: XBRL, Relatórios Financeiros, SIG Web, GML, Sistemas de Informações Geográficas.

Agradecimentos: CAPES/PROSUP, pelo fomento de bolsa de mestrado, vinculada ao programa de Pós Graduação em Sistemas e Computação da Universidade Salvador.

10th International Conference on Information Systems and Technology Management – CONTECSI June, 12 to 14, 2013 - São Paulo, Brazil

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1. IntroduçãoSistemas de Informações Geográficas (SIG) consistem na união de tecnologias para visualização, manutenção, distribuição e recuperação de informações georeferenciadas (J. da Silva, 2008). Este ferramental é importante em áreas que necessitam de aplicações computacionais capazes de manipular e analisar informações baseadas em sua localização no espaço geográfico.

Com o advento da Web 2.0, houve um incremento na utilização dos sistemas de informações geográficas, isso se deve principalmente a uma maior interação do usuário com as funcionalidades ofertadas por estes sistemas. A crescente utilização do SIG, no contexto Web 2.0 impulsionou o surgimento de novas ferramentas e aplicações, aumentando as possibilidades de aplicações em outros domínios (J. da Silva, 2008), tais como: sistemas espaciais de suporte à decisão (SESD), business inteligence (BI), geospatial data warehouse (GDW), processamentos analíticos online espaciais (SOLAP), conforme se verificou em (Fu & Sun, 2010; J. da Silva, 2008; Marshall et al., 2010; P. C. da Silva, 2010). A demanda pela utilização de SIG na Web impulsionou também a criação de linguagens voltadas para a distribuição e visualização de dados geográficos, tais como: GML (Geography Markup Language), KML (Keyhole Markup Language), GeoMDQL (Geographic Multidimensional Query Language) (Open Geospatial Corporation, 2003; Google Developer, 2013; J. da Silva, 2008).

Uma das áreas emergentes do SIG baseado na plataforma Web (SIG WEB) é o Geottaging (Fu & Sun, 2010). Geottaging é o processo de adicionar informação de localização geográfica a outros elementos digitais. Baseado no conceito de Geottaging, neste artigo apresenta-se uma proposta para a incorporação de informações geográficas, aos relatórios financeiros que trafegam pela Internet. Nesta proposta os dados geográficos são codificados na linguagem GML (Geographic Markup Language) e os dados financeiros na linguagem XBRL (eXtensibel Business Reporting Language).

Considerando que os dados financeiros, disponíveis nos documentos XBRL são organizados para apoiar visualizações potencialmente úteis (Dilla et al., 2010), conforme ilustrado na Figura 1, e que visualizações gráficas de dados financeiros facilitam a compreensão dos problemas por parte dos gestores e permitem a elaboração de estratégias mais eficazes para solucionar estes problemas (Marshall et al., 2010), este trabalho propõe a utilização de marcadores de linguagem GML para o georeferenciamento das entidades presentes nos relatórios financeiros codificados em XBRL. Esta estratégia combina os esforços da comunidade de geovisualização com as pesquisas para visualização de dados financeiros.

Figura 1. Visualizações gráficas baseados em documentos XBRL (Dilla et al., 2010).


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A abordagem apresentada neste artigo permite a interação de SIG com o processamento financeiro (XBRL), viabilizando a gestão das informações financeiras nas organizações baseadas em visualizações geográficas, tornando-se uma ferramenta útil noprocesso de elaboração de estratégias empresariais e governamentais baseadas em visualizações.

O geoprocessamento na área financeira pode ser utilizado em diversas atividades, tais como: manutenção do cadastro imobiliário, manutenção do cadastro mobiliário ou comercial, manutenção do cadastro de logradouros, geração e atualização da planta genérica de valores, entre outras (Teodoro, 2012). Duas aplicações pertinentes da proposta deste trabalho seriam: a) um projeto de arrecadação de IPTU, baseados em georeferenciamento, no qual seria possível localizar via mapa todos os munícipes e processar o valor do IPTU devidamente correto, baseada na área construída, conforme se propôs implantar no município de Maricá/RJ (Costa, 2013); b) localizar os imóveisinadimplentes, por meio dos mapas, conforme ilustrado na Figura 2.

Figura 2. Exemplo de visualização geográfica que mostra os imóveis inadimplentes, em amarelo (município de Maricá/RJ).

Este artigo está organizado da seguinte forma: Nas seções 2 e 3 são apresentados conceitos básicos das linguagens de marcação geográfica (GML) e da linguagem extensível para relatórios financeiros (XBRL), respectivamente. Na seção 4, aborda-se a utilização dos recursos do XML Link para ligar os documentos formatados nas linguagens XBRL e GML. A seção 5 apresenta detalhes da codificação desta ligação, através de um elemento específico da taxonomia XBRL. Na seção 6 é feita uma análise dos trabalhoscorrelatos. A seção 7 indica algumas sugestões para trabalhos futuros e apresenta conclusão do artigo.

2. Informações Geográficas em documentos GMLObjetivando atender a demanda para distribuição, compartilhamento e transporte deinformações geográficas na Internet, o Open Geospatial Consortium (2003) propôs a Geographical Markup Language (GML). GML é uma linguagem baseada na XML (eXtensible Markup Language), com o intuito de representar a informação geográfica, incluindo propriedades e esquemas específicos para o domínio geoespacial. A linguagemGML possui elementos para definir a geometria dos objetos, sistemas de referências de coordenadas, topologia do arranjo dos objetos, informações temporais, unidades de medida


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e valores genéricos (Chaves & Filho, 2004). Uma das características mais salientes da GML, entretanto, é o fato de facilitar o intercâmbio de dados entre os diversos SIGs.

Dados geográficos são normalmente volumosos, requerem métodos de análise específicos e possuem fortes restrições de integração. Desta forma, os dados contidos nos documentos GML são caracterizadas por conter alta complexidade de representação e elevado custo de atualização (Àvila et al., 1999). A Figura 3 ilustra um trecho de um documento GML. Neste exemplo é utilizada uma estrutura de marcadores para informar as coordenadas, comprimento, altura e data de construção de uma determinada ponte (Chaves & Filho, 2004).

Figura 3. Exemplo de código GML detalhando os dados de uma ponte (Chaves &Filho, 2004).

Os dados codificados em GML são processados pela maioria dos SIGs. Estes sistemas podem eventualmente gerar visualizações em mapas de algumas informações contidas no documento. Segundo Maeda et al. (2009), gerentes comerciais, estrategistas de marketing, analistas financeiros e planejadores profissionais estão progressivamente mais dependentes de SIG para organizar, apresentar e analisar seus dados de negócios. Ainda de acordo com o mesmo autor, através da amarração de dados a localizações específicas, como endereços de ruas, códigos CEP, e setores censitários, podem ser criados “mapas de negócios” que permitem a identificação de padrões e a compreensão de relacionamentos que a simples observação de tabelas não torna aparente.

3. Relatórios Financeiros em Instâncias XBRL e Taxonomia

Nos últimos anos do século passado, fraudes contábeis ocuparam espaço na mídia mundial, como o caso de grandes empresas, como a Enron, Tyco, WorldCom e Adelphia, que estão associadas aos maiores escândalos financeiros da história estadunidense desde a Grande Depressão de 1929 (Cardoso & Silva, 2008). Ainda segundo estes mesmos autores, fatos semelhantes também ocorreram no Brasil, tendo sido publicadas 9.446 matérias tratando de fraudes nos últimos dez anos, somente no jornal "O Globo". Diante de tantas fraudes em relatórios financeiros, ocorreu a perda na confiança das práticas contábeis, em nível mundial (P. C. da Silva, 2003). Isso impulsionou o desenvolvimento de padrões internacionais para os relatórios financeiros dentro das corporações, como uma forma de combater a perda de credibilidade nas práticas contábeis (Gerônimo et al., 2009). Nesse contexto surgiu a XBRL, uma linguagem para intercâmbio de informações financeiras nainternet (P. C. da Silva, 2003).


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A XBRL possui padrão aberto e gratuito e que sua concepção tem como base a criação, o intercâmbio e a análise de relatórios de informações financeiras. Como tal, permite que investidores, pesquisadores e analistas do mercado financeiro analisem e extraiam informações por meio de suas aplicações, simplificando uma das fases principais da análise financeira, a obtenção e conversão de formatos de dados (P. C. da Silva, 2010).

A estrutura dos elementos XBRL é definida em um documento de taxonomia. Na taxonomia são definidos os elementos a serem usados no documento XBRL, os linkbases descrevem os relacionamentos dos elementos criados na taxonomia e o documento XBRL é uma instância dos elementos criados na taxonomia, com seus valores e contextos (P. C. da Silva, 2003). Esse esquema de dados é regido por uma especificação, sendo esta mantida pelo XBRL International Consortium, através de recomendações publicadas na internet (XBRL International Consortium 2003a, 2003b, 2009).

Como recomendação da própria especificação XBRL, em cada instância XBRL trafega nas suas estruturas de marcadores (tags) as informações da empresa emissora, além dos dados financeiros (XBRL International Consortium, 2003a e 2003b). Porém são informações textuais, nas quais não é possível o seu processamento por meio de SIG, consequentemente não sendo possível a visualização geográfica.

No intuito de identificar um elemento dentro da própria especificação, observou-se que o elemento segment permite a inclusão de outros elementos, não definidos na taxonomia que rege a instância, sendo, portanto, adequado à proposta deste artigo. O elemento segment é um subelemento do nó entity, contidos no elemento context, conforme ilustrado na Figura 4.

Figura 4. Exemplo da estrutura do elemento context, que possui os subelementos entity(identifier e segment), period e scenario, de uma instância XBRL.

O elemento segment é designado, dentro da especificação XBRL, para armazenar os dados referentes aos tipos de áreas de negócio da empresa emissora do documento. Considerando a inviabilidade desta representação nas áreas que podem ser pertinentes para propósitos financeiros internos, o seu uso dentro da instância XBRL é facultativo (P. C. da Silva, 2003). Logo, por se tratar de um elemento opcional, a sua utilização para inserção de informações geográficas, é a abordagem utilizada neste trabalho, que propõe a utilização do próprio esquema XBRL dos relatórios financeiros, priorizando as especificações recomendadas pela XBRL International Consortium.

4. XML Link Language


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Uma tecnologia usada para estabelecer links entre dados representados em XML é XLink (XML Link Language) (O'Reilly & Associates,2002), que define dois tipos principais de links: os simples e os estendidos. Um link simples associa exatamente dois recursos, um local e um remoto. Essa associação cria um arco de ligação entre eles, cuja origem é o recurso local e o destino, o remoto (P. C. da Silva, 2010), conforme ilustração da Figura 5.

Ainda segundo este mesmo autor, os links estendidos permitem associar um número arbitrário de recursos participantes na ligação. Um link estendido consiste basicamente de um elemento XML que contém outros elementos, nos quais atributos especificados por XLink são declarados, conferindo a estes sub-elementos determinadas funcionalidades. XLink provê quatro tipos de sub-elementos: (i) locator, usado para referenciar recursos remotos por meio de uma URI; (ii) resource, usado para encapsular informações no elemento de link estendido; (iii) arc, usado para estabelecer relações direcionais entre pares de elementos locators e/ou resources; e (iv) title, que provê informações descritivas a respeito do link, que devem ser entendidas por pessoas. A utilização em conjunto de tecnologias para definir a estrutura e relacionamentos entre instâncias XML forma uma rede de documentos XML.

Figura 5. Rede de documentos XML interligados com XLink (P. C. da Silva, 2010).A proposta apresentada por este artigo é satisfeita com uma ligação simples,

entretanto, conforme O'Reilly & Associates (2002), a utilização de um link estendido pode prover um conjunto adicional de recursos. Esta característica tem importância, porque muito embora este trabalho trate do link de forma unilateral entre dois elementos baseados no XML, necessita-se de alguns recursos para estruturar os dados dentro do elemento segment, conforme explicado na próxima seção.

5. Interligação entre Documentos com Dados Financeiros e GeográficosConsiderando que XLink nos fornece um mecanismo de tráfego entre documentos

distintos, e recursos para conexão remota, a abordagem deste trabalho propõe a conexão dos dois documentos explicados nas Seções 2 e 3.


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Utilizar a própria taxonomia XBRL, por meio de um dos elementos da instância XBRL, para inserção dos dados geográficos, torna o elemento segment um pertinente container, conforme ilustrado na Figura 6. A inserção do link de conexão da instância XBRL e documentos GML no elemento segment, considerando que ele é um subelementodo elemento Entity, mantém a semântica dos dados ali armazenados, pois ambos, dentro da especificação XBRL, são responsáveis pela identificação da empresa emissora do documento XBRL.

Algumas características podem ser descritas para a abordagem proposta: (i) acomplexidade e o volume da informação geográfica, representada no documento GML, é apenas referenciada dentro da instância XBRL, não sendo necessário o retrabalho da codificação de seu complexo esquema de dados, dentro do documento ou esquema XBRL. (ii) tanto a taxonomia XBRL, quanto a GML é preservada, o que seria uma opção para implantação desta abordagem em sistemas já em uso, ou legados. (iii) a sintaxe proposta, não promove aumento significativo de tamanho (bytes) ao arquivo do documento XBRL, muito embora esteja ligando-se a um arquivo com grandes volumes de informações.

Figura 6. Ilustração do elemento segment interligando remotamente o documento GML.Como é possível trafegar qualquer informação no elemento Segment, e com uso dos

recursos do link estendido, pode-se fazer uso de novos subelementos, para a estruturação dos dados ali trafegados. Portanto, especificou-se dois elementos geospatial_location e location_link, sendo o primeiro um contêiner que armazena informações inerentes aos dados geoespaciais, e o segundo armazena o endereço do documento GML na internet, conforme ilustrado na Figura 7.

Figura 7. Ilustração de sintaxe que representa a proposta abordada por este artigo, na instância XBRL.

Tanto o geospatial_location como location_link devem ser descritos no esquema XBRL, para que possam ser atribuídos na estrutura da taxonomia do documento XBRL, conforme Figura 8.


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Figura 8. Ilustração do XBRL schema, no qual se define os elementos para representação geoespacial na taxonomia XBRL.

A hierarquização dos elementos pode ser expressa com a utilização do linkbase Definition (IFRS Foundation, 2013; XBRL International Consortium, 2003c). Sendo location_linkelemento filho de geospatial_location, e este último filho do elemento segment, essa representação hierárquica é representada no linkbase, conforme ilustração na Figura 9.

Figura 9. Ilustração do XBRL linkbase que cria a hierarquia dos elementos dentro da especificação proposta neste trabalho.

6. Trabalhos CorrelatosOs trabalhos citados a seguir serviram de base para endossar a importância das

visualizações nas análises de negócios financeiros, ambos utilizaram documentos XBRL em suas investigações:

• Marshall et al. (2010) elaboram um estudo de como a visualização gráfica das informações financeiras contidas em documentos XBRL, podem ajudar em uma melhor compreensão do negócio pelos envolvidos.

• Dilla et al. (2010) fazem uma análise da relação das tomadas de decisão e técnicas de visualização de dados interativos, além do impacto das técnicas de visualizaçãode dados interativos em processos de decisão e resultados.Ambos os trabalhos concluíram que a visualização gráfica contribui positivamente

com as abordagens pesquisadas pelos autores, ou seja, tanto no aprendizado como nas tomadas de decisões, as análises baseadas em visualizações gráficas possuem relevância.

7. Conclusão e Trabalhos futurosA possibilidade de integrar informações processáveis por SIG nos documentos

XBRL, possibilita uma abordagem SIG, que integrada a documentos XBRL, podem proporcionar facilidades para as análises financeiras das organizações, baseadas em visualizações geográficas.

A escassez de pesquisas que tratam sobre esta abordagem, exige estudos detalhados da estruturação básica dos documentos formatados nas linguagens discutidas neste trabalho (GML e XBRL).

Sendo a XBRL uma linguagem baseada em padrões, conforme é visto em (XBRL International Consortium 1998, 2003a, 2003b), é possível estender o seu uso com a


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proposta abordada neste trabalho a qualquer sistema de informação que manipuladocumentos XBRL, já que a mesma obedece às recomendações do consórcio internacional da linguagem.

Verifica-se, através da utilização do elemento segment, uma solução que não impacta no tamanho de ambos os documentos interligados. Isto implica que não há perda significativa de desempenho no intercâmbio das informações financeiras, principal finalidade da XBRL.

Observa-se ainda que, como ocorre apenas a interligação dos documentos, sem a necessidade de adaptação das linguagens envolvidas (GML e XBRL) em um documento único, há a separação das complexidades inerente ao desenvolvimento de ambas tecnologias, preservando as suas taxonomia.

Os trabalhos referenciados a seguir acrescentaram novas perspectivas à estratégiaproposta neste artigo, servindo de base para novas investigações:

• J. da Silva (2008) apresenta uma proposta que codifica e especifica uma linguagem que contempla as características presentes nas principais linguagens de consulta multidimensional e geográficas, agregando ambos os operadores, em uma única linguagem: GeoMDQL. Encontra-se ainda, nesta tese, a utilização de um GDW cujas fontes de dados são oriundas de bancos de dados relacionais, para consultas SOLAP (Spatial Online Analytical Processing).

• P. C. da Silva (2010) elabora uma proposta que se trata de um sistema computacional para análise de dados XML, no qual é feito o processamento analítico sobre links, possibilitando a concepção de uma linguagem de consulta analítica com operadores multidimensionais e financeiros: LMDQL. Este autor propõe, ainda, consultas OLAP baseado em um data warehouse (DW) com arquivos XML interligados por xlinks.

Ambos os trabalhos, utilizam estruturas computacionais que fomenta novas investigações à estratégia contida neste artigo, tais como:

• Utilização da especificação Generics Link (XBRL International Consortium, 2009)para representação de links entre documentos distintos. A integração de informações geográficas com documentos XBRL, baseadas nessa abordagem, trata-se da extensão da linguagem XBRL, criando um esquema taxonômico específico para informações geográficas.

• Elaboração de um data warehouse de informações geográficas (GDW) baseados em documentos XBRL.

• Especificação de uma linguagem de consulta com operadores multidimensionais, espaciais e financeiros, unindo conceitos XBRL com o SOLAP.

• Criação de ferramentas de consulta SOLAP, através do processamento analítico em GDW baseado em instâncias XBRL.

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