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Multi CidadesMulti CidadesFinanças dos Municípios Finanças dos Municípios
do Brasildo BrasilPainel sobre finanças até 2010Painel sobre finanças até 2010
Brasília - 2011Brasília - 2011
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Fontes dos dadosPrincipal fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (STN)/ Banco de dados Finbra
1.O prazo legal para os municípios enviarem os balanços é até dia 30 de abril de cada ano. Os balanços são enviados para a CAIXA, que os repassa à STN.
2.Até 30 de junho, a STN consolida as contas dos municípios, estados e União e disponibiliza para acesso individual em seu site.
3.De julho até final de agosto, é montado o Finbra, que engloba todos os municípios que enviaram dados. As informações passam por um teste de consistência.
4.Dados do Finbra são divulgados no final de agosto ou início de setembro.
O anuário Multi Cidades realiza alguns procedimentos com os dados do Finbra:•Conferências, correções e complementações. Em 2010, dos 5.563 municípios do Brasil (excluídos Fernando de Noronha e Brasília), 5.212 estavam no Finbra (93,7%) e após alguns ajustes, o anuário foi realizado com 5.179, ou 93,1% do total.• Estimativa para os valores de municípios sem dados.•Todos os dados são corrigidos da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE. É utilizado o índice médio anual.
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O anuário Multi Cidades• Apresenta uma série histórica de cinco anos para cada item analisado, para 106
cidades selecionadas, incluindo todas as capitais e pelo menos mais uma cidade de maior porte de cada Estado. Nos estados com maior número de cidades populosas, a amostra é maior.
• Indicadores de variação, diversas composições e valores per capita para as cidades selecionadas.
• Valores absolutos e per capita para os municípios de todo o Brasil agrupados por faixas populacionais e por regiões.
• Rankings dos 100 maiores do país, por valores absolutos e per capita.• Anexo com dados da receita total, receita tributária, FPM e ICMS de todos os
municípios que apresentaram dados no ano de referência.• Texto analítico acompanhado de gráficos e entrevistas,além de análises regionais.• Publicação de artigos nas áreas de finanças e gestão pública escritos por
especialistas.
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A receita municipal voltou a ter um bom desempenho em 2010, com taxa de crescimento de 11,6%, após a abrupta queda de -1,4% ocorrida em 2009, devido à crise financeira internacional.
Receita total
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Os itens que mais contribuíram para o aumento da receita foram o ICMS (+ R$ 7,5 bilhões), a receita de capital (+ R$ 6 bilhões) e o ISS (+ R$ 3,85 bilhões).
Itens da receita
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• O ISS e o ITBI foram os tributos municipais que mais cresceram antes da crise de 2009, os que mais sentiram seus impactos, e os que mais cresceram em 2010, pois sua base de arrecadação está mais relacionada ao desempenho da economia.
• A disparada do ITBI foi favorecida pela retomada do crédito imobiliário em 2010.
Tributos municipais
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O IPTU é um tributo que vem perdendo participação no total da receita tributária municipal desde 2004, enquanto que o ISS vem ganhando. O ISS é um imposto que reflete diretamente os efeitos do maior dinamismo econômico do país que favoreceu a forte expansão do setor de serviços e por isso tem apresentado taxas de crescimento mais acentuadas.
IPTU x ISS
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A recuperação econômica, alicerçada no mercado doméstico, no aumento do emprego formal e da renda do trabalho e na expansão do crédito ao consumo, fez com que os repasses do ICMS aos municípios crescesse 12,9%, ritmo superior aos 7,5% observados no PIB.
ICMS dos municípios
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O FPM apresentou lenta recuperação devido ao fraco desempenho do IR, que cresceu apenas 3,4% em 2010. O IPI cresceu bastante, com taxa de 23,7%, mas não o suficiente para compensar o IR, já que mais de 80% do FPM é formado por esse último imposto.
Nota: se somadas as compensações concedidas pela União aos municípios ao FPM de 2009 (Lei nº 12.058/09), a queda real é de 3,6%, em relação á 2008. As compensações resultaram numa variação nominal nula nesse período.
FPM
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• Em 2010 a despesa municipal cresceu 11,2%, mesmo ritmo da receita (11,6%).• O aumento das despesas foi embalado pela recuperação econômica e também pelo
fato de 2010 ser o segundo ano de mandato das administrações municipais.
Despesa total
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• O investimento foi o item da despesa que mais cresceu em 2010: 31,2%. Houve um aumento de R$ 8,65 bi, chegando a R$ 36,35 bi, quase alcançado o pico de 2008, de R$ 37,19 bi. Desse acréscimo, R$ 1,88 bi veio das transferências de capital dos estados e R$ 1,15 bi, das transferências de capital da União.• O custeio (exceto pessoal) foi o item com o maior aumento em valores absolutos, acrescentando R$ 11,69 bi ao total da despesa.• A despesa com pessoal cresceu em 2010 no mesmo ritmo de 2009, de 7,9%.
Itens da despesa
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A despesa com pessoal representou 48,4% da receita corrente em 2010, percentual um pouco abaixo do alcançado em 2009, mas visivelmente acima dos níveis verificados em anos anteriores.
Pessoal na receita corrente
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A despesa com saúde dos municípios aumentou 9% em 2010, chegando a R$ 72,64 bi, o que representou 23% do total da despesa municipal.
Saúde
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Em 2010, do total gasto com saúde pelos municípios, 62,2% do foi financiado com recursos próprios e 37,8% com as transferências advindas dos estados e especialmente da União para o SUS.
Saúde
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Os municípios brasileiros já aplicavam mais de 15% dos recursos vinculados (EC nº 29/2000) em saúde em 2002. Esse percentual cresceu continuadamente, com apenas dois pequenos recuos, um em 2007 e outro em 2010 .
Saúde
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• A despesa com educação aumentou 10,7% em 2010, ultrapassando R$ 80 bi, o que representou 25,6% do total da despesa municipal.
• O aumento no gasto com educação e a queda no número de matrículas na rede ensino municipal que vem ocorrendo desde 2007, fizeram subir o valor despendido por aluno de R$ 2.550,25 naquele ano, para R$ 3.411,30, em 2010
Educação
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• Na última década, a despesa com saúde tem tido um crescimento mais forte que o da educação. Sua participação no gasto total está se aproximando da educação, apesar do pequeno recuo em 2010.
Educação e Saúde
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• Em 2010, o resultado orçamentário do conjunto dos municípios voltou a crescer, depois da forte queda em 2009.• O número de cidades que apresentaram déficits aumentou em 2009, mas voltou a cair em 2010, quando 54,1% das cidades registraram superávits.
Resultado orçamentário
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Os municípios, em seu conjunto, têm mantido uma conduta fiscal compatível com os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):•Resultado orçamentário positivo desde 2004•Bom desempenho na arrecadação dos tributos próprios •Gasto com pessoal abaixo do limite máximo.•Educação e saúde acima dos limites mínimos.•Mais da metade dos investimentos municipais (57,2%) é feito com recursos próprios.
Algumas preocupações:• Financiamento da saúde.•Desigualdades de receita per capita entre as cidades: o desafio do g100, cuja média da receita per capita foi de R$ 898,43, quase a metade da média do total dos municípios, de R$ 1.574,40, em 2010.•Perspectiva de um cenário recessivo na economia mundial a partir de 2012.
Considerações
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A Necessidade de Municipalizar a Renda do Cidadãopor Gilmar Barboza
Simples Nacional: Reforma Tributária para as Pequenas Empresase Exemplo de Integração Federativapor Silas Santiago
Artigos publicados